PÓLO EUL
O SONHO COMEÇA AQUI
FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3791 • QUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO 2020 • SPORTING.PT • SEMANAL• ANO 98 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO
O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO
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EDITORIAL
O SONHO COMEÇA AQUI... A OBRA NASCE André Bernardo
Match Point. A bola sai da raquete e bate na rede. A imagem congela e permanece a dúvida para que lado vai cair. A bola e a rede são de ténis e esta é a cena inicial do filme “Match Point” de Woody Allen. Há factores na vida que nós não controlamos. Às vezes a bola bate na trave, vai ao poste, desliza pela linha de golo e… Cabe-nos sim dedicar aos factores que podemos controlar e que decidem o caminho do nosso futuro, minimizam os efeitos do Acaso e nos aproximam do nosso objectivo final. Escrevi no meu segundo editorial e volto a repetir que "'a melhor forma de prever o futuro é criá-lo' e o Sporting CP de amanhã será a consequência das decisões de hoje." E Hoje (mais precisamente há três dias atrás) completámos a remodelação do Pólo EUL. São 11 o número de anos que passaram sem o Pólo receber uma única intervenção que não fosse paliativa para corrigir temporariamente as fissuras que deixavam entrar água e eram aparadas por baldes. O talento de cada um é obra do Acaso. Mas o motivo pelo qual escolhem o Sporting CP, permanecem, se desenvolvem aqui e se tornam os melhores é fruto de um trabalho de muita gente que o torna possível. O Sonho começa aqui. É a frase que podemos ver logo à entrada do “novo” Pólo EUL do Sporting CP com uma imagem de Cristiano Ronaldo quando era criança. A Academia de formação do Sporting CP começa também aqui. E é aos seis anos de idade que muitos miúdos começam a decidir o seu futuro no desporto.
O modelo que definimos para a Formação do Sporting CP assume o formato de uma pirâmide, cuja base se inicia nas Escolas Academia Sporting (EAS), Academias de Formação Sporting (AFS) e no Pólo EUL e cujo desenvolvimento vai progredindo pelos vários escalões. Esta pirâmide já inclui hoje a Equipa B que também regressou este ano e que constitui um passo fundamental nesse desenvolvimento, servindo como porta de entrada ao objectivo final: formar jogadores com ADN Sporting para a Equipa sénior principal.
A obra nasce. O sonho torna-se realidade e Nuno Mendes, Tiago Tomás, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Daniel Bragança e Joelson são exemplos de jogadores que começaram precisamente no Pólo EUL. Mais de 80% dos atletas da formação que hoje fazem parte da equipa sub-23 e Equipa B vieram do Pólo. O “novo” Pólo EUL foi idealizado pela equipa de Filipe Vedor que merece uma palavra de destaque, de parabéns e agradecimento pelo trabalho que desempenham todos os dias.
A remodelação do Pólo EUL é mais uma etapa decisiva na implementação e consolidação dos dois pilares da nossa visão estratégica - Pessoas e Estrutura – e que recordo aqui, resgatando-as do documento “Regresso ao Futuro”:
Tipping Point é o título do livro de Malcolm Gladwell e refere-se “ao momento de ponto de inflexão no qual uma série de pequenas alterações se torna significativo o suficiente para causar uma alteração muito maior e importante”*.
1. Pessoas: a. O principal activo dos Sporting CP são os seus atletas e colaboradores. Eles constituem a base para que a organização consiga assegurar os demais objectivos; b. Captar e desenvolver os melhores talentos no plano desportivo e operacional, através de um processo holístico de transformação organizacional interna. 2. Estrutura: a. O rendimento das Pessoas é, em grande parte, resultado das condições de espaço e equipamento que as mesmas têm para trabalhar; b. É fundamental que os espaços de trabalho de atletas e colaboradores sejam modernizados no sentido de proporcionarem novas formas de trabalho e relacionamento.
As rodas da engrenagem da Formação do Sporting CP acabam de fazer um Match Point no projecto de recuperação que se iniciou em Setembro de 2018 e que representa a nosso ver um eixo fundamental para um modelo desportivo sustentável e sustentado. O rumo está traçado, o primeiro jogo e mais difícil está ganho, agora é continuar o caminho.
* Definição de Oxford Language Dictionary. O autor no livro define este momento como o que despoleta o fenómeno viral das epidemiologias sociais
PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501-806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E-MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735-521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO-EDITORIAL ASSINATURAS: E-MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta-feira das 10h00 às 20h00)
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ATLETA PRESIDENTE
1894 1974
LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
Salazar Carreira nasceu a 2 de Novembro de 1894, assinalando-se na próxima segunda-feira 126 anos do seu nascimento, e faleceu aos 80 anos, no dia 7 de Dezembro de 1974, deixando uma história inigualável de ligação e entrega ao Sporting Clube de Portugal e ao desporto. Praticou várias modalidades, tendo-se notabilizado no atletismo e além de atleta foi treinador, dirigente e presidente do Clube, assumindo a presidência numa altura em que era Campeão Nacional dos 400 m barreiras. Atleta exímio, conquistou variadíssimos títulos e representou as cores Leoninas durante 25 anos. Cores essas que passaram a ser listadas na camisola por sua iniciativa.
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SALAZAR
CARREIRA
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Museu Sporting - Centro de Documentação
NÃO É FÁCIL RESUMIR A HISTÓRIA DE JOSÉ SALAZAR CARREIRA NO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, UMA VEZ QUE SALAZAR CARREIRA, NASCIDO A 2 DE NOVEMBRO DE 1894, FOI MUITO MAIS DO QUE ATLETA E PRESIDENTE. Salazar Carreira, praticante de ginástica desde muito novo, chegou ao Sporting CP através dos amigos Augusto e Amadeu Barros e foi admitido como Sócio no dia 2 de Fevereiro de 1912, tendo começado aí uma ligação que só terminou aquando da sua morte em 1974, mas que perdurará na história. Salazar Carreira entrou para praticar atletismo e foi nessa modalidade que se notabilizou, tendo conquistado uma série de títulos, apesar da sua carreira ter sido interrompida devido à I Guerra Mundial, mas também
praticou andebol, natação, râguebi, ténis, pólo aquático e tiro, e foi inclusive o responsável pela introdução do râguebi, andebol e voleibol no Clube. No atletismo foi vencedor dos 100 m, 200 m, 400 m e 800 m nos Jogos Olímpicos Nacionais de 1914, três vezes Campeão de Portugal nos 400 m barreira e recordista nacional desde 1922 até 1927 e três vezes Campeão de Portugal na estafeta de 4x400 m e igualmente recordista durante quatro anos. Além de atleta, o que o levou a ser agraciado com a medalha de ‘um quarto de século de actividade atlética’, Salazar Carreira – o grande responsável pela vinda de Moniz Pereira para o Sporting CP –, foi ainda treinador, dirigente e presidente do Sporting CP e mesmo na presidência não deixou a competição e continuou a participar na equipa de atletismo. Ajudar e impulsionar o Sporting CP foi sempre o que fez, em todas as áreas, e deixou marcas… até na indumentária que caracteriza o Sporting CP. Isto porque foi após uma viagem do próprio a França que o râguebi Leonino adoptou a camisola com as cores listadas, que mais tarde se tornou no equipamento oficial do Clube. Como dirigente, Salazar Carreira começou por fazer parte do Conselho Técnico do Conselho Fiscal da Gerência, que presidiu em 1923/1924, e esteve ainda no Agrupamento Leonino e no Conselho Geral. Além disso, foi vogal, vice-presidente e substituiu Júlio de Araújo na presidência do Clube a partir de 19 de Fevereiro de 1925, sendo reconduzido no cargo a 30 de Julho de 1925, mas não acabou o mandato e passou a integrar a terceira Comissão Administrativa, liderada por Sanches Navarro, quando o Clube atravessava uma crise de crescimento. Em 1926 foi-lhe atribuído o título de Sócio Benemérito, tendo sido ainda agraciado com a Medalha de Mérito e Dedicação em 1931 e com o Prémio Stromp na categoria Dedicação em 1967. Salazar Carreira, médico de profissão também foi jornalista e passou pelo Jornal Sporting, na altura ainda
denominado Boletim do Sporting, como director, tendo escrito, entre outras coisas, “Os dez mandamentos do Sportinguista”. Salazar Carreira deu muito ao Sporting CP, mas dedicou-se de corpo e alma a todo o desporto e essa dedicação levou ainda a ser presidente da Associação de Atletismo de Lisboa, da Federação Portuguesa de Atletismo, da Associação de Râguebi de Lisboa e da Federação Portuguesa de Futebol, inspector-geral dos Desportos, vice-presidente do Federação Internacional de Voleibol e a fazer parte do Comité Olímpico Português. Espírito culto, orador fluente e objectivo nas diversas línguas que dominava (francês, inglês, alemão, espanhol, italiano, entre outras) era sempre solicitado para falar em nome do desporto português, no país ou no exterior. Além dos títulos desportivos que foi coleccionando, como atleta, treinador e presidente, Salazar Carreira foi também agraciado pelo Governo da República com o Grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública, distinguido com a Ordem de Cristo e a Medalha de Mérito Desportivo pelo Governo português e recebeu ainda distinções em França, no Brasil e em Espanha. Foi justamente considerado uma das figuras máximas do firmamento atlético do Sporting CP, que serviu com dedicação, quase levada ao sacrifício, merecendo ser considerado como uma grande referência Leonina, quer como atleta, dirigente, dentro ou fora do Clube, vindo depois a falecer a 7 de Dezembro de 1974.
ANUNCIO_Jornal_SCP_25,3x33,5cm_29 Outubro.pdf 1 23/10/2020 12:17:25
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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
TRIUNFO NOS AÇORES COM DIREITO A PÚBLICO NO PRIMEIRO JOGO DA ÉPOCA EM QUE OS LEÕES PUDERAM CONTAR COM O APOIO DOS ADEPTOS, O CD SANTA CLARA FOI A VÍTIMA NA ESTREIA DE PEDRO GONÇALVES A MARCAR DE LEÃO AO PEITO COM UM BIS Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl
Apostado em voltar aos bons resultados depois do empate no clássico diante do FC Porto, o Sporting CP foi aos Açores
derrotar a grande surpresa da presente edição da Liga NOS, o CD Santa Clara, vencendo os insulares por 1-2. Num encontro em que os Leões foram quase sempre
superiores e coroaram o triunfo com mais uma boa exibição, a figura em maior destaque do lado do conjunto verde e branco foi Pedro Gonçalves, reforço para esta
Os Sportinguistas não quiseram faltar ao primeiro jogo aberto aos adeptos
RÚBEN AMORIM: “FOI UM JOGO DE SENTIDO ÚNICO”
Pedro Gonçalves foi a grande figura do encontro
PEDRO GONÇALVES: “ESPERO CONTINUAR A DAR FRUTOS À EQUIPA” Depois de ajudar a equipa ao assinar um bis, Pedro Gonçalves preferiu, ainda assim, destacar o trabalho colectivo dos Leões. “Espero continuar a dar frutos à equipa, foram mais três pontos, que é o mais importante. É um triunfo importante num campo muito complicado, conseguimos três pontos e era esse o objectivo”, começou
por dizer na flash interview à Sport TV. “O terreno esteve complicado, até porque começou a ficar pesado com o desenrolar do jogo. Tentamos sempre jogar um futebol bonito e apoiado, muitas vezes não é possível, como no segundo golo, quando procurámos as costas do adversário”, concluiu.
No rescaldo do encontro, Rúben Amorim mostrou-se muito satisfeito com o triunfo, deixando fortes elogios à actuação dos seus pupilos. “Foi um jogo de sentido único. Estivemos muito bem na primeira parte, com uma boa dinâmica. Tivemos várias oportunidades para fazer o golo e depois, mais uma vez no fim da primeira parte, tal como já tinha acontecido com o FC Porto e quando já tínhamos o jogo controlado, sofremos o golo. Nesse aspecto, uma equipa jovem como esta podia ressentir-se mais, mas não”, começou por dizer. “Na segunda parte foi igualmente o Sporting CP a querer ganhar o jogo, embora em certos momentos sem a qualidade do primeiro tempo. O CD Santa Clara também baixou ainda mais a sua linha. Os jogadores que entraram estiveram bem, deram muita força à equipa. Estão todos de parabéns”, referiu, afirmando que também Pedro Gonçalves, Matheus
Nunes, Nuno Mendes e Nuno Santos “têm feito um excelente trabalho”. Por fim, Rúben Amorim considerou que o segredo da vitória esteve, mais uma vez, “na união do grupo e na forma como os jogadores encararam cada lance”. “Fomos muito fortes nas transições, o CD Santa Clara queria sair e não conseguia, só com bolas muito bombeadas para as quais os nossos defesas estavam preparados. O Matheus Nunes fez uma grande primeira parte, o Palhinha é o jogador que nos faltava – a forma como ele mantém o jogo no meio‑campo adversário por ser o primeiro a reagir à perda de bola é muito importante. Depois veio o João Mário, com a sua qualidade, a substituir o Matheus quando este já estava cansado e tinha menos espaço para fazer as suas aberturas. Depois tivemos mais bola e demos o último impulso para chegarmos à vitória”, referiu.
