Jornal Sporting n.º 3807

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3807 • QUINTA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO 2021 • SPORTING.PT • SEMANAL• ANO 99 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO

BACKSTAGE SPORTING O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO


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TORNANDO O INVISÍVEL VISÍVEL André Bernardo

DIA DE SPORTING

TODOS OS DIAS SÃO DIAS DE SPORTING

No meu primeiro editorial escrevi que “esta nova versão (do Jornal Sporting) carrega uma linha editorial diferente, que visa aproximar ainda mais o leitor da vivência com o Clube e, se o faz com uma visão futura em sincronização com o actual contexto da era digital, recupera também 113 anos de história”.

A propósito de bastidores, esta semana que passou estreámos nas nossas redes sociais duas novas rubricas – “Backstage Sporting” e “Duelos de Leão” – com o objectivo de dar a conhecer aos Sócios e adeptos um pouco mais do “behind the scenes*” do Clube.

No seguimento deste compromisso, na edição de hoje damos a conhecer parte dos bastidores do Sporting CP que asseguram que os jogos no Pavilhão João Rocha se possam realizar, e que será complementada com uma peça em vídeo que será divulgada nas nossas redes sociais e na Sporting TV. É um trabalho invisível sem o qual nenhum de nós poderia desfrutar da parte visível que tanto nos move. A eles a nossa enorme gratidão e uma reportagem que representa apenas um pequeno reconhecimento para que o Universo do Sporting CP conheça este precioso e fundamental contributo. Para que o Dia de Sporting se torne uma realidade existem três colaboradores que têm a tarefa hercúlea de trocar as balizas, retirar a rede ou levantar as tabelas entre jogos e treinos, e outros sete que asseguram o funcionamento da lavandaria, a manutenção e a limpeza do Pavilhão João Rocha.

Completamos assim um primeiro ciclo da nossa estratégia de comunicação em que todos os dias, com ou sem jogos, publicamos conteúdos, para que todos os dias sejam Dias de Sporting. Estes conteúdos desvelam um pouco mais do dia-a-dia do Clube, nas suas mais variadas vertentes – Raio-X, ADN de Leão, Inside Sporting, Jornal Sporting, Backstage Sporting, Duelos de Leão e Sporting Corporate – com o intuito de construir pontes que estreitem a relação do Clube com os seus seguidores e mostrem o lado menos conhecido e também mais humano.

SPORTING SEMPRE E porque todos os dias são mesmo dias de Sporting, na próxima semana lançaremos a campanha Sporting Sempre, que visa premiar todos os Sócios que têm débito directo anual activo, através de um sorteio mensal com vários prémios, entre eles dez Gamebox (para a próxima época). Terminámos também a obra de expansão do nosso armazém e até ao final desta época há muito trabalho invisível que continua a ser feito e que vamos tornar visível. O Futuro está a chegar. *por trás das cenas

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)


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ATLETISMO

1976

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

João Vieira nasceu em Portimão a 20 de Fevereiro de 1976 e está no Sporting Clube de Portugal desde 2010. Actualmente, continua a marchar ao mais alto nível e já tem um lugar reservado na História do atletismo Leonino e de Portugal. Por cá, o experiente marchador domina a disciplina há vários anos, acumulando já 58 títulos de campeão nacional. No plano internacional, João Vieira também se tem evidenciado, com grande destaque para a medalha de prata nos 50 quilómetros marcha do Campeonato do Mundo de 2019, em Doha, e que o tornou no atleta medalhado em Mundiais mais velho de sempre. Além disso, o terceiro lugar na Taça da Europa de 2019 tornou-o elegível para Tóquio, onde fará a sua quinta presença olímpica. No próximo sábado, João Vieira fará 45 anos e é a Lenda a destacar nesta edição do Jornal Sporting.


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JOÃO

VIEIRA Texto: Xavier Costa Fotografia: Pedro Zenkl

COM OS 45 ANOS À PORTA E UM PERCURSO RECHEADO DE TÍTULOS, MEDALHAS E RECORDES, JOÃO PAULO GARCIA VIEIRA FOCA-SE NO QUE AINDA TEM POR CONQUISTAR. EM ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING, APONTOU COM AMBIÇÃO AOS JOGOS OLÍMPICOS (JO) DE TÓQUIO E ABORDOU A SUA PAIXÃO PELA MARCHA E PELO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. REFERÊNCIA DO CLUBE LEONINO E DO ATLETISMO NACIONAL, JOÃO VIEIRA ACUMULA MUITOS QUILÓMETROS EM MARCHA, MAS A META DA SUA CARREIRA AINDA ESTÁ POR CORTAR. Prestes a fazer 45 anos e com uma carreira cheia de sucesso, que objectivos o movem? Neste momento, tenho como objectivo conseguir um diploma olímpico, para isso tenho de acabar nos oito primeiros lugares dos 50 quilómetros marcha. Já estive perto, alcancei um décimo lugar [Atenas 2004] e uma 11.ª posição [Londres 2012], mas vou voltar a

tentar. Apesar de Tóquio ser a minha quinta participação olímpica, os JO têm sempre algo de novo e, a nível pessoal, procuro definir objectivos altos a atingir. Neste momento, a preparação faz‑se passo a passo devido à incerteza trazida pela pandemia, mas treino sempre na máxima força para poder estar no meu auge. Prova do seu nível recente foi a medalha de prata nos Mundiais de 2019. Foi a sua maior conquista? Foi a que mais me marcou. Foi uma medalha inesperada e o culminar de uma carreira desportiva. Não era um objectivo traçado para a competição, esta prova foi realizada durante a noite e com temperaturas e níveis de humidade muito elevados, ou seja, em moldes muito diferentes do que estava habituado. Fizemos uma preparação diferente e tivemos a sorte de correr tudo bem. Ser o atleta mais velho de sempre a conquistar uma medalha em Mundiais, com 43 anos, soube a ouro para mim e para o meu grupo de trabalho. Foi excelente. Em Portugal soma já 58 títulos de campeão nacional sénior e domina a disciplina há largos anos. O que é que ainda o motiva? A motivação e a exigência no treino estão relacionadas

João Vieira com a medalha de prata conquistada no Campeonato do Mundo de 2019

com a minha forma de estar no desporto, mas também com as pessoas que trabalham comigo, tanto a minha treinadora como o Sporting CP, que continua a acreditar em mim. Tudo isso dá‑me a motivação necessária para fazer o melhor possível a cada dia. Desde 2010 no Sporting CP é já uma referência no Clube e no atletismo nacional. Que significado tem para si esse estatuto enquanto atleta ainda em actividade? É sinal de que as pessoas me respeitam, fruto do trabalho que tenho desenvolvido em prol do atletismo e da marcha atlética no Sporting CP e por Portugal. Fui para o Sporting CP com todo o gosto, sou Sportinguista, por isso foi o casamento perfeito. Têm sido anos muito bons, cheios de sucesso e títulos para o Clube do qual sou adepto desde pequenino. Carlos Lopes, também do Sporting CP, foi sempre a minha grande referência. Além disso, a secção de atletismo do Clube acredita no meu trabalho e eu quero continuar a ajudar a equipa a ter êxito. Neste momento sou o capitão de equipa de pista e por isso procuro também ser um exemplo para a juventude e ajudá‑los a atingir os seus objectivos. O que o atraiu na marcha atlética e o fez apostar na disciplina? É algo que gosto de fazer desde os 13 anos. Comecei desde jovem a ser campeão e recordista nacional e a partir daí tornou‑se o meu projecto de vida. Foi nesta disciplina que consegui os meus melhores resultados para poder representar Portugal, algo que faço há mais de 25 anos. A marcha atlética é algo que se tornou natural para mim e que, depois de tudo, ainda me fascina. Depois de tantos quilómetros, ainda não avista a me‑ ta final da sua carreira? Ainda gostaria de ir a Paris 2024, mas ainda falta saber qual será a prova de marcha que se irá realizar, uma vez que não será a de 50 quilómetros. Estou à espera em relação a isso para poder decidir. Agradava‑me se fossem incluídos os 35 quilómetros marcha, mas não sou eu que decido (risos). Curiosamente eu vou sempre traçando metas para acabar a carreira, mas quando chega ao momento algo me diz que ainda tenho condições para continuar a ter sucesso e por isso estou sempre a adiar (risos). Depois da medalha de prata em Doha, por exemplo, senti isso. Ainda não acabei e as pessoas acreditam em mim, principalmente no Sporting CP, o que me faz ter esta vontade de continuar. Quando o corpo me disser e eu não conseguir dar os títulos e os resultados que o Sporting CP exige, serei o primeiro a abandonar a minha carreira desportiva de alto rendimento para dar o lugar a outros, mas até lá quero continuar.


ANUNCIO_Jornal_SCP_25,3x33,5cm_19 Novembro.pdf 1 22/10/2020 16:24:30

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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

MAIS TRÊS PONTOS E LIDERANÇA REFORÇADA SPORTING CP VENCEU O FC PAÇOS FERREIRA (2‑0) E REFORÇOU A LIDERANÇA NA LIGA NOS, AGORA COM MAIS DEZ PONTOS DO QUE O SEGUNDO CLASSIFICADO, O FC PORTO. JOÃO MÁRIO E JOÃO PALHINHA MARCARAM OS GOLOS NA 16.ª VITÓRIA DOS LEÕES NO CAMPEONATO NACIONAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa, Pedro Zenkl

Soma e segue. É assim que a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal continua a pensar e a fazer na Liga NOS, na qual segue líder com 16 vitórias e três empates em 19 jornadas, sendo a única formação invencível no Campeonato Nacional. Na segunda‑feira passada, além de somarem mais três pontos, após vencerem o FC Paços Ferreira, os Leões reforçaram a liderança na prova, agora com mais dez pontos do que o segundo classificado, o FC Porto. No terceiro encontro da temporada diante da equipa sensação da Liga NOS, Rúben Amorim fez algumas mexidas e apostou de início em Adán, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates, Zouhair Feddal, Pedro Porro, João Mário, João Palhinha, Nuno Mendes, Tiago Tomás, Paulinho e Pedro Gonçalves e o desfecho foi igual ao dos jogos anteriores: o Sporting CP venceu. Num encaixe quase perfeito entre duas das equipas que melhor jogam neste campeonato, o jogo começou dividido, mas o Sporting CP conseguiu controlá‑lo do início ao fim com uma exibição muito sólida defensivamente e um ataque eficaz. Assim, o primeiro aviso

De três em três pontos a reforçar a liderança

Leonino foi deixado aos dez minutos de jogo por Paulinho, que surgiu ao primeiro poste e rematou de calcanhar após receber atrasado de Pedro Gonçalves. Teria sido um grande golo, mas o avançado verde e branco não conseguiu surpreender

o guarda‑redes pacense. A seguir foi Pedro Porro que quase traiu Jordi num cruzamento que saiu ligeiramente por cima da baliza. O guardião do FC Paços Ferreira ainda tocou no esférico, mas o árbitro deu pontapé de baliza. Os visitantes tentaram, de

15 de Fevereiro de 2021 | Liga NOS – 19.ª jornada | Estádio José Alvalade

SPORTING CP

2‑0

FC PAÇOS FERREIRA

bola parada, responder às oportunidades Leoninas, mas sem sucesso, enquanto do outro lado Pedro Gonçalves e Paulinho iam dando trabalho à defesa pacense. Até que, aos 19 minutos, Rebocho não conseguiu desarmar ‘Pote’ e empurrou‑o na área, com o árbitro a assinalar – sem qualquer dúvida, confirmada pelo videoárbitro – pontapé de penálti. Chamado a converter, João Mário não desperdiçou o 1‑0. Jordi para um lado, bola para o

outro e o Sporting CP na frente do marcador. Após o 1‑0, a formação verde e branca continuou a controlar o jogo, mas o FC Paços Ferreira, também compacto defensivamente, foi subindo no terreno e tentando o empate. Aos 42 minutos, Luther Singh esteve perto do 1‑1, num remate fortíssimo à entrada da área, mas Adán negou‑lho com uma defesa atenta. O Sporting CP reagiu de imediato e, após insistência e alguma confusão na área, aos

(1‑0 ao intervalo)

JOÃO PALHINHA: “O GRUPO ESTÁ DE PARABÉNS PELO QUE TEM FEITO”

Sporting CP: Adán, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates, Zouhair Feddal, Pedro Porro, João Mário (Matheus Nunes, 74’), João Palhinha, Nuno Mendes (Matheus Reis, 85’), Tiago Tomás (Bruno Tabata, 74’), Paulinho (Nuno Santos, 63’) e Pedro Gonçalves (Jovane Cabral, 74’). Suplentes não utilizados: Luís Maximiano, Neto, João Pereira e Danirl Bragança. Treinador: Rúben Amorim. Disciplina: cartão amarelo para Nuno Mendes (9’), Zouhair Feddal (14’), Pedro Porro (54’), Adán (75’) e Jovane Cabral (88’).

“O meu golo? O importante foi a vitória. Fizemos um bom jogo, embora a segunda parte tenha sido mais sofrida. O grupo está de parabéns por tudo o que tem feito. São mais três pontos na nossa caminhada”.

João Mário (penálti 20’) João Palhinha (48’)


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Rúben Amorim fez algumas alterações na recepção ao FC Paços Ferreira

45+1 minutos, Coates fez a bola passar por cima da baliza do FC Paços Ferreira, falhando por pouco a oportunidade de aumentar a vantagem. Ainda assim, os Leões não tardaram em aumentar a vantagem e chegaram ao 2‑0 mal regressaram dos balneários num lance de laboratório. Pedro Porro bateu o canto, Zouhair

Feddal desviou de cabeça e João Palhinha, solto ao segundo poste, não desperdiçou. Com 2‑0 no marcador e uma hora de jogo disputada, Rúben Amorim fez a primeira substituição, fazendo entrar Nuno Santos e descansar Paulinho. ‘Pernas novas’ para o ataque Leonino, mas foi o ataque pacense que foi mais

Rúben Amorim sempre muito activo no banco de suplentes

Adán voltou a deixar a baliza a ‘zeros’

atrevido nos instantes seguintes. Aos 65 minutos, já sem Adán na baliza, valeu um corte de Zouhair Feddal a impedir o 1‑2 de Tanque, que logo a seguir voltou a rematar, mas atirou à malha lateral. Três minutos depois foi Luther Singh que tentou reduzir, mas atirou desenquadrado. Dez minutos depois, saíram

na equipa do Sporting CP João Mário, Pedro Gonçalves e Tiago Tomás e entraram Matheus Nunes, Bruno Tabata e Jovane Cabral, com Rúben

Amorim à procura de continuar a controlar o jogo e ainda aumentar a vantagem. Ainda assim, como já tinha acontecido, o FC Paços >>

RÚBEN AMORIM: “VITÓRIA COMPLETAMENTE JUSTA” Após a partida diante do FC Paços Ferreira (2‑0), Rúben Amorim considerou que o triunfo Leonino foi totalmente justo, elogiando a equipa do Sporting CP, assim como a formação visitante. “Sabíamos que íamos defrontar uma grande equipa, que não perdia há muito tempo, tal como nós. Houve bastante encaixe e o jogo esteve dividido, mas depois do primeiro golo controlámos e com o 2‑0 penso que fechámos o jogo. Estivemos sempre confortáveis. Foi uma vitória completamente justa. Parabéns aos meus jogadores que estiveram muito bem, apesar de ainda terem de crescer”, disse o técnico, referindo que neste terceiro jogo com o FC Paços Ferreira o Sporting CP “foi melhor” do que nos outros. João Mário e João Palhinha foram os autores dos golos Leoninos, com o 2‑0 a nascer de um lance estudado e trabalhado nos treinos pelos treinadores‑adjuntos. “O Carlos e o Adélio fazem esse trabalho muito bem. O Palhinha marcar e ir festejar com o Carlos deixa‑me feliz porque é o reconhecimento do trabalho deles os dois e do Emanuel também. São muito humildes e trabalhadores e merecem ser reconhecidos”, justificou Rúben Amorim. O treinador verde e branco falou ainda sobre Paulinho, elogiando o avançado e dizendo que acredita que o internacional português vai marcar em breve: “Eu penso que sim. Obviamente que ele precisa de se habituar aos colegas, mas quando o jogo estava a ficar bom para ele eu senti que estava cansado e tirei‑o. Ele vai marcar muitos golos no Sporting CP, e vai ter tempo para os marcar, mas também tem de continuar a fazer o que faz”.


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OPINIÃO

MEDALHAS DE HOJE E DE SEMPRE

Miguel Braga

Na semana após o centenário do nascimento do professor Mário Moniz Pereira, o atletismo do Sporting Clube de Portugal fez uma justa homenagem ao Homem cuja memória perdura por cada medalha conquistada pela modalidade. Foi este fim-de-semana, nos Campeonatos de Portugal de Atletismo em pista coberta de 2021, que Leões e Leoas deram uma demonstração de força e talento no Altice Fórum, em Braga. Comecemos pelas medalhas de ouro, onde Auriel Dogmo (lançamento do peso), Anabela Neto (salto em altura), Carlos Nascimento (60 metros), Lorène Bazolo (60 metros), Evelise Veiga (salto em comprimento), Cátia Azevedo (400 metros), Marta Onofre (salto com vara) e Patrícia Mamona (triplo salto), atingiram a glória na respectiva competição. Conquistámos ainda mais oito medalhas de prata e oito de bronze, com direito a vários recordes pessoais e um nacional – no lançamento do peso, Auriol Dongmo deu mais uma demonstração de talento, mas Jéssica Inchude, além da medalha de prata levou para casa um novo recorde pessoal e melhor marca de

sempre da Guiné-Bissau. Hoje é também dia de aniversário de outra Lenda do Sporting CP, outro dos grandes nomes do atletismo do nosso Clube e do desporto nacional, Carlos Lopes. Provavelmente, a corrida da sua vida foi naquela tarde de Verão, de 12 de Agosto, em Los Angeles, nos Jogos Olímpicos de 1984, onde (literalmente) de forma olímpica fez com que o hino nacional ecoasse naquele imponente estádio, depois de vencer e estabelecer um novo recorde olímpico que só foi batido 24 anos depois. Lembro-me bem de estar a ver na televisão em Lisboa, sentado no chão de casa dos meus pais, a vibrar com aquele momento, com aqueles largos minutos de orgulho nacional. Mas os feitos de Carlos Lopes tive a sorte de acompanhar, sempre através da televisão, ao vivo e a cores, não um, mas vários; em pista (Meeting de Estocolmo), na estrada (em Los Angeles ou São Silvestre) e em inúmeras provas de corta‑mato, num misto de relva e lama, consoante o que as condições meteorológicas impunham, mas com a marca vencedora de um dos grandes do desporto Leonino e nacional. O professor Moniz Pereira costumava dizer que “a sorte dá muito trabalho”. E é esse trabalho que sabemos que dá resultados e que forma mulheres e homens para a competição e para a vida, até porque “viver é treinar e treinar é quase vencer”. Um exemplo hoje e será, com certeza, um exemplo sempre no amanhã.

