Sogimig - Mar/Abr 2017

Page 1

Informativo

SOGIMIG

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pelo ECT

Veículo Oficial da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais - SOGIMIG I Março/Abril de 2017

10ª EDIÇÃO DO CMGO ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS PÁGINAS 4 e 5

6

CURSOS DE CURTA DURAÇÃO GARANTEM CAPACITAÇÃO EM TEMAS COMPLEXOS

7

PRAZO PARA ENVIO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS VAI ATÉ 17/04

Remetente: Av. João Pinheiro, 161. Sala 206. Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180.

12

FALE CONOSCO

www.sogimig.org.br

SOGIMIG PROMOVE AÇÕES DE RELACIONAMENTO DURANTE O CARNAVAL

PARCEIROS


Editorial

Av. João Pinheiro, 161. Sala 206 Centro. Belo Horizonte. MG. 30.130-180. Telefax: (31) 3222 6599 Telefone: 3247 1637 Site: www.sogimig.org.br Diretoria SOGIMIG - Gestão 2017-2018 PRESIDENTE Carlos Henrique Mascarenhas Silva VICE- PRESIDENTE Alberto Borges Peixoto SECRETÁRIA GERAL Cláudia Lourdes Soares Laranjeira PRIMEIRA SECRETÁRIA Liv Braga de Paula DIRETOR FINANCEIRO Délzio Salgado Bicalho DIRETORA SÓCIO-CULTURAL Thelma Figueiredo e Silva DIRETOR CIENTÍFICO Sandro Magnativa Sabino DIRETOR DE DEFESA PROFISSIONAL Inessa Beraldo de Andrade Bonomi DIRETORA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS Márcio Alexandre Hipólito Rodrigues DIRETORA DE ENSINO E RESIDÊNCIA MÉDICA Gabriel Costa Osanam DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Eduardo Batista Cândido DIRETOR DE INFORMÁTICA Ana Lúcia Ribeiro Valadares COORDENADORA DAS VICE-PRESIDÊNCIA E DIRETORIAS REGIONAIS Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro CONSELHO CONSULTIVO ELEITO: Ataíde Lucindo Ribeiro Jr., Benito Pio Vitório Ceccato Jr., Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos, Frederico José Amedée Peret, Gerson Pereira Lopes, Márcia Salvador Géo, Marco Túlio Vaintraub, Mário Dias Corrêa Jr.,Ricardo Mello Marinho, Silvan Márcio de Oliveira

CONSELHO CONSULTIVO NATO: Agnaldo Lopes da Silva Filho; Maria Ines de Miranda Lima; Marcelo Lopes Cançado; Victor Hugo de Melo; João Pedro Junqueira Caetano BENEMÉRITO (2014) Sergimar Padovezi Miranda BENEMÉRITO (2016) Cláudia Navarro C. D. Lemos INFORMATIVO SOGIMIG COORDENAÇÃO DO INFORMATIVO Eduardo Batista Cândido PRODUÇÃO EDITORIAL E DIAGRAMAÇÃO: ZOOM COMUNICAÇÃO Envie sua contribuição para sogimig@sogimig.org.br O Informativo SOGIMIG autoriza a reprodução de seu conteúdo, desde que citada a fonte. Pede-se apenas a informação de tal uso. A Associação não se responsabiliza pelo conteúdo.

2

Caros colegas,

é com muita satisfação que abrimos a edição desse informativo, abordando a décima edição do “Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia” (CMGO), que ocorrerá entre os dias 10 e 13 de maio, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. O CMGO se estabeleceu como fonte permanente para atualização científica em Minas Gerais, pois mantemos o compromisso anual de apresentar profissionais de destaque. Fizemos questão de ter na programação médicos renomados em suas respectivas áreas de atuação, tanto nacionais como internacionais, que irão, com certeza, contribuir para que as suas expectativas de qualidade em aulas e nos debates sejam alcançadas. Compartilhar conhecimento com cada um dos congressistas, promovendo ainda uma maior aproximação entre os especialistas, é nosso objetivo! Temos certeza que teremos dias de rico aprendizado e interação. Estas melhores práticas depois poderão ser aplicadas em nossos consultórios. O parto seguro, robótica em cirurgia ginecológica e a ginecologia oncológica são alguns dos pilares desse evento. Também incentivaremos a participação e o desenvolvimento científico de cada um dos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia do estado, através dos temas livres e a discussão de trabalhos científicos. A valorização profissional ganhará destaque através da

