Jornal Sporting n.º 3810

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FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3810 • QUINTA-FEIRA, 11 DE MARÇO 2021 • SPORTING.PT • SEMANAL• ANO 99 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO

OURO SOBRE VERDE O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO


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O OURO DA VITÓRIA Miguel Braga

COM MAIS ESTA VITÓRIA, A EQUIPA CONSEGUIU TAMBÉM IGUALAR O MELHOR APROVEITAMENTO PONTUAL DE SEMPRE DO CLUBE APÓS 22 JOGOS – 87,88% DOS PONTOS, REGISTO IGUAL AO DA EQUIPA DOS CINCO VIOLINOS NA ÉPOCA DE 1946/1947.

Portugal assinou no Campeonato Europeu de atletismo em pista coberta 2021 a sua melhor presença de sempre. Na bagagem, três medalhas de ouro, duas conquistadas por atletas do Sporting Clube de Portugal – aproveito também para felicitar Pedro Pichardo pelo resultado.

De salutar que finalmente o Governo irá anunciar um conjunto de medidas de apoios extraordinários aos clubes desportivos. A importância do sector em Portugal merecia esta atenção de quem nos governa.

A primeira medalha foi alcançada por Auriol Dongmo, a nossa ‘Super Auriol’, atleta de excepção que chegou a Portugal em 2017 – apesar de na altura estar a ser assediada por França, optou por naturalizar-se portuguesa devido à sua fé na Nossa Senhora de Fátima. E, assim, assentou arraiais no nosso país, foi mãe aqui, e na sua categoria já bateu o recorde nacional, nada mais, nada menos, do que cinco vezes. É considerada, nos dias de hoje, a melhor atleta do mundo do lançamento do peso e foi isso mesmo que provou em Toruń, na Polónia.

No futebol, os pupilos de Rúben Amorim continuam a fazer História dentro do campo: ao vencer o CD Santa Clara por 2-1, conseguiram um feito nunca antes alcançado por uma equipa do Sporting CP: ser invencível à 22.ª jornada da Liga NOS. Com mais esta vitória, a equipa conseguiu também igualar o melhor aproveitamento pontual de sempre do Clube após 22 jogos – 87,88% dos pontos, registo igual ao da equipa dos Cinco Violinos na época de 1946/1947. Apesar de todas estas boas indicações, continuam a faltar muitos jogos até ao término da competição. E temos já mais uma final no sábado frente ao CD Tondela: humildade, concentração e vontade são os ingredientes necessários para conseguirmos mais três pontos.

Para trazer o ouro para Portugal, Patrícia Mamona fez aquilo que nunca antes uma portuguesa tinha feito no triplo salto: voar 14 metros e 53 centímetros, batendo o seu próprio recorde e estabelecendo a melhor marca portuguesa de sempre em pista coberta. Ao contrário de Auriol, Patrícia não era a favorita, mas também não deixou os seus saltos por pés alheios. Apesar de ter sido infectada com COVID-19 no mês de Janeiro, a atleta Leonina protagonizou mais uma prova de superação, deixando toda a concorrência para trás. Também este fim-de-semana, o voleibol do Sporting CP voltou a conquistar a Taça de Portugal 26 depois e pela primeira vez após o regresso da modalidade ao Clube – e logo contra o arquirrival que não vencíamos há 701 dias. Este sábado, voltamos a medir forças com o mesmo adversário, em jogo a contar para as meias-finais do play-off de apuramento do Campeão Nacional. Que a equipa de Gersinho tenha a arte e o engenho de conseguir mais uma vitória.

A semana que passou ficou também marcada pela notícia de que a Liga (através da sua Comissão de Instrutores) entendeu dar seguimento a uma queixa da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), acusando Rúben Amorim de fraude e falsas declarações e o Sporting CP de fraude na celebração dos contratos. Mais uma mancha na reputação internacional do futebol português, já que internamente todos sabemos que temos um desporto-rei manchado tal e qual um dálmata. Um episódio triste, e na minha opinião, revelador de uma inveja e mesquinhez de trazer por casa. Tão mau como a ANTF, apenas os ditos instrutores e o silêncio ensurdecedor dos colegas de profissão. Uma vergonha totalmente evitável.

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)


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FUTEBOL

1934 2002

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Osvaldo Silva nasceu em Belo Horizonte, no Brasil, a 13 de Março de 1934. Chegou a Alvalade em 1962 para se tornar uma figura incontornável do futebol do Sporting Clube de Portugal. Em quatro épocas de Leão ao peito, após mais de uma centena de jogos, o médio ofensivo marcou cerca de 40 golos. À sua qualidade técnica aliou uma apetência particular para o golo que ajudaram o Sporting CP a levantar um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e a Taça das Taças. Na conquista europeia, Osvaldo Silva foi um dos heróis, contribuindo com cinco golos na prova. Depois, viria ainda a ser treinador-adjunto na equipa principal e técnico na formação Leonina. No próximo sábado, Osvaldo Silva faria 87 anos e é a Lenda a recordar nesta edição do Jornal Sporting.


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OSVALDO

SILVA

Texto: Xavier Costa Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

DE BELO HORIZONTE PARA PORTUGAL, CHEGOU A ALVALADE COM 28 ANOS, MAS A TEMPO DE SE TORNAR UM LEÃO COMO POUCOS. COMO JOGADOR, REVELOU‑SE UM DOS MAIS TALENTOSOS MÉDIOS BRASILEIROS A JOGAR EM TERRITÓRIO NACIONAL. DE HERÓI DA TAÇA DAS TAÇAS DE 1963/1964 – COM DESTAQUE PARA O HAT TRICK NOS 5‑0 AO MANCHESTER UNITED FC – A HOMEM DA FORMA‑ ÇÃO, À QUAL SE DEDICOU COMO TÉCNICO DURANTE GRANDE PARTE DA SUA VIDA. Osvaldo Silva chegou a Portugal em 1957, contudo aterraria primeiro no Norte do país, no Porto. O médio brasileiro jogava no América FC, de Belo Horizonte (Brasil), e foi descoberto pelo treinador e compatriota Yustrich, que o levou para a equipa que liderava, o FC Porto. Em duas temporadas nos dragões, Osvaldo Silva mostrou qualidade e conquistou uma Taça de Portugal no seu ano de estreia e, no seguinte, venceu o Campeonato Nacional. No entanto, depois do despedimento de Yustrich, o centrocampista foi dispensado e seguiu para um dos emblemas vizinhos, o Leixões SC, onde esteve durante três temporadas. Em Matosinhos, Osvaldo Silva não só se vingou do FC Porto como fez parte de um dos maiores feitos da História do Leixões SC. A 9 de Julho de 1961, em pleno Estádio das Antas, o conjunto de Matosinhos venceu o FC Porto por 2‑0 na final da Taça de Portugal e Osvaldo Silva assinou um dos golos da surpreendente conquista. Desde logo, Osvaldo Silva começou a evidenciar‑se no futebol português. Saído do Brasil da década de 50 do século XX, a sua capacidade de desequilíbrio, através da velocidade e do drible, destacava‑o. Além de tecnicamente diferenciado, como centrocampista, Osvaldo Silva aliava à sua visão de jogo uma relação muito próxima com o

golo. Fruto das suas exibições, começou a despontar como um dos primeiros craques brasileiros em Portugal, mas seria no Sporting Clube de Portugal que Osvaldo Silva se tornaria um dos melhores médios da sua época. Aterrou em Alvalade em Julho de 1962, com 28 anos, mas a tempo de se tornar uma figura inesquecível do futebol Leonino. Logo na sua primeira época de Leão ao peito, Osvaldo Silva venceria a Taça de Portugal – a sua terceira, todas por equipas diferentes – que significaria também o primeiro passo de uma caminhada sem igual na História do futebol verde e branco, uma vez que a conquista deste troféu garantiu aos Leões um lugar na célebre Taça das Taças de 1963/1964, em cuja campanha Osvaldo Silva se assumiu definitivamente como um dos símbolos do Clube. Ora, nessa competição, ultrapassados a Atalanta BC (4‑6 na eliminatória) e o APOEL (18‑1 na eliminatória), nos quartos‑de‑final sairia em sorte o sempre temível Manchester United FC de Sir Matt Busby. Com George Best, Dennis Law e Bobby Charlton à cabeça, os ingleses eram um dos melhores conjuntos da Europa e em Old Trafford foram implacáveis, vencendo por 4‑1. Depois dos 60 minutos, Osvaldo Silva foi o autor do golo solitário dos Leões que, apesar do resultado, acalentava a verde esperança para a segunda mão – e a verdade é que em Alvalade tudo seria diferente. Os jogadores comandados por Anselmo Fernández, treinador Leonino à época, entraram como verdadeiros Leões, sobretudo Osvaldo Silva. Arranque auspicioso e, pouco depois dos dez minutos de jogo, o brasileiro já tinha bisado para júbilo da equipa e dos adeptos Leoninos. A abrir a segunda parte, livre directo a 30 metros da baliza e novo golo, 5‑0 e hat trick para Osvaldo Silva. Reviravolta épica, passagem para as meias‑finais à custa dos red devils numa noite em que o mais endiabrado foi o futebolista de Belo Horizonte que abriu e fechou a contagem, resolvendo tão‑só uma das noites mais memoráveis em Alvalade. Osvaldo Silva e o Sporting CP, contudo, não ficariam por aqui. Depois de dois empates (0‑0 e 1‑1) nas duas mãos frente ao Olympique Lyonnais, o Estádio Metropolitano, em Madrid, receberia a partida decisiva desta meia‑final. Ora, decisivo também foi Osvaldo Silva, outra vez, que na segunda parte foi oportuno e, com qualidade, apontou o único golo da partida, levando os Leões para a final da Taça das Taças. O fim da epopeia Leonina na Europa é conhecido, depois do 3‑3 na final, Sporting CP e MTK partiram para a finalíssima, em Antuérpia, vencida pelos Leões por 1‑0. Osvaldo Silva alinhou em ambos os jogos e terminaria a prova com a Taça das Taças nas mãos, cinco golos europeus e um lugar eterno na História do Sporting CP como um dos heróis da inédita conquista. Duas épocas depois, em 1966, o craque brasileiro fez

parte também da equipa verde e branca que ganhou o Campeonato Nacional, o seu último título como jogador. Em quatro temporadas de Leão ao peito, Osvaldo Silva marcou cerca de 40 golos em mais de uma centena de jogos pelo Sporting CP. Seria ainda treinador‑jogador no SC Olhanense, mas encerraria a carreira pouco depois. Mais tarde regressou a Alvalade para treinar a equipa de juniores e foi também treinador‑adjunto de Mário Lino em 1973/1974, quando os Leões conseguiram a “dobradinha”. Aliás, na final da Taça de Portugal frente ao SL Benfica (2‑1) seria Osvaldo Silva a liderar a equipa após o afastamento do treinador principal. Fez parte também das equipas técnicas de Joseph Venglos, John Toschack, António Oliveira e Di Stefano. Contudo, depois de uma fase como treinador principal em diversos emblemas, Osvaldo Silva notabilizar‑se‑ia como técnico da formação Leonina, à qual se dedicou durante grande parte da sua vida. Somou vários títulos em juniores (campeão nacional 1973/1974) e infantis (campeão nacional 1992/1993, 1994/1995 e 1996/1997) e ajudou a formar vários jovens talentos Leoninos como Cristiano Ronaldo, Simão Sabrosa, Ricardo Quaresma, Carlos Martins, Nuno Valente, Dani e Lourenço, entre outros. Deixou uma marca eterna nos relvados portugueses e foi homenageado com a Medalha de Ouro ao Mérito, a Medalha Cidade de Lisboa, os Prémios Stromp e Rugidos de Leão e ainda o Prémio Agostinho. Chegou do Brasil e aterrou em Alvalade aos 28 anos para se tornar um Leão como poucos. Osvaldo Silva faleceria a 15 de Agosto de 2002 com 68 anos.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

QUEM TEM UM CAPITÃO DESTES, TEM TUDO SEBASTIÁN COATES VOLTOU A DAR A VITÓRIA AO SPORTING CP, DESTA VEZ NA RECEPÇÃO AO CD SANTA CLARA, AO FAZER O 2‑1 JÁ DURANTE O TEMPO ADICIONAL, TENDO PEDRO GONÇALVES FACTURADO NA PRIMEIRA PARTE. LEÕES SEGUEM MUITO ISOLADOS NA LIDERANÇA DA LIGA NOS. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Mário Vasa e Pedro Zenkl

A situação não estava fácil; depois de estar durante a maior parte do encontro a vencer, o Sporting Clube de Portugal permitiu o empate ao CD Santa Clara nos minutos finais do encontro da 22.ª jornada da Liga NOS, na última sexta‑feira, no Estádio José Alvalade. Mas, já em tempo adicional, voltou a aparecer o capitão Sebastián Coates para salvar o dia e dar mais três pontos ao emblema verde e branco com o triunfo por 2‑1. Não foi o jogo perfeito nem a exibição mais entusiasmante, mas os Leões voltaram a ter a crença e a garra necessárias para regressar às vitórias depois do empate em casa do FC Porto. Antes do apito inicial, e já depois das equipas subirem ao relvado ao som da Marcha do Sporting, cumpriu‑se um minuto de silêncio para homenagear Maria José Valério, grande figura do universo Sportinguista que nos deixou recentemente. Rúben Amorim fez duas alterações no onze

De cabeça, o defesa uruguaio voltou a ser feliz

inicial e lançou Matheus Nunes e Bruno Tabata para os lugares de Pedro Porro, lesionado, e

Nuno Santos, por opção. O CD Santa Clara entrou a tentar surpreender o Sporting CP, com

Liga NOS

P

J

V

E

D

G

1.º Sporting CP

58

22

18

4

0

44-11

2.º SC Braga

49

22

16

1

5

42-21

3.º FC Porto

48

22

14

6

2

47-22

ataques perigosos e pontapés de canto, mas rapidamente esse ímpeto inicial foi controlado pelos visitados. O Sporting CP começou a ter domínio e posse de bola, mas não criava muitas oportunidades. Por outro lado, a eficácia era muita e o 1‑0 chegou na primeira ocasião de perigo. Aos 22 minutos, João Palhinha recuperou a bola no

meio‑campo, ofereceu‑a a João Mário e este a Bruno Tabata. O camisola 7, de forma brilhante, enganou os defesas da formação dos Açores e assistiu Pedro Gonçalves com um belo passe. ‘Pote’, por sua vez, rematou cruzado para o fundo das redes e apontou o 15.º golo na Liga NOS, consolidando a liderança da tabela de melhores marcadores.

5 de Março de 2021 | Liga NOS ‑ 22.ª jornada | Estádio José Alvalade

SPORTING CP Pedro Gonçalves (22’) Sebastián Coates (90+3’)

2‑1 (1‑0 ao intervalo)

CD SANTA CLARA Rui Costa (84’)

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [GR], Zouhair Feddal (Jovane Cabral, 86’), Matheus Nunes, João Palhinha, João Mário, Nuno Mendes (Matheus Reis, 57’), Bruno Tabata (Nuno Santos, 70’), Pedro Gonçalves e Tiago Tomás (Daniel Bragança, 70’). Suplentes não utilizados: Luís Maximiano [GR], Luís Neto, João Pereira, Vitorino Antunes e Eduardo Quaresma. Treinador: Rúben Amorim. Disciplina: cartão amarelo para Vitorino Antunes (90’).

Cumpriu‑se um minuto de silêncio em homenagem a Maria José Valério


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O golo de Pedro Gonçalves que inaugurou o marcador

A festa e a união dos Leões no golo da vitória

AMORIM DESTACA “JOGO MUITO COMPLICADO” No final da partida, Rúben Amorim admitiu que chegar à vitória foi difícil. “Foi um jogo muito complicado. O CD Santa Clara esteve muito bem, com mudanças de posições, a prender‑nos os cinco defesas. Na segunda parte perdemos muitas bolas sem pressão do adversário, fomos muito precipitados. O principal problema foi a passividade e a falta de energia, que é muito importante na nossa equipa. Nos últimos minutos, mesmo no banco, toda a gente teve um ‘clique’ quando percebeu que podíamos perder pontos. Acelerámos e acabámos por fazer o golo”, disse o técnico aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho. “Sabemos que temos de ser uma equipa sempre muito intensa e forte em todos os momentos do jogo. Os nossos adversários jogam sempre no limite, querem ganhar e ser a primeira equipa a vencer o Sporting CP. Faz parte de ser um Clube grande. Temos de estar sempre no máximo em todos os aspectos. Hoje não conseguimos. (...) No fim, melhorámos”, adicionou.

