Jornal Sporting n.º 3789

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3789 • QUINTA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO 2020 • SPORTING.PT • QUINZENAL • ANO 98 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO

40 ANOS DEPOIS A TAÇA É NOSSA O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO


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EDITORIAL

PARTE I - EXISTEM TRÊS TIPOS DE PESSOAS… André Bernardo

… “AS QUE GOSTARIAM QUE AS COISAS ACONTECESSEM, AS QUE DESEJAM QUE ACONTEÇAM, E AS QUE AS FAZEM ACONTECER”.

A frase não é minha, é de Michael Jordan, o “Deus” do basquetebol. 23 é o número que Air Jordan imortalizou na sua camisola e 23 foram precisamente os anos que o Sporting Clube de Portugal esteve sem basquetebol depois da sua extinção em 1995. Há menos de dois anos, a 7 de Novembro de 2018, o Clube “fez acontecer”. O basquetebol regressou e criou-se uma equipa de raiz. E é caso para dizer que a equipa de basquetebol chegou, viu e venceu. 40 é um número com valor simbólico forte na cultura ocidental, sobretudo pelas referências bíblicas. Foram 40 os dias de jejum de Jesus no deserto da Judeia e 40 anos o jejum do Sporting CP até à reconquista da Taça de Portugal de basquetebol, na passada quinta-feira. Um orgulho para todos, mas que infelizmente não teve ainda a possibilidade de contar com o calor do público que esperemos que esteja de volta brevemente. 1980 tinha sido o ano da última conquista, sendo esta a sexta taça do Clube na modalidade, que coroa mais um fim-de-semana (quase) pleno de vitórias em todas as modalidades. A excepção foi o empate por 1-1 no dérbi do hóquei em patins que teria sido uma vitória caso existisse tecnologia de linha de golo ou VAR. De destacar também a presença de seis atletas da formação que participaram na vitória do futsal por 8-2 frente à AD Fundão. É um caminho fundamental no modelo desportivo sustentável que o Clube tem de trilhar progressivamente e consolidar. Vintage. E é também num regresso a 1979/1980 que hoje “fazemos acontecer” a estreia da linha “Vintage Limited Editions” com a edição limitada da réplica da camisola 11 em homenagem a Rui Jordão que infelizmente nos deixou há um ano. Nessa época, o Sporting CP foi campeão e a Gazela de Benguela marcaria 31 golos, um dos quais numa vitória contra o FC Porto. Que seja um pronúncio para o jogo de sábado. Jordão é também uma das Lendas que propusemos que figure imortalizada nas portas do estádio e que, tal como Damas, vamos dar a conhecer hoje. É um piloto de três portas que servirá de amostra para depois os Sócios poderem decidir em Assembleia Geral (sem limitações de COVID-19).

Rui Jordão foi um artista dentro de campo e fora dele. Pela sua dedicação às Artes, mas sobretudo pela sua forma de estar. O minuto 11 de silêncio em seu apoio que ocorreu em 2019 é um marco dos melhores valores que fazem parte do ADN Sporting Clube de Portugal. A propósito de valores, este fim-de-semana assistimos no ténis a mais do que uma soberba vitória de Rafael Nadal. Assistimos também a uma vitória de uma forma de estar no desporto que o espanhol representa. O Maiorquino celebrou a sua 13.ª vitória em Roland Garros e o seu vigésimo Grand Slam, alcançando o recorde de Roger Federer. O suíço que esteve à altura do feito na sua publicação de Twitter em elogios ao seu rival. Um bom exemplo de que o problema não está propriamente nas redes sociais, está em quem muitas vezes as usa da pior forma. E, nem por acaso, é no único artigo conhecido de José Alvalade intitulado “Lawn-Tennis”, que o nosso fundador tão bem define esta forma de estar que está na génese do Sporting CP e que nos cabe preservar. O Sporting Clube de Portugal do futuro tem de fugir a muito daquilo que foram os seus 40 anos do passado, mas tem que recuperar o seu ADN. A alternativa é deixar vencer-se pelo bullying, pelo populismo, pelas panaceias ou pelos interesses individuais. Esta é a primeira parte deste editorial, voltarei mais tarde com a Parte 2 porque há muito que vamos fazer acontecer ainda este ano…

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501-806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E-MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735-521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO-EDITORIAL ASSINATURAS: E-MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta-feira das 10h00 às 20h00)


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FUTEBOL

1952 2019

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL Chegado ao Sporting CP em 1977, Rui Jordão tornou-se numa das maiores figuras do Clube e do futebol português no século XX graças aos muitos golos que marcava e dava a marcar aos colegas. Conquistou cinco títulos de verde e branco (incluindo dois Campeonatos Nacionais) e deixou os Sportinguistas deliciados ao longo de nove épocas, 286 jogos e mais de 180 golos. Morreu em 2019, aos 67 anos, depois de ter estado muitos anos afastado do futebol e do desporto de alta competição. Artista, teve (e tem) várias obras exibidas em galerias, museus e exposições.


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RUI

JORDÃO

Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Museu Sporting - Centro de Documentação

Jordão é uma das maiores Lendas do futebol do Sporting CP

Jordão a festejar e os adversários desolados: uma imagem repetida muitas vezes nos anos 70 e 80

“UM SENHOR NA SUA ARTE NO CAMPO, NA TELA E NA VIDA”, ESCREVIA A EDIÇÃO DE 24 DE OUTUBRO DE 2019 DO JORNAL SPORTING, PUBLICADA SEIS DIAS DEPOIS DA MORTE DE RUI JORDÃO, UM DOS MAIS ICÓNICOS JOGADORES DE FUTEBOL DE SEMPRE DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL E DA SELECÇÃO NACIONAL. AGORA, CERCA DE UM ANO DEPOIS, A GAZELA DE BENGUELA, COMO ERA CONHECIDO, O JORNAL SPORTING HOMENAGEIA UMA DAS MAIORES LENDAS DO EMBLEMA LEONINO. Rui Manuel Trindade Jordão nasceu em Benguela, Angola, a 9 de Agosto de 1952. Começou a jogar futebol no Sporting local e praticou ainda atletismo, tendo-se mudado para Portugal para representar o SL Benfica, clube que representou nos anos 70. Em 1976, foi contratado pelos espanhóis do Real Zaragoza a troco de nove milhões de escudos (45 mil euros na moeda actual), mas regressaria a Portugal no ano seguinte para vestir a camisola do Sporting CP.

ESFORÇO DEDICAÇÃO DEVOÇÃO E GLÓRIA

QUINTA-FEIRA, 24 OUTUBRO 2019 • FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • WWW.SPORTING.PT • SEMANÁRIO • ANO 97 • N.º 3751 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: RAHIM AHAMAD

ADEUS A certeza de que os nossos heróis são imortais. Um Leão exemplar, dentro e fora do campo, pelo seu talento e pela sua elegância. Obrigado Rui Manuel Trindade Jordão (1952-2019). Honraremos sempre a tua memória

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A primeira página do Jornal Sporting de 24 de Outubro de 2019, menos de uma semana depois da morte de Jordão

Entre 1977 e 1986, foi uma das grandes figuras do emblema de Alvalade, fazendo parte de grandes equipas – ninguém esqueceu, por exemplo, o trio ofensivo que Jordão formou com Manuel Fernandes e António Oliveira – e dando alegrias aos Sócios e adeptos Sportinguistas. Com uma velocidade, agilidade e um talento fora do normal, Jordão tinha ainda queda para grandes golos. Depois do Sporting CP, jogou ainda duas temporadas no Vitória FC antes de terminar a carreira em 1989. Durante muitos anos, foi ainda jogador da selecção nacional portuguesa, sendo que um jogo foi mais marcante que os outros: nas meias-finais do Campeonato da Europa de 1984, Jordão apontou dois golos contra a França que deram esperança a milhões que assistiam ao jogo pela televisão. Depois de pendurar as chuteiras, Jordão afastou-se definitivamente do futebol e virou-se para a arte. Formou-se em diversas áreas e dedicou o seu tempo a trabalhar em obras que foram expostas em galerias de arte, museus, exposições e colecções privadas, por exemplo. Morreu a 18 de Outubro de 2019, com 67 anos, devido a problemas cardíacos, mas o legado que deixou continua vivo. Pelo Sporting CP, Rui Jordão conquistou dois Campeonatos Nacionais (1979/1980 e 1981/1982), duas Taças de Portugal (1977/1978 e 1981/1982) e uma Supertaça (1982). Esteve nove épocas em Alvalade, tendo participado em 286 jogos e marcado mais de 180 golos. Por mérito próprio, inscreveu o seu nome na longa e rica história da maior potência desportiva nacional, sendo, até hoje, uma referência para todos os Sportinguistas.


Pag Jornal SCP Camisola Jordão.pdf

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CLUBE HOMENAGEM

VINTAGE LIMITED EDITIONS SPORTING CP LANÇA CAMISOLA PARA HOMENAGEAR RUI JORDÃO UM ANO DEPOIS DA SUA MORTE

Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Museu Sporting - Centro de Documentação

A partir desta quinta-feira, os Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal vão poder adquirir na Loja Verde (nas lojas físicas e online) uma camisola dedicada a Rui Jordão, lendário jogador Leonino que morreu há cerca de um ano. O produto é uma edição limitada vintage e a camisola é inspirada na que o Sporting CP utilizou em 1979/1980, temporada que terminou com a conquista do Campeonato Nacional e com Rui Jordão a liderar a lista dos melhores marcadores ao apontar 31 golos. A camisola está inserida na linha "Vintage Limited Editions", uma colecção que, como o nome indica, vai voltar atrás no tempo de forma a recordar e honrar a história de atletas icónicos do emblema verde e branco, assim como épocas de referência. O produto vai estar disponível para criança (a partir dos sete anos e com preço de venda ao público de 44,90 euros) e para adulto (preço de venda ao público de 49,90 euros). Merecedor de destaque é ainda o facto de o Sporting CP, em 1979/1980, ter vencido por 1-0 na recepção ao FC Porto – jogo que vai voltar a acontecer este sábado – com o golo da vitória a ter sido apontado por… Jordão. As memórias e recordações dos jogos, golos, jogadas e momentos da Gazela de Benguela, como Jordão ficou conhecido, de Leão ao peito continuam bem vivos na memória do Sporting CP e dos Sportinguistas. Agora, com a camisola que homenageia o antigo craque na Loja Verde, o legado pode estar ainda mais presente na vida dos Sócios e adeptos Leoninos.

A camisola é inspirada na época 1979/1980 e tem o número 11, que Rui Jordão costumava utilizar, nas costas

CURIOSIDADES Jordão esteve nove épocas no Sporting CP, somando quase 300 jogos e mais de 180 golos; Jordão foi duas vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional: 1975/1976 (30 golos) e 1979/1980 (31 golos); Em 1980, Jordão recebeu o Prémio Stromp na categoria ‘Atleta profissional’. Voltou a receber o galardão em 2019 na categoria ‘Saudade’. Também em 2019 e na mesma categoria, foi homenageado na Gala Honoris Sporting; Em 1981/1982, Jordão apontou cinco golos na goleada por 7-1 sobre o Rio

Ave FC que consagrou os Campeões Nacionais; Os primeiros tempos no Sporting CP foram complicados devido a graves lesões, mas Jordão superou as adversidades; Em 1981/1982, Jordão marcou três golos num dérbi contra o SL Benfica muito importante para a conquista do título; Outro jogo épico de Jordão contra o Rio Ave FC aconteceu em Abril de 1980, quando assinou os cinco golos do triunfo por 5-0; A estreia pela selecção nacional aconteceu

em 1972, com um então jovem Jordão a marcar na vitória por 4-0 de Portugal sobre o Chipre; Na famosa vitória por 2-4 em casa do Southampton FC, em Outubro de 1981, Jordão inaugurou o marcador logo aos dois minutos; Um dos golos mais famosos da carreira aconteceu num empate em três golos contra o FC Porto, com Jordão a facturar de calcanhar (e a fazer um hat trick); Em 1976, os espanhóis do Real Zaragoza pagaram 45 mil euros (nove milhões de escudos na época) pelo passe de Jordão.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

CLÁSSICO À VISTA AGENDADO PARA SÁBADO, O PRIMEIRO CLÁSSICO DA TEMPORADA VAI COLOCAR FRENTE A FRENTE LEÕES E DRAGÕES, NUM JOGO EM QUE RÚBEN AMORIM JÁ VAI PODER CONTAR COM O RECUPERADO JOVANE CABRAL E COM O REFORÇO JOÃO MÁRIO Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl

Após os triunfos sobre FC Paços de Ferreira e Portimonense SC nas jornadas anteriores da Liga NOS, a equipa principal do Sporting CP volta a entrar em acção já no próximo sábado, no Estádio José Alvalade (20h30), para defrontar o FC Porto, naquele que vai ser o primeiro jogo grande da temporada 2020/2021. Em caso de vitória, os Leões, que ainda não sofreram qualquer golo a nível interno esta época, somarão o terceiro triunfo no mesmo número de jogos disputados, resultado que garante uma vantagem de três pontos em relação aos dragões, um dos concorrentes directos na luta pelo título de campeão nacional. Obrigado a preparar a partida com o plantel bastante desfalcado devido à ausência dos jogadores que estiveram ao serviço das respectivas selecções, Rúben Amorim já deverá poder contar com Zouhair Feddal e Jovane Cabral para o jogo de sábado, dado que ambos os atletas já subiram ao relvado para treinar na quarta-feira, ainda que sob vigilância médica. Em sentido contrário, Andraž Šporar ainda não está apto e não deverá ser opção para o técnico verde e branco, à semelhança de Eduardo Quaresma, que se lesionou ao serviço da selecção sub-20 portuguesa e enfrenta uma paragem de entre quatro a seis semanas. Já Cristián Borja continua fora das contas devido à COVID-19.

