Trabalho de história sofia banha

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Escola Secundária Gabriel Pereira Curso de Línguas e Humanidades Disciplina de História A

Madame de Pompadour A amante de França

Docente: Professor Fernando Gameiro Discente: Sofia Banha, n-º 26


Introdução

O trabalho apresentado é sobre a vida de Jeanne Antoinette Poisson, Madame de Pompadour, figura histórica da corte francesa, nascida em Paris e amante do Rei Luís XV. O objetivo deste trabalho é dar a conhecer aspetos importantes desta figura tão ilustre na época e principalmente saber qual foi a sua influência em áreas tão relevantes como a política, a dança, a cultura, a pintura, entre outras. Ao longo do trabalho será feita uma abordagem sintética das diversas fases da vida desta mulher, que se fez sozinha, dotada de inteligência, encanto, beleza e grande frieza, que conseguiu manipular habilmente a corte. A metodologia utilizada na elaboração deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Para tal foi consultado o livro “Madame de Pompadou” da escritora Christine Algant, complementado com informação recolhida em alguns sites pesquisados na Internet.

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Biografia

Jeanne-Antoinette Poisson nasceu em Paris no dia 29 de Dezembro de 1721. Era primogénita de Louise-Madeleine de La Motte, mulher de François Poisson. O seu nascimento passou totalmente despercebido, os Poisson viviam em condições modestas mas confortáveis na rua de Cléry perto da igreja de Saint-Eustache, eram apenas uma família de classe média perdida no anonimato da grande cidade. Louise e Françis casaram em outubro de 1718. Louise ainda não tinha vinte anos quando casou e já era comentada em Paris, não só pela sua beleza mas também pelo seu espírito. Encontrara assim um marido de condição social semelhante à dela. François Poisson estava na casa dos quarenta anos e enviuvara recentemente, trabalhava para um influente servidor do governo, PârisDuverney, responsável por abastecer o exército francês com suplementos. François não era uma pessoa encantadora, nem um companheiro digno. Na altura em que o casal iniciou a sua vida em conjunto, a cidade à sua volta estava a viver uma agitação social e económica. François Poisson começou então a trabalhar para pessoas muito ilustres. Estes homens eram os quatro irmãos Pâris, banqueiros do governo e muito mais para além disso. Eram naturais de Grenoble e tinham feito fortuna durante as constantes guerras de Luís XIV, fornecendo alimentos, água, forragem e munições aos exércitos franceses. Passados uns tempos, dois dos quatros irmãos, os mais velhos morreram e assim os dois irmãos mais novos, Joseph e Jean, estabeleceram-se com sucesso no mundo financeiro parisiense, estes dois irmãos salvaram os Poissons da ruína. Desde os primeiros dias de casamento que François estava frequentemente fora a trabalhar e assim a sua mulher ficava sozinha, mas ela não era pessoa para ficar sem conforto. Com o marido fora de casa surgiram vários boatos que atribuíram à Madame Poisson, mãe de Madame de Pompadour, muitos amantes. Estes boatos tornaram-se cada vez mais difundidos e obscenos na tentativa de conseguir denegrir o nome de sua filha. Tinha dezenas de homens ligados a ela, uns mais evidentes do que outros, mas a maioria dos contemporâneos e dos historiadores recusavam-se a acreditar que um funcionário de origem humilde, como François Poisson, fosse o pai de Madame de Pompadour. Surgiram então várias alternativas para saber quem seria o pai da criança, uma dessas alternativas era Pâris de Montmartel que era o seu padrinho de batismo e que conhecia muito bem a Madame de Poisson antes de ela se casar. Outra das alternativas que era a mais provável, era um homem chamado Lenormand de Tournehem, um cobrador de impostos, diretor da Companhia das Índias e membro da elite financeira, embora este não fosse tão rico como Montmartel. Quando a menina foi batizada em Saint-Eustache no dia 31 de Dezembro de 1721, François Poisson segurava-a nos seus braços muito orgulhoso, Pâris de Montmartel foi o seu padrinho e Antoinette-Justine Pâris, a sua mulher foi a madrinha. A pequena Jeanne-Antoinette vivia comodamente com os pais, agora em condições muito melhores na Rua de Cléry, com criados e uma carruagem.