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época que assinou um bis e contribuiu de forma decisiva para a vitória Leonina. Ao fim de quatro jogos oficiais, o médio de 22 anos estreou-se a facturar de Leão ao peito ainda na primeira parte, quando o relógio marcava 20 minutos, repetindo depois o feito já nos instantes finais da segunda metade. De referir que, apesar de Pedro Gonçalves ser destro, ambos os golos foram apontados de pé esquerdo, com o jovem a revelar uma eficácia de 100% na hora de atirar à baliza. Este foi o segundo bis do jogador verde e branco no mês de Outubro – o primeiro de sempre enquanto sénior ao serviço de um Clube –, depois dos dois golos apontados ao serviço da selecção portuguesa de sub‑21 contra Gibraltar. Tendo em conta estes números, e o facto de o jovem ter herdado
Os festejos do golo da vitória, aos 81 minutos
a camisola número 28, que pertenceu a goleadores como Cristiano Ronaldo ou, mais recentemente, Bas Dost, os sete golos apontados pelo médio em 2019/2020 poderão facilmente ser ultrapassados no decorrer da presente temporada. O segundo destaque do encontro foi o facto de os Leões terem contado, pela primeira vez nesta época, com
o apoio dos Sportinguistas nas bancadas. Apesar de em menor número – e com distanciamento por questões de segurança – os adeptos Leoninos não se deixaram intimidar e puxaram pela equipa durante toda a partida, ajudando os Leões a garantir mais uma vitória. “Sendo em nossa casa ou não, como é bom jogar com adeptos”, enalteceu João Palhinha após o apito final.
Zouhair Feddal já leva duas assistências na Liga NOS
24 de Outubro de 2020 | Liga NOS – 5.ª jornada | Estádio de São Miguel, Açores
CD SANTA CLARA Thiago Santana (42’)
1-2 (1-1 ao intervalo)
SPORTING CP Pedro Gonçalves (20’, 81’)
Sporting CP: Antonio Adán [GR], Pedro Porro, Zouhair Feddal, Sebastián Coates [C], Luís Neto (56’, Andraž Šporar), Nuno Mendes, João Palhinha, Pedro Gonçalves, Matheus Nunes (65’, João Mário), Nuno Santos (88’, Gonçalo Inácio), Jovane Cabral (56’, Tiago Tomás). Treinador: Rúben Amorim. Suplentes não utilizados: Luís Maximiano [GR], Cristián Borja, Daniel Bragança, Gonzalo Plata, Joelson Fernandes. Disciplina: cartão amarelo para Sebastián Coates (90+3’).
Matheus Nunes esteve em bom plano e mereceu elogios de Rúben Amorim
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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
REGRESSO A ALVALADE O CD TONDELA, EQUIPA QUE CONQUISTOU OS PRIMEIROS TRÊS PONTOS NA ÚLTIMA JORNADA, É O PRÓXIMO ADVERSÁRIO DOS LEÕES NA LIGA NOS, NUM JOGO AGENDADO PARA AS 20H00 DE DOMINGO Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl
A Liga NOS não dá tréguas e o Sporting CP volta a entrar em acção já no próximo domingo, no Estádio José Alvalade, para defrontar o CD Tondela, em jogo referente à sexta jornada da competição. Liderados pelo espanhol Pako Ayestarán, os beirões ocupam actualmente o décimo segundo lugar da tabela, com um registo de duas derrotas, dois empates e uma vitória, além de quatro golos marcados e oito sofridos. Curiosamente, o único triunfo aconteceu na última ronda, diante do Portimonense SC, num jogo que os tondelenses venceram pela margem mínima e no qual puderam contar, pela primeira vez esta época, com a presença de público nas bancadas. Contando com Rafael Barbosa, ex-Leão, nas suas fileiras, a equipa do distrito de Viseu chega a Alvalade desfalcada devido à mais que provável ausência do avançado Rúben Fonseca, jogador que está infectado com COVID-19 e não deverá recuperar a tempo de ser incluído nas contas. Yohan Tavares, Ricardo Alves, Mário González e Souley Anne são
os restantes nomes ainda em dúvida. Relativamente ao Sporting CP, a equipa orientada por Rúben Amorim chega a este encontro já com o calendário acertado depois de ter recebido, na quarta-feira, o Gil Vicente FC, em jogo atrasado da primeira jornada (que se realizou já depois da hora de fecho desta edição). Para o encontro de domingo, o treinador verde e branco já deverá poder contar com o recém-recuperado Eduardo Quaresma, defesa-central que estava a contas com uma fractura na zona lombar mas que, na quarta-feira, treinou sob vigilância médica. Em sentido contrário, Bruno Tabata e Antunes estão ainda em dúvida e poderão não estar aptos a tempo de ser opção para a equipa técnica. Quanto ao histórico de confrontos entre as duas equipas, o Sporting CP leva vantagem com cinco triunfos, três empates e duas derrotas, vencendo também na diferença de golos: 17 marcados contra dez sofridos. Na época passada, por exemplo, os Leões derrotaram o CD Tondela em Alvalade por 0-2, com Jovane
Cabral e Andraž Šporar a marcarem os golos da vitória. Curiosamente, esse foi
também o dia em que Jérémy Mathieu vestiu, pela última vez, a listada verde e branca.
Matheus Nunes tem sido um dos jogadores em destaque nos últimos encontros
ÚLTIMO ONZE DO CD TONDELA Pedro Trigueira Jhon Murillo
Filipe Enzo Yohan Ferreira Martínez Tavares
Rafael Barbosa
João Pedro
Salvador Agra
Mansur Khacef
Jaume Grau Tomislav Strkalj
A recepção ao CD Tondela da época passada foi o último jogo de Jérémy Mathieu de Leão ao peito
Fora esta última questão, esperemos que tudo o resto – ou seja, a vitória – se repita.
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OPINIÃO
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
OS MANDAMENTOS DO SPORTING CP
Miguel Braga
Fará em 2024, 100 anos desde que Salazar Carreira escreveu os dez mandamentos do Sporting Clube de Portugal. Figura ímpar do Clube e do desporto português, foi responsável, entre outros feitos que poderá ler na página quatro do nosso Jornal, pelas listas que fazem parte do ADN da nossa camisola. Compreender os desejos de Salazar Carreira, é compreender a forma como desde a nossa fundação o Clube tem sido vivido e projectado por aqueles que o transformaram naquilo que ele é: “um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa”. 1.º Ostenta sempre na lapela o emblema do Sporting como afirmação concreta das tuas aspirações desportivas; 2.º Presta ao teu Clube o teu auxílio desportivo sempre que ele to exija. Seja qual for o teu mérito não tens o direito de o regatear; 3.º Quando envergares a camisola verde e branca lembra-te que a colectividade te honra, distinguindo-te como seu representante. Faz, portanto, quanto possas para merecer a distinção conferida;
4.º Nunca digas mal do que não possas fazer melhor; a crítica é fácil, mas prejudica quando imerecida e perdes o direito moral de falar se não puderes realizar aquilo que amesquinhas; 5.º Lembra-te que Directores são sete e coisas a dirigir mais que mil; exige àqueles o cumprimento do dever, mas moral e praticamente presta o teu incondicional apoio a quem trabalha para o bem de uma coisa que é tanto tua como sua; 6.º Nunca em público amesquinhes os actos de quem represente o teu Clube; roupa suja lava-se em família e o teu dever é criar em toda a parte, pelas tuas palavras e pelos teus actos, um ambiente favorável ao Sporting, enaltecendo-o; 7.º Cada novo Sócio que proponhas é um elo mais que acrescentas à cadeia poderosa do Sporting: quanto mais forem os amigos menos incomodam os inimigos; 8.º Quando o Sporting disputa a vitória em campo, o teu silêncio é um crime; nunca insultes o adversário, mas incita os teus fazendo-lhes sentir o apoio moral da tua presença; 9.º Mesmo nos transes mais dolorosos conserva inabalável a fé nos destinos do Clube. O Sporting não pode retrogradar porque por ele pulsam em todo Portugal alguns milhares de corações; 10.º Quando os homens do Sporting triunfam em qualquer competição dizes sorridente: “Ganhámos!” Pelo teu procedimento justifica a palavra. Foram escritos há quase 100 anos, mas conservam em si os desígnios do nosso Clube. Que nos sirvam de exemplo.
MATHEUS NUNES RENOVA CONTRATO MÉDIO DE 22 ANOS FICA LIGADO AO SPORTING CP ATÉ 2025 COM UMA CLÁUSULA DE RESCISÃO DE 60 MILHÕES DE EUROS
Matheus Nunes chegou ao Sporting CP a meio da temporada 2018/2019
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl
Matheus Nunes vai continuar a vestir de verde e branco. O médio de 22 anos renovou esta terça-feira contrato com o Sporting Clube de Portugal até 2025, ficando com uma cláusula de rescisão cifrada em 60 milhões de euros. “É um orgulho imenso. Trabalhei durante toda a minha vida para chegar a este momento, com a ajuda dos meus pais e das pessoas à minha volta. Nunca desisti, houve momentos muito difíceis, como toda a gente tem, mas acho que a minha persistência vai valendo a pena à medida que o tempo passa”, começou por dizer o atleta Leonino. Formado no GDU Ericeirense, Matheus Nunes transferiu-se para o GD Estoril Praia no início de 2018/2019, tendo representado a equipa sub-23 canarinha durante a primeira metade da época. Depois,
ingressou no emblema de Alvalade na janela de mercado de Inverno, passando a integrar o plantel sub-23 verde e branco. Já em 2019/2020, Rúben Amorim promoveu a sua subida ao plantel principal. “O trabalho não é só meu, também é dos meus colegas. Foi a oportunidade que o míster me deu e o facto de eu ter aproveitado no momento certo, sempre com a minha família a apoiar-me, tal como os meus amigos. Acho que [o segredo da renovação] é um
conjunto de coisas ao mesmo tempo, não é só o facto de jogar bem e corresponder às expectativas”, considerou. Por fim, o médio revelou que não acreditava atingir este momento tão rapidamente, mas apontou já aos objectivos futuros. “Treinar, jogar o máximo de jogos possível, ajudar a equipa a atingir objectivos e, se possível, ganhar muitos títulos pelo Sporting CP”, rematou, prometendo “dar tudo pelos adeptos e pelo Clube”.
BILHETE DE IDENTIDADE Nome: Matheus Luiz Nunes Data de Nascimento: 27 de Agosto de 1998 (22 anos) Nacionalidade: luso-brasileira Posição: médio Clubes anteriores: GDU Ericeirense e GD Estoril Praia
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FUTEBOL EQUIPA B
GOLEADA NO DÉRBI LISBOETA LEÕES DERROTARAM A B SAD B POR 4-1 E CONTINUAM SEM SOMAR QUALQUER DERROTA NO CAMPEONATO DE PORTUGAL Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão
A equipa B do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, a B SAD B por 4-1, em jogo referente à quarta jornada da série G do Campeonato de Portugal. Após o empate na ronda anterior diante do Oriental Dragon FC, Filipe Celikkaya promoveu as entradas de Loide Augusto e Tomás Silva no onze inicial, escolha que se revelou acertada logo nos primeiros minutos, com o médio de 21 anos a ficar muito perto de inaugurar o marcador no seguimento de uma bela jogada de entendimento com Bruno Paz. Na sequência desse lance, os
Leões fizeram mesmo o 1-0, da autoria de João Ricciulli. Depois de um pontapé de canto batido com conta, peso e medida pelo holandês Mees de Wit, o defesa verde e branco antecipou-se aos adversários e, já de costas para a baliza, cabeceou para o para o fundo das redes. Grande golo – o primeiro do central guineense esta época – a abrir o placard. Numa tarde que contou com a presença de alguma chuva, a meio do primeiro tempo Joelson Fernandes ficou perto de aumentar a vantagem através de um remate de fora da área, mas viria a ser a B SAD B a empatar, instantes depois, num lance de insistência. Ao fim de quatro encontros, este
O momento do golo apontado por Joelson Fernandes
Os Leões sofreram o primeiro golo ao fim de quatro jogos
foi o primeiro golo sofrido pelo Sporting CP no Campeonato de Portugal. Em cima do minuto 40, e já depois de dois novos avisos por parte da B SAD B, Pedro Marques foi lançado em contra-ataque por João Silva, percorreu todo o meio-campo adversário e, já dentro da grande área, rematou de pé esquerdo para o 2-1. Bom golo dos Leões, o segundo na conta pessoal do avançado esta época, que fechou assim o resultado ao intervalo. No regresso para a segunda parte, o capitão Bruno Paz foi o primeiro a criar perigo, já em cima do minuto 60, mas o 3-1 contou com a autoria de Joelson
25 de Outubro de 2020 | Campeonato de Portugal – Série G – 4.ª jornada Estádio Aurélio Pereira
SPORTING CP João Ricciulli (11’) Pedro Marques (40’) Joelson Fernandes (61’) Nuno Moreira (66’)
4-1 (2-1 ao intervalo)
B SAD B Edgar Pacheco (29’)
Sporting CP: André Paulo [GR], João Silva, João Ricciulli, Edu Pinheiro, Tomás Silva (86’, Rodrigo Fernandes), Bruno Paz [C], Pedro Marques (86’, Tiago Rodrigues), Loide Augusto, Mees de Wit, Nuno Moreira (73’, Geny Catamo), Joelson Fernandes (79’, Marco Túlio). Treinador: Filipe Celikkaya. Suplentes não utilizados: Gonçalo Filipe [GR], Chico Lamba, Diogo Brás. Disciplina: cartão amarelo para Mees de Wit (90’).
Fernandes, jovem de apenas 17 anos que, no dia anterior, não tinha saído do banco de suplentes frente ao CD Santa Clara. Depois de contemporizar
à entrada da área, Pedro Marques encontrou o colega em boa posição e ofereceu-lhe a bola, com o extremo a não falhar no frente a frente com o guarda-redes e a aumentar a vantagem verde e branca. Pouco depois, chegou o quarto e último golo da contagem. Após um passe de Loide Augusto, Tomás Silva, que vinha sendo dos melhores em campo, trabalhou bem do lado direito do ataque e a assistiu na perfeição Nuno Moreira que, à boca da baliza, confirmou mais uma estreia a marcar esta época. Feitas as contas, o Sporting CP alcançou a terceira vitória em quatro jogos no Campeonato de Portugal, somando sete golos marcados e apenas um sofrido. Na próxima jornada, os Leões deslocam-se a casa do CO Montijo no dia 1 de Novembro.
