Jornal Sporting n.º 3801

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3801 • QUINTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO 2021 • SPORTING.PT • SEMANAL• ANO 99 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO

ENTRADAS COM O PÉ DIREITO EM 2021 O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO


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COMEÇAR O ANO COM O RUGIDO DE LEÃO Miguel Braga

Começámos este ano de 2021 com um quase pleno de vitórias em todos os campos onde as equipas do Sporting CP entraram. A começar pelo futebol profissional, onde os arautos da SPORT TV lançaram o jogo com o SC Braga como se fôssemos jogar com um colosso europeu. Apesar da visão tendenciosa, o Sporting CP venceu justamente por 2-0, com golos de Pedro Gonçalves e de Matheus Nunes. O erro faz parte da vida e do futebol e independentemente de uma ou outra decisão questionável da equipa de árbitros, VAR incluído, devemos continuar a trabalhar em conjunto para reprogramar algumas falhas do sistema que insistem em não fazer o update dos novos tempos. Ainda faltam muitos jogos para o final da época, há muitos pontos em disputa, mas desde 2015/2016 que o Sporting CP não liderava a Liga à 12.ª jornada. Se juntarmos os jogos das Taças, são 15 jogos sem perder nas competições nacionais e este foi também o décimo quinto jogo em casa sem conhecer o sabor amargo da derrota. Como curiosidade, não sofremos golos em casa há 447 minutos e a última vez que a bola entrou na nossa baliza em Alvalade foi um autogolo. Ainda no futebol, a equipa B liderada por Filipe Celikkaya também não sofre golos há 518 minutos e vai em dez jogos sem derrotas no Campeonato de Portugal. O registo defensivo quando joga fora é impressionante: cinco jogos fora e nenhum golo sofrido. Aliás, esta equipa tem uma das defesas mais seguras dos vários campeonatos que se disputam por essa Europa fora. Também no futebol feminino a tendência continua em alta: este fim-de-semana, com a vitória por 1-2 na deslocação à Madeira, são agora 20 jogos sempre a vencer na Liga BPI. As Leoas têm o impressionante registo de 17 vitórias consecutivas a jogar em casa.

A excepção que confirmou a regra de vitória chegou da equipa de sub-23 que, apesar da exibição, foi traída pelas dúvidas da legalidade do golo do Portimonense SC. Mas para o treinador Filipe Pedro, estas são dores de crescimentos de uma equipa cujo objectivo final é preparar jogadores para o plantel principal: “Fomos claramente prejudicados em vários jogos, mas não vou falar de arbitragem porque acho que não nos favorece e porque o nosso foco é o projecto em si. Por isso, vamos deixar esses lances de lado e trabalhar para conseguir um bom resultado já no próximo jogo”. No basquetebol, os pupilos do professor Luís Magalhães continuam a fazer história. 29 triunfos consecutivos e a miragem de chegar a 18 de Janeiro só com vitórias para completar um ano desta história 100% vitoriosa. O Sporting CP é líder isolado da Liga Placard com 12 vitórias em 12 jogos, feito apenas conseguido pelo eterno rival na última época. Desde o regresso da modalidade que o Sporting CP tem 39 vitórias e apenas três derrotas (uma na Liga, uma na Taça Hugo dos Santos e uma na Liga dos Campeões) em todos os jogos oficiais disputados. Desta feita, duas vitórias sobre a AD Ovarense, para a Liga Placard por 89-58 e para a Taça de Portugal, por 93-80. Depois de confirmar o Sporting CP como a maior potência nacional do futsal com a terceira conquista consecutiva da Taça de Portugal, a equipa de Nuno Dias entrou demolidora no novo ano com uns expressivos 15-1 frente ao Eléctrico FC, alcançando a marca de 25 jogos sem perder nas competições nacionais. No voleibol feminino o fim-de-semana e a entrada em 2021 representaram também o regresso às vitórias. Primeiro no fim-de-semana, vencendo fora o GC Vilacondense por 0-3, depois na noite de terça-feira, recebendo e ganhando ao SL Benfica por 3-0, num dérbi que não acontecia há 25 anos. Que continuem a lutar como Leões, em todas as modalidades e escalões, são os desejos para todos os meses de 2021.

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)


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FUTEBOL

1967

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Nasceu em S. João da Madeira a 6 de Janeiro de 1967 e chegou a Alvalade para os iniciados. Dotado de uma capacidade técnica acima da média, Litos foi visto desde cedo como uma das maiores promessas da sua geração. Formou-se, cresceu e jogou a maior parte da carreira no Sporting CP. Aos 17 anos subiu à equipa principal e marcou o golo que ainda hoje o torna no Leão mais jovem de sempre a marcar nas competições europeias. O talentoso centrocampista jogou de verde e branco durante oito temporadas, fez cerca de 200 jogos de Leão ao peito, marcou 19 golos e venceu uma Supertaça. Foi ainda internacional A por duas vezes, ambas com 18 anos. Litos completou 54 anos no dia de ontem e hoje recordamos o seu trajecto de Leão ao peito no Jornal Sporting.


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LITOS Texto: Xavier Costa Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

LUÍS FILIPE VIEIRA CARVALHA NASCEU A 6 DE JANEIRO DE 1967 EM S. JOÃO DA MADEIRA. UM JOVEM TALENTO QUE AOS 17 ANOS DESLUMBROU DE IMEDIATO NA EQUIPA PRINCIPAL. FICOU PARA A HISTÓRIA COMO O JOGADOR MAIS JOVEM DE SEMPRE A MARCAR PELO SPORTING CP NAS COMPETIÇÕES EUROPEIAS. AOS 54 ANOS, COMPLETADOS ONTEM, LITOS É O LEÃO A RECORDAR NESTA EDIÇÃO DO JORNAL SPORTING. Chegou muito jovem ao Sporting Clube de Portugal. Conhecido por Litos, o jovem médio jogava na AD Sanjoanense – equipa da terra onde nasceu – quando foi recrutado para os iniciados Leoninos. Desde cedo também, Litos era apontado como uma das maiores promessas da sua geração. O talentoso Leão cresceu e formou‑se em Alvalade, tornando‑se presença habitual nas selecções jovens de Portugal (sub‑16, sub‑18 e sub‑21) e sagrou‑se ainda campeão nacional de juniores pelo Sporting CP. Litos foi um talento precoce e, por isso, também foi rápida a sua ascensão à equipa principal dos Leões. Ainda com idade de júnior foi integrado no grupo orientado pelo galês John Toschack na temporada de 1984/1985, depois de Paulo Futre, outro jovem talento formado no Clube, ter saído para o FC Porto. Nessa mesma temporada, Litos teve um impacto imediato, deslumbrando o universo verde e branco. Toschack promoveu a estreia do jovem logo no primeiro jogo oficial da época, no Sporting CP 3‑0 Vitória SC, a 26 de Agosto de 1984. No total, em 1984/1985 participou em 36 jogos e marcou nove golos, um dos quais é ainda hoje histórico. A 3 de Outubro de 1984, com apenas 17 anos, Litos foi o autor

do 2‑2, em Auxerre, a contar para a segunda mão da primeira ronda da Taça UEFA. Em cima do apito final no prolongamento, Litos recebeu em posição privilegiada, encarou o guarda‑redes adversário e, num movimento de qualidade e irreverência, driblou‑o com o pé direito para depois finalizar com o esquerdo perante a baliza deserta. Desta forma, o talentoso médio ofensivo escreveu o seu nome na história do Sporting CP, mantendo‑se até hoje como o jogador mais jovem de sempre a marcar pelo Clube em competições europeias. O extraordinário desempenho na sua época de estreia na equipa principal aumentou as expectativas que desde cedo se depositaram sobre o jovem Litos. Assim, sem surpresa, convenceu o seleccionador José Torres e estreou‑se na selecção nacional logo no início da temporada seguinte, a 12 de Outubro de 1985, na vitória por 3‑2 sobre a Malta e voltou a ser opção na partida seguinte, frente à Alemanha, totalizando assim as duas internacionalizações da carreira. No entanto, depois de um início fulgurante, o trajecto de Litos nos Leões tornou‑se mais irregular. Com a saída de John Toschack, o médio perdeu algum espaço na equipa Leonina e diminuiu o seu número de jogos nas seguintes temporadas, jogando muitas vezes descaído no corredor direito. Ao serviço do Sporting CP,

em 1987, Litos venceu a Supertaça, conquistada depois de derrotar o SL Benfica a duas mãos por 4‑0, no total. Mais tarde, já em 1990/1991, Litos voltou a ser aposta recorrente e realizou 43 jogos, entre os quais fez três golos. Na época seguinte, contudo, as afirmações de Luís Figo e Krassimir Balakov de Leão ao peito retiraram espaço de novo ao talentoso médio, que nunca viria a conseguir replicar o patamar exibicional da época de estreia e deixou Alvalade. O seu último golo no Sporting CP foi apontado a 5 de Maio de 1991, no Estádio da Luz (1‑1). Durante as oito temporadas em que vestiu a listada verde e branca, Litos destacou‑se pela sua qualidade técnica e somou cerca de 200 jogos de Leão ao peito, entre os quais marcou 19 golos. Depois do Sporting CP, o médio português seguiu para o Boavista FC e jogou ainda no SC Braga, no GD Estoril‑Praia e nos franceses do US Lusitanos, antes de encerrar a sua carreira, aos 32 anos, no SC Beira‑Mar em 1999. À carreira de jogador sucedeu‑se a de treinador, na qual orientou o GD Estoril‑Praia, levou o Portimonense SC de regresso à Primeira Liga e treinou também o Leixões SC. Depois, em Moçambique, levantou duas Ligas, duas Taças e três Supertaças domésticas com o Liga Desportiva de Maputo.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

NOVO ANO, A MESMA LIDERANÇA DA LIGA LEÕES BATEM SC BRAGA POR 2‑0 COM GOLOS DE PEDRO GONÇALVES E MATHEUS NUNES E ENTRA EM 2021 COMO SAIU DE 2020: A VENCER. ASSIM, O CONJUNTO DE RÚBEN AMORIM CONTINUA SOZINHO NA PRIMEIRA POSIÇÃO DA TABELA CLASSIFICATIVA DO CAMPEONATO. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl

O jogo do último sábado era complicado, tendo em conta a qualidade e o quarto lugar do SC Braga, mas a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal superou as várias dificuldades que encontrou, foi eficaz e derrotou os minhotos por 2‑0 no Estádio José Alvalade. Os golos da partida da 12.ª jornada da Liga NOS apenas apareceram no segundo tempo e foram apontados por Pedro Gonçalves e Matheus Nunes, que deram mais três pontos aos líderes isolados da competição. Rúben Amorim promoveu duas novidades no onze inicial relativamente à visita ao terreno da Belenenses SAD: Zouhair Feddal (recuperado de lesão) e Nuno Santos foram titulares nos lugares de Gonçalo Inácio e Bruno Tabata, que começaram o desafio no banco de suplentes. O sistema e a forma de jogar, contudo, foram os mesmos de sempre assim que soou o apito inicial; o Sporting CP entrou com pressão bastante alta e a controlar as operações, com muita posse de bola e a tentar encontrar o espaço necessário para lançar os jogadores da frente em perigo. A primeira oportunidade de golo podia ter aparecido logo no terceiro minuto, quando Tiago Tomás lançou Nuno Santos na

Equipa verde e branca entrou da melhor forma no novo ano

perfeição, mas Ricardo Esgaio tirou a bola ao extremo à entrada da área. Seguiram‑se dois pontapés de penálti por marcar a favor do Sporting CP. Primeiro, Feddal foi empurrado por Rolando na área bracarense num lance em que o árbitro Fábio Veríssimo até assinalou falta ofensiva e, mais tarde, Fransérgio tocou na bola com o braço

também dentro da grande área visitante. Nenhum dos lances resultou em pontapé de penálti. Aos 19 minutos, um cruzamento fantástico de Pedro Porro não encontrou Nuno Santos por centímetros e o SC Braga respondeu logo a seguir com um remate de Ricardo Horta para as mãos de Antonio Adán. Pouco depois da mesma hora de jogo,

2 de Janeiro de 2021 | Liga NOS – 12.ª jornada | Estádio José Alvalade

SPORTING CP Pedro Gonçalves (54’) Matheus Nunes (78’)

2‑0

SC BRAGA

(0‑0 ao intervalo)

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Pedro Porro, Luís Neto, Sebastián Coates [C], Zouhair Feddal, Nuno Mendes, João Palhinha, João Mário, Pedro Gonçalves (Matheus Nunes, 71'), Nuno Santos (Bruno Tabata, 57') e Tiago Tomás (Andraž Šporar, 57'). Treinador: Rúben Amorim. Suplentes não utilizados: Luís Maximiano [GR], Gonzalo Plata, Gonçalo Inácio, Antunes, Daniel Bragança e Jovane Cabral. Disciplina: cartão amarelo para Pedro Porro (79'), Matheus Nunes (90+1') e Antunes (90+2').

