Jornal Sporting n.º 3816

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UM ANO DEPOIS FUNDADO EM 31 MARÇO 1922 • N.º 3816 • SEXTA-FEIRA, 23 DE ABRIL 2021 • SPORTING.PT • SEMANAL• ANO 99 • 1€ (IVA INCLUÍDO) • DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO

O REGRESSO DA FORMAÇÃO O MAIS ANTIGO JORNAL DE CLUBE DO MUNDO


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EDITORIAL

O REGRESSO DOS PEQUENOS HERÓIS Miguel Braga

“Estava com saudades, já não jogava com os meus colegas e amigos há algum tempo”. É assim que um dos nossos miúdos resumiu o regresso da formação aos relvados. E neste caso, os relvados dividem-se em vários espaços: Alcochete, Pólo EUL e Academias Formação Sporting (págs. 12 a 14). Depois da paragem total, depois dos treinos condicionados, depois dos treinos através de plataformas electrónicas e em casa, a vida voltou em forma de futebol jovem, com a alegria característica, com a vontade própria da juventude, com o desejo de um dia pisar com a camisola do Sporting CP o relvado do Estádio José Alvalade que parece, lá ao fundo, estar atento ao desenvolvimento dos jovens Leões e das jovens Leoas. A equipa feminina de futebol consolidou a liderança no Campeonato Nacional com uma vitória por duas bolas a zero frente ao CS Marítimo (pág. 10). Tão importante como a vitória, a marca atingida por Ana Borges, Ana Capeta e Joana Marchão: 100 jogos de Leão ao peito – isto depois de Fátima Pinto e Tatiana Pinto terem conseguido o mesmo feito já no decorrer desta época. Ana Capeta resumiu desta forma a façanha: “É mais um sonho cumprido com a camisola do Sporting CP, o meu clube do coração. Para mim é um prazer enorme vestir esta camisola todos os dias e fazer 100 jogos ainda torna tudo mais especial”. A todas, o nosso obrigado. A cara do voleibol português faz hoje 50 anos. Em entrevista ao Jornal Sporting (págs. 16 a 19), Miguel Maia anuncia a sua despedida agradecendo com a humildade dos campeões: “Ficam grandes momentos, colegas, treinadores, directores e, acima de tudo, grandes adeptos e um sentido de orgulho em vestir esta camisola e estar dentro das instalações do Clube”. É um até sempre de um dos grandes atletas nacionais. E se Miguel Maia é certamente uma lenda Leonina, outro que conseguiu esse estatuto é o búlgaro Ivaylo Iordanov (págs. 3 e 4), a quem, na década de 1990, e com apenas 28 anos, foi diagnosticada esclerose múltipla. Jogador internacional pelo seu país, com participações em fases finais do Campeonato do Mundo, fez 70 golos e 222 jogos, conquistando uma Taça de Portugal (1994/1995), uma Supertaça (1995) e um Campeonato Nacional (1999/2000).

AO VENCER O SC FARENSE E EMPATAR COM A BELENENSES SAD, A EQUIPA DE RÚBEN AMORIM CONSEGUIU NÃO SÓ MANTER A LIDERANÇA DO CAMPEONATO, COMO AUMENTAR PARA UNS NUNCA ANTES VISTOS 28 JOGOS SEGUIDOS SEM CONHECER O SABOR DA DERROTA.

Regressando ao presente, destaque também para a entrevista do capitão da equipa de basquetebol do Sporting CP (págs. 20 e 21). James Ellisor é o espelho da ambição verde e branca para a modalidade: “o nosso objectivo sempre esteve definido: sermos campeões nacionais. (…) Continuamos a trabalhar diariamente para melhor e agora chegou a hora de demonstrar porque é que terminámos a fase regular em primeiro”. Próxima meta: a conquista da Liga Placard. Quem nos habituou a muitas conquistas foi João Matos, o capitão do futsal, que agora é também o jogador com mais jogos de Leão ao peito na modalidade (pág. 22), com um total de 605 jogos pelo Clube. Apesar de não ter marcado, João Matos foi titular na vitória por 4-1 frente ao ACDR Caxinas (pág. 23). Entrámos na recta final da Liga NOS, com jogos de cinco em cinco dias, e uma liderança nunca vista para os lados de Alvalade nas últimas décadas. Aliás, ao vencer o SC Farense e empatar com a Belenenses SAD, a equipa de Rúben Amorim conseguiu não só manter a liderança do campeonato, como aumentar para uns nunca antes vistos 28 jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota. O mote dado pelo timoneiro na noite de Famalicão continua, mais do que nunca, a fazer sentido: “Onde Vai Um, Vão Todos!”, em todos os minutos que ainda faltam disputar. E o nosso apoio continuará a ser ouvido.

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADOR EXECUTIVO: VÍTOR FRIAS || VRFRIAS@SPORTING.PT REDACÇÃO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT; MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: JOSÉ LORVÃO; MÁRIO VASA COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP, QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)


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FUTEBOL

1968

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Ivaylo Stoimenov Iordanov nasceu a 22 de Abril de 1968 em Samokov, Bulgária. O oportuno avançado jogou de Leão peito durante toda a década de 1990, criando uma relação singular com o Clube e seus adeptos. Aterrou em Alvalade em 1991 e só saiu para terminar a carreira em 2001, depois de 70 golos em 222 jogos. Com a listada verde e branca chegou a capitão e conquistou um Campeonato Nacional (1999/2000), uma Supertaça (1995) e uma Taça de Portugal (1994/1995). Internacional por 50 vezes, Iordanov juntou-se também a Balakov, outra lenda Leonina, na geração de ouro da Bulgária que conseguiu o quarto lugar no Mundial de 1994.


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IVAYLO

IORDANOV

Texto: Xavier Costa Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

ENCONTROU NO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL A CASA À QUAL DEDICARIA A MAIOR PARTE DA SUA CARREIRA E OS ADEPTOS TINHAM NELE ALGUÉM QUE DAVA TUDO PELA CAMISOLA. EXEMPLO DE SUPERAÇÃO E UM LEÃO DENTRO E FORA DOS RELVADOS. DURANTE UMA DÉCADA, IORDANOV RETRIBUIU COM MUITOS GOLOS – DOIS ATÉ SIGNIFICARAM, 13 ANOS DEPOIS, UMA TAÇA DE PORTUGAL – E, EM 1999/2000, FEZ QUESTÃO DE SUBIR À ESTÁTUA DO MARQUÊS DE POMBAL PARA CULMINAR A FESTA DO TÍTULO. Ivaylo Iordanov desde cedo se interessou pelo futebol e deu os primeiros pontapés na bola no clube da sua terra, o RS Samokov, onde aos 14 anos já jogava na segunda divisão do futebol búlgaro. Depois de dois anos no serviço militar, Iordanov atinge a divisão principal quando assina pelo PFK Lokomotiv Gorna Oryahovica e em 1989/1990 sagra‑se como melhor marcador do campeonato com 21 golos. Curiosamente, nessa época, o campeão búlgaro foi o MFC Etar Tarnovo, encabeçado por um tal Krassimir Balakov, que meio ano antes de Iordanov chegou a Alvalade. Assim, em 1991, o avançado de então 23 anos chega ao Sporting CP pela mão de Sousa Cintra, presidente

Leonino, e é apresentado aos adeptos no antigo José Alvalade durante um meeting internacional de atletismo. O polivalente Ivaylo Iordanov afirmou‑se como um lutador incansável no ataque, um oportuno avançado com uma relação especial com o golo. Fazia tudo por, de qualquer maneira, balançar as redes e conseguiu‑o por 70 vezes em 222 jogos para gáudio do universo verde e branco, o qual conquistaria pela sua abnegação dentro das quatro linhas e pela devoção ao Leão rampante durante uma década, entre 1991 e 2001, quando encerrou a carreira no Clube ao que dedicou a maior parte da sua carreira. O primeiro golo chega também com a estreia oficial de listada verde e branca vestida, assinando um dos tentos do 3‑0 ao FC Famalicão, depois de uma arrancada imparável. Nessa primeira época, apresentou‑se com dez golos em 31 jogos, registo que superaria por duas vezes: 13 em 20 jogos em 1994/1995 e outros 13 em 31 jogos durante 1998/1999. Nos dérbis também não faltava ao seu encontro com o golo, festejando por quatro vezes frente ao SL Benfica, três delas na Luz. A glória com o Sporting CP começaria a chegar nos anos seguintes, mas antes Iordanov faria história pela selecção do seu país. Com a Bulgária, atingiu o quarto lugar no Mundial de 1994, depois de deixar a França de Deschamps e Cantona de fora da prova e de ter ultrapassado a Grécia, a Argentina, o México e a Alemanha, antes de cair, nas meias‑finais perante a selecção italiana. O jogador Leonino participaria ainda no Europeu de 1996 e no Mundial de 1998, totalizando 50 internacionalizações e três golos pela selecção dos Balcãs.

