Jornal Sporting n.º 3813

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“O Homem é a única máquina do tempo conhecida” André Bernardo

O ano é 1922. A música de fundo é foxtrot, estilizada pelo ruído distintivo do vinil a sair do megafone do gira-discos. O dia é o trigésimo do terceiro mês desde que o ano é novo e os intérpretes são Gago Coutinho e Sacadura Cabral. O relógio marca as sete horas desde que o dia 29 deixou de o ser. A aeronave é o hidroavião Fairey F III-D MkII. O motor é apenas um, fabricado pela Rolls-Royce, e o som deixa para trás um dos maiores feitos da História, a primeira travessia de avião do Atlântico Sul e a chegada ao Brasil para celebração dos 100 anos do grito do Ipiranga que coroou D. Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil. O dia é 30 de Março de 1922.

Dois anos depois o ano é 1994 e torna-se trágico com a última corrida do génio do volante e capacete de “Ordem e Progresso”, Ayrton Senna.

São 18 os anos que faltam para que nas terras de destino do voo nasça um novo imperador do futebol: o Rei Pelé.

Cito a propósito o escritor Georgi Gospodinov que diz que “O Homem é a única máquina do tempo conhecida”.

Está quase a completar um ano desde que António Stromp nos abandonou para sempre e faltam ainda 99 anos para chegarmos até 2021, já num novo milénio.

O Jornal Sporting cumpre hoje 99 anos, tendo sido “a máquina do tempo” que recupera o melhor do ADN Sporting desde 1922, homenageando as suas lendas, retratando a sua actualidade e dando voz aos seus personagens. E assim continuará a escrever esta História Interminável.

Um ano depois o ano é 1923 e inicia-se a “maior corrida do planeta” em Sarthe, França, as 24 horas de Le Mans. O ano é 1929 e a crise da grande Depressão abala o Mundo, uma década depois do final da 1.ª Guerra Mundial e da Gripe Espanhola se tornar a pandemia mais mortífera de sempre. Passaram 11 anos após a morte do nosso fundador José Alvalade. O ano é 1930, o local o Uruguai. O evento é o primeiro Campeonato do Mundo de Futebol. A década é a dos anos 40, marcada na primeira metade pela 2.ª Guerra Mundial. A segunda metade marca para sempre o futebol português com a equipa de orquestra do Sporting CP a ser tricampeã. A assinatura de autor são mais de 1.200 golos dos eternos ‘Cinco Violinos’.

O ano é 2000 e 18 anos após o último campeonato ganho o Sporting CP é de novo campeão nacional em futebol. Dois anos depois estreou o filme “A Máquina do Tempo”, baseado na obra literária com o mesmo nome que remonta a 1895.

O ano é 2003 e é construído o novo Estádio de Alvalade. Em 2007 o iPhone revoluciona o Mundo, e Steve Jobs e a Apple imortalizam o seu nome na História. O ano é 2018 e o ataque à Academia de Alcochete marca o momento mais negro na História do nosso Clube. O ano é 2020 e o Mundo volta a ser abalado por uma pandemia mundial, a COVID-19.

Desde os anos 50 até à data o Homem chega à Lua, Portugal sai da ditadura e entra na CEE e o Muro de Berlim cai.

A 31 de Março de 2020 o Sporting Clube de Portugal celebra os 98 anos do Jornal com o lançamento de um novo formato, há precisamente um ano.

Pelo meio, em Outubro de 1971, ocorre a “Luta do Século” entre Muhammad Ali e George Foreman, com a vitória do “I am the Greatest”.

2020 fica eternamente marcado pela partida de D10S. Fica o legado das suas jogadas. O humano chamava-se Diego Armando Maradona.

Agora os anos são os 80 e Portugal ganha a primeira medalha de Ouro nuns Jogos Olímpicos. Estamos em Los Angeles em 1984. O atleta é o Leão Carlos Lopes.

O ano volta a ser 1922. Vivem-se os “Loucos Anos 20” e regista-se a primeira patente do que viria a ser a Televisão. O Presidente do Sporting Clube de Portugal é Júlio Araújo. O Clube é Campeão de Lisboa em futebol. Um ano antes de ser pela primeira vez Campeão de Portugal, em 1923. O Clube é mais uma vez pioneiro e torna-se o primeiro a ter um Jornal, na altura chamado Boletim Sporting Club de Portugal. A estreia é com o artigo “Razão de Ser”, escrito por José Serrano, que vale a pena reler e que voltamos a publicar nesta edição. A Razão de Ser continua 99 anos depois. O dia é 31 de Março de 1922.

A década seguinte de 90 é escrita por Michael Jordan no basquetebol, carregando às costas o número 23 e os Chicago Bulls a seis títulos da NBA. O primeiro deles no ano de 1991. Em 1992 Robert Kelly Slater torna-se também pela primeira vez campeão mundial de Surf. A primeira das 11 vezes que o fazem subir ao Olimpo mundial do Desporto.

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA; PEDRO ZENKL COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)


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Reprodução da primeira página da edição n.º 1 do Boletim do Sporting Club de Portugal, publicado no dia 31 de Março de 1922

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KRASSIMIR

BALAKOV

Texto: Xavier Costa Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

O seu impacto no Sporting Clube de Portugal foi imediato, tor‑ nando‑se rapidamente um ídolo dos adeptos. Especialista das bo‑ las paradas, desequilibrador nato e goleador temível, o genial búlga‑ ro foi uma das grandes figuras da década de 90 do século XX e ficou, desde logo, gravado na memória Sportinguista como um dos me‑ lhores jogadores a vestir a listada verde e branca. Desde cedo com uma relação estreita com a bola, em Veliko Tarnovo, onde nasceu e cresceu, o jovem Krassimir Balakov integrou a equipa da cidade, o MFC Etar Tarnovo, e aos 18 anos já exibia os seus dotes na primeira divisão da Bulgária. Em sete temporadas, o talentoso canhoto despontou, mas só a conquista do campeonato em 1989/1990 lhe serviu de trampolim para o salto além‑fronteiras que a sua qualidade exigia. 142 jogos e 35 golos depois, em Janeiro de 1991, o búlgaro aterra em Lisboa aos 25 anos e chega a Alvalade pela mão de Sousa Cintra, presidente Leonino de então. Dotado de uma técnica excepcional, Balakov foi um futebolista genial que fez do extraordinário a sua rotina e, em pouco tempo, já tinha Alvalade aos seus mágicos pés. Chegado a meio da época ainda foi a tempo de assinar oito golos e na seguinte mais sete, porém o melhor “Bala”, como ficaria carinhosamente conhecido, ainda estava por vir. O talentoso e consistente médio‑ofensivo fazia jus ao seu número ‘10’ nas costas e hipnotizava as bancadas e os adversários com as fintas de corpo e o seu esguio serpentear entre as defesas. Além de desequilibrador nato, o dez Leonino fez uso também da sua visão de jogo para proporcionar assistências em catadupa e sobressair como um mestre do último passe. Difícil de parar para os seus adversários, para os adeptos o difícil era não gostar de Balakov, que se assumiria como um ídolo de miúdos e graúdos Sportinguistas. Entre 1991 e 1995, Krassimir Balakov deixou uma extensa antologia de jogadas únicas nos relvados portugueses, mas não só. Embora canhoto, Balakov tratava a bola por tu e tanto o pé direito como o esquerdo falavam a mesma língua: fluentes na arte da finta, mas também

do golo. Das mesmas botas saía um jogador‑artista e simultaneamente um goleador implacável. Quando avistava a baliza adversária, o búlgaro não raras vezes trocava o veludo do seu toque pela potência dos seus remates, sempre com a mesma classe e precisão. A sua apetência para o golo cresceu e rubricou registos difíceis de igualar. Se em 1992/1993 duplicou a sua eficácia (16 golos em 38 jogos), na temporada seguinte fez os seus melhores números de Leão ao peito, festejando por 21 vezes em 38 partidas – cinco dos golos fê‑los num único jogo frente ao Lusitânia FC de Lourosa para a Taça de Portugal.

Feitas as contas, durante as cinco temporadas no Sporting CP, Krassimir Balakov marcou 60 golos em 168 jogos e vários ainda perduram emoldurados na memória colectiva Leonina. Entre eles, um incrível canto directo e muitos golos de livre directo, dezenas. O búlgaro foi dos maiores especialistas da bola parada em Portugal, tanto em jeito, com curvas destinadas ao ângulo, como em força, verdadeiros “mísseis” para o fundo das redes. De bola corrida, a sua meia distância também fez estragos, como é exemplo maior o seu remate portentoso de pé direito que, entre o fumo, inaugurou aos 12 segundos o marcador do dérbi eterno em 1992. Balakov fez também “chapéus” de todos os tamanhos e feitios, como o inesquecível ao belga Preud’homme no antigo Estádio da Luz.

E há, depois de tudo isso, o golo dos golos do génio búlgaro. No Estádio do Bonfim, em 1993/1994, Krassimir Balakov decidiu transformar um jogo colectivo numa arrancada para a eternidade. Imparável, o ‘10’ dos Leões recebe e parte ainda atrás da linha divisória, com um toque adianta a bola para evitar o primeiro adversário, aguenta a carga do segundo, deixa‑o para trás em velocidade e sai com a bola controlada, surgem mais dois defesas do Vitória FC pela frente e vê o seu espaço reduzir‑se, mas com dois toques sucessivos de pé esquerdo ilude ambos e esgueira‑se entre eles para encarar o guarda‑redes, o qual também dribla antes de encostar com o pé direito para a baliza deserta. Numa questão de segundos, Balakov deixou meia equipa sadina para trás, guarda‑redes incluído, e Portugal de queixo caído. Sempre ligado ao extraordinário, o craque Leonino fez parte também do maior feito de sempre do futebol búlgaro: o quarto lugar no Mundial de 1994, depois de deixar a França de Deschamps e Cantona de fora da prova e ter ultrapassado a Grécia, a Argentina, o México e a Alemanha, antes de cair, nas meias‑finais perante a selecção italiana. No fim, juntamente ao compatriota Hristo Stoichkov (Ballon d’Or nesse mesmo ano), Balakov foi escolhido para o melhor onze do Mundial, cimentando‑se como uma lenda do país das Balcãs. O jogador Leonino participou ainda no Europeu de 1996 e no Mundial de 1998, totalizando 92 internacionalizações e 16 golos pela Bulgária. Individualmente, o genial centrocampista brilhou com intensidade no Sporting CP, mas, apesar do bom futebol praticado e dos jogadores de qualidade que o rodeavam entre 1991 e 1995, Balakov deixou Alvalade apenas com a conquista de uma Taça de Portugal (1994/1995), que fugia aos Leões há 13 anos, e um segundo lugar na mesma temporada como melhor prestação no campeonato. A final no Jamor seria mesmo a última partida de Leão ao peito do inesquecível talento dos Balcãs, que nesse ano tinha sido considerado o futebolista búlgaro do ano, distinção que repetiria em 1997. Para Balakov seguiu‑se a Bundesliga para jogar no VfB Stuttgart, onde após oito temporadas com mais 60 golos e inúmeras assistências, foi escolhido pelos adeptos como o melhor jogador da sua história. Curiosamente, também na Alemanha, os títulos não acompanharam a sua qualidade acima da média, levantando apenas uma Taça (1996/1997) e duas Intertoto (2000 e 2002) antes de encerrar a carreira em 2003. Actualmente, Balakov é o treinador principal do CSKA 1948 (Bulgária), depois de já ter liderado o Grasshopper CZ (Suíça), o St. Gallen (Suíça), o PSFC Chernomoretz (Bulgária), o HNK Hajduk Split (Croácia), o FC Kaiserslautern (Alemanha), o PFC Litex Lovech (Bulgária), o seu MFC Etar Tarnovo (Bulgária) e também a selecção da Bulgária, em 2019.


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FUTEBOL

1966

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Krassimir Guenchev Balakov nasceu em Veliko Tarnovo (Bulgária) a 29 de Março de 1966. O genial médio‑ofensivo encantou Alvalade durante cinco temporadas e ainda hoje é tido como um dos melhores futebolistas da História do Sporting Clube de Portugal. De Leão ao peito entre 1991 e 1995, Balakov fez vibrar as bancadas com a sua qualidade técnica e capacidade goleadora. Autor de jogadas memoráveis e golos de antologia, ajudou o Clube a conquistar a Taça de Portugal 1994/1995. Com a sua selecção, Balakov foi também uma das estrelas da geração de ouro da Bulgária que conseguiu o quarto lugar no Mundial de 1994. O inesquecível craque Leonino completou 55 anos na passada segunda‑feira.

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO

99 ANOS DE HISTÓRIAS QUE CONTAM A HISTÓRIA DO CLUBE Texto: Xavier Costa Fotografia: Museu – Centro de Documentação, Sérgio Martins

Com 99 anos de existência, o Jornal Sporting assume‑se como um repositório singular de feitos, nomes, depoimentos, factos e imagens da vida do Clube. Sendo a publicação desportiva que há mais tempo está nas bancas em Portugal – é inclusivamente o Jornal de clube mais antigo do Mundo –, o periódico verde e branco acompanhou, retractou e imortalizou grande parte dos momentos que constituem e enriquecem a História ecléctica do Sporting Clube de Portugal. Para celebrar o seu 99.º aniversário, o Jornal Sporting viajou no tempo e recuperou algumas das suas páginas históricas que, década a década, eternizaram as maiores proezas verde e brancas e os mais célebres protagonistas de Alvalade.

ß TESTEMUNHOS

1920‑1929: Nascimento do Boletim Sporting 31 de Março de 1922 foi o primeiro dia de vida do Jor‑ nal Sporting, designado nos primeiros anos por Boletim Sporting. Pioneiro na chamada imprensa clubista, a publicação Leonina é, a dias de hoje, o Jornal de clube mais antigo do Mundo. A inovadora iniciativa ficou a dever‑se à Direcção presidida por Júlio de Araújo, depois de uma vitória clara dos Leões ter sido depreciada pela imprensa de então. Saturados, a revolta dos Leões levou a uma histórica tomada de posição: a edição de um boletim de circulação interna para orientar os Sócios de forma a facilitar os empreendimentos das Direcções, que lhes transmitisse entusiasmo e os encaminhasse para uma firme, necessária e ponderada defesa dos interesses do Clube. O primeiro número [ver página 3], sob a direcção de José Serrano, teve ‘Razão de Ser’ como primeiro artigo, um texto de apresentação onde se fixaram as linhas orientadoras da publicação. Pode ler‑se, “noticiará detalhada e competentemente os factos em que as nossas cores figurarem”, mas também “procederemos por forma que o Boletim seja um duradoiro archivo histórico de tudo que ao S.C.P. interesse” – e assim foi. No seu início era de periodicidade quinzenal e era composto por oito páginas no formato 20x28 cm. Um exemplar do primeiro Boletim está actualmente em exposição [ver fotografia abaixo] no Museu Sporting.

Alexis Santos, nadador do Sporting CP “Desde pequeno que acompanho o Jornal Sporting, um testemunho sempre presente na vida da família Sportinguista que documenta com rigor todos os acontecimentos em todas as modalidades. Já como atleta do nosso Clube, o Jornal passou também a acompanhar‑me, sendo sempre para mim um renovado motivo de orgulho fazer parte das páginas da nossa publicação. Que venham mais 99! Parabéns, Jornal Sporting!”.

Ângelo Girão, jogador de hóquei em patins do Sporting CP

O Museu Sporting do Estádio José Alvalade tem um espaço dedicado ao periódico Leonino

“Quero dar os parabéns ao Jornal Sporting por mais um aniversário. Estamos a aproximar‑nos do centenário e gostaria que continuassem o grande trabalho que têm feito, até pela forma com se têm dedicado às modalidades. É uma forma de estarmos ao corrente de tudo o que se passa em todas as modalidades neste Clube tão ecléctico. Muitos parabéns e continuação do excelente trabalho”.


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ß OPINIÃO

Arlindo Fradinho, Sócio do Sporting CP n.º 725‑0 e assinante do Jornal “Gosto muito do Jornal Sporting, tanto que ainda há pouco chegou aqui a casa a última edição e estive a ler toda a tarde. Gosto muito de ler as entrevistas e as crónicas dos jogos, leio o Jornal de uma ponta à outra. Já o fazia antes de ser assinante e é o único Jornal que leio. Arquivo todos os exemplares que recebo em casa e é o meu companheiro das tardes”.