Daniel Bragança entrou na segunda parte

Depois de um resto de primeira parte sem momentos dignos de registo, o segundo tempo voltou a ter início com o CD Santa Clara espevitado. Pontapés de canto, bolas perigosas e algum trabalho para os defesas Leoninos, que responderam sempre da melhor forma. Em destaque esteve Gonçalo Inácio aos 51 minutos, quando realizou um bom corte na hora H. Do outro lado, Bruno Tabata bateu um livre com perigo, mas ninguém apareceu para o desvio. Rúben Amorim trocou de seguida Nuno Mendes por Matheus Reis e, pouco depois, Tiago Tomás e Bruno Tabata por Daniel Bragança e Nuno Santos. As substituições acordaram

ligeiramente um jogo que estava muito adormecido e sem oportunidades de golo, mas não o suficiente para o Sporting CP fazer o 2‑0. Aliás, a eficácia que os Leões tiveram na segunda parte foi transferida para o CD Santa Clara, que conseguiu o empate aos 84 minutos por intermédio de Rui Costa na única grande oportunidade que teve. Tratou‑se de um soco no estômago do Sporting CP, que podia perder dois pontos por poucos minutos. Mas, como tem sido apanágio em 2020/2021, a turma de Alvalade não desistiu e foi à procura de voltar a estar na frente. Aos 89 minutos, Jovane Cabral – que tinha entrado para o lugar de Zouhair Feddal logo após o 1‑1

– esteve perto de responder a um cabeceamento de Sebastián Coates com um desvio certeiro. Finalmente, aos 90+3 minutos, Nuno Santos cruzou largo para o lado contrário, onde apareceu João Mário. O mágico, já dentro da área, enviou uma bola rápida e tensa para uma zona de ainda mais perigo. Aí, o capitão Sebastián Coates apareceu para, à ponta‑de‑lança (apesar de ser defesa), cabecear para o fundo das redes. 2‑1, três pontos conquistados e grande festa no Estádio José Alvalade, com toda a equipa a festejar mais uma vitória na caminhada da Liga NOS. Assim, o Sporting CP chegou aos 58 pontos e às 18 vitórias em 22 jornadas, dando continuidade a um registo notável.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

TEMOS MÍSTER ATÉ 2024 SPORTING CP RENOVA COM RÚBEN AMORIM CERCA DE UM ANO DEPOIS DA APRESENTAÇÃO. “ESTOU MUITO FELIZ, SINTO‑ME EM CASA”, GARANTIU O TREINADOR. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Pedro Zenkl

Sensivelmente um ano depois de ter sido apresentado como treinador da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal em frente à Porta 10‑A, no Hall VIP do Estádio José Alvalade, Rúben Amorim voltou ao mesmo local para celebrar a renovação do contrato. Os Leões prolongaram o vínculo do técnico até 2024 na última quinta‑feira, dando um voto de confiança ao líder do plantel verde e branco. Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo do Sporting CP, esteve presente na cerimónia de renovação e foi o primeiro a proferir algumas palavras, mostrando‑se satisfeito com o desfecho. “Enquanto presidente do Sporting CP, estou muito contente porque acho que é um dia muito feliz para o Sporting CP. O que nos fez estar aqui há um ano a assinar contrato com este treinador e com esta equipa técnica são exactamente as mesmas razões que nos levam a redobrar a confiança nestas mesmas pessoas. Rúben Amorim é um

treinador brilhante e leal e é um homem com princípios. Estas qualidades, para nós, são muito importantes, ainda para mais sendo um treinador que lida com miúdos que ainda não estão formados. É extremamente importante ter um treinador a dar o exemplo como ele. É um dia muito feliz para o Sporting CP pois estou convicto de que é o homem certo para fazer este Clube crescer e ser cada vez mais competitivo”, começou por dizer aos meios de comunicação Sportinguistas. O dirigente verde e branco revelou que “desde o início que existe uma sintonia perfeita entre o presidente, Hugo Viana e Rúben Amorim”, o que facilita o trabalho entre todos e a mensagem passada. “A nossa linguagem, comunicação e objectivos foram claros desde o primeiro dia. Só posso estar extremamente orgulhoso do meu treinador, da minha equipa técnica e dos meus jogadores pelo trabalho feito até agora, mas nada se alterou. Tentei ser o mais claro possível há algumas semanas, após a vitória

“Sou uma pequena peça neste grande Clube que é o Sporting CP”, explicou Rúben Amorim

Frederico Varandas e Rúben Amorim em frente à Porta 10‑A, no Hall VIP do Estádio José Alvalade

extremamente difícil em Barcelos. Vamos ter, seguramente, mais vitórias assim e vamos ter jogos em que não vamos conseguir vencer. Faltam 13 jornadas para o final da Liga NOS e estamos a dez pontos de um lugar que nos garante o acesso directo à UEFA Champions League e isso é extremamente positivo. Falar em festejos, em cerimónias, em títulos que já estão ganhos... Quem diz isso, genuinamente não quer que o Sporting CP vença. É a minha opinião. Sabemos o que é preciso, temos noção da dificuldade do nosso campeonato, da valia e do poderio dos nossos rivais, reconhecemos que as equipas estão cada vez mais bem trabalhadas e o caminho que temos pela frente. Se estamos muito orgulhosos e confiantes? Estamos, mas não é isso que nos faz desviar [do caminho] ou tirar os pés da terra”, garantiu. Já Rúben Amorim começou por comentar o ano que passou desde que chegou a Alvalade e lembrou a altura em que foi apresentado. “São momentos, obviamente, diferentes. O momento do Clube mudou, mas a ambição é a mesma. Temos o mesmo para

ganhar e os mesmos desafios. Agora, temos mais certezas e conhecemos melhor o caminho que temos de percorrer. Temos muito para fazer, daí assinar por mais anos. Sinto‑me em casa, sempre o disse. Quando falhámos um objectivo na época passada, disse no fim do jogo que fiz a opção certa. Disse‑o também quando ganhámos o primeiro título e essa é a verdade. Muito mudou, mas há tudo para fazer. Tenho a mesma ambição. Queria deixar uma palavra à equipa técnica e agradecer‑lhes todo o trabalho, assim como aos jogadores, que possibilitaram esta oportunidade de continuar ligado a um Clube como o Sporting CP. Temos muito para ganhar e para fazer. O nosso caminho passa por títulos, mas também por algo muito maior. Estou muito feliz, sinto‑me em casa e é um enorme orgulho estar ligado ao Sporting CP”, referiu, continuando. “Na altura estava a tornar‑se a minha casa, era tudo um pouco estranho. Agora estou mais tranquilo, mas sinto‑me mais pressionado hoje em dia. Também estou mais confiante e experiente. Foi um ano de muito

trabalho e sacrifício para toda a gente e uma época estranha para toda a sociedade. O objectivo passa por melhorar. Temos de melhorar a nossa forma de jogar, a nossa Academia e todas as áreas do Clube. Sou uma pequena peça neste grande Clube que é o Sporting CP e espero ajudá‑lo a tornar‑se ainda maior”, afirmou. No final, Rúben Amorim falou sobre todo o projecto do Sporting CP. “Começou muito antes de o treinador cá chegar. Conhecia a ideia do Sporting CP e o desafio era muito aliciante e difícil. É um desafio que é a minha cara: apostar na formação, num contexto complicado e num Clube muito grande. (...) Há um ano disse que estávamos aqui para planear o futuro, mas que tínhamos de ganhar o próximo jogo. Ainda mais este ano”, concluiu. Aos 36 anos, Rúben Amorim conta com pouco mais de um ano no Sporting CP. O treinador, ex‑jogador internacional português, guiou os Leões a conquistarem a Taça da Liga na actual temporada e a liderarem, de forma isolada, a tabela classificativa da Liga NOS após 22 jornadas.


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FUTEBOL ANÁLISE

QUO VADIS, ANTF? do final, chegar a um empate penalizando uma exibição cinzenta da equipa Leonina.

Rodrigo Pais de Almeida

O CD Santa Clara entrou em Alvalade a todo o vapor e os três pontapés de canto conseguidos nos instantes iniciais da partida mostravam a ambição do conjunto açoriano que vinha de uma vitória contundente face à grande surpresa desta Liga NOS, o FC Paços de Ferreira, e queria sair de Lisboa com pontos. À tentativa de elevar o ritmo de jogo e condicionar a construção desde trás da equipa do Sporting Clube de Portugal, limitando o espaço ao trio defensivo, respondeu Rúben Amorim com um recuo na posição de João Mário em apoio que permitia à equipa ter, gerir e controlar a velocidade com que se jogava. A recuperação de bola de João Palhinha permitiu libertar João Mário que encontrou Bruno Tabata na entrada da área adversária, o qual, aos 22 minutos com um passe magistral isolava Pedro Gonçalves que de forma letal fazia o 1‑0. O golo tranquilizou a equipa e colocou‑a, como tanto gosta, a gerir espaços atrás para criar espaços em velocidade na frente. Mas tanta tranquilidade deixou a equipa acomodada, algo amorfa, e a pedir o fim do jogo. O CD Santa Clara foi acreditando (mesmo sem criar oportunidades junto à baliza de Adán, que nunca teve de intervir com dificuldade), e num corte de bola atabalhoado ganhou um ressalto que lhe permitia, a cinco minutos

Mas esta equipa já nos habituou a que os jogos só acabam quando o árbitro apita e nos escassos cinco minutos que restavam foi para cima do adversário, regressou aos pergaminhos que a fazem líder da Liga NOS, pressionou fortemente, adiantou a linha média, projectou os alas em profundidade alargando o espaço que a defesa insular tinha de ocupar para manter o empate, e contou com a subida à área do seu capitão Sebastián Coates que fez o golo da vitória a passe de João Mário (que outra dupla poderia ser?) valendo três preciosos pontos. Foram apenas cinco minutos de alta intensidade e rotação, mas em que o Sporting CP justificou uma vitória difícil, merecida e que mostra mais

uma vez do que são feitos os seus Homens! Nota final para mais uma rábula, desta feita a queixa da Associação Nacional de Treinadores Futebol (ANTF) na Liga de Futebol Profissional sobre o treinador e seu associado Rúben Amorim, e que mais não prova do que a sua total inutilidade, troca de prioridades, purga e perseguição da sua própria autodestruição por extinção de funções desta associação. Nos últimos três anos Rúben Amorim foi o 13.º caso de treinador sem o nível IV (tem “apenas” o III) a assumir a responsabilidade técnica de uma equipa da Liga NOS, ainda que estivesse inscrito e assumisse nas fichas de jogo a função de treinador‑adjunto. Esta situação foi inclusive transitória pois o nosso jovem treinador, por estar a

frequentar o curso de nível IV, já assume a função de treinador principal desde Janeiro na sua plenitude. Porque será que só agora, com a situação ultrapassada, com o Sporting CP em primeiro lugar destacado da Liga NOS, com a merecida renovação de contrato do treinador por mais três anos, é que uma mesquinhez destas vem a público e repito, após queixa da ANTF sobre um seu associado? Muitos não o sabem, mas sou treinador de futsal com o nível III, o nível máximo de curso existente em Portugal na modalidade, e nunca fui membro da ANTF. Cedo percebi que se tratava de uma associação corporativista, elitista, e que não pretende defender os seus associados independentemente do grau de treinador que possuem (do I ao IV no caso do futebol). Se assim não fosse um treinador não poderia nunca demorar cerca de dez anos entre cursos, créditos, formações, estágios, etc. para poder treinar no principal escalão da sua modalidade (se um jogador acabar a carreira aos 35 anos e começar a formar‑se como treinador, apenas aos 45 anos poderá exercer na principal Liga nacional). A sua prioridade é gerir de forma administrativa os lugares de topo deixando‑os apenas disponíveis a quem tem um certificado de tipo IV e não a quem tem competência ou resultados, gerir os interesses e pequenos poderes instalados nas modalidades, e que deviam estar acessíveis com base num único critério de meritocracia, mas em que a sua necessidade de sobrevivência e de palco mediático o impede. Este caso é a prova factual da inutilidade, incapacidade e perversidade desta associação nos moldes em que a mesma existe hoje em dia.

Como li, e não podia estar mais de acordo, só existem duas razões possíveis para justificar a certificação obrigatória no acesso a uma profissão: i) assimetria de informação; ii) potencial de danos elevados. Como não é preciso sequer explicar a uma criança de cinco anos, nenhuma das duas existe no caso de treinador de futebol de Liga NOS. Nem a primeira onde na verdade a informação está acessível a todos os que a pretendam ter (especialmente numa sociedade global como aquela em que vivemos hoje em dia), ou a quem o queira contratar por serem os primeiros a serem lesados no caso de insuficiente preparação (clube, jogadores e sócios). Nem a segunda onde se a ANTF existisse verdadeiramente em Portugal para proteger o treinador e o desporto, defendia isso sim que os treinadores com maior grau de curso, conhecimento, e de preparação estivessem onde a sua formação faz realmente a diferença, na formação e no desporto jovem! Rúben Amorim ainda não concluiu o IV e mais alto grau de certificação de treinador de futebol, mas, mesmo sendo considerado impreparado pela associação da qual é sócio, mesmo acusado de fraude na direcção técnica da equipa que lidera o campeonato pela comissão de instrutores da liga de futebol profissional, vai dando semana após semana verdadeiros seminários de treino, competição, comunicação e liderança… O que lhe falta em burocracia no mundo dos tecnocratas, que julgam ser os arautos da decência e da formação, sobra‑lhe em competência, determinação, espírito de grupo e capacidade de nos unir ainda mais em torno do nosso Clube e do seu grupo de trabalho. Rúben Amorim, onde tu fores…. Vamos todos!


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OPINIÃO

FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

OS CÃES LADRAM… O SCP PASSA!!!

Tito Arantes Fontes Com o aproximar do final do Campeonato assistimos a um crescendo de ataques ao SCP! Esta semana atingiu-se o “zénite”! Depois de todas as situações porque o SCP já passou nesta época… relembremos, muito rapidamente, só quanto a episódios dos últimos dois meses… avião “quase obrigado” a aterrar na Madeira sob pena de o SCP ter “falta de comparência”, jogo adiado por temporal medonho, marcado para o dia seguinte no “batatal” em que estava transformado o campo do CD Nacional, vários campos que se foram apresentando como manifestamente impraticáveis (Barreiros, Jamor, etc.), a rábula Palhinha… o quinto inenarrável amarelo que lhe foi mostrado, o “desdizer” do envergonhado Fábio Veríssimo… o recurso e a providencia, a decisão do Tribunal, a “suspensão da suspensão” do Palhinha… toda a polémica e azia que a defesa de direitos constitucionais gerou no “sistema” do futebol nacional… os roubos ao SCP em anteriores jogos com o FCP em Alvalade e contra o FC Famalicão… a estranha política de “amarelos”, construindo o SCP como equipa agressiva… pois, por tudo isto já passámos… mas, ainda assim, como resistimos, como estamos fortes, como somos líderes destacados da Liga NOS, com nove pontos de avanço sobre o segundo classificado, à 22.ª jornada, ou seja a 2/3 da prova… pois, como somos SCP… pumba… vergonhoso e vil processo disciplinar em cima do SCP e do Rúben Amorim! Acusação de fraude e de falsas declarações! Possível pena de suspensão do Rúben Amorim por período de um a seis anos! Vamos, então, aos factos! O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por despacho de 16 de Março de 2020, remeteu à Comissão de Instrutores da Liga o Processo Disciplinar n.º 87 – 19/20 em que são arguidos Rúben Amorim e a SCP SAD, tendo como base factos participados pelas Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF) que se consubstanciam no facto de Rúben Amorim não ser treinador-adjunto do SCP, mas – isso sim – treinador principal do SCP! Atentemos, a participação da ANTF tem data de 13 de Março de 2020, ou seja, oito dias depois de Rúben Amorim ter sido anunciado como novo treinador do SCP e cinco dias depois do primeiro jogo que efectuou no SCP! Antes, curiosamente, a mesma ANTF, nada fez quanto à estadia de Rúben Amorim no SC Braga… primeiro jogo no dia 4 de Janeiro de 2020 e saída desse clube no dia 4 de Março de 2020… dois meses… e que disse a isso a ANTF? Nada! Sendo que a factualidade quanto a Rúben Amorim é exactamente a mesma no SC Braga e no SCP! E que fez a ANTF a todos os demais treinadores que passaram por situações idênticas de treinarem clubes sem possuírem ainda o nível exigido para o efeito? Nada! E estamos a falar de um ou dois casos? De divisões inferiores e sem visibilidade? Não! Estamos a falar de gente conhecida do futebol, que já era conhecida, vários ex-jogadores internacionais por Portugal… Paulo Bento, Jorge Costa, Marco Silva, Nuno Espírito Santo, Paulo Fonseca, Pedro Emanuel, Sergio Conceição, Pepa, Jorge Silas, Sérgio Vieira, Petit, Carlos Pinto, João Henriques, Filipe Martins, Custódio, Artur Jorge, Sandro Mendes, Luís Freire, Mário Silva… e desde quando? Desde 2005!!! Tudo às claras! À vista de toda a gente! Comentado por toda a gente! Falado nos jornais e nas televisões! E a ANTF… nada fez, tudo aceitou! Agora, porque é o SCP, porque está em primeiro lugar… lá vem

