Junho - 2019

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ANO XX

JUNHO DE 2019

POÇOS DE CALDAS - MG

Nº 230

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA


Padre Lucas Muniz

Mês de junho é mês do Sagrado C o r a ç ã o d e J e s u s . Po r i s s o , n o s s a comunidade está em festa. Não é somente comemorar uma data, mas olhar para o coração de Cristo que se abre à humanidade e pedir que o nosso coração seja semelhante ao dele. O Coração manso e humilde de Jesus é sinal de como deve ser o nosso coração. Como discípulos de Jesus é nele que temos que nos espelhar para viver como filhos e filhas de Deus. Celebrar o Sagrado Coração de Jesus é celebrar o amor de Deus que se revela à humanidade por meio de seu Filho. É o coração de Deus que se abre a nós trazendonos a salvação. É a festa do amor de Deus, como disse o Papa Francisco nessa festa em 2018. Disse o papa que: “Não somos nós que amamos Deus, mas é Ele que nos amou por primeiro, Ele é o primeiro a amar”. É um amor que não se pode entender. O amor de

Cristo que supera todo conhecimento. Supera tudo, tão grande é o amor de Deus. E um poeta dizia que era como “o mar, sem margens, sem fundo …”: mas um mar sem limites. E este é o amor que nós devemos entender, o amor que nós recebemos. Como Deus manifesta o amor? Com as grandes coisas? Não: se rebaixa, se rebaixa, se rebaixa com esses gestos de ternura, de bondade. Faz-se pequeno. Aproxima-Se. E com esta proximidade, com este rebaixamento, Ele nos faz entender a grandeza do amor. O grande deve ser entendido por meio do pequeno. Celebrar o Sagrado Coração de Jesus é a celebração que vem do amor como início, que se dirige ao amor como finalidade e que perpassa pelo amor. Celebrando este grande Amor de Deus por nós, somos convidados a renovar nossa devoção a Jesus, manifestado concretamente na vivência deste amor na família, na partilha do pão com os necessitados, na alegria de celebrar em comunidade a Eucaristia que é Vida de Jesus entregue por nós, “eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10). Celebrar o Coração de Jesus tornase uma importante ocasião pastoral para que toda a comunidade cristã novamente se sensibilize para fazer da vida de Cristo o coração da própria vida. A devoção ao Sagrado Coração tem sua origem na própria Sagrada Escritura. O coração é um dos modos para falar do

infinito amor de Deus por toda humanidade. Este amor chega a seu ponto alto com a vinda de Jesus em sua Encarnação. A devoção ao Sagrado Coração aparece em dois acontecimentos fortes do evangelho: o gesto de São João, discípulo amado, encostando a sua cabeça em Jesus durante a última ceia (cf. Jo 13,23); e na cruz, onde o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança (cf. Jo 19,34). Em um temos o consolo pela dor da véspera de sua morte, e no outro, o sofrimento causado pelos pecados da humanidade. Após uma fase de esquecimento na Idade Média, esta devoção ganhou novo impulso após as visões de Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690), difundidas por seu confessor São Claude de la Colombière (1673-1675). Era uma época difícil, onde havia uma heresia chamada Jansenismo, que pregava um cristianismo triste, onde poucos se salvavam, onde se disseminava um medo de receber Jesus eucarístico. Para eliminar essa tristeza Jesus mostrou seu Coração humano e misericordioso a Santa Margarida, como tábua de salvação para todos os pecadores que nele confiassem. Então convido a todos a virem celebrar conosco essa grande festa, esse grande momento de experimentar o amor de Deus por nós. E juntos, como comunidade dizermos “Coração santo, Tu reinarás, Tu nosso encanto sempre serás”, pedindo que faça o nosso coração semelhante ao Dele.


LUGAR E ALIMENTO Jesus, explicou o Papa, prepara para nós um lugar e um alimento. "Um lugar muito mais digno do que a ‘grande sala mobiliada’ do Evangelho. É a nossa casa espaçosa e ampla aqui na terra, a Igreja, onde há, e deve haver, lugar para todos. Mas nos reservou também um lugar lá no Céu, no Paraíso, para estarmos com Ele e uns com os outros para sempre." Além do lugar, Jesus nos prepara também um alimento, um Pão que é Ele próprio. "Estas duas dádivas – o lugar e o alimento – são tudo aquilo que precisamos para viver. São a alimentação e a morada definitivas. E ambas nos são dadas na Eucaristia."