CARLOS HENRIQUE MASCARENHAS SILVA

realização do Fórum de Defesa Profissional, que está sendo organizado com cuidado para debater temas essenciais que tangem o exercício da nossa profissão. A Comissão Organizadora do Congresso tem se empenhado para promover um evento de alto nível em conhecimento e integração, aliado ao jeito mineiro de receber, com carinho e atenção. As comissões científica, social e de logística estão buscando as melhores opções para que você aproveite esses dias, com conforto, segurança e alegria. Espero vocês, Ginecologistas e Obstetras para esse período, que será rico em atualização científica de alto nível.

Um grande abraço.


Somos Sogimig

VICE-PRESIDÊNCIA DA REGIÃO SUL TEM FOCO EM CURSOS PARA EDUCAÇÃO CONTINUADA A ginecologista e obstetra Maria Paula Moraes Vasconcelos, natural de Passos (MG), onde mora atualmente e ocupa a vice-presidência da região Sul da Gestão 2017/2018 da Sogimig, registrou sua trajetória profissional em Belo Horizonte. Formou em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) há 25 anos, onde também conquistou o título de mestre e doutora em medicina. Em 2004, concluiu a especialização de Auditoria em Saúde pela Universidade Gama Filho. A atuação dela é baseada, principalmente, no campo acadêmico. A especialista conta que possui um papel muito importan-

te como professora na formação de novos profissionais por estimular uma visão crítica e responsável. Maria Paula concluiu o doutorado pela UFMG em 2014, quando defendeu a tese “Estudo da correlação entre o índice ponderal neonatal e a concentração de leptina no sangue materno e de cordão umbilical”. Nos últimos dez anos, também destacou a oportunidade de trabalhar como coordenadora do Programa Materno Infantil da Santa Casa de Misericórdia de Passos, promovendo Jornadas Interdisciplinares anuais com foco regional para discutir o cuidado materno-infantil.

“Acompanhei os resultados muito bons refletidos na diminuição da morbimortalidade materna e perinatal. Acredito no modelo proposto pela atual Gestão da Sogimig em promover uma educação continuada”, destaca. O relacionamento com a entidade iniciou com o término da residência médica, em 1996. Desde então, ela participou de todas as edições do Manual da Associação. “Recebi com prazer o convite para participar da nova Gestão e quero cooperar com a proposta da diretoria em promover programas de educação continuada e eventos científicos regionais para contribuir com a importante melhoria assistencial”, afirma.

“Acompanhei os resultados muito bons refletidos na diminuição da morbimortalidade materna e perinatal. Acredito no modelo proposto pela atual Gestão da Sogimig em promover uma educação continuada"

3


Capa

10ª EDIÇÃO DO CMGO REÚN PARA DISCUTIREM MELHORE A 10ª edição do “Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia” (CMGO) reúne renomados especialistas para apresentarem as melhores práticas, tendências e novidades científicas sobre a saúde da mulher. O evento acontecerá de 10 a 13 de maio, em Belo Horizonte, no hotel Ouro Minas. O presidente da Sogimig Carlos Henrique Mascarenhas Silva afirma que o congresso já se consolidou como um dos maiores encontros da especialidade no Brasil. A programação discute temas ligados à prática médica, destacando a ginecologia oncológica, cirurgia robótica, valorização e defesa profissional. “O compromisso é sempre apresentar reconhecidos especialistas em suas respectivas áreas para propiciarem um evento de grande nível científico para maior atualização profissional. Alguns dos palestrantes convidados também darão aulas para demonstração das melhores práticas”, conta o presidente. O hotel Ouro Minas sediará o congresso pela primeira vez. Trata-se da única hospedagem cinco estrelas da capital e com qualidade reconhecida por diversos veículos especializados em hotelaria, permitindo que os participantes se hospedem no mesmo local com maior comodidade e segurança. “O hotel tem infraestrutura completa em auditórios modulares para a realização das palestras, up to dates e simpósios, atendendo palestrantes e congressistas confortavelmente”, avalia Silva.

