um triz
Artigo fala sobre
turno
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turno
Se Lula ou Bolsonaro, um ou outro, for o vencedor no dia 30 de outubro, será por quase nada. É o que as pesquisas começam a mostrar nesses últimos dias sobre a diferença de votos que separam os protagonistas. Os índices de ambos denotam a divisão da comunidade política em duas grandes fatias, quase do mesmo tamanho.
A duas semanas do pleito, o país vive um clima de alta tensão, como nunca se viu na história dos pleitos eleitorais. Nem na acirrada disputa Collor versus Lula, no 2º turno ocorrido em 17 de dezembro 1989, quando o alagoano foi eleito com pouco mais de 53% dos votos.
A campanha, como era previsível, baixou de nível. A referência a crianças da ilha de Marajó, que teriam sido vítimas de abuso sexual, conforme declaração da ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, mais parece um golpe de marketing para favorecer um candidato. Os pedidos para que a hoje senadora eleita pelo DF mostrasse provas de sua gravíssima fala não foram atendidos.
O uso da religião como anzol para atrair o eleitorado é constante e intenso. Não se trata apenas da presença do presidente Bolsonaro no evento do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, ou em Aparecida, na festa da Padroeira do Brasil, dia 12, quarta feira última. Os evangélicos, e principalmente as mulheres, estão no centro das atenções dos candidatos, integrando a agenda política.
Impressiona o volume de espaço que igrejas neopentecostais ganham na mídia, em clara invasão do Estado laico pela religião. O lema “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” é jogado do baú das citações. Bispos e pas tores, alguns com passagem pelos corredores da Justiça, são assíduos frequen tadores de palanques eleitorais. Outros puxam o voto dos crentes para colocar parentes no Congresso Nacional. (Um deles elegeu dois filhos como deputados federais, um no Rio, outro em São Paulo).
Ondas de fake news inundam as redes sociais, ancorando-se até na participa ção de parlamentares que assumem publicamente posturas aéticas. As equipes de marketing das campanhas defrontam-se com barreiras intransponíveis, como a divisão desordenada do mando sobre as estruturas de comunicação e a improvi sação para corrigir destemperos de candidatos. As gafes brotam dos dois lados, ou melhor, da garganta dos dois contendores.
Os integrantes de prestígio das duas bandas –, figuras não eleitas, governa dores eleitos no 1º turno, lideranças e afins –, são convocados para gravar falas de apoio aos candidatos na esteira de um esforço para fisgar eleitores indecisos, aqueles que não estão dispostos a votar no dia 30 deste mês, e um grupo que se mostra inclinado a mudar de posição.
Pesquisas mostram que um contingente próximo dos 10% do eleitorado sinali za intenção de mudar o voto. A abstenção, se aumentar, favoreceria Bolsonaro e prejudicaria Lula. Daí a atenção de ambos para algumas praças, como a região nordestina (27% dos votos) e o poderoso universo eleitoral do Sudeste, reunindo os três maiores colégios eleitorais do país (SP, com 34 milhões de eleitores, MG, com 16 milhões e RJ com 12 milhões).
Lula exibe avassaladora votação no Nordeste, a partir de Pernambuco, onde tem entre 65% e 70% dos votos. Precisa garantir suas posições e, sob essa razão, se faz presente à região. Bolsonaro carece melhorar a posição em Minas Gerais, e aumentar a votação em São Paulo, sem deixar de olhar para seu reduto origi nal, o Rio de Janeiro. Ambos olham com preocupação os índices de pesquisas, mesmo que Bolsonaro só acredite no que chama de “Datapovo”. Entende que Lula não junta multidão como ele consegue.
Já os Institutos, nessa reta final, tendem a afinar suas metodologias para evi tar desmoralização e ganhar credibilidade. Os dados começam a mostrar disputa acirradíssima entre os dois. O que, mais uma vez, faz emergir a questão: e se um candidato ganhar por minguados votos? “Por um triz”? Se Bolsonaro perder por pequena diferença, já se sabe: vai haver grita. Não foi por acaso que convocou suas bases a cercar as seções eleitorais depois de votarem. Pretende jogar suas bases na rua. Juntar a massa para protestar. Se ganhar por pouco, também teria interesse em ver seu eleitor na rua, seja para comemorar, seja para exigir uma vitória maior. As cartas parecem ser essas.
Em suma, a paisagem não deixa ver sombras de harmonia social. Apenas muita poeira no horizonte. Um ciclone tropical, lá pelo final do mês, pode varrer o país com uma tempestade de grande dimensão.
A democracia brasileira terá condições de suportar trancos e barrancos? Mais uma vez, este analista repete: sem apoio social, nenhum movimento de ruptura do tecido institucional resistirá. Fenecerá qualquer tentativa de arruinar nosso edifício democrático.
