JI Junho de 2018 | Ed. 478

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SPR GLOBAL Radiologistas contam experiência italiana no Progetto Diventerò

Páginas 22 e 23

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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Junho de 2018 | Edição 478

Educação aprimorada Mais do que a atualização científica constante, a 48ª Jornada Paulista de Radiologia trouxe à tona a necessidade de integrar a tecnologia à rotina de forma adequada e eficiente. O evento reuniu, de 3 a 6 de maio, mais de 15 mil pessoas no Transamerica Expo Center, e novamente se consagrou como o principal da área na América Latina. Confira a primeira parte da cobertura – sessões solenes, lançamentos e o depoimento de participantes de diversos módulos. Páginas 8 a 14

NOTÍCIAS

EVENTOS SPR

Somos quase 12 mil radiologistas Nesta segunda parte da análise da Demografia Médica no Brasil 2018, olhamos para a especialidade no País: a 10ª maior carreira na medicina tem seus

Inscrições abertas!

profissionais concentrados no Sudeste, corroborando a desigualdade na distribuição médica geral do País. Página 21

Aplicativo do Jornal da Imagem Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https://goo.gl/xOeCIw em seu computador. Versão Desktop

Já é possível se inscrever para os principais eventos da SPR deste segundo semestre: 22º Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), terceiro módulo – Vascular Diseases – do 1º Ciclo do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology

in Latin America, 11º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca e 2º Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome. E ainda: o Clube Manoel de Abreu em Campos do Jordão será realizado de 22 a 24 de junho. Páginas 6, 7, 16 e 17


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PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 478 – Junho de 2018 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br

Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)

DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019

Dr. Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Ultrassonografia:

modalidade ou especialidade? A radiologia é uma especialidade médica que nasceu a partir do uso clínico de uma modalidade de diagnóstico por imagem denominada raios X ou radiologia convencional. Ao longo do século XX essa especialidade médica expandiu-se ao incorporar novas modalidades de diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e outras. Essa incorporação foi o desenlace natural em consequência da aptidão e do raciocínio clínico em diagnóstico por imagem que haviam sido desenvolvidos por radiologistas nos departamentos de radiologia das mais renomadas faculdades de medicina do mundo. A ciência radiológica foi capaz de avaliar o alcance e as limitações das diversas modalidades de diagnóstico por imagem e de integrá-las para o desenvolvimento de aplicações clínicas e algoritmos diagnósticos eficazes no que tange à prevenção, diagnóstico precoce, planejamento terapêutico, intervenção e acompanhamento evolutivo. A ultrassonografia é uma excepcional modalidade de diagnóstico por imagem por suas características sobejamente conhecidas, como alta resolução ótica e tissular nos tecidos moles, inocuidade e acessibilidade e capacidade de executar avaliações dinâmicas em tempo real. É uma modalidade artesanal, examinador-dependente, que propicia contato entre o médico e o paciente, o que possibilita a obtenção de dados clínicos que podem aprimorar o diagnóstico final. Quando a ultrassonografia surgiu nos anos 1970, foi rapidamente utilizada por radiologistas, obstetras, ginecologistas e anestesiologistas. Posteriormente, outros especialistas passaram a utilizá-la em suas respectivas áreas de interesse, como os reumatologistas,

A ultrassonografia é uma excepcional modalidade de diagnóstico por imagem por suas características sobejamente conhecidas, como alta resolução ótica e tissular nos tecidos moles, inocuidade e acessibilidade e capacidade de executar avaliações dinâmicas em tempo real oftalmologistas e cardiologistas. No entanto, a aplicação clínica geral da ultrassonografia foi desenvolvida nos departamentos de radiologia isoladamente ou em parceria com outras especialidades correlatas. Como modalidade de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia é um patrimônio da medicina e deve ser praticada por quem tiver a devida competência e habilitação. Definitivamente não é uma especialidade médica, e não há razão plausível para torná-la uma especialidade isolada, estanque e enfraquecida. Deve permanecer onde historicamente foi desenvolvida de forma integrada às demais modalidades, capítulos, disciplinas e subespecialidades da Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Nós, radiologistas, devemos preservar e defender a ultrassonografia, que é um método que nos aproxima do paciente, é artesanal e examinador-dependente, resolutivo e inócuo, e que, portanto, agrega valor à nossa especialidade.

Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro-Geral 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Diretor Científico Diretor de Defesa Profissional Diretor de Patrimônio Diretora de Assuntos Culturais Diretor de Tecnologia da Informação Presidente do Clube Roentgen Presidente do Clube Manoel de Abreu Presidente SPR Jr. Presidente do Conselho Consultivo

Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza

CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza Antônio José da Rocha Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf Comissão Editorial

Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.

Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP

Comunicação Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br

Marketing Gustavo Takeshi – mkt@spr.org.br

Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP

NESTA EDIÇÃO Entrevista................................................4 e 5 Cursos da SPR..............................................6 Feres 2018.......................................................6 JPR 2018.............................................. 6 a 14 Clube Manoel de Abreu.......16 e 17 Grupos de Estudos...............................18 Clube Roentgen.......................................18 Curso Online de Radiologia.......... 19 Educação Digital.....................................20

Demografia Médica.............................. 21 SPR Global......................................22 e 23 Empresas......................................................25 Food & Arts...................................................26 Arte e Medicina.........................................27 Crônica.............................................................28 Túnel do Tempo.......................................29 Negócios & Oportunidades...........30 Agenda............................................................. 31

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.


CONEXÃO DIGITAL

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Tomada de decisões baseada em Business Intelligence (BI) Diariamente, os gestores dos serviços de diagnóstico por imagem precisam identificar problemas e propor soluções. Exemplos comuns na radiologia: como otimizar o agendamento dos exames? Como reduzir o no-show dos pacientes? Será que estamos reconvocando exames demais? Meu indicador de revisão de laudos está muito alto? Como reduzir o atraso na entrega dos exames? Um gestor experiente conhece todos os processos, consegue identificar os gargalos e propor soluções – seja fazendo overbooking nas agendas, aumentando o número de funcionários ou, mesmo, estendendo o prazo de entrega. Porém, em algumas situações, essas soluções podem trazer outros problemas, como atrasos no atendimento, aumento dos custos com mão de obra ou redução da competitividade. No setor de diagnóstico por imagem, temos a vantagem de operar em ambientes altamente informatizados. Desta forma, temos fácil acesso a uma grande quantidade de informações como agendamento, dados demográficos e a cronologia do atendimento do paciente, desde a abertura da ficha, realização do exame, emissão do laudo e entrega do resultado. Dentro deste contexto, passa a ter grande importância a tecnologia de Inteligência de Negócios, ou Business Intelligence (BI). Este termo é antigo, tendo sido utilizado pela primeira vez em 1865 por Richard M. Devens para descrever como o banqueiro Sir Henry Furnese teve sucesso tomando decisões baseadas em informações do ambiente antes dos seus concorrentes. O conceito de Business Intelligence refere-se aos processos de coleta de informações, organização, análise, compartilhamento e monitoramento dos indicadores. Porém, antes de se iniciar um projeto de BI, é necessário identificar quais problemas queremos solucionar. Por exemplo, quais exames são mais solicitados em conjunto a fim

de otimizar o agendamento? Qual perfil de pacientes apresenta maior no-show? Quais as características dos exames mais reconvocados? Quais os principais motivos de atraso na entrega de um laudo? Na radiologia, essas informações estão normalmente disponíveis nos bancos de dados do HIS, RIS e PACS. Uma vez que definimos quais problemas serão estudados e onde buscaremos as informações, iniciam-se os três processos conhecidos como ETL (EXTRACT, TRANSFORM and LOAD). Durante o processo EXTRAÇÃO, extrairemos desses bancos de dados as informações relativas aos pacientes, como idade, sexo e endereço, data e hora dos agendamentos, tipos de exame, além dos tempos de atendimento, laudo e entrega dos resultados. A seguir, iniciaremos o processo de TRANSFORMAÇÃO, no qual os dados obtidos destas várias bases de dados precisarão ser normalizados. Alguns bancos de dados podem armazenar a informação do sexo como valores [1] ou [2], outros como [M] ou [F]. Todos os dados precisam ser padronizados para que possam ser analisados em conjunto. Além disso, durante esse processo, criaremos al-

Dr. Paulo Kuriki é neurorradiologista pela EPM/UNIFESP e CTO da DiagRad Soluções em Telerradiologia

guns campos calculados, que serão úteis na análise. Por exemplo, quantos dias se passaram entre a marcação e a realização do exame, qual a distância do endereço do paciente até a clínica ou quantos minutos ele ficou na espera até ser atendido. O terceiro passo constitui o CARREGAMENTO, no qual essas informações estarão limpas, padronizadas e prontas para serem carregadas num banco de dados especial, habitualmente chamado de data warehouse, específico para a etapa de análise. Uma vez que as informações esta-

rão carregadas no data warehouse, iniciaremos o processo de análise por meio de ferramentas para criar relatórios, tabelas, árvores de decisão, gráficos, etc. Comumente, criam-se dashboards específicos para cada área de interesse estudada. Desta forma, o call center pode identificar, por exemplo, que agendamentos com tempo de espera maior do que sete dias ou pacientes que morem a mais de 10 quilômetros têm mais chances de faltar. Logo, este perfil de paciente merece uma confirmação mais efetiva. Ou que as RMs de crânio com espectroscopia têm 16 vezes mais chances de reconvocação do que os demais exames, devendo ser sempre agendadas no período que o neurorradiologista pode acompanhar sua realização. Atualmente, existem várias ferramentas gratuitas e de fácil utilização, que permitem conectar-se a várias fontes de informações e criar seus dashboards em minutos. Com o aumento da complexidade e da demanda, pode ser necessário ter uma equipe dedicada para gerenciar o BI. De qualquer forma, esta tecnologia está disponível para todos e pode trazer informações relevantes para o melhor entendimento do negócio e a tomada de decisões.


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ENTREVISTA Edição 478 – Junho de 2018

“Tive muita sorte e mentores incríveis” Presidente eleita da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), Dra. Valerie Jackson assumirá o cargo de liderança no congresso deste ano, em novembro, e nele ficará por um ano. Com uma longa carreira na área da imagem da mama, ela não mais pratica a radiologia clínica, mas tem extensa experiência. Durante a JPR, concedeu esta entrevista ao Jornal da Imagem e falou sobre a RSNA, a parceria com a SPR, sua trajetória pessoal, Inteligência Artificial e o papel da mulher na especialidade. Quais são suas expectativas com a presidência da RSNA? Apenas quero dar continuidade às realizações da RSNA em termos de educação, pesquisa e tecnologia, sobre tudo o que vem sendo construído nesses mais de cem anos com a entidade, e ajudá-la a se movimentar em direção ao futuro, com tudo o que chega de novidade. Este é meu sexto ano na diretoria; geralmente, quem passa por ela, se torna primeiro chefe da diretoria, depois presidente-eleito e presidente. Qual sua visão sobre a parceira entre a RSNA e a SPR para a realização da Jornada Paulista de Radiologia? É muito importante para a RSNA estar associada à SPR. Temos um ótimo relacionamento, há uma amizade estimada, colaboração, novas ideias que desenvolvemos. Acho que é bom para as duas sociedades, pois elas se tornam melhores e mais fortes. O que tem a dizer sobre a tão discutida Inteligência Artificial na Radiologia? Vejo muitos radiologistas assustados, inclusive nos Estados Unidos, mas não devemos ter medo. Ela está se aproximando, e sei que sua tecnologia é melhor, mas, no meio da década de 1980, eu trabalhei com um engenheiro que tinha a concessão de uma inteligência artificial para trabalhar em algo relacionado à mamografia, que era minha especialidade clínica, e não chegou a lugar algum. E, como uma pessoa que faz imagem de mama, trabalhei por muitos anos com CAD – detecção auxiliada por computador – e também não funcionou do jeito que era esperado. Acho que as coisas novas que estão acontecendo agora em Inteligência Artificial vão nos ajudar, mas não vejo essa tecnologia substi-

tuindo os radiologistas. Acho que ela vai libertar os médicos de algumas tarefas mundanas, e vai nos permitir passar mais tempo com nossos pacientes, nossos colegas, realmente considerando os casos, se há melhores recursos para buscar resultados, então acho que será uma ajuda para nós. Esse receio não se restringe aos profissionais mais velhos; depende um pouco do nível de conhecimento do radiologista, mas o que mais pesa aí é a personalidade da pessoa, a facilidade em aceitar mudanças. Na minha carreira, passei por muitas situações de mudança, e há pessoas que ficam tão assustadas com qualquer mudança, mas realmente não há essa necessidade. Como resume sua trajetória na radiologia da mama e como avalia a área hoje? Hoje já não faço mais nenhum trabalho clínico. Não comecei querendo fazer imagem da

Acho que as coisas novas que estão acontecendo agora em Inteligência Artificial vão nos ajudar, mas não vejo essa tecnologia substituindo os radiologistas. Acho que ela vai libertar os médicos de algumas tarefas mundanas, e vai nos permitir passar mais tempo com nossos pacientes, nossos colegas

mama, isso foi em 1982, mas acabei me prendendo a ela, e, na época, era um campo muito pequeno e não havia interação com a paciente. A área cresceu de forma tão maravilhosa e, mesmo hoje não atuando mais, sinto muita falta das pacientes que tive; é muito comum, com os anos, pacientes específicas quererem passar com você, são suas “groupies”, e então você as encontra ano após ano, tenham elas desenvolvido alguma doença ou não. Acredito que nos tornamos muito bons em detectar o câncer de mama – ainda não pegamos absolutamente todos, mas estamos cada vez melhores, e isso exige menos tratamentos sob medida, então as mulheres têm melhores resultados – com esperança, o câncer de mama não será a causa de morte delas. Sobre a idade para o rastreamento anual, o governo norte-americano muda de opinião a toda hora. Por muitos anos, a Sociedade Americana do Câncer e o Colégio Americano de Radiologia recomendaram o rastreamento a partir dos 40 anos. Mas tem havido muita controvérsia nos estados sobre qual a idade apropriada a iniciar, e qual o intervalo, e te digo: eu não sei o que estão recomendando este ano. Pessoalmente, defendo que seja feita anualmente a partir dos 40 anos, e acredito que é preciso avaliar – há mulheres que não precisam passar pelos exames todos os anos, e há outras que têm problemas mais sérios de saúde, então o rastreamento já não é preciso. Que trabalhos a RSNA tem desenvolvido com e para os residentes? Os residentes são o futuro. Em meu último trabalho, eu fui diretora de um programa de residentes, e depois a chefe de departamento, e agora trabalho com uma organização que certifica todos os residentes dos Estados Unidos.