Na época que se seguiu, em 1994/1995, Iordanov completaria um dos seus jogos mais memoráveis no Sporting CP. A 10 de Junho, final da Taça de Portugal num repleto Estádio do Jamor, o búlgaro foi uma verdadeira seta apontada à baliza do CS Marítimo. Camisola nove, mortífero, resolveu com duas cabeçadas, uma a abrir e outra a fechar o encontro, dando aos Leões um troféu que escapava há 13 anos. Contudo, nesse Verão, Iordanov tem um primeiro susto num acidente de viação e só volta a jogar no final do ano. O jogador verde e branco reergue‑se e em Abril de 1996 conquista novo título, desta vez a Supertaça de 1995, numa finalíssima em Paris frente ao FC Porto (3‑0). Em 1997, porém, novo e forte revés para Iordanov, quando lhe é diagnosticada esclerose múltipla com 28 anos. Ainda assim, a personalidade determinada e lutadora do incansável Leão levaria a melhor também fora dos relvados. Voltaria a jogar, a marcar e a ser decisivo também. Depois dos momentos mais negativos, o futuro a verde e branco reservar‑lhe‑ia mais ocasiões para sorrir. Foi ao Mundial de 1998, foi distinguido nesse ano com o Prémio Stromp na categoria Futebolista e tornar‑se‑ia de seguida um dos capitães do Sporting CP, o segundo estrangeiro a sê‑lo. Depois, na célebre temporada de 1999/2000, apesar de ver o seu espaço reduzido na equipa, Iordanov deixaria também a sua marca com um único golo no campeonato, desbloqueando o marcador em Alvalade frente ao SC Braga na oitava jornada. A época terminaria, 18 anos depois, com festa a verde e branco como nunca se vira e Iordanov protagonizou um momento inesquecível: em pleno Marquês de Pombal, subiu à estátua para colocar um cachecol do Sporting CP ao pescoço do leão. Por fim, a 5 de Maio de 2010, nove anos depois de ter encerrado a carreira no Clube, Ivaylo Iordanov teve direito a uma festa de despedida com um jogo de homenagem que contou com a presença de vários antigos colegas de equipa e adversários do búlgaro, que para sempre será acarinhado em Alvalade.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

CRENÇA ATÉ AO ÚLTIMO SUSPIRO! LEÕES VIRAM-SE A PERDER POR 0-2 DIANTE DA BELENENSES SAD, MAS ACREDITARAM NOUTRO RESULTADO ATÉ AO FINAL E CONSEGUIRAM EMPATAR NO ÚLTIMO MINUTO DO TEMPO DE COMPENSAÇÃO. SPORTING CP MANTÉM-SE INVENCÍVEL E REFORÇOU LIDERANÇA, À CONDIÇÃO. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão e Mário Vasa

A Belenenses SAD ameaçou ser o primeiro adversário a derrotar a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal nesta Liga NOS, mas a crença Leonina voltou a fazer a diferença e, depois da desvantagem de dois golos, os Leões recuperaram e conseguiram o empate (2-2) no último suspiro da partida da 28.ª jornada, disputada no Estádio José Alvalade. Assim, apesar de não ter sido o resultado esperado, nem aquele que o Sporting CP mais merecia, por tudo aquilo que fez ao longo dos noventa minutos, a formação Leonina manteve a invencibilidade que dura há já 28 jogos e conseguiu também consolidar a liderança isolada, ainda que à condição – o FC Porto jogou na quinta-feira após o fecho desta edição do Jornal Sporting. Para esta partida, Rúben Amorim mudou apenas um jogador relativamente ao encontro de sexta-feira passada com o SC Farense, fazendo sair Daniel Bragança e entrar Tiago Tomás, que foi então a jogo com Antonio Adán, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates, Matheus Reis, Pedro Porro, João Mário, João Palhinha, Nuno Mendes, Paulinho e Pedro Gonçalves.

Os Leões entraram bem na partida e dominaram-na do início ao fim, mas foi a Belenenses SAD que se adiantou no marcador, aos 13 minutos, com um golo de Cassierra, no primeiro e único remate que a formação visitante teve na primeira parte. Já o Sporting CP dispôs de várias ocasiões para marcar por João Palhinha (duas), Tiago Tomás (duas), Pedro Gonçalves e Paulinho, com João Mário a ter também a oportunidade de empatar na marca de pontapé de penálti, mas Kritciuk defendeu, e assim a Belenenses SAD foi para o intervalo a vencer por 0-1. À procura de outro resultado, houve mexidas na equipa verde e branca e Tiago Tomás já não regressou para a segunda metade, entrando Nuno Santos para o seu lugar. E, à imagem do que aconteceu na primeira parte, o Sporting CP entrou melhor – e esteve sempre melhor – do que a Belenenses SAD e foi criando outras tantas oportunidades para marcar. Ainda assim, quem voltou a marcar foi mesmo a Belenenses SAD, aos 54 minutos, após um atraso para Antonio Adán que o guarda-redes, pressionado por Cassierra, não resolveu da melhor maneira, vendo o avançado colombiano bisar e fazer o 0-2 em Alvalade. Pouco depois, houve mais

“Temos de olhar em frente”, como disse Rúben Amorim

alterações na formação Leonina com Pedro Porro, João Palhinha e João Mário a saírem, dando lugar a Bruno Tabata, Daniel Bragança e Jovane Cabral. Sangue novo para procurar a vitória e os golos que eram mais do que merecidos e que teimavam em não surgir, mas que, por fim, lá apareceram, com muita crença e também já com Matheus Nunes em campo após a saída de Matheus Reis. O primeiro, aos 83 minutos, pela cabeça do

21 de Abril de 2021 | Liga NOS – 28.ª jornada | Estádio José Alvalade

SPORTING CP Sebastián Coates (83’) Jovane Cabral (penálti, 90+4’)

2‑2 (0‑1 ao intervalo)

BELENENSES SAD Cassierra (13’ e 54’)

SPORTING CP: Antonio Adán, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates, Matheus Reis (Matheus Nunes, 77’), Pedro Porro (Bruno Tabata, 61’), João Mário (Jovane Cabral, 67’), João Palhinha (Daniel Bragança, 67’), Nuno Mendes, Tiago Tomás (Nuno Santos, 46’), Paulinho e Pedro Gonçalves. Treinador: Rúben Amorim. Disciplina: cartão amarelo para Tiago Tomás (4’).

Capitão Coates encurtou a desvantagem e deu ainda mais crença aos Leões


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“PODEMOS PERDER PONTOS EM QUALQUER JOGO, MAS TAMBÉM PODEMOS VENCER EM QUALQUER LADO” Rúben Amorim não tem dúvidas de que o Sporting CP “merecia mais” no encontro frente à Belenenses SAD (2-2), no qual ainda esteve a perder por 0-2. “É muito mais fácil para mim lidar com estes momentos quando os jogadores dão tudo até ao último momento, e isso aconteceu. Não conseguimos foi fazer golos, mas acreditámos até ao fim e por isso o empate foi uma recompensa para a crença da equipa”, disse o técnico verde e branco, lamentando: “Fizemos muitos remates contra apenas dois da Belenenses SAD”. “Tivemos várias situações em que podíamos ter marcado, mas não o fizemos. Sofremos dois remates e dois golos e tivemos sempre de ir atrás do resultado. Mas, há que realçar que num dia em que correu tudo mal, conseguimos manter a invencibilidade”, referiu Rúben Amorim, sublinhando: “O Sporting CP foi claramente superior, por isso temos é de olhar em frente”. Nesse sentido, confiante e focado apenas no próximo jogo, o treinador Leonino comentou: “Sabíamos que ia ser difícil até ao fim. Agora só penso no SC Braga. O campeonato vai ser renhido até ao final, várias equipas ainda vão perder pontos e nós temos de ir jogo a jogo. Somos uma equipa difícil de bater. Podemos perder pontos em qualquer jogo, mas também podemos vencer em qualquer lado. O futebol é mesmo isto e temos de estar preparados”. Meia Pag Jornal SCP ATL.pdf

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22/04/21

11:26

Jovane Cabral não desperdiçou a oportunidade nos últimos segundos da partida

capitão Sebastián Coates, após cruzamento de Nuno Santos, e o segundo, aos 90+4 minutos, pelos pés de Jovane Cabral, que não desperdiçou o frente a frente com Kritciuk num pontapé de penálti.

Os Leões acreditaram sempre e conseguiram, assim, o empate no último suspiro, acabando por ser um mal melhor, mas foi de todo um resultado injusto num dos jogos em que os Leões mais criaram oportunidades

de golo. O site da Liga Portugal contabilizou 25 remates para a formação Leonina contra apenas dois da visitante. O próximo encontro está marcado para domingo em casa do SC Braga, às 20h00.


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FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL

POTE DE GOLOS CONTINUA A ENCHER PEDRO GONÇALVES APONTOU O GOLO QUE RESULTOU NO REGRESSO DO SPORTING CP ÀS VITÓRIAS NA LIGA NOS. O CAMISOLA 28 FACTUROU NO TERRENO DO SC FARENSE (0‑1) E CHEGOU AOS 17 GOLOS NA COMPETIÇÃO, VOLTANDO A SER O LÍDER ISOLADO DA LISTA DE MELHORES MARCADORES. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: José Lorvão

Depois de dois empates consecutivos, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal queria voltar a vencer na Liga NOS e foi isso que fez na última sexta‑feira. Os Leões de Alvalade deslocaram‑se ao Algarve para bater o SC Farense por 0‑1, consolidando a liderança isolada da prova. O único golo do desafio foi apontado por Pedro Gonçalves, que continua a demonstrar os seus dotes de finalizador: já leva 17 tentos no campeonato, sendo o melhor marcador de forma isolada. Com Rúben Amorim na bancada, o Sporting CP, liderado pelo adjunto Carlos Fernandes no banco de suplentes, contou com três novidades no onze inicial. Em comparação com o duelo anterior, Gonçalo Inácio, Matheus Reis e Daniel Bragança foram titulares nos lugares de Luís Neto, Zouhair Feddal e Tiago Tomás, sendo