Arlindo Nascimento, Sócio do Sporting CP n.º 2261‑0 e assinante do Jornal “Sou Sócio há 53 anos e o Jornal chega sempre atempadamente e com bons artigos. Gosto de o ler para conhecer, principalmente, os jogadores das camadas jovens da Academia e as suas histórias. Desejo muitos parabéns ao Jornal Sporting”.

Bernardes Dinis, responsável pelo Museu Sporting de Leiria “Sou o assinante número 2000 do Jornal Sporting e tenho um grande prazer, fascínio, encanto e orgulho pelo facto de o nosso Jornal ser o mais antigo de todos os clubes do Mundo. É um feito histórico que nos deve orgulhar a todos. Todas as semanas compro sempre mais dez ou 15 jornais para distribuir por Sportinguistas que, por uma razão ou outra, não o fazem. O Jornal Sporting dignifica o ideal Sportinguista e, por isso, endereço um abraço muito forte e sentido a todos os que tornam possível sentirmos nas nossas mãos, todas as semanas, o fascínio da cultura Sportinguista”.

1930‑1939: O rosto do golo Chegar, ver e marcar. É nesta década que aterra em Lisboa um goleador inigualável e uma das primeiras grandes estrelas do futebol Leonino: Fernando Peyroteo. Encabeçado pelo novo emblema do Clube e editado agora por Salazar Carreira, o Boletim Sporting de Março de 1939 já destacava na primeira página a cara do temível avançado – que se assumiria como o rosto do golo em Portugal – acompanhado nesta edição pela restante equipa verde e branca que se sagrou campeã de Lisboa em 1938/1939 e pelos então também internacionais Leoninos Azevedo, mítico guardião, e o capitão Mourão. Peyroteo chegou ao Sporting CP em 1937, com tão‑só 19 anos, e o resto é história… do golo. De imediato, no ano seguinte foi, com 34 tentos, o melhor marcador do Campeonato da I Liga – feito que repetiria por mais cinco vezes. Durante 12 épocas, fez do golo a sua rotina, tendo feito balançar as redes por 540 vezes em apenas 332 jogos oficiais de Leão ao peito – dos quais 309 golos em 189 partidas do campeonato nacional, registo que ainda hoje o coloca no Olimpo do futebol como detentor da melhor média mundial de golos por jogo (1,6). Leão como poucos e homem‑golo como ninguém. Peyroteo seria o principal concretizador dos ‘Cinco Violinos’, que nas duas décadas seguintes impuseram a sua sinfonia do golo como banda sonora de um Sporting CP hegemónico em Portugal.

As anos lágrimas de Dário 99 de História

Miguel Braga

O Sporting Clube de Portugal está de parabéns. Hoje, dia 31 de Março, o Jornal Sporting (JS) celebra o seu 99.º aniversário. Quase um século de existência daquele que é o mais antigo Jornal de clube desportivo do Mundo. O então presidente Júlio de Araújo quis ser pioneiro, e sob a direcção de José Serrano foi publicado o primeiro número do Boletim Sporting, com o artigo ‘Razão de Ser’ que viria a ser o primeiro texto conhecido da nação Leonina. O Sporting Clube de Portugal tornava‑se assim pioneiro, uma vez que seria o primeiro clube a contar com um órgão impresso privativo. No Estatuto Editorial do Jornal Sporting podemos encontrar algumas preciosidades, históricas e não só, que merecem ser partilhadas: ‑ O JS foi inicialmente criado sob a forma de Boletim quinzenal com o pagamento facultativo de 2$00 semestrais; ‑ O JS é um órgão de comunicação de Desporto, especializado na história, quotidiano e futuro do Sporting CP;

‑ O JS recusa o sensacionalismo ou qualquer exploração mercantil; ‑ O JS segue as directrizes traçadas pelo Conselho Directivo do Sporting CP, é responsável por todos os seus leitores e mostra‑se autónomo a qualquer poder político, económico ou particular; ‑ O JS sublinha a relevância de distinguir, em termos gráficos e editoriais, as notícias sobre o Clube e as opiniões; ‑ O JS deve respeitar a História Centenária do Sporting CP; ‑ O JS tem presente, em todas as publicações, a importância de cada Sócio e adepto do Clube; ‑ O JS tem por missão manter a opinião pública (e, em particular, todos os seus Sócios e adeptos) informada; ‑ O JS deverá permanecer sempre como um meio de defesa dos interesses do Sporting Clube de Portugal (…) perpetuando os ideais consagrados na sua Fundação, a 1 de Julho de 1906. Até à presente data, passaram pelo Jornal Sporting 40 directores e centenas de profissionais que ajudaram a escrever e a documentar todos os feitos que marcaram a História verde e branca ao longo de quase cem anos, contribuindo desta forma para manter intacta a missão primordial de informar os Sócios e adeptos sobre a vida do Clube. A todos, sem excepção, muito obrigado.

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO

1940‑1949: A rotina da vitória: o primeiro Tricampeão Nacional

1950‑1959: A casa adequada ao “primeiro Clube de Portugal”

E vão três, “saudemos os campeões”, impele a página cinco do Boletim Sporting de 23 de Abril de 1949. Somados os títulos de 1947, 1948 e 1949, os Leões afirmaram‑se como a primeira equipa a conquistar três campeonatos nacionais consecutivos. 20 vitórias e 100 golos marcados em 26 jornadas entregaram o troféu ao Sporting CP, no entanto, apesar da conquista na “prova desportiva mais apreciada e de mais larga projecção”, a publicação Leonina estranhou “o silêncio e a falta de vibração” que se seguiram. Algo prontamente explicado nas linhas seguintes pela “regularidade e frequência, na naturalidade com que o Sporting CP vem liquidando a seu favor as provas de futebol em que participa com a sua equipa principal”. A verdade é que o domínio verde e branco era notável e ficou evidenciado com a conquista consecutiva de todos os sete troféus disputados entre a Taça de Portugal de 1946 e o campeonato de 1949. Pioneiros no vencer, mas também no domínio, depois do primeiro tricampeonato, os Leões partiriam em 1951 para o tetracampeonato consumado em 1954 – nova proeza inédita e assinada também a verde e branco na História do futebol português.

A 10 de Junho de 1956, o “imponente” Estádio José Alvalade foi inaugurado, culminando as festas do Cinquentenário do Clube, celebrado dias antes. “Nos anais do Desporto lusitano nunca se assistira a celebrações de categoria e grandeza tais”, alertou Vasco Rocha na primeira página do já Jornal Sporting, que, durante a direcção de Artur da Cunha Rosa, adoptou em Maio de 1952 a designação que ainda hoje vigora. Com a hegemonia Leonina no futebol nacional, o Sporting CP crescia e diferenciava‑se. O sucesso verde e branco exigiu um estádio moderno e, sobretudo, com muito maior capacidade para receber os seus adeptos, cada vez mais numerosos. E a obra, depois de prometida, “cumpriu‑se”, afirmou o Dr. Manuel Vinhas, antes de acrescentar “que se deu o passo mais importante para que o nosso Sporting CP seja o primeiro Clube de Portugal”, pode ler‑se na caixa que acompanha a magnífica vista aérea da casa Leonina no dia da inauguração. A mobilização foi enorme e mais de 60 mil pessoas deslocaram‑se a Alvalade para uma cerimónia simbólica e recheada de cor e movimento, onde mais de 1.500 atletas do Clube desenharam as iniciais SCP no relvado. Um dia histórico e de festa, apesar da derrota por 2‑3 perante os convidados CR Vasco da Gama.

Carlos Araújo Sequeira, presidente do grupo ‘Os Cinquentenários’ “Lembro‑me do Jornal Sporting desde sempre. O meu pai era assinante, primeiro do Boletim e depois do Jornal, e recordo‑me que todas as quartas‑feiras saía da escola a correr para chegar a casa e ir à caixa do correio primeiro do que ele para ser o primeiro a ler o Jornal Sporting. Portanto, o Jornal Sporting entrou na minha vida muito cedo e mantém‑se. Acompanhei várias redacções de perto, e por isso recordo aqui a Leonor e o José Alvarez, que muito deram ao nosso Jornal. E saúdo a longevidade do Jornal pela qualidade que tem, por nos dar informações sobre o futebol e todas as modalidades e também pelo importante papel que tem na ligação do Clube aos Associados”.

Carlos Lopes, director do atletismo do Sporting CP “Quero desejar as maiores felicidades a um Jornal quase centenário por aquilo que é e que representa. É um Jornal de referência para todos os Sócios e adeptos porque acompanha toda a História do Clube e continua a dar a conhecer os seus atletas, grupo do qual fiz parte. Eu próprio tinha vaidade de ver notícias sobre mim no Jornal Sporting. É um Jornal pelo qual devemos ter um carinho muito especial”.


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Eduardo Pereira, Sócio do Sporting CP n.º 505‑0 e assinante do Jornal “Muitos parabéns ao Jornal Sporting. Sou assinante, acho o Jornal muito interessante e leio‑o todas as semanas. Já comecei a lê‑lo há muitos anos e é a minha forma preferida de estar informado sobre o que se passa no Clube, nem sequer leio outros jornais desportivos”.

Ernesto da Silva Ferreira, antigo atleta, treinador e dirigente do Sporting CP “Ao longo dos anos em que servi o Sporting CP como basquetebolista, treinador e dirigente, tive a felicidade de ler no nosso Jornal crónicas e notícias sobre acontecimentos em que participei: títulos desportivos, inauguração da Academia, inauguração do novo Estádio, comemorações do Centenário e por aí adiante. De entre tantas, há duas crónicas que jamais esquecerei. Uma, de 15/12/1971, assinada pelo saudoso Dr. Silva Falcão, intitulada «107‑77! Sporting CP vs. SL Benfica (basquetebol)» jogo com a maior diferença de pontos de sempre, entre os dois emblemas, e onde o Kit Jones e eu fomos os melhores marcadores. A outra, datada de 28/02/1973, teve por título «ANDAM CRIMINOSOS NO DESPORTO – Ernesto anavalhado, a agressão de maior gravidade – O presidente da Federação responsável pelas desordens?». Trata‑se da crónica do FC Barreirense vs. Sporting CP, jogo decisivo para o título metropolitano, em que o Sporting CP era favorito e uma derrota Leonina faria do SL Benfica campeão. Desde o início que se viu a impotência da GNR para manter a segurança no pavilhão a abarrotar. Vimos nós, viram os jogadores adversários, viu a equipa de arbitragem que cedo entrou em pânico sempre à espera da invasão do recinto, o que acabou por acontecer, momento em que sofri um golpe numa nádega, suturado com oito pontos, que bem falta nos fizeram, pois, apesar de todas as diabruras contra nós, apenas nos conseguiram derrotar

ß OPINIÃO

1960‑1969: Da epopeia na Taça das Taças… Da grandeza nacional à dimensão europeia “bastou” uma caminhada de Leão, “que exigiu esforços colossais”, exaltou a edição de 16 de Maio de 1964 do Jornal Spor‑ ting. “Somos campeões da Europa na Taça das Taças”, lê‑se numa primeira página para a História, na qual os heróis Leoninos são a justa cara do êxito verde e branco. Dificilmente a conquista europeia da Taça das Taças, digna de um folhetim, podia ter sido mais memorável. Toda a campanha ressoa de forma épica: dos recordes batidos, reviravoltas e dos grandes rivais eliminados até à apoteótica final, que durou 210 minutos e foi decidida de canto directo pelo “fenomenal Morais”, como se poderá ler eternamente nas páginas da referida edição. Ultrapassada a Atalanta BC (4‑6 na eliminatória), seguiu‑se o APOEL e o ainda recorde 18‑1 a duas mãos (16‑1 em Alvalade). Apesar do 4‑1 em Inglaterra, também sucumbiria o temível Manchester United FC “ante o valor e a indómita força de vontade” Leonina, materializados num inesquecível 5‑0. O Olympique Lyonnais (1‑0 no jogo de desempate) seria o obstáculo definitivo até à final, onde se escreveu História a verde e branco.

Jornal Sporting… 99 anos!!!… e mais títulos!!!

Tito Arantes Fontes

Esta edição do Jornal Sporting é uma edição de festa! São 99 anos! É extraordinário!… estamos a caminho do centenário! Entrámos no ano do 100.º aniversario! É obra! Um fantástico meio de comunicação da vida do Sporting Clube de Portugal! Quando começou era Boletim… depois ficou Jornal! Há décadas que é semanário! E sim, semana após semana, esperamos ansiosamente pelo Jornal Sporting! E sim… queremos ver a capa desta edição festiva… uma capa feita por um Leão! E queremos, claro, desfrutar do conteúdo desta histórica edição, página a página! Festejemos este aniversário… e – como eterno é o SCP – eterno seja o Jornal Sporting! Estamos em tempo de Páscoa… campeonato parado, tempo de selecção e confinamento geral por força da COVID‑19… temos de esperar… é que só na próxima segunda‑feira, 5 de Abril, o Sporting CP recomeça a sua determinada, firme e extraordinária caminhada no Campeonato Nacional de futebol… a Liga NOS! Iremos a Moreira de Cónegos, ali no coração do Minho, para uma deslocação difícil, um campo complicado… mas vamos com a nossa fé, com a nossa esperança, na certeza de que teremos lá um Sporting CP de garra, de luta, de esforço, de dedicação e de devoção… um SCP em busca da Glória! No entretanto, ganhámos neste último fim‑de‑semana vários títulos! Nada mais nada menos que quatro títulos, incluindo três de campeão nacional em duas modalidades diferentes. Campeões nacionais de atletismo em pista coberta, masculinos e femininos! Um hábito nos femininos e o regresso a um velho hábito nos masculinos! Parabéns Leoas e Leões! Campeões nacionais em râguebi de 15, femininos! O quinto título consecutivo! Parabéns, Leoas! E para completar esses quatro títulos, a brilhante conquista da Taça da Liga em futsal, no

domingo, em Sines! Parabéns, Leões! Uma goleada espectacular que infligimos a um suposto rival… nem piou! Foi uma demolidora vitória!… meia dúzia de golos que paulatinamente colocaram a nu o ridículo dos comentários que fomos ouvindo nesse jogo no Canal 11… máxime, quando a três minutos do fim, o SCP a ganhar 5‑0… e os comentadores em “inenarrável delírio” a perorarem sobre a possibilidade duma reviravolta… que ridiculamente ainda esperavam que pudesse cair dos céus… coisas mesmo de gente que nem se apercebe que há aves que não voam mesmo! Três notas finais: A primeira para enviar uma palavra solidária a CR7! Portugal foi manifestamente espoliado do teu golo, que seria o da vitória no jogo com a Sérvia… pois, nem assim, tantos que tanto te devem, conseguiram defender‑te… antes aproveitaram a tua reacção para vilmente te atacarem… não percebendo a tua, a nossa indignação! E não percebendo que – por muito que lhes custe – a braçadeira (sem símbolo ou cores de Portugal!) não, não se confunde mesmo com o Hino ou a Bandeira de Portugal! Esses medíocres, de que Portugal nem se lembra, bem que te quiseram denegrir… mas nós, a tua Família, não, não deixamos! D. Dolores nós não deixamos mesmo que toquem no seu filho… e nosso menino! A segunda palavra é sobre o espectáculo “anti‑SCP” que o CF Estrela da Amadora persiste em montar e alimentar. Agora refilam quanto à correctíssima utilização de Gonzalo Plata numa jornada em atraso do Campeonato de Portugal. Bem andou o Conselho de Disciplina – Secção Não Profissional em imediatamente arquivar o caso! A Secção Profissional, a tal que é comandada pela Dra. Cláudia, bem que podia aprender qualquer coisinha com essa Secção Não Profissional! Ganhava o Futebol! A terceira e última palavra… que dizer do espectáculo de celebração revivalista do famoso “Caso do Túnel” que o FCP resolveu “recolocar” na agenda… tantos anos depois… como não deram “espectáculo” nos últimos dias… vão buscar lamentáveis episódios do passado… para continuarem no seu trilho de ódio e raiva… não há pachorra! Não há mesmo pachorra! Quando não é um dos seus a “abrilhantar”… é toda uma estrutura que mostra o seu “ADN”… de “pitbull”! Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO

1970‑1979: … à Glória europeia sobre rodas

1980‑1989: Ouro ao peito e Portugal às costas

Ecléctico e ambicioso, o Leão continuou a rugir bem alto na Europa, como enalteceu o Jornal Sporting de 22 de Junho de 1977. Depois da Taça das Taças de futebol e do título europeu de corta‑mato, também em 1977 foi a vez do hóquei em patins do Sporting CP se sentar no trono continental – o que o tornava então no único clube com títulos europeus em três modalidades distintas. Confirmada com um 3‑6 ao CP Vilanova (6‑0 no primeiro jogo) numa “autêntica manifestação de força, de querer, de classe”, a conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus – a primeira para um clube nacional – significou também o último degrau para a eternidade da ‘Equipa Maravilha’, composta por António Ramalhete, Júlio Rendeiro, Sobrinho, Chana e António Livramento, orientados por Torcato Ferreira, que assim venceram tudo o que havia para ganhar no hóquei em patins “Viveu‑se um momento inolvidável, um momento à Sporting CP. Um Sporting CP a que muito orgulhosamente pertencemos”, pode ler‑se na reportagem em Villanueva, completa depois com o acompanhamento à monumental recepção em Lisboa.

