Como podemos ler no Evangelho segundo Mateus em 19, 16-24, Jesus se coloca a caminho e, de repente, atrás dele vem correndo um jovem que depois saberemos que também é rico. O jovem se lança de joelhos aos pés de Jesus e lhe faz uma pergunta intrigante: "Bom mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?" Essa realmente é uma pergunta importante, vinda de uma pessoa que é jovem e rico, ou seja, para quem a eternidade e os problemas da vida estão tão distantes. Jesus responde: "Por que me chamas bom? Bom é apenas Deus. Agora, se quiseres entrar na vida eterna obedece aos mandamentos". Aquele rapaz possuía uma vida integra. Não só conhecia os mandamentos como também, desde criança, observava cada um deles. Jesus respondeu como um rabino judeu responderia. A resposta de Jesus significa que os rabinos judeus já ensinavam que, para se herdar a vida eterna, bastaria observar os mandamentos. Ele somente confirma ao jovem para fazer aquilo que ele já sabia. Guarda os mandamentos e terás a vida eterna. Diante da resposta de Jesus, o rapaz parece se desesperar e, de modo inseguro, diz a Jesus: "Tudo isso eu tenho feito desde de pequeno, mas não creio que seja suficiente". Diante disso, Jesus afirma ao rapaz que apenas uma coisa lhe faltava para ter a vida eterna: "Vende tudo o que tens e dê aos pobres, e depois vem e segue-me". Esse jovem rico sai sem entender nada. Parecenos que aquele jovem saiu desapontado. Neste diálogo, Jesus leva aquele rapaz a tomar uma decisão, mas parece que ambos tomam caminhos diferentes. Quer Jesus ou as
riquezas, Jesus ou a simples guarda dos mandamentos? Não se pode esquecer que o jovem rico estava a um passo da vida eterna. Uma só coisa lhe faltava. Mas quando ouve que devia vender tudo, dar aos pobres e seguir a Jesus, ele preferiu ficar preso às suas riquezas do que se decidir seguir o mestre. Preferiu as amarras desse mundo do que a libertação prometida por Jesus. Podemos situar ainda o caso dos apóstolos de Jesus, que deixam tudo para segui-lo. Ele não fala em primeiro lugar da pobreza voluntária, mas da suprema riqueza que é possuir Jesus. Pode-se aproximar esta passagem do Evangelho à parábola do homem que descobriu um tesouro no campo e vende tudo para comprá-lo, e do homem que vende todas as suas pedras preciosas para adquirir a pérola de grande valor (Mt 13, 44-46). Mas o jovem prefere a “segurança” da riqueza e recusa o convite de Jesus! Devemos nos colocar no seguimento de Jesus, porque ele nos revelou a maior de todas as verdades: o amor de Deus por nós. O amor verdadeiro é exigente. O amor exige esforço e compromisso pessoal para cumprir a vontade de Deus. Significa disciplina e sacrifício, mas significa também alegria e realização humana. Por isso, trago aqui algumas palavras do Papa Bento XVI: Jesus convida o jovem rico a ir mais além da satisfação das suas aspirações e dos seus projetos pessoais, dizendo-lhe: “Vem e segue-me!”. A vocação cristã deriva de uma proposta de amor do Senhor e só pode realizarse graças a uma resposta de amor: “Jesus convida os seus discípulos ao dom total da sua
vida, sem cálculos nem vantagens humanas, com uma confiança sem reservas em Deus. Os santos acolhem este convite exigente e, com docilidade humilde, põem-se a seguir Cristo crucificado e ressuscitado. A sua perfeição na lógica da fé, às vezes humanamente incompreensível, consiste em nunca se colocarem a si mesmos no centro, mas decidirem ir contra a corrente, vivendo segundo o Evangelho”. A exemplo de muitos discípulos de Cristo, acolhei também vós, queridos amigos, com alegria, o convite a seguir Jesus, para viverdes intensa e fecundamente neste mundo. Com efeito, mediante o Batismo, Ele chama cada um a segui-lo com ações concretas, a amá-lo sobre todas as coisas e a servi-lo nos irmãos. Infelizmente, o jovem rico não acolheu o convite de Jesus e retirou-se pesaroso. Não encontrara coragem para se desapegar dos bens materiais a fim de possuir o bem maior proposto por Jesus. A tristeza do jovem rico do Evangelho é aquela que nasce no coração de cada um, quando não tem a coragem de seguir Cristo, de fazer a escolha justa. Mas nunca é tarde demais para lhe responder! Jesus nunca se cansa de estender o seu olhar de amor sobre nós, chamando-nos a ser seus discípulos; a alguns, porém, Ele propõe uma opção mais radical. Rezemos por toda a juventude. Peçamos a Deus que a fortaleça na sua graça. Que os jovens abracem com firmeza seus ideais e sejam capazes de infundir no mundo e na Igreja um novo vigor de paz e harmonia.