FILIPE CELIKKAYA: “ESTAMOS MUITO CONTENTES COM A VITÓRIA” Após a partida, o treinador da equipa B do Sporting CP, Filipe Celikkaya, mostrouse bastante agradado com a prestação dos seus jogadores. “Estamos neste processo de evolução que dá muito trabalho e temos de felicitar estes jovens por aquilo que fizeram aqui, que foi bastante positivo, até pela forma como se entregaram ao jogo e se dedicaram. Estamos muito contentes com a vitória, mas mais ainda por isto ser o reflexo daquilo que eles têm feito”, começou por dizer, enaltecendo depois o trabalho desenvolvido pelo plantel. “Estamos focados no trabalho e isso reflecte-se no dia-a-dia, na união e no espírito de grupo que estamos a criar. Estamos
todos a remar para o mesmo lado porque eles têm ambições idênticas e querem chegar a patamares muito elevados. Isso dá muito trabalho, é necessário muito sacrifício da parte deles, mas é um caminho que eles têm de percorrer e têm de percorrê-lo competindo”, rematou. Por fim, Filipe Celikkaya deixou elogios ao arranque de temporada dos Leões, mas lembrou que é preciso ter cautela. “É uma excelente entrada, mas com os pés bem assentes no chão. A pensar na evolução e nos comportamentos e competências que cada um tem de adquirir. Mas sim, com muita alegria a jogar e com muita paixão, que é o motor de tudo”, concluiu.
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FUTEBOL FORMAÇÃO
DEPOIS DA ACADEMIA, A VEZ DO PÓLO EUL O ESPAÇO SOFREU ALGUMAS MELHORIAS NAS ÚLTIMAS SEMANAS – QUE VÃO CONTINUAR NOS PRÓXIMOS MESES –, DE FORMA A PROPORCIONAR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO AOS JOVENS ATLETAS QUE ENTRAM NO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL ENTRE OS SEIS E OS 13 ANOS. O ESPAÇO É FUNDAMENTAL PARA A FORMAÇÃO DE JOVENS JOGADORES E MUITOS DOS QUE JÁ CHEGARAM À EQUIPA PRINCIPAL COMEÇARAM PRECISAMENTE ALI Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl
Um dos principais objectivos da Direcção de Frederico Varandas neste mandato, iniciado em Setembro de 2018, foi a renovação dos espaços onde trabalha o futebol de formação do Sporting Clube de Portugal, tanto masculino como feminino. Isto porque melhorar e dinamizar estes locais não só permite criar melhores condições de trabalho para atingir o sucesso, como também atrair novos valores uma vez que as condições desactualizadas e deterioradas podem sempre ser um ponto negativo na escolha entre um clube e outro. Por isso, depois de renovada – num trabalho que, na realidade, é continuo – a Academia Sporting, em Alcochete, que brevemente terá o nome de Academia Cristiano Ronaldo, foi a vez de renovar o Pólo EUL (Estádio Universitário de Lisboa), um espaço do qual não se fala tanto, mas que é, sem dúvida, fundamental para a formação. É ali, há quase 15 anos, que o Sporting CP recebe os jovens jogadores entre os seis e os 13 anos e que os começa a formar, num caminho que segue por
Secretaria (antes e depois)
Alcochete e que, obviamente, se pretende que termine em Alvalade – curiosamente, a vista que essas crianças têm a cada treino. E nestes muitos anos em que o Pólo EUL tem sido, na maior parte das vezes, o primeiro local de trabalho dos jovens jogadores no Clube, o espaço nunca sofreu alterações nas instalações e, por isso, era visível o desgaste das mesmas e a falta de condições, assim como a carência de espaços e materiais mais modernos e capazes de corresponder às exigências. Essa reabilitação começou há poucas semanas e continuará nos próximos meses, sendo já bem visível o trabalho que foi feito na sede do Pólo EUL, onde se situam os gabinetes de trabalho dos profissionais ali destacados, dos treinadores, dos psicólogos e o departamento médico. O Jornal Sporting visitou as instalações no início desta semana, na companhia do presidente Frederico Varandas, do administrador da SAD André Bernardo e do director da formação Tomaz Morais, e mostra-lhe agora o antes e o depois das alterações que já foram feitas.
Departamento médico (antes)
Departamento médico, abriu-se espaço para criar zona reabilitação (depois)
Entrada da sede (antes e depois)
Gabinete de psicologia (antes e depois)
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“UMA DAS NOSSAS GRANDES MISSÕES ESTÁ CONCLUÍDA” O presidente Frederico Varandas guiou o Jornal Sporting na visita à requalificada sede do Pólo EUL, mostrando os novos cantos “da casa” e manifestando-se orgulhoso com o projecto, uma vez
que se recorda de como eram as instalações no tempo em que as frequentou na qualidade de médico do Clube. “Este não é apenas um investimento no Pólo EUL, mas sim no futuro do Sporting Clube de Portugal e, por isso, posso dizer que uma das grandes missões deste mandato está concluída. Queríamos melhorar as instalações – torná-las
modernas e adequadas à grandeza e exigência do Sporting CP –, e recuperar a formação”, começou por dizer, referindo: “Hoje temos equipas de formação desde os seis anos até à equipa B, que recuperámos este ano, e isso é importante, não só porque a formação é algo que diz muito a todos os Sportinguistas, mas porque nos garante o futuro e a sustentabilidade do Clube”.
“HOJE A NOSSA FORMAÇÃO ESTÁ AO NÍVEL DAS MELHORES DO MUNDO” “Muitas das vezes, este é um trabalho invisível para a maior parte dos Sócios e, provavelmente, é um trabalho que não dá votos, mas é o trabalho que nos interessa”, referiu.
A actual sala de reuniões Sala de discussão técnica e formações (antes)
Zona de trabalho dos treinadores (antes)
Sala de discussão técnica e formações (depois)
Zona de trabalho dos treinadores (depois)
Nesse sentido, o presidente verde e branco deixou um recado aos Sportinguistas: “Podem estar descansados porque hoje a nossa formação está ao nível das melhores do Mundo. Houve um grande investimento em infra-estruturas e em recursos humanos e estamos a aproveitar e a segurar as nossas pérolas”.
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FUTEBOL FORMAÇÃO
DO PÓLO EUL AO SONHO QUE ESTÁ “LOGO” ALI À FRENTE… Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl e arquivo Pólo EUL
EQUIPA PRINCIPAL (7)
EQUIPA B (9)
Daniel Bragança
Bernardo Sousa
Eduardo Quaresma Gonçalo Inácio Nuno Mendes Rafael Camacho Rodrigo Fernandes Tiago Tomás
Bruno Paz Bruno Tavares Diogo Brás Elves Baldé João Oliveira Joelson Fernandes Nuno Moreira Tómas Silva
O PASSADO E O PRESENTE
A Academia Sporting, em Alcochete, é o quartel-general do futebol de formação do Sporting Clube de Portugal, mas não é ali que tudo começa. Com escolas de formação espalhadas por todo o país, é em Lisboa, e com vista para o Estádio José Alvalade, que se encontra o espaço mais importante de todo o processo. O Pólo EUL, que acolhe na sua maioria jogadores da região de Lisboa e outros talentos que têm de deixar muito cedo as famílias e os locais onde nasceram em busca de um sonho, foi o lugar onde começaram vários jogadores que actualmente jogam nas equipas seniores do Sporting CP. No total, ao dia de hoje, são 32: sete na equipa principal, nove na B e 16 na equipa sub-23. Nesse sentido, percebe-se, como já referido, a importância que o Pólo EUL, como ponto de partida para grande parte dos jogadores que entram depois na Academia Sporting, tem tido no processo formativo do Sporting CP, não só na formação de atletas como de homens. Isto porque, apesar da distância física para o quartel-general, é ali que os jovens jogadores
começam a envolver-se com os valores do Sporting CP e é ali também que o Clube lhes consegue desde logo proporcionar, além de todas as condições para o desenvolvimento desportivo, um ambiente familiar e particular, tão diferenciado e marcante. Há vários anos que o Pólo EUL se distingue por essa mesma particularidade e tem conseguido captar novos valores, tanto a nível de jogadores, como de jovens treinadores, que já estão a vingar nos escalões posteriores e a alto nível e que são, claramente, a base do futuro. Recentemente, por exemplo, o Jornal Sporting fez uma reportagem sobre Nuno Mendes na qual deu voz a António Vicente, um dos funcionários que mais o ajudou nessa fase, comprovando, também nas palavras do jogador, que essa relação que começou no Pólo EUL, como tantas outras com outros tantos protagonistas, ainda hoje se mantém com respeito e reconhecimento, só possível pelo trabalho que ali se faz e, sobretudo, pela forma como se faz esse mesmo trabalho.
Eduardo Quaresma
Tomás Silva
Tiago Ferreira
SUB-23 (16) Carlos Silva Chico Lamba Danilo Luís Daniel Rodrigues Duarte Carvalho Gonçalo Batalha Gonçalo Costa Hevertton Lucas Dias Miguel Menino Rafael Fernandes Rodrigo Rêgo Rui Reis Tiago Ferreira Tiago Santos Vasco Gaspar
AF SPORTING NOVOS EQUIPAMENTOS 3F JORNAL SCP 4EQUIP.pdf
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26/10/2020
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EQUIPAMENTOS OFICIAIS 20/21 À VENDA NA LOJA VERDE
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ENTREVISTA FILIPE VEDOR
“É IMPORTANTE QUE TENHAMOS INSTALAÇÕES CONDIZENTES COM A IDENTIDADE E A GRANDEZA DO CLUBE” Filipe Vedor trabalha no Pólo EUL há oito anos e assumiu a direcção do mesmo há cerca de ano e meio. O director liderou a nova reformulação do espaço e também comandou agora a resposta aos novos desafios impostos pela pandemia e que têm afastado os jovens jogadores da competição. À conversa com o Jornal Sporting, Filipe Vedor falou sobre estes temas, mostrando-se confiante quanto ao futuro Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl A sede do pólo EUL tem desde há pouco tempo uma “cara” nova e melhores condições de trabalho. Para muitos pode ser algo insignificante, mas era importante fazer estas intervenções, não era? Claro que sim. É importante que tenhamos instalações condizentes com a identidade e a grandeza do Clube e que reflictam o trabalho de qualidade que se faz no Sporting CP, em particular na formação, e que também consigam atrair e proporcionar melhores condições aos nossos jogadores. É no Pólo EUL que se faz o primeiro contacto com o futebol e com o Sporting CP e onde nasce o sonho de ser jogador de futebol e de jogar no Clube. Para além das mudanças que são visíveis, houve tempo para outras? Conceptualmente, houve, ao longo do último ano e meio, naquilo que é o modelo centrado no jogador e que vai sendo melhorado. O nosso projecto desportivo está completamente adaptado às faixas etárias que nós temos, é feito de forma gradual e mantém a identidade daquilo que é feito na Academia Sporting. E esse trabalho e a adaptação a esse trabalho, apresenta melhorias à medida que maturamos a ideia daquilo que é mais importante para o desenvolvimento da criança, do estudante e do atleta.
Ainda assim, a pandemia veio alterar algumas ideias e forçar a uma nova realidade. O que fizeram durante este tempo de ausência? Aproveitámo-lo para reflectir internamente e orientar a reflexão para aquilo em que podíamos evoluir, num momento em que não havia competição, assim como reajustar e actualizar o trabalho que esta nova realidade nos exige. E que trabalho, em termos de futebol e formação, é que se fez aqui durante os últimos meses? Foi um trabalho intensivo, mas feito de forma gradual. Na primeira fase, na do confinamento obrigatório, o contacto foi meramente digital com formações e actividades via plataforma Zoom. Trabalhou-se essencialmente no modelo centrado no jogador, como evoluir o mesmo e a integração de todas as áreas de suporte no processo do jogador. Na segunda fase, já com a ideia em andamento, fizemos um trabalho de prevenção de cenários, do pessimista, moderado ao optimista. Assim, mesmo sem sabermos quais seriam as deliberações sobre o futuro do futebol de formação, já tínhamos todos os cenários previstos, todos com a mesma garantia: não iriamos nunca sobrepor a saúde pública à vontade de voltar.
“OS TREINOS TÊM CORRIDO BEM E SIDO REALIZADOS SOB TODAS AS NORMAS” No entanto, num espaço com cerca de 150 crianças, e onde dobra o número de pais, as reacções serão muitas e diferentes. Como é que os jovens jogadores e os pais têm reagido a tudo isto? De forma expectante. A etapa zero do início da época cingiu-se exclusivamente ao treino pela plataforma Zoom, desenhado para que eles se pudessem desafiar a eles próprios, tendo em vista o regresso progressivo aos treinos e os pais foram fundamentais nesse processo. Nesse sentido, aproveitámos também este tempo para formalizar cada vez mais os processos e a comunicação, por via digital, garantindo a proximidade que nos é característica, mas sem o contacto pessoal. Agora já existe maior contacto, uma vez que os treinos já são presenciais, mas esse trabalho tem sido feito sob todas as regras da Direcção-geral da Saúde (DGS)… Claro, como já referi, a saúde esteve e está sempre em primeiro lugar. Os treinos têm corrido bem e sido realizados sob todas as normas e seguidos com todo o rigor,
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distanciamento e adaptados à nova realidade. Neste momento, temos o dever de estar integrados dentro de um problema de saúde pública, contribuindo para que a solução não prejudique nenhum dos envolvidos no processo formativo e formalizámos um plano de contingência que garante o controlo do maior número de factores possíveis.
foco exclusivo nas acções individuais do atleta e como a ausência de competição limita os estímulos ao nível da motricidade infantil, decidimos criar esse estímulo em treino, com um novo modelo de intervenção da Unidade de Performance. Criaremos sempre soluções com o foco a estar sempre nos nossos atletas.
