A GALERIA DOS 300
Miguel BragaSebastián Coates é o 20.º jogador na história do Sporting CP a atingir a marca dos 300 jogos pela equipa principal de futebol. Um feito que pertence a jogadores que marcaram o Clube, os Sócios e os adeptos durante largos anos de dedicação à causa Leonina dentro das quatro linhas.
São eles*: Hilário, defesa (D), 475 jogos; Rui Patrício, guarda-redes (GR), 467; Vítor Damas, GR, 444; Manuel Fernandes, avançado (A), 433; Azevedo, GR, 408; Oceano, médio (M), 401; José Carlos, D, 353; Manuel Marques, M, 352; Pedro Barbosa, M, 342; Anderson Polga, D, 342; Adolfo Mourão, A, 339; Manuel Vasques, A, 336; Carlos Xavier, M, 334; Fernando Peyroteo, A, 325; Marinho, A, 323; Albano, A, 318; Beto, D, 315; Liedson, A, 313; Travassos, A, 310. E por último, El Capitán, que fez o seu 300.º jogo na vitória por 3-0 frente ao FC Paços de Ferreira.
Algumas curiosidades do grupo: o pódio dos maiores goleadores pertence a Peyroteo com 524 golos de Leão a peito, o que dá a sempre impressionante média de 1,61 golos por jogo; Manuel Fernandes facturou 258 vezes; Manuel Vasques marcou 214. A título de nota, atrás deste trio e fora dos grupo dos jogadores com mais de 300 jogos pelo Clube, estão Manuel Soeiro, com 207 golos marcados, e Rui Jordão, com 184.
ENTRE OS DEFESAS QUE INTEGRAM O LOTE DOS 20 JOGADORES COM MAIS JOGOS PELO SPORTING CP, COATES, ALÉM DE SER O ÚNICO EM ACTIVIDADE, É JÁ O MAIOR GOLEADOR COM 28 TIROS CERTEIROS, DESTRONANDO BETO E A SUA MARCA DE 25 GOLOS.
Dos defesas do grupo dos 20, Coates, além de ser o único em actividade, é já o maior goleador com 28 tiros certeiros, destronando Beto e a sua marca de 25 golos.
Tive o prazer de ver jogar metade destes jogadores. Os outros dez, foram-me apresentados por histórias contadas pelos mais velhos desde que me lembro. Alguns exemplos: do Hilário como “o melhor lateral-esquerdo de sempre”, da “máquina de fazer golos” chamada Peyroteo ou do “Zé da Europa”, o Travassos, e da garantia que muitas vezes ouvi que “foi dos melhores jogadores portugueses de sempre”. Tenho também o privilégio de já ter conhecido alguns que, como adepto, já idolatrei no relvado, e que fazem parte do coração da família Sportinguista. Esse coração está agora maior e tem um novo membro nascido no Uruguai.
A forma como a equipa e o staff celebraram em pleno relvado a marca de Coates é prova da admiração e respeito por um dos melhores defesas de sempre de Leão ao Peito. Também por isso, nas páginas deste Jornal Sporting entrevistámos o nosso capitão, El Patrón, Sebastián Coates, o homem que lidera a equipa dentro de campo e que é um exemplo fora dele. Obrigado, Seba, pelos 300 e que venham os próximos!
*: NOTA: Todos os dados foram retirados do site zerozero.pt
Nascido a 11 de Abril de 1950, em Budapeste, capital da Hungria, Ferenc Mészáros foi um dos melhores guarda-redes estrangeiros que passaram pela equipa de futebol do Sporting Clube de Portugal, assumindo-se como titular indiscutível da baliza nas épocas 1981/1982 e 1982/1983.
Durante esse período, somou 80 jogos de Leão ao peito e conquistou três títulos: um Campeonato Nacional (1981/1982), uma Taça de Portugal (1981/82) e uma Supertaça (1982).
Destacou-se ainda como titular da selecção húngara, pela qual participou nos Campeonatos do Mundo da Argentina, em 1978, e de Espanha, em 1982, totalizando 29 internacionalizações.
FUTEBOL 1950
FERENC MÉSZÁROS
CONTRATADO EM 1981, FERENC MÉSZÁROS BRILHOU NA BALIZA LEONINA AO LONGO DE DUAS TEMPORADAS, DEIXANDO MUITAS SAUDADES ENTRE OS SPORTINGUISTAS. ALÉM DE FELINO E DESTEMIDO ENTRE OS POSTES, DESTACAVA-SE TAMBÉM PELO BIGODE E O CABELO ATÉ AOS OLHOS, IMAGENS DE MARCA DO GUARDA-REDES.
Escolheu a baliza por não gostar de correr, mas essa viria a revelar-se a decisão mais acertada, dado que foi entre os postes que Ferenc Mészáros se destacou como um dos melhores guarda-redes da Europa na sua era. Iniciou a carreira com apenas dez anos no Vasas SC, emblema da sua cidade Natal, Budapeste, pelo qual viria a formar-se, sendo promovido à equipa principal
em 1969/1970. Cedo justificou a titularidade e, num total de 12 épocas, venceu um Campeonato Nacional, em 1976/1977, e ainda duas Taças da Hungria, em 1972/1973 e 1980/1981. Pelo meio, já tinha sido Campeão Europeu de sub-23 pelo seu país, em 1974, passando depois a ser chamado à selecção principal, pela qual participou no Mundial da Argentina, realizado em 1978.
Naquela altura, por lei, os jogadores magiares só podiam ser transferidos para o estrangeiro a partir dos 30 anos, pelo que a vinda para o Sporting CP deu-se em 1981/1982, quando somava 31 e após recusar propostas das ligas alemã e austríaca. Foi contratado pelo então presidente João Rocha e, como chegou a revelar, escolheu os Leões, que lhe ofereceram 3000 dólares por mês, porque já conhecia o clube. Isto depois de, em 1975/1976, ter jogado no relvado de Alvalade com as cores do Vasas SC, ficando bem impressionado com o apoio dos Sportinguistas. Logo na primeira temporada de
Leão ao peito, em 1981/1982, assumiu-se como titular da formação orientada pelo mítico técnico inglês Malcolm Allison, estreando-se a 23 de Agosto na jornada inaugural do Campeonato Nacional, com o CF “Os Belenenses” (2-2). Foi utilizado em 41 dos 43 jogos nessa campanha, que terminou com a conquista da “dobradinha”, após as vitórias no Campeonato Nacional e na Taça de Portugal. Revelou-se ainda decisivo no jogo do título, na Amoreira frente ao GD Estoril Praia, ao servir Jordão para o segundo golo do triunfo por 0-3. Além disso, protagonizou vários momentos caricatos que perduraram na memória dos adeptos Leoninos, como aquele em que, num duelo frente ao Portimonense SC, partiu alguns dentes numa saída aos pés de um avançado adversário. Nessa altura, despontavam ao lado dele no plantel nomes como Manuel Fernandes, António Oliveira, Jordão ou António Nogueira, sendo que este último ensinou-lhe português. Nesse Verão, voltou a disputar um
Campeonato do Mundo (1982 em Espanha), sendo titular frente à Argentina, de Maradona, El Salvador e Bélgica.
Na época seguinte, em 1982/1983, Malcolm Allison regressou a Inglaterra e António Oliveira substituiu-o, acumulando as funções de treinador e jogador do emblema verde e branco. Mészáros manteve-se como dono e senhor da baliza, somando 39 partidas em 43 possíveis, e juntou a Supertaça ao palmarés, depois de um agregado de 3-7 frente ao SC Braga (derrota por 2-1 e triunfo por 6-1). Foi ainda importante na excelente campanha realizada na Taça dos Clubes Campeões Europeus, que terminou nos quartos-de-final às mãos da Real Sociedad. Apesar de os Leões ainda terem vencido os bascos na primeira mão (0-1), acabariam por sair vergados na segunda por 2-0. Já no Campeonato Nacional, ficou para a história a vitória por 1-0 no dérbi contra o SL Benfica, a 2 de Janeiro de 1983, com um golo de Jordão, em que Mészáros fez algo
pouco habitual, como explicou em entrevista ao Jornal Sporting em Abril de 2020: “Quando já não fazia uma defesa há algum tempo, pedi a um fotógrafo que estava atrás da baliza para fumar do cigarro dele, e ele deixou”, contou o ex-guarda-redes. Poucos dias depois, a 5 de Junho de 1983, envergou pela última vez o Leão Rampante, na vitória alcançada contra o Vitória SC (1-0).
Já em 1983/1984, o Sporting CP contratou outro guarda-redes húngaro para substituí-lo, Béla Katzirz, pelo que a carreira de Mészáros prosseguiu por terras algarvias, onde somou 20 jogos com a camisola do SC Farense sob o comando técnico de Manuel Cajuda. Depois, regressou à Hungria para jogar no Győri ETO, onde se manteve duas temporadas, até receber um novo convite oriundo de Portugal, desta feita do Vitória FC, que era treinado precisamente pelo velho conhecido… Malcolm Allison. Esteve três épocas em Setúbal, entre 1986/1987 e 1988/1989 (96 jogos), sendo que na primeira foi Campeão Nacional da segunda divisão, vindo também a reencontrar ex-colegas como Manuel Fernandes ou Jordão. Pendurou as botas em 1989 e regressou mais uma vez à Hungria, mas não deixou o futebol, pois apostou na carreira de treinador. Começou no Vasas SC, até que em 1992/1993 desembarcou em Portugal para liderar o SC Lourinhanense, na altura um dos emblemas satélite do Sporting CP. Mais tarde, em 1995/1996, foi convidado para integrar a equipa técnica de Carlos Queiroz no Sporting CP, dizendo adeus aos relvados na “sua” Alvalade, como treinador de guarda-redes.
PRIMEIRA PARTE IMPARÁVEL VALEU VITÓRIA TRANQUILA
Dando seguimento ao bom momento que tem vivido nas últimas semanas, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, na última quinta-feira, o FC Paços de Ferreira por 3-0 na 14.ª jornada da Liga Portugal. No encontro que fechou 2022 para os Leões, Pedro Porro, Nuno Santos e Paulinho facturaram numa primeira parte de altíssimo nível.
À procura do sétimo triunfo consecutivo, Rúben Amorim promoveu uma alteração no 11 inicial: saiu Manuel Ugarte, entrou Dário Essugo. Depois do apito inicial, precedido de um minuto de silêncio em homenagem a António Maia, Sócio n.º 2688, antigo atleta e técnico de manutenção do Sporting CP, e a Pelé, lenda do futebol mundial e considerado um dos melhores jogadores de sempre, o conjunto verde e branco entrou com tudo neste regresso do campeonato.
O 1-0 surgiu logo aos três minutos, quando, depois de uma perda de bola da defesa do FC Paços de Ferreira, Nuno Santos cruzou da esquerda para Pedro Porro aparecer no coração da área e cabecear com sucesso.
O emblema Leonino não abrandou e podia ter dobrado a vantagem pouco depois, mas Marcus
Edwards atirou ligeiramente ao lado. O inglês acabou por ser crucial para o 2-0, mas a assistir Nuno Santos, que finalizou um contra-ataque perfeito. De forma eficaz e vistosa, o Sporting CP transformou um livre para os
SPORTING CP
Pedro Porro (3’) Nuno Santos (22’) Paulinho (44’)
castores num golo verde e branco em poucos segundos.
Por intermédio de Palinho, Francisco Trincão e Marcus Edwards, as oportunidades continuaram a surgir na baliza do FC Paços de Ferreira, que teve o único remate da primeira parte aos 36 minutos, mas Antonio Adán defendeu a tentativa de Holsgrove.
O 3-0 surgiu mesmo em cima do intervalo, quando Pedro Porro cruzou para Paulinho, de cabeça, marcar o sétimo golo nos último cinco jogos.
O Sporting CP continuou a ser a única equipa perto do golo no segundo tempo e assustou o FC Paços de Ferreira cm as ocasiões de Pedro Gonçalves, Matheus Reis, Paulinho e Francisco Trincão, mas a eficácia não foi a mesma.
A 20 minutos do fim, Rúben
Amorim começou a mexer na equipa, colocando Arthur Gomes e Jovane Cabral nos lugares de Nuno Santos e Marcus
Edwards. A seguir, um emocionado Vitorino Antunes, Campeão Nacional pelo Sporting CP em 2020/2021 e capitão do
FC Paços de Ferreira, foi substituído e abandonou o relvado sob aplausos do Estádio José Alvalade.
O ritmo e a intensidade do jogo foram baixando e as substituições continuaram, agora com Paulinho e Pedro Gonçalves a darem lugar aos jovens Rodrigo Ribeiro e Mateus Fernandes, respectivamente.
Dário Essugo, que foi titular, viu o cartão vermelho directo por parte do árbitro António Nobre aos 82 minutos, no seguimento de uma entrada sobre Holsgrove. Assim, Rúben Amorim colocou em campo Sotiris Alexandropoulos para os instantes finais, tirando Francisco Trincão.