Um dos momentos mais memoráveis do século XX. Eram 3h10 da madrugada e Portugal manteve‑se acordado para ver uma das maiores façanhas desportivas nacionais. Vencedor nato no atletismo Leonino, Carlos Lopes tornou‑se imortal ao vencer a maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, fazendo soar o hino nacional. Com 37 anos, “Lopes de ouro”, como plasmou a manchete do Jornal Sporting de 15 de Agosto desse ano, correu para o recorde olímpico (2h09’21’’) – marca só batida, depois, em Pequim 2008 – afirmando‑se como o primeiro atleta nacional Campeão Olímpico. Treinado pelo lendário professor Mário Moniz Pereira, Carlos Lopes consagrou‑se nos Estados Unidos da América, cujo presidente da altura, Ronald Reagan, até o recebeu na Casa Branca, em Washington DC, tal foi o impacto da vitória. Carlos Lopes, “orgulho do Sporting CP e Portugal”.

por dois pontos: 71‑69. Duas notas finais: a primeira, para louvar não só o envio gratuito da versão electrónica do Jornal Sporting, mas também a qualidade dos artigos e notícias actualmente publicados; a segunda, para dizer que ainda hoje, de vez em quando, releio ‘Razão de Ser’, o texto que preenche toda a primeira página do Boletim Sporting Club de Portugal de 31 de Março de 1922”.

Francisco Amiel, jogador de basquetebol do Sporting CP “Parabéns ao Jornal Sporting pelo 99.º aniversario, está cada vez mais perto do centenário. Quero agradecer por continuarem a seguir, de geração em geração, jogadores, treinadores, staff e todo o universo Leonino. Sou um exemplo disso, pois tenho em casa jornais da década de 1970, quando o meu pai era jogador, e de 1990, quando era treinador no Clube. Mais recentemente, também eu e a minha equipa aparecemos no Jornal, e isso demonstra bem o espírito dos Sportinguistas que querem seguir os seus talentos, conquistas, ambições e sonhos como Clube. Quero agradecer por todo o destaque que nos dão e por todo o apoio que nos fazem sentir, além de nos permitirem estar em contacto com os adeptos, de quem tanto gostamos e sentimos cada vez mais falta. Espero que o Jornal continue a ser uma ferramenta que nos permita estar mais perto deles e das novas gerações. O espírito Leonino parte muito daí”.


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ß OPINIÃO

João Miranda, Sócio do Sporting CP n.º 350‑0 e assinante do Jornal “Parabéns ao Jornal Sporting. Daqui a 100 anos, espero que por cá continue. Torço para que tudo corra bem, pois é o melhor Jornal do Mundo. Viva o Sporting CP!”.

João Pereira, jogador de futebol do Sporting CP “Gosto sempre de acompanhar as novidades, não só do futebol, mas das várias modalidades do Clube. É companhia assídua na Academia”.

José Alberto Ferreira Matias, Sócio do Sporting CP n.º 1073‑0 e assinante do Jornal “A minha história com o Jornal começou em 1962, longe de Lisboa e do Sporting CP, a mais de 300 quilómetros. Assim que o recebo, leio de fio a pavio. Leio tudo, gosto muito de todas as modalidades. É um Jornal único na Europa e para mim é primordial, liga‑me ao Clube. Faço votos para que os 99 anos se repitam, seria um sintoma de grandeza e devoção”.

1990‑1999: De “lebre” a Leão nos 20 mil metros “Seu nome, Dionísio de apelido Castro. Seu clube, o Sporting, de Portugal. E ele acabara de bater, de surpresa, o recorde mundial dos vinte quilómetros. Um feito de campeão (…)”, escreveu‑se na primeira página do Jornal Sporting de 4 de Abril de 1990. Em Flèche (França), o atleta Leonino surpreendeu tudo e todos ao atravessar a meta com 57’18”40 no cronómetro, batendo o recorde mundial, que datava de 1976. Dionísio Castro até tinha sido convidado pela organização da prova para fazer de “lebre” (atleta para marcar o ritmo da corrida), mas, segundo conta a publicação Leonina, o seu treinador, o professor Mário Moniz Pereira, opôs‑se. Aliás, o “Senhor Atletismo” deu apenas duas opções: ou Dionísio corre para bater o recorde mundial ou não corre e Dionísio, “um leão de juba alta”, correu para a História.

99 anos com “Razão de Ser”

Juvenal Carvalho

Dizer, em dia de aniversário, que é um motivo de orgulho escrever umas linhas no Jornal do nosso Clube, do clube que amo incondicionalmente desde criança, é pouco para expressar o que me vai na alma. É mesmo algo tão intenso e arrebatador que, para mim, embora tenha iniciado esta colaboração com o nosso Jornal, a convite de Melo Bandeira, um Leão imenso, decorria ainda o fim da década de 80, início da década de 90 do século passado, quando comecei a escrever sobre futsal – ou futebol de cinco, como era na altura designado –, que não deixa de ser com uma alegria de quase menino babado que a cada semana arranjo motivos para escrever e, mais do que isso, exacerbar o meu Sportinguismo, aquele que os que me são próximos desde criança sabem o quão genuíno ele é. E foi mesmo desde criança, em casa do Sr. Brito, um Leão da velha guarda, que religiosamente, e todas as semanas, lia de fio a pavio o Jornal Sporting. Como que a minha “bíblia”. Onde comecei a perceber a verdadeira dimensão do Sporting Clube de Portugal. Muitas e boas prosas, de um Sportinguismo contagiante li neste nosso Jornal, que 16 anos após os nossos fundadores nos quererem grandes, tão grandes como os maiores da Europa, surgiu o primeiro Boletim do Sporting. A confirmação

de um pioneirismo que faz de nós o Jornal mais antigo de clubes do Mundo. O Jornal Sporting completa assim 99 anos de vida. Estamos apenas a um ano de nos tornar centenários. Desde o início, quando com José Serrano como primeiro director, e com o título “Razão de Ser”, saiu o primeiro número, que com o esforço, a dedicação e a devoção de tantos, lemos páginas com glórias atrás de glórias do nosso Sporting CP. São incontáveis os troféus nacionais e internacionais ganhos pelo nosso Clube, que foram escritos e descritos com a pena de ilustres Sportinguistas. O Jornal do nosso Clube é de todos os tempos. E por falar em tempos, os novos tempos são inovadores. São das novas tecnologias. Onde ao papel se juntou o digital. Onde quando antes estávamos ávidos para saber algo do nosso Clube, e tudo parecia que demorava uma eternidade, hoje tudo está à distância de um simples clique. O Sporting CP modernizou‑se e acompanhou a sociedade. Está preparado e estruturado para os tempos vindouros. Das grandes cidades aos locais mais recônditos, onde houver um Leão, haverá Jornal do clube nas mãos de cada um. Por on‑line chega mesmo aos quatro cantos do Mundo, para a inúmera diáspora leonina. Ler é saber mais. Ler Sporting é ler sobre um Clube ganhador como ninguém. Falo de factos. Já foram noticiados tantos êxitos, com tantos grafismos e escritos por tanto Leão nestes 99 anos, que muitos mais aí virão. Vamos a caminho do centenário com a mesma garra. A garra do Leão rampante em forma de caracteres. Pintados a verde!

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO

2000‑2009: O rugido indomável Apito final. SC Salgueiros 0‑4 Sporting CP. “É uma vitória que ficará sempre na memória de quem a viveu”, pode ler‑se na edição especial que o Jornal Sporting publicou a 2 de Junho de 2000, depois de a equipa Leonina ter conquistado o Campeonato Nacional de 1999/2000 – o primeiro do milénio e que devolveu aos Leões uma festa que já não acontecia desde 1982. A época nem começou bem, mas depois de um arranque soluçante, entre Outubro e Maio os Leões não voltaram a perder, vencendo o Clássico (2‑0) em Março que confirmou a candidatura verde e branca. Na penúltima jornada chegou a única derrota em Alvalade (0‑1), mas já nem isso pôde conter o rugido irreprimível que o universo Leonino guardava. Reencontrou‑se “a mística ganhadora que alguns davam como desaparecida”, o Sporting CP tomou de assalto o campeonato e os Sportinguistas invadiram as ruas de todo o país num festejo sem paralelo.

2010‑2019: “Tão grande como os maiores da Europa” As mais rápidas a cortar a meta, os melhores e as melhores a usar as mãos, os pés e o stick para fazer golos, os melhores também a levar os adversários ao tapete. Em 2019, o Leão rampante exibiu‑se como nunca na Europa. Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta‑mato feminino, Super Liga Europeia masculina e feminina de goalball, UEFA Futsal Champions League, Liga Europeia e Taça Continental de hóquei em patins e ainda a Liga dos Campeões de judo masculino. Sete troféus europeus conquistados em 2019, divididos por cinco modalidades e por seis equipas diferentes, nunca o Clube de Alvalade tinha tido um ano assim no seu percurso centenário. Alavancado pela força das modalidades – que nesta década (2017) passaram ainda a ter o Pavilhão João Rocha como casa própria – o palmarés Leonino aumentou até aos 37 títulos continentais levantados desde a fundação do Clube. Depois de várias páginas de Glória na Europa, décadas de conquistas e inúmeros momentos marcantes, o Sporting Clube de Portugal acrescentou mais um capítulo singular de sucesso europeu à sua História.

QUINTA-FEIRA, 02 JANEIRO 2020 • FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • WWW.SPORTING.PT • SEMANÁRIO • ANO 98 • N.º 3761 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: RAHIM AHAMAD

José Alvarez, antigo jornalista e revisor do Jornal “É difícil falar sobre o Jornal Sporting ou resumir a minha ligação ao nosso Jornal. Foi a minha segunda casa, a minha segunda vida. O primeiro artigo que escrevi foi no dia 17 de Março de 1971. Fui jornalista e revisor durante mais de 40 anos. Trabalhei por amor ao Jornal, vivi‑o nos tempos mais desafiantes e passei por várias redacções, quer no sentido físico quer de pessoas. Escrevi sobre tudo: jogos, assembleias, convívios... Tudo, e fui muitas vezes homenageado pelo meu trabalho. Dediquei a minha vida ao Jornal Sporting e às vezes só ia a casa para tomar o pequeno‑almoço. Eram outros tempos. Tenho muitas histórias, muitas. Vivi lá muita coisa. Recordo com muito carinho e muitas saudades os momentos que lá vivi”.

José Barros, Sócio do Sporting CP n.º 3244‑0 e assinante do Jornal “Foi através de um anúncio no Jornal que a minha mãe me encomendou o equipamento completo do Sporting CP para jogar no campo da minha terra. Sou assinante pelo meu Sportinguismo e para estar ao corrente do que se passa no Clube. Leio de ponta a ponta, é um grande Jornal e acho que todos os Sportinguistas deviam ser assinantes”.

José Domingos Trindade Fouto, Sócio do Sporting CP n.º 1694‑0 e assinante do Jornal

O MELHOR ANO DE SEMPRE SETE TÍTULOS EUROPEUS FAZEM DE 2019 UM ANO INESQUECÍVEL // PÁGINA 2 FUTSAL

LEÕES SÃO EQUIPA DA DÉCADA Sporting CP no topo da lista divulgada pela UEFA // PÁG. 7

MODALIDADES

BASQUETEBOL E FUTSAL COM VITÓRIAS SEGURAS Resultados esperados frente a Terceira BC e CR Candoso // PÁG. 28 e 30

FUTEBOL

MILHARES NO TREINO SOLIDÁRIO Iniciativa voltou a decorrer no Estádio José Alvalade // PÁG. 26

“Já sou assinante há algum tempo, para ter uma informação de origem Leonina e Sportinguista. Interesso‑me pelos temas do Clube, pelas várias modalidades e já lá vão mais de 55 anos de Sócio. Leio, como se costuma dizer,


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de ponta a ponta, é a minha leitura de fim‑de‑semana. Desejo que o mais antigo Jornal de clube do Mundo se mantenha por muitos e bons anos e que os Sportinguistas continuem a assiná‑lo. É a melhor forma e fonte de informação que temos”.

José dos Santos, Sócio do Sporting CP n.º 1848‑0 e assinante do Jornal “Já assino o Jornal desde 1948, quando ainda era denominado Boletim Sporting Clube Portugal e eu tinha apenas 14 anos. Sou um dos antigos! Tive a oportunidade de arranjar cerca de dez assinantes para o Jornal em locais como a Póvoa de Varzim, Barcelos, Viseu e não só. O meu desejo é que possa comemorar o centenário e que continue, pois é indispensável para a união dos Sportinguistas. Como se dizia antigamente, é o único que ‘põe o verde no branco’ e merece ser lido. Muitos parabéns ao Jornal e a todos aqueles que contribuem para que ele esteja todas as semanas na rua”.

ß OPINIÃO

2020‑(…): O futuro verde e branco é agora Por trás de qualquer conquista, como as alcançadas até aqui, é imperativa a existência não só de um objectivo, mas também de um plano delineado para seguir durante toda a caminhada. Ora, com os olhos no futuro, mas preparando‑o no presente, a 14 de Maio de 2020, o Jor‑ nal Sporting apresentou a todos os Sócios a visão estratégica que vai pautar a vida do Clube. Pessoas, Estrutura, Sistemas de Suporte e Interacção do Sócio são os quatro pilares e a meta é clara: atingir a excelência desportiva, operacional e de marca de forma a dar ao Sócio a melhor experiência. Para isso, a aposta na formação, tanto no futebol como nas modalidades, a transformação digital do Clube e uma nova arquitectura de marca são os desafios a abraçar neste caminho que já começou a ser trilhado. O futuro do Sporting CP já está em marcha e de cada pedaço de História que se construir, o Jornal Sporting escreverá, como tem feito desde 1922, as páginas que a contarão.

Lucinda de Carvalho, 99 anos de idade e Sócia do Sporting CP n.º 106415‑0 “99 anos a levar a cada Sócio as notícias do Clube... Tal como eu, 99 anos de vida! E parece que foi ontem que nascemos... Votos de mais 99 anos a este grande Jornal!”.

Luís Duarte, Sócio do Sporting CP n.º 1795‑0 e assinante do Jornal “Sou assinante do Jornal desde que comecei a jogar andebol nos juniores do Sporting CP. Estou a caminho dos 70 anos, mas mantive‑me sempre como assinante. Só tenho coisas boas a dizer do Jornal. É um prazer

VISÃO ESTRATÉGICA PARA O FUTURO

Páginas de Sportinguismo

Pedro Almeida Cabral

Faz hoje o Jornal Sporting, que tem a gentileza de me acolher nestas páginas, 99 anos. Um Clube centenário, como é o Sporting Clube de Portugal, à beira dos 115 anos, não é apenas uma associação desportiva com equipas e atletas em várias modalidades. A longevidade de um Clube como o nosso vem de algo bem mais profundo: a força dos seus Sócios e adeptos e a vontade que têm que o Clube singre. Não deve haver Clube como o nosso que agregue tantas sensibilidades, tantas organizações e que suscite variadas iniciativas de Sócios e adeptos. Um Clube assim tão envolvente só podia ter o jornal mais antigo de clube desportivo do Mundo. Não é de mais ninguém. Não é de nenhum outro clube, nacional ou estrangeiro. É nosso. E dele devemos cuidar, lendo e contribuindo para que seja lido. Foi a 31 de Março de 1922 que saiu o primeiro número, ainda com o nome Boletim. O que mais impressiona nessas linhas de apresentação é a sua actualidade. Sublinhava-se que os Sócios do Sporting CP não podiam ficar apenas por um ou outro desafio de

‘foot-ball’. Já então o Clube se assumia como ecléctico e incentivava os Sócios a acompanharem todas as modalidades do Clube. É por isso que a edição de hoje é a melhor homenagem a essas linhas fundadoras, dando conta não só da actualidade do Clube, como de vitórias do Sporting CP em desportos que não apenas o futebol. Podemos ler nesta edição o relato emocionante sobre a vitória na Taça da Liga em futsal, frente ao SL Benfica, por uns esclarecedores 6-2. Um jogo implacável da equipa Leonina com o pivô Zicky Té, de apenas 19 anos, a assinar uma exibição monstruosa, com dois golos de pura arte na quadra. Ou sobre a conquista dos campeonatos nacionais de atletismo em pista coberta, tanto em masculinos, como em femininos, com prestações sensacionais de atletas como Auriol Dongmo, com um lançamento de peso de relevo, de 19,20 metros. Mas também podemos saber mais sobre o título de campeão nacional de râguebi feminino, ao bater o SL Benfica por 11-8, após desempate por pontapés aos postes. Foi para contar tudo isto, em detalhe, que nasceu o nosso Jornal. Quase um século depois do primeiro Boletim, o Jornal Sporting continua a fazer tanta falta como em 1922. Essa é a melhor prova que estas páginas de Sportinguismo fazem parte da vivência do Clube. E assim continuará a ser por muitos e bons anos.

