SPR GLOBAL Latin Safe é destaque em reportagem da RSNA
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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem | Julho de 2018 | Edição 479
Prepare-se para o Concurso SPRAIRP e o Encontro de Residentes O segundo maior congresso organizado pela SPR, o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), será realizado de 16 a 19 de agosto, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. Novidade nesta edição, o programa de aulas e palestras foi dividido em quatro dias. Dois encontros tradicionais e consolidados, oferecidos dentro da programação, são a 4ª edição do Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem – que será apresentado na quinta-feira, dia 16 – e o já tradicional Concurso SPR-AIRP, a ser realizado no sábado. Confira, ainda, entrevista com o Prof. Leonard Glassman, do AIRP, e agende-se! Página 5
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EDUCAÇÃO DIGITAL
SPR GLOBAL
SPR forte na América Latina Mudanças nos cursos de Segurança em Radiologia e BI-RADS® As partes práticas dos dois cursos serão oferecidas no Maksoud Plaza Hotel, durante o Curso Feres Secaf 2018. Porém, só estará apto a frequentá-las quem tiver cumprido, antes, seus mó-
dulos teóricos. Os dois cursos são, agora, parte dos Cursos Híbridos da SPR. Veja as alterações, datas, novas regras e temas de outros híbridos oferecidos pela SPR. Página 21
A partir de agosto, expressivos eventos da Radiologia serão realizados na América Latina. A SPR terá a honra de atuar como parceira das sociedades organizadoras no 43º Congresso Colombiano de Ra-
diologia (CCR 2018), no Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (CADI 2018) e no Congresso Chileno de Radiologia 2018. Agende-se para prestigiar! Página 23
Aplicativo do Jornal da Imagem Esta edição também está disponível em versão digital. Baixe o aplicativo na app store do seu dispositivo (versões para Android e iOS), ou acesse https://goo.gl/xOeCIw em seu computador. Versão Desktop
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PALAVRA DO PRESIDENTE Edição 479 – Julho de 2018 Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 www.spr.org.br
Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) • Departamento de Diagnóstico por Imagem da Associação Paulista de Medicina (APM)
DIRETORIA PARA O BIÊNIO 2017/2019
Dr. Carlos Homsi Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
A força do clube na crise Araraquara mostrou toda sua força ao voltar a sediar o Clube Manoel de Abreu de 25 a 27 de maio passado, durante a crise dos caminhoneiros que, literalmente, paralisou o nosso país. O anfitrião local Fernando Pereira Vanni e o presidente do CMA, Nelson Caserta, fizeram um belo trabalho ao receber os participantes e seus familiares em um hotel fazenda muito bonito e extremamente agradável, com um programa científico abrangente, além das atividades sociais características do nosso Clube. Para além do alvissareiro retorno à Araraquara, este clube contou com o sabor especial da resiliência. O evento ocorreu no ápice da crise dos caminhoneiros. A falta de combustível ameaçou o deslocamento de todos – muitos tinham combustível para chegar, mas não sabiam se conseguiriam voltar, e o clima de tensão e incerteza trouxe à baila a possibilidade de cancelamento do evento. No entanto, avaliando prós e contras, acabamos decidindo prosseguir. E foi a decisão correta. Conseguimos nos reunir e cumprir a programação com muita dedicação. O trabalho e empenho da equipe e dos professores e a presença dos colegas radiologistas de diversas cidades do nosso glorioso interior nos permitiram fazer mais um Clube com competência, e a todos agradeço sinceramente. Nosso país não passa por seus melhores dias; ele merece contar com pessoas idôneas e comprometidas com o bem comum em todas as esferas de poder. A SPR é um dos muitos exemplos que temos de sociedades civis brasileiras organizadas com objetivos claramente definidos, organização eficiente e transparente, em busca do bem comum. Ela não se intimida em cumprir o seu papel institucional em situações extremamente adversas, e nos enche de orgulho. E seguimos em frente! Estamos nos aproximando da 22ª edição do Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf). Este é o segundo maior evento anual organizado pela SPR. Teremos,
em sua programação, o 4º Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SPR, uma sessão de discussão de casos clínicos com o objetivo de promover a educação e o congraçamento dos profissionais iniciantes em nossa área. Novamente, será conduzido pelo presidente do CMA, Nelson Caserta, e pelo radiologista argentino Hugo Guerra, que prometem muito dinamismo e integração entre debatedores e plateia, como já ocorreu nos anos anteriores. Nesse encontro haverá uma sessão especial de temas ligados a profissionalismo voltados aos residentes, como relações de trabalho, contratos, temas fiscais e noções de mercado. A novidade deste ano é que o Feres Secaf será realizado em quatro dias, de 16 a 19 de agosto. O Encontro de Residentes será realizado exatamente no primeiro dia (quinta-feira, 16). Atente-se para esta mudança e reserve em sua agenda! Neste segundo semestre, teremos também a participação ativa da SPR em diversos congressos na América Latina – mais do que assistir, levaremos professores para conduzir aulas, reforçando nossas parcerias com grandes entidades locais, como a Federação Argentina de Associações de Radiologia e Diagnóstico por Imagens e Terapia Radiante (FAARDIT), a Sociedade Argentina de Radiologia (SAR), a Associação Colombiana de Radiologia (ACR) e a Sociedade Chilena de Radiologia (Sochradi). O primeiro evento é o colombiano: o 43º Congresso (CCR 2018) será realizado de 2 a 4 de agosto em Cartagena de Índias, e levaremos nove palestrantes. Ainda, Antônio José da Rocha conduzirá a Sessão Plenária da SPR, sobre Nuevas formas de enseñanza y aprendizaje en Diagnóstico por Imagen. Agende-se, então, para não perder nenhum curso deste semestre que se inicia. Vamos continuar a fazer nossa parte, fomentar nosso conhecimento e fortalecer a Radiologia praticada em nosso país!
Presidente Vice-Presidente Secretário-Geral 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro-Geral 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Diretor Científico Diretor de Defesa Profissional Diretor de Patrimônio Diretora de Assuntos Culturais Diretor de Tecnologia da Informação Presidente do Clube Roentgen Presidente do Clube Manoel de Abreu Presidente SPR Jr. Presidente do Conselho Consultivo
Carlos Homsi Mauro José Brandão da Costa Cyro Padilha Balsimelli César Higa Nomura Henrique Simão Trad Décio Roveda Jr. Gustavo Skaf Kalaf Douglas Jorge Racy Renato Adam Mendonça Jaime Ribeiro Barbosa Mauro Miguel Daniel Eloísa M. de Mello Santiago Gebrim Marcelo de Maria Félix Pablo Rydz Pinheiro Santana Nelson Gomes Caserta Renato Hoffmann Nunes Antônio Soares Souza
CONSELHO CONSULTIVO Antônio Soares Souza Antônio José da Rocha Ricardo Emile Baaklini Tufik Bauab Jr. Marcelo D’Andrea Rossi André Scatigno Adelson André Martins Renato Adam Mendonça Celso Hiram de Araújo Freitas Aldemir Humberto Soares Nestor de Barros Jaime Ribeiro Barbosa Luiz Antônio Nunes de Oliveira Giovanni Guido Cerri José Michel Kalaf Comissão Editorial
Aldemir Humberto Soares Carlos Homsi Celso Hiram de A. Freitas Cássio Ruas de Moraes Tufik Bauab Jr.
Edição Lilian Mallagoli – MTb 30.443-SP
Comunicação Tatiana Gentina jornaldaimagem@spr.org.br
Marketing Gustavo Takeshi – mkt@spr.org.br
Design Gráfico Marco Murta – Farol Editora farol@faroleditora.com.br Impressão Hawaií Gráfica e Editora São Caetano do Sul, SP
NESTA EDIÇÃO Conexão Digital...........................................4 Feres Secaf 2018...................................... 5 Eventos SPR....................................................6 JPR 2018...............................................7 a 12 Clube Manoel de Abreu.......15 a 17 Clube Roentgen.......................................18 Grupos de Estudos...............................18 Artigo.................................................................. 19 Educação Digital.......................20 e 21
SPR Global......................................22 e 23 Notícias............................................................ 24 Espaço do Leitor.....................................25 Food & Arts...................................................26 Arte e Medicina.........................................27 Crônica.............................................................28 Túnel do Tempo.......................................29 Negócios & Oportunidades...........30 Agenda............................................................. 31
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR.
ENTREVISTA
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“A Colômbia prepara um congresso inovador” Dr. Juan Mauricio Lozano Barriga é presidente da Associação Colombiana de Radiologia (ACR), entidade parceira da SPR. Tem experiência de 20 anos em radiologia intervencionista – é chefe da área na Clínica de Marly e atua também na Clínica Universitária Colômbia, além de ser professor na Fundação Universitária Sanitas. Antes de assumir a ACR, já havia respondido pela presidência da Sociedade Ibero-americana de Intervencionismo (SIDI), de 2013 a 2015. Em setembro de 2016 foi eleito presidente da Associação Colombiana e, no ano seguinte, foi reeleito. O congresso anual da ACR se aproxima, do qual a SPR participará ativamente, e Dr. Lozano faz aqui suas considerações.
Quais são as expectativas para o Congresso Colombiano de Radiologia? Será um novo congresso, com muita ênfase na inovação, no treinamento, em atividades práticas de diagnóstico e terapêutica, acompanhado de simpósios sobre diferentes tópicos de diagnóstico com palestrantes convidados de classe mundial. Este ano, a Sociedade Paulista de Radiologia será uma Sociedade Convidada Especial e apresentará simpósios de alto nível, como é habitual com os colegas brasileiros professores que nos acompanham. Você foi reeleito presidente em 2017. Há possibilidade de nova reeleição? Pelos estatutos da ACR, isso poderia ocorrer se a Assembleia e o Conselho Superior assim decidissem. Eu esperaria por essa decisão, já que ambas as possibilidades existem: pessoalmente, eu gostaria de continuar colaborando com a ACR no que minha experiência puder ajudar, mas também tenho muitas intenções de me dedicar novamente às minhas atividades assistenciais e de ensino como radiologista intervencionista. Como avalia esses anos de presidência? Quais eram as dificuldades da ACR e quais foram suas conquistas? A ACR é uma associação muito ativa academicamente e profissionalmente. Temos trabalhado muito em diversos tópicos que interessam ao radiologista colombiano, de mãos dadas com os Ministérios da
Saúde e da Educação, sobre questões de codificação de procedimentos, de radioproteção e talentos humanos, entre outros. Em particular, uma questão que nos preocupou muito desde o início foi a entrada de radiologistas treinados em outros países ou radiologistas estrangeiros, com níveis de treinamento não similares aos recebidos por nossos residentes no país, e que vêm competir no ambiente de trabalho. Para isso, trabalhamos com sociedades científicas de países amigos e muito fortemente com o Ministério da Educação. Alcançamos, através de um trabalho sério e metódico e usando um consenso com todos os programas colombianos de treinamento em radiologia, um documento final chamado Padrões Mínimos de Treinamento para a especialidade médica cirúrgica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Colômbia. Este documento, baseado na revisão metódica de documentos de outros países e na experiência de nossos próprios programas de especialização, foi apresentado à Associação Colombiana de Faculdades de Medicina e aos Ministérios da Saúde e da Educação de nossos governos. Atualmente, é levado em conta não só para a homologação de títulos de colegas que vêm de outros países, mas também para a habilitação e reabilitação de programas de especialização em nosso país. Além disso, trabalhamos especialmente no cuidado e controle de nossa Lei Nacional de Radiologia, especialmente no que diz respeito à transgressão da lei.
Nossa atividade acadêmica é muito grande, com mais de 40 eventos acadêmicos no país, entre atividades presenciais e online, entre os quais está nosso congresso de radiologia, presencial e virtual. Mantemos a nossa atividade internacional com presença nos congressos mais importantes do mundo, tendo sido também chamados como sociedade convidada para os congressos da RSNA, ARRS e ESR. A Colômbia apresenta uma radiologia reconhecida em outros países, com professores renomados. Qual sua avaliação? Nossa especialidade é reconhecida como de alta qualidade, dentro e fora do país. Isso se deve a programas de graduação muito bons, com 18 programas de especialização exemplares e ótimos profissionais radiologistas. Precisamos aumentar mais a oferta de educação, uma questão sobre a qual estamos trabalhando atualmente. No país, o radiologista colombiano é muito apreciado dentro das demais especialidades e, principalmente, a ACR é reconhecida como uma associação séria e uma das mais organizadas e atuantes do país. Para a SPR, é uma honra participar do Congresso da ACR como parceira. Como você vê as parcerias internacionais da ACR? Para nós, ter relações acadêmicas e profissionais com as mais importantes entidades de radiologia do mundo é muito valioso; aprendemos não apenas questões de qualidade, parceria e organização como sociedades, mas também aprende-
mos muito da qualidade acadêmica de seus associados. Como tem sido o desenvolvimento da Radiologia Intervencionista nos últimos anos? De que forma tem contribuído para o bem-estar e melhora dos pacientes? A Radiologia Intervencionista é uma das subespecialidades mais ativas e mais desenvolvidas da radiologia na Colômbia e no mundo. É uma nova subespecialidade, mas muito ativa nas partes vasculares e não vasculares. Ele fornece procedimentos diagnósticos e terapêuticos minimamente invasivos de alta qualidade com diminuição dos tempos de internação, por meio de consulta externa. Também é parte da radiologia que permite que o radiologista se conecte ainda mais a nossos centros hospitalares, uma vez que é uma atividade que deve ser realizada pessoalmente e não será substituída pela telerradiologia. A principal tendência – e motivo de preocupação – dos radiologistas hoje é a Inteligência Artificial. Qual sua opinião? De que forma os profissionais devem se preparar? Os radiologistas devem conhecer, compreender e gerenciar a Inteligência Artificial, uma tecnologia que chegou à nossa especialidade como a muitas atividades da atualidade. Deve ser manuseada pelo radiologista, e não deslocada. Deve ser usada para o bem do paciente, mas nunca deve ser permitido substituir o médico. É por isso que no nosso próximo Congresso Colombiano de Radiologia vamos enfatizar este tópico.