Até ao final, apesar da desvantagem numérica, o Sporting CP nunca esteve em risco de sofrer e até podia ter chegado ao quarto, mas o tiro cruzado de Rodrigo Ribeiro saiu ao alvo.
O Sporting CP volta a jogar apenas este domingo, deslocando-se à Madeira para visitar o CS Marítimo.
No final, Rúben Amorim marcou presença na conferência de imprensa.
Questionado sobre a exibição de Dário Essugo, que foi titular, mas terminou expulso já perto do fim, o treinador verde e branco explicou que o médio “demonstrou o que é, mas também as lacunas de ter 17 anos”.
“Entrou no lance de forma perigosa, sem maldade. Cometeu esse erro, mas apresentou-se bem, mais atrevido com a bola e forte a parar as transições. Ainda quer ir às bolas todas e isso tem a ver com a falta de experiência. Ele não passou por uma Segunda Liga, o que é um problema. Fez um jogo muito bom, está a crescer a olhos vistos e vai crescer ainda mais com estes jogos. É bom vermos a evolução de um jogador numa posição tão difícil. Vai ter tempo e tem muito para melhorar”, começou por dizer aos jornalistas, analisando depois o encontro.
“Dominámos o jogo todo. Na primeira parte, assentámos melhor e percebemos que o FC Paços de Ferreira parava na linha do meio-campo e colocámos muitas bolas nas costas. Na segunda parte, exagerámos. Tivemos oportunidades, mas não tanta qualidade de jogo. Já aconteceu com o SC Braga e temos de aprender, porque noutros momentos vai criar problemas. Boa vitória, de novo sem sofrer golos e justa, mas podemos fazer melhor”, referiu.
Em relação a Pedro Porro, Rúben Amorim é da opinião de que “é impossível não olhar para ele como um dos grandes laterais da Europa”: “Tem
de continuar focado no Sporting CP. Se baterem a cláusula, vai ser impossível [mantê-lo]. Até lá, conto com ele”.
Desafiado a fazer o balanço de 2022, o técnico explicou que “não foi um ano muito satisfatório”, mas está bem ciente dos objectivos: “Temos de encurtar a distância entre os títulos, não demorar 20 anos. É bom ter o sentimento de que não é suficiente, mas também temos de perceber que estamos um passo atrás de outros clubes em Portugal. Estamos a trilhar o nosso caminho e sabemos bem o que queremos fazer. Foi um ano difícil, mas não foi excelente”.
O próximo compromisso é diante do CS Marítimo, na Madeira, recente adversário na Taça da Liga. Contudo, Rúben Amorim assegurou que “vai ser um jogo diferente” desse e que, tendo em conta que Dário Essugo e Pedro Gonçalves não vão estar disponíveis, a equipa técnica vai preparar o encontro sabendo que tem Manuel Ugarte, Mateus Fernandes e Sotiris Alexandropoulos à disposição no meio-campo.
O timoneiro Leonino falou ainda sobre Vitorino Antunes, capitão do FC Paços de Ferreira que foi aplaudido e ovacionado em Alvalade: “Foi um jogador que não teve muita preponderância dentro do campo, mas notou-se fora dele. Ficou marcado pelo que deu num título muito importante para o Sporting CP. Gosto de ver esse tipo de reconhecimento, principalmente naqueles que não são grandes estrelas. Diz muito do nosso Clube”.
SEBASTIÁN COATES: “É UM ORGULHO MUITO GRANDE”
Depois do desafio, Sebastián Coates foi homenageado por ter chegado aos 300 jogos pelo emblema Leonino.
Em pleno relvado do Estádio José Alvalade, o capitão verde e branco recebeu um troféu e uma camisola comemorativa das mãos de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo. Carlos Xavier e Manuel Fernandes, ambos com mais de 300 partidas pelo Sporting CP, e a família de Sebastián Coates também estiveram presentes, com o restante plantel a aplaudir o internacional uruguaio.
Na zona de entrevistas rápidas da Sporting TV, Sebastián Coates não escondeu a satisfação pela marca atingida: “É um orgulho muito grande fazer 300 jogos por este grande clube. Espero que sejam mais. (...) Achava que a minha família não vinha pelo facto de o jogo ser tão tarde, mas estão de férias. Foi bom, desfrutei”.
O defesa agradeceu “a todos os treinadores” que teve no Sporting CP, assim como “ao Clube e aos adeptos”. “Espero que sejam mais. Quando cheguei, não esperava atingir este número de jogos. Espero, também, conseguir mais títulos”, acrescentou.
Sobre a partida contra os castores, Sebastián Coates explicou que “o foco tem sido entrar da melhor maneira nos jogos”, mas há que “melhorar mais nas segundas partes”.
Questionado sobre o momento de forma da equipa, o futebolista lembrou que “o começo da época foi atípico” e que o Sporting CP está “a voltar à normalidade”.
O objectivo é, agora, chegar aos 400 jogos? “Esperemos que sim. Vamos ver”, afirmou.
“DEIXA-ME TRANQUILO PERCEBER QUE TOMEI A DECISÃO CORRECTA” ENTREVISTA SEBASTIÁN COATES
Depois de cumprir 300 jogos pelo Sporting Clube de Portugal, o central Sebastián Coates recebeu o Jornal Sporting e a Sporting TV no relvado da Academia Cristiano Ronaldo onde a equipa que capitaneia treina todos os dias. Simpático e educado, falou de tudo, de momentos bons, momentos maus, conquistas históricas, família, futuro e, claro, Sporting CP. Acima de tudo, ficaram duas grandes mensagens: o internacional uruguaio não se arrepende nem por um segundo de ter trocado o Sunderland AFC pelo emblema de Alvalade a meio de 2015/2016 e tanto as relações criadas através do futebol como o apoio dos Sportinguistas quando nem tudo corre bem são ainda mais importantes do que os títulos.
De quem foi a ideia de, à frente de 30 mil pessoas no Estádio José Alvalade, o terem ‘reformado’ e fingirem que era a sua despedida?
[Risos] Vamos ver se vão ter consequências. Estou sempre na brincadeira com o [Ricardo] Esgaio, que diz que eu estou velho. Acho que foi ele que começou.
Algum dos mais novos também tem a ousadia de dizer isso?
Os dois que mais brincam nesse aspecto são o Manu [Ugarte] e o Dani [Bragança]. O Dário [Essugo] e o Mateus [Fernandes] ainda têm muito respeito.
Mudando de tema, era bom a matemática na altura da escola?
Sim, era uma das minhas [disciplinas] favoritas.
Fez as contas às horas, minutos e dias que passou no Sporting CP?
Não, mas sei que passo muito tempo na Academia, em treino e estágio. Foi e continua a ser muito bonito.
No filme ‘300’, o Rei Leonidas diz a famosa frase “This is Sparta” (“Isto é Esparta”). Para si, que tem 300 jogos, é “This is Sporting CP”? [Risos] Sim, no balneário.
Esses discursos no balneário saem no momento, vêm de dentro?
No meu caso, sai no momento. Por vezes, penso que vou dizer isto ou aquilo, mas no momento esqueço tudo o que pensei. Nuns casos fica bonito, noutros nem tanto. Com mais ou menos conteúdo, tento ser espontâneo.
Gostou do que viu dos discursos dos outros jogadores que já utilizaram a braçadeira, como o Luís Neto ou o Nuno Santos?
Não estive quando falou o Nuno [risos]. Todos somos diferentes e temos um grupo em que todos falam e ouvem. Isso é perfeito para o ambiente.
É o 20.º jogador da história com mais jogos pelo Sporting CP. Se tudo correr normalmente, vai acabar a temporada no top 15. Na próxima temporada, deve ultrapassar Anderson Polga e tornar-se o estrangeiro com mais encontros de Leão ao peito. Quando é que começou a perceber que podia ser uma lenda Leonina?
Nunca tive como objectivo atingir esta marca ou atingir outra qualquer. Os anos vão passando e tive a sorte de poder jogar bastante com todos os treinadores e de não ter grandes lesões.
“DISCURSOS SAEM NO MOMENTO. TENTO SER ESPONTÂNEO”
O que recorda da estreia, em Fevereiro de 2016, contra o Rio Ave FC?
Foi, obviamente, especial. Vinha de Inglaterra, onde não estava a jogar tantas vezes. Vir para outra equipa, conhecer novos companheiros e o ambiente do estádio numa altura em que estávamos em primeiro lugar foi muito bonito. Para a minha família também foi bom voltar a ver-me a jogar.
Pouco depois de ter chegado, disse em entrevista que “quem faz os grandes clubes são as suas gentes e, nisso, o Sporting CP é muito rico”. Passaram alguns anos, mas diria exactamente o mesmo?
Sim. Muitas vezes, quando chegamos a um clube, temos determinadas expectativas a vários níveis. Ao longo do tempo, [a experiência no Sporting CP] cada vez tem sido melhor e cumpriu as expectativas que tinha quando cheguei. Estou muito feliz aqui, no Clube, na cidade e no país. A minha família também está contente e são essas coisas que, para além dos resultados, realmente valem. Para mim, isso não tem preço nenhum.
O que foi aprendendo, no Sporting CP, com as pessoas que trabalham para que vocês apenas tenham de se focar no que se passa dentro das quatro linhas? É uma grande família, tanto na Academia como em todo o Clube. Já tenho muitos anos a trabalhar na Academia e conheço muita gente. Todos fazem parte e ficam felizes e tristes connosco. Ajudam-nos tanto a nós como às nossas famílias.
Quando chegou era um jogador a prazo. Vinha emprestado e não sabia se ia continuar no Sporting CP. Hoje, é a sua segunda casa… Quando cheguei, o meu objectivo era, claro, ficar cá. Sabia que tinha de fazer as coisas bem para ficar para que o Clube gostasse de mim. Procurei sair de Inglaterra, apareceu o Sporting CP e não duvidei. Deixa-me tranquilo olhar para trás, algum tempo depois, e perceber que tomei a decisão correcta.
Acredito que o tempo e a comida de Sunderland ou de Liverpool sejam, também, bastante diferentes dos de Lisboa? [Risos] sim. São coisas que, com o tempo, têm muito valor. Eu e a minha família não temos nenhuma queixa de Sunderland e Liverpool, onde fomos bem tratados,
mas Portugal é um país espectacular e muito parecido com o Uruguai. Estamos muito bem aqui.
Fez e continua a fazer muitas amizades no Sporting CP?
Sim. Normalmente é com os latinos [risos], mas também com o [Luís] Neto, com o Bruno Fernandes, com o [Stefan] Ristovski. Por questões de cultura, fiquei mais próximo do Marcos [Acuña], do [Rodrigo] Battaglia, do Alan Ruiz, do [Hernán] Barcos, do Ezequiel [Schelotto], do Bryan [Ruiz]. Falo muitas vezes com o Jérémy [Mathieu]. São relações que ficam.
Se pudesse, o que diria ao Sebastián Coates de 2016 que tinha acabado de chegar ao Sporting CP? Que desfrute de estar cá, de jogar e de alguns momentos que, por vezes, são curtos e raros, mas valem a pena.
“NÃO TEMOS NENHUMA QUEIXA DE SUNDERLAND
E LIVERPOOL, MAS PORTUGAL É UM PAÍS ESPECTACULAR E MUITO PARECIDO COM O URUGUAI”
Nestes 300 jogos, marcou 28 golos, conquistou sete títulos e teve poucas lesões. São bons números? Espero acrescentar mais números, mas sim.
Qual foi o momento mais positivo – sem contar com a conquista da Liga em 2020/2021?
No futebol, valorizam-se sempre mais as conquistas, que são os nossos objectivos. Tirando isso, o simples facto de partilhar o balneário com os meus companheiros nos momentos bons e nos momentos maus e seguir em frente é o melhor.
E o momento mais difícil?
É o mesmo. Tanto na carreira de jogador como na vida, todos temos momentos mais difíceis, mas quando nos levantamos desses momentos ficamos com mais prazer de trabalhar e voltar à normalidade.
A temporada 2019/2020 não foi a sua melhor tanto a nível individual como colectivo. Como explica a enorme evolução para 2020/2021?
A melhor palavra para descrever o que aconteceu é ‘trabalho’. Continuei a acreditar no que conseguia fazer e não baixei a cabeça nem deixei de fazer o que normalmente faço. Tenho de agradecer,
claro, à equipa técnica, à estrutura do Clube e aos meus companheiros, que me deram o apoio para continuar.
Esses momentos bons e menos bons tiveram influência naquilo que é hoje enquanto pessoa e pai?
Sim. Tento transmitir aos meus filhos que, independentemente do que façam, vão passar por todo o tipo de momentos. Têm de seguir em frente e ser muito honestos com eles próprios e com as outras pessoas.
