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omosRevista nº5
Escola Secundária do Castêlo da Maia março 2012
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Educação em 2020, que desafios nos esperam?
Tendo em consideração o documento School’s over: Learning spaces in Europe in 2020: an Imaging exercise on the future of learning, este defende que, num futuro próximo, a escola alargará os seus horizontes, aumentando assim “a sua heterogeneidade e diferença” uma vez que englobará alunos mais heterogéneos entre si (a nível cultural, económico, social) o que levará o docente e as escolas a terem a preocupação e a necessidade de atender a esta mesma diversidade. Neste sentido, este alargamento do processo formativo exige uma reformulação do papel dos objectivos, metas de aprendizagem e competências. Actualmente o nosso sistema de ensino assenta numa matriz muito centralizadora e hierárquica, em que o Ministério da Educação (ME) define currículos (em Portugal, segundo o PISA 2009, as escolas não têm praticamente nenhuma autonomia nos currículos dos alunos), determina as horas da componente lectiva e não lectiva dos professores e está muito presente em quase todas as decisões na medida em que tudo está legislado centralmente. A avaliação das instituições e das pessoas (professores, funcionários) não é excepção; também ela está ancorada num modelo muito normativo, que, embora deixe margem de manobra para as escolas se apropriarem dele, moldando - o à sua realidade, encontra-se ainda num formato muito centralizador, porquanto balizado por uma ampla produção legislativa. Por outro lado, emerge uma nova vaga que coloca uma parte importante da aprendizagem “fora dos perímetros das instituições formais de educação” o que vai obrigar a repensar esta hierarquia, obrigando à necessidade de “formalizar a informalidade” e cedendo terreno a sistemas de referência mais heterárquicos; consideramos que provavelmente esta será uma boa oportunidade para reforçar a autonomia das escolas, deixando que elas implementem os seus projectos, sempre numa lógica de prestação de contas sobre o seu desempenho, tendo como principal objectivo formar indivíduos
SomosRevista 03
competentes, académica e socialmente. Nesta lógica, a avaliação dos alunos deixará de existir unicamente para testar os conteúdos adquiridos em contexto de sala de aula, passando a ser mais abrangente e globalizadora, tendo como principal objectivo dotar os alunos de competências académicas e pessoais. Perante o exposto, na nossa opinião, deverão continuar a existir objectivos e competências gerais definidas pela tutela, bem como uma parte do currículo deverá ser definida pelo ME de modo a fornecer orientações que uniformizem as competências básicas em cada área curricular e/ou disciplina, ajudando o professor na sua prática, sem, no entanto, lhe retirar o grau de autonomia e de gestão do tempo, tão importantes para uma educação bem sucedida. Este desafio tem tendência a agravarse com o fim de” one size fits all” na educação, decorrente da personalização da aprendizagem. A “crescente importância da aprendizagem informal” (…) assente numa aprendizagem “fora dos velhos limites dos muros institucionais” e a criação de “redes de aprendizagem alargadas” irão alterar o actual paradigma educativo, na medida em que, contrariamente ao ensino tradicional, no qual o professor era o centro do conhecimento, na aprendizagem informal, a informação não é recebida, exclusivamente, pela transmissão dos conhecimentos, mas o aluno tem de construir, procurar e reflectir sobre a sua aprendizagem. Assim, o profissional de educação deverá continuar a estruturar o processo formativo planeando a sua acção com o intuito de desenvolver competências nos seus alunos, através de situações-problema, tentando ir, sempre que possível, ao encontro das suas necessidades, interesses bem como tendo sempre presente a emergência do investimento no capital humano. Um dos maiores desafios que se vai colocar no domínio da educação nos próximos tempos é a questão da equidade na medida em que sociedades menos equitativas conduzem a sistemas de ensino muito desiguais: será que as escolas irão conseguir atenuar as diferenças da sociedade permitindo casos de sucesso em alunos que à partida estão em desvantagem? Recuperar o atraso de uns e simultaneamente estimular os mais proficientes é, quanto a nós, talvez o maior desafio das “escolas do séc. XXI”.
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Diretora da ESCM Paula Romão
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O Dia da Filosofia “Se podes olhar vê, se podes ver, repara”
Saramago
O Dia da Filosofia traz a cada consciência a facticidade do Filosofar, latente em cada ser que pensa e sente. Saramago tem razão quando afirma: “acho que na sociedade atual nos falta filosofia.” Por condição somos todos cúmplices do aprender a pensar, do nascimento à morte. E da potência ao ato, revisitamo-nos dentro e fora de nós, ao longo dos diferentes estádios etários, em cada vida… Aqui, neste dia, nos pequenos textos, diários de bordo, marcadores, fotografias, imagens, o testemunho vivo dos alunos da nossa escola. Não só do ensino secundário, mas também e vincadamente, dos nossos alunos do oitavo ano. É este privilégio de termos em nossas mãos tanto potencial, que nos ressuscita a vontade de repartir saberes, numa entrega feliz, que vai acordando e se vai revelando, na riqueza genuína do aprender a ser… Na verdade, “dentro de nós, há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.” Que o Dia da Filosofia se repita todos os anos, porque”sem ideias não vamos a lado nenhum”.
Professora Marinela Guimarães
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Dia de S. Martinho – Venda de plantas e hasteamento da bandeira verde das Eco Escolas
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No dia 11/11/11, foi feita uma venda simbólica de plantas dos jardins da escola, dinamizada no âmbito do Projeto Jardins com Futuro e integrada nas atividades conjuntas de comemoração do dia de S. Martinho. Todas as plantas vendidas foram enriquecidas com quadras alusivas a este dia festivo, realizadas por alunos de diferentes turmas, em parceria com o Clube de Línguas. A verba apurada será destinada a apoiar alunos carenciados da nossa escola. Esta atividade permitiu sensibilizar todos para a importância da preservação de plantas que serão alienadas no processo de construção da nova escola. Contou, ainda, com a prestimosa colaboração de quatro alunas do 9º B (Beatriz, Carlota, Catarina e Sofia). Aproveitando esta comemoração tão alargada e na sequência do empenhamento da comunidade educativa da nossa escola pela defesa do ambiente, nela e fora dela, foi hasteada a bandeira verde – galardão - atribuída pelas Eco Escolas, pelo trabalho desenvolvido nesta temática ao longo do ano letivo transato. Realça-se o envolvimento mais ativo dos alunos das então turmas do 10ºC e 11ºF, da Chefe dos serviços administrativos, D. Isabel Serôdio, da agente operacional D. Fátima Mandim e da nossa Direção.
Professores Helena Fernandes e Nuno Gomes
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Troca direta
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Na troca direta dum bem por outro não é utilizado
empréstimo do veículo para passear. Acresce que
qualquer outro meio intercalar ou dinheiro, não
esta prática, do escambo, tem vindo a revitalizar-
existindo
Nos
se com a Internet, através de sítios para troca on-
tempos mais remotos, com a fixação dos homens à
line de mercadorias e serviços. No facebook, há
terra (sedentarismo), surgia a primeira manifestação
o aplicativo INIO (I need, i offer) que permite aos
de comércio: o escambo, que consistia na troca
usuários listarem os produtos e/ou serviços que
direta de mercadorias (cada uma das partes
oferecem e os de que necessitam e, dessa forma,
interessadas entrega à outra um bem ou serviço
verificar as coincidências para realizar as trocas.
para receber da outra parte outro bem ou serviço
O blog “Escambo Fashion” organiza em Campo
sem que um dos bens seja moeda) como o gado,
Grande, frequentemente, encontros em bares
sal, grãos, pele de animais, cerâmicas, cacau, café,
para realizar as trocas. No site “Economia Viva” há
conchas, ajuda nos serviços agrícolas, conserto de
outra sugestão de organização que utiliza moedas
calçado, …. (moeda-mercadoria).
solidárias. Outro dos exemplos de troca direta é o
Quando as populações começaram a especializar-
“Banco do Tempo”, tão presente nos nossos dias.
se nas suas atividades passaram a produzir mais do
É um espaço para troca de produtos, serviços
que aquilo que consumiam, o que lhes permitiu
e saberes sem o uso de dinheiro, de uma forma
trocar entre si produtos diferentes. À medida que
solidária e promovendo a cooperação em vez
a especialização aumenta surgem excedentes de
da competição, ficando resolvidos os problemas
produção usando o bem intermédio, a moeda,
das duas partes sem qualquer custo para ambos.
para proceder às trocas (troca indireta).
Em diversas regiões do globo, as trocas diretas de
Apesar da monetização da sociedade moderna,
géneros, objetos e utensílios de trabalho continuam
o escambo continua a fazer parte do nosso
a ser prática corrente. Historicamente, é ainda
quotidiano - quando um amigo conserta o seu
habitual o escambo readquirir importância em
computador em troca de um outro serviço qualquer,
épocas de crise económica e de inflação, quando
como por exemplo, uma boleia ou mesmo o
o dinheiro perde grande parte do seu valor.
qualquer
mediação
monetária.
Relacionando os objetivos do Clube “Economia Doméstica” com os anos de crise que Portugal, a Europa e o Mundo estão a viver, as responsáveis pelo projeto decidiram pôr em prática os usos mais antigos da nossa história para que todos nós possamos recordar as dificuldades vividas e ultrapassadas, ao longo dos tempos. Impõe-se a pergunta - por que não havemos de conseguir desta vez? É agora que as sociedades estão melhor preparadas para enfrentar os desafios e as mudanças constantes a que nós, cidadãos do mundo, assistimos todos os dias. Há que pensar global mas agir local. Foi por isso que, no âmbito do Clube, realizámos, na escola, no passado dia onze de novembro, a feira de troca direta e planeámos para o segundo período a atividade “Banco do Tempo”. A Feira de Troca Direta foi um espaço de aprendizagem e de convivência para os nossos alunos, visto que nela foi possível aprender e compreender estratégias de solidariedade onde foi trabalhada e estimulada uma ideia inovadora, lúdica, mas ao mesmo tempo pedagógica, com o objetivo da prática da economia solidária como inclusão social.
Professora Gorete Porto
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Eu e o cavalo… Após uma longa espera pela realização de atividades equestres na nossa escola, no dia 28 de Novembro duas lindas criaturas foram recebidas com muito carinho pela comunidade escolar. Com
a
colaboração
da
escola
EQUI
MAIA,
que
prontamente aceitou presentear-nos com dois cavalos que vieram aquecer este dia! Foi dada a oportunidade, aos alunos, de poderem montar o Cobalt, ou darem um passeio na Charrette puxada pelo Russo. Para muitos o encanto passou apenas por uma festinha na cabeça destes animais, para outros montar tornava-se já um vício. A experiência foi, de tal modo, acolhida por todos que juntaram-se a esta não só alunos, mas também professores e funcionários. Vejam bem que até a Directora Paula Romão não resistiu a uma voltinha na Charrette! A ideia desta atividade surge com a vontade de criar uma maior interação entre nós, seres humanos, e os animais; mais uma tentativa de mostrar que eles merecem tanto como nós. Pedem respeito, necessitam de carinho, precisam de alguém que os ame, alguém que cuide deles incondicionalmente! Fica, então, a vontade de se repetir este dia: “O animal e eu”, neste caso o cavalo e eu.
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Joana Moreira |12E
“Disabilities e Discrimination” Na aula de Inglês do dia 14 de Novembro, dinamizada pela estagiária Isabel Marques e no âmbito dos temas “Disabilities e Discrimination”, os alunos do 9ºB foram convidados a escrever algumas frases dando a sua opinião sobre o tema. As professoras deram o exemplo. Aqui ficam algumas delas que nos fazem refletir sobre a nossa atitude para com os deficientes com quem convivemos dia a dia. As professoras Lúcia Teixeira, Isabel Marques e Andreia Carvalho
"Blindness is when you refuse to see...
"In our opinion, people who have disabilities are
Dumbness is when you refuse to talk...
normal people. They don't like to be discriminated.
Deafness is when you refuse to hear...
They are as they are and they are happy that way!
Physical handicap is when you refuse to move...
We must make part of that happiness by accepting
Disability in life is a matter of behaviour!“
them as they are and not discriminating them."
Isabel Marques (professora estagiária)
Rita Freitas e Beatriz Maia|9B
“If you saw people with the heart and not through
“I think that one should never judge people with
their disabilities you would build the perfect world!”
disabilities, because they see the world from a
Andreia Carvalho (professor estagiária)
different perspective from ours, but they all feel the
We shouldn't discriminate disabled people but
same way.
understand and help them. Kindness is the language
Never judge people for their appearance but for
which the deaf can hear and the blind can see."
what they really are!”
Lúcia Teixeira (professora da turma)
Gisela, Gonçalo, Bruno Alves e Renata | 9B « The real disability is the disability of giving up. » « The only obstacle in our lives is the one that makes us think that we can't do this or that, because we can do everything we want! » « We shouldn't judge people by what we see, but by what we feel. » « With their heart, disabled people can see the most beautiful scenery, they can listen to the most beautiful melody and they can speak much better than us about the most beautiful feeling: love! » Sofia, Rita Marques, Rafael e Jack |9B ''The only deaf people are the ones who don't want to hear''. ''Blindness is the most beautiful way to see the world. They see the world with their heart.'' Inês, Gustavo, Veronika e Julio |9B
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Na segunda-feira, dia 14 de novembro, tive a oportunidade de ficar a conhecer um pouco melhor a realidade da Sonae e da sua atividade. O meu dia foi passado a ver exatamente o que faz uma pessoa dos Recursos Humanos. São várias as suas funções, desde tratar de salários e de Atividade Braço Direito - um dia no teu futuro
outros compromissos com os trabalhadores da empresa, até contactar com pessoas exteriores à mesma. Nos últimos dias, tem sido
Alguns dos nossos alunos tiveram a oportunidade de participar nesta atividade porque a Escola Secundária do Castelo da Maia é uma, de entre muitas outras, que se inscreveu no programa empreendedorismo promovido pela Junior Achievement Portugal (JAP), associação sem fins lucrativos, empenhada em levar às escolas programas que desenvolvem o empreendedorismo, o gosto pelo risco, criatividade, responsabilidade, iniciativa e inovação. O envolvimento e a inspiração dos jovens são baseados em três valores essenciais: respeito, integridade e excelência. A atividade Braço direito – um dia no teu futuro, lançada pela primeira vez este ano letivo, pela JAP, possibilitou o acompanhamento de um aluno em todas as tarefas de um profissional “Voluntário”, no seu local de trabalho, durante um dia. A atividade decorreu entre os dias 14 e 18 de Novembro. Esta experiência foi aceite com muito interesse por alguns alunos porque compreenderam que se iria estabelecer uma ponte entre a educação e o mundo laboral. De igual modo, esta nova experiência só pode ser vivenciada pelos alunos dada a abertura a novas e boas práticas e ao espírito de renovação e mudança das metodologias nas escolas, visão da Exma. Diretora da escola, Paula Romão, e da professora Gorete Porto. São os depoimentos de alguns alunos participantes, que levarão os leitores a compreender o quão importante foi, para eles, esta nova experiência. Depoimentos sobre “Braço Direito”
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realizado um processo de seleção devido a um programa para jovens universitários. Foramme mostrados todos os passos desta seleção, incluindo
o
contacto
telefónico
com
o
candidato para averiguar o interesse (ou não) em aceitar esta oportunidade. Além disso, foime também explicado todo o processo de contratação de funcionários e colocação de pessoal (já pertencente ou não à empresa) nos cargos com défice de funcionários. Por outro lado, a voluntária que me acompanhou também me explicou em que consiste toda a atividade desta grande empresa, bem como os diferentes setores da economia em que esta está presente. Fiquei também a conhecer um pouco mais sobre a história de um dos maiores grupos nacionais e todo o processo de expansão que o transformou na empresa de grande importância que é atualmente. Agradeço
a
esta
grande
empresa
a
disponibilidade que teve para me receber e acredito que esta atividade contribuiu imenso para a minha formação.
