Fortaleza CITILAB

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Fomento à Inovação Pública e Social na Cidade de Fortaleza através de Parcerias Acadêmicas


Prefeitura de Fortaleza Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra Prefeito

Gestão da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza Tarcísio Pequeno Presidente de Janeiro de 2015 a Junho de 2016 Vasco Furtado Vice-Presidente de Janeiro de 2015 a Junho de 2016 Presidente desde Julho de 2016

Publicação Produção Editorial Sílvio Mauro Sofia Cavalcante Projeto gráfico e Diagramação Sofia Cavalcante Revisão Vasco Furtado Vládia Pinheiro


Novembro de 2016



SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PROJETOS Estudo do ecossistema de inovação de Fortaleza Grey McCune Fatores de risco no desenvolvimento do recém nascido Canice Ahearn Estratégias de desenvolvimento econômico Arnoldo Ulloa PalmasNet: Internet gratuita no Conjunto Palmeiras Alberto Crespo Ícones Culturais Virtuais Francisco Aglalberto | Tiago Carvalho Sensor de qualidade de ar e raios ultravioleta Raphael Coelho Fortaleza Inteligente e mobilidade urbana

Yun Wang | Fan Dong | Carlos Caminha | Victor Dantas | Caio Ponte

Projeto de Integração e Análise de Dados da Juventude

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André Maciel | Carlos Caminha | Victor Dantas | Rainus Melo | Clailton Jorge | Claudio Maia | Lucas Bandeira | Lucas Dias | Rafael Bomfim | Ronaldo Almeida

COLABORADORES

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PARCEIROS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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No presente século, pela primeira vez na história da humanidade, o número de pessoas que vivem nas cidades suplantou o daqueles que estão fora delas. A cidade constitui, pois, o locus por excelência da vida humana. Por conseguinte, concentra-se na cidade a potência criativa e inovadora da humanidade. Nela também se concentram e se agudizam os problemas inerentes às necessidades, demandas e aos efeitos da vida humana. É natural, pois, e até tardio, que as cidades, sobretudo a partir do último terço do século XX e todavia com mais intensidade neste início de século, tenham atraído a atenção da ciência e constituído um tópico de crescente interesse da atividade científica. Pesquisadores de áreas diversas, frequentemente organizados sob a forma de grupos ou mesmo institutos multidisciplinares, têm tomado a cidade como objeto de estudo e/ou laboratório de teste de seus trabalhos. Essa atividade veio a constituir uma nova disciplina e área de pesquisa, denominada CIÊNCIA DA CIDADE. Como objeto dessa disciplina, cidades são tomadas como sistemas complexos emergentes, passíveis de serem estudados, simulados e monitorados por diferentes ângulos e de serem analisados em múltiplas camadas. Atenta a esse contexto e reconhecendo que é responsabilidade do poder público municipal a criação da ecologia e dos meios que conduzam à inteligência da cidade, a atual gestão municipal criou a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação - CITINOVA, um órgão destinado a promover a inovação com base no conhecimento científico e tecnológico para gerar oportunidades e bem estar na cidade. Dentre as suas atividades, destaca-se a identificação e o mapeamento de soluções inovadoras para os diversos problemas enfrentados por todos. Uma das principais iniciativas da CITINOVA foi a criação do programa Fortaleza Inteligente, cujos principais eixos de atuação são: inovação e transparência, acesso universal à informação, participação popular por meio digitais, e eficiência e eficácia no gerenciamento da cidade. O projeto Fortaleza CITILAB é parte importante do Programa Fortaleza Inteligente. Ele fomenta o intercâmbio com especialistas de instituições de renome nacional e internacional de forma a prover o desenvolvimento de soluções inovadoras para os problemas da cidade. A participação de especialistas internacionais e nacionais abriu caminho para que inovações pudessem ser implementadas na cidade em áreas diversas como mobilidade urbana, saúde e cultura digital. Este caderno retrata as experiências vividas pelos especialistas nacionais e internacionais no ano de 2016, o primeiro ano do projeto, servindo de referência para que o projeto ganhe escala nos anos vindouros de forma que seus resultados possam de mais em mais serem efetivamente sentidos pela população fortalezense.

Tarcísio Pequeno e Vasco Furtado


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APRESENTAÇÃO

Realizado entre os meses de junho e dezembro de 2016, a primeira edição do Projeto Fortaleza CITILAB teve como principal objetivo incentivar a participação de cientistas, alunos e especialistas de instituições de renome mundial na construção de soluções criativas e inovadoras para a melhoria das condições da vida urbana e para questões prementes de Fortaleza. A demanda por estudos que tragam, através da ciência e da inovação, melhorias para a população é uma urgência dos grandes centros urbanos – principalmente aqueles de países com muitos desafios, como o Brasil. E Fortaleza, quinta maior cidade do País, com mais de 2,4 milhões de habitantes e maior PIB do Nordeste, tem problemas proporcionais à sua importância econômica. Estudos apontam a cidade como a quinta mais desigual do mundo e a segunda mais desigual do país – apenas 7% da população detém cerca de 26% de toda a riqueza da cidade. A iniciativa de mudar Fortaleza através da Tecnologia da Informação vai ao encontro a uma tendência mundial. No presente século, as cidades assumiram uma posição de protagonismo, estão entre os principais locais de estímulo à inovação e à criatividade. Ao mesmo tempo, a complexidade de centros urbanos nos quais milhões de pessoas vivem em áreas de espaço cada vez mais disputado os transformou em importantes objetos de estudo e pesquisa científica, com seus desafiantes problemas e suas sofisticadas demandas. A principal proposta deste projeto é fazer um contraponto ao cenário atual através de soluções que caracterizam o que se convencionou chamar de “cidade inteligente”. Na prática, isso significa um centro urbano bom para crescer e viver. A inteligência, aqui aludida, é o instrumento que irá garantir essa qualidade da cidade. Uma cidade inteligente deve ser inclusiva, de fácil locomoção, ofere-


9 cer muitas oportunidades e um ambiente fértil para pessoas criativas, estimuladora da inovação, amigável para a arte e a cultura e produtora de riquezas, sejam materiais ou imateriais. Para obter essas desejáveis qualidades, um elemento se revela fundamental: a informação. Essa foi a principal ferramenta dos pesquisadores. Um grande volume de dados, obtido através de coletas e do fornecimento dos órgãos municipais, foi processado para obter os resultados que são expostos neste documento. Para isso, a Prefeitura de Fortaleza firmou parceria com o Sloan Management Business School, órgão vinculado à universidade norte americana Massachusetts Institute of Technology (MIT), o T. H. Chan School of Public Health, escola da Universidade de Harvard, e a Management Information Systems, da Univerisidade do Arizona. Além de parcerias internacionais, foram firmadas parcerias com as principais universidades da cidade de Fortaleza. A vinda de profissionais qualificados e com experiências em estudos de problemas urbanos em outras partes do mundo possibilitou o intercâmbio entre eles e cientistas, estudantes e especialistas de Fortaleza. Esse foi o primeiro passo para a articulação de uma rede de instituições culturais e científicas que possa fornecer melhores condições e técnicas para as equipes locais trabalharem a concepção, o levantamento de dados, o desenvolvimento e a avaliação de soluções para a cidade. Um dos fatores de estímulo para os trabalhos acadêmicos é a existência crescente de dados sobre as cidades. Entre outros benefícios, isto facilita o desenvolvimento de soluções criativas com base em pesquisas quantitativas e produção de resultados com efeitos práticos na sociedade. Em Fortaleza, vale ressaltar, que isto já é uma realidade. O Portal Dados Abertos (dados.fortaleza.ce.gov.br), uma realização da gestão do Prefeito Roberto Cláudio, é uma referência nacional e internacional em Governo aberto. Cotidianamente, uma avalanche de informações fornecidas por várias secretarias é coletada e armazenada em meios digitais. Esse material é público e está à disposição, gratuitamente, para cientistas e desenvolvedores interessados em criar soluções. Sabemos que a tarefa de desenvolvimento de soluções criativas para os problemas da cidade através da exploração de seus dados requer pessoal qualificado, dada a natureza das informações coletadas e o grande volume armazenado. A CITINOVA tem empreendido esforços na busca e no apoio a estudantes, especialistas, acadêmicos e profissionais que possam ajudar nessa tarefa. O projeto de fomento à inovação pública e social na cidade de Fortaleza através de parcerias acadêmicas é uma das ações que compõem o trabalho. Este relatório apresenta os resultados das pesquisas dos bolsistas no ano de 2016. Nossa intenção é que este caderno, além de documentar e orientar as políticas públicas, ajude novos bolsistas que venham fazer estudos na cidade de Fortaleza. Acreditamos que os resultados dessa primeira edição do Fortaleza CITILAB possam contribuir para transformar nossa cidade em uma cidade cada vez mais inteligente.