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO – ENTREVISTA

“Vou emoldurar o Jornal e colocar na parede da sala”

Pedro Lopes Grego, autor da ilustração na primeira página desta edição de aniversário, em entrevista ao Jornal Sporting. Texto: Luís Santos Castelo

Natural de Borba, Évora, e residente em Massamá, Lisboa, Pedro Lopes Grego tem 32 anos e é designer gráfico, tendo estudado artes plásticas e multimédia. Adepto ferrenho do Sporting Clube de Portugal desde criança, foi o vencedor do passatempo anunciado há algumas semanas nas várias plataformas de comunicação do emblema Leonino: “Deixa a tua marca na nossa história”, lia‑se. O objectivo era encontrar um Sportinguista e leitor do Jornal Sporting que criasse uma ilustração para a primeira página desta edição, que assinala os 99 anos da publicação verde e branca. O grande vencedor foi Pedro Lopes Grego, que concedeu uma entrevista ao Jornal Sporting a explicar o conceito da ilustração e a forma como ama o Clube. “[A ligação ao Sporting

CP] é uma ligação muito forte que transcende a racionalidade”, disse o Leão. Qual é o sentimento de ver o seu trabalho na primeira página da edição do 99.º aniversário do Jornal Sporting? É muito especial. É o nosso Clube, é do coração e desde miúdo. É um privilégio gigante. Estava há pouco a falar com a minha namorada, que, coitada, é do SL Benfica, que vamos emoldurar o Jornal para o ter na parede da sala. Acima de tudo, é um orgulho ter uma ilustração representada no Clube do nosso coração. Como descobriu o passatempo e qual a razão para ter participado? Através das redes sociais, no Facebook. Já vi o anúncio alguns dias depois de ser publicado pelo Sporting CP. Era para ter feito mais uma ou outra

ilustração porque queria ter mais um ou outro elemento de eclectismo, mas não consegui. Sendo a minha área, foi mais por aí que participei. Mas mesmo que não fosse, ia tentar a minha sorte. Sendo, ficou muito mais fácil e correu bem. Esperava vencer ou foi uma surpresa? Não esperava. Foi mais para ver no que dava. Acompanho o Jornal Sporting e foi mais para participar. Qual é o conceito que pensou para a primeira página? Que mensagem quis passar? Quis trazer um pouco de história, neste caso através do Boletim que está na parte inferior da ilustração. Foi na perspectiva de mostrar o passado com perspectiva de um futuro de vitórias para o Sporting CP. O eclectismo é a base e, na vanguarda, está o futebol como a grande modalidade do Clube. Atrás, está o Leão, claro. Não podia deixar de estar presente. Falou no eclectismo. Era essencial espelhar esta característica intrínseca ao Sporting CP nesta primeira página? Era. Acima de tudo, porque o Jornal Sporting demonstra tudo o que se passa no universo Sportinguista. Hoje, temos as redes sociais, mas antes não e as notícias chegavam todas pelo Jornal. Como as modalidades eram um pouco ‘apagadas’ do mundo desportivo em Portugal, era o Jornal que mostrava as conquistas que o Sporting CP ia alcançando ao longo destes 99 anos.

“O Sporting CP é o amor da minha vida”, garantiu o designer gráfico

As cinco figuras presentes na primeira página são António Stromp, Ferran Font, Kate Yeazel, Carlos Carneiro, Vítor Damas e Krassimir Balakov.

Pedro Lopes Grego não escondeu a satisfação por ter vencido o passatempo

Porquê estes seis nomes? Porque são figuras que marcam a história do Clube. É inegável. Podiam estar outras, mas não tive tempo para mais. Em todo o processo de ilustração, estas foram as que me pareceram melhor para a primeira página. O que significa o Sporting CP para si? É uma ligação muito forte que transcende a racionalidade. Sempre fui muito doente pelo Clube e continuo a ser. Desde os quatro, cinco anos que me recordo de ser do Sporting CP. É uma grande parte da minha vida que já vem de família, do meu pai, irmão, primos, tio... O Sporting CP é mais do que um Clube. Já fiz muita coisa pelo Sporting CP. Estou cá para o que der e vier pelo Sporting CP. É o amor da minha vida. Como está a ver a temporada 2020/2021? Estamos todos contentes. No último fim‑de‑semana ganhámos quatro títulos e temos boas perspectivas em várias modalidades e no futebol. Todos os Sportinguistas fazem um balanço positivo desta época 2020/2021. A continuar assim, vamos ser campeões e perspectivamos um 2021/2022 ainda melhor. É o que todos queremos.

manter‑me como assinante e poder ajudar o Jornal do nosso Clube. Estou muito satisfeito e espero que, depois deste 99.º aniversário, possamos ter em Maio a tão esperada capa de campeões nacionais. Gosto muito do Jornal porque tem tido sempre uma postura muito correcta, sem recorrer a guerras desnecessárias com os adversários. Espero que se mantenha para eu poder continuar a lê‑lo durante muitos anos. 99 anos é uma idade muito bonita”.

Manuel Fernandes, antigo jogador do Sporting CP “Habituei‑me desde sempre a ler o Jornal Sporting. 99 anos é uma vida e é de louvar o facto de ser o Jornal de clubes mais antigo do Mundo. Lembro‑me de algumas boas entrevistas que dei ao Jornal e o meu único desejo é que se mantenha activo durante daqui a 100 anos. Quando estava no auge da minha carreira, lembro‑me que o Inácio Teigão, que era jornalista do Jornal Sporting, me pediu para fazer uma grande entrevista. Eu disse que sim, falámos apenas durante cinco minutos e saiu uma entrevista espectacular de seis páginas”.

Manuel Rolo Remédio, Sócio do Sporting CP n.º 1205‑0 e assinante do Jornal “Comecei por comprar semanalmente, mas depois decidi assinar e recebê‑lo em casa, sem preocupações. Acho que é muito informativo, explora muito bem os grandes heróis do Clube e melhorou bastante. Ajuda os Sócios a viverem mais intensamente o que acontece dentro do Clube e por isso desejo as maiores felicidades ao Jornal e ao Sporting CP”.



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FUTSAL TAÇA D 0


DA LIGA 2020/2021

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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO – ENTREVISTA

“Era sempre até às tantas da manhã para o Jornal estar terminado” Leonor Roque é um caso sério de esforço, dedicação e devoção ao Sporting Clube de Portugal. Viveu (literalmente) na sede da Rua do Passadiço, começou a trabalhar no Clube aos 14 anos, em 1956, e completou 53 anos de Leão ao peito em 2009, 52 deles como chefe dos serviços administrativos do Jornal Sporting. O testemunho de quem conviveu com 18 presidentes e 23 directores numa viagem pelos 99 anos de história do mais antigo Jornal de clubes do Mundo. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

Que significado têm estes 99 anos do Jornal Sporting? É uma riqueza, sinto um grande orgulho por ter trabalhado no mais antigo Jornal de clubes do Mundo. Ainda hoje sou assinante, receber o Jornal todas as semanas é um mimo do qual não prescindo. Acho que todos os Sócios deviam assiná‑lo para estarem sempre bem informados. Quando vim embora, em Outubro de 2009, pedi ao presidente Filipe Soares Franco que não deixasse acabar o Jornal. Quando não havia computadores, em Portugal, e mesmo lá fora, todos liam o Jornal. Ao longo do tempo em que estive ao serviço do Sporting CP passaram pelo Jornal 23 directores. Os 52 anos em que lá estive, fazendo sempre o eu melhor, deixaram‑me muitas saudades. Gostava que o Jornal continuasse para sempre. Foi criada no seio do Sporting CP desde os três anos. Como se deu esta ligação? Os meus avós trabalhavam no Sporting CP e eu fui criada por eles. Devido a uma doença pulmonar da minha mãe, o meu irmão ficou com uma avó e eu com outra. Primeiro vivi na sede da Rua de São José (antiga Rua Alves Correia), e depois, em 1947, mudámos para o número 86 da Rua do Passadiço, onde se

instalou a nova sede do Clube. Vivi lá com os meus avós e viria depois a casar‑me lá também. Fui criada ali, como se as instalações fossem da minha família. Em 1956, quando tinha apenas 14 anos, começou a trabalhar no Clube. Fui para o Jornal. Comecei por fazer etiquetas, porque antes era essa a forma de identificar os nomes e as moradas dos assinantes, e depois colava‑as com uma cola feita de farinha aos Jornais, que ficavam presos com cintas. Comecei assim e acabei por conhecer 23 directores, o primeiro foi Alberto Clemente Figueiredo. Depois Maria Helena, que era chefe dos serviços administrativos do Jornal, saiu para outra área do Clube e eu fiquei no lugar dela. Como funcionava nessa altura a redacção? O Jornal era impresso no mesmo sítio do antigo Diário da Manhã, onde estava parte da redacção, mas alguns dos redactores iam para a Rua do Passadiço e trabalhavam a partir de lá. Era um pouco puxado porque era sempre até às tantas da manhã para o Jornal estar terminado e sair no dia seguinte. Já não me lembro exactamente de como as coisas se faziam no início, mas havia sempre uma reunião do director com os jornalistas

e os fotógrafos para decidir quais os temas dessa edição, e depois dividia‑se. Havia dois ou três que, além de trabalharem no Jornal, tinham outras funções no Clube. As coisas não estavam tão organizadas como hoje, em que cada um tem uma função apenas. Havia poucas pessoas e vivia‑se um pouco a cultura do ‘faz tudo’. Naquela altura os directores trabalhavam o mesmo que os outros e não ganhavam nada. Só mais tarde começou a haver vencimentos. Os meios de trabalho também eram outros. Não havia computadores, por exemplo. Alguns usavam máquina de escrever, mas outros não. Tínhamos apenas uma, da marca Royal, e só depois começámos a ter outra da Hermes. O resto era tudo escrito à mão. Quando acabavam de escrever, entregavam as peças ao director – aquelas que ele conseguia ler – ou a alguém que tivesse sido destacado para essa função, e depois seguia tudo para a tipografia. Era tudo ainda muito amador, mas lembro‑me que tínhamos uma média de tiragem de dez mil exemplares por semana. Mais para a frente, quando o Jornal já tinha a administração e a redacção no antigo Estádio José Alvalade, e contava com mais colaboradores, houve uma altura em que chegámos a atingir os 31 mil jornais impressos por semana. Qual o ambiente que se vivia na redacção nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990? O ambiente era bom. O Dr. João Xara‑Brasil, que foi o director que esteve mais tempo à frente do Jornal, trabalhava muito. Quando o chefe de redacção era o Inácio Teigão, lembro‑me de ouvir o Dr. Xara‑Brasil dizer: “Este homem dá‑me mais que fazer do que os seis filhos que tenho em casa” (risos). O Dr. Xara‑Brasil primava sempre pela pontualidade e pelas coisas bem feitas.

Leonor Roque no antigo gabinete do Jornal Sporting

Testemunhou muitas mudanças na forma de fazer o Jornal e até de fazer jornalismo. Fomos sempre actualizando a forma de trabalhar com o passar do tempo. Eu tinha contacto directo com os assinantes e lembro‑me de por vezes me pedirem para que a letra do

Miguel Maia, jogador de voleibol do Sporting CP “O Jornal Sporting é um Jornal de referência para mim. Desde tenra idade que o leio e era sempre uma alegria enorme quando ia em Espinho, a minha cidade, comprar o Jornal a um dos quiosques. Um Jornal enorme onde passaram crónicas dos melhores do Mundo. Muitos parabéns!”

Naide Gomes, antiga atleta do Sporting CP “O Jornal tem uma grande importância para destacar os atletas e os seus resultados, o que como ex‑atleta considero gratificante. Além disso, aproxima os Sócios e os adeptos, que passam a saber sempre um pouco mais sobre as modalidades. Desejo muitos parabéns pelos 99 anos de existência e agradeço tudo o que têm feito para destacar o desporto do Sporting CP”.


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Nuno Dias, treinador de futsal do Sporting CP “Há que dar os parabéns, obviamente. É um Jornal que é quase centenário. É um Jornal em constante evolução, trabalho e desenvolvimento. Faz abordagens a todas as modalidades, sem excepção. Isso, para mim, é um dos aspectos mais importantes do trabalho que tem sido feito ao longo destes anos todos no Jornal Sporting. A forma séria e responsável como aborda e realça tudo o que se faz em todas as modalidades. Pertencendo eu a uma modalidade, agrada‑me muito. Fico muito contente com este aniversário, dou os parabéns. Que continuem com este excelente trabalho no sentido de continuarem a abordar todo o trabalho bem feito que se faz nas modalidades do Sporting CP”.

Pedro Valdés, jogador de andebol do Sporting CP “Muitos parabéns ao mais antigo Jornal de clubes do Mundo. É um orgulho para mim poder fazer parte desta história que conta já com 99 anos de vida. O Jornal Sporting tem sido uma companhia para a equipa de andebol desde que cheguei ao Clube e esperamos vir a celebrar muitos títulos juntos.”

Jornal não fosse tão ‘miudinha’, ao mesmo tempo que diziam que uma boa fotografia fazia uma boa legenda. Outra das diferenças é que naquela altura os jornalistas tinham mesmo de estar nos sítios, e depois passavam à máquina o que tinham escrito à mão. Enquanto uns tinham uma letra mais perceptível, outros não. Não havia tanta facilidade em fazer as coisas como hoje. Quanto às fotografias, por exemplo, chegavam‑nos em formato físico e colocávamo‑las no arquivo, que eram basicamente envelopes. Mais tarde começámos a digitalizá‑las. Mesmo nas viagens ao estrangeiro, por exemplo, havia dinâmicas diferentes das actuais. Quem costumava ir muitas vezes nessas deslocações era o fotógrafo António Capela, que ia em representação do Jornal Sporting e do Record. Muitas vezes viajava mesmo com a equipa e nessa altura havia uma maior proximidade entre as duas partes. O Clube exigia algumas condições para que viajasse com eles, mas o António Capela, por exemplo, tinha tão pouca‑vergonha que dizia: “Abaixo do presidente, sou eu!”. Hoje é diferente porque os atletas naquela altura aproximavam‑se mais.

“Gostava que o Jornal continuasse para sempre” Em épocas em que havia muito menos informação e acesso à mesma, qual a importância do Jornal para os Sócios? Para muitos era a única forma de estarem informados sobre o Clube, principalmente aqueles que estavam no estrangeiro. Tínhamos muitos assinantes pelo Mundo fora, por exemplo nos Estados Unidos da América e na África do Sul. Quando os assinantes não recebiam o Jornal, enviavam‑nos logo uma carta de reclamação. Muitas vezes nem tínhamos culpa, porque os jornais saíam da tipografia e eram entregues em mão nos correios. As pessoas que estavam fora do país tinham um grande apreço pelo Jornal Sporting, tal como aquelas que viviam em zonas mais isoladas de Portugal. Quando se pensou em passar o Jornal em exclusivo para um formato on‑line muitas pessoas ameaçaram deixar de assinar, mas felizmente nada disso aconteceu. Qual o maior desafio que encontrou durante as mais de cinco décadas no Jornal Sporting? O maior desafio que encontrei foi quando o presidente João Rocha chegou ao meu gabinete, no antigo Estádio José Alvalade, e disse: “Amanhã quero que envie 50 mil exemplares do Jornal para as escolas de todo o país”. Fiquei sem reacção a pensar como ia fazer aquilo, mas a verdade é que os jornais chegaram lá. Enviámos para todo o lado, desde escolas preparatórias até liceus. Ele era assim, pensava ontem e amanhã era para estar feito. Era uma pessoa muito avançada para o seu tempo, mas por vezes nem sabíamos o que fazer. Esse foi o maior desafio porque só tínhamos cerca de três ou quatro mil assinantes nesse momento.