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Em 1725, nasceu um menino, Abel-François, irmão de Jeanne. Mais uma vez na ausência do marido que estava fora de casa a trabalhar, Madame Poisson mantinha um relacionamento íntimo com Tournehem. Como ela tinha boa cabeça para os negócios, conseguiu beneficiar dos seus conselhos para ajudar a melhorar a situação financeira da família através de investimentos muito inteligentes. Esta forma de vida serena e confortável terminou subitamente em 1726, quando François Poisson fugiu do país, devido a ter sido acusado de traficar trigo e de ter alguma responsabilidade na fome que se fez sentir nesse mesmo ano. Na altura da fuga do marido, Madame Poisson viu-se inicialmente com algumas dificuldades e sofreu alguns constrangimentos. Ela e os dois filhos viram-se obrigados a mudar para umas instalações mais modestas na Rue des Bons-Enfants, perto do Palais-Royal. Mesmo assim, Madame de Poisson manteve a cabeça erguida e não se deixou afundar, pois era uma mulher corajosa, com bons conhecimentos, encantadora e ambiciosa, que não se deixava derrotar facilmente e assim ensinaria à sua filha a necessidade de ambição e a capacidade de recuperação rápida num mundo imprevisível e perigoso. Mas, a sua principal preocupação era encontrar um refúgio para a menina de cinco anos, a fim de a proteger contra as incertezas da época. Jeanne-Antoinette era uma criança muito bem-disposta e amável, era conhecida pela família como “reinette” (“pequena rainha”). Mesmo longe François Poisson preocupava-se com a sua filha e estava sempre desejoso de vê-la e assim por sua sugestão ela foi mandada para o Convento das Ursulinas, em Poissy, a alguns quilómetros de Paris, permanecendo quase três anos, desde os 5 até aos 8 anos. No convento, as Ursulinas tinham como missão educar as filhas da burguesia, ensinando-lhes a responsabilidade de serem mulheres e mães boas e gentis, a respeitarem Deus, a sua família e o rei. Ao que parece Jeanne –Antoinette era uma criança encantadora e as freiras gostavam imenso dela ao ponto de quererem que ela permanecesse com elas, mas uma gripe em novembro de 1729 fez com que a menina fosse ter com a mãe e que ficasse com ela. No ponto de vista de Madame de Poisson a educação que as freiras tinham dado à filha era bastante diferente da dela. Assim que a sua filha regressou a Paris, Madame de Poisson levou-a a uma famosa vidente, Madame Lebon. Madame de Poisson tinha claramente mais fé na bola de cristal do que na divina, mãe e filha ficaram surpreendidas com o que a Madame Lebon lhes dissera e com a sua previsão, pois no testamento de Madame de Pompadour dizia: “Seiscentas libras para Madame Lebon por lhe ter dito aos nove anos que um dia iria ser amante de Luis XV." Com esta revelação Madame de Poisson não estava disposta a desviar-se do seu grandioso projeto, que era ver a filha com o Rei Luís XV. Numa idade em que as raparigas casavam assim que atingiam a puberdade, Jeanne Antoinette, com nove anos já tinha idade suficiente para iniciar a sua educação nos conhecimentos do mundo. A pedido de Madame Poisson, Charles Lenormand de Tournehem ajudou-a com a sua filha dandolhe aquilo que ela precisava, os estudos, como um verdadeiro pai. Em 1736, François Poisson regressou a Paris para voltar a encontrar-se com a filha que já tinha quinze anos. A família volta a estar junta e muda-se para a Rue Nueve des Petits-Champs. Os 4