Leões regressaram às vitórias com um triunfo no Algarve

que também se viram alterações tácticas. João Mário voltou a uma posição mais central no meio‑campo, que partilhou com Daniel Bragança e João Palhinha, enquanto Pedro Gonçalves fez companhia a Paulinho no ataque. De resto, o habitual sistema: Antonio Adán na baliza, Gonçalo Inácio, Sebastián Coates e Matheus Reis na defesa e Pedro Porro e Nuno Mendes nas alas. Ao contrário do que tinha vindo a acontecer com regularidade, o Sporting CP não conseguiu impor o seu jogo desde o primeiro minuto. Mérito para o SC Farense, que mostrou ter feito o trabalho de casa e foi conseguindo perturbar a primeira fase de construção dos visitantes graças às linhas muito subidas e corajosas. Foram mesmo os sulistas a tentar o golo pela primeira vez, mas o remate de

Ryan Gauld, aos oito minutos, saiu por cima. Na resposta, Pedro Gonçalves descobriu João Mário na direita e este atirou para Beto defender para canto. Foi a primeira de várias defesas importantes do antigo guardião verde e branco. Depois de um cabeceamento para cada lado, por Jonatan Lucca e Gonçalo Inácio, João Mário teve nos pés uma oportunidade ainda melhor do que a anterior. Cruzamento de Pedro Gonçalves, toque de Paulinho de cabeça e o médio internacional português rematou forte, mas contra as malhas laterais. Perto da meia‑hora de jogo, Antonio Adán realizou a primeira grande intervenção do encontro, mas Eduardo Mancha estava fora‑de‑jogo e o lance foi anulado. Contudo, Beto não quis ficar atrás e pouco depois, numa jogada válida, defendeu

o cabeceamento de Sebastián Coates com um voo de grande qualidade. Foi um golo ‘certo’ negado pelo guarda‑redes. No lance imediatamente a seguir, o Sporting CP conseguiu mesmo inaugurar o marcador. Na segunda bola após um pontapé de canto, Pedro Porro cruzou para a área e Paulinho amorteceu, de cabeça, para um colega. A bola acabou na defesa do SC Farense, que não a conseguiu afastar com qualidade e Pedro Gonçalves, com grande sentido de oportunidade, apareceu para finalizar. Beto ainda tocou, mas desta vez não impediu que as redes ficassem a balançar. 0‑1 e 17.º golo de Pedro Gonçalves na Liga NOS. Os primeiros minutos da segunda parte foram bastante activos e começaram com um cabeceamento de Eduardo Mancha para as mãos de Adán. Aos 50 minutos, um contra‑ataque de três para dois esteve muito perto de dar o 0‑2 ao Sporting CP: Pedro Gonçalves deu para Paulinho e este, quando estava em boa posição para finalizar, preferiu tentar assistir João Mário, mas a bola foi para fora. Na resposta,

Pedro Henrique apareceu na cara de Adán e rematou com selo de golo, mas o guardião espanhol foi o autor de uma defesa fantástica. Beto quis, novamente, mostrar que também estava em boa forma e, ainda no primeiro quarto de hora da segunda metade, apareceu com mais uma bela defesa ao remate de Paulinho que concluiu uma excelente jogada do Sporting CP. O ritmo baixou ligeiramente e, a cerca de 20 minutos do fim, Matheus Nunes entrou para o lugar de João Mário entre alguns remates Leoninos por intermédio de Sebastián Coates, Nuno Mendes e João Palhinha. Saíram, depois, Daniel Bragança e Paulinho para entrarem Nuno Santos e Tiago Tomás, respectivamente, e Adán voltou a ser crucial para segurar o triunfo do Sporting CP quando defendeu o remate perigoso de Mansilla, que havia entrado bem nos algarvios. Apesar da pressão do SC Farense nos minutos finais, tentando chegar ao empate, o Sporting CP conseguiu segurar o 0‑1 e, assim, amealhar mais três pontos na Liga NOS.

16 de Abril de 2021 | Liga NOS ‑ 27.ª jornada | Estádio de São Luís, Faro

SC FARENSE

0‑1 (0‑1 ao intervalo)

SPORTING CP Pedro Gonçalves (35’)

Sporting CP: Antonio Adán [GR], Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [C], Matheus Reis, Pedro Porro, João Palhinha, João Mário (Matheus Nunes, 71’), Nuno Mendes, Daniel Bragança (Nuno Santos, 82’), Pedro Gonçalves e Paulinho (Tiago Tomás, 82’). Treinador: Rúben Amorim. Disciplina: cartão amarelo para Matheus Reis (40’) e Antonio Adán (86’).

Foi o 17.º golo de Pedro Gonçalves na Liga NOS, sendo o melhor marcador da competição


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FUTEBOL ANÁLISE

O FUTEBOL E OS CATA-VENTOS tinha um futebol avassalador com inúmeras oportunidades. Tinha um jogo seguro, fluído, sólido do ponto de vista defensivo, e conseguia levar os jogos até final com vantagens que lhe permitiam somar os três pontos.

Rodrigo Pais de Almeida

Parte da beleza e das paixões que o futebol desperta tem a ver com o facto de muito se escrever, se falar, se discutir, mas a sua dose de imprevisibilidade, e por vezes de irracionalidade, tornarem os 90 minutos do jogo num espectáculo único e que nos leva a sofrer, a rir, a chorar, tudo no mesmo encontro.

A genialidade da comunicação do treinador, a capacidade de levar os jogadores a transcenderem‑se face àquele que era apontado como o seu real valor, o edificar as raízes de uma equipa baseada em 13 jogadores da sua Academia de formação, e os resultados… Sempre os resultados… A imprensa, os comentadores, os adeptos, os Sócios, todos rendidos ao jovem talento Rúben Amorim. Quando invicto ele continuava a

Continuando líder. Continuando com vantagem. E permanecendo invicto. Mais ou menos conhecedores face ao que se passou no rectângulo de jogo, rapidamente tudo se coloca em causa. Tudo se eleva para lá da sua importância. Tudo se questiona! Futebol é também isto. É ter de aceitar que em Setembro o mesmo indivíduo diga e escreva tudo, em Dezembro o seu contrário, em Fevereiro dá uma volta ao texto, e em Abril completa a sua bela pirueta. Escrever sobre o futebol para alguns com agenda própria e que perdem a vergonha ao esquecerem que hoje em dia a tecnologia e a internet não permitem apagar

O trajecto imaculado da equipa principal de futebol profissional do Sporting Clube de Portugal ao longo da presente Liga NOS tem sido alvo de inúmeras análises, justificações, estudos. Se, no início, a desconfiança era total face a um plantel e staff tão jovens, os resultados primeiro, as exibições depois, e a consistência por último lugar levaram a que se fosse invertendo o discurso para de candidatos à Liga Europa darem esta equipa como candidata a um lugar de Champions. A conquista contundente da Taça da Liga, depois de vencer o Campeão Nacional em título nas meias‑finais e a equipa da casa na final, elevou a fasquia inicial e esta equipa começou a ser vista como um verdadeiro “case study”. Não sofria golos. Era muito eficaz pois em poucas oportunidades construía vantagens que depois conseguia guardar. Era pragmática na abordagem aos jogos. Sabia até onde podia ir e como ir, para depois segurar, sofrer e sempre acreditar. Não

afirmar que a Liga NOS é muito longa e quando menos se espera os obstáculos se iriam erguer, escreviam que era falsa modéstia. Todos se iam esquecendo dos objectivos iniciais. Do ponto de partida. Do que custou erguer e chegar a este ponto. Nos últimos quatro jogos o Sporting CP consentiu três empates e viu o seu mais directo perseguidor aproximar‑se pontualmente da sua performance.

a história, não é mais do que um exercício de malabarismo, de equilíbrios, uma tentativa de navegar ao sabor das ondas e das marés, e que fazem inverter o que pensam conforme a direcção dos cata‑ventos. Quando a coisa vai bem, vamos TODOS bem. Quando a coisa vai menos bem, ELES vão menos bem! Com isto esquecem exactamente o que é futebol. Nunca vão saber o que é futebol. Que é um desporto

e que a sua beleza advém da dimensão física, técnica, psicológica, mas também da sua incerteza face ao resultado porque é um desporto de competição e que se joga contra adversários. Vivem a paixão do seu clube em função de quem lá está e não do amor genuíno de o querer ver vencer e elevar os seus ideais e valores. Vivem do momento e em função dos seus interesses futuros. O Sporting CP nos últimos quatro jogos conquistou seis pontos dos doze possíveis. Permanece invicto. Permanece líder. Mas viu o perseguidor aproximar‑se. Mas dos 28 jogos já disputados nesta Liga NOS, foram precisamente nestes quatro jogos aqueles onde mais vezes rematou à baliza dos adversários (média superior a vinte remates nestes quatro jogos). Foram os quatro jogos onde menos remates concedeu (média de dois remates à baliza concedidos por jogo). Foram os quatro jogos onde os adversários tiveram menos acções na área Leonina (média inferior a cinco acções). E foram os jogos onde o Sporting CP teve mais acções nas áreas adversárias (média superior a vinte e cinco acções). “Os adversários começaram a perceber como o Sporting CP joga” – pois sim, condicionam a saída por fora para envolver por dentro invertendo essa tendência da equipa, mas o Sporting continua a chegar a zonas de finalização, altera a forma de atacar em número de unidades, em dinâmicas e em ideias. “A equipa tem dificuldade em circular a bola porque os médios estão lentos” – mas as basculações de flancos são constantes, a profundidade é dada nos corredores ao invés das costas porque os blocos defensivos dos adversários baixaram muito no terreno e não dão

esse espaço. “O treinador tem de mexer na equipa e nos jogadores” – se há treinador que altera a plasticidade da equipa ao longo dos 90 minutos com jogadores e com funções dos mesmos em campo esse alguém em Portugal chama‑se Rúben Amorim. Chegamos ao ponto de questionar porque é que o nosso Campeão Europeu e um dos mais experientes jogadores é o batedor de penáltis. E por último “Rúben Amorim tem de deixar de ser teimoso”. Pois bem, caro Rúben Amorim: como tenho memória, como sou coerente, como escrevo livremente e com o único propósito de partilhar com os Sportinguistas o que penso, deixa‑me dizer‑te que vivo e convivo muito bem com a tua teimosia. A teimosia que te leva a defender intransigentemente o Sporting CP, os nossos jogadores, o nosso jovem plantel e uma ideia que há oito meses só estava na tua cabeça e de mais dois ou três “loucos” que acreditavam em ti. Uma ideia que não muda pelo que dizem, pelo que escrevem, ou pela forma como tantos “artistas” te tentam atingir. “Onde vai um vão todos” é fácil de dizer. De soletrar. De cantar. De escrever. Mas é mais difícil de praticar em toda e qualquer circunstância! Sobretudo quando o resultado é menos bom. Mas são precisamente esses momentos que marcam, que fazem a diferença e é quando mais precisamos de todos. Faltam seis finais esta época. E ainda conto viver mais uns quantos anos. Da minha parte ficas já com a garantia, irei onde vocês forem, como vocês forem e quando vocês forem, para mim é inegociável desde que nasci! Lá estarei convosco! SEMPRE!