Programação científica Os palestrantes nacionais e internacionais compartilharão conhecimento durante os quatro dias do CMGO com destaque para os temas “Parto fora do ambiente hospitalar – Consequências”, abordado por Roseli Mieko Yamamoto Nomura; “Tumores serosos bordelines do ovário: Apresentação clínica e implicação diagnóstico patológico”, discutido por Filomena Marinho Carvalho e “Ginecologia do esporte – Incontinência atlética”, debatido por Maita Poli de Araújo. O italiano Filiberto Severi é um dos palestrantes internacionais. Ele é professor associado do departamento de medicina molecular e desenvolvimento da Universidade de Siena, na Itália, e responsável pelas áreas de ultrassonografia e perinatologia da Clínica Ginecológica e Obstétrica do Hospital Universitário de Siena.

4

Severi participará do CMGO em dois momentos: dia 10 de maio como facilitador do up to date “Saúde reprodutiva – uso de exames de imagem na endometriose e adenomiose” e, dia 12, como palestrante da conferência “Preditores ultrassonográficos de prematuridade”. O primeiro dia da programação será dedicado aos Up To Dates para a discussão de três temas: cuidado perinatal, saúde reprodutiva, cirurgia e vídeo-endoscopia. “Os Up To Dates são cursos rápidos para qualificação médica em áreas de grande relevância nos consultórios. É possível participar em mais de um deles, já que a grade está dividida em dois turnos: manhã e tarde”, conta o diretor científico da Sogimig Sandro Magnavita Sabino. O congressista poderá participar de diversas mesas-redondas e palestras sobre temas relevantes na quinta e sexta-feira. A programação do sábado, 13 de maio, apresenta um Fórum sobre cirurgia robótica ginecológica, dividido em duas partes.

“O CMGO apresenta o que há de melhor cientificamente para atualização dos médicos, residentes e estudantes, demonstrando o esforço da Sogimig em manter uma constante qualificação profissional da categoria” Carlos Henrique Mascarenhas Silva, presidente da Sogimig


NE ESPECIALISTAS EM BH ES PRÁTICAS E TENDÊNCIAS

“O CMGO apresenta o que há de melhor cientificamente para atualização de médicos, residentes e estudantes, demonstrando o esforço da Sogimig em manter uma constante qualificação profissional”, avalia o presidente. As inscrições têm valor diferenciado até o dia 1° de maio e podem ser feitas pelo site www.cmgo2017.com. br, incluindo a programação completa. Os sócios e residentes sócios têm descontos especiais até essa data. O evento também está aberto para não-associados, profissionais da área de saúde e acadêmicos de medicina.

Fórum para leigos A programação do Congresso ainda inclui o “Fórum para Leigos” para dar continuidade às ações de relacionamento e aproximação da Sogimig com a

sociedade em geral, apresentando as consequências causadas pela menopausa. As ginecologistas Adriana Orcesi Pedro e Ana Lúcia Valadares serão responsáveis pelo tema “Menopausa: ressecamento vaginal, dor nas relações sexuais e sintomas urinários”, esclarecendo porque esses problemas ocorrem e como tratá-los. Os dados da Academia Internacional de Pesquisa Sexual (EUA) revelam que 35% das mulheres heterossexuais, com idade entre 18 e 65 anos, têm dificuldade em atingirem o orgasmo. O ressecamento vaginal é um dos pontos que pode impedir o prazer sexual feminino. O Fórum para Leigos é gratuito, aberto ao público e as mulheres interessadas em participarem devem se inscrever através do site www.cmgo2017.com.br.