Qual o momento que mais a marcou enquanto trabalhou no Sporting CP? Foi quando o antigo Estádio José Alvalade foi demolido. Chorei e custou‑me imenso porque tinha na memória o dia da inauguração, que foi imponente e grandiosa. Tive oportunidade de a presenciar, pois cheguei a Alvalade às 10h00 nesse dia e fiquei num lugar lateral com os meus avós. A inauguração do novo Estádio também foi bonita e original, fiquei feliz pela sua grandiosidade. Ainda assim, nunca vou esquecer o antigo, pois vivi ali muitas coisas. Depois de sair da Rua do Passadiço, o Jornal passou para o antigo Estádio e as pessoas viam‑se e davam‑se. Era funcionários para um lado e jogadores para o outro, mas todos nos víamos, era diferente. Também viveu de perto momentos históricos como as conquistas europeias no futebol, hóquei em patins e atletismo. No hóquei vivemos alguns momentos inesquecíveis. No atletismo destaco o recorde europeu batido pelo Fernando Mamede nos dez mil metros, em pleno Estádio José Alvalade, pois foi algo muito sentido. Depois lembro‑me também da conquista do Campeonato Nacional de futebol em 2000, algo que não acontecia há 18 anos. Nunca mais me esqueço que houve uma festa de comemoração até às tantas da manhã à qual se juntaram adeptos de outros clubes com muito desportivismo, algo que hoje não se vê.

“As pessoas que viviam fora do país tinham um grande apreço pelo Jornal Sporting” Além de 23 directores e milhares de atletas, passaram pelo Clube 18 presidentes durante o período em que esteve ao serviço do Sporting CP. Quais os que mais a marcaram? Houve vários. O Carlos Correia, que foi um dos primeiros, logo a seguir ao Salazar Correia, chamava‑me Maria Leonor, que não é o meu nome. Para ele fiquei sempre com esse nome, e isso marcou‑me. Era uma pessoa simpática e amiga, e mesmo depois de deixar de ser presidente foi colaborador do Jornal. Era muito meigo e tratava‑me como se fosse da família. Depois o Dr. Ribeiro Ferreira, que foi presidente quando eu ainda era miúda. Havia uma parte da sede da Rua do Passadiço que tinha um pequeno jardim, onde havia baloiços para onde ia a correr e cheguei mesmo a rasgar o vestido, ouvindo depois a minha avó ralhar‑me. Ao lado havia um bar e uma esplanada e eu via‑o muitas vezes a passar e a sentar‑se junto dos Sócios, para falar com eles. Nunca mais me esqueci disso. E com os atletas? Gostava muito do Joaquim Agostinho porque o Jornal estava próximo da direcção do gabinete de ciclismo. Ainda hoje sou amiga do Fernando Mamede, por exemplo, e do Carlos Lopes, pois o atletismo também ficava

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no corredor da Porta 10‑A. Todos representaram o Clube com dignidade. Relembro também a Eulália Mendes, com quem ainda hoje falo quando nos vemos. Houve diversos atletas de quem gostei muito porque deixaram uma marca. Hoje gosto de ver a Patrícia Mamona e o futsal, por exemplo.

“Tínhamos apenas uma máquina de escrever, o resto era tudo escrito à mão” Conheceu também Júlio de Araújo, principal impulsionador do Boletim Sporting, iniciado em 1922, que em 1952 viria a dar origem ao Jornal Sporting. Como começou esta relação? Quando o Júlio de Araújo estava radicado no Brasil, escrevia‑me e eu respondia. Entretanto, o meu filho nasceu, em 1967, e ele disse‑me que vinha a Portugal, mas que antes me ia enviar dinheiro para comprar Pastéis de Belém. Enviou‑me 100 cruzeiros (que equivale hoje a um cêntimo) e eu guardei essa nota até hoje. Era uma pessoa com uma cabeça impressionante, tendo em conta a idade. Mesmo vivendo longe, lembrava‑se de tudo e falava do Sporting CP como se estivesse em Portugal. Se queria saber algo, escrevia a perguntar‑me. Depois acabou por vir cá e estive com ele na sede da Rua do Passadiço. A partir daí trocámos ainda mais correspondência e sempre achei que ele era de um Sportinguismo de louvar. Tanto dizia o que estava bem como o que estava mal no Jornal. Gostava muito dele, simpático e com excelente memória, era muito preciso. Via sempre mais à frente. Como disse no início da entrevista, casou na antiga sede da Rua do Passadiço. Sim, vim para a Igreja do Convento de Santa Marta, que era a que estava mais perto. O meu marido tornou‑se Sócio do Sporting CP para poder entrar sede da Rua do Passadiço, até porque era onde eu morava. Não fazia sentido ser noutro sítio a não ser aquele. Quando lá passo lembro‑me sempre desse momento, pois são coisas que nos marcam. Como olha para o Jornal hoje em dia e a forma como tem vindo a evoluir? Está diferente, mas gosto porque agora já têm a letra um pouco maior (risos) e bastantes fotografias. Uma fotografia e uma boa legenda dá quase um artigo. Até as cores estão mais nítidas agora. Traz sempre muitos temas importantes, como as modalidades e entrevistas. É difícil não gostarmos de uma coisa à qual nos aplicámos tantos anos. Deixou o Clube em 2009, aos 67 anos. Olhando para trás, do que sente mais falta? Sinto falta do ambiente, do Sporting CP em si e das pessoas, mas ainda falo com muitas delas por telefone. Tenho saudades, mas o meu tempo já passou (risos).


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ß JORNAL SPORTING ANIVERSÁRIO ‑ MUSEU ß

O Visconde de Alvalade Texto: Ana Raquel Parra ‑ Museu Sporting – Centro de Documentação Fotografia: Arquivo Nacional Torre do Tombo; Museu Sporting – Centro de Documentação

A 6 de Abril de 1837 nascia na cidade de Santarém uma das figuras mais célebres da História do Sporting Clube de Portugal: Alfredo Augusto das Neves Holtreman, também conhecido pelo seu título de Visconde de Alvalade. Porém, se é verdade que alguns de nós já ouviram falar da sua pessoa, sobretudo quando o assunto diz respeito à fundação do Clube, também é verdade que pouco mais se sabe sobre si. Filho de António Maria Ribeiro da Costa Holtreman, e de Libânia Augusta das Neves e Melo, matriculou‑se no curso de direito da Universidade de Coimbra a 3 de Outubro de 1853, tendo concluído a sua especialização a 3 de Julho de 1856, segundo os registos do arquivo da mesma universidade. Poucos anos depois, mais precisamente em 1859, casou‑se com Julieta Natália Luísa Guefin, com quem teve uma filha, Josefina Holtreman, que por sua vez se casou com António Ferreira Roquette e tiveram três filhos, a saber: Julieta, Hortense e José Roquette (José Alvalade). Advogado de profissão, tal como o seu pai, fixou o seu escritório de advocacia num edifício localizado na Calçada do Carmo, entre o Largo do Carmo e a estação dos comboios do Rossio. A 22 de Julho de 1898, o rei D. Carlos atribuiu‑lhe o título de visconde, pelo qual é conhecido nos dias de hoje, em troca de uma quantia de 1 conto e 200 mil réis. A sua ligação ao Sporting Clube de Portugal teve início a partir do momento em que o seu neto, José Alvalade, decidiu abandonar o

Campo Grande Futebol Clube e fundar um clube onde fosse promovido a prática desportiva em detrimento dos bailes e das festas de convívio. A sua mansão, conhecida por Vila Holtreman, que já naquela altura possuía um corte de ténis que o Visconde tinha mandado construir, serviu de lugar para a primeira reunião, que passou praticamente despercebida por ter sido abafada pela festa que as irmãs de José Alvalade tinham organizado, tal como tinham pretendido. Assim, a 14 de Abril de 1906, os ‘Dissidentes’ reuniram‑se pela primeira vez, traçando os primeiros alicerces desta grande instituição. Contudo, a sua contribuição na formação do Sporting Clube de Portugal não se limitou a doações e empréstimos de terrenos e de dinheiro. Em 1907, escreveu os primeiros Estatutos, e a 8 de Maio de 1906 foi escolhido para ocupar o cargo de presidente aquando a formação dos corpos gerentes. Desempenhou esta função até 4 de Janeiro de 1910, quando foi substituído por Luis Caetano Vieira. Foi Sócio Benemérito do Clube nesse mesmo ano e Sócio de Honra em 1912. Veio a falecer em Junho de 1920, sendo distinguido com o prémio Leões Honoris Sporting na categoria Classe Honra a 30 de Junho de 2017. Fontes: ‑ Luís Augusto Costa Dias, Paulo Barata (2020), História do Sporting Clube de Portugal – Uma nova abordagem, das origens aos Anos Alvalade, Lisboa, Contraponto. ‑ Arquivo Universidade de Coimbra in: http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=190236&ht=‑ ‑ Wikisporting in: https://www.wikisporting.com/index. php?search=Visconde+alvalade&title=Special%3ASearch&fulltext=1 ‑ Pedro Jorge Castro (2015), A vida dupla do primeiro presidente do Sporting, Revista Sábado. ‑ Arquivo Nacional Torre do Tombo, Carta. Título de Visconde de Alvalade em sua vida. in: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=2100578

Rogério Beatriz, antigo jogador e dirigente do Sporting CP e membro do Grupo Stromp “Sou um leitor assíduo do Jornal Sporting há mais de 60 anos, desde os meus tempos de meninice quando tinha 15 ou 16 anos. Sempre em formato papel e agora mais recentemente no formato digital. Por isso, tenho acompanhado a evolução ao longo destes anos todos em que também já somo 68 de Associado do Clube. Considero que o Jornal Sporting é um elemento fundamental de ligação do Sporting CP aos Sócios e, nesse sentido, congratulo as melhorias que têm introduzido e que têm tornado o Jornal mais atractivo e de maior interesse para os Sportinguistas”.

Sebastián Coates, jogador de futebol do Sporting CP “Parabéns ao Jornal Sporting pelo 99 aniversário. Gosto muito de o ler todas as semanas pois é a melhor forma de ficar a par de tudo o que se passa no nosso Clube”.

Victor Figueiredo, Sócio do Sporting CP n.º 3325‑0 e assinante do Jornal

Parte do documento que confirma a atribuição do título de Visconde de Alvalade a Alfredo Augusto das Neves Holtreman

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Visconde de Alvalade

“Fiz‑me Sócio e assinante do Jornal Sporting quando estava no Ultramar. Desde que recebo o Jornal guardo‑os todos religiosamente e tenho‑os encadernados e guardados por anos. Agora estão no Núcleo para que todos possam lê‑los. Espero que o Jornal continue a informar‑nos de toda a actividade do Clube por muitos e bons anos”.


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ß FUTEBOL ANÁLISE

O ‘mérito’ da meritocracia

Rodrigo Pais de Almeida

Parabéns!!! Estamos todos de parabéns. Desde os fundadores até aos que o mantêm nos dias de hoje! O Jornal Sporting comemora 99 anos de existência a cobrir os feitos históricos do Clube, equipas, atletas, Sócios e todo o universo Leonino. O mais antigo Jornal de clube do Mundo! É um prazer imenso ficar ligado a algumas edições do mesmo, podendo partilhar com todos os Sportinguistas algumas linhas sobre o nosso grande Clube! Numa semana sem jogos da equipa profissional de futebol por interregno da Liga NOS devido aos compromissos das selecções nacionais, registo com muito agrado as chamadas (ainda que a pecarem por tardias) de João Palhinha e Nuno Mendes à selecção A (aos quais se juntou Luís Neto). João Palhinha e Nuno Mendes têm-se cotado como o melhor médio e o melhor defesaesquerdo da Liga NOS até ao presente momento, e a sua juventude não podia ser critério para justificar as ausências das sucessivas convocatórias. A meritocracia tinha de ter em conta as performances dos jogadores na hora de fazer a convocatória para defender a selecção das quinas. Os seleccionadores (e não é caso único o futebol, nas outras modalidades o pensamento varia pouco) seguem uma linha condutora de preservar e proteger um grupo de trabalho com o mínimo possível

de mexidas ao longo das campanhas para Campeonatos Europeus ou Mundiais. Compreendo que a estabilidade e o próprio compromisso do grupo de trabalho saem fortalecidos nessa linha de raciocínio. Mas parece-me demasiado penalizador para quem apresenta uma performance acima dos outros com o decorrer do tempo, e para a própria selecção nacional em causa, que fica privada de jogadores que vão aparecendo ao longo das épocas. Se é verdade que a forma e o conteúdo nas ideias de jogo de uma selecção devam seguir uma linha condutora, parece-me que ignorar o aparecimento de picos de forma nos jogadores penaliza mais do que beneficia a performance colectiva e o resultado final de um jogo. Isto para além de castrar uma renovação que vai sendo necessária nos diversos grupos de trabalho ao longo do tempo. João Palhinha, Nuno Mendes, Luís Neto, João Mário e Pedro Gonçalves na selecção A, Luís Maximiano, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Daniel Bragança e Tiago Tomás na selecção de sub-21 são o presente, não apenas o futuro da selecção portuguesa. E apenas as lesões de Paulinho e Nuno Santos impedem que o contingente Leonino seja ainda maior no caso do critério principal passar a ser a meritocracia. A destacar também a estreia na selecção principal de nuestros hermanos de Pedro Porro, o que comprova que não é por não se jogar numa liga europeia de topo (Espanha, Inglaterra ou Itália) que se fica privado de chegar a uma selecção nacional e logo na ex-campeã da Europa e do Mundo como é o caso da nossa vizinha Espanha. Aqui mesmo ao lado, olha-se para o trajecto, para as exibições e para o momento do jogador,

premiando-se o mesmo e deixando a selecção com os melhores naquele momento. Obrigado ao Pedro Porro pela época que tem feito com o Leão rampante ao peito. Parabéns pelo sonho de vida concretizado ao vestir a camisola do seu país. Esperamos que regresse ainda mais motivado para levar a nossa equipa a continuar um percurso que tem sido imaculado! Nota final para a vitória na Taça da Liga de futsal, a terceira para o Museu Sporting e conquistada com a competência habitual da equipa liderada pela dupla Nuno Dias e Paulo Luís perante o rival de sempre na modalidade. Escutando atentamente as declarações do nosso multititulado treinador acerca do gosto especial que este troféu lhe deu a conquistar associei desde logo (espero que bem) à composição do plantel e ao facto inédito de nos dezassete elementos que o compõem constarem nove elementos formados no Clube. Mais de metade. Seis deles com idade até aos 22 anos e com participação activa na performance da equipa. O ADN do Clube, os valores, e as ideias (as tais de que já fui falando noutros artigos) não se encontram nos dias de hoje apenas no futebol, vão-se também alastrando a todas as modalidades! Este feito único e sem paralelismo no futsal português, e que consagra a excelência da formação na modalidade que é feita na casa, é complementado com mais vinte e cinco jogadores a actuarem noutros clubes da Liga Placard de futsal e que foram formados no Sporting Clube de Portugal. Ao todo, são trinta e quatro jogadores formados no Sporting CP a jogarem no principal escalão da modalidade no nosso país que comprovam o trabalho elaborado pelo Clube, dirigentes, staff e jogadores na formação ao longo dos últimos 15 anos.

Existe, na minha opinião, um nome que tem de ser associado e se confunde ele próprio indubitavelmente com este percurso. Esteve “apenas” onze anos no Clube com o cargo de treinador da equipa de juniores e foi, é, e continuará a ser, na minha opinião, o “Aurélio Pereira” do nosso futsal. Porque vive um momento pessoal particularmente difícil

a cargo com uma maldita doença, deixo-lhe aqui um abraço de amizade, de profundo respeito e admiração pelo nosso Jorge Monteiro. E sei que, como eu, todos os Sportinguistas lhe desejam rápidas melhoras bem como a certeza de que irá com toda a força ultrapassar este momento como sempre o fez ao longo da sua vida!