José Miguel Soares |12E
O dia passado na empresa Sonae, com as voluntárias Maria João Ramalho e Alexandra Mendes, foi um dia diferente, mas muito bom, onde pude aprender mais sobre a grande empresa, sobre as funções de cada equipa do Departamento de Recursos Humanos, sobre como elaborar um currículo e uma carta de apresentação. Assisti de perto a um dia de trabalho de duas técnicas do Departamento referido, podendo,
Gostei
assim, compreender as funções que cada uma exercia.
atividade “Braço Direito”, pois pude estar com
Este dia foi muito enriquecedor, pois permitiu-me saber
um profissional no seu dia-a-dia. Apesar de
como tudo é organizado e feito na Sonae, de modo a
acharmos que sabemos como é um dia de
que todos os produtos cheguem ao local certo e sem
trabalho, a verdade é que só percebemos a
falhas.
realidade quando lá estamos. Fui escolhida
Gostei muito da experiência, mesmo não sendo a área
para estar no balcão de informações do
bastante
de
ter
participado
na
que desejo seguir no futuro.
Continente, mas a pessoa com quem estive fez-me uma visita guiada por toda a loja, pelo Ana Carolina|12E armazém e pelos escritórios, e explicou-me não só a sua função como também a função de cada trabalhador, o que foi bastante enriquecedor.
Bárbara Lopes|12ºE
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“Vencer o tempo nas 7 cidades”
A turma de Desporto do 11ºI, no âmbito da disciplina de Organização e Desenvolvimento Desportivo, em associação com o projecto “Vencer o tempo nas 7 cidades”, organizou uma
atividade,
denominada
“jogos
tradicionais para os idosos”, realizada na manhã do dia 16 de dezembro de 2011. Para que esta atividade se realizasse, vários “planos” foram feitos para que no dia nada faltasse. A turma foi dividida em 4 grupos, e cada um organizou o espaço, fez o regulamento e fichas de jogo para o jogo tradicional que lhes correspondia. No dia da visita, os idosos foram recebidos pela
turma
do
11ºG
e,
de
seguida,
encaminhados para o pavilhão C para outra
atividade
decorrente
nesse
dia,
denominada “Mesas de Natal”. Lá puderam comer e saborear os mais típicos doces de Natal. Mais tarde, chegou então a hora em que foi realizada a atividade proposta pelos alunos do 11ºI, onde se pôde constatar que os idosos se divertiram a jogar os jogos da sua geração, relembraram os bons velhos tempos e conviveram entre si e com os alunos e professores presentes com muita alegria e prazer. João Costa e Raquel Gonçalves |11I
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No dia 16 de dezembro de 2011, recebemos uma visita muito agradável de um grupo de seniores do projeto “Vencer o tempo nas 7 Cidades”, do qual alguns alunos da nossa escola fazem parte. Sabendo antecipadamente desta visita, os alunos do 11ºG decidiram prontamente participar na atividade. Como estávamos na época natalícia decidimos criar um coro de Natal, com o objetivo de recebermos de uma forma diferente e muito mais divertida, o grupo de seniores. Com a concordância de todos, a turma preparou tudo ao pormenor, incluindo roupas e acessórios, com o apoio incondicional das professoras Emília Cabral e Silvina Pais, a quem agradecemos. Foi
um
momento
único
para
todos,
principalmente para nós, alunos, pois tivemos a honra de fazer alguém sorrir numa época tão especial como o Natal. E não há nada melhor do que fazer alguém sorrir. Daniela Lameira e Mariana Teixeira |11G
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Uma aula diferente
Hoje em dia, a tarefa de cativar os alunos é cada vez mais difícil e atribuir a uma aula algo que a diferenciação consegue, motivar os alunos para a aprendizagem, é gratificante. Foi essa a estratégia da professora Gorete Porto ao transformar uma aula que, inicialmente, se figurava como mais uma aula de Sociologia, num momento agradável, de convívio, de aprendizagem, onde o fator diferença permaneceu desde o início até ao final. “Uma aula diferente” marcou o dia de todos os presentes. Abordando o tema “cultura”, a turma E do 12º ano aprendeu com colegas de outras turmas que cada um de nós se insere numa determinada cultura e que, por vezes, dentro da mesma cultura existem subculturas. A cultura possui, assim, um carácter temporal e espacial. Mas, afinal, o que é a cultura? Esta aula começou com uma pequena abordagem ao termo “cultura”, sendo definido como um todo complexo que inclui os conhecimentos, as crenças religiosas, a arte, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos que o homem adquire enquanto membro da sociedade. Após esta pequena introdução, assistimos a uma apresentação de vários alunos da nossa escola provenientes de diversos países como Brasil, África do Sul, Venezuela, Equador, China, Moldávia, Ucrânia e Bélgica. Cada um falou um pouco sobre o seu país. Abordaram aspetos como a história, a comida típica, as festas, a música, a educação, a religião. A maioria destes alunos considera Portugal um país acolhedor, onde não encontraram grandes obstáculos para se integrarem. Nem mesmo a língua!
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A
turma
transmitiu
participativa,
uma
querendo
atitude
sempre
interessada
saber
mais.
e Por
exemplo, no caso da Bélgica, a aluna deu-nos a conhecer o hino do seu país, fazendo com que todos os presentes tivessem cantado, ou pelo menos tentado. Foi uma aula muito enriquecedora e, como já referi, diferente. Diferente porque não foi a típica aula onde o professor expõe os seus conhecimentos relativos a um assunto, mas porque houve depoimentos de cidadãos das culturas representadas na nossa escola e também nesta aula e que nos apresentaram marcas tão distintas de cultura para cultura. No final, também a turma quis deixar uma marca de Portugal, cantando com todo o orgulho e mão ao peito o Hino Nacional.
Em nome dos restantes presentes, posso afirmar que foi um enorme prazer conhecer estes alunos pois, no fundo, eles são tão diferentes mas tão iguais a todos nós! Sinto que sou cada vez mais capaz de respeitar a diferença e sei que nenhuma cultura se pode sobrepor às outras. Somos todos iguais dentro de um mundo tão diferente!
Ana Rita Areosa|12E
para quem quiser espreitar a aula:
http://www.youtube.com/watch?v=Hq6VGBm9DFE
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“Velhos são os trapos”
No dia 4 de novembro, os alunos da turma F do oitavo ano de escolaridade realizaram uma visita ao Lar Prof. Dr. Vieira de Carvalho, no âmbito do projeto “Velhos são os trapos”, desenvolvido na disciplina de Formação Cívica. Esta atividade (que contou também com a colaboração das professoras Raquel Lopes e Ana Mª Silva do Clube de Teatro e com o apoio inexcedível dos pais/EE da turma) foi o culminar de um processo longo (iniciado no ano letivo anterior), que tinha como principais objetivos a tomada de consciência da importância dos mais velhos na nossa vida e na construção da nossa pessoa e estimular o espírito de partilha e o gosto de fazer / construir algo para os outros. O impacto desta visita foi surpreendente e excedeu todas as expectativas, quer junto dos utentes da instituição quer junto dos alunos, tendo ficado inclusive o convite por parte da Direção do lar para que se repitam estes momentos de partilha e de convívio intergeracional.
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As Diretoras de Turma, Alice Sousa e Ana Caseiro
Canção “Velhos são os trapos” (letra dos alunos do 8F da ESCM, música de António Variações) Começa a envelhecer Como uma flor a renascer Serena e calma a contemplar Após tudo vencer. Vencer não é ter tudo Nascemos p’ró Mundo mudar Uma pequena doação Basta p’rá ajudar. Refrão: Um velho não é um trapo Um velho não é um fardo Um velho é uma pessoa Com as marcas do passado. Ajudar com afecto Oferecer um lar É a melhor forma De acarinhar. Para acarinhar O que devemos fazer? Cantar esta canção P’rá esperança prevalecer. Refrão: Um velho não é um trapo Um velho não é um fardo Um velho é uma pessoa Com as marcas do passado.
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“A falar também se aprende!”
com o Designer Álvaro Montanha
“Em qualquer sistema, físico ou químico, nunca se cria nem se elimina matéria, apenas é possível transformá-la de uma forma em outra. Portanto, não se pode criar algo do nada nem transformar algo em nada (Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma) - Lei de Lavoisier”.
wikipedia
Não será muito difícil agregar a esta Lei as
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transformações que a nossa escola está a viver.
No dia 06 de Janeiro, as cadeiras do auditório
É verdade que quando atravessamos os seus
da junta de freguesia de S.ta Maria do Avioso,
portões já podemos ter um pequeno vislumbre
que gentilmente nos emprestou o espaço, não
de como será e adivinhamos que a vida da nossa
chegaram para sentar todos os alunos que foram
comunidade vai ser alterada.
“falar” e “aprender” com o Designer Álvaro
O espaço físico está a ser metamorfoseado, mas
Montanha.
o que marca a nossa identidade permanece: as
O que significou para os nossos alunos este
nossas pessoas, as nossas convicções, os nossos
encontro pode ser lido nos seus depoimentos. A
objetivos, as nossas metas, as nossas memórias,
nós professoras, interessa-nos averbar o quanto
o nosso amadurecimento! Não, isso não será
foi bom e gratificante ver tantos dos nossos alunos
eliminado, apenas nos vai ser dada a oportunidade
interessados, com vontade de aprender, alguns a
de trabalharmos com melhores condições, espaços
registarem notas do que se foi dizendo e, assinale-
mais confortáveis, mais acolhedores e mais bonitos.
se, o comportamento exemplar com que nos
Foi neste contexto que nós, as Professoras de
brindaram. Estão de parabéns!
Educação Visual, resolvemos lançar um desafio
Falta dizer o quão aliciante foi a promessa, em forma
aos alunos do 8ºano, criar um novo logótipo para
de desafio e de prémio, com que o Designer Álvaro
a escola, e o início de 2012 seria a altura ideal para
Montanha brindou a plateia: ao autor do logótipo
o fazer.
escolhido será proporcionada a possibilidade de
Não pretendemos mudar por mudar, queremos que
o acompanhar durante uma semana, quer no
o novo logótipo espelhe e integre este momento
trabalho do seu atelier, quer nas visitas e reuniões
único: 20 anos de escola e um novo edifício. O
com os seus clientes. Quanto não vai esse aluno(a)
passado e o futuro de mãos dadas…
poder aprender…
Mas criar um logótipo, renovar o BI da escola, não
Resta esperar que este momento tão agradável
é tarefa fácil, pensamos nós… e surgiu a ideia: -
seja inspirador e que as propostas para o novo
Por que não convidar um Designer para abordar o
logótipo sejam fantásticas. Estamos certas que sim!
tema com os alunos? E assim foi!
Professora Júlia Santos
Na minha opinião a conversa com o designer foi uma experiência muito interessante visto que pudemos ter a possibilidade de ouvir em primeira mão como é ser designer, como é o seu trabalho, alguns conselhos e explicações sobre trabalhos que estamos e iremos produzir em Educação Visual e inclusive alguns aspectos da vida do profissional. Achei o designer uma pessoa muito acessível e prestável, o que foi possível constatar quando este lançou o desafio sobre o logótipo para a nova escola, dizendo que o vencedor terá a oportunidade de passar uma semana com ele no seu escritório e vivenciar o mundo do design, incluindo todo o processo de criação! Esta conversa para além de informal, foi divertida e sem dúvida muito útil. Álvaro Montanha conseguiu despertar a curiosidade para o mundo das artes e mais especificamente para o design. Foi sem dúvida uma experiência que enriqueceu todos os alunos que a ela assistiram!
Catarina Correia |8C
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nteceu
co
e algumas professoras reuniram-se, para uma palestrana, na Junta de Freguesia de Santa Maria. Esta foi dada por Álvaro Montanha, um designer com a sua própria empresa, e destinava-se a
Na sexta feira passada, dia 6 de Janeiro de 2012,
introduzir um trabalho que vamos desenvolver
os alunos do 8ºano tiveram a oportunidade de
na disciplina de Educação Visual, criar um novo
conviver com o designer Álvaro Montanha, que
logotipo para a escola.
lhes falou acerca de logotipos.
Durante a palestra, o designer deu-nos vários
Explicou que logotipo ou logótipo são palavras
conselhos, disse-nos para nunca ficarmos satisfeitos
exactamente com o mesmo significado, sendo
à primeira, que devemos querer sempre mais e que
apenas diferente a forma como foram escritas e a
se não conseguirmos um bom trabalho para não
sua pronuncia. Também explicou que + = - (mais é
nos darmos por vencidos e voltar a tentar.
igual a menos), ou seja, quanto mais simples formos
O designer deu-nos também um prémio fantástico:
na realização dos nossos trabalhos mais bonitos
quem
ficam, pois muito pormenor empobrece-os.
observar o seu ambiente de trabalho e perceber
O designer surpreendeu todos os presentes, com
como é a vida de um designer.
a novidade de que irá propocionar ao vencedor
Gostei imenso. Penso que nos vai ajudar bastante a
do logotipo para a nossa escola uma semana de
desenvolver o nosso trabalho.
estágio com ele, durante as férias da Páscoa. Foi um momento único e interessante em que pudemos aprender bastante com o designer Álvaro Montanha, que nos incentivou para a execução do logotipo!
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Na passada sexta-feira os alunos do oitavo ano
Mariana Sá Pinto|8ºF
ganhar
pode,
durante
uma
semana,
Sofia Ferraz|8G
É Natal, é Natal... Na última semana de aulas do primeiro período o pavilhão A encheu-se de cor em forma de mensagens de Natal, escritas nas diferentes línguas estudadas aqui na escola e também na eslovena, não estivesse uma das nossas turmas a participar no projeto Comenius… Lado a lado com as mensagens podiam ver-se “pinheiros”, uns elaborados com círculos e um, maior, a lembrar as tão desejadas
prendinhas,
formado
por
inúmeros embrulhos de natal. Com estas instalações natalícias a nossa escola ficou mais bonita! Estão de parabéns os alunos que, como já é tradição, nas aulas de Educação Visual realizaram os trabalhos que a todos agradaram.
Deixamos
aqui
algumas
imagens do resultado final para mais tarde recordar...
Professora Júlia Santos
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Mesas de Natal
No dia 16 de Dezembro de 2011, realizou-se, na nossa escola, mais uma atividade “Mesas da Natal” organizada pelos elementos que constituem o Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Com esta atividade pretende-se espalhar o espírito de Natal, da partilha, da alegria e da paz, promovendo a participação e o convívio entre alunos, professores, funcionários, membros da Associação de Pais e outros elementos das comunidades escolar e civil. Este ano pudemos contar com a agradável presença dos mais velhos do Projeto “Vencer o Tempo em Sete Cidades” que animaram de forma especial a nossa festa. É de salientar o empenho dos membros organizadores desta atividade na decoração do espaço que ganhou uma nova vida com as cores e os símbolos que marcam o Natal de todos nós e em todas as tarefas que implicam a dinamização da atividade. As mesas decoradas para colocar as delícias trazidas pelos vários membros da comunidade escolar estavam magníficas de cor e objetos alusivos a esta quadra natalícia e convidavam os presentes a saborear as iguarias expostas. No ar pairavam sons, aromas, alegria, brilhos e polvilhos de marcas do Natal como o peru, as rabanadas, os sonhos, as
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delícias de chocolate e todas as iguarias apresentadas que deram vida à manhã de sexta - feira que ficou marcada pela grande participação de todos os que fazem parte da nossa escola e não só. Aliás, esta atividade reflete na perfeição a importância de abrir a escola à comunidade e da participação de todos na vida da sua escola. Da escola de todos nós! Tenho a certeza que todos os que fizeram parte desta aventura viram reforçados os laços de amor, amizade, solidariedade, alegria e paz que apregoamos nesta época natalícia, mas que só têm sentido quando os colocamos em prática e os partilhamos com os outros!
Professora Margarida Braga
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A música está no ar… A música é a melodia da alma, já dizia o poeta. Não é por acaso que frequentemente o nosso corpo embala em determinado ritmo mesmo quando não compreendemos o idioma em que determinada canção está a ser
cantada ou mesmo quando
desconhecemos os instrumentos que produzem tais sons. Ora só faria sentido que a música e as diferentes línguas invadissem os espaços da nossa escola no último dia de aulas. De repente parece que os corredores e pavilhões se tinham tornado, quase que por magia, em diferentes países e cidades, pois vozes cândidas e doces ecoavam sons de diferentes línguas que se espalhavam por todos os cantos! Não obstante as condições acústicas e climatéricas não serem as mais adequadas, os nossos cantores deram o seu melhor e cantaram e encantaram a todos!