A estabilidade que hoje tem, tanto a nível profissional como pessoal, facilita essa tarefa?
Sim. O que sempre procurei desde que saí do Uruguai foi a estabilidade. Dentro disso, está a parte desportiva, mas também sentir-me bem nos sítios que frequento habitualmente, como a Academia ou a minha casa. É importante estar confortável e o Sporting CP deu-me isso. Jogo, estou como em casa, feliz e isso é o mais importante.
É defesa, mas os golos ficam sempre na memória e marcou muitos ao longo dos anos. Este ano ainda não marcou qualquer um… [Risos] sim. Ainda faltam muitos jogos, vamos ver se aparece um ou outro.
Quais foram os mais especiais?
Pelo momento pessoal que estava a passar pelo motivo que todos sabem, foram aqueles contra o Gil Vicente FC. Talvez para muitos Sportinguistas pode ser outro, mas para mim, a nível sentimental, foram esses, sem dúvida.
Tem noção de que causou muitos problemas cardíacos aos Sportinguistas ao longo de 2020/2021?
[Risos] eu e toda a equipa. Nessa época parecia que a bola estava sempre lá para a minha cabeça. São coisas que acontecem sem explicação. Lembro-me do jogo com o CD Santa Clara, também, em que cabeceei sem direcção e foi golo. São coisas estranhas que acontecem, tínhamos de ser Campeões.
Muitas exibições sem golos também tiveram muito valor. Há alguma delas que tenha ficado especialmente na memória?
Há muitos, mas o que nos marcou a todos foi o jogo com o SC Braga, fora [em 2020/2021, vitória por 0-1].
O [Gonçalo] Inácio foi expulso bem cedo, o SC Braga é muito forte e estava a jogar em casa. Foi complicado manter a baliza a zeros e ganhar. Defensivamente, foi perfeito. Temos muito prazer em demonstrar no jogo aquilo que treinamos todos os dias.
“O JOGO COM O SC BRAGA, FORA [EM 2020/2021, VITÓRIA POR 0-1] FOI PERFEITO DEFENSIVAMENTE”
O primeiro título que conquistou pelo Sporting CP foi a Taça da Liga em 2017/2018. Por ser o primeiro, foi especial?
Sim. Lembro-me de todas as conquistas porque são os nossos objectivos. Trabalhamos muito para as ter e esses dias são especiais, são os que mais ficam. Foi um título difícil. Tínhamos a pressão de ganhar esse jogo [contra o Vitória FC] e estávamos a perder. Empatámos perto do fim, ganhámos nos penáltis e foi bastante emotivo.
O triunfo na final da Taça de Portugal, contra o FC Porto, em 2018/2019, também foi emocionante. Foi um conto de fantasia?
Terminou da melhor forma possível. Talvez com mais sofrimento do que era preciso, mas pelo que havíamos vivido no ano anterior, inclusive com uma final perdida no Jamor, voltar à final da Taça de Portugal e ganhar ao FC Porto como ganhámos… Antes do empate do FC Porto estávamos muito confortáveis no
jogo. Empataram e depois foi muito emotivo. O Jérémy Mathieu disse que foi uma das melhores conquistas da carreira e ele ganhou uma UEFA Champions League com o FC Barcelona.
Depois, a conquista da Liga em 2020/2021. Luís Neto disse que não queria sair do Sporting CP sem perceber o mar de gente que iria festejar um título nacional. Partilha da mesma opinião?
Sim. Era um objectivo pessoal que eu tinha. Quando cheguei, lembro-me de dizer no aeroporto que vinha para ser Campeão. Demorou mais do que esperava, mas conseguimos o objectivo. Sempre disse aos meus amigos que, para além da conquista em si, o que mais fica são os nossos adeptos. Não há muitos adeptos no mundo que, depois de tantos anos sem ganhar o campeonato, continuem a encher o estádio e a apoiar a equipa. Com o desejo de serem Campeões claro, mas continuam lá. Ficou muita gente orgulhosa da equipa. Ver as pessoas a apoiar a equipa incondicionalmente
não tem preço, é melhor do que qualquer título que possa ganhar. É muito bonito ver as pessoas contentes e orgulhosas e também é bonito ver que temos apoio mesmo quando as coisas não correm bem.
Quando é que ‘caiu a ficha’?
Não sei se já caiu. [Risos] acabou a época e fui para o Uruguai. Quando voltei, toda a gente continuava a falar
disso e a agradecer. Ainda hoje me agradecem. É muito bom receber esses elogios e esse carinho, mas tem ainda mais valor sermos apoiados quando as coisas não estão a correr da melhor forma.
Qual é o peso da braçadeira de capitão do Sporting CP?
Nunca a vi como um peso. Para mim, desde que
FACTOS E CURIOSIDADES SOBRE O PRIMEIRO JOGO
Vamos recuar até ao primeiro jogo (Sporting CP 0-0 Rio Ave FC, 8 de Fevereiro de 2016). Lembra-se do adversário e do resultado? Rio Ave FC e empatámos 0-0 ou 1-1.
Em que dia da semana foi? Sexta-feira?
Foi a uma segunda. Que número tinha na camisola?
13.
E qual era o seu companheiro no centro da defesa?
Ou era o Paulo [Oliveira] ou o Naldo.
Foi o Paulo Oliveira. E quem entrou na segunda-parte para o lugar dele? Vou dizer Naldo.
Foi o Rúben Semedo. E qual era a cor das botas?
Penso que eram azuis ou roxas.
Eram roxas. E quem era o capitão? Nessa altura era o Adrien [Silva].
Os golos contra o Gil Vicente FC, em Barcelos e em 2020/2021, foram os mais marcantes para o uruguaio
cheguei, tentei sempre comportar-me da mesma forma: ajudar quem precisar, dentro e fora de campo. Fui sempre assim com o Adrien [Silva], William [Carvalho], Rui [Patrício], Bruno [Fernandes] ou o Nani a capitães. Ajudava no que podia e também tenho essa ajuda hoje de outros jogadores que, amanhã, podem ser capitães.
É fácil ser capitão desta equipa?
A verdade é que sim. Por vezes, pode parecer que temos sempre o mesmo discurso de ser uma grande equipa e um ambiente espectacular, mas é mesmo assim. Nota-se isso no ‘Backstage Sporting’. Todos os grupos têm momentos menos bons, mas esta equipa, nessas alturas, fala e resolve os problemas para todos. É o melhor ambiente que podíamos ter.
“NÃO HÁ MUITOS ADEPTOS NO MUNDO QUE, DEPOIS DE TANTOS ANOS SEM GANHAR O CAMPEONATO, CONTINUEM A ENCHER O ESTÁDIO E A APOIAR A EQUIPA”
O que fica, após tudo isto, são as pessoas e as memórias?
Sim. Partilhámos muitos momentos bonitos dentro e fora do futebol. A boa relação que tenho com as pessoas vai continuar depois de deixar de jogar e podemos viver outras coisas juntos, como passar férias, ver crescer os filhos. É isso que fica para depois.
Onde se vê daqui a dez anos?
Não sei. Tenho de dizer alguma coisa relacionada com futebol, que é o que melhor sei fazer, mas não sei o quê. Ser treinador, gerir as equipas, não sei. Ainda há tempo.
Receber elogios de Rúben Amorim, que já disse que ainda tem muito futebol para dar, é bom?
Falou bem [risos]. Comigo, sempre foi claro naquilo que pensa de mim. Puxa muito por mim nos treinos, o que é bom para mim porque tenho de estar bem para a equipa e fazer as coisas bem. É bom ter um treinador a tentar tirar sempre o máximo de nós.
Rúben Amorim é o treinador que teve em toda a carreira com a idade mais próxima da sua. Sente que tem uma relação mais próxima também por causa disso?
Tive uma boa relação com todos os treinadores que tive no Sporting CP. É possível que o Rúben, não só comigo como com toda a equipa, se aproxime dos jogadores e perceba melhor os momentos porque esteve deste lado há pouco tempo. Conhece bem os balneários e tem muito boa relação com toda a equipa.
Tem contrato até 2024. Ficar no Sporting CP é uma prioridade, um desejo ou ambos?
Pode ser os dois. Depende muito do momento, é assim o futebol. Depende também de mim, se consigo continuar a ajudar o Clube. Se perceber que não estou, não vou forçar algo apenas por querer ficar cá. O futebol tem vida útil e há momentos em que temos de perceber isso. No futuro verei a minha situação.
O que gostaria de dizer aos Sportinguistas depois destes 300 jogos?
Muito obrigado. Como já disse nesta entrevista, não agradeço apenas pelo apoio nos momentos bonitos, mas sim pelo que nos deram nos outros momentos menos bons. Estiveram sempre lá, a apoiar, e isso não tem preço nenhum. Vai ficar marcado para sempre.
O que significa este Clube para si e para os que estão à sua volta?
É difícil escolher uma palavra. Dentro do futebol, se não é a minha casa principal, é a minha segunda. Está ao mesmo nível do Club Nacional de Football, onde me formei. A estabilidade que me deu a mim, à minha família e aos meus amigos faz-me não ter uma só palavra para agradecer.
E agora? 400 jogos?
Eu penso de 50 em 50, por isso agora estou a pensar nos 350. Quero fazer mais jogos, mas que venham com conquistas, que é o mais importante.
PERGUNTAS DE RESPOSTA RÁPIDA
Melhor golo pelo Sporting CP?
O segundo contra o Gil Vicente FC [fora em 2020/2021].
Melhor amigo no futebol?
Mauricio Pereyra. Crescemos juntos no Club Nacional de Football, somos amigos desde os 11 anos. Agora joga no Orlando City SC.
Melhor concerto que já viu?
De uma banda uruguaia chamada No Te Va Gustar, quando era mais novo.
Melhor jogador contra quem já jogou?
Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Melhor jogador com quem já jogou?
Os três avançados que jogavam juntos no Uruguai: Luis Suárez, Edinson Cavani e Diego Forlán.
Correr ou levantar pesos?
Correr, desde que não seja para voltar para trás no campo.
Cães ou gatos?
Cães.
Comida preferida?
Asado de tira, uma carne típica do Uruguai.
Equipa preferida na NBA?
Cresci a ver os Chicago Bulls de Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman. Tenho de os escolher.
Companheiro de equipa mais divertido? Jefferson.
Lisboa, Liverpool ou Sunderland? Lisboa.
Ganhar a UEFA Champions League com o Sporting CP ou a Copa Libertadores com o Club Nacional de Football?
As duas. Não consigo escolher.
Uma palavra para descrever o Sporting CP?
Não há só uma, é impossível. Para mim, pode ser ‘segunda casa’, ‘família’ ou ‘um grande clube’.
SEBASTIÁN COATES 300 JOGOS
20 LENDAS NA GALERIA DOS 300, A MAIS RECENTE: SEBASTIÁN COATES
SEBASTIÁN COATES CHEGOU AOS 300 JOGOS PELA EQUIPA PRINCIPAL DE FUTEBOL DO SPORTING CP, ELEVANDO PARA DUAS DEZENAS OS JOGADORES COM ESSA MARCA. O JORNAL SPORTING FALOU COM QUATRO DOS FUTEBOLISTAS QUE ATINGIRAM ESSE NÚMERO E QUE RECORDARAM ESSE FEITO, DEIXANDO ELOGIOS AO ACTUAL CAPITÃO LEONINO.
Sebastián Coates alcançou os 300 jogos de Leão ao peito na oitava época como jogador do Sporting Clube de Portugal. Antes dele, 19 jogadores já tinham alcançado essa marca, seis deles ultrapassando mesmo as quatro centenas de encontros. É um número que não está ao alcance de todos e que actualmente é ainda menos comum de ver, uma vez que já não é tão habitual os atletas ficarem tantos anos no mesmo clube. Ainda assim, antigamente também não era fácil porque os jogos eram menos no campeonato e também não havia algumas provas, como a Taça da Liga.
Seja como for, fazer 300 jogos é histórico e tanto os feitos conseguidos no passado como os actuais têm a mesma relevância e fazem parte da história do Sporting CP e destes jogadores em particular.
Hilário é, até hoje, o jogador que mais vezes representou o emblema Leonino, tendo feito 475 jogos. O top três é completado por dois guarda-redes, Rui Patrício e Vítor Damas, o primeiro ainda está no activo e fez 467 partidas de Leão ao peito, enquanto o malogrado guardião, que dá nome a uma das balizas do Estádio José Alvalade, fez 444 jogos oficiais pelo Sporting CP.