Relativamente ao onze escolhido por Rúben Amorim, de recordar que o técnico já não tem à sua disposição Marcus Wendel, jogador que se transferiu para a Rússia, o que poderá resultar na mais do que provável estreia – a titular ou não – do reforço João Mário, que tem sido testado pelo técnico no miolo e a extremo. Ao contrário dos Leões, o FC Porto já perdeu pontos na presente edição da Liga NOS, na

LUÍS NETO: “TEMOS DE ESTAR NA MÁXIMA FORÇA” Um dos jogadores em quem Rúben Amorim deverá manter a aposta para o clássico é Luís Neto. Em declarações aos meios de comunicação do Clube, o defesa-central considerou que estes são os jogos que “todos querem disputar”. “Um clássico é um clássico e sabemos da importância que tem, até pela história do Clube. Temos de estar na máxima força para conseguirmos um bom resultado contra o FC Porto. Ainda assim, mais do que isso, o plantel sente que é um bom momento para cimentar processos e conseguirmos demonstrar mais e melhor contra uma grande equipa. Queremos dar continuidade àquilo que achamos que tem sido um bom início, apesar de nem sempre termos tido todos o plantel disponível. Estamos preparados e acredito que temos tudo para dar um passo em frente e fortalecer ainda mais o grupo num jogo tão competitivo como este”, referiu.

última jornada, diante do CS Marítimo, e não pode voltar a ceder sob pena de ver os rivais directos fugirem na classificação. Sérgio Conceição terá forçosamente de promover, pelo menos, duas alterações em relação ao onze da última jornada. Com as saídas de Danilo Pereira e Alex Telles, dois jogadores fundamentais na manobra da equipa, o treinador azul e branco poderá apostar no reforço Zaidu, ex-CD Santa Clara, para a lateral-esquerda, enquanto a vaga no centro do terreno é ainda uma incógnita. Na baliza, Marchesín deverá substituir Diogo Costa caso se confirme a sua recuperação. Quanto ao restante plantel, Matheus Uribe e Luis Díaz já são opção após terem cumprido isolamento profiláctico na sequência de terem estado em contacto com uma pessoa infectada com COVID-19, enquanto Marcano e Mbaye falham a partida devido a lesão. Luciano Vietto deverá fazer parte do onze titular escolhido por Rúben Amorim

ÚLTIMO ONZE DO FC PORTO

ANTONIO ADÁN: “SÃO APENAS MAIS TRÊS PONTOS” Dono da baliza verde e branca nos primeiros quatro jogos oficiais da temporada, Antonio Adán tem sido um dos reforços em destaque em Alvalade. Em entrevista aos meios de comunicação do Clube, o guarda-redes espanhol contou como tem vivido a semana anterior ao primeiro clássico em terras lusitanas. “Tanto eu como o restante grupo temos preparado o clássico tal como fizemos nos jogos anteriores. No final, são apenas mais três pontos. Claro que para os Sportinguistas este é mais importante, também porque é um dos jogos grandes da Liga NOS. Obviamente que depois de ter disputado outros desafios grandes em Espanha, quero fazê-lo também em Portugal. Mas acho que tanto eu como a equipa estamos a preparar este encontro da mesma forma que preparámos os dois anteriores. Esse é o caminho que temos de seguir até ao final da época, preparar cada jogo como se fosse uma final”, frisou.

Diogo Costa Manafá

Pepe

Mbemba

Alex Telles

Danilo Otávio

Sérgio Oliveira

Corona Marega

Luis Díaz


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FUTEBOL FEMININO

GOLEADA DAS ANTIGAS FUTEBOL FEMININO VENCE CA OURIENSE E CONTINUA INVICTO NA LIGA BPI COM UM SALDO DE 21 GOLOS MARCADOS E APENAS DOIS SOFRIDOS

As Leoas vão receber o GD Estoril Praia na próxima jornada

Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa

A equipa principal de futebol feminino do Sporting Clube de Portugal venceu, na tarde do passado sábado, o CA Ouriense por 1-9, em jogo da

terceira jornada da série sul da Liga BPI. Contando com três jogadoras da formação de Alvalade no onze inicial, as comandadas de Susana Cova inauguraram o marcador logo no primeiro minuto de jogo por intermédio de Alicia Correia, jovem de apenas 17 anos que se estreou a marcar pela equipa principal. À passagem do quarto de hora, Fátima Pinto aumentou para 0-2 mas, ainda antes do intervalo, a equipa da casa reduziu novamente para a desvantagem mínima. No segundo tempo, destaque para o hat trick de Raquel Fernandes, jogadora que está entre as convocadas da selecção brasileira para um estágio de preparação tendo em vista os Jogos Olímpicos de Tóquio, e para Ana Capeta,

10 de Outubro de 2020 | Liga BPI – Zona Sul - 3.ª jornada | Complexo Desportivo da Caridade, Ourém

CA OURIENSE Flávia Fartaria (37’)

1-9 (1-2 ao intervalo)

SPORTING CP Alicia Correia (1’), Fátima Pinto (15), Raquel Fernandes (49’, 56’, 79’), Ana Capeta (73’), Marta Ferreira (81’), Neuza Besugo (86’, 90+3’)

Sporting CP: Patrícia Morais [GR], Joana Marchão, Bruna Costa (Mónica Mendes, 76’), Ana Borges (Ana Capeta, 68’), Nevena Damjanović [C], Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Raquel Fernandes, Marta Ferreira (Neuza Besugo, 82’), Andreia Jacinto (Rita Fontemanha, 68’), Alicia Correia (Carlyn Baldwin, 76’). Suplentes não utilizados: Inês Pereira [GR], Joana Martins. Treinador: Susana Cova.

atleta que colocou o nome na lista de marcadores e ajudou a aumentar o resultado para 1-6. Já nos últimos dez minutos, Marta Ferreira, avançada de 18 anos, voltou a estar em destaque ao marcar pela segunda jornada consecutiva, saindo no minuto seguinte

para dar lugar a Neuza Besugo, jogadora que viria ainda a bisar e a confirmar o triunfo por 1-9. Com este resultado, as Leoas, que viram a norte-americana Carlyn Baldwin regressar aos relvados quase um ano depois de ter contraído uma lesão grave, somaram a terceira

vitória no mesmo número de jogos na Liga BPI. Na próxima jornada, as comandadas de Susana Cova, que já somam 21 golos marcados e apenas dois sofridos no Campeonato Nacional, recebem o GD Estoril Praia no dia 18 de Outubro.


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MODALIDADES BASQUETEBOL

40 ANOS DEPOIS, A FESTA DA TAÇA! SPORTING CP CONQUISTA A TAÇA DE PORTUGAL DE BASQUETEBOL PELA PRIMEIRA VEZ DESDE 1980 APÓS UMA VITÓRIA SOBRE O FC PORTO QUE GEROU MUITA (E JUSTIFICADA) EMOÇÃO

Foi o regresso do basquetebol sénior masculino dos Leões aos títulos

Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Pedro Zenkl

Em 2019, quando o basquetebol sénior masculino do Sporting Clube de Portugal regressou ao activo, o grande objectivo era conseguir o que foi feito na última quinta-feira: (re)colocar o emblema de Alvalade na rota dos títulos mais importantes da modalidade. A pandemia de COVID-19 estragou uns planos (a Liga Placard 2019/2020 foi cancelada) e adiou outros, entre eles a final four da Taça de Portugal referente a 2019/2020 que se realizou na semana passada no Pavilhão Multiusos de Odivelas, mas a qualidade, o trabalho e a confiança da

equipa orientada por Luís Magalhães continuaram iguais – ou até melhores, se isso fosse possível. E, assim, o Sporting CP superou o Vitória SC nas meias-finais e, no jogo decisivo, o rival FC Porto, levantando um troféu que deixou muita gente emocionada. 40 anos depois da última vez (1979/1980), o Sporting CP voltou a conquistar a Taça de Portugal de basquetebol masculino, a sexta do seu palmarés. E o universo Sportinguista sorriu, orgulhoso da prestação de um conjunto de atletas que carrega aos ombros o legado de um Clube gigante de uma secção com muita história. A caminhada para a conquista desta Taça de Portugal começou ainda em Fevereiro e não se pode

dizer que os adversários tenham sido fáceis. Primeiro, nos oitavosde-final, o Sporting CP derrotou a AD Ovarense por 75-50. Depois, nos ‘quartos’, foi a casa da sempre forte UD Oliveirense triunfar por 71-72. Apurada para a final four, a turma de verde e branco teve de esperar vários meses até poder, finalmente, defrontar o Vitória SC em Odivelas no último dia 7 de Outubro, quarta-feira. Com resultados de 23-12, 19-14, 20-25 e 23-20 nos quartos, o Sporting CP bateu os minhotos por 8571 (John Fields, com 24 pontos, e Travante Williams, com 19, estiveram em destaque) e reservou um lugar na final da competição, que se realizou no dia seguinte. Contra o FC Porto, e num jogo que merecia – ainda mais do

que os outros – ter público a assistir e a apoiar, até foi James Ellisor a abrir o marcador, mas os dragões apresentaram-se muito bem. Forte da linha dos três pontos, o FC Porto chegou ao final do primeiro quarto na frente por 27-24, ainda que a vantagem tivesse sido maior. Segundo período e mais do mesmo: azuis e brancos com vários triplos e com Max Landis a controlar as operações. Mas o Sporting CP assegurou-se que chegava ao intervalo completamente dentro

da discussão do marcador. Tanto que chegou a empatar o encontro com um triplo de Jalen Henry (41-41), mas o FC Porto conseguiu terminar o segundo período na frente com 44-42. Na segunda parte, tudo mudou. James Ellisor começou a facturar a um ritmo alucinante (terminou o desafio com 24 pontos, sendo que a grande maioria deles apareceu a partir do terceiro quarto) e Francisco Amiel anulou completamente Max Landis, o melhor jogador portista. Com o dobro dos pontos do FC Porto no terceiro quarto (9-18 para o Sporting CP), o resultado mostrava 53-60 a dez minutos do final. O último quarto demonstrou grande capacidade de controlar os acontecimentos por parte de um Sporting CP que, apesar de não ter uma equipa que joga em conjunto há muitos anos, está bastante maduro e experiente. A saber a que ritmo jogar e a forçar muitos erros ao rival nortenho, o grupo Leonino não teve grandes problemas em chegar ao fim com a vitória de 78-87 que significou a justa conquista de um título muito importante. Por ser uma Taça de Portugal, sim, mas, acima

8 de Outubro de 2020 | Taça de Portugal de basquetebol - final | Pavilhão Multiusos de Odivelas

FC PORTO

78 - 87

SPORTING CP

(27-24, 17-18, 9-18 e 25-27)

Sporting CP: Travante Williams (11), Francisco Amiel (10), John Fields (18), Shakir Smith (1), Jeremias Manjate, Diogo Ventura (6), João Fernandes (8), Cláudio Fonseca, Diogo Araújo (2), Pedro Catarino (2), Jalen Henry (5), James Ellisor [C] (24). Treinador: Luís Magalhães.

A entrega do troféu aos capitães Cláudio Fonseca, James Ellisor e Francisco Amiel


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OPINIÃO

ACREDITAR NO SPORTING A festa Leonina no momento em que a partida terminou

de tudo, por provar que todo o esforço feito durante muitos anos para que o basquetebol sénior masculino regressasse

ao Sporting CP foi uma aposta certeira. Foi o primeiro troféu em várias décadas, mas com a equipa de Luís Magalhães a

jogar e a evoluir assim estão reunidas as condições para que seja o primeiro de muitos nas temporadas que se avizinham.

REACÇÕES AO JORNAL SPORTING Luís Magalhães (treinador) “A organização desta final four da Taça de Portugal correu muito bem. Todo o staff foi excelente. Estava sempre disponível para ajudar as equipas. Agradeço ainda ao presidente Frederico Varandas e dedico‑lhe a vitória pelo facto de, quer ontem, quer hoje, ter estado connosco e ter dado a força que nos ajudou a vencer a Taça de Portugal. Dedico também a todos os Sportinguistas, naturalmente, que há muitos anos não tinham basquetebol. Agradeço todo o apoio dos nossos adeptos, que me deram a maior força quando estive doente e, agora, na final da Taça. E, principalmente, aos jogadores, que são excelentes profissionais e, mais do que ninguém, mereceram esta vitória. É um sentimento de alegria, de concretização de um objectivo. É a minha quarta ou quinta Taça como treinador e o quarto clube onde a ganho. A equipa do FC Porto é muito forte e dignifica muito a vitória do Sporting CP. E ontem o Vitória SC também nos criou problemas. Optámos por uma defesa mista porque o que tínhamos preparado não estava a resultar. Arriscámos e fomos felizes. A vida dos treinadores é assim: por vezes têm sucesso, outras não. Em termos defensivos, atrapalhámos o FC Porto e, em termos ofensivos, fomo-nos soltando. Os jogadores souberam gerir o jogo e são uns dignos vencedores, trabalham que se fartam e são excelentes profissionais. Este jogo merece público e televisão porque foi muito bem jogado. Duas equipas que apresentaram um bom basquetebol com boas defesas, boas jogadas vistosas e grandes lances tácticos. Isso enriquece o jogo. Se o público pode ir a um concerto, porque não pode ir ao basquetebol? Vamos esperar que isto passe depressa”. John Fields (jogador e MVP da final) “O mais importante foi ganhar o troféu. A equipa acertou vários lançamentos importantes. Podia

partilhar o prémio de MVP com o James [Ellisor] e com o [Francisco] Amiel, que estiveram em grande nível. Somos como uma família, adoro. (...) O sentimento de ser a primeira equipa do Sporting CP vencer este troféu em 40 anos é muito bom. É especial porque entrámos na história”. Francisco Amiel (jogador e um dos capitães) “Gostava de deixar umas palavras às pessoas que fizeram tanta força para que o basquetebol do Sporting CP voltasse. Pessoas como o Juvenal [Carvalho], o Edgar Vital, o Carlos Sousa, o Miguel Afonso. Agradeço a essas pessoas que confiaram em nós e no projecto. É só o início, sabemos que temos muito pela frente, mas é muito gratificante colhermos frutos do nosso trabalho. Sei que me estou a esquecer de muitos nomes… O Nélson Serra é uma personagem mítica do basquetebol do Sporting CP e tenho a felicidade de o conhecer. Obrigado a todas estas pessoas que são Sporting CP, que fizeram parte do basquetebol do Sporting CP e que se esforçaram para que voltássemos. Esta primeira conquista é um tanto deles como nossa. Queremos dedicá-la a eles e aos adeptos que nos acompanharam pela televisão. Obrigado a todos pela força que nos têm vindo a dar”. Cláudio Fonseca (jogador e um dos capitães) “Não tenho palavras para descrever este momento. É um orgulho conseguir ganhar uma Taça de Portugal com o meu Clube, o Sporting CP. É um sentimento fantástico. Agradeço ao grande grupo de trabalho que temos. Demos tudo dentro de campo. Quando um estava mal, todos estavam lá para apoiar. Isto é o início. Esta Taça de Portugal alegra-nos depois do sabor amargo do ano passado, em que não pudemos acabar o campeonato e motiva-nos para trabalhar ainda mais para conseguirmos mais títulos este ano. (…) Agarrei na Taça e estava lá escrito que a última vez que tínhamos ganho tinha sido em 1980. É incrível estarmos na história do Sporting CP”.