ENTREVISTA

É realmente importante que eles tenham uma ótima educação, com bons professores com acesso às mais modernas tecnologias, para que possam ensiná-los, pois o processo educacional mudou com o passar dos anos. A tecnologia facilita a educação – hoje você vê o jovem levando livros e livros em um tablet. Os residentes são extremamente importantes para isso tudo, e é por isso que são cruciais para a RSNA. Há os estereótipos de cada geração, é claro, mas a verdade é que há uma variedade muito grande de pessoas em cada uma delas. Os nativos digitais realmente cresceram com essa tecnologia toda e têm um papel muito importante – eles se sentem mais confortáveis com todas as inovações, quando têm que lidar com a eletrônica e com diferentes modos de se comunicar. É mais difícil para as gerações mais velhas aprender nesse âmbito. Fico ofendida quando alguém simplesmente elimina toda uma geração, e isso vem acontecendo desde que eu era criança. Você é uma liderança importante na Radiologia em um momento em que o mundo busca pela valorização da mulher. Como vê seu papel? Muita coisa mudou nos últimos anos?

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Quando entrei para a Radiologia, ou quando comecei minha residência, acho que eu era a única mulher na minha sala, de 1978 a 1982. E nesses quatro anos, esse número aumentou para três. Naquele tempo, era muito difícil um grupo privado de radiologistas querer contratar uma mulher, porque poderíamos engravidar e querer ficar em casa pra sempre; eles eram tolos Muita coisa mudou, sim. Quando entrei para a Radiologia, ou quando comecei minha residência, acho que eu era a única mulher na minha sala, de 1978 a 1982. E nesses quatro anos, esse número aumentou para três. Naquele tempo, era muito difícil um grupo privado de radiologistas querer contratar uma mulher, porque poderíamos engravidar e querer ficar em casa pra sempre; eles eram tolos. E eu pensava: “E como vai ser quando você tiver um enfarte, e ficar de cama por três meses?”. Tive um filho, que hoje tem 34 anos e é médico na Austrália. Então, as coisas mudaram muito e hoje a Radiologia é um campo muito bom para todos, especialmente para as mulheres, porque há muita flexibilidade. Nos Estados Unidos, ainda temos

dificuldade em trazer as mulheres para a especialidade – 50% dos alunos de medicina lá são mulheres, mas esse índice abaixa para 25% quando consideramos os residentes em Radiologia. Dei sorte por chegar em um momento, no departamento da Universidade de Indiana, em que a equipe era muito justa, meus mentores, os chefes eram muito prestativos e me deram muitas oportunidades. Nunca procurei ser líder ou modelo na área. Credito tudo o que tive a muita sorte e a mentores incríveis que, às vezes, me empurravam para que as coisas fossem feitas. Acho que hoje é ótimo, pois há muito mais oportunidades para mulheres; as pessoas nem mesmo param pra pensar se você é um profissional homem ou mulher – ao menos, espero que não parem.


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EVENTOS SPR Edição 478 – Junho de 2018

Radiologia Cardíaca apresenta seu 11º Encontro Este ano, outro Curso Avançado com programa científico multidisciplinar será realizado: o 11º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC 2018), nos dias 5 e 6 de outubro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. O evento, organizado pela SPR em parceria com a Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT) e a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR), terá como coordenadores os Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Juliano de Lara Fernandes, Marcelo Hadlich,

Otávio Rizzi Coelho Filho e Walther Ishikawa. As inscrições podem ser feitas até 20 de setembro. O período exclusivo de inscrição para membros SPR termina em 5 de julho; depois, demais participantes, não membros, podem se inscrever, havendo vagas. Com um programa que conta com palestras, aulas e discussão de casos, o ENRC 2018 disponibilizará os seguintes módulos: • Princípios Básicos de TC e RM; • Técnicas Avançadas em TC e RM;

Fígado é o tema do 2º Curso GERA A segunda edição do Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (GERA) será realizada nos dias 10 e 11 de novembro de 2018, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. Com um programa de um dia e meio e dividido em seis módulos, Fígado será o tema principal desse ano. Coordenado pelos Drs. Douglas J. Racy, Fernanda Garozzo Velloni, Nelson Caserta, Regis Otaviano França Bezerra e Tufik Bauab Jr., o evento é dedicado tanto aos jovens especialistas que querem aprender, quanto aos mais experientes que desejam se aprofundar nessa área. Assim como na primeira edição, o curso reunirá um excelente time de professores, especialistas no tema, que incentivam a interação e aprendizado dos participantes

por meio de sessões de aulas e discussão de casos. As inscrições para o curso já estão abertas: até 5 de julho são exclusivas para os membros ativos da SPR. A partir do dia 6 de julho, os demais interessados poderão se inscrever pelo site, correio, fax ou pessoalmente, na sede da entidade. O prazo final para todos os participantes realizarem a pré-inscrição é 25 de outubro havendo vagas disponíveis. Após esta data serão aceitas apenas novas inscrições no local do evento, conforme disponibilidade de vagas. Os registros de participação no 2º Curso Temático Anual do GERA: Fígado são limitados e tendem a esgotar rápido; assim, é recomendado que radiologistas interessados em participar façam sua inscrição o quanto antes.

Todas as informações em http://bit.ly/2GERA2018.

• SCMR 1; • Fórum Congênita – Técnica; • Fórum Congênita – Análise e Laudo 1; • Fórum Congênita – Análise e Laudo 2; • Discussão de Casos; • Como eu Faço?; • SCMR 2; • SCCT; • Team Spirit (competição entre duas equipes que tentam descobrir o diagnóstico de exames de tomografia e ressonância cardíaca).

O curso proporciona aos seus participantes – radiologistas e cardiologistas – o que há de mais atual na área em conteúdo científico e tecnologia de forma produtiva e descontraída. Saiba mais em http://bit.ly/11ENRC2018.

3º módulo do ECNR-Latam aborda doenças vasculares De 7 a 10 de novembro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, radiologistas poderão participar do terceiro encontro do 1º Ciclo do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America, que contará com aulas teóricas pela manhã e workshops à tarde. Após o sucesso do Module 1: Anatomy and Embryology, realizado em fevereiro de 2017, e do Module 2: Tumors, um ano depois, em fevereiro de 2018, a SPR, com o apoio da Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) e do Conselho Europeu de Neurorradiologia (EBNR), realizará o Module 3: Vascular Diseases. As inscrições online iniciaram com maior desconto e estão abertas exclusivamente a quem cursou o segundo módulo. Confira as datas de registro e agende-se: • De 03/05 a 02/06: Prazo exclusivo para os que fizeram o 2º módulo; • De 03/06 a 05/07: Prazo exclusivo para os que fizeram o 1º módulo;

• De 06/07 a 19/08: Inscrição online – primeiro prazo; • De 20/08 a 25/10: Inscrição online – último prazo; • No local: Após 25/10, somente no local no evento, havendo vagas. À frente da programação, permanecem professores enviados pela ESNR e cerca de 20 outros palestrantes do Brasil e da América Latina que apresentarão, de forma interativa, o conteúdo de neurorradiologia que todo profissional formado ou em treinamento dessa área deve saber. O ECNR-Latam oferece exatamente o mesmo conteúdo dos cursos realizados pela ESNR/EBNR na Europa. A participação nos quatro módulos, e a aprovação na prova aplicada ao fim de cada módulo, são requisitos obrigatórios para os neurorradiologistas se submeterem à prova final de obtenção do EdiNR (Título de Especialista Europeu em Neurorradiologia). Mais informações em http://bit. ly/3modECNR.


EVENTOS SPR

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Curso Feres Secaf chega à 22ª edição Promovido anualmente pela SPR, o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf) chega este ano à sua 22ª edição e será realizado de 16 a 19 de agosto, no Maksoud Plaza Hotel. O programa de aulas conta com os módulos de Mama, Medicina Interna, Radiologia Musculoesquelética, Neurorradiologia, Radiologia Geral, Tórax, Ultrassonografia em Ginecologia, Ultrassonografia em Obstetrícia e Ultrassonografia Geral. Pela primeira vez, terá sua programação dividida em quatro dias, sendo o primeiro destinado a duas sessões especiais: pela manhã, a Sessão de Profissionalismo e, à tarde, o já tradicional Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos da SPR, que consiste de uma sessão de discussão de casos clínicos com o objetivo de promover a educação de residentes em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. No terceiro dia, como outra novidade da programação, serão apresentadas as aulas práticas dos Cursos Híbridos (online e offline) de Segurança em Radiologia (antigo SEADI) e BI-RADS®. A primeira parte de ambos os cursos, teórica, será realizada via web. O sistema BI-RADS® auxilia na avaliação, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem. Já o Curso de Segurança propõe de forma dinâmica discussões sobre radiologia e emergência clínica. A final do Concurso SPR-AIRP se manterá no fim da tarde de sábado. Realizado anualmente pela SPR em parceria com American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), as inscrições deste ano já se iniciaram e vão até 6 de julho. Como prêmio, os ganhadores receberão desde a passagem aérea e a inscrição no Curso de Quatro Semanas (Four–Week Course) do AIRP, em Maryland, EUA, a descontos de 50% na inscrição do mesmo curso.

Todas informações sobre o Feres Secaf 2018 em http://bit.ly/22FeresSecaf

Outra atividade consolidada são as sessões de aulas Hands On de Ultrassonografia, que mostra na prática, de forma interativa e descontraída, em telão, como o profissional deve conduzir determinado exame. As inscrições para o Feres Secaf 2018 abriram durante a JPR 2018, exclusivamente aos membros da SPR. A partir deste mês, todos interessados em participar poderão se inscrever, tendo como prazo final o dia 2 de agosto, de acordo com a disponibilidade de vagas. Membros (residente, aspirante ou titular) ativos possuem isenção da taxa de inscrição, no período de pré-inscrição, um dos benefícios oferecidos pela nova modalidade de relacionamento da SPR.


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JPR 2018 Edição 478 – Junho de 2018

A Jornada a favor da Educação Mais do que a atualização científica constante, a JPR 2018 trouxe à tona a necessidade de integrar a tecnologia à rotina de forma adequada e eficiente A SPR realizou este ano sua 48ª Jornada Paulista de Radiologia. De 3 a 6 de maio, a zona sul da cidade de São Paulo recebeu radiologistas, biomédicos, veterinários, técnicos e tecnólogos, entre outros profissonais, de diversos países para se atualizarem neste que é hoje considerado o quarto maior evento da especialidade no mundo. O congresso contou com a parceria da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), que contribuiu com a organização científica pela terceira vez. A parceria se estende, por enquanto, a mais três edições, nos próximos anos pares. O tema do evento foi Transformando a Educação na Radiologia. O evento contou com exposição e apresentações de trabalhos científicos, após a aprovação dos títulos em Painéis e Temas Livres, exposição técnica com mais de 80 empresas que mostraram o que há de mais inovador em hardware, software e serviços, e a presença de entidades brasileiras e estrangeiras que prestaram informações e atenderam os participantes. A partir desta edição, iniciamos a cobertura gradual do evento – confira todas as informações, a cada mês, no Jornal da Imagem.

Com reportagem de Daiane Bugatti, Gustavo Angimahtz e Marco Murta. Fotos de Carolina Cassiano e Renato TK


JPR 2018

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Homenageados na Sessão de Abertura Foram convidados para compor a mesa os Drs. Carlos Homsi (presidente da SPR), Valerie Jackson (presidente eleita da RSNA), Manoel de Souza Rocha (presidente do CBR), Miguel Angel Pinochet (presidente do Colégio Interamericano de Radiologia), Renato Mendonça (diretor científico da SPR e coordenador científico da JPR 2018), Carlos Buchpiguel (presidente de honra da SPR) e Artur da Rocha Corrêa Fernandes (patrono da JPR 2018). Após a execução do hino nacional brasileiro, foi dada a largada oficial para o maior evento de diagnóstico por imagem da América Latina, e celebrada a presença de profissionais das sociedades radiológicas de diversos países da região, como Argentina, Chile, Colômbia, República Dominicana, Uruguai, Peru e Equador. Três homenageados receberam diplomas de membros honorários da SPR. Dr. Guillermo Azulay, radiologista argentino homenageado, recebeu o diploma das mãos do Dr. Mauro Brandão. “A JPR começa com uma troca de conhecimento, e não é apenas um lugar de intercâmbio científico, mas também de aprendizado; estou cheio de amigos que fiz por aqui. Se puder repetir isso todos os anos, é uma satisfação muito grande”, depôs o argentino. O segundo homenageado, também argentino, foi o radiologista Dr. Sergio Moguillanski, que recebeu o diploma do Dr. Antônio José da Rocha, ex-presidente da SPR.