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Professora Raquel Lopes
A Magia do Natal Muitas coisas mágicas e surpreendentes acontecem porque estamos no mês do Natal…e a nossa escola como sempre não é exceção. Umas mais percetivas, outras mais subtis, o que é um facto é que algo inexplicável ocorre…há mais sorrisos, há mais otimismo, não obstante as circunstâncias exteriores não serem, por vezes, as mais favoráveis, a verdade é que todos ficamos imbuídos de um espírito diferente. O dia 16 de dezembro foi precisamente de encontro a todas estas manifestações. A escola ganhou outra cor…as decorações sempre originais, fruto da imaginação e criatividade das colegas do departamento de Expressões, a par das iguarias das mesas de Natal organizadas meticulosamente pelos colegas do departamento de Ciências Sociais e Humanas, com uma pitada de boa disposição do coro de línguas, começava a dar os primeiros sinais de que estávamos a passos cada vez mais pequenos da grande festa que é o Natal. E porque estamos no mês de Natal há gargalhadas que ecoam pelo ar, a harmonia e a sintonia parecem assumir os ingredientes diários, procurando deixar para trás mágoas e ressentimentos e tudo parece quase perfeito! Para coroar as festividades, houve a ceia de Natal, na qual uma vez mais o departamento de Expressões primou pela autenticidade, carinho e acolhimento de todos. Foi um momento de encontros, de boa disposição, no qual o fiel amigo “bacalhau” esteve no seu melhor, muito bem acompanhado pelos discípulos de Baco e envolvidos pela “doçura” natalícia partilhada por todos os presentes. Deixemos, por isso, que esta magia perdure no tempo, pois só assim vale a pena viver…só assim faz sentido!
Professora Raquel Lopes
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Ceia de Natal
Estávamos
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no
2º
ano
de
numa perspectiva economicista,
funcionários,
organização da Ceia de Natal.
era melhor voltarmos a realizar
da Associação de Pais e da
Se no ano passado já foi nossa
a Ceia nas nossas instalações,
Assembleia
preocupação
onde
de 95 pessoas. Aproveitámos
arranjarmos
um
todos
os
participantes
representantes Geral,
teriam de se fazer acompanhar
o
a qualidade com o baixo preço
de uma multa (bebida, entrada
homenagear os nossos entes
(este baixo preço é sempre
ou sobremesa).
queridos,
relativo) este ano, devido à
Assim, no dia 16 de Dezembro,
prof. Neto, a D. Brilhantina e o
contextualização
durante a tarde, os colegas do
Sr. Evaristo. A este grupo deveria
que se vive no nosso país, ainda
Departamento
juntar-se a D. Maria que, por
mais pertinente se tornava esta
numa
aulas
motivos de força maior, não
nossa
e por isso com pouco tempo
pôde estar presente (com muita
muito cedo, ainda estávamos
disponível,
pena nossa).
em Outubro, e já andávamos a
polivalente, montaram as mesas,
Depois da entrega da prendinha,
sondar (numa linguagem mais
num corrupio entre a cozinha, no
que é da praxe, em troca de uma
adequada às nossas ciências,
meio dos pratos/talheres/copos,
mensagem de Natal, lá fomos
pesquisar, investigar, analisar,…)
e o polivalente. À noite, por
para o palco do polivalente
preços. Depois de muito procurar,
volta das 20h, estavam prontos a
dar o nosso pé de dança para
chegámos à conclusão que,
receber os estimados professores,
queimarmos as calorias do jantar.
preocupação.
Desde
de
azáfama
Expressões, entre
decoraram
o
já
natalício
total
local que conseguisse conciliar
económica
momento
num
para
aposentados,
o
Foi mais uma Ceia de Natal da nossa escola, num espaço de que
brevemente
nos
iremos
despedir dele para dar lugar às novas instalações e onde o convívio marcou a sua presença bem acentuada. Deste
modo,
momento
para
aproveito
este
agradecer
a
todos os que estiveram presentes e justificando e compensando o nosso empenhado envolvimento nesta organização. A todos um bem-haja pela vossa presença. A ooordenadora do Departamento de Expressões, Professora Silvina Pais
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Human trafficking
No passado dia 25 de novembro de 2011, os alunos das turmas do 9º ano da Escola Secundária do Castêlo da Maia assistiram a uma worskshop sobre Tráfico de Seres Humanos, no âmbito da unidade curricular Racismo e Tolerância. A sessão apresentou situações em que os jovens poderão ser atraídos para redes de tráfico, sem tomarem consciência da sua gravidade e das consequências que daí poderão advir. Dentro da panóplia de situações que constituem Tráfico de Seres Humanos, foram apontadas ofertas atrativas de trabalho no estrangeiro, em troca da identidade das vítimas, as quais acabam, muitas vezes, exploradas sexualmente. Os jovens foram ainda alertados acerca dos perigos online, nunca devendo revelar as suas verdadeiras identidades ou aceitar encontros com estranhos. Esta sessão foi muito profícua para esclarecer algumas situações e perigos em que a maioria dos jovens pode incorrer, assim como para despertar as consciências para os perigos do Tráfico de Seres Humanos, em concreto na web.
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Professora Paula Vinhais
On the 25th November, the 9th grade classes went to the local council of Santa Maria de Avioso to attend a workshop about human trafficking, which is a more and more frequent situation nowadays. We were told several real stories about teenagers who had been lured and attracted with the promise of a better and easier life. Unfortunately, these teenagers, mainly girls, end up sold, doped and forced into the world of prostitution, from which they hardly ever come out again. The lady, who was presenting this workshop, represents an association that has already helped many victims of human trafficking.
In conclusion, we have to be careful with
what we do, who we meet and the decisions we make, because these acts can influence negatively the ones around us. Beatriz|9E and Paula Vinhais
On the 25th november, in the local council of Santa Maria de Avioso, we attended a workshop about human trafficking. We learnt that there are various kinds of trafficking in human beings such as: attractive job offers abroad that are simply fake; teenage girls that end up in the streets, forced to prostitution and doing drugs. These people from eastern Europe countries usually have their ID´s taken away on arrival and are trafficked for sexual exploitation. We should neither accept any kind of proposals from strangers nor post any personal information online. Ana Neves, Diogo Sousa; Fåbio Santos; Marisa Freitas; Pedro Dias|9C e Paula Vinhais
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Simulacro de incêndio Faltava pouco para as 14:15h, quando os bombeiros foram alertados para um incêndio que deflagrava no laboratório de química da escola. Em simultâneo, o alarme acústico sinalizador de incêndio foi ativado e funcionários, alunos e professores seguiram as instruções previstas nos planos de evacuação e emergência da escola. Felizmente, tratava-se de um exercício de evacuação. O alarme de incêndio era falso. Este exercício destinava-se a testar o plano de segurança da escola, a incutir na comunidade escolar sentimentos e hábitos de prevenção e autoproteção, assim como a rapidez da evacuação. Procedeu-se, ainda, a uma breve reunião entre a direção, a encarregada operacional e os bombeiros onde se apontaram os pontos fortes e fracos relacionados com esta atividade.
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Professora Inês Marques
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Educação social sessões informativas na escola
Ser Educadora Social é Saber, é Saber Ser, é
seria o caminho. Hoje tenho plena consciência de
Saber Fazer. Acima de tudo é ser mais reflexiva,
que é por aqui que tinha de começar.
mais questionadora, mais crítica e mais atenta
É preciso que as crianças tomem consciência de que
às necessidades dos indivíduos e dos grupos. Foi
determinados comportamentos ou escolhas podem
precisamente por estar atenta às necessidades dos
comprometer o seu estado de saúde a vários níveis.
outros que encontrei nesta comunidade escolar a
Se tivermos em conta que os comportamentos ou
oportunidade de ser “um agente de mudança”,
hábitos adquiridos determinam os comportamentos
contribuindo para melhorar as competências de
futuros, então reforçamos a importância de acções
cada um de modo a provocar neles a vontade de
deste tipo, que visam a prevenção primária e que
transformarem a sua vida.
consciencializam os adolescentes para a adopção
Entendo que todos nós somos muito mais assertivos
de comportamentos saudáveis.
quando estamos diante de toda a informação, só
A ausência de informação incapacita e/ou dificulta
assim podemos assegurar escolhas acertadas e
a tomada de decisão. Daí, a importância da
traçar caminhos bem definidos para a nossa vida.
abordagem dos temas como o Tabagismo, Perigos
Os jovens de hoje, assim como os de ontem, têm
Eminentes do Álcool, a Droga, em meio escolar.
necessidade de informação, é preciso chegar até
O meu contributo vai no sentido de capacitar
eles e decifrar enigmas, (des)construir preconceitos,
os
tabus. É preciso estabelecer com eles relações
crítico, o meio social em que estão integrados
de empatia, proximidade, de modo a valorizar
e de valorizarem a sua transformação positiva e
as suas potencialidades. É acreditando que eles
progressiva.
são capazes que me entrego neste projecto de
A experiência é muito enriquecedora,
adolescentes
de
avaliarem,
com
espírito
voluntariado.
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No início quando comecei a dinamizar algumas
Encarregada de educação Paula Filomena Sá
sessões informativas, questionava-me muito se este
Educadora social
Concurso de leitura No dia 15 de dezembro, de 2011, os alunos da Escola Secundária do Castêlo da Maia reuniram-se no Clube de Línguas para assistirem ao Concurso de Leitura,” A Voz das Línguas”. Participaram alunos de várias turmas e de vários anos de escolaridade, apresentando leituras em língua portuguesa e em línguas estrangeiras,
ficando
apurado,
nesta
1ª
eliminatória, apenas um aluno de cada ano. No final do ano, os alunos e os professores reunir-se-ão de novo para selecionarem os melhores leitores da escola. Catarina Chaves|7E ( notícia adaptada)
Waterloo Somos um grupo de seis alunos do 12ºE (área de Economia) e estamos a desenvolver, no âmbito da disciplina de Economia, o projeto “A Empresa” em parceria com a empresa Transnacional Junior Achievement e o voluntário, Dr. Hugo Martins, Diretor Comercial do Grupo Salvador Caetano. O projeto consiste num serviço totalmente inovador, dirigido aos hipermercados, e que irá mudar a sua vida, enquanto consumidor. A nossa empresa tem como principal missão promover a qualidade de vida da população, disponibilizando um serviço revolucionário que assenta em dois princípios fundamentais: a racionalização dos recursos e a poupança de tempo. Já imaginou o tempo que pouparia se não tivesse que esperar nas filas de pagamento? Com a Waterloo, AE fará as suas compras à velocidade da Loo! Visite o nosso site www. waterlooae.pt.tl e a nossa página do Facebook www. facebook.com/waterloo.ae Ana Areosa; Ana Carolina; João Ferreira; João Dias; José Soares; Patrícia Carina |12E
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Criatividade manifesta Hoje, uma parte de ti (em mim) tem percorrido as subtis montanhas do meu rosto, desaguando no vale sequioso dos meus lábios. Não tenho percorrido os caminhos que me levam até ti, mas penso que me queres por perto, não fosse a tua presença nas janelas da minh’alma. Não entendes que me tens, que sou una contigo, ontem, hoje, eternamente! Há ocasiões em que me observas e eu com o olhar perdido no teu horizonte. Outras há, que enxaguas o manto cinzento que me cobre, tornando-o um pouco mais reluzente. Há momentos de ternura manifesta ou de agitada controvérsia. Hoje, mais do que ontem, a controvérsia está implementada no meu corpo de mulher. Tenho-me mantido firme, como um guerreiro que enfrenta a corrente do rio que flui em sobressalto. Cuido do canastro que alberga a minh’alma, sem procurar pedir-lhe mais do que o simples fluir, espontaneamente, sem sobressaltos ou sem grandes expressões de criatividade, a mesma que é manifestada em cada segundo da tua existência. Esta que pode ser observada em cada pormenor, aparentemente insignificante, da tua delicada natureza. Hoje, constato que nunca te comportas conforme o meu querer. Quando espero que estejas calmo, aporto no teu cais e estás incrivelmente agitado. Outras há que preciso da tua força e manifestas uma serenidade pesarosa. Será por isso que não vou até ti? Será por isso que não tenho desejado o nosso encontro? Hoje, mais que nenhum outro dia, sinto o meu corpo, tal como o teu imenso físico em dias tempestuosos, com uma necessidade de criar e manifestar o dom criativo que abrigo ou que almejo apreciar. Que todas as minhas moléculas se associem em gotículas de ternura, formando células de amor, num seio aquietado com sabor a flor. Já que não caminho na tua direcção, aporta no meu cais e permite a manifestação da criatividade no meu corpo de mulher.
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Professora Carla Madureira
A Força da Palavra Qualquer palavra tem uma força, um peso, um poder. Tem a capacidade de nos fazer sorrir, sonhar, refletir, acreditar, voar, mas, também nos faz chorar, desistir, cair. Afinal, o que diferencia as palavras? É simples: quem, quando e como as pronuncia. Tanto são mar, profundas e plenas, como autênticos desertos, vazias e desprezadas. Podem levar-nos por caminhos diversos, uns com saída, outros com uma enorme muralha a impedir a passagem. Podem levar-nos a reviver recordações guardadas na enorme e resistente arca onde são colocadas todas as memórias ou levar-nos a uma viagem ao passado mais sombrio. Podem fazer-nos encontrar a felicidade ou mesmo perdê-la. Podem dar-nos força para continuar a lutar ou, contrariamente, fazer-nos baixar as armas e desistir. Vários sentimentos e diversas emoções podem ser despertadas por simples palavras. São capazes de nos transportar para outros mundos, para novos horizontes, para novas descobertas, são capazes de provocar o renascimento do nosso ser. A razão de tudo isto acontecer? É simples: qualquer palavra tem uma força, um peso, um poder!
Vânia Marques |10D
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Galileu personificado
Lá, era tudo tão sereno, tão calmo. Aquele sítio escuro, iluminado por pequenos espectros distantes. Aquele infinito inconstante era arte para mim: como é que algo tão delicado poderia ter sido fruto de tão brusca criação? Era impensável, apenas uma divindade seria capaz de criar tanta perfeição! Durante anos, foi o meu porto seguro, o meu mais desejado sonho e também, mais tarde, a minha maldição. Nele eu via a razão e o respeito que em outros questionava. Eu, por ele, lutei, pelas certezas e incertezas que me transmitia, tudo por ele eu fiz, dei a volta à minha palavra, enfrentei as maiores autoridades e tudo o que ele me trouxe foi uma morte incerta e o pesadelo de sem ele viver. Hoje, já não o consigo olhar nos olhos, ele já não me transmite conhecimento, apagou-me da sua vida… mas eu jamais o afastarei da minha.
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Carlota Santos |9B
Numa aula de pensamento crítico no estudo aprendi …
Aprendi que ninguém nasce a saber pensar, mas que nos vamos construindo por dentro com os nossos erros e as nossas experiências de vida. Aprendi que todos nós devemos ter “a cabeça arrumada e as gavetas organizadas” e que eu devo ser um barco, e os adultos que me rodeiam devem dar-me os remos; mas não posso deixar que façam tudo por mim. Compreendi também que uma pessoa equilibrada é sempre responsável pelos seus atos, que pensa antes de falar e de agir. Que não magoa com as suas palavras mas que não tem medo de as usar. Aprendi também que se deve ter sempre a razão e o coração de mãos dadas, pois separados criavam uma pessoa demasiado fria e cruel ou demasiado irracional. Aprendi ainda que uma imagem pode ter vários significados, dependendo da pessoa e do contexto em que está inserida. Finalmente, já mais tarde, aprendi que nunca saberei o fim da minha vida. Mesmo quase a dar o toque para a saída a professora perguntou se alguém ainda não sabia o que era a disciplina. Alguns ainda tinham dúvidas, mas a professora esclareceu-os de imediato.
