QUAL O BENEFÍCIO DO USO DA TH VIA VAGINAL
MÁRCIO ALEXANDRE HIPÓLITO RODRIGUES PROFESSOR ADJUNTO DE GINECOLOGIA DA ESCOLA DE MEDICINA -EMED - UFOP COORDENADOR DO AMBULATÓRIO DE CLIMATÉRIO E GINECOLOGIA ENDÓCRINA – SANTA CASA BH
Dois avanços significativos mudaram a saúde genital das mulheres menopausadas Mudança da nomenclatura de atrofia vulvovaginal para Síndrome Gênito-urinária da pós-menopausa; Validação do questionário DIVA - “Day-to-day Impact of Vaginal Aging”.
SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA PÓS MENOPAUSA Sinais e sintomas que ocorrem na área genital e trato urinário baixo duranteSINTOMAS a fase pósVAGINAIS reprodutiva daSINTOMAS mulher DO TRATO URINÁRIO BAIXO (diminuição do níveis estrogênicos e outros esteroides sexuais) - RESSECAMENTO
- FREQUÊNCIA
- PRURIDO
- ARDÊNCIA
- IRRITAÇÃO
- DISÚRIA
- CORRIMENTO
- ITU RECORRENTE
- DISPAREUNIA
- NOCTÚRIA Menopause 2015; 22: 127—128 Obstet Gynecol 2014; 124: 1147-56 Menopause 2014; 21: 1038-62
SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA PÓS MENOPAUSA
Atrofia vulvovaginal
Sintomas do trato urinário associados com menopausa e envelhecimento Med Clin N Am 99 (2015) 521-34
Sintomas Vaginais
FREQUÊNCIA DE SINTOMAS VAGINAIS 745 MULHERES MENOPAUSADAS
RESSECAMENTO VAGINAL: 85,6% DISPAREUNIA: 97,3% MENOPAUSE 2015; VOL 22, 144-54
DIVA - “DAY-TO-DAY IMPACT OF VAGINAL AGING”
Avaliar impacto dos sintomas vaginais no bem estar de mulheres pósmenopausadas; Promover uma avaliação mais efetiva para os novos tratamentos.
MENOPAUSE 2015; VOL 22, 144-54
Nas ultimas 4 sem “quanto “ os sintomas vaginais (ressecamento, etc) tem sido desconfortável para você ou interferido com sua capacidade para:
Nas ultimas 4 sem com que frequência os sintomas vaginais (ressecamento, etc) tem feito você se sentir:
MENOPAUSE 2015; VOL 22, 144-54c
As questões seguintes perguntam sobre o impacto dos seus sintomas na suas relações sexuais e outros tipos de atividade sexual (auto-estimulação). Nas ultimas 4 sem “quanto “ os sintomas vaginais (ressecamento, etc) tem interferido com sua capacidade para:
As instruções a seguir descrevem maneiras pelas quais os seus sintomas vaginais podem ter afetado seus sentimentos sobre si mesmo e seu corpo. Por favor indicar como verdadeiro cada uma das seguintes afirmações tem sido para você durante as últimas 4 semanas:
SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA PÓS MENOPAUSA Diagnóstico diferencial dos sintomas da AVV Infecção vaginal; Dermatite de contato; Liquen Esclero-Atrófico/Plano; Malignidades: CA de vulva; Doença de Paget; Vaginite inflamatória descamativa;
Trauma / Corpo estranho. Med Clin N Am 99 (2015) 521-34
QUAL O PAPEL DA MENOPAUSA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA Tempo de menopausa e a deficiência de estrogênio não são susceptíveis de desempenhar um papel importante no desenvolvimento ou agravamento da incontinência urinária(independente da idade)(Women´s health across the nation; british study and melbourne women´s midlife health);
Sintomas indicativos de IUU e achados urodinâmicos estiveram associados com idade da menopausa; o mesmo não ocorrendo com a IUE;
Deficiência hormonal após a menopausa não parece ter um grande efeito (independente de idade) na IUE e IUU. Menopause 2014; 21: 399-402
SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA PÓS MENOPAUSA
Objetivo da Terapêutica
Aliviar os sintomas da AVV;
Preservar a função sexual. North American Menopause Society. Menopause. 2013;20(9):886-904.
SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA PÓS MENOPAUSA
Tratamento Lubrificantes vaginais não hormonais; Hidratantes;
Estrogênio terapia via vaginal em baixas doses;
Estrogênio terapia sistêmica (quando prescrita para o tratamento de sintomas
vasomotores). Menopause 2014; 21: 1038-62
Obstet Gynecol 2014; 124: 1147-56
ESTROGÊNIO VIA VAGINAL NA SÍNDROME GENITO-URINÁRIA DA MENOPAUSA REVISÃO SISTEMÁTICA Sem contra indicação ao uso de estrogênio vaginal
Diretriz
Grau de recomendação
Resssecamento vaginal, dispareunia, prurido, disúria ou urgência urinária e IU urgência
Aplicação de estrogênio tópico
1B
ITU recorrente com ou sem queixas de atrofia urogenital
Aplicação de estrogênio tópico
1B
Mulheres com queixas urinarias (frequência, noctúria ou IU stress)
Aplicação de estrogênio tópico
2C
Obstet Gynecol 2014; 124: 1147-56
OESTROGEN THERAPY FOR URINARY INCONTINENCE IN POST-MENOPAUSAL WOMEN Objetivo Avaliar os efeitos da TE local e sistêmica para o tratamento da incontinência urinária
Cochrane Database of Systematic Reviews, Issue 3, 2015 Cody June D, Jacobs Madeleine Louisa, Richardson Karen, Moehrer Birgit, Hextall Andrew
OESTROGEN THERAPY FOR URINARY INCONTINENCE IN POST-MENOPAUSAL WOMEN A incontinência urinária pode melhorar com a utilização de tratamento com estrogênios tópicos (pouca evidência dos ensaios sobre o período após o tratamento com estrogênio tinha terminado e nenhuma informação sobre os efeitos a longo prazo desta terapia);
A terapia de reposição hormonal sistêmica com estrogênios conjugados eqüinos podem piorar a incontinência; O risco de CA do endométrio e da mama após o uso a longo prazo de estrogênio por via
sistêmica sugere que o tratamento deve ser por períodos limitados, especialmente naquelas mulheres não histerectomizadas. Cochrane Database of Systematic Reviews, Issue 3, 2015 Cody June D, Jacobs Madeleine Louisa, Richardson Karen, Moehrer Birgit, Hextall Andrew
ESTROGÊNIOS PIORAM IUE/URGÊNCIA URINÁRIA 3 Grandes Estudos Dados com relação a incontinência representam um subgrupo de análise; EEC VO foram usados e não o Estradiol; Muitas pacientes eram idosas (diferente das que fazem uso de TH); Risco de 1,6% por ano (aumento de 1 episódio de IU por semana).
NEUROLOGY AND URODYNAMICS 2011; 30: 754-57
CONCLUSÕES DA PLENÁRIA
TH com estrogênio vaginal ou sistêmico é tratamento de escolha para a atrofia vulvovaginal (AVV). Nas mulheres com sintomas unicamente de AVV, o estrogênio tópico é a opção preferencial (nível de evidência: A); A absorção sistêmica de estrogênio pode ocorrer com preparações de uso vaginal (particularmente com EEC), mas não existem dados suficientes para recomendar a
avaliação endometrial anual a mulheres que estejam utilizando estrogênios por essa via ou a associação de progestagênio (nível de evidência: C).
CONCLUSÕES DA PLENÁRIA
Mulheres na menopausa e com infecção urinária de repetição podem utilizar terapêutica hormonal local com estrogênios vaginais (nível de evidência: A); O estrogênio tópico pode beneficiar algumas mulheres com bexiga hiperativa
(nível de evidência: A); Não há indicação de TH sistêmica para o tratamento da incontinência urinária de esforço (nivel de evidência: A).
CONCLUSÕES DA PLENÁRIA
O tratamento com estrogênio tópico pode ser mantido enquanto durarem os sintomas (nível de evidência A); orientação quanto ao retorno dos sintomas em caso de interrupção do tratamento; Deve-se evitar prescrever estriol e EEC por via vaginal em mulheres com histórico pessoal de CA de mama. Em situações especiais pode ser usado o promestrieno mediante informação e esclarecimento prévio (nível de evidência D).
OBRIGADO! mahrodrigues@uol.com.br