Ricardo Horta voltou a testar o guarda‑redes do Sporting CP, mas desta feita numa posição bem mais perigosa. Contudo, Adán realizou uma tremenda intervenção que manteve o 0‑0 no marcador. O SC Braga continuou a ameaçar e teve mais duas ocasiões que o deixaram perto do golo – aos 36 minutos, no seguimento de um pontapé de canto, e aos 40, quando Al Musrati acertou no poste verde e branco. Os arsenalistas terminaram a primeira parte por cima depois de terem sido os Leões a entrarem melhor, mas isso não fez com que mais um pontapé de penálti por assinalar fosse ignorado. Em cima do intervalo, Raúl Silva cometeu falta sobre Tiago Tomás na área do SC Braga, ainda que, mais uma vez, Fábio Veríssimo tenha mandado seguir. A segunda metade abriu

com uma bola colocada por Paulinho, avançado do SC Braga, no fundo das redes do Sporting CP, mas o lance foi anulado por fora‑de‑jogo. Pouco depois, um livre directo de Pedro Porro acabou nas mãos de Matheus, guardião dos forasteiros, sendo um aviso para o que aconteceria aos 54 minutos. Nuno Mendes teve espaço na esquerda, cruzou para o lado contrário, onde estava Nuno Santos, que por sua vez atrasou na perfeição para Pedro Gonçalves. O camisola 28, fazendo jus ao estatuto de melhor marcador da Liga NOS, finalizou com sucesso e concluiu a jogada do 1‑0. Foi o 11.º golo de ‘Pote’ nesta edição do campeonato, sendo especialmente importante por


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Pedro Gonçalves abriu o marcador e segue como goleador máximo da Liga NOS (11 golos)

O segundo golo no desafio foi o primeiro de Matheus Nunes pela equipa principal

Adán esteve em evidência ao manter a baliza Sportinguista bem segura

Feddal e Nuno Santos regressaram ao onze inicial

O lateral‑direito Pedro Porro realizou mais uma excelente exibição

ter desbloqueado um jogo que se previa (e que foi) difícil. Rúben Amorim fez as duas primeiras alterações logo a seguir, tirando Tiago Tomás e Nuno Santos para colocar, respectivamente, Andraž Šporar e Bruno Tabata, mas quem voltou a brilhar, aos 63 minutos, foi Adán. Boa jogada do SC Braga – ainda que precedida de fora‑de‑jogo não assinalado – com a bola a sobrar para Ricardo Horta no coração da área. Contudo, o português voltou a encontrar o espanhol, que efectuou uma defesa que fez com

que os jogadores adversários levassem as mãos à cabeça. Do outro mundo. Matheus Nunes entrou a 20 minutos do fim, substituindo Pedro Gonçalves, e as escolhas de Rúben Amorim mostraram‑se acertadas aos 78 minutos. Tabata ganhou uma bola de cabeça lançada por Adán, Šporar recebeu e deu início a uma grande arrancada pela esquerda que deixou os defesas para trás. O ponta‑de‑lança rematou, o guarda‑redes defendeu e Matheus Nunes, no sítio certo à hora certa, fez o 2‑0 na

recarga. Mais um golo muito festejado em Alvalade fruto dos jogadores que saltaram do banco de suplentes. Até ao final, o SC Braga tentou reduzir, mas sem sucesso. Ainda assim, esteve perto aos 86 minutos, quando Paulinho falhou o alvo de cabeça. O 2‑0 prevaleceu mesmo até ao fim e fez com que o Sporting CP atingisse a 14.ª vitória da época em 17 jogos. Os Leões conquistaram mais três pontos na longa caminhada que é a Liga NOS, prova que lideram com mais quatro pontos que os segundos classificados.

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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

“ACABÁMOS POR VENCER JUSTAMENTE” RÚBEN AMORIM ANALISOU O TRIUNFO SOBRE O SC BRAGA E DESTACOU A EFICÁCIA E A UNIÃO. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl

Terminado o desafio com 2‑0 para o Sporting Clube de Portugal sobre o SC Braga, Rúben Amorim marcou presença na conferência de imprensa para analisar a vitória verde e branca. O treinador do emblema de Alvalade reconheceu as dificuldades, mas reforçou a justiça do resultado. “Sabíamos que ia ser um jogo muito complicado. Uma equipa que a defender encaixa na outra a atacar. Entrámos bem na partida e tínhamos o jogo controlado, com mais bola. Depois, o SC Braga teve a oportunidade do Ricardo [Horta] em que o Adán fez uma grande defesa. A partir daí, perdemo‑nos um bocadinho. Depois, na segunda parte, houve um golo anulado por fora‑de‑jogo em que a linha defensiva esteve muito bem. Marcámos, defendemos e o Matheus Nunes entrou muito bem, assim como o Šporar e os outros que entraram. Fomos eficazes, somos uma equipa muito unida. Estamos preparados para tudo e acabámos por vencer justamente”, começou por dizer o treinador verde e branco aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho. Sobre Adán, Rúben Amorim teceu apenas elogios depois de lembrar que a grande defesa que o espanhol protagonizou no segundo tempo resultou de um lance em fora‑de‑jogo e que, por isso, nem devia ter contado. “É um grande guarda‑redes que o Hugo Viana conseguiu convencer a vir para um grande Clube quando tinha outras propostas”, frisou. O líder da equipa técnica Sportinguista abordou a forma da equipa e admitiu que há trabalho pela frente, mas não escondeu o orgulho nos jogadores que orienta. “Tenho plena noção. Temos muito a

“Estamos no bom caminho porque estamos unidos”, disse o técnico

melhorar, mas tenho de dar os parabéns aos rapazes, que fazem um trabalho excelente e dão tudo pela equipa, que é a obrigação deles. (...) É difícil, mas estamos no bom caminho porque estamos unidos. Isso é meio caminho andado”, contou, destacando ainda a exibição de Pedro Porro: “Esteve incrível e fez um grande jogo”. Por fim, Rúben Amorim recusou revelar nomes de potenciais reforços tendo em conta que o mercado de transferências já está aberto e explicou o motivo. “Depois de um jogo destes, não cai bem dizer que precisamos deste ou daquele jogador. Estou muito satisfeito com o grupo que tenho. Se houver mudanças, vai ser com jogadores para o projecto do Sporting CP que espero que fiquem muitos anos”, garantiu.

Rúben Amorim gostou muito da exibição colectiva e destacou as prestações de Adán e de Pedro Porro


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30/12/20

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FUTEBOL ANÁLISE

O MELHOR JOGO DO CAMPEONATO TEVE UM MVP À ALTURA – RÚBEN AMORIM pós‑pressão ou o explorar do passe vertical e a profundidade davam ao Sporting CP o domínio do jogo, ainda que com alguma falta de definição no último terço do campo.

Rodrigo Pais de Almeida

A equipa do Sporting Clube de Portugal entrou em campo forte, pressionante e controladora por forma a surpreender o adversário, não deixando a equipa do SC Braga sair desta pressão de forma organizada e em apoio como tanto gosta, por forma a permitir ao seu trio da frente criar perigo através da mobilidade de Ricardo Horta, Galeno e Paulinho. O Sporting CP dominava a primeira meia hora do jogo sem que o adversário conseguisse reagir. O jogo era um quadro de duelos individuais perfeitos, mas a pressão diferenciada de Pote e Nuno Santos no espaço entre os centrais e os laterais, e a velocidade estonteante

O SC Braga demorou 30 minutos a perceber os encaixes que Rúben Amorim tinha preparado e onde estava a supremacia Leonina no campo. Ao recuar Fransérgio (que estava a “falso” 10 no apoio a Paulinho libertando Galeno para fechar as investidas de Pedro Porro) para a linha de meio‑campo onde João Mário e João Palhinha se superiorizavam à dupla João Novais/Al Musrati, Carlos Carvalhal equilibrou as forças no centro do terreno e ganhou superioridade, músculo e capacidade para libertar Galeno e Ricardo Horta para as ajudas a Paulinho igualando três para três com os centrais do Sporting CP. Foi daí que nasceram as duas únicas oportunidades de golo do SC Braga no jogo, com Adán e o poste da baliza Vítor Damas a evitarem que o adversário se adiantasse no marcador

em dois contra‑ataques após perdas de bola de jogadores do Sporting CP (a defesa espectacular de Adán na segunda parte é precedida de fora‑de‑jogo mas que não foi alvo do protocolo do VAR em virtude de não ter resultado em putativo golo). O resultado ao intervalo espelhava o equilíbrio dos domínios do jogo. Sporting CP com mais minutos por cima do adversário, SC Braga mais astuto no contra‑ataque e a reagir bem à “teia” preparada pelo jovem treinador Leonino. O acerto defensivo quer no equilíbrio posicional quer na abordagem aos lances da defesa do Sporting CP não surpreendia pois é a base da construção da ideia de jogo de Rúben Amorim. A falta de remates enquadrados era escondida por um corte providencial de Ricardo Esgaio e por um milésimo de atraso de Nuno Santos a um cruzamento de Pedro Porro que quase permitia o inaugurar do marcador.

Previa‑se uma segunda parte idêntica. Com a defesa Leonina a mostrar‑se organizada e sem conceder espaços e o jogo a ter de ser decidido ou em algum desequilíbrio dos múltiplos duelos, ou por um índice de eficácia superior de alguma das equipas nas poucas oportunidades que poderiam surgir. E foi assim, na eficácia, que o Sporting CP desbloqueou o jogo. Um lançamento/cruzamento perfeito de Nuno Mendes isolava Nuno Santos que com um toque de calcanhar deixava para Pedro Gonçalves fazer o seu 11.º golo na Liga NOS e inaugurar o marcador. A melhor jogada do encontro, a explorar as costas da defensiva do adversário como é apanágio da nossa equipa, a supremacia no duelo individual e a eficácia no momento da decisão. Era difícil escrever melhor guião! Mas este não foi o momento do jogo, esse viria três minutos depois. Rúben Amorim decide mexer na equipa e coloca Šporar e Bruno Tabata no lugar de Tiago Tomás e Nuno Santos. Acrescenta poder de choque, frescura física e técnica no último reduto bracarense e tapa as investidas de Galeno minutos mais tarde ao colocar (no lugar do marcador do único golo até então) Matheus Nunes levando Carlos Carvalhal a provar da sua própria astúcia da primeira parte, igualando o meio‑campo a três, mas com jogadores mais disponíveis para dar largura e profundidade no momento de recuperar a bola. Foi assim que Tabata assistiu Šporar… que arrastou e desmanchou três defesas do SC Braga… e permitiu a Matheus Nunes, pleno de oportunidade, sentenciar o 2‑0 final. Um golo totalmente construído a partir do banco de suplentes pelo MVP deste encontro, Rúben Amorim. Podia falar das defesas de Adán (embora uma delas

precedida de fora‑de‑jogo), da dinâmica e querer de Porro, do sentido posicional e utilidade de Luís Neto, do sacrifício físico de Feddal ainda debilitado pela recente lesão, da monstruosidade de João Mário a jogar às escondidas no centro do terreno, do trabalho incansável de Tiago Tomás que permitiu a Šporar explorar o declínio físico da defesa do SC Braga, etc., etc. Seria injusto para alguém e para todos. Porque fomos isso sim, uma grande Equipa. A minha nota final vai para uma das maiores virtudes que vejo semana após semana nesta equipa do Sporting CP e que o melhor jogo da Liga NOS até ao momento me permite reafirmar. O jogo foi decidido nos detalhes. Teve tudo. Golos bonitos. Defesas estrondosas. Penáltis por marcar. Duelo táctico de parada e resposta dos treinadores ao nível das melhores ligas do mundo. Dois treinadores de futebol e para o futebol. Velocidade. Intensidade. E eficácia. Mas teve sobretudo uma equipa que passou de uma fase de construção para uma de evolução, cujo treinador tem acima de todas as suas qualidades a consciência dos jogadores e equipa que tem, em que fase esta se encontra. Que tem presente em todos os minutos de treino e de jogo as limitações da mesma e até onde pode ir naquele momento. Esta consciência da realidade da equipa e que não permite “embandeirar em arco”, este pragmatismo na construção de um plantel, de uma ideia de jogo segura, e de uma abordagem aos jogos construída a partir de trás, dá tempo e espaço para um crescimento ainda maior dos jogadores e equipa e permite cimentar as bases de hoje e para o futuro da equipa do Sporting CP.


AF SPORTING NOVOS EQUIPAMENTOS 3F JORNAL SCP 4EQUIP.pdf

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EQUIPAMENTOS OFICIAIS 20/21 À VENDA NA LOJA VERDE


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

PRÓXIMO DESAFIO: MADEIRA LEÕES DESLOCAM‑SE À ILHA PARA DISPUTAR OS DOIS PRÓXIMOS ENCONTROS. O PRIMEIRO FRENTE AO CD NACIONAL PARA A LIGA NOS E O SEGUNDO DIANTE DO CS MARÍTIMO PARA A TAÇA DE PORTUGAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal joga os dois próximos encontros na Madeira. O primeiro já nesta quinta‑feira (18h30) diante do CD Nacional, a contar para a 13.ª jornada da Liga NOS, e o segundo na próxima segunda‑feira (21h15) frente ao CS Marítimo, referente aos oitavos‑de‑final da Taça de Portugal. Os comandados de Rúben Amorim, que na última ronda venceram o SC Braga (2‑0), continuam na liderança isolada da Liga NOS, agora com mais quatro pontos do que os segundo e terceiro classificados, o FC Porto e o SL Benfica, respectivamente, e é nessa condição, resultado de dez vitórias e dois empates, que jogarão no Estádio da Madeira. Por sua vez, a formação insular, que regressou à Liga NOS esta temporada, é nona classificada, após três vitórias, quatro empates e quatro derrotas, e chegará a esta partida com mais descanso do que os Leões. Isto porque, na ronda 12 o CD Nacional, orientado por Luís Freire, deveria ter jogado frente ao Vitória SC, mas a partida foi adiada devido a vários casos positivos de COVID‑19 na equipa vimaranense. Este será o 48.º encontro entre

Sporting CP quer manter a liderança isolada na Liga NOS e seguir em frente na Taça de Portugal

os dois emblemas, com clara superioridade dos Leões, que venceram 29 vezes e perderam quatro – a última na época 2010/2011 –, enquanto o empate se registou em 14 ocasiões. Na última visita à Choupana, em 2018/2019, o

ÚLTIMO ONZE DO CD NACIONAL Daniel Júlio César Rúben Freitas

João Vigário Lucas Kal

Nuno Borges Rúben Micael João Camacho Larry Azouni Brayan Riascos Bryan Róchez

Sporting CP venceu por 0‑1 com golo de Luiz Phellype. Quatro dia depois da partida na Choupana, o Sporting CP joga nos Barreiros, que fica a menos de 10 quilómetros de distância, diante do CS Marítimo, a continuidade na Taça de Portugal. Os Leões chegaram a esta fase da prova depois das vitórias frente ao SG Sacavenense (1‑7) e ao FC Paços Ferreira (3‑0), enquanto a formação madeirense venceu o FC Penafiel (2‑3) e o SC Salgueiros (2‑1), ambos após prolongamento. O CS Marítimo, que na Liga NOS ocupa a oitava posição, tem feito uma época de altos e baixos, tendo já trocado de

treinador. Milton Mendes, que começou a temporada na equipa sub‑23 insular, é quem comanda agora a formação madeirense, depois da saída de Lito Vidigal. Sporting CP e CS Marítimo vão medir forças pela 101.ª vez e apesar de nas últimas épocas

os Leões não terem tido vida fácil nos Barreiros, onde não vencem desde 2015/2016, o histórico entre os dois clubes dá a formação Leonina como favorita na Madeira: 28 vitórias, contra 11 da equipa adversária e oito empates.