CORAÇÃO PALPITANTE A Eucaristia, prosseguiu Francisco, é o coração palpitante da Igreja, é a única matéria, nesta terra, que tem verdadeiramente sabor de eternidade. "É o pão do futuro, que já agora nos faz saborear um futuro infinitamente maior do que as mais risonhas expectativas. É o pão que sacia os nossos maiores anseios e nutre os nossos mais belos sonhos. Numa palavra, é o penhor da vida eterna, isto é, uma antecipação concreta daquilo que nos será concedido. A Eucaristia é a marcação, a «reserva» do paraíso."

FOME DE AMOR Na Hóstia consagrada, além do lugar, Jesus nos prepara o alimento. Na vida, nos nutrimos não só com alimentos, mas também com projetos e afetos, anseios e esperanças. As tecnologias mais avançadas não bastam: temos fome de ser amados. Na Eucaristia encontramos realmente Jesus, sentimos o seu amor. O Papa faz uma exortação: "Queridos irmãos e irmãs, escolhamos este alimento de vida: ponhamos em primeiro lugar a Missa,

voltemos a descobrir a adoração nas nossas comunidades! Peçamos a graça de nos sentirmos esfomeados de Deus, de nunca nos fartarmos de receber o que Ele prepara para nós.”

LOCAIS DESCONFORTÁVEIS, NÃO EXCLUSIVOS Para nos preparar para este lugar e alimento, Jesus nos indica suas preferências: não locais exclusivos e excludentes, mas desconfortáveis: "Há tantas pessoas privadas dum lugar decente para viver e do alimento para comer! Mas todos conhecemos pessoas sozinhas, atribuladas, necessitadas: são sacrários abandonados. Nós, que recebemos de Jesus alimentação e morada, estamos aqui para preparar um lugar e o alimento para estes irmãos mais frágeis."

A EUCARISTIA SE TRADUZ NA VIDA Jesus pede que nos doemos aos outros, que deixemos de viver para nós mesmos, mas vivamos um para o outro. É assim que se vive eucaristicamente: derramando sobre o mundo o amor que recebemos da carne do Senhor. A Eucaristia traduz-se, na vida, passando do eu ao tu. Para isso, é preciso abater os muros da indiferença e da conivência, remover as grades dos abusos e arrogâncias, abrir os caminhos da justiça, da equidade e da legalidade. “A Eucaristia convida a deixar-nos levar pela onda de Jesus, não ficar arenados na praia à espera que chegue qualquer coisa, mas zarpar livres, corajosos, unidos." Fonte: Vaticano News




Caros (as) leitores como havia dito na edição anterior do nosso Jornal “UM SÓ CORAÇÃO” Este será um espaço de Formação Catequética Permanente e Interativa com a comunidade e catequistas esperamos que seja uma formação útil e agradável para todos que dela participarem! Estimados (as) Leitores mais um mês estamos aqui para realizar através do nosso Jornal “Um Só Coração” nossa formação interativa com a comunidade e com os catequistas! Nos meses anteriores abordamos dois assuntos de extrema compreensão sobre o que é Catequese e Jesus como iniciador deste processo e o catequista como continuador do processo! Nesta edição o tema abordado será: COMO TORNAR-SE CATEQUISTA Catequizar nos enche de alegria como também de muitas preocupações. Ser catequista não é fácil. É muito mais simples ensinar umas respostas do catecismo, para guardá-las na memória do que fazer catequese. A verdadeira catequese não é nem deve ser teórica, é VIDA, é ação. Sendo assim quando nos programamos conhecemos melhor a realidade que queremos transformar com a Palavra de Deus. Ser catequista é um chamado de Deus! Sendo assim a vocação é dada pelo próprio Deus. Não ouvimos a voz de Deus diretamente nem o vemos. Ele se comunica conosco através de “sinais” ou mediações. Pode ser uma pessoa, uma leitura, algum acontecimento marcante que faz um forte apelo a nós e que nos leva a um engajamento, a uma ação, a um compromisso. Isto é o que chamamos de vocação, isto é, o chamado que Deus nos faz para assumirmos nossa missão de batizados em algum trabalho específico na Igreja e na sociedade. O Diretório Diocesano de Catequese afirma que: “Sem possuir sinais de vocação ao Ministério Catequético, ninguém conseguirá exercer de maneira eficaz este serviço eclesial” ( DDC 52). A VOCAÇÃO NA BÍBLIA Para entender melhor como é que Deus chama, podemos ver como se dá a vocação nas Sagradas Escrituras. A Bíblia está cheia de relatos e chamados.