Feddal esteve bem defensivamente e foi importante nos golos do Sporting CP

>> Ferreira, a jogar cara a cara com o Sporting CP, voltou a tentar reduzir. Aos 81 minutos, João Pedro teve uma boa oportunidade, mas Adán voltou a levar a melhor e a deixar a baliza do Sporting CP a zeros.

Matheus Reis entrou depois, aos 85 minutos, para o lugar de Nuno Mendes, para jogar os últimos instantes de mais um triunfo justo – e, apesar de tudo, até tranquilo – dos Leões, que voltam a entrar em campo

Grande penalidade clara: Pedro Gonçalves foi derrubado na área por Rebocho

já no sábado, novamente em Alvalade, desta feita com o Portimonense SC, às 20h30.

João Mário abriu o marcador e dedicou o golo à filha recém‑nascida

JOÃO MÁRIO: “TEMOS DE CONTINUAR A PENSAR JOGO A JOGO” “Foi um jogo muito difícil. Sabíamos a qualidade do adversário, mas era um jogo muito importante, pois podíamos ficar a dez pontos do segundo classificado. Jogámos três vezes com o FC Paços Ferreira esta época e não sofremos qualquer golo. (...) Foi importante marcar cedo. Fizemos o

golo de penálti na primeira parte. Sabíamos que uma bola parada podia decidir o jogo. Estamos de parabéns. (...) O que significa estar dez pontos à frente? Absolutamente nada. Sabemos que a história pode ser feita, pode mudar. Temos de continuar a pensar jogo a jogo.”


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PEDRO GONÇALVES RECEBE CARTAS ‘FUTURE STARS’ DO FIFA

Meia Pag Jornal SCP Verde em Casa Completo.pdf

João Palhinha fechou as contas e dedicou o golo à mulher

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15/02/21

15:01

O atleta recebeu no passado sábado a versão física das suas cartas ‘Future Stars’ do videojogo EA Sports FIFA. A excelente temporada do melhor marcador da Liga NOS, contando com 14 golos até ao momento, não passou despercebida ao videojogo de futebol mais popular do planeta. Assim, o EA Sports FIFA incluiu Pedro Gonçalves na categoria ‘Future Stars’, que premeiam jogadores com muito potencial com cartas especiais no modo Ultimate Team, que mexe com as emoções de milhões de jogadores. Pedro Gonçalves teve duas cartas

de valor 87 (numa escala de 0 a 100, o que é excelente para jogadores da Liga NOS), uma como médio-centro e outra como extremo-direito. Cada uma das cartas tem valores específicos diferentes consoante o papel de cada uma das posições no campo. Na recepção da versão física das cartas, Pedro Gonçalves, que se fez acompanhar por José Diogo e por José ‘Runrun’ Soares, jogadores de EA Sports FIFA da secção de esports do Sporting CP, não escondeu satisfação até porque passa bastante tempo de comando na mão. “Estou muito feliz. É um jogo de que gosto muito e estou contente”,

começou por dizer o craque aos meios de comunicação Leoninos, considerando que os jogadores de EA Sports FIFA vão escolher a carta de extremo-direito “porque é a que tem mais velocidade e isso é necessário no jogo”. “Estou contente com os meus valores, ainda que podiam ser mais altos na defesa e no físico”, acrescentou Pedro Gonçalves, que revelou que costuma estar em contacto com os membros da equipa de esports do Sporting CP. “Vejo alguns streams em directo e, por vezes, converso com eles e peço algumas dicas e tácticas”, concluiu.


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FUTEBOL ANÁLISE

DIA‑A‑DIA. JOGO A JOGO. PONTO A PONTO seja com o recuo dos extremos, seja com as basculações da linha média defensiva.

Rodrigo Pais de Almeida

A preparação do onze do FC Paços de Ferreira para o jogo da 19.ª jornada no Estádio José Alvalade não trazia grandes novidades na formação, mas os primeiros minutos de jogo mostraram que Pepa incutiu ideias e dinâmicas diferentes de forma a encaixar na jovem equipa do Sporting CP. Pepa construiu uma equipa a partir de trás não denunciando essa ideia no papel, mas na disposição táctica dos diferentes momentos de jogo. No momento defensivo, o extremo‑direito Hélder Ferreira juntava‑se numa linha defensiva de cinco (empurrando o lateral Fernando Ferreira para dentro) tentando evitar a largura pelo lado esquerdo onde a equipa de Rúben Amorim se mostra muito dinâmica. A linha definida pelos defesas era recuada tirando espaço até ao guarda‑redes e não deixando o Sporting CP explorar a profundidade e o lançamento longo nas costas onde Pote e Tiago Tomás ganham muito espaço que depois é aproveitado por quem vem de trás. Luiz Carlos subia na pressão pela direita (recuando Bruno Costa) a encaixar em Feddal, Luther Sigh em Gonçalo Inácio. deixando Coates com espaço, mas sem opções de passe ou com a pressão de Tanque Silva quando este largava a sua primeira referência defensiva (João Palhinha). A opção era clara, encurtar o campo ofensivo disponível para a equipa do Sporting CP atacar e aglomerar superioridades nos corredores

No ataque projectava os laterais e recuava os médios mais dotados tecnicamente e ao nível do passe para conseguir sair por dentro (com os alas a jogarem mais próximo do ponta‑de‑lança) ou por fora com os defesas‑laterais a tentarem equilibrar nos corredores. Pepa tinha a equipa equilibrada a defender e confiava na mobilidade e superioridade no miolo para passar rapidamente da defesa para o ataque. A chegada assimétrica de Tiago Tomás “desencaixou” o equilíbrio posicional. Porque Tiago Tomás jogava tanto por fora (como extremo) como por dentro (ao lado de Paulinho). Porque levou Pedro Gonçalves a jogar no corredor esquerdo (quando costuma actuar no direito), mas com preocupações interiores deixando o Paços com superioridade em Nuno Mendes, mas com um jogador do Sporting CP a sobrar no meio. E foi aí precisamente que o jogo desbloqueou, com Pedro Gonçalves a ganhar uma diagonal do meio para a direita num excelente lançamento de Feddal e a sofrer uma falta dentro da área que levou João Mário para a marca de pontapé de penálti, onde não vacilou. A reacção do FC Paços de Ferreira foi ténue e a nossa equipa já deu provas que se sente muito confortável a controlar os espaços quando não tem bola e sempre com superioridade numérica no último reduto. E se após o intervalo se podia antever alguma tentativa extra, o golo de João Palhinha (saído directamente do laboratório dos lances estratégicos da Academia Cristiano Ronaldo) acabou com o jogo. A jovem equipa verde e branca soube depois ter bola com muita segurança quando a tinha de ter e ocupar

espaços dando bola ao FC Paços de Ferreira, mas nunca em terrenos muito avançados e que permitisse a chegada à baliza de Adán. Conseguiu igualmente disferir contra‑ataques perigosos quando atraía o adversário para o seu meio‑campo e depois pressionava intensamente recuperando a bola e com metros para correr até à baliza pacense. Mais três suados e merecidos pontos para o líder da Liga NOS! Nota final para a construção das diferentes narrativas a que tenho assistido para justificar um líder da Liga NOS em que poucos acreditavam ser possível ao cabo de 19 jornadas. Primeiro, o Sporting CP era muito jovem, não tinha treinador, não tinha estrutura nem organização e nem ia chegar ao Natal. Depois tentaram aludir a erros sucessivos de arbitragem em seu desfavor ou em favor da turma Leonina, esquecendo que em 19 jornadas o Sporting CP perdeu

pontos apenas em três empates e onde dois deles (FC Porto e FC Famalicão) tiveram erros grosseiros de arbitragem que lhe retiraram quatro pontos. Quando começaram a perceber que esta equipa era de outra estirpe, construíram nova narrativa que era do volume de

jogos nas competições europeias quando gastaram milhões em plantéis com profundidade para as inúmeras competições. Não negando a juventude e as opções menos abundantes do plantel do Sporting CP no início da Liga (e muito bem colmatados pela estrutura no mercado de Inverno), facto é que entre a pausa das competições europeias de Dezembro e a jornada actual de Fevereiro, o Sporting CP dilatou a vantagem para o FC Porto de quatro para dez pontos, para o SC Braga de cinco para 11 pontos e para o SL Benfica de dois para 13 pontos. Isto em pouco mais de dois meses de paragem de competições da UEFA e sem qualquer jogo disputado por estas equipas para as competições europeias. Por último, depois de passarem meses a dizer que a pandemia não iria ter repercussões nas suas equipas, afinal era por causa da COVID‑19 que deixaram “fugir” o líder da Liga NOS. Para aqueles com lapsos de memória cirúrgicos, o Sporting

descontentamentos! O líder da Liga NOS é‑o fruto sobretudo de um trabalho de coragem, de ousadia, de organização, de ideias e de grande compromisso. Um trabalho transversal que envolve a estrutura, a equipa, o staff, os jogadores, e que contagiou Sócios e adeptos! E que é visível a cada dia que passa na Academia, nas redes sociais, na promoção da marca Sporting e do ADN do Leão, no campo, no balneário, e nos resultados! E também é muito elogiado por todos aqueles que mantêm a isenção e o pensar pela sua própria cabeça como modo de estar na vida.

CP também teve o seu surto no início da temporada (com 12 jogadores infectados) e foi tendo casos pontuais ao longo da Liga com ausências das convocatórias em jogos‑chave.

pensamento do míster Rúben Amorim e de toda a estrutura do Clube e levá‑lo à prática. Dia‑a‑dia. Jogo a jogo. Ponto a ponto. Sem ansiedades e vivendo o momento que é muito bom, mas que a cada minuto está sempre em risco de mudar se não formos consistentes, sérios, conscientes e rigorosos!

Factos são factos! Não são demagogia! Não são narrativas para ludibriar ou atenuar

Mas que ninguém se deixe iludir por estes elogios! Como dizia Marcelo Bielsa as vitórias alimentam‑nos, mas podemos correr o risco de nos deformarem, de nos tornarem desleixados, relaxados. As vitórias enganam‑nos porque nos levam a apaixonarmo‑nos excessivamente por nós próprios. Por isso, todos devemos subscrever o



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OPINIÃO

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

À PROCURA DA OITAVA CONSECUTIVA

MAIS UM PASSO!!!

Tito Arantes Fontes

Mais uma jornada do Campeonato Nacional e mais um passo importante! Uma jornada em que ganhámos dois pontos a cada um dos nossos habituais rivais… já que ambos não foram além de um empate nos seus jogos… e, assim, o segundo classificado ficou a dez pontos de distância, com a “fórmula de desempate”, neste momento, a favor do SCP! E o outro rival confirmou-se cada vez mais no quarto lugar, a 13 pontos de distância, igualmente com o “factor de desempate”, se necessário e por agora, a pender para o SCP! Vi os jogos dos três grandes. Maduro o modo como o SCP se apresentou perante o FC Paços de Ferreira, uma das melhores equipas deste campeonato. Como, aliás, demonstrou em Alvalade. Foi uma vitória sólida, tranquila e merecida do SCP. A vitória de uma equipa que demonstrou – uma vez mais – a qualidade da sua solidez defensiva, segurança essa que começa logo no Adán, guarda-redes que se confirma jogo a jogo como mais uma das excelentes contratações que efectuámos esta época! A arbitragem foi má, conforme tem sido unanimemente referido, com prejuízos para os dois lados. Um penálti para cada equipa por assinalar. Um inacreditável amarelo ao Feddal. E duas expulsões a jogadores do Paços perdoadas (faltas sobre TT e sobre Nuno Mendes, ambas merecedoras de evidente e clamoroso “segundo amarelo”). Ainda assim, ganhámos de modo claro e dando sempre a sensação de que se mais fosse necessário… pois mais se teria conseguido alcançar… era só carregar mais com o pé no “acelerador”! Fica para concluir o registo desta época dos jogos do SCP com o Paços: três jogos, três vitórias do SCP, sete golos marcados e nenhum sofrido! Somos a melhor defesa do campeonato. Somos o segundo melhor ataque. Temos de longe a melhor diferença de golos entre marcados e sofridos… são 30 de diferença! Somos a única equipa sem derrotas! Ganhámos – com uma única excepção, face ao empate no jogo com o FCP em Alvalade, um dos tais jogos em que fomos largamente prejudicados pelo arbitro Luís Godinho – a todas as equipas até ao oitavo lugar, inclusive. O “score” alcançado nos jogos feitos com essas sete equipes até agora é deveras impressionante: 17 golos marcados e só quatro sofridos. Por outro lado, noutras paragens assistimos a jogos penosos… primeiro do segundo classificado, a jogar em casa com o “último” da classificação… “último” este que ficou a dever a si próprio mais uns golos na primeira parte para além dos dois de vantagem que

levou para o intervalo… o FCP, no fim, lá conseguiu um empate tirado a ferros, nos últimos minutos de jogo, através de um inexistente penálti! Depois, tal o desnorte, ainda desperdiçaram outro penálti (existente), chegando mesmo a introduzir no final do jogo a bola na baliza do adversário num lance de puro andebol, que foi – e bem – devidamente assinalado pelo VAR! Evidente foi que as gentes do FCP estavam num “frenesim” que até meteu lágrimas… tudo dando nota do estado emocional em que se encontra aquele clube e aquela equipa! E isto apesar de ser o clube com menos amarelos no Campeonato Nacional… e ser também aquela que mais penáltis tem a seu favor… mais do dobro dos seus rivais de Lisboa em conjunto!… mas ai de quem os ouve falar… reclamando e rangendo dentes por tudo e por nada… basta, pois, dizemos nós! E “basta” mesmo… porque a hipocrisia e o ridículo também têm limites! Depois, no dia seguinte, assistimos a outra triste partida… onde a agremiação dos “toupeiras” lá conseguiu empatar, apesar de ir sempre barafustando por pretender penálti atrás de penálti… numa dolorosa e contraproducente, por desfasada, atitude! Certo é que os “milhões” que despudoradamente exibiam estão gastos… e “eles” em quarto lugar… com o quinto classificado a míseros três pontos de distância… vai ser um duelo interessante, esse, o do quinto lugar… Viva o Sporting Clube de Portugal!!! P.S. 1 – Bem podem as “toupeiras” continuar a escavar nos “alicerces” do Caso Palhinha! Bem podem mesmo continuar a escarafunchar sordidamente nos fundamentos do que foi feito e decidido pelo TCAS, que interveio a pedido da justiça desportiva… para corrigir o mal que o CD tinha feito… bem podem… é que – como todos já percebemos – o que essas “toupeiras” querem mesmo – a coberto de “virginais” declarações de “apenas pretenderem uma clarificação da leitura dos regulamentos” para melhor definição do modo como os mesmos devem ser interpretados e aplicados… – é o que “eles próprios” escreveram… e o que escreveram e apresentaram foi uma “queixa”, através da qual se pretende a condenação do SCP na perda de até oito pontos… bem que as “virginais” preocupações soavam a falsas… mais que falsas, eram e são mesmo eivadas de profunda hipocrisia! P.S. 2 – … mas sosseguem, ó toupeiras!… é que o CD já veio dar implícita razão ao SCP! Sim, porque o CD já anunciou que alterou os seus regulamentos de modo a prever sempre a audição do jogador visado em todos os processos sumários! É essa a questão constitucional que estava em causa! E sobre a qual o Tribunal Constitucional já por duas vezes se tinha pronunciado… dando nota da inconstitucionalidade em que o CD persistia em actuar! P.S. 3 – Tranquilidade total do lado do SCP! E assim deveremos continuar! Completamente tranquilos! Nenhum sentido há no que se tem ouvido e lido por essa comunicação social fora… Sportinguistas, tranquilidade total! O SCP tem total razão”! E procedeu sempre do modo mais avisado e conforme com a lei, os regulamentos e as decisões judiciais e administrativas aplicáveis!