Miguel Braga

É um nervoso miudinho que vai crescendo ao longo da semana, uma ansiedade positiva que vai ganhando força dia após dia, até porque, como se costuma dizer, estes são os jogos “que dão mais gozo” ou, como Luís Neto afirmou esta semana, “são os jogos que toda a gente quer jogar”. Ao longo da minha vida de Sportinguista tive o privilégio de assistir a vários confrontos entre estes dois grandes do futebol português, com jogos e resultados para todos os gostos. O primeiro clássico entre Sporting CP e FC Porto de que tenho memória remonta a 1981/1982, ano em que fomos campeões e vencemos a Taça de Portugal e que ganhámos pela margem mínima, fruto de um golo do agora Team Manager da equipa sub-23 Mário Jorge. Curiosamente, esse mesmo clássico começou com um golo anulado a Manuel Fernandes por fora-dejogo “bem assinalado” – segundo os comentários da RTP na altura –, apesar de nas imagens (podem procurar as mesmas no YouTube) se perceber que o Eterno Capitão estava pelo menos um metro em jogo – coisas do futebol dos

anos 80, quando ainda não havia VAR e os guarda-redes podiam segurar as bolas passadas pelos seus próprios defesas. O golo solitário acabou por chegar ainda na primeira parte, pelo referido jogador, numa recarga rápida e oportuna a um remate de… António Oliveira, que levou o antigo Estádio José Alvalade ao delírio. Este é o primeiro jogo em casa do Sporting CP para o campeonato e, espera-se, o último dos clássicos sem público. No início da próxima semana, as autoridades de saúde do país vão pronunciar-se sobre a matéria e todas as pessoas ligadas ao futebol, dos adeptos aos dirigentes, esperam bom senso e uma decisão que permita o retorno do público aos estádios. Aguardemos pela decisão, sabendo que na quarta-feira, o primeiro-ministro António Costa anunciou o regresso ao Estado de Calamidade. Este será também o primeiro clássico da época. É altura para nos unirmos em redor da equipa e do Clube. “Acreditem em nós. É um grupo especial, que tem um orgulho enorme de representar este grande Clube”, foi o apelo de Luís Neto. Tenho fé que os verdadeiros Sportinguistas assim o façam. Faz parte de nós, da nossa dedicação e devoção aos nossos jogadores e ao nosso Clube. Foi essa dedicação, essa devoção, com o esforço conjunto de muitos que permitiu atingir a Glória no basquetebol frente ao... FC Porto. O exemplo está dado. Sábado, a bola começa a rolar às 20h30.


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“É FANTÁSTICO SENTIR QUE SE FEZ HISTÓRIA” ENTREVISTA EXCLUSIVA DE MIGUEL AFONSO, MEMBRO DO CONSELHO DIRECTIVO E UM DOS RESPONSÁVEIS PELO REGRESSO DO BASQUETEBOL SÉNIOR MASCULINO, AO JORNAL SPORTING Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl

Qual é o sentimento que fica, agora que já passaram alguns dias desde a conquista da Taça de Portugal? Um sentimento de enorme satisfação. É fantástico sentir que se fez história, que voltámos a conquistar um título importante numa modalidade tão querida e histórica no Clube. Voltar a vencer esta competição depois de um interregno de 40 anos foi de facto especial e deixou um sentimento de enorme realização. Este título permite fechar a boa prestação da época passada de ‘consciência tranquila’? Este título é de uma justiça imensa para uma equipa que foi brilhante toda a época e que viu o seu caminho rumo ao título ser barrado por um fenómeno totalmente inesperado e incontrolável. Se alguém merecia vivenciar este momento, que de certa forma minimiza a frustração

do abrupto final da época passada, era esta equipa. Foram brilhantes toda a época, de uma dedicação, atitude e ambição de louvar. Vestiram a listada com enorme dignidade e compromisso desde o primeiro dia e penso que orgulharam todos os Sportinguistas neste momento do regresso à modalidade. A eliminação da Basketball Champions League (BCL) foi um balde de água fria. Isso trouxe ainda mais motivação para vencer esta Taça de Portugal? Estivemos muito perto de também na Europa fazermos história. Foi pena, mas a forma como toda a estrutura do basquetebol encarou esta fase final em nada foi condicionada por esse facto. Esta equipa já nos habituou, seja em que competição for, a entrar sempre com uma vontade, garra, espírito e ambição próprias de quem tem o privilégio de vestir de Leão ao peito e sabe o que isso representa.

Esteve presente na fase final. Como viveu o jogo decisivo contra o FC Porto? Muito emocionado, confesso. Não há nada como ver o Sporting CP vencer, conquistar troféus e ser feliz. Nada! A juntar a isso, a noção clara de que naquele momento se estava a escrever história, quebrando um jejum de quatro décadas, foi um sentimento especial porque todos tiveram noção de que estavam a orgulhar toda a família Leonina. Fica para sempre. Uma bonita história contada 40 anos depois. Como é ver o Sporting CP voltar aos títulos nesta modalidade com tanta história? É emocionante. Perceber que as gerações mais novas estavam a ver pela primeira vez o Sporting CP conquistar um troféu nesta modalidade e que as gerações mais antigas seguramente viveram um momento de enorme nostalgia, recordando as fantásticas equipas das décadas de 1970 e 1980 com Baganha, Mário Albuquerque, Nélson Serra, Rui Pinheiro, Quim Neves, Sobreiro e tantos outros, foi de facto muito emocionante. Voltámos e vencemos. Assim se escreve Sporting CP. Assim se é fiel ao nosso ADN, a jogar sempre com a ambição de vencer e de olho nas conquistas. É assim o Sporting Clube de Portugal. Esta equipa foi criada apenas no ano passado. Esperava vencer títulos tão cedo? Tínhamos essa esperança e essa ambição, sim. Desde o primeiro momento, esta equipa foi construída para ver, chegar e lutar pelas vitórias e por títulos. Eu próprio disse desde o primeiro dia que não vínhamos para ver como se jogava, pois isso a nossa história já nos

tinha ensinado. Vínhamos sim para jogar e ganhar. A partir do primeiro treino, a ambição e objectivos foram exactamente iguais para o basquetebol como para qualquer uma das outras modalidades já existentes no Clube: vencer! Este título é especial por ser um projecto que tem o seu cunho pessoal e que assumiu desde o início? Nada disso. Eu sou apenas o maior privilegiado de todos, aquele que teve a sorte incrível de estar no momento certo e no lugar certo, e de ter a honra de saborear de perto este capítulo de história. A sorte de ter um presidente que quis apostar neste regresso, que deu todas as condições para que o regresso fosse digno do Sporting CP e que quis claramente fechar esta brecha que havia no Clube com a ausência do basquetebol. Depois, foi ter a sorte de reunir pessoas competentes na estrutura. O professor José Tavares, um Leão feliz por ter regressado ao seu Clube tantos anos depois, uma equipa técnica liderada pelo professor Luís Magalhães, um enorme Leão que veio cumprir um sonho de família ao treinar o Clube do coração e cuja carreira fala por si, coadjuvado pelos restantes elementos da equipa técnica. O treinador-adjunto António Paulo, de enorme competência e seriedade, o secretário técnico José Paiva sempre com enorme disponibilidade e pronto a colaborar, e o nosso querido Flávio Nascimento, nosso ex-jogador e grande Leão que trouxe um espírito sempre positivo e saudável ao grupo. E depois claro, a sorte de reunir um grupo de jogadores que alia as suas competências técnicas a uma enorme vontade de vencer e que desde o primeiro dia

criaram um enorme espírito de grupo, uma verdadeira família. É nestes momentos que o esforço de tantas pessoas para fazer regressar o basquetebol vale a pena? Sim, este projecto tem o cunho de muitas pessoas que durante anos e anos lutaram por este regresso e por estes momentos. Nomes como Edgar Vital, Juvenal Carvalho, Jaime Brito da Torre, Carlos Sousa ou Miguel Graciano são expoentes máximos disso mesmo, de enormes Leões que tanto lutaram por este regresso e que tanto mereceram esta conquista. Miguel Graciano chorou abraçado a mim no final do jogo, foi bonito. Gente que ama este Clube, que vive o Sporting CP com enorme intensidade e que encara este Clube da forma mais bonita que se pode fazer, sempre pronto apenas e só a servi-lo. Quanto ao futuro, o que se segue? Espera-nos uma nova época com um objectivo claro: chegarmos a Maio e conquistarmos o que já na época passada sentimos que tínhamos tudo para conseguir. Os Sportinguistas podem contar com uma equipa de enorme ambição, que sabe bem o que representa vestir esta camisola e que deixará tudo em cada jogo para vencer. Uma equipa que viu na recente conquista da Taça de Portugal não um motivo para relaxar, mas sim uma fonte para redobrar ambições e motivações e ir em busca, de forma ainda mais convicta, dos próximos momentos de glória. Como diz o meu colega Alexandre Ferreira: “O futuro? O futuro é Sporting CP, sempre!”.


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“QUEREMOS CONQUISTAR MAIS TÍTULOS” EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL SPORTING, LUÍS MAGALHÃES NÃO ESCONDE A AMBIÇÃO DE TRAZER MAIS TROFÉUS PARA O MUSEU DO CLUBE DEPOIS DA CONQUISTA DA TAÇA DE PORTUGAL Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl

Qual é o sentimento que fica depois da conquista da Taça de Portugal? O sentimento é de satisfação. O compromisso que temos ao ingressar num Clube como o Sporting CP vai no sentido de fazer tudo para tentarmos conquistar troféus. Os Clubes grandes vivem de títulos e quando consegues atingir um objectivo importante, que ainda para mais não era conquistado há 40 anos, é uma satisfação enorme. Ainda assim, também é uma responsabilidade acrescida porque passados poucos dias estreámo-nos na Liga Placard e era importante começar bem com uma vitória. Foi isso que fizemos. Depois da boa época que a equipa vinha realizando no ano passado, este título permite fechar esse capítulo? Penso que sim. Fizemos uma temporada que até a mim me surpreendeu, não estava à espera de ter resultados tão positivos. Isso só aconteceu porque os jogadores são excelentes profissionais e tentam fazer exactamente aquilo que eu digo. Havendo esta química de equipa, trabalhamos sempre com base na procura da excelência.

“CRIÁMOS UMA EQUIPA QUE PARECE QUE JÁ JOGA JUNTA HÁ MUITO TEMPO” Qual era o ambiente vivido no balneário durante esta fase final? São os jogadores que criam o ambiente. Viveu-se uma envolvência de amizade e camaradagem, só assim é que se compreende que os jogadores

novos sejam absorvidos com muita facilidade e que se crie uma equipa que parece que já joga junta há muito tempo. A eliminação na Basketball Champions League (BCL) trouxe ainda mais força à equipa para vencer esta Taça de Portugal? Quase todos os jogadores interromperam as férias para começar a pré-época mais cedo. Tínhamos investido muito neste apuramento, queríamos fazer história e ser a primeira equipa portuguesa a apurar-se para a BCL, mas foi uma grande desilusão. Nem eu nem o professor António Paulo (treinador-adjunto) pudemos estar presentes, portanto a equipa técnica foi para a Bulgária coxa. Ainda assim, o Flávio Nascimento (treinador-adjunto) fez um excelente trabalho e estivemos sempre em contacto durante os jogos e durante toda a estadia na Bulgária. Foi uma grande desilusão não poder acompanhar o Sporting CP naquilo que era um dos grandes objectivos da época. Isso não nos deu mais nada, só tirou. Gerir o insucesso é algo muito complicado, mesmo numa equipa interessante e com bom ambiente como esta. Felizmente, fomos gerindo o insucesso. Claro que a equipa ficou triste porque ninguém fica satisfeito quando vem de um fracasso, mas fomos recuperando treino a treino e penso que quando chegou a Taça de Portugal já estávamos com uns níveis interessantes de positivismo, querer e vontade. Não olhámos para o passado, apenas para o presente e para o futuro. Como viveu o momento do apito final contra o FC Porto? Nos minutos antes desse momento já tínhamos a

certeza de que íamos ganhar, não foi um jogo decidido nos últimos segundos. Os jogadores foram brilhantes,

“ELIMINAÇÃO DA CHAMPIONS LEAGUE? NÃO OLHÁMOS PARA O PASSADO, APENAS PARA O PRESENTE E PARA O FUTURO”

defenderam de forma incrível e conseguimos anular aquela máquina de pontos que fez com que o FC Porto tenha eliminado o SL Benfica. Corríamos o risco, se não tivéssemos arriscado nada, de nos acontecer a mesma coisa. Felizmente arriscámos, saímonos bem e, mesmo antes de o jogo acabar, já tínhamos a certeza que o troféu não fugia.