filhos de Madame Poisson eram cuidadosamente educados, Abel estava entregue aos cuidados dos Jesuítas e a sua irmã continuava a receber a melhor educação que o dinheiro podia comprar. Tinha aulas de canto, de representação, tocava harpa, lia muito, bordava, desenvolvia a arte de conversar e o talento de entreter, gostava de montar e de conduzir a sua própria carruagem. Estava destinada à sociedade. Jeanne-Antoinette começa a ser exposta ao modo de vida de alguns dos membros mais ricos e mais cultos da sociedade parisiense. Foi entre essas pessoas poderosas que a jovem e modesta parisiense começou a pensar em atingir uma posição parecida ou até superior à das pessoas que a rodeavam. Quando fez dezoito anos, ela tinha alcançado tudo o que já era esperado, tinha uma estatura acima da média, cabelo castanho e macio e uma pele imaculada. O seu rosto era oval, perfeito, os seus traços regulares e encantadores, os seus olhos tinham uma cor indeterminada entre o verde, o azul e o cinzento, tinha uns dentes muito bonitos, com um sorriso absolutamente deslumbrante, era esbelta, com uma boa postura e elegante, era instruída, culta e divertida. Com dezoito anos chegava a hora de casar-se, ela teria de encontrar um marido com uma posição idêntica à dela. A verdade é que lhe faltava um dote suficientemente grande para apagar os problemas ligados ao nome da sua família, pois ela não era uma grande herdeira. Mesmo assim tinha que casar, pois não podia assumir um papel na sociedade se não o fizesse. No entanto, o seu tio Tournehem, tinha o marido perfeito para ela, nada mais e nada menos que o seu único sobrinho Charles-Guillaume Lenormand, filho do irmão de Tournehem. O contrato do casamento foi assinado no dia 4 de março de 1741. No que diz respeito ao noivo, ele parecia um jovem tímido e amável que se apaixonou pela mulher, mas que nunca pôde chegar aos seus pés no que diz respeito à ambição e à força de vontade. Assim, no dia 9 de março de 1741, na igreja de Saint-Eustache, Jeanne-Antoinette Poisson casou-se com Charles-Guillaume Lenormand, que usa agora o nome “d'Étioles”, nome da propriedade do tio, o casal mudou-se para lá com o tio Tournehem. Após o casamento, a jovem Jeanne-Antoinette ficou conhecida como Madame d'Etioles. Étioles era uma bela propriedade, a alguns quilómetros de Paris, ficava situada na margem do rio Sena e rodeada pela floresta. Tournehem gastara uma grande quantidade de dinheiro para aumentar a propriedade original. Começaram a sua vida de casados com uma bela situação, o apoio financeiro de Tournehem permitiu que o jovem casal vivesse com requinte, com criados, uma carruagem e cavalos. Passados uns meses Jeanne-Antoinette ficou grávida, mas a sua saúde que nunca foi boa, tornou-se uma causa de preocupação. O seu primeiro filho, um rapaz, nasceu em dezembro de 1741, mas morreu no ano seguinte. No Verão, uma multidão chique parisiense ia a Étioles para gozar os prazeres da casa e dos campos à volta e para ver peças de teatro ao qual Jeanne-Antoinette era a protagonista. Um outro divertimento anual em Étioles no mês de Agosto era a chegada do rei e da corte ao palácio de Choisy, este tinha sido comprado pelo Rei Luís XV em 1740. Para Jeanne-Antoinette, a sua presença na vizinhança, tão perto e tão longe, era uma fonte de esperança e de desespero, pois nunca se tinha esquecido do que a vidente lhe tinha dito. 5


