VIII Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia
Dilemas da Assistência Obstétrica: Papel dos outros profissionais na Assistência Obstétrica
Professor Henrique Vitor Leite
Objetivos do Milênio - OMS
ODM 4 - Diminuir em 2/3 a mortalidade infantil até 2015 Brasil 13,6 /1000 (2011) – BH – 10,6/1000 (2012); 9,7/1000 (2013) ODM 5 - Reduzir em ¾ a razão de morte materna até 2015 Meta Brasil: 35/100.000 – 55,3 em 2011
Rede Cegonha
Portaria 2351, 05/10/2011
Objetivo da assistência obstétrica “Ter uma mãe e uma criança saudáveis, com o menor nível de intervenção compatível com a segurança.” (OMS, 1996)
“Favorecer experiência positiva para a mulher e sua família, manter a sua saúde física e emocional, prevenir complicações e responder às emergências.” (MS, 2014)
• Modelo Assistencial para o Parto e Nascimento “Uma das grandes lacunas da assistência à saúde no Brasil é a ausência de uma filosofia de trabalho em equipe que proporcione resultados na melhoria dos indicadores de saúde, particularmente na assistência perinatal (MS, 2014).”
Modelo Assistencial Para o Parto e Nascimento Integração dos Processos Assistenciais, Responsabilidade Compartilhada.
“A incorporação ativa de outros sujeitos na equipe assistencial deve ser promovida, proporcionando uma assistência integral, de acordo com as necessidades da mulher e da família (MS, 2014).”
Modelo Assistencial Para o Parto e Nascimento Trabalho em Equipe / Modelo Colaborativo; Integralidade / Diretrizes Básicas do SUS (Constituição Federal 1988); Boas Práticas (Práticas Baseadas em Evidências Científicas). (ANS, 2008; Benoit et al., 2005; BRASIL, 2005; Downe et al., 2010; OMS, 1996; OPAS, 2011).
Trabalho Colaborativo O trabalho colaborativo acontece quando todos os profissionais envolvidos na equipe reconhecem e respeitam o valor individual e profissional de cada parte (KELEHER, 1998).
Maternidade HRTN - UFMG • Equipe Multiprofissional: • • • • • • • •
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Médico Obstetra Enfermeira obstetra Neonatologista Anestesiologista Residentes • Médico GO e enfermagem obstétrica Acadêmico de medicina Doulas Outros profissionais • Fisioterapia, Terapia ocupacional, Psicologo, Fonoaudiologo, etc Controle social
Qual o papel de cada um na assistência
Composição da Equipe Assistencial
* Profissionais de apoio: Higienização, Lavanderia, ...
FISIOTERAPIA NA OBSTETRÍCIA OBJETIVOS O objetivo geral da atuação da Fisioterapia na Obstetrícia é preparar a gestante fisicamente para uma gestação, parto e puerpério bem sucedidos. PRÉ PARTO
TRABALHO DE PARTO
PUERPÉRIO
Preparar para o parto (preparação perineal e musculoesquelética)
Orientar e incentivar o uso correto da musculatura perineal e abdominal
Prevenir disfunções uroginecológicas, sexuais e coloproctológicas
Controle da dor (TENS, Alívio e prevenção de dores correção de posturas álgicas (musculares, ferida e alívio de tensões) operatória, canal vaginal)
Aliviar dores e desconfortos (lombalgias, pubalgias, síndrome do piriforme)
Orientar sobre posicionamentos de acordo com a fase do trabalho de parto
Exercícios físicos orientados Trazer conforto à (Controle da dispnéia, parturiente diabetes gestacional , edemas)
Reabilitar e prevenir disfunções uroginecológicas, sexuais e coloproctológicas
Reeducação da função respiratória
Orientação de amamentação
Maternidade HRTN - UFMG • Equipe Multiprofissional – Todas as paciente são avaliadas pelo obstetra na admissão e internação Médicos e enfermeiras acompanham conjuntamente todo o trabalho de parto e parto das gestantes, dividindo responsabilidades e tarefas, discutindo as condutas. Gestantes de risco materno ou fetal devem ter acompanhamento diferenciado
Maternidade HRTN - UFMG • Assistência ao RN • • •
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Presença obrigatória de neonatologista em todo os nascimentos Clampeamento do cordão umbilical entre 1 e 3 minutos, exceto com indicação; Contato pele a pele imediato efetivo da mãe e amamentação na primeira hora de vida; Evita-se o uso de práticas como aspiração de VAS Realizar pesagem, antropometria, credê e vitamina K após a primeira hora “Diretrizes de Atenção à Gestante: a Operação Cesariana” que inclui o Capítulo 5 – Cuidado do Recém-Nascido (peculiaridades da operação cesariana).
Atenção Obstétrica Assistência Centrada na Mulher, Família e Comunidade.
Atenção Obstétrica O médico tem a capacidade de fazer diagnósticos, prescrever tratamentos A classificação de risco realizada por enfermeira treinada, baseada em protocolos, agiliza e reduz complicações
Hierarquização do Cuidado/ Continuidade do Trabalho.
“a enfermeira-parteira parece ser o tipo mais adequado e com melhor custo-efetividade para a assistência ao parto normal de baixo risco”.
“o médico obstetra atua como consultor na assistência ao parto de baixo risco e atua nos partos de alto risco, partos operatórios e complicações ou urgências obstétricas”.
Utilização de tecnologias apropriadas – menor custo – maior satisfação (ANS, 2008)
Atenção Obstétrica
Atenção Obstétrica Valorização de outros saberes.
Desafios • Rediscutir os modelos vigentes de assistência obstétrica; • Adaptação de modelos as características regionais; • Aperfeiçoamento do trabalho em equipe; • Hierarquização da assistência; • Mudança do perfil do profissional que atende pré natal; • Ampliar a participação dos outros profissionais de saúde na atenção básica; • Investir em formação de profissionais com visão de trabalho em equipe no PN e assistência ao parto; • Participação das Instituições formadoras; • Financiamento de práticas assistenciais; • Informar a sociedade sobre o trabalho em equipe
Atenção Obstétrica Como fazer para avançar?
• Monitoração dos resultados perinatais (Gerenciamento de risco / Controle de Qualidade); • Protocolos / Checklist baseados em Evidências; • Vinculação das Redes básica e hospitalar;
OBRIGADO