SPORTING CP RECEBE O PORTIMONENSE SC DEPOIS DE SETE VITÓRIAS SEGUIDAS. ALGARVIOS DESLOCAM‑SE A ALVALADE APÓS GRANDE VITÓRIA SOBRE O GIL VICENTE FC POR 4‑1. Texto: Luís Santos Castelo

Antônio, Koki Anzai, Willyan, Ewerton ou o guarda‑redes Samuel. Na primeira volta, o Sporting CP foi a casa do Portimonense SC vencer por 0‑2 com dois golos nos minutos iniciais. Nuno Mendes e Nuno Santos, em dois lances de excelência, facturaram à terceira jornada e deram mais três pontos ao emblema verde e branco. Já na última visita do Portimonense SC a Alvalade, em 2019/2020, o resultado foi 2‑1, mas o vencedor foi o mesmo. Jérémy Mathieu – num fantástico livre directo – e um autogolo de Jadson após cabeceamento de Jovane Cabral fizeram com que o Sporting CP vencesse. Na verdade, o Sporting CP triunfou nos últimos cinco confrontos com a formação de Portimão (quatro para a Liga NOS e um para a Taça da Liga) e o registo no Estádio José Alvalade é imaculado para os Leões: 17 jogos contra o Portimonense SC, 17 vitórias. Manuel Fernandes e Rui Jordão, com sete golos cada um, são os melhores marcadores dos embates entre Sporting CP e Portimonense SC, seguidos de perto por Peyroteo (marcou cinco golos no único jogo que fez contra os algarvios) e por Bruno Fernandes (quatro golos). Será, assim, mais um jogo do Sporting CP para a Liga NOS. Mais um jogo – e pela segunda ronda consecutiva na casa do Leão – com a tristeza de ter o Estádio José Alvalade vazio. E, finalmente, mais uma partida em que o conjunto orientado por Rúben Amorim vai à procura de mais uma vitória para consolidar a liderança isolada da tabela classificativa, que para já está fixada nos dez pontos de vantagem sobre o segundo lugar.

No próximo sábado, 20 de Fevereiro, pelas 20h30, o Sporting Clube de Portugal defronta o Portimonense SC no Estádio José Alvalade para a 20.ª jornada da Liga NOS. Num duelo contra um conjunto situado na segunda metade da tabela classificativa, que vem de um excelente triunfo sobre o Gil Vicente FC, o líder isolado da prova vai tentar chegar às oito vitórias consecutivas para todas as competições. A vitória contra o FC Paços de Ferreira (2‑0), na última segunda‑feira, foi a sétima seguida para o Sporting CP, que já havia batido FC Porto (2‑1) e SC Braga (1‑0) para a Taça da Liga e Boavista FC (0‑2), SL Benfica (1‑0), CS Marítimo (0‑2) e Gil Vicente FC (2‑1) para a Liga NOS, completando assim a melhor série de triunfos até ao momento em 2020/2021. Antes, e por duas vezes, os Leões tinham conseguido seis vitórias consecutivas, mas o registo foi agora superado e pode ser aumentado contra o Portimonense SC. Já o Portimonense SC, orientado por Paulo Sérgio, antigo treinador do Sporting CP, recebeu o Gil Vicente FC na última jornada e conseguiu um claro triunfo por 4‑1 com golos de Maurício Antônio, Salmani, Aylton Boa Morte e Beto. Foi a quinta vitória na Liga NOS e a primeira em cinco jogos, depois de dois empates e duas derrotas. Assim, o próximo adversário do Sporting CP está motivado para surpreender o líder isolado do campeonato em casa. O avançado Beto é o melhor marcador do Portimonense SC em 2020/2021, somando quatro golos. Logo atrás seguem Aylton Boa Morte e Dener, ambos ÚLTIMO ONZE DO PORTIMONENSE SC com 19 jogos realizados e Samuel três tentos apontados, Fahd Moufi Lucas Possignolo Maurício Antônio Koki Anzai sendo peças Willyan essenciais nos alvinegros, Dener Ewerton assim como Lucas Aylton Boa Morte Salmani Possignolo, Bruno Moreira Maurício


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FUTEBOL SUB‑23

TRIUNFO FORA, DESILUSÃO EM CASA DEPOIS DA VITÓRIA (1‑3) EM PORTIMÃO, OS LEÕES NÃO FORAM ALÉM DE UM EMPATE (4‑4), EM CASA, FRENTE AO CD COVA DA PIEDADE DEPOIS DE TEREM ESTADO A VENCER POR 4‑2 ATÉ AOS ÚLTIMOS DEZ MINUTOS DA PARTIDA. Texto: Luís Santos Castelo, Xavier Costa Fotografia: Mário Vasa, Pedro Zenkl

Com dois jogos em apenas quatro dias, os sub‑23 do Sporting Clube de Portugal ficaram muito perto de garantir mais duas vitórias para continuar na luta pelo apuramento para a Taça Revelação, mas os sete golos marcados acabaram por não ser suficientes para somar os seis pontos. Depois do importante triunfo em Portimão no passado sábado, os últimos dez minutos do jogo de terça‑feira, perante o CD Cova da Piedade, estragaram os planos dos jovens Leões, que tiveram tudo para voltar a vencer. No último sábado, em casa do Portimonense SC, os Leões de Filipe Pedro venceram por 1‑3 na oitava jornada da fase de apuramento para a Taça Revelação. Logo nos minutos iniciais, Youssef Chermiti e Bruno Tavares tentaram o golo, mas o guarda‑redes Raphael Aflalo respondeu com defesas. Do outro lado, Bruno Reis esteve perto do 1‑0, mas atirou por cima. O marcador acabou por ser inaugurado à passagem do primeiro quarto de hora, quando Gonçalo Costa combinou com Bruno Tavares e finalizou já dentro da área com um remate cruzado. O Portimonense SC empatou pouco depois por intermédio

Bruno Tavares festejou o seu sexto golo da época em Portimão

de Bruno Reis, que apareceu para a recarga depois de uma grande defesa do guardião Leonino Diego Callai. Contudo, o Sporting CP quis regressar ao controlo do resultado e, a cerca de dez minutos do intervalo, conseguiu o 1‑2. Bela jogada pela direita com Joelson Fernandes a colocar a bola na área, onde apareceu Bruno Tavares para a finalização para o fundo das redes. O marcador só não voltou a ser alterado no primeiro tempo porque Diego Callai apareceu em grande forma com intervenções de qualidade. As contas ficariam fechadas aos 77 minutos, quando Paulo Agostinho, lançado por Bruno Tavares, cruzou para uma zona de perigo e Pedro Casagrande, defesa dos algarvios, desviou para a própria baliza. 1‑3 e mais três pontos para o Sporting CP.

BALDE DE ÁGUA FRIA EM CASA Depois, na terça‑feira, a equipa sub‑23 do Sporting Clube de Portugal recebeu e empatou frente ao CD Cova da Piedade por 4‑4 no jogo referente à nona jornada da fase de apuramento para a Taça Revelação. O jogo começou da melhor maneira para a formação Leonina com Lucas Dias a aparecer, oportuno, numa recarga para o 1‑0. No entanto, o conjunto visitante foi‑se soltando com o passar dos minutos: primeiro, Vasco Gaspar, guardião Leonino, foi chamado a intervir e correspondeu com eficácia, mas depois chegaria mesmo o golo da igualdade através de Tex, capitão do CD Cova da Piedade. Quando o jogo se encaminhava

para o intervalo, ainda longe da área Gonçalo Costa cruzou com qualidade para o desvio certeiro de Paulo Agostinho. Tex ainda voltaria a ameaçar, mas o 2‑1 seguiu para a segunda metade. No reatamento, a acção não cessou e os golos continuaram a aparecer. Primeiro, logo a abrir a segunda parte, Edgar faria o 2‑2 num pontapé de penálti. Desta vez, porém, a igualdade não durou muito: Samuel Lobato serviu Tiago Ferreira, que voltou a colocar os Leões em vantagem. O CD Cova da Piedade dificultava a vida ao conjunto verde e branco, mas à passagem da hora de jogo, o Sporting CP conseguiu aumentar a

diferença pela primeira vez no encontro. Nicolai Skoglund, recém‑entrado no jogo, rematou forte para o 4‑2. Os Leões ainda ficaram perto de resolver a partida numa transição concluída por Joelson, mas daí em diante os visitantes revelaram‑se mais eficazes. O CD Cova da Piedade acreditou até ao fim e aproveitou o desequilíbrio Leonino para fazer os dois últimos golos da partida que ditaram o empate, com o 4‑4 final a cair perto dos noventa minutos. Assim, a equipa orientada por Filipe Pedro continua no segundo lugar, mas agora com 22 pontos, menos quatro do que o líder SL Benfica, que tem menos um jogo disputado.

Os quatro golos Leoninos não foram suficientes para bater o CD Cova da Piedade.

13 de Fevereiro de 2021 | Taça Revelação – Fase de apuramento – 8.ª jornada | Estádio Dois Irmãos

PORTIMONENSE SC

1‑3

Bruno Reis (23’)

(1‑2 ao intervalo)

SPORTING CP Gonçalo Costa (16’) Bruno Tavares (34’) Pedro Casagrande (autogolo 77’)

Sporting CP: Diego Callai [GR], Hevertton Santos [C], Chico Lamba, Rodrigo Rêgo, João Daniel (Samuel Lobato, 90+2’), Duarte Carvalho (Renato Veiga, 74’), Tiago Ferreira (Lucas Dias, 90+2’), Joelson Fernandes (Roberto Martínez, 90+2’), Gonçalo Costa, Bruno Tavares e Youssef Chermiti (Paulo Agostinho, 66’). Suplentes não utilizados: Vasco Gaspar [GR], Diogo Cabral, Carlos Silva e Flávio Nazinho. Treinador: Filipe Pedro. Disciplina: cartão amarelo para Duarte Carvalho (31’), Renato Veiga (75’) e Joelson Fernandes (80’).

16 de Fevereiro de 2021 | Taça Revelação – Fase de apuramento – 9.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP Lucas Dias (6’) Paulo Agostinho (39’) Tiago Ferreira (51’) Nicolai Skoglund (66’)

4‑4 (2‑1 ao intervalo)

CD COVA DA PIEDADE Tex (18’) Edgar (47’) Viriato (79’) Miguel Ivo (87’)

Sporting CP: Vasco Gaspar [GR]; Rodrigo Rêgo, Chico Lamba, Gonçalo Costa; Samuel Lobato; João Daniel [C], Roberto Martínez (Edson 62’), Lucas Dias (Gonçalo Batalha 76’); Joelson Fernades (Daniel Rodrigues 76’), Tiago Ferreira (Diogo Brás 62’) e Paulo Agostinho (Nicolai Skoglund 62’). Suplentes não utilizados: Diego Callai [GR], Hevertton Santos, Diogo Cabral, Carlos Silva, Youssef Chermiti, Tiago Santos e Duarte Carvalho. Treinador: Filipe Pedro. Disciplina: cartão amarelo a Lucas Dias (36’).


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CLUBE COLABORADORES

OS ESSENCIAIS NOS BASTIDORES CATARINA, LEONALDO E MIGUEL SÃO OS TÉCNICOS DE APOIO ÀS MODALIDADES QUE GARANTEM O BOM FUNCIONAMENTO DAS EQUIPAS QUE TRABALHAM TODOS OS DIAS NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Pedro Zenkl

Os Sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal estão habituados a ver craques na quadra do Pavilhão João Rocha, sejam eles do andebol, do basquetebol, do futsal, do hóquei em patins ou do voleibol. No banco de suplentes costumam estar treinadores de excelência a nível nacional e, em alguns casos, internacional. São eles que, de uma maneira ou outra, levam espectadores às bancadas e colam Sportinguistas às televisões. Contudo, nada disso seria possível sem o trabalho diário, nos treinos e nos jogos, de três verdadeiros Leões que não têm qualquer

tipo de protagonismo. Catarina, Leonaldo e Miguel, três jovens ainda na casa dos ‘vintes’, são os técnicos de apoio às modalidades que asseguram as alterações necessárias para que cada equipa possa trabalhar sem essa preocupação. Montar o cesto, retirar a rede, trocar as balizas ou levantar as tabelas são algumas das tarefas dos três funcionários Leoninos que prestam apoio em tudo o que é preciso para garantir o máximo profissionalismo das equipas. No meio de um horário preenchido, Catarina, Leonaldo e Miguel conseguiram encontrar tempo para uma conversa com o Jornal Sporting e explicaram o que fazem, como chegaram

Catarina, Miguel e Leonaldo no Pavilhão João Rocha, onde estão todos os dias

ao emblema de Alvalade e revelaram os momentos mais curiosos que vivem no Pavilhão João Rocha. Apesar das histórias de vida diferentes, os três concordam num ponto: o Esforço, a Dedicação e a Devoção que colocam no trabalho imprescindível que têm valem a pena porque são contributos directos para a Glória Sportinguista.

“É UM ‘MONTA’ E ‘DESMONTA’ CONSTANTE” As tarefas a desempenhar são semelhantes todos os dias: duras, mas recompensadoras.

“Trabalho bastante, mas acabo por não sentir muito cansaço porque dá‑me gosto trabalhar no Sporting CP. É um orgulho e acabo por não sair cansado”. Quem o diz é Miguel Coelho, de 24 anos, que continuou em conversa com o Jornal Sporting. “Fazemos a montagem dos treinos, a troca de jogos, colocamos publicidades”, explicou, de forma resumida. “É um ‘monta’ e ‘desmonta’ constante com actividade com os jogadores. É um dia feliz. Vir aqui é bom”, complementou Catarina Gregório, de 25 anos. Para Leonaldo Santana, de 22 anos e natural de São Tomé e Príncipe, “não fazia ideia” de que existia este tipo de

trabalho. “Pensava que a tabela do basquetebol, por exemplo, ficava sempre montada. Achava que era só chegar e treinar ou jogar”, admitiu. Os três são os técnicos de apoio às modalidades que permitem a utilização diária do Pavilhão João Rocha por parte das equipas de andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol. Todos Sportinguistas – ainda que Catarina Gregório tenha sido ‘puxada’ para outro lado em criança, mas conseguiu resistir – e todos com noção da importância que têm para o dia‑a‑dia de trabalho na casa das modalidades. “Noutros clubes há atletas a montar o


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próprio treino, mas nós estamos aqui para que eles tenham o foco sem perder tempo com montar, desmontar e ver se a cadeira está no sítio certo. Isso não é o trabalho deles, é o nosso”, começou por referir Catarina Gregório, sendo que todos destacam esse ponto: a missão é ajudar. Ajudar atletas, ajudar equipas, ajudar secções. No fundo, ajudar o Sporting CP. “Tenho noção da importância do nosso trabalho. É graças a nós que são realizadas actividades no pavilhão. Damos apoio. (...) Estamos aqui para isso, para ajudar as equipas no que elas precisarem. Estamos cá para ajudar”, disse, nesse sentido, Leonaldo Santana. “A cada dia que passa tenho mais noção da importância que tenho no Sporting CP. Por vezes não temos essa percepção, mas quando estamos na montagem dos treinos e dos jogos dá para perceber”, acrescentou Miguel Coelho. Mas falemos das tarefas mais específicas. De uma forma geral, os três concordam que o basquetebol é a modalidade mais “exigente e complicada”, seguida do hóquei em patins. No caso da primeira, “o material, por vezes, não colabora”, como explicou Miguel Coelho. “O tempo lá em cima [o temporizador dos 24 segundos por cima das tabelas], como depende de um sistema informático, às vezes não responde aos nossos desejos e torna‑se complicado” No hóquei, por outro lado,

Catarina Gregório, 25 anos

“a parte de montar as tabelas também é mais demorada e física”. Catarina Gregório continuou dizendo que “para montar as tabelas do hóquei em patins é preciso agilizar todo um processo para que elas levantem automaticamente e para que o sistema esteja a funcionar correctamente”. “Tudo para que não haja nenhum problema”, proferiu ainda. Para Leonaldo Santana, o que está nestas funções há menos tempo, os primeiros tempos foram desafiantes, mas agora já domina o trabalho. “No início, achava difícil. Mas agora, com o apoio dos meus colegas, tornou‑se fácil. Já estou à vontade e consigo fazer isto sozinho”, revelou. As diferenças técnicas de um dia de treinos para um dia de jogos acabam por não ser muitas, mas existem outros desafios. A pressão, os horários e as normas federativas a seguir para cada modalidade. Em caso de jogo europeu tudo se acentua, pois os organismos que gerem as modalidades a nível continental têm regras bem mais rígidas. Ainda assim, para Catarina Gregório, há dias de trabalho de treinos que acabam por ser mais difíceis: “O dia de treino, por vezes, é muito mais complicado. No dia de jogo, o mais difícil é o espaço que temos quando os jogos acabam. Um jogo pode estar previsto para ter a duração de uma hora e meia, mas pode demorar três. Nunca sabemos e isso é que dificulta o processo de montagem e desmontagem”. E, em tempos pré‑pandemia

Miguel Coelho, 24 anos

de COVID‑19, como era lidar com a pressão do público? “Eu desligo completamente. Não vejo nem ouço ninguém. Só estou a pensar em ser rápida na montagem do campo”, adicionou Catarina Gregório, enquanto Leonaldo Santana também se mostrou intocável nesse sentido. “Não sinto [a pressão]. Em São Tomé estava habituado ao público porque era jogador [de futebol] e tinha muitos adeptos. Não me faz diferença, estou à vontade”, prometeu. Talvez mais importante do que tudo o resto para que o trabalho corra da melhor forma é a comunicação e a boa relação entre os três. Isso, garantem ao Jornal Sporting, está de boa saúde. “Falamos uns com os outros para que não haja nenhuma falha. Lá fora, temos uma relação de amizade”, afirmou Miguel >>

APOIAR O SPORTING CP, ESTUDAR NO SPORTING CP E TRABALHAR NO SPORTING CP Catarina Gregório e Miguel Coelho são, como já foi explicado nesta reportagem, adeptos e funcionários do Sporting CP. Mas há mais: foram também estudantes no Sporting CP. Ambos frequentaram, em conjunto, um dos cursos de técnico de apoio à gestão desportiva que o emblema de Alvalade promoveu em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e deram seguimento às suas vidas e carreiras de verde e branco. “Há cerca de seis anos comecei o meu curso no Sporting CP. Frequentei o curso durante três anos e no final fui trabalhar para outro sítio. Depois acabaram por me chamar para o Sporting CP e estou aqui há cerca de um ano e meio, desde 2019”, explicou Miguel Coelho, enquanto Catarina Gregório admitiu que o objectivo foi sempre continuar no Sporting CP. “Quando começámos o curso, em 2015, a minha intenção era ficar no Sporting CP. Fiz o curso todo a pensar no trabalho final que me desse tudo para ficar no Sporting CP e quando me chamaram foi a concretização. (…) Acabei o curso, fui para a faculdade e, passado um mês, estavam a chamar‑me para vir para o Pavilhão João Rocha”, revelou, continuando: “Vim ao Pavilhão João Rocha duas semanas antes de me chamarem, é curioso. Nunca tinha vindo porque prestava muito mais atenção ao futebol. Jogava futebol e queria era ir para a Academia. Depois, vim cá ver um jogo de andebol, acho, e passado uma ou duas semanas o João [Alves, da secção de hóquei em patins] liga‑me e diz‑me que precisa de mim. Perguntou‑me se podia vir e eu disse que para o Sporting CP estava sempre disponível”. De acordo com Miguel Coelho, “ter frequentado o curso ajudou bastante”. “Foi um curso muito prático, assim como o estágio. Deu‑me capacidades que aproveito no meu trabalho. O curso decorreu nas antigas instalações do Jornal Sporting e foi uma grande oportunidade para mim. Acho que também foi benéfico para o Sporting CP”, considerou, tendo Catarina Gregório elogiado também o estágio. “Estivemos integrados mesmo na estrutura Sporting CP. Todos os estágios foram feitos no Clube”, afirmou. Assim, ter feito todo este percurso em Alvalade é algo que deixa Miguel Coelho, que até foi atleta Leonino, de coração cheio. “É um orgulho imenso. Fui nadador do Sporting CP e estou ligado ao Clube desde sempre. Já joguei futebol, nadei e estudei pelo Sporting CP e estar aqui a trabalhar é um orgulho enorme”, acrescentou.