Drs. Renato Mendonça e James Borgstede

Drs. Carlos Homsi e Carlos Buchpiguel

Drs. Xavier Stump e Artur Fernandes

“Este evento me permitiu fazer tão apreciados amigos, e ser um membro honorário de uma sociedade que faz um esforço enorme pela

educação é uma honra”, relatou o médico. Por fim, Dr. James Borgstede, professor na Universidade de Radiologia no Colorado, EUA, rece-

Drs. Guillermo Azulay e Mauro Brandão da Costa

beu das mãos do Dr. Renato Mendonça a sua homenagem. Também foram entregues as homenagens ao presidente de honra e ao patrono da JPR 2018, respectivamente, os Drs. Carlos Buchpiguel e Artur da Rocha Corrêa Fernandes. O primeiro, que recebeu das mãos do presidente Dr. Carlos Homsi, se disse reconhecido: “Tenho é que agradecer à sociedade pelo que ela me deu todos esses anos”, confessou. Dr. Fernandes, presidente de honra e radiologista musculoesquelético, agradeceu aos que contribuíram em sua formação. “Acredito que esta homenagem reflita o valor que a SPR considera para a atividade de docência e para o jovem que quer se aprimorar”, finalizou o médico, que se emocionou durante sua fala.

Drs. Antônio Rocha e Sergio Moguillanski


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JPR 2018 Edição 478 – Junho de 2018

Educação para o aprimoramento diário Dr. Renato agradeceu a todos os funcionários da sociedade, àqueles que tornaram a estrutura possível e à comissão científica da JPR. Complementou agradecendo à RSNA “pelo esforço de integração para construir uma bela Jornada, forte e consistente”. Em seguida, Dr. Manoel demonstrou gratidão a toda a diretoria da SPR e da RSNA pela organização de mais uma Jornada. Aproveitou também para relembrar aqueles que tornaram todas as outras JPRs possíveis: “Quando olhamos para trás e vemos que essa é a 48ª JPR, é importante ressaltar o empenho de todos nas jornadas anteriores, porque não se faz um evento com esse nível de organização sem contar com os pioneiros, que se empenharam desde os anos 1970. Cumprimento então a atual diretoria e as anteriores. A JPR é um evento consagrado internacionalmente e serve para que os profissionais possam se aprofundar ainda mais e trocar informações por meio do convívio com colegas nos congressos, algo que é absolutamente insubstituível. Aproveito para agradecer e pedir para que possamos manter esse convívio”, afirmou. Dr. Pinochet, além dos agradecimentos, aproveitou para falar sobre a importância do tema da Educação nessa Jornada, ressaltou a grandeza do evento, que reúne mais de 15 mil pessoas, e abordou o desafio em integrar a Inteligência Artificial com a educação contínua: “Agradeço à SPR por fortalecer nossa

especialidade com essa Jornada e por dar oportunidade de falar sobre matérias tão importantes, como a educação. Precisamos nos adaptar e fornecer melhores serviços, tanto na área de pesquisa quanto na de ensino. São matérias que nos fazem pensar e a integrar a Inteligência Artificial com a nossa educação, algo que será normal nas salas de aula do futuro. A Inteligência Artificial analítica nos dá oportunidade de expandir o conhecimento sem fronteiras e sem idiomas. Esta Jornada será um momento de atualização, para fortalecer nossas relações interpessoais”. Foi com grande prestígio que a presidente eleita da entidade norte-americana, Dra. Valerie Jackson, agradeceu a parceria entre Brasil e EUA: “Em nome da RSNA, gostaria de expressar nossa profunda gratidão por nossa associação e por fazer parte da JPR. Esta é a terceira vez, e é uma reunião fantástica para com-

partilhamento de ideias e educação contínua”, disse sorridente. Dr. Homsi celebrou o cinquentenário da SPR e discorreu sobre a maturidade que a sociedade adquiriu ao longo dos anos, por sua busca permanente por inovação e globalização, por meio de cursos online e híbridos. Ressaltou a importância da parceria com a RSNA, além de outras firmadas com organizações da Europa e da América Latina. Finalizou trazendo os atuais debates e temas das plenárias, como Profissionalismo e Inteligência Artificial, e de como isso se reflete na busca por aperfeiçoamento que vem sendo trabalhada há 50 anos pela SPR. Por fim, Dra. Valerie voltou ao palco para falar sobre os benefícios de se tornar um membro da RSNA, enaltecendo os encontros, o uso da Inteligência Artificial, diagnósticos ao vivo e do trabalho voluntário que já conta com mais 200 integrantes internacionais. Foi seguida

pelo Dr. James Borgstede, que deu continuidade ao assunto em sua palestra Inovações em Educação, na qual ressaltou o uso da tecnologia no ensino por exemplos utilizados na Universidade do Colorado, que se adaptou para ensinar aos millennials, ou seja, os nativos digitais. “Como as pessoas aprendem? Nosso público mais jovem é formado pelos nativos digitais, que abraçam a tecnologia como recurso de informação primário. Historicamente, apenas 5% do que é apresentado na aula é retido. Por isso, temos diagnóstico ao vivo, tablets, smartphones e outras tecnologias, como gamefication. O que ganhamos? Interação e dados de desempenho. Todos ganham com esses dados, para que possamos preparar discussões mais interativas para o futuro. O trabalho não funciona mais com muitos livros, os alunos de medicina não querem mais ficar em uma sala tradicional”, finalizou.

CBR renova livro Coluna Vertebral No dia 3, foi lançada a segunda edição do premiado livro Coluna Vertebral, publicado pela editora Elsevier e assinado pelos Drs. Francisco Maciel Jr., João Luis Fernandes e Lázaro Luiz Faria do Amaral. A obra faz parte da série do CBR, em que cada volume traz uma abordagem aprofundada em alguma área de atuação.

Após acumular no currículo o prêmio Jabuti, um dos principais da categoria, o livro foi revisitado, mais colaboradores foram convidados, o conteúdo foi aumentado e as imagens, aprimoradas. Quem comenta é o Dr. Francisco, que explica também o ganho que a nova edição, agora com 835 páginas, teve com o ingresso do Dr. Lázaro, novo autor, nesta edição.


JPR 2018

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A importância da interpretação de imagens No fim do segundo dia de evento, foi apresentada a tradicional e concorrida Sessão de Interpretação de Imagens (CCRP) na JPR. Sua moderação foi dividida pelos Drs. Jeffrey C. Weinreb, pela RSNA, de New Haven, Estados Unidos, e Renato Hoffmann Nunes, pela SPR, de São Paulo. Quatro professores receberam, antecipadamente, histórico e imagens de casos científicos para desenvolver sua lógica e propedêutica, e apresentá-las nesta seção – mostrando, assim, aos participantes como trabalham para chegar a um diagnóstico. A sessão foi iniciada pelo caso de Abdome, discutido pelo por Dr. Leonardo Kayat Bittencourt, do Rio de Janeiro: Telangiectasia Hemorrá-

gica Hereditária, também conhecida como Doença de Osler-Weber-Rendu. Em seguida, Dr. Cristopher Meyer, de Madison, Estados Unidos, apresentou o caso de Tórax: Tumor Fibrótico da Pleura. Ao convidar Dr. Guillermo Azulay, de Buenos Aires, Argentina, para discutir o tema de Musculoesquelético, Dr. Hoffmann não perdoou: “Este foi o caso mais difícil, e por isso passamos a um argentino”, brincou. Mas Dr. Azulay não deixou por menos e acertou o diagnóstico: Osteoma Osteoide. O evento foi encerrado com o caso de Neurorradiologia, estudado pela Dra. Noriko Salamon, de Los Angeles, Estados Unidos: Cordoma Intradural Metastático.

Empresas enriquecem atualização dos participantes Mantendo a tradição das reuniões no horário do almoço organizadas por grandes empresas do setor, foram oferecidas gratuitamente aos participantes aulas e palestras com professores e profissionais da Radiologia. A atividade, que contempla a distribuição de lanches, busca trazer à discussão temas inovadores, de estratégia e científicos, para a carreira médica. Os temas discutidos este ano foram: • Criando Valor em Plataformas de Imagens Corporativas com Analytics e Inteligência Artificial (IA), pela Carestream;

• Jovens Radiologistas de Sucesso: Escolhas, Perspectivas Futuras e Conselhos para os mais Jovens, pela Abramed; • Inteligência Artificial – Ampliando as Fronteiras de Enterprise Imaging com Geração de Valor, pela Agfa; • Inovação e Radiologia: Novas Tecnologias e as Transformações no Mercado de Trabalho; Você Está Preparado?, pela Bracco; • Depósito Cerebral de Gadolínio – Revisão da Literatura, pela Guerbet; • Ressonância Magnética: Meios de Contraste à Base de Gadolínio: Passado, Presente e Futuro, pela Bracco.

O neurorradiologista acumula muita experiência com coluna em sua rotina, mas disse que trazer colaboradores de todos os cantos do País foi fundamental para melhorar o livro. “Acrescentamos mais capítulos, procuramos atualizar a edição de 2012 e acrescentamos nova literatura”, explicou. “Com a melhoria da ressonância magnética, trouxemos um capítulo bem interessante, principalmente pela melhora das imagens, trazendo es-

tudo do plexo leural e braquial, relacionados a processos traumáticos, inflamatórios e tumores”, exemplificou. Outro destaque é para o foco no estudante. “Ele é muito focado no aprendizado, e o CBR tem muita preocupação na formação dos novos profissionais. Muitos estudantes usam o livro para as residências médicas, e esse livro serve muito como referência para eles”, concluiu Dr. Francisco.

App aborda todos os aspectos de RM Também foi lançado no evento o aplicativo Protocolos RM Einstein, de treinamento de execução de exames em ressonância magnética. Disponível para download gratuito nas plataformas Apple e Android, ele foi desenvolvido em seis meses pela equipe do hospital. “É um aplicativo gratuito, de livre acesso e atualização constante, voltado para todos os profissionais que trabalham no setor de RM – biomédicos, tecnólogos, radiologistas, residentes, enfim, todos podem usar para checar sugestões de protocolo, anatomia de RM, identificar e resolver artefatos de imagem de diversas regiões do corpo. É possível

acessá-lo em tempo real, na hora de um exame complexo, ou fora do horário de trabalho, para se atualizar, resolver uma dúvida, ou também montar o protocolo”, disse Dr. Ronaldo Hueb Baroni. “No dia a dia, percebemos que alguns profissionais têm dificuldades específicas – por exemplo, no caso de uma RM de pé, qual é a programação, o eixo correto, para que eu tenha a imagem precisa? Esse app ajuda desde o posicionamento do paciente à execução e finalização do exame. É realmente para a prática”, completou Wandy Alves, biomédica sênior, responsável por treinamento do hospital.


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JPR: é sobre

JPR 2018 Edição 478 – Junho de 2018

Adonis Manzella

Almir Urbanetz

Aline Ayres

Vi palestras sobre abdome, tumores e ovários, e valorizo muito entender os sinais mais precoces das doenças, para ajudar no diagnóstico precoce. Osvaldo de Domenicis

Renato Faria e Silva (Brasília – DF), Abdominal, Digestivo e Geniturinário As palestras foram muito boas, didáticas e esclarecedoras. Gostei que não foram temas fora da realidade, mas de doenças comuns do nosso dia-a-dia.

Evelyn Albertini

João Henrique Felden (Estrela – RS), Abdominal, Digestivo e Geniturinário Sou coordenadora de um curso de diagnóstico por imagem em Ribeirão Preto e vejo que há deficiência de veterinários nesta área. Por isso é um marco importante este evento.

Victor Martins Isac

Isabela Marques (Ituverava – SP), Radiologia para Veterinários Pra gente, é uma baita oportunidade essa sala ‘separadinha’ para os veterinários. Conseguir esse espaço nesse evento é uma representatividade.

Tatiane Fritz

Georgea Jarretta (Santos – SP), Radiologia para Veterinários Achei o evento bem organizado, muito grande. Hoje já assisti a outras palestras porque acho importante manter-se atualizado, e sempre agrega alguma informação nova.

Magali Gutierrez e Darwin Zelada

Pedro Leierer (Natal – RN), Biomédicos e Médicos Veterinários Acho importante ter biomédicos e veterinários, pois são pessoas com quem temos contato, saber quais são os assuntos de interesse deles, estar próximos.