ÚLTIMO ONZE DO CS MARÍTIMO Abedzadeh Renê Zainadine Léo Andrade Cláudio Bambock Jean Guitane Marcelo Rodrigo Pinho Tagueu


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FUTEBOL SUB-23

LEÕES TRAVADOS EM ALCOCHETE PORTIMONENSE SC LEVOU A MELHOR NUM JOGO EM QUE O SPORTING CP MERECIA OUTRO RESULTADO. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão

A equipa sub-23 do Sporting Clube de Portugal entrou com o pé esquerdo na segunda fase da Liga Revelação, ao perder na última terça-feira no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, com o Portimonense SC por 0-1 no jogo da primeira jornada da prova. Os comandados de Filipe Pedro até entraram melhor na partida e dispuseram de várias ocasiões para inaugurar o marcador, com um livre de Joelson e um remate à entrada da área de Bernardo Sousa, que fizeram a bola sair ao lado da baliza defendida por Aflalo, mas a formação visitante é que acabou por se colocar na frente. Meia Pag Jornal SCP Camisola

Foi aos 16 minutos, na sequência de um canto, e num lance algo confuso na área Leonina, que o Portimonense SC abriu o marcador, através de Matheus Guedes. O Sporting CP teve então de correr atrás do prejuízo e, aos 27 minutos, Duarte Carvalho teve uma boa oportunidade, mas a bola saiu ligeiramente por cima da barra. Assim, sem conseguir empatar, os Leões foram para o intervalo a perder. Na segunda metade, o Sporting CP continuou com mais bola e foi tentando encontrar espaços na defesa compacta do Portimonense SC, mas sem sucesso. Por isso, foi de fora da área que Bernardo Sousa Jordão.pdf 1 08/10/20 11:24 ameaçou o empate num remate

que, tal como na primeira parte, saiu ao lado da baliza da formação algarvia. A derrota acabou por ser injusta para os Leões, que na próxima ronda, marcada para este sábado, se deslocam ao terreno do CD Cova Piedade à procura de outro resultado. 5 de Janeiro de 2021 | Liga Revelação – 2.ª fase – 1.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP

0-1 (0-1 ao intervalo)

PORTIMONENSE SC Matheus Guedes (16’)

Sporting CP: Diego Callai, Babacar Fati, Chico Lamba, Rafael Fernandes, Diogo Brás (Hevertton Santos, 87’), Renato Veiga (Bruno Tavares, 62’), Duarte Carvalho, Bernardo Sousa, Joelson, Tiago Ferreira (Youssef Chermiti, 87’) e Paulo Agostinho (Nikolai Skoglund, 75’). Suplentes não utilizados: Vasco Gaspar, Rodrigo Rêgo, Daniel Rodrigues, Edson Silva, Tiago Santos e Lucas Dias. Treinador: Filipe Pedro. Disciplina: cartão amarelo para Tiago Ferreira (13’), Babacar Fati (40’), Renato Veiga (50’), Paulo Agostinho (64’) e Chico Lamba (77’).


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FUTEBOL FEMININO

ANO NOVO, VELHOS HÁBITOS TRIUNFO POR 1‑2 SOBRE O CS MARÍTIMO FECHA PRIMEIRA FASE IMACULADA DAS LEOAS COM NOVE VITÓRIAS EM NOVE JOGOS. Texto: Xavier Costa Fotografia: Mário Vasa

A equipa feminina do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu, no passado domingo, o CS Marítimo por 1‑2, na nona e última jornada da primeira fase da zona Sul da Liga BPI. Em crescendo numa partida exigente, as Leoas – já qualificadas para a fase de apuramento de campeão – exibiram‑se à altura e, graças aos golos de Nevena Damjanović (45 minutos) e Carolina Mendes (68 minutos), fecharam a primeira fase com chave de ouro. O encontro começou equilibrado, mas com pouca

acção perto das duas balizas. As Leoas ameaçaram primeiro através de remates de fora da área, já a formação madeirense tentava aproveitar sobretudo as bolas paradas. Aos 28 minutos, a lesão de Wibke Meister obrigou Susana Cova a fazer uma alteração forçada e promoveu a estreia de Mariana Rosa, mais uma jovem jogadora formada no Clube que chega à equipa principal [ver peça seguinte]. Já depois da meia hora, o Sporting CP assumiu as rédeas do jogo e somou várias oportunidades de golo. Primeiro, Tatiana Pinto em boa posição no interior da área não conseguiu finalizar. De

seguida, e por duas vezes, foi Carolina Mendes a ficar muito perto de inaugurar o marcador. Em cima do intervalo, Carolina Mendes e Bárbara Santos, guardiã do CS Marítimo, voltaram a ser protagonistas. Na melhor oportunidade do encontro, o cruzamento de Ana Borges encontrou o cabeceamento da ponta‑de‑lança do Sporting CP, travado pela guarda‑redes adversária. As Leoas estavam claramente por cima do encontro e, a fechar a primeira parte, Ana Borges foi derrubada dentro da área. Chamada a converter, Nevena Damjanović atirou com classe para o merecido

LEOAS COM CALENDÁRIO DEFINIDO A equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal já conhece o calendário para a fase de apuramento de campeão da Liga BPI. Nesta fase decisiva, composta por oito equipas, encontram‑se as quatro primeiras classificadas da primeira fase de cada zona (Norte e Sul). JOGOS 1.ª jornada | 17/01/2021: Sporting CP vs. FC Famalicão 2.ª jornada | 24/01/2021 quarto classificado série Sul (CS Marítimo ou SCU Torreense) vs. Sporting CP 3.ª jornada | 06/02/2021: Sporting CP vs. terceiro classificado série Sul (CS Marítimo ou GD Estoril Praia) 4.ª jornada | 28/02/2021: Clube Albergaria vs. Sporting CP 5.ª jornada | 14/02/2021 Sporting CP vs. Clube Condeixa ACD 6.ª jornada | 21/03/2021 Sporting CP vs. SC Braga 7.ª jornada | 28/03/2021 SL Benfica vs. Sporting CP

8.ª jornada | 18/04/2021 FC Famalicão vs. Sporting CP 9.ª jornada | 25/04/2021 Sporting CP vs. quarto classificado série Sul (CS Marítimo ou SCU Torreense) 10.ª jornada | 28/04/2021 terceiro classificado série Sul (CS Marítimo ou GD Estoril Praia) vs. Sporting CP 11.ª jornada | 09/05/2021 Sporting CP vs. Clube Albergaria 12.ª jornada | 23/05/2021Clube Condeixa ACD vs. Sporting CP 13.ª jornada | 30/05/2021 SC Braga vs. Sporting CP 14.ª jornada | 06/06/2021 Sporting CP vs. SL Benfica

3 de Janeiro de 2021 | Liga BPI – 1.ª fase zona Sul – 9.ª jornada Complexo Desportivo CS Marítimo Campo n.º 2

CS MARÍTIMO Suse Gomes (66’)

1‑2 (0‑1 ao intervalo)

SPORTING CP Nevena Damjanović (45’) Carolina Mendes (68’)

Sporting CP: Inês Pereira [GR]; Joana Marchão, Nevena Damjanović, Bruna Costa, Wibke Meister (Mariana Rosa 28’), Andreia Jacinto, Amanda Pérez, Tatiana Pinto (Rita Fontemanha 88’), Marta Ferreira (Raquel Fernandes 45’), Ana Borges e Carolina Mendes. Suplentes não utilizados: Patrícia Morais [GR], Carlyn Baldwin, Mónica Mendes, Alicia Correia. Treinador: Susana Cova. Disciplina: Cartão amarelo a Raquel Fernandes (84’).

A capitã Leonina inaugurou o marcador frente ao CS Marítimo

golo Leonino. No segundo tempo, o CS Marítimo entrou melhor e procurava chegar rapidamente à baliza de Inês Pereira, que ia sustendo as investidas adversárias. A partir da hora de jogo, o Sporting CP reequilibrou a partida e soltou‑se na frente: primeiro, Carolina Mendes e, depois, Andreia Jacinto tiveram boas oportunidades para dilatar a vantagem. O jogo partiu, as oportunidades sucediam‑se em ambas as balizas e aos 66 minutos, na sequência de um canto, a equipa madeirense aproveitou: Suse Gomes cabeceou para o empate madeirense – resultado que daria ao CS Marítimo a passagem imediata à próxima fase, uma qualificação

conseguida apesar da derrota. Embora o Sporting CP já estivesse apurado, as Leoas mantinham a exigência e a ambição no máximo. Por isso, a resposta não tardou e, logo de seguida, num ataque rápido, Joana Marchão cruzou rasteiro para o golo de Carolina Mendes, que colocou as Leoas de novo na frente do marcador e acabaria por ser o resultado final. Nono triunfo em nove jogos para as imparáveis Leoas de Susana Cova, que fecharam a primeira fase isoladas no primeiro lugar, com o pleno de 27 pontos e destacaram‑se ainda como o ataque mais concretizador (47 golos) e a equipa menos batida (quatro sofridos) do campeonato. Agora, segue‑se a fase de apuramento de campeão.


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ADN DE LEOA NO SUCESSO DO FUTEBOL FEMININO MARIANA ROSA ESTREOU‑SE NA EQUIPA PRINCIPAL E TORNOU‑SE A QUARTA JOVEM LEOA FORMADA NO CLUBE A JOGAR NO PRINCIPAL CAMPEONATO EM 2020/2021. quais singram na elite do desporto‑rei. Ora, no futebol feminino, o ideal seguido é o mesmo. A valorização da formação é igualmente importante e o trabalho desenvolvido nos últimos anos na fábrica de talentos verde e branca começa a dar os seus frutos. A equipa feminina do Sporting CP é actualmente a base da selecção nacional e neste momento, além das jogadoras mencionadas, Marta Ferreira (18 anos), Andreia Jacinto (18 anos), Joana Martins (20 anos) e Neuza Besugo (21 anos) completam o lote de oito Leoas formadas na Academia que este ano integram o plantel de Susana Cova.

Entre todas elas, destaca‑se a preponderância que Andreia Jacinto, Alicia Correia e Marta Ferreira têm assumido nas escolhas da equipa técnica, acabando a primeira fase como quarta, décima segunda e décima quarta jogadoras, respectivamente, com mais minutos disputados. Outra jovem que se tem destacado é Neuza Besugo que, apesar da menor utilização (75 minutos) tem sobressaído pela veia goleadora, uma vez que contribuiu com três golos na primeira fase [ver caixa]. O desenvolvimento de talentos na Academia é uma das marcas do ADN Leonino e tem‑se estendido de forma sustentada também à equipa feminina do Sporting CP.

ESTREIAS NO CAMPEONATO EM 2020/2021 Inês Gonçalves (médio, 19 anos) Carolina Beckert (defesa, 20 anos) Alicia Correia (defesa, 17 anos) Mariana Rosa (defesa, 19 anos)

JOGADORAS DA FORMAÇÃO NO PLANTEL 2020/2021 Andreia Jacinto (médio, 18 anos): 697 minutos, nove jogos (oito como titular) e dois golos. Alicia Correia (defesa, 17 anos): 435 minutos, seis jogos (cinco como titular) e um golo.

A Academia começa a dar os seus frutos também no futebol feminino

Texto: Xavier Costa Fotografia: Mário Vasa

Os números da equipa de futebol feminino do Sporting Clube de Portugal falam por si [ver peça anterior]. No entanto, para lá do pleno de vitórias (nove triunfos em nove jogos) e dos registos ímpares em termos ofensivos e defensivos alcançados na primeira fase do campeonato, é de realçar que tudo isso foi conseguido com uma aposta simultânea e preponderante

na formação. Ao minuto 28 do jogo frente ao CS Marítimo (1‑2) no último domingo, Susana Cova promoveu a estreia da jovem Mariana Rosa. Ora, depois de Inês Gonçalves (19 anos), Carolina Beckert (20 anos) e Alicia Correia (17 anos), Mariana Rosa, de 19 anos, tornou‑se a quarta Leoa formada no Clube que este ano se estreou no campeonato. “Senti‑me muito feliz, era um objectivo que tinha há já algum

tempo”, disse Mariana Rosa em declarações ao Jornal Sporting após o jogo. A jovem defesa admitiu que “jogar na equipa principal sempre foi um sonho desde pequenina”, fazendo ainda um balanço positivo da sua estreia: “Acho que correu bem, ganhámos e agora é pensar já no próximo jogo e em ajudar a equipa”, rematou. A Academia Leonina é conhecida mundialmente por 'alimentar' a equipa principal do Sporting CP com inúmeros jovens talentos, muitos dos

Marta Ferreira (médio, 18 anos): 272 minutos, sete jogos (três como titular) e dois golos. Joana Martins (médio, 20 anos): 191 minutos, quatro jogos (dois como titular) e um golo. Carolina Beckert (defesa, 20 anos): 79 minutos, um jogo. Neuza Besugo (médio, 21 anos): 75 minutos, cinco jogos (um como titular) e três golos. Mariana Rosa (defesa, 19 anos): 62 minutos, um jogo. Inês Gonçalves (médio, 19 anos): 13 minutos, um jogo.