“OS JOGADORES FORAM BRILHANTES, DEFENDERAM DE FORMA INCRÍVEL” Como viu as actuações dos reforços? Os reforços poderão ser reforços ou não. São novos membros da equipa e estão, para já, a tentar fazer tudo para perceber o que


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acabam por dar mais nas vistas. O grande reforço, que me deu uma força interior grande, foi a ida do presidente Frederico Varandas a Odivelas. Depois da visita e das palavras dele, fiz uma jura para comigo mesmo: tinha de fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para ganhar.

“ESTAVA CONVENCIDO QUE PODERÍAMOS GANHAR TÍTULOS RAPIDAMENTE”

nós queremos como equipa e qual é o papel de cada um deles.

“O GRANDE REFORÇO FOI A VISITA E AS PALAVRAS DO PRESIDENTE”

Claro que isto não acontece de um dia para o outro. Num dia é um que se destaca, no dia seguinte é outro que o faz de outra maneira. Ainda assim, claro que há jogadores que são mais experientes, percebem rapidamente o que se passa e, como são de posições decisivas,

EQUIPAMENTO OFICIAL 20/21 À VENDA NA LOJA VERDE

Esta equipa foi criada apenas na época passada. Esperava vencer títulos tão cedo? Tenho cerca de 40 títulos na minha carreira e só há uma maneira de estar nesta modalidade: dando o nosso melhor. Depois, é esperar que isso chegue para juntar todas as vontades e conseguirmos atingir resultados. As equipas profissionais e, principalmente, as de topo, vivem de resultados. É sempre bom obtê-los e estava convencido, até pelo que os jogadores estavam a fazer, que poderíamos ganhar títulos rapidamente. Isto porque nos

nivelámos por cima desde cedo: no ano passado estávamos na liderança, já tínhamos ido vencer fora frente ao FC Porto, ganhámos ao SL Benfica em casa e perdemos por poucos fora, e vencemos a bicampeã UD Oliveirense. Ou seja, tudo indicava que podíamos estar nas decisões, tínhamos de ver se os jogadores tinham capacidade para, nestes momentos, fazer a diferença ou não. Felizmente, vimos que temos atletas para isso e eles ficaram muito satisfeitos com o sabor da vitória. Espero que o guardem muito bem para voltarmos a repetir. Este título tem um sabor especial por ser um projecto que assumiu desde o início? Tudo isto é trabalho colectivo, ninguém ganha nada sozinho. O Miguel Afonso (membro do Conselho Directivo) tem sido um elemento decisivo e sensacional em todos os capítulos. Acima de tudo, ele é um Sportinguista que tenta chegar junto das modalidades, vive para tentar ajudar, resolver problemas e dar força aos profissionais que aqui trabalham

para poderem ser melhores e estarem mais aptos para vencer. A Liga Placard já arrancou. Vê o Sporting CP como o mais forte candidato a ser campeão? Não vejo se é mais ou menos forte, sei apenas que um dos objectivos do Sporting CP é conquistar mais títulos. Gostámos de ganhar este e vamos fazer tudo para ganhar mais. Neste momento, a equipa é mais equilibrada do que a do ano passado, portanto, na minha opinião, é mais forte em termos teóricos, mas vamos ver se isso se confirma na prática. Os treinadores são as pessoas mais avaliadas do mundo e passam de bestiais a bestas num estalar de dedos. Temos de estar preparados para isso, foi a profissão que escolhemos. A consistência que conseguirmos apresentar em termos de resultados e exibições é que vai fazer a diferença.

“TEORICAMENTE, ESTA EQUIPA É MAIS FORTE DO QUE A DO ANO PASSADO”


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“ISTO FOI TUDO O QUE IMAGINEI QUANDO ASSINEI” CONSIDERADO O MVP DA FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL DIANTE DO FC PORTO, O REFORÇO JOHN FIELDS FALOU EM EXCLUSIVO AO JORNAL SPORTING SOBRE OS MOMENTOS MAIS MARCANTES DA VITÓRIA, 40 ANOS DEPOIS DA ÚLTIMA CONQUISTA DO TROFÉU Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl

Como descreve a conquista da Taça de Portugal? É um sentimento fantástico. Isto foi tudo o que imaginei quando assinei pelo Sporting CP. Qual foi o ambiente vivido no balneário durante a fase final? Sentia-se imensa energia positiva. O treinador é exigente e há muita competição, mas todos se dão bem no balneário. O João Fernandes e o Francisco Amiel são alguns dos colegas com quem tenho mais afinidade, mas posso dizer que todos os jogadores norte‑americanos estão em sintonia. O Travante Williams e o capitão James Ellisor receberam-me de braços abertos e há muita união na equipa. A eliminação da Basketball Champions League (BCL) motivou ainda mais o plantel para vencer esta Taça de Portugal? Sem dúvida. Ficámos com um sabor amargo na boca porque sentimos que estávamos muito perto de fazer história. Nunca nenhuma equipa portuguesa jogou na BCL e o treinador disse-nos que tínhamos de vencer a Taça de Portugal por não termos conseguido o apuramento para essa competição europeia.

“OS MEUS COLEGAS AJUDARAM-ME A SER O MVP. (…) FOI UM TRIUNFO DE EQUIPA” Foi o MVP da final e o melhor marcador da meia‑final. Isso torna este título ainda mais especial? Nem por isso porque o basquetebol é um desporto de equipa, e os meus colegas ajudaram-me a ser o MVP. Desde

o Travante Williams, o James Ellisor e o Shakir Smith até ao Diogo Ventura, todos fizeram excelentes passes e colocaram-me em boa posição para marcar. Sem o contributo do João Fernandes e do Francisco Amiel na recta final da partida, por exemplo, não teríamos conseguido alcançado a vitória. Foi um triunfo de equipa. Não puderam contar com a presença de público nas bancadas. Como lidaram com isso? A equipa lidou bem com isso. Sabíamos que os Sportinguistas estavam a assistir a partir de casa. Espero que em breve possamos ter os nossos adeptos de volta para podermos ter a experiência completa de jogar basquetebol neste Clube.

“ADICIONAR MAIS UM TROFÉU AO MUSEU TÃO RAPIDAMENTE É MUITO BOM” Aquando da sua chegada, visitou o Museu Sporting. Como é fazer parte da história deste Clube 40 anos depois da última conquista da Taça de Portugal? É muito bom. Visitar o Museu e conhecer a história do Clube e as suas origens, além dos títulos da secção de basquetebol, foi fantástico. Vir para o Sporting CP e adicionar mais um troféu ao Museu tão rapidamente é muito bom. Foi ainda mais difícil conquistar este troféu depois de todas as adversidades dos últimos meses? O Sporting CP fez um excelente trabalho ao começar a pré-época mais cedo. A preparação para a BCL deu-nos muito tempo para treinar e para nos conhecermos uns aos outros. Sinto que o Clube nos estendeu uma passadeira

vermelha e proporcionou tudo o que precisávamos para nos ajudar a vencer.

“VIR PARA O SPORTING CP FOI A MELHOR ESCOLHA POSSÍVEL” Como têm sido os primeiros meses no Sporting CP e em Lisboa? Lisboa é incrível, é muito bom viver numa cidade grande. Já o Sporting CP é uma enorme instituição, tem muitos seguidores nas redes sociais, excelentes instalações e bons treinadores. Os directores e a comunicação também são muito bons, é um Clube de sonho.

“O CLUBE DEU-NOS TUDO O QUE PRECISÁVAMOS PARA PODERMOS VENCER” Já tinha jogado em Portugal na temporada passada. Foi bem recebido pelos colegas? Receberam-me muito bem. Falei com o Travante Williams e o James Ellisor este Verão sobre a minha vinda e, já depois disso, todos os jogadores portugueses receberam-me de braços abertos. Somos uma família. Foi uma boa escolha vir para o Sporting CP? Foi a melhor escolha (risos). O treinador acreditou muito em mim no Verão e continua

a fazê-lo agora, isso dá-me a força necessária para estar bem dentro de campo.

“SPORTING CP É UM CLUBE DE SONHO” Quais são as expectativas para o resto da época? Espero que a equipa dê tudo em campo para tentar vencer todos os jogos. Podemos vencer seja quem for, temos apenas de estar focados. O maior inimigo desta equipa somos nós próprios, portanto não podemos relaxar em nenhum momento.

“O MAIOR INIMIGO DESTA EQUIPA SOMOS NÓS PRÓPRIOS”


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ENTREVISTA RAUL OLIVEIRA

“TODA ESTA CAMINHADA FOI UMA APRENDIZAGEM” Na 12.ª temporada como treinador de guarda-redes do futsal verde e branco, Raul Oliveira atingiu a marca dos 500 jogos no cargo na recente visita ao recinto do CRC Quinta dos Lombos (7 de Outubro) e falou com o Jornal Sporting. Antigo guardião dos Leões no final da década de 1980, o técnico de 56 anos regressou a Alvalade em 2009 – proveniente do CF “Os Belenenses”, onde também era treinador de guarda-redes – e continua no Sporting Clube de Portugal desde então. Raul Oliveira, que também se destaca por ser a única figura do futsal nacional a vencer todos os títulos possíveis, revelou que, se pudesse, refazia a final da UEFA Futsal Cup de 2011, contou a história do dia em que João Havelange pediu para o cumprimentar e analisou todo o percurso até aqui. Texto: Luís Santos Castelo, Fotografia: Arquivo Raul Oliveira, Pedro Zenkl Chegou ao meio milhar de jogos pelo Sporting CP como treinador de guarda-redes. Alguma vez pensou que ia atingir esta marca? Não. Nunca mais me esqueço do convite: o telefone tocou e era o Paulo [Fernandes] a convidar-me para vir. No primeiro ano em que ele me convidou, em 2008, não consegui devido à minha profissão. No ano seguinte voltou a fazer o convite e eu aceitei. Quando cheguei, na apresentação, tudo era estranho. Vinha do CF “Os Belenenses”, onde tínhamos feito bons campeonatos, e foi tudo estranho. Se me dissessem, na altura, que eu ia atingir esta marca e estar tanto tempo ao serviço do Sporting CP, não acreditava.

Porque sou um ‘gajo’ porreiro e conto umas anedotas boas [risos]. Não, estou a brincar. É um conjunto de factores que faz com que as pessoas permaneçam em determinados lugares. Não tem nada a ver com vaidade, mas o [factor] mais importante é a forma como desempenhamos a nossa função. Não tem a ver com amizades ou outras questões. As pessoas que me foram avaliando optaram sempre pela minha continuidade.

Por que motivo considera que aguentou tanto tempo? Desde que chegou, já passou por várias equipas técnicas e direcções...

Se pudesse voltar atrás no tempo e reviver três jogos desses 500, quais seriam? [Pausa] É uma grande questão. Revivia o primeiro

“SE PUDESSE REFAZIA A FINAL DA UEFA FUTSAL CUP DE 2011 CONTRA O CITTÀ DI MONTESILVANO CALCIO A 5”

[vitória por 2-1 sobre o FC Alpendorada, em 2009], que se calhar não vivemos com a intensidade que devíamos porque é tudo estranho e novo. Depois, repetia aquela final [de 2011, na UEFA Futsal Cup] que perdemos com o Città di Montesilvano Calcio a 5 [Itália], que foi muito importante. Se pudesse, refazia esse jogo. Por fim, se soubesse que ia ganhar o jogo, voltava a viver a final da UEFA Futsal Champions League [2019, contra o AFC Kairat]. Foi um momento único e nós no banco não vivemos aquilo da forma como devíamos viver. Para além da impressionante marca dos 500 jogos, tem outro registo merecedor de destaque. Enquanto treinador de guarda-redes, venceu todos os títulos que podia ter conquistado: Campeonatos Nacionais da I, II e III Divisões (os dois últimos ao serviço do CF “Os Belenenses), UEFA Futsal Champions


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500 jogos como treinador de guarda‑redes da equipa de futsal do Sporting CP (desde 2009/2010)* 411 vitórias 42 empates 47 derrotas 2461-892 em golos

Conquistas como treinador de guarda‑redes da equipa de futsal do Sporting CP (desde 2009/2010)

1 UEFA Futsal Champions League (2018/2019) 7 Campeonatos (2009/2010, 2010/2011, 2012/2013, 2013/2014, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018) 5 Taças de Portugal (2010/2011, 2012/2013, 2015/2016, 2017/2018 e 2018/2019) 6 Supertaças (2010, 2013, 2014, 2017, 2018 e 2019) 2 Taças da Liga (2015/2016 e 2016/2017) 4 Taças de Honra AF Lisboa (2013/2014, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018) *entretanto, Raul Oliveira realizou o 501.º jogo com a goleada imposta à AD Fundão no último domingo (8-2).