ela, selectiva, esquecendo os bons princípios da aplicação das leis como “gerais e abstractas”… antes elegendo a quem, contra quem e como as quer despudoradamente aplicar… Repúdio total! A ANTF é liderada por esse “colosso” dos treinadores portugueses que dá pelo nome de José Pereira (dou alvíssaras a quem me conseguir explicar quem é este moço… o que é que ele fez enquanto treinador?... onde andou?... treinou quem? … como “treinador principal”?... é que a única coisa que sei sobre esta excelsa figura é que anda há muitos anos pela ANTF, tendo assumido a presidência da mesma no já longínquo ano de 2013… ou seja, dado o sucesso que teve como “treinador” foi “entronizado” como presidente… acontece, às vezes acontece, a gente deste calibre… abandonam a suposta profissão que tentaram desempenhar para se “dedicarem” à mesma… como kafkianas personagens e “apparatchiks” do sistema a que prestam continua e acéfala vassalagem!). A ANTF tem nos seus órgãos sociais outras pessoas que deviam envergonhar-se do papel sectário e selectivo a que esta ANTF se prestou e está a prestar! Pessoas como Toni, Domingos Paciência, Bernardino Pedroto, Professor Neca que dizem… que dizem sobre isto? Estão caladas… coniventes com esta pouca-vergonha? Porquê? Com base na participação da ANTF, a instrutora Filipa Elias deduziu Acusação em 23 de Fevereiro de 2021… e remeteu o processo ao Conselho Disciplina da FPF! Este, logo em 3 de Março de 2021, através de despacho da sua presidente Cláudia Santos (a mesma senhora que tantas e tão gravosas declarações fez sobre o caso João Palhinha e sobre a decisão do Tribunal, pretendendo com isso por em causa essa decisão e confundir a opinião pública sobre a participação do SCP nesse processo!), recebeu a acusação e deu nota de pretender “acelerar” a tramitação dos autos, situação que contudo esbarra na legislação “covid” que – se a defesa assim o entender – suspende os prazos em curso. Ou seja, com estas datas fica claro que a instrução do processo demorou um ano nas mãos da instrutora Filipa Elias… e que agora, nesta fase do campeonato, com o SCP na frente… foi “iluminada e cirurgicamente” parida a acusação… útil, muito útil… mas feio, muito feio! Vergonhoso até! Vil! Certo é que o SCP e Rúben Amorim sempre tudo trataram de modo transparente, à vista de todos, com total clareza, publicamente, de modo pacífico… ou seja sem qualquer laivo de má-fé! O SCP e o Rúben Amorim a actuarem sempre e sempre em total boafé! Todos sabiam! Toda a gente sabia! E – hélas! – até a Liga sabia e aceitou a inscrição de Rúben Amorim como treinador-adjunto do SCP! Ora, se aceitou é – obviamente – porque sanou a situação! Validou-a! Afinal, tudo isto é apenas e tão só porque o SCP incomoda muita gente! Muito poder instituído! Muito poder podre! Muito poder que está a ser atingido por uma extraordinária época do SCP! Mas é assim mesmo que vamos continuar… com uma extraordinária época! Em primeiro lugar! Destacados! Jogo a jogo! Sempre, sempre com os pés no chão! Este último fim-de-semana tivemos mais uma vitória da garra, do querer, da vontade! Mais uma vitória com o nosso grande avançado… Coates! Imperial no eixo da defesa, mortífero no ataque! E que bem que rugimos naquele último minuto! Cabeçada fulminante! Goooolo!!! Próximo sábado… Tondela! Lá estaremos! É este SCP que “passa”, que ganha, que encanta… é este SCP que os mói, que os destrói, que os consome! Tanta azia! Tanta inveja! Tanta hipocrisia! Tanta podridão! VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!! P.S. 1 – A podridão invadiu esta crónica, mas a verdade é que temos de acabar em beleza, positivos! E para isso nada melhor que duas Medalhas de Ouro nos Europeus de Atletismo de pista coberta! Obrigado Auriol Dongmo! Obrigado Patrícia Mamona! Muitos e muitos parabéns às duas! Orgulho do SCP! P.S. 2 – E outro grande feito foi a vitória do nosso voleibol na Final da Taça de Portugal! Contra o nosso rival de sempre, favorito neste jogo! Foi uma vitória indiscutível! Do Esforço! Da Dedicação! Da Devoção! Para Glória do SCP! Obrigado Leões do voleibol! Muitos parabéns!

DUELO DE EXTREMOS EM VISEU SPORTING CP E CD TONDELA, A MELHOR E A PIOR DEFESA DA LIGA NOS, VÃO ESTAR FRENTE‑A‑FRENTE ESTE SÁBADO. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão

Ultrapassadas as emoções fortes do último desafio, no Estádio José Alvalade, com uma vitória alcançada ao cair do pano diante do CD Santa Clara, o Sporting Clube de Portugal segue invicto na Liga NOS e viaja já no próximo sábado, dia 13 de Março, até ao distrito de Viseu para defrontar o CD Tondela, no Estádio João Cardoso, em jogo referente à 23.ª jornada. Actuais líderes isolados da prova com 58 pontos, mais nove do que o segundo, o SC Braga, os Leões vão entrar em campo com o título de melhor defesa da competição, com apenas onze golos sofridos, tendo pela frente

um adversário que ocupa uma posição desafogada na tabela – décimo –, mas que curiosamente é detentor da pior defesa da prova, com 37 golos encaixados. Os beirões, orientados por Pako Ayestarán, vêm de uma derrota com o Portimonense SC por 3‑0 e somam até ao momento um registo de sete triunfos, três empates e 12 derrotas, além de 22 golos marcados. Mario González, avançado espanhol de 25 anos que é o melhor marcador da equipa, com seis golos, promete ser uma autêntica seta apontada à baliza dos Leões. No jogo da primeira volta entre estas duas equipas, disputado a 1 de Novembro de 2020, no Estádio José Alvalade, o Sporting

ÚLTIMO ONZE DO CD TONDELA Pedro Trigueira Tiago Almeida Enzo Martínez Yohan Tavares Filipe Ferreira Jaume Grau João Pedro Jhon Murillo

Roberto Olabe

Mario González

Salvador Agra

No jogo da primeira volta, o Sporting CP venceu o CD Tondela por 4‑0

CP derrotou o CD Tondela por 4‑0 com um bis de Pedro Gonçalves e golos de Pedro Porro e Andraž Šporar, sendo que foi precisamente nesse dia, à sexta jornada, que os Leões se tornaram líderes da prova. Ao contrário do CD Tondela, Rúben Amorim ainda não sabe se terá todo o plantel à disposição. Apesar de Pedro Porro já ter treinado sem limitações na quarta-feira, estando disponível para o jogo de sábado, Paulinho continua em dúvida e deverá mesmo ser baixa. Se olharmos para os números, é caso para dizer que os Leões, à partida, levam larga vantagem. Num total de onze encontros, a turma de Alvalade levou a melhor em seis, empatou três e perdeu apenas dois. Quanto ao saldo de golos, também aqui o Sporting CP vai na frente, pois soma 21 marcados contra apenas dez sofridos. Ainda assim, as duas derrotas servem de alerta pois aconteceram num passado recente, em 2019, por 1‑0 e 2‑1, ambas fora de casa. O CD Tondela vs. Sporting CP vai ser transmitido em directo na SPORT TV1, a partir das 20h30 de sábado.


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SUB‑23

EQUIPA B

REVIRAVOLTA COM MUITA ARTE LEÕES QUASE IRREPREENSÍVEIS DOIS GRANDES GOLOS DE JOELSON E DE OLHO NA LIDERANÇA FERNANDES PERMITIRAM AOS LEÕES VENCER A BRIOSA POR 2‑1. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Pedro Zenkl

A equipa sub‑23 do Sporting CP recebeu e venceu, no passado sábado, a AA Coimbra por 2‑1, em jogo da 12.ª jornada da fase de apuramento para a Taça Revelação, subindo dessa forma ao segundo lugar da tabela classificativa. Com Daniel Rodrigues, Youssef Chermiti, Renato Veiga e Chico Lamba de regresso ao onze – este último depois de ter representado a equipa B –, a formação de Filipe Pedro entrou em campo focada em aproveitar o empate do Portimonense SC, diante do líder SL Benfica, e mostrou‑se sempre mais perigosa nos minutos iniciais, com três tentativas falhadas. Já depois de Diego Callai, guarda‑redes de 16 anos, ter evitado males maiores em dois ataques da AA Coimbra ao sair de forma corajosa da baliza, os visitantes inauguraram a contagem aos 24 minutos. Só que, logo a seguir, Joelson Fernandes fez o empate e deu justiça ao marcador. Na sequência de uma recuperação de bola, Renato Veiga isolou o luso‑guineense, que ainda iludiu dois defesas antes de rematar com classe, vendo a bola bater na barra antes de entrar. Se o lance do primeiro já tinha deixado água na boca, o que dizer do segundo. Aos 43 minutos, após uma falta descaída para o lado esquerdo e ainda longe da baliza, Joelson tirou um coelho da cartola e fez golo com muita arte e engenho, uma vez mais com a bola ainda bater

Ap. Taça Revelação 1.º SL Benfica 2.º Sporting CP 3.º Portimonense SC

P

33 27 26

J

11 12 11

na barra. Livre directo irrepreensível a consumar a cambalhota no marcador, o bis e o sexto tiro certeiro da época para o jovem de 18 anos, que se assumiu como a figura do jogo antes do intervalo. No regresso para a segunda parte, a AA Coimbra foi atrás do resultado e beneficiou de duas boas oportunidades, primeiro num remate à barra e depois numa grande defesa de Diego Callai. O Sporting CP respondeu já na recta final, com uma bola no poste de Diogo Brás e outro tiro muito perigoso de Paulo Agostinho, mas o placard já não voltou a sofrer mais alterações. Nota para a convocatória de Lucas Dias para a selecção sub‑23 do Canadá, país pelo qual vai disputar o Torneio de Qualificação Olímpica, entre 18 e 30 de Março, no México. Já Tristan Hammond, dos sub‑19 Leoninos, vai integrar o estágio da selecção olímpica da Austrália, na Arábia Saudita, entre 21 e 28 de Março, onde jogará dois particulares com Egipto e Brasil. O Sporting CP volta a entrar em campo já esta quinta‑feira, dia 11 de Março, na deslocação a casa do Boavista FC (11h00), no penúltimo jogo da fase de qualificação para a Taça Revelação.

Joelson Fernandes esteve em destaque

V 6 5 7

E 4 5 2

D 1 2 2

G

20‑10 23‑18 17‑12

6 de Março de 2021 | Apuramento Taça Revelação – 12.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP Joelson Fernandes (28’ e 43’)

2‑1 (2‑1 ao intervalo)

AA COIMBRA Leandro Ferreira (24’)

Sporting CP: Diego Callai [GR], Hevertton Santos [C], Rodrigo Rêgo, Chico Lamba, Gonçalo Costa (Diogo Brás, 75’), Daniel Rodrigues (Edson Silva, 69’), Renato Veiga, Lucas Dias (Diogo Cabral, 55’), Duarte Carvalho, Youssef Chermiti (Paulo Agostinho, 55’) e Joelson Fernandes (Babacar Fati, 75’). Suplentes não utilizados: Vasco Gaspar [GR], Alex Mendes, Rafael Fernandes, Roberto Martínez e Samuel Lobato. Treinador: Filipe Pedro. Disciplina: cartão amarelo para Youssef Chermiti (37’), Duarte Carvalho (62’), Chico Lamba (84’) e Diogo Cabral (88’), Diego Callai (90+3’) e Edson Silva (90+4’).

EXIBIÇÃO DE MUITA QUALIDADE FRENTE AO CD RABO PEIXE (4‑0), NA JORNADA ANTERIOR AO IMPORTANTE ENCONTRO NA AMADORA. Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no domingo, o CD Rabo Peixe por 4‑0 em jogo da 19.ª jornada da Série G do Campeonato de Portugal. Filipe Celikkaya fez algumas mexidas no onze inicial relativamente ao último encontro disputado, para fazer face aos cinco jogos em apenas 14 dias – devido ao adiamento de vários jogos causado por casos de COVID‑19 nos adversários –, mas Tomás Silva, que tem jogado sempre, foi mesmo quem deixou o primeiro aviso, logo aos dois minutos de jogo, com a bola a sair por cima. Melhor sorte teve depois Elves Baldé, aos seis minutos, que após entrar na área picou a bola por cima do guardião, abrindo assim o marcador e dando o melhor seguimento a um passe teleguiado de Tomás Silva. Um golo prematuro que deu maior confiança ao Leões, que entraram bem na partida e que desde cedo controlaram o jogo diante do quinto classificado da Série G do Campeonato de Portugal. Assim, apenas quatro minutos depois, o Sporting CP esteve perto de aumentar a vantagem, mas o remate de Gonzalo Plata saiu à malha lateral. Depois foi Luiz Phellype – a cumprir o segundo jogo após mais de um ano de paragem –, a

Campeonato de Portugal 1.º CF Estrela 2.º Sporting CP 3.º Oriental DFC

P

43 42 31

obrigar Imerson a defender e a segurar a vantagem mínima dos Leões, que durou até ao intervalo. Na segunda metade, os Leões continuaram a exibir‑se a bom nível e a ser superiores e, por fim, essa superioridade transformou‑se em golos. Aos 53 minutos, Gonzalo Plata fez o 2‑0, que permitiu maior conforto ao Sporting CP, após boa jogada Leonina que acabou da melhor maneira e, dez minutos depois, Elves Baldé, que ainda não tinha marcado esta temporada até este jogo, bisou com um golaço. Filipe Celikkaya mexeu depois na equipa, apostando em Nuno Moreira, fazendo Elves Baldé sair, e pouco depois abdicou de Tomás Silva – que fez duas assistências – e ainda de Gonzalo Plata, fazendo entrar Tiago Ferreira e Dimitar Mitrovski. Sangue novo na equipa verde e branca, com o Sporting CP a continuar a dominar e a marcar. Dimitar Mitrovski entrou bem na partida e depressa assistiu Mees de Wit, aos 73 minutos, para o 4‑0. Até ao final da partida, houve mais ocasiões, mas já não houve golos, destacando‑se a estreia de João Daniel – que ainda obrigou Imerson a uma boa defesa –, na equipa B do Sporting CP, após entrar para o lugar de Luiz Phellype, na última dupla substituição dos Leões, aos 74 minutos, quando também entrou Loide Augusto para o lugar de Mees de Wit. Bom jogo e bom resultado da equipa B do Sporting CP, que volta a jogar este sábado em casa do CF Estrela – uma partida na qual a liderança estará em disputa e que será, por isso, quase decisiva nas contas desta série.

J

18 18 17

V

13 12 9

E 4 6 4

D 1 0 4

G

29‑10 29‑6 25‑13

7 de Março de 2021 | Campeonato de Portugal – Série G – 19.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP Elves Baldé (6´ e 63’), Gonzalo Plata (53’), Mees de Wit (72’)

4‑ 0 (1‑0 ao intervalo)

CD RABO PEIXE

Sporting CP: André Paulo [GR], João Oliveira, Eduardo Quaresma, João Ricciulli, Mees de Wit, Rodrigo Fernandes, Bruno Paz [C], Tomás Silva, Gonzalo Plata, Elves Baldé e Luiz Phellype. Suplentes não utilizados: Gonçalo Pinto, Loide Augusto, Tiago Ferreira, João Daniel, Flávio Nazinho, Nuno Moreira e Mitrovski. Treinador: Filipe Celikkaya.


