Endometriose infiltrativa controvérsias e bases para a tomada de decisão Agnaldo CMGO 2015

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ENDOMETRIOSE INFILTRATIVA Controvérsias e bases para a tomada de decisão

Agnaldo L. Silva-Filho Professor Titular Departamento de Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina da UFMG


Endometriose: definição Presença de tecido endometrial extrauterino

EPI

SUP

Patogênese pouco conhecida Problema de Saúde Pública: 1. Prevalência 2. Dor e infertilidade 3. Custo

OMA


Endometriose: desafios

Endometriose: diagnóstico clínico

Apresentação clínica variável Diagnóstico diferencial: DIP, intestino irritável...

Atraso de vários anos entre início sintomas e diagnóstico definitivo


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Koninckx et al., Fertil steril (1991)


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI) Objetivos •

Como se comporta essa doença?

Quando suspeitar?

Como diagnosticar?

Existem opções de tratamento medicamentoso?

Quais os princípios do tratamento cirúrgico?

Como abordar mulheres inférteis?


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Como se comporta essa doenรงa?


EPI: localização Caráter mulifocal Lesões associadas

Lesão principal

n*

LUS

Total

D

E

B

Vagina

Bexiga

3

37

Bexiga

37

2

1

3

LUS

222

57

109

56

Vagina

61

5

6

11

61

Ureter

15

2

4

3

9

3

Intestino

91

12

12

22

50

8

426

78

132

95

123

48

Chapron et al., Hum Reprod (2006)

Ureter

Intestino 49

278 94 16 16

17

57

155

281

172

759


Endometriose intestinal: distribuição anatômica

Piketty et al., 2008


Endometriose intestinal: distribuição anatômica

251 pacientes

Características

n

%

Lesão única (sem outras EPI)

26

10,4

Multifocal intestinal

124

49,4

Associada a lesões laterais (E/D)

45

21,5

Chapron - Dousset (2009)


Endometriose ureteral: distribuição anatômica 29 pacientes

Endometriose ureteral está sempre associada a ouras EPI Localização

Pacientes

Lesões EPI

n

%

n

LUS

20

98,9

32

Vagina

20

68,9

20

Bexiga

7

24,1

7

Intestino

28

96,5

46

Ureter

29

100

34

Total

29

Chapron et al., Fertil Steril (2010)

139


EPI: distribuição anatômica CHU Cochin’experience Junho 1992 – Maio 2009 Estudo propspectivo: n = 706 EPI

Localização

Pacientes

Lesão EPI única

n

n

%

LUS

512

297

58

Vagina

255

48

18,8

Bexiga

87

45

51,7

Intestino

251

43

17,1

Ureter

35

1

2,9

Total

706

417

59,1

Chapron (2009)


EPI: distribuição anatômica CHU Cochin’experience Junho 1992 – Maio 2009 Estudo propspectivo: n = 706 EPI

Localização

Pacientes

Lesão EPI única

n

n

%

LUS

512

297

58

Vagina

255

48

18,8

Bexiga

87

45

51,7

Intestino

251

43

17,1

Ureter

35

1

2,9

Total

364

92

25,3

Chapron (2009)


EPI: comportamento

Doença multifocal

EPI Heterogênea

Associação outras Osis (Sup, OMAs, AdOsis)


EPI: é uma doença progressiva?

Estudo prospectivo observacional 88 pacientes com EPI assintomática e não tratada Mediana seguimento: 5,7 anos ↓ • Sem TTO EPI durante VL • Endometriose peritoneal e ovariana: tratadas • EPI: biopsiadas Am J Obstet Gynecol. 2004 Nov;191(5):1539-42.


EPI: é uma doença progressiva? • Progressão da doença e/ou surgimento dor atribuída EPI: 6 pacientes (6.8% 95% CI: 1.9% - 11.7%) • 4 pacientes com aumento da lesão e assintomáticos (sem cirurgia) • 2 pacientes com aumento da lesão e sintomáticos (cirurgia) • Estimativa cumulativa após 6 anos: 9.7%

Progressão da doença e/ou surgimento de sintomas específicos raramente ocorre em mulheres assintomáticas com endometriose retovaginal Am J Obstet Gynecol. 2004 Nov;191(5):1539-42.