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OPINIÃO

ACTUALIDADE

O REI VAI NU… ELES ATÉ JÁ DIZEM… REI VAI NU!!!

Tito Arantes Fontes Temos 18 clubes no campeonato nacional. São todos clubes profissionais de futebol. Todos! Ou seja, o futebol é a este nível uma actividade profissional. Todos sabemos disso. E é uma actividade que é – naturalmente – sujeita a regras, desde logo às leis do jogo! São só 17 as leis do jogo… várias sobre as características físicas do campo, da bola, das balizas… algumas outras regras sobre as infracções e as suas consequências. Para administrar estas regras durante os 90 minutos de jogo foi definido, desde imemoriais tempos, a figura do árbitro. O árbitro não joga, apenas dirige e apita, nomeadamente quando as leis do jogo são infringidas. E certo é que ninguém – ninguém é mesmo ninguém! – vai aos estádios (ou – como hoje sucede – vê pela televisão) um jogo de futebol para ver a actuação dos árbitros. O que as pessoas querem ver são os “artistas da bola” e esses são, inquestionavelmente, os jogadores de futebol e as equipas cujas camisolas envergam. Assim deve e deveria ser sempre. Mas em Portugal… não, não é! No nosso campeonato assistimos a muitos jogos para vermos os erros dos árbitros – os na gíria denominados “roubos”! – que conforme as cores das camisolas são perpetrados para beneficiar uns clubes e prejudicar outros. Se se trata do verde do sporting CP o prejuízo é certo… a única incerteza é saber como será concretizado e em que momento do jogo! Se as cores forem do “poder bicolor azul e encarnado” o benefício também é certo! Exemplos disto são‑nos dados todas as semanas, jornada a jornada. No meio disto há uma casta de jornalistas, comentadores e ex‑árbitros que cirandam à volta deste “circo” e com ele fazem a sua vida e o seu ganha‑pão. São todos muito zelosos do “sistema”, da reputação dos árbitros, da seriedade do campeonato… mas – hélas! – o escândalo atinge proporções de tal modo gigantescas que algumas destas almas, colocando a mão nas suas consciências, até acham que é demais… um bocado ao jeito de “roubar sim, mas tanto também não”! Vêm ao caso, por isso, as palavras escritas nesta semana por Duarte Gomes (sim, até este ex‑árbitro se enoja com o que tem visto!) num artigo que ele próprio intitulou de “Erros a mais”! Diz este ex‑árbitro (e sabemos bem como o mesmo nos prejudicou… no campo e depois em comentários já fora dele!): “nesta altura do

campeonato há demasiados erros de arbitragem para o que era expectável e desejável”; e mais adiante “têm‑se visto erros inadmissíveis para uma competição que conta agora com o auxílio precioso da videoarbitragem”; e ainda “Em cada jornada, parece haver lances que são, aos olhos de todas as pessoas sensatas e razoáveis, francamente mal avaliados. Lances daqueles unânimes e cristalinos, cuja decisão não faz sentido nem pode acontecer. Lances… que deixam toda a gente à espera de uma só decisão: da decisão certa”; e concluindo mais diz”… uma classe que não se pode dar ao luxo de cometer erros que não têm explicação nem justificação exterior”. Acrescentando “A arbitragem tem feito… um esforço notável para crescer em condições, meios e apoios. Dá aos árbitros qualidade de trabalho e de acompanhamento. Em troca, tem o direito de exigir qualidade, compromisso e competência. Acima de tudo, competência”. E – como se não chegasse – remata com esta frase “esse filtro deve continuar a ser feito, para que meia dúzia de jovens… sem qualidade para a função não destruam o trabalho, dedicação e imagem de muitos bons profissionais que andam lá dentro”. Pois, Duarte Gomes, subscrevo (nunca pensei dizer isto na minha vida quanto ao que este senhor escreve) tudo o que diz… com excepção da última frase… é que não são “meia dúzia de jovens”… são quase todos e muitos dos piores são mesmo os que lá andam, na arbitragem, há mais anos! Perante isto estou – sentado, de poltrona – à espera de ver os habituais e descabelados comunicados e/ou reacções da “virginal” APAF e do seu “gémeo siamês” do Conselho de Arbitragem… e até o anúncio de processos disciplinares que certamente o Conselho de Disciplina conseguirá fundamentar para punir Duarte Gomes… ele merece! Afinal, tal como nós, desta vez ele também disse… “O rei vai nu!” Esta pouca‑vergonha “assentou praça” mais uma vez em Alvalade neste último jogo… e de que maneira! Mais três penáltis por assinalar a favor do SCP da inefável dupla “Fábio VARíssimo e João Pinheiro”! Este último – que no ano passado viu “só” três penáltis contra o SCP em Alvalade no jogo com o Rio Ave FC – agora, no VAR, não conseguiu ver nenhum! Grande alminha! Num desses lances, o primeiro, o VARíssimo ainda teve o desplante de marcar falta ao ataque do SCP pelo facto de jogadores do SC Braga terem caído… depois de – entre eles, só entre eles – terem chocado uns com os outros! Irra que é demais! E – importa frisar – todos os lances que deram azo a “analises aprofundadas” foram todos em prejuízo do SCP… a verdade é mesmo que não houve um lance de que o SC Braga se possa queixar! Proximamente falaremos de disciplina… essa que nos atribui cartões amarelos a torto e a direito e perdoa expulsões a Barós, a Taarabts, a Ferros… é fartar, é farta vilanagem! Última Nota: Parabéns SCP! Parabéns pela Campanha ADN SPORTING”! Eu Sou… ADN SPORTING!!! VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

‘ADN SPORTING’ RECEBE PRÉMIO DA LIGA PORTUGAL CAMPANHA VERDE E BRANCA DISTINGUIDA NA CATEGORIA MARKETING E COMUNICAÇÃO DA LIGA PORTUGAL E MARKETEER DO MÊS DE NOVEMBRO. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

A campanha ‘ADN Sporting’ foi a vencedora do Prémio de Marketing e Comunicação da Liga Portugal e Marketeer do mês de Novembro. O troféu foi entregue na última segunda‑feira, 4 de Janeiro de 2021, no Estádio José Alvalade, ao administrador da SAD Leonina, André Bernardo, pelas mãos do Director Comercial da Liga Portugal, João Medeiros Cardoso. “O prémio é de todos os Sportinguistas, mas independentemente dos prémios, a campanha foi bem recebida por todos e transmite a mensagem que queríamos – mostrar por fora o Leão que temos por dentro”, referiu André Bernardo, reforçando que esta campanha mostra “o código genético único que constitui a identidade única de Ser Sporting CP”. “O Ser Sporting CP é algo que vai além dos títulos e representa um conjunto de princípios e valores e uma forma de estar. Acho que isso ficou bem representado nesta campanha e este prémio é o reconhecimento disso”, referiu. João Medeiros Cardoso também falou aos meios de comunicação presentes na cerimónia de entrega

do prémio, dizendo que, além de ser uma “campanha mobilizadora dos adeptos e simpatizantes”, algo que a Liga Portugal “procura cada vez mais enaltecer”, foi uma campanha “bem pensada, estruturada e idealizada”.



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BASQUETEBOL

AD OVARENSE SUPERADA EM DOSE DUPLA SPORTING CP BATE EQUIPA DO CONCELHO DE AVEIRO NO SÁBADO, PARA A LIGA PLACARD, E NO DOMINGO, PARA A TAÇA DE PORTUGAL, E ABRE 2021 DA MELHOR MANEIRA. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão

Num fim‑de‑semana preenchido, a equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal defrontou e venceu duas vezes a AD Ovarense no Pavilhão João Rocha para duas competições diferentes. Para a Liga Placard, os Leões triunfaram por 89‑58 e seguem líderes isolados. Já para a Taça de Portugal, a vitória fez‑se por 93‑80 e resultou na passagem aos quartos‑de‑final. No sábado, jogo para o campeonato e o mais desequilibrado dos dois. John Fields fez os primeiros pontos da tarde e deu início a uma excelente exibição, principalmente no primeiro quarto, no qual teve o incrível registo de dez pontos e seis ressaltos. Travante Williams, por outro lado, esteve forte nas assistências, efectuando cinco só nos dez minutos iniciais, que terminaram com o resultado de 21‑9 para o Sporting CP. A diferença foi aumentando com naturalidade e, já com jogadores que começaram a

partida no banco de suplentes em campo, o marcador apontava 46‑26 ao intervalo. Na segunda parte, os triplos de James Ellisor, Cândido Sá e Diogo Araújo aumentaram ainda mais a diferença e, no último quarto, o quinteto Pedro Catarino, Jalen Henry, Jorge Embaló, Jeremias Manjate e Diogo Araújo não teve problemas em fechar a partida em 89‑58. John Fields (16 pontos e 11 ressaltos) e Jalen Henry (dez pontos e dez ressaltos) foram autores de duplos‑duplos na 12.ª vitória em 12 jogos do líder na Liga Placard. No domingo, a Taça de Portugal. Nos oitavos‑de‑final, o mesmo adversário e o mesmo local e o mesmo desfecho: triunfo do Sporting CP, desta feita com mais equilíbrio (93‑80). Os dois primeiros quartos até fizeram esperar uma diferença semelhante à de sábado, tendo em conta a superioridade Leonina. Francisco Amiel, Travante Williams, James Ellisor e Pedro Catarino, este último

com três triplos consecutivos, brilhavam da linha dos três pontos e, ao intervalo, o Sporting CP estava na frente por 57‑39. A ida aos balneários fez bem à AD Ovarense, que reduziu a diferença para apenas dez pontos no terceiro quarto (67‑57), mas o Sporting CP reagiu e voltou a cavar um fosso tranquilo. Em destaque voltou a estar Pedro Catarino com um magnífico triplo lançado de antes do meio‑campo no último segundo do período para o 77‑61. No último quarto, a AD Ovarense reduziu mais uma vez a desvantagem, mas o grupo orientado por Luís Magalhães teve sempre a vitória sob controlo. O jogo acabou por terminar com o resultado de 93‑80 com o capitão James Ellisor a ser o melhor marcador com 22 pontos. Pedro Catarino (20 pontos), Travante Williams (17 pontos) e João Fernandes (dez ressaltos) também estiveram em evidência.

John Fields, poste, foi o autor de um duplo‑duplo no sábado (16 pontos e 11 ressaltos)

2 de Janeiro de 2021 | Liga Placard – Fase regular – 12.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

89 ‑ 58

AD OVARENSE

(21-9, 25-17, 21-14 e 22-18)

Sporting CP: Travante Williams (11), Francisco Amiel (2), John Fields (16), Jorge Embaló (9), Cândido Sá (8), Jeremias Manjate, João Fernandes (4), Cláudio Fonseca (4), Diogo Araújo (6), Pedro Catarino (10), Jalen Henry (10) e James Ellisor [C] (9). Treinador: Luís Magalhães.

3 de Janeiro de 2021 | Taça de Portugal – oitavos-de-final | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

93 ‑ 80

AD OVARENSE

(29-19, 28-20, 20-22 e 16-19)

Sporting CP: Travante Williams (17), Francisco Amiel (3), John Fields (7), Jorge Embaló, Cândido Sá (4), Jeremias Manjate, João Fernandes (4), Cláudio Fonseca (4), Diogo Araújo (2), Pedro Catarino (20), Jalen Henry (10) e James Ellisor [C] (22). Treinador: Luís Magalhães.

No domingo, o base Pedro Catarino apontou 20 pontos e faz cinco assistências


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FUTSAL

OPINIÃO

DEMOLIDORES FUTSAL VENCEU ELÉCTRICO FC POR 15‑1 E TERMINOU PRIMEIRA VOLTA DA FASE REGULAR DA LIGA PLACARD NO PRIMEIRO LUGAR DA TABELA. EM 15 JOGOS OS LEÕES MARCARAM 104 GOLOS. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Pedro Zenkl

Num jogo com pouca história, a equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu, no último domingo, o Eléctrico FC por 15‑1 no Pavilhão João Rocha. O duelo, a contar para a 15.ª jornada da fase regular da Liga Placard, foi o primeiro de 2021 para os Leões, que continuam em grande forma depois da conquista da Taça de Portugal relativa a 2019/2020 e que terminam a primeira volta do campeonato no primeiro lugar com 104 golos marcados. O triunfo começou a ser construído logo nos primeiros minutos com o golo de Zicky. Cardinal fez o 2‑0 e um autogolo de Miguel Pegacha aumentou a contagem. Até ao intervalo, Rocha, João Matos, Zicky mais uma vez e Pauleta facturaram e o resultado estava fixado nos 7‑0 no final dos 20 minutos iniciais. Segunda parte e mais do

Cardinal apontou cinco golos e esteve em evidência

mesmo, mas com duas figuras em destaque: Cardinal fez mais quatro golos, completando a ‘manita’ e Diogo Santos, jovem de 18 anos oriundo dos escalões de formação, marcou o primeiro golo pelos seniores. Cavinato, Pany Varela e João Matos fizeram os restantes, enquanto Rodriguinho foi o autor do golo de honra do Eléctrico FC.