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FUTEBOL EQUIPA FEMININA

LEOAS ACERTAM CALENDÁRIO COM MAIS UM TRIUNFO

100 JOGOS DE LEÃO AO PEITO

SPORTING CP VENCEU O CS MARÍTIMO POR 2‑0 COM GOLOS DE RAQUEL FERNANDES E MARTA FERREIRA, CONTINUANDO ASSIM NA LIDERANÇA ISOLADA DO CAMPEONATO NACIONAL.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Sérgio Martins

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Sérgio Martins

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, o CS Marítimo por 2‑0 em jogo em atraso da terceira jornada da fase de Apuramento do Campeão da Liga BPI. Um triunfo justo da equipa orientada por Susana Cova, que assim consolidou a liderança isolada na prova, e que poderia até ter sido mais volumoso. As Leoas criaram várias ocasiões de golo por Raquel Fernandes, Carolina Mendes e Tatiana Pinto, mas foi apenas nos últimos instantes da primeira metade que, finalmente, marcaram após uma bola perdida na área. O esférico sobrou para Raquel Fernandes e a avançada brasileira não desperdiçou, marcando à terceira tentativa. O Sporting CP foi, por isso, para o intervalo a vencer por 1‑0 e no início da segunda metade mostrou logo querer aumentar a vantagem: Carolina Mendes, aos 51 minutos, após bom cruzamento de Ana

Marta Ferreira fez o 2‑0 e sentenciou mais uma vitória Leonina

Borges, cabeceou à baliza, mas Bárbara Santos defendeu. Aos 70 minutos, as Leoas que já estavam a ser superiores, ficaram a jogar contra dez após a expulsão de Karina Socarras por acumulação de amarelos. Ainda assim, apesar de ter ameaçado mais uma série de vezes a baliza do CS

Liga BPI

P

J

V

E

D

G

1.º Sporting CP 2.º SL Benfica 3.º FC Famalicão

25 24 22

9 9 10

8 8 7

1 0 1

0 1 2

17‑2 28‑5 27‑10

Marítimo e Bárbara Santos ter feito um par de defesas, a formação Leonina só fez o 2‑0 aos 89 minutos, por Marta Ferreira, que tinha entrado dez minutos antes. Valeram, então, os golos de Raquel Fernandes – o 14.º da conta pessoal nesta temporada – e de Marta Ferreira – o quinto esta época – a darem mais três pontos ao emblema Leonino, que assim continua no primeiro lugar da tabela, com mais um ponto do que o segundo classificado, o SL Benfica.

18 de Abril de 2021 | Liga PBI – Fase de apuramento do campeão – 3.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP Raquel Fernandes (45+4’) Marta Ferreira (89’)

ANA BORGES, ANA CAPETA E JOANA MARCHÃO CHEGARAM À CENTENA DE ENCONTROS COM A CAMISOLA DO SPORTING CP E FORAM HOMENAGEADAS PELO FEITO. UM PERCURSO QUE COMEÇOU NA TEMPORADA 2016/2017 E QUE NÃO FICA POR AQUI.

2‑0

Ana Borges, Ana Capeta e Joana Marchão foram distinguidas, no passado domingo, com o Troféu Sporting que o Clube entrega a todos os atletas quando atingem marcas de relevo com a camisola verde e branca. No caso, as três atletas da equipa principal feminina de futebol receberam o troféu pelos 100 jogos de Leão ao peito alcançados nas últimas jornadas, seguindo os feitos de Fátima Pinto e Tatiana Pinto que também chegaram à centena de jogos pelo Sporting CP esta época. Além do Troféu Sporting, as três internacionais portuguesas receberam também o Troféu Filstone entregue pelo patrocinador do futebol de formação, futebol feminino e futsal do Sporting CP. As distinções foram entregues antes do apito inicial da partida frente ao CS Marítimo pelas mãos da directora do futebol feminino, Maria João Xavier, e do director‑geral da Academia verde e branca, Paulo Gomes. Das três jogadoras, Ana Borges, que já marcou 23 golos com a listada verde e branca, foi a única que chegou ao Sporting CP a meio da época 2016/2017 por empréstimo do Chelsea FC, e não escondeu a satisfação por chegar a esta marca. “Atingir os 100 jogos pela selecção nacional e pelo Sporting CP é um orgulho enorme, ainda por

cima o Sporting CP é o clube do meu coração. Não posso dizer que já fiz tudo, porque acho que ainda há muitas coisas por fazer, mas estou muito orgulhosa por ter conseguido esta marca”, disse, atirando: “Como vim por empréstimo nunca pensei chegar a este número, até porque não dependia de mim, mas espero que venham mais 100”. Já Ana Capeta, que tinha chegado ao emblema Leonino proveniente do CAC Pontinha, diz estar a cumprir mais um sonho no Clube: “É mais um sonho cumprido com a camisola do Sporting CP, o meu clube do coração. Para mim é um prazer enorme vestir esta camisola todos os dias e fazer 100 jogos ainda torna tudo mais especial”. “Continuarei aqui a lutar pelos nossos objectivos e para alcançar ainda mais sonhos”, garantiu a goleadora que soma 78 golos de Leão ao peito. Também Joana Marchão, que despertou o interesse verde e branco quando jogava no CA Ouriense, não escondeu a emoção. “Estou muito feliz por ter feito 100 jogos pelo Sporting CP. Espero continuar a fazer um bom trabalho para fazer muitos mais jogos. Nunca pensei chegar a este número nem que ia ficar tantos anos no Sporting CP, mas ainda bem porque estou muito feliz aqui. É difícil fazer 100 jogos por um clube no futebol feminino, e estou satisfeita por isso também”, afirmou a autora de 17 golos, até ao momento, pelo Sporting CP.

CS MARÍTIMO

(1‑0 ao intervalo)

Sporting CP: Inês Pereira [GR], Joana Marchão, Nevena Damjanovic [C], Bruna Lourenço, Mariana Tosa, Andreia Jacinto (Rita Fontemanha, 88’), Fátima Pinto, Tatiana Pinto (Amanda Pérez, 78’), Ana Borges, Raquel Fernandes e Carolina Mendes (Marta Ferreira, 78’). Suplentes não utilizadas: Patrícia Morais, Alicia Correia, Mónica Mendes e Neuza Besugo. Treinadora: Susana Cova. Disciplina: cartão amarelo para Fátima Pinto (7’).

Paulo Gomes, Ana Capeta, Joana Marchão, Ana Borges e Maria João Xavier


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FUTEBOL FORMAÇÃO

O REGRESSO DO SONHO O FUTEBOL DE FORMAÇÃO ESTÁ DE VOLTA AOS RELVADOS DEPOIS DE VÁRIOS MESES COM TREINOS POR VIDEOCHAMADA. OS JOVENS LEÕES E LEOAS PODEM AGORA VIVER E ALIMENTAR NOVAMENTE, DE PERTO, O SONHO E O JORNAL SPORTING NÃO PERDEU ESSE MOMENTO DE REENCONTRO. Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Mário Vasa

Como escreveu António Gedeão em ‘Pedra Filosofal’, poema de 1956, “o sonho comanda a vida”. Esse sonho de milhares de jovens atletas em Portugal tem vindo a ser colocado à prova desde Março de 2020. Assim como outros sectores da sociedade, o desporto foi e continua a ser tremendamente afectado pela pandemia de COVID‑19. Competição sem a presença de adeptos, receitas limitadas e toda a logística para assegurar a segurança de todos são alguns dos novos desafios, mas, dentro do desporto, a formação foi quem mais ‘pancada’ levou. Crianças e adolescentes viram‑se privados de fazerem aquilo de que mais gostam... até agora.

“PARECE QUE TEMOS VIDA, OUTRA VEZ, NA ACADEMIA, NO PÓLO EUL E NAS AFS”

feita hoje. É um passo em frente e retomamos com muita alegria. Vamos ver o cenário que aí vem. Hoje é um dia muito especial pois é o início de mais uma etapa. Temos dois meses para trabalhar até ao final da época e temos de chamar os miúdos à atenção para as lesões, para a higiene, para o nosso plano de contingência e para toda as tarefas em que temos de ter cuidado para não voltarmos atrás. (...) Foi um ano condicionado e agora vamos ver se conseguimos abrir de uma forma mais livre. Existem constrangimentos e vamos avaliar passo a passo. Testámos os jogadores todos, vamos ver o que podemos fazer nos próximos 15

dias e esperamos que a Federação Portuguesa de Futebol e a Associação de Futebol de Lisboa nos dêem condições para fazer um minitorneio. Jogar seis, sete jogos já nos permitem avaliar os jogadores”, disse à Sporting TV.