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CONEXÃO DIGITAL Edição 479 – Julho de 2018
Diagnóstico é commodity A chegada da Inteligência Artificial (IA) no diagnóstico por imagem tem provocado grande debate sobre o futuro do radiologista e da especialidade. Desde as opiniões mais fatalistas que afirmam que a especialidade irá acabar, até as mais otimistas que garantem que haverá uma potencialização do trabalho do radiologista, com grandes perspectivas de melhora, existe um espectro enorme de incertezas entre os extremos. Porém, há um consenso dentro deste largo espectro: a especialidade como a conhecemos hoje e atuação do radiologista mudarão sensivelmente em um futuro próximo. Nos últimos anos, a radiologia tem caminhado para algo mais parecido com uma economia de escala: muitos exames, produção em série, grandes pilhas de exame para baixar, poucas informações disponíveis dos pacientes, pequeno valor agregado ao laudo. O termo commodity refere-se a produtos que não possuem diferenciação em sua origem, sendo seu preço uniformemente determinado pela oferta e procura. São produtos em estado bruto ou com pequeno grau de diferenciação, de qualidade quase uniforme, produzidos em grande quantidade por diferentes produtores. Laudos apenas descritivos, descontextualizados de outros dados clínicos, encaixam-se facilmente na definição de commodity. Mas o que dizer sobre laudos bem elaborados, que contêm informações relevantes e opinião diagnóstica, poderiam também se encaixar nesta definição? Na possibilidade de a IA poder emitir opiniões mais corretas que os radiologistas, um laudo elaborado, com opinião diagnóstica, também poderá ser uma commodity. Neste momento, surge a pergunta: fim da especialidade ou início de um novo caminho? Muitas são as possíveis aplicações da IA na radiologia como, por exemplo, a inteligência de negócios, útil na otimização de recursos e processos nos serviços de diagnóstico por imagem; o atendimento eletrônico ao consumidor, capaz de triar de-
Dr. Rodrigo Regacini é professor adjunto e chefe da disciplina de diagnóstico por imagem em pediatria na EPM/UNIFESP.
mandas e agilizar o atendimento; e a organização do fluxo de laudos, priorizando na lista de trabalho os exames com alterações potencialmente graves. Existe, entretanto, um questionamento sobre o avanço da IA na radiologia que vem causando preocupação aos especialistas: a IA chegará a ter autonomia suficiente para gerar laudos por conta própria? Ou, ainda, será ela capaz de sugerir diagnósticos com mais precisão do que o médico radiologista? Há publicações que sugerem que sim: Issa Akkus e Bradley Erickson, por exemplo, conseguiram predizer por RM, através da IA, as deleções cromossômicas dos braços 1p/19q em gliomas de baixo grau, com 87,7% de acurácia, algo que só era possível detectar com biópsia tecidual. Esta possibilidade de a IA substituir o radiologista em algumas situações, portanto, tem se mostrado bastante plausível. Antes de assumirmos a IA como uma ameaça, porém, cabe lembrar que a atuação do radiologista não se restringe apenas à elaboração de laudos de radiografias ou de métodos seccionais, na qual reside a maior preocupação de se perder espaço para a IA. O radiologista pode ter uma atuação bem mais direta e ativa, como na realização de exames contrastados, ultrassonografia ou na radiologia intervencionista, ativi-
A atuação do radiologista não se restringe apenas à elaboração de laudos de radiografias ou de métodos seccionais, na qual reside a maior preocupação de se perder espaço para a IA. O radiologista pode ter uma atuação bem mais direta e ativa, como na realização de exames contrastados, ultrassonografia ou na radiologia intervencionista, atividades em que a preocupação com a IA ainda é apenas tangencial dades em que a preocupação com a IA ainda é apenas tangencial. Entretanto, em ambas as formas de atuação, o produto final que entregamos ao médico assistente pode ser um conjunto de descrição de achados de imagem ou um laudo elaborado, criterioso, embasado na história clínica do paciente e em exames anteriores. Quanto maior nosso envolvimento com o paciente e com o médico assistente e quanto mais nos posicionarmos como corresponsáveis pela condução do caso, maior valor agregado terá nossa atividade. O atendimento ideal de um radiologista deveria ser como uma interconsulta de especialidade: após discutir o caso com o médico assistente, o radiologista define qual exame será feito e, de forma personalizada, realiza o exame da melhor forma possível, a fim de sanar todas as dúvidas clínicas. Se necessário, pode
colher mais informações do paciente e, por fim, deve relacionar todos os dados clínicos e laboratoriais de forma integrada, emitindo seu parecer de forma a incluir na discussão novamente o médico assistente, auxiliando-o na decisão da conduta. Portanto, em um cenário em que a IA seja capaz de fornecer diagnósticos em quase todos os exames, isto ainda seria apenas uma parte de todo o atendimento possível. Qual o melhor exame a ser feito em cada caso? Quando realizá-lo? Quando repeti-lo? Quais dos diagnósticos presentes no laudo merecem atenção especial e exigem uma conduta imediata? A preocupação em relação à radiação ionizante é pertinente em um determinado contexto clínico específico? Estas são algumas das diversas dúvidas que surgem rotineiramente em reuniões clínico-radiológicas, sendo inerentes à prática da nossa profissão, para as quais deveríamos dar suporte e ter uma participação ativa. Dessa forma, aquele modelo de laudo descritivo, sem opinião, feito aos montes, em breve estará ultrapassado. Mais do que isso, com a IA podemos esperar que a opinião diagnóstica seja a nova commodity. O radiologista deverá investir seu tempo naquilo que é realmente o cerne da radiologia: comunicação e integração das informações, melhorando significativamente a qualidade global do atendimento. O contato humano, o atendimento de qualidade em todas as etapas, a comunicação efetiva entre os colegas médicos e a tomada de decisão baseada em informação de qualidade por uma equipe de saúde são processos e características essencialmente humanas, para os quais poderemos migrar cada vez mais no futuro, em busca de maior qualidade e valor agregado em tudo o que fazemos. Gostaria de emitir sua opinião? Acredita que tem vários argumentos além destes que deveriam ser considerados? Sentiu falta de algo? Então, este é justamente o sentimento que o médico assistente tem quando recebe um laudo, por mais elaborado que seja, por mais opiniões que contenha. Nada substitui a interação humana.
EVENTOS SPR
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Concurso SPR-AIRP e Encontro de Residentes: diferenciais do Feres Secaf O segundo maior congresso organizado pela SPR, o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf), se aproxima – será realizado de 16 a 19 de agosto, no Maksoud Plaza Hotel. As inscrições estão abertas no site do evento (http://bit.ly/inscricaoFeresSecaf2018), há desconto para quem se pré-registrar até 2 de agosto e membros ativos possuem isen-
Outros destaques do evento
ção da taxa. Novidade nesta edição, o programa de aulas e palestras foi dividido em quatro dias. Dois encontros tradicionais e consolidados, oferecidos dentro da programação, são a 4ª edição do Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem e o já tradicional Concurso SPR-AIRP, a ser apresentado no sábado.
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Encontro de Residentes é realizado na 5ª Pela primeira vez, o Curso Feres Secaf terá quatro dias de duração – ele começa na quinta-feira com uma sessão especial de Profissionalismo e, na sequência, o Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos. Ele consiste de uma sessão de discussão de casos clínicos com o objetivo de promover a educação. Diversos serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Estado de São Paulo, Chile, Portugal, Colômbia e Argentina, são convidados para participar, e cada um designa um residente/aperfeiçoando para preparar e apresentar um caso completo. Durante a apresentação, o moderador da
sessão levará a discussão à plateia e o colega escolhido por ele poderá apontar o diagnóstico ou diagnósticos diferenciais do caso, bem como outros comentários pertinentes; os acertadores ganharão brindes da SPR. Novamente, a SPR contará com a presença dos Drs. Hugo Guerra e Nelson Caserta comandando a sessão – com muita integração e interatividade, os professores circulam na plateia buscando opiniões e diagnósticos para os casos apresentados. O dinamismo e leveza da sessão permitem a assimilação do conteúdo e atualização dos profissionais.
Concurso leva residentes a curso nos EUA O Concurso SPR-AIRP, realizado anualmente pela SPR em parceria com o American Institute for Radiologic Pathology (AIRP), é destinado a residentes e especializando em Diagnóstico por Imagem, membros da entidade, e que possam apresentar um ofício, no qual um docente ou responsável pelo serviço assegure conhecer o caso inscrito no concurso, autorizando a doação do material à SPR e ao AIRP. Além disso, o concorrente deve ter participado da Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018) e estar inscrito no evento.
Após a apresentação dos casos no encontro, os ganhadores selecionados receberão como prêmio desde a passagem aérea e a inscrição no Curso de Quatro Semanas (Four–Week Course) do AIRP, em Maryland, EUA, até descontos de 50% na inscrição do mesmo curso. As inscrições estão abertas e se encerram em 6 de julho.
Confira mais informações site do evento: bit.ly/inscricaoFeresSecaf2018
Outras atividades vão compor o evento; dentre elas, estão as sessões de aulas Hands On de Ultrassonografia – sucesso entre os participantes, as aulas têm o objetivo de mostrar ao vivo a prática, em telão, como conduzir um determinado exame. Outra novidade deste ano serão as aulas práticas presenciais dos cursos de Segurança em Radiologia (antigo SEADI), que propõe de forma dinâmica discussões sobre radiologia e emergência clínica, e do Teórico-Prático ACR BI-RADS®, que auxilia na avaliação, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem. Ambos fazem parte dos Cursos Híbridos da SPR, nos quais a primeira parte, teórica, é realizada antes do evento via web.
Curso recebe Dr. Leonard Glassman Professor convidado do AIRP, Dr. Leonard Glassman é um radiologista renomado e especializado em doenças da mama e será um dos professores estrangeiros recebidos para o evento. Ele é professor de radiologia na Escola de Medicina da George Washington University e membro do American College of Radiology. Há 35 anos, ele esteve pela primeira vez no Brasil, tirando férias no Rio de Janeiro. Como palestrante, sua estreia foi na JPR de 1998 e, desde então, já conduziu aulas por aqui por sete vezes. “Adoro dar aulas no Brasil. Espero que eu cause o interesse nos jovens radiologistas em se tornarem especialistas em mama e espero levar novos conceitos ao público.
O concurso SPR-AIRP é novo para mim e estou ansioso para revisar os trabalhos”, afirmou. Dr. Glassman participou do tradicional Curso de Quatro Semanas em 1972, e o classifica como um dos melhores momentos de sua residência: “Aprendi muitas coisas novas e tive a chance de fazer novos amigos na radiologia. Como o curso cobre a maioria dos tópicos em imagens, os residentes aprenderão sobre doenças que podem ou não ter em seus hospitais ou clínicas. É bem abrangente”. No dia 17 de agosto, ele conduzirá quatro aulas no módulo, a partir das 9h: Carcinoma Ductal in Situ; Câncer de Mama Luminal; Câncer de Mama HER2 e Triplo Negativo; e Câncer de Mama Masculina: Genética e Imagem.
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EVENTOS SPR Edição 479 – Julho de 2018
Participe do Curso de Radiologia Cardíaca O Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC 2018) chega à sua 11ª edição. O evento será realizado nos dias 5 e 6 de outubro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, sob organização da SPR em parceria com a Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT) e a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR). As inscrições já estão abertas e podem ser feitas online, por correio, fax ou na sede da SPR. O registro exclusivo para membros da sociedade se encerra este mês, em 5 de julho. Após essa data, demais interessados, inclusive não membros,
SPR apresenta 3º módulo do ECNR-Latam Será realizado de 7 a 10 de novembro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, o Module 3: Vascular Diseases do 1º Cycle do European Course of Diagnostic and Interventional Neuroradiology in Latin America. A SPR, com o apoio da Sociedade Europeia de Neurorradiologia (ESNR) e do Conselho Europeu de Neurorradiologia (EBNR) organizam o evento. Os dois primeiros encontros já realizados foram o Module 1: Anatomy and Embryology, em fevereiro de 2017, seguido do Module 2: Tumors, em fevereiro de 2018. Em seu programa, o ECNR-Latam oferece aulas teóricas e workshops, de forma interativa e com conteúdo de neurorradiologia que todo profissional formado ou aprendendo deve saber; e apresentados por professores enviados pela ESNR e cerca de 20 outros palestrantes do Brasil e da América Latina. A participação em todos os módulos do curso, seja na Amé-
rica Latina ou na Europa, e a aprovação na prova aplicada ao final de cada módulo são requisitos obrigatórios para os especialistas se submeterem à prova final de obtenção do EdiNR (Título de Especialista Europeu em Neurorradiologia) – um título indispensável para os neurorradiologistas europeus. Todas informações estão em http://bit.ly/3modECNR.
podem se inscrever até o prazo final, 20 de setembro. Inscritos no módulo de Radiologia Cardiovascular (turma 35) do Curso Online de Radiologia são isentos da taxa. Coordenado pelos Drs. Andrei Skromov de Albuquerque, Henrique Simão Trad, Juliano de Lara Fernandes, Marcelo Hadlich, Otávio Rizzi Coelho Filho e Walther Ishikawa, o encontro oferece um programa científico multidisciplinar divido em módulos, com palestras, aulas e discussão de casos. Dentre os temas que serão abordados estão: Princípios Básicos de TC e RM, Técnicas Avançadas em TC e
RM, SCMR 1, Fórum Congênita (técnica, análise e laudo 1 e 2), Como eu Faço?, SCMR 2 e SCCT. Há, ainda, a competição Team Spirit, uma atividade descontraída entre duas equipes, que irão descobrir o diagnóstico de exames de tomografia e ressonância cardíacas. No 11º Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca, radiologistas e cardiologistas podem aprender o que há de mais atual na área em conteúdo científico e sua relação com as tecnologias disponíveis. Garanta sua inscrição e participe! Mais informações em http://bit. ly/11ENRC2018.