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Trabalho não pára: todos os dias, os três funcionários mudam balizas, redes, tabelas, linhas e muito mais

>>

Coelho, tendo o apoio dos colegas. “A nossa relação é uma relação boa. Estamos sempre a conversar uns com os outros e a explicar como funcionam as coisas. Eles explicam‑me como funcionam as coisas que eu não sei”, acrescentou Leonaldo Santana, enquanto Catarina Gregório explicou que é preciso “boa comunicação, organização e saber o que cada um está a

pensar para reagir como um só”. Inevitavelmente, acabam também por criar relação com atletas, equipas técnicas, dirigentes e todos aqueles que frequentam o Pavilhão João Rocha diariamente. Para Leonaldo Santana, as equipas de futsal e basquetebol são as mais marcantes e até revelou nomes. “Tenho uma boa relação com quase todos os jogadores

UM CRAQUE NA LINHA DO EQUADOR Em São Tomé e Príncipe, de onde saiu há cerca de dois anos, Leonaldo Santana era jogador de futebol no GD Cruz Vermelha, emblema da cidade são‑tomense de Almeirim. E dos bons. “Era polivalente. Por vezes era guarda‑redes, outras era ponta‑de‑lança e até médio. (...) Em 2014 fui chamado à selecção de sub‑17 para participar num evento em Angola. Senti o orgulho de poder representar o meu país. No regresso a São Tomé fui chamado à equipa principal do meu clube como guarda‑redes. Joguei três anos como guarda‑redes e depois decidi jogar a ponta‑de‑lança. Acreditei em mim e consegui. Era o segundo melhor marcador da minha equipa e terminei o campeonato com sete golos, atrás do meu colega”, referiu o funcionário Sportinguista, continuando. “Era o mais novo do campeonato. Quando íamos jogar fora, os adversários diziam que eu era muito novo para estar na baliza. Subestimavam‑me, mas quando começavam o jogo viam que estavam enganados. Eu tinha capacidade para a minha função”, disse. No Sporting CP desde Julho do ano passado, Leonaldo Santana explicou ainda como chegou ao Pavilhão João Rocha e a Portugal. “Esta oportunidade surgiu através da associação CEPAC [Centro Padre Alves Correia], de apoio ao imigrante. Precisava de apoio e eles ajudaram‑me com a formação. Estagiei aqui no Sporting CP durante três meses. Depois surgiu a pandemia e, já depois de ter estado em casa [em confinamento], voltaram a chamar‑me”, considerou. “Acompanhava os jogos do Sporting CP pela televisão e não imaginava que ia fazer parte do Clube por dentro. Não fazia ideia de que ia chegar a este patamar. O meu objectivo era vir para Portugal e ser jogador profissional de futebol, mas agarrei esta oportunidade do Sporting CP para estar mais perto dos jogadores. Não são jogadores de futebol, mas gosto de outras modalidades”, afirmou ainda. Leonaldo Santana não voltou ao seu país desde que saiu para Portugal pela primeira vez. Por isso mesmo, sente falta de casa: “Tenho saudades de São Tomé. Tenho planos para voltar lá em visita. Estou fora do meu país há dois anos e esta é a minha primeira vez na Europa”.

do futsal. Estamos sempre a brincar, a provocar um ou outro. No basquetebol, gosto muito do Travante [Williams], do [James] Ellisor, do Jeremias [Manjate], do Jorge [Embaló], do [Francisco] Amiel, do Diogo [Ventura]... Tenho uma boa relação com os jogadores. Todos gostam de mim e é tudo tranquilo”, admitiu. Miguel Coelho considera que ter esta proximidade com atletas de alto nível “também torna este trabalho diferente”. “Interagimos com eles, que precisam da nossa ajuda. É para isso que estamos aqui”, lembrou, escolhendo três jogadores como aqueles com quem mais se dá. “O guarda‑redes de hóquei em patins Zé Diogo [zona de Alenquer] é da minha terra e temos uma interacção diferente um com o outro. Com o James Ellisor, do basquetebol, também. O Travante Williams é uma pessoa muito divertida. Mas todos nos dão alegria”, garantiu. Para Catarina Gregório, há duas equipas especiais para si. “Os

Leonaldo Santana, 22 anos

que mais me marcam desde sempre são os do hóquei. Foram os primeiros com quem eu lidei. Os do basquetebol também são muito divertidos. Há momentos engraçados”, frisou. Questionados sobre os momentos mais marcantes, todos escolheram dias diferentes. Para Catarina Gregório, foi a vez em que ajudou a organizar uma final four da Liga Europeia de hóquei em patins, em 2018/2019, mesmo estando com problemas físico na altura. “Fiquei de muletas antes de uma competição europeia muito importante para nós. Na altura, éramos só dois e foi muito complicado agilizar o processo de montagem. Parecia impossível. Eu tinha de estar um mês e meio com o pé no ar e em duas ou três semanas pus o pé no chão porque naquele dia tinha de ser. Tinha de montar o campo e tínhamos de levantar aquela taça da Liga Europeia de hóquei em patins”, contou. Miguel Coelho também

guardou na memória uma conquista europeia de hóquei em patins, mas desta feita tratou‑se da Taça Continental. “O melhor momento foi quando ganhámos a Taça Continental de hóquei em patins. Para mim, foi o momento mais marcante desde que trabalho aqui”, referiu. Leonaldo Santana, por outro lado, escolheu uma competição ‘caseira’: “O momento mais alto desde que estou aqui foi o Troféu Stromp [em 2020]. (...) Não esperava, tão cedo, preparar jogos de torneios com títulos. Fiquei emocionado. Não esperava contribuir para a organização do Troféu Stromp. Fiquei surpreendido por me darem essa tarefa”. No final, o Jornal Sporting fez a mesma pergunta aos três: vale a pena o duro trabalho diário, mesmo quando as contrariedades existem? As respostas foram rápidas e não deixaram espaço para dúvidas. “Vale a pena o esforço que eu faço. É o melhor para o Clube. (...) Estou feliz por estar no Sporting CP. Estou grato por estar aqui e vou sempre fazer parte do Sporting CP. A trabalhar ao lado dos jogadores e das pessoas maravilhosas que estão cá”, disse Leonaldo Santana. “Ao fim do dia, sim, sem dúvida”, frisou Miguel Coelho. “Vale a pena. Quando a taça é levantada ao ar, tudo vale a pena”, concluiu Catarina Gregório. Haverá melhor representação do lema Esforço, Dedicação, Devoção e Glória do que esta? Achamos que não.


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“VALE A PENA O ESFORÇO PORQUE AMO ESTE CLUBE” HELENA SANTOS E NUNO SILVA SÃO CASADOS E TRABALHAM AMBOS NO SPORTING CP. ELA NA LAVANDARIA E ELE NA MANUTENÇÃO E LIMPEZA, SÃO OUTRAS DAS PARTES INVISÍVEIS, MAS ESSENCIAIS PARA O FUNCIONAMENTO DO CLUBE. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl

A frase do título é de Helena Santos, conhecida carinhosamente por ‘Lena’. Aos 46 anos, é funcionária da lavandaria do Sporting Clube de Portugal. Por ela passam, todos os dias, os equipamentos de treino e de jogo dos atletas profissionais das modalidades. Helena Santos é também uma Sportinguista ferrenha, assim como o marido, Nuno Silva. Com 43 anos, está também ele todos os dias em Alvalade, tanto na secção da manutenção como da limpeza. O casal de Leões é mais uma das partes que faz andar o emblema verde e branco, ainda que não aos olhos de todos. Anteriormente na limpeza, Helena Santos ‘mudou‑se’ para a lavandaria no início de 2020. Ao Jornal Sporting, descreveu o seu trabalho. “Todos os dias recebemos as roupas das modalidades e tentamos conciliar com os treinos. Temos os mapas [de treinos] e vamos organizando as coisas de forma a que todos tenham roupa a tempo e horas”, disse, contando ainda que costuma entrar para o trabalho às 6h30 da manhã. “A partir das 7h00 ou 7h30

Nuno Silva, 43 anos

começam a entrar os roupeiros das modalidades para nos deixarem a roupa”, explicou. Já Nuno Silva, que tanto faz limpeza como manutenção e que está no Sporting CP há cerca de dois anos, revelou que é um ‘faz‑tudo’. “Tudo o que se estraga, estou lá para arranjar. Sempre a ajudar quem precisa. (…) Faço tudo. Era um trabalho que eu queria. Gosto muito de obras. Tudo o que meta manutenção e arranjos, gosto”, admitiu, continuando: “O dia normal de trabalho começa às 8h00 e recebo a folha de serviço com o que é preciso fazer. Começamos pelo mais urgente e depois vamos gerindo o trabalho diário. Arranjar cadeiras, arranjar portas, molas, no Pavilhão, no Multidesportivo, nas piscinas… Fazemos tudo e andamos por todo o lado”. À hora de almoço, Helena Santos e Nuno Silva aproveitam para passar algum tempo juntos, juntando‑se a outros colegas. O trabalho, claro, tem alguns desafios e ‘Lena’ não esconde que “é um bocadinho duro”, mas assegurou “que se faz bem”, até porque há muito Sportinguismo incluído. “Tenho noção de que o trabalho da lavandaria é

mesmo muito importante para as modalidades. (...) Fazemos com gosto e acaba sempre por correr tudo bem. Vale a pena todo o esforço que fazemos aqui porque eu amo este Clube. Neste Clube, vale sempre tudo a pena”, afirmou Helena Santos, que exibe ainda com orgulho, no seu local de trabalho, camisolas assinadas pelos plantéis de basquetebol e de voleibol, garantindo também que as camisolas das restantes modalidades estão a caminho. O andebol acaba por ser, para Helena Santos, a modalidade mais trabalhosa devido à resina utilizada pelos jogadores nas mãos antes dos treinos e dos jogos. Inevitavelmente, essa substância deixa marcas nos equipamentos, principalmente porque o andebol é um desporto de contacto, e a lavandaria tem trabalho extra com a modalidade. “Temos de colocar supergel a seguir para tirar a resina. Temos cuidado com todas as modalidades, mas com o andebol um pouco mais”, admitiu. Já para Nuno Silva, o hóquei em patins é quem merece mais atenção na altura da limpeza do piso do Pavilhão João Rocha. “O

Helena Santos, 46 anos

hóquei é a modalidade que exige mais limpeza do piso. Eles andam em patins e se o piso não estiver bem limpo eles não conseguem patinar e vão ter problemas”, explicou. Desde que trabalham no Sporting CP, tanto Helena Santos como Nuno Silva viveram de perto alguns momentos icónicos que consideram mesmo terem sido “dos melhores dias” das suas vidas. “Para mim, todos os dias aqui são bons. Vivo todos como se fossem um. Mas lembro‑me, por exemplo, quando o Sporting CP foi campeão em hóquei e em futsal. Estava lá e foram dos melhores dias da minha vida. (…) Amo este Clube. Sou do Sporting CP desde que me lembro de ser gente”, reforçou Helena Santos, seguida de Nuno Silva: “Desde que cá estou já tive vários grandes momentos. Fiz a festa após a conquista da UEFA Futsal Champions League, a conquista da Liga Europeia de hóquei em patins. É bonito de ver, ainda para mais com o pavilhão cheio. Quando está cheio, são os momentos mais bonitos”. Para o Leão, a equipa de hóquei em patins acaba mesmo por ser a mais

marcante. “Dou‑me bem com todos os jogadores e com o staff do hóquei. Lido com eles todos os dias e tratam‑me de igual para igual. Não é por ser da manutenção que me tratam de forma diferente. Dou‑me bem com eles no balneário, falo com eles todos. É como se fosse uma família, mesmo”, considerou. Para ambos, serem funcionários do Sporting CP é uma felicidade tremenda. Afinal, os corações são verdes e brancos e, por isso, há um orgulho adicional quando se contribui para o dia‑a‑dia da instituição que se ama. “[Trabalhar no Sporting CP] significa muito. É o meu Clube do coração. Amo este Clube. (…) Já frequentava o Estádio José Alvalade porque vinha ver os jogos”, frisou Helena Santos, com o companheiro a corroborar. “É um grande orgulho e uma oportunidade de trabalho a longo prazo, apesar de muita gente pensar que é apenas uma passagem. (...) [O esforço] vale sempre a pena. Se não valesse não estava cá. O amor ao Clube vai crescendo de dia para dia e é sempre enorme”, lembrou Nuno Silva.


18 - SPORTING 3807

BASQUETEBOL

ANDEBOL

CHUVA DE TRIPLOS PARA SORRIR NO REGRESSO A CASA

INÍCIO PROMETEDOR FOI INSUFICIENTE

A VANTAGEM DE 31 PONTOS CONSEGUIDA AO INTERVALO (50‑19) FOI DECISIVA PARA VOLTAR A VENCER NO CAMPEONATO. LEÕES ACABARAM COM 13 TRIPLOS CONVERTIDOS.

LEÕES ENTRARAM DETERMINADOS E ESTIVERAM NA FRENTE DURANTE A MAIOR PARTE DO JOGO, MAS ACABARAM DERROTADOS PELO HT TATRAN PREŠOV, NA ESLOVÁQUIA, POR 24-21.

Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão

Em jogo a contar para a 18.ª jornada da fase regular da Liga Placard, a equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado sábado, a AA Coimbra por 82‑47. Depois de terem perdido pela primeira vez no campeonato na jornada anterior, os Leões responderam de forma clara e reencontraram‑se com as vitórias no Pavilhão João Rocha, onde não jogavam desde o dia 22 de Janeiro. A primeira posse foi para a Académica, bem como os primeiros dois pontos, contestados de imediato por cinco pontos consecutivos de Travante Williams, que concretizaria ainda novo triplo de seguida, com o Sporting CP a não mais largar o comando do marcador até final da partida. Desde os instantes iniciais que a intensidade defensiva dos Leões fez a diferença e por isso dispararam no marcador até ao 19-6, depois de triplos de Ventura e Ellisor. Desde a linha de três pontos, Diogo Araújo e Travante (11 pontos no primeiro quarto) fecharam os primeiros dez minutos com 29‑10. Logo a abrir o segundo quarto, os triplos Leoninos continuaram a “chover” no Pavilhão João Rocha, agora através de Pedro Catarino e Shakir Smith (40‑11). Sem a preponderância do poste

John Fields e de Cândido Sá (ambos lesionados), a aposta no jogo exterior dos Leões estava a ser recompensada com Diogo Araújo a liderar de “mão quente” (11 pontos na primeira parte). Defensivamente, a turma de Alvalade estava irrepreensível, concedendo pouco espaço aos estudantes. Assim, o intervalo chegou com uma autoritária vantagem Leonina de 31 pontos (50‑19). Downs liderava nas assistências com cinco passes e Fonseca dominava o jogo das tabelas com sete ressaltos. No segundo tempo, a formação de Coimbra somou vários roubos de bola e reduziu a diferença no marcador até ao 54‑37 (parcial de 4‑18). Daniel Relvão, poste da AA Coimbra, destacou‑se ao somar 12 pontos. Apesar da

reacção visitante, na fase final do terceiro quarto, à boleia de Travante e de novo triplo de Shakir Smith, o conjunto verde e branco fechou com 65‑39. No último período, o Sporting CP reencontrou a fórmula da primeira parte e decidiu o encontro. Com um parcial inicial de 12‑2, Downs e Smith acertaram de novo desde a linha de três pontos e os Leões chegaram ao 77‑41. O jogo fechou com 82‑47 e os Leões terminaram o encontro com 13 triplos convertidos (41% de eficácia) contra apenas um da Académica. Com este resultado, a equipa verde e branca lidera a prova com 35 pontos, mais dois do que o FC Porto, que tem menos um jogo disputado.