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ENTREVISTA PEDRO COELHO

“AQUILO QUE MAIS ME MOTIVA É SENTIR A VONTADE DOS ATLETAS EM APRENDER” Pedro Coelho, treinador da equipa sub-19 de futebol do Sporting Clube de Portugal que trabalha também em sintonia com a equipa técnica sub-23 e sub-17, renovou contrato e vai continuar ligado a um emblema que também representou enquanto jogador. Aos 32 anos, recordou, em entrevista ao Jornal Sporting, os seus tempos na formação Leonina, abordou os novos desafios impostos pela pandemia de COVID-19, comentou a estratégia do Clube para o futebol jovem e não escondeu a satisfação que tem em ajudar atletas adolescentes a atingirem os seus objectivos. Tudo em prol do objectivo comum: alimentar da melhor forma a equipa principal do Sporting CP, tarefa que Pedro Coelho considera que está a ser – e vai continuar a ser – bem feita. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Mário Vasa Renovou com o Sporting CP. Sente-se feliz com este desfecho? Sim, o Sporting CP demonstrou vontade em continuar não só comigo, como também com toda a equipa técnica e desde o início que ficar era uma prioridade para mim. Por isso, sinto-me feliz. Sente-se em casa? Sinto porque são 12 anos. Tenho 32 anos, pelo que é um terço da minha vida. Nem sempre como treinador, porque tenho um percurso no Clube como jogador. Como treinador são já sete anos. Isto quer dizer que são muitos dias e horas de trabalho, muitas experiências vividas. Passo a maior parte do tempo do meu dia aqui, muito mais do que, provavelmente, em minha casa. Considero esta também a minha casa por aquilo que já vivi. Momentos bons, outros menos bons, que me fizeram crescer. Sinto que, cada vez mais, tenho condições para fazer aquilo que mais gosto e que posso ajudar o Clube a concretizar os seus objectivos. Está há um ano sem competição e sem normalidade. Como têm sido estes últimos 12 meses? No início foi complicado. Não só no desporto, mas em toda a sociedade tínhamos muitas perguntas e poucas respostas.

A partir do momento em que começámos a perceber aquilo que estávamos a viver, sou positivo perante o que tenho e olho para as coisas num ambiente de aprendizagem. Esta palavra-chave, aprendizagem, foi fundamental no início. Depois, há que ser criativo e continuar a desafiar-me perante aquilo que são as minhas missões. Não havendo competição, tenho de me focar e fazer com que aqueles que trabalham comigo se foquem naquilo que controlam. Aquilo que controlamos é o nosso dia-a-dia, o treino e respectivos objectivos, a minha formação enquanto treinador e equipa técnica. Enquanto equipa técnica, permitirmos que os jogadores tenham todas as condições para continuarem a lutar pelos seus objectivos. Não havendo competição, temos de arranjar estratégias para irmos por outro lado. Esse lado vem também através do treino, de estratégias que permitam criar mais momentos de competição no treino, por exemplo. Para mim, enquanto treinador, este período tem-me permitido analisar mais jogos, ver outras equipas, ler muito mais do que antes, em que não tinha tempo. Enquanto equipa técnica, preparamo-nos melhor. Temos acções de formação interna e debates entre nós com muito mais tempo. Sente que a equipa técnica cresceu como um todo? Sim. À partida para este ano tive dois desafios. O

primeiro foi esta situação inédita de ter uma época sem competição. O segundo foi trabalhar dentro de um espaço técnico novo. Apenas um elemento transitou do ano passado, todos os outros são novos juntos. Podíamos estar aqui [na Academia], mas não estávamos a trabalhar em conjunto. Tínhamos um objectivo comum, enquanto Academia e Clube, mas ainda não tínhamos trabalhado verdadeiramente juntos. Tivemos de nos coordenar, relacionar, conhecer e adaptar às nossas dinâmicas específicas. Como treinador e líder, tive de criar uma dinâmica de formação e de partilha para nos podermos conhecer e perceber o que cada um pensa em cada momento. Em contexto de treino, aumentámos a partilha de informação e de exercícios. Aproveitámos este momento para produzirmos documentos, aumentar a nossa base. Temos muito mais documentos escritos e científicos que poderão, depois, acrescentar qualidade no dia-a-dia. Daquilo que já viu desta pandemia e dos seus efeitos, considera que algum aspecto do treino, do jogo ou da competição foi radicalmente alterado? Penso que não. Sempre valorizámos muito o treino e, só podendo treinar neste momento e integrados no


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grupo dos sub-23, não posso dizer que o façamos de forma diferente. Para nós, o treino não tem um nível máximo – há sempre um novo a atingir no dia seguinte e somos nós que impomos os nossos limites. Aquilo que vai acontecer no dia de amanhã é uma incógnita. Estamos há um ano sem competir. No dia em que isso voltar a acontecer, ninguém sabe o que pode acontecer a partir daí. Enquanto não chegar, temos de nos preparar para estarmos o mais aptos e desenvolvidos possível. Não sei o que vai acontecer, mas sei que temos de estar preparados para esse dia da melhor forma a nível técnico e táctico. Fisicamente houve tempo para crescer. Mentalmente houve uma maior resistência às adversidades, porque anteriormente os jogadores podiam ter uma perspectiva em que se o jogo de hoje lhes corresse menos bem, amanhã teriam outro.

Essa ausência pode provocar o abandono, o afastamento de algo que, do ponto de vista cultural, é fundamental, que é a prática de actividade física. Esse distanciamento pode ser muito prejudicial no futuro. Vários jogadores que passaram por si têm dado cartas no futebol profissional, seja na equipa principal, equi‑ pa B ou equipa sub-23. Quando os vê a brilhar tão alto, qual é o primeiro pensamento que lhe vai à cabeça? O de dever cumprido. Não só meu, porque sou uma pequena parte desse crescimento. Muitos começaram comigo e estive com a maior parte deles durante dois ou três anos. São muitos treinos e muitos jogos. Mas o primeiro sentimento é o de dever cumprido, não só meu como também de toda a Academia. Acabamos por trabalhar todos para o mesmo e ao vê-los chegar ao nosso

A equipa técnica liderada por Pedro Coelho no trabalho diário em Alcochete

Como é que a equipa técnica tem gerido os seus atle‑ tas a nível psicológico? Desde o primeiro dia que a minha mensagem é a mesma: a atitude é inegociável naquilo que fazemos no dia-a-dia. Os nossos valores de compromisso, de rigor, de exigência e de ambição no treino não são diferentes por ter ou não competição. Isso não negociamos. Para mim, o treino é um momento de compromisso em que todos têm de ter uma intensidade muito alta em tudo o que fazem, ser competitivos e rigorosos. Porque é assim que queremos estar na vida e no futebol. Temos de ser comprometidos com as nossas missões, temos de nos focar nos aspectos a melhorar e não propriamente no resultado. A partir daí, o treino seguinte é o mais importante não tendo competição. A mensagem tem sido muito clara e os jogadores têm estado muito focados nos seus objectivos. Também para eles, uma palavra de resistência, exigência e ambição porque têm sido inesgotáveis. Sabem a atitude e os valores que temos de ter sempre porque é isso vai fazer de nós melhores jogadores, treinadores e homens no futuro. Quais vão ser os maiores efeitos deste ano sem com‑ petição no desporto de formação? Internamente, temos de pensar que somos um oásis. O desporto nacional parou em termos de formação. Temos a sorte de representar um Clube grande que nos dá condições para podermos continuar a treinar mesmo que à distância, enquanto muitos outros não o fazem.

objectivo principal, que é a meta e o sonho deles, há um sentimento de dever cumprido, de um trabalho realizado por e com mérito de muita gente. Fico muito feliz, naturalmente, por saber que eles estão a conseguir, mas também por saber que estamos a ajudar os próximos. Isso é muito bom, assim como continuar a acontecer da forma como está a ser visível. É normal, no Sporting CP, ver muitos jogadores su‑ birem de escalão para competirem contra jogadores mais velhos e experientes. Qual a razão para isso acontecer? As equipas técnicas estão em constante contacto e estamos integrados num modelo de transição de jogadores. Partilhamos ideias, conhecimento e o mais importante: jogadores em prol de um trabalho de equipa. Não existe apenas entre os sub-17 e os sub-19 ou entre os sub-19 e os sub-23, mas também, por exemplo, entre sub-19 e equipa B ou entre sub-19 e sub-16, ou seja, não só entre equipas técnicas de anos seguidos, mas sim de forma mais transversal. Há jogadores em que é importante considerarmos um contexto competitivo num escalão superior. É bom para eles porque têm desafios diferentes e um contexto mais complexo do ponto de vista competitivo. Há outros em que nós também acreditamos que seja importante competirem num escalão superior, mas que primeiro podem ter de consolidar o seu crescimento e a sua etapa de formação no seu próprio escalão. Cada caso é um caso e, sinceramente, não pode

haver a ideia de todos os jogadores terem a perspectiva de jogarem num escalão superior. Neste momento, só havendo competição nos sub-23 e equipa B, é natural que a melhor decisão que tivemos internamente tenha sido procurar o maior número de jogadores mais novos nesses espaços para continuarem a potenciar o seu talento e valor a curto prazo. Há diferenças no que diz respeito à mentalidade e à forma de encarar competição entre os escalões? Diria que não. Para qualquer jogador de qualquer desporto, o seu ADN é vencer, jogar para ganhar, jogar para conquistar títulos. Isso faz parte da competição. O que exerce a maior diferenciação é a sua etapa de formação, a maturidade com a qual encara o seu dia-a-dia. O nosso discurso para um jogador sub-14 ou sub-15 é diferente e muito mais focado no seu processo de crescimento e no que ele deve adquirir nesse momento para mais tarde ter um rendimento superior. Nos sub-19, a mensagem é mais direccionada para uma maior exigência, rigor e compromisso. Muitos deles já são profissionais, alguns já nem sequer estão na escola e fazem isto a tempo inteiro. Têm de ser mais exigentes no treino e fora dele para aprenderem a serem profissionais no futebol e para se aproximarem cada vez mais da realidade da equipa principal. Como é incutida essa mensagem de equilíbrio entre a importância de vencer e a forma como se vence? Tive a oportunidade de entrar no Clube nos sub-13, depois estive nos sub-15 e agora estou nos sub-19. Há regras que hoje defendo em conjunto com a equipa técnica nos sub-19 que já defendia nos sub-13. A atitude, a exigência, a ambição, o compromisso com o treino e com o trabalho são coisas das quais não podemos prescindir. A coragem de querer ser sempre melhorar no dia seguinte tem de estar sempre presente, seja nos sub-19, sub-23, equipa B, sub-17 ou sub-15. Em qualquer escalão temos de ter esta mentalidade altamente competitiva e exigente naquilo que fazemos. No jogo, é muitas vezes questionado se devemos ganhar ou formar. É uma utopia. O importante não é ganhar, é a forma como se ganha. No último minuto, a vencer por 1-0, um jogador tem de ter o espírito de ir à procura do segundo golo e não se atirar para o chão, queimar tempo ou praticar antijogo. Há que querer ganhar, naturalmente, porque queremos ser melhores do que os outros, mas a forma como queremos triunfar é que tem de ser diferente. É também perceber que quando erramos temos de nos manter motivados, confiantes e exigentes da mesma forma para não acontecer uma frustração ou um ambiente negativo. O erro também faz parte da aprendizagem. Foi jogador da formação do Sporting CP. Que memó‑ rias tem desse tempo? Tenho boas recordações. Tenho memórias do Estádio José Alvalade antigo, de entrar por um portão verde muito grande, equipar-me num balneário com o Cristiano [Ronaldo], que era um bocadinho mais velho do que eu, a preparar-se no balneário ao lado. Tenho memórias menos boas também [risos], de não ser convocado, por exemplo. Lembro-me de ir na carrinha antiga e de treinarmos no antigo campo da Torre, pelado. Treinávamos à chuva e regressávamos todos molhados no autocarro. Hoje em dia, os jogadores já não passam por isso. Têm todas as condições, treinam em bons relvados sintéticos, têm bons balneários. Há 20 anos >>


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>> era um bocadinho diferente. Mais à frente, acabo por fazer a transição para a Academia. Ter tido a oportunidade de treinar e jogar com os melhores e de, mais tarde, poder dizer que joguei com o Rui Patrício, com o Cédric [Soares], com o Daniel Carriço, que foi capitão da equipa principal, com o [Bruno] Pereirinha, que chegou à equipa principal, e com outros tantos é algo que me deixa contente e orgulhoso. Por outro lado, fui treinado pelos melhores treinadores da formação em Portugal que hoje, alguns, são colegas. Foram princípios e aprendizagens que adquiri e que hoje transporto para o meu dia-a-dia. São bases fundamentais para o que quero que seja a minha profissão todos os dias.

“A atitude é inegociável naquilo que fazemos no dia-a-dia”, garantiu Pedro Coelho

Que tipo de jogador era? [Risos] Era um jogador tecnicamente evoluído. Tinha uma boa compreensão do jogo, mas não tinha tudo aquilo que quero que os jogadores hoje sejam [risos]. Por isso é que tenho esta capacidade de análise e uma avaliação muito objectiva daquilo que fazia ou não. Fui um jogador que, ao longo da formação, passei por muitas posições. Fui central, defesa-esquerdo, médio e até extremo, o que me permite ter uma análise diferente daquilo que é cada posição. Tecnicamente, era um jogador apto e técnico-tacticamente também tinha uma boa compreensão do jogo, mas para chegar a outro nível tinha de ser mais intenso, mais agressivo e, também, em alguns momentos, mais dedicado ao treino. Se o Pedro Coelho de hoje treinasse o Pedro Coelho que foi jogador de futebol de formação, acha que se iam dar bem? Berrava muito com ele [risos]. Sim, porque o meu princípio como treinador é olhar para cada jogador de forma individual integrando-o num contexto de equipa. Há regras que são iguais para todos, mas considero que sou um treinador muito exigente e rigoroso, mas, ao mesmo tempo, próximo dos jogadores. Gosto de falar com eles em particular, de ter conversas até fora do contexto do futebol. Treino é treino, mas é importante formá-los a todos os níveis, inclusive social. Perceber que cada um tem um contexto diferente. Há atletas que têm tudo fora do treino, com a família a dar estabilidade, e outros nem tanto. Nós, treinadores, acabamos por ser um elo de ligação muito forte aos jogadores. Por isso, ia-me dar bem com ele porque procuro ter uma relação positiva com todos os jogadores.

“[SE O PEDRO COELHO DE HOJE TREINASSE O PEDRO COELHO QUE FOI JOGADOR DE FUTEBOL DE FORMAÇÃO, ACHA QUE SE IAM DAR BEM?] BERRAVA MUITO COM ELE [RISOS]” Considera que ter experiência enquanto jogador é es‑ sencial para ser um treinador competente? É importante. O facto de termos vivenciado aquilo que é participar num jogo, em que temos momentos de sucesso e insucesso, alegria e frustração, conquista e perda. É importante percebermos esse lado que o atleta tem presente e o facto de eu ter sido jogador faz com que eu rapidamente perceba que não vale a pena dizer muitas coisas aos jogadores que eles não ouvem, por exemplo. Os jogadores, normalmente, não gostam de treinos parados, de palestras muito longas. Gostam de exercícios intensos e dinâmicos, de uma comunicação positiva. É por aí que acabo por ter o meu comportamento e preocupação diários. Considero que quem jogou tem essa vantagem. Conheceu a Academia praticamente no início enquanto jogador. Que diferenças encontra até aos dias de hoje? Entrei na Academia em 2003 e há aspectos-padrão. Na altura, enquanto sub-17, fui treinar várias vezes aos sub-19, o que também acontece hoje. Esta preocupação de olharmos para o jogador como elemento mais importante do nosso processo continua a existir. A dinâmica entre equipas técnicas, na altura, já ocorria de forma positiva e hoje cada vez mais. O treinador dos sub-17 estar a acompanhar o treino dos sub-19 ou dos sub-16, por exemplo, e vice-versa. Depois, do ponto de vista científico, a Academia e o Clube acompanharam a evolução, não só no treino jogado como também em todo o suporte que temos por trás. Hoje temos o modelo centrado no jogador, que é algo que indica um caminho e um rumo para todos trabalharem no mesmo sentido. Pegando nessa deixa do modelo centrado no jogador, qual é o papel dos treinadores nesse processo? Primeiro, há que perceber e compreender o que é o modelo centrado no jogador. É um modelo que acaba por, do ponto de vista desportivo e social, aportar mais crescimento e desenvolvimento ao jogador. Para isto ser altamente cumprido, temos de ter um trabalho de equipa forte e dar continuidade ao trabalho de todos os departamentos internos. Temos a área técnica, a área da psicologia, da observação e análise, do recrutamento e o treinador tem de dar continuidade ao trabalho da equipa e acrescentar valor ao treino, à formação e à educação do próprio jogador. É muito importante porque temos a capacidade de intervir no treino, mas também fora dele. Se calhar não entra na parte do treino, entra na educação e formação do jogador. Termos um atleta mais bem formado e preparado vai fazer com que esteja mais apto para a sua missão dentro do campo. Sente que essa missão de ajudar os jogadores a for‑ marem-se como atletas e como homens é a melhor parte de trabalhar com jovens jogadores? Sim, é aquilo que mais me fascina nesta profissão. Naturalmente, tenho uma paixão enorme por aquilo que faço e adoro cada treino, cada preparação de treino e de jogo. O facto de poder ter de relacionar com questões de comunicação, de gestão de recursos humanos, de preparação do treino é um desafio constante. Aquilo que mais me motiva neste escalão específico dos sub-19