Fígado é tema da 2ª edição do Curso Avançado do GERA Será realizado nos dias 10 e 11 de novembro, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, a segunda edição do Curso Temático Anual do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (GERA). Iniciativa da SPR, este é mais um evento da série de Cursos Avançados que serão realizados no segundo semestre de 2018, e possui como característica principal o ensino multidisciplinar. Nesta edição, o tema será Fígado, coordenado pelos Drs. Douglas J. Racy, Fernanda Garozzo Velloni, Nelson Caserta, Regis Otaviano França Bezerra e Tufik Bauab Jr. A programação é dividida em seis módulos, com aulas e discussão de casos, apresentados por grandes professores e especialistas no tema. O evento promoverá troca de informações também em momentos de coffee break e almoço, para incentivar ainda mais a interação dos professores com os participantes. A programação completa está disponível no site. Membros da entidade já podem se inscrever. Os demais interessados em participar poderão se registrar online a partir de 6 de julho,
com o prazo final em 25 de outubro. Programe-se: as vagas são limitadas e tendem a esgotar rapidamente. O encontro possui o objetivo de apresentar módulos de conceitos básicos (o que o radiologista precisa saber), e outros mais aprofundados; é dedicado tanto aos jovens especialistas de diagnóstico por imagem, quanto aos mais experientes que querem se aprofundar nessa área. Mais informações em http://bit. ly/2GERA2018.
JPR 2018
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Os caminhos da Inteligência Artificial discutidos na JPR Dando continuidade à cobertura da 48ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR 2018), realizada em maio em São Paulo, apresentamos nesta edição o que foi discutido sobre Inteligência Artificial (IA) no evento. Além de diversas aulas distribuídas em diferentes dias e horários da grade científica, o terceiro dia do evento foi encerrado com uma Sessão Plenária sobre o tema. Ainda, cobrimos também a sessão de Profissionalismo, que abordou temas de comunicação, administração de carreiras e comportamento com o equipe e contou com professores da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) na condução de suas aulas. O tema de Inteligência Artificial (IA) está tão presente e constante na radiologia hoje que mereceu, pela primeira vez, uma sessão plenária na JPR dedicada a ele, apresentada no fim do terceiro dia de evento, sob a coordenação do diretor científico da SPR, Dr. Renato Adam Mendonça. Ela foi composta por duas aulas. Os Drs. Marc Kohli, da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA) e o brasileiro Luciano Prevedello, do Departamento de Radiologia da Universidade Estadual de Ohio (EUA), falaram sobre A História da Inteligência Artificial: Como Chegamos Até Aqui? e Aplicações Atuais em Radiologia e Perspectivas Futuras da Inteligência Artificial, respectivamente. Dr. Kohli abriu sua palestra explicando que as pesquisas em IA já acontecem há muitos anos, com a participação de diferentes pessoas ao longo do tempo e que, desde o início, a medicina esteve entre as áreas de maior interesse dessa tecnologia. “A presença de sistemas inteligentes é comum na área da saúde. Desde o advento da IA se procurou avaliar o potencial de seu uso em medicina. Não é nada novo; mesmo na década de 1970 já se criavam programas de computador para servir a demandas médicas. A diferença é que, antes, os computadores eram construídos sob medida e havia uma dificuldade enorme em
criar uma máquina que cumprisse uma determinada tarefa”, explicou. Segundo o especialista, a base do que é usado na atualidade tem origem em estudos que começaram a ser difundidos antes da década de 1960. “O alicerce do deep learning é a rede neural. Achamos que isso
é novo, mas sua criação aconteceu em 1957”. Ele pontuou, por exemplo, que a hoje tão conhecida detecção por computador já estava presente nos exames de mamografia em 1990, e isso é um tipo de inteligência de máquina. Ele explicou que o chamado machine learning e o deep learning são a evolução do estudo de reconhecimento de padrões e exemplificou sua aplicação na radiologia: “Você cria um algoritmo e treina o computador para avaliar padrões em imagens; inclui aspectos de distorção da arquitetura, indica se há presença de uma massa ou não, acrescenta marcadores. Todos os classificadores são reunidos e, a partir daí, se determina um limiar do que pode ou não ser um problema. O algoritmo entra em ação e
Com reportagem de Daiane Bugatti, Gustavo Angimahtz e Marco Murta. Fotos de Carolina Cassiano e Renato TK
passa a identificar de forma autônoma imagens que podem conter suspeita diagnóstica relevante. Nós vamos adicionando muitas outras imagens e, a partir das marcações que fazemos, ‘vamos treinando’ o computador”. Depois de um tempo, ele esclareceu que “o computador passa a fazer o diagnóstico. Isso é meio assustador, mas é poderoso. A vantagem é que nós podemos fazer coisas que, de outra forma, não saberíamos como fazer. A razão é que nem sempre uma pessoa consegue distinguir diferenças sutis ou ocultas na imagem. Os computadores fazem isso, então há um enorme potencial nessa tecnologia”. A IA ainda não chegou ao que as pessoas esperavam em 1960, mas Dr. Kohli assegura que a disponibilidade cada vez maior de placas de alta capacidade de processamento gráfico tem contribuído para um ganho significativo de qualidade da imagem, e isso permite o treinamento dos algoritmos em um ritmo ainda mais acelerado. Além disso, comemorou o fato de que todos os radiologistas ao redor do mundo podem ter acesso a essa tecnologia graças ao fato de os algoritmos utilizados em pesquisas de IA em medicina serem de domínio público. “Se nós pensarmos em pesquisas médicas, isso é incrível, os dados estão completamente disponíveis. Diferentemente do que ocorre em
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outras áreas, como a biotecnologia e os estudos para a criação de novas drogas, os estudos de IA são de colaboração livre. Todos estão usando essas tecnologias, inclusive Google e outras empresas, e o código aberto está revolucionando e acelerando o desenvolvimento”. Na segunda metade da sessão, Dr. Prevedello deu um panorama do andamento da IA nos EUA e compartilhou exemplos de seu uso na radiologia, não apenas na área de imagem, mas também de sua aplicação em textos, sumarização e reports. Ao fim, ofereceu um vislumbre das perspectivas e a visão da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) a respeito dessa tecnologia. “Em termos de performance, a Inteligência Artificial recebeu um upgrade a partir do uso do ImageNet quando, entre 2014 e 2015, se verificou que o desempenho do deep learning começou a ser superior ao humano na classificação de dados”, disse, ao comentar notícia publicada no jornal The New York Times. “A tradução automatizada utilizando as redes neurais começou a ficar muito parecida à tradução realizada pelo homem”, exemplificou. Falando sobre a IA aplicada a volumes de texto não estruturados, Dr. Prevedello esclareceu que todo o conceito é baseado numa ideia de vetor. Para o computador, é muito mais fácil lidar com o texto e entender letras e outros caracteres se eles forem convertidos para números. A partir dessa conversão eles são tratados num espaço tridimensional como vetores. “Tudo se baseia no fato de que se você sabe a palavra que está ao lado de outra, você consegue criar relações entre elas. Você consegue perceber o contexto que está mais associado a essa palavra. Então, exemplificando, dentro da minha área, que é neurorradiologia, se eu falar em atividade, está claro que não me refiro ao universo fitness, porque em neurorradiologia essa palavra está geralmente associada a esclerose múltipla. Então se você colocar esses termos num espaço vetorial, esclerose múltipla, atividade, MS estarão bem próximas, porque nesse espaço vetorial, o texto tem um resultado matemático”. Como é que se usa isso em radiologia? “De 18 mil pedidos de RM do crânio com e sem contraste, coloca-
mos todos esses pedidos dentro de um algoritmo de IA e foi criada uma nuvem de termos tridimensional, que relaciona as palavras uma com a outra. Se eu insiro um determinado termo, como tumor, por exemplo, o computador pode mostrar neoplasma, GBM, oligodendroglioma, glioma, ependimoma. Então ele já fez associações sem que eu tivesse que dizer quais são os tipos de tumores de cérebro”, explicou Dr. Prevedello, detalhando que essa tecnologia tem sido usada, por exemplo, para criação de estudos de protocolos de exames com acurácia superior a 85%. Outra aplicação destacada pelo especialista tem a ver com detecção de aspectos críticos em exames de imagem de TC sem contraste, que possibilitam a classificação dos pacientes em ordem de prioridade. “A ideia é construir máquinas que notifiquem o radiologista o mais rapidamente possível sobre problemas em potencial. Os casos receberiam
O importante é reconhecermos que a IA está aí para ajudar o radiologista, e o radiologista está aí para ajudá-la. Se um ajudar o outro, não há porque ter medo dela, e sim ver isso tudo com muita empolgação atenção de acordo com os achados críticos apontados pelos algoritmos, influindo na priorização da sequência do atendimento”, afirmou. No encerramento de sua palestra, Dr. Prevedello fez um alerta: “Parece tudo muito bonito, muito fácil. Mas a realidade é que é tudo muito difícil. O machine learning tem uma série de
dificuldades pela complexidade em se conseguir notar ou classificar as coisas quando estamos falando de imagens radiológicas. Existe uma enormidade de cenários clínicos, áreas bem específicas e uma distância muito grande entre a criação de algo inovador e seu efetivo uso dentro da prática médica. Além disso, precisamos considerar que existem diferenças de opinião sobre os diagnósticos. Como vamos ensinar um algoritmo se nem nós mesmos conseguimos, em alguns casos, concordar em certos diagnósticos?”. A chance de que a IA vai alterar vidas, todos sabem que é real, disse o professor. “Mas ela não é perfeita. Ela tem os seus erros. Não é 100% e nunca vai ser. O importante é reconhecermos que a IA está aí para ajudar o radiologista, e o radiologista está aí para ajudá-la. Se um ajudar o outro, não há porque ter medo dela, e sim ver isso tudo com muita empolgação”, concluiu.
Construindo um laboratório Como parte do conjunto de aulas sobre Inteligência Artificial ministradas na JPR 2018, coube ao Dr. Prevedello compartilhar sua experiência abordando o tema Como Construir Um Laboratório de Inteligência Artificial. Falando para uma plateia lotada, o professor abordou as etapas de criação de um laboratório conduzido por uma equipe da qual ele faz parte, na Ohio State University, nos EUA. Segundo o professor, os desafios passam por questões relacionadas a infraestrutura, investimento, tempo e maximização da produtividade, entre outros. “Como transformar boas ideias em inovação? É necessário ter o grupo certo, com a infraestrutura certa, o suporte adequado, e aí ter as ideias certas para depois implementá-las. Em nosso caso, as coisas que a gente faz são criadas a partir de necessidades. Como médico radiologista, parte das coisas vem das minhas frustrações e experiên-
cias na clínica, mas também da interação com o grupo e com outros radiologistas.” Dr. Prevedello também compartilhou sua visão em relação à contribuição da IA na prática mé-
dica: “O maior impacto da IA na medicina não será a máquina fazendo o que ser humano faz, mas a remoção daquelas atividades robotizadas que os humanos fazem”, afirmou.