Cerca de uma semana depois de ter vencido o HT Tatran Prešov em Lisboa, por 27-21, a equipa de andebol do Sporting CP voltou a estar frente-a-frente com os eslovacos, desta vez na Tatran Handball Arena, em Prešov, num jogo que terminou com um desaire verde e branco por 24-21. Sem poder contar com o

recém‑transferido Frankis Carol e os lesionados Salvador Salvador e Arnaud Bingo, mas já com Carlos Ruesga de regresso à convocatória (sem jogar), Rui Silva viu a sua equipa entrar forte na partida, a atacar e a defender, com Pedro Valdés a marcar por três vezes e a liderar os Leões até uma vantagem de 4-9 no final dos primeiros quinze minutos. Depois disso, os eslovacos

16 de Fevereiro de 2021 | EHF European League – Grupo B – 8.ª jornada | Tatran Handball Arena (Eslováquia)

HT TATRAN PREŠOV

24‑21

SPORTING CP

(12-13 ao intervalo)

Sporting CP: Matevž Skok [GR], Pedro Valdés (5), Tiago Rocha (4), Francisco Tavares (3), Dmytro Doroshchuk, Nuno Roque (1), Darko Đukić (4), Aljoša Cudic [GR], Jens Schöngarth (4), Joel Ribeiro, Duarte Seixas, Carlos Ruesga, Eduardo Guimarães, Miguel Lourenço e Manuel Gaspar [GR]. Treinador: Rui Silva. Disciplina: dois minutos de exclusão para Joel Ribeiro (6’) e Pedro Valdés (29’).

RUI SILVA: “SABÍAMOS DA IMPORTÂNCIA DESTE JOGO”

Diogo Araújo foi um dos destaques Leoninos

13 de Fevereiro de 2021 | Liga Placard – Fase Regular – 18.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão

82 ‑ 47

AA COIMBRA

(29‑10, 21‑9, 15‑20, 17‑8)

Sporting CP: Travante Williams (15), Francisco Amiel (2), Jorge Embaló (3), Shakir Smith (9), Jeremias Manjante, Diogo Ventura (5), João Fernandes (11), Cláudio Fonseca (9), Diogo Araújo (11), Pedro Catarino (5), Micah Downs (7) e James Ellisor [C] (5). Treinador: Luís Magalhães.

No rescaldo do encontro diante do HT Tatran Prešov, o treinador do Sporting CP, Rui Silva, lamentou a derrota, reconhecendo que uma vitória neste jogo teria significado um passo “importante” na luta por uma vaga nos oitavos-de-final. “Este jogo não nos correu da melhor forma, apesar de até termos entrado bem, nomeadamente em termos ofensivos. Uma reacção e uma troca na baliza a meio da primeira parte fez com que eles voltassem ao jogo e nós tivemos sempre muitas dificuldades em concretizar, muito por culpa da exibição do guarda-redes adversário”,

começou por dizer. “Na segunda parte acusámos muito o cansaço. Isto apesar de a espaços termos encontrado algumas soluções para finalizar, com o guarda-redes adversário novamente a estar muito bem a parar bolas importantes nos seis metros. Chegámos a um momento em que a fadiga foi notória e a única coisa que posso dizer é que lamento. Sabíamos da importância deste jogo e o passo que poderíamos ter dado”, afirmou, mostrando-se ainda assim “orgulhoso” dos seus atletas “pela luta que deram enquanto tiveram forças”.


SPORTING 3807 - 19

VITÓRIA PARA O CAMPEONATO COM HOMENAGEM A FRANKIS Na noite do último sábado, os Leões de Rui Silva receberam e bateram o FC Gaia por 29-18 na 17.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1. Antes do apito inicial, Frankis Carol foi homenageado no Pavilhão João Rocha, recebendo um galardão das mãos de Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo, pelas dez temporadas de verde e branco. O lateral nascido em Cuba e com nacionalidade catari foi aplaudido pelos antigos colegas de equipa e pela formação adversária. Começado o desafio, o Sporting CP entrou em força com Jens Schöngarth, Pedro Valdés e Darko Ðukic em destaque. O lateral-direito alemão subiram de produção e estancaram os caminhos até à sua baliza, provocando uma seca de golos ao Sporting CP que durou sete minutos. Durante esse período, o HT Tatran Prešov aproximou-se, e depois conseguiu um parcial de 3-0 que lhe permitiu empatar a partida pela primeira vez a apenas um minuto do descanso (11-11).

Aqui, Darko Đukić assumiu-se como protagonista e respondeu com dois golos que seguraram a vantagem (12-13). Após o regresso para a segunda parte, o Sporting CP esteve sempre na frente nos primeiros 15 minutos, até que o adversário aproveitou a menor eficácia ofensiva dos Leões para empatar a partida (18-18). Tal como Skok

já tinha feito no primeiro tempo, com uma mão cheia de boas defesas, desta vez foi o guardião adversário a exibir‑se em excelente plano, sendo decisivo. Pouco antes da entrada nos dez minutos finais, a turma da casa passou para a dianteira pela primeira vez na partida, com o conjunto de Rui Silva a acusar algum cansaço e falta de

somou mesmo quatro golos ao longo do primeiro tempo e os Leões chegaram ao intervalo a vencer por 15-7 com toda a naturalidade. Segunda parte e mais do mesmo: Sporting CP melhor contra um FC Gaia combativo, mas sem argumentos para disputar o encontro com o emblema de Alvalade. Rui Silva aproveitou para gerir o plantel e lançou vários jovens da formação. Para um deles, o lateral Miguel Lourenço (18 anos), foi mesmo a estreia pela equipa principal, tendo sido coroado com um golo. No final, vitória por 11 golos de vantagem (29-18) e mais três pontos.

discernimento na hora de atacar a baliza adversária. Com a dupla ex‑SC Horta Nuno Santos e Pavel Caballero em destaque, com onze golos no total, os eslovacos aproveitaram e embalaram rumo ao triunfo com um parcial final de 4‑1 (24‑21). Apesar deste resultado, o Sporting CP mantém-se em boa posição para seguir em frente

na EHF European League. Os Leões ocupam actualmente o quarto lugar do grupo B com seis pontos, classificação que garante um lugar nos oitavos-de-final. A formação verde e branca volta a entrar em acção já no próximo sábado, dia 20 de Fevereiro, em casa do ABC, em jogo da 18.ª jornada do Campeonato Placard Andebol I (15h00).

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20 - SPORTING 3807

OPINIÃO

VOLEIBOL

AMO‑TE, SPORTING!

Juvenal Carvalho

Falar do nosso grande amor não requer inspiração, é normal e recorrente. É incontornável. É algo que sai de dentro de nós de forma natural. Contudo, decidi escrever esta coluna de opinião que hoje estão a ler no passado domingo. E quis a data que a mesma fosse alusiva ao Dia dos Namorados e fez‑me abrir o coração para o amor de uma vida, o meu/nosso Sporting Clube de Portugal. Como todos nós, no processo de vida, namorei, casei, tive filhos. Sou, afinal, comum dos mortais, igual a tantos outros nestas etapas da passagem terrena. Contudo, com o Sporting Clube de Portugal o meu namoro é de uma vida e para a vida. Começou em menino. Cresceu com o tempo. É algo quase inexplicável, mas tão belo... direi mesmo inolvidável. Aquando criança começou mesmo por ser às escondidas dos meus pais, de quem fugia literalmente de casa para ir ver os treinos da equipa de futebol, muitas vezes em vão por serem à porta fechada, mas onde ficava no final dos mesmos junto da mítica Porta 10‑A para ver os meus ídolos. E eram todos, não fazia distinções. Chegado o fim‑de‑semana fazia os trabalhos escolares a correr e lá ia a caminho de Alvalade para ver tudo. Do futebol às modalidades. Era também o tempo em que pedia aos meus pais a semanada antecipada para ir ver o Sporting CP de lés‑a‑lés de Portugal e até ao

estrangeiro. Tempos em que a minha mãe, que nunca se opôs a este namoro, embora uma fervorosa adepta do CF “Os Belenenses”, me dizia para levar a cama para o estádio e dormir lá, tal a minha loucura pelo Clube. Este fervor podia ir caindo com a idade. Mas não. Depois do namoro, acabei por casar com o Sporting CP ao entrar ainda tão jovem para o dirigismo pela porta do basquetebol. Passei ainda pelo futsal – então futebol de cinco, onde comecei a escrever crónicas de jogos para o nosso jornal –, andebol e futebol juvenil. Passei sempre tanto ou mais tempo ao lado deste grande amor do que com a minha família real. Passei também o Sportinguismo à minha filha, numa família de Belenenses. Foi um troféu para mim que jamais esquecerei. Neste amor de uma vida com o nosso Clube ri e chorei. Vi levantar centenas de troféus, mas também tive profundas noite de tristeza em que não conseguia dormir. Todas as relações intensas têm momentos bons e maus. Ajudam até a fortalecer. Foi e ainda é assim com o meu/ nosso grande amor. Recordo‑me como se fosse hoje, e já está perto de chegar aos 50 anos – o tempo voa, o dia em que pelas mãos de meu pai entrei na secretaria do antigo estádio e assinei o contrato de fidelidade de uma vida com o Sporting CP. Quando me fiz Associado até hoje, e sempre cumprindo escrupulosamente as minhas obrigações, ganhando, perdendo... gostando mais deste jogador, treinador ou dirigente. Todos nós passamos. Eterno só o Sporting Clube de Portugal. Estarei a teu lado até ao fim do meu percurso de vida ou mesmo para além dele. Só assim sei estar nesta nossa relação tão intensa. Amo‑te, Sporting!

RESPOSTA CLARA DEPOIS DO DESAIRE NO DÉRBI, QUE INTERROMPEU UMA SÉRIE DE SETE TRIUNFOS CONSECUTIVOS NO CAMPEONATO, OS LEÕES BATERAM O CASTÊLO DA MAIA GC (3‑0). Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão

A equipa principal de voleibol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último sábado, o Castêlo da Maia GC por 3‑0, no Pavilhão João Rocha, em jogo referente à 11.ª jornada da segunda fase do Campeonato Nacional. O conjunto verde e branco teve o mérito de vencer de forma tranquila, o que permitiu a Gersinho deixar a descansar alguns dos jogadores mais utilizados até ao momento, como Paulo Victor e Robinson Dvoranen. No primeiro set, rapidamente os Leões assumiram a dianteira no marcador com Hélio Sanches no serviço (4‑1). O Castêlo da Maia GC revelava‑se impreciso no ataque e o Sporting CP disparou no marcador até ao 15‑9. Na fase

final do set, o conjunto visitante melhorou e chegou mesmo ao empate (20‑20), contudo, após desconto de tempo de Gersinho, a formação verde e branca levou a melhor até ao 25‑22, fechado por José Rojas. No segundo set, a turma de Alvalade voltou a entrar forte (6‑2), mas desta vez a réplica dos visitantes equilibrava o marcador (8‑6). Ainda assim, os Leões nunca perderam a liderança e, para confirmar o bom período Leonino, Miguel Maia fez o 11‑6 com um ás e, depois, Éder Levi superou o bloco adversário com classe para o 16‑11. Com segurança, a equipa orientada por Gersinho fechou o set (25‑18) com Hélio Sanches em evidência no ataque à rede. O Sporting CP não tirou o pé do acelerador e atingiu o 10‑4 logo a abrir o terceiro set. Apesar

André Saliba destacou‑se ao marcar 13 pontos

da resposta do Castêlo da Maia GC, a turma de Alvalade seguiu na frente com autoridade e, sem surpresa, fechou o set e o encontro (25‑16), regressando às vitórias no campeonato. Desta forma, o conjunto orientado por Gersinho continua no terceiro lugar com 23 pontos.

13 de Fevereiro de 2021 | Campeonato Nacional – Segunda fase ‑ 11.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

3‑0

CASTÊLO DA MAIA GC

(25‑22, 25‑18, 25‑16)

Sporting CP: José Rojas (12), Éder Levi (8), Victor Hugo, Paulo Victor, André Saliba (13), Miguel Maia [C] (2), José Vinha (1), Robinson Dvoranen, Gil Meireles [L], Renan Purificação (6), João Fidalgo [L], Bruno Alves e Hélio Sanches (9). Treinador: Gersinho.

JORNADA DUPLA DE ALTOS E BAIXOS A equipa de voleibol feminino do Sporting Clube de Portugal jogou, no passado fim‑de‑semana, mais uma jornada dupla para a primeira fase do Campeonato Nacional, desta vez frente ao Leixões SC e ao Vitória SC. Ambos os embates tiveram como palco o Pavilhão João Rocha, mas com desfechos diferentes para as Leoas. No sábado, as Leoas saíram derrotadas na recepção ao Leixões SC para a 23.ª jornada (2‑3). O jogo foi de emoções fortes e com equilíbrio durante grande parte dos sets. O Leixões SC venceu o primeiro por 23‑25, mas o Sporting CP respondeu na mesma moeda no set seguinte (25‑23). No terceiro set, um parcial favorável de 8‑0 colocou o Leixões SC a vencer por 5‑13, o que não facilitou em nada a tarefa verde e branca. Sem surpresas, as visitantes venceram por 17‑25 e asseguraram pelo menos um ponto. Tudo parecia seguir pelo mesmo caminho no quarto set, que rapidamente viu o resultado em 2‑8 para o Leixões SC e mais um obstáculo apareceu no caminho da formação de Rui Pedro Costa: a líbero Daniela Loureiro saiu lesionada. Mas as Leoas demonstraram a sua garra e chegaram ao empate a 14 pontos, numa altura em que Ana Couto estava ao serviço. Nos pontos decisivos, o Sporting CP foi mais forte e fechou o set em 25‑21. Na ‘negra’, ainda assim, voltou a ser o

Leixões SC a equipa mais forte, vencendo por 8‑15 e fechando a partida em 2‑3. Contudo, depois do desaire que interrompeu uma série de sete triunfos consecutivos, as Leoas deram uma resposta forte e imediata, voltando a vencer em casa à custa do Vitória SC (3‑0) na 24.ª jornada. A turma de Alvalade entrou da melhor forma (4‑0), dilatou a vantagem (19‑9) e confirmou o domínio, fechando o primeiro set com 25‑12. O segundo set, pelo contrário, foi o mais equilibrado. Desde o 6‑6, a formação de Guimarães melhorou no ataque e o empate tornou‑se a regra até ao 17‑17. A grande entreajuda defensiva do Vitória SC dificultou a tarefa Leonina, mas daí em diante o poder de fogo de jogadoras como Bruna Gianlorenço, Amanda Cavalcanti e Thaís Bruzza fizeram a diferença para as Leoas (25‑20). No terceiro set, o Sporting CP voltou a superiorizar‑se de forma clara e confirmou a vitória final com um claro 25‑10, finalizado por Gabriella Rocha, que acabou o jogo com 14 pontos. Com este resultado, as Leoas somam 61 pontos em 23 jogos e mantêm o segundo lugar do campeonato a cinco pontos do líder AJM/FC Porto, que tem mais um jogo disputado.


SPORTING 3807 - 21

HÓQUEI EM PATINS

OPINIÃO

“VAMOS TER DE SER UMA EQUIPA MULTIFACETADA”

PASSOS SEGUROS

PAULO FREITAS SOBRE O REGRESSO À COMPETIÇÃO DIANTE DO ACTUAL LÍDER OC BARCELOS. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa

Depois de duas semanas de isolamento profiláctico e mais de três sem competir devido a casos positivos de COVID‑19, a equipa de hóquei em patins do Sporting CP vai regressar à acção já esta sexta‑feira, às 21h30, no Pavilhão João Rocha, diante do OC Barcelos, naquele que vai ser o jogo de cartaz da 20.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Na antevisão à partida, o treinador verde e branco Paulo Freitas, que foi o primeiro a ficar infectado e já nem liderou a equipa no dérbi de 24 de Janeiro com o SL Benfica, admitiu que passou por momentos difíceis, mas garantiu também que “o pior já passou”. “Passei quatro ou cinco dias muito complicados, com alguns sintomas que não são habituais, mas já estou recuperado. A única coisa que ainda ficou foi algum cansaço, que se manifesta em coisas como falar durante muito tempo ou andar. Pelo que sei, demora cerca de um mês a voltar tudo ao normal, mas estou pronto para trabalhar e recuperar o tempo perdido”, garantiu em exclusivo ao Jornal Sporting, explicando como manteve os jogadores activos. “Fizemos o que já tínhamos feito no ano passado: passámos trabalho para fazerem em

Pedro Almeida Cabral

Paulo Freitas e a equipa estão de regresso após terem cumprido um período de isolamento profiláctico

casa. Ainda assim, continuo com muitas dúvidas quanto ao que conseguimos retirar desses treinos para a pista. No regresso fizemos pequenas avaliações e os jogadores estão dentro da normalidade, mas estamos a correr contra o tempo e temos de ser muito criteriosos neste reinício porque o mais importante é evitar lesões”, frisou. Quanto ao OC Barcelos, que lidera actualmente o Campeonato Nacional e já venceu SL Benfica e UD Oliveirense esta época, Paulo Freitas lembrou que “sempre disse” que a formação do norte do país seria candidata ao título, cenário que se tem vindo a confirmar jogo após jogo. “Vai ser um encontro de dificuldade máxima para nós. Queremos repetir o mesmo resultado da primeira volta, quando fomos ganhar a

LEOAS SEGUEM PARA AS ‘MEIAS’ DA TAÇA DE PORTUGAL A equipa feminina de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal visitou e bateu, no passado domingo, a AA Coimbra por 2-3 no jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal. Desde o início da partida, o ascendente foi Leonino. O conjunto verde e branco dominava e criava diversas situações de golo. Ora, sem surpresa, as Leoas inaugurariam o marcador aos nove minutos por Rita Lopes, que, pouco depois, faria também o 0-2. A capitã Ana Catarina Ferreira assinou o terceiro, mas antes do intervalo as estudantes chegariam ao 1-3. Já no segundo tempo, a formação da casa reagiu e voltaria a reduzir a diferença no marcador através de um contra-ataque, porém até ao apito final o 2-3 não sofreu mais alterações. Com este resultado, as Leoas de Nuno Pinto somam dez vitórias consecutivas e garantem um lugar nas meias-finais da Taça de Portugal.