Por ocasião do feito do actual capitão Leonino, o Jornal Sporting falou com quatro dos jogadores que mais representaram o Sporting CP até hoje - Marinho, Manuel Fernandes, Carlos Xavier e Pedro Barbosa - e que marcaram diferentes gerações, apesar de ainda terem coincidido em algumas temporadas: Marinho e Manuel Fernandes chegaram a jogar juntos, Carlos Xavier também jogou com Manuel Fernandes e, mais tarde, com Pedro Barbosa Marinho esteve dez temporadas (1967 a 1977) ao serviço do Sporting CP e fez 323 jogos, alcançando os 300 na última época de verde e branco, enquanto Manuel Fernandes representou o emblema Leonino em 12 temporadas (1975 a 1987) e foi na nona que chegou às três centenas, ultrapassando mais tarde as quatro. Carlos Xavier também jogou de Leão ao peito em 12 épocas (entre 1980 e 1996), que não foram seguidas devido ao empréstimo à Associação Académica de Coimbra e depois por se ter mudado para Espanha para representar a Real Sociedad de Fútbol, e celebrou as 300 partidas na penúltima temporada (1994/1995), antes de arrumar as botas. Já Pedro Barbosa, que chegou a Alvalade em 1995, saindo, e terminando a carreira, em 2005, fez dez épocas com a camisola verde e branca e foi na última que alcançou os 300 jogos, terminando com 342 encontros pelo Sporting CP.
JOGADORES COM 300 (E MAIS) JOGOS PELO SPORTING CP
Hilário – Defesa 475
Rui Patrício – Guarda-redes 467
Vítor Damas – Guarda-redes 444
Manuel Fernandes – Avançado 433
Azevedo – Guarda-redes 408
Oceano – Médio 401
José Carlos – Defesa 353
Manuel Marques – Médio 352
Pedro Barbosa – Médio 342
Anderson Polga – Defesa 342
Adolfo Mourão – Avançado 339
Manuel Vasques – Avançado 336
Carlos Xavier – Médio 334
Fernando Peyroteo – Avançado 325
Marinho – Avançado 323
Albano – Avançado 318
Beto – Defesa 315
Liedson – Avançado 313
Travassos – Avançado 310
Sebastián Coates – Defesa 300
MANUEL FERNANDES: “É UM MAGNÍFICO PROFISSIONAL E UM EXCELENTE CAPITÃO”
“Fazer 300 jogos pelo Sporting CP é fantástico. Eu fiz 433, mas cheguei aos 500, ainda que não oficiais e lembro-me de ser homenageado por esse número. Eu só queria representar o clube do meu coração e acabei a ser o quarto jogador com mais jogos na história do Sporting CP e a ser o segundo maior goleador, atrás do Peyroteo. É um orgulho e uma honra.
Agora, fico muito feliz por ver o Coates a atingir esta marca, ainda por cima nos dias de hoje em que os jogadores já não se aguentam tanto tempo no mesmo clube. Ele está cá há oito temporadas e, felizmente para todos nós, continua a mostrar vontade de ficar mais uns anos.
Gosto muito dele, é um magnífico profissional e um excelente capitão. Um capitão que ganhou esse título pela forma de ser e de estar, que respeita o resto do grupo, e é uma lenda do nosso Clube pelo percurso que tem feito, pelo exemplo que é e por ter atingido esta marca. É um verdadeiro Leão.
Teve altos e baixos ao longo destes anos, mas nos momentos menos bons mostrou a grande força mental que tem e penso que a chegada do Rúben Amorim também teve muita influência. É forte e seguro a defender e bom na área contrária, porque além de ter a estatura que tem, é muito perspicaz no movimento e muito bom a cabecear.”
ASSENTA-LHE MUITO BEM”
“Fazer três centenas de jogos por um clube, neste caso pelo Sporting CP, é sinal de fidelidade e cumplicidade. Temos de gostar muito de um clube e temos de nos sentir muito bem lá para atingirmos esse número. Foi o meu caso e o de mais 19, agora com o Coates a pertencer a esta lista.
O Coates é um indiscutível no Sporting CP. Se estiver em condições, joga e daí ter conseguido atingir já este número de jogos que actualmente não é fácil de conseguir porque os tempos são outros e, muitas vezes, o dinheiro fala mais alto. Felizmente, é uma pessoa com carácter e o Sporting CP tem-lhe dado todas as condições para continuar aqui e a gostar muito de cá estar. Ao ter 32 anos, já não jogará muitos mais anos, mas acredito que possa terminar aqui a carreira. Ainda assim, entendo que possa querer jogar no seu país, onde poderá regressar plenamente orgulhoso do que fez.
É um símbolo do Sporting CP, um jogador com carácter, um líder respeitado e que também respeita. Basta ver a forma como lida com os árbitros; nunca o vi a insurgir-se como já vi outros capitães a fazê-lo.
É um excelente capitão e um jogador fantástico, que tem sido fundamental para o Sporting CP e que teve muita influência na conquista do título. Aliás, mesmo sendo defesa, foi considerado o melhor jogador da Liga nessa temporada e isso diz tudo sobre o jogador que é e o que dá ao Sporting CP.
O lema ‘esforço, dedicação, devoção e glória’ assenta-lhe muito bem.”
MARINHO: “É UMA MAIS-VALIA PARA O SPORTING CP”
“Na minha altura era difícil chegar a este número porque havia menos jogos e menos provas. Ainda assim, fiz mais do que os 323 porque fiz muito particulares no estrangeiro. Inclusive aquele em que o Sporting CP usou publicidade pela primeira vez. Ainda hoje guardo essa camisola.
Chegar a esta marca significa muito para qualquer jogador, significou muito para mim e imagino que para o Coates também. 300 jogos por um só clube são muitos jogos, muitas alegrias e algumas tristezas.
O Coates é muito regular e é um bom jogador, que não sofre muitas lesões e por isso conseguiu chegar mais rápido até este número. Tem sido brilhante nestas oito temporadas no Sporting CP e, claro, já é uma lenda do Clube. Merecia ser recordado, mesmo que não chegasse a fazer os 300 jogos, mas espero que faça muitos mais a este nível. É bom para o Sporting CP. É uma mais-valia enquanto jogador e enquanto capitão, pelo que vemos.
Tem sido muito importante para o Sporting CP e na conquista do título conseguiu fazer a diferença. Como o avalio a jogar no ataque? Quando sobe, sobe bem. Tem um bom jogo aéreo, joga bem de cabeça e já resolveu muitos jogos.”
PEDRO BARBOSA: “CONQUISTOU O SEU LUGAR POR MÉRITO PRÓPRIO”
“Quando cheguei ao Sporting CP nunca pensei ficar tantos anos e fazer tantos jogos, mas as coisas foram andando, fui gostando cada vez mais de estar no Clube e fui ficando. Por isso, para mim foi um orgulho enorme atingir esse número e ter representado um clube como o Sporting CP.
Lenda? Há uma história que se vai escrevendo e eu claro, sem dúvida, faço parte da história do Sporting CP. Eu, tantos outros e agora também o Coates, que com certeza disputará muitos mais jogos e terá ainda mais sucesso, ganhando assim ainda maior notoriedade no Clube.
O Coates está há oito temporadas no Sporting CP, teve uma fase complicada, mas deu a volta por cima e conquistou o seu lugar por mérito próprio. No ano do título mostrou o grande defesa que é e também se mostrou como avançado, sendo fundamental para a conquista do Campeonato Nacional. O que fez nessa época marcou muito a passagem dele no Clube e acho que ainda tem muito para dar.
Não o conheço pessoalmente, mas gosto daquilo que vejo como capitão e na forma de jogar. Sempre muito sereno e equilibrado, e isso passa para os colegas. Também a forma como comunica é assim. E, pelo que sinto nas palavras e nos actos dele, gosta de estar no Sporting CP, gosta da equipa, gosta dos adeptos e gosta do que faz.”
HOMENAGEM PELÉ
‘O REI’ DEIXOU O TRONO TERRENO: AS MEMÓRIAS DE QUANDO PELÉ PISOU ALVALADE
A viragem do ano trouxe a mais fatal das notícias: partiu Pelé. Desde o dia 29 de Dezembro que o futebol e o mundo choram e prestam a sua última reverência ao ‘Rei’ do desporto-rei. O futebol teve no mítico camisola dez o seu primeiro ídolo verdadeiramente global, numa época em que chegar aos quatro cantos do mundo não estava a um clique de distância; um dos mais refinados, demolidores, insaciáveis e completos avançados que as balizas já enfrentaram; e o primeiro em fazer coisas verdadeiramente inexplicáveis apenas com os seus pés e uma bola - e quantas não ficaram registadas para lá do papel e da memória de uns quantos privilegiados. Diz-se até que o seu melhor golo nem foi filmado - agigantando os seus contornos lendários - quando Pelé, num lance de fantasia, tirou até três adversários da AC Juventus do caminho, com chapéus sucessivos, antes de fazer o mesmo ao guarda-redes e marcar de cabeça. ‘O Rei’ partiu, mas deixa apenas o seu trono e coroa terrenos, feitos à sua medida, uma vez que já está eternizado no Olimpo dos melhores futebolistas de todos os tempos. Isso sim, distingue-se de todos eles, para sempre, como o primeiro a aparecer e a merecer esse epíteto. Depois dele, nada mais foi igual, nem para o futebol, nem para os futebolistas, nem mesmo para a camisola dez ou para o próprio Brasil. Pelé foi o primeiro. Foi, é e será ‘O Rei’.
‘REI’ DO GOLO
Filho de Dondinho e D. Celeste e também de Três Corações, no estado de Minas Gerais, Pelé foi, desde cedo, do mundo. Com um nome - Edson - dado em homenagem a Thomas Edison - inventor da lâmpada incandescente - e com a uma camisola dez de um amarelo igualmente eléctrico, Pelé fez-se História. E, sobretudo, à base de golos, do qual durante largas décadas, entre 1956 e 1977, foi o rosto principal e personificado naquele seu característico festejo de soco no ar, que repetiu centenas e até milhares de vezes. E a verdade é que foram tantos, de todas as maneiras e feitios, que até se lhes perdeu
a conta. Ainda hoje os números não são consensuais, mas sejam uns ou outros não deixam de ser impressionantes: há registos que apontam para 1283 golos - contando também os apontados em diversos jogos não-oficiais pelo mundo fora -, enquanto as contas oficiais balizam o número em redor de 765 tentos - dados IFFHS. E outros, de tão bonitos, mesmo sem a bola ter entrado, também podiam ser contabilizados - sim, como aquele da espampanante finta de corpo sobre Marzukiewsky, guardião uruguaio, no Mundial de 1970. O genial Eduardo Galeano, contemporâneo de Pelé, escreveu até que “quando batia um livre directo, os adversários que formavam a barreira queriam colocar-se ao contrário, de frente para a baliza, para não perder o golaço”. 90 minutos parecia tempo a mais para conter o frenesim goleador de Pelé e tempo a menos para os adeptos desfrutarem em pleno desse espectáculo dentro do próprio espectáculo. Era o futebol de outros tempos, sim, mas também Pelé era um futebolista para outros tempos.
UM FENÓMENO GLOBAL E ETERNO
Aos 16 anos chegou a Vila Belmiro e assumiu-se logo como um futebolista acima dos demais, elevando a equipa consigo rumo a uma hegemonia nacional sem igual e a inéditas e também sucessivas conquistas internacionais ao longo dos anos 60. Por
isso, Pelé e o seu Santos FC viraram logo uma atracção planetária e, além das suas competições, passaram a calcorrear os estádios de todo o mundo em digressões que levavam a boa-nova de um futebol nunca visto - até guerras se interromperam para o ver jogar. Ainda aos 16 anos, Pelé estreou-se também pela selecção brasileira e logo com um golo à Argentina no Maracanã. Depois, aos 17, tornou-se o mais jovem campeão mundial de sempre, contribuindo decisivamente com seis golos na campanha que, em 1958, deu o primeiro Campeonato do Mundo ao Brasil. Ainda a lenda ia no início, tal como a sua carreira. Seria, depois, considerado tesouro nacional pelo governo brasileiro e continuou a justificar o epíteto, levando o ‘escrete’ à conquista histórica de mais dois Mundiais (1962 e 1970). Estava levantado um gigante chamado Brasil, cada vez mais o país do futebol, depois de, com um estilo requintado, alegre
e, ainda por cima, ganhador, se ‘apropriar’ desta criação britânica. Herói nacional eterno, Pelé, por sua vez, continua como o único futebolista a ter vencido três Mundiais e é ainda - agora, juntamente com Neymar - o grande ‘artilheiro’ da selecção. Finalmente, em 1975, na recta final da sua frenética carreira, Pelé - já num pedestalaterrou nos Estados Unidos da América para as suas três derradeiras temporadas, no New York Cosmos, e, assim, despertar o país para o desporto que fascinava o resto do mundo. Já com o cair do pano simultâneo no milénio e no século XX, chegaram os grandes balanços e Pelé foi o único que conseguiu ser Jogador do Século partilhando os mesmos cem anos - e o título - com Diego Armando Maradona. Tudo isso fica do ‘Rei’, um dos poucos que apenas com uma bola, regressando às palavras de Galeano, “nos permitem acreditar que a imortalidade existe”.