Renato Faria e Silva

Érica Antunes Naves

Ana Luisa Couto

Os participantes têm a oportunidade de perceber que trabalhar com educação é uma opção interessante para atuação do biomédico, que normalmente procura desenvolver sua carreira em laboratórios, clínicas e hospitais. Evelyn Albertini (São Paulo – SP), Biomédicos

É a primeira vez que eu venho e achei coisa de primeira, exatamente como ouvi dos meus colegas que já participaram. Todo mundo comenta lá na residência que o curso de BI-RADS é muito bom. José Lucas Galvão (São Paulo – SP), Curso BI-RADS

Achei tudo extremamente didático. Os casos foram bem ilustrados e excelentes para quem está começando como eu e meus colegas. Erica Antunes Naves (São Paulo – SP), Cabeça e Pescoço

A edição deste ano renova a tradição que consolidou a JPR como um dos maiores eventos da especialidade no mundo. Luciana Baptista (São Paulo – SP), Cardiovascular

Acho o curso muito interessante, muito bem estruturado, e tem a parte prática, que ensina como se lauda e com imagens bem diferentes e interessantes. Maria Regina Machado (Campinas - SP), Densitometria Óssea

Daniel Barbosa

Trabalho com densitometria óssea há 24 anos e sempre venho prestigiar para buscar novidades e informações que possam acrescentar à minha atividade diária na prática médica. Osvaldo de Domenicis Jr. (São Paulo – SP), Densiometria Óssea

O evento tem um impacto grande no nosso trabalho, traz ideais novas e coloca a nossa cabeça ainda mais para funcionar no sentido de gerar um questionamento em como podemos melhorar os nossos serviços. Isabela Andrade (Araguari – MG), Enfermagem em Radiologia

Dos temas abordados, achei que a questão da segurança do paciente foi bem útil para nós, como profissionais, e também sobre a válvula de segurança. Iandra de Paula (Natal – RN), Enfermagem em Radiologia

Vir é ótimo para nos atualizarmos em todos os aspectos. Os professores têm muito conhecimento e estão totalmente atualizados com o que há de mais recente. Magaly Gutierrez Suyo (Lima – Peru), Física em Radiodiagnóstico

Sempre estou presente na JPR, sou associada à SPR e participo ativamente, fazendo cursos online. Gosto muito da forma como a Sociedade organiza a JPR, que só melhora! Angélica Godinho (São Luís – MA), Imagem da Mulher

Aline Ayres (São Paulo – SP), Biomédicos e Médicos Veterinários

Luis Eduardo

Georgea Jarretta

Renato Amaral

Patrícia, Luciana e Cristiane


e pessoas Angélica Godinho

José Lucas Galvão

Dou muito valor aos temas relacionados à educação. A SPR está de parabéns por ter escolhido esse tema como o eixo central de seu principal evento. Daniel Martins Barbosa (Teresina – PI), Intervenção Guiada por Imagem Ao longo dos últimos cinco anos, o enfoque das aulas da JPR mudou muito. Acho interessante que a investigação mamária mudou. Por tecnologia e avanços da medicina. Maria Helena Araújo Teixeira (Belo Horizonte – MG), Mama Eu vim mais para adquirir conhecimentos na parte da radiologia das mamas, e as aulas da Dra. Mary Mahoney estão sendo ótimas, estou acompanhando desde o primeiro dia. Tatiane Fritz Pires (Lageado – RS), Mama A organização do evento está muito boa e os temas que mais gostei são os de PET/ CT e medicina nuclear convencional.

Lucas Vieira

Almir Urbanetz (São Paulo – SP), Musculoesquelético É muito bom, acho que é o melhor congresso que eu já fui na minha vida, não vou mentir. Está tudo muito bom e espero que todas as aulas que eu ainda vou assistir estejam assim.

João Felden

A organização e o conteúdo estão muito bons em nosso módulo; estou satisfeita. Há muitas aulas interessantes, especialmente os assuntos de tomografia e mamografia.

Simone Baltar, (Salvador – BA), Neurorradiologia

Luciana Henneman (Novo Hamburgo – RS), Técnicos e Tecnólogos em Radiologia

O diferencial é quando o professor traz uma experiência e os dados do hospital que em que trabalha. Gosto muito da JPR como meu congresso anual. Celso Luis (Aracaju – SE), Oncologia

O que me trouxe a esta palestra é o meu interesse por contraste. Sou coordenadora do curso de AVR e a gente fala sobre isso no curso, então vim para estar ciente das novidades. Adonis Manzella (Recife – SP), Pediatria

Vim para me atualizar. Sou radiologista pediátrica no Rio, e todos os palestrantes são conhecidos no meio. Eu venho todo ano. Bianca Guedes Ribeiro (Rio de Janeiro – RJ), Pediatria

As aulas de PET/CT estão de altíssimo nível. Hoje pela manhã tivemos aula de anatomia, que são de grande valia, principalmente para o médico nuclear. Victor Martins Isac (Brasília – DF), PET/CT

O mais interessante para mim é poder me atualizar com coisas que a gente não vê tanto no dia a dia, os trials novos, as novas opções de tratamento e como implicam na nossa interpretação.

Luis Eduardo Souza (Belém – PA), Musculoesquelético

Simone Baltar

Bianca Ribeiro

É realmente uma atualização bem completa, com ótimos conteúdos e bem apresentados. É ótimo para melhorarmos e nos assegurarmos de que estamos aplicando isso no dia a dia.

Renato Amaral (Brasília – DF), Medicina Nuclear Escolhi assistir à palestra do professor Heber McMahon, de Chicago. Para mim, o destaque do evento são os temas das aulas, que vêm melhorando a cada ano.

JPR 2018

Caio Hannuch Nascif

Maria Regina Machado

Pedro Leierer

O congresso é surpreendente. Na grade de Tórax, especificamente, me chamaram a atenção as aulas de padrões básicos de tomografia. Ana Luisa Soares Couto (Brasília – DF), Tórax

Às vezes ficamos presos aos livros e aos mesmos profissionais que vemos todo dia. Na hora que nos deparamos com pessoas diferentes, abordagens diferentes ajudam a abrir mais a cabeça. Lucas Costa Martins Vieira (Belo Horizonte – MG), Ultrassonografia Geral

Trabalho muito com ultrassom, e pretendo utilizar os métodos na prática, então estou assistindo àquilo em que estou atuando.

Iandra de Paula

Maria Helena Teixeira

Isabela Andrade

Maira Otaviano Furlan (Blumenau – SC), Ultrassonografia Geral

Assisti às aulas o dia todo e achei todas bem explicadas e elaboradas com palestrantes bem preparados. Particularmente gostei bastante dos temas de extensão perineural, zumbido pulsátil e perda auditiva.

Ilana Nogueira e Felipe Ferreira Jr.

Felipe Ferreira Jr. (São Paulo – SP), Cabeça e Pescoço

Caio Hannuch Nascif (São Paulo – SP), PET/CT Celso Luis

Maira Furlan

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Luciana Baptista

Isabela Marques


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JPR 2018 Edição 478 – Junho de 2018

SPR se reúne com entidades de todo o mundo

A concentração de profissionais de todo o mundo na JPR propicia a reunião da SPR com diversas entidades: com SAR e FAARDIT (esq. acima); com RSNA; almoço com lideranças internacionais (acima); Federação Mexicana (esq. abaixo); e Sochradi. No topo da página, a diretoria com os novos membros correspondentes da SPR


A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, pioneira na elaboração de cursos de radiologia online, agora garante aos seus associados uma série de métodos exclusivos de educação continuada e pesquisa.

Benefícios do Membro SPR

CURSO DE RADIOLOGIA DE

Sobrevivendo no Plantão ANOS

BI-RADS®

VIDEOTECA

Para informações, acesse: www.spr.org.br


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EVENTOS SPR Edição 478 – Junho de 2018

CMA de junho: Encontro Rio-São Paulo de Radiologia

Confira a programação completa e todas as informações do clube em http://spr.org.br/eventos/clube-manoel-de-abreu/.

Nos dias 22, 23 e 24 de junho, o Clube Manoel de Abreu (CMA) será realizado em Campos do Jordão, interior de São Paulo. A terceira reunião do ano está sob coordenação dos Drs. Arilton Carvalhal, Frederico Bernardes, José Carlos Silva (anfitriões) e Nelson Caserta (presidente do CMA). A edição deste CMA também é chamada de “Encontro Rio-São Paulo” por possibilitar a reunião de profissionais da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) e da Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ). “O CMA de Campos de Jordão é um dos eventos mais queridos do nosso calendário. É quando temos a oportunidade de rever grandes amigos em um ambiente muito agradável, em uma cidade reconhecida por todo o seu potencial turístico”, comenta Dr. Leonardo Kayat Bittencourt, presidente da SRad-RJ. Dr. Leonardo conta, também, que este ano, como nos últimos, a SRad-RJ vai disponibilizar transporte com ônibus turístico sem custo a seus associados (com direito a acompanhante e filhos). “Não

perca esta oportunidade de combinar um evento de altíssimo nível em radiologia com um fim de semana maravilhoso entre amigos em Campos de Jordão.”

Dicas quentes em 10 minutos O evento será composto em duas partes: o sábado será didático, com aulas científicas dinâmicas. Sua programação tem novidades: das 9h às 12h, os radiologistas participarão de aulas de 10 minutos, realizadas por renomados palestrantes de SP e RJ. “Esta edição do CMA contará com o formato inédito de aulas dinâmicas e mais curtas, intitulado ‘Dicas quentes em 10 minutos - o que o radiologista não pode esquecer’, que é o tema desta edição. Os palestrantes irão abordar temas variados (tórax, abdominais e neuro, entre outros) e falar o que é mais relevante e de grande necessidade para o especialista. Serão dicas muito importantes para o dia a dia do Diagnóstico por Imagem”, explica Dr. Nelson Caserta.

EMPRESAS PARCEIRAS

Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição.


EVENTOS SPR

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CMA de Araraquara: cobertura na próxima edição Na próxima edição do Jornal da Imagem, será publicada a cobertura completa do Clube Manoel de Abreu em Araraquara. O encontro foi realizado de 25 a 27 de maio, sob o tema Temas Práticos de Urgência e Emergência, com coordenação dos Drs. Fernando Pereira Vanni (anfitrião) e Nelson Caserta. Não perca, acompanhe-nos!

A charmosa Campos do Jordão receberá, mais uma vez, o encontro Rio-São Paulo de Radiologia

Dentre os temas que serão apresentados, estão: • O Sinal do Halo Invertido – Dr. Pablo Rydz P Santana; • Como Diferenciar: Dissecção da Aorta, Hematoma Intramural, Úlcera Aterosclerótica, Aneurisma e Pseudoaneurisma – Dr. Douglas Racy; • Anomalias Intestinais e do Úraco na Criança – Dr. Douglas Racy;

• Pediatria e o Segredo dos Detalhes – Dr. Nelson Caserta; • Imagem nas Demências – Dr. Antônio Rocha; • Lesão Grave no Punho pelo RX Simples – Dr. Mauro Brandão; • RX da Coluna no Trauma – Dr. Mauro Brandão. Após o almoço, das 14h às 15h30, será realizada a nova edição da gincana. “Cada vez mais essa atividade tem

sido um sucesso entre os participantes, devido ao seu apelo e formato didático e divertido. De uma maneira tranquila e alegre, são apresentados casos e feitas perguntas em formato de disputa entre dois grupos, tudo com bastante diversão e ensinamento. No encontro, convidados residentes vão participar e formar duas equipes entre RJ e SP”, comenta Dr. Nelson. O domingo mantém em seu

programa a tradicional discussão de casos e o almoço de encerramento. As inscrições para o encontro são feitas no local do evento. A participação para membros da SPR é livre, e seus acompanhantes (um adulto e duas crianças com até 8 anos) são isentos na programação social. Já os radiologistas e residentes não associados pagam uma taxa de R$ 365, e seus acompanhantes R$ 210.

Jornal da Imagem: gerencie o armazenamento com facilidade É muito prático gerenciar o armazenamento* na versão digital do Jornal da Imagem. Para otimizar o espaço em seu dispositivo, é possível apagar as edições já lidas e baixá-las novamente a qualquer momento. Veja o procedimento: 1

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Faça o download gratuitamente na loja de aplicativos do seu aparelho e fique bem informado!

1. Acione o menu lateral para exibir as opções disponíveis 2. Selecione a opção Remover edições 3. Toque sobre a capa da edição que deseja remover. Uma janela de confirmação será exibida 4. Escolha a opção Arquivar (iOS) ou Deletar (Android) 5. Por último, toque em Ok, no canto superior direito e pronto: você excluiu com sucesso! *Cada edição ocupa entre 80Mb e 100Mb de espaço.


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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 478 – Junho de 2018

Acompanhe as 13 reuniões dos Grupos de Estudos do mês Estão agendadas para junho as reuniões de treze Grupos de Estudos da SPR, que são realizados na sede da SPR ou no Maksoud Plaza Hotel. Desde 2003, ano da fundação do primeiro dos grupos – o Germe –, profissionais da área se reúnem para compartilhar experi-

ências, transmitir dicas práticas e discutir casos científicos. Para participar, basta comparecer ao local programado ou acompanhar via web: http://spr.org.br/ cursos-via-web. Confira quais reuniões serão realizadas em junho e programe-se!