Barcelos por 2‑3, mas neste momento a única coisa que nos preocupa é perceber como é que a equipa vai responder às dificuldades impostas pelo adversário. Durante a semana tentámos retomar os índices competitivos e trazer novamente o nosso sentido colectivo para a quadra”, atirou, traçando o perfil dos barcelistas. “São uma equipa muito vertical – a mais concretizadora do campeonato – e têm três jogadores que estão nos primeiros lugares dos melhores marcadores: têm muito golo. Vamos ter de retirar essa iniciativa ao OC Barcelos e fazer o jogo que mais nos convém para conquistarmos a vitória. Queremos vencer e retomar a nossa caminhada nesta fase regular em busca da melhor classificação possível”, apontou. Por último, Paulo Freitas não teve dúvidas em apontar qual o segredo para o triunfo. “Temos de ser inteligentes porque vamos defrontar uma equipa que está muito motivada por jogar em casa do Sporting CP e porque percebe que este Sporting CP pode ser uma incógnita em termos de disponibilidade física. Vamos ter de ser uma equipa multifacetada: entregar o controlo do jogo em alguns momentos e explorar mais transições ou ser pressionantes noutros”, finalizou.

Foi longa a última jornada do campeonato, estendendo‑se de sexta a segunda. Longe vão os tempos em que tudo se jogava domingo à tarde. Além de os jogos estarem concentrados num só dia, os discursos sobre futebol também ficavam por aí. Jogava‑se, comentava‑se e fechavam‑se as contas. Agora, não é bem assim. Com jogos durante a semana, abriu‑se espaço para comentariado permanente. Pior. Até se veem intervenções descabidas dos próprios clubes, tentando ganhar vantagem nos jogos seguintes. Foi assim a semana que passou, com o FC Porto apostado numa campanha de raiva. Primeiro, Pinto da Costa com palavras duras e depois com o clube a ecoar palavras de ordem como “Basta” colocadas no estádio. Uma coisa são queixas, por vezes legítimas, de alguns lances. Outra, é sustentar um discurso exagerado e perigoso. No campo, tivemos mais uma vitória. Um jogo seguríssimo contra o Paços FC que mostrou uma equipa

rotinada, adulta e capaz de jogar em contenção. Vitória pelos mesmos 2‑0 da primeira volta. Surpreendeu a equipa pacense com um futebol desinibido e consistente. A primeira parte foi melhor jogada, com mais perigo e com jogadas de risco. Destacaram‑se Pote e Palhinha. O melhor marcador do campeonato, Pote, por ter vadiado por terrenos que não têm sido os seus. Em vez de atacar em investidas pela direita, foi Tiago Tomás a romper, cabendo Pote a baixar um pouco entre linhas. Esta alteração estratégica deu resultado e foi assim que nasceu o lance do penalti sofrido, a desmarcação de Feddal. Já Palhinha continua a crescer a cada jogo. É agora um maestro, a reger pendularmente o meio campo sportinguista. Não falha passes e também não falhou o seu primeiro golo no campeonato, com um remate à ponta de lança. Faltam 15 jogos, 45 pontos e jogos duros. Não é apenas muito campeonato. É praticamente ainda metade do campeonato. Todos os desafios serão decisivos e não há nem um só jogo que esteja ganho à partida. Ao Mister Rúben Amorim, cabe continuar a treinar tão bem uma equipa com tantos miúdos. Aos nossos jogadores, cabe continuarem a jogar como jogam, disputando cada lance. E aos Sportinguistas, cabe continuar a apoiar e a levar esta equipa onde ela merece.


22 - SPORTING 3807

FUTSAL

FOME DE LEÃO JOGO DE SENTIDO ÚNICO VALEU PARA ULTRAPASSAR OS 150 GOLOS NO CAMPEONATO EM 22 JOGOS. CAVINATO E MERLIM DESTACARAM‑SE COM UM HAT TRICK CADA UM. Texto: Xavier Costa Fotografia: Pedro Zenkl

Em jogo referente à 22.ª jornada da fase regular da Liga Placard, a equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal visitou, no passado sábado, o FC Azeméis e venceu de forma expressiva por 0‑9. A entrada em jogo não podia ter sido melhor e com dois minutos jogados Cavinato já tinha bisado. Com o pé no acelerador, os Leões dominavam e foram várias as oportunidades criadas até que aos oito minutos, na sequência de uma bola parada, Pany Varela finalizou à boca da baliza para o terceiro.

Cavinato assinou os seus três golos ainda na primeira parte

Além da eficácia na frente, a formação orientada por Nuno

Dias revelava‑se muito forte na pressão e não dava espaço

13 de Fevereiro de 2021 | Liga Placard – Fase regular – 22.ª jornada | Pavilhão Municipal Vale de Cambra

FC AZEMÉIS

0‑9 (0‑4 ao intervalo)

SPORTING CP Cavinato (1’, 1’, 19’), Pany Varela (8’), Alex Merlim (23’, 35’, 39’), Diogo Couceiro (autogolo 24’), Pauleta (27’)

Sporting CP: Guitta [GR], João Matos [C], Erick Mendonça, Pauleta e Alex Merlim; Gonçalo Portugal [GR], Mamadú Ture, Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Bernardo Paçó, Diego Cavinato e Pany Varela. Treinador: Nuno Dias.

Figueiredo, Sócio 16.408‑0, detentor de Gamebox, presença assídua no Estádio José Alvalade e antigo presidente do Núcleo do SCP de Alpiarça que faleceu no último dia 8 de Dezembro de 2020 aos 46 anos. Aos familiares e amigos, o Sporting Clube de Portugal endereça as mais sentidas condolências.

HOMENAGEM A LUÍS FIGUEIREDO

NOTA DE CONDOLÊNCIAS O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Luís Miguel Fonseca

Amigo, demorou algum tempo até ganhar coragem para escrever estas linhas que nunca irão conseguir explanar o teu Sportinguismo e, principalmente, a tua amizade. Vou fazê‑lo num sítio que merece esta minha singela homenagem a ti, grande

Leão. Conhecemo‑nos numa causa bem nobre na arte de servir o nosso Sporting CP, tu como presidente do Núcleo de Alpiarça, eu no de Tramagal. A partir daí, a ligação nunca mais terminou e contigo também aprendi o que é ser Sporting. Contigo fiz milhares de quilómetros para apoiar o nosso amor. Partilhámos as vitórias e as derrotas, que sabes que tanto me custam a digerir. Nunca te vi mal‑humorado e deste‑me sempre alento nalgumas fases menos boas pelas quais passei. Acompanhaste‑me também ao estrangeiro porque pelo Sporting CP todos os sacrifícios eram ultrapassados. Para ti, o Sporting CP jogava sempre bem. Aliás, joga, pois sei que mesmo onde estiveres a postura mantém‑se. Defendeste

ao FC Azeméis. Por isso, ainda antes do intervalo, Diego Cavinato completou o hat trick depois de uma vistosa jogada individual. O ítalo‑brasileiro passou a somar 25 golos no campeonato, apenas atrás do seu colega Cardinal, que marcou 27 e que agora enfrenta uma longa paragem por lesão. Já no segundo tempo foi a vez de Merlim fazer o gosto ao pé, bem à sua maneira, ao driblar o adversário directo antes de atirar cruzado para o 0‑5, que significou também o golo número 150 dos Leões no campeonato. Pouco depois, um autogolo do FC Azeméis resultaria no sexto para o

conjunto verde e branco, que se manteve implacável apesar do avolumar do resultado. Aos 27 minutos, Pauleta encheu o pé esquerdo para o golo da tarde e a formação local não mostrou argumentos para contrariar a voragem ofensiva dos Leões de Nuno Dias. Contudo, o marcador não ficaria por aqui e Merlim faria mais dois golos, completando o seu hat trick que desenhou o 0‑9 final. Com este resultado, o Sporting CP soma a vigésima vitória na Liga Placard, onde segue invicto, e atinge os 62 pontos, liderando a prova em conjunto com o SL Benfica.

LEOAS SEGUEM VITORIOSAS No último domingo, a equipa feminina de futsal do Sporting Clube de Portugal foi a casa da ARCD Venda da Luísa vencer por 1‑6 na quarta jornada da fase de manutenção do Campeonato Nacional. O emblema de Alvalade chegou ao intervalo a vencer por 1‑3, ampliando a vantagem no segundo tempo. Cristiana Gonçalves (dois), Débora Venâncio, Matilde Ferreira, Carolina Pedreira e Ana Alves fizeram os golos Sportinguistas. Na próxima jornada, as Leoas recebem o Lusitânia Lourosa FC. aguerridamente as nossas cores até ao último dia, numa terra em que, mesmo em inferioridade, ninguém te vergava. Como bom chefe de família, soubeste educar o Gil, que nos acompanhou desde tenra idade à nossa casa. Sim, porque era efectivamente a nossa casa, onde muitos te conheciam e onde nos sentíamos bem. Mesmo ligeiramente distantes – tu no sector A27 e eu no A28 –, sofríamos como ninguém. Não só apoiávamos o futebol masculino e feminino (em casa e fora), mas também as modalidades. Modalidades essas que fizeram com que amasses o Sporting CP daquele jeito que todos sabem. Muitos fizeram questão de te homenagear no passado dia 9 de Dezembro, depois de nos

deixares fisicamente. O raio da pandemia fez com que os nossos hábitos se alterassem, mas nunca deixámos de honrar o que nos unia. Infelizmente, não acompanhei a tua dura batalha para a qual tanto lutaste, e tantos sustos me pregou em vários momentos, em que o denominador comum era o Sporting CP. Após a tua partida, todos os jogos do nosso amor têm outro significado. Fazem‑me falta as conversas antes, depois e mesmo nos dias seguintes. Quando tudo voltar à normalidade continuarás a viajar ao meu lado. Sei que continuas connosco e quero contigo voltar a festejar as conquistas do nosso Clube. Até já, Luís. Luís Alarico, Tramagal, 11/02/2021.


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FUTSAL

“TEREMOS DE ESTAR AO NOSSO MELHOR NÍVEL” EM VÉSPERAS DO REGRESSO AOS PALCOS EUROPEUS, NUNO DIAS E ALEX MERLIM ALERTARAM PARA A QUALIDADE DOS CHECOS DO FK CHRUDIM, O ÚLTIMO OBSTÁCULO ANTES DA FINAL EIGHT DA UEFA FUTSAL CHAMPIONS LEAGUE. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão

Detentora de um impressionante registo de 21 vitórias, dois empates e zero derrotas na presente temporada, a equipa de futsal do Sporting CP enfrenta no sábado um teste decisivo, diante dos checos do FK Chrudim, que vai definir quem estará presente na final eight da UEFA Futsal Champions League, em Minsk, na Bielorrússia, entre os dias 28 de Abril e 3 de Maio. Vindos de uma goleada por 0‑9 diante do FC Azeméis, os Leões somam já mais de 160 golos em todas as provas e estão em excelente forma desde o início da época. Ainda assim, Nuno Dias prefere jogar à defesa e lembra que os checos não são um adversário qualquer. “Pela análise que fizemos, o FK Chrudim era a equipa do Pote 2 que nos poderia criar mais dificuldades. Vamos jogar contra um conjunto muito forte, que tem um leque de internacionais checos que são muito bons jogadores e que estão habituados a ganhar. Foram 15 vezes campeões da República Checa, são a equipa que tem mais presenças nesta competição e têm tido sucesso”, sublinhou em exclusivo ao Jornal Sporting, não poupando elogios ao adversário. “Têm um plantel recheado de jogadores habituados a jogos internacionais. São experientes e fisicamente muito fortes, no campeonato deles têm conseguido muito bons resultados. Em 13 jogos ainda não sofreram qualquer derrota e são muito sólidos nas tarefas defensivas. Vai ser um adversário extremamente difícil. Vamos ter de estar ao nosso melhor nível ou então ficamos pelo caminho”, garantiu, num discurso replicado por Alex Merlim. “Esperamos um encontro difícil, se o adversário chegou até aqui é porque tem mérito. Numa

HUGO NEVES DE REGRESSO

Leões estão de olho na final eight da UEFA Futsal Champions League

eliminatória como esta, a uma só mão, não podemos vacilar. Se não estivermos ao nosso melhor nível podemos ficar fora da competição. Temos de entrar com o máximo de concentração e ao nosso melhor nível para conseguirmos chegar à próxima fase e, depois disso, pensarmos no objectivo final, que é vencer o troféu”, frisou o ítalo‑brasileiro. Além da qualidade do adversário, o Sporting CP vai ainda ter de contrariar outra questão: a ausência de Cardinal. O internacional português sofreu uma rotura no tendão de Aquiles e vai parar entre oito e dez meses, uma baixa de peso que obrigará Nuno Dias a alguma ginástica. “Não existe nenhum jogador português, e no mundo inteiro devem haver poucos, com as características do Cardinal. É um finalizador nato, o melhor marcador da liga com 27 golos. Além da experiência e liderança que tem no grupo, é um jogador que resolve problemas. O mais importante no jogo é o golo e o Cardinal é sinónimo de golos. Vamos ter de nos unir e

fazer as coisas de outra forma”, afirmou, lamentando também a situação de Taynan, jogador que está em dúvida para este jogo e que tem “enorme peso na manobra da equipa”. Apesar de não esconder que estas são baixas de revelo, Alex Merlim afirma que isso não é desculpa e promete empenho máximo para o jogo de sábado, no Pavilhão João Rocha (17h00).

“Com o plantel que temos não podemos depender de um ou dois jogadores, sejam eles quais forem. O nosso forte sempre foi o grupo porque se o colectivo for muito forte, o individual acaba por sobressair. Temos de arranjar soluções, mas sendo o grupo forte e determinado, vamos superar essas ausências e lutar pelos nossos objectivos”, rematou.

O Sporting Clube de Portugal accionou a cláusula de retorno de empréstimo relativa a Hugo Neves, jogador de futsal que esteve cedido ao CRC Quinta dos Lombos na primeira metade da época. O atleta de 20 anos, que actua na posição de pivô, já está a trabalhar às ordens da equipa técnica liderada por Nuno Dias, sendo, por isso, opção para o que resta de 2020/2021. Hugo Neves, internacional sub‑17, sub‑18, sub‑19 e sub‑21 pela selecção nacional, está no Sporting CP desde os 11 anos (2011/2012), tendo conquistado vários títulos na formação. Em 2019/2020 já havia sido emprestado ao CRC Quinta dos Lombos. Talento promissor, Hugo Neves foi nomeado para melhor jovem jogador do Mundo na edição relativa a 2019 dos Futsalplanet Awards.

FK CHRUDIM É REI NA REPÚBLICA CHECA E IMPÕE RESPEITO Anteriormente denominado FK Era‑Pack Chrudim, o FK Chrudim é o actual campeão checo, tendo mesmo conquistado 15 dos 17 últimos títulos nacionais. Na presente época, contabiliza onze vitórias e dois empates, não tendo ainda sofrido qualquer derrota, e soma 57 golos marcados contra apenas nove sofridos, números alicerçados num plantel muito experiente. “O grupo deles é composto por internacionais checos e vários jogadores brasileiros, sendo que um deles naturalizou‑se pelo Cazaquistão e jogou no Kairat Almaty FC, é muito bom jogador. Os brasileiros actuaram em boas equipas no Brasil e lutavam por títulos, e o guarda‑redes deles é internacional pelo Brasil. Depois têm outros atletas interessantes como um internacional da

Eslováquia”, revelou Nuno Dias, que viu Merlim dar a receita para o triunfo. “Pelo que vimos em alguns jogos, eles fixam‑se na linha de meio‑campo e depois tentam sair bastante em contra‑ataque. São fortes fisicamente, temos de estar atentos às bolas paradas e não permitir saídas rápidas, assim como vencer todas as bolas divididas. O FK Chrudim é uma equipa de alto nível e temos de estar preparados para todos os tipos de jogo”, referiu. Sporting CP e FK Chrudim já se encontraram por duas vezes no passado, com os Leões a levarem vantagem visto que venceram os checos em 2004, por 2‑3, e empataram 4‑4 em 2010, com ambos os encontros a acontecerem na fase de grupos da UEFA Futsal Champions League.


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ATLETISMO

SPORTING CP TEVE OITO CAMPEÕES DE PORTUGAL EM BRAGA ATLETAS LEONINOS ARRECADARAM 24 MEDALHAS (OITO DE OURO, OITO DE PRATA E OITO DE BRONZE) NOS CAMPEONATOS DE PORTUGAL DE ATLETISMO EM PISTA COBERTA DESTE ANO. Texto: Xavier Costa Fotografia: FPA

Foram dois dias recheados de campeões, recordes e muitas medalhas para o Sporting Clube de Portugal nos Campeonatos de Portugal de atletismo em pista coberta de 2021, realizados no passado fim‑de‑semana no Altice Fórum, em Braga. No sábado, Auriol Dongmo,

ouro, os atletas verdes e brancos arrecadaram mais oito medalhas de prata e oito de bronze. Na primeira prova da tarde de sábado, no salto com vara masculino, Carlos Pitra conseguiu a medalha de prata e estabeleceu um novo recorde pessoal com a marca de 4,98 metros. Por seu turno, o Leão Gonçalo Uva ficou com o bronze depois de ter

Carlos Nascimento foi o mais rápido nos 60 metros.