5


Capacitação

“UP TO DATES” PROPICIAM MAIOR CAPACITAÇÃO SOBRE TEMAS COMPLEXOS A programação pré-congresso abre com três temas de “Up to Dates” para capacitação e debates sobre as melhores práticas e tendências, no dia 10, de manhã e à tarde. As aulas serão ministradas em salas do Hotel Ouro Minas, em horários simultâneos. Há desconto exclusivo para quem se inscrever até o dia 1º de maio. O tema “Cuidado Perinatal: Evidências de Hoje, Agenda de Amanhã” será debatido na Sala 1 sobre a evolução do nascer no Brasil; novos modelos de organização do cuidado perinatal; a classificação de Robson, como ferramenta de gestão; “Projeto Parto Adequado”; o papel da enfermeira obstetra, o papel da fisioterapia; a importância do engajamento da mulher e da família; a importância dos indicadores da Rede Cegonha; aspectos jurídicos da assistência ao trabalho de parto; remuneração e o que muda com os novos modelos de atenção.

6

A temática principal na Sala 2 será “Saúde Reprodutiva”, como avaliar adequadamente a mulher infértil; uso adequado de indutores de ovulação; abordagem do fator masculino; papel da cirurgia tubárica; tratamentos de alta complexidade; aborto de repetição; insuficiência de fase lútea; casal homoafetivo que quer ter filhos; uso dos exames de imagem na endometriose e adenomiose; endometriose e infertilidade; injúria endometrial; tratamento do câncer e futuro reprodutivo. A “Cirurgia vídeo-endoscópica” será o tema da Sala 3 com foco em colposcopia na avaliação das alterações citológicas; condilomatose ano-genital; lesões epiteliais de baixo grau; lesões intraepiteliais genitais de alto grau; incontinência urinária oculta; correção cirúrgica das incontinências urinárias; tratamento conservador do prolapso; pólipo endometrial; técnicas de morcelamento; endometriose e dor pélvica crônica; robótica e cirurgia ginecológica.


Tecnologia

VÍDEO-ENDOSCOPIA E CIRURGIA ROBÓTICA SÃO TEMAS DE DESTAQUE EM PROGRAMAÇÃO O Up to Date sobre Cirurgia vídeo-endoscópica abordará o papel da colposcopia na avaliação das alterações citológicas, abordagem e tratamento da incontinência urinária, pólipo endometrial e o estado atual da cirurgia ginecológica, entre outros aspectos. O curso acontece de 8h30 às 15h30, na sala 3. Outro destaque está nas mesas redondas sobre cirurgia robótica para abordagem minimamente invasiva em ginecologia, como parte do tratamento em casos de cânceres ginecológicos, miomas uterinos e endometriose grave. A cirurgia robótica será abordada em dois momentos durante o Congresso; no Up to Date “Cirurgia vídeo-endoscópica, dias 10 e 13, durante o “I Fórum Mineiro de Cirurgia Robótica em Ginecologia”. Minas Gerais já conta com robô para realizar esse tipo de procedimento.

O Fórum ocorrerá no dia 13. As cirurgias são menos invasivas, diminuindo os riscos de hemorragia e outras complicações, em decorrência dos movimentos mais precisos, uma vez que o equipamento gera imagens em alta definição e 3D, podendo ser ampliadas em até 12 vezes. Os participantes terão acesso a estudos e informações sobre manipulação, técnicas, procedimentos possíveis e as perspectivas sobre o uso da tecnologia. “A robótica apresenta muitos avanços para intervenções, atribuindo maior precisão e segurança para a prática médica. Deixamos de operar em centímetro para operar em milímetros. Teremos a participação de vários especialistas de renome para apresentarem e debaterem sobre a estrutura necessária para formar os novos cirurgiões robóticos”, informa o diretor financeiro da Sogimig Delzio Salgado Bicalho.