Todos tem praticamente o mesmo desenvolvimento: · Deus chama em uma situação concreta; · Ele se manifesta por algum “sinal”; · Confia a pessoa chamada uma missão ou tarefa; · A pessoa chamada, muitas vezes, resiste ou questiona. Às vezes tenta “Fugir”; · Deus promete sua ajuda e força; · Finalmente a pessoa se rende e assume sua missão. (Um aspecto interessante é que Deus, na Bíblia, chama jovens e idosos, homens e mulheres). PENSEMOS COM SERIEDADE O QUE É SER CATEQUISTA? Um sinal de que somos chamados para determinada tarefa é possuirmos certas qualidades. Supõe também uma preparação dentro das possibilidades humanas, nenhuma vocação ao chamado a ser catequista se sustenta sem uma Formação Inicial e permanente. A Vocação é graça e Deus promete sua força, mas exige também da pessoa chamada esforços para que possa trabalhar através dela. Nosso Diretório Diocesano de Catequese apresenta seis principais exigências para a escolha de novos catequistas: · Vivencia pessoal e comunitária de fé; · Maturidade psicológica e equilíbrio afetivo; · Capacidade para dialogar; · Participação na comunidade em que vai atuar; · Disposição para trabalhar em grupo e em comunidade; · Disponibilidade. (Reservar tempo para servir com generosidade a Deus autor da nossa vida) Quando aceitamos ser catequistas tomamos consciência de que nossa opção é uma resposta ao chamado de Jesus Cristo. Como os apóstolos podemos continuar o projeto de Jesus que

fundamentalmente é: “Levar a boa notícia aos pobres e libertar os oprimidos...” (Lc4,18). Na catequese temos que nos comprometer a ajudar e levar nossos catequisandos nos caminhos da fraternidade da justiça da liberdade e da paz. Deus nos criou para sermos pessoas livres de qualquer atitude que não gere vida! Assim podemos dizer que a nossa opção é por Cristo e pelos irmãos. Em nossa Paróquia atualmente temos 16 Catequistas que atuam nas diversas fases: Criança, Jovens e adultos. Neste início do mês de junho terminamos de preparar mais 11 novos catequistas! Uma verdadeira benção e graça! Pois em meio a tantos desafios que a atual sociedade nos condiciona, ainda surge verdadeiras vocações em nossa Igreja! Termino aqui com o convite do próprio Deus “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão vitoriosa (Isaías 41:10)!” e se você que sente o chamado de Deus em sua vida não recue diga seu sim assim como a Virgem disse, e a partir do sim de Maria o Projeto de Deus se realizou! Nas próximas edições Iniciaremos temas extremamente pertinentes como: Bíblia e Sacramentos. Que a força de Jesus ressuscitado esteja sempre presente em nossas vidas! Proposta: Ler o texto que fala da vocação de Moisés (Ex 3,1-5 e 4,10-17) e fazer uma leitura Orante refletindo o chamado de Deus em sua vida! 1. Qual a situação concreta que Deus Chama? 2. Qual o sinal que Deus envia a Moisés? 3. Qual a missão que lhe é dada? 4. Moisés resiste? 5. Deus promete sua ajuda? Como? 6. Moisés assume sua missão, como todo livro do Êxodo nos mostra. Maria Inês S. Moreira (Catequese Paroquial)


NOSSA ECONOMIA - MAIO DE 2019

Mais do que uma colaboração, o Dízimo é um gesto de amor, gratidão, fé, partilha, e, sobretudo, agradecimento a Deus. Sabemos que é com esta partilha que a nossa Igreja se mantém viva, já que o Dízimo é um gesto que deve partir de nós para devolver a Deus, com fidelidade, uma parte de tudo aquilo que Ele próprio nos dá. A Partilha é a expressão de nossa gratidão a Deus manifestada na oferta de uma parcela de nossos bens. Partilha é comunhão: aproximanos de Deus e dos irmãos e faz com que não falte o pão na mesa dos menos favorecidos. A partilha nos educa para a gratidão e para a generosidade. Ele nos leva a abrir os horizontes da nossa mente, a abrir o nosso coração e nossas mãos. A Partilha nos lembra que, além do nosso pequeno mundo, existe uma multidão de irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai, precisando de nossa solidariedade. A Partilha nos ajuda a reconhecer que tudo recebemos de Deus por pura gratidão, e nos leva a dar uma pequena parte do muito que recebemos. “Deus ama a quem dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras”. (IICor 9,6-8).