Anabela Neto, Carlos Nascimento, Lorene Bazolo, Evelise Veiga e Cátia Azevedo tornaram o Sporting CP no Clube com mais atletas campeões de Portugal no primeiro dia de competição aos quais, no domingo, se juntaram Marta Onofre e Patrícia Mamona, totalizando assim as oito medalhas de ouro conseguidas por atletas Leoninos. Desta forma, o Sporting CP foi, em conjunto com o SL Benfica, o Clube que terminou a competição com mais campeões de Portugal. Além das oito medalhas de

A Leoa Marta Onofre revalidou o seu título nacional.

atingido os 4,86 metros. Já a primeira campeã Leonina do fim‑de‑semana foi Auriol Dongmo no lançamento do peso feminino. A atleta continua em grande forma e desta vez, em solo nacional, destacou‑se com a marca de 18,91 metros. Na mesma prova, a Leoa Jéssica Inchude arrecadou a prata e o lançamento a 18,13 metros significou também uma nova melhor marca pessoal e tornou‑se o recorde nacional da Guiné‑Bissau. No triplo salto masculino, Tiago Luís Pereira conseguiu a medalha de prata com a marca de 16,25 metros. Por sua vez, nos 1500 metros masculinos, o jovem Leão Nuno Pereira esteve em evidência ao alcançar um novo recorde pessoal com 3’42”10, um registo que lhe valeu também a medalha de prata. Na prova feminina, Rita Figueiredo ficou com o bronze depois de ter acabado a corrida em 4’29”30, outro recorde pessoal. Nos 5000 metros marcha, o Leão Rúben Santos amealhou a medalha de bronze e bateu o seu recorde pessoal com o tempo de 22’00”16. Mais tarde,

no salto em altura feminino, Anabela Neto sagrou‑se campeã nacional depois de ter atingido a marca de 1,79 metros. Na velocidade, os atletas Leoninos dominaram. Na prova masculina, Carlos Nascimento foi o mais rápido nos 60 metros, ficando com o ouro e com o título nacional ao completar a prova em 6”68 segundos. Depois, na prova feminina, a Leoa Lorène Bazolo também bateu a concorrência, conquistando o título com 7”44 segundos no cronómetro. Rosalina Santos cortou a meta logo a seguir, com 7”46 segundos, e ficou com a medalha de prata. Na prova de salto em comprimento, Evelise Veiga saltou 6,39 metros para sagrar‑se campeã nacional. Por fim, na última prova do dia, nos 400 metros femininos, o pódio pintou‑se de verde e branco com três atletas do Sporting CP a ocuparem todas as posições do pódio. Cátia Azevedo conquistou o ouro e o respectivo título nacional ao completar a corrida em 53”69 – um tempo que a qualificou para o próximo Campeonato Europeu em pista coberta, agendado para Março na Polónia. A medalha de prata ficou com Dorothe Évora (55”44) e o bronze foi para Vera Barbosa (55”55). Já no domingo, na primeira prova da tarde, o Sporting Clube de Portugal teve também a primeira campeã do dia. No salto com vara feminino, a Leoa Marta Onofre revalidou o título nacional ao superar a fasquia dos 3,75 metros. Já no salto em altura masculino, Tiago Luís Pereira ficou com o bronze ao saltar 2,10 metros, depois de no sábado ter conseguido a medalha de prata no triplo salto. Depois, na prova masculina dos 800 metros, o Leão Nuno Pereira acabou em segundo lugar com 1’49”25. Assim, o jovem atleta

Olímpia Barbosa em acção nos 60 metros barreiras

termina a competição com duas medalhas de prata, depois de no sábado ter alcançado também o segundo lugar nos 1500 metros com um novo recorde pessoal. Na mesma distância, mas na prova feminina, Rita Figueiredo foi a atleta Leonina em evidência ao garantir também o segundo posto e a respectiva medalha de prata (2’11”13). Por sua vez, Beatriz Rodrigues terminou a corrida no quinto lugar. Já nos 3000 metros, Fernando Serrão garantiu a medalha de bronze ao terminar a prova no terceiro lugar com 8’09”85. Ao

final da tarde, no triplo salto feminino, Patrícia Mamona sagrou‑se também campeã de Portugal ao destacar‑se da concorrência com a marca de 14,03 metros. A campeã verde e branca teve ainda a companhia da também Leoa Evelise Veiga, que ficou com a medalha de prata, graças ao seu salto de 13,44 metros, depois de no dia anterior se ter sagrado campeã nacional de salto em comprimento. Por fim, na final dos 60 metros barreiras, Olímpia Barbosa arrecadou a medalha de bronze (8”69).

ATLETAS DO SPORTING CP MEDALHADOS FEMININOS Triplo salto

Lançamento do peso 1.º Auriol Dongmo (18,91 m) 3.º Jéssica Inchude (18,13 m)

1.º Patrícia Mamona (14,03 m) 2.º Evelise Veiga (13,44 m)

1500 metros 3.º Rita Figueiredo (4’29”30)

MASCULINOS

Salto em altura 1.º Anabela Neto (1,79 m) 60 metros 1.º Lorene Bazolo (7”44) 2.º Rosalina Santos (7”46) Salto em comprimento 1.º Evelise Veiga (6,39 m) 400 metros 1.º Cátia Azevedo (53”69) 2.º Dorothe Évora (55”44) 3.º Vera Barbosa (55”55) Salto com vara 1.º Marta Onofre (3,75 m) 800 metros 2.º Rita Figueiredo (2’11”13) 60 metros barreiras 3.º Olímpia Barbosa (8”69)

Salto com vara 2.º Carlos Pitra (4,98 m) 3.º Gonçalo Uva (4,86 m) Triplo salto 2.º Tiago Luís Pereira (16,25 m) 1500 metros 2.º Nuno Pereira (3’42”10) 5000 metros marcha 3.º Rúben Santos (22’00”16) 60 metros 1.º Carlos Nascimento (6”68) Salto em altura 3.º Tiago Luís Pereira (2,10 m) 800 metros 2.º Nuno Pereira (1’49”25) 3000 metros 3.º Fernando Serrão (8’09”85)



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ENTREVISTA CARLOS LOPES

“NASCI PARA SER CAMPEÃO” Entrevista a Carlos Lopes, campeão olímpico e director do atletismo do Sporting Clube de Portugal que completa 74 anos, ou como o próprio diria, “47 ao contrário”, no dia 18 de Fevereiro. Texto: Nuno Miguel Simas, Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa Como olha para o seu percurso enquanto atleta? Não sou muito de olhar para trás, sou muito mais de olhar para a frente. Mas olhando para trás, acho que tenho de estar feliz pelo que consegui, tive um percurso extraordinário que culminou na medalha de ouro nos Jogos Olímpicos (JO) de 1984, em Los Angeles. Acho que qualquer pessoa ficaria orgulhosa pelo que fiz e representei. Demonstrei ao mundo que em Portugal também se faz desporto e à séria. São momentos únicos na história do desporto nacional que fizeram muitos portugueses felizes, incluindo eu. É algo que fica e ainda hoje sou reconhecido devido a esse feito. Foi um percurso histórico e acho que valeu a pena. E como director da secção de atletismo do Sporting CP? Num curto espaço de tempo, acho que já fiz coisas extraordinárias pelo atletismo do Sporting CP. Fomos campeões europeus, por exemplo. É verdade que já o tínhamos feito pela mão do professor Moniz Pereira, que demostrou uma classe à parte, sempre com muito querer e uma sensibilidade extraordinária para uma prática difícil como é a do atletismo, mas conseguimo‑lo mais vezes num espaço de tempo mais curto, o que é realmente admirável. Obviamente os tempos são outros, e sozinho não fazia nada disto, mas acho que escolhi as pessoas certas para me ajudarem nesta função. O Sporting CP está de parabéns porque esta é uma aposta firme e, mesmo com alguns momentos de dificuldade, conseguimos objectivos magníficos. É uma demonstração da persistência, coragem e determinação dos nossos atletas. É isto que nos faz olhar para o futuro e perceber que os nossos jovens têm muita qualidade.

O que lhe falta ainda alcançar? Quando nascemos, nascemos com um dom. Eu nasci para ser campeão e continuo a sê‑lo. Continuamos a ter jovens que são campeões e representam muito bem o Clube. Isso só demonstra que estamos a trabalhar muito bem. Quanto ao futuro, vamos aguardar porque cada dia é um passo. Quando damos passos certos e objectivos, as coisas vão acontecendo naturalmente. Qual é o segredo para a secção de atletismo reinven‑ tar‑se constantemente e continuar a somar títulos e boas marcas? O segredo é a consciência que cada um de nós tem acerca do que está a fazer. Se me perguntar se já estivemos melhor, é normal que tenhamos de estar sempre a reinventar‑nos porque hoje em dia as dificuldades são enormes. Esta pandemia veio destruir parte do que tínhamos construído, é normal que tenhamos de nos reinventar e ser sensatos o suficiente para criar as melhores condições para os atletas que realmente pretendemos ter. Não é fácil, no ano passado tínhamos cerca de 200 atletas e este ano pouco mais de 100. Tivemos de diminuir este número para podermos manter o equilíbrio no futuro do atletismo do Sporting CP. Antes de ganhar a medalha de ouro em Los Angeles, foi atropelado num treino. Em algum momento du‑ vidou que fosse possível ganhar ou a sua ambição su‑ perou tudo isso? Os acidentes acontecem quando menos se espera. A partida para Los Angeles estava próxima e estava a fazer treino específico, mas nesse dia hesitei várias vezes quanto ao

local para onde iria treinar: ou ia para Monsanto, como estava previsto, ou para a Quinta das Conchas. A minha teimosia e o objectivo que tinha traçado acabaram por ditar o acidente. Após o embate, quando ia no ar, protegi a nuca com as mãos, e quando senti que estava no chão percebi que não tinha nada partido e levantei‑me. Foi um momento menos bom, mas que me marcou porque senti que era o momento de agir em conformidade com os meus planos e a minha vontade, que era ser campeão olímpico. Era a última oportunidade que tinha na minha vida e acho que ficou bem claro o que pretendia, consegui dar ao professor Moniz Pereira aquilo que ele sempre sonhou, que era ter um atleta campeão olímpico. Sente que contribuiu de certa forma para o aumento da auto‑estima dos portugueses, em 1984, ao subir ao lugar mais alto do pódio dos JO com uma marca sensa‑ cional que foi recorde olímpico durante muitos anos? Acho que a auto‑estima dos portugueses subiu e muito. Demonstrei que é possível e criei muitas expectativas em todas as outras modalidades, o desporto nacional ganhou muito com isso. A partir daquele momento, as pessoas acreditaram que é possível fazer coisas extraordinárias. A minha ida à Casa Branca, quando Ronald Reagan era presidente dos Estados Unidos da América, provou que uma pessoa de 37 anos não é velha para fazer coisas admiráveis. Foi algo que ficou marcado para o resto da vida dos portugueses. Acredita que provou que não há idade para alcançar sonhos? Acho que contribuí muito com a minha forma de estar na vida e no desporto. Ainda hoje acho que sou daquelas


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pessoas que gosta do desporto pelo desporto, gosto que as pessoas façam marcas novas porque a evolução faz parte do crescimento de um país e das pessoas. Os tempos agora são outros, as disciplinas técnicas começaram a ganhar muito terreno. Como olha para o momento actual do atletismo do Sporting CP? Hoje os jovens são mais inteligentes, mais altos e mais rápidos. Antigamente não tínhamos as disciplinas técnicas com uma marca. Com a chegada dos estrangeiros, os nossos jovens também cresceram. No atletismo, mesmo nas disciplinas técnicas, a maior parte dos atletas não são de nacionalidade portuguesa, e isso está a ter um efeito louvável. Em contrapartida, no meio‑fundo, que era uma forma de estar na vida, houve um decréscimo de apoios e isso está a reflectir‑se. Os nossos melhores atletas de fundo e meio‑fundo têm mais de 35 anos, embora comecem a aparecer jovens com muita força, como o Nuno Pereira. Que comentário lhe merecem as marcas de Nuno Pe‑ reira e Cátia Azevedo, nos Campeonatos de Portugal em pista coberta, que confirmaram a presença de am‑ bos no Europeu em Março? Já tínhamos atletas como a Auriol Dongmo e a Jéssica Inchude apuradas. O Sporting CP continua a ter uma formação e atletas de eleição. Sempre tivemos e continuamos a dar atletas aos maiores palcos do atletismo português e não só. A Auriol Dongmo é detentora da melhor marca mun‑ dial do ano e os Sportinguistas já sonham com uma medalha nos JO. Até pela sua experiência, como olha para a evolução desta atleta do lançamento do peso? Tem tido uma evolução extraordinária, ainda bem que veio para Portugal e que já é portuguesa. Ainda assim, os Campeonatos da Europa e do Mundo e os JO são competições diferentes, são três momentos extraordinários

de demonstração de quem é o melhor. Os JO têm um paradigma extremamente complexo porque nunca se sabe quem será o vencedor. Por exemplo, no ano em que ganhei o ouro, era expectável que fizesse um bom resultado, mas não que me tornasse campeão olímpico. A Auriol Dongmo tem uma marca extraordinária e poderá ser campeã olímpica, mas é preciso ter os pés bem assentes no chão. O que define se um atleta chega aos JO no pico de forma ou não? Saber estar e, acima de tudo, criar o momento. Tinha sempre uma estratégia muito bem montada e chegava sempre aos momentos decisivos nas melhores condições. Não descurando todas as outras estratégias, há situações em que temos de nos concentrar especificamente no momento e não podemos falhar. Nem todos os atletas pensam da mesma forma, provavelmente porque alguns não acreditam em si e depois desviam‑se um pouco, o que faz com que as coisas não aconteçam. Focava‑me sempre na essência dos momentos. Há muito que tem de vir de dentro e da força psicológica? Sim, mas não é só isso, é preciso trabalhar muito. Acima de tudo, é necessário ter consciência de que do outro lado estão adversários muito complicados e é preciso saber gerir o momento. Existem algumas interrogações quanto à realização dos Campeonatos Nacionais de clubes em pista co‑ berta, corta‑mato e estrada. Como olha para estas competições e para as perspectivas do Sporting CP em cada uma delas? O Campeonato Nacional de estrada foi cancelado, não sei se vai realizar‑se mais tarde ou não. O Nacional de pista coberta está previsto, mas vamos ver se se vai realizar, porque com a COVID‑19 tudo pode mudar de um dia para o outro. Quanto ao corta‑mato, já no ano passado não se realizou, mas espero que em 2021 aconteça. Quanto ao Sporting CP, a nossa perspectiva é manter o equilíbrio que temos mantido até aqui. Os atletas sabem os seus momentos e que têm de estar preparados para estas ocasiões. É para isto que trabalhamos e temos consciência de que os nossos atletas sabem disso. E em termos europeus? A Taça dos Clubes Campeões Europeus não vai realizar‑se, tanto em pista como crosse. Acho que nós, Sporting CP, devíamos criar, juntamente com outros clubes que estejam interessados em participar, uma prova idêntica, visto que a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), organismo que tutela a modalidade a nível mundial, não está muito interessada. Devem ser os clubes a começar a propor para que isso mais tarde seja oficial. Defende algo semelhante à Superliga Europeia que tanto se tem falado no futebol, com os próprios clu‑ bes a organizarem a competição? Porque não? Acho que essa possibilidade existe e é viável. As coisas não acontecem do nada, tem de se começar a fazer para que as pessoas acreditem que é possível. Tanto eu como o Sporting CP estamos disponíveis para fazer isso.

Carlos Lopes diz ser “muito mais de olhar para a frente do que para trás”

Temos visto muitas pessoas a sair à rua para correr. Por outro lado, teme que a pandemia faça com que os mais jovens desistam do atletismo? Um dos maiores desafios é a motivação? O Sporting CP continua focado em trazer atletas

para o alto rendimento. Desde que haja jovens com essa disponibilidade, o atletismo não vai acabar tão depressa. Mas se não houver competição, o lazer, mais tarde ou mais cedo, começa a morrer. O que mais chama os jovens à prática desportiva é a competição. Seja em que modalidade for, se não houver competição, quem assiste? Deve dar‑se prioridade à competição para que as pessoas estejam focadas no desporto em si. Qual a importância da academia de atletismo para o Sporting CP? É fundamental. A academia tem todas as condições para que amanhã possamos tirar partido dos mais de 200 atletas que costumamos ter anualmente. Claro que nem todos vão singrar, mas é uma forma de manter e estimular o ‘bichinho’ do desporto e do atletismo nos jovens, o que é muito importante. Já saíram dali miúdos muito bons e podem sair atletas, dirigentes ou professores. Que legado quer deixar no Sporting CP? Não pretendo que me vejam como o ‘Senhor Atletismo’, porque esse título já tem dono e com um legado muito forte. Quero, acima de tudo, sentir que o meu trabalho deu frutos e manter um equilíbrio entre o atleta e o director. Quero oferecer mais troféus e qualidade ao Sporting CP, além de ter a sensibilidade de manter o bem‑estar na vida de todos os atletas. Se estivesse vivo, o professor Mário Moniz Pereira teria completado 100 anos no dia 11 de Fevereiro. Que mensagem gostaria de lhe deixar? Foi um homem que fez muito pelo desporto português e que sempre teve uma visão muito além do normal. Criou um esquema que deu resultados fabulosos, tinha sonhos muito elevados e fazia crer que era possível. Ensinava‑nos a acreditar no dia de amanhã e quando assim é, não há muito mais a dizer. Professor, muito obrigado pelo que deu, pelo que representou e pelo que sou hoje. Continua a ir às pistas e a acompanhar os atletas e as equipas do Sporting CP. Quem é o Carlos Lopes fora deste contexto? Sou uma pessoa normal. Gosto de fazer com que as pessoas elevem a sua auto‑estima, acreditem e façam também os outros acreditar. Sente que tem sido uma inspiração para as mais di‑ ferentes gerações? Se não sou, já fui (risos). Acho que isso é que marca as pessoas. Qual a maior medalha que tem? A maior medalha foi ter nascido para fazer aquilo que fiz. Uma demonstração de força, coragem, determinação e, acima de tudo, fazer as pessoas acreditar. As grandes recordações de carreira continuam guardadas? Claro, isso fica sempre no coração e na minha memória, assim como na de muitos. Ainda revê os últimos metros até cortar a meta em Los Angeles? Não sou muito saudosista. Sou e sempre fui calculista, e sempre acreditei nos meus sonhos. Como o sonho comanda a vida, aqui estou eu. Mas sim, por vezes revejo esses momentos.