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Como a Inteligência Artificial afeta a radiologia “Os radiologistas não serão substituídos por IA, mas por outros radiologistas que a utilizarem.” A afirmação é do Dr. Leonardo Vedolin e foi registrada durante a aula que ele ministrou no módulo de Neurorradiologia, no primeiro dia da Jornada. Sob o tema Diagnóstico Auxiliado pelo Computador e Inteligência Artificial: Como Isso nos Afetará?, a aula abordou inicialmente uma síntese de conceitos sobre Machine Learning e Deep Learning, termos associados ao desenvolvimento de algoritmos que processam grandes volumes de dados e propiciam um ganho considerável de performance na prática profissional em diversos setores. O professor explicou que a aplicação de IA em Saúde não se restringe ao diagnóstico. Do total dos U$ 150 bi investidos no desenvolvimento dessa tecnologia atualmente, apenas U$ 8 bi correspondem ao Diagnóstico por Imagem. O número é pequeno se comparado, por exemplo, à cirurgia robótica, que movimenta mais de U$ 40 bi. “IA entrou na Saúde, não há dúvida, e ela ocupa um espaço em diagnóstico, mas este não é o seu foco no momento”, esclareceu Dr. Vedolin. Ele ponderou, no entanto, que com o advento de novas tecnologias é natural o surgimento de expectativas, entre as quais a ideia de que as máquinas podem acabar substituindo o trabalho humano. No caso da Radiologia, pelo fato de ser uma área que adotou muito precocemente, por exemplo, imagens digitais e automação, é natural que aflore a ideia de que em algum momento o radiologista pode acabar cedendo espaço para as máquinas. “Por razões diversas, entre as quais estão custo, inovação e interoperabilidade, há uma tendência e várias ações concretas para garantir que as coisas andem rápidas e essa tecnologia avance ainda mais no mundo. Mas eu não vejo a Inteligência Artificial substituindo o ato humano; acredito cegamente que ela vai empoderar os radiologistas
de uma forma significativa e vai mexer muito no mercado de trabalho”, disse o Dr. Vedolin. O professor concluiu a aula destacando pontos que se tornarão oportunidades a serem exploradas pelos profissionais, pois são atos superiores do humano em relação ao computador: “O pensamento abstrato, a habilidade de comunicação, de fazer uma discussão clínica sobre um determinado caso, são coisas inerentes ao gênero humano. É difícil imaginar um computador fazendo pesquisa, abstraindo e produzindo relatórios a respeito. Esse espaço é e provavelmente continuará pertencendo ao homem, bem como a gestão dos dados, a liderança de equipes e uma interface na área de negócios. Por fim, uma coisa que a maior parte de nós faz
com pouca frequência, um envolvimento maior nas políticas associativas, com foco na regulamentação do setor”. Quem participou da aula aprovou o conteúdo. Dr. Robson Tagawa Roque, radiologista de Bauru e veterano na JPR, achou o tema bastante relevante. “Esse assunto está o tempo todo na boca dos colegas e nas rodas de conversas. Por isso, todo mundo tem bastante interesse em compreender as mudanças que estão por vir. Tenho vários colegas que pensam em ir para a área de Intervenção ou se especializar em Informática não porque gostem da área, mas por receio do que pode acontecer no futuro.” A Dra. Ioná Grossman, radiologista do GRAAC – Instituto de Oncologia Pediátrica, de São Paulo,
também avaliou a palestra: “Achei muito interessante o tema porque agora, mais do que a parte técnica, essa se tornou uma questão da qual todo mundo fala. E embora muita gente esteja preocupada, eu concordo que não vamos ser substituídos pela máquina. A Inteligência Artificial vai entrar como uma ferramenta a mais, então o receio tem fundamento apenas para um perfil específico de médicos. Só não terão espaço aqueles que não a compreenderem como ferramenta e que não forem capazes de assimilar a mudança e interagir”. Um dos coordenadores do módulo de Informática em Radiologia, Dr. Marcelo Félix opinou: “Está na hora da Inteligência Artificial sair do laboratório e começar a gerar resultados, como pessoas. Essa já é uma realidade nas empresas de outros setores, como o financeiro e o farmacêutico, por exemplo. Há uma competição entre eles para determinar quem faz em menor tempo, é impressionante. Isso precisa acontecer também nas empresas de Saúde”. Ainda, para ele, algo marcante do módulo é o fato de ele crescer a cada ano, “em qualidade e em público. Este ano, tivemos recorde de inscrições e, daqui a pouco, vamos ter que ter duas salas para conseguir atender a todos os interessados”, finalizou.
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Flipped class – ou aula invertida No módulo de Educação e Introdução à Pesquisa, coube ao Dr. Richard Wiggins, da Universidade de Utah, EUA, falar sobre o papel da IA na Educação. Como outros palestrantes, ele abordou machine learning e deep learning para tratar do assunto. Inicialmente, definiu Inteligência Artificial como a capacidade de máquinas de desenvolverem tarefas de forma inteligente: “Isso envolve teoria e desenvolvimento de sistemas para que elas realizem essas tarefas, normalmente solicitadas aos homens. Engloba reconhecimento de fala, percepção visual, tomada de decisão e tradução entre idiomas”. Já o machine learning é a aplicação da IA; “fornece dados às máquinas e lhes permite aprender com eles. Estamos falando de um tipo de inteligência artificial que fornece
aos computadores a capacidade de aprender sem serem explicitamente programados”, explicou. O deep learning, seria, então, uma técnica para implementar o machine learning. “Uma ramificação do aprendizado de máquina com base em um conjunto de algoritmos que tentam modelar abstrações de alto nível em dados.” Também incluiu as redes neuronais artificiais, modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central de um animal, capazes de realizar o aprendizado de máquina e o reconhecimento de padrões. Ou seja, para ele, deep learning está inserido em machine learning e, este, está em Inteligência Artificial. Considerando-se a educação, explicou que a IA propicia o fluxo de trabalho, a produtividade e a análise preditiva – você monitora pacientes e evita
Direcionamento claro
emergências antes que ocorram. Com a ferramenta, é possível automatizar tarefas simples, usar softwares educativos personalizados e contar com suporte educacional ininterrupto. Pensando na sala de aula, ressaltou que, durante uma palestra, alunos fazem qualquer coisa – até mesmo, assistem a outras palestras online –, menos prestar atenção naquela específica. Por isso, defende o aprendizado mesclado: assíncrono e interativo entre alunos, colegas e professores, em uma sessão “cara a cara”. “É o conceito de flipped class – o professor deixa de ter a posição principal e age junto com pequenos grupos de alunos. Não há mais o professor no palco, em pé, em frente de alunos sentados, passivos. Com isso, aumenta-se a interatividade e temos uma educação personalizada,
com aprendizagem construtivista”, pontuou Dr. Wiggins. Ele mostrou um estudo feito na norte-americana Clintondale High School, que adotou a postura em 2012 e conseguiu reduzir as reprovações em inglês (de 52% para 19%), matemática (de 45% para 13%), e em ciência (de 41% para 19%). Finalizando, ele defendeu, ainda, o recurso de transmedia storytelling, diferentes formas de mídia conectando-se a uma única linha de história.
Diagnóstico preciso Do diagnóstico ao tratamento, a Bayer oferece tecnologias e soluções que permitem um diagnóstico diferenciado e preciso de doenças, auxiliando o médico a optar pelo tratamento mais adequado a cada paciente.
Bayer, sinônimo de inovação e uma das empresas líderes em meios de contraste. Na área de diagnóstico, é pioneira em meios de contraste para raios-X, tomografia e ressonância magnética. No Brasil, introduziu o conceito de contraste órgão-específico, visando diagnósticos mais precoces de forma não-invasiva de doenças hepáticas focais.
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Professores da RSNA conduzem aulas de Profissionalismo No terceiro dia de JPR, a manhã foi contemplada com o módulo especial sobre Profissionalismo, Liderança e Gestão em Saúde, com uma sessão de sete aulas consecutivas ministradas pelos médicos americanos convidados para o evento. A abertura foi feita pelo moderador Dr. Renato Adam Mendonça, que deu a largada na primeira aula ao chamar ao palco a professora americana Dra. Mary C. Mahoney. Ela trouxe um panorama geral sobre como a Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) prioriza o paciente na radiologia (ou, como ela chamou, Patinent-Centered Radiology). Isso melhora o tratamento, a comunicação entre o médico e o paciente, e aumenta a colaboração do paciente com o tratamento. Além disso, apontou que centrar a relação do paciente com a radiologia também torna mais relevante o papel do radiologista no tratamento. “Os atrasos em procedimentos e exames são exemplos de processos que pioram o conforto do paciente, afetando a cadeia. Além disso, para ele, há uma relação direta ente limpeza e saúde”, exemplificou. A segunda aula, Você é o Juiz: Erros e Oportunidades Perdidas, ministrada pelo também norte-americano Dr. James. P. Borgstede, trouxe o objetivo de explicar a metodologia para desventuras na radiologia, e como lidar com potenciais erros, reduzi-los e evitá-los. Dr. Borgstede trouxe dinamismo ao fazer de sua aula uma sessão interativa com casos e perguntas sobre qual seria o correto comportamento do radiologista para evitar problemas, com tempo para votação pelo celular, usando o aplicativo do congresso. Em seguida, Dra. Valerie Jackson, presidente eleita da RSNA, trouxe à tona o curioso tema O Médico Perturbador, que buscou mostrar como reconhecer pessoas de comportamento disruptivo e como elaborar estratégias apropriadas. Entre seus conselhos, o de que o médico realmente perca muito tempo com os
assuntos que dizem respeito ao paciente. Falou, principalmente, sobre o ambiente de trabalho e como reconhecer as pessoas de difícil lide, enfatizando que não importa se a pessoa tem algum diagnóstico de distúrbio psicológico, desde que seu comportamento seja de acordo com o ambiente. “Inteligência emocional é responsável por 58% de sua performance no trabalho”, finalizou.
Dr. Borgstede retornou ao púlpito para a quarta palestra, intitulada Eu Não Acredito que Isso Aconteceu. Descreveu grandes frustrações e problemas eventualmente ocasionados por um erro ou julgamento muito simples, como, por exemplo, um erro no reconhecimento de voz que traduz uma palavra e a transforma em outra. O objetivo do professor foi ensinar aos presentes como lidar com esse tipo de problema. Novamente, trabalhou a interatividade ao longo de sua fala, permitindo aos presentes votarem em situações específicas. A quinta aula do módulo falou sobre Como Ter uma Carreira Bem Sucedida. Dra. Jackson falou sobre sucesso, como atingi-lo e como evitar burlar o sucesso alheio: “Todos querem ser chefe de um departamento, ou líder de uma equipe, mas sabemos que a maioria das pessoas não é, então temos que saber lidar
com isso”, pontuou. Ela enfatizou que os melhores e maiores líderes são discretos e fazem um trabalho com grandes resultados, e não querem ser colocados num pedestal. Para ela, o sucesso vem com amor pela profissão, sorte, grandes mentores, otimismo e envolvimento, fazendo sempre o melhor de si. A penúltima aula do módulo foi apresentada pelo professor Dr. George Bisset III, que falou sobre Habilidades de Comunicação, importante competência do médico radiologista. Para o professor, tudo o que fazemos é comunicado, então é fácil concluir que comunicação é a chave para o sucesso. Os objetivos de sua fala foram definir a comunicação eficaz e ineficaz, a “arte de ouvir” e a comunicação verbal e não verbal, já que esta competência é a segunda votada como mais importante na carreira, de acordo com pesquisas mostradas em sua apresentação. Para fechar a sessão de aulas, Dra. Jackson abordou o tema Gerenciamento de Tempo. Apontou como passos essenciais para um bom gerenciamento de tempo ter objetivos realistas, estabelecer uma lista com algumas metas maiores em longo prazo e, semanalmente, uma lista com dez passos e suas respectivas prioridades, na tentativa de cumpri-los em direção a estes grandes objetivos. Depois, aconselhou ir comparando as listas, semanalmente, e ver o que foi cumprido, delegado ou está em processo. Assim, pode-se ter uma ideia da evolução profissional que se está alcançando. “Mas sempre se lembre de tomar cuidado com procrastinação e com perfeccionismo, que podem atrapalhar esta evolução, e de ser organizado”, recomendou. Durante as sete aulas, o auditório duplo das salas L e M ficou lotado, e este fator foi um ponto ressaltado pelo Dr. Borgstede em sua fala, que denotou o crescente interesse do corpo médico por desenvolver suas habilidades a favor da carreira.
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Perspectivas Econômicas para o Brasil O presidente da SPR, Dr. Carlos Homsi, fez a apresentação do economista Roberto Macedo – formado em Economia pela USP e Doutor pela Universidade Harvard –, que subiu ao palco de bom-humor e bastante à vontade. Para dar um panorama geral da atual situação brasileira e para onde estamos caminhando, retrocedeu à natureza da crise atual. Explicou que a crise, antigamente era mais externa, como é o caso da Argentina nesse momento – o país acabara de passar o Brasil na taxa de juros. “Anteriormente, tínhamos problemas com o dólar, mas passamos por essa fase com as negociações com a China nos anos 2000. Já a crise atual, foi causada pelo próprio governo, que gastou demais, causando uma crise de orçamento que só aumenta. E o país pode decidir pagar ou não essa dívida; entretanto, em ambos os cenários, desastres podem ser causados na economia. Portanto, deveriam continuar empurrando essa dívida para frente”, defendeu. Como os consumidores pararam de consumir e os investidores, de
investir, o economista tentou explicar de forma mais caricatural: a crise é um doente crônico que a família não quer fazer nada para tratar e, no caso, a família é o nosso governo. Resumindo, ele ressaltou que temos um problema político, e não cambial, principalmente por não sabermos o que vem pela fren-
te com as próximas eleições. Enfatizou que, independente do eleito, precisamos de um governo bem intencionado que tente agilizar a resolução dos problemas logo nos primeiros seis meses após a eleição. “Apesar da previsão do banco central do crescimento do PIB de 3% no próximo ano, estamos longe
de sair da crise, pois estamos numa situação muito difícil e começaremos a sair dela, se tudo ocorrer bem, somente em 2020”, preveu. Para ele, no entanto, a boa notícia é que a crise é uma média e o Brasil é muito grande, então é preciso aproveitar os setores que estão melhorando em cada região do País.
