ITU de repetição Mais Saude Mater Dei UROMATER – Serviço de difunções do Assoalho Pélvico da Rede Mater Dei
Rachel Silviano Brandão C Lima
Introdução 11% das mulheres terão 1 ITU/ano – 10 mulheres para cada homen. 60% terão pelo menos 1 episódio em suas vidas – 1/3 terá recorrência Estima-se que são gastos 1,6 bilhões de dolares/ano Principal patógeno: Escherichia coli (80 a 95%). Bacteriúria assintomática: só deve ser tratada na gravidez, antes de procedimento invasivo e imunosupressão. Não há evidência de benefício no tratamento da bacteriuria assintomática.
Classificação ITU não complicada
ITU complicada
- Sexo feminino, não grávida;
- Sexo masculino
- Ausência de alterações
- Obstrução urinária
anatômicas do trato urinário;
- Alterações anatômicas do trato urinário
- Ausência de alterações funcionais do trato urinário;
- Alterações funcionais do trato urinário
- Ausência de cateteres urinários;
- Patógeno multirresistente
- Ausência de alterações
- Corpo estranho
da imunidade;
- Imunossupressão
- Adquirida na comunidade.
- Pcte cateterizado - Presença de cálculo e/ou nefrocalcinose
Definições ITU baixa ou cistite: sintomas vesicais – algúria, disúria, polaciúria, frequencia aumentada, urgência, incontinência.
ITU alta ou pielonefrite: sintomas sistêmicos – febre, astenia e dor lombar. ITU recorrente: 2 ou episódios de ITU em 6 meses ou 3 ou mais
episódios em 1 ano. Estima-se que 25% da mulheres que tem uma ITUNC irão recidivar. •
Reinfeção: outro germe – 95% casos
•
Persistente: mesmo germe – 5% casos – pesquisar anormalidades
anatômicas: litíase, cisto renal infectado, abscesso renal, duplicação de ureter ou ureter ectópico, disfunção miciconal.
Etiopatogenia da ITU recorrente
Alterações
anatômicas
do
trato
urinário:
litíase,
anomalias do ureter (ectopia e dilatações), cisto renal infectado, abscesso renal, etc – ITU complicadas.
Alterações
funcionais
do
trato
urinário
–
bexiga
hiperativa, disfunção miccional.
Mais de 90% das mulheres – anatomia normal – fatores
genéticos – microflora vaginal e periuretral – aumento do tônus do assoalho pélvico
DIAGNOSTICO CLINICO
ITU baixa ou cistite aguda: disúria, algúria, polaciúria, as vezes associadas a dor suprapúbica e/ou hematúria macro ou microscópica. Raramente pode se associar dor lombar e febre (sinais clássicos de ITU alta ou pielonefrite).
Diagnóstico Diagnóstico clínico no primeiro episódio e nas ITU’s não complicadas. Diagnóstico laboratorial: • Urina rotina • Gram de gota não centrifugada • Teste do nitrito • Urocultura – presença de 102 ufc/ml • Indicações: suspeita de infecção urinária complicada; sintomas não característicos de ITU; sintomas persistentes de ITU após o tratamento ou quando os sintomas retornam menos de um mês após o tratamento de infecções anteriores.
Diagnóstico EXAMES DE IMAGEM
• Ultrassom/Tomografia/Urografia excretora/Uretrocistografia miccional
Suspeita de persistencia bacteriana Antecendente de ITU na infância Antecedente de litíase urinária ITU febril documentada História de cirurgia geniturinária prévia
Diagnóstico Diferencial Vulvovaginites (podem cursar com piúria)
Uretrite – clamidia, micoplasma, ureaplasma e gonococo (piúria “estéril”) Tuberculose renal/vesical. Irritação devido a condon, duchas vaginais ou absorvente interno (disúria sem piúria).
Síndrome uretral – HIPOESTROGENISMO Cistite crônica interticial – Síndrome da bexiga dolorosa
Conduta Medidas Gerais Hábitos de vida: • Ingestão de 6 a 8 copos de LIQUIDO/dia • Urinar antes e após a relação sexual • Intervalos de micção <ou= 3 horas • Higienização da área perineal
Tratamento medicamentoso
Objetivos
• Aliviar sintomas
• Eliminar as bactérias da urina • Prevenir
complicações
doença • Controle da paciente
e
evolução
da
Tratamento o
o
A escolha do antibiótico deve levar em consideração as taxas de resistência local ESTUDO ARESC: suscetibilidade aos antibióticos na cistite aguda – Dados do Brasil para E. coli
Naber K et al. Eur Urol (2008)
Tratamento medicamentoso Antibioticoterapia •
Macrolídeos em esquema de 7 a 14 dias (ITUNC 3 dias) – Floxacin e
derivados (lexofloxacino, cirpofloxacino de liberação lenta) e macrodantina. •
Fosfomicina Trometamol 3g dose única ao deitar; curso de 3/3 dias ou 1
envelope por dia durante 3 dias.
•
Macrodantina 100mg 6/6hrs - 7 a 14 dias
•
Auto-tratamento
Antibioticoterapia profilática: Depende da sensibilidade da bactéria ¼ da dose terapêutica contínua ou pós-coito Evitar de usar drogas muito usadas para tratamento •
Nitrofurantoina 100mg a noite – 6m a 12 m
•
Cefalexina 250mg a noite
•
Ac Pipemídico 400mg a noite
Tratamento adjuvante Cranberry •
Inibe o crescimento bacteriano no trato urinário – estudos não são
unânimes como tratamento isolado (Cochrane 2010). •
Extrato seco e fruta triturada em cápsulas ou suco, chá,etc (1cp
2X/dia por 6 meses)
Estrogenioterapia local Ação na prevenção da ITU em mulheres na pós-menopausa Estradiol ou Estriol ou Promestriene – 2 a 3 vezes por semana – contínuo
Tratamento adjuvante Probióticos •
Estudos mostraram que as mulheres com ITU recorrente mantém
enterobacterias na flora periuretral. Evidência científica limitada. •
Óvulos de lactobacilos – dias alternados ou 10 dias/mês
Imunoterapia Lisado de E.coli via oral
Estudos clínicos com o uso do lisado bacteriano de E.coli mostraram que até 67% dos pacientes tratados não apresentaram nenhum episódio de recorrência no período de 6 meses; naqueles pacientes que apresentaram recorrência neste mesmo período houve redução de 49% do tempo de duração e dos sintomas destas crises de ITU. 1cp/dia 3 meses – 1cp/dia 10 dias/mês mais 3 meses.
Tratamento adjuvante Fisioterapia •
Hipertonia dos musculos do assoalho pélvico: disfunção miccional,
dispareunia, dor pélvica, sindrome da bexiga dolorosa, problemas defecatórios, ITU recorrente. •
Exame clínico é de grande importância
•
Baseia-se num trabalho de diminuição do tônus e coordenação dos
MAP •
Bons resultados
ITU recorrente Conclusões • É problema impactante • As medidas gerais e a orientação são tão importantes quanto a ATBterapia. • Examinar o assoalho pélvico procurando outros
sintomas associados – Avaliar o tonus dos MAP • Relação médico-paciente
Medidas Gerais/ Fisioterapia
Antibi贸ticos
Estrog锚nio vaginal
Imunoterapia
Cranberry
Podem ser usadas de forma isolada ou associada
Obrigada