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Quando suspeitar?


EPI: quando suspeitar?

História de uso de ACO para dismenorréia primária • > risco endometriose (OR = 5,6, 95% CI 3,2–9,8) • > risco EPI (OR = 16,2, 95% CI 7,8–35,3)

Chapron et al. 2011 (Human Reproduction)


EPI: quando suspeitar?

Adolescentes e risco EPI • HF endometriose (OR = 3.2; 95% CI 1.2–8.8) • Absteísmo escola no período mesntrual (OR = 1.7; 95% CI: 1–3) • Uso ACO para dismenorréia primária (OR = 4.5; 95% CI: 1.9–10.4) • Tempo de uso > em pacientes com EPI (8.4±4.7 anos vs. 5.1±3.8 anos)

• Início antes dos 18 anos (OR=4.2; 95% CI: 1.8–10.0)

Chapron et al. 2011 (Human Reproduction) Chapron et al. 2011 (Fert Steril)


EPI: anamnese

Questionário dirigido: •

S de 74% e E de 68% para EPI (Chapron et al., 2005)

S de 93% e E de 88% para endometriose vesical (Fedele et al., 2007)

Dispaurenia, defecação dolorosa no período menstrual e

múltiplas cirurgias são indicativos de endometriose profunda (Chapron et al., 2003)


EPI: sintomatologia

Sintomas

Localização

OR (IC 95%)

Dispareunia

LUS

3,4 (1,4 – 8,2)

Dor à evacuação no período menstrual

Vagina

2,9 (1,5 – 5,7)

NCCPP (non-cyclic chronic pelvic pain)

Intestino

10,6 (3,6 – 30,8)

Sintomatologia trato urinário

Bexiga

51,8 (13,6 – 197,7)

Sintomas gastro intestinais

Intestino Vagina

4,4 (1,7 – 11,4) 3,1 (1,4 – 6,7)

Fauconnier, Chapron et al., Fertil Steril (2002)


EPI: associação com Endometrioma 636 pacientes

A presença do endometrioma é um marcador da presença de EPI

Lesão principal

Chapron et al., 2010

n

Associação Endometrioma

n

%

Bexiga

51

8

15,7

LUS

279

49

17,6

Vagina

93

19

20,4

Ureter

29

13

44,8

Intestino

184

86

46,7

Total

636

175

27,5


EPI: associação com Endometrioma 500 pacientes

A presença do endometrioma é um marcador de seveidade da EPI

Presença endometrioma versus ausência endometrioma • Presença EPI: • • • • •

LUS: NS Vagina: OR: 1,70 (IC 95% 1,1 – 2,6) Bexiga: NS Intestino: OR: 3,59 (IC 95% 2,3 – 5,6) Ureter: OR: 3,91 (IC 95% 1,4 – 10,4)

• Número lesões EPI: 1,54 ± 1 versus 2,51 ± 1,72 (p<0,001) Chapron et al., Fertil Steril (2009)


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Como diagnosticar?


EPI: Exame clínico

Inspeção do fundo de saco e paredes vaginais;

Nódulos ligamento útero-sacro;

Útero fixo e doloroso à mobilização

Dor

* Realização do exame durante período menstrual melhora performance diagnóstica

O exame clínico detectou EPI em 75/92 pacientes (81,5%) Bazot et al., 2009 Koninckx et al., 1996


Objetivos

EPI: propedêutica de imagem

- Diagnóstico - Estadiamento: sítios e grau de comprometimento dos órgãos pélvicos e abdominais

- Planejamento terapêutico: clínico e cirúrgico - Monitorar o tratamento - ↓ VL diagnósticas e reintervenções (↑ terapêuticas)


EPI: diagn贸stico acometimento retal

USER

RNM

USTV

n

S

E

VPP

VPN

Chapron et al., (2004)

81

97

89

87

98

Bazot et al., (2007)