é sentir a vontade dos atletas em aprender e olhar para um jogador no início da época e ver todo o seu crescimento e evolução. Perceber que, por exemplo, um exercício não corre bem e que isso é culpa minha, que não me expliquei bem, não criei as condicionantes certas ou o espaço não estava certo. A evolução do jogador depende seriamente da nossa intervenção e o mais positivo é ver a evolução deles. No final da época, e podendo ser ou não campeões, fico contente por saber que os jogadores estão mais bem preparados para o próximo escalão e para a próxima etapa de formação, como aconteceu no passado. O Nuno Mendes, o Tiago Tomás e o Eduardo Quaresma estavam a ser treinados por mim e pouco depois estavam a jogar na equipa principal e a representar o objectivo do Clube. De que forma é que cada um dos elementos da equi‑ pa técnica é importante para que, colectivamente, os objectivos sejam cumpridos? É um trabalho árduo e complexo. Temos muitas missões dentro da nossa equipa. O treinador de guarda-redes, o Rodolfo [Vieira], está mais virado para o trabalho específico dos guarda-redes e envolvido em tudo o que é dinâmica colectiva. Cada vez mais, o treino de guarda-redes, por exemplo, integra o guarda-redes no processo de construção do nosso jogo, na relação com a linha defensiva. Se queremos que a linha defensiva jogue subida, o guarda-redes também tem de o fazer. Se a equipa quer um jogo de ataque posicional, a partir de trás, construído com paciência e circulação rápida, o guarda-redes é um homem livre em todos os momentos. Por isso, tem de estar altamente ligado a esses processos. Se queremos um trabalho de prevenção de lesões e de desenvolvimento das capacidades físicas, a unidade de performance faz um trabalho excelente tanto no ginásio como na transição para o treino. O Pedro [Cardoso, preparador físico dos sub-19] tem feito um óptimo trabalho com todos os atletas, não só na aceleração e na agilidade como também na força inferior ou dos membros superiores, assim como pela relação altamente positiva que tem com os jogadores. E depois temos, em conjunto comigo, dois elementos. O Paulo [Carvalho, treinador-adjunto] tem, se calhar, um olhar mais para uma perspectiva do desenvolvimento individual dos jogadores a todos os níveis direccionado para um momento muito específico do jogo. O Bernardo [Caetano, treinador-adjunto] está direccionado para outro momento do jogo, para a análise dos adversários e para a análise da própria equipa de um ponto de vista mais macro. As minhas funções e missões vão ao encontro das deles e as deles vão ao encontro das minhas. Temos um trabalho de equipa muito positivo em que toda a gente sabe a sua missão, e em que todos estão realizados com o que fazem. Para alguém que conhece bem o futebol de formação do Sporting CP, considera que o futuro está assegu‑ rado e que a equipa principal vai continuar a ser bem alimentada pela Academia? Sim. Primeiro, porque é a política da administração fazê-lo, e também a equipa técnica tem dado provas muito evidentes disso, não só pelos jogadores em que apostou como na procura constante em dar oportunidade aos jogadores para terem espaço de treino na equipa principal. Segundo, porque temos qualidade interna para podermos continuar a desenvolver e potenciar jogadores para o objectivo do alto rendimento. Não tenho a mínima dúvida de que vai acontecer em breve a chegada de novos jogadores a esse espaço, não só da equipa B, como de sub-23 e de sub-19 e sub-17.


SPORTING 3810 - 15

FUTEBOL FEMININO

LEOAS NÃO TREMEM E VENCEM ANTES DO DÉRBI SPORTING CP REPETIU VITÓRIA SOBRE O SC BRAGA, DESTA VEZ PARA A LIGA BPI, E CONTINUA INVENCÍVEL. ESTE SÁBADO HÁ JOGO COM O SL BENFICA NO SEIXAL. Texto: Maria Gomes de Andrade

Depois da vitória nas meias‑finais da Taça da Liga, a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu novamente, no domingo passado, o SC Braga, desta vez por 1‑0 em jogo a contar para a sexta jornada da fase de apuramento do campeão da Liga BPI. Susana Cova fez apenas uma alteração relativamente ao jogo de quarta‑feira, apostando em Inês Meia Pag Jornal SCP Verde em Pereira, na baliza, e mantendo as

apostas em Mariana Rosa, Nevena 73 minutos, o SC Braga dispôs de acabou por mexer também com Vitória justa da equipa Leonina, Damjanović, Bruna Lourenço, uma boa ocasião para marcar, mas o resultado. Dez minutos depois desta feita pela margem mínima, Joana Marchão, Fátima Pinto, Inês Pereira não permitiu o golo de entrar, Carolina Mendes sofreu que mantém as Leoas na terceira Tatiana Pinto, Andreia Jacinto, com uma grande defesa. falta na área com o Sporting posição da tabela, com os mesmos Raquel Fernandes, Ana Borges e Susana Cova mexeu na equipa CP a ganhar um pontapé de pontos e menos um jogo do que Ana Capeta. apenas aos 75 minutos, fazendo penálti, que Nevena Damjanović o segundo classificado, o FC Num duelo de boas equipas, a entrar Carolina Mendes para o não desperdiçou – Houriban Famalicão, e menos dois pontos partida começou dividida, com lugar de Ana Capeta, e a única até adivinhou o lado, mas a do que o líder, o SL Benfica, com Sporting CP e SC Braga a criarem substituição que fez na partida capitã marcou. quem jogam este sábado no Seixal. perigo em ambas as áreas, até Camp. Nacional – Apur. Campeão P J V E D G que as Leoas estiveram perto de 1.º SL Benfica 15 5 5 0 0 18‑2 inaugurar o marcador, aos 27 2.º FC Famalicão 13 6 4 1 1 18‑6 minutos, através de Ana Capeta. 3.º Sporting CP 13 5 4 1 0 10‑2 Seguiram‑se oportunidades de Nevena Damjanović, na marcação de um livre frontal, com a bola 7 de Março de 2021 | Liga BPI – Apuramento Campeão – 6.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira a passar por cima da baliza bracarense, e depois de Raquel Fernandes, após boa jogada das Leoas, mas Houriban negou o golo verde e branco. (0‑0 ao intervalo) Nevena Damjanović (penálti 86’) Empate a zero ao intervalo e a manter‑se em quase toda a segunda Sporting CP: Inês Pereira [GR], Mariana Rosa, Bruna Lourenço, Nevena Damjanović [C], Joana Marchão, Tatiana metade, apesar das 1equipas terem 15:01 Pinto, Andreia Jacinto, Fátima Pinto, Ana Borges, Raquel Fernandes e Ana Capeta (Carolina Mendes, 75’). Suplentes Casa Completo.pdf 15/02/21 criado algumas oportunidades. Aos não utilizadas: Patrícia Morais, Rita Fontemanha, Joana Martins, Mónica Mendes, Marta Ferreira e Alícia Correia.

SPORTING CP

1‑0

SC BRAGA

Treinadora: Susana Cova. Disciplina: cartão amarelo para Ana Capeta (18’) e Inês Pereira (90+3’).


16 - SPORTING 3810

VOLEIBOL • TAÇA DE P


PORTUGAL 2020/2021

SPORTING 3810 - 17


18 - SPORTING 3810

VOLEIBOL

A FESTA FOI VERDE E BRANCA 26 ANOS DEPOIS, O VOLEIBOL LEONINO VOLTOU A CONQUISTAR A TAÇA DE PORTUGAL, DESTA VEZ COM UMA VITÓRIA DE ALMA E GARRA SOBRE O SL BENFICA. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Rui Farinha/NFactos

Já está em Lisboa o primeiro troféu da temporada para a equipa de voleibol masculino do Sporting Clube de Portugal. A formação orientada por Gersinho bateu, no passado domingo, o SL Benfica na final da Taça de Portugal por 3‑1, conquistando dessa forma um título inédito desde que a modalidade regressou na época 2017/2018 (a última vitória na Taça de Portugal tinha ocorrido em 1995 – ano da extinção do voleibol no Clube). Antes de chegarem à final, os Leões já tinham deixado pelo caminho na final eight da prova, que decorreu entre sexta‑feira e domingo, a AA Espinho (0‑3), da segunda divisão, nos quartos‑de‑final, com Miguel Maia e o filho de 18 anos, Guilherme, a defrontarem‑se pela primeira vez, e o Leixões SC (0‑3), nas meias‑finais, sempre com o Pavilhão Municipal de Santo Tirso como palco.

Os festejos da conquista da Taça de Portugal

Sem poder contar com o líbero Gil Meireles, ausente da final por lesão, mas presença notada nas bancadas, o conjunto Leonino entrou muito forte na partida, conseguindo uma vantagem inicial de 4‑1. O SL Benfica equilibrou rapidamente as contas e empatou o jogo pela primeira vez a cinco, ao aproveitar alguns erros dos verdes e brancos. As águias

A emoção bem vincada na cara dos jogadores verdes e brancos

Depois de uma luta intensa na quadra, a merecida comemoração

assumiram então a dianteira e chegaram a estar a vencer por 10‑14, mas uma incrível recuperação da formação de Alvalade e um parcial final de 3‑0, após uma luta muito intensa e com várias reviravoltas no placard, fez com que o Sporting CP fechasse o primeiro set com uma vitória de garra por 29‑27. Em vantagem, os Leões entraram no segundo set mais confortáveis e as duas equipas andaram sempre muito próximas em termos pontuais até ao 11‑10 no marcador, altura em que a turma de Gersinho, cada vez mais confiante, colocou o pé no acelerador e começou a cavar um fosso que seria decisivo. Claramente melhor em todos os capítulos, com nota de destaque para o serviço agressivo, o Sporting CP não mais largou a liderança e fez aqui o seu set mais tranquilo, conquistando de forma incontestável um novo

7 de Março de 2021 | Taça de Portugal – Final | Pavilhão Municipal de Santo Tirso

SPORTING CP

3‑1

SL BENFICA

(29‑27, 25‑22, 16‑25, 28‑26)

Sporting CP: Bruno Alves (3), Éder Levi (10), Victor Hugo (11), Paulo Víctor (18), Robinson Dvoranen (12), Renan da Purificação (13), Miguel Maia, Hugo Vinha, João Fidalgo [L], Miguel Maia Sá [L], Hélio Sanches, André Saliba (3), José Rojas e José Carlos Vinha. Treinador: Gersinho.

Sporting CP e SL Benfica mereciam ter tido público nas bancadas

triunfo, desta vez por 25‑22. Obrigado a reagir, o SL Benfica venceu o terceiro set por larga margem (16‑25), aproveitando

algumas desconcentrações dos Leões, que não estiveram ao seu nível, mas tudo mudou novamente no quarto e último

RENAN DA PURIFICAÇÃO: “SENTIMOS A ENERGIA DOS SPORTINGUISTAS” Renan da Purificação, zona quatro verde e branco que esteve em excelente plano na final, não escondeu a importância desta conquista para todo o plantel. “É magnífico. O grupo já merecia este troféu pois trabalha e dedica‑se muito. A equipa técnica apoia‑nos em tudo e sempre acreditámos. Já estava na hora de este título voltar para o maior Clube de Portugal”, frisou. “O segredo da vitória teve muito a ver com a parte psicológica. Como se diz, as finais não são para jogar mas sim para ganhar. O grupo esteve muito forte dentro da quadra, o serviço entrou e o bloco deu origem a alguns contra‑ataques, algo que não tínhamos feito nos jogos anteriores frente a este adversário”, referiu, deixando uma mensagem aos Sportinguistas. “Recebemos muitas mensagens antes do jogo, quero agradecer a todos os que puxaram por nós. É uma pena não terem estado nas bancadas, mas nós sentimos a vossa energia”, disse.


SPORTING 3810 - 19

GERSINHO: “O SPORTING CP JÁ MERECIA ISTO” Após o triunfo, o treinador do Sporting CP, Gersinho, não escondeu a emoção, classificando este triunfo como “inesquecível”. “Estou muito feliz com este resultado e por ter vencido o primeiro troféu pelo Sporting CP. Aprendi a amar este Clube, gosto do dia‑a‑dia aqui, da relação que tenho com os treinadores das outras modalidades e com a Direcção. O Sporting CP já merecia isto. Destaco a entrega que demonstrámos, mesmo passando por momentos complicados, e a forma como a equipa soube dar a volta no primeiro set e também no final do último. Estou muito feliz”,

começou por dizer, analisando o encontro. “Servimos bem e, em determinados momentos, estivemos bem no bloco, o que gerou alguns contra‑ataques. Conseguimos vários pontos no serviço, não há como marcar sem arriscar. O voleibol moderno é isso mesmo. Servimos bem e tinha mesmo de ser assim contra o SL Benfica, porque senão seria muito difícil jogar contra eles”, considerou, deixando em seguida uma mensagem aos Sócios e adeptos do Sporting CP. “Quero pedir que nos continuem a apoiar. O voleibol é uma modalidade

com apenas quatro anos no Clube, está em desenvolvimento e tem muito para crescer. Isso não acontece de um dia para o outro e jogámos contra um adversário muito forte. Como o Sporting CP voltou

há pouco tempo, tem de construir tudo o que os outros continuaram a fazer desde então. Tem de ser com calma e de forma estratégica, para que esta modalidade seja duradoura dentro do Sporting CP”, rematou. parcial. O Sporting CP voltou a exibir‑se a um nível muito superior aos encarnados e mostrou desde logo ao que vinha, ao alcançar uma vantagem inicial de 3‑0, ficando

cada vez mais confiante com o avançar da partida. Apesar de as águias ainda terem recuperado terreno, voltando a entrar na discussão ao passar para a frente com 22‑23, a formação verde e branca nunca desistiu e viu a sua persistência ser recompensada. Já depois de ambas as equipas terem desperdiçado várias oportunidades para fechar o set, o triunfo acabou por sorrir aos Leões (28‑26), que disseram assim presente e conquistaram o primeiro troféu da temporada com uma exibição repleta de garra. Após a conquista da quarta Taça de Portugal da história do voleibol verde e branco, o Sporting CP vai agora iniciar o play‑off de apuramento do campeão nacional. A equipa de Gersinho vai defrontar novamente o rival SL Benfica, já este sábado (13 de Março), às 18h30, no Pavilhão João Rocha, naquele que será o primeiro jogo das meias‑finais, disputadas à maior de cinco.

Os jogadores Leoninos festejaram cada ponto como se fosse o último

MIGUEL MAIA: “PRAZER ENORME PODER LEVANTAR OUTRA VEZ ESTE TROFÉU” O capitão verde e branco Miguel Maia enalteceu o trabalho de toda a equipa em prol desta vitória, recordando que já tinha participado na conquista do mesmo troféu em 1994/1995. “Também conquistei a Taça de Portugal há 26 anos, é um prazer enorme poder levantar outra vez este troféu. É a prova do muito trabalho que a equipa tem vindo a fazer ao longo da época. Este projecto começou há quatro anos e fomos logo campeões, mas temos lutado contra a supremacia do SL Benfica, que tem vencido diversas competições nos últimos anos. O Sporting CP tem de aparecer nas finais e triunfar como fez hoje, com

muita garra e dificuldade, mas é isso que nos espera. O nosso propósito é lutar e honrar a camisola para podermos chegar a estes momentos”, referiu, admitindo que esta foi uma vitória muito especial. “Foi um fim‑de‑semana de muitas emoções para mim. Joguei contra o meu filho, o que foi muito especial. É algo que nunca mais vou esquecer, naquela que foi a minha décima Taça de Portugal. É um orgulho muito grande, que partilho com toda a minha família e com todos os Sportinguistas. Estamos aqui para fazer crescer cada vez mais o voleibol do Sporting CP”, disse.

EQUIPA FEMININA FOI A GUIMARÃES VENCER O VITÓRIA SC A equipa feminina de voleibol do Sporting CP venceu, no passado domingo, na deslocação à quadra do Vitória SC. Triunfo por 1‑3 em jogo da oitava jornada da fase regular do Campeonato Nacional, que mantém as Leoas na segunda posição da tabela. A formação orientada por Rui Costa entrou bem na partida e venceu o primeiro set por 24‑26, mas a equipa da casa levou a melhor no segundo (26‑24). No terceiro as Leoas voltaram a levar a melhor (23‑25), fechando o encontro no quarto set com 18‑25. O Sporting CP volta a jogar no próximo sábado frente à AJM/ FC Porto, desta vez em jogo a contar para as meias‑finais da Taça de Portugal.