Frequentemente ouvimos dizer que nossa sociedade está em crise, uma crise sem precedentes, porque afeta diretamente o ser humano: “crise antropológica”. A crise em si mesma não é ruim, tanto na vida pessoal como social, pois nos faz crescer, se a assumimos e buscamos soluções. Como a própria palavra diz no seu significado original grego, crise é momento de separação, discernimento e escolha.
A crise que atravessamos no seu aspecto mais evidente é uma crise moral, ética. Perdemos referências e valores morais. Não há reação ao mal, à má admi nistração, à violência, nem preocupação com o sofrimento alheio. É a vitória da esperteza e do levar vantagem em tudo. Principalmente falta direção ao conjunto da sociedade para resolver os graves problemas que a afeta.
Nestes últimos anos, cresceu o número dos moradores de rua nas cidades, a fome vai se espalhando. As vítimas de um sistema social injusto e desigual, numa sociedade onde há sempre mais ricos, à custa da multiplicação da miséria, tendem a ser absorvidas nas estatísticas. Acabam vistas como um fato natural de um “novo normal” (perverso). É a “banalidade do mal” no dizer da filósofa Hannah Arendt.
Em meio a tudo isto, Jesus nos convida a olharmos mais atentamente para as necessidades dos pobres. Para estarmos bem com Deus precisamos passar pela vida do próximo, pois o maior mandamento é o amor a Deus que passa pelo amor aos irmãos.
Daí o grande apelo à solidariedade que brota do Evangelho. Quando nos lembramos dos dez mandamentos, é nítido que o amor de Deus vem primeiro na ordem dos princípios, mas o amor ao próximo vem primeiro na ordem prática, como ensinou Santo Agostinho.
Temos necessidade de vencer a cultura individualista, na qual estamos mergulhados. Ela degrada as relações sociais, em especial as relações familiares. Somos levados a pensar que para sermos felizes precisamos amar primeiro a si mesmo, como se uma áurea egocêntrica, centrada em si mesmo é que vale a pena: eu em primeiro lugar e acima de tudo e de todos, o resto não interessa.
Diante da crise moral, política, sanitária, econômica, etc. que atravessamos, é necessário voltar aos dez mandamentos da Lei de Deus, os quais Jesus resumiu num só mandamento: Amar. Há necessidade de uma mudança, conversão pesso al, individual e social neste sentido.
A responsabilidade de cada é evidente, mas também a responsabilidade do Poder Público que, de forma coordenada e planejada deve ser capaz de implementar políticas públicas, para termos uma sociedade mais justa e fraterna. É isto que justifica a existência do Estado, dos governos e da política, a qual é trabalho em prol do bem comum.
Jesus fala de um olhar interior luminoso. O olho não tem luz própria, mas ilu minado pela fé em Deus e no próximo torna-se janela da alma, capaz de enxergar as soluções e viabilizá-las. É preciso um olhar diferente sobre o mundo, um olhar de compaixão e misericórdia. Veremos que em qualquer momento de crise, isto faz a diferença.
Abaixo
Isso a gente encontra em várias áreas. A gente sempre está quebrando a cara nas tais das brechas, porque essas brechas existem. A nossa sensação como cidadão brasileiro é de que Justiça nunca é feita no nosso país, ou nunca na dimensão em que o crime é praticado.
Disse Sonia Abrão sobre a soltura do ator José Dumont.
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Em quem você vai votar para presidente da república?Gaudêncio Torquato é jornalista, escritor, professor titular da USP e consultor político Dom Pedro Carlos Cipollini é bispo de Santo André
A Linha da Cultura apre senta a exposição Metrô Sustentável com imersão no imaginário do painel Inter -relação entre o Campo e a Cidade, de Aldemir Martins.
A obra original de 25 me tros resultou numa interven ção visual que ocupa 650 m2 da Estação Tatuapé e abriga a proposta da exposição, que busca conscientizar o públi co sobre o impacto que al ternativas ecológicas podem causar na nossa sociedade.
No resultado desta parce ria com o Coletivo ASAS. br.com, os passageiros po derão ainda conferir um re gistro visual das iniciativas do Metrô de São Paulo para desenvolver ainda mais al ternativas ecológicas para a operação do transporte que já apresenta a menor emis são de gases poluentes para nossa atmosfera.
Dentre os assuntos abor dados, o público é apre sentado às medidas de economia de água e de energia elétrica, à reade quação urbana do corredor da Linha 15-Prata do Mo notrilho e ao envolvimento do Metrô na promoção de educação ambiental para os passageiros.
A obra Inter-relação en tre o Campo e a Cidade, do pintor, gravador, desenhista e ilustrador nordestino Alde mir Martins, que tem em seu repertório a premiação de melhor desenhista interna cional na 28ª Bienal de Ve neza de 1956, fez essa obra em homenagem àqueles que deixaram os interiores do Brasil rumo às cidades, que enfrentaram a modernidade sem esquecer as origens.