League, Taça de Portugal, Supertaça, Taça da Liga e Taça de Honra da AF Lisboa. É a única pessoa do futsal português com tal palmarés. Quando olha para este facto, como se sente? Fico orgulhoso. Já me perguntaram o que eu retirava de um livro, se o tivesse de escrever, sobre a minha vida. Não retirava nada. Toda esta caminhada, desde que regressei à modalidade até ao dia de hoje, foi uma aprendizagem. Aprendi em todos os momentos. Tive de me reinventar e de conhecer os atletas, que me ajudaram, porque o jogo assim o exige. (…) Desde o momento em que aceitei o convite para um projecto na III Divisão [no CF “Os Belenenses”] até hoje que tem sido uma aprendizagem. Se me preocupo se mais alguém tem [todos estes títulos] ou não? Não me preocupo. Se fico orgulhoso? Claro. Por ser um treinador de guarda-redes, não tem tanto impacto. A imagem do treinador de guarda-redes, infelizmente, está ofuscada. Não é por não ser importante, mas sim porque as pessoas não lhe dão a importância devida. (…) Em Portugal não se dá essa importância. O Sporting CP sempre deu. Por isso é que estou aqui e é também devido a isso que os nossos escalões de formação têm treinadores de guarda-redes. (…) Dou os exemplos de Espanha e Brasil, dois países que têm formações para o treino de baliza. Nós, em Portugal, não temos. No total, tem 25 títulos pelo Sporting CP. Qual foi o mais importante e porquê? A UEFA Futsal Champions League de 2018/2019, por várias razões. Aqui, temos de olhar para os objectivos do Clube. Quando cá cheguei, o Sporting CP já tinha sido Campeão Nacional, já tinha vencido a Taça de Portugal. O grande objectivo era ser Campeão da Europa de futsal. O troféu mais importante foi esse, sem dúvida nenhuma. Esteve nas várias finais da UEFA Futsal Champions League em que o Sporting CP esteve presente antes de, finalmente, conquistar o troféu. Isso fez com que o título europeu de 2018/2019 fosse ainda mais saboroso? Claro. E fiz questão de trazer as medalhas [de segundo lugar na UEFA Futsal Cup para a entrevista] para dizer

uma coisa: é tudo muito bonito quando ganhamos, mas a ganhar, por vezes, não crescemos. Temos de crescer com todas as medalhas. Muita gente diz que o segundo classificado é o primeiro dos últimos, mas não é. O segundo lugar faz com que consigamos pensar no que foi menos bem feito. (…) Se estivermos sempre a ganhar, dificilmente vamos olhar para isso. O nosso crescimento tem vitórias e derrotas, que eu sei que custam, mas se ganhássemos sempre o desporto não tinha lógica. Recuemos alguns anos. Foi guarda-redes de futsal. Como começou a paixão pela modalidade? A paixão não começou pelo futsal, mas sim pelo futebol. Fiz muitas coisas na vida. Teatro, pesca, corrida, bricolage. Faço várias coisas para me distrair e sentir bem. Era guarda-redes de futebol de onze e trabalhava na Fundição de Oeiras. Havia um torneio interno [de futebol] e depois havia ainda o torneio do sindicato a nível nacional. Fui guarda-redes da equipa B da Fundição de Oeiras. Fomos à final [do torneio] contra a equipa A [da Fundição de Oeiras] no Estádio da Tapadinha. Tinha 19, 20 anos e ganhámos nos penáltis. Fiz uma exibição nesse jogo que nunca mais me esqueci. Na altura, era conhecido por ‘Dasayev’ [nome do antigo guarda-redes da URSS]. (…) Mais tarde, fui para a tropa, para os paraquedistas. Quando regressei, um colega meu convidou-me a ir treinar futsal ao Parede FC. Entrei, na altura, para o futebol de cinco. No Parede FC, fui à selecção nacional e recebi o convite do Sporting CP. O treinador do Sporting CP [Fernando Coelho Lopes] era da Força Aérea e eu fui o guarda-redes da selecção da Força Aérea quando fomos campeões nacionais das Forças Armadas. Ele já me conhecia e fiz um grande jogo na Taça Comunicação Social [antiga prova de futsal] entre Parede FC e Sporting CP. No ano seguinte [1987/1988], fui convidado para o Sporting CP. Passei aqui anos maravilhosos.

“O SPORTING CP TEM UMA IMPORTÂNCIA GRANDE NO DESENVOLVIMENTO DO FUTSAL EM PORTUGAL E MESMO NO MUNDO” Foi contratado pelo Sporting CP ao Parede FC em 1987, num dos primeiros anos da modalidade no Clube, e esteve três anos de Leão ao peito, ganhando vários troféus. O que recorda desses anos? Lembro-me de uma história engraçada. Tinha uma rivalidade com o Zé Belo [outro guarda-redes do plantel Leonino], que também era um excelente guarda-redes. O treinador do Sporting CP era treinador da selecção e o Zé Belo jogava mais vezes do que eu no Sporting CP. Na selecção, quem jogava era eu. Ainda hoje comentamos isso. (…) Lembro-me ainda de uma história num torneio no Brasil, pela selecção nacional. Jogámos contra o Brasil e perdemos 2-5, mas fiz um jogo extraordinário. Estava no meu quarto e tocam-me à porta. Chamaram-me porque o presidente da FIFA João Havelange me queria cumprimentar. Marcou-me porque é sempre bom sermos reconhecidos, principalmente a nível internacional. Depois, saí do Sporting CP devido à minha vida profissional. Estive um ano no CF Sassoeiros e depois fui para o Atlético CP. Acompanhou directamente o desenvolvimento do futsal do Sporting CP. Como vê a evolução da modalidade no Clube? Tenho de referir que há pessoas que estão ligadas à nossa permanência e continuidade. Uma delas é o Miguel

Raul Oliveira enquanto era guarda-redes da equipa de futsal do Sporting CP, no final dos anos 80

Albuquerque [director-geral das modalidades] e outra é o José Almeida, que é o director do nosso departamento. Dos jogadores, tenho o João Matos, que já cá estava, e o [Fernando] Cardinal, que entretanto saiu e voltou. São pessoas que merecem referência. Depois, o Paulo Fernandes é a pessoa a quem tenho de atribuir maior responsabilidade por eu estar aqui. Foi ele que me convidou. Estive dois anos com o Orlando Duarte e depois veio o Nuno [Dias], com o Paulo [Luís], e já estamos juntos há oito anos. Tenho de mencionar estas pessoas porque são elas que dão o feedback para que eu continue ou não. (…) Respondendo à pergunta, a grande evolução foi a grande aposta que o Clube fez nas modalidades e, neste caso, no futsal. Depois, há a qualidade do trabalho e a equipa técnica tem responsabilidade. E esta equipa técnica tem todo o mérito na evolução do futsal no Sporting CP e em Portugal. O Sporting CP veio contribuir largamente para o futsal em Portugal. O Sporting CP tem uma importância grande no desenvolvimento do futsal em Portugal e, mesmo, no Mundo. Uma equipa que chega três vezes consecutivas à final da UEFA Futsal Champions League… não é por sermos bons rapazes. Tem de haver mérito do grupo e do Clube, que apostou nas pessoas, jogadores, equipas técnicas e staff certos. Todos fazem parte do bolo, até a própria comunicação, que cresceu nos últimos anos. A divulgação é muito maior, estamos muito mais expostos. Tudo isto faz com que o Sporting CP seja maior e seja o Clube que é. E espero que continue a ser. O que espera do futuro? O que me deixa preocupado nesta altura é a pandemia que estamos a atravessar. Nós só existimos porque o Sporting CP tem Sócios e adeptos. Ainda no último jogo dei comigo a pensar que o jogo não tem a emoção que devia ter. Faltam os adeptos e o calor humano que nos dá força. Sabemos que eles estão connosco e que nos apoiam, mas eu lembro-me de jogos em que estávamos a perder e virámos o resultado por culpa da equipa, claro, e dos adeptos que nos puxavam. A importância do adepto no jogo é grande e a pandemia está a retirar-nos muitas coisas boas.


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MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS

OPINIÃO

EMPATE NO DÉRBI

VALEU A PENA!

Juvenal Carvalho

Fim de tarde, princípio de noite, do dia 8 de Outubro de 2020. O relógio ia avançando. A televisão estava ligada e as lágrimas iam-me caindo da face, descontroladamente, qual menino. Os últimos minutos do jogo de basquetebol entre o Sporting CP e o FC Porto foram vistos num frenesim louco. Estava perto o regresso às conquistas da modalidade que aprendi a amar e na qual servi o Sporting Clube de Portugal como dirigente. Estava também consumado o regresso às vitórias dos seniores masculinos da modalidade, neste caso a sexta Taça de Portugal conquistada, e com a particularidade de ter sido após 40 anos. Sendo de sublinhar, nestes 40 anos, o interregno da modalidade por duas vezes, primeiro em 1982, e posteriormente em 1995. Comentava até mesmo com amigos, que o basquetebol era o ‘patinho feio’ do Clube, mas no meio desta alegria do regresso às conquistas, não vale recordar o passado, mas conta sim, o projectar o futuro que se quer ganhador. E por falar em projectar o futuro ganhador, que melhor mote estaria dado, neste arranque, que em boa hora o actual Conselho Directivo decidiu levar em frente, do que alicerçar o mesmo em gente

competente e ganhadora. Ter Luís Magalhães como treinador foi desde logo o garante de que as coisas iriam correr bem. Tudo isto porque ninguém ganha por acaso. E o professor sabe disso como poucos. É um ganhador por excelência e por onde passa e deixa a sua marca registada. E ganhou... ganhou de forma natural, com um grupo de trabalho que deixa a pele em campo. Onde destacar jogadores é complicado, pese o virtuosismo de uns, e a arte de bem defender de todos, o colectivo desta equipa do Sporting CP, e sobretudo o compromisso, a garra e o carácter, são componentes de peso para que este título tenha sido o primeiro de muitos do nosso Clube nesta modalidade no pós-regresso. E neste regresso, e para que este retorno às conquistas fosse possível, e também por no pós-match ter ficado lisonjeado por ouvir da boca do Conselho Directivo, através de Miguel Afonso, e também do jogador Francisco Amiel, o meu nome e o agradecimento pelo meu trabalho e esforço pelo regresso da “minha” modalidade, não me posso esquecer, e até por ter o privilégio de escrever neste espaço, dos outros heróis do regresso do basquetebol em 2012 ao fim de 17 anos de ausência. Claro que falo de Edgar Vital – o ‘pai’ do mesmo –, Jaime Brito da Torre, Carlos Sousa, Jorge Patinho, Raul Castanheira, Miguel Galvão, Miguel Graciano, Nuno Barradas e João Almeida. Por eles, e também por todos os Sportinguistas, como escrevi no título desta coluna de opinião: Valeu a Pena! Pelo Sporting Clube de Portugal vale sempre a pena!

NUM JOGO MARCADO POR UM ERRO DE ARBITRAGEM QUE PODERIA TER DADO O TRIUNFO AOS LEÕES, DESTAQUE PARA O GOLO DE ALESSANDRO VERONA E PARA A GRANDE EXIBIÇÃO DE ÂNGELO GIRÃO ENTRE OS POSTES Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal empatou, no passado sábado, no dérbi frente ao SL Benfica por 1-1, em jogo da terceira jornada do Campeonato Nacional. Depois do triunfo sobre a UD Oliveirense na ronda anterior, Paulo Freitas apostou em Ângelo Girão, Toni Pérez, Ferran Font, Gonzalo Romero e Alessandro Verona no cinco inicial determinado em bater mais um dos concorrentes directos na luta pelo título de campeão nacional. Num primeiro tempo com várias oportunidades de parte a parte, a primeira grande ocasião de golo dos Leões surgiu aos cinco minutos com Toni Pérez, isolado na cara de Pedo Henriques, a não conseguir bater o guardião das águias por muito pouco. Instantes depois, foi a vez de Gonzalo Romero tentar a sorte com um disparo que falhou a baliza por escassos centímetros. Aos 17 minutos, nova grande oportunidade para a formação verde e branca. Numa jogada muito bem trabalhada, Pedro Gil ultrapassou Lucas Ordoñez depois de fazer uma ‘cueca’ ao adversário, mas o remate saiu à barra. Infelicidade para os Leões que, logo a seguir, viram o juiz da partida assinalar falta sobre João Souto dentro da área. Penálti a favor do conjunto de Alvalade, mas Toni Pérez, na conversão, atirou por cima. A dois minutos do final da primeira parte, João Souto

ainda ficou perto de inaugurar o marcador, mas o remate levou a direcção do guarda-redes. Ao intervalo, empate a zero na Luz muito por culpa das grandes exibições dos guarda-redes de ambos os conjuntos. No regresso para a segunda parte, a formação de Alvalade festejou o primeiro golo da partida logo aos três minutos, com Alessandro Verona, da marca de penálti, a colocar o nome na lista de marcadores. 0-1 para os Leões que, poucos depois, beneficiaram de novo penálti mas, desta vez, o remate do italiano não levou a direcção certa. Com dez minutos jogados, o SL Benfica chegou ao empate e, na jogada seguinte, oportunidade para as águias passarem para a frente através da marcação de novo penálti, mas Ângelo Girão, com o patim, conseguiu afastar o perigo e abrilhantou, ainda mais, a enorme exibição que vinha assinando até aí com inúmeras defesas de elevado grau de dificuldade Na resposta, o Sporting CP esteve muito perto de ficar novamente em vantagem, por intermédio de Matías Platero, mas a equipa de arbitragem não validou o golo, apesar da bola ter aparentemente passado a linha de golo. Seria a última grande ocasião para os Leões, que viram o árbitro apitar para o final da partida poucos depois. Com este empate, a formação verde e branca cedeu os primeiros pontos no Campeonato Nacional, voltando a entrar em campo no dia

17 de Outubro para defrontar o Famalicense AC. Paulo Freitas: “Marcámos dois golos, mas só validaram um” No rescaldo da partida, Paulo Freitas considerou que as duas equipas viveram um jogo “intenso” na Luz, mas não deixou passar em claro o erro da equipa de arbitragem que poderia ter dado o triunfo aos Leões. “Acaba por ser uma boa vitória aqui na Luz. Perdão, não foi vitória porque nós marcámos dois golos, mas só validaram um. Há um erro que acaba por tirar-nos os três pontos, pese embora a boa arbitragem. Percebo que o hóquei, sendo uma modalidade rápida, por vezes seja difícil de arbitrar. A arbitragem, apesar de tudo, foi boa, com alguns erros que penalizaram as duas equipas. Mas o que é facto é que acaba por ser um erro capital porque a bola entrou na baliza do SL Benfica e não contou”, referiu. O técnico considerou ainda que este resultado é um “claro aviso para aqueles que diziam que o SL Benfica ia esmagar toda a gente”, deixando uma mensagem de confiança aos adeptos Leoninos. “Vamos ter um Sporting CP forte em todos os momentos da época, por vezes com mais qualidade e noutras ocasiões com menos, mas vamos tentar manter a homogeneidade. Os Sportinguistas podem estar tranquilos porque vamos dar o que temos e o que não temos para conquistar títulos para o Clube”, concluiu.