81

89

93

96

81

Piketty - Chapron (2009)

134

96

100

100

95

Chapron et al., (2004)

81

76

98

96

85

Abrao et al., (2007)

104

83

98

97

84

Bazot et al. (2007)

88

83

93

96

79

Abrao et al., (2007)

104

98

100

100

98

Bazot et al. (2007)

81

93

100

100

87

Piketty - Chapron (2009)

134

90

96

97

89


EPI: USTV

Intestino normal

EPI bifocal no retossigm贸ide

USTV n= 194

S

E

VPP

VPN

Acur谩cia

Diagn贸stico

97

100

100

98

99

Multifocalidade

81

99

93

96

96

Submucosa / Mucosa

83

94

77

96

92

Goncalves et al., Hum Reprod (2010)


EPI: USTV e Exame Clínico USTV + Exame Clínico n= 200

S

E

VPP

VPN

Acurácia

LUS direito

67

97

73

96

93

LUS esquerdo

84

86

62

95

86

Vagina

82

99

95

98

98

Bexiga

75

98

50

99

98

Reto

96

98

94

99

98

Hudelist et al., Hum Reprod (2009)


EPI: exames de imagem

US e RM têm sensibilidade e especificidade similares na

avaliação de implantes em retossigmóide, espaço retrocervical e ligamentos útero-sacros . •

USTV superior na avaliação do grau de invasão parietal

RM superior na avaliação de vagina e pode demonstrar mais detalhadamente órgãos profundos (retroperitônio e trato

urinário)


EPI: exames de imagem

A ultrassonografia endorretal (USER) tem maior importância

na avaliação de acometimento intestinal baixo do que em lesões sacrais altas. •

A TC convencional é de pouca ajuda, uma vez que não conta com resolução adequada para avaliação pélvica e demanda o uso de radiação ionizante


EPI: exames de imagem Quadro clínico + exame físico + CA 125

USTV com preparo intestinal

Normal

Doença ausente ou inicial

Duvidoso

Ovário

RM

Retossigmíde ou paracervical

Ecoendoscopia ou USER

Conclusivo

Trato urinário

RM

Tratamento


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Existem opçþes de tratamento medicamentoso?


EPI: tratamento

Cirurgia

TTO medicamentoso

1. Reduzir as lesões endometrióticas 2. Reduzir recorrências


R e c o r r ê n c i a a p ó s T TO c i r ú r g i c o

Endometrioma

EPI

Após 2-5 anos de seguimento 12-30%

20% das mulheres com endometriose severa desenvolvem EPI

Seracchioli et al. Hum Reprod. 2009

Após 5 anos de seguimento 10% Vercellini et al. Acta Obstet Gynecol Scand, 2009

Koninckx et al. Curr Opin Obstet Gynecol Scand, 1994

Após 1 ano de seguimento 50% Vercellini et al. Hum Reprod, 2009


EPI: AHCO •

AHCO pode restringir a progressão da dismenorréia, dispareunia e tamanho das lesões em mulheres com EPI

AHCO (n=75) Vs. sem AHCO (n=31) pré-VL

Mabrouk et al., 2011


EPI: SIU-LNG •

SIU-LNG está associada a uma ↓ da dor e dimensão das lesões em mulheres com endometriose de septo reto-vaginal

SIU-LNG (n=11)

Fedele et al., 2001


EPI: SIU-LNG Recorrência EPI após cirurgia •

Recorrência da sintomatologia foi menor no grupo de usuárias de SIU-LNG (10%) em comparação àquelas submetidas apenas a cirurgia (45%).

