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ACIDIFICAÇÃO E PERDA DE NUTRIENTES DO

As consequências ambientais do efeito estufa são sentidas principalmente sobre o clima, pois o efeito estufa ocasiona o aquecimento do planeta. Contudo, o CO 2 atmosférico não causa apenas efeitos prejudiciais, pois sua presença é necessária para que as plantas realizem a fotossíntese, conforme a imagem a seguir.

Os vegetais podem ajudar o ser humano a diminuir o teor de CO 2 na atmosfera, processo chamado de “sequestro de carbono”. O carbono (C), além de fazer parte da molécula de CO 2 , representa a maior parte do tecido vegetal. As florestas, as pastagens e os cultivos podem retirar o C do ar, através da absorção de CO 2 no processo de fotossíntese, diminuindo, assim, o efeito estufa.

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Neste caso, o efeito nocivo da queima de combustíveis e das queimadas de pastagens e florestas pode ser revertido quando a mesma quantidade de CO 2 liberado na atmosfera for fixada através das plantas.

Principais constituintes da planta e fontes dos elementos absorvidos.

Fonte: Motta e Barcelos (2007).

Todo esse processo pode ser estudado do ponto de vista de energia, através de um ciclo. As plantas e outros organismos vivos que fazem a fotossíntese absorvem a energia do sol. Esta transforma a água absorvida do solo pelas raízes e o CO 2 absorvido da atmosfera pelas folhas em carboidratos, proteínas, óleos e muitos outros compostos, que serão armazenados no tecido vegetal. Então, quando nos alimentamos dos vegetais, estamos consumindo diretamente a energia que estes armazenaram, ou quando nos alimentamos de outros seres vivos que consumiram os

vegetais, estamos consumindo indiretamente a energia armazenada na fotossíntese.

Essa energia, primeiramente, é utilizada no metabolismo de vegetais e organismos autótrofos (que produzem seu próprio alimento através da fotossíntese); posteriormente, torna-se fonte de energia para os demais organismos da terra que se alimentam desses seres vivos, conforme a imagem a seguir.

Representação esquemática do ciclo do carbono

Fonte: Motta e Barcelos (2007).

Outra forma do ser humano utilizar a energia acumulada pelas plantas é através da queima de lenha e carvão vegetal, para assar um churrasco ou pão, por exemplo. Essa energia acumulada é chamada de biomassa, e por se tratar de uma queima, também libera CO 2 para a atmosfera. Ou seja, qualquer queima representa o processo inverso do sequestro de C.

Assim, quando se utiliza derivados de petróleo, gás natural e carvão mineral, que foram formados há milhões de anos através da morte e acumulação de microrganismos, por isso chamado combustíveis fósseis, também é liberado o C.

Como a grande maioria deste C preso no interior dos sedimentos é formando de material resistente, que só voltaria à atmosfera ao longo de milhões de anos, não se tem ainda um meio de retornar o C para uma forma pouco ativa no interior da terra, inativando o efeito do uso. No entanto,

por exemplo, quando se planta a cana-de-açúcar (fixar carbono), produz-se álcool (etanol – contém CHO) e o utiliza como combustível de carro, coloca-se de volta um C tirado a menos de um ano da atmosfera. Embora não se tenha um carro na imagem anterior, basta substituir o carneiro pelo carro, e substituir o dejeto por CO 2 para se ter a retirada e a volta do C em curto espaço de tempo - por isso o etanol (biocombustível) é visto como mais sustentável.

Os resíduos de planta que caem no solo e são utilizados pelos microrganismos também fazem com que uma grande parte do C volte rapidamente para a atmosfera. No entanto, uma parte do resíduo que resta, gruda nas partículas do solo (argila) na forma de matéria orgânica, formando uma substância de cor escura chamada húmus. Uma vez presa ou grudada na argila, o C contido no húmus continua sendo utilizado pelos microrganismos, mas numa velocidade muito menor, que pode demorar dezenas, até centenas de anos para retornar à atmosfera.

Outra forma de preservar o C, é mantê-lo como parte viva, como na Floresta Amazônica, onde a planta viva mantém o C na forma de madeira, folha e galho. Ao substituir a floresta por pasto, geralmente via queima, com menor quantidade de massa e C, coloca-se esse carbono na atmosfera. No entanto, se a retirada de árvores for de modo racional, deixando outras crescerem no mesmo local, e a utilização da madeira for para construir casas, por exemplo, é possível manter o C preso e assim diminuir o retorno para atmosfera. A utilização de madeira de reflorestamento também ajuda a manter o C por mais tempo fora da atmosfera.

Na figura anterior, tem-se representado o C preso aos combustíveis fósseis, que foram depositados a centenas de milhões de anos, e cobertos por centenas de metros ou quilometros de lama e rocha, ou seja, o C está preso ou inerte no interior da superficie da terra e não atua praticamente como fonte de C para a atmosfera. Entretanto, quebra-se esta inércia do C quando se escava e utiliza esses combustíveis fósseis, o que permite um grande aumento de C na atmosfera.

Assim, é importante informar aos alunos que todo ser

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