‘O REI’ EM ALVALADE
A primeira vez de Pelé em Portugal foi, precisamente, num novíssimo Estádio José Alvalade - inaugurado em 1956 - e diante de um Sporting CP que, em 1955, tinha inaugurado a Taça dos Campeões Europeus frente ao FK Partizan. Ora, a primeira digressão europeia do Santos FC de Pelé, em Junho de 1959, teve paragem obrigatória em casa dos Leões, numa partida que acabaria empatada 2-2 e com a marca decisiva do ‘Rei’ - o golo. Por essa altura, o camisola dez tinha apenas 18 anos, mas era já a grande figura do futebol mundial, depois de no ano anterior ter deixado o mundo boquiaberto ao conquistar – brilhando intensamente – o Campeonato do Mundo pelo Brasil. “Dos 35000 espectadores (…), metade foi ali só para ver o famoso Pelé”, pode ler-se no Diário de Lisboa do dia seguinte ao embate. “Grande jogo fez o Sporting CP”, reza ainda o mesmo jornal, que viu como ao intervalo batia o pé aos brasileiros por 2-0, com golos de Morais e Faustino. No entanto, a segunda parte trouxe um Santos FC mais atrevido e, claro, o poder de fogo de Pelé. Depois de Osvaldinho reduzir, aos 85 minutos, o mítico camisola dez rematou de muito longe para fixar o 2-2. Ainda assim, o Diário de Lisboa não ficou muito impressionado: “Fomos para ver Pelé e vimos Faustino” foi o título da crónica. Depois, Alvalade não teve de esperar nem um ano completo para voltar a ter ‘O Rei’ no seu relvado. Desta vez, com a selecção brasileira, campeã do mundo em título, ao completo, Pelé enfrentou os Leões, a 16 de Maio de 1960, representando o Brasil num curioso amigável entre clube e selecção. Com uma enchente nas bancadas, desta vez o resultado foi inequívoco: 0-4 para os embasbacantes canarinhos e “uma classe confirmada num espectáculo inesquecível”, intitulou o Diário de Lisboa A equipa verde e branca sofreu o primeiro golo logo aos oito minutos e os outros três chegaram só no segundo tempo. Houve Pelé em campo, mas sem golo, e desta feita quem encantou foi o imparável Garrincha, que fechou a contagem e “fez maravilhas com a bola nos pés”, escreveu o mesmo jornal. Mais um jogo em que esta dupla continuou invencível e, assim se manteve: juntos fizeram 40 jogos pelo Brasil, 36 triunfos e quatro empates.
OPINIÃO
NUNO DIAS
Tal como o Sporting Clube de Portugal não existe sem os seus Sócios, as conquistas desportivas nunca existem sem o trabalho de muita gente. O sucesso não resulta nunca de um homem ou de uma mulher só. Por trás de cada atleta, de cada equipa, de cada secção, está o trabalho, muitas vezes invisível, de um conjunto de pessoas unido pela mesma causa comum. Causa essa que, no Sporting CP, consiste no Esforço, na Dedicação e na Devoção pelo Clube. Sabendo sempre que a Glória não surge em último por acaso. É porque tem de ser antecedida do resto.
Por ter esta compreensão do desporto enquanto fenómeno coletivo, não gosto de destacar singularmente alguém ao serviço do Sporting CP. Há, porém, notórias exceções. São aqueles que pela força das suas convicções, pela constância da sua visão e pela intensidade da ligação ao Clube, marcam uma era. É o caso do nosso treinador de futsal. Tendo começado há 11 anos no Sporting CP, nem por um momento se afrouxou a ligação. Além de ter ganho tudo o que havia para ganhar, Nuno Dias tem sabido reinventar-se e acompanhar a evolução da modalidade. Os sucessivos títulos,
em crescendo, são disso prova. Os números falam por si: mais de 30 troféus, entre os quais duas UEFA Futsal Champions League, sete Ligas, seis Taças de Portugal, sete Supertaças e quatro Taças da Liga. A melhor época terá sido a de 2020/2021, quando fizemos um inédito quadruplete: UEFA Futsal Champions League, Liga, Taça e Taça da Liga. Recordo que nesse ano a Supertaça não se disputou. Nessa temporada, sofremos apenas uma única derrota, sendo a melhor época de sempre do futsal do Sporting CP. Convém lembrar que Nuno Dias não trabalha sozinho. Paulo Luís, o seu infatigável treinador-adjunto, acompanha-o desde 2012 e tem sempre sabido cumprir com igual mestria o seu ofício. E eu não me esqueço, e os Sportinguistas também não, quando orientou a equipa em 2017/2018 nos últimos dois jogos da fase final, que nos valeram o ansiado tricampeonato. Este percurso, eivado de Sportinguismo, não poderia acabar. Há muito que penso que Nuno Dias ainda tem muito para dar ao Sporting CP. Ou não fosse, actualmente, o melhor técnico de futsal do mundo. A sua recente renovação até 2027, anunciada com muito humor nas redes sociais do Clube, é ter a certeza de que vamos ter uma equipa a lutar para ganhar todas as competições, nacionais e europeias, com a mesma garra que vimos na última década. Só temos de fazer a nossa parte e continuar a brindar o míster com o nosso Sportinguismo no Pavilhão João Rocha!
TRIUNFO LEONINO NO ADEUS A 2022
A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal despediu-se de 2022 da melhor forma, ao vencer o CD Póvoa por 86-73 na sexta-feira, em jogo da 15.ª jornada da fase regular da Liga. No frente-a-frente com o antepenúltimo da tabela, que ainda assim chegou a esta partida como o conjunto com mais ressaltos e menos pontos sofridos na prova, os Leões entraram a todo o gás, só que viram o adversário subir de produção e foram obrigados a aplicar-se para triunfarem. Com o presidente Frederico Varandas a assistir no Pavilhão João Rocha, o duelo arrancou com domínio total para a turma da casa, que chegou ao 9-0, mas os visitantes recuperaram e passaram para a dianteira (1618) muito graças aos triplos de Cameron Oluyitan. Ainda assim, depois surgiu a reacção Leonina, que deu uma vantagem de 2818 no final do primeiro quarto. Em seguida, no segundo (22-23) e terceiro (15-17) períodos, o tabuleiro equilibrou. Os poveiros passaram a disputar o encontro
taco a taco e demonstram bons argumentos, principalmente através do jogo exterior. Apesar disso, o Sporting CP manteve sempre uma média de dez pontos de vantagem, atingiu o intervalo a vencer 50-41 e chegou aos últimos dez minutos com 65-68. No derradeiro quarto, o CD Póvoa ainda se aproximou, ao ficar a uma distância de apenas três pontos (67-64), mas foi sol de pouca dura. Isto porque, logo a seguir, Marcus LoVett Jr. e Isaiah Armwood encestaram e voltaram a distanciar os Leões (71-64), que dispararam no placard e não voltaram a ver o resultado ameaçado até ao término, fixando
dessa forma o triunfo nos 86-73. Nota de destaque para as exibições de Marcus LoVett Jr., que ficou perto do duplo-duplo com 22 pontos, três ressaltos e nove assistências, e Isaiah Armwood, com 16 pontos e seis ressaltos.
Os Leões, que ocupam o terceiro lugar da classificação com 27 pontos, apenas menos um do que o líder SL Benfica, voltam a jogar este sábado, dia 7 de Janeiro, na recepção ao CP Esgueira. Nota: o duelo da 16.ª ronda da fase regular da Liga agendado para quarta-feira, dia 4 de Janeiro, em casa do Vitória SC, teve início já depois da hora de fecho desta edição do Jornal
MODALIDADES ANDEBOL
LEÕES A CAMINHO DO CAMPEONATO DO MUNDO DE ANDEBOL
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: João Pedro MoraisQuatro jogadores do Sporting Clube de Portugal estão a caminho do Campeonato do Mundo de andebol, competição que se realiza na Polónia e na Suécia entre 11 e 29 de Janeiro, sendo que o número de convocados do emblema Leonino poderá ainda subir para cinco nos próximos dias. Se por um lado os irmãos Francisco e Martim Costa (Portugal), Edmilson Araújo (Cabo Verde) e Leo Maciel (Argentina) já têm presença garantida na prova, Patryk Walczak ainda aguarda a lista final dos polacos, isto apesar de já estar integrado nos trabalhos de preparação da sua selecção.
Com 17 e 20 anos, respectivamente, Francisco e Martim Costa são os jogadores mais novos a constar nas escolhas do seleccionador Paulo Pereira, algo que afirmam ser o “concretizar de um sonho”. “Disputar um Campeonato do Mundo é sempre especial para qualquer atleta. Vamos tentar fazer a melhor preparação possível e dar tudo o que temos, sempre a olhar para a frente. Vamos à luta”, disse o lateral-direito Kiko ao Jornal Sporting, admitindo ser “especial” partilhar esta experiência com o irmão. “Somos muito jovens, é inexplicável. Queremos estar aqui muitos mais anos e, sendo o primeiro Mundial, vamos dar tudo o que temos para sairmos daqui felizes”. Também Martim corroborou a ideia partilhada pelo irmão mais novo. “É o concretizar de um sonho. Todos os atletas sonham em representar a selecção, ainda para mais num Mundial. É um sentimento muito especial”, atirou o lateral-esquerdo, revelando que os dois sempre tiveram “a ambição de ir à selecção juntos”, apesar de nunca terem imaginado que acontecesse “tão cedo”. A preparação dos Heróis do Mar arrancou com um estágio em
Rio Maior, mas prossegue agora na Noruega, onde vão disputar um torneio contra o Brasil, os Estados Unidos da América e o país anfitrião. “Têm sido dias de trabalho duros e intensos para estarmos preparados em termos físicos e tácticos. É muito bom podermos entrosar-nos mais no modelo de jogo do seleccionador nacional, estamos cada vez mais perto de atingir a nossa melhor forma”, assegurou Martim, que pretende “ajudar ao máximo a equipa”, tal como Kiko, que garante não sentir “pressão” por ser o mais novo de sempre a representar a selecção nacional: “Todas as selecções têm atletas de grande nível e claro que, sendo um jovem de 17 anos, é difícil, mas sei que vou ultrapassar isso”.
Na fase de grupos, o conjunto das Quinas vai encontrar a Islândia, a Coreia do Sul e a Hungria, sendo que o objectivo passa por melhorar o décimo lugar alcançado na edição passada, em 2021.
“Temos a ambição de fazer pelo menos quatro pontos para seguirmos para a próxima fase. Será complicado, mas temos todas
as condições. Queremos alcançar um resultado melhor do que no último Mundial, sendo que depois disso poderemos sonhar pois temos qualidade para isso”, considerou Martim, deixando uma mensagem aos outros Leões que vão entrar em acção na prova. “Que lhes corra muito bem e que não se magoem. Ainda assim, se calharem com Portugal, tenho pena mas queremos ganhar”. Já Kiko, alinhou pelo mesmo discurso. “O primeiro encontro, diante da Islândia, vai ser muito difícil e importante. Pensamos sempre jogo a jogo e a partir daí logo se verá, mas temos no pensamento fazer melhor do que na edição de 2021”. Contrastando com a juventude desta dupla, o experiente guardião Leo Maciel, de 34 anos, vai para a quarta presença nesta prova pela Argentina, após ter participado em 2013, 2019 e 2021, pelo que as sensações são “diferentes”. “Na primeira estava mais nervoso pois era muito jovem, mas nas outras duas e nesta estou mais tranquilo e confiante na equipa”, disse, antevendo
ainda assim tarefa difícil para a albiceleste, que enfrentará os Países Baixos, a Noruega e a Macedónia do Norte. “Terminar nos dez primeiros seria um sonho, mas estamos focados em ultrapassar a primeira fase. Este ano calhou-nos um grupo com
três equipas europeias, pelo que vai ser muito difícil, mas estamos a preparar-nos bem”, mencionou, sem esquecer os companheiros de clube: “Preferia que não nos cruzássemos, mas desejo-lhes o melhor e estarei atento aos jogos deles”. Por sua vez, Edmilson Araújo, lateral-esquerdo de 28 anos que esteve no Mundial de 2021 ao serviço de Cabo Verde, espera que as coisas corram melhor desta vez. “Infelizmente, na edição passada só conseguimos realizar um jogo, contra a Hungria, devido ao surto de COVID-19 que tivemos na equipa. Apesar de todas as adversidades, não desistimos e fizemos os possíveis e impossíveis para dignificar a bandeira”, explicou, expressando o desejo de apresentar-se “na melhor forma possível para ajudar a equipa a orgulhar Cabo Verde”, que vai encontrar o Uruguai, a Suécia e o Brasil: “Estamos num grupo muito competitivo, com selecções experientes que nos vão criar dificuldades, mas queremos discutir a passagem à fase seguinte. Esse será o primeiro objectivo”.