PÓLO EUL No Pólo do Estádio Universitário de Lisboa, mais conhecido como Pólo EUL, está a verdadeira base do futebol de formação do Sporting CP. Até aos sub‑13, nos masculinos, e à equipa B, nos femininos, as equipas Leoninas ocupam todos os dias vários campos com vista privilegiada para o Estádio José Alvalade, onde um dia esperam chegar. Na última segunda‑feira, quase todas as equipas tiveram o primeiro treino presencial no Pólo EUL em mais de três meses.

JOÃO COUTO, DIRECTOR TÉCNICO DA FORMAÇÃO Na última segunda‑feira, fruto das mais recentes medidas de desconfinamento tomadas pelas autoridades, voltaram a ser permitidos os treinos presenciais para o desporto de formação. Regressou o sonho e o Jornal Sporting acompanhou in loco as centenas de jogadores de futebol do emblema de Alvalade que deram novamente vida ao Pólo EUL, em Lisboa, e aos relvados da Academia, em Alcochete. João Couto, director técnico da formação, foi o primeiro a reagir, ainda na segunda‑feira. Para o dirigente, voltar a ter a formação de futebol a funcionar foi uma alegria. “Parece que temos vida, outra vez, na Academia, no Pólo EUL e nas AFS [Academias de Formação Sporting]. A retoma foi

O Pólo EUL, sempre com o olhar atento do Estádio José Alvalade, voltou a ter vida

Neste período, realizaram‑se treinos por videochamada (duas sessões por semana, na maioria dos casos) que iam desde a vertente física até à técnica, passando por momentos mais lúdicos. Apesar dos esforços de todos os atletas, treinadores, staff e dirigentes, as saudades e a necessidade de voltar a pisar um relvado, chutar uma bola e treinar com uma equipa eram muitas. Por isso mesmo, o regresso fez‑se com um entusiasmo visível, apesar das máscaras nos rostos dos e das atletas que voltaram ao Pólo EUL. Mas, apesar do entusiasmo, as medidas de segurança continuaram a existir. Todos os atletas fizeram um teste COVID‑19 antes do regresso – e todos tiveram resultado negativo –, chegam ao treino já equipados e não utilizam os balneários, vêem a temperatura corporal ser‑lhes medida e registada antes

de cada treino e a desinfecção das mãos é constante. “É muito fixe [poder voltar aos treinos presenciais]. É uma sensação muito boa”, começou por dizer Martim Almeida, médio de 12 anos da equipa sub‑12, ao Jornal Sporting. “Tive saudades de treinar, chutar, fazer tudo e mais alguma coisa. Em casa, fazíamos um treino mais físico, como abdominais ou agachamentos. Senti falta de estar e jogar com os meus colegas”, continuou. Vítor Bastianelle, avançado de 11 anos dos sub‑11, concorda. “Foi uma felicidade [voltar] porque já estávamos há muito tempo em casa e eu queria treinar e estar com os meus colegas. Já tinha saudades de falar, brincar e jogar à bola com eles. Não gostei muito de treinar em casa, queria voltar ao relvado. (…) É um sonho jogar num Clube tão bom como este”, revelou.


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A mesma opinião tem Simão Soares, médio de 13 anos da formação sub‑13 que sentiu “muita alegria” com o regresso. “Gostei muito de voltar ao relvado. Senti muita ansiedade e vontade de voltar nestes últimos dias. Todos mostraram ter muita vontade de voltar, houve muita brincadeira”, contou.

“SENTI FALTA DE ESTAR E JOGAR COM OS MEUS COLEGAS” MARTIM ALMEIDA, JOGADOR SUB‑12 Também os treinadores não esconderam a felicidade com o regresso. António Cruz tem 31 anos, lidera o conjunto sub‑13 na sua décima época no Sporting CP e admitiu que “é fantástico” voltar a estar mais perto da normalidade. “É fantástico regressar depois de um calvário em que nos tivemos de adaptar com uma grande capacidade de resiliência. É maravilhoso estar de volta e basta olhar para eles para perceber isso. Estavam ansiosos e a contar os dias para o regresso. Iniciámos [os treinos] de forma gradual para entender os índices técnicos, tácticos e físicos. Depois, começamos a crescer dentro do processo Sporting CP, que esperamos que se finalize em Junho”, começou por dizer. Sobre o desafio de treinar à distância, através de videochamada, durante mais de três meses, António Cruz congratulou todos os envolvidos. “Os nossos atletas estão de parabéns pela capacidade de adaptação. Há que agradecer também a toda a estrutura que suportou este processo. Foram todos fantásticos. Conseguimos trabalhar, dentro do possível, aspectos técnicos e algumas nuances tácticas. Houve ainda o cariz emocional e, obviamente, a parte física. É um escalão que requer alguns cuidados nesse aspecto”, explicou. Já Diogo Teixeira, coordenador técnico do Pólo EUL, descreveu aquilo que viu das reacções ao regresso dos treinos presenciais como “excitação pura”. “Desde os mais novos aos mais velhos, passando pelo staff, chegaram

todos muito cedo e com energia. Havia necessidade de convivência e de relação humana, mas acima de tudo de voltar a fazer aquilo que mais gostamos devido à paixão que temos por este desporto”, disse, antes de lembrar o trabalho que foi feito para os três meses de treinos à distância: “Tivemos de envolver a realidade e o universo Sporting CP. Temos meninos espalhados pelo país inteiro que precisavam de sentir constantemente a realidade Sporting CP. Foi criado um programa de treinos para todos. Foi possível conhecerem‑se melhor, relacionarem‑se dia‑a‑dia. Houve desafios constantes e ajustados a cada idade. Criámos etapas de desafio, de constante competição em que envolvemos todos os departamentos”. Por fim, Diogo Teixeira abordou o futuro a curto prazo. “Não sendo demasiado ambicioso, poderemos promover algumas actividades e situações próximas do que é a competição, sabendo que dificilmente será tudo igual no futuro próximo. (…) São crianças que precisam de confronto, passar por sucesso e insucesso que só o treino e o jogo é que trazem. Há que perceber como é que eles reagem a essas adversidades. Estão há três meses em sofrimento, confinados e sem qualquer desafio real. Queremos aproximar tudo à realidade que temos todos os anos, mas há que ir passo a passo”, considerou.

Os jovens Leões regressaram aos treinos presenciais

“QUEREMOS APROXIMAR TUDO À REALIDADE QUE TEMOS TODOS OS ANOS, MAS HÁ QUE IR PASSO A PASSO” DIOGO TEIXEIRA, COORDENADOR TÉCNICO DO PÓLO EUL No sector feminino, o Jornal Sporting acompanhou o treino da equipa sub‑15, também no Pólo EUL. Feliz, como seria de esperar, por voltar aos treinos presenciais, o treinador João Edgar revelou que foi “sentindo a frustração das jogadoras por não ser permitido praticar futebol” durante os mais de três meses de ausência dos relvados. “O nosso trabalho foi tentar motivá‑las ao máximo, mas

A equipa feminina sub‑15 foi um dos conjuntos que beneficiou com o regresso

foi uma tarefa complicada porque é muito diferente planearmos um treino em casa”, começou por dizer, continuando. “Já no mês passado nos tinham perguntado se tínhamos novidades para o regresso. Agora, queremos que elas aproveitem aquilo que não conseguiram fazer neste tempo todo: jogar à bola, divertirem‑se e aprimorar a qualidade que têm enquanto equipa. Já que não competem, podem evoluir dentro da dificuldade”, contou. Rita Almeida, jogadora de 14 anos da equipa orientada por João Edgar, garantiu estar “muito feliz porque [treinar presencialmente] já não acontecia há muito tempo”. “Sei que nos treinos presenciais vou

evoluir muito mais do que nos treinos à distância. Sinto‑me muito mais feliz no campo.

“ESTÁVAMOS TODAS ANSIOSAS E QUANDO SAIU A NOTÍCIA [DO REGRESSO] FALÁMOS TODAS UMAS COM AS OUTRAS” LAURA PEREIRA, JOGADORA SUB‑15 Reencontrar as minhas colegas de equipa é o melhor porque elas ajudam‑nos dentro e fora de campo. Senti‑me bastante ansiosa porque há muito tempo que não treinávamos ou estávamos juntas”, disse, com a colega Carolina Falcão, também de 14 anos, a concordar por inteiro: “Estou muito feliz. É muito importante para nós começarmos a treinar. É onde mais gostamos de estar e o futebol é um jogo colectivo, pelo que é bom estar com as colegas. Estamos todas muito felizes por voltar a jogar futebol”. Por fim, Laura Pereira (14 anos) admitiu que quando se soube que a formação ia voltar aos treinos presenciais o plantel ficou radiante. “Estou muito contente por voltar a estar aqui. Todas precisávamos disto e temos, acima de tudo, de desfrutar. Estávamos todas ansiosas e quando saiu a notícia falámos todas umas com as outras”, afirmou. >>


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OPINIÃO Orgulho e confiança… Aí vamos nós… para já a Braga… para ganhar!!!