Mais informações dos Grupos de Estudos em http://spr.org.br/grupos-de-estudos

Confira as fotos dos encontros de maio no aplicativo do Jornal da Imagem

DATA

REUNIÃO

5 de junho

O Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get) se encontra na sede da SPR

6 de junho

Os Grupos de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe) e de Ultrassonografia (Geus) se reúnem na sede da SPR

7 de junho

No Maksoud Plaza Hotel vão se encontrar os Grupos de Estudos de Mama (Gema), de Radiologia do Abdome (Gera) e de Radiologia Musculoesquelética (Germe)

13 de junho

O Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR) faz sua reunião na sede da SPR

14 de junho

O Maksoud Plaza Hotel recebe o Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)

19 de junho

Os Grupos de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri), de Tórax (Geto) e de Cabeça e Pescoço (Gecape) se reúnem no Maksoud Plaza Hotel

21 de junho

O Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge) se encontra no Maksoud Plaza Hotel

26 de junho

O Grupo de Estudos de Pediatria (Geped) encerra as reuniões do mês na sede da SPR

Clube Roentgen discute avaliação dos gliomas Em 13 de junho, Dr. Lázaro Luís Faria do Amaral conduzirá a aula do Clube Roentgen. Realizado no Maksoud Plaza Hotel, às 20 horas, o encontro tem participação livre com o objetivo de proporcionar mais aproximação entre os radiologistas, por meio da troca de experiências e conhecimento. Com a palestra intitulada Métodos Avançados de Imagem na Avaliação dos Gliomas, Dr. Lázaro irá abordar as técnicas avançadas de perfusão, tratografia, espectroscopia e APT (Proton Amido Transfer) na avaliação dos gliomas. “Novas abordagens com as técnicas convencionais, na tentativa de chegar o mais próximo possível do diagnóstico definitivo, inclusive com algumas inserções da parte genética destes

tumores do SNC, também serão abordadas na aula”, conta. Na mesma noite, após a aula expositiva, serão discutidos quatro casos

de áreas diferentes advindos do Hospital Heliópolis, sob coordenação do Dr. Aldemir Humberto Soares. A parceria entre a SPR e a Pixeon para a transmissão de eventos científicos promovidos pela entidade permanece. Aqueles que não puderem comparecer presencialmente podem acompanhar via web, pelo computador ou celular: http://spr. org.br/cursos-via-web. Para assistir, é necessário ter o Java atualizado em sua máquina. Já em tablets e smartphones, os usuários de aparelhos com o sistema operacional iOS, da Apple, e Android, do Google, precisam baixar o aplicativo GoToWebinar. Maio – O Clube Roentgen do mês passado foi realizado no dia

Mais informações sobre o Clube Roentgen em http://spr.org.br/eventos/ clube-roentgen

16, com um tema atual na rotina do radiologista: Contribuição dos Métodos de Imagem no Planejamento Cirúrgico das Metástases Hepáticas, ministrado pelo Dr. Roberto Blasbalg. Já a mini CCRP recebeu casos do Hospital Israelita Albert Einstein, coordenado pelo Dr. Miguel José Francisco Neto.


EDUCAÇÃO DIGITAL

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COR: cinco turmas com inscrições abertas Reflexo do posicionamento pioneiro da SPR em educação digital, o Curso Online de Radiologia (COR) possui uma metodologia própria de ensino, ambiente de estudo inovador e sistema de avaliação distinto. O material didático do curso é composto por videoaulas, artigos científicos de apoio,

além de acesso a fóruns de discussão e suporte de tutores online gabaritados. Ao todo, o COR tem 10 módulos, divididos por subespecialidade; cinco deles, no formato tradicional, ainda possuem inscrições abertas neste mês. Confira a seguir, a tabela de prazos de inscrição:

Curso Online de Radiologia

Formato Tradicional

Cabeça e Pescoço (turma 31) Mama (turma 32) Neurorradiologia/Neuropediatria (turma 33)

17/05 a 13/08/18 Inscrições até 5 de junho

Coluna Vertebral/Medula Espinal (turma 34) Radiologia Cardiovascular [híbrido] (turma 35)

25/05 a 10/09/18 14/05 a 06/09/18 15/05 a 06/08/18

Inscrições até 20 de junho

06/06 a 17/10/18

Para o segundo semestre de 2018, estão programadas mais cinco turmas. As inscrições iniciaram-se em maio: • Turma 36 (Radiologia Musculoesquelética) – 06/08 a 29/11/18; • Turma 37 (Tórax) – 07/08 a 06/12/18; • Turma 38 (Abdome/Trato Digestório) – 01/08 a 19/11/18; • Turma 39 (Abdome/Trato Geniturinário) – 02/08 a 05/11/18; • Turma 40 (Imagem da Mulher: Ginecologia) – 03/08 a 19/11/18. Mais informações no endereço: http://bit.ly/COR2018SPR. Os serviços de residência e aperfeiçoamento também podem aderir

ao COR. Nesse formato, incorporado e já aprovado por diversas instituições que o aderiram, o curso é dividido em três ciclos, que agrupam os módulos de maneira que se adéquam ao período de residência (três anos). O objetivo é que o conteúdo teórico possa ser mais facilmente apropriado pelos serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem como um material de ensino complementar à grade curricular de seus programas de residência/aperfeiçoamento. Membros da sociedade pagam 20% menos na taxa de registro nas inscrições por meio do programa, quando comparada à individual. As vagas para o ciclo 2018 – 2019 já estão abertas.


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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 478 – Junho de 2018

SPR apresenta Curso Híbrido em Endometriose Pioneira em cursos online para aprimorar o conhecimento científico, a SPR visa oferecer mais aulas com praticidade e comodidade aos radiologistas. Assim, traz este ano a realização de cinco cursos no método híbrido (com aulas online e offline) – ou seja, a primeira parte, teórica, é sempre cumprida via web, finalizada depois por um ou mais encontros presenciais para encerrar o conteúdo com a prática. Um dos cursos neste formato e lançamento este ano é o Curso Avançado de Imagem em Endometriose. Focado em ultrassono-

grafia e ressonância magnética, as aulas abordam desde os tópicos mais básicos dos exames em endometriose aos mais avançados, ao longo de dez aulas. Voltado para profissionais que já têm o contato e experiência com os exames, ele também é indicado aos residentes, por abordar alguns assuntos básicos. O objetivo é mos-

trar ao radiologista quais são os limites, vantagens e desvantagens de cada método, para que saibam reconhecê-los. “Falar com o especialista que já tem familiaridade com a endometriose também é o foco do curso avançado. Serão passadas informações sobre a realização e técnicas dos exames, mostrando alguns conceitos de endometriose, como ela se manifesta e a correlação entre os exames de imagem de diagnóstico e a cirurgia”, afirma Dr. Leandro Accardo de Mattos, coordenador do curso.

O Curso Avançado de Imagem em Endometriose irá, ainda, ensinar quais são os tópicos essenciais para colocar no laudo, considerando-se a importância de estratégia cirúrgica nesses casos. Algumas aulas online já estão disponíveis, e em todas as terças-feiras haverá a liberação de uma nova, até o dia 24 de julho. De 31 de julho a 7 de agosto, será aplicada a avaliação final e, em 18 de agosto, está marcado o módulo presencial, durante o Curso Feres Secaf 2018, no Maksoud Plaza Hotel. Confira mais informações e inscreva-se em http://bit.ly/HibrEndo.

Conheça os demais híbridos programados para este ano

Curso de Segurança em Radiologia O antigo curso SEADI foi atualizado e redimensionado, sendo agora denominado Curso de Segurança em Radiologia. Dividido em dois módulos, o teórico é realizado de forma online e já está com as inscrições abertas. A aula prática será realizada presencialmente no Curso Feres Secaf 2018, no Maksoud Plaza Hotel - lembrando que só poderá participar dessa segunda parte quem concluir a primeira, teórica. Coordenado pelos Drs. Renato Hoffmann, Tufik Bauab Jr. e Augusto Scalabrini Neto, propõe de forma dinâmica discussões sobre radiologia e emergência clínica, e certificação com validade de quatro anos.

Curso Teórico-Prático ACR BI-RADS® Coordenado pelo Dr. Luciano Chala. O sistema BIRADS® auxilia na avaliação, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem. Ao se inscrever pelo site da SPR, o participante terá acesso a um pacote de oito aulas e uma avaliação, que será realizada online e é obrigatória para cursar o módulo prático. Assim como o Curso de Segurança em Radiologia, quem participa do BI-RADS® recebe certificação com validade de quatro anos. A parte presencial do curso será realizada no Maksoud Plaza Hotel, durante o Curso Feres Secaf 2018.

Curso de Radiologia de Emergências – Sobrevivendo no Plantão De julho a agosto, as aulas teóricas deste curso avançado da SPR serão realizadas a distância via web - as inscrições já estão abertas. Já a parte prática, presencial, também é apresentada no Curso Feres Secaf 2018, no Maksoud Plaza Hotel, e é baseada em estudos de casos e discussão com especialistas. O curso, que tem o objetivo de familiarizar os alunos com os principais temas em Radiologia de Emergência, é coordenado pelos Drs. Antônio Rahal Jr. e Paulo Savoia Dias da Silva.

Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética Para este curso híbrido, participantes também já podem realizar as inscrições no site da SPR. As aulas online serão realizadas de agosto a outubro; já a prática presencial, está marcada para o dia 10 de novembro. Sob coordenação do Dr. Mauro José Brandão da Costa, seu conteúdo conta com tópicos relevantes e atualizados de temas clínicos, tanto do cotidiano quanto mais complexos.


NOTÍCIAS

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Somos mais de 12 mil radiologistas A Demografia Médica do Brasil mostra que a maioria dos especialistas está no Sudeste; índices corroboram desigualdade na distribuição médica do País A Radiologia é a 10ª maior especialidade, considerando-se a quantidade de médicos oficialmente registrados do País. Esta é uma das conclusões da Demografia Médica no Brasil 2018, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP, que tem o

Prof. Dr. Mário Scheffer como principal pesquisador e coordenador. O documento tem o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Usou, ainda, bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB), Comissão

DEMOGRAFIA MÉDICA

Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC). Em maio, o Jornal da Imagem publicou matéria apontando que a principal constatação do estudo foi de que nunca houve um crescimento tão grande da população médica

no País em um período tão curto – em 50 anos, enquanto a população brasileira aumentou 2,2%, a de médicos cresceu 665,8%. Os 452.801 médicos registrados perfazem uma razão de 2,18 médicos por 1 mil habitantes, mas a desigualdade na distribuição é um dos fatores predominantes dos resultados.

Olhando-se para as especialidades, as dez maiores são:

6%

4,2%

4,1%

4,1%

3,6%

3,2%

Medicina do Trabalho

Ortopedia e Traumatologia

Cardiologia

Oftalmologia

Radiologia e DI

homens

8%

Anestesiologista

1,77

63,9%

8,9%

Ginecologia e Obstetrícia

Razão Masc | Fem.

10,3%

Cirurgia Geral

mulheres

11,2%

Pediatria

36,1

%

Clínica Médica

Os radiologistas somam 12.233 profissionais – são 5,89 para cada 100 mil habitantes –, e estão assim classificados e divididos:

A idade média é de 45,7 anos, e o tempo médio de formado é de 20,9 anos.

DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO Sudeste......................... 52,9% Nordeste............................... 17,8% Sul............................................. 16,9%

Estados com mais profissionais:

Estados com menos profissionais:

São Paulo............. 3.814 Rio de Janeiro............... 1.265 Minas Gerais....................1.139 Rio Grande do Sul..........845 Paraná.....................................680

Roraima........................9 Acre.................................................11 Amapá........................................ 29 Rondônia...................................59 Tocantins..................................64

3,8 mil

O número de médicos cursando residência em Radiologia em 2017, por vagas por ano, era de: R1

R2

R3

R4

R5

R6

Total

%

497

405

381

7

-

-

1.290

3,7% do total de vagas na Medicina

Centro-Oeste....................... 9,1% Norte.......................................... 3,4%

Os cinco principais outros títulos que os radiologistas têm são de: Ginecologia e Obstetrícia......................................................................... 827 Clínica Médica....................................................................................................350 Cirurgia Geral......................................................................................................330 Pediatria..................................................................................................................161 Ortopedia e Traumatologia......................................................................150

Dentre os recém-formados em Medicina em 2018, a Radiologia era a primeira opção para residência médica para 5,2% do total. O número de vagas autorizadas para residência em Radiologia em 2018 foi de: R1

R2

R3

R4

R5

R6

Total

%

581

581

581

33

-

-

1.766

3,1% do total de vagas na Medicina


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SPR GLOBAL Edição 478 – Junho de 2018