Papa Francisco
"A Palavra de Deus, a graça do Espírito Santo, não é ideologia: é vida que o faz crescer, ir avante". O Santo Padre Francisco afirmou que a Palavra de Deus também permite "abrir o coração aos sinais do Espírito, aos sinais dos tempos”. Por outro lado, a ideologia “é uma obstinação”. “A obstinação é também orgulho, é soberba. A teimosia, aquela teimosia que faz muito mal: fechados de coração, duros". "Mas eu tenho um coração teimoso? Cada um pense. Eu sou capaz de ouvir as outras pessoas? E se penso diversamente, dizer: 'Mas eu penso assim…' Sou capaz de dialogar? Os obstinados não dialogam, não sabem, porque se defendem sempre com as ideias, são ideólogos. E as ideologias, quanto mal fazem para o povo de Deus, quanto mal! Porque fecham a atividade do Espírito Santo", exclamou o Papa. Por esta razão, o Pontífice alertou sobre o perigo de ter um coração endurecido, um coração fechado" que não quer crescer, se defende, se fecha", e exortou cada um a se perguntar como é seu coração. "Podemos nos questionar: eu tenho o coração duro, tenho o coração fechado? Eu deixo o meu coração crescer? Tenho medo que cresça? E se cresce sempre com as provações, com as dificuldades, se cresce como crescemos todos nós quando crianças: aprendemos a caminhar caindo. Do engatinhar ao caminhar, quantas vezes caímos! Mas se cresce com as dificuldades", disse. Nesta linha, o Papa também alertou sobre o risco de ter um coração perverso pela "sedução do pecado" e acrescentou que "com a sedução, ou você se converte e muda de vida, ou tenta fazer pactos" até que você comece a ter "uma vida cristã dupla". Ao finalizar, o Papa invocou o Espírito Santo, para que “nos ilumine, para que ninguém tenha um coração perverso: um coração duro, que o leva à pusilanimidade; um coração obstinado que o leva à rebelião; um coração seduzido, escravo da sedução, que o leva a um cristianismo de pacto". Homilia do Papa Francisco em 17/01/19 www.acidigital.com/noticias
Desde os dias 21 a 28 de janeiro pude viver a minha terceira Jornada Mundial da Juventude, no Panamá juntamente com milhares de jovens do mundo todo. Foram dias de alegria, espiritualidade, fé e amizade que Deus nos proporcionou. A JMJ t ra n s cen d eu o n o s s o enten d imento e n o s proporcionou encontros inimagináveis. Dessa vez encarei esse desafio sozinho. Alguns amigos que iriam comigo tiveram algumas dificuldades e não puderam ir. Porém, me mantive firme. Uma viagem assim nunca é fácil, mas quando se tem a oração e o apoio de amigos, de familiares e da comunidade, o desafio fica sustentável. Fui muito bem recebido e logo fiz algumas amizades. Desde o aeroporto, senti que aquela Jornada seria diferente. Conheci alguns brasileiros e formamos um grupo. Tive a alegria de fazer amizade com alguns panamenhos que também entraram nesse grupo. Foi uma experiência maravilhosa de amizade. Pessoas que nunca se viram na vida criaram um laço sólido de amizade. Isso é JMJ. O povo panamenho se esforçou muito para receber esse evento. O país todo estava mobilizado para fazer o melhor para os jovens de todo o mundo. A paróquia Maria Auxiliadora do bairro de Pueblo Nuevo nos acolheu muito bem. Eram sorrisos sinceros que transbordavam alegria e orgulho de poder ajudar. A família que me acolheu foi outra grata surpresa. Com muita humildade e receptividade, deram o de melhor para mim, e cuidaram para que eu tivesse o melhor sempre. Essa acolhida me ensinou muito. A Jornada Mundial da Juventude se revela desde os momentos mais simples como nos atos mais centrais a celebração com todo o mundo, com a presença do Papa Francisco.
Destaco algumas experiências que me foram as mais lindas na JMJ: ser bem acolhido, pegar um metrô lotado de jovens e poder cantar em várias línguas, gritar “Brasil!” e todos vibrarem, andar com um chapéu verde e amarelo e ser parado constantemente para fotos, trocar, dar e receber presentes, distribuir e receber sorrisos sinceros, comunicar através de gestos quando as palavras faltam, “hablar un nuevo idioma” sem saber “hablar” direito.