NUNO DIAS DESTACA ATITUDE No final da partida, Nuno Dias mostrou‑se muito satisfeito com a forma como os seus atletas encararam a partida. “Há que realçar a seriedade com que a equipa assume o jogo e joga independentemente do resultado se estar a avolumar. Isso é respeitar a instituição, o Clube, os colegas, o adversário e toda a gente. Nunca deixámos de querer mais e isso é uma característica que queremos continuar a ter e até melhorar. Fomos mais eficazes e verticais no sentido de atacar a baliza do adversário quanto tivemos hipótese. Estivemos muito bem a esse nível. Há outro aspecto superimportante: a equipa podia ter relaxado após a época festiva e depois da conquista da Taça de Portugal, mas não. Os atletas foram bastante profissionais e o resultado traduz a seriedade e o compromisso que a equipa manteve ao longo dos 40 minutos. Só tenho de estar satisfeito com isso e dar os parabéns aos meus jogadores”, começou por dizer à Sporting TV

na zona de entrevistas rápidas. O treinador verde e branco falou também sobre os “números extraordinários” que o Sporting CP apresentou neste desafio. “Não há nada a dizer. E hoje jogámos contra o terceiro classificado, que está a fazer uma boa época e tem belíssimos jogadores, mas que encontrou um Sporting CP fantástico que não deu qualquer hipótese”, referiu. Nuno Dias comentou ainda a estreia a marcar de Diogo Santos e ainda o processo de evolução dos jovens que têm subido à equipa principal provenientes dos escalões de formação. “O Diogo é um miúdo que precisa de espaço e de aprender. Está a evoluir e a perceber que o jogo é diferente daquilo a que está habituado nos sub‑20. Está a aproveitar os minutos dele para jogar, correr e crescer. Todos têm ‘crescido’. O Tomás [Paçó], o Bernardo [Paçó], o Zicky. Por mais qualidade e potencial que os miúdos tenham, não é de um dia para o outro que se entra no Sporting CP. Não é uma equipa qualquer, é o Sporting CP. São miúdos bons e inteligentes que entendem que o processo é gradual. Não os queremos lançar às feras de forma inconsciente. Temos de os lançar no jogo em alturas mais fáceis e noutras alturas mais difíceis para entender o comportamento deles. Estão no sítio certo para crescer, ao contrário de outros que podiam estar aqui a crescer e que preferiram outros ares”, concluiu.

3 de Janeiro de 2021 | Liga Placard – Fase regular – 15.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP Zicky (2’ e 16’), Cardinal (5’, 21’, 25’, 26’ e 35’), Miguel Pegacha (8’ autogolo), Rocha (9’), João Matos (11’ e 28’), Pauleta (17’), Cavinato (25’), Pany Varela (26’), Diogo Santos (35’)

15 ‑ 1 (7‑0 ao intervalo)

ELÉCTRICO FC Rodriguinho (32’)

Sporting CP: Guitta [GR], João Matos [C], Diego Cavinato, Pauleta, Alex Merlim, Bernardo Paçó [GR], Mamadu Ture, Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky, Fernando Cardinal, Erick Mendonça, Rocha e Pany Varela. Treinador: Nuno Dias.

‘SIR’ NUNO DIAS

Juvenal Carvalho

Começo o ano a falar de um Homem do desporto que nasceu para ser grande, tão grande como os maiores da Europa. Apropria‑se a ele a velha máxima dos nossos fundadores, a par de tantos outros que representaram o nosso símbolo, na tão linda e ímpar história de quase 115 anos do nosso Clube. Também a Europa, mesmo lutando com armas desiguais e contra orçamentos estratosféricos de equipas de Espanha, da Rússia ou até do Cazaquistão, já caiu a seus pés em 2019, depois de em Portugal já ter ganho, e por diversas vezes, tudo o que havia para ganhar. Não é meu hábito fulanizar conquistas ou atribuir méritos individuais, até porque no Desporto como na vida ninguém ganha nada sozinho. Ele faz até da humildade a sua imagem de marca e põe a cada declaração o tónico do “nós” em detrimento do “eu”. Claro que falo de Nuno Dias, o nosso treinador de futsal. Com o Esforço, a Dedicação e a Devoção de todos os que compõem o grupo de trabalho por ele liderado, a Glória é o nome do meio do nosso futsal desde há vários anos a esta parte, sendo até de bom tom dizer que também já o era antes. Desde que se chamava futebol de cinco, aquando da fundação no Clube, que a palavra vitória é recorrente na modalidade. Nuno Dias tem a marca que só os grandes, aqueles que nasceram predestinados para

ter sucesso, a têm. Para ele a sorte, como tão bem o dizia o nosso professor Mário Moniz Pereira, dá muito trabalho. E é feito de trabalho e método tudo aquilo que consubstancia as inúmeras vitórias do nosso futsal. O ano de 2020 acabou com a conquista da Taça de Portugal com um recital de bem jogar. O ano de 2021 começou da mesma forma. Sei que para ele os festejos são efémeros, porque o trabalho é já a seguir e logo o rumo é olhar para a obtenção de mais e mais títulos. Tive o privilégio, no ano de 2014, de ter sido galardoado por um Núcleo do Sporting CP e a coincidência de ele ter recebido nesse mesmo dia o mesmo galardão a meu lado. Passei algum tempo à conversa com ele. A aprender com ele. Uma pessoa que respira o treino. Que tem tudo planeado e escalpelizado ao pormenor a cada dia. A cada jogo. A cada deslocação. É até contagiante a forma apaixonada como fala da sua modalidade. Feita de conhecimento raro. Tive o privilégio de ter trabalhado no Sporting Clube de Portugal com treinadores conceituados que também me ensinaram muito, ganhando mais conhecimento. Nuno Dias tem, porém, um toque de magia. Um não sei quê de fantástico. Fez recentemente 48 anos e já ganhou muito. Terá ainda muito mais para ganhar no longo trajecto que ainda terá pela frente. Que se mantenha por muitos e bons anos no nosso Clube. Ele é para mim o “Sir”, porque pese a designação ser de origem britânica, eles só atribuem esse estatuto a quem é Enorme. Um grande treinador e um Homem que respira e sabe de futsal como muito poucos. Tem nos genes a marca identitária dos ganhadores. Que assim continue. No dicionário dele a palavra derrota é muito residual. Nasceu para ganhar!


20 - SPORTING 3801

VOLEIBOL FEMININO

FOI SEMPRE A SUBIR EXIBIÇÃO EM CRESCENDO PERMITIU À EQUIPA FEMININA DE VOLEIBOL VENCER O DÉRBI DIANTE DO SL BENFICA POR 3‑0 E IGUALAR O LEIXÕES SC NA SEGUNDA POSIÇÃO DO CAMPEONATO NACIONAL. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa

A equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, na passada terça‑feira, o SL Benfica por 3‑0, em jogo em atraso da décima jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Naquele que foi o primeiro dérbi de seniores femininas após a subida de divisão das encarnadas, que tinham disputado esta competição pela última vez em 1993, as Leoas entraram algo inseguras na partida e deixaram‑se surpreender no início do primeiro set, o mais equilibrado de todos, permitindo que a equipa visitante se colocasse na frente por 0‑3. Depois de uma boa recuperação, que fez com que o Sporting CP chegasse pela primeira vez à vantagem no encontro, por 8‑7, a turma de Alvalade esteve praticamente

e empataram o parcial a sete. Logo depois, o conjunto verde e branco fugiu novamente no marcador e não mais voltou a ser incomodado pelo adversário, que não teve consistência nem experiência suficiente para parar o Sporting CP e acabou derrotado, de forma inteiramente justa, por doze pontos de diferença (25‑13). Com este triunfo, a formação Sporting CP está a apenas uma vitória do primeiro lugar

sempre na dianteira do placard, alcançando mesmo, em dois momentos distintos, uma vantagem de quatro pontos. Já nos últimos instantes do primeiro parcial, o equilíbrio voltou a assumir‑se como a palavra de ordem, materializado pelo empate no marcador 22‑22, mas o Sporting CP mostrou‑se mais esclarecido e eficaz na hora de atacar a rede e colocou‑se na frente com um triunfo por 25‑23.

As Leoas tiveram bons motivos para festejar no final

No regresso para o segundo set, o SL Benfica voltou a pontuar primeiro, mas desta vez não conseguiu fazer frente ao Sporting CP, que melhorou em todos os capítulos e mostrou‑se irrepreensível tanto a defender como a atacar, consumando a reviravolta no marcador e alcançando uma vantagem de seis pontos (11‑5). Mesmo com as encarnadas a tentarem reagir e a conseguirem chegar perto no marcador com um 18‑16, as jogadoras da casa voltaram a colocar o pé no acelerador e não deram qualquer hipótese ao adversário, que revelava dificuldades em acompanhar o ritmo intenso da equipa Leonina, fechando o segundo triunfo da noite com uns esclarecedores 25‑18. Já no terceiro e último set, o mais desequilibrado da partida, a equipa de Rui Pedro Costa entrou decidida em fechar o jogo e chegou rapidamente ao 5‑1, mas as águias não se intimidaram

5 de Janeiro de 2021 | Campeonato Nacional – Fase regular – 10.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

3‑0

SL BENFICA

(25‑23, 25‑18, 25‑13)

Sporting CP: Matilde Saraiva, Vanessa Paquete (9), Amanda Cavalcanti, Daniana Esteves, Cristiana Lopes, Bruna Gianlorenço (13), Gabriella Rocha (11), Thaís Bruzza (12), Ana Couto (3), Bárbara Pereira [C], Carolina Garcez [L], Daniela Loureiro [L], Aline Timm (11) e Beatriz Rodrigues. Treinador: Rui Pedro Costa.

Leonina ocupa agora o segundo lugar do Campeonato Nacional com 45 pontos, os mesmos do Leixões SC, ficando a apenas uma vitória de alcançar a líder AJM/FC Porto, que tem mais um jogo disputado. As Leoas voltam a entrar em campo no fim‑de‑semana de 23 e 24 de Janeiro para defrontar o Porto Vólei, no sábado, e o SC Braga, no domingo.

RUI PEDRO COSTA: “FOI UM PRIMEIRO SET TÍPICO DE DÉRBI” No rescaldo do triunfo, o treinador da equipa de voleibol feminino do Sporting CP, Rui Pedro Costa, reconheceu que o primeiro set foi o mais equilibrado da partida, mas mostrou‑se satisfeito com a exibição das suas atletas. “As duas equipas começaram o jogo nervosas, mas o SL Benfica entrou muito bem. Tem uma equipa boa e jovem e entrou agressivo no serviço. Foi um primeiro set típico de um dérbi, visto que o último aconteceu há 30 anos. Depois fomos encaixando bem e o nosso primeiro toque foi melhorando, que era uma coisa na qual não tínhamos estado tão bem no primeiro set”, começou por dizer. “A nossa distribuidora acabou por estar sempre a um nível bastante bom e foi transformando alguns primeiros toques menos eficazes do que é costume. Depois fomos pondo o nosso jogo em prática, aproveitámos a rede toda e a velocidade das nossas atletas. Esse foi o segredo do triunfo, além do trabalho e dedicação de toda a equipa”, referiu. Por fim, Rui Pedro Costa sublinhou os objectivos da equipa. “Este Campeonato Nacional decide‑se no play‑off, é uma maratona. Temos de ser muito consistentes para acabarmos nos primeiros lugares e depois estarmos prontos para o sprint final. O nosso foco são os quatro primeiros, mas queremos ficar o mais acima possível para termos a vantagem de jogar em casa”, concluiu.

ANA COUTO: “ESTIVEMOS MUITO BEM A SERVIR E NO BLOCO” Após o encontro, a distribuidora Ana Couto, uma das jogadoras em maior destaque na partida, elogiou a prestação da formação verde e branca. “Estivemos muito bem a servir e no bloco, o que fez com que o nosso contra‑ataque fosse facilitado e fechássemos os lances quase sempre na primeira bola. Isso é fruto do nosso trabalho e da análise que fizemos ao SL Benfica. Passados tantos anos, somos umas privilegiadas por podermos jogar um dérbi em pleno Pavilhão João Rocha”, referiu, apontando as razões para o primeiro set ter sido o mais nivelado do encontro. “É sempre um dos mais difíceis de jogar porque há muita ansiedade e os nervos estão à flor da pele, é um dérbi. Depois o nosso jogo fluiu, o que tornou tudo um pouco mais fácil para o nosso lado. Conseguimos os três pontos”, frisou.


DÁ GOSTO JOGAR AO ATAQUE

PATROCINADOR OFICIAL DA EQUIPA DE VOLEIBOL E BASQUETEBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL


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ENTREVISTA RENAN DA PURIFICAÇÃO E VICTOR HUGO

“VAMOS FAZER TUDO PARA TRAZER O TÍTULO NACIONAL DE VOLTA” Jogam na equipa de voleibol do Sporting Clube de Portugal, nasceram ambos no Rio de Janeiro e são amigos há mais de 20 anos. Depois de terem partilhado o balneário por diversas vezes, tanto na selecção brasileira como em diversos clubes, Renan da Purificação e Victor Hugo voltaram a encontrar-se esta época de Leão ao peito e não escondem a ambição em entrevista ao Jornal Sporting. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl Que balanço fazem da primeira metade da época? Victor Hugo (VH): Vir para o Sporting CP esta temporada foi óptimo, fui recebido da melhor forma possível. Não posso reclamar de nada e o Renan está aqui para confirmar. Tivemos uma primeira parte da temporada um pouco turbulenta, com muitos ajustes na equipa, mas sentimos a evolução e temos uma grande confiança no plantel. Acreditamos que vai dar tudo certo. Renan da Purificação (RP): É o meu segundo ano no Sporting CP, é sempre uma honra vestir esta camisola. Estamos a trabalhar e o Gersinho tem vido a ajudar‑nos muito. Sofremos derrotas que não deveriam ter acontecido,

mas aprendemos com elas. Daqui para a frente virão certamente muitas conquistas e vamos em busca dos títulos.

“TENHO UMA PAIXÃO ENORME POR ESTE CLUBE E ESTOU MUITO FELIZ AQUI” RENAN DA PURIFICAÇÃO E a nível individual, que avaliação fazem das vossas prestações? VH: Para mim tem sido uma época excepcional, estou muito feliz aqui. Claro que queremos sempre jogar e fazer

mais pela equipa, principalmente quando os resultados são menos positivos. Estou contente com o que tenho apresentado até aqui, mas estamos sempre à procura de mais porque os atletas são insatisfeitos por natureza. RP: Estou feliz com as minhas actuações. Acredito que cresci e evoluí bastante desde o ano passado. Tanto o Gersinho como todo o staff técnico e o Clube deixam‑me muito à‑vontade. Tenho muito a evoluir e a acrescentar à nossa equipa, mas este é um desporto colectivo e não podemos falar apenas de nós. Para conseguirmos fazer algo de bom dentro da quadra dependemos do serviço, do líbero, do Gersinho e do Rui, o nosso técnico de


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equipamentos. Há todo um conjunto de coisas que faz com que me sinta à‑vontade e queira melhorar. O Renan já vai na segunda época de Leão ao peito, mas esta é a primeira do Victor Hugo. Vir para o Sporting CP foi a decisão mais acertada? RP: Tenho uma paixão enorme por este Clube e estou muito feliz por estar aqui. Não tenho dúvidas de que acertei, o Gersinho acertou e a Direcção também. Vamos fazer tudo para trazer o título nacional de volta ao Sporting CP. VH: Se hoje me fizessem a mesma proposta que fizeram há seis ou sete meses, diria que sim na hora. Agora que cá estou, vejo que temos tudo. O Gersinho é um grande treinador e a Direcção nem se fala. Tenho a certeza de que estou no Clube certo.