Diventerò: a gratificante vivência na Itália Os três radiologistas selecionados pelo Progetto Diventerò 2017/2018 retornaram de seus fellowships na Itália. Pelo terceiro ano consecutivo, a SPR e a Fundação Bracco realizaram o programa que, nesta edição, premiou os Drs. Bárbara Bresciani, Bernardo Corrêa de Almeida Teixeira e Bruna Allegro. Eles frequentaram instituições de excelência naquele país por seis semanas, sempre com um mentor, que forneceu orientação, pareceres científicos e técnicos durante o período de estágio na Itália. Conheça suas experiências! “Fiquei em Milão. A maior parte do tempo do meu estágio foi no Ospedale San Raffaele, um dos maiores hospitais de Milão, com um fluxo grande de pacientes e radiologistas de referência na minha área, radiologia mamária. Tive ainda a oportunidade de conhecer e ficar algum tempo do estágio também no Istituto Europeo di Oncologia (IEO), um hospital menor, porém bastante destacado na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, uma vez que foi fundado e até hoje é conduzido pelo grupo do Prof. Veronese. Ambos os hospitais apresentavam uma excelente infraestrutura, dispondo de todos os recursos mais modernos disponíveis para a minha área. O ‘primario’, chefe do setor de radiologia mamária no San Raffaele, era o Dr. Pietro Panizza, uma referência na especialidade, tanto do ponto de vista assistencial, como de produção científica. Era extremamente acessível e constantemente preocupado em ajustar o estágio às minhas expectativas e necessidades, isto é, possibilitar que eu pudesse conhecer e acompanhar todos os setores que mais me interessassem, inclusive acompanhar reuniões e cirurgias, por exemplo. A equipe era relativamente grande, em torno de dez radiologistas no setor de mama, todos muito solícitos e disponíveis, e a maioria dos médicos atuava majoritariamente ou exclusivamente na subárea de mama (alguns também faziam períodos de radiologia geral, ressonância ou tomografia do corpo, por exemplo). Todos os radiologistas da equipe faziam todos os tipos de exames e procedimentos de mama, algo fundamental na visão do Dr. Panizza, pois é o tipo de vivência que permite uma visão diferenciada

Drs. Bernardo, Bárbara e Bruna

e uma melhor correlação dos achados entre os métodos. Fiquei admirada com a valorização da ultrassonografia na Itália. O ultrassom é um método barato, disponível, e sem riscos ao paciente, no sentido de não utilizar radiação ionizante. Mesmo assim, muitas vezes nos deparamos com um cenário de subaproveitamento deste valioso recurso diagnóstico. Outro aspecto interessantíssimo foi a constante proximidade entre a equipe de diagnóstico e a equipe de cirurgiões nos hospitais, o que permite uma melhor tomada de decisão caso a caso, individualizando as condutas e evitando procedimentos desnecessários. A comunicação próxima com os médicos solicitantes é um dos aspectos mais importantes na atuação do médico radiologista, e, como na Itália tanto os radiologistas como os cirurgiões são fixos no hospital em que são contratados, esta proximidade é potencializada. Foi impressionante também perceber como a realização de projetos de pesquisa é algo estrutural na cultura local, inclusive algumas vezes se tratando de projetos específicos encomendados e remunerados pelo governo ou por instituições europeias de fomento e

Dr. Bernardo (de azul) e Dr. Andrea Rossi (de cinza) com demais médicos e residentes em Gênova

auxílio à pesquisa. É uma sociedade que compreende a importância da geração de conhecimento, e como os resultados disso podem impactar positivamente as suas vidas, gerando progresso e economia. A medicina na Itália é socializada e o sistema público tem maior alcance com um menor custo. Além disso, existe uma quantidade bem maior de hospitais de alta complexidade. Assim, a radiologia praticada na Itália é em alguns aspectos muito diferente daquela que nós praticamos no Brasil; em virtude de diferenças na estruturação dos sistemas de saúde dos dois países, por exemplo, algumas vezes eles são mais ‘invasivos’ do que nós, em outras vezes ocorre o contrário. Acredito que cada modelo tem pontos positivos e negativos dentro do seu contexto cultural, social, econômico. Em minha opinião, a experiência de poder observar casos semelhantes àqueles que atendo no meu dia a dia, serem conduzidos de maneira algumas vezes diferente, foi extremamente enriquecedor. Isto me permitiu a oportunidade de exercitar um outro ponto de vista, questionar nossas condutas, e finalmente, entender melhor os motivos pelos quais atuamos da

maneira que atuamos. É um aprendizado de valor inestimável, e, sem dúvidas, permite imenso amadurecimento profissional. É muito gratificante voltar para casa com a convicção de que no Brasil temos condições e qualificação para praticar uma medicina moderna, disponibilizando o que existe de melhor para as pacientes! Por fim, não posso deixar de mencionar a maravilhosa oportunidade de aprender mais sobre a cultura italiana, de conhecer lugares turísticos maravilhosos e de melhorar minha fluência no italiano, além de conhecer e conviver com a Bruna e o Bernardo, grandes companhias nas dificuldades e nas diversões do dia a dia!” Dra. Bárbara Bresciani, médica assistente da equipe de mama do InRad - HCFMUSP, atuando também no ICESP. Integrante do grupo de mama do Hospital Oswaldo Cruz, pelo Grupo Fleury.

“Estive no serviço de Neurorradiologia também do Ospedale San Rafaelle, em Milão, com Dr. Andrea Falini à frente da equipe, e no serviço de Neurorradiologia Pediátrica do Istituto Giannina Gaslini, em Gênova, com Dr. Andrea Rossi. Em Milão, a equipe de neurorradiologia era grande, com médicos


SPR GLOBAL

dedicados a cada subespecialidade neurorradiológica e acesso a um equipamento de RM de 3 Tesla direcionado mais à pesquisa, e outros três equipamentos de 1.5 Tesla voltados mais à prática clínica. Em Gênova, a equipe era bem menor, pois o hospital é somente pediátrico, porém a rotina de trabalho mais intensa com acesso a um equipamento de RM de 3 e outro de 1.5 Tesla. Entretanto, em ambos, os serviços de neurorradiologia são totalmente separados das demais áreas da radiologia, com equipamentos exclusivos, o que possibilita muito a redução da exposição à radiação ionizante e a aquisição de protocolos completos. Existe uma clara preocupação com a qualidade dos exames e laudos, assim como com a interação e adequada comunicação com as demais especialidades médicas atuantes no hospital. Isso torna o ambiente muito propício ao aprendizado e à colaboração científica entre os profissionais da saúde. Na Itália, os grandes centros de imagem estão dentro dos hospitais, e de forma geral são poucas as clínicas privadas. A maior parte dos médicos atua em um único hospital e possui tempo reservado para atividades de ensino e pesquisa. O volume de exames é proporcionalmente menor que o nosso; além disso, observei que a produtividade não é o mais importante para eles, diferente do que habitualmente acontece em nosso país. O radiologista é muito mais presente, atuando na realização dos exames, aprimoramento dos protocolos, confecção de laudos e em grande parte das discussões clínico-cirúrgicas onde as condutas são decididas. Em Milão, tive a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos em técnicas de perfusão aplicadas em tumores do sistema nervoso

central, assim como entender como eram aplicadas técnicas avançadas no dia a dia e em protocolos de pesquisa. Em Genova tive condições de me dedicar exclusivamente à neurorradiologia pediátrica, enfocando em exames de ressonância fetal e neonatal. No momento, meu grande desafio é encontrar meios para aplicar os conhecimentos adquiridos na minha rotina aqui no Brasil. A experiência de ter atuado e convivido diariamente com grandes renomes da neurorradiologia em diferentes ambientes e cidades me possibilitou compreender melhor a trajetória e os desafios que cada um enfrentou para conseguir atingir o grau de excelência atual em seus serviços. Além disso, o ambiente multicultural com residentes e radiologistas de diversos países me permitiu conhecer a realidade de cada um e pensar no que podemos replicar no Brasil para melhorar nossa prática clínica e atividades de ensino e pesquisa. Aos colegas que pensam em se inscrever no Diventerò, aconselho pensar no porquê e no que pretende fazer na Itália; isso te dará motivação e ideias para preparar a candidatura. Aprenda ao menos o básico da língua italiana; os italianos são muito receptivos, mas sem dúvida saber o idioma facilita a convivência e torna a interação mais agradável. Escolham centros de referência e tentem direcionar o estágio para algo específico que tenham mais interesse ou dificuldade. E não se esqueçam de viajar nos finais de semana livres, a Itália está repleta de tesouros culturais!” Dr. Bernardo Corrêa de Almeida Teixeira, médico neurorradiologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR) e do Instituto de Neurologia de Curitiba/CETAC; Supervisor do Programa de Residência Médica em Radiologia e

Diagnóstico Por Imagem do HC/UFPR, onde também coordena um Curso Prático de Radiologia para Acadêmicos de Medicina.

“A minha área de interesse neste treinamento prático era a neurorradiologia. Também fiquei no Ospedale San Raffaele em Milão, onde a neurorradiologia tem um setor separado das outras áreas da radiologia, sendo o médico responsável o Prof. Andrea Falini, que foi muito simpático e solícito no período em que estive lá. O setor conta com um aparelho de RM de 3T e mais três de 1,5T, três aparelhos de TC e uma sala de neurorradiologia terapêutica. Além disso, a instalação de uma PET-RM no hospital estava sendo finalizada. A equipe do departamento é grande e composta por neurorradiologistas mais experientes e outros mais novos, que dividiam a rotina de trabalho com períodos na emergência, e nos diversos aparelhos. As muitas reuniões clínicas aconteciam semanalmente, com casos interessantes e boas discussões, mostrando o papel do radiologista nas condutas terapêuticas. Acredito que, em relação à formação e capacitação profissional, não existam muitas diferenças entre o Brasil e a Itália. Pude perceber que temos uma formação boa, com acesso às mesmas informações e conhecimento. Uma diferença que chamou minha atenção na prática diária é que lá todas as agendas de cada aparelho de RM têm um radiologista responsável, o que possibilita o acompanhamento dos exames de perto, permitindo que os protocolos sejam personalizados de acordo com a necessidade do paciente. Os exames são marcados com intervalo de tempo um pouco maior, permitindo essa dedicação do radiologista para cada caso. Outro ponto importan-

te a ressaltar é o grande incentivo e apoio à pesquisa científica no hospital, sendo o departamento de pesquisa da faculdade grande e com muitos colaboradores. Participar do Progetto Diventerò foi uma experiência maravilhosa em todos os aspectos. No âmbito profissional, pude vivenciar na prática a rotina de um hospital italiano, ver casos interessantes, conviver com diversos profissionais e ver como lidam com as decisões da prática diária, permitindo uma troca de experiências muito válida e mostrando um pouco da radiologia brasileira. A visita ao Centro de Pesquisas da Bracco, onde ocorrem processos de desenvolvimento e fabricação de meios de contraste, também foi muito interessante, pois não tinha conhecimento dos processos de produção e da tecnologia envolvidos. No lado pessoal, a oportunidade de viver em Milão, praticar um idioma diferente, mergulhar na cultura e culinária italiana, e ir conhecendo o dia a dia de um habitante local foram bastante enriquecedoras. Também pude conhecer muitos lugares novos, lindos e cheios de história, na companhia dos outros dois bolsistas que viajaram comigo, e que fizeram dessa estadia ainda mais agradável. Essa experiência de intercâmbio profissional na Itália foi uma oportunidade fantástica que a SPR e a Fundação Bracco proporcionaram. Em minha opinião, o que pode ajudar na seleção para o projeto é um histórico que demonstre interesse em atividades acadêmicas e participação na radiologia, incluindo atividades realizadas pela sociedade. Aos colegas interessados em participar, incentivo muito.” Dra. Bruna Allegro, que atua na equipe de neurorradiologia do Grupo DASA.

RSNA apresenta curso em Buenos Aires Em 8 e 9 de junho, a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) oferecerá o RSNA Spotlight Course em Buenos Aires, Argentina. Líderes renomados da

radiologia do abdome vão falar sobre os últimos avanços na tecnologia e procedimentos durante o curso, apresentado inteiramente em espanhol.

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Outras informações em RSNA.org/ Spotlight. Para dúvidas ou para se inscrever, entre em contato com international@RSNA.org.



EMPRESAS

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Agilidade, precisão e inteligência Conheça destaques do que foi apresentado por empresas do setor na JPR 2018 Canon Medical Systems do Brasil Desenvolveu uma nova forma de interação e suporte com seus clientes e usuários. Com a nova ferramenta, que faz parte do sistema de suporte remoto Innervision 2.0, seus clientes podem acessar dados e informações de seus equipamentos, incluindo alertas e dados ambientais, entre outras informações relevantes, em tempo real, por meio de um simples smartphone. Assim, podem tomar decisões de forma mais rápida e segura. Essa nova funcionalidade permite ainda interação direta com o suporte da empresa, solicitando visitas ou atendimento remoto de forma rápida, além de elevar o nível de interação entre usuário e empresa a patamares considerados por ela inéditos no Brasil.

Elsevier e Pixeon A Pixeon, uma das maiores empresas de tecnologia no segmento da saúde, firmou parceria com a Elsevier, que detém a STATdx, biblioteca médica e científica mais completa do mundo. As empresas incorporam ao PACS, por intermédio da STATdx, mais de 4.300 diagnósticos comuns e complexos, 200 mil exemplos de imagens com anotações selecionados por especialistas, 1.300 módulos de diagnóstico diferenciado e 20 mil casos de pacientes facilmente classificáveis. A STATdx é uma ferramenta de suporte à decisão diagnóstica que aumenta a velocidade, acurácia e segurança do diagnóstico de imagens e casos complexos. É considerada a principal referência em decisão diagnóstica na radiologia mundial.

GE Healthcare Desenvolveu uma bobina com o formato de um cobertor, projetada para atender a quase todos os biotipos de pacientes que passam por um exame de RM. A Air Coil Technology tem design 60% mais leve do que as convencionais, beneficiando tanto os usuários quanto os técnicos, pois oferece flexibilidade nos eixos e se adapta à anatomia de pessoas de todas as idades, tamanhos e formas. Utiliza um material que melhora em até 50% a relação sinal-ruído, que pode ser traduzida em qualidade da imagem. A empresa se aliou à Echosens para trazer ao mercado um sistema que combine a solução que estuda o tamanho do tecido do fígado a tecnologias de ultrassonografia, chamada FibroScan.