PROJETOS


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Grey McCune É graduado em Relações Internacionais pela Pomona College Claremont, e mestrando em Gestão pela MIT Sloan School Of Management. Sua principal área de interesse profissional é na gestão de “comunidades de conhecimento” para crescimento econômico e desenvolvimento social. Especificamente, está focado na evolução do setor laboral nos mercados que se destacam pela alta influência de novas tecnologias. Tem trabalhado como consultor tanto com governos, como com a iniciativa privada nos Estados Unidos, México e Alemanha. Atualmente está liderando um projeto sobre ecosisstemas de inovação nas cidades inteligentes patrocinado por uma bolsa de pesquisa através de parceria entre o Priscilla Gray King MIT Public Service Center, o MIT Innovation Initiative, o Sloan Social Impact Fellowship e o MIT International Science and Technology Initatives / MIT Brazil.

1. PROJETO O projeto focou no estudo do ecossistema de inovação da cidade de Fortaleza, avaliando, em especial, as razões que levam tanto cearenses a migrarem do estado. A pesquisa utilizou de entrevistas, participação em eventos e palestras para melhor entedimento desse ecossistema. O aluno ficou locado na CITINOVA, e iniciou seu trabalho a partir de contatos feitos internamente, conseguindo expandir sua rede ao longo do tempo. A motivação desta pesquisa vem do crescimento da importância da inovação no contexto nacional e mundial, e a importância de compreender o que se passa hoje na cidade para poder avançar.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O objetivo desse trabalho é entender o ecossistema de inovação de Fortaleza e propor os próximos passos em seu desenvolvimento que devem ser seguidos para melhoria. O trabalho foi dividido em dois objetivos gerais: 2.1. Identificar qual o quadro atual do ecossistema de Inovação da cidade de Fortaleza, avaliando as razões que levam os cearenses a migrar;

2.2. Comparar a estrutura do Fortaleza CITILAB com outros Labs existentes no mundo;

2.3. Propor um programa de atrações de jovens dentro desse ecossistema.

A metodologia utilizada foi proposta por pesquisas feitas no MIT, em que são destacadas as capacidades de inovação e de empreendedorismo para o crescimento da economia no século XXI. Neste trabalho o foco foi a capacidade de inovação que impactam a economia de uma cidade. Para isto, foram feitas mais de 50 entrevistas incluindo pessoas de grupos de empreededores, universidades e agentes governamentais, além de ser feito um levantamento de dados do Banco Mundial, projeto Fortaleza 2040, Endeavor Brasil, Governo do Estado, Governo Municipal e etc.


PROJETOS 3. RESULTADOS Capital Humano O fato das Universidades Federais serem gratuitas tornam estas muito competitivas, o que traz a necessidade de investimento de grande parte da população em educação superior particular. As oportunidades dadas aos estudantes universitários foram reduzidas em 2016, como o término do programa Ciências Sem Fronteiras e um corte de 20% das bolsas para formação tecnológica e científica. Como forma de atração de pessoas para a cidade, a Prefeitura de Fortaleza criou este programa do Fortaleza CITILAB, para que pesquisadores tenham a oportunidade de vir à cidade para trabalhar em temas como saúde pública, cidades inteligentes, empreendedorismo, mercado imobiliário e etc.

Recursos Financeiros Organizações de cunho nacional e local (BNDES, FINEP e FUNCAP) são responsáveis em administrar o Fundo de Inovação Tecnológica (FIT), e também responsáveis por editais de incentivo à inovação. Além destas, o Banco do Nordeste (BNB) fornece empréstimos para inovação através do fundo de investimento Criatec, que investiu em quatro empresas do estado no primeiro ano, porém no segundo ano não houveram investimentos locais. No contexto nacional, uma organização sem fins lucrativos - Anjos do Brasil - apoia o empreendedorismo e a inovação, mas ainda não possui destaque local.

Infraestrutura O investimento em infraestrutura consiste na concessão de projetos como o Cinturão Digital e Data Center na cidade, além da disseminação da política de Dados Abertos. A criação de um Parque Tecnológico está sendo planejada com o apoio do Banco Mundial. A maior parte de inovação acontece em laboratórios de universidades ou centros técnicos de pesquisa e desenvolvimento. Entre as oito grandes incubadoras na região de Fortaleza, a maioria é financiada pelas universidades ou pelo governo.

Cultura e Incentivos Os incentivos em cultura são vistos a partir de projetos e prêmios oferecidos em diferentes instituições, como o prêmio Hacker Cidadão oferecido pela Prefeitura de Fortaleza em 2016. Esta é também responsável por: a Casa de Cultura Digital, equipamento voltado à divulgação da cultura digital, e o projeto Ícones Culturais Virtuais, onde personalidades locais estão sendo modeladas em tecnologia de realidade aumentada. O Governo Federal oferece o prêmio FINEP de Tecnologia e Inovação para empresas atuantes na área. O FB Ideias promove eventos como a Maratona de Ideias da NASA e StartUp Weekends para fomento da inovação. A Federação das Indústrias do Ceará (FIEC) organizou o Inova Ceará 2015, evento feito para contribuir com o processo de implantação da cultura de inovação nas empresas. Foi visto também que o sistema mais comum em Fortaleza é o de Pequenas e Médias Empresas (PME). Esse tipo de sistema tem seu crescimento linear, ou seja, quando existe investimento, o sistema responde de forma positiva (figura 1). Empresas direcionadas à inovação têm seu cresci- Figura 1. Modelo de retorno financeiro em Figura 2. Modelo de retorno financeiro em Pequenas e Médias Empresas Empresas de Inovação mento de forma exponencial, ou seja, requer investimento inicial e tempo para que a empresa responda positivamente (figura 2). Essa falta de inovação nas empresas da cidade resulta em um ecossistema pouco atrativo, que leva, principalmente, jovens talentos a querer migrar para cidades mais atrativas. O investimento em programas de atração de pessoas, como o Fortaleza CITILAB, se mostra importante para a valorização da cidade tanto para seus moradores, como para pessoas vindas de outros locais.