10 de Outubro de 2020 | Campeonato Nacional I Divisão – 3.ª jornada | Pavilhão Fidelidade

SL BENFICA Lucas Ordoñez 35’

1-1 (0-0 ao intervalo)

SPORTING CP Alessandro Verona 28’

Sporting CP: Ângelo Girão [GR], Matías Platero, Ferran Font, Alessandro Verona, João Souto, Gonzalo Romero, Pedro Gil [C], Toni Pérez, Telmo Pinto, Zé Diogo Macedo [GR]. Treinador: Paulo Freitas.


C

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MODALIDADES

RESULTADOS DE EXCELÊNCIA À EXCEPÇÃO DO HÓQUEI EM PATINS – EMPATE NO DÉRBI –, TODAS AS MODALIDADES DE PAVILHÃO LEONINAS VENCERAM OS RESPECTIVOS JOGOS NO PASSADO FIM-DE-SEMANA EM MASCULINOS E FEMININOS Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl

BASQUETEBOL Poucos dias depois de confirmada a conquista da Taça de Portugal por parte dos comandados de Luís Magalhães, a primeira dos últimos 40 anos, a equipa verde e branca deu início à sua prestação na Liga Placard 2020/2021 com um triunfo sólido em casa do Galitos FC por 53-73. Apesar do resultado folgado, a formação verde e branca não teve um início de partida fácil, tendo terminado o primeiro quarto a vencer por apenas um triplo de vantagem (13-16). Já no segundo quarto, a história foi diferente com os Leões a triunfarem por 12-22 e a descerem aos balneários com uma vantagem

de 13 pontos (25-38). Na segunda parte, o conjunto de Alvalade voltou a entrar mal e perdeu o terceiro quarto (14‑10), conservando ainda assim uma vantagem de nove pontos para o último parcial. Aqui, os Leões voltaram a ser mais fortes e selaram o triunfo por 53-73. Do lado da formação verde e branca, nota de destaque para a exibição do reforço John Fields, com 13 pontos e nove ressaltos, logo seguido pelo também recém-chegado Shakir Smith (onze pontos e três ressaltos) e, ainda, Pedro Catarino (onze pontos e um ressalto). Na próxima jornada, o Sporting CP recebe o Maia BC no dia 17 de Outubro.

A equipa Leonina soma 22 golos marcados e apenas cinco sofridos em três jornadas

FUTSAL Após os triunfos nas duas primeiras rondas da Liga Placard, a equipa de futsal protagonizou um bom arranque na partida da terceira jornada diante da AD Fundão e, logo ao segundo minuto de jogo, Rocha trabalhou bem sobre um adversário e rematou forte, mas o esférico saiu ao poste. Apesar das inúmeras tentativas para inaugurar o marcador por parte dos Leões, a equipa adversária conseguiu resistir durante doze minutos, altura

11 de Outubro de 2020 | Liga Placard – 3.ª jornada | Pavilhão João Rocha

Leões levaram a melhor sobre o Galitos FC na estreia na Liga Placard

11 de Outubro de 2020 | Liga Placard – Fase Regular - 1.ª Jornada Pavilhão Municipal Professor Luís de Carvalho

GALITOS FC

53 - 73

em que João Matos fez o primeiro da contagem. Com muita classe, o capitão verde e branco deitou o guarda-redes visitante e encostou para o 1-0. Excelente gesto técnico a colocar o emblema de Alvalade na frente do placard. Instantes depois, em duas jogadas consecutivas, surgiu o segundo e o terceiro golo dos Leões, com Taynan e João Matos a aumentarem a vantagem, mas ainda havia mais. Já muito perto do intervalo, tempo para Cavinato fazer o 4-0 depois de João Matos, que já tinha bisado, lhe oferecer o golo de

bandeja num lance em que o ítalo-brasileiro teve apenas de encostar à boca da baliza. No regresso para a segunda parte, a equipa adversária surpreendeu a formação Leonina ao fazer dois golos no espaço de poucos minutos – um deles de Sévio, atleta emprestado pelo Sporting CP – mas, na resposta, Cardinal fez o gosto ao pé e aumentou para 5-2 na sequência de um lance muito bem trabalhado pela equipa de Nuno Dias. Grande golo dos Leões que não ficariam por aí. Instantes depois, foi Pauleta a repor a vantagem de quatro golos numa jogada em que Rocha teve mérito ao descobrir o colega em boa posição. Já nos últimos cinco minutos, com a AD Fundão a jogar todas as fichas e a colocar em campo o guarda-redes avançado, o conjunto de Alvalade chegou ao sétimo e, logo a seguir, ao oitavo da contagem, por intermédio de Cardinal e Erick, sentenciando assim o encontro e confirmando o triunfo verde e branco por 8-2. Na próxima jornada, os Leões, que já somam 22 golos marcados e apenas cinco sofridos, deslocam-se a casa do SC Braga no dia 17 de Outubro.

SPORTING CP

(13-16, 12-22, 14-10, 14-25)

Sporting CP: Travante Williams (10), Francisco Amiel, James Ellisor (10), John Fields (13), João Fernandes (5), Shakir Smith (11), Diogo Ventura, Pedro Catarino (11), Jorge Embaló, Diogo Araújo (4), Jalen Henry (2), Cláudio Fonseca (7). Treinador: Luís Magalhães.

SPORTING CP João Matos (12’, 15’) Taynan (14’) Diego Cavinato (19’) Cardinal (30’, 36’) Pauleta (31’) Erick Mendonça (37’)

8-2 (4-0 ao intervalo)

AD FUNDÃO Juninho (23’) Sévio (27’)

Sporting CP: Guitta [GR], Mamadu Turé, Diogo Santos, Zicky Té, Cardinal, Erick Mendonça, João Matos [C], Taynan, Rocha, Diego Cavinato, Pany Varela, Pauleta, Alex Merlim, Gonçalo Portugal [GR]. Treinador: Nuno Dias.


SPORTING 3789 - 25

NUNO DIAS: “FOI MAIS DIFÍCIL DO QUE O RESULTADO APARENTA” No rescaldo do triunfo, Nuno Dias reconheceu que o resultado folgado não traduz a qualidade que o adversário apresentou no Pavilhão João Rocha. “Podíamos ter feito mais golos, mas também podíamos ter sofrido mais. Tivemos algumas dificuldades inerentes à qualidade do adversário. Foi mais difícil do que o resultado aparenta. Dá ideia que, com 8-2, foi um jogo fácil, mas não. Tivemos dificuldades até marcar primeiro, mas depois conseguimos fazê-lo com lances bem trabalhados”,

começou por dizer, comentando depois o facto de os Leões terem terminado a partida com cinco jogadores formados em Alvalade em campo. “A formação é boa, dá bons frutos e trabalha bem. Faz todo o sentido aproveitarmos isso a nosso favor. Eles têm de ter tempo para crescer, não se pense que é só atirá-los às feras. É preciso dar-lhes tempo e confiança para eles irem evoluindo. Hoje jogaram o Diogo Pinto, o Zicky Té e o Mamadu Turé. O Bernardo e o Tomás Paçó não foram opção, mas vão ser no futuro”, concluiu.

OPINIÃO ECLECTISMO!!!

VOLEIBOL Antes disso, no passado sábado, a equipa de voleibol levou a melhor sobre a AJ Fonte do Bastardo por 3-0, em jogo da quinta jornada da fase regular do Campeonato Honda. Tendo pela frente a única equipa com quatro vitórias nos quatro primeiros encontros da competição, os Leões não tiveram um início de encontro fácil, mas depois de fazerem o 13-12 arrancaram para uma vitória folgada por nove pontos de diferença no primeiro set (25-16). À semelhança do que tinha acontecido no primeiro, também o início do segundo set ficou marcado pelo equilíbrio entre as duas formações. Apesar de terem estado quase sempre em desvantagem até ao 17-18 no marcador, os comandados de Gersinho superiorizaramse ao adversário nos minutos finais e fecharam o segundo triunfo da tarde com o parcial de 25-23. Já no terceiro e último set, o conjunto verde e branco voltou a estar por cima, selando a vitória por 25-17. Nota de destaque para os reforços Paulo Víctor e Victor Hugo, com 14 e 13 pontos cada,

Tito Arantes Fontes

A equipa de voleibol manteve a invencibilidade no Campeonato Honda

GERSINHO: “GOSTEI DA PARTIDA” Logo após o triunfo sobre a AJ Fonte do Bastardo, Gersinho mostrou‑se satisfeito com a actuação dos seus jogadores, mas frisou que a equipa não pode baixar a guarda como aconteceu no segundo set. “A nossa equipa fez o que tinha de fazer, estava preparada para jogar. Independentemente de quem estivesse do outro lado, o objectivo era a vitória. Estudámos bem o adversário e os jogadores começaram bem o jogo, mas acho que no segundo set vacilámos um pouco. Depois de no primeiro set não termos encontrado tanta resistência da parte deles, baixámos um pouco a guarda e não podemos fazer isso”, começou por dizer. “Do outro lado estava uma equipa forte e não podemos comprometer um resultado por baixarmos a guarda. No terceiro set, foram os titulares contra os titulares, jogámos bem e variámos o ataque mais vezes do que nos jogos contra o SC Espinho e SL Benfica. Gostei da partida”, concluiu.

respectivamente, e ainda para Renan da Purificação, que assinou onze pontos. Com este resultado, os Leões

mantêm a invencibilidade no Campeonato Honda, recebendo o eterno rival SL Benfica no dia 17 de Outubro.

10 de Outubro de 2020 | Campeonato Honda – Fase Regular - 5.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

3-0

AJ FONTE DO BASTARDO

(25-16, 25-23, 25-17)

Sporting CP: José Rojas, Éder Levi, Victor Hugo (13), Paulo Víctor (14), André Saliba, Miguel Maia [C], Robinson Dvoranen (8), Gil Meireles [L], André Sousa, Renan Purificação (11), João Fidalgo, Bruno Canhoto (3), Hélio Sanches (2), Miguel Sá [L]. Treinador: Gersinho.

Somos o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!! Clube ecléctico. Assim nascemos! Assim nos desenvolvemos! Assim somos! Assim seremos! O eclectismo está no nosso sangue, nas nossas veias, no nosso ADN!!! E também todos sabemos que – para além das divergências internas que temos, várias publicamente assumidas – o “mundo” que gira à nossa volta, nomeadamente aquele que vive de notícias sobre o “universo Leonino”, muito gosta de glosar as nossas crises, as nossas divergências, as nossas discrepâncias. É neste contexto que o SPORTING CP acaba de – em apenas cinco dias – conquistar mais três títulos!!! Mais três taças para o seu invejável e único Museu!!! Estamos a falar da Supertaça de ténis de mesa, a décima quinta da nossa história e a sexta consecutiva!!! É obra!!! Estamos igualmente a falar do Campeonato de futebol de praia, que não ganhávamos desde 2016… e obtivemos o terceiro da nossa história!!! É obra!!! E – por fim – estamos também a falar da Taça de Portugal de basquetebol, brilhantemente ganha ao FCP, um troféu que nos fugia – depois de cerca de 25 anos sem seniores masculinos no nosso Clube – há 40 anos!!! É obra!!! Cumpre no que ao Basquetebol diz respeito – e, naturalmente, sem que qualquer menosprezo (muito pelo contrário) por qualquer das outras modalidades – saudar de modo especial esta conquista! A modalidade – a única que curiosamente disputei com estatuto de federado (infelizmente, por manifesta falta de qualidade, sem nunca ter conseguido vestir a sagrada camisola do nosso SCP) acaba de regressar ao mais alto nível ao Clube. Projecto desta Direcção! Na temporada passada

estávamos à frente do campeonato quando apareceu – em Março – a “pandemia” e tudo se foi esfumando… erámos os primeiros classificados, tínhamos tudo para conquistar o título nacional… foi pena, foi inglório… mas sim, nós sabíamos que este grupo merecia mais!!! E sabíamos que o nosso Clube, o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, ia ganhar mais… logo que a COVID-19 permitisse! E assim foi… reabriram as competições… ainda sofremos com o ataque que o malfadado vírus fez à nossa equipa… mas recuperámos, lutámos que nem Leões pela “Champions do Basket”… e aguardámos pelo reatar da Taça de Portugal… foi êxtase!!! A final foi um grande jogo, bem disputado, com pundonor, com garra, com querer!!! Começámos a perder… empatámos a meio da partida… e não mais parámos… “rumo ao cesto”, rumo à vitória… a Taça de Portugal é nossa!!! Merece especial destaque o nosso treinador Luís Magalhães, profundo conhecedor da modalidade, homem exigente, sempre com palavras adequadas e com resposta à altura de camisola do SPORTING CP!!! Obrigado, Treinador!!! Obrigado, Luís Magalhães!!! Merecem igual destaque os jogadores, foram – todos – excelentes!!! Permitam-me salientar um… o Francisco Amiel!!! Pelo que joga, pelo que fez e faz… pelo que sente!!! Pelas suas palavras… quando chegou ao Clube, quando falou do seu pai… e também agora quando falou desta vitória!!! Que jogador!!! Que homem!!! Que leão!!! Obrigado, F. Amiel!!! Merecem, por último, referência especial os obreiros do regresso do basquetebol ao SPORTING CP… foram vários, foram muitos… não quero ser indelicado com nenhum deles… vou referir o eterno Edgar Vital e o meu “colega” de jornal, o Juvenal Carvalho, que tanto tem feito pelo SCP e muito particularmente por esta modalidade! E – claro, temos de dar o “seu a seu dono” – a Direcção e o presidente Frederico Varandas!!! Muito obrigado!!! VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!! P.S. – Acabo de saber que o nosso Cristiano Ronaldo está infectado com COVID-19!!! Cristiano, Leão, sabemos que vais recuperar e já… como só tu sabes… à Campeão!!!