Essa solução traz mais recursos para o rastreamento, diagnóstico e monitoramento de doenças desse órgão, como cirrose e hepatites.

Guerbet Apresentou as injetoras para tomografia computadorizada, OptiOne® e OptiVantage®, e as injetoras para utilização em ressonância magnética, OptiStar® Elite e Accutron MR, além dos produtos Ready-Box® – aquecedor de meio de contraste –, Dotarem®, HenetiX® e OptiRay®. Este ano, a empresa iniciou a exportação de seus produtos da fábrica do Rio de Janeiro para a Europa (atualmente a filial brasileira já exporta para boa parte da América Latina). É a única fabricante de meios de contraste com planta industrial no Brasil. Recentemente, o espaço passou por completas reforma e modernização, seguindo práticas de sustentabilidade, para atender de maneira ainda mais eficaz às necessidades de seus clientes.

Konex Exibiu o sistema de dosimetria RaySafe I3. O dispositivo, de alta tecnologia, permite que os profissionais destes setores visualizem os níveis de exposição à radiação em tempo real. Outra novidade foi o lançamento de sistemas de auxílio à proteção radiológica em parceria com a Brasilrad. O produto Float Lead tem a finalidade de sustentar as vestimentas de radioproteção durante os procedimentos radiológicos, eliminando o peso depositado no corpo dos médicos e grupos de apoio.

Konica Minolta Healthcare do Brasil Trouxe seus sistemas de PACS ao País. O Exa Interprise Imaging, com o visualizador Zero Footprint (ZFP), oferece conjuntos de ferramentas de diagnóstico e recursos de visualização de qualquer computador, sem necessidade de downloads, conexões ou instalações. Sua análise promete aos hospitais e clínicas aumentar a produtividade, maximizar o uso de seus ativos e aprimorar a experiência do paciente. Para a área de mamografia, a Konica Minolta possui o mamógrafo Delicata 10, fabricado no Brasil, que realiza exames focando na segurança, precisão e conforto à paciente. A solução para a saúde da mulher é complementada por seu CR Regius 110HQ. Agora, o PACS Exa Mammo também é desenvolvido pela empresa, tornando, assim, completa a solução na área. O cliente tem uma solução digital integrada de uma única empresa, que afirma oferecer excelente custo-benefício, qualidade de imagem superior, confiabilidade clínica e excelência no suporte técnico.

MV Apresentou recursos avançados da plataforma VIVACE MV, que reúne em um único ambiente as soluções RIS e PACS. A partir da parceria firmada com a Calgary Scientific, empresa canadense de soluções mobile para Medicina Diagnóstica, aprimorou as funcionalidades do VIVACE MV. Para oferecer mais mobilidade e suporte à interação entre médicos radiologistas, o Resolution MD, recurso da Calgary, pode ser integrado ao PACS para que os profissionais tenham acesso, via smartphones ou tablets, a imagens e informações de exames de pacientes de forma segura para interagir com outros especialistas e emitir diagnósticos remotamente. O objetivo é ampliar a experiência colaborativa na Medicina.

Samsung Apresentou três produtos de ultrassom para várias aplicações: RS85, WS80A e HS40. O RS85 é equipado com soluções integradas projetadas para oferecer um diagnóstico preciso e ágil. Segundo a empresa, ele fornece excelente qualidade de imagem e ferramentas especializadas. O WS80A V4.0 tem foco em soluções de diagnóstico para a saúde da mulher. Abrange soluções de diagnóstico eficazes, seja no acompanhamento da gravidez e exames ginecológicos até nos cuidados no nascimento dos bebês. Oferece recursos para a triagem simples, que detecta o risco de infertilidade, e também gera informações detalhadas. O HS40 reúne tecnologias para levar a um diagnóstico eficaz. O ClearVision é um filtro de redução de ruído que melhora o realce de bordas e cria imagens 2D com mais nitidez. Já o MultiVision é uma tecnologia de inclinação de feixes e composição de linhas de varredura, que fornece resolução espacial e de contraste.

Siemens Healthineers O novo MAGNETOM Sola, equipamento de ressonância magnética de 1,5 Tesla, promete uma mudança de paradigma em prol do conforto do paciente. Pessoas com as mais distintas características podem ter uma boa experiência, o que repercute em rapidez e menor necessidade de refazer os exames. Outro destaque foi o tomógrafo SOMATOM go.TOP que, por meio de uma estação de trabalho móvel, afirma oferecer mais mobilidade ao operador e proximidade com o paciente. Com um tablet integrado ao equipamento, o profissional de saúde pode verificar as informações do paciente, preparar o protocolo e realizar todas as etapas do exame de dentro da sala, ao lado do paciente.


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FOOD&ARTS

Dr. Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz

O encontro do lobo e do leopardo É uma agradável noite de sexta-feira e as árvores do lindo bairro do Leblon me parecem especialmente bonitas, suas grandes copas verdes ora iluminadas por fachos de luzes, ora escondendo-se timidamente nas penumbras; caminho lentamente pelas ruas e uma brisa suave me traz às narinas o cheiro do mar. Inspiro profundamente e experimento uma sensação muito particular de felicidade, que sempre me acomete quando me vejo a caminhar pelas ruas noturnas das cidades que mais amo no mundo. Paris, Lisboa, Porto, Londres, Barcelona, Rio, não importa: encanta-me a noite. Não entendo exatamente o motivo, mas talvez ame sua temperatura, a paz silente da madrugada, sua solitária calma; descobrir coisas, pessoas, balcões e lugares escondidos. Não à toa escreveu Emily Dickinson, a dama de Amherst, com a típica precisão cortante e cirúrgica de seus versos: “A manhã se dá a todos, a noite para alguns poucos; a raros afortunados, a luz da madrugada”. Não é madrugada, todavia. Chego expectante ao meu destino, um restaurante de esquina: espera-me um desejado menu degustação. Escolho uma pequena mesa de canto, a última, encostada à parede. A iluminação é baixa, mas a luz da rua penetra pelos janelões de vidro, criando um jogo de luz e sombras. Champagne Taittinger abre os trabalhos, e estou pronto para conhecer o Oro, do talentosíssimo Felipe Bronze. Boa parte do menu é composta por snacks, mais de uma dezena deles, pequenas preparações que se comem com as mãos, e que permitem um verdadeiro passeio pela criatividade, pela técnica, pelos mais variados sabores e texturas, ingredientes brasileiros transformados pela brasa e pela influência de cozinhas tão variadas como a japonesa, a espanhola e a argentina. A ostra fresquíssima sobre a qual se deposita um molho de maçã verde e pimenta de cheiro; um perfeito tartare de picanha, de corte rústico e textura firme, acompanha finos e crocantes chips de mandioca; um pão de queijo e praliné de castanhas, soberbíssimo e inesquecível; um falafel, com a peculiaridade de ser feito com feijão preto; bum (o pãozinho chinês no vapor) recheado de barriga de porco e kimchi de abacaxi; e segue,

segue, segue... Explosões de sabores intensos e bem pensados, um desfile de técnicas bem executadas. Após os snacks, a depender da fome residual, um ou três pratos principais: peixe do dia; porco com um purê tostado de maçã contendo aquele divino defumado de molho barbecue; costela assada no ponto exato, suculenta, e um chamuscado cativante. O Oro, que já tinha garantido a Felipe Bronze no ano passado o prêmio One to Watch do Latin America’s 50 Best Restaurants, acaba de receber sua segunda estrela Michelin. Justo, justíssimo, um acerto entre os tantos erros do francófilo guia. Estamos falando da noite, não entendo seu fascínio sobre mim, vem-me à cabeça uma passagem profunda de Amós Oz, “o que é que um lobo entende da lua para a qual ele uiva com o pescoço estendido?”. Tanta coisa que não entendo, tanta coisa de que não me recordo... O lobo ignaro de Amóz Oz me evoca uma marcante passagem de Jorge Luis Borges sobre um leopardo igualmente ínscio, e de cujo título, entretanto, não consigo me lembrar. Chega a sobremesa: bolo de limão e azeite com sorvete de iogurte: espetacular, e impossível dizer qualquer coisa mais. Basta a primeira garfada e eu imediatamente sei, simplesmente sei, que minhas papilas gustativas já sentiram esse sabor antes, mas a mente se recusa a encontrar quando e onde. Prometo a mim mesmo men-

talmente, no entanto, que escreverei sobre essas sobremesas magistrais. Passaram-se alguns dias, revisito meus arquivos, e as sobremesas cruzadas se encontram enfim: bolo de limão e azeite, Clover, pequeníssimo restaurante do brilhante Jean-François Piège escondido numa ruazinha de Saint-Germain-des-Prés, Paris, uma das grandes sobremesas da vida: o fofíssimo bolo vinha acompanhado de creme de queijo branco, pedacinhos de morango e ruibarbo, e sorvete de ruibarbo; frescor, delicadeza, sabor. Gênios, só gênios logram alcançar tamanho engenho. Lembro-me, por fim, do leopardo de Borges. Aparece em Inferno, I, 32. Conta-nos Borges a história de um leopardo que viveu e morreu enjaulado, nos fins do século XII, e que, de crepúsculo a crepúsculo, contemplava o mundo à sua volta e não podia saber “que anelava amor e crueldade e o caloroso prazer de despedaçar e o vento com odor a cervo”, ainda que algo dentro dele se revolvesse e rebelasse contra a triste prisão. Um dia, em sonho, Deus explicou ao animal a exata e única serventia deste na trama do universo: ser visto por Dante Alighieri e inspirar um poema. Borges conta que Deus iluminou a rudeza do leopardo e o fez aceitar seu destino, mas quando o animal despertou “só houve nele uma sombria resignação, uma valorosa ignorância, porque a máquina do mundo é bastante complexa para a simplicidade de uma fera”.


ARTE E MEDICINA

Prof. Dr. Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR

Goya e Dr. Arrieta Francisco de Goya y Lucientes nasceu em 30 de março de 1746 em Fuendetodos, província de Zaragoza. Desenvolveu um estilo que inaugura o Romantismo. A arte goyesca é também o começo da pintura contemporânea e é considerada precursora das vanguardas pictóricas do século XX. Como pintor da corte dos reis Carlos III e Carlos IV da Espanha, Goya alcançou uma considerável reputação como retratista. Em seu Autorretrato com Dr. Arrieta, Goya pintou-se doente e moribundo, preso pelo médico, que lhe dá remédio. Em novembro de 1819, Goya ficou gravemente doente (provavelmente de tifo) e seu médico, Eugenio García Arrieta, cuidou dele e o fez recuperar sua saúde. Após a recuperação, ele fez esta pintura que mostra o Dr. Arrieta cuidando de seu paciente. O quadro poderia ser pensado como uma piedade secular: no lugar habitual de Jesus, haveria um Goya morrendo, e o médico funcionaria como um anjo protetor. Em um fundo escuro aparecem, ao fundo e à esquerda, rostos de uma mulher que o crítico identificou com a representação de Las Parcas. As facções são tratadas com grande domínio. Goya se autorretrata com a boca ligeiramente aberta, seu olhar perdido, quase morrendo, sem força e com um olhar perdido. Com as mãos, se agarra às roupas que o cobrem. O manuseio hábil da cor e da iluminação estabelece um contraste entre Goya e seu médico. O primeiro aparece com uma aparência pálida e enfraquecida, enquanto o médico apresenta um rosto saudável. Além disso, o manto do artista tem cor branca brilhante, como a folha, que destaca o drama da cena e traz o uso da luz para o ensino de Rembrandt. Quanto à composição, as figuras aparecem próximas ao espectador, que parece assistir à cena na sala onde tudo acontece. Muitas das suas características participam do mundo das Pinturas Negras que Goya

pintou nas paredes da sua casa (a Quinta del Sordo) pelos anos, e que antecipam a pintura contemporânea e os vários movimentos de vanguarda que marcariam o século XX. A pintura reflete um tema muito característico do século XIX e da burguesia: a admiração pela ciência. Não existe, neste caso, uma intervenção cristã ou um milagre da religião, mas uma ação plena de sabedoria e medicina personificada pelo Dr. Arrieta, retratada com humanidade, mas não isenta de firmeza em seu ofício. Com isso, a pintura se afasta das convenções pictóricas da pintura religiosa e acadêmica do século XVIII, e das sátiras contra os médicos usuais do Antigo Regime (assunto que o próprio Goya tratou abundantemente em suas gravuras), inaugurando uma arte moderna. Na parte inferior da pintura, lê-se: “Goya grato a seu amigo Arrieta: pelo sucesso e cuidado com que ele salvou sua vida em sua doença aguda e perigosa, sofreu no final do ano de 1819, aos setenta e três anos. Ele pintou em 1820”. Esta inscrição dá à pintura o caráter de um ex-voto, um tipo de pintura religiosa que continua a ser popular na Espanha, que é usado para expressar gratidão pela liberação de uma calamidade. Apenas alguns aspectos da carreira acadêmica e profissional do Dr. Arrieta são conhecidos. Sabe-se que nasceu em Cuéllar (Segóvia), em 15 de novembro de 1770; que praticou medicina em Madri, onde veio a servir uma clientela distinta; que era irmão do escritor Agustín García Arrieta, primeiro diretor da Biblioteca da Universidade de Madri; e que, em 1820, pouco depois de ter atendido Goya, foi encarregado pelo governo espanhol de estudar “a praga do Levante” nas costas da África, onde provavelmente morreu. O paciente idoso sobreviveu a seu amigo médico durante oito anos, apesar de suas doenças e sendo vinte e três anos mais velho que ele. Goya morreu em Bordeaux (França) em 16 de abril de 1828.