“TRABALHAMOS SEMPRE COM O OBJECTIVO DE SERMOS OS MELHORES INDEPENDENTEMENTE DO CONTEXTO”
E os miúdos, agora que regressaram aos treinos, estão ansiosos por voltar a competir? Estão, e esse sentimento é extensível também aos treinadores e demais profissionais. Há uma vontade muito grande de voltar a competir, de voltar ao estímulo do jogo e à vivacidade da competição, mas por agora sabemos que não será possível.
Apesar dessas adaptações, não teme que esta longa paragem prejudique o projecto do Sporting CP? Como já disse, isto obrigou-nos à criação de novas estratégias de intervenção, de criatividade naquilo que é a aquisição de ferramentas em treino e na identidade Sporting CP. É, portanto, uma alternativa e nunca um contexto ideal, mas trabalhamos sempre com o objectivo de sermos os melhores independentemente do contexto.
Ainda assim, uma vez que os escalões profissionais já competem, e ainda que o número de infectados tenha vindo a subir consideravelmente, não acha que já está na altura de os jovens voltarem a competir? Isso é algo que não podemos ser nós a decidir, mas temos estado por dentro da intenção de retorno à prática desportiva sem limitações, que tem sido sede de discussão entre a Federação Portuguesa de Futebol e a DGS. O certo é que o desenvolvimento para o alto rendimento obedece a várias fases e, sem competição, essas fases ficam comprometidas com consequências já no curto prazo.
atletas, que por sua vez limita ou põe em causa a sustentabilidade de clubes e que consequentemente aumentará a taxa de abandono e a sua consequência para o futuro do futebol. É um ciclo que só se inverte com a abertura responsável da competição.
(…) O desporto sénior já tem competição autorizada e aguardamos que o alicerce e “fonte de alimento” desse mesmo futebol possa competir sem limitações. É um trabalho sinérgico que está interrompido, que limita a evolução dos
E como é que acha que o Sporting CP pode dar a volta a esse impacto na evolução dos jogadores? Adaptando o contexto ao nosso modelo centrado no jogador. Como o treino pressupõe o não contacto, criámos o departamento de desenvolvimento individual com
Sendo assim, com maiores ou menores desafios, o Pólo EUL irá manter a importância que tem no processo de formação do Sporting CP? Claro! O coração do futebol de formação do Clube é aqui e acredito que continuará a ser, como comprovam os atletas formados no Sporting CP que começaram aqui e que agora estão na equipa principal. Isso é sinal de um trabalho que tem sido bem desenvolvido há muitos anos e que hoje temos a responsabilidade de o desenvolver ainda melhor, dentro deste “novo normal”. É um desafio que estamos convictos de que vamos ser capazes de superar e que irá dar bons frutos a médio/longo prazo na equipa principal.
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ENTREVISTA DIOGO TEIXEIRA
“O REGRESSO TERÁ DE SER FEITO DE FORMA GRADUAL” O Pólo EUL voltou a ganhar nova vida nas últimas semanas com o regresso aos treinos do futebol de formação do Sporting CP, depois de sete meses de paragem forçada devido à pandemia. O trabalho regressou após a permissão da DGS e depois de algumas readaptações que o coordenador dos treinadores do Pólo EUL, Diogo Teixeira, contou ao Jornal Sporting Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl Estamos perante uma nova realidade, que se arrasta há meses e que permitiu recentemente um regresso, ainda que condicionado, ao trabalho. Como é que foi o trabalho dos jovens jogadores do Pólo EUL nos últimos tempos? Houve três momentos distintos. No primeiro, o trabalho foi feito através de tarefas/desafios realizados pela plataforma Zoom. O segundo foi marcado pelas férias, mas em que os escalões mais velhos tiveram de cumprir um programa de desenvolvimento funcional e técnico. E, finalmente, o regresso em que começámos por adaptar todo o nosso processo de treino ao treino virtual, em que criámos estímulos competitivos aos miúdos, e agora já estamos a treinar no Pólo EUL.
Setembro ficou marcado pelo regresso virtual e Outubro pelo regresso físico. Os miúdos regressaram muito diferentes? Muitos deles chegaram muito diferentes fisicamente, sim. Nestas idades eles mudam rápido e houve uns que chegaram dentro dos valores normais e outros não.
“DENTRO DAS LIMITAÇÕES, OS MIÚDOS ESTÃO A TRABALHAR COISAS QUE SÃO FUNDAMENTAIS PARA O SEU SUCESSO NO FUTURO”
Mas de certeza que regressaram todos cheios de vontade de voltar a estar em equipa e a trabalhar, não é? É verdade, sim. Chegaram eufóricos, pois foram cerca de sete meses sem treinar presencialmente e ao início não foi fácil perceberem que tinha de ser um regresso feito com um programa adaptado e sem contacto físico, baseado num programa completamente centrado no jogador e no seu desenvolvimento individual.
No treino via plataformas digitais, tiveram de contar com a colaboração dos pais, não foi? Sim, e o papel deles foi essencial e um suporte ao nosso trabalho. Sem eles tudo aquilo que conseguimos fazer não teria sido possível, sobretudo em Setembro. Por isso mesmo, tenho de lhes agradecer e dar os parabéns porque ajudaram os miúdos e a nós também.
E como é que reagiram ao facto de só virem treinar e não dar para competir ao fim-de-semana? Houve os que reagiram bem e os que não reagiram tão bem, mas houve reuniões de preparação e explicou-se muito bem, desde o início, aquilo que era possível fazer em cada etapa e aquilo que não era de todo possível e hoje em dia estão a perceber que o regresso tem sido positivo mesmo sem jogar.
Mesmo assim, os treinos são bem diferentes daquilo a que estavam habituados… São. Ainda que treinem no mesmo campo, consoante cada escalão, os jogadores trabalham de forma mais individualizada, numa espécie de caixa e com alguns limites para que não haja contacto entre eles. E o treino vai variando e com nuances diferentes consoante cada escalão, mas é focado em três aspectos fundamentais, a execução, a decisão e a interpretação, todos aliados a programas diversificados dos departamentos complementares ao treino, ministrados e definidos em articulação pelas equipas técnicas e o Gabinete de Optimização (Departamento de Desenvolvimento Individual, Gabinete de Observação e Análise, Unidade de Performance e Gabinete Psicopedagógico). Ou seja, temos dado passos sólidos e sustentados para podermos avançar com qualidade.
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E essa forma de trabalhar é benéfica para eles ou estão “só a passar o tempo”? Não, de todo. É benéfica na medida em que se estão a trabalhar aspectos que ao longo dos últimos anos se perderam com a evolução do treino. Neste momento, estamos a ir às ‘bases’ da base do treino, a cimentar a componente técnica e a dar muita repetição e correcção efectiva de acções técnicas, que também é muito importante para o desenvolvimento dos miúdos. Ou seja, dentro das limitações, os miúdos estão a trabalhar coisas que são fundamentais para o seu sucesso no futuro.
“PARAGEM? PREOCUPA-ME MAIS A QUESTÃO PSICOLÓGICA DO QUE A FÍSICA” Importa também perceber como é que os treinadores têm lidado com todas estas alterações. O papel deles também mudou e tiveram de se adaptar a esta nova realidade… Têm lidado bem, mas estão a sofrer tal e qual como os miúdos e quase todos os dias me perguntam quando é que poderemos avançar para outro tipo de metodologia mais adequada e adaptada à do Sporting CP, mas todos sabemos que por agora não será possível nem isso, nem competir. E o Diogo Teixeira, que trabalha há muitos anos no futebol de formação e é conhecedor das várias fases dos jogadores e do trabalho que tem e deve ser feito em cada escalão, não teme que esta paragem seja fisicamente prejudicial para eles?
Sinceramente preocupa-me mais a questão psicológica do que a física. A física, mais ano menos ano, consegue-se debelar com o programa de desenvolvimento definido pela Unidade de Performance, enquanto que tudo aquilo que tenha a ver com aspectos mentais será sempre muito mais difícil de controlar e prever. Cada caso é um caso, cada criança reage e se adapta de forma diferente, mas estamos atentos e a interagir com os pais para intervir por antecipação caso seja necessário. Todos os departamentos têm trabalho em prol do bem-estar dos jogadores, que passa muito por esse aspecto. No entanto, à imagem do que acontece com os seniores, não poderia ser possível regressar já? Isso cabe mais às autoridades competentes decidir. (…) Além disso, sabemos a gravidade da situação, seguimos todas as regras que a Direcção-geral da Saúde nos indica, cumprimos com a higienização das mãos, a medição da temperatura corporal e o distanciamento, mas temos visto que como sociedade sempre que avançamos nesses processos os focos de contaminação aparecem. Mas era importante que o regresso da competição acontecesse o mais rapidamente possível? Era, mas sabemos que todo o regresso terá de ser feito de forma gradual porque os miúdos não estarão preparados para a frustrações e, por exemplo, para viver “contra” alguém, porque estão há muito tempo sem oposição, e tudo isto tem de seguir uma sequência lógica. Todos queremos regressar, mas sabemos que tem de ser devagar.
E em que moldes é que acha que se poderia regressar à competição nestes escalões? Para ser sincero, nesta fase é muito difícil projectar como seria possível regressar, até porque a possibilidade de regressão é acentuada, dado os últimos números, mas teremos sempre de passar por algumas etapas – evolução nos treinos e jogos com número de atletas reduzido –, e nós no Sporting CP estamos a prepará-las, mas só iremos dar o passo seguinte quando for permitido. Estamos a preparar etapa a etapa e não nos interessa avançar rapidamente até porque este período de adaptação pode não ser suficiente para uma criança competir já. Foram muitos meses sem competição e os miúdos não estarão, naturalmente, preparados para competir.
“OBSERVAMOS VÁRIOS JOGADORES COM CAPACIDADE PARA CHEGAR À EQUIPA PRINCIPAL” Seja como for, o projecto do Pólo EUL não estará ameaçado com esta nova realidade? Sem dúvida que não. O nosso propósito continua a ser ajudá-los a melhorar de forma a chegarem longe e à equipa principal e, na realidade, observamos vários jogadores com essas capacidades. É verdade que estas gerações vão ter consequências desta paragem a longo prazo, sim, e ainda não sabemos quais, mas, como disse, estamos a debelar lacunas e a promover situações de treino que se perderam e, por isso, acredito que os jogadores que passaram por este momento vão ser mais fortes em diferentes áreas no futuro.
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OPINIÃO
MODALIDADES ANDEBOL
FUTEBOL... BANIDO POR BANDIDOS!!!
Tito Arantes Fontes
Estamos na ressaca do escândalo de arbitragem do último clássico, no qual o nosso Sporting CP foi espoliado de forma inenarrável por uma vergonhosa arbitragem do débil Luís Godinho “superiormente” comandado por um “ferrari” que dá pelo nome de Tiago Martins. Dois nomes para recordar! Desde logo porque ambos ainda têm muitos anos... não para “espalhar magia”, mas – muito pelo contrário e isso sim – para falsear as competições que apitam e prejudicar o SCP, o seu ódio de estimação! É bom, por isso, termos sempre presente os nomes de quem persiste em violar de modo flagrante a verdade desportiva! Assistimos igualmente no pós-jogo à articulada tentativa dos comentadores desportivos do costume em tentarem esforçadamente “limpar” e justificar os actos de lesa-SCP que foram praticados. Ignóbil! Em contraponto, algum comentário merece elogio, nomeadamente o daqueles que – analisando a justeza do penálti, a evidência da anterior justificada expulsão do Zaidu e a infâmia da ilegal intervenção – defenderam a seriedade da competição da Liga e a sua verdade desportiva! Bem esteve o presidente Frederico Varandas quando logo após o jogo com o FCP denunciou os “poderes bicolores” instituídos que defraudam e despudoradamente actuam, sempre em favor da mesma dupla, seja ela encarnada ou azul! Verde é que não é! Nem nunca foi! O chamado “papa” azul”
sentiu-se e – qual falsa virgem geriátrica – não gostou do que ouviu. Vai daí deu uma entrevista televisiva no decurso da qual se permitiu tecer comentários capciosos e falsos sobre a vida do SCP! Falou de assuntos e de matérias que só à massa associativa do SCP dizem respeito! Pelo meu lado é claro: não lhe admito a desfaçatez! Na idade dele há muitos que começam a arrepender-se do mal que fizeram... e há outros – como é notoriamente o caso – que insistem em não perceber que o seu tempo já foi, já passou... que já ninguém tem paciência para tanta indecência, para tanta “escuta”, para tanta desfaçatez! O mundo mudou, mas ele ainda não percebeu... Na sequência – e muito bem – o presidente do SCP disse, com coragem, com firmeza, o que há muito esse senhor deveria ter já ouvido: “um bandido é sempre um bandido”! É uma frase que fica para a história! Ao fim de décadas, temos finalmente um presidente que disse publicamente o que todos há muito dizemos entre nós! Obrigado, Frederico! Sucede que as “falsas e ingénuas carpideiras” do costume não gostaram... as mesmas carpideiras que há décadas toleram caladinhas todo o tipo de actuações e de desmandos comandados quer pelo “papa azul”, quer pelo seu homónimo “toupeira” de encarnado! A verdade é que esta gente tem de ser definitivamente desmascarada! Este futebol terceiro-mundista tem de terminar! Sob pena de termos um “futebol banido”... perdido... por culpa dos bandidos que há décadas o conspurcam e dele se alimentam!!!! VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!! P.S. – Bela vitória nos Açores! Amanhã com o Gil Vicente FC, em Alvalade, queremos outra [artigo escrito no dia anterior ao jogo]! E depois no domingo com o CD Tondela outra mais! Temos equipa!