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Canice Ahearn É mestranda em Saúde Pública na Harvard T.H. Chan School of Public Health, com seu trabalho focado na análise da influência dos fatores ambientais durante o período de gestação sobre a saúde do recém nascido. Tem atuado com estudos relacionados à saúde na infância, como políticas de combate à desnutrição, assistência para populações vítimas de tragédias, grandes epidemias e prevenção à mortalidade infantil. Entre suas principais iniciativas na área, trabalhou como consultora do programa de avaliação e retorno de investimento do “Newborn Hearing Screening Program”, uma política de acompanhamento de crianças com perdas auditivas, e como um dos membros de uma análise de dados qualitativos e de entrevistas para o estudo “Formative Research on Newborn Health in Dodoma, Tanzania”, conduzido através de uma parceria entre a Universidade de Harvard e o Boston Children’s Hospital.

1. PROJETO O projeto foi feito a partir de análise de dados coletados no Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (NUTEP), órgão vinculado à Universidade Federal do Ceará. O principal objetivo da análise é identificar fatores de risco de problemas de desenvolvimento dos recém nascidos que são tratados no núcleo. O escopo definido para o trabalho foi formado pelas crianças nascidas entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016. Os resultados irão fornecer insumos para uma análise mais abrangente, dos últimos cinco anos de casos tratados pelo NUTEP, que servirá como referência para definir novas recomendações destinadas a reduzir a probabilidade de problemas de desenvolvimento após nascimentos.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA

Especificamente, o estudo abordou duas questões:

2.1. Quais são os fatores associados a deficiências de desenvolvimento no momento do nascimento, considerando características maternas, condições do parto e aspectos ambientais? 2.2. De que forma os resultados obtidos no trabalho podem fornecer informações para ajudar na definição de políticas preventivas para implementação durante o período pré-natal que possam reduzir a incidência de deficiências de desenvolvimento no momento do nascimento? Para atingir esses objetivos, foram catalogadas fichas de 1475 pacientes dos últimos 5 anos para realizar a análise de dados. Além disso, o projeto tem como meta aumentar a habilidade com o trabalho de coleta e análise de grandes conjuntos de dados. Foram utilizadas informações da mãe (idade, classe social, estado civil, histórico de doenças, medicamentos, entre outros), do recém nascido (peso, tempo de gestação, entre outros) e do ambiente (endereço de residência, índice de mortes no bairro, acesso à esgotamento sanitário, água e eletricidade, entre outros) para análise.


PROJETOS 3. RESULTADOS

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Microcefalia Uma tendência clara obtida nos dados é de que houve aumento dramático no número de casos de microcefalia, e o problema parece estar estreitamente relacionado com o presença do vírus da Zika durante a gravidez. Os casos de microcefalia representaram cerca de 20% (19 entre 94) das crianças que foram tratadas no centro e tiveram nascimento registrado nos últimos cinco meses de 2015. Este é um aumento dramático em relação aos anos anteriores, dentro do escopo de dados disponíveis. Considerando o mesmo período de 2010, por exemplo, os casos de microcefalia tratados no NUTEP representaram cerca de 3% do total (4 entre 126).

Taxa de esáreas O trabalho revelou que, das crianças atendidas no NUTEP, aproximadamente 56% (644 de 1.160) tinham nascido por cesariana. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma recomendação um índice entre 10% e 15% dos nascimentos através de cesariana. De acordo com a instituição, se esse patamar fosse atendido, poderia reduzir os impactos negativos de desenvolvimento e as taxas de mortalidade materna e infantil por conta de cesarianas desnecessárias. É importante frisar, no entanto, que a amostra de crianças da análise não é representativa da população da cidade de Fortaleza ou do Estado do Ceará, por apenas conter dados das crianças atendidas no núcleo.

Figura 3. Comparação do método de parto dos casos do NUTEP entre 1999-2015

Consultas pré-natais De 476 registros de mães atendidas pelo pré-natal entre 2011 e 2016, 80 fizeram menos de quatro consultas pré-natais (número mínimo recomendado pela OMS), ou seja, cerca de 17% dos casos não atingiram o mínimo. Além disso, aproximadamente 39% (184 de 476) dos casos notificados tinham menos de seis consultas, recomendação do Ministério da Saúde para partos de gravidez a termo (a partir de 37 semanas). Como 97 destes bebês eram prematuros, chegou a uma taxa de aproximadamente 18% de bebês nascidos de gravidez a termo que não atingiram a marca recomendada pelo Ministério. Esse baixo número de consultas de pré-natal deve ser um ponto de atenção e uma área onde devem ser buscadas melhorias. Estratégias potenciais poderiam ser melhoria das condições de transporte, visitas a domicílio, e campanhas de Figura 4. Número de visistas pré-natal de bebês nascidos entre 2011 e 2016 educação para as grávidas.

Desnutrição De 393 crianças atendidas pelo NUTEP, cerca de 9% nasceram abaixo do peso (menos de 2,5 kg), mesmo vindos de gravidez a termo. Este é um indicador de desnutrição, mas para fazer uma análise estatística completa, procurando identificar outros factores de risco que contribuiriam para esta tendência, é necessário um conjunto de dados mais completo. A pesquisa mais abrangente poderia fornecer uma população alvo específica para a qual poderiam ser definidas ações como programas de alimentação materna e campanhas de sensibilização para dietas apropriadas para as mães. Devido à forma de coleta de dados entre médico e paciente, que é feita manualmente, não foi possível digitalizar todas as fichas existentes enquanto a pesquisadora estava em Fortaleza. Então, para dar prosseguimento ao trabalho, a pesquisadora continuará a receber dados remotamente da equipe do NUTEP e irá inseri-los até chegar ao conjunto definido na análise especificada em sua dissertação de mestrado.


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Arnoldo Ulloa É bacharel em Ciência Política pela University Of California (Los Angeles) e mestre em Gestão pela MIT Sloan School Of Management (Cambridge, Massachussets). Foi bolsista por bom desempenho, membro de clubes de investimento e faz parte da diretoria do Hispanic Business Club. Atua no estudo de modelos de investimento com o objetivo de viabilizar pequenos empreendimentos, combater a gentrificação e estimular a economia local e a sustentabilidade. Tem como principais projetos uma consultoria temporária em startup de e-commerce no Bronx Cooperative Development, uma rede de lideranças e instituições âncora cuja missão é melhorar a renda da população do Bronx, bairro da cidade de Nova York, e a participação da criação de um modelo de avaliação para prospectar portfólios de empresas para investimento com base parâmetros como respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e governança. Esta última ação foi realizada durante estágio de consultoria na Arabesque Partners, empresa anglo-alemã voltada para a economia verde.