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OPINIÃO

ANDEBOL

40 ANOS

Pedro Almeida Cabral

Há 40 anos não havia telemóveis, o estádio José Alvalade ainda não tinha o que viria a ser a bancada nova e o Sporting CP conquistou um campeonato nacional de futebol em luta até ao último jogo com o FC Porto. Não tenho memórias desse título, era ainda muito pequeno. Mas sempre ouvi falar do letal tridente atacante da nossa equipa, Manoel, Manuel Fernandes e Jordão. Nesse ano de 1980, com o basquetebol Sportinguista em plena actividade e antes do extraordinário bicampeonato de 1981/1982, o Sporting CP conquistou a sua quinta Taça de Portugal. E, há exactamente uma semana, arrecadou a sexta. Nos últimos 40 anos, o basquetebol Sportinguista não foi bem tratado. Primeiro, perdeu competitividade. Depois, foi extinto. E só voltou há pouco mais de um ano. O Clube que teve jogadores como António Feu, Ernesto Ferreira da Silva, Rui Pinheiro, Mário Albuquerque, Carlos Lisboa, Nelson Serra ou os irmãos Baganha não podia, simplesmente, não ter basquetebol. É nunca esquecendo o passado que o Sporting CP tem futuro.

Nostalgias à parte, até parece que a final da Taça de Portugal contra o FC Porto foi um passeio. Muito longe disso. O primeiro título do regressado basquetebol Leonino foi escrito com esforço e mestria táctica do nosso experimentado treinador Luís Magalhães. Já os dragões iam lampeiros com vantagem, quando, surpreendidíssimos no terceiro quarto, foram dominados tacticamente, com anulação do fundamental jogador portista Landis. Destacou-se aí o nosso poste John Fields, em inúmeros ressaltos, que lhe valeram ser o MVP do jogo, e o extremo James Ellisor, com mão quente na zona dos três pontos. Depois, no último quarto, foi só gerir a vantagem com Travante Williams (sempre um gosto ver a frescura deste jogador) e o prometedor jovem Francisco Amiel. Secados os 40 anos da Taça, temos agora, que secar os 39 anos do último campeonato. Será esta época. Acredito eu e todos os Sportinguistas! P.S. – No fim-de-semana, um dos desafios mais emocionantes do hóquei em patins mundial: o dérbi eterno entre o Sporting CP e SL Benfica. Não se pode dizer que tenha sido um jogo muito estimulante, mas intensidade não faltou. Porém, o resultado final cai mal em tanta porfia Leonina. Não se pode considerar um empate a um golo justo quando houve um golo marcado por Matías Platero que, reconhecidamente, ultrapassou a linha de baliza. A tecnologia actualmente disponível deveria ter validado o golo. Para quando um hóquei em patins mais verdadeiro e moderno com, pelo menos, validação electrónica de golos? O melhor campeonato de hóquei em patins do mundo não pode continuar como está.

Por último, de realçar a vitória da equipa de andebol diante do Póvoa AC por 22-33, em jogo da sexta jornada do Campeonato Placard Andebol I. Depois de irem para o intervalo a vencer por 13-17, os comandados de Rui Silva aumentaram ainda mais a vantagem no segundo tempo e confirmaram o triunfo por uma diferença de onze golos. Os melhores marcadores da partida foram os Leões Théo Clarac, Carlos Ruesga e Frankis Carol, com cinco golos cada. Com este resultado, a formação verde e branca somou a sexta vitória no mesmo número de jogos na competição, voltando a entrar em campo no dia 16 de Outubro para defrontar o BoaHora FC.

QUARTO TRIUNFO CONSECUTIVO PARA O VOLEIBOL FEMININO A equipa de voleibol feminino do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, na tarde do passado domingo, o GC Vilacondense por 3-0, em jogo da quarta jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Depois de um triunfo por 2519 no primeiro set, as Leoas voltaram a ser superiores no segundo e no terceiro, vencendo com os parciais de 25-17 e 25-19. Após esta vitória, a quarta no mesmo número de jogos no Campeonato Nacional, as Leoas voltam a entrar em campo no dia 18 de Outubro para defrontar o Castêlo da Maia GC.

Os comandados de Rui Silva voltam a entrar em campo já na sexta-feira para defrontar o Boa-Hora FC

RUI SILVA: “ENTRÁMOS MUITO FORTES NO SEGUNDO TEMPO” Depois da vitória sobre o Póvoa AC, Rui Silva considerou que os Leões podiam ter estado melhor na primeira parte, mas conseguiram corrigir os erros depois do intervalo. “Na primeira parte o Póvoa AC causou-nos muitas dificuldades, conseguiu estar no jogo praticamente o tempo todo. Nós também cometemos alguns erros individuais e não tivemos a agressividade que pretendíamos, mas corrigimos isso na segunda parte”, começou por dizer. “Entrámos muito fortes no segundo tempo e ao final de dez minutos o jogo estava praticamente resolvido.

Alcançámos uma diferença no resultado que depois conseguimos gerir até ao final. Mas é natural, a diferença entre os dois plantéis é esta”, referiu, apontando depois baterias para os próximos jogos dos Leões. “Jogamos com o Boa-Hora FC na sexta-feira porque vamos ter jogo na Roménia na terçafeira. Ou seja, temos de utilizar a semana para ir preparando os dois encontros porque depois na Roménia só temos um treino e isso não é suficiente para preparar a partida contra o CS Dinamo Bucuresti. Ainda assim, o jogo do Boa-Hora FC é o mais importante porque é o próximo”, concluiu.

HÓQUEI EM PATINS FEMININO TRIUNFA COM MÃO CHEIA DE GOLOS A equipa de hóquei em patins feminino do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, a UD Vilafranquense por 5-3, em jogo da terceira jornada da zona sul do Campeonato Nacional. Os golos das comandadas de

Nuno Pinto foram apontados por Sofia Moncóvio, Rute Lopes e Rita Lopes (3). Com este resultado, as Leoas seguem invictas no Campeonato Nacional e voltam a entrar em campo no dia 18 de Outubro para a recepção ao SL Benfica.

10 de Outubro de 2020 | Campeonato Placard Andebol I – 6.ª jornada Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim

PÓVOA AC

22 - 33

SPORTING CP

(13-17 ao intervalo)

Sporting CP: Manuel Gaspar [GR], Pedro Valdés (2), Théo Clarac (5), Carlos Ruesga (5), Frankis Carol (5) [C], Dmytro Doroshchuk (3), Francisco Tavares (3), Salvador Salvador (3), Duarte Seixas, Arnaud Bingo (2), Jens Schöngarth (2), Nuno Roque, Darko Đukić (3), Joel Ribeiro, Aljosa Cudic [GR]. Treinador: Rui Silva. Disciplina: 2 minutos para Théo Clarac e Dmytro Doroshchuk.



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MODALIDADES ATLETISMO

CÁTIA AZEVEDO CONTINUA LEOA ATLETA OLÍMPICA RENOVA COM O SPORTING CP E JÁ APONTA PARA TÓQUIO 2021 Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Pedro Zenkl

A vestir de verde e branco há mais de dez anos, Cátia Azevedo vai continuar a ser atleta do Sporting Clube de Portugal. A recordista nacional dos 400 metros, de 26 anos, renovou o vínculo com o emblema de Alvalade e mostrou-se bastante satisfeita nas primeiras declarações após a decisão das duas partes. “São onze anos e são vários títulos. São muitos e bons momentos de Leão ao peito, mas também alguns maus. O Sporting CP é uma família e vejo neste Clube esses valores. Não fazia sentido partir para outra viagem”, começou por dizer em declarações à Sporting TV, continuando e reforçando a aposta que o Clube fez para continuar com a corredora. “Já passei por muito dentro do Clube. Sou nova, mas tenho

muitos anos de casa. Fui da era do Moniz Pereira e ainda estou cá, com muito orgulho e felicidade. Principalmente numa era como a que estamos a viver agora. Temos um Clube que conseguiu arranjar as melhores condições para me manter cá. Só tenho de estar grata”, admitiu.

“O SPORTING CP É UMA FAMÍLIA E VEJO NESTE CLUBE ESSES VALORES. NÃO FAZIA SENTIDO PARTIR PARA OUTRA VIAGEM” Cátia Azevedo falou ainda sobre o seu passado e revelou que, em criança, praticava “ginástica e atletismo”. A escolha do atletismo fez-se quando recebeu convites para representar dois rivais e preferiu utilizar o Leão ao peito. “Comecei a vingar no corta-mato

escolar e tive bons resultados. Surgiu a hipótese de treinar no SL Benfica ou no Sporting CP. A minha família perguntou-me e eu respondi que queria o Sporting CP, que tinha a melhor escola de atletismo e as melhores equipas femininas. Treinei com o professor José Fonseca e dois anos depois passei para o Carlos Silva”, lembrou. A Leoa recordou também o título da equipa feminina do Sporting CP na Taça dos Clubes Campeões Europeus de pista de 2018, que se realizou em Birmingham, Inglaterra. “Quando se sofre tanto para chegarmos a um título, não interessa o título, mas sim o caminho. Como equipa, o título europeu de 2018 foi o nosso melhor momento. Estávamos 13 pontos atrás e o título estava-nos a fugir. Tínhamos a noção de que seria muito difícil e, ainda por

“Defendo o Sporting CP com unhas e dentes. É como se fosse mãe e o Sporting CP fosse o meu filho”, garantiu Cátia Azevedo

cima, eu estava na última prova. Acabou e aconteceu aquilo com que sonhávamos. Foi a melhor sensação do mundo”, garantiu. Sobre o ambiente vivido na equipa verde e branca, Cátia Azevedo não tem dúvidas de que “a união” visível nas competições “é muito real”. “Podemos ter atletas de níveis diferentes, mas isso pouco importa. Somos uma equipa e precisamos de todas. Isso está tão ciente na nossa cabeça que se for preciso eu ir fazer lançamento do dardo ou outra pessoa fazer uma prova diferente, damos o corpo às balas. Isso dá-me muito orgulho e o facto de querer ficar e honrar esta camisola vem desse espírito de equipa em todos os desafios, seja a nível regional, nacional ou europeu”, considerou. No que ao sentimento pelo Sporting CP diz respeito, Cátia Azevedo mostrou-se completamente

apaixonada pelo Clube. “Sofro muito com o Sporting CP. Sempre encarei o Sporting CP como um Clube e um emprego, mas a partir de 2015 passou a ser a minha vida, a minha família. Não queremos representar algo que não sentimos no peito e eu sinto o Sporting CP no peito. Defendo o Sporting CP com unhas e dentes. É como se fosse mãe e o Sporting CP fosse o meu filho. Vamos sempre olhar para o nosso filho com um olhar brilhante. É o que eu sinto pelo Sporting CP”, afirmou.

“NÃO QUEREMOS REPRESENTAR ALGO QUE NÃO SENTIMOS NO PEITO E EU SINTO O SPORTING CP NO PEITO” Sobre o projecto olímpico do Sporting CP, Cátia Azevedo só tem elogios: “O Sporting CP tem-se esforçado muito para proporcionar [aos atletas] as melhores condições para nos prepararmos e obtermos os melhores resultados. Foi um processo difícil porque arrancar com um projecto do zero não é fácil”. Olímpica no Rio de Janeiro, em 2016, Cátia Azevedo demonstrou confiança e vontade em estar presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados para 2021 devido à pandemia de COVID-19. “Espero estar presente. Está tudo alinhavado para que corra bem. Ainda não tenho a marca, mas estou muito bem posicionada no ranking. Podia estar já qualificada, mas não é uma coisa que me tire o sono. Fui aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com mínimos feitos no último mês. Não quero que isso aconteça, mas estou tranquila. Lá, se eu for, só podem esperar o melhor de mim”, prometeu a atleta que lembrou a participação na prova em 2016. “No Rio de Janeiro, passei os


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Cátia Azevedo tem mais de dez anos de Sporting CP

últimos 30 metros da corrida a olhar para mim no ecrã gigante. Estava super feliz, mas nem tive a noção de que podia ter passado às meias-finais se não tivesse com esse excesso de energia [risos]. Espero que em Tóquio as coisas sejam diferentes, embora a pandemia de COVID-19 me deixe com algum receio sobre as condições que vamos ter”, alertou. Por fim, Cátia Azevedo, que explicou que tem o objectivo de voltar a bater o seu recorde nacional de 400 metros – de momento está fixado nos 51,62 segundos e foi estabelecido em 2019 –, apostar nos 800 metros e competir em mais dois Jogos Olímpicos antes de se dedicar à enfermagem, área que tem estado a estudar nos últimos anos. “Desde 2013 que sou atleta de alto rendimento. É muito

complicado para as pessoas entenderem o que é isso. Perde-se e ganha-se muito. (…) Não é por ser uma pessoa sorridente que significa que está tudo bem. Fui perdendo familiares sem estar com eles, amizades e outras coisas por amor à camisola e ao desporto. Até há uns tempos, pensava que precisava de parar. Agora, não penso em nada disso. Tenho os Jogos [Olímpicos] de Tóquio e de Paris [2024] para fazer, tenho um desafio para fazer nos 800 metros num futuro próximo. (…) Queria colocar o recorde nacional [dos 400 metros] perto dos 50 segundos. Gostava muito de atingir a marca de 50 segundos, nem que fosse 50,99, e acho que consigo. Há muitos desafios que quero ter antes da enfermagem”, concluiu.

BEM-VINDA À FAMÍLIA, CARLOTA FANTASIA! A Carlota Sanchéz Baptista Ribeiro Fantasia é uma das mais recentes Sócias do Sporting Clube de Portugal – n.º 104.563-0. A Leoazinha nasceu no dia 13 de Outubro e foi trazida no mesmo dia para a família verde e branca pela “mão” da nossa jornalista Maria Gomes de Andrade, que é amiga dos pais António José Fantasia (Sócio n.° 13.773-0) e Carla Baptista Ribeiro. À Carlota, e aos Sportinguistas da família – o pai e o avô Norberto (Sócio n.° 26.873-0), o Jornal Sporting deseja as maiores felicidades e alegrias de Leão ao peito.