Mariana Pereira |8F
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Um último respirar... Corro por entre as árvores tentando libertar o que vai dentro de mim. A raiva, a tristeza, a solidão, o desespero. Grito o mais alto que posso e ouço o eco da minha voz ao longe. Tropeço num tronco de árvore caída e caio de joelhos em cima de uma poça de água. Olho para o meu reflexo. O meu olhar está sombrio, sem vida, sem brilho. O meu sorriso brilhante desapareceu por completo. O meu cabelo está desgrenhado e sem cor. As lágrimas, que tanto querem cair, não caem. O desespero tenta ao máximo sair. A tristeza tenta ao máximo dar de si. A solidão cada vez mais impera em mim. E a raiva... A raiva corre-me nas veias juntamente com o sangue a toda a velocidade. Olho uma última vez para o meu reflexo... Olho uma última vez para a rapariga sem vida... Olho uma última vez ao meu redor... Dirijo-me ao penhasco que havia a alguns metros dali. Um último olhar. Uma última lágrima. Um último sentir. E... Um último respirar.
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Rita Garcia|10F
Requiescat in pace – Descansa em paz … Ainda estou de luto. Perdi um amigo há oito meses e as saudades não deixam de apertar. Não era o meu melhor amigo, nem nada que se pareça, mas era um companheiro fiel e presente em todas as horas. Na tristeza confortava-me, na alegria descontraía-me. Quando estava entediada espicaçava-me e quando estava nervosa acalmava-me. Estava presente após uma boa refeição, mas em boa verdade também não faltava à chamada antes. Agora sinto-lhe a falta, em particular o meu cérebro, coitado, que ficou mais pobre. A classe de neurónios responsável pelo bom humor (do 1578 ao 234 693) esvaiu-se em lágrimas e o apagão que se deu nos neurónios associados à criatividade (1 milhão deles) foi pior que aquele que se prevê devido à TDT (pelo menos no que me diz respeito: sou boaZON). Como já referi antes, eu perdi um amigo mas, em contrapartida, ganhei uma amiga que também não me larga. E, se o meu cérebro ficou mais pequeno, a minha barriga aumentou e ficou proeminente. Num mecanismo compensatório fiquei gulosa e virei Popota. Uma Popota com pulmões mais saudáveis, é certo, mas com a perspetiva horrível de ter de me inscrever na próxima série do Peso Pesado, ou então, de acabar a fazer anúncios para o Continente. Não me revejo muito nesta última hipótese porque me identifico muito mais com o Jumbo. Eu explico a associação de ideias: Jumbo – elefante - trombas. A escritora Rita Ferro respondeu, a propósito dos desejos para o ano de 2012 : “Deixar de fumar e emagrecer 15 quilos é incompatível? Pois era mesmo isso que eu queria!” E com esta se conclui que não existem idades para acreditar no Pai Natal.
Para a Rosa Cruz com carinho
Licínia Martins
PS: Para arranjar inspiração e conseguir escrever este artigo defumei--me com lenha de azinho (como os presuntos). É que há hábitos muito arreigados …
Professora Licínia Martins
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O leão e o anjo A história de um pequeno anjo que sonhava ser amigo de um leão... Tudo normal! Acordei e vi-me ao espelho. Parecia estar mais alto a cada dia que passava. Quem pensar em mim pode reter uma imagem bastante calma e sossegada, mas faltava alguma coisa... Sim! Sem dúvida que faltava alguma coisa! Mas o que seria? Não estava Sol, por isso não levava boné; não estava chuva por isso guarda-chuva também não iria precisar; mas... tinha a certeza de que me faltava alguma coisa... Já sei! A minha auréola! Sim! Era mesmo isso! Tinha tudo... menos a auréola! Voltei a casa e fui direitinho à caixinha onde guardava o meu pequeno bem, que pode não parecer nada mas era muito importante! Aquele meu pequeno círculo doirado, feito com o pó celestial, era a minha grande fortuna. Já pronto, atravessava o prado do Paraíso e todos sabiam que era eu. -Lá vai o nosso menino com aqueles cabelos loiros e aqueles olhinhos azuis cor do céu... Parece um menino de cinco aninhos! Todos me achavam muito calminho e muito envergonhado, mas eu gostava era de aventuras! Sonhava eu que um dia iria ser um grande descobridor... Uma noite, deitei-me na relva fresca e curtinha, a olhar para o céu estrelado... Cada estrela era uma nova descoberta e eu, na minha inocência, tentava contá-las, pois, se elas tivessem conta certa, eu seria um grande anjo da matemática... E todos aqueles pontinhos no quadro negro que era o céu se tornavam para mim uma grande maravilha... Mas o meu maior sonho era ser amigo de um leão. Queria poder sentir a liberdade de ter um amigo diferente, um amigo que não fosse um anjo. Se ainda não me acham um aventureiro... vão achar com certeza quando vos contar como conheci o Óscar. Estão de certeza a questionar-se: “Quem é o Óscar?”. Pois então digo-vos que o Óscar é meu amigo, mas não é um anjo. É um leão amável e dócil que eu conheci. Estava eu a caminho de casa quando ouvi um gemido que me parecia vir de um animal ferido. E era! Era o Óscar deitado no chão,
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ferido, a tremer de frio e a gemer de dor. E eu fiquei a noite toda com ele, a rezar para que melhorasse. -Por favor meu Deus, ajuda este ser a recuperar porque está ferido e tem frio! E foi aí que desceu sobre ele uma manta feita de lã que o cobriu, deixando apenas a cabeça de fora. E ele parou de tremer. De manhã, ajudei-o a levantar-se e levei-o para a minha casa. Preparei um espaço no meu jardim e ele deitou-se lá. Desde esse dia que o alimentei e tornámo-nos amigos. E foi assim que realizei o meu sonho. Mas a história não acaba aqui! Os meus olhos tinham outro brilho, os meus gestos outra eficácia e eu voava com mais energia. Eu estava feliz! Sem sombra de dúvida que era o anjo mais feliz no enorme Paraíso. Agora, eu dava mais importância a tudo: à amizade entre o lobo e as ovelhas, ao som pacífico da água cristalina a correr por entre ervas e pedrinhas e até mesmo ao maravilhoso chilrear dos passarinhos. Agora tudo tinha mais cor e alegria! Tudo me parecia mais vivo e único! Tudo era bom. Foi então que pensei para mim mesmo: “Agora que cumpri o meu sonho tenho de encontrar outro!”. Pensei, pensei e pensei até que me surgiu uma ideia: - Óscar, e se arranjássemos outro amigo? Não sei se concordou, mas eu comecei logo a imaginar como seria o nosso novo amiguinho: uma tartaruga, um koala, uma catatua... Quem seria? Como seria? De repente ouvi uma melodia que me fazia lembrar...a minha campainha! Fui abrir a porta e qual não foi o meu espanto quando vi um cesto com algo dentro, mas como tinha uma manta por cima não percebi de imediato do que se tratava. O cesto tinha um bilhete, o qual me apressei a ler. O bilhete dizia: “Aceita o meu presente porque é dado com carinho, levas dentro desse cesto um pequeno cordeirinho” Seria de imaginar que eu estava mais que contente! Eu tinha um novo amigo! O seu nome era...Tinha de pensar num nome para ele. Sendo ele um cordeiro, não havia muito por onde escolher...mas ele tinha algo de especial: tinha duas pequenas manchas pretas. Decidi chamar-lhe Malhado. Agora tinha a certeza que o meu coração estava preenchido. Ana Sampaio|8G
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Quadras vencedoras do Concurso "Quadras de S. Martinho" que ocorreu durante o mês de novembro de 2011 na escola. 3º ciclo
1º Prémio Estava um dia chuvoso Quando apareceu S. Martinho. E com um gesto generoso Pôs o dia mais quentinho!
3º Prémio
2º Prémio
Nos outros pensou,
Se eu já tivesse idade
Ninguém o impediu,
Provava o nosso vinho
As pessoas ajudou
Assim deixo para mais tarde
E isso conseguiu.
Quando já for crescidinho.
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João Lopes|8C
João Pedro|8B
Matilde Viegas|7D
Ensino Secundário
1º Prémio A crise é mundial A Troika está em Portugal E as castanhas são caras Porque as poupanças são raras.
Diana|11H
2º Prémio No dia de S. Martinho Não quebres a tradição, Compras castanhas e vinho Para alegrar o coração. Ana Cristina|11D
3º Prémio Num dia de tempestade Com um mendigo a suplicar São Martinho partilhou a capa E o sol voltou a brilhar.
Sara Cunha|11C
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Um fim no começo Houve um tempo em que o mundo era a preto e branco. A rádio transmitia estaticamente as notícias da Grande Guerra; as pessoas fugiam dos seus lares para tentar a sorte num sítio mais calmo, longe de tudo; famílias eram desfeitas pela tirania de outros; as crianças não conheciam o riso nem o futuro, apenas a obediência e o mutismo; as colheitas não medravam, eram destruídas, e a fome crescia e crescia. Tudo estava pejado da fugaz morte. Salvação ou danação? Era nisto que a velha pensava enquanto contemplava a fraca luz do sol que raiava palidamente o teto do seu quarto. Tal como o estado precário e doente do mundo, o seu aposento era pequeno e poeirento de tantos anos de desleixo. Para além dela, apenas pirilampos deprimidos em frascos lascados numa das prateleiras e uma papoila sem cor, murcha, no beiral seco da janela rachada do rés-do-chão viviam naquela quietude enclausurada. O marido há muito havia partido, homem do exército, e os filhos, tristes e contritos, mal a visitavam. E se o fizessem, era apenas para lhe desejar um Feliz Natal que já ninguém sentia, ou um aniversário apático, ou para se certificarem que ela ainda não partira, estando assim prostrada por tanto tempo, sozinha. Vazia. Vazia relembrava o seu amor de infância, amor que morrera por ela, levando todo o sentido. Já não tinha forças para visitar a sua campa, tão longe que era… por isso confinava-se aos seus deprimidos pirilampos e à sua papoila sem cor, ponderando a lenta evolução do mundo. De cada vez que fechava os olhos, tentava visionar a paz. E quando estava quase lá, quando só faltava mais um pequeno passo, um piscar de olhos, acordava novamente para o cinzento do dia. E todas as manhãs soltava um suspiro triste. Um dia, algo mudou. Quando a velha abriu os olhos rugosos, sentiu algo estranho no ar. Uma cadência diferente, mais leve. O que seria? Apurando os sentidos, relatou que a luz de sempre que afagava a janela parecia mais viçosa. Iluminava melhor, como se tivesse um novo propósito. Com espanto viu a papoila a agitar as suas pálidas pétalas, ganhando a cor vermelha da vida enquanto endireitava o caule, jovial outra vez. Outra distinção do habitual era um som… - A velha susteve a respiração pesarosa para poder escutar melhor – um som desafinado… animal…
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seriam… gaivotas? Levantando a cabeça na direcção do vidro, aguardou, expectante, que o cantar aumentasse. Quando veio, tudo o que distinguiu foi um som barulhento e revoltoso como as ondas do mar. Elevou-se nos céus, dando lugar à verdadeira algazarra de vozes. Mas desta vez eram humanas. Canções. Não… Uma canção. Num repente que abanou o quarto da velha, o ar soprou, derrubando o frasco lascado e libertando os pirilampos para a luz, onde renasceram e pairaram por cima da velha, expectantes. As canções subiam de tom, agora berrando de felicidade mal contida. A velha distinguiu crianças aos guinchos, homens aos berros e mulheres celebrando rua fora, todos embandeirados e com as mesmas palavras nos lábios:
“Somos livres!
Somos livres!
Não voltaremos atrás!”
Os portugueses continuavam nos seus cantares. Lentamente, tomando consciência, a liberdade abriu caminho no mirrado coração da velha, alojando-se e tornando-o fogoso outra vez. O ar tornou-se fresco, doce para as suas narinas como há tantos anos o fora. Liberdade! Estaria finalmente livre? Olhou a papoila e os pirilampos, ouviu as crianças e os adultos a festejar e fechou os olhos uma derradeira vez, finalmente encontrando a paz num pequeno e ligeiro suspiro feliz. Muito longe dali, uma borboleta bateu as asas e levantou voo.
Andreia Pimenta|10F
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Ao longo do 10º ano, o programa de Português
mais ou menos pertinente, mas necessariamente
prevê o contacto do aluno com uma grande
importante no sentido de desenvolver nestes
diversidade de textos do domínio transacional/
jovens a capacidade de observarem criticamente
utilitário, nomeadamente Declarações, Contratos,
a sua/a nossa realidade, tantas vezes injusta e/ou
Regulamentos, Relatórios, Requerimentos, entre
desadequada às nossas necessidades!
outros …
Reconhecendo
Este ano, prosseguindo este mesmo estudo que
uma tendência quase que estrutural (!) para a
deverá sempre implicar o envolvimento direto
resignação passiva e “preguiçosa”, penso que se
dos alunos, e na minha qualidade de professora
tornou ainda mais desafiante esta atividade no
de Português a lecionar o 11º ano, decidi desafiar
contexto da aula de Português!
os meus alunos para a elaboração de Cartas de
Difícil foi selecionar, de entre tantas, apenas uma
Reclamação, deixando-lhes liberdade de escolha
ou duas Cartas de Reclamação, conforme as
do(s) motivo(s) que estaria(m) na base da sua
orientações desta equipa que tão bem constrói
redação.
esta Revista / Jornal!
Assim, criou-se um amplo espaço de crítica pessoal,
Aqui vão elas:
em
todos
nós,
Portugueses,
Professora Margarida Miranda
Vera Rosa Rua da Bajouca, 1590 4475-114, Gemunde Ministério da Educação
Rua da Frente, 114
4578-190,Lisboa
Gemunde, 5 de novembro de 2011-11-16 Assunto: excesso de tempo passado na escola Exmos. Senhores, Venho por este meio, comunicar a V.Exas. o meu desagrado perante o excesso de tempo passado nos estabelecimentos de ensino, por parte dos alunos. Embora perceba que a escola seja importante para a nossa vida, uma vez que ela que nos prepara para o futuro, o tempo que aí passamos é de alguma forma excessivo, pois um aluno que entre na escola no primeiro hora da manhã e saia apenas na última hora da tarde passa, exactamente, dez horas na escola! Juntando a essas dez horas as nove horas que um adolescente deve dormir, ficaríamos apenas com cinco horas do dia para desfrutar. Como na adolescência o ideal seria praticar duas horas de exercício físico, ficaríamos então com três horas; mas não nos podemos esquecer que o jantar e a higiene pessoal também ocupam
48
algum tempo! Suponhamos que estas duas tarefas ocupam cerca de uma hora e trinta minutos, teríamos uma hora e meia para dedicarmos à família e aos estudos. Mas, como é normal na personalidade de um adolescente, esse tempo raramente é dedicado aos estudos. Por isso, gostaria que reduzissem o tempo de aulas e de horas passadas na escola para que os adolescentes tenham mais tempo para estudar e para se prepararem para o futuro. Sem outro assunto, os meus melhores cumprimentos,
Vera Rosa |11B
Maria Vieira Santos Silva Rua Banda da Música de Moreira nº93 1º Dto. Tras 4470-197 Moreira da Maia maria.vieira.santos.silva@gmail.com 917366243
Dr.ª Lara Lopes
Presidente do Conselho Executivo
Escola Secundária da Banda Da Música
Rua Mestre Clara
4470-270
Moreira da Maia, 17 de novembro de 2019 Assunto: Falta de tempo para os meus amigos Cara Dr.ª Lara Lopes Venho, por este meio, comunicar a V. Exa. que nos últimos dois meses não tenho tido tempo para estar com os meus amigos! Deste modo reclamo o meu direito a estar com eles. Como qualquer jovem, o convívio com eles é necessário, e tal situação tem vindo a ser-me negada pela escola: a carga horária excessiva e os trabalhos de casa abundantes não me permitem tempos de lazer e, como tal, nestes últimos dois meses tenho negligenciado as minhas amizades. Devo informá-la que nenhum dos meus amigos frequenta o mesmo estabelecimento de ensino que eu frequento, o que torna ainda mais complicado estar com eles. Deste modo, venho solicitar a V. Ex.ª que me reduza a carga horária e, se possível, o número de trabalhos de casa. Se tal situação não se verificar já na próxima semana, irei recorrer às vias legais necessárias para fazer valer os meus direitos. Considero que a minha sanidade mental e as minhas capacidades sócio - afectivas estão a ser seriamente afetadas e não hesitarei em processar este estabelecimento de ensino, se não fizerem valer os meus direitos. Sem outro assunto de momento, apresento os meus melhores cumprimentos, e subscrevo-me,
Maria Vieira Silva|11B
SomosRevista 49
f
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.. s a t r o a de p
or
à conversa com a aluna mariana Pinto|10B
MP-
A Marina Pinto é aluna do 10ºB da ESCM e descobriu recentemente uma paixão singular: participar com os seus amigos de quatro patas em competições caninas. Em conversa com a SomosRevista, partilhou connosco experiências e
alguns
conselhos
para
aqueles que se interessem pela modalidade. SR- Quando começou o teu interesse
por
participar
competições de cães?