E VÃO OITO! À OITAVA JORNADA, A EQUIPA DE ANDEBOL DO SPORTING CP CONTINUA SÓ COM VITÓRIAS NO CAMPEONATO. DESTA VEZ, A VÍTIMA FOI A AA MADEIRA SAD Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl
A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado sábado, a AA Madeira Andebol SAD por 28-34, em jogo referente à oitava jornada do Campeonato Placard Andebol I. Numa primeira parte com claro ascendente do lado Leonino, Frankis Carol foi a figura de destaque logo nos minutos iniciais ao marcar os primeiros três golos do Sporting CP. Contando ainda com Manuel Gaspar bastante inspirado entre os postes, o conjunto orientado por Rui Silva foi construindo uma vantagem confortável ao longo dos primeiros 30 minutos, chegando ao intervalo a vencer por 10-17. Na segunda parte, o jogo seguiu a mesma toada, com os Leões a levarem a melhor sobre os madeirenses e a vencerem por seis golos de diferença. Nota de destaque para Frankis Carol (sete), Carlos Ruesga (seis) e Pedro Valdés (cinco), que foram os melhores marcadores do Sporting CP e contribuíram de forma decisiva para a oitava vitória no mesmo número de jogos na competição. Dado que o encontro da segunda jornada da EHF European League, agendado para a passada terça-feira, diante do HT Tatran Prešov, foi adiado devido ao facto de alguns jogadores da equipa eslovaca estarem infectados com COVID-19, os Leões voltam a entrar em campo no dia 31 de Outubro, na recepção à AD Sanjoanense.
O capitão Frankis Carol foi o melhor marcador dos Leões com sete golos
RUI SILVA: “A EQUIPA TEVE UMA EXCELENTE PRESTAÇÃO” Após o triunfo, Rui Silva revelou ter gostado mais da exibição da sua equipa na primeira parte do que na segunda, não deixando, ainda assim, de enaltecer o trabalho desenvolvido pelos seus jogadores. “Foi uma vitória importante contra uma equipa que está a crescer e é muito bem organizada. Fizemos uma primeira parte muito bem conseguida, assertiva do ponto de vista defensivo e com o guarda-redes a ajudar. No ataque fizemos muito trabalho colectivo para encontrarmos soluções para marcar golo”, começou por dizer. “A segunda parte foi um bocado diferente. Também mexi um pouco na equipa e coloquei outros jogadores em campo. Perdemos muitos lances no um contra
um e sofremos muitos golos em transição da equipa adversária. Ainda assim, o mais importante neste caso era vencer e conseguimos”, referiu. Por fim, o técnico verde e branco deixou elogios aos seus pupilos e frisou que vai ser muito complicado levar de vencido o Sporting CP. “Continuo a achar que ainda temos uma margem de progressão muito grande. Não é num ano que se constrói uma equipa. Temos espírito de luta, entrega e perfil, acho que isso se viu diante do CS Dinamo București e neste jogo contra a AA Madeira Andebol SAD. A equipa teve uma excelente prestação e enquanto tivermos este espírito de luta e entrega, vai ser muito difícil ganharem-nos”.
24 de Outubro de 2020 | Campeonato Placard Andebol I – 8.ª jornada | Pavilhão Bartolomeu Perestrelo, Funchal
AM MADEIRA SAD GC
28 - 34
SPORTING CP
(10-17 ao intervalo)
Sporting CP: Manuel Gaspar [GR], Carlos Ruesga (6), Nuno Roque (2), Joel Ribeiro, Francisco Tavares (3), Arnaud Bingo (2), Darko Đukić (1), Théo Clarac (1), Dmytro Doroshchuk, Tiago Rocha (3), Pedro Valdés (5), Frankis Carol [C] (7), Salvador Salvador (2), Jens Schöngarth (2), Aljosa Cudic [GR]. Treinador: Rui Silva. Disciplina: dois minutos para Francisco Tavares, Darko Đukić, Jens Schöngarth (2)
Pag Jornal SCP Camisola Jordão.pdf
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MODALIDADES BASQUETEBOL
OPINIÃO
VENCER E CONVENCER
LENDAS
Juvenal Carvalho
A cada edição daquele que é o mais antigo jornal de clubes da Europa, é sempre com especial gula que leio a muito bem conseguida e sempre interessante, no sentido histórico, temática sobre as Lendas do Sporting Clube de Portugal. Sim, poucos clubes se podem orgulhar de ter tantas lendas, referências, ídolos, aquilo que cada um de nós lhes quisermos chamar, que fazem com que o símbolo do Leão rampante se orgulhe das suas figuras míticas, que fizeram com esforço, dedicação e devoção, a glória da história mais bela do desporto português. A variedade das nossas lendas é a prova provada não só da grandiosidade do Sporting CP, como da diversidade em forma de eclectismo. As lendas são obrigatoriamente atletas ou dirigentes com um passado que nos faz curvar perante eles. Nisto de escolher nomes é sempre difícil, pese o consenso que só o nome lenda acarreta. Sei pela História do SCP, que sempre a devorei a cada passo, de quase tudo, modalidade por modalidade. De nome por nome. Até por ordem
cronológica. Sou mesmo um consumidor compulsivo de tudo o que diga respeito aos 114 anos de uma História sem paralelo. As minhas lendas maiores serão para a eternidade os fundadores. Sim, aqueles que parecia arrojado, mas foi superiormente concretizado, nos quiseram grandes, tão grandes como os maiores da Europa. Foram eles – obrigado por tudo – que estiveram na génese de toda esta História. Uma História com inúmeras lendas de um Clube que tem um Museu de conquistas que orgulha e comove qualquer Sportinguista. Somos mesmo, como ouvi em tempos um Leão já entrado na idade dizer, um clube grande demais para um país tão pequeno. A mim, em criança, marcado pela geração de Vítor Damas, Manuel Fernandes, Rui Jordão, Carlos Lopes, Fernando Mamede, Joaquim Agostinho, António Livramento, eram sobretudo estes que me “forravam” as paredes do quarto. Eram eles as minhas referências, ídolos, lendas, o que for que lhes quisermos chamar. Esta semana, no nosso jornal, a lenda é Salazar Carreira. E que Leão imenso ele foi. Daqueles que ler o que representou é simplesmente arrebatador. Anteriormente foram outras. Tantas outras irão ainda ser referidas doravante nestas páginas. Adaptando uma música de Fausto: Atrás das lendas vêm lendas... e outras lendas hão-de vir. Somos enormes. Somos o Sporting Clube de Portugal!
BASQUETEBOL CONTINUA INVICTO NA LIGA PLACARD DEPOIS DE VENCER O CAB MADEIRA NUM JOGO DE ALTA INTENSIDADE Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl
A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal foi, no passado sábado, a casa do CAB Madeira vencer por 72-87, em jogo da terceira jornada da fase regular da Liga Placard. Depois dos triunfos alcançados nos dois primeiros jogos da competição, os Leões entraram determinados em conquistar mais uma vitória mas, ainda assim, do outro lado estava uma equipa que se mostrou decidida a lutar pelo resultado desde os instantes iniciais. Num primeiro quarto de alta intensidade, com ataques constantes de parte a parte, os Leões estiveram quase sempre na frente do marcador, vencendo por 25-29. Com o Sporting CP a exibir a sua já habitual pressão alta nos momentos defensivos, o segundo parcial também ficou pautado pelo ritmo frenético dos ataques de ambas as equipas. Pedro Catarino, com alguns lançamentos de três pontos de alto nível, e as recuperações de bola constantes da parte dos Leões, permitiram ao conjunto orientado por Luís Magalhães aumentar a vantagem e chegar ao intervalo a vencer por 19 pontos de vantagem (38-57). No regresso dos balneários, o jogo baixou de intensidade e a eficácia de lançamento de ambas as formações
ressentiu-se, permitindo ao CAB Madeira reduzir a distância e entrar nos últimos dez minutos a perder por uma diferença de 17 pontos (53-70). À entrada para o último quarto, a equipa da casa até foi a primeira a marcar, conseguindo reduzir a desvantagem até aos onze pontos, mas o Sporting CP voltou a imprimir uma enorme pressão defensiva sobre o adversário, aumentando a distância já nos minutos finais e selando o triunfo com o parcial de 72-87.
Relativamente ao quadro estatístico, o grande destaque foi o norte-americano Travante Williams, que foi considerado o MVP da partida com 21 pontos, seis ressaltos e quatro assistências. John Fields (15 pontos, quatro ressaltos e três assistências) e James Ellisor (13 pontos, quatro ressaltos e duas assistências) foram os outros dois jogadores em maior evidência no conjunto verde e branco. Na próxima jornada, os Leões recebem o Imortal BC no dia 30 de Outubro.
Travante Williams foi o MVP da partida com 21 pontos
24 de Outubro de 2020 | Liga Placard – Fase Regular – 3.ª jornada | Pavilhão Clube Amigos do Basquete, Madeira
CAB MADEIRA
72 - 87
SPORTING CP
(25-29, 13-28, 18-13, 16-17)
Sporting CP: Shakir Smith (8), Travante Williams (21), Jalen Henry (2), James Ellisor [C] (13), John Fields (15), Francisco Amiel (3), Diogo Ventura (4), Pedro Catarino (11), Diogo Araújo, Jeremias Manjate, João Fernandes (8), Cláudio Fonseca (2). Treinador: Luís Magalhães.
SPORTING 3791 - 23
MODALIDADES FUTSAL
CINCO JOGOS, CINCO VITÓRIAS FUTSAL MANTÉM REGISTO 100% VITORIOSO NA LIGA PLACARD DEPOIS DE UM TRIUNFO DIANTE DA AD MODICUS QUE SE PODIA TER COMPLICADO NOS MINUTOS FINAIS Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa
Na quinta jornada da Liga Placard, a equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, a AD Modicus por 3-2. A jogar frente a uma equipa que teve algumas baixas no plantel devido à COVID-19, os Leões colocaram-se na frente do marcador logo aos três minutos. Depois do pontapé de canto batido em balão por Alex Merlim do lado direito, Taynan rematou de primeira para defesa atenta do guarda-redes mas, na recarga, Cardinal entregou a Tomás Paçó que, a poucos centímetros da linha de golo, teve apenas de encostar para o primeiro da contagem. Nos minutos seguintes, os comandados de Nuno Dias acumularam inúmeras situações de perigo junto da baliza da AD Modicus, revelando-se muito superiores ao adversário, que não conseguia sair a jogar e praticamente não se aproximou da área de Guitta durante toda a primeira parte. Com 13 minutos decorridos, o Sporting CP chegou finalmente ao segundo golo da tarde, num lance em que Alex Merlim roubou a bola ao elemento mais recuado da equipa visitante e serviu de bandeja Cardinal. Sem qualquer oposição, o internacional português fez o 2-0.
dos 20 minutos, no guarda‑redes avançado para tentar reduzir a desvantagem. Apesar de o Sporting CP até ter tido algumas ocasiões soberanas para marcar, a estratégia dos visitantes acabaria por surtir efeito dez minutos após o início do segundo tempo, com Óscar Santos e encurtar a distância no marcador para 3-1. Os Leões continuam invictos na Liga Placard
Pouco depois, os Leões atingiram a quinta falta ainda com mais de seis minutos para jogar, o que fez com que os comandados de Nuno Dias dessem mais espaço à AD Modicus, que aproveitou para subir as linhas e aumentar a pressão sobre a turma de Alvalade. Ainda assim, os Leões chegaram ao terceiro golo a quatro minutos do intervalo, com
Rocha a receber de costas e a virar-se para a baliza antes de desferir um remate indefensável para o guarda-redes do conjunto de Sandim. Ao intervalo, 3-0 para os Leões. No regresso para a segunda parte, o jogo seguiu uma toada completamente distinta, muito por culpa da decisão da AD Modicus de apostar, ao longo
O Sporting CP soma 27 golos marcados e oito sofridos em cinco jornadas
A AD Modicus acabou mesmo por fazer o 3-2 a menos de um minuto do final, mas já não havia tempo para mais. Com este triunfo, o Sporting CP alcançou a quinta vitória consecutiva na Liga Placard, mantendo-se invicto na competição. Na próxima jornada, os Leões deslocam-se a casa do GRC Dínamo Sanjoanense no dia 30 de Outubro.
NUNO DIAS: “OS TRÊS PONTOS SÃO SEMPRE O MAIS IMPORTANTE” No rescaldo da vitória, Nuno Dias admitiu que a utilização do cinco para quatro por parte do adversário durante todo o segundo tempo foi a estratégia correcta para travar a superioridade exercida pelos Leões na primeira metade. “Quando a AD Modicus Sandim percebeu – e bem – que de outra forma não conseguia contrariar o que o Sporting CP estava a fazer, adoptou outra estratégia que, na minha opinião, foi a correcta. Tirou-nos a posse de bola, o poderio ofensivo e a finalização, ou seja, o ataque. Mas isto sem ter feito muitas finalizações, porque a segunda parte foi jogada durante cerca de 15 minutos em situação de cinco para quatro e eles tiveram umas quatro ou cinco ocasiões. Na minha opinião, é muito pouco para quem está a perder por três e quer chegar ao empate”, começou por dizer. “Parabéns à AD Modicus Sandim porque conseguiu tirarnos a bola e aproximou-se no resultado. Em relação a nós, temos de rever e melhorar a nossa postura defensiva em situações futuras. Provavelmente arriscar roubar a bola numa ou outra situação, mas não foi possível também por mérito do adversário. Eles têm bons jogadores, boa qualidade de passe e não sentem pressão com a aproximação dos adversários e isso é mérito deles. Não conseguimos o resultado que queríamos, mas vencemos, e os três pontos são sempre o mais importante. Continuamos só com vitórias”, rematou.
25 de Outubro de 2020 | Liga Placard – 5.ª jornada | Pavilhão João Rocha
SPORTING CP Tomás Paçó (3’) Cardinal (13’) Rocha (17’)
3-2 (3-0 ao intervalo)
FUTSAL FEMININO PERDE NA ESTREIA
AD MODICUS Óscar Santos (30’) Zézinho (40’)
Sporting CP: Guitta [GR], João Matos [C], Alex Merlim, Cardinal, Taynan da Silva, Tomás Paçó, Mamadú Ture, Diogo Santos, Diego Cavinato, Pany Varela, Pauleta, Zicky Té, Rocha, Bernardo Paçó [GR]. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Tomás Paçó (14’).