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CLUBE MUSEU

A PEÇA MAIS ANTIGA DO MUSEU Texto: Miguel Pereira – Museu Sporting - Centro de Documentação Fotografia: Museu Sporting - Centro de Documentação

O Sporting CP continua na senda das vitórias. A máxima ‘conquista atrás de conquista’ faz com que o museu esteja em permanente actualização, recebendo espólio constantemente. Por isso, é difícil situar o troféu ou objecto mais recente em exposição. Podemos, isso sim, abordar a peça mais antiga do espólio. Já teve a oportunidade de estar perto da peça mais antiga em exposição no Museu Sporting? Trata-se da medalha referente a um encontro realizado a 14 de Setembro de 1902, altura do Sport Club de Belas, clube essencial no período da pré-fundação do Sporting CP. A história dos primórdios do Clube Leonino começa a ser contada com base no SC Belas, uma associação fundada em Agosto de 1902, pelos irmãos Gavazzo. O clube terminaria num curto espaço de tempo, com muitos dos seus intervenientes a criarem o Campo Grande Football Club, que posteriormente veria os seus dissidentes fundarem o Clube doJornal leão rampante. Meia Pag SCP Museu SCP.pdf 1 07/10/20

A medalha foi atribuída no segundo jogo frente ao Foot-ball Club Peninsular, realizado na Quinta da 13:02 Fonteireira, que serviu de desforra de um primeiro

encontro realizado 15 dias antes. A alinhar pela equipa oriunda de Sintra, na posição de guarda-redes, estava Francisco Gavazzo, que viria a ser o braço-direito de José Alvalade e uma figura importantíssima das origens do Sporting CP. Francisco Gavazzo é um nome que acompanhou o Clube desde os seus primórdios, até ao seu falecimento a 10 de Fevereiro de 1958, altura em que era o Sócio n.º 1, número que mantinha desde 4 de Julho de 1946. Porém, antes de falecer teve oportunidade de assistir à inauguração do antigo estádio José Alvalade, a 10 de Julho de 1956, acontecimento que classificou como o mais feliz da sua vida. No Museu Sporting, poderá descobrir as histórias que compõem o desenvolvimento e evolução do Clube Leonino, no renovado percurso com visitas guiadas personalizadas e comentadas, adaptadas à curiosidade de cada visitante.


SPORTING 3789 - 31

RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO Seniores - Camp. Nacional Andebol 1 Póvoa AC 22-33 Sporting CP

Equipa B - Camp. Nacional 2.ª Divisão Sporting CP 21-21 CD Mafra

BASQUETEBOL MASCULINO Seniores - Taça de Portugal

Final: FC Porto 78-87 Sporting CP VENCEDORES Seniores - Liga Placard Galitos FC 53-73 Sporting CP

FUTEBOL FEMININO Seniores - Liga BPI

CA Ouriense 1-9 Sporting CP Equipa B - Camp. Nacional 2.ª Divisão Sporting CP 11-0 FC Alverca

FUTSAL MASCULINO Seniores - Liga Placard

GOLFE MISTO Torneio Outono - 5.ª OM

Stableford Net: 3.º Afonso Recto 41; 5.º Henrique Recto 39; 14.º Vítor Leitão 37; 25.º Valdemar Carvalho 35; 26.º João Cabral 35; 27.º Pedro Maia 34; 28.º Mário Oliveira 34; 32.º Telmo Campos 33; 34.º Orlando Abreu 33; 37.º Zulmira Alves 33; 38.º José Salgado 33; 43.º Rogério Beatriz 32; 45.º João Filipe 31; 47.º Raúl da Costa 31; 49.º Nuno Barbosa 30; 50.º João Marques 30; 51.º José Fernandes 30; 52.º Ricardo de Almeida 30; 53.º João Cabral 30; 57.º Rodrigo Albuquerque 29; 60.º Luís Raposo 28

HÓQUEI EM PATINS MASCULINO Seniores - Camp. Nacional 1.ª Divisão SL Benfica 1-1 Sporting CP

-73 kg: 1.º João Fernando - CAMPEÃO NACIONAL; 3.º Nuno Saraiva -81 kg: 1.º João Martinho - CAMPEÃO NACIONAL; 3.º Francisco Costa; 5.º Vicente Ribeiro -90 kg: 3.º Marco Pereira -100 kg: 2.º Diogo Brites Equipas: 1.º Sporting CP Absolutos - Camp. Nacional 2.º Diogo Brites

FEMININO Seniores - Camp. AS Nacional

-52 kg: 3.º Mariana Máximo -57 kg: 1.º Wilsa Gomes - CAMPEÃ NACIONAL Equipas: 1.º Sporting CP

REMO MASCULINO Campeonato Nacional de Velocidade

2000 m: 1.º Pedro Fraga 6›57››489 - CAMPEÃO NACIONAL

FEMININO Seniores - Camp. Nacional

TIRO À BALA MASCULINO Torneio de Outono FPT

Sporting CP 5-3 UD Vilafranquense

JUDO MASCULINO

-66 kg: 1.º Sergiu Oleinic - CAMPEÃO NACIONAL; 5.º Denis Levchuk

Pistola 25 m: 1.º Licínio Santos 557 (7x); 8.º Domingos Rodrigues 526 (8x) Pistola Percussão Central 25 m: 3.º Licínio Santos 563 (14x)

ANDEBOL SEXTA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO 21H00 Seniores

BILHAR SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 11H00 - 16H00 Carambola

SPORTING CP vs. Boa Hora FC

Jorge Rocha

FUTSAL SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 21H00 Seniores

7.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1

1.ª fase Zona sul Série 4 1.º Open Nac.

Pavilhão João Rocha

Clube Bilharista Amadora (Amadora)

CD “Os Marienses” vs. SPORTING CP

FUTEBOL SEXTA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO 15H00 Sub-23

Sporting CP 8-2 AD Fundão

Seniores - Camp. AS Nacional

TRIATLO MASCULINO Elite - Camp. Mediterrâneo 48.º João Mansos 56’24’’

PTS5 - Taça do Mundo de Paratriatlo 6.º Filipe Marques 1h01’24’’ Triatlo Jovem das Caldas da Rainha Clubes: 2.º Sporting CP Cadetes: 3.º João Vaz; 6.º Gonçalo Santos Juvenis: 8.º Rodrigo Figueiredo; 10.º José Ferreira; 11.º Afonso Ferreira; 17.º Afonso Costa; 18.º Francisco Santos; 21.º Leonardo Sousa Iniciados: 2.º Martim Guarda; 3.º Rodrigo Neves; David Boléo não terminou

FEMININO Elite - Camp. Mediterrâneo

5.º Helena Carvalho 59’00’’; 16.º Inês Oliveira 1h00’55’’; 26.º Joana Oliveira 1h03’55’’ Triatlo Jovem das Caldas da Rainha Clubes: 2.º Sporting CP Cadetes: 1.º Luna Neves Juvenis: 5.º Margarida Coutinho; 7.º Sofia Rocha; 8.º Ana Rita Guerreiro; 9.º Carolina Oliveira Iniciados: 4.º Joana Alves; 7.º Leonor Rocha Estafeta Iniciados: 11.º Filipa Silva / Leonor Rocha Infantis: 4.º Mariana MacKay Estafeta Benjamins - Infantis: 5.º Gabriela Parreira / Mariana MacKay

MISTO Camp. da Europa de Clubes em Estafetas

Seniores: Sporting CP (Helena Carvalho; André Dias; Inês Oliveira; João Mansos) desqualificado Juniores: 5.º Sporting CP (Joana Oliveira; João Dias; Margarida Barão; Hugo Figueiredo) Triatlo Jovem das Caldas da Rainha Clubes: 2.º Sporting CP Estafeta Juvenis - Cadetes: 3.º João Vaz / Érica Reis / Gonçalo Santos; 6.º Leonardo Sousa / Carolina Parreira / Rodrigo Figueiredo; 9.º José Ferreira / Luna Neves / Margarida Moutinho; 10.º Afonso Ferreira / Ana Rira Guerreiro / Francisco Santos; 12.º Rodrigo Nunes-Viciosa / Sofia Rocha / Carolina Oliveira Estafeta Iniciados: 1.º Rodrigo Neves / Joana Alves / Martim Guarda

VOLEIBOL MASCULINO Seniores - Camp. Nacional 1.ª Divisão Sporting CP 3-0 AJ Fonte Bastardo Feminino Seniores - Camp. Nacional 1.ª Divisão Sporting CP 3-0 GC Vilacondense

XADREZ

Camp. Nacional 2.ª Divisão Estrelas SJ Brito 3-1 Sporting CP

AGENDA

SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 22H00 Equipa B

3.ª jorn. Zona 3 Camp. Nac. 2.ª Div. Pav. Mun. Vila do Porto (Santa Maria, Açores)

TERÇA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO 17H45 Seniores

Portimonense SC vs. SPORTING CP

CS Dinamo București vs. SPORTING CP

SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 15H00 Seniores Fem.

1.ª jorn. Grupo B Liga Europeia Sala Polivalentă Dinamo (București, Roménia)

Jéssica Augusto; Sara Moreira Camp. Mundo Meia Maratona Gdynia (Polónia)

4.ª jorn. Liga Placard

HÓQUEI EM PATINS DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 16H00 Equipa B 1.ª jorn. Zona C Camp. Nac. 3.ª Div.

Estádio Dois Irmãos (Portimão)

Pav. SC Livramento (Livramento, Mafra)

18H30 Seniores SPORTING CP vs. Famalicense AC

4.ª jorn. Zona Sul Liga BPI

4.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div.

Estádio Aurélio Pereira

Pavilhão João Rocha

20H30 Seniores

21H00 Seniores Fem.

SPORTING CP vs. FC Porto

SPORTING CP vs. SL Benfica

4.ª jorn. Liga NOS

4.ª jorn. Zona Sul Camp. Nac.

Estádio José Alvalade

DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 15H00 Equipa B

Pavilhão João Rocha

RÂGUEBI DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 16H00 Seniores Fem.

BASQUETEBOL DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 15H00 Seniores

Oriental Dragon FC vs. SPORTING CP

SPORTING CP vs. Maia BC

SPORTING CP vs. Lordemão FC

CR S. Miguel/Belas RC vs. SPORTING CP

2.ª jorn. Liga Placard

3.ª jorn. Série Sul Camp. Nac. 2.ª Div.

2.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. Div. Honra

Pavilhão João Rocha

Campo n.º 5 Pólo EUL

Reg. Art. Anti-aérea n.º 1 (Queluz)

3.ª jorn. Série G Camp. Portugal Juncal Desportos (Moita)

15H00 Equipa B Fem.

16/10 – Sexta-Feira Modalidade: Andebol Competição: Campeonato Placard Andebol 1 – 7.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. Boa Hora FF Horário e local: 21h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

17/10 – Sábado Modalidade: Voleibol Competição: Campeonato Nacional – 7.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Teresa Bonvalot 5.ª etapa Liga MEO Surf / Cascais Pro Praias de Carcavelos / Guincho

Pav. Desp. Univ. Minho (Gualtar, Braga)

SPORTING CP vs. UF Entroncamento

5.ª jorn. Zona Sul Liga Revelação

SPORTING CP vs. GD Estoril Praia

ATLETISMO SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 10H00 Seniores

SC Braga vs. SPORTING CP

SURF QUINTA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO 8H00 Feminino

18/10 – Domingo Modalidade: Basquetebol Competição: Liga Placard – 2.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. Maia Basket Clube Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo Modalidade: Hóquei em patins Competição: Campeonato Nacional – 4.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. Famalicense AC Horário e local: 18h30 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

SEXTA-FEIRA, 16 DE OUTUBRO 8H00 Feminino

Teresa Bonvalot 5.ª etapa Liga MEO Surf / Cascais Pro Praias de Carcavelos / Guincho

SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 8H00 Feminino

Teresa Bonvalot 5.ª etapa Liga MEO Surf / Cascais Pro Praias de Carcavelos / Guincho

DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 8H00 Feminino

Teresa Bonvalot 5.ª etapa Liga MEO Surf / Cascais Pro Praias de Carcavelos / Guincho

TÉNIS DE MESA SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 10H00 Sub-21

7 atletas SPORTING CP Camp. Nac. Singulares Pav. Desportos (Vila Real)

DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 10H00 Sub-21

7 atletas SPORTING CP Camp. Nac. Singulares Pav. Desportos (Vila Real)

TIRO COM ARCO DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 9H45 Seniores 5 atletas SPORTING CP 1.ª prova Camp. Nac. Sala Pav. Centro Social Prime (Prime, Viseu)

TRIATLO DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 10H00 Elite SPORTING CP Camp. Nac. Individual Sprint Praia da Torre (Oeiras) 12H30 Grupos idade / Paratriatlo SPORTING CP Camp. Nac. Individual Sprint Praia da Torre (Oeiras)

VOLEIBOL SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 15H00 Seniores SPORTING CP vs. SL Benfica 7.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

DOMINGO, 18 DE OUTUBRO 17H00 Seniores Fem.

Castêlo Maia GC vs. SPORTING CP 5.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pav. Castêlo Maia GC (Castêlo da Maia) *Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt

Modalidade: Hóquei Em Patins Competição: Campeonato Nacional Feminino – Zona Sul – 4.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 21h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

20/10 – Terça-Feira Modalidade: Andebol Competição: EHF European League Jogo: CS Dinamo Bucaresti vs. Sporting CP Horário e local: 17h45 (hora portuguesa) - Roménia Transmissão: Directo e exclusivo


Por todos os portugueses vamos continuar

ligados

Nós, os portugueses. Nós, as famílias, as empresas, os mais novos e os mais velhos. Juntos, mais do que nunca, tudo faremos para que o país continue a avançar, ligando tudo e todos ao que é mais importante.

#NOS #VamosFicarLigados


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