1. PROJETO O projeto focou na elaboração de uma estratégia para possibilitar a criação de oportunidades de desenvolvimento econômico para a cidade de Fortaleza, através da definição de políticas que incentivem o desenvolvimento imobiliário inclusive e o incremento do turismo como fonte de negócios. Um dos objetivos das análises é entender melhor o mercado local e definir possíveis ações para que a Prefeitura Municipal possa cumprir sua missão de disseminar a tecnologia e a cultura de inovação na cidade. Para a pesquisa, foi feito o uso de uma rede do MIT com dados sobre como outros centros urbanos de várias partes do mundo têm encontrado formas inovadoras para alcançar bons resultados econômicos.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O objetivo do projeto é apontar políticas que podem ser utilizadas em Fortaleza para transformar bairros e incentivar o seu desenvolvimento de forma positiva. Essas formas positivas incluem: desenvolvimento econômico, redução de violência, menor congestionamento de veículos, maior capital humano, economia dinâmica local, e tantas outras que é difícil enumerar. Fortaleza pode, através de políticas urbanas bem pensadas, otimizar o uso de recursos para gerar progresso humano e melhor a qualidade de vida de seus habitantes. Em outras pesquisas desenvolvidas no MIT, foi visto que cidades podem impulsionar seu crescimento focando no mercado imobiliário para criar ambientes mais dinâmicos, que sejam capazes de incentivar a inovação de seu capital humano. Para esta pesquisa, foram coletados dados do Governo do Estado do Ceará (Ceará Pacífico), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA), e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE). Os dados coletados foram de índices de criminalidade, índices demográficos, obras de restauração de praças dos últimos 4 anos e


PROJETOS pesquisa feita com vendedores ambulantes. Foram então escolhidas 10 variáveis entre as 60 que foram originalmente obtidas, para então aplicar regressão lógica e regressão linear nestas. Infelizmente, não foi possível obter dados de valor das propriedades, o que poderia ter reforçado o estudo. Além dos dados coletados, foram feitas visitas para melhor entendimento da cidade e das ações existentes destinadas à melhoria de qualidade de vida da população. Dois bairros foram focos das visitas: Vicente Pizón e Centro. O primeiro pois é um local com diversas comunidades e está sendo ponto central de ação de segurança do Governo do Estado, através do programa Ceará Pacífico. E o Centro partiu por interesse do pesquisador, que percebeu que este bairro pode ser um grande recurso da cidade.

3. RESULTADOS O que foi visto a partir de observações e pesquisas sobre a cidade de Fortaleza, é que temos hoje uma falta de coesão, com uma baixa densidade de talentos e índices de crimes que contribuem para a “fuga de cérebros” (termo utilizado em inglês como brain drain). Isso reforça a dificuldade da economia crescer e a baixa qualidade de vida local. Fortaleza tem como grandes vantagens três grandes Universidades – Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e Universidade de Fortaleza –, uma força de trabalho jovem e um clima agradável durante todo o ano, em que, de acordo com Ed Gleaser, um pesquisador e economista de renome, tem muito impacto nos efeitos de migração. Na figura 5, foi feito um esquema mostrando as influências de uma variável em outra, como por exemplo, índices de criminalidade afetam para uma maior “fuga de cérebros”. Como forma a contrapor o modelo que vinha acontecendo na cidade, foi escolhido um ponto estratégico de ação para influenciar positivamente os outros (figura 6). Nesse caso, foi escolhido uma maior densidade dinâmica, e para isso foi desenvolvido um modelo abatimento de impostos, para mostrar um exemplo de como poderia funcionar a longo prazo. Em cenário hipotético, os impostos poderiam ser dispensados por um período de dois anos, a partir do terceiro esses impostos começariam a ser cobrados, mas não haveria obrigação de pagamento até o momento que a empresa atingisse um retorno financeiro de R$ 500.000,00. Após atingir essa quantias, 15% dos lucros seriam destinados aos impostos acumulados, até que fossem todos pagos. A vantagem desse modelo é o incentivo à criação de novas empresas, dando flexibilidade ao investidor no momento de maior risco, o início. Também, oferecendo o período sem impostos, garante que o investidor não se preocupe com pagamentos, mas apenas em reinvestir seu dinheiro para crescer seu negócio. Para a cidade, apesar da demora do início dos pagamentos dos impostos, garante uma maior quantia de retorno em impostos à longo prazo.

Figura 5. Esquema de como funciona diferentes variáveis na cidade de Fortaleza

Figura 6. Esquema de como funcionaria as variáveis se houvesse uma mudança pra criar novas oportunidades

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Alberto Crespo É graduado em Engenharia Superior de Telecomunicações pela Universitat Politècnica de Catalunya (Barcelona, Espanha), defendeu monografia na Universidade de Fortaleza com o tema Analise Amazon Cloud, fez curso de pós-graduação em Android na Universidad Camilo José Cela (Madrid, Espanha), curso avançado de Android Universidade de Maryland (Estados Unidos), curso de Python na Universidade de Michigan (Estados Unidos) e curso avançado em FullStack JS Development na Hong Kong University of Science and Technology. Principais projetos e atividades: • Assessoria de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, gerenciamento dos projetos de desenvolvimento de software e telecomunicações, gerenciamento dos equipamentos de informática e da insfraestrutura de telecomunicações para o Instituto Palmas de Desenvolvimento e Socioeconomia Solidária; • Desenvolvimento de sistema Java – Android – MySQL para a Rede Cuca; • Desenvolvimento de sistema de envio de SMS massivo diário em Java – Android – GSM para o Banco Palmas; • Desenvolvimento de aplicativo Android para o Mapa Cultural do Ceará (mapa.cultura.ce.gov.br); • Gerenciamento, manutenção e escalamento de rede para o Banco Palmas; • Projeto de infrastrutura de rede para Zona de Wifi gratis em vários pontos do bairro Conjunto Palmeira.

1. PROJETO O Instituto Banco Palmas, localizado no Conjunto Palmeiras, é uma organização focada no apoio ao desenvolvimento territorial e inclusão sócio-econômica em bairros de baixa renda em Fortaleza. Em 2013, o Instituto Banco Palmas criou o PalmasLab, um laboratório de Inovação e Pesquisa em Finanças Solidárias, que tem como objetivo o desenvolvimento de soluções de TI (Tecnologia da Informação), a formação de jovens da periferia de Fortaleza e a realização de pesquisas para aumentar o impacto do Instituto. Uma iniciativa do Instituto é o PalmasNet, que visa a inclusão digital dos moradores do Conjunto Palmeiras através do fornecimento de WiFi gratuito em todo o bairro. O projeto consta no desenho e implementação de um provedor comunitário de internet. O PalmasNet tem a missão de fornecer internet de forma sustentável, incluindo a população que hoje não tem acesso ao mesmo. Um serviço de internet que se torna catalizador de desenvolvimento local.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O PalmasLab é um laboratório de tecnologia social e pesquisa à qual tem 3 objetivos. O primeiro deles é o desenvolvimento de software para a comunidade - além de software criados para o banco comunitário, estão desenvolvendo uma plataforma de mapeamento e pesquisa para o bairro. Outra atuação muito importante é ser incubadora de tecnologia para os jovens da comunidade. Atualmente está


PROJETOS acontecendo o “Coletivo de Mulheres Hackers”, um grupo de 9 mulheres da comunidade entre 14 e 26 anos que estão aprendendo programação e empreendedorismo com o fim de empoderar a mulher no setor da tecnologia. O último foco do laboratório é de pesquisa-ação junto à universidades e entidades nacionais, com o objetivo de recolher dados com o objetivo de obter resultados relevantes para a comunidade. A PalmasNet objetiva promover a inclusão digital e social dos cidadãos do Conjunto Palmeiras, em especial dos que ainda não têm nenhum acesso à Internet, garantindo conexão gratuita de internet sem fio. A ferramenta ainda estimula o uso dos serviços disponibilizados pelo Banco Palmas para os cidadãos, como o E-Dinheiro, o Ocupa o Cuca e outros aplicativos desenvolvidos pelo PalmasLab. Além disso, ampliar oportunidades em diversas áreas, como educação, trabalho, turismo e viabiliza a futura implementação de um sistema de governança colaborativa no bairro.