A equipa de futsal feminino do Sporting CP perdeu, no passado sábado, frente ao CR Leões de Porto Salvo por 1-5, naquele que foi o jogo de estreia das Leoas na série sul do Campeonato Nacional. O único golo da formação Leonina foi apontado por Sara Tavares, atleta que regressou esta época ao Sporting CP depois de já ter vestido de verde e branco entre 2013 e 2015. Na próxima jornada, a equipa comandada por Rui Ferreira recebe a ACDR Arneiros no dia 31 de Outubro.
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MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS
OPINIÃO
GOLEADA AO HC TURQUEL DE PEQUENINO JOGA O LEÃO
Pedro Almeida Cabral
Cresci num mundo que já não existe. Em plena Lisboa, jogava-se futebol na rua de manhã à noite. Qualquer estrada ou beco servia. De pedras e postes de electricidade, faziamse balizas. De remates desajeitados, grandes golos. E de acasos geográficos, embates titânicos, como a rua de cima contra a rua de baixo. Todos os dias giravam à volta da bola e chegados a uma idade maior (pelos 12 anos que, nesses tempos, já era considerável), vinha a vontade de ir aos treinos do Sporting CP tentar a sorte. Afinal, não era assim tão longe de onde morávamos. Lá íamos, muito animados por poder treinar com bolas oficiais e tentar reproduzir, movimento por movimento, aquela célebre jogada que deu um golo que levantou toda a rua. Claro que nada corria como esperado. Mas a emoção de ir ao campo pelado de Alvalade, ao lado do antigo estádio, e fazer um treino orientado era inesquecível. Ensaiar desmarcações, bater penáltis, calçar chuteiras velhas e levar para casa as pernas escalavradas da terra batida do pelado tinha um encanto sem igual. Infelizmente, no que a mim diz respeito,
o futebol não estava ainda preparado para uma visão técnica tão apurada. Pior para o futebol, obviamente. Nem só da condição de Sócio ou adepto vive o Sporting CP. As memórias do jogador de futebol que podíamos ter sido acompanham-nos uma vida. Tudo mudou desde as minhas futeboladas de rua. Agora, os treinos dos mais jovens já não começam ao lado do estádio, mas sim no Pólo EUL, na Cidade Universitária, onde se iniciam muitos dos nossos actuais jogadores da formação. Actualmente, temos lá cerca de 150 jogadores, que têm uma formação de raiz, completa e variada, que procura também passar os valores de integridade do Sporting CP. É isso que explica que tantos que se iniciam aqui cheguem mais longe e estejam na equipa B, na equipa sub-23 e até na equipa principal. Ver que o Pólo EUL tem condições recentemente melhoradas é merecedor de elogio. Trata-se de um trabalho invisível, porém fundamental para que o Sporting CP continue a reter e a acompanhar talentos desde tenras idades. É sempre um gosto passar por lá e ver Leõezinhos de verde e branco a dar os primeiros pontapés em bolas oficiais e saber que, hoje em dia, as condições de evolução dos miúdos são bem melhores do que as que havia no meu tempo. Quem sabe se os próximos Nuno Mendes, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Joelson ou Tiago Tomás não estão já lá a treinar!
LEÕES CONTINUAM SEM SOMAR QUALQUER DERROTA NESTA TEMPORADA DEPOIS DO TRIUNFO SÓLIDO NO ÚLTIMO FIM-DE-SEMANA NA ALDEIA DO HÓQUEI Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa
A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado sábado, o HC Turquel por 2-7, em jogo da quinta jornada do Campeonato Nacional. Numa primeira parte que mereceu rasgados elogios por parte do técnico Paulo Freitas, os Leões não deram qualquer hipótese à equipa da casa e, logo ao primeiro minuto, Gonzalo Romero inaugurou o marcador com um remate forte de meia distância. Pouco depois, o mesmo Gonzalo Romero assistiu Telmo Pinto que, de primeira, fez o segundo dos
Leões ainda antes dos primeiros cinco minutos de jogo. A sete minutos do interregno, Ferran Font elevou para 0-3 a vantagem Leonina na sequência de um remate cruzado, resultado que Alessandro Verona viria ainda a dilatar num lance em que o italiano, que tem estado em destaque neste arranque de temporada, beneficiou de alguma sorte à mistura. Na segunda parte, a equipa da casa entrou melhor na partida e reduziu para 2-4 nos primeiros dez minutos, situação que obrigou o Sporting CP a não baixar a guarda. Ainda assim, nos últimos
PAULO FREITAS: “ENCONTRO MUITO BEM CONSEGUIDO” Depois do triunfo, Paulo Freitas deixou elogios à exibição dos seus jogadores, admitindo que a equipa que quer ver no futuro está muito próxima daquela que se exibiu na aldeia do hóquei. “Tal como já tinha referido na antevisão, só o melhor Sporting CP poderia sair daqui com os três pontos, e foi exactamente isso que aconteceu. Na primeira parte fomos perfeitos em todos os momentos do jogo. Realizámos um encontro muito bem conseguido, estou muito satisfeito com a prestação dos meus jogadores. Foi uma boa vitória contra uma equipa muito bem orientada e numa pista sempre difícil. Estou satisfeito com aquilo que produzimos, no global foi um jogo muito bom”, referiu.
minutos do encontro, os Leões voltaram a distanciar-se do adversário com golos de Alessandro Verona e Matías Platero, ambos em lances de entendimento entre os jogadores da equipa verde e branca. Já nos instantes finais, Gonzalo Romero ainda teve tempo para bisar na partida com um golo de livre directo, confirmando o 2-7 final. Com este resultado, o Sporting CP continua sem somar qualquer derrota esta temporada, ocupando actualmente o primeiro lugar da classificação em igualdade pontual com a AD Valongo. Na próxima jornada, os Leões recebem o HC Braga no dia 31 de Outubro.
EQUIPA FEMININA VENCE CA CAMPO DE OURIQUE A equipa de hóquei feminino do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado domingo, o CA Campo de Ourique por 0-5, em jogo referente à quinta jornada da zona sul do Campeonato Nacional. Os golos do conjunto verde e branco foram apontados por Sofia Moncóvio, Rute Lopes, Rita Lopes e Ana Catarina Ferreira (2). Na próxima jornada, o Sporting CP, que tem actualmente a melhor defesa da zona sul, desloca-se a casa do SHC de Massamá no dia 1 de Novembro.
24 de Outubro de 2020 | Campeonato Nacional – 5.ª jornada | Pavilhão de Turquel
HC TURQUEL André Moreira (28’) Vasco Luís (30’)
2-7 (0-4 ao intervalo)
SPORTING CP Gonzalo Romero (1’, 47’) Telmo Pinto (5’), Ferran Font (18’) Alessandro Verona (22’, 44’) Matías Platero (45’)
Sporting CP: Ângelo Girão [GR], Telmo Pinto, Gonzalo Romero, Pedro Gil, Toni Pérez, Matías Platero, Ferran Font, Alessandro Verona, João Souto, Zé Diogo Macedo [GR]. Treinador: Paulo Freitas. Disciplina: cartão azul para Telmo Pinto (28’).
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FUTEBOL VOLEIBOL
GERSINHO: “ESTAMOS PREPARADOS PARA DAR O MÁXIMO” JORNADA DUPLA NO FIM-DE-SEMANA E A ESTREIA NA CEV CHALLENGE CUP NA TERÇA-FEIRA Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa
Em mais uma semana com muita acção, a equipa de voleibol do Sporting Clube de Portugal vai enfrentar nova jornada dupla no fim-de-semana, tendo pela frente o recém-promovido CD Póvoa e a AA São Mamede. Na antevisão dessas partidas, Gersinho recordou a derrota no passado sábado, diante do Esmoriz GC, e pediu cautela. “Essa tem sido a tónica da semana, mas já tinha sido no fim-desemana, dado que entrámos no jogo contra o SC Caldas com outra atitude. Temos feito isso até para situar os jogadores que não estavam habituados ao voleibol português. Temos conversado com os jogadores individual e colectivamente e acredito num bom desempenho
da equipa”, começou por dizer, apontando desde logo baterias para o primeiro adversário do fim-de-semana. “O CD Póvoa subiu agora, tem alguns jogadores que já passaram por outras equipas portuguesas. Vai ser uma partida complicada, muito por culpa da motivação extra e do facto de a responsabilidade deles não ser tão elevada como a nossa. Acredito que vamos conseguir duas vitórias”, referiu, analisando depois o adversário do jogo de domingo. “A AA São Mamede é uma equipa mais jovem, jogam numa intensidade alta, mas com menos experiência. Por vezes acabam por cometer alguns erros, mas todas as formações podem ser perigosas se entras na quadra e não dás o teu máximo. Estamos a treinar e preparados para dar o
máximo”, referiu. Assim que a jornada dupla estiver terminada, os Leões começam a preparar a estreia na CEV Challenge Cup, na terça-feira, diante dos alemães do HG Giesen, num jogo referente à primeira mão dos dezasseis-avos-de-final da competição. “Quem for ver, vai dizer que o adversário não está entre as primeiras equipas alemãs, mas é um clube grande. Tem uma capacidade de bloco alta e jogadores jovens com uma boa capacidade física. Jogam um campeonato que tem um nível técnico muito mais forte do que enfrentamos aqui em Portugal. As equipas alemãs são mais fortes do que as duas formações que vamos defrontar no fim-de-semana. Eles estão com um ritmo e intensidade bem mais altos, além de terem
SENSAÇÃO AGRIDOCE
um tipo de jogo diferente do que se pratica cá. Em Portugal joga-se mais com trocas de bola, na Alemanha é mais agressivo”,
concluiu, considerando que os Leões têm “condições para vencer e depois fechar a eliminatória na casa deles”.
24 de Outubro de 2020 | Campeonato Honda – Fase regular – 8.ª jornada | Pavilhão Esmoriz GC
LEÕES CONHECERAM RESULTADOS BEM DISTINTOS DIANTE DO ESMORIZ GC E DO SC CALDAS, EM MAIS UM FIM-DE-SEMANA DE JORNADA DUPLA
ESMORIZ GC
3-2
SPORTING CP
(25-22, 19-25, 22-25, 27-25, 15-9)
Depois da derrota do passado sábado no terreno do Esmoriz GC, por 3-2, a equipa de voleibol do Sporting Clube de Portugal redimiu-se no domingo, alcançando um triunfo sólido por 0-3 frente ao SC Caldas, em jogo a contar para a nona jornada da fase
regular do Campeonato Honda. Focados em regressar às vitórias, os Leões foram superiores à formação das Caldas da Rainha durante toda a partida, vencendo o primeiro set por 20-25. No segundo set, os comandados de Gersinho voltaram a levar
a melhor por nove pontos de diferença (16-25), selando depois o triunfo no terceiro set com o parcial de 21-25. Nota de destaque para Victor Hugo (15), Hélio Sanches (12) e Paulo Víctor (12), os melhores pontuadores do lado do conjunto verde e branco.
Sporting CP: Bruno Canhoto, Éder Levi (16), Hélio Sanches (7), Paulo Víctor (3), José Rojas (13), Robinson Dvoranen (11), Miguel Maia (1), Gil Meireles [L], João Fidalgo [L], Victor Hugo, André Sousa, André Saliba (18), José Carlos Vinha, Renan da Purificação. Treinador: Gersinho.
25 de Outubro de 2020 | Campeonato Honda – Fase regular – 9.ª jornada | Pavilhão Rainha D. Leonor, Caldas da Rainha
EQUIPA FEMININA VENCE SC BRAGA E SEGUE INVICTA A equipa de voleibol feminino do Sporting Clube de Portugal foi, no passado domingo, a casa do SC Braga vencer por 0-3, em jogo a contar para a sétima jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Após as vitórias no primeiro e segundo sets por 12-25 e 15-25, as Leoas selaram o triunfo com o parcial de 18-25, mantendo-se invictas na competição. O Sporting CP volta a entrar em campo já no próximo dia 1 de Novembro, na deslocação ao terreno do Vitória SC. Nota: o jogo diante do Porto Vólei, referente à sexta jornada e inicialmente agendado para o passado sábado, foi adiado devido a infecções de COVID-19 na equipa adversária.
SC CALDAS
0-3
SPORTING CP
(20-25, 16-25, 21-25)
Sporting CP: Bruno Canhoto (4), Victor Hugo (15), Hélio Sanches (12), Paulo Víctor (12), José Rojas (3), Robinson Dvoranen (7), Miguel Maia, Gil Meireles [L], João Fidalgo [L], Éder Levi, André Sousa, André Saliba, José Carlos Vinha, Renan da Purificação. Treinador: Gersinho.
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ENTREVISTA TIAGO PEREIRA
“NÃO POSSO ACABAR A CARREIRA SEM CONQUISTAR UMA MEDALHA” Tiago Pereira, atleta do triplo salto, em entrevista depois de renovar contrato com os Leões Fotografia: Pedro Zenkl O que pesou mais na hora de decidir continuar a competir de Leão ao peito? Cheguei ao Sporting CP depois de uma grande queda. O Sporting CP acolheu-me de braços abertos, tenho essa dívida para com o Clube. Sou Sportinguista desde pequenino, portanto, não é o peso, é a responsabilidade de representar este Clube. É sempre um orgulho vestir esta Sporting CP.
sido operado em Janeiro de 2016, e quando me voltei a lesionar há cerca de um ano, as pessoas diziam-me para eu não ficar triste. Na minha cabeça, pensava que tinha tempo para recuperar e foquei-me apenas nisso. Felizmente correu bem, e mesmo com a COVID-19 e a quarentena, o meu trabalho foi recompensado. Essa lesão foi o mais difícil até agora, desportivamente falando? A lesão no joelho foi a mais difícil que tive de ultrapassar, mas correu tudo bem. A minha equipa de trabalho foi incrível, trabalhámos sempre de manhã e à tarde no Pavilhão João Rocha. Fomos recompensados pelo bom trabalho.