Além de todos esses detalhes, os atos centrais foram de uma emoção enorme. Para mim, o mais lindo foi ver a multidão de jovens tremulando as bandeiras de seus países. Eram muitas as nacionalidades ali presentes, unidas por um só motivo: Jesus Cristo.
O Papa Francisco é a “cereja do bolo”. Sua presença é contagiante. Vê-lo, ainda que de longe em um telão, é muito emocionante. Suas palavras tocam o mais íntimo do nosso ser e nos impulsionam a ser melhores. Pedro, quando está no meio de nós, transforma nossas vidas e nos aponta para o Cristo. Consegui ver o Papa Francisco de perto apenas uma vez, no domingo antes da missa de encerramento, e fo i m u i t o e m o c i o n a n t e . F o ra m s e g u n d o s (literalmente) de rara felicidade, quando ele passou perto de todos em seu papamóvel. O Vigário de Cristo transmite a paz e o amor a todos nós através de seu sorriso. A Jornada Mundial da Juventude é assim, feita de detalhes e grandes coisas, promovida por um país a pedido do Papa e construída por milhares de mãos peregrinas. Muito mais que um evento, é sem dúvida uma experiência de vida que nunca se repete. Cada JMJ é única e especial. Não há uma melhor que a outra. Essa foi a minha terceira experiência e com certeza foi diferente das outras duas de que participei. Agradeço a todos que colaboraram para a realização desse sonho, seja com a doação em dinheiro, a compra de rifas e canecas, seja com a oração. Muito obrigado a todos! Que venha a Jornada Mundial da Juventude em Portugal 2022! Com certeza estarei lá! Não tenha medo de, assim como Maria, dizer “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!”. Deus espera o seu e o meu sim todo dia! Wender Batista Peregrino da Paróquia Sagrado Coração de Jesus Poços de Caldas-MG Diocese de Guaxupé
Aconteceu no dia 26 de janeiro, no salão paroquial do Sagrado, um retiro de espiritualidade específico para as equipes e ministérios que atuam na Liturgia da Paróquia. O tema do encontro foi “O verdadeiro sentido do serviço e do servir”. O tema foi apresentado pela assessora Maria Inês Moreira, que refletiu com todos os presentes, aprofundando, através de vários documentos da Igreja e da Palavra de Deus, o verdadeiro sentido do nosso chamado e da nossa missão no serviço do Reino de Deus. O Evangelho que norteou todo o encontro foi João 13, que narra o Lava-Pés. Jesus, através deste nobre gesto, ensina os discípulos que o maior tem que ser o menor. Ele mesmo disse: “Eu vim para servir e não para ser servido”. Entre os assuntos abordados, Maria Inês aprofundou os temas específicos sobre a Liturgia como: A Liturgia no mistério da Igreja; A importância da Liturgia na vida da igreja; A Igreja povo de Deus, em que refletiu a importância do leigo no serviço da Igreja e Jesus o Mestre, que veio para servir. Ainda do desenvolvimento do tema, Maria Inês citou trechos dos documentos de Aparecida, Sacrossanctum Concilum e A Alegria do Evangelho, do Papa Francisco. Padre Lucas falou sobre a parte prática do servir a comunidade, e deu algumas orientações ao trabalho da Liturgia de maneira geral na Paróquia. O encontro teve vários momentos de espiritualidade com oração, um momento de dinâmica com as rosas, e também o gesto simbólico do Lava-Pés, que foi realizado dois a dois com todos os participantes. Este foi um momento muito rico e cheio de significado. E, para fechar com chave de ouro o encontro, aconteceu a adoração ao Santíssimo, onde, diante de Jesus, todos puderam renovar o seu compromisso e o seu Sim ao chamado que Deus confiou a cada um. Foi um dia especial de crescimento e aprendizado para todas as pessoas presente.