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ß FUTSAL

Goleada no dérbi e mais um título Equipa de futsal conquistou a Taça da Liga pela terceira vez – e pela primeira desde 2016/2017 – ao vencer o SL Benfica em Sines por uns claros 6‑2. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Mário Vasa

Habituada a vencer, a equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal deu continuidade à hegemonia que criou ao longo da última década e conquistou mais um título. No último fim‑de‑semana, os Leões disputaram e venceram a final eight da Taça da Liga realizada no Pavilhão Multiusos de Sines, goleando, na final de domingo, o rival SL Benfica por 6‑2. Foi a terceira Taça da Liga do palmarés verde e branco. Depois de duas vitórias por 4‑2 nos quartos‑de‑final e meias‑finais contra, respectivamente, Portimonense SC e AD Fundão, o Sporting CP encontrou as águias num dérbi sempre apetecível, não fosse ele o maior jogo de futsal do planeta. O emblema de Alvalade procurava voltar a vencer

A festa do Sporting CP em Sines

um troféu que fugia desde 2016/2017, mas até foi o SL

Guitta realizou uma grande exibição no dérbi

Benfica a entrar mais ofensivo. Joel Rocha tentou surpreender com o cinco para quatro logo no primeiro minuto e Guitta teve algum trabalho nos instantes iniciais, mas o Sporting CP controlou rapidamente o ímpeto adversário. Diego Cavinato teve nos pés a primeira oportunidade Leonina, aos quatro minutos, e o Sporting CP inaugurou o marcador pouco depois. Realizando o movimento que lhe é conhecido, da esquerda para o centro, Alex Merlim beneficiou do trabalho sem bola de Erick Mendonça para ganhar espaço e rematar para o fundo das redes. O SL Benfica tentou responder,

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mas os vários remates que efectuou acabavam sempre com a defesa de Guitta. Aos 15 minutos, e depois de mais uma intervenção do guarda‑redes brasileiro, os encarnados acertaram no poste, mas o Sporting CP reagiu logo a seguir, com Rocha a ficar muito perto do golo, mas André Correia defendeu. O mesmo guardião André Correia cometeu ainda uma falta clara sobre Rocha na área

do SL Benfica, mas a equipa de arbitragem deixou seguir. Inconformado com a oportunidade falhada e com o pontapé de penálti não assinalado, e já depois de Guitta voltar a defender as investidas rivais, Rocha acabou mesmo por marcar aos 19 minutos. Bom passe de Erick Mendonça para o pivô brasileiro, que fez o que quis de Nilson e enviou uma ‘bomba’ para o fundo das redes benfiquistas. O golo em cima do intervalo foi muito importante para dar mais tranquilidade ao Sporting CP, mas ainda mais decisivos foram os dois tentos logo a abrir a segunda parte. No primeiro minuto, Pany Varela descobriu Zicky e este soltou‑se da marcação de Afonso Jesus para bater André Correia com um forte remate. Grande lance do jovem pivô, que festejou efusivamente. O 4‑0 veio logo a seguir. Novamente em destaque ao superar Afonso Jesus com facilidade, Zicky assistiu Pauleta na perfeição e este, na cara do guardião adversário, finalizou com classe. O jogo ficou ainda mais favorável ao Sporting CP, que passou a ter muito mais margem de manobra para gerir o que restava do desafio.

ß 28 de Março de 2021 | Taça da Liga ‑ final | Pavilhão Multiusos de Sines

SPORTING CP Alex Merlim (7’), Rocha (19’), Zicky (21’ e 37’), Pauleta (23’), João Matos (40’)

6‑2 (2‑0 ao intervalo)

SL BENFICA Silvestre (37’ e 39’)

Sporting CP: Guitta [GR], Erick Mendonça, Alex Merlim, Pany Varela e João Matos [C]; Gonçalo Portugal [GR], Mamadu Turé, Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky, Taynan, Rocha, Diego Cavinato e Pauleta. Treinador: Nuno Dias.

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O jovem pivô Zicky apontou dois golos ao SL Benfica


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Alex Merlim e Rocha facturaram na primeira parte

O SL Benfica, claro, tentou tudo para, pelo menos, reduzir, mas encontrou sempre pela frente um Guitta inspirado. Destaca‑se a oportunidade de Arthur, aos 28 minutos, defendida incrivelmente pelo guarda‑redes Leonino. E como quem não marca, sofre, o Sporting CP chegou ao 5‑0. Passe perfeito de Alex Merlim para Zicky, que se antecipa aos oponentes e recebe de peito para, depois, finalizar subtilmente. Grande lance (mais um) do produto da formação do Sporting CP e mão cheia de golos em Sines. Em cinco para quatro, o SL Benfica conseguiu reduzir duas

vezes, ambas graças a Silvestre, mas a vitória estava entregue ao Sporting CP, que ainda facturou mais uma vez, quando João Matos aproveitou o erro grosseiro de André Correia para rematar para a baliza deserta e fazer o 6‑2. No final, grande festa verde e branca em Sines, com o Sporting CP a amealhar a terceira Taça da Liga da sua história e a conquistar o segundo título no decorrer de 2020/2021, depois da Taça de Portugal referente à época passada, mas vencida já durante a actual.

Nuno Dias: “Ganhámos com toda a justiça” No final da partida, Nuno Dias mostrou‑se satisfeito com a conquista daquela que considera ser “a competição mais difícil de ganhar depois do campeonato porque engloba três jogos em três dias consecutivos com as oito melhores equipas da Liga”. “O Sporting CP eliminou a terceira classificada [AD Fundão], a segunda classificada [SL Benfica] e o Portimonense SC. Ganhámos com toda a justiça”, disse aos jornalistas na zona mista do Pavilhão Multiusos de Sines, partindo depois para a análise ao encontro. “Muitos aspectos condicionaram esta partida. Marcámos primeiro e o SL Benfica nunca tinha estado em desvantagem nos dois jogos que teve connosco. Queríamos estar na frente e isso foi importante. Depois, o facto de chegarmos ao intervalo com a vantagem de dois golos garantiu alguma confiança. A forma como fomos

eficazes na segunda parte também foi extraordinária. Depois, há que deixar uma palavra ao trabalho do Luís Ribeiro e do Filipe Rodrigues [membros do staff técnico]. Só com o bom trabalho deles era possível termos jogadores recuperados com três jogos de uma intensidade enorme. Fizeram um trabalho extraordinário para os jogadores apresentarem a disponibilidade que demonstraram hoje”, frisou. O treinador Leonino comentou ainda a ausência dos Sportinguistas devido à pandemia de COVID‑19. “Infelizmente, não tivemos os nossos adeptos, que dão outra cor e que fariam com que o festejo fosse diferente. O mais importante é competirmos e continuarmos a cumprir com as regras a que esta pandemia nos obriga. Mais uma conquista, mais um troféu para o nosso Museu e mais um objectivo alcançado”, concluiu.

O capitão João Matos fechou as contas em 6‑2

Título dedicado aos Sportinguistas Os protagonistas da vitória Leonina que se deslocaram à zona mista do Pavilhão Multiusos de Sines dedicaram a conquista da Taça da Liga aos Sócios e adeptos do Sporting CP que, devido à pandemia de COVID‑19, não tiveram hipótese de assistir ao dérbi ao vivo. “É muito bom dar este prazer aos Sportinguistas que nos acompanham pelo país fora. Eles queriam estar aqui presentes e nós gostaríamos muito de ter aqui o calor humano que os caracteriza. Eles empurram‑nos

no momento‑chave. É por eles”, disse João Matos aos jornalistas. Erick Mendonça lembrou que a presença dos Sportinguistas é muito desejada pela equipa. “Esperamos que, o mais cedo possível, os adeptos voltem a encher o João Rocha. Que tenham disfrutado do jogo tanto como nós. Acima de tudo, que percebam que nos fazem falta”, considerou. O guarda‑redes Guitta revelou que “as vibrações positivas”

dos adeptos Leoninos “chegam sempre ao balneário e à quadra”. “Há que agradecer sempre o apoio. (...) É mais um título para os Sportinguistas comemorarem e terem orgulho da nossa modalidade”, acrescentou. Também José Almeida, director do futsal verde e branco, dedicou o triunfo aos Sportinguistas. “Hoje era dia dos nossos adeptos estarem aqui connosco para comemorarem esta bela vitória. Não estiveram, mas esta vitória é para eles”, referiu.

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ß NATAÇÃO

ß ATLETISMO

13 medalhas e um novo recorde nacional

Campeões Nacionais em femininos e em masculinos

Sporting CP foi o clube mais medalhado em masculinos, numa prova em que Francisco Santos esteve em destaque ao bater o recorde nacional dos 200 metros costas. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

O Sporting Clube de Portugal conquistou 13 medalhas na prova “Coimbra – Rumo a Tóquio 2021”, que se realizou no último fim‑de‑semana. Uma boa prestação dos atletas Leoninos que terminou com o Sporting CP como o clube mais medalhado em masculinos e ainda com um novo recorde nacional conquistado por Francisco Santos. O nadador Leonino bateu o recorde nacional sénior/absoluto dos 200 metros costas, depois de terminar a prova em 1’58’’22, tirando 61 centésimos à marca que vigorava desde 2012, e assegurou ainda o acesso ao Campeonato da Europa de piscina longa, que se realizará

em Maio, na Hungria. Em Coimbra, Francisco Santos conquistou, assim, uma medalha de ouro, além de duas de prata (50 e 100 metros costas), Alexis Santos amealhou duas de ouro (50 metros costas e 200 metros estilos) e Francisco Quintas também esteve em destaque ao conquistar duas de prata (50 e 200 metros bruços). Inês Henriques foi a única atleta feminina do Sporting CP a subir ao pódio, ao vencer a prata nos 200 metros mariposa. No total, em masculinos e femininos, o emblema de Alvalade conquistou quatro medalhas de ouro, sete de prata e duas de bronze.

Francisco Santos bateu o recorde nacional dos 200 metros costas

Pódios Leoninos OURO Alexis Santos, 50 m costas e 200 m estilos Igor Mogne, 400 m livres Francisco Santos, 200 m costas PRATA Francisco Santos, 50 m costas e 100 m costas Tiago Costa, 200 m livres Francisco Quintas, 50 m bruços e 100 m bruços António Mendes, 200 m bruços Inês Henriques, 200 m mariposa BRONZE Igor Mogne, 200 m livres Tiago Costa, 400 m livres

Sporting CP venceu os Campeonatos Nacionais de Clubes em pista coberta, após a boa prestação no primeiro fim‑de‑semana da prova. Títulos foram confirmados no “sofá”. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: FP Atletismo/Luís Barreto

de 13 e 14 de Março e no passado fimde-semana, em Pombal, com os atletas O Sporting Clube de Portugal do Sporting CP a competirem apenas conquistou, no último domingo, os no primeiro fim‑de‑semana da prova, Campeonatos Nacionais de Clubes em no qual as boas prestações já previam pista coberta, tanto no sector feminino, este desfecho. como no masculino. Os atletas Leoninos tinham ficado A prova realizou‑se no fim-de-semana mais perto dos respectivos títulos nessa ocasião, ficando só à espera do que fariam os adversários na segunda parte da prova. Assim, Leoas e Leões acabaram por ver os títulos confirmados quando estavam no “sofá”. Isto porque, fechadas as contas, as Leoas, Leoas revalidaram o título que defendiam o título, conquistaram 200 pontos no total, enquanto os Leões, que não eram campeões nacionais desde 2017, amealharam 198 pontos. Ambos com larga vantagem sobre os segundos classificados. Equipa masculina acompanhou as senhoras e venceu o campeonato

Classificação FEMININOS 1.º SPORTING CP, 200 pontos 2.º ACD Jardim Serra, 159 pontos 3.º GA Fátima, 159 pontos SECTOR MASCULINO 1.º SPORTING CP, 198 pontos 2.º Juventude Vidigalense, 161 pontos 3.º SC Braga, 143,5 pontos


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ß RÂGUEBI

Campeãs Nacionais, mais uma vez! Leoas continuam a não dar hipóteses a nível nacional e voltaram a vencer o Campeonato Nacional diante do SL Benfica, desta vez na vertente de râguebi de 15 pela primeira vez. Mais um troféu para o Museu Sporting e o acesso a mais uma Taça Ibérica. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão

A equipa feminina de râguebi do Sporting Clube de Portugal continua imparável a nível nacional e, no passado domingo, voltou a vencer o Campeonato Nacional da Divisão de Honra, desta vez na nova vertente de 15. Para isso, as Leoas tiveram de vencer, mais uma vez, o

SL Benfica na final disputada nas Caldas da Rainha. Desta feita por 11‑8, num jogo que só foi resolvido nas grandes penalidades, depois do empate (8‑8) no tempo regulamentar e após o prolongamento. Ao intervalo a formação orientada por Pedro Leal já vencia por 5‑3, mas a equipa

Um Palmarés Incrível 2 Campeonatos Nacionais da Divisão de Honra: 2019/2020 (13) e 2020/2021 (15) 3 Campeonatos Nacionais de sevens: 2016/2017, 2017/2018 e 2018/2019 1 Campeonato Nacional de tens: 2018/2019 4 Taças de Portugal: 2016/2017 (sevens), 2017/18 (tens), 2018/19 (tens) e 2019/2020 (tens) 2 Supertaças: 2018/2019 (tens) e 2019/2020 (tens) 2 Taças Ibéricas de 15: 2018/2019 e 2019/2020

encarnada ainda conseguiu virar o resultado e colocar‑se na frente do marcador. Ainda assim, apesar de ter várias baixas para esta partida, o Sporting CP acabou por empatar, com um drop da capitã Isabel Ozório, e levar o encontro para o prolongamento. No prolongamento, Sporting CP e SL Benfica não conseguiram desfazer o empate e a final teve de ser resolvida nas grandes penalidades. Três para cada lado e apenas uma convertida, com a capitã verde e branca a voltar a marcar e a dar mais um título ao emblema Leonino. As Leoas conquistaram, assim, pela primeira vez o campeonato em râguebi de 15 e confirmaram a supremacia Leonina na modalidade, iniciada na temporada 2016/2017.

“Este título foi especial por várias razões” “Foi um jogo muito renhido e não propriamente bonito, mas as finais não se jogam, ganham-se. E, felizmente, tivemos a ‘sorte’ – e o mérito, após conseguirmos o prolongamento – de ganhar mais esta partida e este campeonato”, começou por dizer o treinador Leonino, Pedro Leal, ao Jornal Sporting, após mais esta conquista, dando conta da importância do título: “Além de significar mais uma taça conquistada, dá-nos ainda a possibilidade de jogarmos, uma vez mais, a Taça Ibérica. Por isso, estamos duplamente satisfeitos”. “Todos os títulos são bons e importantes, mas este foi especial por várias razões e, principalmente, porque foi o primeiro campeonato que jogámos em râguebi de 15. Jogámos com muitas miúdas, inclusive com a Matilde Pedro, de apenas 16 anos, porque tínhamos muitas baixas, e mesmo assim, perante um SL Benfica que está a crescer, vencemos”, justificou Pedro Leal, finalizando: “Estou muito satisfeito por isso, apesar de não estar satisfeito com o nível do jogo em si”.

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ß FUTEBOL 0 EQUIPA FEMININA

ß ANDEBOL

3-0 e três bolas no ferro

Schöngarth em grande no regresso aos triunfos

Sporting CP venceu o SCU Torreense e continua na liderança isolada da fase de apuramento do campeão da Liga BPI. Leoas vão agora para as selecções e só regressam no final de Abril.