3. RESULTADOS O projeto ainda está em andamento, mas já com alguns resultados visíveis. Um primeiro passo importante foi levar a fibra ótica para pontos estratégicos do bairro, em que fosse possível facilitar a instalação da WiFi no Conjunto Palmeiras como um todo. No momento, alguns desses pontos já receberam a fibra ótica, como outros ainda estão em fase de negociação para a instalação. O ponto principal já concluído foi a colocação da gibra ótica desde a sede do Banco Palmas até a praça, localizada na Avenida Valparaíso, 205. Um outro ponto que ainda se encontra em fase de negociação é com o Centro Social Urbano (CSU) do Conjunto Palmeiras. Caso não seja possível levar a fibra ótima para todos os pontos necessários do bairro, estão sendo vistas novas alternativas para a conclusão do objetivo principal do projeto. Uma forma alternativa à fibra ótica, é o uso de antenas ponto a ponto, que possam levar a internet de uma ponta à outra do bairro via raio. Estas antenas estão em fase de teste. Por último, um modelo de software está sendo adaptado para todos os aparelhos da rede local, para que possa ser feito o controle, o monitoramento e o uso de serviços exclusivos.

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Francisco Aglalberto É designer de interação, modelador 3D e fotógrafo. Graduado em Audiovisual e Novas Midias pela Universidade de Fortaleza, cursa atualmente Análise e Desenvolvimento de Sistemas na mesma instituição. Principais projetos e atividades: • Programação do Iracema Virtual, aplicativo de modelagem 3D, texturização e animação; • TV Diário, aplicativo de interatividade para a TV cearense de mesmo nome; • Desenvolvimento dos aplicativos para dispositivos móveis: Quanto Vc Bebe?, Doação de Sangue, Eletra Energy Solutions e do web site Semantic Priming.

Tiago Carvalho É designer, ilustrador e concept artist. Foi bolsista do CNPq e é graduado em Audiovisual e Novas Mídias pela Universidade de Fortaleza Principais projetos e atividades: • Concepção artística e modelagem para o aplicativo Iracema Virtual; • lustrações Odonto Quiz Ilustrações PEPE • Concept Art e Animação; • VoiceGuard Protótipo de alta fidelidade; • Temperamento e Saúde Mental • Protótipo de alta fidelidade; • Drogadição • Protótipo de alta fidelidade; • Unifor Mobile (Redesign) • Protótipo de alta fidelidade.

1. PROJETO O projeto tem como objetivo aproximar a cultura digital do cidadão fortalezense através de tecnologias de arte conceitual digital, modelagem 3D e do desenvolvimento de um aplicativo para dispositivos móveis. Ele consiste no desenvolvimento, concepção, modelagem e embarque de personagens virtuais que são ícones da cultura cearense. O primeiro deles é o do jangadeiro Francisco José do Nascimento, que ficou conhecido como Dragão do Mar, e se tornou célebre por viajar de jangada até o Rio de Janeiro para reinvindicar direitos para sua categoria profissional.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O projeto dos Ícones Culturais Virtuais visa trazer a história da cidade de Fortaleza para o cidadão a partir de ferramentas digitais. Este projeto surge como uma continuação de projeto anterior nomeado Iracema Virtual, onde a índia Iracema, personagem principal de livro do autor cearense José de Alencar,


PROJETOS foi feita em realidade aumentada. A Iracema pode ser vista a partir de um QR Code localizado em totem próximo à estátua também da índia na Praia de Iracema. O projeto possui dois bolsistas, sendo cada um responsável por uma etapa diferente – um pela concepção e modelagem dos personagens e outro pela programação do aplicativo. O primeiro passo foi a decisão de quais seriam os personagens modelados nessa nova etapa do projeto, tendo sido escolhidos o autor cearense José de Alencar e o jangadeiro Dragão do Mar. Tendo os personagens definidos, foi feita a criação de arte conceitual destes, desenvolvido o modelo low-poly e, por fim, feita a texturização. Foi também desenvolvido a logo para o aplicativo Ícones Culturais Virtuais. Neste existirão os personagens desenvolvidos com um mapa interativo demonstrando quais já foram visitados pelo usuário. Por último, está planejado a implementação do aplicativo para que possa iniciar a ser utilizado.

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3. RESULTADOS Os resultados das modelagens dos personagens podem ser vistos na imagem ao lado (figura 7), onde temos a arte conceitual e o modelo final de Iracema, José de Alencar e Dragão do Mar. Abaixo temos as telas feitas para o aplicativo, sendo a primeira a tela do menu, depois uma página descritiva do personagem que está sendo visitado, e por último a distribuição dos personagens pela cidade de Fortaleza. Figura 7. Arte conceitual e modelagem 3D desenvolvidos pelos bolsistas

Figura 8. Tela menu do aplicativo Ícones Culturais Virtuais

Figura 9. Tela de descrição do personagem no aplicativo

Figura 10. Tela inicial com mapa com a localização dos personagens na cidade


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Raphael Coelho É graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Atualmente é diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa Centro Eletrônico de Tecnologia e funcionário também de P&D na empresa Technoview Engenharia LTDA. Possui experiência na área de Ciência da Computação com enfase em hardware embarcado e software para desktop C++ e C#. Sua principal área de atuação é em sistemas de alarmes como sensores, comunicação via GSM, comunicação socket, sistemas de monitoramento e rastreamento, comunicação sem fio ZIGBEE entre outros. Principais projetos e atividades: • Desenvolvimento de Tecnologia Local para uso em Display de Leds Full Color, parte do produto Totem Urbano Vision Full Color; • Desenvolvimento de Dispositivo RFID para Medição e Registro de Velocidade de Veículos Automotivos Usando Antenas Dielétricas - Dimvar; • Desenvolvimento do Sistema de Monitoramentos de DEtentos sob CONdicional - SIMDECON; • Desenvolvimento de Analisador de Gases Veicular.

1. PROJETO O monitoramento de qualidade do ar no Brasil ocorre em apenas 10 dos 27 estados do país, não sendo o Ceará um deles. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) destaca a emergência do monitoramento da qualidade do ar, devido à sua relevância para a saúde da população. Além da importância de acompanhar a qualidade do ar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha que se torne público os índices de radiação ultravioleta, como forma de prevenção ao câncer de pele. O projeto consiste na construção de um sensor hábil a identificar a qualidade do ar local, e também medir o índice de radiação ultravioleta (UV). Como forma de divulgação dos resultados, seriam instalados totens com as medições para a população.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA Este projeto foca na importância da publicização de dados nocivos à saúde. Os dados escolhidos para estudo são aqueles em que a OMS e o CONAMA enfatizam seu monitoramento e divulgação: os índices de raios ultravioleta e a qualidade do ar. De acordo com os padrões adotados no Brasil, existem seis classificações de qualidade de ar reconhecidas pelo CONAMA: boa, regular, inadequada, má, péssima e crítica. Foram utilizadas apenas as cinco primeiras classes para o momento de divulgação em totem. Para os índices de raios UV, foram utilizados também cinco classificações de acordo com o nível de exposição: baixo, médio, alto, muito alto e extremo. Esse projeto tem a finalidade de captar, através de sensores instalados na parte superior de um