CALENDÁRIO COMPETITIVO DOS LEÕES NA PROVA
Francisco e Martim Costa (Grupo D)
Islândia-Portugal (12 de Janeiro, 19h30)
Portugal-Coreia do Sul (14 de Janeiro, 17h00)
Portugal-Hungria (16 de Janeiro, 19h30
Edmilson Araújo (Grupo C)
Cabo Verde-Uruguai (12 de Janeiro, 17h00)
Suécia-Cabo Verde (14 de Janeiro, 19h30)
Brasil-Cabo Verde (16 de Janeiro, 17h00)
Leo Maciel (Grupo F)
Argentina-Países Baixos (13 de Janeiro, 17h00)
Noruega-Argentina (15 de Janeiro, 19h30)
Macedónia do Norte-Argentina (17 de Janeiro, 17h00)
Patryk Walczak (Grupo B)
Polónia-França (11 de Janeiro, 20h00)
Polónia-Eslovénia (14 de Janeiro, 19h30)
Polónia-Arábia Saudita (16 de Janeiro, 19h30)
MODALIDADES FUTSAL
NUNO DIAS RENOVA ATÉ 2027
O Sporting Clube de Portugal anunciou, na última terça-feira, que Nuno Dias, treinador da equipa principal de futsal, renovou contrato até 2027. Paulo Luís, técnico-adjunto também prolongou a ligação por mais quatro anos.
A dupla chegou ao emblema de Alvalade em 2012/2013 e, desde então, ganhou tudo o que podia: duas UEFA Futsal Champions League, sete Ligas, seis Taças de Portugal, sete Supertaças, quatro Taças da Liga, e quatro Taças de Honra da AF Lisboa.
No seguimento da assinatura dos novos contratos, que teve lugar no Estádio José Alvalade e que contou com a presença de Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo, Nuno Dias começou por dizer que acabar a carreira no Sporting CP começa a ser “algo que não está fora dos horizontes”.
“Sabemos, também, que a carreira dos treinadores vive muito à custa de resultados. Por vezes, o trabalho é muito bem feito e os resultados não o acompanham. Felizmente, os resultados têm sido bons e confio naquilo que fazemos. Normalmente, num clube grande como o Sporting CP, a carreira de um treinador não se prolonga durante tanto tempo. No nosso caso, tem-se prolongado e estamos muito contentes com isso”, acrescentou em declarações aos meios de comunicação Leoninos.
O treinador de 50 anos garantiu não vai “ser mais exigente” do que já é “porque isso é impossível”: “A minha responsabilidade já é tão grande que não é esta renovação que a vai aumentar. (...)
A vontade que de vencer, conquistar e fazer coisas bem feitas com o Sporting CP em 2012 é a mesma que sinto hoje ao fim de tantos anos de trabalho”.
Desafiado a escolher os melhores momentos nestes mais de dez anos no Sporting CP, Nuno
Dias lembrou as conquistas europeias, mas não só.
“As UEFA Futsal Champions League, pela grandeza do troféu em si. Principalmente a primeira, porque era um troféu que o Sporting CP perseguia há muito tempo e era algo que os adeptos - e nós também, obviamente - queriam muito conquistar.
A segunda, num contexto de pandemia, também foi muito importante pela dificuldade da competição e pela grande aposta que fizemos com a juventude no nosso plantel. O primeiro título, uma Taça de Portugal, e o primeiro campeonato também.
Todos os títulos são especiais e dão alegria”, contou.
Depois de admitir que renovar em conjunto com Paulo Luís era a única opção - “Também somos uma equipa. Não há o treinador e o adjunto. Sempre pensámos como uma equipa técnica, sempre dividimos tarefas, partilhámos ideias com boas discussões para melhorarmos” - Nuno Dias dirigiu-se aos Sportinguistas.
“Há um privilégio muito grande em aqui estar e um orgulho
enorme em representar este clube. Há a vontade de continuar a fazer as coisas bem feitas. Pela grandeza que tem, o Sporting CP não joga apenas para ganhar e essa é uma imagem de marca que fomos deixando ao longo do tempo. Se calhar também por isso, os adeptos gostam e acarinham tanto esta equipa pela forma como se entrega, como procura o resultado e sempre mais golos sem sofrer. A atitude há de ser sempre a melhor possível e isso é algo que nos caracteriza. Vai ser sempre uma imagem de marca das equipas de futsal do Sporting CP, tanto nos seniores como na formação”, concluiu. Para Paulo Luís, de 49 anos, o sentimento é de felicidade: “Temos trabalhado como uma equipa ao longo destes anos todos e só assim é que alcançámos o que alcançámos. Continuamos a caminhar juntos para ganhar muitos mais títulos no Sporting CP”. “São dez anos e não é normal, no contexto desportivo actual nacional e internacional, ter equipas técnicas tanto tempo no mesmo clube. É sinal de que,
tanto da nossa parte como da direcção, estamos satisfeitos e temos tido bons resultados. Para além de vencer, há qualidade nas vitórias, o que nos permite merecer a confiança de continuar aqui por mais alguns anos com a mesma motivação. Nunca nos cansamos de melhorar no dia-a-dia. O trabalho de há dez anos não é o mesmo de hoje porque se fosse não continuaríamos a ganhar”, adicionou.
“RENOVAÇÃO SURGE DE FORMA NATURAL”
Por fim, Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo, explicou que, “mais do que fazer todo o sentido, não havia alternativa” à renovação da dupla de treinadores: “A renovação desta equipa técnica é quase como uns votos de boa entrada em 2023 anunciados porque os Sócios e adeptos do Sporting CP esperavam esta notícia. São 11 temporadas que o Nuno e o Paulo levam no Sporting CP, mas ainda estão no início do trajecto.
Ainda há muito para viverem no Clube. Fazem parte da família Sporting CP e esta renovação até 2027 surge de forma natural, como surgirá outra daqui a dois ou três anos. Estamos muito felizes com eles e sabemos que deixamos toda a família Sportinguista feliz”, começou por referir, continuando.
“Todos os anos há uma renovação de ambição, forma de estar e compromisso com o Clube e esta equipa técnica tem total responsabilidade nisso. O Nuno e o Paulo garantem essa dedicação permanente ao Sporting CP, esse compromisso diário com o Clube. Dão tudo nos treinos para sair de forma natural ao fim-de-semana. Ambicionamos ter esta filosofia em todas as equipas. É tudo o que queremos para o Sporting CP. A forma como nos fazem sentir que vivem o Sporting CP enche-nos o coração. A renovação desta equipa técnica é uma boa notícia para o Sporting CP e para a selecção nacional, que vai colher os frutos. É um dia feliz para todos, seguramente”, acrescentou.
MODALIDADES FUTSAL
FORMAÇÃO LEONINA ACOLHEU ACADEMIA NORTE-AMERICANA DE FUTSAL
Entre dois continentes com realidades diferentes no mundo do futsal e um oceano que as separa, a paixão pela modalidade serviu de elo de ligação para um momento de partilha e aprendizagem mútua, sempre com a bola a rolar pelo meio. Para encerrar o ano de 2022, os escalões de formação do Sporting CP receberam, nos dias 28 e 29 de Dezembro, a US Youth Futsal International, uma Academia norte-americana de futsal, para uma acção conjunta que englobou jovens nascidos entre 2004 e 2009. Miguel Faro, coordenador da modalidade verde e branca, não teve dúvidas e considerou que para o conjunto norte-americano “trabalhar com a melhor formação do mundo só os vai fazer crescer”. “Fomos contactados pela organização que estava a fazer uma triagem das melhores jogadoras e jogadores dos Estados Unidos da América para virem a Portugal estagiar com várias
equipas e entre elas queriam que uma fosse o Sporting CP. Fizemos todos os esforços para que fosse possível estarem nas nossas instalações, treinarem com os nossos treinadores e jogarem com as nossas equipas de formação”, apontou em declarações
à Sporting TV. Assim, o primeiro dia foi dedicado aos escalões femininos e o segundo aos masculinos, ambos sob o mesmo programa: durante a manhã os jovens dos dois emblemas treinaram de forma conjunta sob a liderança dos técnicos Leoninos
e, à tarde, jogaram e enfrentaram-se no Multidesportivo do Estádio José Alvalade.
BENEFÍCIOS MÚTUOS
Um dos treinadores do Sporting CP a participar no primeiro dia desta iniciativa foi Nuno Januário, que sublinhou que esta “foi uma experiência única, mas que deverá ser repetida”, destacando ainda a “troca de experiências muito grande, o convívio interessante entre atletas e também treinadores e, além disso, é bom para o futsal, é bom para o Sporting CP”, considerou. O técnico sublinhou ainda que o “peso internacional no futsal” dos Leões nota-se “pelo reconhecimento dos treinadores de outros países e de outros clubes pela realidade” verde e branca, antes de frisar que os benefícios desta acção conjunta são também mútuos: “É bom também para as atletas, que vêem até que ponto as competências que estão a adquirir estão num bom caminho. É um conhecimento muito rico”. Ora, esta foi uma visão corroborada e
reforçada por Ryan Mraz, um dos técnicos da academia norte-americana que se deslocou a Alvalade: “É bom para todas elas. As raparigas dos EUA podem ver a forma como as jogadoras de cá treinam, jogam e que diferenças técnicas há entre ambas. É fantástico”. Ainda nesse primeiro dia, Débora Queiroz, jogadora e capitã da equipa principal feminina de futsal do Sporting CP, fez questão de estar presente e acompanhar a iniciativa, a qual considerou que “deve acontecer mais vezes”. “Na minha altura não havia nada disto e acho que é um torneio especial, com atletas que vêm de fora e com um futsal completamente diferente do nosso. Acho que isso é uma experiência espectacular para as nossas atletas e elas aproveitaram”, acrescentou. Já no dia 29, o processo foi o mesmo, desta vez para os escalões masculinos dos Leões e da US Youth Futsal International. E Fabian Rodríguez, treinador dos norte-americanos, não escondeu a sua satisfação pela experiência proporcionada: “Está a ser muito entusiasmante. As equipas estão equilibradas, há muito dinamismo e competitividade”. Já Ricardo Coelho, coordenador da formação de futsal verde e branca, estabeleceu algumas diferenças no futsal praticado pelos jovens vindos dos EUA. “São equipas muito competitivas, fortes fisicamente, rápidas e diferentes das equipas que encontramos em Portugal. São jogadores que estão habituados também a outro tipo de treino, porque são atletas que jogam também futebol”, explicou, antes de concluir que esta foi uma iniciativa de sucesso. “Uma experiência muito agradável e gratificante para os atletas e os treinadores”, atirou, por fim, pois não há melhor maneira de juntar duas realidades distintas e pô-las a conviver e a continuar a evoluir do que fazê-lo com uma bola nos pés.
CLUBE FÉRIAS DE LEÃO
À “EXIGÊNCIA” DE 2022 SEGUE-SE UM 2023 COM “NOVIDADES À ESPREITA”
DEPOIS
Fotografia:Fechado o ano de 2022, marcado pelo regresso à normalidade pós-pandemia nos vários quadrantes da sociedade, as Férias de Leão também voltaram às suas actividades em pleno para animar as pausas lectivas de Verão, Páscoa e Natal dos jovens entre os 6 e os 14 anos de idade, oferecendo experiências inesquecíveis e sempre próximas do universo Sporting CP. “Dar a conhecer o eclectismo do Clube” e “potenciar o interesse para a prática de desporto, que é tão importante em qualquer idade” são os objectivos sempre em mente, reconheceu, em declarações ao Jornal Sporting, Ariana Garcia, técnica pedagógica da Academia de Talentos Leoninos (ATL).
Ora, sem esconder que 2022 foi “um ano exigente”, Ariana Garcia considerou que os obstáculos foram superados, “dando continuidade ao tremendo sucesso que este projecto comporta”, referiu, antes de salientar a adesão alcançado ao longo do ano. “Aumentámos a nossa capacidade para mais do dobro, esgotando todas as semanas da edição de Verão, o que é um excelente indicador de que o Sporting CP continua a ser o destino de férias preferido dos pequenos Leões e Leoas, mas não só. Recebemos dezenas de crianças com outras preferências clubísticas, mas que encontram no Sporting CP um eclectismo e um acolhimento único”, realçou também.