77


Inscreva-se

TRABALHOS CIENTÍFICOS INÉDITOS SERÃO SELECIONADOS PARA PREMIAÇÃO Uma das tradições do “Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia” está no incentivo e valorização da produção científica. A Sogimig concederá as premiações “Lucas Machado” e “Clóvis Salgado”, nas categorias ginecologia e obstetrícia respectivamente, aos melhores trabalhos inéditos, publicados em revistas oficiais da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em periódicos nacionais e-ou estrangeiros, ao longo de 2016. As áreas temáticas são ginecologia endócrina e reprodução humana; cirurgia ginecológica e uroginecologia; oncologia ginecológica e patologia do trato genital; mastologia; assistência obstétrica; alto risco obstétrico e medicina fetal; diagnóstico por imagem em ginecologia e obstetrícia. Os trabalhos acadêmicos com temas livres para apresentação oral ou exposição em painel eletrônico (e-poster) também podem ser inscritos. “A produção deve ser original, ou seja, nunca ter sido apresentada em qualquer evento científico nacional ou internacional ou publicada em periódicos científicos”, explica o diretor científico da Sogimig Sandro Magnavita Sabino. O autor (ou pelo menos um deles) deverá estar quite com a anuidade 2017 da entidade e inscrito no CMGO 2017. “Incentivar a produção acadêmica nas áreas de ginecologia e obstetrícia é muito importante para o aperfeiçoamento médico nos consultórios. Acreditamos na constante valorização da pesquisa voltada para aprimoramento da prática diária profissional. Anualmente, concedemos a premiação dos trabalhos científicos durante o congresso”, informa o presidente da Sogimig, Carlos Henrique Mascarenhas Silva. A data final para submissão do resumo é dia 17 de abril, através do site do Congresso: www.cmgo2017.com.br.

8

“Acreditamos na constante valorização da pesquisa voltada para aprimoramento da prática diária da profissão. Por isso, anualmente realizamos a premiação dos trabalhos científicos durante o congresso"


Opinião

MEDICINA X ÉTICA NAS MÍDIAS SOCIAIS *** Inessa Beraldo de Andrade Bonomi Diretora de Valorização e Defesa Profissional - SOGIMIG O compartilhamento de dados sobre pacientes em grupos no whatsApp, páginas do facebook e instagram é aceitável? É ético? É preciso refletir sobre essa situação, muito usual atualmente e, principalmente, quais seriam as respostas a esses questionamentos. Há um ditado popular que diz: "O errado é errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo". A divulgação de informações sigilosas sobre a saúde de pacientes se encaixa muito bem nesses dizeres, ou seja, ainda que a prática de compartilhamento de dados seja corriqueira, de forma a parecer aceitável, viola princípios éticos e legais previstos no Código de Ética Médica. A dissertação de mestrado do cirurgião Diego Adão Fanti Silva, na Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), exemplifica a relação de algumas categorias médicas com as mídias sociais e serve como alerta à classe profissional. Ele estudou as violações do sigilo profissional em mídias sociais por estudantes de medicina, residentes e cirurgiões que atuam no Hospital São Paulo para avaliar, dentro do ambiente cirúrgico, quais das três categorias mais divulgam informações sobre pacientes nas mídias sociais e quais delas revelam mais desconhecimento sobre as regras de confidencialidade desses canais. A pesquisa envolveu 156 pessoas, sendo 52 alunos, 51 residentes e 53 docentes, com média de 24, 28 e 59 anos, respectivamente. A divulgação de informações sobre pacientes nas mídias sociais foi referida por 53% dos alunos, 86% dos residentes e 32% dos docentes. As políticas de privacidade das mídias sociais eram desconhecidas por 69% dos alunos, 80% dos residentes e 62% dos docentes. Apenas 12 (7,7%) dos 156 entrevistados afirmaram não zelar pelo anonimato do paciente, ou seja: 45 (86,5%) alunos, 46 (90,2%) residentes e 53 (100%) docentes relataram ocultar a identidade dos pacientes ao divulgarem dados clínicos.