A Pastoral da Partilha, os padres Lucas e Graciano, juntos com toda a comunidade paroquial desejam aos aniversariantes, muitas felicidades, um crescimento na fé e na fraternidade para que todos os atos sejam para o fortalecimento de todo o Povo de Deus! A importância da terapia O pq fazer terapia? A busca por ajuda não é um sinal de fraqueza, o poder está nas palavras, O apoio de um profissional costuma ser decisivo para resolver ansiedade, depressão e outras angústias. A missão é auxiliar o paciente a refletir e identificar as origens de um sofrimento para, a partir daí, estabelecer as maneiras de vencê-lo.

– Pare de procurar as causas para sua aflição como se elas em si fizessem o trabalho de mudança sozinho. Insight sem trabalho duro não muda ninguém. – Ainda que você ache que as pessoa a sua volta são problemáticas você é o centro da sua vida que realimenta essa doença ou não. Se está com problemas é porque tem alimentado o problema e, portanto, você é parte dele. – Sair bem de uma sessão não é sinal que ela funciona, a terapia não é uma sessão de massagem, mas de consciência de si mesmo.

A terapia é indicada tanto para doenças de média ou alta complexidade e duração – como na depressão, no transtorno de ansiedade generalizada, no autismo, na bipolaridade e nas dependências – quanto para queixas pontuais e limitadas, caso de superação de traumas, lutos, perdas de emprego ou términos de relacionamento amoroso. Há ainda quem busque um psicoterapeuta para se conhecer melhor ou até para aprimorar o desempenho na escola ou no trabalho. Mas, para que tudo isso funcione, é preciso saber eleger o profissional ideal, que você sinta confiança.

– O desligamento da terapia deve ser conversado com o profissional, mesmo que o motivo seja ele. Como em qualquer relação da sua vida não desapareça sem dar fechamento nas coisas.

A primeira consulta é outro momento-chave dessa história. Quem nunca fez terapia não sabe bem o que esperar, muito menos como se comportar ou relatar as queixas que o levaram até ali. “As pessoas acham que você é obrigado a se abrir e falar tudo logo de cara. Não é assim: vá à sessão o mais relaxado possível”, Se você sentir necessidade, uma ideia é anotar no papel seus principais incômodos e aflições. Escrever organiza os pensamentos e permite destacar os temas que o paciente deseja trabalhar durante a psicoterapia.

– O pagamento da terapia tem duas funções, remunerar o profissional em questão para que ele seja feliz nas suas realizações pessoais (e continuar equilibrado) e livrar você do peso por ter compartilhado sua sobrecargas.

No futuro, essa iniciativa pode dar origem a um diário, um espaço para registrar os principais marcos e conquistas do processo. A psicoterapia não pretende mudar a realidade externa, física ou social, mas a pessoa e sua percepção das coisas. Supõe-se radicalmente que é a única coisa que depende de si mesma, onde há, em última análise, uma maior capacidade de controle. Seu objetivo é recuperar o ser humano, recuperar seu autocontrole e autodeterminação. Isso implica, de certa forma, confrontá-lo consigo mesmo, mudar um comportamento, sentimento ou pensamento que o impede de ter uma real sensação de vida que se expande e o beneficie. Você até tenta identificar porque chegou nesse estado. É o estresse dia a dia, a ansiedade. As relações no ambiente de trabalho, o chefe que não para de cobrar, a alta expectativa que você tem sobre tudo também dificulta as coisas. Pode ser também muita auto cobrança, o(a) companheiro(a) que só desgasta ainda mais o seu dia. E as birras das crianças? A crise política, o alto preço das coisas, aquela viagem que você queria ir e não foi, aquele carro que você não tem. A doença de um ente querido, a falta de tempo para estar com quem se gosta. É frustração atrás de frustração? Algumas vezes você pode se sentir triste e desanimado, e percebe que isso está durando um pouco mais do que deveria. Você tem vergonha de falar para as pessoas mais próximas, sua família e seus amigos. Você até desabafa, mas não consegue mudar a situação. Se vê sem esperanças, sente que as pessoas já não te entendem mais. No meio dessa situação que você nunca tinha se visto, você não sabe o que fazer. Sua autoestima está baixa, a sua autoconfiança também. É tudo novo e bem desanimador, você tenta de um lado e de outro e seu sentimento não muda. São inúmeros os motivos que podem trazer uma pessoa a fazer a psicoterapia, mas, em geral, busca-se o alívio para algum sofrimento. Certamente, a aflição que é sentida é produto do ambiente no qual se vive, produzindo, dessa forma, sentimentos negativos. Ansiedade, tristeza, angústia, medo, pânico, escolhas confusas são presentes no consultório. Os sentimentos são expressos verbalmente na terapia e cabe ao profissional de Psicologia o acolhimento e a compreensão do que se passa com você nesse momento. Ele irá te escutar e fazer perguntas que te faça refletir sobre o seu dia a dia. A maioria das pessoas, de forma intuitiva, prestam atenção no comportamento umas das outras. Em situações de trabalho isso é bastante comum, se aquele colega chega no horário, cumpre tarefas, segue as regras e procedimentos impostos, avaliamos o comportamento do outro, com a nossa perspectiva, olhar e valores os quais julgamos ser certo ou errado, ou seja, de acordo com o senso comum, método. O trabalho de um psicólogo é avaliar, entender e interferir nesse comportamento, porém não utilizando o que é do sendo comum, mas fazê-lo através da ciência, a isso se dá o nome de psicoterapia.