DEIXAR A MARCA DE LEÃO
A última das edições realizada foi a referente às férias de Natal, “de apenas duas semanas”, mas com um balanço “muito positivo”, enalteceu Marta Fernandes Vaz, coordenadora da ATL,
reconhecendo o “sucesso” na associação à campanha Sportinguista ‘Neste Natal, Deixa a tua Marca’. “É uma altura muito importante, onde o espírito natalício está muito presente e valores como a solidariedade, o altruísmo e a partilha estão muito vincados. Desafiámos, pela primeira vez, todas as famílias a trazerem um presente a ser doado pela Fundação Sporting à Junta de Freguesia do Lumiar que, por sua vez, fá-los-ia chegar a crianças e jovens em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica”, contou, antes de destacar também os benefícios encontrados na aposta, pela primeira vez, no xadrez. “Era uma modalidade já solicitada há algum tempo. Nesta edição decidimos finalmente arriscar e colocá-la em prática e, também ela, foi um sucesso, aguçando a criatividade, a lógica e a estratégia de todos os
PARA 2023, GARANTIRAM AS RESPONSÁVEIS DA ACADEMIA DE TALENTOS LEONINOS (ATL).
nossos participantes”, sublinhou. Também no fim do ano, no dia 30 de Dezembro, as Férias de Leão levaram a cabo a cerimónia de entrega de diplomas, que “é já um marco”, admitiu Marta Fernandes Vaz, contando sempre com a “presença muito desejada” do Jubas. “É um momento que permite consolidar os laços fomentados durante a semana, entre a equipa e os participantes, mas também um encontro e proximidade entre gerações, já que as famílias são convidadas a estar presentes. É também um momento em que é simbolicamente feita uma despedida”, explicou a coordenadora, acrescentando que todos os participantes recebem ainda “um brinde Sporting CP”. Agora, os olhos já estão postos em 2023, que traz novas perspectivas e nas Férias de Leão “há sempre novidades à espreita”. “Pretendemos dar a
JOVENS LEOAS VENCERAM XMAS CUP EM MADRID
A equipa sub-19 feminina de futebol do Sporting CP brilhou durante os dias 27 e 29 de Dezembro, em Madrid, onde conquistou a Xmas Cup, batendo o Real Madrid CF na final por 3-2 no desempate por pontapés de penálti após o nulo no tempo regulamentar. Num percurso meritório, as jovens Leoas venceram o Rayo Vallecano (1-3) e o Electrocor Las Rozas (0-6) e perderam apenas com o Pozuelo de Alcorcón (1-0) na fase de grupos, antes de baterem SL Benfica (6-5 em penáltis, após 1-1) e CFF Olympia Las Rozas (3-5 em penáltis, após 0-0) para chegar à decisão do torneio.
HOMENAGEM
OBRIGADO E ATÉ SEMPRE, JOSÉ ALVAREZ
OPINIÃO
QUE 2023 SEJA ‘À SPORTING’
a este sonho transformado inúmeras vezes em realidade. Ganhar é, desde 1906, o nosso desígnio, sabendo nós que só ganha um em cada competição.
José Alvarez faleceu no passado dia 29 de Dezembro de 2022, aos 89 anos. O ex-jornalista e revisor do Jornal Sporting era actualmente o Sócio número 244 do Sporting Clube de Portugal.
José Alvarez tornou-se Associado do Sporting CP em 1949, inscrevendo-se também na ginástica verde e branca, e em 1971 ingressou no Clube para trabalhar no Jornal Sporting, onde trabalhou até 2014. Foram mais de 40 anos de ligação ao semanário Leonino, onde, além das muitas páginas que escreveu, reviu meticulosamente textos de outros jornalistas e ajudou também a formar vários profissionais, marcando assim diferentes gerações. “É difícil falar sobre o Jornal
Sporting ou resumir a minha ligação ao nosso Jornal. Foi a minha segunda casa, a minha segunda vida. O primeiro artigo que escrevi foi no dia 17 de Março de 1971. Fui jornalista e revisor durante mais de 40 anos. Trabalhei por amor ao Jornal, vivi-o nos tempos mais desafiantes e passei por várias redacções, quer no sentido físico quer de pessoas. Escrevi sobre tudo: jogos, assembleias, convívios. Tudo, e fui muitas vezes homenageado pelo meu trabalho. Dediquei a minha vida ao Jornal Sporting”, disse em Março de 2021, na altura das comemorações do 99.º aniversário do Jornal Sporting Carismático e com um sentido de humor muito próprio, olhou também pelo próximo e por isso em 1984 fez parte da fundação dos Leões de Portugal
– Associação de Solidariedade Sportinguista, IPSS. Sócio fundador da associação, ainda fazia parte do Órgãos Sociais e foi lá que passou alguns dos últimos momentos de vida.
José Alvarez, que também pertencia ao Grupo ‘Os Cinquentenários’, era um dos mais antigos patronos das bolsas de estudo atribuídas anualmente pelos Leões de Portugal e vai continuar a sê-lo por mais 20 anos, como o próprio deixou escrito.
O Sporting CP e o Jornal Sporting endereçam as mais sentidas condolências aos familiares e amigos de José Alvarez, agradecendo e enaltecendo os anos de esforço, dedicação e devoção ao Clube e ao semanário Leonino. Obrigado pelo legado e pelo exemplo. Até sempre, José Alvarez.
Terminado que está 2022, um ano que no plano social foi marcado, entre outros factores, por uma ignóbil guerra na Europa, entre outras guerras que se arrastam no tempo, embora com menor mediatismo por outros locais do globo, e ainda por uma crise económica sem precedentes, com os portugueses a sentirem com estrondo na carteira o efeito da mesma, o tempo tem - é obrigatório - de ser o de reagir às adversidades.
Chegada que foi a hora de nos despedirmos do ano velho, que, como disse atrás, pouco de abonatório trouxe à grande maioria de nós, coube-nos pedir um ano de 2023 francamente melhor, aproveitando aqui para parafrasear Luísa Semedo, professora e cronista do jornal Público, numa crónica ainda recente naquela publicação em que termina a mesma dizendo: “A esperança é a última a morrer, aprendi como Sportinguista”.
E em cada um de nós, que trazemos o Leão no coração, chegada que foi a altura das doze passas e de abrir o champanhe, pedimos naturalmente um ano fantástico para o nosso Clube, momento intrínseco à nossa condição, a de ter essa infinita esperança. E nestes pedidos, até tivemos também o direito de aliar o sonho. O sonho de muitas conquistas nacionais e internacionais.
Afinal foi o Sporting Clube de Portugal que nos habituou
Mas de 2022 para o ano que agora está a iniciar, faz sentido pedir conquistas nacionais e internacionais. Ter pelo menos a ambição de lutar por elas. Do futebol às modalidades. Logo no início do ano começam testes de fogo no plano internacional, do futebol ao voleibol, do andebol ao hóquei em patins passando pelo atletismo, pelo ténis de mesa e pelo futsal. É caso para dizer de tanto Sporting CP que todos nós poderemos desfrutar. Direi, sem ponta de exagero, com foros de inigualável.
Também no plano nacional, e pela amostra do que foi disputado até agora, é legítimo ter aspirações, porque parece claro que estamos na luta em todas as decisões que irão chegar mais lá para o meio do ano de 2023. E ninguém irá regatear esforços para que o nosso Museu fique ainda mais emoldurado. Essa convicção que tenho será seguramente partilhada por cada um de vós. E teremos que ser todos juntos no apoio incessante que é tão característico do nosso Clube. Faço também daqui o apelo para que este ano leve mais gente aos pavilhões e aos estádios onde estiver o símbolo do Leão rampante.
Termino com o desejo de que tenham um excelente 2023 extensivo à restante família, e que seja mais um ano de conquistas... ‘à Sporting’.
PS - Morreram dois Leões de juba bem alta e amigos pessoais de muitos anos. Até sempre, António Maia, antigo atleta e funcionário do Sporting CP, e José Alvarez, uma figura marcante da vida do Jornal Sporting. O Clube fica muito mais pobre sem vocês. Descansem em paz!
António
Rosa Maria Aguiar Joãozinho
Tito
Hugo
Agostinho
Eurodólar
Jaime
Francisco
João Pedro Vintém
Carlos Pinto de Abreu
Margarida Marques Almeida
Irís
Beatriz
Leonor
Hugo
Núria
Mário
Sofia
Tomás
BASQUETEBOL
FEMININO
FEMININO
Sub-18
BILHAR MASCULINO
Carambola - Taça Portugal Sporting CP B 2-0 Sporting CP C
FUTEBOL MASCULINO
Seniores - Liga Portugal Bwin
Sporting CP 3-0 FC P. Ferreira
FEMININO
Sub-19 - X’mas Cup
Grupo: Rayo Vallecano 1-3 Sporting CP
Grupo: Pozuelo de Alarcon 1-0 Sporting CP
Grupo: Electrocor Las Rozas 0-6 Sporting CP Quartos-de-final: Sporting CP 1-1 (6-5 pen) SL Benfica
Meias-finais: CFF Olympia Las Rozas 0-0 (3-5 pen) Sporting CP Final: Sporting CP 0-0 (3-2 pen) Real Madrid CF - VENCEDOR
VOLEIBOL FEMININO
Juniores - Gala Volley
Sporting CP - VENCEDOR
Juvenis - Gala Volley
Sporting CP - 4.º LUGAR
Cadetes - Gala Volley Sporting CP - 2.º LUGAR
Iniciados - Gala Volley
Sporting CP A - 2.º LUGAR; Sporting CP B - 10.º LUGAR
Infantis - Gala Volley
Sporting CP A - 3.º LUGAR; Sporting CP B - 7.º LUGAR; Sporting CP C - 11.º LUGAR
AGENDA
ANDEBOL
SÁBADO, 7 DE JANEIRO
18H00 Sub-18 Masc.
SPORTING CP vs. Esfera Andebol 10.ª jorn. F. Final A 1.ª fase Camp. Nac. Multidesportivo Sporting
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
9H00 Sub-14 Masc.
SPORTING CP A vs. CD Mafra 1.ª jorn. F. final/Gr. 1 Camp. Reg.
Pavilhão João Rocha
15H00 Sub-16 Masc.
NA S. Correia vs. SPORTING CP A 5.ª jorn. F. Final /Gr. 1 1.ª fase Camp. Nac.
Pav. Gimn. Samora Correia
15H30 Sub-16 Masc.
AC Cacém vs. SPORTING CP B 5.ª jorn. F. Final /Gr. 2 1.ª fase Camp. Nac.
Pav. Esc. Sec. Gama Barros (Agualva)
17H00 Sub-14 Masc.
SPORTING CP B vs. Almada AC 1.ª jorn. F. final/Gr. 2 Camp. Reg.
Pav. Fernando Tavares (Lisboa)
21H00 Sub-20 Masc.
SPORTING CP vs. CDE Camões 13.ª jorn. 1.ª fase/Z4 Camp. Nac.
Pavilhão João Rocha
QUARTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO
21H30 Sub-16 Masc.
Esfera Andebol vs. SPORTING CP A 3.ª jorn. F. Final /Gr. 1 1.ª fase Camp. Nac.
Pav. Esc. Celorico Moreira (Miraflores)
ATLETISMO
SÁBADO, 7 DE JANEIRO
14H30 Vários escalões
SPORTING CP Meeting Prof. Mário Moniz Pereira CAR Jamor (Oeiras)
DOMINGO, 8 DE JANEIRO 14H30 Formação SPORTING CP OctaKids I Pista n.º 2 Jamor (Oeiras)
BASQUETEBOL
SÁBADO, 7 DE JANEIRO
9H00 Sub-12
SPORTING CP
5.º Convívio Mini 12
Pav. António Feliciano Bastos (Loures)
9H30 Sub-11 Masc.
Qta. Lombos (S12F) vs. SPORTING CP
2.ª jorn. 2.ª fase/Gr.2 Circ. Mini 12
Esc. Sec. Leal Câmara (Rio de Mouro)
10H45 Sub-12 Masc.
SPORTING CP vs. Algés Dafundo
2.ª jorn. 2.ª fase/Gr.1 Circ. Mini 12
Esc. Sec. Leal Câmara (Rio de Mouro)
10H45 Sub-12 Fem.
SPORTING CP vs. CA Queluz
2.ª jorn. 2.ª fase/Gr.2 Circ. Mini 12
Esc. Sec. Leal Câmara (Rio de Mouro)
11H00 Sub-18 Fem.
“Os Belenenses” vs. SPORTING CP
13.ª jorn. F1G1 Camp. Dist.
Pav. Acácio Rosa (Lisboa)
15H00 Sub-18 Masc.
SPORTING CP vs. SL Benfica
14.ª jorn. F1G1 Camp. Dist.
Multidesportivo Sporting
18H30 Sub-16 Fem.
Lobos Malveira vs. SPORTING CP 2.ª jorn. F3G1 Camp. Dist. Pav. Mun. Malveira
18H45 Seniores Masc.
SPORTING CP vs. CP Esgueira 17.ª jorn. Liga betclic Pavilhão João Rocha
20H15 Sub-23 Masc.
PNB Loures vs. SPORTING CP 10.ª jorn. Sul B Camp. Nac. 2.ª Div. Sen. Pav. António Feliciano Bastos (Loures) 20H15 Sub-16 Masc.
SPORTING CP vs. Estoril BC 2.ª jorn. F3G1 Camp. Dist. Multidesportivo Sporting DOMINGO, 8 DE JANEIRO
9H30 Sub-14 Masc.