“SE HOJE ME FIZESSEM A MESMA PROPOSTA QUE FIZERAM HÁ SEIS OU SETE MESES, DIRIA QUE SIM NA HORA” VICTOR HUGO O Renan chateou‑o muito para vir para Portugal e pa‑ ra o Sporting CP, Victor Hugo? VH: Ele disse‑me que havia essa possibilidade e que eu devia ficar atento. Pensei que se ele é uma pessoa que conhece e entende o Campeonato Nacional, podia acontecer. Quando assinei pelo Sporting CP, esperei algum tempo e não lhe disse nada. Ele começou a insistir comigo, eu disse que já estava confirmado e que íamos voltar a jogar juntos. Foi uma festa a seguir (risos). RP: Antes de mais, pensando em voleibol, o Victor Hugo é um grande jogador. Se virmos a trajectória dele, esteve sempre na selecção brasileira e carioca e nos principais clubes da Superliga, o campeonato brasileiro. Separando a amizade do voleibol, o Sporting CP acertou na vinda dele e ele está a mostrar isso dentro da quadra. Ele é praticamente meu irmão, conheço‑o há mais de 20 anos e frequenta a minha casa. É uma alegria tê‑lo aqui.

Como foi o primeiro contacto com o Gersinho? VH: Ele não estava no nosso primeiro ano de selecção, em 2008, mas chegou em 2009. O Gersinho naquela altura era treinador‑adjunto e estava num momento de crescimento na carreira, tal como nós. Ainda assim, adaptou‑se rápido. RP: O Gersinho sempre foi comunicativo e divertido e passa muita confiança aos jogadores. Sempre tivemos uma boa relação com ele, tanto que, quando soube que ele vinha para cá, pensei que era muito bom voltar a vê‑lo. Nós conhecemos o trabalho dele e há atletas que já jogaram na selecção olímpica brasileira e trabalharam com ele a quem pedi informações. Todos me disseram muito bem dele, é muito bom tê‑lo aqui connosco.

“O VICTOR HUGO É PRATICAMENTE MEU IRMÃO, CONHEÇO-O HÁ MAIS DE 20 ANOS E FREQUENTA A MINHA CASA” RENAN DA PURIFICAÇÃO Já nessa altura lhe reconheciam qualidades para vir a ser um grande treinador? RP: O Gersinho já trabalhou no Japão e sempre esteve em equipas grandes, ainda que nem sempre como treinador principal. Foi treinador do SC Corinthians Paulista na última época deles e orientou atletas como o Marcelinho, o Sérginho ‘Escadinha’ ou o Riad Ribeiro, que são grandes jogadores e, inclusive, foi um deles que me falou muito bem do Gersinho. Quando ele veio para cá, confirmámos tudo isso porque ele passa‑nos uma filosofia e uma segurança impressionantes. É bom tê‑lo connosco. VH: Ele chegou aqui com uma bagagem nova e nós

Como começou a vossa amizade? VH: Comecei a praticar atletismo na escola, no Rio de Janeiro, e a mãe do Renan trabalhava lá. Ela ajudou‑me com a inscrição, começámos a competir e conheci o Renan: eu era magro e pequeno, ele era mais baixo e gordinho. Praticámos várias modalidades no atletismo e mantivemos a amizade, mas depois separámo‑nos por algum tempo. Um dia, quando eu jogava voleibol no Fluminense FC e ele no Tijuca TC, vi a mãe dele no ginásio. Quando voltei a ver o Renan, ele já estava maior. A partir daí começámos novamente a falar e a frequentar o mesmo círculo, jogámos nas selecções juntos, fomos viver para Belo Horizonte juntos e não nos separámos mais.

“DENTRO DO BALNEÁRIO RIMO-NOS TODOS E BRINCAMOS UNS COM OS OUTROS” VICTOR HUGO Como surgiram as primeiras chamadas às selecções estaduais e depois à brasileira? RP: Se és do Rio de Janeiro, para chegares à selecção brasileira tens de ir primeiro à selecção carioca. Eu jogava no Tijuca TC e ele no Fluminense FC e fomos juntos à selecção carioca; depois o seleccionador brasileiro assistiu aos jogos dessa selecção e escolheu os melhores, lote em que fomos incluídos. Destacámo‑nos e fomos chamados à selecção brasileira, onde estava o Gersinho.

A boa disposição foi uma constante ao longo de toda a entrevista

também chegámos diferentes porque quando o conhecemos eramos uns miúdos. Essa simbiose funciona e acho que nos damos muito bem na quadra. A comunicação entre nós é muito boa. Representaram o Brasil em grandes competições in‑ ternacionais. Como foi essa experiência? RP: É sempre um orgulho representar o nosso país. Vemos que o nosso trabalho está a correr bem e isso é muito importante. Para mim foi maravilhoso e uma grande aprendizagem, joguei com atletas que hoje em dia são da selecção olímpica brasileira. Disputámos, por exemplo, o Mundial de sub‑19 e o Campeonato Sul‑Americano. VH: Jogar um Mundial com a selecção do teu país ou mesmo um Sul‑Americano, que parece menos importante, mas é uma competição muito grande, com jogadores que hoje são campeões olímpicos e amigos pessoais, é muito gratificante e um orgulho. Na selecção olímpica o nível é muito alto, ainda por cima no Brasil, onde há muitos jogadores. É muito bom poder dizer que participei nesse processo. Partilharam o balneário de um clube pela primeira vez em Belo Horizonte, no Minas Ténis Clube, entre 2008/2009 e 2010/2011. RP: O primeiro ano que saímos de casa, no Rio de Janeiro, fomos dividir o mesmo quarto, tal como fazíamos nas selecções. É sempre bom ter o Victor Hugo comigo, se possível, e jogar um bom voleibol. A amizade é importante, mas o fundamental é estar bem dentro da quadra, seja em representação de um clube ou selecção. >>


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Renan da Purificação e Victor Hugo são amigos há mais de 20 anos

Mais tarde, partilharam novamente o balneário ao serviço do SESC, do Rio de Janeiro, na temporada 2016/2017. VH: O SESC foi uma sensação nova. Já não eramos nenhuns ‘garotos’ e fomos para ser protagonistas no clube, que era novo na nossa cidade. Há muitos anos que não havia uma equipa profissional no Rio de Janeiro e queríamos dar o máximo para fazer o projecto vingar. Era uma grande oportunidade porque eu tinha jogado em várias equipas, mas nenhuma com grandes orçamentos. Tive esta oportunidade, tal como o Renan, e foi um ano muito bom e divertido. Tivemos a felicidade de sermos campeões da Superliga B.

“NÃO BASTA SABER APENAS DE VOLEIBOL OU DE PESSOAS, É PRECISO ENTENDER OS DOIS. NEM TODOS TÊM ESSA CAPACIDADE, MAS O GERSINHO TEM” VICTOR HUGO Como foi crescer a jogar voleibol num país em que a mo‑ dalidade é tão importante? VH: É algo natural. Nós estávamos no Rio de Janeiro, que é uma cidade que, por tradição, não tinha equipas profissionais naquela época. Tínhamos essa dificuldade, mas víamo‑nos sempre ao mais alto nível e já participávamos em grandes competições fora da nossa região e do nosso estado. As coisas foram acontecendo naturalmente, no início só queríamos jogar. RP: Foi algo que sempre procurámos. Nós estudávamos em escolas que davam bolsas através do voleibol e agarrávamo‑nos a isso. Era uma ajuda de custo e comecei a ver o voleibol através da selecção carioca, porque no

início não tens noção. É nessa altura que começas a perceber a dimensão do Brasil e do voleibol no país e percebes como é bom fazeres parte desse processo. VH: Quando chegávamos ao pavilhão e íamos jogar com uma equipa que não era assim tão grande, o pavilhão estava sempre esgotado e sentes que as pessoas respiram voleibol. Andas na rua e fazem‑te perguntas, querem saber quando vai haver jogo para estarem presentes. Não é só o voleibol e o que nós fazemos com a bola, é mais do que isso. Contagias todas aquelas pessoas e movimentas muita gente. Fico feliz por poder participar nisso e, muitas vezes, ser protagonista.

agora descobri que é muito mais fácil estar do lado dele (risos). Os portugueses abraçaram‑nos e sabem que culturalmente é mais fácil estar perto dos brasileiros, mas misturamo‑nos facilmente. Dentro do balneário rimo‑nos todos e brincamos uns com os outros, a diferença de nacionalidade não se nota.

Quais as principais diferenças entre o voleibol portu‑ guês e brasileiro? VH: Em Portugal temos quatro equipas que são muito fortes: nós, o SL Benfica, o SC Espinho e a AJ Fonte do Bastardo. Tecnicamente, estes conjuntos diferenciam‑se muito pouco. Ainda assim, a questão física faz muita diferença em relação aos outros clubes, tanto em termos de estatura como de massa muscular. Todos os portugueses são muito bons de bola e jogam muito bem, tanto que aqui há uma boa cultura de voleibol de praia. Mas no Brasil, como há muitos atletas, é fácil haver jogadores fortes e altos. Talvez por isso haja esta diferença.

O Miguel Maia é capitão e a maior figura do voleibol nacional. Olham para ele como um exemplo a seguir? RP: Tenho um respeito muito grande pelo Miguel. Tem 50 anos, treina sempre de forma intensa e não falta a nenhum treino. Às vezes pensas que estás a sentir uma dor, olhas para o lado e está lá ele a correr na quadra. Tenho um grande respeito pela história dele aqui em Portugal, acredito que seja o maior jogador português da história. Foi quarto classificado nos Jogos Olímpicos, foi campeão pelo Sporting CP e ajudou a trazer o voleibol de volta ao Clube. Tenho uma grande gratidão para com o Miguel por tudo o que ele faz. VH: Ele passa‑nos muitas coisas dentro da quadra, não só o respeito ou a educação. Muito poucos fazem o que ele faz, quem está neste meio sabe disso. É um homem excepcional fora da quadra, visitou várias vezes o Rio de Janeiro e às vezes brinca connosco ao relembrar esses tempos. Gosto muito de voleibol de praia e nas férias tentamos manter‑nos em forma nas praias do Rio de Janeiro, e ele também tem referências disso. Isso traz

Este ano a armada brasileira no plantel cresceu signi‑ ficativamente. Isso ajudou na sua adaptação, Victor Hugo? VH: Claro que sim. Além de ter comigo o Renan, um amigo de tantos anos, também está cá o Paulo Víctor, com quem fomos campeões no SESC. Já conhecia também o Bruno Alves de jogar contra ele noutras épocas e

“HÁ A LOUCURA E A PAIXÃO, MAS É A ÚLTIMA QUE DEFINE OS SPORTINGUISTAS. É UM ESPECTÁCULO DENTRO DO ESPECTÁCULO” VICTOR HUGO


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um ambiente melhor ainda, ele sabe juntar todos e está sempre com a moral em alta. É um líder e isso é algo natural nele. E o ambiente no balneário, como é? Há muitas brincadeiras? RP: Tenho tentado ficar sério durante a entrevista toda (risos). Nem vou olhar para o lado porque vai dar‑me vontade de rir. Há muitos jogadores engraçados no balneário. Quem são os mais divertidos? RP: Temos aqui dois fortes candidatos (risos). O Bruno Alves também é muito engraçado, e o próprio Miguel Maia também. VH: Às vezes os mais engraçados são aqueles que não falam tanto. Quando o Hélio Sanches e o José Vinha abrem a boca para dizer parvoíces, aí acabou (risos). É um bom grupo.