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ATLETISMO

LEOAS DE OURO AURIOL DONGMO E PATRÍCIA MAMONA CONQUISTARAM O OURO NOS CAMPEONATOS DA EUROPA DE ATLETISMO EM PISTA COBERTA. A LANÇADORA DO PESO ESTREOU-SE ASSIM DA MELHOR MANEIRA COM AS CORES DE PORTUGAL, ENQUANTO A ATLETA DO TRIPLO SALTO VOLTOU A BATER O RECORDE NACIONAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: European Athletics, Pedro Zenkl

Toruń 2021 deixou boas recordações para Auriol Dongmo e Patrícia Mamona, atletas do Sporting Clube de Portugal, assim como para todos os portugueses: as duas conquistaram o ouro no lançamento do peso e no triplo salto, respectivamente, fazendo tocar ‘A Portuguesa’ nos Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta. Auriol Dongmo, natural dos Camarões e naturalizada portuguesa em 2020, teve

AURIOL DONGMO CONFIRMOU BOM MOMENTO E ESTREOU-SE EM GRANDE na Polónia a sua primeira grande prestação com as cores de Portugal e confirmou as boas expectativas com que partiu, depois de em Janeiro ter alcançado a melhor marca mundial do ano, com um ensaio de 19,65 metros, que se tornou também num recorde pessoal e nacional. A atleta do Sporting CP até nem

começou o concurso da melhor maneira, ao abrir com um nulo, mas no seguinte assumiu a liderança com a marca de 19,21 metros. Nos dois ensaios seguintes, Auriol Dongmo ficou ligeiramente abaixo (19,07 e 19,08 metros, respectivamente)

e até foi ultrapassada pela sueca Fanny Roos (19,29 metros), mas no quinto voltou a superar‑se, atingindo os 19,34 metros que a levaram a conquistar a prova. “Estou muito feliz. Venci o ouro e logo na minha primeira participação pela selecção nacional. Nem tenho palavras para explicar aquilo que sinto. Estou mesmo muito feliz e também muito satisfeita por ver que toda a gente ficou contente pela minha conquista”, disse a lançadora do peso na chegada a Portugal, três dias após a conquista.

PATRÍCIA MAMONA BATEU O RECORDE NACIONAL, QUE JÁ LHE PERTENCIA Patrícia Mamona também se mostrou feliz por ter conquistado a medalha de ouro em pista coberta, depois de anteriormente lhe ter escapado e porque os últimos meses não foram fáceis para a atleta, que esteve infectada com COVID‑19. A Leoa, que tinha carimbado a

passagem à final no dia anterior com apenas um salto (14,43 metros), além de conquistar o lugar mais alto do pódio na final, bateu o recorde nacional, que já lhe pertencia e que era de 14,44 metros, ao saltar 14,53 metros. Com quatro ensaios válidos em seis, Patrícia Mamona conquistou

o ouro no terceiro salto, depois de ter feito 14,35 e 14,38 metros nos dois primeiros. A espanhola Ana Peleteiro e a alemã Neele Eckhardt ainda tentaram roubar o primeiro lugar à atleta portuguesa, mas o máximo que conseguiram saltar foi 14,52 metros. “Foi muito emocionante e acho que se notou. Foi uma surpresa para mim, tal como para os portugueses, mas para mim foi também uma lição de vida. Estive com alguns problemas, mas provei estar em forma, que tinha força e ainda bati o recorde nacional – 14,53 metros”, começou por dizer a atleta Leonina, no regresso a Portugal, recordando: “Foi uma prova muito renhida, muito competitiva, mesmo ao centímetro, mas ganha quem salta mais e fui eu quem o conseguiu”. “Estou muito feliz por ter batido o recorde nacional e, obviamente, por ser novamente campeã da Europa e pela primeira vez em pista coberta”, sublinhou Patrícia Mamona, que em 2016 tinha sido campeã europeia ao ar livre, em Amesterdão, na Holanda.


DÁ GOSTO JOGAR AO ATAQUE

PATROCINADOR OFICIAL DA EQUIPA DE VOLEIBOL E BASQUETEBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL


22 - SPORTING 3810

OPINIÃO

ANDEBOL

ÉPICO, DO OURO AO VOLEIBOL

Juvenal Carvalho

Falar da conquista de medalhas de ouro por parte de atletas do Sporting Clube de Portugal no atletismo é falar de algo felizmente recorrente e desde há muitos anos. É mesmo algo que se confunde com a nossa história, onde o nome do meio é vencer e é uma marca identitária do nosso ADN No último fim‑de‑semana em Toruń, na Polónia, a história voltou a repetir‑se. E desta feita com toque afro. Foi a primeira vez para a camaronesa de nascimento, mas naturalizada portuguesa, Auriol Dongmo, chegada ao nosso país em 2017, e em boa hora para representar o nosso Clube, que a recebeu de braços abertos e onde ela tem evoluído para patamares que se já são elevados, muito mais poderá conseguir no futuro, e condições terá para mais vezes fazer subir a bandeira nacional ao mais alto lugar do pódio. Se para Auriol Dongmo foi a primeira vez, para Patrícia Mamona, também ela com toque afro, por ascendência, mas já lisboeta de São Jorge de Arroios, foi o repetir de mais outra conquista. Mais uma. A repetir a outras em grandes eventos. Nada a demove, nem as lesões, é uma Leoa de têmpera. Daquelas de antes quebrar que torcer. O seu desígnio é vencer. Mais duas medalhas de ouro do nosso contentamento. Que deixam, onde ele estiver, o sempiterno professor Mário Moniz Pereira orgulhoso. Como também orgulhoso ficou seguramente pelo quinto

lugar do nosso velocista Carlos Nascimento, que pelo mérito teve até sabor a medalha. Mas não só de atletismo se fez a história vencedora do nosso Clube no passado fim‑de semana. Também o voleibol pôs termo a um interregno de conquistas da Taça de Portugal, que datava de 1995, coincidentemente o ano em que foi extinto no Sporting CP, numa decisão que pessoalmente não compreendi então. E este fim de um ciclo sem conquistas desta competição, apesar de já havermos anteriormente ganho em 2017/2018 o campeonato nacional na época do regresso, foi mesmo épico. Num dérbi empolgante na final, e quando nas casas de apostas e no meio da modalidade se dava favoritismo ao nosso rival da Segunda Circular, eis que apareceu o rugido do Leão dos comandados pelo treinador Gersinho, que tem cumprido na íntegra a promessa de ascensão de uma equipa quase toda nova, mas que, cada vez mais, está pronta ainda a lutar pelo título máximo. Que bonita foi a festa da entrega do troféu e o erguer do mesmo pelo “Rei Leão” Miguel Maia, que com um sorriso, qual menino iniciado agora, continua a somar troféus ao seu tão vasto pecúlio, quando está a poucos dias de somar 50 anos. Foi mesmo uma lição de galhardia e de capacidade dos nossos briosos rapazes, que muito quiseram e fizeram por alcançar este troféu. Está também quase a chegar o momento das grandes decisões, do futebol às restantes modalidades. Lá para Maio/ Junho tudo se decidirá. O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes. Teremos de engalanar o Museu com mais conquistas e em mais modalidades. Afinal somos enormes. Somos o Sporting Clube de Portugal!

REGRESSO AO CAMPEONATO DA MELHOR MANEIRA SPORTING CP VENCEU A ADA MAIA/ISMAI APÓS JOGO EUROPEU E MANTÉM‑SE NA SEGUNDA POSIÇÃO DO CAMPEONATO NACIONAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão

A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último sábado, a ADA Maia/ISMAI por 32‑25 em jogo da 19.ª jornada do Campeonato Nacional, disputado no Pavilhão João Rocha. Apesar de algumas ausências devido a lesão, a formação verde e branca, que na terça‑feira tinha jogado na Polónia, exibiu‑se da melhor maneira e venceu de forma justa, indo para o intervalo com uma vantagem de três golos (16‑13). Na segunda metade, os Leões mantiveram o nível e conseguiram até estar a vencer por 11 golos de diferença, mas nos últimos cinco minutos, muito por culpa da falta de rotatividade, devido às poucas opções que Rui Silva tinha no banco, a formação Leonina quebrou o ritmo e deixou os visitantes aproximarem‑se no marcador. O encontro terminou, por isso, com uma vantagem de “apenas” sete golos, com

Campeonato Placard P

Capitão Pedro Valdés foi o melhor marcador do encontro com oito golos

o Sporting CP a marcar o mesmo número de tentos – 16 – nas duas partes. Já a ADA Maia/ISMAI marcou 13 na primeira e 12 na segunda. Pedro Valdés, capitão dos Leões, foi o melhor marcador da partida com oito golos. Com mais este triunfo, o Sporting CP, que só joga na próxima quarta‑feira em casa da AA Águas Santas, mantém‑se na segunda posição da tabela, com menos cinco pontos e menos um jogo do que o líder FC Porto.

J

V

E

D

G

1.º FC Porto

57

19

19

0

0 653‑427

2.º Sporting CP

52

18

17

0

1 556‑425

3.º SL Benfica

49

17

16

0

1 514‑403

LEOAS GOLEIAM E MANTÊM LIDERANÇA ISOLADA A equipa feminina de futsal do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, o UA Povoense por 7‑2 em jogo da sétima jornada da fase de manutenção do Campeonato Nacional. Os golos Leoninos foram apontados por Ana Alves (4), Cristiana Gonçalves e Inês Lima, com o UA Povoense a marcar um golo na própria baliza. As Leoas mantêm‑se assim na liderança isolada da prova, recebendo no próximo sábado o Póvoa FC.

6 de Março de 2021 | Campeonato Placard Andebol 1 – 19.ª nornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

32 ‑ 25

ADA MAIA/ISMAI

(16‑13 ao intervalo)

Sporting CP: Matvz Skok [GR], Manuel Gaspar [GR], Pedro Valdés [C] (8), Tiago Rocha (2), Jens Schongarth (7), Darko Djukic (1), Joel Ribeiro (5), Tomislav Spruk (2), Dmytro Doroshchuk, Salvador Salvador (1), Francisco Tavares (6), Daniel Andrejew e Duarte Seixas. Treinador: Rui Silva. Disciplina: dois minutos de exclusão para Pedro Valdés, Tomislav Spruk, Dmytro Doroshchuk (3) e Jens Schongarth (3).


SPORTING 3810 - 23

HÓQUEI EM PATINS

OPINIÃO

GOLEADA PARA COMEÇAR UMA SÉRIE EXIGENTE

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FAZEDORES DE FUTEBOL

SPORTING CP ARRANCOU MARÇO COM UM TRIUNFO NO PRIMEIRO JOGO DOS SETE QUE VAI TER ESTE MÊS. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado sábado, a AJ Viana por uns expressivos 9‑3 em jogo da 22.ª jornada do Campeonato Nacional, disputado no Pavilhão João Rocha. Um resultado justo para a formação orientada por Paulo Freitas que, ainda assim, só na segunda parte se conseguiu superiorizar com golos à AJ Viana, depois de uma primeira parte mais dividida em que os Leões foram para o intervalo a vencer por 3‑2. Ferran Font abriu o marcador no primeiro minuto de jogo, Francisco Silva empatou‑o aos seis e depois só houve mais golos nos últimos cinco minutos da primeira parte. Telmo Pinto fez o 2‑1 com a AJ Viana a responder no instante seguinte, através de Diogo Cardoso, mas Telmo Pinto não esperou muito mais e voltou a colocar os Leões na frente. Na segunda metade valeram os golos de Gonçalo Nunes e Alvarinho logo a abrir, que deram conforto à formação Leonina no marcador e desbloquearam o jogo a favor dos Leões. Com o Sporting CP a jogar melhor do que na primeira metade, Verona fez o 6‑2 e Remi encurtou a desvantagem a seguir, mas João Souto (2) e Matías Platero também marcaram e deram maior expressividade ao resultado.

Pedro Almeida Cabral

Ferran Font abriu o marcador logo no primeiro minuto de jogo

O Sporting CP arrancou assim da melhor maneira o mês de Março, no qual disputará sete jogos, e continua a recuperar terreno, após a paragem forçada devido a várias infecções de COVID‑19 na equipa.

Os Leões, que jogaram na quarta‑feira diante do Famalicense AC, após o fecho desta edição do Jornal Sporting, eram até este jogo quintos classificados, mas com apenas 18 jogos em 22 jornadas.

Campeonato Nacional

P

J

V

E

D

G

1.º FC Porto 2.º OC Barcelos … 5.º Sporting CP

51 51

21 22

16 16

3 3

2 3

110‑57 114‑64

40

18

12

4

2

74‑41

EQUIPA FEMININA TAMBÉM GOLEIA Também a equipa feminina de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu e goleou, no passado domingo, o CA Feira por 1‑10 em jogo da sexta jornada do Grupo 1 do Campeonato Nacional. Ao intervalo as Leoas já venciam por 0‑5, fechando a goleada expressiva na segunda metade. Os golos Leoninos foram apontados por Ana Catarina Ferreira (3), Sofia Moncóvio, Inês Florêncio (2), Rita Lopes (3) e Margarida Florêncio. As Leoas, líderes da prova, voltam a jogar este domingo diante do SL Benfica, no Pavilhão João Rocha.

6 de Março de 2021 | Campeonato Nacional – 22.ª Jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP Ferran Font (1’), Telmo Pinto (15´ e 16’), Gonçalo Nunes (20’), Alvarinho (22’), Verona (32’), João Souto (37´ e 43’), Matías Platero (42’)

9‑3 (3‑2 ao intervalo)

AJ VIANA Francisco Silva (6’) Diogo Cardoso (15’) Remi (34’)

Sporting CP: Ângelo Girão [GR], Ferran Font, Matías Platero, João Souto e Gonzalo Romero. Jogaram ainda: Telmo Pinto, Alessandro Verona, Gonçalo Nunes e Alvarinho. Treinador: Paulo Freitas.

Soube‑se há dias que Rúben Amorim pode ser suspenso por um a seis anos da sua actividade profissional. Em Março de 2020, a Associação Nacional Treinadores de Futebol fez uma denúncia à Liga acusando‑o de não poder ser treinador de futebol do Sporting Clube de Portugal. E agora, um ano mais tarde, a Comissão de Instrutores da Liga entendeu acusar Rúben Amorim de fraude e falsas declarações. O Sporting CP também não está livre de acusações, considerando a Comissão que contratar Rúben Amorim só foi possível com um contrato fraudulento. Seriam fraudes em cadeia, num esquema bem urdido para enganar Portugal inteiro. Teríamos até que dar os parabéns a tão atenta Associação e aos sapientes instrutores da Liga por terem desmascarado esta tramóia. Se não fossem eles, nunca se teria descoberto que Rúben Amorim treinava o Sporting CP. O único problema é que o parágrafo anterior só existe nas cabeças de quem entendeu que todo o mérito deve ser castigado. Todos sabiam qual era o percurso e a qualificação profissional de Rúben Amorim quando veio para o Sporting CP.

Ninguém ignorava que teria de fazer um curso específico. Nenhum atleta do Sporting CP se recusou a ser treinado por Rúben Amorim. Os Sócios e adeptos do Sporting CP também não puseram em causa a pretensa desqualificação do treinador. Em resumo, ninguém se importou com o irrelevante papelinho. A verdade é que não houve investigação alguma de nenhum organismo. Trata‑se apenas de tentar manter um caduco sistema de qualificações que é impossível de cumprir, dado que tem vagas limitadas e obriga a permanência no mesmo nível vários anos. Pior. A prática de inscrever treinador‑adjunto até obter a qualificação de treinador principal existe há mais de dez anos, sendo aceite pela Liga sem questionar. É este o triste retrato de um Portugal corporativista, burocrático e avesso ao mérito que mais parece pretender ser o protagonista do último terço do campeonato. Os dirigentes da associação querem tanto escolher ‘quem treina quem’ que se comportam como a Associação Nacional dos Fazedores de Futebol. Talvez assim esqueçam os seus fraquíssimos resultados como treinadores. Já a comissão, em vez de instruir, mais parece apostada em destruir, agindo como Comissão de Destruidores da Liga, desestabilizando e procurando influenciar o campeonato. Mais um triste episódio a que estou certo que Rúben Amorim responderá onde tem respondido: em campo.