50
em
Bem,
desde
que
me
MP- Tempo: muito tempo e muita
conheço que gosto de cães e
paciência...
fui tendo alguns rafeiritos... Mas
passar um domingo ou um fim-
a minha grande paixão sempre
de-semana
foram
zonas do país.
os
Retrievers
(Goldens
Disposição inteiro
para
por
outras
da
idade
e Labradores). Mais ao menos
Dinheiro:
há cinco anos comecei a ir à
do cão e da classe em que
exposição canina na Exponor,
participa. Por exemplo, se é um
e desde aí que me tenho vindo
cão que se enquadra na classe
a
exposições.
de bebés (dos 4 aos 6 meses
Mais concretamente, em 2011,
de idade), o valor da inscrição
comecei a pensar em participar.
é inferior à de um cão que
Foi nessa altura que comprei
participe na classe de cachorros
a minha cadela, uma suposta
(que vai dos 6 aos 9 meses). Se
Golden Retriever, que depois
for uma raça nacional, os valores
viemos a descobrir que não era
de inscrição são inferiores, talvez
pura... Mais tarde, em Setembro
para promover a divulgação da
conheci uma criadora de Flat
mesma. Depois, claro, acresce
Coted Retriever em Aveiro. Fui
o
descobrindo mais coisas sobre a
refeições.
raça e acabei por ficar com um
Preparação:
dos cachorros. E aí passei para a
estar tratado (banho tomado,
acção e inscrevi-me com o meu
escovagem...) e tem de ser
cão na exposição canina em
treinado e corrigido, isto é, saber
Braga.
como andar em ringue e como
interessar
por
valor
depende
das
deslocações o
cão
tem
e de
ficar em posição. SR- É uma paixão só tua ou partilhada pelos outros membros
SR- Que competições nacionais
da tua família?
existem, com que frequência e
MP- Por exposições é mais minha...
quantos participantes têm em
Por cães, toda a minha família
média?
materna a partilha comigo.
MP- Todos os anos há pelo menos uma exposição por mês, ou seja,
SR- O que é que uma participação
um mínimo de 12 por ano. O
desse género implica, em termos
número de participantes varia
de tempo, dinheiro, preparação?
bastante,
dependendo
se
a
exposição é só de beleza, ou se
''bom corpo'' para “agility”. Em
a
inclui obediência e “agility”.
beleza os rafeiros já não podem
genéticas e o estrago das raças.
participar visto que não há um
Um cão comprado a um criador
SR- De que forma é que os teus
escalão (padrão definido) para
desses até pode vir a ser campeão
cães reagem ao momento da
poder ser avaliado e pontuado.
de uma exposição de beleza,
competição? E tu?
Segundo:
tempo,
mas a sua compra fácil pode
MP- A meu ver, o meu cão acha
persistência e acima de tudo
também resultar em abandono.
aquilo “uma brincadeira para
dedicação.
Por exemplo, comprar um cão a
meninos”. Ele adora o ambiente
Terceiro: se ainda não tem um
75 euros é totalmente diferente
e porta-se muito bem. Eu fico
cão e este mundo é apelativo,
de comprar um cão a 1000
mesmo muito nervosa, mas até
ponderar muito bem a raça
euros, isto é, o cão de 75 euros é
agora ainda só participei numa...
a
vários
fruto do cruzamento entre uma
Por isso ainda não posso dizer
criadores (e não ''criadeiros'',
cadela e o cão dum amigo do
muito.
que pedem uma tuta e meia
amigo pelo qual nem se pagou
por um cão. Isto revela que
a monta e se sobrarem cachorros
a
provavelmente a pessoa que
até podem ser abandonados,
alguém que gostasse de inscrever
está a vender os cães não criou
daí cada vez se ver mais cães de
o seu cão numa competição?
as condições mínimas de saúde
raça em canis e abrigos. Já o de
MP- Primeiro: o cão tem de ter
e bem estar tanto da cadela
1000 euros é fruto duma criação
toda a documentação, LOP/
como dos cachorros, e que estes
em
Pedigree para poder participar
possivelmente irão desenvolver
com a escolha de dois bons
em exposições de beleza.
doenças) e ver o que cada um
reprodutores. Qualquer criador
Se quiser competir em “agility”
oferece. Conhecer sempre o pai
eticamente correcto não permite
ou em obediência até pode ser
e a mãe e pedir despistes das
que cães com defeitos genéticos
um cão rafeiro... Mas não pode
doenças das raças em questão.
se reproduzam.
participar
competições
Se alguma dúvida permanecer,
internacionais, o que acho uma
falar com um veterinário ou
injustiça, visto que tanto um
dirigir-se ao Clube Português de
cão rafeiro como um cão de
Canicultura.
raça pode ser obediente ou ter
A compra a ''criadeiros'' facilita
SR-
Que
conselhos
em
darias
paciência,
escolher,
conhecer
proliferação
de
excelentes
doenças
condições
equipa SomosRevista
SomosRevista 51
f
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.. s a t r o a de p
or
à conversa com a Professora Délia de Carvalho, por Alice Sousa Professora de Educação Visual na nossa escola; coordenadora da “Somos Revista”; fotógrafa; artista plástica…
SR- Quando era pequena, o que queria ser quando
desafios são constantes e com eles estamos em
fosse crescida?
permanente enriquecimento e aprendizagem. Em
DC- Desde sempre tive um fascínio pelo desenho,
paralelo, mantenho acesa a minha paixão pelo
sendo que muito do meu tempo livre, para além
desenho e pelas artes plásticas, no seu sentido mais
das brincadeiras de grupo próprias de qualquer
lato. Adoro e sempre que posso vou ao cinema, a
criança, passava muitas horas a desenhar e a
concertos, exposições, teatro, etc. Encontrando-
criar as minhas histórias com os lápis de cor e
me no “mundo das Artes”, é imperioso manter-
marcadores. Enquanto adolescente, olhava com
me atenta aos vários domínios que a Cultura
admiração as minhas professoras de Educação
nos proporciona. Como artista plástica, tenho
Visual e sempre me vi crescida a desempenhar o
o dever para comigo de estar atualizada, estar
mesmo papel. Ensinar aquilo que mais gostava de
minimamente
fazer, num ambiente descontraído e propício para
transformações que ocorrem nas Artes.
o ato criativo.
Sempre que me é possível vou expondo os meus
informada
sobre
as
constantes
trabalhos.
52
SR- Em que projetos está envolvida atualmente?
Recentemente,
DC- Dar aulas de Educação Visual continua a
associação cultural, esta de nome “ Ó da casa!”(
ser a minha profissão e por isso também a minha
www.guimaraesnocnoc.com ) e que surge no
prioridade, e também ela é um projeto, pois os
âmbito do Guimarães NocNoc, projeto anual cujo
fui
co-fundadora
de
uma
mote é criar um roteiro artístico pedestre, na zona do centro histórico de Guimarães, onde é permitido ao público uma interação, um contato direto, não só com as obras de arte, como também com os seus autores, nos seus ateliers, casas particulares, associações, lojas e ruas. A ideia foi fazer chegar a arte a todos os públicos em ambientes não institucionais, mais descontraídos, intimistas e informais e, ao mesmo tempo, conseguir não só um maior envolvimento e participação da população local, como também proporcionar uma maior colaboração entre os criadores. Esta mostra de artes integra múltiplas disciplinas, como: cinema; pintura; dança; escultura; teatro; literatura; performance; fotografia; música, enfim, todas as formas resultantes do ato criativo eram passíveis de serem expostas. Dado o sucesso deste projeto, e tendo obtido o apoio da Capital Europeia da Cultura na divulgação do evento, foi necessário criar uma associação cultural e assim surge a “Ó da casa!”, que entretanto, tem para breve um outro evento que mais, uma vez, promete animar toda a gente. Chama-se “Guimarães yé yé” e, tal como o nome sugere, será um dia dedicado, desta feita, à música rock portuguesa que irrompeu nos anos sessenta, setenta e oitenta… é a história do chico fininho contada nos dias de hoje. Estão previstos concertos de bandas da época, tertúlias com nomes sonantes da música, como Adolfo Luxúria Canibal, documentários de música, peças de teatro e os bares e cafés locais estarão em sintonia com o evento, tendo a música yé yé sempre como “pano de fundo”. Este evento está agendado para o dia cinco de maio, não se esqueçam! Um outro projeto que acabo de desenvolver chama-se “A New Face Portrait of a diary” (www.newface.eu). Este surgiu a partir de um convite de uma artista plástica holandesa Yolanda Bovens, que tendo conhecimento do evento NocNoc, aliciou-me para integrar/ colaborar num projeto seu, no qual são convidados 220 artistas de 30 países diferentes até ao ano de 2018, tendo já iniciado em 2008. O projeto “A New Face” consiste na auto representação diária do artista durante uma periocidade de três meses, num diário que nos é fornecido pela autora do projeto. Uma das finalidades deste projeto é ser exibido em algumas das Capitais Europeias da Cultura. SR- O que a levou a “abraçá-los”? DC- É mais uma forma de me manter ativa, “acordada” e realizada profissionalmente. Todos estes projetos envolvem equipas, pessoas com quem partilhamos ideias, conversas, companhias, sorrisos, planos.
SomosRevista 53
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Aprendemos, damos e, sobretudo, recebemos. Por
não, somos todos em primeiro lugar seres únicos e
vezes, e não querendo subestimar os resultados, a
irrepetíveis. Para mim, as pessoas são o referente
participação num novo projeto é o mais desafiante
máximo para as estórias que pretendo contar
e todo o percurso é descoberta e aprendizagem.
através do meu trabalho.
SR- Fotografa e pinta. São duas formas diferentes de
SR- Pinta quando lhe apetece, quando lhe chega
alcançar o mesmo fim?
a inspiração ou define horários de trabalho,
DC- Julgo que todos os processos criativos
momentos do dia ou da semana que marca na
nascem de um ímpeto, de uma vontade interior
agenda para realizar essa atividade?
que tem necessidade de ser exteriorizada, não
DC- Idealmente, pinto quando surge a chamada
necessariamente, ou nem sempre, à procura de
inspiração. Quando o dever pede que seja feito de
atingir um fim. O ”fim”, neste caso, deverá ser se
outra forma, como por exemplo, quando tenho que
conseguimos fazer passar a mensagem. No que às
levar a cabo uma encomenda e esta tem um prazo
minhas obras diz respeito, pretendo que elas “falem”
de entrega, o trabalho torna-se mais lento, menos
sozinhas, e se assim não ocorrer, o meu trabalho
atrativo, está em negação. No meu entender, as
não resultou. Para mim, é essencial que trabalho
encomendas, por vezes, podem inibir um bom
criativo comunique com o espectador. Cumpre
resultado, pois existe uma preocupação extra – o
ao desenho/pintura/fotografia dar a conhecer
ter de agradar a outro - e negligenciamos, deste
ao outro novos caminhos, novos possíveis, novas
modo, mesmo que inconscientemente, a nossa
estórias, por isso, sim o mesmo fim.
criatividade, o voo, o improviso. No entanto, gosto de pintar em qualquer hora, dia, noite, manhã ou
SR- Prefere fotografar/pintar pessoas ou outros
tarde, desde que tenha tempo livre e a vontade a
elementos da realidade envolvente? Porquê?
chamar.
DC- Sem hesitar, pessoas. Talvez por as pessoas misteriosas.
SR- Quem são os seus pintores preferidos? Porquê?
Interessa-me captar as emoções e sentimentos,
DC- Egon Shielle, Modigliani, Klint, Paula Rêgo,
especialmente, os mais escondidos, e todos Nós,
Lucien Freud, Alice Neel, Soutine, Stanley Spancer
somos pessoas com mais Eus. Muitas vezes, (talvez
e muitos outros. Refiro estes porque também eles
porque estejamos habituados às regras ditadas
são figurativos. As suas obras são para mim uma
pela sociedade na qual estamos inseridos) vestimos
fonte de inspiração e admiração. São pinturas
outras capas, outras roupagens e acabamos por
cujas cores e pinceladas revelam muito mais que
ocultar, algumas vezes até de nós próprios, o nosso
impulsos ou gestos, transmitem sensações e não
mais verdadeiro Eu. Depois, para além da panóplia
ficamos indiferentes ao visioná-las.
serem
mais
complexas,
mais
de capas/máscaras que possamos recorrer, ou
54
SR- Insere-se em alguma escola de pintura? Como
de hoje, onde a concorrência e rivalidades são
definiria a sua pintura?
cada vez mais ferozes. As profissões da “moda”,
DC- Na contemporaneidade existe uma maior
ou que em outros tempos garantiam uma posição
liberdade de criação, não existe um movimento
monetariamente mais confortável nem sempre são
artístico específico que vingue. São muitos os
sinónimo de realização pessoal, para além do facto
caminhos, as opções, as técnicas, as temáticas
que o status social, que outrora uma determinada
e tudo pode ser válido. O importante é arriscar
carreira augurava há uns anos atrás, hoje é já um
sem medos. No meu caso, em concreto, a minha
conceito obsoleto.
pintura é figurativa e, apesar de já ter um traço
Relativamente aos currículos que vigoram nas
que me caracteriza (pelo menos assim espero),
escolas portuguesas denotam também eles uma
também se denotam influências do passado, da
visão a meu ver um pouco arcaica, no sentido
escola expressionista, sobretudo.
em que as Artes são consideradas disciplinas de importância menor. A carga horária é curta e
SR- Já fez várias exposições. Como seleciona os
em muitas escolas secundárias tão pouco existe
trabalhos a apresentar ao público?
a opção de um ensino orientado para as artes.