Vercellini et al., 2003


EPI: Danazol vaginal Recorrência EPI após cirurgia Danazol vaginal (200mg/dia) ↓ significativamente sintomatologia

Razzi et al. Fertil Steril, 2007


EPI: Danazol vaginal Recorrência EPI após cirurgia Volume médio lesões EPI

Diminuição das lesões com 6 meses de TTO e uma maior redução com 12 meses de TTO Razzi et al. Fertil Steril, 2007


EPI: ACO Recorrência EPI após cirurgia

EE/Ciproterona contínuo vs. Acetato de Noretindrona

Vercellini et al., Fertil Steril (2005)


EPI: agonistas de GnRH

Depot leuprolide acetate 3,75 mg IM, 28/28 dias por 6 meses Septo retovaginal

As lesões endometrióticas sofreram uma redução significativa durante o TTO, mas retornaram ao volume original 6 meses após término do mesmo Fedele et al. Am J Obstet Gynecol. 2000


EPI: Dienogeste • O dienogeste 2 mg constitui uma terapia eficaz para a

redução da dor associada à endometriose • Eficácia significativamente superior ao placebo • Eficácia equivalente à terapia padrão atual com GnRHa • Alívio sustentado da dor no longo prazo

• Redução significativa das lesões da endometriose

Sem estudos avaliando especificamente EPI Köhler et al., 2010; Strowitzki et al., 2010a,b; Seitz et al., 2009


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Quais os princĂ­pios do tratamento cirĂşrgico?


EPI: tratamento cirúrgico

Princípios •

A paciente deve estar envolvida em todas as decisões diagnósticas e terapêuticas;

TTO individualizado; (sintomatologia, o impacto da doença e os efeitos do tratamento na QoL)

Preferencialmente em centros de referência;

A abordagem multidisciplinar deve ser considerada desde o

início do tratamento. ESHERE, 2005


EPI: tratamento cirúrgico Profissionais médicos • Ginecologista • Infertilêuta • Imaginologista • Coloproctologista • Urologista • Cirurgião geral • Outros Profissionais não médicos • Psicóloga • Nutricionista • Fisioterapeuta • Enfermeiro • Acupunturista

Ginecologista


EPI: tratamento cirúrgico

Quando indicar TTO cirúrgico? •

Pacientes na peri-menopausa podem ser tratados de forma

mais conservadora, em comparação a pacientes jovens com doença avançada e sintomas graves; •

Pacientes assintomáticos, cujas lesões foram diagnosticadas pelo exame clínico e/ou de imagem não justifica sistematicamente TTO cirúrgico;

Abrão et al., 2015


EPI: preparo pré -operatório

Enema contrastado avalia o grau e extensão do acometimento intestinal no sigmóide e retossigmóide (limitado para o reto)

Excluir hidronefrose avaliar necessidade de cateterização ureteral pré-op

Avaliação da profundidade de infiltração e extensão radial da lesão no intestino invasão submucosa e/ou > 50%: de extensão radial e/ou >2-3 cm: ressecção segmentar

Koninckx et al., 2012


EPI: tratamento cirĂşrgico


Endometriose intestinal: tratamento cirúrgico

Shaving, nodulectomia ou ressecção segmentar? •

A escolha pela técnica pode ser baseada no tamanho da

lesão, na circunferência de acometimento retal e na possibilidade de lesões multifocais. •

Sem estudos randomizados comparando as diversas técnicas cirúrgicas na abordagem da endometriose de retossigmóide.


Endometriose intestinal: tratamento cirúrgico Ressecção discóide versus Ressecção segmentar Ressecção discóide n= 48

Fanfani et al., 2010

Ressecção segmentar n= 88


Endometriose intestinal: tratamento cirúrgico Ressecção discóide n= 48

Fanfani et al., 2010

Ressecção segmentar n= 88


Endometriose intestinal: tratamento cirúrgico Endometriose retossigmóide

Avaliação clínica e por imagem

Sintomática ou assintomática com estenose > 50% Nódulo  3cm Ressecção discóide Ressecção segmentar

Fanfani et al., 2010

Nódulo > 3cm

Assintomática e sem estenose

Sem cirurgia

Ressecção segmentar


Endometriose intestinal: tratamento cirĂşrgico

Fert Steril, 2012


Endometriose profunda e infiltrativa (EPI)

Como abordar mulheres infĂŠrteis?