Como começou esta paixão pelo atletismo? Sempre segui o meu irmão mais velho em tudo o que ele fazia e, quando fomos para a Escola Mestre Domingos Saraiva, que foi o meu primeiro clube, o prof. Paulo Barrigana, meu treinador ao longo de 12 anos, chamou-nos para os treinos. Como o meu irmão já fazia parte da equipa, antes de me matricular na escola já estava inscrito no atletismo. Olhei para o salto em altura e perguntei ao meu irmão para o que servia. Ainda criança, com dez anos, disse que era aquilo que eu queria fazer. Qual a disciplina do atletismo a que melhor te adequas? O triplo salto é a disciplina a que me estou a dedicar para chegar aos Jogos Olímpicos (JO) e na qual pretendo chegar às medalhas um dia. Tenho um amor muito grande pelo salto em altura, por tudo o que já passei e pela história que acabei de contar. Cresci e adoro o salto em altura, mas o meu futuro profissional vai passar pelo triplo salto. Porquê? Em 2016, depois de ser operado, regressei e sempre me considerei um atleta psicologicamente forte. Passei pelas dificuldades que todos os atletas atravessam a nível psicológico, e sempre que a fasquia estava um pouco mais alta sentia mais dificuldades. Foi a partir daí que comecei a dedicar-me um pouco mais ao triplo salto e percebi que conseguiria possivelmente atingir a tão desejada medalha. Quando sentiu que se devia dedicar ao atletismo por perceber que tinha talento? É engraçado porque nem foi eu perceber que tinha talento para alcançar bons resultados. Quando, em 2013, fui ao meu primeiro Europeu de sub-23, foi a primeira vez que competi num grande palco. Percebi que não era tão bom quanto achava, porque havia atletas muito melhores. Não gosto de perder e basicamente foi a partir dali que pus na cabeça que dois anos depois ia voltar àquele palco e ser feliz. Quase que aconteceu, fui finalista, mas infelizmente tinha uma lesão no pé, o que vim a descobrir já depois da prova. Para mim, foi missão cumprida. No salto em altura, o seu recorde, que prevaleceu durante algum tempo e que apenas foi batido este ano, é um dos momentos mais marcantes? São aqueles momentos que não conheces até viveres. Lembro-me de pensar na altura, quando ainda não era
detentor do recorde, que era o segundo melhor de sempre em Portugal. Fui dormir e acordei no dia seguinte ainda a questionar-me o que tinha acontecido. É uma sensação que só quem vive conhece. É fantástico.
“AINDA FALTA UM POUCO PARA OS 17 METROS, MAS ESTOU MUITO PERTO” Ser o quarto melhor triplista de sempre de Portugal é o momento mais fascinante da sua carreira? Sem dúvida. Para mim foi um passo muito importante porque desde que me dediquei ao triplo salto que faltava qualquer coisa. Não basta as pessoas dizerem que és muito talentoso, tens de mostrar. Nós vivemos de resultados e eu já andava à procura deste há algum tempo. É como se me tivesse saído um peso dos ombros. Ainda falta um pouco para os 17 metros, mas estou muito perto. Ainda se recorda desse dia? É estranho explicar porque sempre que faço um bom salto, sinto-o. Saltei e comecei imediatamente aos berros porque sou muito eufórico com os meus saltos. Percebi que tinha sido longe, mas não esperava que fosse tanto. Ainda assim, percebi que provavelmente tinha passado o meu recorde, que na altura era de 16,70 metros. Fiquei muito feliz por atingir os 16,94 metros. Fica a sensação que o trabalho está a trazer a devida recompensa? Fiquei muito satisfeito porque há um ano atrás fui operado ao joelho. Mesmo em brincadeiras com a médica, perguntava-lhe se ia estar bom para os JO e eles riam-se e diziam para eu recuperar. Já perdi uns JO porque tinha
Os Jogos Olímpicos de Tóquio são uma realidade possível de atingir? Sempre acreditei que era possível. Agora estamos a trabalhar de uma forma diferente. É diferente trabalhares desde o início do ano para atingires a marca mínima de acesso e ter os apoios. Quando já estás dentro dos apoios e perto de atingir a qualificação, podes trabalhar com uma tranquilidade diferente. Agora olhamos para os JO de outra diferente, como uma porta que está à nossa frente e cabe-nos a nós abri-la. Abrir essa porta é cumprir uma das maiores ambições da carreira? Sem dúvida. Eu tenho duas grandes ambições, uma delas são os JO, tal como todos os outros atletas, e a outra é ser medalhado. Digo constantemente ao meu treinador que não posso acabar a carreira sem conquistar uma medalha. Se isso não acontecer, é como se tivesse perdido muito tempo.
“SEMPRE QUE FAÇO UM BOM SALTO, SINTO-O” Estar no Sporting CP ajuda na concretização desses objectivos? Sem dúvida. A minha recuperação foi fantástica e só possível devido ao Sporting CP. Se não fosse o Clube, os quatro meses que levei a recuperar seriam muitos mais. Foi necessária toda uma equipa de trabalho com médico, fisioterapeuta, preparador físico e nutricionista. Foi precisa toda uma equipa de trabalho para que eu pudesse atingir o meu objectivo. Como seria a época perfeita em 2020/2021? Seria ultrapassar a barreira dos 17 metros, estar presente nos Jogos Olímpicos e estar no meu melhor em todas as competições internacionais.
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ENTREVISTA VERA BARBOSA
“NO SPORTING CP SINTO-ME EM CASA” Vera Barbosa renovou a ligação ao Sporting Clube de Portugal. A campeã nacional de 400 m barreiras chegou ao emblema Leonino em 2010 e vai assim ultrapassar mais uma [barreira]: a de mais de dez anos de Leão ao peito Fotografia: Pedro Zenkl Chegou ao Sporting CP há dez anos, já conquistou vários títulos com esta camisola e agora renovou a ligação ao Clube. Está satisfeita? Sim, estou muito contente por continuar ligada ao Sporting CP. Tenho de ser honesta, aqui sinto-me em casa. Em dez anos de ligação não há nada a apontar. Temos uma boa relação, sempre me senti muito acarinhada aqui, e se assim se mantiver e continuarmos a acreditar, penso que vamos continuar a conquistar títulos.
mas tive de a superar. Foi depois dos Jogos Olímpicos de Londres e tive alguns problemas de coração. E esses problemas de coração anteviram, até, a possibilidade de terminar a carreira… Na altura falaram-me dessa possibilidade, mas sinceramente nunca acreditei e a resposta está aqui. Posto isto, e porque já tem vários títulos, o que é que ainda lhe falta conquistar? Ir a mais uma final porque aí tudo é possível.
O que a levou a aceitar esta renovação? O facto de o Sporting CP ter uma equipa muito sólida em termos femininos. Isso deixa-me confortável e dá-me a possibilidade de continuar a conquistar títulos com esta camisola.
“ESPERO TERMINAR A CARREIRA AQUI” Isso fá-la pensar em terminar aqui a carreira? Sim, espero terminar a carreira aqui, mas, para já, espero continuar a dar o meu melhor. Nestes dez anos, a Vera Barbosa já viveu vários momentos. Uns melhores, outros menos bons, e conquistou vários títulos. Consegue destacar algum? Sim, a conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus em Pista em 2016. Estávamos muito bem preparadas, demos o nosso máximo, acreditámos até ao final e conseguimos. Para mim, foi muito bom ter contribuído com a pontuação máxima tanto nos 400 m barreiras como na estafeta. A equipa feminina do Sporting CP, além de ser muito boa e de conquistar muitos títulos, é também muito unida e isso nota-se nas provas e não só… Somos muito unidas, de facto, porque, independentemente das dificuldades, o Sporting CP tem-nos dado sempre o suporte necessário para acreditarmos em nós, na equipa, e nas alturas decisivas, temos conseguido responder. Nesta década de Leão ao peito, a Vera Barbosa teve algumas paragens por lesão e porque foi mãe em 2018. Acredita que deu o passo da maternidade na altura certa? Na altura achava que não era o momento certo, mas agora olho para trás e acredito que foi. E sentiu saudades da competição enquanto esteve de fora? Senti saudades, claro, embora tenha sido um bom momento pessoal e o Sporting CP sempre me apoiou, desde o segundo mês até ao nascimento do meu filho, e
isso contribuiu para que tivesse sido a melhor fase da minha vida.
“GRAVIDEZ? O SPORTING CP DEU-ME TODO O SUPORTE E CONSEGUI REGRESSAR COM BONS RESULTADOS” É inevitável o corpo da mulher não sofrer alterações após a maternidade. Teve algum receio no regresso aos treinos e à competição? Tive um pouco de medo, mas tive uma boa base familiar e foi-me permitido regressar pouco a pouco. Mais uma vez refiro, o Clube deu-me todo o suporte e consegui voltar com bons resultados e é assim que quero continuar. Regressou passados vários meses e venceu logo os 400 m barreiras nos Campeonatos de Portugal… Sim, até fico um pouco emocionada ao lembrar-me disso. O meu filho estava lá. Ter regressado assim e fazê-lo com uma marca boa, foi muito bom, mais ainda com esta camisola. A Vera Barbosa tem sabido contornar todas as adversidades… … Até costumo dizer que não tenho adversários porque eu sou a minha maior adversária. Gosto mesmo muito do que faço e enquanto assim for isso vai ser visível. Mas as lesões são contratempos que não se controlam… Sim, na alta competição podemos estar bem e no momento seguinte já não. A primeira lesão foi a mais chata,
E está de olhos postos nos próximos Jogos Olímpicos, não é? Que tiveram de ser adiados devido à pandemia… Foi triste ver as provas serem canceladas, mas não sou pessoa de desanimar. A pandemia veio estragar um pouco a minha época, uma vez que estava muito bem, mas estou a regressar para dar continuidade a esse trabalho e chegar lá. Os 400 m barreiras será a disciplina em que a vamos continuar a ver, mas a Vera Barbosa começou no triplo salto, não foi? Comecei na escola a fazer corta-mato, depois fui para um clube pequeno onde fazia um pouco de tudo, mas gostava mais do triplo salto, sim, e foi aí que comecei.
“EU SOU A MINHA MAIOR ADVERSÁRIA” E como chegou então aos 400 m barreiras? Foi quando me mudei para o Sporting CP e troquei de treinador. Na altura tive de substituir uma colega nas barreiras e como devo ter feito um tempo engraçado (risos), a partir daí o treinador explorou essas qualidades. Voltava a fazer triplo salto? Fazia, porque o bichinho está cá dentro e gosto da disciplina, mas estou bem e confortável nos 400 m barreiras. Neste momento, não me vejo a mudar de especialidade, no máximo a explorar os 400 m sem barreiras, mas é nesta especialidade que me sinto confortável e onde acho que tenho maior margem de progressão. E o futebol? Porque a Vera Barbosa também jogou e é um lado que muitos desconhecem… Sim, e sinceramente, eu gostava era mesmo de futebol, só que na altura o convite que me apareceu foi de atletismo e lá fui, mas sempre joguei à bola. Não cheguei a ser federada, mas jogava com os meus amigos. Podemos dizer que “ainda bem que assim foi…” Sim (risos).
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MODALIDADES JUDO
“QUERO SER REI DA EUROPA” DEPOIS DE TER ESTADO INFECTADO COM COVID-19 E SEM COMPETIR HÁ OITO MESES, JORGE FONSECA TROCOU AS VOLTAS AO VÍRUS E CONQUISTOU A MEDALHA DE BRONZE NO GRAND SLAM DA HUNGRIA. ALÉM DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO, O FOCO ESTÁ AGORA EM SER CAMPEÃO EUROPEU JÁ NO PRÓXIMO MÊS Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl
Jorge Fonseca, judoca do Sporting Clube de Portugal, conquistou, no passado domingo, a medalha de bronze na categoria de -100 kg no Grand Slam da Hungria, em Budapeste, competição que assinalou o regresso do judo aos grandes palcos internacionais depois da paragem devido à COVID-19. Em declarações exclusivas ao Jornal Sporting, o atleta verde e branco mostrou-se muito feliz pelo resultado alcançado, mas admitiu que a conquista da medalha de ouro era o principal objectivo. “Foi uma boa conquista, trabalhei muito para atingi-la. Foi uma grande competição, o meu objectivo era o ouro, mas acabei por cometer alguns erros que me custaram caro e alcancei o bronze. Mesmo assim, estou feliz por ter conquistado esta medalha, até porque não disputava uma competição há oito meses”, começou por dizer. Depois de iniciar a prova na segunda eliminatória, levando a melhor sobre o holandês Simeon Catharina, por wazari, o campeão mundial derrotou
Jorge Fonseca ocupa actualmente o segundo lugar do ranking mundial
ainda o francês Cédric Olivar e o húngaro Miklos Cirjenics, ambos por ippon. O judoca Leonino viria depois a perder na meia-final diante do russo Arman Adamian, também por ippon, sendo relegado para as repescagens. No combate decisivo, Jorge Fonseca foi o grande vencedor
O judoca Leonino quer chegar ao pódio nos Jogos Olímpicos
no frente-a-frente com o francês Alexandre Iddir, conquistando dessa forma o bronze. Segundo o próprio, esta foi uma prova de superação, até por ter sido a primeira que disputou depois de ter estado infectado com COVID-19. “No início foi difícil porque estive um mês fechado em casa. Não podia treinar nem sair, foi uma grande frustração. Um mês sem poder treinar, para mim, é impensável, porque amo aquilo que faço e gosto muito de treinar e de me divertir com os meus colegas. Superei bem o vírus e felizmente nunca tive nenhum sintoma, foi bom até para dar mais valor às coisas importantes da vida”, considerou. Depois de ter superado um cancro na perna esquerda, e de se ter tornado campeão mundial, o judoca Leonino enfrentou agora nova adversidade, uma situação à qual já está habituado e que traz
sempre ao de cima o seu melhor. “Faço sempre das adversidades uma razão para voltar melhor. Encaro, valorizo e desafio essa situação para tentar sair mais forte. Esta deixou-me mais forte e acredito que estou bem, vou chegar a qualquer competição para conquistar o ouro. Foi uma superação a esse nível”, disse. Ao alcançar o bronze, Jorge Fonseca reforçou assim a sua posição no ranking, subindo do quinto lugar para a viceliderança mundial. Ainda assim, esta alteração pouca ou nenhuma influência terá na hora da qualificação para os Jogos Olímpicos (JO), até porque o atleta de 27 anos já tinha presença garantida em Tóquio ainda antes de disputar esta prova. “O meu objectivo para os JO é chegar ao pódio. Não vou exigir o título de campeão olímpico, até porque a minha primeira presença não correu
bem. Esta vai ser a minha segunda participação e quero chegar lá fresco para poder disfrutar da prova. Não vou meter já a pressão de ganhar o ouro. Quando estiver lá, e dependendo de como as coisas estiverem a correr, aí penso nessa questão. Até lá, penso apenas em alcançar o pódio, vencer a prata ou o bronze já seria um grande orgulho”, frisou. Mas antes dos JO, há ainda outro objectivo na lista do judoca: o Campeonato da Europa agendado para o período entre 8 e 10 de Novembro, em Praga, na República Checa. “É um dos meus grandes objectivos, é uma medalha que já me foge há muito tempo, apesar de já ter a ter conquistado no passado. Quero conquistá-la para levantar o ego, quero ser o rei da Europa. Quero ter essa medalha e vou lutar para isso. Já conquistei o título mundial, agora falta-me conquistar o da Europa. Daqui a um mês espero estar a festejar esse título, tenho capacidade para isso, estou num momento top da minha carreira e sem lesões”, rematou. A fechar, Jorge Fonseca também não esquece os títulos colectivos de Leão ao peito, e aponta à conquista da Liga dos Campeões, prova que a formação de Alvalade venceu nas duas últimas épocas mas que, devido à COVID-19, ainda não se sabe se irá ter lugar este ano. “A Liga dos Campeões é um grande objectivo para nós. A equipa tem a ambição de vencer esta prova e fazer história no judo. Já ganhámos a prova duas vezes consecutivas pelo Sporting CP, mas quanto mais melhor. Estamos a trabalhar para isso, falta apenas saber se a competição se vai realizar”, concluiu.