Tito Arantes Fontes Acabou há pouco o nosso jogo com a Belenenses SAD. Jogo difícil, ingrato… matreiro, velhaco para o SCP! Um conjunto de infortúnios que se foram acumulando… até chegarmos aos 54 minutos da partida e – sem que nada o justificasse – estávamos a perder por 2‑0… quase que sem a própria Belenenses SAD perceber como… dois remates “azuis”, dois golos… um numa jogada em que “cobrimos” mal na nossa defesa… daquelas jogadas em que se sucedem momentos para resolver a situação e em que – ao invés – se acumulam más decisões… o outro golo num único e singular erro do nosso Adán… sim, o nosso Adán que tantas e tantas vezes nos tem “oferecido” fantásticas defesas, desta vez – porque é humano – baqueou… e fez o que nunca faz… deu fífia! Para agravar a situação falhámos um penálti no final da primeira parte… falta nítida sobre o Nuno Mendes e o João Mário não conseguiu meter a “redondinha” dentro da baliza Vítor Damas!!! Com tudo isto, pensei – pensei mesmo – que chegava o dia da nossa primeira derrota no Campeonato! À 28.ª jornada! Mas enganei‑me… felizmente enganei‑me mesmo e redondamente! O nosso SCP, a jovem equipa que temos, fez das “tripas coração”… e não desistiu, nunca desistiu! E partiu para um jogo de crença! De acreditar! De querer! Com inteligência! Com argúcia! Com as alterações que Rúben Amorim foi introduzindo e que melhoraram e soltaram o poder atacante do futebol do SCP! E a equipa porfiou! Batalhou! Lutou! Mostrou um enorme carácter! Uma enorme força! Uma inquebrantável mentalidade! Demonstrou‑nos, a nós, Sportinguistas, que é – de facto – uma Grande Equipa! Pois só uma Grande Equipa sobrevive a um jogo assim… sem nunca se “perder”, sem nunca “baixar os braços”, sem nunca se “oferecer”… sem nunca desistir! Tenho ORGULHO nesta Grande Equipa do SCP! Fez 26 remates… marcou dois golos… o primeiro pelo nosso “avançado” Sebastián Coates, numa cabeçada como mandam as regras “de cima para baixo” a fuzilar o guarda‑redes adversário! Bem sei… já estávamos no minuto 83… o tempo já nos “fugia debaixo dos pés”… mas foi um alento… o alento que seria possível alcançarmos algo mais… alento sobretudo para nós, adeptos sofredores, porque para os jogadores, esses, esses nunca desistiram! E continuaram a porfiar e a acreditar… e sim, em cima dos 94

minutos (o árbitro tinha dado exactamente quatro minutos de compensação!) foi marcado novo penálti por mão nítida de um defesa “azul” após passe de cabeça que se avizinhava mortífero de Jovane a amortecer a bola para Paulinho na entrada da pequena área… penálti que Nuno Almeida (o árbitro de serviço e que – desta feita – mostrou que, quando quer, até sabe ser bom árbitro, como foi neste jogo!) assinalou de imediato! E que foi validado pelo VAR! Jovane encarregou‑se da marcação – com uma “calma olímpica” de enaltecer – converteu‑o e fez o empate do nosso contentamento… porque para mais o jogo já não dava e porque tínhamos sofrido na pele as agruras madrastas dos “deuses do futebol”… Temos 28 jogos feitos, 21 vitórias e sete empates! Invencíveis, continuamos invencíveis! Os únicos invencíveis! E continuamos a fazer história… nunca nenhuma equipa do SCP esteve 28 jornadas invencível! É recorde Sportinguista e foi alcançado por esta equipa! Recorde destes jogadores, um a um, de todos… do Adán ao TT! Do Rúben Amorim! Desta Direcção! Do presidente Frederico Varandas! A verdade é que somos mesmo muito fortes! Temos mesmo uma Grande Equipa! Fizemos até agora uma época verdadeiramente extraordinária! Já vencemos a Taça da Liga! E continuamos – com a vantagem que resultar dos demais jogos desta jornada que, enquanto escrevo, ainda não se realizaram – sempre e em qualquer situação como líderes destacados do Campeonato… com sete, seis ou quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado… o tal clube do “colinho” que há 40 anos beneficia do “apoio” constante do “sistema”! E que despudoradamente ainda reclama, ainda barafusta por tudo e por nada… o clube que – é bom recordar – só não perdeu em Alvalade porque o árbitro desse jogo nos escamoteou um penálti que ainda chegou a assinalar e reverteu a expulsão de um defesa “azul” que deveria mesmo ter ocorrido no decurso do jogo! Por último – assumo, aqui e agora – quero o que Todos e cada Um dos Sportinguistas quer… quero mesmo ser Campeão! Pela 23.ª vez na história do futebol português quero ser Campeão! É para isso que – jornada a jornada – lutamos! E hoje fiquei mesmo optimista! Desde logo porque – se necessário fosse – hoje, neste jogo, esta nossa equipa demonstrou à saciedade que podemos mesmo contar com ela! Mesmo nas agruras, mesmo nos jogos “velhacos”! O trabalho feito até agora é excelente! A valorização do nosso plantel é inquestionável! E sim… eu tenho ORGULHO neste SCP! Tenho ORGULHO nesta Equipa do SCP! Tenho FÉ! E ACREDITO… É com este estado de alma que vamos atacar os seis jogos que nos faltam do Campeonato! Positivos! Alegres! Confiantes! Orgulhosos! Vamos à luta que nem Leões! No próximo domingo em Braga… sim, é mesmo para GANHAR! ONDE VAI UM VÃO TODOS!!! VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Alcochete também voltou a ter treinos da formação

>> ACADEMIA

Em Alcochete, na Academia Cristiano Ronaldo, o futebol profissional (equipa principal, equipa B, equipa sub‑23 e equipa sénior feminina) não parou, mas os vários relvados já sentiam a falta das equipas da formação que há quase 20 anos dão razão de ser à fábrica de talentos Leonica. O Jornal Sporting conversou com, entre outros, Bernardo Bruschy, treinador da equipa sub‑15 que voltou a orientar treinos presencialmente. O entusiasmo era óbvio e tinha razões claras para isso. “Foi um ano muito exigente e não podíamos estar mais felizes com este regresso. Esperemos que tão cedo isto não volte atrás e que, agora, o caminho do país, do Mundo e da sociedade seja positivo. Que todos possamos crescer para que tudo não volte a parar e para que os miúdos possam fazer aquilo de que mais gostam. E principalmente para que o Clube possa continuar a desenvolver o trabalho que tem feito”, começou por dizer o técnico, que assegurou que foi necessária uma reinvenção para enfrentar os treinos por videochamada. “Tínhamos à disposição um treino à distância e fomo‑nos adaptando e criando novas

estratégias. A unidade de performance teve muito peso no planeamento e a estrutura técnica da Academia foi‑nos transmitindo directrizes. Adaptámos aquilo que nos foi passado a cada escalão”, referiu.

“ESPEREMOS QUE TÃO CEDO ISTO NÃO VOLTE ATRÁS E QUE, AGORA, O CAMINHO DO PAÍS, DO MUNDO E DA SOCIEDADE SEJA POSITIVO” BERNARDO BRUSCHY, TREINADOR SUB‑15 Vasco Mota, jogador de 14 anos da equipa de Bernardo Bruschy, lembrou que “é sempre bom voltar a jogar futebol” com quem se gosta e como se gosta. “Estava com saudades, já não jogava com os meus colegas e amigos há algum tempo”, acrescentou. João Santos teve um desafio acrescido: não só teve de enfrentar mais de três meses de treinos por videochamada como está a cumprir a primeira temporada de Leão ao peito, orientando a equipa sub‑16 na Academia. Ainda assim, a felicidade do regresso supera tudo. “A realidade é nova para mim e para todos. Ninguém estava à espera

de um duplo confinamento. Sinto‑me muito agradado com os primeiros meses nesta casa. Estou bastante adaptado. (…) Estamos todos muito agradados com o regresso aos treinos e vemos isto com muita ambição, paixão e sentimentos prazerosos, tanto da nossa parte [equipa técnica] como dos nossos atletas”, disse. Menos comum foi a forma como João Santos conheceu os seus jogadores: À distância. “Quebrar o gelo através de uma videochamada é extremamente desafiante. (…) Não foi muito fácil interpretar o que eles consideraram. Obviamente que os atletas nos têm ajudado bastante e é uma geração e um grupo fantástico – parece‑me que são assim as gerações do futebol de formação do Sporting CP. Senti uma enorme abertura deles em contribuir para acelerar o processo de adaptação desta equipa técnica”, revelou. Um dos seus atletas é Manuel Mendonça, jogador de 16 anos que atravessou uma longa paragem por lesão e que está, claro, satisfeito pelo regresso aos treinos presenciais. “Já estávamos há algum tempo à espera para regressar. Todos os atletas querem treinar e jogar e é importante ver que as coisas estão a melhorar para podermos fazer o que mais gostamos”, comentou.