A pintura reflete um tema muito característico do século XIX e da burguesia: a admiração pela ciência. Não existe, neste caso, uma intervenção cristã ou um milagre da religião, mas uma ação plena de sabedoria e medicina personificada pelo Dr. Arrieta, retratada com humanidade, mas não isenta de firmeza em seu ofício

*O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista

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CRÔNICA Edição 478 – Junho de 2018

Por que os convênios estão tão caros?

Dr. Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem

A alta tecnologia, quando em mãos competentes, funciona maravilhosamente nos casos individuais e pode ser um instrumento para evitar a explosão de custos, como um meio de abreviar o diagnóstico e possibilitar o tratamento mais adequado

À medida que a gente envelhece, os amigos e parentes envelhecem também. Atualmente, sinto que uma das principais preocupações dos idosos é o encarecimento dos planos de saúde. Em teoria é fácil de entender. Tudo gira em torno da aritmética da indústria de seguros, segundo a qual quanto maior o risco, mais alto tem que ser o prêmio cobrado do segurado. A Medicina não tem como fugir à regra que foi adaptada dos tradicionais seguros de vida, em que quanto mais avançada a idade, maior é a probabilidade de utilização do seguro. Embora, no caso da Medicina, se possa discutir se realmente os grupos etários mais velhos utilizam mais seus recursos do que as faixas dos cinquenta ou sessenta anos... A Constituição de 1988 veio complicar ainda mais o problema por ter garantido a todo cidadão a assistência médica como dever do Estado, sem especificações ou regulamentações. Apesar de nunca ter cumprido esse mandado de forma minimamente satisfatória, o SUS, que é a instituição estatal encarregada de cumpri-lo, encontra-se à beira da explosão (ou implosão, tanto faz), juntamente com a totalidade da Previdência Social. Como consequência ou como uma das causas disso tudo, os convênios médicos encontraram terreno fértil para prosperar economicamente. A população cresce, a desigualdade social piora e a Medicina encarece descontroladamente. O SUS fica então para as camadas desfavorecidas e os convênios flutuam nas classes média e alta. A associação desses fatores é insustentável em médio prazo. Os aumentos de preços dos convênios para os idosos já representam a água batendo no pescoço do sistema. E nós, médicos, como temos agido? Em primeiro lugar temos que reconhecer que os médicos também são vítimas desse sistema.

Não te nh o m ai s gran a pa ra o co nvên io. O que faço ag ora?

Há uma criação desordenada de faculdades de Medicina sem condições de ensino. Turmas de médicos com pouco conhecimento e muito menos prática saem a cada ano. Dirigem-se para o trabalho direto (um perigo para a sociedade) ou para a subespecialização (médicos unidimensionais). O atendimento primário passa a ser não mais que uma triagem de pacientes, seja para casa com uma receita inócua para uma doença não diagnosticada, seja para o “especialista”, o que muitas vezes inicia uma ciranda na qual entram outros “especialistas” e um coquetel de exames frequentemente repetidos. O bom termo do tratamento passa a ser matéria de sorte ou azar do paciente.

Já faz anos quando o Karpovas escreveu nestas páginas o artigo O fim da Medicina Artesanal, na época do início desse processo. A boa Medicina implica consulta, exame físico, empatia, hipótese diagnóstica, investigação, diagnóstico e tratamento. Os médicos que se dedicam profundamente à profissão sabem que a boa Medicina é a Medicina mais barata. Cara e insuportável para qualquer sociedade é a má Medicina, aquela que visa primordialmente interesses não médicos. A alta tecnologia, quando em mãos competentes, funciona maravilhosamente nos casos individuais e pode ser um instrumento para evitar a explosão de custos, como um meio de abreviar o diagnóstico e possibilitar o tratamento mais adequado. O essencial aqui é evitar o desperdício. A situação atual não me permite uma opinião otimista quando um velhinho me comunica que está abandonando o convênio privado por falta de recursos para suportar a alta e passará a contar apenas com o SUS (que, aliás, não é de se desprezar). É triste.


TÚNEL DO TEMPO

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A

organização da Videoteca foi noticiada no Jornal da Imagem de junho de 1988. Em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a SPR anunciava mais este serviço aos associados. Para a implantação da ferramenta, era então adquirida uma nova área junto à sede administrativa, em instalações adequadas e que permitiam formar um grande e diversificado acervo de aulas. O primeiro passo tinha sido dado: a entidade já contava com as aulas do 21º Congresso Brasileiro de Radiologia e estava providenciando as da 18ª Jornada Paulista de Radiologia, que estavam em fase final de edição. De acordo com a reportagem, as gravações seriam feitas por profissionais, portanto de indiscutível qualidade técnica, e as fitas ficariam à disposição dos médicos, em sistema de empréstimo, por tempo determinado.

O Curso de Atualização em Radiologia Vascular e Intervencionista, do Clube dos Angiografistas do Brasil, também foi reportado na edição. O evento, que aconteceria de 5 a 10 de outubro daquele ano, proporcionaria uma exposição técnica, onde os participantes poderiam conhecer novos equipamentos, produtos farmacêuticos e literatura sobre os temas. A programação também foi divulgada: novas técnicas de intervenção, apresentação de casos, mesa redonda sobre hipertensão arterial, angioplastia, neurorradiologia intervencionista, aparelho digestivo, tumores endócrinos, drenagem de abcessos, biopsias percutâneas – apresentados por professores convidados nacionais e estrangeiros. A imagem ilustrativa da matéria mostra uma das concorridas reuniões do Clube dos Angiografistas, realizada em 8 de abril de 1988, na sede da SPR. De acordo com a legenda, estiveram presentes colegas de todo o Brasil para troca de informações e desenvolvimento da classe, no evento organizado pelo Dr. Renan Uflacker.

“Na festa dos 20 anos, a SPR realiza jornada com mais de 800 médicos”, foi o título da reportagem de cobertura da 18ª Jornada Paulista de Radiologia. Com a participação de professores estrangeiros que apresentaram aspectos atuais de radiodiagnóstico, ultrassonografia, medicina nuclear e tomografia, especialistas brasileiros se reuniram no evento, em São Paulo. Na abertura, Dr. Domingos Correria da Rocha, presidente do CBR daquele ano, saudou e deu boas-vindas aos presentes, passando a palavra ao Dr. Giovanni Guido Cerri, presidente da SPR. Dr. Giovanni destacou o significado da reunião, não só pelo caráter do conteúdo científico, multidisciplinar, mas também por inserir uma homenagem à personalidade do meio radiológico, cuja atuação contribuiu significativamente para o sucesso da especialidade. A SPR conferiu aos Drs.Feres Secaf, Walter Bonfim Pontes e Sidney de Souza Almeida o título de sócio honorário. Após a saudação, foi passada a palavra ao professor Antônio S. Clemente Filho, presidente de honra, que pronunciou em seu discurso: “Às vezes parece imatura uma decisão da jovem guarda - mas a jovem guarda tem a maturidade que a velha guarda tinha quando fundou a Sociedade! Talvez por isso tenha tido forças para fundá-la e fazer dela o que é hoje”. E finalizou: “Rendo por isso a mais carinhosa homenagem a todos os que deram seu esforço para que a Sociedade chegasse até aqui e agradeço a honra a mim concedida de honorificante presidir esta jornada comemorativa do 20º aniversário”. Dr. Sidney também fez seu pronunciamento, seguido do Profº E. J. Bigot, da França, que falou na condição de secretário-geral do Congresso Internacional de Radiologia, que seria realizado no ano seguinte, em 1989. Ainda sobre a JPR, outro destaque noticiado foi a utilização da ressonância magnética nuclear para o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com Aids, tema de conferência, bastante concorrida no evento. Segundo a notícia, a contribuição dos professores convidados internacionais sobre o assunto enriqueceu ainda mais o encontro, no qual estiveram palestrando especialistas dos Estados Unidos.


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NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES Edição 478 – Junho de 2018

OPORTUNIDADES CLÍNICA em Paranavaí/PR contrata médico(a) radiologista, devidamente registrado no conselho, para atender no setor de ultrassonografia em todas as modalidades, laudar no setor de TC, raio X e RM, para seguir as escalas estipuladas para laudos ou execução de ultrassom. Favor encaminhar o e-mail com assunto: Vaga Médico Radiologista. Contato com Josiane Janeiro: (44) 3423-8000 | rh@clinicaipi.com.br. (2) CLÍNICA em São Carlos (interior de SP) oferece vaga para ultrassonografista ou radiologista para atuar em USG, RX, MMG, TC e RM. Remuneração a combinar. Contato com Dr. Paulo: (16) 3364-2555 | drpaulo@radi-imagem.com.br. (3) CLÍNICA radiológica em Americana/SP (a cerca de 30 km de Campinas) convida ultrassonografista para fazer parte de seu corpo clínico. Contatos com Marlene: (19) 3475-8090; (19) 3475-

8097; (19) 98421-4344 | marlene.corneliosantos.5@gmail.com. (3) CLÍNICA de diagnóstico com sede em Campinas precisa de médicos especialistas em imaginologia mamária. Contato: diretoria@clinicacde.com.br. (3) CLÍNICA de diagnósticos de Sorocaba com vagas para médicos ultrassonografistas, de preferência com título de especialista pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) e com experiência em ultrassom geral e disponibilidade de horários. Contato com Paulo: p.silva@centromedicosorocaba.com.br. (3) HOSPITAL em Porto União/SC tem vaga para médico radiologista com título do CBR para atuar nas áreas de RX, US, MM, DO, TC e RM. Remuneração por produção. Contato com Juliano: (49) 98409-2889 | imagemselecta@gmail.com. (1)

EQUIPAMENTOS VENDE-SE tomógrafo Siemens Emotion 16 canais com tubo pouco usado (53.000 scans) em ótimo estado. Localizado em Curitiba/PR. Contrato de manutenção Siemens 100% do tempo. Contato: (53) 98409-8909 | clinicaggr@yahoo.com. (3) VENDE-SE bobina de coluna para Philips Achieva 1, 5T, modelo Sense Spine Coil 15 canais. Bobina nova, nunca retirada da caixa original. Acompanha acessórios; espumas lacradas na caixa. Valor: R$ 120 mil. Contato com Michele: (85) 98619-8950. (2) VENDE-SE aparelho de ultrassonografia Philips, modelo Envisor

e HD11 com quatro transdutores. Valor: R$ 25 mil (cada). Contato com Dr. Hanna: (21) 96476.9377 | hannajo10@uol.com.br. (1) VENDE-SE equipamento de mamografia digital Fujifilm, modelo Amulet DR 1000 LZE, 2012 com apenas dois anos de uso. Detector de imagens condenado. Valor a combinar. Contato com Fernanda: administracao@digimaxdiagnostico.com.br. (1) VENDE-SE tomógrafo Siemens Scope 32 canais com tubo novo e em ótimo estado de conservação. Contato: (53) 98127-9891 | clinicaggr@yahooo.com (1)

Como anunciar Os membros da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem associados devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 250. Já para os radiologistas que não forem membros nem da SPR nem do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 300. O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: jornaldaimagem@spr.org.br.

A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios.

SERVIÇO AGFA HealthCare • (11) 5188-6444 / global.agfahealthcare.com

IBF • (11) 2103-2000 / www.ibf.com.br

Bird Solution • (11) 5016-5509 / www.birdsolution.com.br

Imagem Sistemas Médicos • (11) 4133-0053 / www.imagem.med.br

Bracco • (11) 2181-2100 / www.braccoimaging.com

Konimagem • (11) 2950-1971 / www.konimagem.com.br

Canon • (11) 4134-0000 / www.canon.com.br

Macsym • (11) 2957-7735 | (11) 2579-5869 / www.macsym.com.br

Cryo Service • (19) 3828-3400 / www.cryoservice.com.br

MM Diagnóstika • (11) 2280-5181 / www.mmdiagnostika.com.br

E-people • (11) 5592-5999 / www.epeople.com.br

MobileMed • (11) 2374-7086 / www.mobilemed.com.br

Fujifilm • (11) 5091-4940 / www.fujifilmamericas.com.br

Pixeon • (11) 2146-1300 / pixeon.com.br

EMPRESAS PARCEIRAS


AGENDA

2018

JUN

Data 5 6

Evento

Local

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)* Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)* Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)*

7

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 13

Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)

Sede da SPR

Clube Roentgen* – Mini CCRP Hospital Heliópolis 14

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*

19

Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)* 21 22 a 24 26

2018

JUL

Data 3 4

Reunião do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge)* Clube Manoel de Abreu

Campos do Jordão, SP

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

Sede da SPR

Evento

Local

Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)* Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)* Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)*

5

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)

Sede da SPR

Clube Roentgen* – Mini CCRP Unifesp/EPM

Maksoud Plaza Hotel

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*

Sede da SPR

Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*

Maksoud Plaza Hotel

17

Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*

Maksoud Plaza Hotel

24

Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*

25

Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)*

11

12

Sede da SPR

Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Maksoud Plaza Hotel: R. São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo. *Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.

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