Apresentadora: Renata Granha (Acadêmica do 5º ano de medicina da FCMMG)
Orientador: Julio Dias Valadares (Coordenador do núcleo de saúde da mulher)
Definição e Epidemiologia Dilatação cervical, no segundo trimestre, por falência do
sistema oclusivo da matriz uterina Pode ser congênita ou adquirida Responsável por 20% das perdas gestacionais de 2º
trimestre Incidência de 0,1 a 2% em todas as gestações
Etiologia Desconhecida na maioria dos casos Causas conhecidas: Fraqueza congênita (alterações müllerianas-hipoplasia cervical) Anormalidades traumáticas (trauma cirúrgico ou obstétrico) Anormalidade do tecido conjuntivo
Fatores de risco História anterior de incompetência istmocervical
Parto-pré termo indolor, sem sangramento e com percepção diminuída de contrações Cirurgia cervical (conização, CAF) Cerclagem prévia
Útero bicorno Curetagens uterinas Laceração do colo uterino
Diagnóstico na gravidez História clínica: perdas de repetição no 2º trimestre Expulsão fetal rápida Ausência de cólicas Sintomas leves Exame especular e toque: Palpação ou visualização das membranas fetais no canal endocervical ou na vagina
Diagnóstico na gravidez Ultrassonografia transvaginal: Afunilamento > 6 mm em U ou V Encurtamento do canal cervical < 25 mm
Diagnóstico fora da gravidez Teste da vela de Hegar Histerografia Histeroscopia
Prevenção do Parto pré-termo Cerclagem Definição: cirurgia na qual é realizada sutura
com fios ou fitas para reforçar o colo do útero Objetivo: aumentar a resistência à tração do
colo Realizado eletivamente entre 12 e 16 semanas, ou mais
tarde em caráter de urgência (16 a 24 semanas)
Prevenção do Parto pré-termo Cerclagem Contraindicações: Dilatação do colo >4 cm Malformações fetais Infecção cervical ou vagina purulenta RPMO Atividade uterina Sofrimento/morte fetal Sangramento em atividade
Prevenção do Parto pré-termo Cerclagem Técnica de McDonald: sutura em bolsa de tabaco
Técnica de Shirodkar
Prevenção do Parto pré-termo Progesterona Ação: Efeito tocolítico ligeiro Impede a remodelação do colo uterino Papel anti-inflamatório Indicação: Mulheres com colo curto Mulheres com antecedente de PPT Preconiza-se o uso de 100-200mg endovaginal até 34 semanas
Prevenção do Parto pré-termo Pessário vaginal Pessário vaginal -> dispositivo de silicone colocado no
fundo de saco vaginal ao redor do colo uterino Promove a distribuição do peso do saco gestacional para o segmento anterior do útero e não tanto para o colo uterino
Prevenção do Parto pré-termo Pessário vaginal Não foi demonstrado qualquer risco, diferente da
cerclagem Efeito colateral: aumento da quantidade de corrimento
vaginal Deve ser retirado na 37ª semana de gestação
Conclusão A cerclagem é benéfica: mulheres com histótia de PPT/abortamentos tardios e comprimento de colo curto mulheres com história de 3 ou mais episódios independente do tamanho do colo A progesterona é benéfica: Mulheres com colo curto sem história de PPT Mulheres com história de PPT independente do colo O uso do pessário é promissor mas ainda muito recente,
necessita de mais estudos para comprovação da sua eficácia
Referências bibliográficas CUBAL, Adelaide; PEREIRA, Susana. Preterm labor:
screening and prevention Parto pré-termo: rastreio e prevenção. Acta Obstet Ginecol Port, v. 8, n. 3, p. 276-282, 2014 MATTAR, Rosiane et al. O tratamento da insuficiência istmocervical com protrusão de membranas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 1999, vol.21, n.3, pp. 171-174. Corrêa, Mário et al. Noções praticas de obstetrícia. 14 ed.Coopmed, 2011. Protocolo Maternidade Hilda Brandão- Incompetência istmocervical- Julio Dias Valadares
Obrigada!