DC- Preocupo-me que sejam coerentes entre si, ou
Numa sociedade onde o poder da imagem e a
seja, que tenham as mesmas técnicas e materiais e
comunicação visual são extremamente marcantes,
que abordem o mesmo tema. De preferência com
seria necessário que o ensino de disciplinas como
as mesmas dimensões, mas, fundamentalmente,
o teatro e oficinas de expressão plástica tivessem
procuro
história.
uma presença mais vincada nas escolas. O ensino
Normalmente os meus trabalhos enquadram-se por
das artes contribui para a formação de qualquer
séries que datam de um determinado período.
indivíduo, não só desenvolvendo o seu sentido
que
juntos
contem
uma
estético, como também a sua desenvoltura, SR- Enquanto docente, considera que a arte está
socialização com os outros, o seu sentido crítico e
bem tratada pelo nosso sistema de ensino ou
maior capacidade de raciocínio abstrato.
mudaria alguma coisa ao nível dos currículos? DC- Julgo que o ensino das artes é muito descurado
equipa SomosRevista
no nosso país. São muitos os pais, que ainda hoje, revelam grande preocupação aquando os seus filhos apontam como sonho ou carreira uma via artística. Ainda não entenderam que, para ser-se um bom profissional, é necessário estarse apaixonado pelo que se faz. Só deste modo poder-se-á marcar a diferença, sobretudo nos dias
SomosRevista 55
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.. s a t r o a de p
or
à conversa com o meu professor de Equitação Diogo Ferreira
JM- A partir de que momento e de que forma a equitação surge na tua vida? E quem foram os teus mestres? D.F. – Aos 14 anos, penso eu, fui com o meu pai e outros amigos a Silva Escura, onde tinha cavalos. Nessa altura os cavalos não despertavam a minha atenção, mas o meu pai montava e eu ficava a vê-lo. Até que um dia, ele decidiu comprar uma égua e aí eu pedi para dar uma volta. A primeira vez tive medo e não quis mais. Depois, um dia, senti uma vontade enorme de montar; então, pedi a uma amiga para aparelhar a égua e levei-a para o picadeiro, sem o meu pai saber. Montei sozinho, cerca de 1h30, e no entretanto o meu pai apareceu e foi-me dando algumas dicas. Foi, então, a partir daqui que o meu gosto começou a crescer pela equitação. Quanto aos meus mestres, só os tive quando fui para Alter do Chão (EPDRAC), no Alentejo, foram eles: Martins Abrantes, Luís Lupi e Balula Cid. JM- Quando te assumiste como cavaleiro federado? Qual a tua modalidade de eleição? D.F. – Só me inscrevi na Federação Equestre Portuguesa, quando fui para a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão, porque tinha de participar em provas para as quais era uma
56
condição eu ser federado. A minha modalidade de eleição é salto de obstáculos. JM- Quais foram os principais momentos do teu percurso até te tornares cavaleiro profissional? D.F. – Embora já tenha um percurso na vida equestre, não me considero cavaleiro profissional, pois, no meu entender, esses são aqueles que conduzem a sua vida em função das provas, e eu não faço isso. JM- Há algum ou alguns cavalos que tenham sido importantes no teu caminho? D.F. – Sim, há, a minha Lady, porque foi com ela que eu aprendi a montar, embora possa parecer estranho foi ela que me ensinou. E tive, também, um cavalo, o Bacardi, que foi “emprestado” por um colega do meu curso para eu o poder realizar. JM- Falando agora das competições e prémios, há
algum ou alguma que recordes com maior orgulho?
o cavalo. Devem atuar, portanto, como um só. Esta
D.F. – Não há nenhum que recorde com mais
ligação não é fácil de conseguir, não basta montar,
orgulho, sendo que dou mais importância à
é preciso acarinhar e mimar o cavalo, tratar dele!
participação para o alcance de uma maior
JM- Visto que ensinas jovens a montar, quais são as
experiência, tanto a mim, cavaleiro, como para o
principais características que um cavalo de ensino
cavalo.
deve possuir? D.F. – O cavalo ideal para ensinar principiantes na
JM- Existem alguns cavaleiros ou cavalos, da
disciplina de equitação deve ser tranquilo, calmo
atualidade, que acompanhes com interesse?
e já com muito trabalho. Estas características são
D.F. – Os únicos cavaleiros que acompanho, neste
normalmente associadas a cavalos já com alguma
momento, com interesse, são os meus alunos visto
idade.
que noto neles uma grande dedicação, tentam sempre dar o seu melhor e, por fim, são o reflexo
JM- Quais os princípios básicos de um treino para
do meu trabalho. Vê-los evoluir é para mim um
se chegar ao sucesso?
orgulho, pois por detrás dos cavaleiros que eles são
D.F. – A experiência do cavaleiro e do cavalo
está todo o meu esforço como professor.
são muito importantes na caminhada para o sucesso. Para que seja um treino completo, deve
JM- Existe algum episódio ou acontecimento
montar-se vários cavalos e trabalhar as diferentes
particular da tua carreira que queiras lembrar?
modalidades de forma a criar alguns obstáculos ao
D.F. – Durante a realização de uma prova, montando
cavaleiro para este evoluir cada vez mais.
a minha égua, a Lady, eu atrapalhei-me, esquecime do percurso e a égua tomou a decisão por mim
JM- Que conselho deixarias para os jovens
e saltou o obstáculo à sua frente. Como eu não
cavaleiros que queiram optar pela equitação, e
esperava tal comportamento, desequilibrei-me e
pelo ensino em particular, a nível profissional?
agarrei-me ao pescoço dela, ficando pendurado,
D.F. – O conselho que eu deixo é que, se,
sendo que ela continuou em andamento. Por fim,
realmente, querem optar pela equitação, devem
deixei-me cair e fiquei por baixo dela, entre os pés
estar cientes de que é um desporto dispendioso e
e as mãos. Posto isto, a égua espreitou para ver
obriga a uma vida dedicada aos cavalos, pois é
o que se passava e, gentilmente, levantou o pé
preciso tratar deles todos os dias. Para aqueles que
direito para eu sair.
queiram ter o seu cavalo, devem ter consciência que têm de ter conhecimentos para poder prestar
JM- Atualmente, és professor e dono da tua própria
todos os cuidados necessários ao animal. Assim
escola de equitação – EQUI MAIA. Quais são os
sendo, pratiquem primeiro e só quando estiverem
teus planos para o futuro? Apenas pensas continuar
completamente decididos quanto ao que querem
como professor?
seguir, aí, sim, optem por ter cavalo próprio.
D.F. – Sim, para já quero continuar a dar aulas e, talvez, quando surgir a oportunidade, competir outra vez, quem sabe quando levar algum aluno que esteja preparado para tal. JM-
O
que
consideras
mais
importante
na
Uma cavaleira orgulhosa do
equitação?
seu professor,
D.F. – Para mim, o mais importante é a relação
Joana Moreira |12E
desenvolvida entre cavalo e cavaleiro, porque o cavaleiro tem de confiar plenamente na sua montada para conseguir uma boa prestação com
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na
e ale a p
visitar o Jardim Botânico do Porto A história do Jardim Botânico do Porto confunde-se com a da família Andresen, antiga proprietária da quinta. Os avós de Sophia de Mello Breyner (conhecida autora de uma riquíssima obra poética e em prosa) foram os principais responsáveis pela riqueza e exotismo dos jardins, em parte, devido à competição “feroz” com os vizinhos do lado, os Burmester: ambas as famílias queriam ter as mais belas e variadas plantas, oriundas das mais diversas partes do mundo. A casa da família, recentemente restaurada, apresenta-se agora em todo o seu esplendor, enquadrando-se em todo o espaço de forma harmoniosa, pela sua simplicidade e simetria. O jardim dos Jotas, um dos muitos jardins da quinta, homenageia os avós de Sophia, João e Joana, e é nesse local que foi recentemente colocado um busto da escritora. Por estas razões e pelas que se seguem, vale mesmo a pena visitar o Jardim Botânico do Porto, porque…
58
“é um local enorme, cheio de vida, (…)é o local ideal para o estudo da Biologia.”
José Pedro Areosa|8F
“é como viajar pela flora de imensos países apenas num só jardim, no meio de uma cidade atribulada, e conhecer a vida de Sophia de Mello Breyner Andresen e os sítios onde se inspirava, num sopro!”
Mariana Pereira|8F
“a casa da família de Sophia é interessantíssima, pela sua história e arquitetura inovadora.”
Gonçalo Maia|8F
“é um lugar calmo e relaxante, cheio de plantas maravilhosas e novos cheiros. É perfeito para um passeio romântico…”
Ricardo Rodrigues|8F
SomosRevista 59
v
na
e ale a p
Informações úteis: o Jardim Botânico do Porto situa-se na Rua do Campo Alegre e é um espaço com mais de quatro hectares, aberto ao público todos os dias e de entrada gratuita. Oferece também um serviço de visitas guiadas para grupos.
Professora Alice Sousa
60
Vale a pena ler... grande parte pela inexistência da televisão e outros meios audiovisuais. Os livros eram, portanto, uma forma de viajarmos pelo mundo, de imaginarmos cidades, povos e costumes. Ao lermos um livro, era como se estivéssemos a ver um filme, tal era a nossa imaginação. Houve muitos livros que me marcaram. Entre eles destaco uma trilogia cuja autora recebeu o prémio Nobel da literatura de 1938. Trata-se de Pearl S. O meu gosto pela leitura vem de muito cedo. Em
Buck, uma escritora norte americana que passou
criança gostava de ler as aventuras dos famosos
grande parte da sua vida na China. Os títulos que
Cinco, o imortal Tio Patinhas, etc. Na adolescência,
formam a trilogia são: Terra Bendita, Os Filhos de
devorava os livros de bolso, especialmente os de
Wang Lung e Casa Dividida. A história do lavrador
cow-boys, os de terror, não falando das famosas
Wang Lung e da sua mulher O-lan é uma história de
fotonovelas, que eram um vício naquele tempo.
luta pela sobrevivência, pela posse de um pedaço
Com o passar dos anos, os meus gostos foram
de terra. É comovente, uma obra que nunca me
variando, passando a ler Agatha Christie, Sherlock
canso de ler e que recomendo vivamente.
Holmes, Ernest Hemingway, entre outros.
Augusta Santos, Assistente Operacional
A escrita deste livro é de uma profundidade
principais,
Michael
tremenda e particularmente interessante!
acerca deste tópico.
A forma como as situações são descritas é
Para mim, é absolutamente
realmente excepcional!
extraordinária a maneira
Enquanto lia o livro, consegui mesmo encarnar a
como Hanna sofre e ao
personagem, sentir tudo como se tudo estivesse a
que se sujeita apenas para
acontecer diante dos meus olhos. Mas, para mim,
não ter que revelar o seu
o melhor de todo o livro é o enredo que se forma
segredo! Toda a sua vida,
à volta de um segredo que é guardado a todo o
todas as decisões e todas
custo, independentemente das consequências.
as suas acções se constroem em volta de algo que
Aliás, uma das personagens principais, Hanna,
não quer revelar.
acaba por se envolver em crimes nazis, de forma a
Mas será que Hanna conseguirá ocultar o seu
proteger o seu segredo.
segredo com a sua morte ou alguém irá descobri-
Todos
lo e, talvez até, revelá-lo?
Tal gosto pela leitura talvez se tenha devido em
sabemos
que o período Nazi foi um
Berg,
dos períodos mais negros de toda a história da humanidade, e a obra apresenta uma reflexão
Maria Vieira Silva|11B
profunda, por parte de uma das personagens
SomosRevista 61
v
na
e ale a p
O que ando a ler? Um romance do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, “Cem anos de solidão”. Esta é a história de uma família ao longo de várias gerações, cujo olhar do narrador se vai repartindo igualmente entre as figuras femininas e as masculinas, revelando ao leitor as suas relações, mais ou menos harmoniosas, mais ou menos conflituosas. O que mais me seduz na escrita de Garcia Marquez é mesmo a riqueza interior das suas personagens, a sua humanidade crua e despojada de artifícios. As mulheres e homens que povoam este e os outros romances do autor são como nós, seres humanos cheios de defeitos e fragilidades, mas capazes de se darem aos outros, sem reservas, nos momentos de maior urgência. Cada personagem é um mundo de emoções e sentimentos, íntimos e apaixonados, em conflito com a frieza e a secura de uma sociedade inevitavelmente espartilhada, que muitas vezes nos impede de viver, de realmente viver. Esta é uma obra que transborda emoções, que nos inquieta, que nos enche a alma e o coração, que acorda em cada um de nós os sentimentos e os valores mais importantes, e, para mim, isso é o que faz de um livro um grande livro, um dos muitos a que nos apetece voltar, qualquer dia…
Professora Alice Sousa
" A Bíblia de Barro" Recomendo para descontração nas
também ao tempo de Abraão e ao
férias a leitura do livro " A Bíblia de
período nazi. A escritora mantém o
Barro" da escritora Julia Navarro, cujo
leitor empolgado e ansioso até ao fim
enredo nos prende desde o início até
do livro com as várias personagens que
à última página, pela diversidade de
nele intervêm, mas essencialmente
personagens, épocas e locais onde a
com um grupo de anciãos milionários
história se desenvolve e todo o enigma
de vários países, que partilham um
à volta da provável existência de uma
propósito comum, a eliminação da
bíblia escrita em tabuinhas de barro,
família Tannenberg. É uma leitura
ditada pelo próprio Abraão a um
apaixonante que prende todos os
discípulo.
leitores, mesmo os menos entusiastas.
A história decorre durante a invasão do Iraque colocando-se em causa a
Alina Torres, Encarregada de
origem da mesma e os seus objetivos,
Educação da aluna Ana Cláudia
com a grande espoliação dos seus
Torres 11B
objetos de arte, mas levando-nos
62
Ainda a França…. Bienvenus à la Rivière Française!
Seguido o conselho anteriormente dado de uma visita ao norte de França, eis-nos, de novo, a sugerir um roteiro. De facto, a França não se esgota numa só publicação, numa só sugestão, numa só viagem. Despedindo-nos dos gauleses, dos crepes, do artesanato bretão, do ar campestre das montanhas e das águas frias do Oceano Atlântico, rumamos, agora, em direção ao sul, às águas quente e “glamoureuses” do Mediterrâneo. Verdadeiramente cosmopolita, o sul da França proporciona uma diversidade de vivências, a todo o tipo de visitante. Toulouse, cidade universitária, obriga-nos a uma paragem. Esperamnos monumentos marcantes da Idade Média: Basilique de St.Sernin, Les Jacobins e Musée des Augustins. Já começamos a sonhar? Não?! Então, imaginamo-nos na Lua...Brincamos aos astronautas na Cité de l’Espace e numa nave espacial partimos de Toulouse para Carcassone e retomamos a nossa viagem no tempo. Em Carcassone, procuramos os vestígios dos nossos antepassados romanos. Burgo que protegeu as populações durante séculos, a cidade fortificada faz-nos reviver a época das cruzadas, não só quando nos passeamos nas ruas agradavelmente pitorescas, mas também quando visitamos o Château Contal e a Basilique SaintNazaire. A Carcassonne juntam-se outros destinos bem interessantes onde é inevitável o encontro com os gladiadores romanos ora na arena de Nîmes ora na de Arles, verdadeiros documentos da presença da civilização romana na velha Gália. Descobri-los, será certamente,
SomosRevista 63
v
na
e ale a p
um prazer! E se quisermos contemplar toda a região de Languedoc- Roussillon, nada melhor que um balão de ar quente, sobrevoando-a até ao mar. Chegamos, então, à exótica e multirracial cidade de Marseille. Em Notre Dame de la Gare agradecemos o percurso feito e vislumbramos toda a cidade, incluindo a ilha onde se localiza o Chateau D’If, espaço escolhido por Alexandre Dumas para o fatídico destino do Conde de Monte Cristo. Antes de partir, uma passagem pelo Musée des Beaux Arts, no Vieux Port, do qual, depois de saborearmos um delicioso peixe, navegamos em direção a Saint-Tropez. Caminhando lado a lado com o pitoresco e com o charme, percorremos os muitos cafés e as “petites boutiques” que caraterizam esta antiga cidade, destino dos artistas que, desde os anos vinte, buscam a inspiração nos seus maravilhosos recantos. Estamos em plena Riviera Francesa…a brisa conduz-nos até à magnífica cidade de Cannes, onde, por momentos, vivemos a magia do cinema. Espera-nos a soberba Promenade de la Croisette , até ao Palais des Festivals. Em qualquer esquina, podemos encontrar uma estrela de cinema, sobretudo em Maio, mês em que se realiza o famoso festival de cinema de Cannes. Mas, se não nos cruzarmos com a nossa “estrela” poderemos sempre descobri-la no jardim circundante…é só olhar para o chão! Fascínio, ilusão, colorido, “glamour”: eis o local que se segue – Nice. Começamos por uma caminhada na “Promenade des Anglais”, sentindo a brisa marítima. Confortavelmente instalados, saboreamos um cocktail numa esplanada sobre as praias, enquanto admiramos as águas calmas do Mediterrâneo e sonhamos com a experiência de um Carnaval passado à beira mar. Referimo-nos ao segundo maior Carnaval da Europa que decorre ao longo de 12 dias festivos plenos de alegria. C’est la folie !!! Acordamos do nosso sonho? Ainda não! Alugamos uma limousine e subimos a Corniche até ao principado do Mónaco, e sentimos, indefinível, a fronteira entre o real e o irreal. Extasiamo-nos numa viagem onde o mar abraça as montanhas, num recorte desigual, misterioso e singular que nos enleva num sonho inesquecível e paradisíaco. Seguimos pelos extraordinários jardins exóticos até ao Palácio dos Grimaldi, sem esquecer uma breve visita à catedral. Depois, subimos a MonteCarlo (quem sabe ao volante de um Ferrari?) e tentamos a sorte no Grand Casino… Finalmente…acordamos
deste
aparente
devaneio
…
Espera-nos o regresso! E na próxima edição espera-vos um outro destino em França…”Surprise”!!! Professoras Elisabete Oliveira e Margarida Portela
64
La ville de Toulouse vue par une étudiante
une qualité, un confort et une simplicité surprenants.
portugaise, Daniela Costa|12E
L’existence de plusieurs organisations culturelles permet de classer Muret comme une attraction
Toulouse - La Ville Rose
pour les amants du théâtre, de la dance, enfin, des arts en général.