PROJETOS transporte coletivo, os índices de Qualidade do Ar e a Radiação Ultra Violeta da região metropolitana de Fortaleza, e enviá-los a um servidor que irá armazenar essas informações e formar um mapa com os índices de poluição e radiação solar da Cidade, uma vez que o transporte coletivo urbano se caracteriza por percorrer uma grande área da cidade durante quase todo o dia. A concepção final do sistema é instalar em apenas um ônibus de cada linha, já que os outros ônibus da mesma linha estariam percorrendo o mesmo trajeto. Uma vez desenvolvido o protótipo físico e o software básico de coleta de dados, foram realizados

3. RESULTADOS várias dias de testes de coleta dos dados pelos sensores de Raios Ultravioleta e o Sensor de partículas (Qualidade do Ar). Para validação inicial do sistema, o protótipo foi colocado na parte superior de veículo de passeio e ligado na alimentação do carro através da entrada de 12V. Os dados foram enviados a um servidor, que coletou e arquivou todos os valores em um banco de dados ACCESS da Microsoft, que pode ser acessado para a visualização em uma tabela ou através de Mapas. Todos os dados obtidos estão no anexo desse relatório. O protótipo foi instalado na parte superior do veículo mediante um acoplamento magnético (imãs), de forma que, e a entrada de ar do sistema está orientado para frente do veículo, determinando assim, uma melhor captação do fluxo de ar, proporcionando uma maior eficiência na medição da Qualidade do Ar no sistema. Foram realizados vários dias de amostragens de dados durante partes do dia, sendo que neste relatório são apresentados somente os resultados dos três primeiros dias de coleta de dados. Os dados obtidos foram dentro do esperado, no que diz respeito, a variação de dados obtida dos sensores, aos quais se mostraram com valores coerentes em função da hora do dia. Foi visto que a Qualidade do Ar se manteve constante na maioria dos pontos captados, obtendo apenas uma pequena variação em algumas captações que podem ser entendidas como sendo a fumaça de veículos pesados e antigos que são bastante poluentes e foram captados pelo sensor. O gradiente de Radiação Ultra Violeta se mostrou bem mais acentuado, o que era esperado, visto que, reconhecidamente estamos em uma região de alta incidência de radiação UV em virtude de nossa proximidade da linha do equador. Pois como era já esperado, a radiação varia muito com o horário de captação e o local, pois se durante a coleta o sensor estiver em uma sombra de uma árvore ou de baixo de um viaduto, a incidência de radiação UV será praticamente nula. Apesar de pouco tempo de teste, os dados obtidos foram importantes, porque vimos à eficiência dos sensores, principalmente o da qualidade do ar, que se mostrou bastante preciso, tanto nos testes em bancada, como nos testes com o protótipo nas ruas.

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Yun Wang Está realizando seu doutorado em Sistemas de Informação de Gestão na Universidade do Arizona, onde também trabalha como pesquisador no Centro de Análise e Business Intelligence (INSITE). Fez sua graduação e mestrado em Ciências da Computação no Harbin Institute of Techonology, na China. Seus interesses de pesquisa são na área de aprendizado de máquina, mineração de dados e redes com aplicação em modelagem preditiva. Seu trabalho mais recente envolve aprendizagem de métodos para sistema de transporte inteligente utilizando big data.

Fan Dong Está realizando seu doutorado em Sistemas de Informação de Gestão na Universidade do Arizona, no Centro de Análise e Business Intelligence (INSITE). Fez seu mestrado em Ciências da Computação na Georgia State University em 2015. Suas áres de interesse incluem análise de redes sociais e processamento natural da linguagem.

Carlos Caminha Possui graduação em Ciência da Computação e mestrado em Informática Aplicada pela Universidade de Fortaleza. Atualmente cursa doutorado em computação na Universidade de Fortaleza. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Arquitetura de Sistemas de Computação, atuando principalmente nos temas de redes complexas, mineração em grafos, engenharia do conhecimento, WEB services e redes sociais.


PROJETOS

Victor Dantas Possui graduação em Ciência da Computação e está cursando mestrado em Informática Aplicada pela Universidade de Fortaleza. Atuou como instrutor do Curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas e diversos cursos de capacitação em informática pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), tendo também participado como instrutor do programa Student to Business da Microsoft. Atualmente é Gerente de Tecnologia da Informação do SENAC.

Caio Ponte Concludente do curso de Engenharia da Computação na Universidade de Fortaleza. Participou de projetos de pesquisa na área de aprendizado de máquina. Atualmente trabalha no Laboratório de Engenharia do Conhecimento da UNIFOR. Possui experiencia na área de Aprendizado de Máquina com ênfase em Redes Neurais e trabalhos que envolvem dados de mobilidade urbana.

1. PROJETO A cidade de Fortaleza enfrenta desafios típicos de grandes metrópoles, como o aumento da demanda por uma infraestrutura de mobilidade urbana adequada. O projeto realizado, em parceria com a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a Universidade do Arizona (UA/EUA), e a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP/PMF), teve como foco a aplicação de tecnologias de análise de Big Data para identificar e propor melhorias para problemas como atrasos e lotação no transporte público, e o desenvolvimento de um dashboard para monitorar, medir e gerenciar o desempenho dos sistemas de transporte público e da mobilidade urbana em Fortaleza. O dashboard consiste de cinco temas: Sistema de Transporte Público, Sistema de Bicicletas Compartilhadas, Tráfego Geral, Infraestrutura e Acidentes. Como fruto deste projeto, a cidade de Fortaleza recebeu o prêmio GobernArte 2015, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Figura 11. Premiação do prêmio GobernArte 2015 modalidade “Cidades e Big Data”.

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2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O projeto consistiu de dois módulos. No primeiro, o foco foi a análise de grande conjuntos de dados (big data) do sistema de transporte público municipal (ônibus) e do sistema de bicicletas compartilhadas – Bicicletar. Neste módulo, o objetivo foi medir a velocidade e os tempos de viagens da rede pública de ônibus e realizar uma estimativa do embarque e desembarque de passageiros, visando dois grandes problemas - atrasos e superlotação. Um dos entregáveis foi uma plataforma navegável que permite calcular a velocidade média entre dois pontos da rede de oferta de transporte público municipal. A estimativa de embarque de passageiros teve bom resultado por conta da validação do Bilhete Único na entrada dos passageiros, porém a estimativa de desembarque foi limitada devido a dados insuficientes. Para atingir esse objetivo, mais dados devem ser coletados e algumas tecnologias de coleta foram propostas, como por exemplo, a instalação de um contador automático de passageiros na porta de saída de cada ônibus. Outra opção seria colocar a validação do Bilhete Único também na saída, mas isso necessitaria uma mudança de infraestrutura e treinamento da equipe. Com relação ao sistema de bicicletas compartilhadas, o objetivo restringiu-se a uma análise do uso das estações do Bicicletar, das viagens realizadas, e um perfil dos usuários do sistema, que serviu para tomada de decisão sobre a instalação de novas estações. A Prefeitura de Fortaleza decidiu colocar novas estações nos terminais de ônibus para auxiliar no problema da “última milha”, principalmente para bairros mais distantes. O segundo módulo do projeto visou o desenvolvimento de um painel de controle ou Dashboard da Mobilidade Urbana de Fortaleza, utilizando tecnologia de Business Intelligence - BI. O Dashboard consiste de cinco aplicações contendo ao todo 44 (quarenta e quatro) painéis de indicadores sobre o sistema de transporte público, sistema de bicicletas compartilhadas, tráfego em geral, infraestrutura e acidentes, servindo para medir, monitorar e gerenciar a performance dos transportes e do sistema de mobilidade urbana em Fortaleza. Os painéis dispõem de dados históricos com visualizações (gráficos e filtros) dinâmicas que facilitam e suportam a tomada de decisão dos gestores dentro da Prefeitura de Fortaleza. As métrica e KPIs (Key Performance Indicators) foram definidas pela equipe do PAITT (Programa de Ações Imediatas de Trânsito e Transporte) da SCSP, que também definiu valores para comparação (baseline) e metas de desempenho. Seguem alguns exemplos de indicadores em cada aplicação desenvolvida: • Tráfego Geral – indicadores de congestionamento e tempo de viagem; • Segurança – acidentes e nível de severidade; • Transporte Público – velocidade operacional, nível de ocupação de veículos, estimativa de passageiros por parada em cada período do dia; • Bicicletas Compartilhadas –número de viagens por estação, rotas mais desejadas; • Infraestrutura – dados sobre semáforos, paradas de ônibus.