Maria Ines Santos Moreira Assessora do encontro
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Mais uma “abominação da desolação”, como disse Jesus no Evangelho de Marcos, referindo-se aos absurdos nascidos das ganâncias e descasos com o outro, com a verdade e com o bem de todos: mais uma barragem rompida em Minas Gerais, agora em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Arquidiocese de Belo Horizonte une-se a cada um dos atingidos, compartilhando suas dores. Nossas comunidades de fé, especialmente às que servem ao Vale do Paraopeba, estejam juntas, para levar amparo, ajuda, a todos que sofrem diante de tão lamentável tragédia. Os danos humanos e socioambientais são irreparáveis e apontam para uma urgência, já tão evidente: é preciso repensar modelos de desenvolvimento que desconsideram o respeito à natureza, os parâmetros de sustentabilidade. Uma triste coincidência: nesta sexta-feira, dia 25, quando uma barragem se rompe no coração da nossa amada Brumadinho, entrou em pauta, no Conselho da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, autorização para a retomada da mineração na Serra da Piedade. Uma tragédia se efetiva e outra se anuncia. A Arquidiocese de Belo Horizonte defende, incansavelmente, de modo inegociável, a natureza, obra do Criador, compreendendo que o ser humano, as plantas e os animais devem viver em completa harmonia, pois são todos habitantes do planeta, a Casa Comum. Rezemos pelas vítimas desta tragédia, unidos ao coração de cada pessoa e de todas as famílias que sofrem, renovemos, mais uma vez, o nosso compromisso com a solidariedade. É urgência minimizar a dor dos atingidos por mais esse desastre ambiental, sem se esquecer de acompanhar, de perto, a atuação das autoridades, na apuração dos responsáveis por mais um triste e lamentável episódio, chaga aberta no coração de Minas Gerais. A justiça seja feita, com lucidez e sem mediocridades que geram passivos, com sentido humanístico e priorizando o bem comum, com incondicional respeito e compromisso com os mais pobres. Minas Gerais está de luto. (*) Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, a qual pertence a cidade de Brumadinho
Hoje, colaborar com a Partilha, uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, que todo batizado deve assumir; é antes de tudo uma grande graça, pois é uma forma concreta que o cristão tem para manifestar a sua fé em Deus e o seu amor ao próximo, já que é por meio dele que a Igreja se mantém em atividade, sustenta seus trabalhos de evangelização e realiza muitas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos. Pela Partilha, podemos viver as três virtudes mais importantes para todo cristão: a Fé, a Esperança e o Amor-caridade, que nos levam mais perto de Deus. A Partilha é um compromisso. Representa a nossa vontade de colaborar, de verdade, com o Projeto Divino neste mundo. A entrega da Partilha normalmente é mensal, porque a maioria das pessoas recebe salário todo mês. Já os que recebem semanalmente, por exemplo, podem combinar de entregá-lo uma vez por semana. O importante é saber que a Partilha deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que se recebem os ganhos regulares.
Já as ofertas são doações espontâneas, com as quais o fiel também pode e deve participar da vida em comunidade, mas nesse caso não existe a regularidade, como no caso da Partilha. Você pode e deve doar na hora do ofertório, durante as Missas, ou fazer depósitos nas caixas de coleta, mas não se trata de um compromisso fixo assumido com Deus, e sim de uma manifestação de amor e de confiança. Cada vez mais católicos se conscientizam da importância da Partilha e das ofertas. É bom encontrar as igrejas limpas, bem equipadas, com tudo funcionando bem... Mas, infelizmente, muitos se esquecem de que, para isso, todos precisam colaborar! Somos a Família do Senhor, e cada templo da Igreja é uma casa de todos nós. A Igreja conta com o seu desejo de viver em Cristo, de assumir de fato o papel e a missão de ser, junto com seus irmãos de fé, membro de um mesmo Corpo: aceite o chamado de nosso Pai Eterno e diga sim ao compromisso de levar adiante os trabalhos evangelizadores da sua paróquia. Informe-se sobre como se tornar um colaborador ou colaboradora da Partilha e faça bem a sua parte. “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.”
Fonte: O Fiel Católico
O calor esta tão forte que eu começo a gostar de quem fala cuspindo... Está tão calor que parece que o sol está abraçando todo mundo pra tirar um selfie. Previsão do tempo: Calor torturante pela manhã, sol insuportável à tarde e uma brisa abafada durante a noite! Sou contra a violência mas gostaria de ver umas pancadas de chuva. Esse calor está maltratando mais que amor não correspondido. Está tão calor que mandar uma pessoa tirar o cavalinho da chuva virou elogio. O sol é para todos, a sombra é para poucos, mas o ar-condicionado é para quem pode. Tá tão calor que me mandaram eu tirar o cavalinho da chuva e eu fui pra ficar no lugar dele. Não me jogue indiretas, me jogue em um lugar com ar-condicionado. Nível de Calor: assistindo aos Jogos de Inverno para ver se refresca um pouco.
Direção: Padres Lucas e Graciano