Anos mais tarde, Tournehem como tinha uma casa nas redondezas da do rei, levavam Madame d'Etioles com eles numa carruagem pequena e bela. O rei reparou nela e mandava-lhe muitas vezes cabritos de presente. A mãe de Madame d'Etioles fazia tudo o que estava ao seu alcance para preparar a sua filha para aquilo que ela via como um destino glorioso. A ambição de ambas era tremenda. Os reis de França eram seres sagrados, semidivinos, muitos tinham arranjado amantes, mas nunca um Rei de França tivera uma amante da burguesia. Para Madame Poisson isto não representava nenhum obstáculo. Assim, Jeanne-Antoinette conduziu a sua carruagem em direção à floresta, elegantemente vestida, bela, falsamente indisponível, detentora de esperança e dos sonhos da sua família. Quando o seu caminho se cruzou com o do rei, ela esperou que a comitiva real passasse para arrancar a galope. O rei reparou nela, mas continuou em frente. Já em 1742, Luís XV com trinta e dois anos estava no seu auge físico, era considerado o homem mais belo do reino, era belo e másculo, tinha um ar majestoso e nobre, era acanhado, tímido e recatado em sociedade. Os seus pais e o seu irmão morreram em 1712 em Versalhes, vítimas da escarlatina. A criança de dois anos tornou-se herdeira do trono e prisioneira numa jaula de ferro de etiqueta imposta por Luís XIV, seu bisavô. Foi criado por cortesãos, sujeito a cerimónias maçadoras e rígidas. Cresceu a detestar aparecer em público, só se sentia feliz a montar a cavalo e a caçar veados e corças. Aos 11 anos, Luís XV fica noivo de uma infanta espanhola, mas acabou por ser mandada de volta para seu país. Logo depois casa então com uma princesa polaca e têm dez filhos. Entretanto, vai tendo várias amantes como a condessa de Mailly, a sua irmã Marquesa de Vintimile que depois falece ao dar à luz um filho do rei e ainda a irmã mais nova delas a Marquesa de La Tornelle que fora considerada Duquesa de Châtearoux e que morre com 27 anos em plena alucinação. Como o rei não iria ficar muito tempo sem uma amante, é então que chega a hora da Madame d’Étioles. Entretanto, no dia 10 de agosto de 1744, Madame d’Étioles dá à luz uma filha, AlexandrineJeanne. Aí ela percebe que está na altura de se aproximar do rei e ser então a sua amante. No dia 24 de fevereiro de 1745, houve um grandioso baile em Versalhes e Madame d’Étioles estava lá. No dia seguinte, houve outro baile e lá estava ela, sendo o centro das atenções e aí os rumores começaram sobre o romance do rei com Jeanne-Antoinette. A aristocracia não via com bons olhos esta relação e existia um abismo entre a burguesia e a aristocracia, pois nunca uma burguesa seria o mesmo que uma marquesa ou duquesa. Nos dois meses que se seguiram, eles continuaram a encontrar-se por vezes às escondidas. Para ficar ainda mais perto do rei, JeanneAntoinette vai instalar-se em Versalhes, na suíte onde Madame de Millay vivera. Porém, era inaceitável que Luís XV tivesse como amante uma mulher que, embora fosse rica, bela e culta, viesse da burguesia. Mas a decisão de Luís XV já estava tomada, seria apresentada à corte e para tal tinha que lhe ser atribuído um título de nobreza. No dia 5 de abril desse mesmo ano, o primo do rei, foi pedir ao seu advogado que investigasse o marquesado de Pompadour, uma propriedade no Limousin e assim começou a ser feito um trabalho legal intenso para que JeanneAntoinette tivesse o título de Madame de Pompadour. Jeanne-Antoinette vai passar o Verão em