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ENTREVISTA MIGUEL MAIA

“SEI QUE VOU REGRESSAR AO SPORTING CP” Entrevista de despedida ao histórico capitão da equipa de voleibol, que fecha assim o seu segundo capítulo no Sporting CP, mas promete voltar a vestir de verde e branco no futuro. Texto: Tiago Labreca, Pedro Ferreira Fotografia: Mário Vasa Completa 50 anos esta sexta-feira, dia 23 de Abril, e tem 33 épocas enquanto sénior. Conquistou 16 Cam‑ peonatos Nacionais, dez Taças de Portugal, seis Su‑ pertaças, uma segunda divisão, uma CEV Top Teams Cup, participou em três Jogos Olímpicos (JO) e dis‑ putou centenas de jogos pelas selecções de pavilhão e de praia. O que dizem estes números? Além desses, também fui campeão nacional de praia oito vezes, ganhei duas Taças Federação e fui campeão nacional de iniciados e juvenis. Tenho um histórico muito valioso e importante, mas que não é só meu. Há um conjunto de treinadores e colegas que tive ao longo da vida e que me ajudaram a ter êxito. Ainda assim, acima de tudo está a minha família, o meu grande suporte que fez com que conseguisse alcançar muitos títulos e tivesse uma carreira de excelência. Apesar de ainda não ter terminado a minha carreira, sei que sou um exemplo para muitos e foi também graças à minha família que consegui atingir esse patamar. Chegou ao fim o seu segundo capítulo no Sporting Clube de Portugal. Podemos dizer que é um até já e não um adeus? Sem dúvida, é um até já. Tenho outros projectos que devo cumprir, mas foi mais um ciclo que se fechou no Sporting Clube de Portugal, com muito orgulho e um

trajecto mais uma vez vitorioso. Conquistámos alguns títulos que vão ficar no Museu. Mas claro que é um até já, é um Clube do qual eu gosto e as pessoas sabem o sentimento que tenho pelo Sporting CP. Além disso, também sei o que pensam de mim e vejo a forma como me abordam. Por isso, é um até já. O Sporting CP é muito grande, serei sempre Sportinguista e estarei sempre pronto para abraçar qualquer projecto.

“COMO APAIXONADOS DO VOLEIBOL, JOGÁVAMOS TODOS OS TORNEIOS DE PRAIA” Alguma vez imaginou que seria possível chegar a este patamar e a esta longevidade? Nunca pensei conquistar tantos títulos e ter um percurso como o que tive, até porque se juntou o voleibol de praia e os JO. No voleibol, é quase impossível participar nos JO e, através de uma nova variante que apareceu, conseguimos fazer um percurso notável a nível mundial. Além dos JO, ganhámos duas etapas do circuito mundial, uma do circuito europeu e estivemos muito tempo no top dez do circuito mundial. É um orgulho ter feito também um bom trajecto no pavilhão, com um título europeu ao serviço do SC Espinho e quatro meias-finais, duas delas pelo Sporting CP. Foram momentos incríveis para mim.

Sempre foi um apaixonado por voleibol. Sim, via as selecções nacionais a treinarem em Espinho e nunca faltava a nenhum treino, ficava lá sentado a admirá-los. Com a minha estatura, nunca fui de acalentar objectivos muito altos. Sempre tive noção de que muito dificilmente poderia ter sucesso. No entanto, o meu foco e o meu trabalho ditaram o contrário, e com isso tudo é possível, mesmo numa modalidade em que a dificuldade está sempre a aumentar porque há cada vez mais jogadores com mais de dois metros. Essa dedicação ditou aquilo que consegui ao longo da minha carreira e estou grato, mas também muito feliz pelo que fiz. As pessoas dizem que tenho muita técnica e que sempre fui um privilegiado por não ter tido lesões graves, mas foi o descanso, a alimentação e uma vida bastante regrada, além do foco e paixão, que fizeram com que conseguisse alcançar o meu percurso, tanto em termos de longevidade como de historial. Todo este percurso como profissional começou ainda muito jovem, na AA Espinho. Tinha 17 ou 18 anos quando fomos campeões nacionais da segunda divisão, em 1989/1990, pela AA Espinho. Antes disso, já tínhamos sido campeões de juvenis com 15 anos e a nossa equipa era muito boa. Como a AA Espinho estava na segunda divisão, quiseram que alguns jogadores


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dos juvenis subissem logo aos seniores, sem passar pelos juniores, para poderem fortalecer a equipa. Fomos para os seniores e ganhámos a segunda divisão contra o SL Benfica, que tinha jogadores de primeira divisão, mas estava apenas a começar com o voleibol. Ou seja, fomos campeões nacionais com uma equipa muito nova. Depois subimos e na época seguinte ficámos em segundo lugar na primeira divisão, novamente com a mesma equipa. Perdemos o último jogo, na última jornada, que nos podia ter dado o título de campeões nacionais, e no ano seguinte, o segundo na primeira divisão, fomos finalmente campeões nacionais, também contra o SL Benfica. É de uma magnitude enorme uma equipa vir da se‑ gunda divisão e atingir o título nacional. O clube mais histórico de Espinho e com mais títulos em Portugal é o SC Espinho, e na AA Espinho conseguimos, nesse primeiro ano na primeira divisão, suplantá-los e criar alguma afinidade com as pessoas da cidade, que estavam mais ligadas ao SC Espinho, mas começaram a encher o pavilhão da AA Espinho, o que era algo notável. Começámos a ser ídolos do nada e não sabíamos o que estava a acontecer, estávamos apenas a desfrutar. Três ou quatro anos antes estávamos a jogar voleibol no passeio com um fio preso de uma árvore para uma janela. Isso era muito usual em Espinho. Ou, em alternativa, encontrávamos uma garagem com um portão e ficava um do lado de fora e outro do lado de dentro. O portão servia de rede. De repente estávamos nos jornais e nas televisões com um título tão prestigiante e a partir daí começámos a levar tudo mais a sério e a treinar muito mais. Quase todos dessa equipa triunfaram e é um título que a AA Espinho vai guardar para sempre. É de Espinho e cresceu rodeado de voleibol, mas po‑ deria ter despontado no futebol. Sim, joguei futebol. Tinha dois clubes em Espinho que andavam sempre atrás de mim para ir para lá jogar e quando era mais novo ainda consegui conciliar o voleibol com o futebol e, mais tarde, o voleibol com o andebol. Também queriam que eu continuasse no andebol e iam a casa dos meus pais para me convencer, mas o meu pai era director do voleibol da AA Espinho e acabou sempre por me puxar mais para esse lado, além de também ter praticado atletismo. Até quando pude, aos 16 anos, pratiquei sempre uma, duas ou três modalidades ao mesmo tempo. Os meus pais deixaram-me e acho que isso me ajudou a ter mais aptidão física para seguir a minha carreira. Chegou ao Sporting CP com 19 anos. Como foram os primeiros tempos de adaptação? Vim para Lisboa juntamente com o Filipe Vitó e já cá estava o Wagner Silva, que tinha chegado esse ano e jogado comigo na AA Espinho. Não foram tempos nada fáceis porque sou muito chegado à minha família e à minha cidade. Em Espinho toda a gente se conhecia, quase ninguém andava de carro. Tive de deixar os meus amigos e vim para uma cidade muito grande onde não conhecia nada, apesar de na altura já ter visitado Lisboa com a minha família. Quando cheguei, decidi que vinha para treinar, jogar e aproveitar a minha oportunidade. Além disso, vim com muito gosto pois é o meu Clube. Lembro-me da primeira vez que vesti esta camisola, foi num torneio em Lamego. Quando nos deram o equipamento fiquei a olhar durante muito tempo. Era o cumprir de um sonho que, se calhar, nem era sonho, pois não pensava um dia chegar a um Clube tão grande.

Além de Filipe Vitó e Wagner Silva, havia ainda no plantel Tzvetan Florov, Alexandre Ivanov ou os ir‑ mãos Cavalcanti. Logo na primeira época, a duas jornadas do fim do Campeonato Nacional já eram campeões. Tive a honra de ser campeão nacional na primeira época sempre que vim para o Sporting CP. Tínhamos uma grande equipa e dou os parabéns a quem a construiu, além de um agradecimento especial a todos os meus colegas, que já tinham um sentido de profissionalismo muito grande ao qual eu não estava habituado. Foram eles que fizeram com que me adaptasse mais rapidamente ao que é ser profissional, para mim era tudo prazer. Foram muito importantes na minha carreira e fizeram com que, a partir desse primeiro ano, eu me tornasse profissional de voleibol.

“FOMOS CONVIDADOS PARA DISPUTAR O CIRCUITO PROFISSIONAL NORTE-AMERICANO” Essa equipa acabou com a seca de 36 anos em termos de títulos nacionais. Tínhamos um grande plantel e uma grande equipa técnica também, que nos conseguiu incutir os valores do Clube e do que é ser profissional. Lembro-me que treinávamos sempre às 9h00 e às 17h00 e eram treinos muito fortes para a altura. A partir daí, todos os jogadores ganharam muito com esse projecto do Sporting CP. Foi com dedicação e trabalho e por isso é que conseguimos recuperar esse título nacional que já faltava há muitos anos na Nave de Alvalade e no Museu Sporting. Como era jogar na Nave de Alvalade? Era espectacular, tinha um piso muito bom para a época. Ao entrar na Nave, passávamos por muitos Sócios e desportistas nacionais de referência nas mais diversas modalidades. Cruzávamo-nos todos e não havia as restrições que existem actualmente. Estávamos em contacto com todos, mesmo com os jogadores de futebol. Hoje em dia, é praticamente impossível ter contacto diário com os Sócios porque não é permitida a entrada no Pavilhão João Rocha (PJR). Foram momentos muito especiais porque vivíamos o Sporting CP no dia-a-dia. Sentia-se e respirava-se Sporting CP em cada artéria junto ao Estádio José Alvalade. Sem dúvida. Lembro-me de muitas vezes, quando tinha treino às 17h00, vir para a Nave de Alvalade às 14h30 só para ver os outros treinos, conversar com os Sócios e tentar cruzar-me com algum jogador de futebol. Tinha 19 anos, estava num mundo diferente e para mim era uma alegria no fim da noite ligar aos meus pais e dizer que tinha estado com este e com aquele. Era um grande orgulho, até porque foi o meu pai que me incutiu o Sportinguismo e ele também ficava muito contente. Em três épocas conquistou uma Taça de Portugal, duas Supertaças e três Campeonatos Nacionais. Sim, essa equipa, além da qualidade que tinha, ganhou pelo trabalho que fez e pela exigência que lhe foi incutida pela equipa técnica. Trabalhámos muito mais do que as outras equipas a nível nacional. Não bastava ter só atletas de qualidade, acho que fomos premiados pelo que trabalhámos ao conquistar vários títulos. Depois saiu para jogar no SC Espinho. Como se ga‑ nham nove Campeonatos Nacionais consecutivos (três no Sporting CP e seis no SC Espinho) e uma