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30 - SPORTING 3791
CLUBE MUSEU
O PRIMEIRO TROFÉU CONQUISTADO PELO SPORTING CP Texto: Isabel Victor – Museu Sporting Fotografia: Ana P. Silva – Museu Sporting - Arquivo fotográfico
A Taça Estefânia foi o primeiro troféu conquistado pelo Sporting Clube de Portugal, em Setembro de 1908, num jogo particular de Football contra o Clube Estefânia – clube histórico de Lisboa, fundado em 1890, que em 28 de Maio de 1911 viu entrar a médica, republicana e sufragista, Carolina Beatriz Ângelo, para exercer o seu direito de voto, na assembleia eleitoral de Arroios, que aí estava sediada. Falamos de tempos, episódios e clubes que fazem parte da memória histórica e da sociabilidade da capital e do país. O inestimável e nem sempre valorizado património que os clubes desta época nos legaram, no plano desportivo, cultural, cívico e artístico. Num tempo em que ainda não existia uma indústria massiva de troféus, nem o desporto era de massas, cada taça era trabalhada individualmente como uma obra de joalharia tanto ao nível do requinte das formas como da nobreza dos materiais e cunho de autor ou oficina. Não temos dúvidas de que a Taça Estefânia, a exemplo de outros magníficos troféus históricos em exposição permanente no Museu Sporting, rivaliza com outras peças de autor de conhecidas colecções de arte. Para além do significado desportivo, a Taça Estefânia lembra-nos que o desporto também é arte, em que os mais dotados atingem o sublime e que todo o acto humano é acto cultural.
A Taça Estefânia conquistada pelo Sporting CP, representa essa simbiose. A especialização não nos pode fazer esquecer essa totalidade que nos constitui e diferencia. Desporto, arte e cultura caminham juntos desde os primórdios da humanidade. Talvez pelo improvável que é encontrar uma peça desta natureza num museu de um clube desportivo, somos muitas vezes interpelados relativamente ao seu significado. A beleza e opulência da Taça Estefânia não se esgota na descrição histórica, por muito rica e ilustrativa que seja, de uma época ou de uma conquista desportiva, ela representa a génese do próprio Sporting CP, da sua força e elevação. A Taça Estefânia é a fala de um clube nascido em 1906, que se transcende em cada conquista há mais de um século. Um sentimento que perdura e prevalece para além de qualquer explicação. Algo só equiparável à fórmula alquímica da “Fala do homem nascido” do lindíssimo poema de Gedeão: “Venho do fundo do tempo; não tenho tempo a perder. (…) Não há ventos que não prestem nem marés que não convenham, nem forças que me molestem, correntes que me detenham.”
Taça EstefâniaMeia conquistada em Setembro de 1908 SCP.pdf num jogo particular de Football 13:02 Pag Jornal SCP Museu 1 07/10/20 Fontes: Maria João de Figueiroa Rego, “Colectividades de Lisboa”, 4.º volume – Câmara Municipal de Lisboa - Gabinete de Estudos Olisiponenses, 2017 frente ao Clube Estefânia. Colecção Museu Sporting / Exposição permanente
SPORTING 3791 - 31
RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO
FUTEBOL MASCULINO
AM Madeira SAD 28-34 Sporting CP
CD Santa Clara 1-2 Sporting CP
Equipa B - Camp. Nacional 2.ª Divisão
Equipa B - Camp. Portugal
C. Oriental Lisboa 21-25 Sporting CP
Sporting CP 4-1 Os Belenenses SAD B
Seniores - Camp. Nacional Andebol 1
BASQUETEBOL MASCULINO
Seniores - Liga Placard
FEMININO
Seniores - Camp. Nacional CA Campo Ourique 0-5 Sporting CP
Seniores - Liga NOS
JUDO MASCULINO
FUTSAL MASCULINO
Seniores - Liga Placard
FEMININO
Sporting CP 3-2 AD Modicus
Seniores - Grand Slam Budapeste -57 kg: Wilsa Gomes (1 D)
CAB Madeira 72-87 Sporting CP
FEMININO BILHAR MASCULINO
Carambola - 2.ª fase do 1.º Open Nacional Ricardo Belo (2 V) Leonardo Horta (2 V) João Rodrigues (1 V / 1 E)
Seniores - Grand Slam Budapeste -66 kg: Sergiu Oleinic (1 D) -81 kg: João Martinho (1 V / 1 D) -100 kg: 3.º Jorge Fonseca (4 V / 1 D) - MEDALHA DE BRONZE
TÉNIS DE MESA MASCULINO
Seniores - Camp. Nac. 1.ª Divisão CR Leões P. Salvo 5-1 Sporting CP
Seniores - Camp. Nac. 1.ª Divisão CD São Roque 1-4 Sporting CP AD Galomar 2-3 Sporting CP
HÓQUEI EM PATINS MASCULINO
Seniores - Camp. Nacional 1.ª Divisão HC Turquel 2-7 Sporting CP
Jorge Rocha (1 V / 1 D)
Equipa B - Camp. Nac. 2.ª Div. Honra Sporting CP 3-2 Montamora SC
TIRO À BALA MASCULINO Torneio Outono FPT Pistola 10 m: 4.º Domingos Rodrigues 562 (12x); 7.º Francisco Silva 555 (11x); 16.º António
TIRO COM ARCO MASCULINO
1.ª Prova Camp. Nacional de Sala Recurvo seniores: 1.º Tiago Matos - VENCEDOR; 3.º Luís Gonçalves; 4.º Domingos Vaquinhas Recurvo seniores equipas: 1.º Sporting CP
Carvalho 543 (5x) ; 20.º Marco Martins 535
- VENCEDOR
(5x); 24.º Pedro Fonseca 528 (4x); 27.º Ezequiel
Recurvo juniores: 2.º Duarte Cattoni
Rodrigues 521 (5x); 33.º Eduardo Paiva 512 (6x); 38.º Filipe Faria 491 (3x) Pistola 10 m Adaptado: 1.º Vyacheslav Sushchyk 545 (12x) Carabina 10 m: 8.º Diogo Antunes 564.2; 9.º Elgar Rosário 557.9
Recurvo veteranos: 3.º António Ferreira
TRIATLO MASCULINO
Setúbal Triathlon Absolutos: 5.º Mikael Eriksson 4h04’14’’ 30-34: 3.º Mikael Eriksson
FEMININO Torneio Outono FPT Pistola 10 m: 3.º Carla Gil 511 (3x)
VOLEIBOL MASCULINO
Seniores - Camp. Nacional 1.ª Divisão Esmoriz GC 3-2 Sporting CP SC Caldas 0-3 Sporting CP
MISTO
Rui Lopes (1 V / 1 D)
Equipa B - Camp. Nacional 3.ª Divisão AJ Salesiana B 4-4 Sporting CP
Cadetes - Camp. Distrital Equipas 4.º Sporting CP (1 V / 2 D)
II Torneio Equipas Mistas FPT
Carlos Fraga (2 D)
SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 18H30
FUTEBOL QUINTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO 14H00
FUTSAL SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 21H00
HÓQUEI EM PATINS SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 16H00
Seniores
Sub-23
Seniores
SPORTING CP vs. CS Marítimo
GRC Dínamo Sanjoanense vs. SPORTING
7.ª jorn. Zona Sul Liga Revelação
CP
Estádio Aurélio Pereira
6.ª jorn. Liga Placard
DOMINGO, 1 DE NOVEMBRO 15H00
Pav. Mun. Travessas (São João da Madeira)
Pistola 10 m: 2.º Licínio Santos / Carla Gil
FEMININO
SC Braga 0-3 Sporting CP
AGENDA ANDEBOL
SPORTING CP vs. AD Sanjoanense 9.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1 Pavilhão João Rocha
BASQUETEBOL SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 20H00
Seniores Fem.
SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 21H00
CF Benfica vs. SPORTING CP
Seniores Fem.
5.ª jorn. Liga BPI
Seniores
Estádio Francisco Lázaro (Lisboa)
SPORTING CP vs. Imortal BC
15H00
4.ª jorn. Liga Placard
Equipa B
Pavilhão João Rocha
CO Montijo vs. SPORTING CP
SPORTING CP vs. ACDR Arneiros 2.ª jorn. Zona Sul Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha
Seniores
20H00
GINÁSTICA SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 9H00 - 19H45
Seniores
Vários escalões
A. Académica Coimbra vs. SPORTING CP
SPORTING CP vs. CD Tondela
35 atletas SPORTING CP
5.ª jorn. Liga Placard
6.ª jorn. Liga NOS
Camp. Distrital Trampolim Indiv. e Sinc.
Pav. Dr. Mário Mexia (Coimbra)
Estádio José Alvalade
Pav. Lisboa Ginásio Clube (Lisboa)
DOMINGO, 1 DE NOVEMBRO 18H00
5.ª jorn. Série G Camp. Portugal Campo da Liberdade (Montijo)
Equipa B SPORTING CP vs. SL Benfica B 3.ª jorn. Zona C Camp. Nac. 3.ª Div. Pav. SC Livramento (Livramento, Mafra)
DOMINGO, 1 DE NOVEMBRO 18H00
Seniores Fem. A. Stuart HC vs. SPORTING CP 6.ª jorn. Zona Sul Camp. Nac. Pav. Prof. João Campelo (Massamá)
QUARTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO 21H30
Seniores OC Barcelos vs. SPORTING CP 7.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pav. Mun. Barcelos
VOLEIBOL SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 15H00
Seniores Fem. Vitória SC vs. SPORTING CP 8.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pav. Desp. Uni. Vimaranense (Guimarães)
16H00 Seniores CD Póvoa vs. SPORTING CP 10.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pav. CD Póvoa (Póvoa de Varzim)
DOMINGO, 1 DE NOVEMBRO 16H00 Seniores SPORTING CP vs. AA S. Mamede 11.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pavilhão João Rocha
16H00 Seniores Fem. Câstelo Maia GC vs. SPORTING CP 5.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pav. Câstelo Maia GC (Castêlo da Maia)
TERÇA-FEIRA, 3 DE NOVEMBRO 20H00 Seniores SPORTING CP vs. TSV Giesen Grizzlys 1.ª mão Dezasseis-avos-de-final Taça Challenge Pavilhão João Rocha *Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt
29/10 – Quinta-feira
31/10 – Sábado
03/11 – Terça-Feira
Modalidade: Futebol Competição: Liga Revelação – 1.ª Fase – Zona Sul – 7.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. CS Marítimo Horário e local: 14h00 – Estádio Aurélio Pereira Transmissão: Directo
Modalidade: Futsal Feminino Competição: Campeonato Nacional – 2.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. ACDR Arneiros Horário e local: 21h30 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo
Modalidade: Voleibol Competição: Taça Challenge – Dezasseis-avos-de-final – 1.ª mão Jogo: Sporting CP vs. Helios Grizzlys Giesen Horário e local: 20h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo
30/10 – Sexta-Feira
01/11 – Domingo
Modalidade: Basquetebol Competição: Liga Placard – 4.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. Imortal BC Horário e local: 20h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo
Modalidade: Voleibol Competição: Campeonato Nacional – 11.ª Jornada Jogo: Sporting CP vs. AA São Mamede Horário e local: 16h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo
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Por todos os portugueses vamos continuar
ligados
Nós, os portugueses. Nós, as famílias, as empresas, os mais novos e os mais velhos. Juntos, mais do que nunca, tudo faremos para que o país continue a avançar, ligando tudo e todos ao que é mais importante.
#NOS #VamosFicarLigados