24 - SPORTING 3810

BASQUETEBOL

LEÕES INFELIZES NO DRAGÃO SPORTING CP PERDEU O CLÁSSICO DIANTE DO FC PORTO, MAS CONTINUA NA LIDERANÇA DO CAMPEONATO NACIONAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl

A equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, no passado domingo, no Dragão Arena diante do FC Porto por 81‑78 em jogo da 21.ª jornada da primeira fase do Campeonato Nacional, que só foi decidido no prolongamento. Ainda assim, os Leões mantêm‑se na liderança da prova, mas agora em igualdade pontual com a formação azul e branca. Esperava‑se um bom jogo e as duas equipas não defraudaram: foi um encontro bem disputado, apesar de muito táctico e apoiado em defesas intensas, e emotivo do início ao fim, mas acabou por um resultado AF ser SPORTING IRS JORNAL SCP injusto para os comandados

James Ellisor destacou‑se no lado do Sporting CP com 21 pontos

de Luís Magalhães, que foram penalizados por alguma falta de eficácia sobretudo nos últimos minutos do quarto parcial, depois de terem conseguido uma vantagem de oito pontos. MEIA.pdf 1 23/02/2021 19:00 A equipa da casa venceu o

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primeiro quarto por 18‑17, com o Sporting CP a superiorizar‑se no segundo – marcando 24 pontos – e a ir para o intervalo a vencer por 35‑41. No terceiro período, os azuis e brancos foram superiores e venceram por 22‑9, chegando aos 57‑50. No quarto período, o mais empolgante de todos, os Leões apareceram com novo fôlego, recuperaram da desvantagem e estiveram a vencer por oito pontos, mas nos últimos minutos a formação verde e branca falhou vários lançamentos – apesar de ter feito 14‑21 – e permitiu ao FC Porto fechar o tempo regulamentar com o empate: 71‑71. O encontro foi então para prolongamento e aí o FC Porto acabou por levar a melhor,

apesar de o Sporting CP ter marcado dois triplos por James Ellisor e procurado dar a volta até aos últimos segundos,

tentando novo tempo extra, mas os azuis e brancos conseguiram vencer o Clássico por apenas três pontos de diferença.

Liga Placard

P

J

V

D

P

1.º Sporting CP 2.º FC Porto 3.º Imortal BC

38 38 37

20 20 21

18 18 16

2 2 5

1762‑1368 1609‑1333 1782‑1606

7 de Março de 2021 | Liga Placard – 21.ª Jornada | Dragão Arena

FC PORTO

81‑78

SPORTING CP

(18‑17, 17‑24, 22‑9,14‑21, 10‑7)

Sporting CP: Shakir Smith (6), Travante Williams (13), James Ellisor [C] (21), João Fernandes (11), John Fields (7), Cláudio Fonseca (2), Diogo Ventura (7), Micah Downs (6) e Pedro Catarino (5). Treinador: Luís Magalhães.


SPORTING 3810 - 25

BASQUETEBOL

O LANÇAMENTO MAIS ESPECIAL DE TRAVANTE WILLIAMS UM CONVITE DO JOGADOR LEONINO DEU VIDA AOS LAÇOS QUE SÓ O DESPORTO CRIA ENTRE UM JOVEM E O SEU ÍDOLO. A HISTÓRIA DE UM SONHO CUMPRIDO POR EMANUEL SOARES EM PLENO PAVILHÃO JOÃO ROCHA. Texto: Xavier Costa Fotografia: Mário Vasa

Emanuel Soares, Sportinguista de 19 anos, viveu, na semana passada, um dia único com o plantel principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal. Não só viu o treino da equipa, como fez parte do grito e recebeu uma camisola oferecida pelo grupo, contudo, o melhor ficaria reservado para o fim. Em pleno Pavilhão João Rocha, Emanuel, que pratica basquetebol em cadeira de rodas (BCR) devido a uma paralisia cerebral espástica que lhe limita a mobilidade, teve a oportunidade de enfrentar nada mais, nada menos, do que o seu ídolo e também maior responsável por tudo isto: Travante Williams. Ainda que fisicamente mais afastados devido à situação pandémica, os adeptos Leoninos encontram sempre alguma forma de continuar a apoiar os jogadores. Ora, o jovem Emanuel Soares não é diferente e através do Instagram entrou em contacto com o jogador norte‑americano, que lhe respondeu com um convite muito especial. “Trocámos algumas mensagens, contei‑lhe a minha história e surgiu esta oportunidade. Nunca pensei estar aqui e logo com estes jogadores, sobretudo com o Travante, que tanto admiro”, contou Emanuel ao Jornal Sporting. “É um grande

fã, por isso achei que seria uma boa oportunidade para mostrar‑lhe o que é o Sporting CP (…). Vi‑o a jogar nalguns vídeos, por isso pensei também que podia ensinar‑lhe alguns truques”, acrescentou Travante. O jovem Sportinguista já tinha assistido a um jogo no Pavilhão João Rocha e ficou “impressionado com o jogo e com a forma como o Clube vibra com o basquetebol”, mas desta vez teve uma experiência exclusiva. Do grito com o plantel até à camisola de Travante são vários os momentos para recordar. “É um dia inesquecível! Nem sei se depois do treino vou conseguir dormir ao ver esta camisola e ao pensar no dia em que tive o privilégio de estar aqui e de ter jogado com o jogador

que mais gosto”, disse, já que, sobre Travante, a Emanuel não lhe faltam razões para o ter como um exemplo. “É uma pessoa simples, comunicativa e que está sempre de bom humor. Se eu lhe mandar uma mensagem a desejar bom jogo, sei que ele certamente vai retribuir”, explicou o Leão de 19 anos. Com o zero e o nome do ídolo nas costas, Emanuel Soares estreou da melhor maneira a camisola oferecida pela equipa Leonina. No frente‑a‑frente, Travante Williams encontrou um adversário à altura. “Foi a primeira vez que o fiz [jogar basquetebol em cadeira de rodas] e foi realmente difícil. Tens de ter força, é muito exigente fisicamente. Eu disse‑lhe para trazer o seu melhor jogo, porque eu não

brinco em serviço (risos), dei o meu melhor e ele ganhou‑me”, admitiu o norte‑americano. Ainda assim, Emanuel Soares gostou do que viu: “Acho que ele se adaptou maravilhosamente, por mim levava‑o para jogar comigo e já não voltava (risos). Seria um bom reforço!”, considerou o jovem. A verdade é que Travante não teve pela frente um jogador qualquer. Com 19 anos, Emanuel Soares joga na equipa da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) Lisboa há cinco anos e já representou a selecção nacional nas camadas jovens. “Sou muito feliz a jogar basquetebol, porque é um desporto que tira as pessoas da sua zona de conforto e requer muita prática e trabalho de ginásio. O BCR abre‑nos novas

portas e mostra que também somos capazes de fazer algum desporto que nos mantém activos no dia‑a‑dia”, contou o jovem adepto. Além da mira no cesto, o jovem Sportinguista faz pontaria a outros objectivos: “Quero acabar o secundário e se tiver possibilidade para continuar os meus estudos na faculdade, irei também. Como jogador, quero praticar basquetebol ao mais alto nível”, traçou. Considera‑se “um grande Sportinguista” e por isso deixou uma sugestão e uma certeza ao Sporting CP: “Tenho orgulho em vestir esta camisola e gostava que o Clube criasse uma equipa de basquetebol em cadeira de rodas. Eu estarei cá para ajudar e contribuir”. Por fim, como não podia deixar de ser, Emanuel Soares deixou uma mensagem também a Travante, com palavras que só se dedicam a um ídolo: “Gosto bastante de ti como atleta e como pessoa, tenho um grande carinho por ti. Obrigado por representares o Sporting CP, estarei sempre aqui para ti”. Por sua vez, o jogador norte‑americano não tem dúvidas: “Quando podes corresponder desta forma a todo o apoio que os adeptos te dão, faz com que tudo valha a pena”.


26 - SPORTING 3810

GINÁSTICA

ABREU, GANCHINHO E FERREIRA CONTINUAM EM ALVALADE TRÊS ATLETAS DE NÍVEL INTERNACIONAL NA GINÁSTICA DE TRAMPOLINS RENOVARAM OS CONTRATOS COM O SPORTING CP. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão

O Sporting Clube de Portugal renovou os contratos de Diogo Abreu, Diogo Ganchinho e Pedro Ferreira, atletas de ginástica de trampolins de topo a nível internacional. A oficialização do momento aconteceu na última segunda‑feira, no Estádio José Alvalade, e contou com as presenças de Miguel Afonso (membro do Conselho Directivo do Sporting CP), José Carlos Reis (Director Técnico e Operacional das modalidades do Sporting CP), Luís Duarte (Director da ginástica do Sporting CP) e Luís Santos (um dos treinadores da ginástica de trampolins do Sporting CP). Dos três, Diogo Abreu é o mais antigo de verde e branco. Dos 27 anos de vida, mais de 20 foram enquanto atleta da ginástica do Sporting CP, o que faz com que esta renovação seja, obviamente, especial. “Esta renovação tem um significado muito importante porque posso continuar a representar o Sporting CP, o Clube pelo qual tenho grande carinho, durante os próximos anos. Quer também dizer que o Sporting CP valoriza o meu trabalho, o que é muito importante. Já são 20 anos a fazer trampolins no Sporting

Diogo Ganchinho, Diogo Abreu e Pedro Ferreira

CP, que é a minha segunda casa. Quero continuar a representar o Clube durante muitos anos e dar muitas alegrias aos Sportinguistas”, disse aos meios de comunicação do Sporting CP. Diogo Ganchinho, de 33 anos, chegou ao Sporting CP em 2016 e não podia estar mais feliz por continuar de Leão ao peito. “Estou no Sporting CP há cinco anos e ter conseguido conquistar, por exemplo, um título europeu e uma medalha nos Jogos Europeus para o Clube é uma satisfação enorme, a par dos títulos nacionais que temos vencido por equipas e a

nível individual. É uma grande satisfação, num ano em que o desporto sofreu, ver que o Sporting CP reúne forças para continuar a ter os seus atletas e a dar‑lhes condições para continuarem a fazer o seu trabalho. (...) Para mim, que sou Sportinguista, e para o meu avô que também o é, foi um motivo de satisfação enorme [chegar ao Clube em 2016]. Poder dizer‑lhe que representei o Sporting CP e ele ter visto... Ficou superorgulhoso. Para mim também é uma honra enorme. Sendo um Clube da dimensão do Sporting CP,

José Carlos Reis, Luís Duarte, Diogo Ganchinho, Pedro Ferreira, Diogo Abreu, Luís Santos e Miguel Afonso

aquilo que fazemos tem um impacto diferente. Chega a muita gente”, referiu o atleta. Já Pedro Ferreira é o mais jovem, tendo apenas 23 anos, e está no Sporting CP desde 2015, ano em que trocou Vila do Conde por Lisboa para ingressar na universidade. Ao Jornal Sporting e à Sporting TV, explicou a importância de continuar no Clube que o acolheu numa altura importante da sua vida. “Ter o meu valor reconhecido pelo Clube causa‑me grande felicidade, ainda para mais sendo um Clube que desde sempre deu um grande valor às modalidades. Sendo eu uma pessoa que adora desporto, sinto‑me orgulhoso por contribuir para o sucesso do Sporting CP. É o maior Clube no que toca à ginástica, a nível de filiados. Os últimos anos têm corrido muito bem, temos praticamente toda a selecção nacional sénior no Sporting CP. Para mim, é óptimo porque treino todos os dias com os melhores atletas de sempre nos trampolins, o que me ajuda a evoluir. Estamos os três a lutar pelo apuramento olímpico e, apesar de, infelizmente, só haver uma vaga, os dois que ficarem de fora têm a ganhar com esta

luta. Isso tem‑se notado nos últimos anos, em que tivemos medalhas nos Campeonatos da Europa, em Mundiais. (...) [Quando cheguei ao Sporting CP] nunca tinha vivido sem os meus pais e estava tudo muito confuso. O Sporting CP sempre funcionou como minha casa, o que me deixou sempre à vontade nesses períodos de adaptação. Sem o Sporting CP teria sido, certamente, mais complicado. Fui muito bem recebido”, revelou. Para Luís Duarte, director da ginástica do Sporting CP, estes atletas devem ser vistos como referências. “É o reconhecimento do Clube para com a excelência da ginástica nacional. Temos três dos melhores atletas desta modalidade. Por outro lado, é honrar o fundador do Clube: «Tão grande como os maiores da Europa» e, neste caso, do Mundo. Ter três dos melhores atletas de trampolins a treinar connosco é fantástico. São o exemplo daquilo que é o nosso Clube e um exemplo para todos aqueles que fazem ginástica, que são muitos. Um Clube que sabe respeitar este tipo de atletas está a dar uma imagem da sua grandeza. É muito importante”, considerou o dirigente. Por fim, o treinador Luís Santos falou sobre o momento que os três atletas atravessam e ainda dos objectivos a curto prazo. “Trabalhar com eles é relativamente fácil porque eles são extremamente dedicados, embora nesta altura seja mais difícil porque falta todo um ambiente à volta. Eles dedicam‑se o mais possível e tem sido excelente. (...) Nesta altura, o nosso trabalho está muito focado para os Jogos Olímpicos. Vai haver um Campeonato da Europa pelo meio e mais uma prova que vai decidir qual dos três nos vai representar. Neste momento, qualquer um tem possibilidade”, concluiu.


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28 - SPORTING 3810

ADN DE LEÃO LOGO ORIGINAL

PODCAST

ERICK MENDONÇA A SER “ERICK MENDONÇA” NO ‘ADN DE LEÃO’ DEPOIS DE JOÃO MATOS, ERICK MENDONÇA É O SEGUNDO REPRESENTANTE DA EQUIPA DE FUTSAL DO SPORTING CP A ESTAR PRESENTE NO ‘ADN DE LEÃO’. UMA CONVERSA COMANDADA POR GUILHERME GEIRINHAS QUE TEVE DE TUDO UM POUCO. Texto: Pedro Ferreira

As últimas semanas de Erick Mendonça têm sido uma loucura. Depois de renovar pelo Sporting Clube de Portugal e de representar Portugal no apuramento para o Campeonato da Europa de 2021, o futsalista Leonino foi convidado para o podcast oficial do Clube, o ‘ADN de Leão’. Mais um desafio para Erick Mendonça que, como é costume, foi superado com sucesso, não gostasse o atleta de falar e de rir – algo que fez

Guilherme Geirinhas foi o anfitrião deste episódio

Futsalista deu-se a conhecer no seu tom bem-disposto

com Guilherme Geirinhas, o anfitrião deste episódio do ‘ADN de Leão’. “Foi uma óptima experiência. Senti‑me muito à vontade e acho que tivemos uma conversa interessante”, disse o internacional português, admitindo que foi uma “entrevista porreira”. “O Guilherme até tem jeito para a coisa”, comentou o futsalista no seu tom divertido.

Por isso mesmo, Erick Mendonça acredita que os Sportinguistas, e todos os ouvintes do ‘ADN de Leão’, vão gostar deste episódio, no qual se ficará a conhecer mais sobre o futsalista que nasceu no México, mas que veio para Portugal ainda muito novo. Uma conversa que oscilou entre a brincadeira e assuntos mais sérios, mas sempre com a boa disposição que se conhece a

Erick Mendonça – o jogador mais extrovertido e ‘sem limites’ do plantel de Nuno Dias. “Primeiro do que tudo, os ouvintes do ‘ADN de Leão’ vão ficar a saber que não gosto de azeitonas (risos) e depois que o meu telemóvel caiu à água”, revelou o jogador ao Jornal Sporting, enquanto tentava conter o riso para depois falar mais a sério: “Vão ficar a saber coisas engraçadas da minha vida que não sabiam”. Assim como, uma menos engraçada e mais séria. “Aprofundámos a minha doença”, contou Erick Mendonça, que quando era criança foi diagnosticado com a doença de Perthes, uma doença rara que ataca o fémur e que o obrigou a andar de cadeira de rodas e com muletas durante sete anos. A carreira de Erick Mendonça esteve, por isso, em risco, mas o agora atleta Leonino recuperou de uma forma fantástica, comparativamente a outros casos, e depressa se destacou no futsal. Erick Mendonça começou na CRC Quinta dos Lombos

e chegou ao Sporting CP em 20212/2013, ainda em idade júnior. Umas temporadas depois, o universal saiu para jogar de novo na equipa de Carcavelos e na AD Fundão, regressando a Alvalade em 2018/2019. Desde o regresso, Erick Mendonça, nascido e criado numa família de Sportinguistas, tem sabido aproveitar a aposta e é peça‑chave na equipa principal de futsal do Sporting

CP, tendo já conquistado a UEFA Futsal Champions League, duas Taças de Portugal e três Supertaças, além de ter conquistado também um lugar na selecção nacional. O ‘ADN de Leão’ com Erick Mendonça vai ser transmitido na próxima terça‑feira, dia 17 de Março, às 19h06, nas plataformas habituais de podcast e poderá ainda ser visto no canal do Sporting CP no Youtube e na Sporting TV.