La France m’a toujours fasciné, donc dès la 7e année
Les choix sans fin plaisent tous les goûts. ALLEZ-Y !!
que j’étudie la langue française et les dernières
Bon Voyage ! Je suis sûre qu’il n’y a pas de roman
grandes vacances, je suis partie en France et j’ai
si beau comme une relation passionnante entre le
décidé d’y faire mes études supérieures. Université
présent et le passé.
choisie ? Toulouse. Dans cet article, je vous présente ce que j’ai éprouvé
« Paris pour voir
quand j’ai visité cette belle région française.
Lyon pour avoir
Pour ceux qui aiment un patrimoine culturel riche
Bordeaux pour dépendre
et diversifié, plein de souvenirs historiques pour
Et Toulouse pour apprendre. »
découvrir, la ville de Toulouse nous présente un monde où tous nos désirs se réalisent.
(Dicton datant probablement de la Renaissance)
Visiter la Salle des Illustres à l’intérieur du Capitole, le Jardin des Plantes ou même se balader au bord de la Garonne est, dans tous les cas, un retour au passé, aux origines toulousaines. On peut, en fait, sentir l’essence humaine, cette force intérieure qui transforme la matière en art vivante. Si vous n’êtes pas prêts à absorber toute l’intensité artistique du centre toulousain, il y a d’autres lieux calmes également beaux et fascinants. Le village de Muret nous offre aussi des services sociaux nécessaires pour jouir des moments spéciaux avec
SomosRevista 65
S
. . . e u q abias Projeto Comenius "Beyond the Obvious"
sabias que ...
66
... a nossa escola sempre apostou em projetos
operacionais, pais e encarregados de educação)
da mais variada índole, não só a nível nacional,
foi a forma escolhida para apresentar o trabalho
mas também envolvendo parcerias com outros
a desenvolver nesta parceria à nossa comunidade
países europeus? É o caso do Projeto Comenius
educativa.
"Beyond the Obvious" ("Para além do óbvio"), que
A próxima atividade, em março, envolve uma
estabelece uma parceria entre a ESCM e uma
deslocação de 12 dias a Koper, na Eslovénia,
escola em Koper, na Eslovénia.
onde os nossos alunos terão oportunidade de
Este projeto está a ser desenvolvido pela turma G
partilhar vivências, costumes e tradições com
do 8º ano e desenvolve-se em torno de três eixos
alunos eslovenos da mesma faixa etária e viver
fundamentais: a herança cultural, a robótica e
experiências inesquecíveis,
a solidariedade. Este último eixo começou a ser
Em 2013, será a nossa vez de acolher os
trabalhado no ano passado, em parceria com o
nossos parceiros eslovenos, estando prevista a
CAT da Prosela "A Causa da Criança", e envolveu
participação no evento Roboparty, organizado
várias atividades para recolha de donativos e visitas
pela Universidade do Minho.
à instituição.
Por agora, preparamos as malas e (e as nossas
A exposição realizada no dia 5 de Dezembro
famílias!) para a nossa viagem a Koper. Em breve,
de 2011 e um inquérito disponibilizado a toda a
teremos muitas histórias para contar...
comunidade escolar (alunos, professores, agentes
Professora Rita Gonçalves
Sabias que... ...a nossa ex-aluna Joana Montanha, que frequentava o 9B no ano lectivo anterior, já ganhou o seu primeiro concurso como designer gráfica, com um postal de natal criado para a empresa GVP... Parabéns Joana!
Professoras de Educação Visual
Uma Escola Com Vida e Pela Vida Sabias que... A nossa escola está mais uma vez a participar no Projeto “Energia com vida faz a diferença!”, promovido pela EDP Gás no âmbito da Plataforma “Rede Escolas Solidárias”. Com o lema “Através dos Jovens, pelas Escolas, com a Comunidade” pretende-se ensinar e motivar os jovens a construir uma rede de solidariedade para ajudar os que hoje precisam, dando-lhes a oportunidade única de chegarem à idade adulta com o sentimento de que conheceram os problemas e agiram no sentido de os resolver. Todos estão convidados a participar, contando com o apoio dos Diretores de Turma e do Clube de Cidadania, com vista a angariarmos o maior número de artigos de primeira necessidade – bens alimentares não perecíveis e produtos de limpeza e higiene – que serão posteriormente distribuídos por cabazes solidários a entregar a idosos e a famílias carenciadas do Concelho. Em nome daqueles que atravessam momentos difíceis, agradecemos desde já a generosidade de todos.
Professor Ilídio Machado
SomosRevista 67
S
. . . e u q abias
Escm | 06 junho 18:45h
Lançamento do livro
CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCOR CORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCORCOR
Palavras com
Como já deves saber a nossa escola, através da equipa da somosrevista e em parceria com a editora Edita-me, lançou um novo desafio aos alunos dos 7º ao 12ºano de escolaridade: serem co-autores do livro “Palavras com cor”. Uma edição com textos e imagens produzidas por alunos. O evento do lançamento do livro está previsto para o dia 6 de Junho de 2012, às 18:45h, aqui nas escm. Aparece!
68
equipa somosrevista
A língua é um património vivo. Como
de
todo o tipo de património, ela deve ser
mais novos, os que ainda não dominam
apreendida,
e
a língua escrita, a desenvolverem a sua
preservada. Este património em particular,
participação através da ilustração dos
divide-se em duas vertentes distintas, mas
textos que os mais velhos desenvolveram,
não independentes: a língua oral e a
procurando desta forma, estreitar relações
escrita.
de cooperação e cumplicidade entre
O papel que uma instituição de ensino
todos.
desempenha, pode (e deve) ir além do
Assim nasceu este projecto. Esperamos
ensino da língua. Conseguir motivar para
que através dele, nasçam muitos livros.
uma
Cada vez melhores. Cada vez “maiores”.
cuidada,
correcta
e
trabalhada
completa
utilização,
no nosso mundo em que, por força das
desenvolvimento,
convidamos
os
Com cada vez mais e melhores autores.
tecnologias, proliferam as mnemónicas que em nada contribuem para um correto desenvolvimento da escrita, é um objetivo que deve ser encarado com coragem e determinação. A língua escrita é talvez a melhor forma de
A
comunicação conhecida. Através dela,
Maia, surge como uma das instituições
eternizam-se pensamentos, sentimentos,
que, com consciência do seu papel
ideias e emoções.
activo e interventivo na comunidade
Preparar os mais novos para desde cedo,
educativa, decidiu abraçar este projecto
fazerem não apenas um correcto uso da
e
linguagem escrita, mas exercerem sobre
possibilidade de uma (eventual) primeira
ela um domínio que lhes possibilite utilizá-
participação
la como uma mais-valia efectiva no futuro,
palavras e ilustrações por eles produzidas.
é um dos maiores desafios a que nos
Parabenizando os elementos da equipa
podemos propor.
“Somos Revista”, é com prazer que vemos
Porque acreditamos que a boa escrita,
nascer mais este projecto, que estamos
nasce do exercício da mesma, propomo-
certos, irá deixar uma marca muito positiva
nos a apresentar aos mais novos incentivos
em todos quantos nele participarem e,
para que eles se sintam motivados para
quem sabe, abri-lhes as portas do mundo
a prática desse exercício, não com uma
da escrita publicada em livro.
finalidade
inócua,
mas
com
aquele
Escola
Secundária
proporcionar
aos
num
do
Castêlo
seus
livro,
alunos,
através
da
a das
Carlos Lopes (editor)
que talvez seja o fim mais nobre que um qualquer escrito possa ter: o fazer parte constituinte de um livro. E porque um dos aspectos fundamentais de qualquer língua é a sua compreensão, o que acontece nos primeiros estádios edita-Me, Editora, Lda. E-M@il: Carlos.Lopes@edita-me.pt Tlm: 965 393 431 www: http://www.edita-me.pt blog: http://edita-me.blogspot.com
SomosRevista 69
g
aleriao 7º an
David 7F
Duarte 7F
Catarina 7E
Margarida 7G
José Francisco 7D
Ana Fernandes 7D
Leonor 7G
Luana 7F
Guilherme 7G
70
Leonor 7G
Ana Celeste 7G
João Pedro 7D
Luana 7F
Daniela 7D
InĂŞs Cunha 7F
Emanuel 7C
Sofia Ferreira 7D
Ana 7E
Wilson 7E
Matilde 7D
Jorge 7D
Tiago 7G
Bernardo C. 7D
Margarida 7G
Maria Castanheira 7D
Sara 7C
71
Ana Sampaio 8G
72
Inês Fernandes 8G
Sofia Ferraz 8G
Sara Magalhães 8A
Ana Rita 8A
Mariana 8A
Bárbara 8A
Bárbara 8A
Inês Pinto 8G
Ana Moreira 8G
Inês Silva 8D
g aleriao
8º an
73
Ana Rita Teixeira 8D
Inês Silva 8D
Inês 8C
Joana Santos 8G
Sofia Ferraz 8G
Inês Fernandes 8G
Inês Soares 8G
Ana Pais 8G
Ana Patricia 8B
Ana Moreira 8G
Tânia 8A
Gonçalo 8B
74
Carlota 9B
Beatriz 9E
Sara 9D
JĂŠssica 9E
Miguel 9E
Raquel Azevedo 9C
Miguel 9A
CĂĄtia 9D
Beatriz 9E
Gabriela 9B
Sofia 9B
Gabriela 9B
g aleria
9 ano
75
Inês 9B
João Pedro Forte 9E
Rita Marques 9B
Jéssica 9D
Eduardo 9E
Rita Marques 9B
Catarina 9B
Eduardo 9C
Luís 9D
Mariana 9D
Cristiana 9A
Jack 9B
Sara 9D
Gisela 9B
p
a
st i v e d ontos
udam-se as
tempos, m udam-se os
“M
vontades”.
muito ssão desde re xp e a st e ouvimos casa, Todos nós la e até em o sc e a n , na rua stes nos pequeninos, enquanto e s, vó a s o d colinho já nada sentados no nça. Como ria c e d s ria as histó s o seu contam as su conhecemo s o d to e dantes ndo em é como era tempo, o mu o d r a ss a p com o os nós. significado com ele, tod , e i lu vo e , e altera-s ivórcio, que vivemos s como o d to n u ss a s, á nos atr s eram Há alguns a tantos outro e to n e m sa s do ca ente o sexo ante rados moralm e d si n o c o té mesm hoje, evitados e a nos dias de , e u q to n fé. No enqua versa de ca incorrectos, n o c ssoas de s le p m algumas pe uma si n ra s, a o p d s a u n b io ta são menc da apresenta e actual ain d a d ie c so a entanto, limitá-las? as gerações. lesmente de tr p u o m si e s d o , o m p e d outro tem os ajuda geração? Po á algo que n lidade, uma h a e re u q a n rá , é se e u O Mas o qu m dez anos? ão de dez e ç ra e g a m u Falar de da nossa da História s te n a rt s? o a p i-l a distingu momentos im ração 25 amos a “Ge r que sejam tr e n iz o d c n s e o m te e n e Não pod tão rapidam nciam, pois re ife d s a e u nação q o tanto acão”. uma geraçã eração Dart is o “G p a , o te n m o va c le de Abril” parece ser re mbém não ta ” o p m te O “fator rminada de História. a uma dete mo 20 anos o o c fix 5 r e e g m n o n ra pode ab ssível dar um Canguru” , nem é po e “Geração ” m a e b sc s a o R à rm o ã Se pensa ssões “Geraç geração! plo, as expre m xe e r o P uma mesma . o m a rc a m geraçã e e que faz s qu à geração d m dois fatore e ta m n o n se re m p u r re a apenas plesmente d nica, quer nós pode sim ue a torna ú e q d o d m u ia a c d n a Assim, c om a relevâ s desenho preocupar c u um simple se o l e ia d d r n te u M m a rr parte, se uma 3ª Gue ento como im c te n o c a seja um
76
animado qu
e se torne p opular. As pessoas mais velhas dizem-nos, in abençoada úmeras veze , pois temos s, que a no muito mais fa ssa geração as novas te cilidades, ao é cnologias um s mais variad a das predo o s n ív e is, sendo nossa geraç minantes. Po ão a “Geraç deríamos m ão Clique”! esmo cham No entanto, ar à as geraçõe s mais antig as, com ce quota-parte rteza, tamb de “momen ém tiveram tos felizes”. a sua Lembro-me as suas aven dos meus p turas e brinc ais me conta adeiras, enq Lembro-me rem uanto tenta das traquinic vam namora es da minha r às escondid de patins. A irmã, quand as. té as maluq o me tentava ueiras que o e n si n a r a andar s meus primo estão presen s diziam vive tes na mem r diariamente ória. , me Talvez aquilo do que sinto m a is falta sejam liberdade qu esses peque e vivi apena nos momen s em criança tos de gerações, o e c o m limitações, e s puderam a nquanto outr proveitar ao o s, outras correr à chu máximo. Jog va e encher ar bola até as onze da n as ruas de b erlindes colo Gostava de oite, ridos… fazer parte d e uma gera ção que vive uma “Geraç ão Bolinha d sse tudo isso e Trapos”. … e muito m Todos nós te ais, mos uma vi são própria gerações se do mundo e, por isso m tornam abe esmo, toda n ç o a d a s, se souberem momentos. s as retirar o pio r d o s m e lhores Selene Silva
|11B
SomosRevista 77
p
a
st i v e d ontos
«Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.» (José Saramago, discurso de entrega do prémio Nobel, Estocolmo, 10 de Dezembro de 1998)
78
Muito se tem falado (ou pouco) nos últimos tempos
aluno dizia-me «Adoro aquele programa, não
de idosos que acabam por ser encontrados mortos,
consigo deixar de ver! É viciante! Quando quis
após dias, meses (e anos!) de “desaparecimento”.
saber que programa, eis a surpresa perante a
É com alguma ligeireza, e até, por vezes, de sorriso
minha ignorância: «A professora não vê a “Casa
nos lábios, que os vizinhos entrevistados vão dizendo
dos Segredos”?», «Não conhece o/a… ?». De
“já não o (a) via há duas, três semanas”; “via-a (o)
onde vem este interesse pela vida do outro? O
todos os dias aqui na rua”. E à pergunta se não
que se quer ver? O que se quer saber? O que faz
estranharam deixar de ver a pessoa respondem tão
com que tanta gente goste, acompanhe, viva
simplesmente sim… como se fosse normal. Estranho
programas onde se “espreite”, espie a vida dos
é ninguém estranhar, ninguém se questionar ou
outros? As audiências desses programas batem
preocupar. Esta invisibilidade, este ninguém saber
recordes constantemente, mas questionados se
(querer saber) nada de ninguém é altamente
vêem (O meu computador acabou de colocar o
preocupante.
acento circunflexo na forma verbal. Vou deixá-lo
Quem viveu em meios pequenos sempre se queixou
ficar, porque, está muito frio e não quero constipar
do contrário. Os vizinhos conheciam as rotinas, os
o “e”.) os portugueses não admitem. Talvez seja
horários e os hábitos uns dos outros. Tanto que, por
este sentimento que os faz nas sondagens à boca
vezes, incomodava! Era mal visto e criticável. Todos
das urnas ocultar o seu real sentido de voto! Esta
apontavam o dedo à vizinha que espreitava por
negação, esta não assunção dos nossos actos
detrás da cortina e sabia a que horas saíamos,
parece estar a enraizar-se. Não sei se se trata de
entrávamos, com quem íamos e com quem
falta de responsabilidade ou de maturidade para
regressávamos. Era a “coscuvilheira” que sabia
arcar com as consequências do que fazemos ou
tudo da vida dos outros. Há pouco tempo, um
receio de sermos criticados ou prejudicados pelas
decisões tomadas. Quando um governo eleito
«Olá, então tudo bem?» e continuamos o nosso
começa a implementar medidas negativas e
caminho, mal ouvindo a resposta e retribuindo a
que fazem descer os índices de popularidade, é
mesma sem escutar o retorno. Mas depois no nosso
frequente as pessoas desculparem-se dizendo «não
“PC”, por detrás da distância física que nos separa,
votei neles, quem votou agora que se “amanhe”
dentro das quatro paredes que nos resguardam
como puder!» ou atacarem quem declaradamente
/escondem do mundo, aí já somos sociáveis,
assumiu a sua preferência! A democracia deu-nos
afáveis, meigos e carinhosos, preocupados e
esse enorme direito de podermos escolher, mesmo
interessados por tudo e por todos. (Para quem por
que depois nos arrependamos ou não.