Sobre a terapia – A terapia bem aproveitada não é necessariamente semanal ou anual, mas aquela com a qual você se compromete sobre a mudança. A maior periodicidade vai facilitar o entrosamento da dupla terapêutica. – Os dias e horários marcados devem ser olhados com carinho. Afinal, são espaços de tempo que dedica para seu desenvolvimento humano. A responsabilidade pela presença e ausência é do paciente. – O terapeuta é só um facilitador do processo de autodescobrimento e não o responsável pela sua melhora. – Se você discute algo em sessão coloque em prática, pois o remédio só faz efeito se introduzido no organismo doente. Só acreditar que ele funciona não o torna realmente eficaz. – A sua relação com o terapeuta também é uma forma de descobrir como se relaciona com o mundo. – Os temas desagradáveis da terapia são especialmente importantes porque podem sinalizar a sua área de resistência para mudança.

Três homens bêbados entraram em um táxi. Quando o taxista percebeu a embriaguez deles, pensou em ganhar um dinheiro fácil. Ele, então, ligou o motor do carro, desligou-o novamente e disse: "Chegamos ao seu destino". "Obrigado, meu camarada. Toma aqui o dinheiro", disse o primeiro homem ao descer do táxi. O segundo homem agradeceu-o com entusiasmo. O terceiro homem deu-lhe um soco na cara. "Por que você fez isso?", gritou o motorista surpreso, pensando que ele havia sido descoberto. E o bêbado diz: "Pra que correr tanto, idiota. Não deu nem tempo de colocar o cinto.

– Sair mal de uma sessão não é sinal de que ela foi ruim, só que algo de perturbador aconteceu e isso pode ser um bom sinal.

– Ainda que você desapareça da terapia ou de qualquer encontro que promova sua transformação você não poderá desaparecer de si mesmo por muito tempo sem consequências.

– Ódios e amores que nutre pelas pessoas só representam algo sobre você mesmo. – Tudo o que diz sobre os outros em sessão diz respeito a si mesmo, ainda que a pessoa mencionada possa ser muito parecida com sua descrição. – Não tenha pressa para resultados imediatos e a qualquer custo, as camadas que causam perturbação podem ser mais delicadas do que imagina. Terapia não é açougue, afinal o que está em jogo é sua vida e não o seu desespero por mudança. – Muitas vezes você não quer mudar efetivamente, mas só tem um desejo de querer mudar. A terapia só acontece quando você entende que a mudança é a única solução e só pode ser feita por você. – Qualquer mudança necessita de um grau de desapego, sem isso você só muda os personagens e o jogo permanece o mesmo. – Não fique afoito por se fazer entender ao terapeuta, ele não precisa conhecer cada mínimo detalhe de sua história pessoal para ajudar você. – É bem provável que a causa do seu problema seja sua própria necessidade de estar sempre sendo atendido em seus caprichos emocionais. – Pense com calma sobre o assunto de cada sessão, afinal, é um momento precioso sobre sua vida, não desperdice esse tempo tentando resolver o problema bombástico da semana se ele distrair você da questão central que se propôs a mudar. – Não tenha receio de criar dependência do terapeuta, se isso acontecer converse sobre o assunto. – Psicólogos também são seres humanos, não espere uma resposta que esteja além do alcance humano. Por que não se deve fazer terapia? – Para encontrar um culpado pelo seu mal-estar. – Para tercerizar ao terapeuta a real solução do problema. – Para fazer investigações sobre si mesmo (no seu passado) e continuar do mesmo jeito ou se torturando. Para mudar um comportamento, sentimento ou pensamento que o impede de ter uma real sensação de vida que se expande e beneficia os outros.

Direção: Padres Lucas e Graciano


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