Os festejos do primeiro golo da partida apontado por Rita Fontemanha

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no sábado passado, o SCU Torreense por 3-0 em jogo da 10.ª jornada da fase de apuramento do campeão da Liga BPI, mantendo-se assim na liderança isolada da prova. A formação orientada por Susana Cova confirmou o favoritismo, sendo superior do início ao fim da partida, mas a equipa visitante não entregou os três pontos facilmente, tendo tido bons momentos em Alcochete, sobretudo a nível defensivo. Ainda assim, o Sporting CP, além de controlar a partida, também foi bem mais ameaçador e o resultado só não foi mais volumoso devido aos ferros da baliza defendida por Mariana Ferreira e a alguma falta

de eficácia verde e branca. Rita Fontemanha foi a primeira a ver a barra negar-lhe o 1-0, aos 32 minutos, mas cinco minutos depois a camisola 8 verde e branca marcou mesmo. Passe longo de Ana Capeta para Ana Borges que, junto à pequena área, atrasou para Rita Fontemanha finalizar de primeira, dando vantagem ao Sporting CP. As Leoas foram, assim, a vencer pela margem mínima para o intervalo. Na segunda metade, a formação Leonina entrou disposta a aumentar a vantagem, mas Ana Borges, a cumprir o jogo 100 de Leão ao peito, atirou ao ferro. A internacional portuguesa quis, minutos depois, entregar o golo a Marta Ferreira, mas a médio verde e branca apareceu em fora‑de-jogo e o lance foi invalidado. Terceira infelicidade para a equipa Leonina, que, ainda assim,

continuou focada na tentativa de aumentar a vantagem. Tatiana Pinto dispôs de uma boa ocasião para o fazer, após cruzamento desde a esquerda, mas, ao segundo poste, cabeceou ao lado. O 1-0 teimava em persistir, até que aos 63 minutos, após a primeira mexida de Susana Cova – saiu Marta Ferreira e entrou Raquel Fernandes – Ana Capeta fez, finalmente, o 2-0. A camisola 7 verde e branca recebeu à entrada da área e, apesar de ter pouco espaço, teve tempo para tudo e rematou rasteiro para a baliza do SCU Torreense. Uma vantagem justa para as Leoas, com a capitã Nevena Damjanović a tentar o 3-0, na conversão de um livre, mas aí Mariana Ferreira levou a melhor. Quando não foi a guarda-redes do SCU Torreense a levar a melhor foi o ferro, que perto do minuto 90 voltou a negar o golo Leonino. Desta vez a Raquel Fernandes que, ainda assim, acabou por marcar. Foi aos 90+1 minutos que a jogadora brasileira fechou a contagem, e logo com um golaço. Vitória mais do que justa das Leoas, que só voltam a jogar no final de Abril, uma vez que agora é tempo de selecções.

Equipa de Rui Silva vence na recepção ao Póvoa AC. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão

O lateral-direito destacou-se com nove golos marcados

Depois do desaire europeu contra os polacos do SPR Wisła Płock, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal voltou às vitórias no último sábado ao receber e bater o Póvoa AC por 25-22 para a 21.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1. Com nove golos, Jens Schöngarth foi a figura em principal destaque no Pavilhão João Rocha. O Póvoa AC entrou bem e deu bastante trabalho ao Sporting

CP no primeiro quarto de hora, tendo até Matevž Skok sido obrigado a trabalhar bastante (e bem). Aos 17 minutos, Rui Silva pediu um desconto de tempo e os Leões subiram de rendimento até ao intervalo, altura em que venciam por 14‑10. Pela positiva, o regresso de Arnaud Bingo, recuperado de lesão, à competição, enquanto que, pela negativa, Pedro Valdés viu o cartão vermelho em cima do final da primeira parte. O Sporting CP entrou bem no segundo tempo e chegou a aumentar a vantagem para seis golos (20-14). Jens Schöngarth deu continuidade à primeira parte fantástica e foi colocando cada vez mais bolas na baliza dos nortenhos. Ainda assim, o Póvoa AC foi crescendo e aproximouse do emblema de Alvalade no marcador. Mas, e de novo com Matevž Skok em bom plano entre os postes, o Sporting CP segurou a vitória por 25-22. Para além de Jens Schöngarth (nove golos) e de Matevž Skok, Edmilson Araújo, Daniel Andrejew e Francisco Tavares (todos com três golos) foram os maiores destaques.

ß TÈNIS DE MESA

Fim-de-semana só com vitórias Leões do ténis de mesa superam ADC Ponta do Pargo e CD 1.º Maio. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão

A equipa principal masculina de ténis de mesa do Sporting Clube de Portugal venceu os dois jogos que realizou no último fim-de-semana para o Campeonato Nacional da modalidade. No sábado, os Leões de Chen Shi Chao não tiveram

problemas em vencer na recepção ao ADC Ponta do Pargo por 4-0. Thiago Monteiro e Bode Abiodun venceram o primeiro jogo de pares por 3-0 e seguiram-se depois vitórias individuais de Diogo Carvalho (3-0), Thiago Monteiro (3-0) e Bode Abiodun (3-1) sobre Duarte Mendonça, Eduardo

Vieira e Idowu Saheed, respectivamente. No domingo, também na condição de visitado, o Sporting CP superou o CD 1.º Maio por 4-1. Bode Abiodun e Thiago Monteiro bateram Artur Silva e Gonçalo Gomes por 3-1 no jogo de pares, Diogo Carvalho venceu Marco Rodrigues por

Diogo Carvalho em acção contra o ADC Ponta do Parvo

3-0 e Thiago Monteiro, agora no jogo individual, foi mais forte que Humberto Junior (3-0). O jovem Leão Francisco Silva perdeu por 1-3 com Gonçalo

Gomes, mas Diogo Carvalho fechou a partida com um triunfo por 3-0 sobre Humberto Junior. O Sporting CP segue líder isolado da tabela classificativa.


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ß BASQUETEBOL

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ß HÓQUEI EM PATINS

Na final four da Taça Acreditar até ao fim de Portugal

SC Tomar ofereceu boa resposta, mas o Sporting CP venceu por 4-3.

Basquetebol vence Vitória SC nos quartos-de-final. Texto: Luís Santos Castelo

Actual detentora do título, a equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal foi, no último sábado, a casa do Vitória SC vencer por 78-80 nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Com este triunfo, os Leões asseguraram um lugar na final four da competição. Os minhotos foram um adversário complicado, como habitualmente, e colocaram em causa a vitória Sportinguista na primeira parte. Os triplos de Tyler Seibring e de Ricardo Monteiro permitiram aos visitados conseguir uma vantagem relevante e chegar ao final do primeiro quarto na frente (25-21). O Sporting CP reagiu e deu a volta no segundo quarto, mas um parcial de 10-0 fez com que o Vitória SC voltasse a estar na frente, chegando ao intervalo com oito pontos de vantagem (45-37).

A toada mudou para o segundo tempo e um lançamento triplo de Shakir Smith, no terceiro quarto, fez com que o Sporting CP passasse, mais uma vez, para a frente (55-57), ainda que o Vitória SC tenha reagido novamente. Assim, o jogo entrou para o último quarto com tudo em aberto e 64-63 no marcador. No último tempo, contudo, surgiu um Sporting CP em grande nível que facturou um parcial favorável de 13-2 (68-76). O Vitória SC ainda ameaçou nos minutos finais, reduzindo a desvantagem para apenas dois pontos, mas os Leões conseguiram segurar um triunfo importante por 78-80. Shakir Smith (15 pontos), James Ellisor (15) e Travante Williams (14) foram os melhores marcadores do emblema verde e branco. O sorteio da final four da Taça de Portugal, que se vai realizar a 10 e 11 de Abril em Matosinhos, está marcado para as 16h00 de hoje.

Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Mário Vasa

Na 25.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional de hóquei em patins, o Sporting Clube de Portugal recebeu, no último sábado, o SC Tomar no Pavilhão João Rocha, tendo vencido por 4-3. O duelo foi de emoções fortes até ao fim, mas um golo de Matías Platero nos instantes finais decidiu o resultado. Logo nos primeiros minutos, Toni Pérez não aproveitou uma grande penalidade e, a seguir, Pedro Gil acertou no poste. O SC Tomar aproveitou para inaugurar o marcador num grande tiro de Filipe Almeida, que pouco depois

voltaria a facturar na finalização de um contra-ataque. A perder por 0-2, o Sporting CP reagiu e Ferran Font reduziu aos 15 minutos de jogo. Ainda no primeiro tempo, Alvarinho marcou na insistência e o empate voltou a ser uma realidade, desta feita por 2-2, resultado com que o jogo foi para intervalo. Na segunda metade, o Sporting CP marcou primeiro, quando Telmo Pinto enviou uma bola para zona perigosa, onde apareceu Toni Pérez para o desvio que resultou em golo. 3-2 e reviravolta consumada, mas o SC Tomar voltou à carga e demonstrou todo o seu valor. De novo por Filipe Almeida, que completou o hat trick, os visitantes

fizeram o 3-3. O Sporting CP foi, como sempre, à procura da vitória e conseguiu-a aos 48 minutos do desafio. Assistência de Ferran Font e Matías Platero a não perdoar, apontando o 4-3 final que deu mais um triunfo aos jogadores de Paulo Freitas.

O golo da vitória foi apontado por Matías Platero

Leoas venceram em Coimbra A equipa feminina de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado domingo, a AA Coimbra por 1-4 em jogo da 8.ª jornada do grupo 1 do Campeonato Nacional. A formação de Coimbra, a jogar em casa, até entrou melhor e colocou-se na frente do marcador aos sete minutos, com golo de Carolina Gonçalves, mas as Leoas deram a volta e foram para o

intervalo a vencer por 1-2 com golos de Inês Florêncio e Ana Catarina Ferreira. Na segunda metade, valeram os golos de Sofia Moncóvio e Rute Lopes que consolidaram o triunfo verde e branco. O Sporting CP, que continua assim na segunda posição da tabela, só volta a jogar no dia 11 de Abril, na recepção ao UD Vilafranquense.

ß VOLEIBOL

Importante regresso aos triunfos Sporting CP entrou da melhor maneira no play-off da Taça Federação, vencendo o SC Espinho em casa do adversário. Esta sexta-feira as duas equipas voltam a defrontar-se, mas no Pavilhão João Rocha. Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa principal de voleibol do Sporting Clube de Portugal regressou aos triunfos, no último sábado, ao vencer o SC Espinho por 0-3, na Nave Desportiva de Espinho, no primeiro jogo do play-off de apuramento para a Taça Federação. O primeiro set foi o mais dividido e intenso fruto de alguns erros do Sporting CP, que depois conseguiu estabilizar e virar o resultado, fechando o set com 31-33.

Seguiram-se dois sets, também muito disputados, mas nos quais a formação orientada por Gersinho venceu de forma mais tranquila, ambos por 20‑25, conseguindo resolver o encontro em apenas três sets. Os Leões fecharam, assim, da melhor maneira um intenso mês de Março, no qual disputaram sete encontros, e voltam a jogar nesta sexta-feira, novamente diante do SC Espinho, o jogo dois deste play-off, mas desta vez no Pavilhão João Rocha.

Leoas caíram de pé A equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal falhou, no passado domingo, o acesso à final do Campeonato Nacional, depois de perder por 0-3 diante do Leixões SC, que fechou assim a eliminatória por 2-3 em jogos. Um play-off tremendamente disputado, jogado em cinco partidas e que ficou decidido no Pavilhão João Rocha, em mais uma emocionante partida, na qual os pontos foram discutidos até ao limite.

As Leoas até entraram bem na partida, conseguindo uma vantagem de quatro pontos a abrir o primeiro set, mas a formação leixonense conseguiu virar o resultado e venceu por 20-25. No segundo, o Leixões SC voltou a levar a melhor, conseguindo estar em vantagem em quase todo o set e vencer por 21-25, apesar de as Leoas nunca terem desistido e ainda terem ameaçado virar o resultado. A saída forçada

da distribuidora Ana Couto, devido a lesão, também limitou a equipa orientada por Rui Costa. À procura de forçar um quarto set, o Sporting CP não entrou da melhor maneira no terceiro e deixou o Leixões SC colocar-se na frente, virando o resultado mais à frente, mas chegadas aos 20 pontos, as visitantes não cederam e acabaram por vencer por 18-24. As Leoas seguem agora para o play-off da Taça Federação.


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ß PARCEIROS

ß PODCAST

FILSTONE patrocina futebol de formação

João Palhinha no ‘ADN de Leão’

ADN DE LEÃO LOGO ORIGINAL

Médio é o nono convidado da equipa principal de futebol do Sporting CP no podcast Leonino e protagonizou uma conversa animada com Guilherme Geirinhas. Texto: Maria Gomes de Andrade

Parceiro já estava ligado às equipas de futsal e futebol feminino.

Iniciada na época 2019/2020, a parceria entre o Sporting Clube de Portugal e a Filstone acaba de ganhar uma nova dimensão. Além do patrocínio das equipas seniores de futsal e futebol feminino, a ligação entre as duas partes vai agora estender-se também a todos os escalões do futebol de formação do emblema de Alvalade. “A relação entre o Sporting CP e a Filstone é de “pedra e cal”. A Filstone revê-se no ADN do Clube e aposta juntamente connosco na Formação. Dar aos nossos atletas, aos nossos jovens atletas, as melhores condições para evoluírem e para a prática do Desporto só é possível com parceiros que acreditam no Projecto Sporting”, afirmou André Bernardo, membro do Conselho Directivo do Sporting CP, afirmou André Bernardo, membro do Conselho Directivo do Sporting CP. A Filstone tem vindo a demonstrar um apoio crescente ao Sporting CP nos

últimos dois anos, como ficou claro na celebração do 114.º aniversário do Clube, ocasião na qual foram oferecidas duas estátuas em pedra, peças que passaram a figurar nos dois locais mais emblemáticos da história verde e branca: o Estádio José Alvalade e a Academia Sporting. “Quando iniciámos esta ligação associámo-os a mais do que uma modalidade porque acreditamos que o eclectismo é fundamental para fortalecer clubes com a dimensão do Sporting CP. Agora preparamo-nos para patrocinar as camadas jovens do futebol porque é nelas que se criam as bases do sucesso. Apoiar o topo sem formar a génese seria pensar num clube desprovido de história e evolução”, referiu Ricardo Jorge, presidente do conselho de administração da Filstone. As novas camisolas do futebol de formação Leonino com o patrocínio da Filstone têm data de estreia marcada já para esta quinta-feira, dia 1 de Abril, no dérbi de sub‑23 com o SL Benfica.

João Palhinha é o próximo convidado do podcast oficial do Sporting Clube de Portugal, ‘ADN de Leão’. O médio, que nos últimos dias representou a selecção nacional no início da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2022, somando as primeiras internacionalizações pela equipa principal de Portugal, esteve à conversa com Guilherme Geirinhas, num episódio que contou ainda com a participação de dois companheiros de equipa. Ainda assim, segundo disse João Palhinha aos meios de comunicação do Sporting CP, após a gravação do podcast, aquilo que Nuno Santos e Bruno Tabata disseram não é verdade: “Não, não é. De todo. Só disseram mentiras, mas acabaram por ter uma influência positiva neste episódio do ‘ADN de Leão’”. Praticamente tão à vontade como se mostra dentro de campo, João Palhinha protagonizou uma conversa animada com Guilherme Geirinhas e deu‑se a conhecer aos Sportinguistas, que neste episódio ficarão a saber mais sobre o médio que chegou ao

Guilherme Geirinhas recebeu João Palhinha no ‘ADN de Leão’

Sporting CP na temporada 2012/2013 para jogar nos juniores Leoninos. “Contei várias coisas sobre a minha vida pessoal, falei sobre as minhas superstições e da relação que tenho com a equipa, entre outras coisas. Vão ficar a conhecer‑me melhor de certeza”, disse João Palhinha, atirando: “Eu gostei muito. Foi um tempinho bem passado”. Por isso, o internacional português, de 25 anos, espera que os ouvintes do ‘ADN de Leão’, também gostem deste episódio que dará a conhecer o ‘outro lado’ de mais um jogador da equipa principal de futebol, o nono depois de João Mário, Sebastián Coates, Tiago Tomás, Luís Neto, Pedro Gonçalves,

Médio deu-se a conhecer e foi surpreendido por dois companheiros de equipa

Zouhair Feddal, Nuno Santos e Antonio Adán. “Espero que gostem deste episódio tanto quanto eu gostei de o gravar”, afirmou, deixando ainda uma mensagem aos Sportinguistas: “Continuem a apoiar-nos como têm apoiado até aqui. Estejam sempre do nosso lado”. João Palhinha, que esta época soma 28 jogos e dois golos de Leão ao peito, estreou-se na equipa principal do Sporting CP em 2016/2017, depois dos empréstimos ao Moreirense FC, próximo adversário dos Leões na Liga NOS, e ao CF “Os Belenenses” onde jogou para adquirir experiência de primeira Liga. Ainda assim, só agora, depois do empréstimo de duas temporadas ao SC Braga e da chegada de Rúben Amorim ao Sporting CP, é que o médio conquistou um lugar na equipa Leonina, na qual tem sido dono e senhor, a par de João Mário, do meio-campo. O ‘ADN de Leão’ com João Palhinha vai para o ar na próxima terça‑feira, dia 6 de Abril, às 19h06, nas plataformas habituais de podcast e poderá ainda ser visto no canal do Sporting CP no Youtube e na Sporting TV.