3. RESULTADOS

Figura 12. Bubble Chart indicando o número de viagens por estação do Bicicletar

Figura 13. Mapas com a distribuição dos acidentes de trânsito por bairro, por severidade.


PROJETOS

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Figura 14. Gráficos e Mapa de calor com os congestionamentos da cidade.

Figura 15. Geolocalização dos semáforos da cidade por tipo.

Figura 16. Ranking das paradas de ônibus por número de passagens – origem e destino.

Figura 17. Gráficos e mapas de fluxo de passageiros, por horário e por parada de ônibus.

Figura 18. Gráficos com análise comparativa da velocidade dos ônibus antes e depois da instalação de faixas exclusivas de ônibus.

A análise confirmou que as velocidades dos ônibus aumentaram significativamente, até mais de 200% em algumas avenidas. Também foi possível fazer uma análise de regressão para investigar fatores que influenciam aos atrasos de ônibus. As ferramentas de big data permitiram até um maior entendimento no comportamento do transporte público, identificando trechos e horários em que a velocidade média tende a reduzir. Todos estes dashboards são utilizados pela equipe do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (PAITT) da Prefeitura Municipal de Fortaleza.


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André Maciel Coordenador da equipe de desenvolvimento do Portal da Juventude, Sistema da Juventude e Sistema de Inteligência. Responsável pelo levantamento de requisitos e obtenção de dados de secretarias municipais e estaduais.

Carlos Caminha Responsável pela modelagem da integração de dados e aplicação de rotinas e algoritmos para higienização, integração e mineração de dados para o Sistema de Inteligência.

Victor Dantas Responsável pela modelagem e desenvolvimento das rotinas de ETL (extração, transformação e carga) a partir das diversas fontes de dados externas e internas, bem como o desenvolvimento dos dashboards.

Rainus Melo Responsável pela validação e construção da estrutura geral do portal da juventude, contemplando sua camada de apresentação, integração de elementos de interface e gadgets à interface, prezando sempre pelas boas práticas e legislação sobre acessibilidade (eMAG) e usabilidade, além das chamadas aos serviços do portal e sua indexação.

Clailton Jorge Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.


PROJETOS

Claudio Maia Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.

Lucas Bandeira Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.

Lucas Dias Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.

Rafael Bomfim Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.

Ronaldo Almeida Responsável pelo desenvolvimento dos serviços para o portal da juventude, acesso ao banco, regras de negócio, controle de acesso e integrações com outros sistemas, serviços e bases de dados, modelagem da base de dados, instalação e configuração de servidores de aplicações, SGBDs e de CMS.

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1. PROJETO A Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude (CEPPJ) possui a missão de desenvolver e coordenar políticas públicas voltadas para jovens, como uma forma de garantir seus direitos e construir cidadania. Tal objetivo impõe alguns desafios, como comunicar-se com jovens e compreendê-los em sua integralidade, a fim de melhor atendê-lo em suas necessidades. Para atingir esse objetivo, a CEPPJ, através da CITINOVA, desenhou o Projeto de Integração e Análise de Dados, que consiste no desenvolvimento de ferramentas de sistemas de informação que permita à Coordenadoria uma melhor compreensão sobre suas ações e seu público assistido.

2. OBJETIVOS E METODOLOGIA O projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas que auxiliem à CEPPJ a coordenar seus programas e suas políticas públicas pensadas para o jovem de Fortaleza. O projeto foi dividido em quatro módulos com objetivos específicos para conseguir atingir o objetivo principal. Os quatro módulos estão descritos a seguir. 1 - Portal da Juventude: Uma plataforma de comunicação e interação entre os jovens e a CEPPJ, sendo possível a criação de conteúdo colaborativamente. A ferramenta permite que os jovens tenham maior acesso às oportunidades de capacitação e crescimento dentro das políticas de juventude na cidade de Fortaleza. 2 - Sistema da Juventude: Sistema de operação e gestão interno dos programas da CEPPJ, através da incorporação dos controles necessários de seus fluxos de trabalho. Integrado ao Portal da Juventude, os dois sistemas combinados permitirão um melhor atendimento ao público. 3 – Integração de dados: Bancos de Dados contendo informações de políticas públicas que possuam alguma interface destinada aos jovens e possa cruzar com os dados da CEPPJ. Essa ferramenta tem objetivos específicos de melhor caracterizar o público alvo da política, analisar os riscos a que os jovens estão expostos, bem como melhorar os atendimentos feitos à população jovem em nível individualizado, para assim melhor desenhar programas destinados à juventude. 4 – Sistema de Inteligência: Painéis de visualização de informações relativas à execução dos programas da CEPPJ e de dados de outros órgãos da Administração Pública que atendem a juventude, de maneira a permitir o Gestor Público a avaliar a execução de sua política pública.

3. RESULTADOS Através do aplicativo do Portal da Juventude, os jovens poderão visualizar, conforme apresenta a figura 19, e inscrever-se em cursos e eventos promovidos peloa CEPPJ, em áreas como cultura, esporte, capacitação professional, entre outras.

Figura 19. Exemplos de telas do Portal da Juventude.


PROJETOS O Sistema da Juventude é utilizado pela equipe operacional dos programas, como a dos CUCAS, por exemplo, para criar cursos, realizar a matricula dos alunos, controlar frequência de participação e atendimentos realizados pela Coordenadoria aos Jovens, entre outras funcionalidades (figura 20). As bases abaixo, mostradas na figura 21, listam os dados obtidos de outras secretarias, em nível municipal e estadual, a fim de compreender os jovens de maneira integral, nas diversas perspectivas dos atendimentos públicos.

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Figura 20. Exemplos de telas do Sistema da Juventude

Figura 21. Base de Dados integradas para análise de dados da Juventude

Por fim, o dashboard abaixo ilustra uma visualização de dados a respeito da condição de emprego aos jovens que realizam cursos pela CEPPJ. Além dessa visualização colocada na figura 22, foram gerados outros painéis de informação, que subsidiarão a gestão da Coordenadoria da Juventude no controle de suas operações, na compreensão de seu público atendido, bem como, na análise do rumo que a política de juventude deve tomar diante de uma visão holística de seu público assistido, através do uso dos dados listados na figura anterior.

Figura 22. Exemplo de visualização de dados.