E P I : c o n d u t a e m p a c i e n t e s i n fé r t e i s

• Não há RCT disponíveis estabelecendo o valor do tratamento cirúrgico da infertilidade na endometriose moderada/severa (grau B, nível 3). • Uso de danazol ou GnRH após a cirurgia não melhora a fertilidade (grau A, nível 1b)

• A FIV é tratamento adequado para os casos de distorção da anatomia pélvica e/ou falha de outros tratamentos (grau B nível, 2b). ESHERE, 2008


E P I : c i r u r g i a a n t e s d a T R A?

TRA apenas

Cirurgia pré-TRA

p

2380±911

2542±1012

0,01

Oócitos coletados (n)

10±5

9±5

0,04

Tx fertilização (%)

77,9

78

NS

0,59±1

0,57±1

NS

Embriões transferidos (n)

3±1

3±1

NS

Tx implantação (%)

19

32

0,03

Tx gravidez (%)

24

41

0,004

Estudo prospectivo Dose total FSH (UI)

Oócitos de boa qualidade (n)

Tempo Cirurgia-TRA:

14,6±12,5 meses Bianchi et al., JMIG(2009)


E P I : c o n d u t a e m p a c i e n t e s i n fé r t e i s

Tx de gravidez após TTO radical EPI

Metanálise 11 estudos (2005 – 2011) Independente do status de fertilidade

Vercellini et al., 2012 (Rep Biomd)


E P I : c o n d u t a e m p a c i e n t e s i n fé r t e i s

Considerar para tomada de decisão Custos

Risco/benefício Outros fatores infertilidade Idade da paciente Extensão da doença Tratamento individualizado


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Quando indicar TTO cirúrgico nas mulheres com infertilidade? O tratamento de pacientes inférteis com EP intestinal

assintomática ainda é controverso. •

Considerar TTO cirúrgico após duas falhas de FIV

Assintomáticas ou oligossintomáticas: considerar o desejo de gravidez como prioridade e indicar TRA

Sintomáticas: considerar TTO cirúrgico

De Ziegler et al., 2010, Abrão et al., 2015


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Quando indicar TTO cirúrgico nas mulheres com infertilidade? O tratamento de pacientes inférteis com EP intestinal

assintomática ainda é controverso. •

Pacientes com dor debilitante com EP intestinal moderada ou grave: considerar TTO cirúrgico seguido de TRA;

A taxa de gravidez após cirurgia mais conservadora (shaving e excisão discóide) parece ser maior do que após a ressecção

segmentar; Pagidas et al., 1996; Mohr et al., 2005, Abrão et al., 2015


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Quando indicar TTO cirúrgico nas mulheres com infertilidade?

Tx de gravidez após cirurgia de 66%

(seguido ou não de FIV) Concomitância de adenomiose em pacientes com EP piora a Tx de gravidez

ENDORE - WCE São Paulo, 2014; Abrão et al., 2015


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Abr達o et al., 2015


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Take Home Messsage •

Doença provavelmente não progressiva, mulifocal,

heterogênea e associada a outros tipos de endometriose. •

História uso ACO para dismenorréia primária, dispaurenia, defecação dolorosa no período menstrual e múltiplas cirurgias são indicativos de EPI

Koninckx et al., 2012


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Take Home Messsage •

A US e a RM podem ser considerados como exames de eleição

para estudar a endometriose profunda; a escolha por um dos métodos deve levar em conta fatores como experiência do examinador, disponibilidade e qualidade dos aparelhos, e prováveis locais acometidos


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI)

Take Home Messsage •

O tratamento deve ser individualizado levando em

consideração a sintomatologia, o impacto da doença e os efeitos do tratamento na qualidade de vida. •

A abordagem multidisciplinar deve ser considerada desde o início do tratamento.


Endometriose Profunda Infiltrativa (EPI) Desafios •

História natural desconhecida;

Etiologia e fisiopatologia desconhecidas;

Endometriose peritoneal, ovariana e EPI: 3 doenças?

Possibilidade de prevenção;

Necessidade de diagnóstico cirúrgico;

Ausência de RTC avaliando as alternativas terapêuticas.


Prof. Agnaldo L. Silva Filho agnaldo.ufmg@gmail.com


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