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ß FUNDAÇÃO

Fundação entregou refeições solidárias Fundação Sporting levou a cabo mais uma iniciativa solidária por ocasião da Páscoa, entregando refeições a pessoas em situação de sem abrigo. Parceira Silva Carvalho ofereceu as refeições. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

A Fundação Sporting (FS) levou a cabo, no passado sábado de manhã, mais uma iniciativa solidária idêntica às que tem feito em todas as épocas festivas: oferecer refeições a pessoas sem abrigo, desta feita por ocasião da Páscoa que se celebra no próximo domingo. A Praça Centenário, no Estádio José Alvalade, voltou a ser o palco desta iniciativa, na qual participaram a vice‑presidente do Sporting Clube de Portugal e da Fundação Sporting (FS), Maria Serrano, e também vários voluntários da FS. Esteve igualmente presente uma médica que, à imagem AF SPORTING IRS JORNAL SCP do que tem acontecido nestas acções desde o início

Maria Serrano e os voluntários de mais uma iniciativa da Fundação Sporting

da situação pandémica, mediu a temperatura às dezenas de pessoas que se deslocaram a Alvalade. Foram entregues cerca de 100 refeições confeccionadas e MEIA.pdf 1 23/02/2021 19:00 oferecidas pela Silva Carvalho, empresa de restauração parceira

SE UM AJUDA, AJUDAMOS TODOS! OS TEUS 0,5% FAZEM TODA A DIFERENÇA. Ao preencheres o teu IRS, podes doar 0,5% à Fundação Sporting sem qualquer custo. Ajuda-nos a ajudar.

NIF 513 462 554 MODELO 3

QUADRO 11

`~ INSTITUICoES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

do Clube, e as que não puderam ser entregues em Alvalade foram distribuídas à hora de jantar. Maria Serrano, que lidera sempre estas acções, colocando ‘as mãos à obra’, mostrou‑se satisfeita pelo sucesso da acção, não deixando de enaltecer o

papel de quem a tornou possível. “Estas iniciativas são muito relevantes para nós porque ajudar o próximo faz parte do ADN do Sporting CP, mas são ainda mais importantes para as pessoas que aqui vêm. Por isso mesmo, gostava de agradecer à Silva Carvalho e aos nossos voluntários”, disse Maria Serrano aos meios de comunicação Leoninos. Vicente Themudo de Castro, voluntário da FS, também falou da importância destas acções, sobretudo nesta fase: “Estes momentos são muito importantes até porque vemos cada vez mais pessoas a precisarem de apoio. A Fundação tem apoiado recorrentemente, mas, infelizmente, não o consegue

fazer tantas vezes quantas gostaria por causa da pandemia. Além desta refeição, na altura da Páscoa, queremos que as pessoas possam ter mais esperança”, referiu, atirando: “Espero que estejamos cá para o ano, como estivemos no ano passado, e muitas vezes durante o ano que se segue, mas até preferia que não estivéssemos porque era bom sinal”. Leopoldo Calhau, que participou nesta acção pela primeira vez como voluntário da FS, mostrou‑se satisfeito por “poder ajudar”, elogiando a forma como a acção decorreu e “a calma e a serenidade” de todos os que se deslocaram a Alvalade e que respeitaram as limitações impostas pela pandemia.


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RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Placard Andebol 1 Sporting CP 25‑22 Póvoa AC

BASQUETEBOL MASCULINO

Seniores ‑ Taça de Portugal Vitória SC 78‑80 Sporting CP

ESPORTS MASCULINO

Equipa ‑ eLiga Portugal Sporting CP 10‑2 FC P. Ferreira Equipa ‑ FPF Masters eFootball Sporting CP 2‑0 Grow uP eSports

FUTEBOL FEMININO

Seniores ‑ Liga BPI Sporting CP 3‑0 SCU Torreense

FUTSAL MASCULINO

Seniores ‑ Taça da Liga Quartos‑de‑final: Portimonense SC 2‑4 Sporting CP Meias‑finais: Sporting CP 4‑2 AD Fundão Final: Sporting CP 6‑2 SL Benfica ‑ VENCEDOR

HÓQUEI EM PATINS MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão Sporting CP 4‑2 HC Turquel Sporting CP 4‑3 SC Tomar

FEMININO

Seniores ‑ Camp. Nacional AA Coimbra 1‑4 Sporting CP

JUDO MASCULINO

200 m costas: 1.º Francisco Santos 1’58’’22 ‑ REC. NACIONAL / MÍN. CAMP. EUROPA PISCINA LONGA 50 m bruços: 2.º Francisco Quintas 28’’98; 4.º António Mendes 30’’25 100 m bruços: 2.º Francisco Quintas 1’03’’66; 4.º António Mendes 1’04’’27 200 m bruços: 2.º António Mendes 2’18’’04; 5.º Francisco Quintas 2’27’’38 50 m mariposa: 7.º Alexis Santos 25’’40 100 m mariposa: 6.º Igor Mogne 55’’66 200 m estilos: 1.º Alexis Santos 2’01’’53 ‑ MÍN. CAMP. EUROPA PISCINA 4x100 m estilos: 1.º Sporting CP 3’47’’43

200 m mariposa: 2.º Inês Henriques 2’14’’82; 4.º Maria Moura 2’17’’59 200 m estilos: 5.º Érica Reis 2’26’’65; 14.º Leonor Catalão 2’33’’30

PÓLO AQUÁTICO MASCULINO

Seniores ‑ Camp. Nacional A1 Sporting CP 21‑6 Cascais WP

RÂGUEBI FEMININO

Seniores ‑ Final do Camp. Nac. Div. Honra XV Seniores ‑ Grand Slam Tbilisi Sporting CP 11‑8 SL Benfica ‑ CAMP. ‑73 kg: João Fernando elim. 2.ª ronda (1 V / 1 D) Surdolímpicos ‑ Coimbra / Rumo a Tóquio 2021 NACIONAL ‑100 kg: Jorge Fonseca elim. 3.ª ronda (1 D) 50 m S15: 1.º Ricardo Belezas 27’’43 100 m S15: 1.º Ricardo Belezas 1’00’’29 200 m S15: 1.º Ricardo Belezas 2’11’’43 Seniores ‑ Grand Slam Tbilisi ‑52 kg: Joana Ramos medalha de bronze (4 V / 1 D) 400 m S15: 2.º Ricardo Belezas 4’39’’44 Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão ‑57 kg: Wilsa Gomes elim. 2.ª ronda (1 V / 1 D) Sporting CP 4‑0 ADC Ponta Pargo Sporting CP 4‑1 CD 1.º Maio Absolutos ‑ Coimbra / Rumo a Tóquio 2021

TÉNIS DE MESA MASCULINO

FEMININO

FEMININO

NATAÇÃO MASCULINO

Absolutos ‑ Coimbra / Rumo a Tóquio 2021 50 m livres: 6.º Igor Mogne 24’’09; 14.º Bernardo Almeida 24’’93 100 m livres: 4.º Alexis Santos 50’’57; 6.º Tiago Costa 51’’96; 18.º Bernardo Almeida 54’’29 200 m livres: 2.º Tiago Costa 1’51’’68; 3.º Igor Mogne 1’52’’48; 9.º Bernardo Almeida 1’56’’36 400 m livres: 1.º Igor Mogne 3’59’’11; 3.º Tiago Costa 4’01’’75; 14.º Bernardo Almeida 4’14’’82 800 m livres: 14.º Tiago Costa 9’37’’17 50 m costas: 1.º Alexis Santos 26’’06; 2.º Francisco Santos 26’’15 100 m costas: 2.º Francisco Santos 55’’33

50 m livres: 7.º Mafalda Pinto 28’’12 100 m livres: 8.º Mafalda Pinto 59’’04 200 m livres: 5.º Maria Moura 2’06’’84; 8.º Mafalda Pinto 2’08’’43; 25.º Leonor Catalão 2’16’’25; 32.º Inês Henriques 2’18’’21 800 m livres: 15.º Leonor Catalão 9’55’’14 200 m costas: 5.º Érica Reis 2’24’’73 50 m bruços: 6.º Margarida Nunes 35’’04; 13.º Soraia Delgado 37’’23 100 m bruços: 5.º Margarida Nunes 1’14’’49; 11.º Érica Reis 1’18’’22; 13.º Soraia Delgado 1’20’’74 200 m bruços: 4.º Margarida Nunes 2’39’’32; 9.º Érica Reis 2’47’’13 100 m mariposa: 4.º Inês Henriques 1’03’’28; 5.º Maria Moura 1’03’’59; 12.º Leonor Catalão 1’06’’48

TIRO À BALA MASCULINO

RÂGUEBI SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL 11H00

DOMINGO, 4 DE ABRIL 10H00

Seniores ‑ Camp. Regional Centro Pistola standard: 1.º João Costa 563; 4.º Domingos Rodrigues 543; 8.º Licínio Santos 538; 13.º Francisco Silva 526; 42.º José Cruz 347 Pistola standard equipas: 1.º Sporting CP Carabina 50 m: 1.º Marcelo Cazassa 587; 6.º António Diogo 562; 8.º Rui Alves 557 Pistola percussão central: 7.º João Costa 560; 8.º Licínio Santos 560; 22.º Domingos Rodrigues 522; 26.º José Cruz 431 Pistola percussão central equipas: 3.º Sporting CP Carabina 3x40 m: 2.º Marcelo Cazassa 1142

TIRO COM ARCO MASCULINO

1.ª prova Ap. Selecção Nacional Seniores Recurvo 1.º Open: 2.º Luís Gonçalves 617; 3.º Tiago Matos 608; 6.º Domingos Vaquinhas 570; 10.º Filipe Alves 489 2.º Open: 2.º Tiago Matos 640; 3.º Luís Gonçalves 634; 4.º Domingos Vaquinhas 584; 8.º Filipe Alves 549 3.º Open: 2.º Luís Gonçalves 636; 3.º Tiago Matos 625; 6.º Domingos Vaquinhas 571; 9.º Filipe Alves 537 4.º Open: 2.º Luís Gonçalves 652; 3.º Tiago Matos 631; 4.º Domingos Vaquinhas 597; 6.º Filipe Alves 555 Seniores Compound 1.º Open: 12.º Nuno Félix 631; 13.º Bruno Costa 614 2.º Open: 11.º Bruno Costa 630 3.º Open: 8.º Nuno Félix 649; 13.º Bruno Costa 611 4.º Open: 10.º Bruno Costa 639 Juniores Recurvo 1.º Open: 1.º Duarte Cattoni 560 2.º Open: 1.º Duarte Cattoni 550 3.º Open: 1.º Duarte Cattoni 545 4.º Open: 1.º Duarte Cattoni 563

VOLEIBOL MASCULINO

Seniores ‑ Playoff Ap. Taça Federação Jogo 1: SC Espinho 0‑3 Sporting CP

FEMININO

Seniores ‑ Meias‑finais Camp. Nacional 1.ª Divisão Jogo 4: Leixões SC 3‑1 Sporting CP Jogo 5: Sporting CP 0‑3 Leixões SC

AGENDA ANDEBOL QUARTA-FEIRA, 7 DE ABRIL 20H00

SEGUNDA-FEIRA, 5 DE ABRIL 21H00

Seniores SPORTING CP vs. SL Benfica 14.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1 Pavilhão João Rocha

Seniores Moreirense FC vs. SPORTING CP 25.ª jorn. Liga NOS Parque Desp. Comendador Joaquim de Almeida Freitas (Moreira de Cónegos)

BASQUETEBOL SÁBADO, 3 DE ABRIL 16H00

FUTSAL SÁBADO, 3 DE ABRIL 19H00

Seniores AD Ovarense vs. SPORTING CP 25.ª jorn. Liga Placard Arena de Ovar (Ovar)

Seniores CF “Os Belenenses” vs. SPORTING CP 28.ª jorn. Liga Placard Pav. Acácio Rosa (Lisboa)

ESPORTS QUINTA-FEIRA, 1 DE ABRIL 19H00

19H00

Equipa Blues Esports vs. SPORTING CP 9.ª jorn. Grupo A FPF Masters eFootball Online

FUTEBOL QUINTA-FEIRA, 1 DE ABRIL 17H00 Sub-23 SPORTING CP vs. SL Benfica 14.ª jorn. Ap. Taça Revelação Estádio Aurélio Pereira

SÁBADO, 3 DE ABRIL 16H00

Seniores Fem. FC Águias Sta. Marta vs. SPORTING CP 10.ª jorn. 2.ª fase/Manut. Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Mun. Novelas (Penafiel)

GOLFE QUARTA-FEIRA, 7 DE ABRIL 9H00 Stableford net SPORTING CP 4.º Torneio atr. Handicap Pitch & Putt Campo de golfe do Jamor (Oeiras)

HÓQUEI EM PATINS SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL 15H00

Equipa B SPORTING CP B vs. SC Ideal 21.ª jorn. Série G Camp. Portugal

Seniores AD Valongo vs. SPORTING CP 23.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div.

Estádio Aurélio Pereira

Pav. Mun. Valongo

Seniores Fem. SPORTING CP vs. SL Benfica Supertaça Comp. Desp. Jamor (Oeiras)

TÉNIS DE MESA SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL 20H00 Seniores Fem. SPORTING CP vs. GDCS Juncal 19.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. CAR Vila Nova de Gaia

SÁBADO, 3 DE ABRIL 11H45 Seniores SPORTING CP vs. CD 1.º Maio Oitavos-de-final Taça Portugal CAR Vila Nova de Gaia

15H00 Seniores Fem. GDCS Juncal vs. SPORTING CP Quartos-de-final Taça Portugal CAR Vila Nova de Gaia

17H00 Seniores CCR Arrabães/C. Top Spin vs. SPORTING CP Quartos-de-final Taça Portugal (em caso de apuramento) CAR Vila Nova de Gaia

Seniores SPORTING CP vs. Adversário a designar Meias-finais Taça Portugal (em caso de apuramento)

VOLEIBOL SEXTA-FEIRA, 2 DE ABRIL 16H00 Seniores SPORTING CP vs. SC Espinho Jogo 2 Playoff 3.º/4.º Ap. Taça Federação

CAR Vila Nova de Gaia

Pavilhão João Rocha

10H00

SÁBADO, 3 DE ABRIL

Seniores Fem. “Os Ugas”-ADC Ega/Ala Nun’Álvares vs. SPORTING CP Meias-finais Taça Portugal (em caso de apuramento)

15H00 Seniores SPORTING CP vs. SC Espinho Jogo 3 Playoff 3.º/4.º Ap. Taça Federação (se necessário)

CAR Vila Nova de Gaia

Pavilhão João Rocha

14H30

20H30

Seniores SPORTING CP vs. Adversário a designar Final Taça Portugal (em caso de apuramento) CAR Vila Nova de Gaia

Seniores Fem. SL Benfica vs. SPORTING CP Jogo 1 Playoff 3.º/4.º Ap. Taça Federação Pav. n.º 2 Estádio SL Benfica (Lisboa)

14H30 Seniores Fem. Adversário a designar vs. SPORTING CP Final Taça Portugal (em caso de apuramento) CAR Vila Nova de Gaia

SEGUNDA-FEIRA, 5 DE ABRIL 20H00 Seniores AR Novelense vs. SPORTING CP

*Agenda sujeita a alterações após o fecho

8.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div.

de edição. Para mais informações consulte a

Pav. Mun. Novelas (Penafiel)

agenda em sporting.pt

01/04 – Quinta-feira

02/04 – Sexta-feira

03/04 – Sábado

07/04 – Quarta-feira

Futebol – Liga Revelação

Voleibol

Futebol

Andebol

Competição: Apuramento para a Taça Revelação – 14.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 17h00 – Estádio Aurélio Pereira Transmissão: Directo

Competição: Apuramento para a Taça Federação – play-off – jogo 2 Jogo: Sporting CP vs. SC Espinho Horário e local: 16h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Campeonato de Portugal – Grupo G – 21.ª jornada Jogo: Sporting CP “B” vs. SC Ideal Horário e local: 16h00 – Estádio Aurélio Pereira Transmissão: Directo e exclusivo

Competição: Campeonato Placard Andebol 1 – 14.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. SL Benfica Horário e local: 20h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

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Que seja um ano de novos sorrisos

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2021/04/01 5ªFeira

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