“FICO TRISTE PELO FACTO DE ALGUNS DOS MEUS COLEGAS NÃO TEREM JOGADO UM DÉRBI COM O PAVILHÃO JOÃO ROCHA CHEIO” RENAN DA PURIFICAÇÃO E os mais tímidos? RP: O Robinson Dvoranen é tímido. Quem não o conhece muito bem acha que ele é muito calado, mas se o deixarem falar ele não pára (risos). O João Fidalgo é mais introspectivo, mas quando abre a boca todos se calam porque ou vai falar com razão ou, se vai brincar, então vem aí ‘bomba’. Não tem como ser tímido neste balneário, essa é a verdade. Quem mete a música? RP: Varia (risos). Eu meto por vezes, mas o Hélio Sanches é o homem da música. Há muita variedade de estilos, desde pagode, funk ou rap, até música internacional, há de tudo um pouco. E como é a relação com o técnico Gersinho, agora que o voltaram a encontrar? RP: Tenho uma relação incrível com o Gersinho. É uma pessoa em quem confio muito, converso sobre tudo com ele, até coisas pessoais. É a pessoa certa para estar aqui e agora, é ele que vai trazer o título de volta. É o segundo ano dele aqui e fico muito feliz, tenho a certeza ele está no sítio certo no momento certo. O importante é ter o grupo na mão, e o Gersinho tem. É uma característica própria dele pela forma como trabalha. VH: O Gersinho entendeu o que é o Sporting CP, até pelo perfil dele. Percebeu o que queria transmitir-nos e fá-lo de forma excepcional. É uma pessoa que está aberta a qualquer discussão, seja acerca de métodos de treino ou estratégias de jogo, e pergunta sempre se estamos bem e felizes. Tem uma relação mais consolidada com o Renan, mas eu estou a conhecer de novo o Gersinho e a aprender muito com ele. É muito aberto e percebe até onde a equipa e o Clube podem e querem chegar. Isso é muito importante e ele passa‑o de forma clara. Não basta saber apenas de voleibol ou de pessoas, é preciso entender os dois. Nem todos têm essa capacidade. Este foi um ano atípico devido à pandemia. Quais os maiores desafios que encontraram? RP: Sinto muito a falta dos nossos adeptos. Fico triste pelo facto de alguns dos meus colegas não terem jogado um dérbi com o Pavilhão João Rocha (PJR) cheio. Eles fazem muita diferença e são um jogador a mais. Claro que

temos de tomar muitas precauções como usar máscara, mas eles fazem muita falta. Espero que quando formos campeões estejam aqui a puxar por nós. VH: Jogamos pelo espectáculo e os adeptos fazem parte dele. Não estou habituado a ter esse sentimento que existe nos clubes grandes e tradicionais como o Sporting CP. Normalmente esse apoio sente‑se nos dias de jogo e não só, mas infelizmente, como não há adeptos nas bancadas, ainda não tive a oportunidade de sentir isso. Quem sabe se mais no final da época posso ter essa experiência. O Victor Hugo nunca jogou no PJR com os Sportinguis‑ tas presentes. O Renan já lhe contou como é a sensação? VH: Não só o Renan, mas todos os que já cá estavam dizem que é algo apaixonante. Há a loucura e a paixão, mas é a última que define os Sportinguistas. É um espectáculo dentro do espectáculo, é algo à parte. É uma pena porque trabalhamos para viver esses momentos: fazer um ponto e ver os adeptos a vibrarem e baterem palmas. Essa sensação apenas o calor humano pode dar. E na rua, já foram abordados por adeptos? RP: São sempre momentos de apoio. Os nossos adeptos são maravilhosos, vêm sempre para elogiar mas, por vezes, também cobram, é normal. O Sporting CP é gigante, quem acompanha o voleibol sabe da dimensão do Clube e acaba por reconhecer‑nos na rua, o que é bom. Agora não podem estar presentes nas bancadas, mas enviam‑me sempre mensagens a apoiar. VH: A primeira vez que me abordaram foi logo no início, no Alvaláxia. Fui almoçar e uma adepta deu‑me as boas‑vindas e desejou‑me felicidades. Pensei logo: “Se é assim quando os adeptos nem podem ver os jogos ao vivo, como será quando puderem?”. Tanto o Renan como o Victor Hugo são bastante ex‑ plosivos dentro da quadra ao festejar cada ponto ou bloco ganho. Fora de campo também são assim? RP: Não, é diferente. Dentro da quadra eu nem sei o que acontece, principalmente com o Renan (risos). Somos muito agitados. Às vezes vejo os vídeos dos jogos e fico a olhar para nós, parece que estamos a discutir (risos). Há muita coisa em jogo, este é um dos maiores Clubes do mundo. Tenho a obrigação de dar tudo lá dentro. Estou longe da minha família e dos meus amigos, mas trabalhei muito para estar aqui. Vou deixar tudo dentro da quadra, nós viemos da mesma região e da mesma escola. Cá fora somos mais calmos e brincalhões, é tudo mais tranquilo. VH: Confirmo (risos).

“CONHECI O RENAN NO ATLETISMO: EU ERA MAGRO E PEQUENO, ELE MAIS BAIXO E GORDINHO” VICTOR HUGO Como tem sido viver em Lisboa? VH: Estou a adorar, é uma sensação diferente. Agora está um pouco frio, mas a cidade é muito bonita. É pequena para quem está habituado a viver no Rio de Janeiro e demora 30 ou 40 minutos para chegar a qualquer sítio, mas estou a gostar. Fui muito bem recebido e a comida é excepcional. Sinto‑me em casa porque a língua é igual e as pessoas são calorosas, estou muito feliz. Quais são os vossos pratos portugueses preferidos? RP: Há muitas coisas boas aqui (risos). Saladas nutritivas, claro, mas o bacalhau com natas é muito bom (risos).

Sou um apaixonado por bacalhau. Gostei muito de carne de porco à alentejana, um prato que já tinha experimentado, mas comi uma versão diferente que me deixou apaixonado. Não posso revelar demasiado aqui (risos). VH: Tirando a salada de que o Renan falou (risos), para mim é a francesinha. Esse é o meu calcanhar de Aquiles. Aquele molho e depois as batas fritas são qualquer coisa (risos). Têm algum sítio preferido? RP: Já fui a bastantes restaurantes, mas com a COVID‑19 é difícil, temos receio de estar em locais com muitas pessoas. Temos de nos preocupar porque temos de cuidar de 16 companheiros e então tentamos evitar sair. Ainda assim, na época passada estive na Casa do Alentejo e gostei muito da comida portuguesa. Esta temporada é preferível ficar em casa para nos protegermos. VH: É difícil conhecer muito, mas estive no Terreiro do Paço e gostei muito. Se é para conhecer, que seja um espaço aberto. Fui agora novamente no Natal para ver as luzes, mas espero que no final da época as coisas estejam melhores para poder explorar um pouco mais.

“FUI MUITO BEM RECEBIDO EM LISBOA E A COMIDA É EXCEPCIONAL. SINTO-ME EM CASA” VICTOR HUGO Quando não estão a treinar ou a jogar, como ocupam o vosso tempo? RP: Converso muito com a minha família por videochamada. A coisa que mais gosto é matar saudades da família e dos amigos. Sou meio maluco e vejo muito voleibol, mas também estudo porque é sempre bom aprender. VH: Aproveito para descansar porque a rotina é dura e temos de nos cuidar. Além disso, aproveito para manter‑me actualizado e continuo os meus estudos no Brasil, estou a terminar o curso de administração. Agora estou na fase de entrega dos trabalhos finais e tenho de me aplicar para não perder tudo o que construí. Aproveito também para ver um filme ou uma série para relaxar e poder voltar com a cabeça fresca. Devido à pandemia, não puderam passar o Natal no Brasil e passaram a Consoada juntos. Como foi? RP: Quem joga voleibol está habituado. Querendo ou não, estamos poucas vezes próximos da família. É o meu quarto ano na Europa e já me adaptei. Claro que sinto falta da minha família, mas temos outra família aqui. O Victor Hugo não sai de perto de mim (risos) e há outros brasileiros aqui e amigos que conseguimos reunir. Este ano foi muito bom porque passei com pessoas que eu amo. Trocaram presentes? RP: Passámos o Natal juntos, mas não trocámos presentes, apenas abraços (risos). Trocamos presentes há mais de 20 anos, já chega (risos). Agora que 2020 terminou, o que podemos esperar de 2021? VH: Podem certamente esperar muitas vitórias. Vão ver a nossa raça dentro da quadra. RP: É o momento em que vamos crescer. A recta final está a chegar e é hora de mostrar tudo o que temos. Vamos fazer de tudo para trazer o título de volta, tem de regressar ao Sporting CP pois este é o maior Clube do mundo.


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ENTREVISTA CARLA SALOMÉ ROCHA

“AQUILO QUE ME MARCA MESMO NO SPORTING CP É A UNIÃO” Com o contrato renovado e com a marca de qualificação para os Jogos Olímpicos conseguida, a maratonista quer cortar várias metas nesta nova temporada. Da dedicação à maratona até às melhores memórias da carreira, Carla Salomé Rocha continua a correr de Leão ao peito e com a ambição renovada. Texto: Mónica Barros, Xavier Costa Fotografia: José Lorvão


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Como é renovar com um Clube que aposta nas várias modalidades? O Sporting Clube de Portugal é um grande Clube, tanto a nível nacional como internacional, é uma equipa de grande renome e claro que renovar novamente e fazer parte da família Leonina é sempre um grande privilégio. Têm sido épocas de grandes recordações? Somos Campeãs Europeias e não há muitos clubes que o possam dizer. Por si só, a história de grandes atletas que por cá passaram, como Carlos Lopes ou Fernando Mamede, já diz muito sobre o Clube.

“O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL É UM GRANDE CLUBE, TANTO A NÍVEL NACIONAL COMO INTERNACIONAL” Como começou no atletismo? Inicialmente, disse ao meu treinador que queria fazer 100 e 200 metros para acabar rápido (risos). Claro que isso foi saindo da cabeça e, depois, quando realmente fiz algumas distâncias curtas, como os 80 e os 300 metros, fiquei com a experiência e avancei para aquilo que tenho jeito (risos). Em juvenil fazia 800 e 2000 metros obstáculos, em juniores passei para os 3000 metros com e sem obstáculos, depois subi para os 5000 e 10 000 metros, até que chegou ao momento de tentar a maratona. Fizemos uma avaliação e achámos que estava na altura certa.

“RENOVAR NOVAMENTE E FAZER PARTE DA FAMÍLIA LEONINA É SEMPRE UM GRANDE PRIVILÉGIO” O que significa terminar uma maratona? Acho que todos aqueles que conseguem terminar, independentemente do tempo, são uns heróis. Aquilo dói bastante. Vamos bem preparados, mas todas as maratonas são diferentes. Os abastecimentos têm de correr bem, o nosso organismo tem de estar em condições, depois o tempo, os ventos... Tudo isso ajuda para que corra bem e é treinável. São horas de sofrimento no treino, é mesmo assim, e não há treinos iguais. Acho que isso é algo que ajuda a fortalecer psicologicamente um atleta para tantos quilómetros. Na primeira, como se costuma dizer, vamos ‘ao engano’, tudo é novo, tudo é fantástico, porque nunca fizemos aquilo.

“O PRINCIPAL OBJECTIVO É FAZER COM QUE O SPORTING CP RENOVE TODOS OS SEUS TÍTULOS NACIONAIS” Qual foi a sensação de participar nos seus primeiros Jogos Olímpicos (JO)? Só me ‘caiu a ficha’ no final da prova, tentei‑me abstrair ao máximo e convencer‑me de quer era só mais uma prova como outra qualquer, mas no fim tive a noção de que me tornei uma atleta olímpica. Meu deus, estou nos JO (risos). Como fui das primeiras a competir, lembro‑me de ter ido ver o máximo que pude dos vários atletas portugueses e de estar ali tão perto de grandes ídolos.

Agora vai voltar a esse palco graças à marca de 2h24’47’’. Tenho marca de qualificação, mas só posso dizer que vou mesmo quando sair a convocatória. Até Maio todos os atletas podem tentar fazer os mínimos, mas já ter essa marca deixa‑me mais aliviada até porque o momento actual não é fácil... Vemos competições a serem canceladas e não há assim tantas provas para apurar a forma e garantir a presença nos JO. Mas, claro, todos sonhamos em ir a Tóquio, se calhar eu um bocadinho mais porque já tenho a marca do meu lado.

“FIZ UMA BOA MARCA, MAS OS RECORDES SÃO PARA SER BATIDOS” Essa marca foi a terceira melhor de sempre em Portugal. Tem essa noção? Fiz uma boa marca, mas os recordes são para ser batidos, é mesmo esse o objectivo. Acho que o atleta em si é insaciável, quer sempre mais. O meu caso não é diferente, eu treino diariamente para bater os meus recordes. É essa busca que me faz acordar e continuar todos os dias. Neste momento é na maratona que se sente confortável? Sim, desde a primeira vez que preparei uma maratona, que foi a que me deu mais gozo. Durante um ano são quatro meses a viver e a treinar para aquela prova, enquanto que para os 10 000 e 5000 metros eu treino o ano inteiro. Por exemplo, aproveito também a preparação da maratona para estar cada vez melhor nas provas em que o Sporting CP necessita da minha participação. É este ‘jogo’ que vou fazendo. Quais os melhores momentos que guarda da sua carreira? A primeira vez que fui campeã nacional de estrada, por exemplo. A primeira tem sempre um sabor especial, por isso é que me lembro de tudo ao detalhe. Para mim,

os momentos mais marcantes são quando fui campeã nacional tanto de corta‑mato como de estrada, a minha primeira maratona e a ida aos JO. Por outro lado, as lesões também nos marcam e bastante, talvez até mais, porque aprendemos muito mais nesses momentos do que nas vitórias. Eu tenho a sorte também de ter um treinador que nas lesões nunca me deixa ir abaixo.

“ACHO QUE O ATLETA EM SI É INSACIÁVEL, QUER SEMPRE MAIS” E de entre aquelas de Leão ao peito? Esses são fáceis (risos). Quando fomos Campeãs da Europa de corta‑mato na primeira e na segunda vez, também quando fomos segundas classificadas na Taça da Europa de pista coberta e, claro, quando vencemos a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Depois, eu fiquei em casa, mas acho que sofri tanto como elas porque estava colada à TV. No entanto, aquilo que me marca mesmo no Sporting CP é a união que temos. Independentemente do que aconteça, no final, se a prova correr menos bem, a união que há do grupo inteiro em redor dessa pessoa é algo que nos marca.

“TODOS SONHAMOS EM IR A TÓQUIO “ Que metas tem em mente para esta época? Os objectivos são ser feliz em todas as provas (risos). Inicialmente, o principal objectivo é fazer com que o Sporting CP renove todos os seus títulos nacionais, seja na estrada, no corta‑mato, na pista, em pista coberta ou ao ar livre. Depois, claro que individualmente também queremos ser campeãs nacionais e, se dermos o nosso melhor, o Sporting CP acaba por ter grandes resultados. Seguidamente, quero fazer a preparação para os JO para fazer um resultado melhor do que no Rio de Janeiro.