SPR condecora Temas Livres e serviços A SPR anunciou os três Temas Livres Condecorados, selecionados após apresentação na JPR 2018: TL.15.002 – Caracterização do Tecido Ósseo por Espectroscopia Ultrassônica Sistema Musculoesquelético 1º lugar
Autores: AGNOLLITTO, P. M.; BRAZ, G. A.; CARNEIRO, A. A. O.; SPIRLANDELI, A. L.; PAULA, F. J. A.; NOGUEIRA-BARBOSA, M.H Instituição: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – FMRP/USP Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP/USP TL.18.007 – Medidas Ultrassonográficas da Gordura Abdominal em Crianças Relacionadas ao Diagnóstico Antropométrico
2º lugar
Ultrassonografia Autores: PIBER, L. S.; SOUZA, P. C.; ARMOND, J. E.; JULIANO, Y.; NOVO, N. F.; WANDERLEY, M. I. A. Instituição: Universidade Santo Amaro; CDB – CENTRO DE DIAGNÓSTICO BRASIL TL.12.007 – Biomarcadores de Imagem Como Preditores de Desfecho em Pacientes com Hemorragia Cerebral Primária
3º lugar
Neurorradiologia Autores: ARAÚJO, A.I.R.; PADILHA, I. G.; PETTENGILL, A. L.M. FRAGOSO, D. C.; PACHECO, F. T.; NUNES, R. H.; MAIA JÚNIOR, A. C. M.; ROCHA, A. J. Instituição: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil
A SPR também condecorou os grupos de radiologia dos serviços que apresentaram número significativo de trabalhos, de alto nível científico-educacional, no evento. Cada um recebeu o Certificado de Mérito pelo Conjunto da Obra: • Setor de Radiologia Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein; • Setor de Radiologia Pediátrica do Diagnósticos da América – DASA; • Setor de Radiologia de Cabeça e Pescoço do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – InRad – HCFMUSP; • Setor de Radiologia Musculoesquelética do Hospital Sírio-Libanês.
Um evento que marcou nossa história. Uma história que marca nossas vidas. Com uma trajetória respeitada internacionalmente, a SPR teve uma jornada marcada pelo compromisso em buscar inovações para médicos radiologistas, sempre trabalhando ao lado de profissionais exemplares e tornando-se uma referência no setor.
A SPR agradece a todos que compareceram à 48ª Jornada Paulista de Radiologia. Foi uma honra contar com a presença de cada um de vocês no principal evento de Diagnóstico por Imagem da América Latina e ainda comemorar de forma única os 50 anos de entidade.
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A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, pioneira na elaboração de cursos de radiologia online, agora garante aos seus associados uma série de métodos exclusivos de educação continuada e pesquisa.
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CMA de Araraquara tratou de Urgência e Emergência
A cidade no interior de São Paulo, Araraquara, recebeu no último fim de semana de maio, entre 25 a 27, profissionais radiologistas de diversas cidades para o encontro do Clube Manoel de Abreu. Nesta edição, Temas Práticos de Urgência e Emergência perfizeram os principais tópicos do evento. Coordenado pelos Drs. Fernando Pereira Vanni (anfitrião) e Nelson Caserta (presidente do CMA), o encontro foi iniciado na sexta-feira com Happy Hour de boas-vindas. Após as aulas, para encerrar o dia, as atividades sociais foram realizadas para a confraternização dos participantes.
No domingo, a tradicional discussão de casos contou com grande participação dos especialistas – no total, foram onze casos apresentados, que contribuíram para a troca de informações e experiências. Tiveram apresentações das cidades de Piracicaba, Ribeirão Preto, Botucatu, Araraquara e São Paulo, nas especialidades de neuro/coluna/ oncorradiologia, abdome, musculoesquelético, neurorradiologia, ginecologia, tórax, medicina interna e musculoesquelético (pediatria). A seguir, confira os cinco melhores casos da sessão, que foram premiados:
1ª COLOCADA Nome: Julliana dos Santos Frassei Caso: Fístula Aorto-entérica Prêmio: Tablet oferecido pela Konimagem Cidade: São Paulo, SP Instituição: HC-FMUSP (InRad)
2º COLOCADO Nome: Faissal Matsubara Saad Caso: PTLD Linfoma Primário do SNC Prêmio: Hospedagem no CMA de Campos do Jordão Cidade: Botucatu, SP Instituição: Unesp Botucatu
3º COLOCADO Nome: Rafael Vasconcelos Barros Caso: Sarcoidose Prêmio: Kit Elsevier com livro Oncologia Cidade: Ribeirão Preto, SP Instituição: USP Ribeirão Preto
4ª COLOCADA Nome: Denise Fabri Rezende E. Mello Caso: Doença de Castleman Prêmio: Inscrição no Curso Híbrido da SPR: Curso de Radiologia de Emergências – Sobrevivendo no Plantão Cidade: Ribeirão Preto, SP Instituição: Documenta
5º COLOCADO Nome: Felipe Martins Abou Rahal (representado pelo Dr. Fernando) Caso: Malformação Artériovenosa Uterina Prêmio: Kit SPR 50 anos Cidade: Araraquara, SP Instituição: Santa Casa de Misericórdia
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EVENTOS SPR Edição 479 – Julho de 2018
O EVENTO EM IMAGENS
EMPRESAS PARCEIRAS
Confira os contatos destas empresas na página 30 desta edição.
EVENTOS SPR
PRÓXIMO ENCONTRO
Campos do Jordão Nos dias 22, 23 e 24 de junho, Campos de Jordão foi palco do CMA – Encontro Rio-São Paulo, evento já tradicional por possibilitar a reunião de profissionais convidados pela SPR e pela Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro (SRad-RJ). A edição contou com uma novidade na programação: aulas dinâmicas e mais curtas, inseridas na série
GANHADORES DOS SORTEIOS
“Dicas quentes em 10 minutos – o que o radiologista não pode esquecer”. A cobertura completa será publicada na edição de agosto no Jornal da Imagem – acompanhe! Confira mais informações do próximo encontro do Clube Manoel de Abreu: http://spr. org.br/eventos/clube-manoel-de-abreu.
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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 479 – Julho de 2018
Clube Roentgen discute casos da Unifesp Este mês, o encontro do Clube Roentgen será realizado em 11 de julho. Radiologistas poderão se encontrar no Maksoud Plaza Hotel, às 20 horas, para aprender e trocar experiências. A aula de abertura contará com o tema Diagnóstico Diferencial das Lesões que Acometem os Espaços Perivasculares, ministrada pelo Dr. Luis Filipe de Godoy. Em seguida, todos são convidados a discutir os casos da mini CCRP da Unifesp/EPM, coordenados pelo Dr. Artur da Rocha C. Fernandes. A participação nessa atividade é livre e a entrada gratuita para membros ativos da SPR. A reunião também será transmitida em tempo real pela internet, possibilitando a participação e interação do especialista que deseja participar, mas que não pode se deslocar até o
local. É possível assistir a aula e fazer perguntas ao professor: basta acessar via computador, notebook, tablete ou smartphone – saiba como em http://spr.org.br/cursos-via-web/. Foi em um bar localizado na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, em São Paulo, em 1958, que nasceu a primeira reunião do Clube Roentgen.
Na época, radiologistas combinaram como seriam os eventos e que sempre haveria discussão de casos e jantar. “O saldo mais positivo do Clube, além de uma maior aproximação dos radiologistas, foi a cobrança de uma prática ética da profissão”, relembrou Dr. Francisco Lanari do Val, em antiga edição deste jornal.
Mais informações sobre o Clube Roentgen em http://spr.org.br/eventos/ clube-roentgen
Junho Com a palestra intitulada Métodos Avançados De Imagem Na Avaliação Dos Gliomas, Dr. Lázaro Luís Faria do Amaral conduziu a aula de 13 de junho. A mini CCRP ficou por conta do Hospital Heliópolis, que levou quatro casos para discussão, sob coordenação do Dr. Aldemir Humberto Soares.
Grupos de Estudos: troca de conhecimento e prática Em julho, a SPR organizará o encontro de doze dos seus Grupos de Estudos: Tecnologia e Informática em Radiologia, Ultrassonografia, Proteção Radiológica, Mama, Abdome, Radiologia Musculoesquelética, Meios de Contraste Radiológicos, Radiologia Intervencionista, Radiologia Cardiovascular, Neurorradiologia, Pediatria e Imagem Quantitativa. Os encontros são realizados para que profissionais da área de Diagnóstico por Imagem possam compartilhar experiências e, a partir de casos científicos, discutir o diagnóstico e aprender com a prática. Confira a programação deste mês e participe! Os participantes que não puderem se deslocar até o local dos grupos também participam via web. Os encontros – exceto os do GEMCR e Latin Safe – são transmitidos em tempo real. Veja como acessar: http://spr.org.br/cursos-via-web.
Data 3
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Grupo de Estudo
Local
Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get) Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus) Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)
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Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe) 12
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio) Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)
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Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)
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Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)
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Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)
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Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)
Sede da SPR Maksoud Plaza Hotel
Sede da SPR
Todas as informações dos Grupos de Estudos estão em http://spr.org.br/grupos-de-estudos
ARTIGO
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Preparo da TC: jejum ou não jejum? Esta é a questão! Dra. Serli Ueda
O jejum, como preparo de estudos com o uso de meio de contraste iodado venoso, foi instituído na época em que eram utilizados meios de contraste de alta osmolalidade de primeira geração, em que a taxa de complicações eméticas era de 4,58% para náuseas e 1,84% para vômitos, com o potencial de acarretar aspiração, com consequente pneumonia(1). Com a introdução dos meios de contraste de baixa osmolalidade, a frequência de reações adversas reduziu, variando entre 1% a 3%, sendo que as taxas de complicações eméticas também reduziram para 0,3%(2). Apesar da menor frequência de complicações eméticas, não houve modificação no preparo preconizado. Os serviços em nosso meio solicitam um tempo de jejum que varia entre 4 – 6 horas (que na prática pode chegar até 12 horas), inclusive de líquidos. Isto é uma contradição, já que em alguns centros, a administração de água por via oral previamente à TC é solicitada como preparo imediato para a realização do estudo tomográfico abdominal. O uso do meio de contraste iodado diluído em água como preparo para este exame vem reduzindo cada vez mais(2). Em estudos realizados por duas décadas com esse preparo com água por via oral e meio de contraste iodado não-iônico de baixa osmolalidade intravenoso, a chamada hidro-TC, não houve relatos de riscos relacionados à aspiração(1). Estudos realizados demonstram que o tempo de esvaziamento gástrico de líquidos não contendo partículas maiores que 2,0 mm é de cerca de 50% em 10-20 minutos, 90% em uma hora e virtualmente tudo em duas horas. Para alimentos sólidos, o esvaziamento gástrico ocorre em mais horas(1). Existe uma tendência em acreditar que as complicações eméticas relacionadas ao meio de contraste ocorram com maior frequência quando o estômago está cheio. Um estudo controlado e randomizado realizado por Wagner et al(3) comparou dois grupos, sendo um com jejum de no mínimo quatro horas e outro com restrição total de alimentos e líquidos, e não houve diferença significativa na taxa de complicação aguda, sendo que, em número, as complicações agudas foram pouco mais prevalentes no grupo com jejum (0,4% x 0%). Outro estudo, realizado por Oowaki et al(4) mostrou que o jejum antes do uso de meio de contrate venoso aumentou a incidência de efeitos adversos de náusea e vômitos. Segundo Sutherland et al(2), um tempo de jejum de mais de três horas pode reduzir o volume do conteúdo gástrico, mas
O que deve ser repensado é o jejum de líquidos. A redução de ingesta hídrica acarreta modificação na hidratação do paciente, com risco de nefropatia relacionada ao meio de contraste também diminui o pH, aumentando o risco de complicação na pneumonia aspirativa. Apesar desses estudos, devemos ponderar o uso do preparo com jejum de sólidos previamente ao uso do contraste intravenoso. Pacientes com o estômago cheio podem não colaborar com a ingesta de contraste via oral, se este for necessário e, ao contrário, a necessidade do jejum pode impactar no agendamento desses pacientes(1). Pacientes em jejum prolongado tendem a ser mais ansiosos e menos colaborativos no estudo, e mais susceptíveis a reações ao meio de contraste(2). O que deve ser repensado é o jejum de líquidos.
EXAME
TC abdome TC não abdome
A redução de ingesta hídrica acarreta modificação na hidratação do paciente, com risco de nefropatia relacionada ao meio de contraste. Deve-se lembrar de que, atualmente, existe controvérsia sobre a existência ou importância relativa desta entidade, mas independentemente da controvérsia, é de conhecimento que a prevenção pela hidratação para pacientes ambulatoriais é importante, sendo a hidratação venosa um procedimento complexo para este grupo de pacientes. Em estudo em centro oncológico não houve diferença estatística na frequência de reações adversas em pacientes ambulatoriais que realizaram TC com contraste venoso com ou sem jejum prévio(2), não havendo inclusive casos de pneumonia aspirativa. Os autores acreditam que o risco de aspiração esteja mais relacionado ao nível de consciência durante o exame ou a presença de lesões esofágicas (por exemplo: fístulas traqueoesofágicas) do que pelo uso do meio de contraste. Com todas as considerações acima descritas, em pacientes colaborativos, a seguinte sugestão quanto ao preparo de exames com uso do meio de contraste venoso pode ser feita:
Tempo de jejum de líquido (não gasoso, não alcoólico, não gorduroso)
Tempo de jejum de sólido
2 horas
4 horas
Sem jejum
2 horas
Lembrar sempre que existem condições especiais que necessitam ser avaliadas individualmente e em cada serviço, como exames cujo foco de estudo são alças intestinais (enterografia por TC e colonoscopia virtual, por exemplo) ou pacientes não colaborativos, ou mesmo pacientes que farão o exame sob anestesia. Estudos realizados em caráter de urgência e emergência devem ser avaliados individualmente e eventualmente não necessitarão do jejum, devido à urgência clínica e necessidade de conduta rápida.