Maria Pia SC vs. SPORTING CP B 1.ª jorn. F3G3 Camp. Dist. Pav. Mun. Graça (Lisboa)
11H00 Sub-14 Fem. Carnide Clube vs. SPORTING CP 1.ª jorn. F3G1 Camp. Dist. Pav. Mun. B.º Padre Cruz (Lisboa)
11H30 Sub-16 Masc.
SPORTING CP B vs. Sal. Lisboa 2.ª jorn. F3G3 Camp. Dist.
Multidesportivo Sporting 11H30 Sub-14 Fem.
SPORTING CP B vs. UDC Forte 1.ª jorn. F3G4 Camp. Dist. Pav. Esc. Sec. Lumiar (Lisboa)
16H30 Sub-14 Masc.
SPORTING CP vs. Lobos Malveira 1.ª jorn. F3G1 Camp. Dist. Pav. Esc. Sec. Lumiar (Lisboa)
BILHAR SÁBADO, 7 DE JANEIRO
11H00 Carambola CARLOS FRAGA; JOSÉ CORREIA Série 10, 3.ª fase 2.º Open Nac. 1.ª Div. Sala Dr. Henrique Marques (Estádio José Alvalade)
11H00 Carambola RUI GIL Série 3, 3.ª fase 2.º Open Nac. 1.ª Div. Sala Gin. C. Sul (Almada)
11H00 Carambola LEONARDO HORTA Série 5, 3.ª fase 2.º Open Nac. 1.ª Div. Clube Bilharista Amadora
14H00 Carambola ANTÓNIO MARIANO; JORGE ROCHA Séries 2 e 8, 3.ª fase 2.º Open Nac. 1.ª Div. Sala Estádio SL Benfica (Lisboa)
15H00 Carambola RUI LOPES Série 9, 3.ª fase 2.º Open Nac. 1.ª Div. Clube Bilhar Eborense (Évora)
21H00 Carambola SPORTING CP D vs. Gin. C. Sul B 9.ª jorn. S1/Z. Sul Camp. Nac. 2.ª Div. Sala Dr. Henrique Marques (Estádio José Alvalade)
SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JANEIRO
21H00 Carambola Masc. Real SC A vs. SPORTING CP A 8.ª jorn. S1/Sul Camp. Nac. 1.ª Div. Sala Bilhar Real SC (Massamá)
TERÇA-FEIRA, 10 DE JANEIRO
21H00 Carambola Masc. SPORTING CP B vs. SL Benfica A 8.ª jorn. S2/Z. Sul Camp. Nac. 1.ª Div. Sala Dr. Henrique Marques (Estádio José Alvalade)
21H00 Carambola Masc. Gin. C. Sul A vs. SPORTING CP C 8.ª jorn. S2/Z. Sul Camp. Nac. 1.ª Div. Sala Bilhar Gin. C. Sul (Almada)
QUARTA-FEIRA, 11 DE
JANEIRO
21H00 Carambola Masc. SL Benfica A vs. SPORTING CP A 4.ª elim. Taça Portugal Sala Bilhar Estádio SL Benfica (Lisboa)
FUTEBOL
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO
15H00 Sub-23 Masc. SPORTING CP vs. CF Estrela 12.ª jorn. Série B Liga Revelação Estádio Aurélio Pereira SÁBADO, 7 DE JANEIRO
10H00 Sub-10 Masc. Vitória CL vs. SPORTING CP 6.ª jorn. Série 5 Liga Sub-11 Campo do Vitória (Lisboa)
11H00 Sub-19 Masc.
SPORTING CP vs. Vilafranquense 19.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. 1.ª Div. Estádio Aurélio Pereira
15H00 Sub-14 Masc. UFCI Tomar vs. SPORTING CP B 13.ª jorn. Série D Camp. Nac. 2.ª Div. Sub-15 Estádio Mun. António Eduardo Fortes (Tomar)
15H30 Equipa B Masc.
SPORTING CP B vs. Vitória FC 13.ª jorn. Série B Liga 3 Estádio Aurélio Pereira
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
11H00 Sub-17 Masc.
SPORTING CP vs. CD Feirense 1.ª jorn. Ap. Camp. Camp. Nac. 1.ª Div. Estádio Aurélio Pereira
11H00 Sub-16 Masc.
SPORTING CP B vs. Barreirense 18.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. 2.ª Div. Sub-17
Campo n.º 6 Academia Sporting
11H00 Sub-15 Masc. Real SC vs. SPORTING CP 16.ª jorn. 1.ª fase/SD Camp. Nac. 1.ª Div.
Campo n.º 2 Real SC (Massamá)
15H00 Seniores Fem.
SPORTING CP vs. Albergaria 10.ª jorn. Liga BPI Estádio Aurélio Pereira
15H00 Equipa B Fem.
SPORTING CP B vs. Vitória SC 1.ª jorn. Ap. Camp. Camp. Nac. 2.ª Div. Campo n.º 5 Pólo EUL
15H00 Sub-19 Fem. Torreense vs. SPORTING CP 11.ª jorn. Liga Comp. Desp. Arenes (Torres Vedras)
18H00 Seniores Masc.
CS Marítimo vs. SPORTING CP 15.ª jorn. Liga Portugal bwin Estádio Marítimo (Funchal, Madeira)
QUARTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO
11H00 Sub-23 Masc.
SL Benfica vs. SPORTING CP 13.ª jorn. Série B Liga Revelação Campo n.º 1 Benfica Campus (Seixal) 15H00 Seniores Fem. SF Damaiense vs. SPORTING CP 2.ª mão Quartos-de-final. Taça da Liga Campo Damaiense (Damaia)
FUTSAL
SÁBADO, 7 DE JANEIRO
15H00 Sub-11 Masc. Mira Sintra vs. SPORTING CP B 8.ª jorn. Série 4 Liga Sub-11 Pav. Esc. Sec. Matias Aires (Agualva)
19H00 Seniores Masc. GCR Nun’Álvares vs. SPORTING CP Oitavos-de-final Taça da Liga Pav. Nun’Álvares (Fafe)
21H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. EDC Gondomar 4.ª elim. Taça de Portugal Pavilhão João Rocha
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
11H00 Sub-17 Masc. SPORTING CP vs. AMSAC 13.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. Pavilhão João Rocha 15H00 Sub-15 Masc.
SPORTING CP vs. CCR Telheiro 13.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. Pav. Mun. José Gouveia (S. João Talha)
17H00 Sub-15 Masc.
SPORTING CP B vs. Qta. Lombos 6.ª jorn. 2.ª fase Camp. Dist. 1.ª Div. Pav. Mun. José Gouveia (S. João Talha)
18H00 Sub-19 Masc. ADCR Caxinas vs. SPORTING CP 14.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. Pav. Desp. Vila do Conde 18H00 Sub-19 Fem. SPORTING CP vs. Arneiros 9.ª jorn. Série C Camp. Nac. Pavilhão João Rocha
HÓQUEI EM PATINS SÁBADO, 7 DE JANEIRO
12H00 Equipa B Masc.
SPORTING CP vs. AE Física D. 11.ª jorn. Sul Camp. Nac. 2.ª Div. Pavilhão João Rocha
14H45 Sub-13 Masc. A. Stuart HCM vs. SPORTING CP B 8.ª jorn. 2.ª fase/SF Camp. Reg. Pav. Prof. João Campelo (Massamá)
18H00 Sub-13 Masc.
SC Torres vs. SPORTING CP 8.ª jorn. 2.ª fase/SE Camp. Reg. Pav. SC Torres (Torres Vedras)
18H00 Sub-17 Masc.
SPORTING CP vs. AE Física D. 8.ª jorn. 2.ª fase Camp. Reg. Pav. Física (Torres Vedras) 21H30 Seniores Fem.
CAC Ourique vs. SPORTING CP 1.ª jorn. Prova 2/Gr. 2 Camp. Nac. Pavilhão do CA Campo Ourique (Lisboa)
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
14H45 Sub-15 Masc.
P. Arcos vs. SPORTING CP 4.ª jorn. 2.ª fase Camp. Reg. Pav. Paço de Arcos
15H00 Seniores Masc.
SC Tomar vs. SPORTING CP 10.ª jorn. Camp. Placard Pav. Mun. Cidade Tomar
15H00 Sub-19 Masc. SPORTING CP vs. Alenquer e Benfica 10.ª jorn. 1.ª fase Camp. Reg. Pav. SG Sacavenense (Sacavém)
QUARTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO
20H30 Seniores Masc. SPORTING CP vs. GRF Murches 12.ª jorn. Camp. Placard Pavilhão João Rocha
KARATE
SÁBADO, 7 DE JANEIRO
9H00 Vários escalões 20 atletas SPORTING CP Grande Torneio Karate Vila das Aves Pav. Mun. Santo Tirso
POLO AQUÁTICO
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
15H00 Equipa B Masc. Cascais WPC vs. SPORTING CP B 6.ª jorn. Camp. Nac. A2 Piscinas da Abóbada (Cascais)
RUGBY
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
12H00 Sub-16 Masc. RC Loulé vs. SPORTING CP/BELAS RC 7.ª jorn. Camp. Regional Campo João Adelino Gonçalves (Loulé) 13H45 Sub-19 Masc. RC Loulé vs. SPORTING CP/BELAS RC 7.ª jorn. Camp. Regional Campo João Adelino Gonçalves (Loulé)
TÉNIS DE MESA SÁBADO, 7 DE JANEIRO
18H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. GDCS Juncal Quartos-de-final Taça Portugal CAR Badminton (Caldas da Rainha)
DOMINGO, 8 DE JANEIRO 10H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. Adversário a designar Meias-finais Taça Portugal (em caso de apuramento)
CAR Badminton (Caldas da Rainha) 15H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. Adversário a designar Final Taça Portugal (em caso de apuramento)
CAR Badminton (Caldas da Rainha)
TIRO COM ARCO
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
9H00 Vários escalões SPORTING CP 5.ª prova Camp. Nac. Sala Comp. Desp. Mun. Casal Vistoso (Lisboa)
VOLEIBOL SÁBADO, 7 DE JANEIRO
11H30 Iniciados Fem.
Estoril Praia B vs. SPORTING CP B
1.ª jorn. 2.ª fase/Série D Camp. Reg. Col. Amor de Deus (Cascais)
12H00 Juniores Fem. SPORTING CP vs. Sintra Volei 1.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Reg. Multidesportivo Sporting 15H00 Seniores Fem. Vilacondense vs. SPORTING CP
3.ª jorn. Série A Liga LIDL Pav. Desp. Vila do Conde
15H00 Sub-21 Fem. Odivelas SC vs. SPORTING CP
1.ª jorn. 2.ª fase/Últimos Camp. Nac. Esc. Carlos Paredes (Odivelas)
15H00 Cadetes Fem.
CSJ Brito vs. SPORTING CP
1.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Reg. Col. São João Brito (Lisboa)
15H00 Iniciados Fem.
RC Santarém vs. SPORTING CP A
1.ª jorn. 2.ª fase/Série E Camp. Reg. Pav. Esc. Prática Cavalaria (Santarém)
15H00 Infantis Fem.
CP Arrupe vs. SPORTING CP A
1.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Reg. Col. Pedro Arrupe (Lisboa)
16H00 Seniores Masc.
SPORTING CP vs. Leixões SC
3.ª jorn. Série A Liga Una Seguros Pavilhão João Rocha
17H00 Iniciados Masc.
CN Ginástica vs. SPORTING CP 6.ª jorn. Camp. Reg. Pav. CN Ginástica (Parede)
DOMINGO, 8 DE JANEIRO
15H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. SL Benfica
4.ª jorn. Série A Liga LIDL Pavilhão João Rocha 15H00 Juniores Fem. SL Benfica vs. SPORTING CP
2.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Reg. Esc. José Cardoso Pires (Loures)
16H00 Juniores Masc.
SPORTING CP vs. VC Setúbal 10.ª jorn. Camp. Reg.
Multidesportivo Sporting
17H00 Juvenis Fem. Lusófona VC vs. SPORTING CP
1.ª jorn. Ap. Campeão Camp. Reg. Pav. Teotónio Lima (Lisboa)
18H00 Infantis Masc. SPORTING CP vs. Gama Barros
6.ª jorn. Camp. Reg.
Multidesportivo Sporting
19H00 Sub-21 Masc.
CN Ginástica vs. SPORTING CP
6.ª jorn. Camp. Nac. Pav. CN Ginástica (Parede)
19H30 Infantis Fem.
SPORTING CP B vs. CR Piedense
1.ª jorn. 2.ª fase/Série D Camp. Reg. Multidesportivo Sporting QUARTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO
21H30 Seniores Masc.
Fonte Bastardo vs. SPORTING CP
1.ª mão Quartos-de-final Taça Challenge Comp. Desp. Vitorino Nemésio (Terceira, Açores)
*Informação sujeita a alterações após o fecho de edição. Consulte a agenda actualizada em sporting.pt
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