Erick Mendonça é o convidado do próximo ‘ADN de Leão’


SPORTING 3810 - 29

HOMENAGEM

O ÚLTIMO ADEUS A MARIA JOSÉ VALÉRIO EM ALVALADE CORTEJO FÚNEBRE DA ARTISTA PASSOU PELO ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE PARA A ÚLTIMA E SENTIDA HOMENAGEM DO UNIVERSO VERDE E BRANCO A UM VERDADEIRO SÍMBOLO DO CLUBE. Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão, Pedro Zenkl

Deu voz à célebre e eterna “Marcha do Sporting” que ecoa a cada jogo em Alvalade, onde era presença assídua, e foi protagonista nas mais diversas festas do Clube e dos Núcleos do Sporting Clube de Portugal. Artista singular e dedicada Sportinguista, Maria José Valério foi, acima de tudo, um exemplo ímpar de esforço, dedicação e devoção ao Clube verde e branco. A artista partiu no dia 3 de Março, aos 87 anos, e o Estádio José Alvalade acolheu, no passado sábado, a última homenagem prestada pelo universo verde e branco. O cortejo fúnebre de Maria José Valério passou pelo Estádio José Alvalade e parou depois na Praça Centenário para o último adeus, antes de rumar ao Crematório de Cascais, onde decorreram as cerimónias fúnebres. Na cerimónia em Alvalade estiveram presentes alguns familiares, amigos próximos e membros dos órgãos sociais do Sporting CP, como Frederico Varandas, Maria Serrano, Francisco Salgado Zenha, Alexandre Ferreira, André Cymbron, Rogério Alves, José Costa Pinto e João Teives Henriques. Cumpriu‑se um minuto de silêncio em homenagem a

Maria José Valério, seguido de uma forte salva de palmas e, claro, da “Marcha do Sporting” que voltou a ouvir‑se no Estádio José Alvalade – como sempre acontecerá – para se despedir da artista que, durante décadas, se assumiu como uma figura consensual e singular na família Leonina. Obrigado e até sempre, Maria José Valério. Viva o Sporting!

ADEUS A FERNANDO CRISPIM

O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Fernando dos Santos Crispim, Sócio número 1080‑0, que faleceu no passado dia 6 de Março, aos 78 anos, vítima de doença aguda. Galardoado com o prémio Stromp na categoria Sócio em 1998, Fernando Crispim, nascido a 28 de Setembro de 1942, era Sócio do Sporting CP desde 19 de Janeiro de 1961. Fernando Crispim foi também fundador e antigo presidente do Núcleo Sportinguista de Torres Vedras e fundador ainda do Sporting Clube de Freixofeira, filial número 142 do Sporting Clube de Portugal. Aos familiares e amigos, o Sporting CP endereça as mais sentidas condolências, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de dedicação e devoção ao Clube.


30 - SPORTING 3810

MUSEU

O PRIMEIRO CAMPEONATO NACIONAL DE HÓQUEI EM PATINS Texto: Miguel Pereira ‑ Museu Sporting Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

PALMARÉS DO HÓQUEI EM PATINS LEONINO

8 Campeonatos Nacionais 1938/1939 1974/1975 1975/1976 1976/1977 1977/1978 1981/1982 1987/1988 2017/2018

2 Supertaças 1982/1983 2015/2016

2 Taças dos Campeões Europeus 1976/1977 2018/2019

4 Taças de Portugal 1975/1976 1976/1977 1983/1984 1989/1990

2 Taças CERS 1983/1984 2014/2015

1 Taça Continental

2019/2020 Aos familiares e amigos, o Sporting Clube de Portugal endereça as mais sentidas condolências.

Equipa do Sporting Clube de Portugal que conquistou o primeiro Campeonato nacional de Hóquei em Patins, na época 1938/1939

Recuemos 81 anos, até ao dia 2 de Março de 1940, data em que o Sporting Clube de Portugal conquistou o primeiro campeonato nacional de Hóquei em Patins. No mundo, a Segunda Guerra Mundial estava em marcha; em Portugal preparava‑se a Exposição do Mundo Português, que seria inaugurada no decorrer do ano; no futebol, Fernando Peyroteo começava a brilhar nos pelados, enquanto ainda era o único dos Cinco Violinos a actuar (por curiosidade, a 3 de Março de 1940 apontou os três golos na vitória por 3‑1 frente ao eterno rival). Apesar da data que agora relembramos, a conquista deste campeonato é referente à época 1938/1939, que se estendeu até ao ano de 1940 devido ao atraso na conclusão das restantes competições. Este primeiro campeonato nacional da modalidade organizado em Portugal colocou frente‑a‑frente as equipas que conquistaram o respectivo campeonato regional, numa final disputada a duas mãos. Com a vitória no primeiro encontro frente ao Clube Infante de Sagres por 5‑2, foi o novo triunfo

por 3‑4, a 2 de Março de 1940, que acabou por selar o primeiro campeão de hóquei em patins em Portugal. Esta foi a primeira página de uma história riquíssima da modalidade no Clube Leonino. Quem sonharia há 81 anos que a camisola verde e branca conquistaria a Europa por oito vezes até aos dias de hoje, com especial destaque para os títulos da Taça dos Campeões Europeus de 1976/1977 e de 2018/2019? A nível nacional, as conquistas também foram constantes, com oito Campeonatos nacionais, quatro Taças de Portugal e duas Supertaças no palmarés Leonino, visitáveis no Museu Sporting. Situemo‑nos agora em Março de 2021. O palmarés e a história que é causa e consequência dessas mesmas conquistas está em crescendo. Os últimos anos têm sido profícuos em vitórias. No mundo e em Portugal, o combate contra a pandemia está em marcha; no futebol, os relvados há muito que substituíram os pelados e o Sporting CP continua a brilhar. Quem sonha onde estará a camisola verde e branca daqui a 81 anos?


SPORTING 3810 - 31

RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Placard Andebol 1 Sporting CP 32‑25 ADA Maia/ISMAI

ATLETISMO MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Europa Pista coberta 60 m: 5.º Carlos Nascimento 6’’65 ‑ REC. PESSOAL 6’’62 (meias‑finais); 61.º Dorian Keletela 6’’91 1500 m: 28.º Nuno Pereira 3’42’’38 Absolutos ‑ Guimarães Street Race 10 km: 4.º Miguel Marques 30’12’’; 5.º Rui Teixeira 30’14’’; 24.º Hélder Santos 33’51’’ Camp. Nacional Universitário Salto com vara: extra Carlos Pitra 5,00 m; extra Gonçalo Uva 4,90 m Lançamento do peso: 1.º Daniel Santiago 15,92 m ‑ CAMPEÃO NACIONAL; 5.º Tomás Rodrigues 12,25 m Provas preparação AAL Salto com vara: 1.º Carlos Pitra 5,08 ‑ REC. PESSOAL; 2.º Gonçalo Uva 4,85 m Jornadas Inverno III AAL 60 m: 2.º Tomás Gonçalves 6’’98 ‑ REC. PESSOAL 800 m: 1.º David Garcia 1’51’’59; 3.º Frederico Costa 1’53’’17; 5.º Pedro Neves 1’57’’47 3000 m: 4.º Jacinto Gaspar 8’48’’55; 6.º

GINÁSTICA MASCULINO

KICKBOXING MASCULINO

FEMININO

TÉNIS DE MESA MASCULINO

HÓQUEI EM PATINS MASCULINO

TIRO COM ARCO MASCULINO

Rodrigo Lima 8’56’’37; 9.º Duarte Grilo Triplo salto: 2.º Inês Gomes 10,17 m 9’18’’71; 10.º André Massuça 9’32’’60 Lançamento do peso: 1.º Jéssica Inchude 17,46 m Salto em comprimento: 1.º Martim Henriques 6,46 m Ap. Camp. Europa Trampolins Salto com vara: 1.º Gonçalo Uva 4,70 m Seniores Elite Duplo‑mini: 5.º André Nunes 61,100 Seniores Elite Individual: 2.º Ruben Tavares Seniores ‑ Liga Placard Seniores ‑ Camp. Europa Pista coberta 103,790; 4.º Diogo Martins 86,000; 6.º Miguel FC Porto 81‑78 Sporting CP 60 m: 21.º Rosalina Santos 7’’38; 28.º Lorène Magalhães 67,775; 7.º José Domingues 66,775 Bazolo 7’’40 400 m: 24.º Cátia Azevedo 53’’28 Ap. Camp. Europa Trampolins 1500 m: 18.º Claudia Bobocea 4’18’’00 Seniores Elite Individual: 4.º Sílvia Saiote 44,850 Lançamento do peso: 1.º Auriol Dongmo Equipa ‑ FPF Masters eFootball 19,34 m ‑ CAMPEÃ DA EUROPA Plutoinos PassaFrente 2‑1 Sporting CP Triplo salto: 1.º Patrícia Mamona 14,53 m ‑ CAMPEÃ DA EUROPA / REC. NACIONAL PISTA COBERTA Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão

BASQUETEBOL MASCULINO

FEMININO

ESPORTS MASCULINO

Absolutos ‑ Guimarães Street Race 10 km: 1.º Carla Salomé Rocha 33’06’’; 2.º Sara Catarina Ribeiro 34’12’’

FUTEBOL MASCULINO

Seniores ‑ Liga NOS Sporting CP 2‑1 CD Santa Clara

Sporting CP 9‑3 AJ Viana

Equipa B ‑ Camp. Portugal Sporting CP B 4‑0 CD Rabo Peixe

Seniores ‑ Camp. Nacional CA Feira 1‑10 Sporting CP

Camp. Nacional Universitário 400 m: extra Dorothé Évora 55’’76; 1.º Juliana Sub‑23 ‑ Ap. Taça Revelação Guerreiro 56’’09 ‑ CAMPEÃ NACIONAL Sporting CP 2‑1 AA Coimbra 800 m: 4.º Beatriz Rodrigues 2’15’’63 Lançamento do peso: 2.º Débora Quaresma 14,16 m Seniores ‑ Liga BPI Jornadas Inverno III AAL Sporting CP 1‑0 SC Braga 60 m: 2.º Matilde Sousa 7’’84; 7.º Nicolle

FEMININO

Santos 8’’21; 9.º Sara Pinheiro 8’’93 800 m: 2.º Carolina Marçal 2’26’’88 Salto em altura: 2.º Anastácia Gula 1,45 m; Clara Rodrigues sem marca Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão Salto em comprimento: 3.º Anastácia Gula 4,96 m Sporting CP 7‑2 UA Povoense

FUTSAL FEMININO

FEMININO

JUDO MASCULINO

Seniores ‑ Título Mundial WAKO Pro Low Kick 66,8 kg: André Santos derrotado por decisão dividida

Seniores ‑ WTT Star Contender Middle East Hub Singulares: Thiago Monteiro elim. 3.ª ronda qual. (2 V /1 D)

9.ª prova Camp. Nac. Sala Seniores recurvo: 2.º Tiago Matos; 3.º Domingos Vaquinhas; Seniores compound: 10.º Nuno Félix; 15.º Bruno Costa

VOLEIBOL MASCULINO

Seniores ‑ Taça de Portugal Seniores ‑ Grand Slam de Tashkent Quartos‑de‑final: AA Espinho 0‑3 Sporting CP ‑73 kg: João Fernando elim. 2.ª ronda (1 V / 1 D) Meias‑finais: Leixões SC 0‑3 Sporting CP Final: Sporting CP 3‑1 SL Benfica ‑ VENCEDOR Seniores ‑ Grand Slam de Tashkent ‑48 kg: 7.º Maria Siderot elim. repescagem (2 V / 2 D) Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão ‑52 kg: Joana Ramos elim. 1.ª ronda (1 D) Vitória SC 1‑3 Sporting CP ‑57 kg: Wilsa Gomes elim. 2.ª ronda (1 D)

FEMININO

FEMININO

AGENDA ANDEBOL QUARTA‑FEIRA, 17 DE MARÇO 20H00 Seniores

AA Águas Santas vs. SPORTING CP 15.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1 Pav. AA Águas Santas (Águas Santas, Maia)

ATLETISMO SÁBADO, 13 DE MARÇO 9H00 ‑ 13H25 Seniores

SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta Expocentro (Pombal)

12H00 ‑ 20H10

Seniores SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta CAR Jamor (Oeiras)

15H20 ‑ 20H40 Seniores

SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta Expocentro (Pombal)

CAR Jamor (Oeiras)

15H00

Seniores Fem. SL Benfica vs. SPORTING CP 7.ª jorn. Ap. Campeão Liga BPI Campo n.º 1 Benfica Campus (Seixal)

16H00 ‑ 18H05 Seniores

SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta Expocentro (Pombal)

19H00

Equipa B CF Estrela Amadora vs. SPORTING CP B 20.ª jorn. Série G Camp. Portugal Estádio José Gomes (Amadora)

BASQUETEBOL SÁBADO, 13 DE MARÇO 15H00 Seniores

20H30

SPORTING CP vs. SC Lusitânia 22.ª jorn. Liga Placard Pavilhão João Rocha

ESPORTS SEXTA‑FEIRA, 12 DE MARÇO 21H30 Equipa

Gil Vicente FC vs. SPORTING CP 4.ª jorn. Grupo A FPF Masters eFootball Online

QUARTA‑FEIRA, 17 DE MARÇO 20H00 Equipa

DOMINGO, 14 DE MARÇO 09H30 ‑ 13H30 Seniores

Portimonense SC vs. SPORTING CP 3.ª jorn. Gr. B Temp. Primavera eLiga Portugal Online

11H00 ‑ 12H10

FUTEBOL QUINTA‑FEIRA, 11 DE MARÇO 11H00 Sub‑23

SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta CAR Jamor (Oeiras) Seniores SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta Expocentro (Pombal)

15H00 ‑ 19H55 Seniores

SPORTING CP Camp. Nac. Clubes Pista coberta

12/03 – Sexta‑feira Futsal

Competição: Liga Placard – 25.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. CCRD Burinhosa Horário e local: 21h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Boavista FC vs. SPORTING CP 13.ª jorn. Ap. Taça Revelação Estádio do Bessa (Porto)

Seniores CD Tondela vs. SPORTING CP 23.ª jorn. Liga NOS Estádio João Cardoso (Tondela)

QUARTA‑FEIRA, 17 DE MARÇO 18H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. SL Benfica Final Taça da Liga Estádio Mun. Dr. Magalhães Pessoa (Leiria)

FUTSAL SEXTA‑FEIRA, 12 DE MARÇO 21H00 Seniores SPORTING CP vs. CCRD Burinhosa 25.ª jorn. Liga Placard Pavilhão João Rocha

SÁBADO, 13 DE MARÇO 18H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. Póvoa Futsal 8.ª jorn. 2.ª fase/Manut. Camp. Nac. 1.ª Div. Multidesportivo Estádio José Alvalade

SÁBADO, 13 DE MARÇO

QUARTA‑FEIRA, 17 DE MARÇO 21H00 Seniores

SL Benfica vs. SPORTING CP 26.ª jorn. Liga Placard Pav. Fidelidade (Lisboa)

Pav. Ala Nun’Álvares (Gondomar)

15H00

Seniores Fem. LFC Lourosa vs. SPORTING CP 16.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Desp. Mozelos (Mozelos, SM Feira)

DOMINGO, 14 DE MARÇO 11H00 Seniores

HÓQUEI EM PATINS DOMINGO, 14 DE MARÇO 17H00 Seniores

GDCAAA Guilhabreu vs. SPORTING CP 15.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Casa Juv. Guilhabreu (Vila do Conde)

20H00

Seniores Fem. Ala Nun’Álvares vs. SPORTING CP 17.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Ala Nun’Álvares (Gondomar)

SPORTING CP vs. AD Valongo 10.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

Seniores Fem. SPORTING CP vs. SL Benfica 3.ª jorn. 2.ª fase / G1 Camp. Nac. Pavilhão João Rocha

QUARTA‑FEIRA, 17 DE MARÇO 19H30 Seniores

HC Braga vs. SPORTING CP 19.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. das Goladas (Braga)

TÉNIS DE MESA QUINTA‑FEIRA, 11 DE MARÇO 7H00 Seniores

Bruna Takahashi (pares mistos) WTT Middle East Hub Star Contender Lusail Multipurpose Hall (Doha, Catar)

SÁBADO, 13 DE MARÇO 15H00 Seniores

Ala Nun’Álvares vs. SPORTING CP 7.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div.

11H00

VOLEIBOL SÁBADO, 13 DE MARÇO 14H00 Seniores Fem.

AJM/FC Porto vs. SPORTING CP Meias‑finais Taça Portugal Nave Costa Pereira (Matosinhos)

18H30

Seniores SPORTING CP vs. SL Benfica Jogo 1 Meias‑finais Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

DOMINGO, 14 DE MARÇO 16H00 Seniores Fem.

SPORTING CP vs. Porto Volei/Leixões SC Final Taça Portugal (em caso de apuramento) Nave Costa Pereira (Matosinhos) *Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt

13/03 – Sábado Basquetebol

14/03 – Domingo Hóquei em patins

Voleibol

Competição: Campeonato Nacional feminino – Prova 2/grupo 1 – 3.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 20h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Liga Placard – 22.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. SC Lusitânia Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo Competição: Campeonato Nacional Elite – play‑off Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 18h30 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Campeonato Nacional – 10.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. AD Valongo Horário e local: 17h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo


Que seja um ano de novos sorrisos

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2021/03/11 5ªFeira

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