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Étioles para começar a aprender os costumes de Versalhes, como o protocolo, os modos da corte, tinha que adquirir uma educação diferente da dela e os requintes indispensáveis ao seu sucesso. Finalmente, no dia 9 de julho, Luís XV, deu a confirmação do título à sua amante ficando como Madame, a marquesa de Pompadour. Jeanne-Antoinette adotou de imediato o título que lhe fora atribuído assim como o brasão dos Pompadours que tinha 3 torres de prata num campo azulceleste, assim ela já podia ser apresentada à corte. Foi Voltaire que ao longo do tempo ajudou Jeanne-Antoinette a aprender tudo o que era preciso para que ela fizesse parte da nobreza e que fosse considerada amante de Luís XV. Voltaire e Jeanne-Antoinette tornaram-se amigos para a vida inteira, mesmo depois de ele ter deixado a corte francesa e de ter rumado para a Prússia. Se bem que Jeanne-Antoinette ainda tinha muito que aprender neste período, teve que aprender os títulos e nomes das famílias mais importantes do reino. Além de ter o auxílio de Voltaire, teve também o do Abade de Bernis e de alguns outros interessados que beneficiaram da posição de Marquesa de Pompadour e de amante declarada do rei. No dia 14 de Setembro, Jeanne-Antoinette é apresentada à corte como Marquesa de Pompadour no salão Olho-de-Boi. Ia vestida com o obrigatório robe de cour preto, enfeitada com joias, com carmim e pó. Estava uma grande multidão a observar em silêncio o cortejo que passava e que entrava no gabinete do Conselho, onde o rei esperava. E então foi a partir daquele momento que ela assumiu o seu lugar no mundo de intrigas de Versalhes. No ano seguinte, o rei teve que partir e então comprou o palácio de Crécy, a alguns quilómetros de Versalhes para que a Marquesa de Pompadour passasse lá os meses de ausência do rei com os seus amigos, longe da corte e para que tivesse paz e sossego pois estava grávida. No dia 1 de maio de 1746, o rei volta para casa para estar perto da sua mulher que estava grávida. Depois de estar com a sua mulher, teve que partir pois tinha acontecido uma tragédia na Escócia. Seis semanas depois, Luís regressa à corte mas recebe más notícias, Jeanne-Antoinette sofrera um aborto. Passados dezoito meses na corte, a influência de Madame de Pompadour já era dominante. Madame de Pompadour começou a governar Versalhes, concedia audiências a embaixadores e tomava decisões sobre todas as questões ligadas à cedência de favores, de uma forma tão absoluta como um monarca, influenciando politicamente as decisões reais. Ao mesmo tempo começou a dedicar-se à política e a colocar os seus amigos no poder, como o Duque de Choiseul que era um governante muito competente. Porém, as pessoas em geral ficavam irritadas por ver uma amante a dedicar-se à grande política. Começou a reunir o seu próprio grupo de funcionários: um grupo de criadas pessoais e de criados de quarto, um bibliotecário, o abade Bridard de La Garde, conseguiu recrutar a nobreza para servir as suas necessidades e um cavaleiro membro de uma família nobre tornou-se seu escudeiro. Marquesa de Pompadour era uma mulher de bom gosto e que se envolvia com personagens importantes das finanças e da política, ela passa a exercer um verdadeiro mecenato. Marquesa de Pompadour também tinha uma grande influência na cultura, na dança, no canto, nas decisões políticas, na pintura…