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ADN DE LEÃO LOGO ORIGINAL

PODCAST

FEDDAL PARA LÁ DA DEFESA NO ‘ADN DE LEÃO’ PODCAST OFICIAL DO SPORTING CP VOLTA A TER COMO CONVIDADO UM JOGADOR DA EQUIPA PRINCIPAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

Depois de João Mário, Sebastián Coates, Tiago Tomás, Luís Neto e Pedro Gonçalves, o ‘ADN de Leão’ volta a ter como convidado um jogador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal. Zouhair Feddal é o futebolista que se segue no podcast oficial do Clube – que tem sido um sucesso entre os ouvintes – para revelar um pouco mais de si aos Sportinguistas. O internacional marroquino, que chegou a Alvalade no Verão passado, proveniente do Real Betis Balompié, disse ao Jornal Sporting que foi uma conversa muito interessante e que não deixou nada por dizer: “Respondi a tudo (risos), por isso vão ficar a saber muitas coisas sobre mim. Foi uma entrevista muito gira e acho que os Sportinguistas também vão gostar”.

Ana Galvão é uma conhecida Sportinguista

Zouhair Feddal apadrinhou a estreia de Ana Galvão como apresentadora do ‘ADN de Leão’

O central falou da vida para lá do futebol e apadrinhou ainda a estreia da Sportinguista Ana

Galvão como apresentadora do ‘ADN de Leão’. No final da gravação do podcast, Zouhair Feddal não podia estar mais satisfeito, revelando que gostou muito da conversa com a radialista:

“Correu muito bem. Eu gostei mesmo muito e também foi especial para mim porque foi a minha primeira ida ao podcast do Sporting CP. Fiquei muito feliz com o convite, com a oportunidade de ir e com a

O defesa marroquino está na primeira temporada em Alvalade

entrevista em si”. Zouhair Feddal, que apesar de estar no Clube há poucos meses já conquistou os adeptos Leoninos com aquilo que tem feito dentro das quatro linhas e até pela forma como comunica nas redes sociais, admitiu que este género de entrevistas é sempre bem‑vindo. “Acho que é sempre interessante e importante conhecer o outro lado dos jogadores e dos treinadores. Este formato privilegia esses factores e por isso é que já tem muito sucesso e acredito que terá ainda mais”, disse o jogador de 31 anos que conta com passagens pelo futebol espanhol, francês, marroquino e italiano. O ‘ADN de Leão’ com Zouhair Feddal vai para o ar na próxima terça‑feira, dia 23 de Fevereiro, às 19h06, nas plataformas habituais de podcast e poderá ainda ser visto no canal do Sporting CP no Youtube e na Sporting TV.



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MUSEU

JOGAS COMIGO? “O brincar escapa aos adultos que frequentemente o vêem como algo separado do aprender, o que não é só absurdo como abusivo e cruel.” João dos Santos, “Ensinaram‑me a ler o mundo à minha volta” (2007). Lisboa: Assírio e Alvim. Texto: Isabel Victor Passatempos: David Felgueira, Joana Barroso Hortas

proporcionarem prazer, motor de todas as vontades, também são importantes ferramentas pedagógicas a que os serviços educativos dos museus recorrem para estimular as aprendizagens, relacionando‑os com as temáticas das suas colecções. Os jogos desta semana exploram o olimpismo, as lendas verdes e brancas, exercitam a atenção e a memória visual relativamente a imagens e “Jogas comigo?” é a pergunta retórica que o Museu Sporting lança nesta página, para logo começar a jogar. A chamada para o recreio que prolonga a experiência física da visita ao museu, Utilize o seu telemóvel para ler o QR code e aceda a mais passatempos e às respectivas soluções

momentos únicos da história do Sporting Clube de Portugal. Uma proposta atractiva, seja no modo tradicional ou digital, de ensinar a ler o mundo à nossa volta, tal como nos deu a ver o pensamento visionário de João dos Santos. Que o brincar nunca

temporariamente suspensa.

nos escape

Os jogos, para além de

– jogas comigo?


SPORTING 3807 - 31

RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO Seniores ‑ Camp. Placard Andebol 1 Sporting CP 29‑18 FC Gaia Seniores ‑ Liga Europeia HT Tatran Prešov ‑ Sporting CP

ATLETISMO MASCULINO Absolutos ‑ Camp. Portugal Pista coberta

60 m: 1.º Carlos Nascimento 6’’68 ‑ CAMPEÃO NACIONAL; 5.º Gonçalo Gonçalves 7’’09; Extra Dorian Keletela 6’’85 400 m: 5.º Omar Elkhatib 49’’30; 8.º Duarte Fernandes 49’’90 800 m: 2.º Nuno Pereira 1’49’’25; 4.º David Garcia 1’54’’31; 6.º Frederico Costa 1’55’’94 1500 m: 2.º Nuno Pereira 3’42’’10 ‑ REC. PESSOAL 3000 m: 3.º Fernando Serrão 8’09’’85; 4.º Ricardo Ferreira 8’16’’60 60 m barreiras: 7.º Francisco Ferraz 9’’07 5000 m marcha: 3.º Rúben Santos 22’00’’16 Salto em altura: 3.º Tiago Pereira 2,10 m Triplo salto: 2.º Tiago Pereira 16,25 m; 4.º Tomás Dinis 15,00 m Salto com vara: 2.º Carlos Pitra 4,98 m ‑ REC. PESSOAL; 3.º Gonçalo Uva 4,86 m Lançamento do peso: 4.º Daniel Santiago 16,16 m Seniores ‑ Herculis Monaco Run 5 km: 3.º Davis Kiplangat 13’16’’

FEMININO

Absolutos ‑ Camp. Portugal Pista coberta 60 m: 1.º Lorène Bazolo 7’’44 ‑ CAMPEÃ NACIONAL; 2.º Rosalina Santos 7’’46; 5.º Beatriz Andrade 7’’74; 6.º Maria João Barbosa 7’’82; 7.º Matilde Sousa 7’’87

‑ REC. PESSOAL; 12.º Carina Silva 7’’98 400 m: 1.º Cátia Azevedo 53’’69 ‑ CAMPEÃ NACIONAL / MARCA QUAL. EUROPEUS PISTA COBERTA; 2.º Dorothé Évora 55’’44; 3.º Vera Barbosa 55’’55; 6.º Juliana Guerreiro 57’’10; 9.º Beatriz Gameiro 58’’85 800 m: 2.º Rita Figueiredo 2’11’’13; 6.º Beatriz Rodrigues 2’14’’82 1500 m: 3.º Rita Figueiredo 4’29’’30 ‑ REC. PESSOAL; 4.º Beatriz Rodrigues 4’34’’06 60 m barreiras: 3.º Olímpia Barbosa 8’’69 Salto em altura: 1.º Anabela Neto 1,79 m ‑ CAMPEÃ NACIONAL Salto em comprimento: 1.º Evelise Veiga 6,39 m ‑ CAMPEÃ NACIONAL Triplo salto: 1.º Patrícia Mamona 14,03 m ‑ CAMPEÃ NACIONAL; 2.º Evelise Veiga 13,44 m Salto com vara: 1.º Marta Onofre 3,75 m ‑ CAMPEÃ NACIONAL Lançamento do peso: 1.º Auriol Dongmo 18,91 m ‑ CAMPEÃ NACIONAL; 2.º Jéssica Inchude 18,13 m ‑ REC. PESSOAL E NACIONAL DA GUINÉ‑BISSAU

FUTEBOL MASCULINO

Seniores ‑ Liga NOS Sporting CP ‑ FC P. Ferreira Sub‑23 ‑ Ap. Taça Revelação Portimonense SC 1‑3 Sporting CP Sporting CP ‑ CD Cova Piedade

FUTSAL MASCULINO

Seniores ‑ Liga Placard Sporting CP 10‑1 GRCD Sanjoanense FC Azeméis 0‑9 Sporting CP

FEMININO

Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão ARCD Venda Luísa 1‑6 Sporting CP

GINÁSTICA MISTO

NATAÇÃO MASCULINO Absolutos ‑ Treino comp. Aval. Sel. Nacional

200 m livres: 3.º Bernardo Almeida 1’56’’77 ‑ REC. PESSOAL 400 m livres: 1.º Tiago Costa 4’04’’43 800 m livres: 2.º Tiago Costa 8’33’’06 50 m costas: 1.º Francisco Santos 26’’72 100 m costas: 2.º Francisco Santos 57’’61 200 m costas: 1.º Francisco Santos 2’04’’43 50 m bruços: 1.º Francisco Quintas 28’’79; 5.º António Mendes 30’’54 100 m bruços: 1.º Francisco Quintas 1’02’’52; 5.º António Mendes 1’06’’56 200 m bruços: 1.º Francisco Quintas 2’18’’06; 3.º António Mendes 2’22’’74 50 m mariposa: 5.º Igor Mogne 25’’81; 10.º André Carvalho 27’’18 100 m mariposa: 5.º Igor Mogne 58’’00; 6.º André Carvalho 59’’66 200 m mariposa: 3.º Tiago Costa 2’07’’22 ‑ REC. PESSOAL; 6.º André Carvalho 2’10’’38 200 m estilos: Alexis Santos desqualificado 400 m estilos: 3.º Tiago Costa 4’45’’95

Equipa ‑ FPF Masters eFootball CD Feirense 0‑2 Sporting CP

Seniores ‑ Taça Portugal

A. Académica Coimbra 2‑3 Sporting CP

Adaptado ‑ Treino comp. Aval. Sel. Nacional 50 m livres S15: 2.º Ricardo Belezas 27’’74 50 m livres S21: 1.º Vicente Pereira 33’’74 ‑ REC. PESSOAL 100 m livres S15: 1.º Ricardo Belezas 1’00’’27 ‑ REC. PESSOAL 100 m livres S21: 2.º André Almeida 1’18’’55; 3.º Vicente Pereira 1’24’’49 200 m livres S15: 1.º Ricardo Belezas 2’10’’84 200 m livres S21: André Almeida desqualificado 50 m costas S21: 1.º Vicente Pereira 47’’71 ‑ REC. PESSOAL 100 m bruços S21: João Vaz desqualificado 200 m bruços S21: 1.º João Vaz 3’17’’51 50 m mariposa S21: 1.º André Almeida 36’’83 ‑ REC. PESSOAL; 2.º Vicente Pereira 37’’46 ‑ REC. PESSOAL 200 m estilos S21: 1.º João Vaz 3’08’’77; 2.º André Almeida 3’16’’64 ‑ REC. PESSOAL

QUARTA‑FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 16H30 Seniores

QUARTA‑FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 16H00 Equipa B

DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO 19H00 Seniores Fem.

Seniores ‑ WAITB / IFAM Gent Indoor 1500 m: 8.º Fancy Cherono 4’27’’70

Seniores ‑ Teste Int. Trampolins Individual: 1.º Diogo Abreu 112,550; 7.º Miguel

BASQUETEBOL MASCULINO

Magalhães 102,830; 15.º Sílvia Saiote 94,585; 17.º Rúben Tavares 64,390

Seniores ‑ Liga Placard Sporting CP 82‑47 A. Académica Coimbra

Equipas: 1.º Miguel Magalhães

HÓQUEI EM PATINS FEMININO

ESPORTS MASCULINO

FEMININO Absolutos ‑ Treino comp. Aval. Sel. Nacional 50 m livres: 4.º Mafalda Pinto 28’’18 100 m livres: 6.º Mafalda Pinto 59’’77 200 m livres: 5.º Mafalda Pinto 2’10’’84 1500 m livres: 2.º Inês Henriques 17’37’’43 200 m costas: 5.º Inês Henriques 2’24’’79 50 m bruços: 2.º Madalena Cerdeira 34’’96 100 m bruços: 1.º Madalena Cerdeira 1’14’’24 ‑ REC. PESSOAL; 2.º Érica Reis 1’16’’51 ‑ REC. PESSOAL 200 m bruços: 1.º Madalena Cerdeira 2’38’’40; 3.º Érica Reis 2’45’’80 100 m mariposa: 2.º Maria Moura 1’04’’89 200 m mariposa: 1.º Inês Henriques 2’17’’88; 3.º Maria Moura 2’21’’39

VOLEIBOL MASCULINO Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão SL Benfica 3‑2 Sporting CP Sporting CP 3‑0 Castêlo Maia GC

FEMININO Seniores ‑ Taça Portugal Atlético VC 1‑3 Sporting CP Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão Sporting CP 2‑3 Leixões SC Sporting CP 3‑0 Vitória SC

AGENDA ANDEBOL SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 15H00 Seniores

ABC vs. SPORTING CP 18.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1 Pav. Flávio Sá Leite (Braga)

TERÇA‑FEIRA, 23 DE FEVEREIRO 19H45 Seniores

SPORTING CP vs. IFK Kristianstad 9.ª jorn. Gr. B Liga Europeia Pavilhão João Rocha

ATLETISMO SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 11H00 Absolutos

SPORTING CP 2.ª Etapa Jorn. Lançamentos Centro Nac. Lançamentos (Leiria)

15H00

Absolutos SPORTING CP Lisbon Elite Street Race 10000 m Hotel Golf Mar (Porto Novo, Torres Vedras)

15H00 ‑ 18H00

Absolutos SPORTING CP Torneio prep. Pista Coberta FPA Nave Desportiva (Alpiarça)

DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO 17H00 Absolutos

SPORTING CP Provas de preparação FPA CAR Jamor (Oeiras)

Vera Barbosa (400 m) WAITB ‑ Serbian Open Indoor Meeting Athletic Hall (Belgrado, Sérvia)

Os Belenenses SAD B vs. SPORTING CP B 15.ª jorn. Série G Camp. Portugal Campo n.º 2 Comp. Desp. Odivelas

SPORTING CP vs. C. Infante Sagres 5.ª jorn. 2.ª fase / G1 Camp. Nac. Pavilhão João Rocha

ESPORTS SEXTA‑FEIRA, 19 DE FEVEREIRO 19H00 Equipa

FUTSAL SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 17H00 Seniores

SPORTING CP vs. AD Valongo 20.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

FC Porto/Soccersoul vs. SPORTING CP 2.ª jorn. Grupo A FPF Masters eFootball Online

FUTEBOL SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 15H00 Sub‑23

SPORTING CP vs. Rio Ave FC 10.ª jorn. Ap. Taça Revelação Estádio Aurélio Pereira 20h30 Seniores SPORTING CP vs. Portimonense SC 20.ª jorn. Liga NOS Estádio José Alvalade

DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO 15H00 Equipa B

GD Fontinhas vs. SPORTING CP B 17.ª jorn. Série G Camp. Portugal Campo Mun. Dr. Durval Monteiro (Fontinhas, Terceira, Açores)

SPORTING CP vs. FC Chrudim Oitavos‑de‑final Liga Campeões Pavilhão João Rocha

18H30

Seniores Fem. SPORTING CP vs. Lus. Lourosa FC 5.ª jorn. 2.ª fase/Manut. Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

QUARTA‑FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 19H00 Seniores

SPORTING CP vs. CR Candoso 23.ª jorn. Liga Placard Pavilhão João Rocha

HÓQUEI EM PATINS SEXTA‑FEIRA, 19 DE FEVEREIRO 21H30 Seniores

SPORTING CP vs. OC Barcelos 20.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

TERÇA‑FEIRA, 23 DE FEVEREIRO 20H00 (A CONFIRMAR) Seniores JUDO QUINTA‑FEIRA, 18 DE FEVEREIRO 8H00 (FINAIS ÀS 15H00) Seniores

Maria Siderot (‑48 kg); Wilsa Gomes (‑57 kg) Grand Slam Telavive Shlomo Arena (Telavive, Israel)

SEXTA‑FEIRA, 19 DE FEVEREIRO 8H00 (FINAIS ÀS 15H00) Seniores

João Fernando (‑73 kg) Grand Slam Telavive Shlomo Arena (Telavive, Israel)

TÉNIS DE MESA SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 15H00 Seniores Fem.

SPORTING CP vs. CTM Mirandela 14.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Multidesportivo Estádio José Alvalade

TIRO COM ARCO DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO 9H45 Seniores

SPORTING CP 7.ª prova Camp. Nac. Sala Pav. Desp. Centro Social de Prime (Viseu)

VOLEIBOL SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO 15H00 Seniores

SC Caldas vs. SPORTING CP 12.ª jorn. 2.ª fase Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Rainha D. Leonor (Caldas da Rainha)

DOMINGO, 21 DE FEVEREIRO 15H00 Seniores

SPORTING CP vs. Esmoriz GC 13.ª jorn. 2.ª fase Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

15H00

Seniores Fem. Clube Kairós vs. SPORTING CP 25.ª jorn. 1.ª fase Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Kairós (Fajã de Baixo, São Miguel, Açores)

TERÇA‑FEIRA, 23 DE FEVEREIRO 20H30 Seniores Fem.

Lusófona VC vs. SPORTING CP Quartos‑de‑final Taça Portugal Pav. Prof. Teotónio Lima ‑ Univ. Lusófona (Lisboa) *Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt

19/02 – Sexta Hóquei em patins

21/02 – Domingo Voleibol

23/02 – Terça‑Feira Andebol

20/02 – Sábado Futsal

Hóquei em patins

24/02 – Quarta‑Feira Futsal

Competição: Campeonato Nacional – 20.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. OC Barcelos Horário e local: 21h30 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Liga dos Campeões – Oitavos‑de‑final Jogo: Sporting CP vs. FK Chrudim Horário e local: 17h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Campeonato Nacional – Série dos primeiros – 13.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. Esmoriz GC Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo Competição: Campeonato Nacional feminino – prova 2/Grupo 1 – 5.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. C. Infante Sagres Horário e local: 19h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Liga Europeia – Grupo B – 9.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. IFK Kristianstad Horário e local: 19h45 – Pavilhão João Rocha (jogo a confirmar) Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Liga Placard – 23.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. CR Candoso Horário e local: 19h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo


Que seja um ano de novos sorrisos

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2021/02/18 5ªFeira

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