Exposição Metrô Sus tentável está disponível na estação Tatuapé, Linha 3-Vermelha de 26 de setem bro até dezembro/2022.
Filha de uma escriturária e de um inspetor de alunos, a jovem Adrine de Souza, de 26 anos, moradora do dis trito Iguatemi, no extremo leste da capital paulista, após anos dedicado aos estudos, provou que é possível sim formar cientistas em locais onde a distribuição de renda e o desenvolvimento huma no são baixos.
Antes mesmo de realizar o sonho de ir fazer carreira fora do Brasil, a estudante, que foi aprovada no Pro grama de Pesquisa Ciências sem Fronteiras para cursar doutorado em Genética e Biologia Molecular na Uni versidade de Toronto, no Canadá, soube aproveitar as oportunidades, mesmo que mínimas, que surgiram ao longo da infância e adoles cência.
Nascida e criada num
bairro simples de São Paulo, Adrine foi preparada, duran te os ensinos fundamental e médio, para concorrer nos melhores vestibulares do país pelo Educandário Dos Anjos, instituição de ensino privada que, ao longo dos anos, vem oferecendo as melhores condições e um sistema de ensino capaz de transformar o futuro de jovens e crianças.
“O Educandário Dos An jos foi um divisor de águas em minha vida. Todo apoio prestado pelos educadores reflete na profissional que sou hoje.
Antes de chegar a To ronto, por meio do sistema de bolsa, ainda consegui cursar a graduação em Bio
Todo apoio prestado pelos educadores reflete na profissional que sou hoje.oferecer um dos melhores ensinos do Brasil e que mais aprova no exterior, o Sistema Etapa.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que concluiu o bloqueio vacinal contra meningite meningo cócica nos distritos de Vila Formosa e Aricanduva, onde recentemente houve um surto localizado da doença. Entre 17 de setembro e 10 de ou tubro, foram vacinadas na região 30.027 pessoas, sendo os adolescentes de 11 a 14 anos de idade com o imuni zante meningo ACWY e os demais cidadãos, nas faixas etárias de 3 meses a 10 anos e de 15 a 64 anos, com o me ningo C. Além de vacinação em quatro unidades de saúde locais, foram realizadas ações de imunização casa a casa.
Foram vacinados mo radores, estudantes e tra balhadores do perímetro delimitado de 3 km na região em que foram registrados cinco casos da doença, no
período de 16 de julho a 15 de setembro, e que abrange quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) locais: UBS Formosa II, UBS Vila Gua rani, UBS Jardim Iva e UBS Comendador José Gonzalez.
As quatro unidades segui rão vacinando até o dia 28 deste mês pessoas que resi dem, trabalham ou estudam nessa região, com idade entre 3 meses e 64 anos, que even tualmente ainda não tenham sido vacinadas. É preciso apresentar comprovante de endereço, trabalho ou de estudo.
Após o dia 28, as unida des retomarão o calendário vacinal regular do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que estabelece que o imunizante contra a menin gite meningocócica C deve ser aplicado em bebês de 3, 5 e 12 meses. Já o de meningite ACWY atualmente é aplicado na faixa etária de 11 a 14 anos de idade (a vacinação foi am pliada no dia 19 de setembro também para adolescentes de
13 a 14 anos, até junho de 2023 conforme definições do PNI).
Na capital, a cobertura va cinal do imunizante meningo cócica C, até julho deste ano, é de 79,72%, enquanto a meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo PNI é de 95%. Por isso, a Saúde de São Paulo reforça aos pais e responsáveis a importância de levarem seus filhos para serem vacinados. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Am bulatoriais (AMAs)/UBSs integradas de segunda a sex ta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas, aos sábados.
Apenas em situações ex cepcionais, como a do surto localizado que ocorreu nos distritos da Vila Formosa e Aricanduva, os imunizantes são indicados para adultos. A exceção são profissionais de saúde, que podem ser vacina dos mediante comprovante de vínculo empregatício em ser viço de saúde do município de São Paulo, documento de
Conselho de Classe, compro vante de profissão, certificado ou diploma. A vacinação des ses profissionais está liberada até fevereiro de 2023.
Por fim, é importante en fatizar que não há um surto generalizado de meningite meningocócica na cidade de São Paulo e que, inclusive, o número de casos da doença
é significativamente menor neste ano na comparação com 2019, ano pré-pandêmico. Do início deste ano até ontem (10) foram registrados 58 ca sos de doença meningocócica na capital, enquanto de janei ro a setembro de 2019, foram registrados 158 casos da do ença. Ou seja, uma redução de 63,2% no âmbito geral. O
número de óbitos decorrentes da doença soma agora dez em 2022, ante 28 entre janeiro e setembro de 2019.
É considerado surto de do ença meningocócica quando há ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo em um período de 90 dias na mesma localidade entre pessoas sem vínculo entre si.