Referências bibliográficas: 1. Lee BY, Ok JJ, Abdelaziz Elsayed AA, Kim Y, Han DH. Preparative Fasting for Contrast-enhanced CT: Reconsideration. Radiology: Volume 263: Number 2—May 2012; 263:444–450. 2. Barbosa PNVP, Bitencourt AGV, Tyng CJ, Cunha R et al. Preparative Fasting for Contrast-Enhanced CT in a Cancer Center: A New Approach. AJR 2018; 210:941–947. 3. Wagner HJ, Evers JP, Hoppe M, Klose KJ. Must the patient fast before intravascular injection of a non-ionic contrast medium? Results of a controlled study. Rofo 1997; 166:370–375. 4. Oowaki K, Saigusa H, Ojiri H, et al. Relationship between oral food intake and ausea caused by intravenous injection of iodinated contrast material. Nihon Igaku Hoshasen Gakkai Zasshi 1994; 54:476–479.
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EDUCAÇÃO DIGITAL Edição 479 – Julho de 2018
Curso Online: inscrições abertas para novas turmas O Curso Online de Radiologia da SPR (COR), disponibilizado na Área Restrita do site aos membros ativos da entidade, tem metodologia própria de ensino, ambiente de estudo inovador e sistema de avaliação distinto. Ao todo, são oferecidos dez módulos divididos por subespecialidade. Novas turmas estão com inscrições abertas:
Programação formato tradicional
Curso Online de Radiologia Radiologia Musculoesquelética (turma 36)
06/08 a 29/11/18
Tórax (turma 37)
07/08 a 06/12/18
Abdome/Trato Digestório (turma 38)
01/08 a 19/11/18
Abdome/Trato Geniturinário (turma 39)
02/08 a 05/11/18
Imagem da Mulher: Ginecologia (turma 40)
03/08 a 19/11/18
Cabeça e Pescoço (turma 41)
24/10 a 14/01/19
Mama (turma 42)
06/09 a 14/12/18
Neurorradiologia/Neuropediatria (turma 43)
05/09 a 02/01/19
Coluna Vertebral e Medula Espinal (turma 44)
10/08 a 19/11/18
Curso delineado para residências Desde o ano passado, a entidade ampliou o COR e lançou o projeto direcionado aos Serviços de Residência e Aperfeiçoamento. Assim, não só os residentes isoladamente
participam, mas também grupos por meio dos serviços ontem atuam. O curso é dividido em três ciclos que agrupam os módulos adequados ao período de residência - três anos. Nessa formatação, o conteúdo teórico pode ser um material de ensino complementar à grade curricular de
quem participar. As vagas para o ciclo 2018 – 2019 já estão abertas, e membros da sociedade pagam 20% menos na taxa de registro, quando comparada à adesão individual. Ao fim de cada ciclo, a SPR mede o desempenho individualmente, podendo fornecer ao coordenador de cada especialidade um relatório, para que ele possa acompanhar a atuação de seus residentes ou aperfeiçoandos. Serviços de diversas cidades já aderiram o programa. Confira, a seguir, o depoimento do Dr. Juliano Pereima de Oliveira Pinto, do Hospital Universitário Prof. Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. Eles optaram pelo Curso Online de Radiologia e, neste ano, repetirão a experiência. “A necessidade de complementação da grade de aulas teóricas exigidas pela legislação da residência médica e a solicitação dos próprios residentes de uma maior proximidade com a SPR, até mesmo para conhecer como funcionam as metodologias de ensino das residências em SP, nos levaram a escolher o COR.
No primeiro ciclo, três R1 participaram do curso, e estes mesmos três continuarão fazendo o segundo ciclo. Também, três novos R1 já se inscreveram para iniciar as aulas, então teremos um total de seis residentes. Os temas abordados no primeiro ciclo foram bastante relevantes, expostos de forma objetiva e, ao mesmo tempo, didática, explorando os aspectos práticos da rotina do médico radiologista e as principais dúvidas dos médicos residentes. O formato em vídeo-aulas com questões trazem interatividade, e o prazo de uma semana para a realização das avaliações permitem mais flexibilidade dos horários. Para o próximo módulo, espera-se a mesma qualidade e objetividade dos tópicos abordados, com destaque para o exercício do raciocínio diagnóstico, e para a maior interatividade entre aluno e professor, através de questões chave e outros métodos de revisão do conteúdo ao longo do curso.” Saiba mais sobre o COR em: http://spr.org.br/educacao-digital/ curso-on-line-de-radiologia.
Saiba mais sobre o COR em: http://spr.org.br/educacao-digital/curso-on-line-de-radiologia
Acervo das Transmissões Via Web está disponível para você! Você conhece o Acervo das Transmissões Via Web da SPR? Trata-se de uma ferramenta, criada em parceria com a Pixeon, que disponibiliza um acervo de aulas de alguns eventos científicos promovidos pela entidade transmitidos pela internet em tempo real.
Transmissões como as do Clube Roentgen e dos Grupos de Estudos são mantidas no site para que possam ser assistidas ou revistas. Todo mês, o acervo é atualizado e membros ativos podem acessar as gravações de encontros, reuniões ou eventos, com todo
conteúdo que foi contemplado na aula ao vivo: apresentação de slides, áudio do palestrante e da discussão – caso ocorra em sala de aula. Para acessar, entre com seu login e senha na área restrita de membros da SPR.
EDUCAÇÃO DIGITAL
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Confira mudanças nos Cursos de Segurança em Radiologia e BI-RADS® Este ano, a SPR adotou o modo híbrido, modalidade inovadora de ensino, para cinco cursos. Este formato se caracteriza por oferecer atividades teóricas à distância (online) e, posteriormente, aulas práticas (presenciais). Na primeira parte à distância, o aluno tem autonomia nos estudos e no uso das ferramentas de ensino online, no qual poderá assistir às aulas de onde estiver, de qualquer um de seus dispositivos pessoais. Depois, nas aulas presenciais, participantes terão contato com os professores, que irão apresentar o conteúdo prático com demonstrações, de forma dinâmica. Dois dos cursos programados para acontecer neste formato são o Curso
de Segurança em Radiologia (antigo SEADI) e o Curso Teórico-Prático ACR BI-RADS®. A primeira parte de cada um deles, teórica, é feita online e é pré-requisito para a inscrição e participação no módulo prático, que será realizado presencialmente no Curso Feres Secaf 2018, de 16 a 19 de agosto, no Maksoud Plaza Hotel. Ou seja, para participar da aula presencial no evento é preciso, antes, concluir a teórica via web.
O Curso de Segurança em Radiologia foi atualizado e redimensionado. Coordenado pelos Drs. Renato Hoffmann, Tufik Bauab Jr. e Augusto Scalabrini Neto, propõe de forma dinâmica discussões sobre radiologia e emergência clínica. Para ser aprovado no módulo teórico e receber a habilitação para cursar o módulo prático, o aluno deverá atingir a nota mínima de 75 na avaliação, que
será aplicada após o aluno finalizar o pacote de aulas online. Curso já tradicional na grade científico-educacional da entidade, o sistema BIRADS® possui a mesma norma – o participante terá acesso a um pacote de oito aulas e uma avaliação, que será realizada via web e é obrigatória para cursar a parte prática. Sob coordenação do Dr. Luciano Chala, o curso auxilia na avaliação, interpretação do exame e elaboração dos laudos de exames de imagem. As inscrições para ambos os cursos já estão abertas e são exclusivas para membros SPR ativos; o especialista que concluir qualquer um desses dois cursos recebe certificação com validade de quatro anos.
Conheça mais três Cursos Híbridos da SPR
Curso Avançado de Imagem em Endometriose As aulas online já estão disponíveis e, até 24 de julho, em toda terça-feira haverá a liberação de uma nova aula. De 31 de julho a 7 de agosto, a avaliação final será aplicada e, em 18 de agosto, será realizado o módulo prático (presencial) no Feres Secaf 2018, no Maksoud Plaza Hotel. Focado em ultrassonografia e ressonância magnética, as aulas abordam tópicos básicos e avançados dos exames em endometriose. O curso é voltado para profissionais que já têm experiência com RM e/ou US e aos residentes.
Curso de Radiologia de Emergências – Sobrevivendo no Plantão
Curso Avançado de Ultrassonografia Musculoesquelética
As inscrições estão abertas, as aulas teóricas online (à distância) para este curso começam este mês, em julho, e vão até agosto. Já a parte prática (presencial) também será realizada no Feres Secaf 2018, no Maksoud Plaza Hotel. O curso é baseado em estudos de casos e discussão com especialistas, e tem o objetivo de familiarizar os alunos com os principais temas em Radiologia de Emergência. Tem a coordenação dos Drs. Antônio Rahal Jr. e Paulo Savoia Dias da Silva.
Interessados em participar deste curso, em sua segunda edição, já podem fazer inscrições no site da SPR para participar das aulas teóricas a distância, de agosto a outubro. Em 10 de novembro, será realizada a parte prática presencial. Coordenado pelo Dr. Mauro José Brandão da Costa, o curso oferece conteúdo da especialidade relevante e atualizado, de temas clínicos do cotidiano e complexos.
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SPR GLOBAL Edição 479 – Julho de 2018
Latin Safe é destaque no site da RSNA A iniciativa pela redução de dose nos exames de imagem realizados na América Latina, o Latin Safe, foi coberta em reportagem publicada no site da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), no início de maio. O Latin Safe é formado pelas seguintes entidades: Colégio Interamericano de Radiologia, Sociedade Chilena de Radiologia, Sociedade Argentina de Radiologia, Sociedade de Física Médica Chilena, Federação Argentina de Associações de Radiologia, Diagnóstico por Imagens e Terapia Radiante e a SPR. Intitulado O movimento de segurança de imagens se expande pelo mundo, o texto assinado por Nick Klenske frisou as campanhas desenvolvidas na Europa, África, Japão e Canadá, além da América Latina. O texto explica que, em 2010, as principais organizações de radiologia norte-americanas, incluindo a RSNA, apresentaram o Image Wisely, programa dedicado a aumentar a conscientização sobre a otimização da radiação usada em exames de imagem medicamente necessários e a eliminação de procedimentos desnecessários em pacientes adultos. E, agora, com o passar dos anos, outras entidades do mundo seguiram o exemplo – o EuroSafe Imaging foi lançado em 2014; Canada Safe Imaging, Latin Safe e Afrosaferad, em 2015; Japan Safe Radiology, em 2016; e o ArabSafe, no ano passado.
Representantes das entidades na conferência da Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena, dezembro de 2017. Dr. Renato Mendonça (segundo à esquerda) representou o Latin Safe
“O Latin Safe é uma iniciativa educacional projetada principalmente para produzir material para um melhor entendimento das técnicas de imagem que usam radiação ionizante para diagnóstico e tratamento. ‘Ele foi fortemente influenciado pela iniciativa Image Wisely, especialmente pelo nosso site e pela tomada de uma promessa’, disse Dr. Hilton Muniz Leão Filho, diretor do Latin Safe e radiologista abdominal do Hospital das Clínicas da Faculda-
de de Medicina, São Paulo, Brasil. A reportagem também menciona a reunião que houve durante a conferência da Agência Internacio-
nal de Energia Atômica, em Viena em dezembro de 2017, entre a Aliança de Qualidade e Segurança da Sociedade Internacional de Radiologia (ISR – ISRQSA), co-presidida pelos representantes da EuroSafe Imaging e Image Gently, além dos representantes das campanhas regionais – na ocasião a SPR, no Latin Safe, foi representada pelo Dr. Renato Mendonça. Confira o texto integral (em inglês) em http://bit.ly/LatinSafeRSNA.
Foto: CP DC Press / Shutterstock
Inscreva-se no RSNA 2018 A Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) abre as inscrições pra seu congresso anual a partir de 18 de julho, além de disponibilizar online a programação do evento. Há desconto para quem se inscrever até 26 de outubro. O site também facilita a reserva de hotel.
Vista externa do MacCornick Place Convention Center, em Chicago (EUA)
A 104ª edição do mais importante evento da especialidade no mundo será realizada de 25 a 30 de novembro, no McCormick Place, em Chicago, Estados Unidos. O tema do evento é A Radiologia de Amanhã, Hoje. No ano passado, foram contabilizados 435 cursos, 1.712 apresentações científicas e 629 expositores.
Organize-se com antecedência e garanta sua vaga: www.rsna.org/Annual_Meeting.
SPR GLOBAL
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Eventos do 2º semestre reforçam parcerias latino-americanas A partir de agosto, expressivos eventos da Radiologia serão realizados na América Latina, e a SPR terá a honra de não apenas participar, mas atuar como parceira das sociedades organizadoras, reforçando as alianças já existentes com cada uma. O 43º Congresso Colombiano de Radiologia (CCR 2018) será realizado de 2 a 4 de agosto em Cartagena de Índias; o Congresso Argentino de Diagnóstico por Imagem (CADI 2018), de 27 a 29 de setembro, em Buenos Aires; e o Congresso Chileno de Radiologia 2018, de 18 a 20 de outubro, em Santiago. A previsão é que a SPR leve nove professores à Colômbia, seis à Argentina e dez ao Chile, que farão parte da programação científica e ajudarão, com suas aulas, a enriquecer as discussões e o debate científico. No evento colombiano, Dr. Antonio José da Rocha conduzirá a Sessão Plenária da SPR, sobre Nuevas formas de enseñanza y aprendizaje en Diagnóstico por Imagen. As parcerias compreendem a participação dos latino-americanos também nos eventos da SPR. A entidade paulista já convidou o argentino Dr. Hugo Guerra para participar como moderador do 4º Encontro de Residentes e Aperfeiçoandos em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SPR, a ser realizado durante o 22º Curso de Atualização em Imagem da SPR, em agosto. Também, dois residentes, representantes da Federação
Cartagena de Índias, Colômbia
Buenos Aires, Argentina
Santiago, Chile
Argentina de Associações de Radiologia, Diagnóstico por Imagens e Terapia Radiante (FAARDIT) e da Sociedade Argentina de Radiologia (SAR), serão convidados a vir para apresentar um caso científico no Encontro.