COLABORADORES


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Tarcísio Pequeno Presidente da Fundação Cearense de Apoio Pesquisa (FUNCAP). Foi Presidente da CITINOVA. Atua nas áreas de inteligência artificial e filosofia, com ênfase em lógica, lógicas não monônicas, lógicas paraconsistentes, métodos de prova, filosofia da linguagem, filosofia da mente e filosofia da ciência. Tem desenvolvido interesse nos estudos de ciência da cidade.

Vasco Furtado Atual Presidente da CITINOVA. É professor da UNIFOR e analista de TIC da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE). Atua na área de Ciência da Computação, principalmente nas áreas de simulação multiagente, web semântica, aprendizagem automática e mineração de dados. Tem suas pesquisas voltadas para a área de Segurança Pública e Cidades Inteligentes.

Vládia Pinheiro Professora do Programa de Pós-Graduação em Informática Aplicada da UNIFOR. É doutora em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Desenvolve pesquisas nas áreas de inteligência artificial, linguísticas computacional, processamento de linguagem natural e web semântica. Trabalha atualmente na CITINOVA.

Paulo Barbosa Coordenador de Projetos e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Faz parte da coordenação de avaliação e construção de políticas públicas de desenvolvimento econômico e de incentivos fiscais, e atua como consultor nas áreas de gestão pública e desenvolvimento de seleções e concursos públicos.

Ezequiel Dantas Possui graduação em Engenharia Civil pela UFC e mestrado em Engenharia de Transportes pela mesma universidade. Atualmente é Assessor Técnico da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Tem experiência na área de Engenharia Civil. Atuando principalmente nos seguintes temas: Equidade, Acessibilidade, Diagnóstico, Transportes, Uso do Solo.


COLABORADORES

Daniel Chagas Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e mestrado em Informática Aplicada pela UNIFOR. Tem experiência na área de Ciência da Computação, principalmente nos temas de interação humano computador, educação, usabilidade, site e informática. Atualmente, é bolsista na CITINOVA.

Sofia Cavalcante Arquiteta e Urbanista pela UFC. Fez mestrado no Centre of Advanced of Spatial Analysis (CASA) na University College London (UCL) com o tema em Smart Cities. Atualmente, é bolsista na CITINOVA, onde trabalha em projetos relacionados a criação de uma Fortaleza Inteligente.

Juliana Falcão É Analista de Redes, cursando especialização em análise projeto e gerência de sistemas pela Faculdade Estácio de Sá. Possui certificação em ITIL. Atualmente trabalha na Unidade de Gestão do Programa de Políticas Públicas de Juventude de Fortaleza.

Vitor Lima Administrador e desenvolvedor de softwares, possui experiência com desenvolvimento de produtos inovadores em ambientes ágeis. Atualmente coordena o Projeto Integração e Análise de Dados na Coordenadoria de Juventude.

Yuri Pezeta É publicitário, formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, pela UFC. Possui experiência em criação de campanhas para projetos de juventude e movimentos sociais. Participa da equipe de coordenação do desenvolvimento do Portal da Juventude de Fortaleza.

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PARCEIROS


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Márcia Castro Professora da escola de Saúde Pública de Harvard, Márcia é membro do Comitê de Programa de Estudos no Brasil. É formada em Estatística na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e tem doutorado em Demografia na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

Rosabelli Coelho-Keyssar Rosa é uma Lemann Fellow, e atualmente responsável em desenvolver projetos entre o Brasil e estudantes do MIT. É responsável em gerenciar o “MIT-Brazil Seed Funds”, que promove a colaboração de membros do MIT com pesquisadores renomados do Brasil.

Márcia Machado É Pro-reitora de Extensão Universitária da UFC. É formada em Enfermagem pela mesma universidade, onde cursou também Mestrado e Doutorado em Saúde Comunitária. Realizou seu pós-doutorado na Escola de Saúde Pública de Harvard em 2011.

Eurico Vasconcelos Professor da UNIFOR e coordenador do Núcleo de Aplicação em Tecnologia e Informação (NATI) da mesma. Atualmente, é diretor de Popularização da Ciência pela CITINOVA da Prefeitura de Fortaleza.


PARCEIROS

Sudha Ram Professora de Sistema de Informação de Gestão na Universidade do Arizona. Trabalha na área de Business Intelligence (BI), análise de mídias sociais, gerenciamento de dados e big data.

Faiz Currim Professor de Sistema de Informação de Gestão na Universidade do Arizona. Trabalha na área de modelagem de dados, gestão de dados temporais e espaciais, segurança e privacidade de dados, e gestão de dados de saúde.

Joaquim de Melo Fundador do Instituto Banco Palmas, Joaquim de Melo é um empreendedor social que atua na luta pelo desenvolvimento comunitário.

Reinaldo Imbiriba Engenheiro Elétrico pela UNIFOR e mestre pela UFC em Automação e Computação. Atualmente é Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Technoview Engenharia LTDA, e professor da Unifor.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS O desafio do Fortaleza CITILAB foi mostrar que Fortaleza apresenta condições favoráveis para desenvolvimento e aplicação de pesquisas. A aproximação entre o poder público municipal e as grandes universidades da cidade, aliada à cultura de governo aberto, em que os dados são públicos para a comunidade científica, são algumas das ferramentas que tornam Fortaleza uma possível “cidade laboratório”. As universidades americanas têm o costume de, a partir de parcerias acadêmicas, enviar seus estudantes para passar o verão, de junho à agosto, em outros locais do mundo desenvolvendo projetos ligados aos seus temas de mestrado. A partir de contatos existentes, neste ano de 2016, recebemos em Fortaleza três estudantes que possuíam temas de pesquisa de interesse da cidade. Os estudantes vieram do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Harvard University, ambos dos Estados Unidos. A Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (CITINOVA) foi a responsável por receber estes estudantes e fazer os contatos iniciais necessários com universidades e outras secretarias do município para cada trabalho. Além das dificuldades do projeto como um todo, os pesquisadores que vem de fora enfrentam os desafios de se acostumar com uma nova cidade, uma nova cultura e novos costumes. Durante o desenvolvimento de seus projetos, e entre conversas sobre as experiências que estavam vivendo, foi visto que estes alunos vindos do exterior deveriam permanecer na cidade por um mínimo de 12 semanas para que se tenha tempo hábil para a adaptação na cidade e o desenvolvimento de suas pesquisas. Outro ponto importante que também otimizaria as pesquisas é uma melhor definição do projeto, antes da chegada dos estudantes estrangeiros na cidade. Como contrapartida da CITINOVA, a alocação de orientadores bem definidos para cada estudante também ajuda na conclusão de um melhor produto. Foram também integrados ao projeto Fortaleza CITILAB, junto com os estudantes do exterior, outros pesquisadores e estudantes da cidade que estavam desenvolvendo projetos para o benefício da mesma. Estes projetos realizados por pesquisadores locais têm uma maior flexibilidade de tempo, sendo estes de três a seis meses de desenvolvimento. Ao todo, esta primeira edição do Fortaleza CITILAB recebeu sete projetos nas áreas de saúde, empreendedorismo, inovação social e tecnologia, sendo todos focados na cidade de Fortaleza. Este documento irá ajudar na divulgação do projeto para que seja possível firmar novas parcerias, nacionais e internacionais, aumentando a possibilidade da vinda de mais estudantes de outras cidades do Brasil e do exterior. O objetivo é tornar Fortaleza uma referência para desenvolvimento de estudos por pesquisadores de todo o mundo, sempre pensando no benefício da cidade.

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