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Em 1753, por volta do Natal, o rei adquire o Hôtel d’Evreux em Paris, para a Madame de Pompadour, hoje em dia é conhecido por Palácio do Eliseu, sede do governo francês. Ela herdaria essa propriedade de Luis XV. O rei adquiriu terras perto de Sèvres para lhe construir uma casa de campo. Com as suas responsabilidades que era um regime autoimposto mas implacável, levou a um esgotamento gradual da saúde de Madame de Pompadour. Começou a sofrer de enxaquecas, palpitações, infeções nos olhos e nos ouvidos. Vai ficando cada vez mais fraca, frágil e sem paciência para nada. Nem mesmo doente, quase à beira da morte, Madame de Pompadour continuava a marcar a sua influência em tudo aquilo que podia, desde a decisões políticas a tudo o resto. Nesta época, a exclusão das mulheres da sucessão ao trono e a sua exclusão na sociedade em geral, fosse em que posto fosse era importante, ou seja, significava que a única maneira de uma mulher poder exercer o poder e influência seria através de um homem. Mas, no início de 1751, Madame de Pompadour fez questão de se saber que ela e o rei já não estavam juntos, eram só amigos. Entre os opositores declarados de Pompadour estava o duque de Richelieu, que cobiçava o cargo de primeiro-ministro. Mal sabia o duque que a nova preferida do rei tinha o poder de influenciar não só na decoração de Versalhes, mas também nas decisões políticas importantes. Pompadour tratou de dizer a Luís XV o quanto se irritava com a presença de Richelieu. Como resultado, ele foi rapidamente dispensado do convívio real. Percebendo a sua influência sobre Luís XV, Pompadour começou a interessar-se cada vez mais pelas questões diplomáticas. Mas o pico da demonstração do poder de Pompadour estava por vir. Em fevereiro de 1756, Luís XV nomeou-a dama de companhia da rainha que, por mais constrangida que estivesse, foi obrigada a aceitar o facto. Esse era o posto de mais prestigio que as francesas podiam conquistar, este estava reservado só a nobres da mais alta linhagem. Com a sua posição social consolidada, Pompadour preparava a sua grande jogada política. No mesmo ano, foi assinado o Tratado de Versalhes, no qual as antigas inimigas França e Áustria comprometeram-se a ficar uma ao lado da outra contra qualquer outra aliança, a não ser que o conflito fosse entre França e Grã-Bretanha. O tratado parecia ser garantia de paz duradoura. Durante o conflito, Pompadour chegou até mesmo a indicar generais (ao mesmo tempo em que tentava se livrar das novas amantes do rei, que passara a procurar mulheres mais jovens que ela). Depois do fim da guerra, em 1763, sentindo-se culpada pelo fracasso militar, Pompadour adoeceu e sua saúde tornou-se muito frágil. Tinha uma respiração difícil e vivia com dores de cabeça e febre. Um ano depois, aos 42 anos, em fevereiro, Madame de Pompadour não estava de boa saúde e tinha frequentemente problemas cardíacos. No dia 29 de fevereiro diagnosticaram-lhe uma pneumonia. No dia 10 de março, o seu caso é dado como perdido. Continua assim vários dias, até que no dia 14 de abril morre com 42 anos. O rei assistiu discretamente ao cortejo e mostrou a sua dor apenas aos criados mais próximos, derramando algumas lágrimas. Com a morte, os bens de Pompadour foram tirados do palácio e guardados em depósitos na capital parisiense. Não acumulou muita riqueza. No seu testamento deixou pequenas joias aos amigos. E não se esqueceu de quem deu o pontapé inicial a sua trajetória: a cartomante Madame Lebon que foi agraciada com uma boa quantidade de dinheiro. 8


Conclusão Neste trabalho abordei o tema sobre a biografia da Marquesa de Pompadour. JeanneAntoinette Poisson (Marquesa de Pompadour), que nasceu em Paris no dia 29 de dezembro de 1721 e morreu em Versalhes no dia 14 de abril de 1764 com 42 anos. Jeanne-Antoinette Poisson era mais conhecida como Madame de Pompadour, foi uma cortesã francesa e amante do Rei Luís XV de França. Era considerada uma das mulheres mais influentes da época. Madame de Pompadour governava Versalhes, concedia audiências a embaixadores e tomava decisões sobre todas as questões ligadas à cedência de favores, de uma forma tão absoluta como um monarca, influenciando politicamente as decisões reais. Este trabalho foi muito importante, porque adquiri conhecimentos e aprofundei uma época bastante relevante no marco histórico. Fiquei a conhecer a história de uma mulher que traçou os destinos de uma época e que conseguiu mudar algumas mentalidades. Ao longo da pesquisa sobre este tema desenvolvi e aperfeiçoei competências de investigação, seleção e organização da informação.

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Bibliografia Algrant, C. P. (2002). Madame de Pompadour. Alêtheia Editores. Estórias da História. (s.d.). Obtido em 12 de Outubro de 2014, de Madame de Pompadour: http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2011/12/madame-de-pompadour.html Opera Mundi. (s.d.). Obtido em 12 de Outubro de 2014, de MEMÓRIAHoje na História: 1721 Nasce Madame de Pompadour, uma das pessoas mais influentes da corte de Luís XV: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18768/hoje+na+historia+1721++nasce+madame+de+pompadour+uma+das+pessoas+mais+influentes+da+corte+de+luis+xv.shtml Wikipédia. (s.d.). Obtido em 12 de Outubro de 2014, de Madame de Pompadour: http://pt.wikipedia.org/wiki/Madame_de_Pompadour

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