Para o mesmo evento, a SPR convidou, ainda, um residente da Associação Colombiana de Radiologia (ACR) e um da Sociedade Chilena de Radiologia (Sochradi). Por fim, já há planos para a JPR 2019, que terá como tema
Celebrando as Relações Internacionais. Na prática, o programa será organizado com convidados de países diversos, especialmente da América Latina, sendo esses professores enviados pelas entidades parceiras.
GARANTA SUA VAGA O Congresso Colombiano (www.ccr2018.org) tem inscrições abertas e, entre seus destaques, estão simpósios em dez áreas da especialidade; Programa de Professor Visitante da Escola Europeia de Radiologia (ESOR); Curso Avançado da International Skeletal Society (ISS); Encontro Nacional de Residentes; Congresso Latino-Americano de Tecnologia e Produção de Imagens Diagnósticas; Encontro Nacional de
Gestores de Serviços de Saúde; e Expo Imagem Médico 2018, a maior exibição da especialidade na Colômbia. O evento argentino (www.cadi2018.com.ar) tem descontos para quem se inscrever até 27 de julho, e as inscrições se encerram em 29 de agosto. O programa conta com aulas em 18 módulos e haverá apresentação de trabalhos científicos – oralmente, em pôster e eletroni-
camente. Também está reservado um amplo espaço para a exibição comercial. Também é possível se inscrever no evento chileno (https://congresochilenoradiologia.cl/), que receberá 11 professores estrangeiros e 100 chilenos, e terá 180 aulas. Dentre seus destaques, estão o 2º Encontro Chile-Brasil de Radiologia; o 6º Encontro Nacional de Residentes; e o 6º Curso de Tecnólogos.
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NOTÍCIAS Edição 479 – Julho de 2018
Inscrição com desconto até 30/7 no CBR18 De 11 a 13 de outubro, a cidade do Rio de Janeiro receberá o 47º Congresso Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem – CBR18, organizado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). As inscrições estão abertas e o primeiro prazo com maior desconto termina em 30 de julho. Já no dia 24, o CBR divulgará o resultado dos resumos de trabalhos científicos aprovados para apresentação no evento – painéis eletrônicos e temas livres –, e os selecionados terão até 16 de agosto para enviar os trabalhos aprovados na íntegra em formato de apresentação. Todas as subespecialidades do Diagnóstico por Imagem estarão representadas, com palestras, cursos e oficinas práticas (hands on), em imagem dos AVEs, tomossíntese, BI-RADS®, densitometria óssea e ultrassonografia, além de um novo curso sobre Pi-RADS.
Jornal da Imagem.pdf
1
O leque de professores conta com nomes internacionais nos módulos de neurradiologia e imagem de cabeça e pescoço, tórax, abdome, musculoesquelético e mama, e grande número de docentes brasileiros. Haverá um curso pré-congresso de correlação radiológico-patológica na área do apa-
relho musculoesquelético com professores da Grã-Bretanha: o Outreach Course, promovido em parceria com a International Skeletal Society (ISS), sociedade interdisciplinar dedicada à aprendizagem, compreensão e ensino de distúrbios osteomusculares, oferecerá temática sobre correlação anatomopatológica dos tumores ósseos e de partes moles. “A Radiologia Pediátrica terá sua participação distribuída pelas diferentes salas sem que haja sobreposição, ou seja, aqueles interessados nesta área específica poderão acompanhar as palestras proferidas e estas também terão lugar nas diferentes subespecialidades”, explicou Dr. Dante Escuissato, diretor científico do CBR18. A edição também conta com as sessões interativas, que neste ano estarão distribuídas pelas diferentes salas, integradas aos diferentes cursos.
Confira todas as informações e garanta sua vaga no site do congresso: http://congressocbr.com.br
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ESPAÇO DO LEITOR
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De mãos dadas com o futuro: a evolução da telerradiologia
Dr. Flávio Lanes Médico radiologista
A nova geração de radiologistas, bem mais “tecnológica”, já enxerga a telerradiologia como uma opção consistente de carreira
Muito mais do que contribuir para o ‘negócio saúde’, a telemedicina tem como objetivo melhorar e aumentar a abrangência dos tratamentos, democratizar o acesso ao serviço médico Em um momento de mudanças no comportamento humano, com a tecnologia permeando nossas casas, escritórios e relações pessoais, falar de telemedicina é também falar de uma nova dinâmica entre serviços de saúde, médicos e pacientes. A cena mais comum que nos vêm à cabeça é a do “doutor virtual”. De qualquer lugar, seria possível receber atendimento, e a imagem do médico poderia muito bem ser um holograma 3D. Estamos quase lá, mas, enquanto isto, a telemedicina já é realidade e muitos foram beneficiados por ela, como na radiologia, algumas vezes sem nem mesmo perceber. No Brasil, e em todo o mundo, a telemedicina aplicada à radiologia (telerradiologia) tem sido usada com sucesso para equilibrar a distribuição do trabalho de médicos radiologistas no espaço (geografia) e no tempo. Grandes hospitais, normalmente em centros urbanos, formam e atraem médicos radiologistas em número suficiente à emissão de laudos - o alto volume de exames os mantém sempre ocupados. Porém, hospitais e clínicas de médio e pequeno porte, ou instituições de saúde em localidades distantes dos grandes centros, têm dificuldade em manter uma equipe fixa suficiente para sua demanda de laudos. Os motivos são diversos: disponibilidade de profissionais na região,
falta de efetivo para cobertura de férias, plantões, finais de semana, carência de subespecialistas, etc. Quem sofre as consequências é o paciente que, enfermo, precisa viajar para a “cidade grande” mais próxima e aguardar dias por um laudo.
Dá para confiar? Como todo avanço em tecnologia e processos, é natural que a telemedicina cause estranheza à primeira vista. Somos humanos, e a presença física é fator insubstituível. Ainda temos necessidade do olho no olho e, inconscientemente, guardamos traços dos nossos ancestrais – precisamos sentir “o cheiro” do outro para estabelecer vínculo e nos sentirmos seguros. Diversos recursos de segurança estão sendo corretamente exigidos pelos órgãos reguladores (compliance de nível 1 e 2, por exemplo), na medida em que a telemedicina cresce a ponto de atender grandes hospitais, com volumes significativos de pacientes e de dados para transmitir e armazenar e que, portanto, incorrem em mais riscos ao optarem por utilizar recursos a distância para os diagnósticos e tratamentos.
E como fica o médico? Apesar de todo suporte tecnológico, a telemedicina nada interfere em um pilar muito importante de quem trabalha com saúde: o comprometimento. Independente da distância, os bons profissionais que trabalham remotamente são tão comprometidos com a saúde do paciente, com o bem-estar das famílias, com o suporte aos colegas e staff locais, como qualquer bom médico da equipe local. A nova geração de radiologistas, bem mais “tecnológica”, já enxerga a telerradiologia como uma opção consistente de carreira. Além dos benefícios na qualidade de vida,
como a economia de tempo e a possibilidade de trabalhar em sua casa, próxima de sua própria literatura e da família, é importante frisar a amplitude na experiência do especialista. Como certas patologias são comuns em determinadas áreas do país, trabalhando com a telemedicina, é possível lidar com diferentes casos – atendendo pacientes do Norte, Nordeste e Sudeste do país em um só dia, por exemplo – o que torna o trabalho bem interessante. Além disto, apesar da equipe de telerradiologia não, necessariamente, estar lado a lado numa central de laudos, nas boas práticas do serviço a distância há muita interação entre colegas através do ambiente virtual. Há discussão de casos, trocas de ideias e apoio, de tal modo que nossa percepção é que estamos trabalhando em uma sala de laudos, porém virtual. Trata-se, portanto, de uma adaptação natural a uma nova forma de praticar a radiologia.
Encurtando distâncias Estabelecidos os cuidados com segurança e qualidade, restam as vantagens da telemedicina. Acabam-se as fronteiras e a distância entre quem precisa e quem presta atendimento. As dificuldades cedem lugar à agilidade e praticidade, sem desconsiderar a seriedade, profissionalismo e empatia, inerentes às boas práticas da medicina. Muito mais do que contribuir para o “negócio saúde”, a telemedicina tem como objetivo melhorar e aumentar a abrangência dos tratamentos, democratizar o acesso ao serviço médico. O holograma 3D do médico pode vir por aí e devemos testemunhar uma série de outras inovações nos próximos anos, mas já estamos caminhando a passos largos em direção ao futuro da saúde e uma sociedade tratada cada vez mais com cuidado, segurança e atenção, ainda que remotamente.
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FOOD&ARTS
Dr. Ulysses Torres Médico radiologista do Grupo Fleury no Hospital São Luiz
O canto do cassoulet Finalmente chegou um friozinho gostoso a São Paulo. Faz uma noite gelada, abro a janela, contemplo a avenida desoladoramente deserta lá embaixo, o asfalto ainda molhado da garoa que acabou de cair. Poucas coisas me animam a sair de casa em uma circunstância dessas, mas repentinamente sinto vontade de comer algo que me aqueça, abrace e conforte, afinal o frio foi feito para engordar. Antes sequer de terminar de pensar, ei-lo ali a pulular desde a camada mais profunda do meu subconsciente, serelepe com todas suas cem mil calorias: cassoulet. Estou irremediavelmente perdido: preciso comer cassoulet, a feijoada branca, uma das grandes maravilhas da cozinha clássica francesa, alegria da minha vida. O prato típico do sudoeste da França é uma verdadeira Babel, com inúmeras formas de preparo, a depender da origem da receita, ainda que haja um ponto de convergência comum a todas. Minha predileta, à moda de Toulouse, consiste em se cozinhar o feijão branco do tipo lingote em um rico caldo que leva salsa, tomilho, louro, cenoura, cebola, alho, aipo, noz-moscada, pimenta-do-reino e alguns pedaços de carne de porco (bacon e jarrete ou paleta). O cozimento nesse caldo específico é
ARTS
Ici Bistrô
Chez Emile
muito mais interessante do que o cozimento simples em água, pois agrega um sabor inacreditável aos feijões. Descansa-se ao longo de uma noite o feijão cozido, tempo em que os grãos se tornam encorpados, suculentos e macios. Na cassole, a tradicional caçarola de terracota da região, inicia-se o preparo. A cassole é forrada com tiras de pele de porco, adicionam-se os feijões cozidos, finalmente retirados de seu caldo, e aí entram as carnes: coxa de pato confitada e uma bela linguiça de porco de Toulouse. No cassoulet preparado às modas de Carcassonne e Castelnaudary (duas outras cidades da região que juntamente a
Toulouse constituem a Santíssima Trindade deste divino prato), entram também pedaços de carne de porco ou carnes de caça. Mais feijão, água, forno e voilà. O som de um bom cassoulet recém-saído do forno é algo mágico, pura poesia. De sua superfície dourada e crocante, estouram pequenas borbulhas que parecem cantar. Não me é fortuito o uso do termo, aliás. Tive o privilégio de comer um tradicionalíssimo e inesquecível no Chez Emile, em Toulouse, há alguns anos, nos meus tempos de faculdade, em uma viagem muito feliz ao lado de alguém a quem amava. Havíamos passeado ao longo de toda uma manhã pela cidade rosada (La Ville Rose, como dizem os franceses), seus belos edifícios históricos com tijolinhos rosados de terracota, um dia realmente belo de outono,
RECOMENDO este mês a brilhante exposição em cartaz na Pinacoteca (pinacoteca. org.br) até 16 de julho: Hilma af Klint: Mundos Possíveis. Vários anos antes de Wassily Kandinsky, tido como o pai do abstracionismo, a artista sueca (1862-1944), ainda pouco conhecida entre nós, já produzia pioneiramente pinturas abstratas (mais de 1200 ao longo da vida) que, no entanto, escondeu do mundo; as obras só foram reveladas mais de 20 anos após sua morte. A exposição reúne 130 grandes obras da artista, algumas das quais nunca antes expostas. Oportunidade a não se desperdiçar!
a temperatura amena, as árvores se desfolhando às margens do rio Garonne. Famintos, resolvemos parar; sentamo-nos na área externa do pequeno restaurante, um estreito edifício de quatro andares e de toldos verdes, que mais parece ter saído de um quadrinho de Hergé. O cassoulet chegou, e ouvi daquela boca impressionada essas palavras que nunca mais esquecerei: “Olha como canta!”. O prato pede, em minha opinião, um vinho local, um bom Languedoc, como Minervois ou Corbières (há muitos produtores orgânicos e biodinâmicos interessantíssimos atualmente por ali), que costumam ser ricos e estruturados, bastante frutados, mas com agradáveis toques herbáceos e de especiarias, além de possuírem taninos suficientemente vigorosos para encarar a gordura das carnes. São Paulo é o túmulo do cassoulet. No Le Jazz (restaurante que adoro), é servido um aos sábados e domingos, mas infelizmente o feijão é absolutamente insosso (certeza que só cozinham em água!), o confit de pato é deprimente e a linguiça parece feita de isopor. O TonTon, que servia um bom, retirou do cardápio(!). O Ici Bistrô, do qual já gostei muito e que hoje me parece um restaurante de serviço e cozinha decadentes, servia um delicioso (bem peculiar, é verdade, mas o mais próximo em São Paulo do que poderíamos nomear cassoulet), e agora também retirou do cardápio (ainda servem às vezes, caso pedido com carinho, mas já não é a mesma coisa). Pensei, pensei, pensei. Resolvi engolir o desejo e não sair de casa. São Paulo é o túmulo do cassoulet.