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ADN DE LEÃO LOGO ORIGINAL

PODCAST

CAPITÃO JOÃO MATOS NO ‘ADN DE LEÃO’ O FUTSALISTA LEVOU A ÚLTIMA TAÇA DE PORTUGAL CONQUISTADA, MUITA VONTADE DE CONVERSAR E ATÉ DE CANTAR. NADA FICOU POR REVELAR AOS SPORTINGUISTAS NO SEGUNDO EPISÓDIO DE 2021 DO PODCAST ‘ADN DE LEÃO’ Texto: Inês Duarte Coelho Fotografia: José Lorvão

João Matos, capitão da equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal é o convidado do sexto episódio do podcast ‘ADN de Leão’, apresentado pela radialista Joana Cruz. Depois de João Mário, Manuel Fernandes, Patrícia Mamona, Sebastián Coates e Tiago Tomás, chegou a vez de João Matos dar a conhecer à família Leonina o seu lado mais pessoal e humano. O atleta, que veste a camisola verde e branca há quase duas décadas, tendo quase três dezenas de títulos conquistados de Leão ao peito, deixou a garantia de que pouco falou sobre a carreira: “As perguntas não foram em nada focadas na minha carreira. Os Sportinguistas vão ficar a conhecer‑me melhor: as minhas

João Matos com a radialista Joana Cruz

Futsalista levou para o estúdio do ‘ADN de Leão’ a última Taça de Portugal conquistada

origens, a minha família, as tatuagens, as promessas e até os meus cães (risos). Falámos muito pouco sobre a minha carreira e muito mais acerca do meu lado pessoal, e isso ajudou a tornar a conversa interessante”. “Foi uma conversa mesmo informal e uma hora que passou num instante. Senti‑me muito à‑vontade. Isso é sempre importante e a Joana Cruz dirigiu muito bem a entrevista”, disse o capitão Leonino ao Jornal Sporting, referindo: “Apesar de a Joana ter sido matreira, ligando para minha casa à procura de elementos para me surpreender na entrevista, gostei muito deste registo. Facilmente estendíamos a conversa por mais uma hora”. Por isso, João Matos, que levou para a entrevista a última Taça de Portugal conquistada, elogiou o formato do podcast ‘ADN de Leão’ que permite aos Sócios e adeptos conhecerem os ídolos para lá do lado desportivo: “Acho que é muito importante para os Sportinguistas conhecerem um lado mais pessoal do atleta. É uma mais‑valia para eles, mas também para nós porque isso nos aproxima mais de quem gosta do nosso trabalho”. “Foi a minha primeira entrevista no ‘ADN de Leão’ e senti‑me muito à‑vontade. As coisas foram surgindo com naturalidade, até descobrimos que tínhamos coisas em comum e chegámos a falar de assuntos que nem estavam previstos”, revelou, sublinhando: “Neste episódio pouco ou nada foi escondido aos Sportinguistas”. Este sexto episódio do ‘ADN de Leão’, com João Matos, vai para o ar na próxima terça‑feira, 12 de Janeiro, às 19h06 nas plataformas habituais de podcasts e pode ainda ser visto no canal oficial do Sporting CP no YouTube e na Sporting TV.


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PARCEIROS

XPLOR A Xplor, parceira do Sporting Clube de Portugal desde 2020, foi a parceira que a Sporting TV deu a conhecer esta semana na rubrica ‘Sporting Corporate’, apresentada por Catarina Miranda, que é transmitida à segunda-feira à noite.

A Xplor, liderada pelo sóciofundador e administrador Tiago Batista, é prestadora de serviços na área dos sistemas de informação, sendo parceira da SAGE – empresa multinacional britânica de software –, e tem, neste

momento, 58 colaboradores. A empresa nasceu no Porto em 2012, onde continua sediada, mas ao longo do tempo tem-se espalhado por Portugal e pelo Mundo, estando actualmente presente em Lisboa e no Cadaval,

mas também na Polónia, Reino Unido e Brasil. Na gravação deste episódio, a Xplor, além de ter recebido a visita da Sporting TV, recebeu a visita do capitão da equipa principal de futebol de praia Leonina, Rui

Coimbra, e alguns elementos da equipa técnica que levaram consigo o troféu do Campeonato Nacional, conquistado em Outubro passado, prova que os Leões disputaram com a Xplor nas camisolas.


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MUSEU

A VOLTA AO SPORTING CP EM 60 MINUTOS Visita ao Museu, em família, através do teatro.

Texto: Museu Sporting Fotografia: Maria Joana Figueiredo – Marketing SCP

Alguma vez pensou fazer uma visita ao Museu Spor‑ ting comentada pelo próprio José Alvalade? O Museu Sporting tem uma nova proposta de visita guiada por personagens teatrais que lhe vão contar episódios da história do Clube e recriar aspectos que fazem parte da sua vivência. A Volta ao Mundo do Sporting em 60 minutos é uma visita teatralizada para viver o Museu em família. Um roteiro lúdico e pedagógico para todas as idades que se repete duas vezes em cada mês, mas que será sempre uma experiência sempre única! A visita começa em 1906, ano de fundação do Sporting Clube de Portugal. José Alfredo Holtreman Roquete, o José Alvalade, figura esclarecida e grande divulgador do desporto que ajudou a erguer o moderno Sporting Clube de Portugal, Clube de vanguarda, grande protagonista desta história interminável, irá contar sobre como foi levar para a frente tão arrojado projecto desportivo. Os primeiros equipamentos, os primeiros recintos, as primeiras conquistas, os documentos da fundação e os valores subjacentes, baseados no eclectismo e na diversidade desportiva que sustentam o conceito, para a época inovador, de “Desporto para todos”.

Que modalidade praticar? Quem nunca se debateu com o dilema de querer fazer desporto e não se decidir sobre a modalidade a praticar? O último personagem desta história bem se esforça, mas não é nada fácil decidir entre tantas e tão diversas modalidades e manter a ambição de estar à altura dos maiores do desporto nacional.

A imprensa escrita e o papel do jornalismo também não podiam ficar esquecidos Os jornais assumiram uma importância fundamental na divulgação do desporto, nomeadamente do futebol. Numa época em que o jornal chegava de comboio a todos os cantos do país, esta era a forma mais rápida de passar a informação. As monumentais taças “O Século”, património do Museu Sporting, dão o mote para o tema e, a certo momento, junta‑se a esta viagem teatralizada um novo protagonista: um jornalista do jornal O Século, na altura, um dos jornais de maior tiragem no país.

Informações: É necessária marcação, com pelo menos 48 horas de antecedência. Inscrições limitadas ao número de lugares disponíveis. Contactos: museu@sporting.pt ou 217 516 164.

LEÃOZINHO AFONSO FOI DOS PRIMEIROS BEBÉS DE 2021 Afonso Ferreira Gomes foi o primeiro bebé a nascer na Maternidade Daniel de Matos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra em 2021, quando passavam pouco mais de duas horas do dia 1 de Janeiro, e de imediato vestiu as cores do Sporting Clube de Portugal.

Filho de Daniel Gomes, Sócio 99.5310, e de Sara, Afonso foi notícia a nível nacional por ter sido um dos primeiros bebés a nascer em Portugal no novo ano e mostrou-se ao Mundo de Leão ao peito e com um gorro do Sporting CP. Ao Afonso, que já é Sócio do Clube,

tendo ficado com o número 105.4360, o Jornal Sporting deseja uma vida repleta de alegrias pessoais e clubísticas, assim como aos pais Daniel e Sara, que são pais pela primeira vez e não hesitaram em fazer dele um Leão trazendo-o para a família verde e branca.


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RESULTADOS BASQUETEBOL MASCULINO

FUTEBOL MASCULINO

FEMININO

VOLEIBOL

Seniores ‑ Liga Placard

Seniores ‑ Liga NOS

CS Marítimo 1‑2 Sporting CP

FEMININO

Sporting CP 89‑58 AD Ovarense

Sporting CP 2‑0 SC Braga

FUTSAL MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão

Seniores ‑ Taça de Portugal

Sub‑23 ‑ Ap. Taça Revelação

Sporting CP 93‑80 AD Ovarense

Sporting CP 0‑1 Portimonense SC

Sporting CP 15‑1 Eléctrico FC

Sporting CP 3‑0 SL Benfica

SÁBADO, 9 DE JANEIRO 11H00

HÓQUEI EM PATINS SÁBADO, 9 DE JANEIRO 20H30

TÉNIS DE MESA SÁBADO, 9 DE JANEIRO 15H00

Seniores ‑ Liga BPI

Seniores ‑ Liga Placard

GC Vilacondense 0‑3 Sporting CP

AGENDA ATLETISMO SÁBADO, 9 DE JANEIRO 9H00 Vários escalões SPORTING CP Camp. Reg. Juvenis / Jorn. Marcha Jamor (Oeiras)

DOMINGO, 10 DE JANEIRO 8H30 ‑ 13H00 Absolutos SPORTING CP Camp. Nac. Marcha em Estrada 35/50 km Porto de Mós

9H00 Juvenis SPORTING CP Camp. Reg. Juvenis Jamor (Oeiras)

14H45 ‑ 18H00 Vários escalões SPORTING CP Meeting Mário Moniz Pereira Nave CAR Jamor (Oeiras)

BASQUETEBOL SÁBADO, 9 DE JANEIRO 15H00 Seniores SPORTING CP vs. UD Oliveirense 13.ª jorn. Liga Placard Pavilhão João Rocha

FUTEBOL QUINTA‑FEIRA, 7 DE JANEIRO 18H30 Seniores CD Nacional vs. SPORTING CP 13.ª jorn. Liga NOS Estádio da Madeira (Funchal)

08/01 – Sexta‑feira Futsal

Competição: Liga Placard – 16.ª jornada Jogo: CR Leões Porto Salvo vs. Sporting CP Horário e local: 21h00 – Pavilhão Leões de Porto Salvo Transmissão: Directo

Sub‑23 CD Cova Piedade vs. SPORTING CP 2.ª jorn. Ap. Taça Revelação Comp. Desp. Mun. Palmela DOMINGO, 10 DE JANEIRO

11H00

Seniores Fem. Clube Condeixa vs. SPORTING CP Quartos‑de‑final Taça da Liga Estádio Mun. Condeixa‑a‑Nova

11H00

Equipa B SPORTING CP vs. Real SC 11.ª jorn. Série G Camp. Portugal Estádio Aurélio Pereira

SEGUNDA‑FEIRA, 11 DE JANEIRO 21H15

Seniores CS Marítimo vs. SPORTING CP Oitavos‑de‑final Taça Portugal Estádio do Marítimo (Funchal)

FUTSAL SEXTA‑FEIRA, 8 DE JANEIRO 21H00

Seniores CR Leões P. Salvo vs. SPORTING CP 16.ª jorn. Liga Placard Pav. Leões de Porto Salvo (Oeiras)

TERÇA‑FEIRA, 12 DE JANEIRO 21H00

Seniores SPORTING CP vs. CRC Qta. Lombos 17.ª jorn. Liga Placard Pavilhão João Rocha

GOLFE QUARTA‑FEIRA, 13 DE JANEIRO 9H00

Stableford net SPORTING CP 3.º Torneio Atr. Handicap Pitch&Putt Aldeia dos Capuchos Golf & Spa (Caparica)

09/01 – Sábado Basquetebol

Competição: Liga Placard – 13.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. UD Oliveirense Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Voleibol

Competição: Campeonato Nacional – Série dos primeiros – 4.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. SC Caldas Horário e local: 18h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Seniores SPORTING CP vs. HC “Os Tigres” 14.ª jorn. Camp. Nacional 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

DOMINGO, 10 DE JANEIRO 11H00

Equipa B SPORTING CP vs. SL Benfica B 3.ª jorn. Zona Sul A Camp. Nac. 3.ª Div. Pav. SC Livramento (Mafra)

15H00

Seniores Fem. UD Vilafranquense vs. SPORTING CP 2.ª jorn. Prova 2/G1 Camp. Nac. Pav. José Mário Cerejo (Vila Franca de Xira)

JUDO SEGUNDA‑FEIRA, 11 DE JANEIRO 7H00 (finais às 14h00)

Seniores Joana Ramos (‑52 kg) Masters de Doha Lusail Mult. Sports Arena (Doha, Catar)

QUARTA‑FEIRA, 13 DE JANEIRO 7H00 (finais às 14h00)

Seniores Jorge Fonseca (‑100 kg) Masters de Doha Lusail Mult. Sports Arena (Doha, Catar)

NATAÇÃO SÁBADO, 9 DE JANEIRO 9H30 ‑ 20H00

Seniores SPORTING CP vs. CTM Lagos 11.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Multidesportivo Estádio José Alvalade

18H00

Equipa B SPORTING CP vs. C. Top Spin 6.ª jorn. Zona Sul Camp. Nac. 2.ª Div. Honra Multidesportivo Estádio José Alvalade

TIRO COM ARCO SÁBADO, 9 DE JANEIRO 9H15

Juniores SPORTING CP 1.ª prova Torneio Inverno FPTA Centro Exp. Oeste ‑ EXPOESTE (Caldas da Rainha)

DOMINGO, 10 DE JANEIRO 9H15

Seniores SPORTING CP 6.ª prova Camp. Nac. Sala Centro Exp. Oeste ‑ EXPOESTE (Caldas da Rainha)

VOLEIBOL SÁBADO, 9 DE JANEIRO 18H00

Seniores SPORTING CP vs. SC Caldas 4.ª jorn. 2.ª fase Camp. Nacional 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

Adaptado SPORTING CP III Open Natação Adaptado ANC Comp. Olímpico de Piscinas (Coimbra)

10H00 ‑ 20H00

Vários escalões SPORTING CP Torneio Natação da Guarda ‑ Cidade dos 5 F’s Piscina Mun. Guarda

Hóquei em patins

Competição: Campeonato Nacional – 14.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. HC “Os Tigres” Horário e local: 20h30 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

10/01 – Domingo Futebol

Competição: Campeonato de Portugal – Série G – 11.ª jornada Jogo: Sporting CP ‘B’ vs. Real SC Horário e local: 11h00 – Estádio Aurélio Pereira Transmissão: Directo e exclusivo

*Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt

12/01 – Terça‑Feira Futsal

Competição: Liga Placard – 17.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. CRC Quinta dos Lombos Horário e local: 21h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo


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09/11/2020

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