Sabe-se que muitos médicos registram fotos e vídeos sobre os casos e procedimentos que realizam ou participam para diversas finalidades, como documentação em prontuário, ensino, publicação científica, discussão com colegas, publicidade ou arquivo pessoal. Entretanto, pelas leis e códigos existentes, é ilegal e antiética a divulgação de imagens de pacientes em ambiente público, mesmo com a autorização deles. É crucial ressaltar que a utilização dos dados só é legal e ética se a captura for obtida com consentimento do paciente, exclusivamente para fins acadêmicos ou assistenciais. Mesmo quando a informação é divulgada sem a identificação da pessoa, continua sendo considerada ilegal e antiética. A resposta para as perguntas iniciais fica simples e merece um sonoro NÃO. Não é ético e nem aceitável a veiculação de dados sigilosos em mídias sociais. Fique atento para não se envolver em questionamentos judiciais.

9


Pesquisa

PESQUISADORA PROMOV PARA DESENVOLVIMENTO TRATAMENTO DE CÂNCER Os cânceres ginecológicos são algumas das doenças que mais atingem as brasileiras. Eles são caracterizados como um tumor maligno com início em células de um órgão do sistema genital feminino, como o útero, tubas, ovário, vagina ou vulva. Conforme dados do Ministério da Saúde, a expectativa para 2017 são cerca de 30 mil novos casos de câncer ginecológico, sendo o de colo de útero o de maior incidência, com cerca de 16 mil mulheres diagnosticadas, causando a morte de 5 mil delas. O câncer de endométrio está em 2º lugar com expectativa de aumento de incidência em decorrência do envelhecimento e crescimento da obesidade populacional, seguido pelo câncer de ovário, ambos com incidência estimada entre 6 mil e 7 mil casos anuais. O tema faz parte da pesquisa de Angélica Nogueira, formada em medicina e residência em Clínica Médica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e também residência médica em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O curso despertou seu interesse pelo ensino e pesquisa clínica e, como define, a paixão pela assistência a pacientes com câncer. “Tive uma grande oportunidade de assumir, como projeto de mestrado/doutorado, a condução de um estudo de fase I/ II pioneiro no Brasil, visando o desenvolvimento de um medicamento alvo específico para o tratamento do câncer de colo de útero. A partir desse estudo, foi crescente o meu envolvimento com o câncer ginecológico”, conta. Ela explica que o estudo de fase I definiu a dose de erlotinibe, uma droga alvo-específica anti EGFR (receptor do fator de crescimento epitelial) a ser usada em conjunto com radioterapia e quimioterapia no tratamento do câncer de colo de útero localmente avançado. O estudo de fase II definiu que a combinação de erlotinibe com quimioterapia e cisplatina aumenta a taxa de resposta para 94%, superior ao controle histórico de cerca de 80%.

10 10

Angélica Nogueira

Atualmente, Angélica é professora e pesquisadora na UFMG, retornando de um pós-doutorado, em Massachusetts General Hospital/Harvard University. Ela conta que na temática sobre câncer ginecológico é preciso desenvolver pesquisas e melhorar o ensino e a assistência, sendo que tais mudanças têm sido realizadas com parcerias. “Em conjunto com os professores da UFMG Agnaldo Lopes (ex-presidente da Sogimig) e Eduardo Batista Cândido (diretor de comunicação da Sogimig) estamos fortalecendo as parcerias nacionais e estabelecendo outras internacionais para fomentarem a vinda de projetos, a criação de ambulatório direcionado, reuniões clínicas e científicas para alunos de graduação e residentes. As linhas de pesquisa englobam epidemiologia, pesquisa translacional e a clínica do câncer ginecológico”, destaca.