circunstâncias diversas se encontra fisicamente
Hoje, mais do que nunca, estamos perto de tudo,
distante dos seus, este é o melhor veículo para se
«à distância de um clique», repete o slogan, mas
manter em contacto e acalmar as saudades). O
longe de quem está perto, digo eu. Conversámos
que se ganhou em conhecimentos, possibilidades,
com amigos (alguns que pessoalmente nunca
alternativas
vimos), familiares, colegas de trabalho e até
real. É a era das relações virtuais, à distância e
desconhecidos
estiverem.
com a mesma rapidez que alcançamos os nossos
Trocamos mensagens, comentários; partilhamos
antípodas, afastamo-nos do nosso vizinho, colega,
fotografias e momentos; convidamos para eventos
amigo ou familiar…
e jogos, ligações e aplicações… Passamos horas e
No dia em que termino estas reflexões, o fim da
horas ligados para estar em contacto… às vezes
tolerância de ponto no Carnaval é, ainda, uma
com pessoas que passam dias e dias ao nosso lado.
notícia no topo da informação. Soube que o
Nessas alturas, lado a lado, de olhos nos olhos, não
infantário das minhas filhas estará aberto na terça-
conversamos. Trocamos palavras de circunstância
feira. Quando ouvi da boca da Educadora esta
estejam
eles
onde
perdeu-se
em
contacto
humano
SomosRevista 79
p
a
st i v e d ontos
“novidade”, assolou-me uma tal tristeza que me surpreendeu! Entendi (e partilho) as palavras de um ex-autarca do partido do governo que, no fim-de-semana, afirmara sentir-se triste pelo fim da tolerância e chamava a si legitimidade para proferir tal afirmação, porque, enquanto autarca, nunca apoiou, patrocinou os festejos de Carnaval no seu concelho. Como entendi! Nunca fui grande adepta ou foliona do Carnaval. No entanto, fiquei tristíssima. Nesta fase que o país atravessa, de facto, não faria sentido manter as tolerâncias (todas as outras que conhecemos que se preparem…). Cortar feriados como o 5 de Outubro ou o 1 de Dezembro e manter tolerâncias?!... Não pareceria muito coerente. Mas pior do que a falta de coerência seria o duro golpe na produtividade nacional! Questiono-me até que ponto esta medida irá melhorar os índices de produtividade deste país. Para bem de Portugal, espero que sim! Esta nação foi feita à custa de tantos 5 de Outubro, 1 de Dezembro ou 31 de Janeiro, entre outros. Já que estamos a hipotecar toda uma cultura, uma história e uma identidade, espero mesmo que a economia cresça graças a esses 2+2 dias (e agora mais 1). Curioso é notar que todos (e este todos não sei bem quem são…) nos acusam de termos feriados a mais, pontes, férias e absentismo no trabalho. Todos dizem que os portugueses que emigram são excelentes e dedicados trabalhadores. Mas alguns esquecem-se de enaltecer os que, cá dentro, dão exemplos para todos os arautos lá de fora. A “AutoEuropa”, grupo estrangeiro de reconhecido valor e importância, tem na sua fábrica de Palmela os funcionários menos absentistas de todo o seu grupo. Em Palmela, Portugal com trabalhadores portugueses! Onde estará a diferença? Por que será que os trabalhadores da “AutoEuropa” não faltam tanto? Está aqui um mistério de que pouco se fala. Aproveito, ainda, este tempo/espaço para falar dos amigos. Amigos reais, não os virtuais. Os que me inspiram, os que ouço, os que ouvem. Aqueles que mesmo longe ou bem perto sei e sabem que a amizade se constrói de pequenas coisas, de gestos simples, de vivências partilhadas, de olhos nos olhos, de momentos, de recordações, de afectos…
(Já agora, e mesmo sem tolerância, BOM CARNAVAL! Com ou sem máscara, disfarçados ou não, haja ALEGRIA!)
80
Professora Sandra Mota
Nós…
Nós “somos todos iguais”…nós “somos todos diferentes”. Esta vontade de generalizar ou de usar clichés é comum a muitos de nós. Há uma necessidade de emitir opiniões e pouco tempo para reflectir sobre a complexidade da realidade que nos rodeia. Eu não sou excepção, uma vez que estou a escrever um artigo de opinião e vou usar algumas das expressões que todos nos acostumámos a ouvir. Ou seja, “é a crise”, “é o sistema”, “tem de ser”, “estamos cada vez pior”, “só papéis”, para me referir ao nosso viver. Raramente escrevo livremente, não faz parte da minha prática diária. As dificuldades avolumam-se porque sinto falta de sentido crítico. As rotinas diárias absorvem-me, a escola absorve-me. Quando penso sobre o que vou escrever para a revista surgem-me várias ideias, penso que tom devo dar ao artigo, optimista ou pessimista, devo queixar-me, reclamar, protestar, lamuriar, lastimar ou contentar-me, jubilar e enaltecer situações. Penso sobre o que me faz sorrir ou o que me entristece. Pergunto-me sobre o que faz os outros sorrir ou o que os entristece. Questiono-me sobre o que devo valorizar e sobre o que os outros valorizam. Tento ver o que me aproxima e o que me afasta dos outros. Interrogo-me sobre como será a escola ideal, a sociedade ideal. Somos 7 mil milhões de habitantes (ou próximo) no mundo. Segundo a revista “Sábado” de 3 de Novembro de 2011, “o mundo de sete mil milhões de seres humanos não é igual para todos, nem em todo o lado”, o número de crianças por mulher, nos dados apresentados varia entre 1,2 filhos, a natalidade mais baixa é registada na Bósnia e Herzegovina, e 2,7 filhos na Índia, o país que será o mais populoso em 2050. Em Portugal a esperança média de vida é para as mulheres 82 anos e para os homens 76 anos, porém no mundo é menos 13 anos e menos 11 anos, respectivamente. Estes são alguns contrastes objectivos, apenas na dimensão demográfica, e à escala mundial. Estas realidades demográficas traduzem sociedades, problemas e potencialidades a diferentes escalas de análise, dos quais nós fazemos parte. Que atitudes devemos ter? Que acções deveremos empreender para vivermos melhor? Termino assim o meu artigo de opinião, acho que teria muito mais para escrever, mas fico por aqui.
Professora Lídia Sanches Mota
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st i v e d ontos
Precisamos de quem governe para perder eleições
Num momento em que Portugal se tenta levantar de uma crise e voltar a respirar, não um ar puro, mas talvez um ar menos poluído, torna-se essencial entender até que ponto o saneamento das contas públicas deve sobrepor-se à vida condigna e em que escala a relação entre poder económico e político se tornou num hábito intrincado e promíscuo. É, precisamente, este o mote do meu discurso, o qual se reveste de uma importância particular pelo facto de a solução do problema estar, creio, na geração a que pertence a plateia. O capitalismo é feroz, é escuro, obscuro até! Pará-lo? Seria ótimo, mas arriscome a dizer que se trata de uma missão impossível, justamente por não se vislumbrar, no momento político atual, um superagente 007. Termos como “déficit” ou “superavit” são claramente uma consequência desta perigosa política económica e resumem-se ao desvio apurado entre a despesa e a receita. Por isso, as variações repentinas dos números destas variantes contabilísticas indiciam uma ação política norteada segundo interesses pessoais, desligados das realidades sociais, o que é totalmente reprovável! Daí que afirme que nos faltam estadistas e nos sobram políticos; isto é, precisamos de quem não se deixe subjugar pelo poder económico, de quem não se deixe controlar pelas aparências que escondem muitos números negativos debaixo do tapete, de quem governe para perder eleições. Esta última afirmação poderá soar estranhamente aos vossos ouvidos mas, pensando que a maioria das pessoas se ilude quando vê que não precisa de trabalhar porque, ao fim do mês, recebe uma prestação social que chega até para alguns luxos ou quando temos a noção que as pessoas se deixam manipular por edifícios faraónicos com o mais moderno design, erguidos a partir de uma gestão irresponsável dos dinheiros públicos, rapidamente concluímos que a falta de humildade e de literacia
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financeira levam a um erro crasso, ao pôr a “cruzinha” no boletim de voto. E assim se adensam os “jobs for the boys”, o melhor exemplo da promiscuidade político-económica que há pouco referi. Não creio que a culpa seja só dos “boys” e, portanto, considero que a maneira mais eficaz de terminar a tentação dos “rapazes” é mesmo acabar com a profusão dos “trabalhos”. E, sem muitos destes “jobs”, maioritariamente colocados em grandes empresas privadas nas quais alguns administradores são nomeados pelo governo, a política tornar-se-ia pouca atrativa tendo em conta que as remunerações não ultrapassam os EUR 6.000,00 mensais e a relação com o poder económico, por seu turno, diluir-se-ia. É realmente fácil falar! A “porca torce o rabo” no momento de agir, e talvez este raciocínio que exprimi seja utópico e se resuma a um paraíso inalcançável! A verdade é que muitos dos nossos pais e avós se perguntam “Alguma vez não estivemos em crise?”. A resposta, frequentemente, passa pela referência ao regime ditatorial. Declaram que, no tempo da outra Senhora, não estávamos tão mal! Mas é difícil convencer todos disso e ainda bem! É certo que essa Senhora, grande ou pequena Senhora, deixo ao critério, reduziu a dívida pública de 62% do PIB para 15%, a qual segue, agora, galopante nos seus escabrosos 93%. Mas, pergunto, compensa pagar a limpeza das contas públicas com o atraso, a repressão, a censura? Quanto a mim, a resposta é categórica: Não! A condição humana está acima de qualquer polvo com a cabeça nos EUA! Deve ser mais audível que os constantes e cegos “downgrades” das agências de Rating, elas próprias protagonistas do canibalismo capitalista! Como disse e concluindo, somos nós que damos o poder aos políticos, mas urge que tenhamos a coragem de lho tirar, a partir do momento em que eles não consigam controlar e regular a máquina capitalista. Será possível? Ninguém perde por tentar… Hermano Maia |12.C
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.. ó v a a h n i m a ia
z a f m i s s
... e agora fazem os nossos alunos do Curso profissional de técnico de restauração – variante cozinha/pastelaria | 10ºano, turma J
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Sortido Húngaro (1kg) Ingredientes: 750gr Farinha 500gr Manteiga 300gr Açúcar em pó 125gr Farinha Maizena 18 Gemas cozidas Baunilha em pó Q.B Chocolate doce Q.B Preparação e Confeção: Peneirar farinha, farinha maizena, açúcar em pó. Colocar numa bancada de pedra mármore todos os ingredientes acima referidos. Abrir uma cavidade e colocar as gemas cozidas e passadas a peneiro, juntar manteiga amolecida e baunilha em pó. Juntar todos os ingredientes até ficar uma bola. Tender com a ajuda do rolo. Cortar com corta-massas em vários feitios e formatos. Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal. Levar ao forno médio durante 15 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer. Passar por chocolate derretido metade da bolacha.
Professora Regina Silva
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SomosRevista - ficha técnica Revista 05|Março 2012 | Escola Secundária do Castêlo da Maia | Coordenadora: Délia Carvalho | Grafismo e Paginação: Délia Carvalho; Júlia Santos | Redação / Revisão: Alice Sousa; Carla Madureira; Délia Carvalho; Júlia Santos; Rita Gonçalves
Alina Torres | EE Ana Cláudia Torres 11B; Alunos do 8F; Ana Areosa|12E; Ana Carolina|12E;
Ana
Celeste|7G;
Ana
Cristina|11D;
Ana
Fernandes|7D;
Ana
Moreira|8G; Ana Neves|9C; Ana Pais|8G; Ana Patrícia|8B; Ana Rita Areosa|12E; Ana Rita Teixeira|8D; Ana Rita|8A; Ana Sampaio|8G; Ana|7E; Andreia Pimenta | 10F; Augusta Santos | Assistente Operacional; Bárbara Lopes|12ºE; Bárbara|8A; Beatriz Maia|9B; Beatriz|9E; Bernardo|7D; Bruno Alves |9B; Carlos Lopes | Edita-me; Carlota Santos | 9B; Catarina Chaves|7E; Catarina Correia|8C; Catarina|7E; Catarina|9B; Cristiana|9A; Daniela Costa|12E; Daniela Lameira|11G; Daniela|7D; David|7F; Diana |11H; Diogo Sousa|9C; Duarte|7F; Eduardo|9C; Eduardo|9E; Emanuel|7C; Encarregada de educação e Educadora Social Paula Filomena Sá; FábioSantos|9C; Gabriela|9B; Gisela|9B; Gonçalo |9B; Gonçalo Maia|8F; Gonçalo|8B; Guilherme|7G; Gustavo|9B; Hermano Maia |12C; Inês Cunha|7F; Inês Fernandes|8G; Inês Pinto|8G; Inês Silva|8D; Inês Soares|8G; Inês|8C; Inês|9B; Jack|9B; Jéssica|9D; Jéssica|9E; Joana Moreira 10E; Joana Moreira|12E; Joana Santos|8G; João Costa|11I; João Dias|12E; João Ferreira|12E; João Forte|9E; João Lopes | 8C; João Pedro | 8B; João Pedro|7D; Jorge|7D; José Francisco|7D; José Miguel Soares|12E; José Pedro Areosa|8F; José Soares|12E; Júlio|9B; Leonor |7G; Luana|7E; Luís|9D; Margarida|7G; Maria Castanheira|7D; Maria Vieira Silva | 11B; Mariana Pereira|8F; Mariana Pinto|10B; Mariana Sá Pinto|8F; Mariana Teixeira|11G; Mariana|8A; Mariana|9D; Marisa Freitas|9C; Matilde Viegas | 7D; Miguel|9A; Miguel|9E; PatríciaCarina|12E; Professor de equitação da aluna Joana Moreira 12E, Diogo Ferreira; Professor Ilídio Machado; Professor Nuno Gomes; Professora Alice Sousa; Professora Andreia Carvalho; Professora Carla Madureira; Professora Délia Carvalho; Professora Elisabete Oliveira; Professora Gorete Porto; Professora Helena Fernandes; Professora Inês Marques; Professora Isabel Marques; Professora Júlia Santos; Professora Licínia Martins; Professora Lídia Sanches Mota; Professora Lúcia Teixeira; Professora Margarida Braga; Professora Margarida Miranda; Professora Margarida Portela; Professora Marinela Guimarães; Professora Paula Vinhais; Professora Ana Caseiro; Professora Raquel Lopes; Professora Regina Silva; Professora Rita Gonçalves; Professora Sandra Mota; Professora Silvina Pais; Professoras de Educação Visual; Rafael|9B; Raquel Azevedo|9C; Raquel Gonçalves |11I; Renata|9B; Ricardo Rodrigues|8F; Rita Freitas|9B; Rita Garcia|10F; Rita Marques|9B; Sara Cunha | 11C; Sara Magalhães|8A; Sara|7C; Sara|9D; Selene Silva|11B; Sofia Ferraz|8G; Sofia Ferreira|7D; Sofia|9B; Tânia|8A; Tiago|7G; Vânia Marques |10D; Vera
nesta primeira edição de 2012. E que continuemos sempre a merecer o vosso apoio e colaboração.
A equipa “SomosRevista”
somosrevista.escm@gmail.com
resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos
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desta edição do “Somos Revista”, desejamos sinceramente que o
4475-640 Stª Maria do Avioso
O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização
Rua Professora Idalina Quelhas
Caríssimos leitores,
SomosRevista, Escola Secundária
Rosa|11B; Veronika|9B; Wilson|7E;