ARTE E MEDICINA
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Prof. Dr. Alfredo Buzzi* é Professor Titular de Diagnóstico por Imagem da Universidade de Buenos Aires e Membro Honorário Internacional da SPR
O bufão Don Sebastián de Morra (Diego Velázquez, 1645) A partir de meados do século XVI até a morte de Francisco Goya em 1828, a principal característica da arte espanhola foi o seu realismo. Os sujeitos se apresentavam com uma precisão tão escrupulosa que é possível fazer julgamentos não apenas sobre sua saúde física, mas também sobre seu estado mental. No entanto, o pintor espanhol deste período preservou a dignidade de cada uma das pessoas retratadas. Seja qual for o grau ou deformidade do assunto, nunca será tratado como um objeto do ridículo. Não houve um professor maior do estilo realista espanhol do que Diego Velázquez (1599-1660). Velázquez foi nomeado pintor da corte de Felipe IV em 1623 e serviu ao monarca em várias funções oficiais durante as quatro décadas seguintes. Algumas de suas pinturas mais interessantes são de membros da família real e sua comitiva. Durante os anos de 1630 e 1640, produziu uma série de retratos de bufões e anões da corte, dos quais Sebastián de Morra é um dos mais conhecidos, talvez por ser o mais contundente. As pessoas deformadas, particularmente anãs, eram comumente encontradas nas cortes reais dos séculos XVI a XVIII. Frequentemente, eram companheiros de valor de crianças reais. Morra serviu o príncipe Baltasar Carlos de 1643 até a morte deste, em 1646. Anteriormente, estivera em Flandres na casa do cardeal Infante.
Esses retratos de bufões e anões da corte, frequentemente localizados em lugares secundários dos palácios, podiam ser interpretados simplesmente como retratos de pessoas cuja função era entreter ou divertir, e pelos quais os membros da família real passavam a sentir afeição, perpetuando a sua função cômica da pintura e oferecendo, ao mesmo tempo, ao pintor a possibilidade de experimentar a liberdade absoluta. Algumas pessoas quiseram ver nestes retratos a denúncia de Velázquez sobre o tratamento que o tribunal deu a essas pessoas, apresentando-os como um fantoche. O pintor, por outro lado, mostraria em seus retratos repletos de dignidade uma atitude compassiva e solidária com suas deficiências físicas ou psíquicas, que, segundo outros, seriam testemunhas implacáveis, dissecando essas deficiências com seu agudo senso de realidade e seu naturalismo direto. O anão aparece sentado no chão, com as pernas escorçadas, de tal maneira que as solas dos sapatos estão em primeiro plano. Os braços são direcionados para as pernas, nas quais as mãos descansam, completamente fechadas. Olha diretamente para o espectador, com os punhos cerrados, em uma atitude desafiadora combinada com o poder audacioso de seu olhar. Essa aparência é acentuada pela camada vermelha com uma borda dourada que a enquadra no fundo escuro. Os punhos e gola são muito visíveis, feitos em rendas
*O autor é editor da Revista ALMA – Cultura y medicina: www.almarevista.com/revista
Mesmo em uma pintura como esta, um retrato individual de um bobo da corte, Velázquez introduz alguns símbolos proeminentes de flamenco. Sebastián de Morra é um homem a ser respeitado. Mesmo em uma pintura como esta, um retrato individual de um bobo da corte, Velázquez introduz alguns símbolos proeminentes. Por um lado, o traje de pano refere-se a uma boa posição social e sua cor verde é aquela geralmente usada em caçadas. De fato, Don Sebastián costumava acompanhar o príncipe Baltasar Carlos em suas atividades de caça. Para essa
mesma situação de privilégio, eles fazem referência ao pescoço e aos punhos de renda que iluminam o bobo da corte. As cores de ouro e roxo que aparecem na roupa são dignas da realeza. Assim, Velázquez trata de subverter a ordem social, colocando um personagem de origem plebeia, um mero servo histriônico da corte de um rei absoluto, atributos que, no vestuário, correspondem exclusivamente às classes privilegiadas e, mais especificamente (no caso do roxo), à própria realeza. Há, portanto, um olhar crítico, lúcido e autônomo do pintor sobre a organização social da Espanha dos Áustrias. A forma de nanismo de Morra, a acondroplasia, é um dos tipos mais comuns. É devido a uma anomalia que afeta apenas os ossos que crescem a partir da cartilagem epifisária e, portanto, é mais evidente nos ossos largos dos braços e pernas. Isso resulta em um encurtamento significativo das extremidades. O nariz geralmente tem a ponte achatada e deprimida. Muitas vezes, a frente parece se destacar. É raro que as anãs acondroplásicas cresçam para mais de 130 cm de altura. Todas essas características foram capturadas pelo exame minucioso do olho do pintor. Ao mostrar De Morra com as mãos embainhadas, Velázquez escureceu, uma vez deliberadamente, uma das características mais proeminentes da acondroplasia: o comprimento quase igual de todos os dedos.
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CRÔNICA Edição 479 – Julho de 2018
Não costumo falar de política Não costumo falar de política ou escrever sobre ela, mas a situação está de dar engulhos em avestruz. Esta sem dúvida é a pior crise política e econômica que passei na vida. E olhe que vivi minha infância num período de guerra e de pós-guerra, quando havia escassez e falta de dinheiro, mas podia-se contar com certa estabilidade e esperança para o futuro próximo. Hoje o que temos é um país de terra arrasada. Fizemos nossa própria guerra com os piores dos nossos instintos, baseados principalmente no egoísmo, na irresponsabilidade e na ganância. Esses vícios sociais espalharam-se com velocidade eletrônica, a ponto de alguns considerá-los como normais no povo brasileiro. Subitamente acordamos num país bichado. Por mais que se pro-
Dr. Cássio Ruas de Moraes Membro da Comissão Editorial do Jornal da Imagem
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11/06/18
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curem as partes boas da fruta, sempre vamos encontrar os vestígios dos vermes que aqui pululam, praticamente em todas as instituições. Nem sou obrigado a votar mais na minha idade, mas persisto com o dever cívico e preocupa-me o estado de desorientação do povo que vai ter que eleger o próximo presidente e, não menos importante, os próximos congressistas. A facilidade de comunicação promoveu também a possibilidade de mudar panoramas e de destruir reputações do dia para a noite, assim como a de construir falsos ídolos baseados no embuste e nas mentiras organizadas. As redes sociais mostram seu lado negro. Caldo ideal para aventureiros de toda espécie. Escrevo aqui para colegas de cujo discernimento jamais duvi-
dei. Aposto que sentem o mesmo mal estar que eu sinto. Posso compartilhar com eles a desagradável surpresa de observar que o óbvio não salta logo à primeira vista deste sofrido povo que vai votar proximamente. Nós temos um candidato que conhecemos há longo tempo, sabemos de sua seriedade e honestidade que o distinguem no meio político, de capacidade desenvolvida ao longo da vida em cursos de administração e política no exterior. Foi testado em várias gestões de sucesso no governo do estado mais rico e complexo do país. Desde o começo imaginava eu que não haveria páreo para ele, que sobressairia naturalmente entre todos. Não perco a esperança, porém.
TÚNEL DO TEMPO
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C
entro de Medicina Nuclear não será ‘destruído’ foi o título de um dos destaques de capa e noticiado na página 4 da edição daquele ano. Em carta enviada ao Jornal da Imagem, o Professor Álvaro de Almeida Magalhães, chefe do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP, desmentiu a intenção da Secretaria da Saúde de São Paulo de demolir o Centro de Medicina Nuclear, conforme denúncia do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Dr. Wirton Gentil Palermo. Em um trecho da carta ele dizia: “A Secretaria da Saúde, no seu elevado programa de atendimento à população, deseja prestar atenção integral à saúde da mulher, conduta que vem sendo desenvolvida em nível internacional, pois facilita a efetiva prestação de serviços e colabora para resolver importante problema social. A alta direção do Hospital das Clínicas manifestou interesse em manter em sua área o ‘Hospital da Mulher’”. O Professor, no texto, disse ainda ter sugerido ao Governo do Estado várias áreas para a construção do “Hospital da Mulher”, inclusive a que incluía o Centro de Medicina Nuclear, mas que em nenhum momento havia-se pensado em encerrar as atividades do local para tal obra. O que propôs foi a eventual transferência para outro prédio, mais moderno e melhor, e junto ao prédio recentemente construído para abrigar a Divisão de Clínica Radiológica. “Não se trata, portanto, de falta de bom senso, desconhecimento ou má aplicação da verba pública”, finalizou. O grande apoio das empresas do setor de Diagnóstico por Imagem às reuniões do Clube Manoel de Abreu e o cinquentenário do Dr. Romeu Santini foram destaques na edição de julho de 1988. A reunião, realizada em São Carlos, de 1º a 3 de julho, teve grande significado: de um lado, a comemoração do 50º aniversário da Clínica Radiológica, do Dr. Romeu Santini, e do outro, a qualidade dos temas abordados e o nível dos conferencistas: Drs. Feres Secaf, Sidney de Souza Almeida, Adelson André Martins, José Michel Kalaf, José Luiz Cintra Junqueira e Clóvis Simão Trad. No evento, foram celebrados os 50 anos de atividades radiológicas do Dr. Romeu – ele era, então, o radiologista mais antigo em atividades no Estado. Foi fundador e presidente do CMA e da SPR, nos quais desenvolveu importantes realizações. Suas contribuições foram exaltadas pelos oradores no evento, e ao agradecer, ele ficou extremamente emocionado. As atividades sociais também foram realizadas no CMA, e o encontro de São Carlos fora na época considerado o mais animado do ano de 1988, que contou com debates, palestras, mesas redonda e a participação animada e muito interessada dos radiologistas. O II Congresso de Oncologia em Salvador e a V Jornada de Oncologia de Rio Preto foram reportadas. O segundo congresso Ibero-Americano seria realizado de 9 a 14 de outubro, no Centro de Convenções da cidade baiana, e o principal objetivo do evento – realizado pela primeira vez em Madrid, Espanha, em 1985 – era promover a troca de informações entre oncologistas de fala espanhola e portuguesa. O programa multidisciplinar incluía mesas redondas, simpósios, conferências, painéis, temas livres, pôsteres, cursos e sessões audiovisuais dos mais diversos assuntos da radiologia. Já a Jornada, promovida pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto, estava marcada para acontecer de 24 a 27 de agosto daquele ano, com a presença de grandes expoentes da cancerologia atual da época. Uma conferência sobre Câncer e Fator Ambiental estava programada, além de outras palestras, como Atualização em Tumores Pediátricos e Câncer de Pulmão.
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NEGÓCIOS&OPORTUNIDADES Edição 479 – Julho de 2018
OPORTUNIDADES
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AGENDA
2018
JUL
Data
Evento
31
Local
Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)*
3
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe)
4
Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)* Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)*
5
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* Clube Roentgen* – Mini CCRP Unifesp/EPM
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Cardiovascular (Cardio)*
Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)*
Maksoud Plaza Hotel
17
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*
Maksoud Plaza Hotel
18
Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR)
24
Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
25
Reunião do Grupo de Estudos de Imagem Quantitativa (Giq)*
11 12
Sede da SPR
Eventos da SPR
2018
AGO
Data 1
Evento Reunião do Grupo de Estudos de Proteção Radiológica (Latin Safe) Reunião do Grupo de Estudos de Ultrassonografia (Geus)*
Outros eventos
Local Sede da SPR
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia do Abdome (Gera)* 2
Reunião do Grupo de Estudos de Mama (Gema)*
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Musculoesquelética (Germe)* 2a4
Congresso Colombiano de Radiologia (CCR 2018) - www.ccr2018.org
Cartagena de Índias, Colômbia
3e4
International Symposium of Body Imaging / Multimodality Course in Prostate, Rectal Cancer e Female Pélvis – http://oxfordeventos.com.br/isbi2018
Ribeirão Preto, SP
7 8 9 16 a 19
Reunião do Grupo de Estudos de Tecnologia e Informática em Radiologia (Get)* Reunião do Grupo de Estudos de Meios de Contraste Radiológicos (GEMCR) Clube Roentgen - Mini CCRP Hospital Sírio-Libanês Reunião do Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene)* 22º Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) Reunião do Grupo de Estudos de Cabeça e Pescoço (Gecape)*
21
Sede da SPR
Maksoud Plaza Hotel
Reunião do Grupo de Estudos de Tórax (Geto)* Reunião do Grupo de Estudos de Radiologia Intervencionista (Geri)*
23
Reunião do Grupo de Estudos de Profissionalismo e Gestão (Geproge)*
28
Reunião do Grupo de Estudos de Pediatria (Geped)*
Sede da SPR
Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo. Maksoud Plaza Hotel: R. São Carlos do Pinhal, 424, São Paulo. *Evento com transmissão via web pela SPR ou pela Pixeon. Agenda completa das transmissões em www.spr.org.br/cursos-via-web.