VE PROJETOS O CIENTÍFICO E R GINECOLÓGICO A Global Cancer Institute/Harvard firmou apoio para o desenvolvimento de projetos focados na melhoria da assistência à paciente com câncer ginecológico na UFMG, em fevereiro deste ano. “Iniciaremos com o projeto Patient Navigation, cujo ponto de partida é uma análise retrospectiva dos tempos de atraso no início do tratamento de radioterapia de pacientes da instituição e posterior introdução de um profissional treinado para "navegar" os pacientes, identificar os gargalos para a efetivação do tratamento e apoiá-los na resolução de problemas. O projeto reduzirá o tempo para início e execução do tratamento devido, o que, comprovadamente, influenciará em sobrevida e qualidade de vida. Em paralelo, iniciaremos dois projetos de estruturação de bancos de dados para coleta prospectiva de estatísticas em câncer feminino.

Pela similaridade das dificuldades enfrentadas por pacientes de outras instituições do estado e do país, esses dados, possivelmente, gerarão benefícios que se estenderão além da universidade”, observa Angélica. Ela ainda participou da fundação do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (Grupo EVA), do qual é a atual presidente. “Queremos organizar os esforços para ensino, pesquisa e apoio à paciente com câncer ginecológico no Brasil. O Grupo EVA tem como parceiro oficial para o desenvolvimento de pesquisa clínica o Latin American Cooperative Group (LACOG) e o Global Cancer Institute/Harvard para ensino. A participação no grupo é gratuita e aberta a profissionais de saúde, envolvidos na assistência e/ou apoio às pacientes com câncer ginecológico (www.eva.org.br)”, informa.

“Queremos organizar os esforços para ensino, pesquisa e apoio à paciente com câncer ginecológico no Brasil"

11


Ações

SOGIMIG PROMOVE AÇÃO INÉDITA DE COMUNICAÇÃO COM DISTRIBUIÇÃO DE KIT DE PREVENÇÃO DURANTE CARNAVAL EM BH A nova Gestão da Sogimig inovou em comunicação e relacionamento com a comunidade ao promover ação de aproximação da instituição durante o Carnaval em Belo Horizonte. Mais de três milhões de foliões pularam e aproveitaram, em mais de 350 blocos registrados. A folia também contou com um número recorde de ambulantes responsáveis pela venda de bebidas, cerca de oito mil. O alto consumo de bebida alcoólica propicia maior descuido e esquecimento dos foliões sobre a importância da prevenção com o uso de preservativos durante relações sexuais.

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) são consideradas um problema de saúde pública por atingirem 340 milhões de pessoas no mundo, anualmente e, provocarem graves doenças, inclusive mortes, quando não diagnosticadas e tratadas em tempo hábil. “A contribuição para reverter essa situação e aproximar a Sogimig das mulheres de várias classes sociais estimularam a ação no Carnaval #EucurtocarnavalsegurocomaSogimig”, explica a primeira secretária da Sogimig Liv Braga de Paula. Um grupo de promotoras, identificadas com camisa da Sogimig, estiveram presentes em três dos principais e maiores blocos do Carnaval na

capital (Então, Brilha!; Baianas Ozadas e Monobloco), distribuindo um kit exclusivo com preservativos, leque com a logomarca da Sogimig e dicas sobre cuidados e adereços carnavalescos, como chapéu e máscara. “A equipe entregou 1.500 unidades do kit, registrando uma aceitação muito positiva do público, ao longo dos três dias. O folião recebia também informações sobre a Sogimig e era convidado a posar para fotos com plaquinhas sobre a campanha”, conta o diretor de assuntos comunitários da Sogimig Márcio Alexandre Hipólito. Diariamente, as fotos foram postadas e compartilhadas na página da Sogimig no facebook. Confira algumas delas.

12


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.