CEV Top Teams Cup, um feito único a nível nacional? Houve três ou quatro jogadores que saíram do Sporting CP após esses três títulos nacionais, até porque a modalidade foi extinta um ano depois. O SC Espinho fez um novo projecto e quis que regressassem todos os atletas da cidade, tanto do SC Espinho como da AA Espinho. Fizemos uma boa equipa, treinámos muito e tivemos a hegemonia do voleibol português durante muitos anos. Ganhámos muitas vezes o ‘triplete’ e isso, por si só, diz muito sobre o que éramos enquanto equipa. Foram grandes momentos, ainda por cima no pavilhão ao qual chamávamos a ‘Bombonera’, que enchia completamente. Os adversários tinham medo de ir lá jogar, é um local mítico e uma equipa que vai ficar na memória de todos porque conquistou muitos títulos, entre os quais um inédito título europeu, em 2000/2001. Na época seguinte fomos finalistas novamente e podíamos ter sido campeões europeus dois anos seguidos, o que por si só diz o que era o projecto e a forma como nós jogávamos. Hoje em dia é quase algo intrínseco os jogadores de pavilhão fazerem os circuitos de Verão do voleibol de praia. Como foi o aparecimento dessa vertente? Para nós foi o seguimento daquilo que fazíamos no dia-a-dia. Todos jogavam voleibol em Espinho e tínhamos uma particularidade muito importante que era: quando acabávamos a época de pavilhão, tínhamos mais três meses de férias em que podíamos ir para a praia. O curioso é que na praia só havia uma rede e jogávamos 6x6, o voleibol tradicional de pavilhão, porque éramos muitos. Depois começou a haver alguns torneios e estive envolvido no aparecimento do primeiro de duplas. Comecei a ver os jogos entre norte-americanos e brasileiros e a tentar perceber como era aquilo, até porque ainda havia pouca informação. Depois decidimos fazer um torneio em Espinho com os melhores atletas nacionais, em 1991, e consegui arranjar alguns patrocinadores. A partir daí, começaram a surgir mais torneios, como o de Porto Santo, por exemplo, e já havia um na Costa da Caparica de 6x6 em que estava sempre presente todo o voleibol português. Depois começaram a aparecer as outras variantes (2x2, 3x3 e 4x4) e os torneios inundaram a nossa costa. Como apaixonados do voleibol, jogávamos todos. Depois surgiu a oportunidade de Portugal ir ao Cam‑ peonato da Europa, em Almería. Sim, eu e o João Brenha fomos escolhidos para jogar. Perdemos no acesso à meia-final e ficámos em quinto lugar, mas nunca tínhamos jogado torneios internacionais. Logo a seguir, houve a oportunidade de ir a uma etapa do circuito mundial e a qualificação foi no Japão, em 1994. Conseguimos passar essa fase e não sabíamos o que valíamos a nível internacional, até porque os melhores do circuito mundial eram os norte-americanos e brasileiros. Nós tínhamos tido algum contacto com noruegueses, espanhóis e italianos no Europeu, mas não era a mesma coisa. Depois da fase de qualificação ficámos em nono lugar, e isso deu-nos entrada directa na etapa seguinte, em Fevereiro de 1995, no Rio do Janeiro. Nessa altura, o Rio de Janeiro era o expoente máximo do voleibol mundial Sim, e abriu-nos a porta. Ficámos loucos por poder participar numa etapa no Rio de Janeiro num estádio com cinco mil pessoas. Nunca tínhamos ido ao Brasil, chegámos lá e ficámos em sétimo lugar, uma classificação espectacular que nos manteve logo dentro >>


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não dá para ser outro porque somos apenas dois. Se não consigo fazer as coisas bem, o meu colega vai ficar chateado. O facto de termos sido a primeira dupla do circuito mundial a fazer 100 provas diz muito sobre a amizade e cumplicidade que sempre tivemos.

“Voltaremos a encontrar-nos nos estádios ou pavilhões com a camisola do Sporting CP”

>> do ranking do quadro principal para as etapas seguintes. A partir daí nunca mais saímos e conseguimos tranquilamente o apuramento para os JO. Fomos passando vários obstáculos, soltámos o nosso jogo e criámos admiração em muitas pessoas, nomeadamente no Brasil e nos Estados Unidos da América (EUA). Até fomos convidados para disputar o circuito profissional norte-americano, mas tínhamos de deixar o voleibol de pavilhão e o nosso país. Na altura não estávamos preparados para isso e não quisemos, mas recebemos esse convite que não é para qualquer dupla. “TIVE MUITA INFLUÊNCIA NO REGRESSO DO VOLEIBOL AO SPORTING CP” A amizade com o João Brenha acabou por facilitar tudo? Esse foi o ponto principal para a nossa longa carreira e o sucesso que alcançámos juntos. Tinha cinco ou seis anos quando conheci o João e estudámos na mesma escola, embora ele estivesse um ano acima por ser mais velho. Vivíamos a 100 metros um do outro e começámos a jogar voleibol no mesmo clube, que era a AA Espinho, que também estava a 100 metros da minha casa. O nosso grupo de amigos sempre foi o mesmo, íamos ao cinema e à praia juntos. Fizemos todo este percurso juntos, sempre com muita amizade. Aliás, quando tivemos de decidir quem seria a dupla de cada um para jogar no primeiro torneio de voleibol de praia, nem precisámos de perguntar nada um ao outro. Foi algo natural e jogámos sempre juntos em todas as equipas de voleibol de praia que integrámos, fosse em 2x2, 3x3 ou 4x4. Foi também isso que ditou o sucesso? Sim, porque víamos muitas duplas que se separavam ao fim de dois, três ou quatro anos. Havia muitas zangas e há o exemplo dos Laciga, irmãos suíços que muitas vezes nem viajavam juntos porque não se falavam. Não era fácil para uma dupla viajar pelo mundo inteiro e estar meses fora de casa. Participas em muitos jogos, há muita tensão e pode haver uma carga muito negativa. No voleibol de praia, se os adversários servirem sempre para mim, vou ter de ser eu a resolver o problema,

Estiveram nos JO de Atlanta 1996, Sidney 2000 e Ate‑ nas 2004. Nos dois primeiros estiveram sempre mais próximos de chegar às medalhas de ouro e prata, mas acabaram na disputa pelo bronze. Primeiro que tudo, não éramos candidatos a uma medalha. Conseguimos vencer a primeira etapa do circuito mundial em 1997, mas não tínhamos estatuto de candidatos, nem mesmo depois da excelente experiência nos primeiros JO, em Atlanta. No entanto, sabíamos que podíamos ganhar a qualquer dupla do mundo, tal como já tínhamos feito no circuito mundial. Fizemos dois JO muito bons, sentíamo-nos bem preparados em termos físicos, tácticos e técnicos. O nosso treinador, o professor Francisco Fidalgo, teve um papel muito importante no nosso percurso. Não foi só treinador, foi também um amigo que nos ajudou muito fora do campo. É preciso haver uma ligação entre os dois jogadores e o professor foi muito importante a todos os níveis para o nosso sucesso, que foi resultado de um trio e não só de uma dupla. Ficaram muito perto das medalhas ao conseguirem dois quartos lugares. Tivemos bons percursos nos dois primeiros JO, conseguimos superar grandes duplas e eliminámos mesmo o norte-americano Sinjiin Smith, uma lenda do voleibol mundial, num estádio cheio em Atlanta com onze mil pessoas a puxar por ele. Só havia meia dúzia de portugueses a torcer por nós e, mesmo em casa deles, conseguimos eliminá-los. Isso deu-nos a possibilidade de chegar às meias-finais com outra dupla norte-americana. Estivemos perto de vencer, mas perdemos 11-9 e acabámos por não conseguir chegar às medalhas de ouro e prata. Nos JO seguintes, em Sidney, na Austrália, aconteceu novamente o mesmo. Foi aí que se deu o jogo mítico contra a Suíça que vai perdurar na nossa memória. Todos falam nele porque estávamos a perder 11-6 e acabámos por fazer nove pontos sem que eles conseguissem pontuar mais nenhuma vez. Com a nossa estratégia e com o embalo que tivemos ponto após ponto, acabámos por levar a cabo uma das grandes reviravoltas do voleibol de praia mundial.

“SEMPRE QUE VIM PARA O SPORTING CP FUI CAMPEÃO NACIONAL NA PRIMEIRA ÉPOCA” Em 2017 regressou ao Sporting CP. Qual a importân‑ cia deste segundo capítulo? Tal como no primeiro, neste segundo capítulo saímos vitoriosos e conseguimos conquistar títulos importantes para o Museu Sporting. Para mim foi um orgulho ainda maior por ser Sportinguista e por ter conseguido trazer o voleibol novamente, porque tive muita influência no regresso do voleibol ao Sporting CP. Sei o que passei e as vezes que tive de vir a Lisboa para convencer as pessoas. Felizmente o voleibol regressou ao Sporting CP e conseguimos ajudar mais uma vez no crescimento do Museu Sporting. Logo no ano do regresso, o voleibol torna-se na pri‑ meira modalidade a vencer o título de campeão na‑ cional no PJR, 22 anos depois da última conquista. Foi um momento único. Aliás, o primeiro jogo que

fizemos em casa após o regresso foi contra o SL Benfica. Ganhámos 3-1 e a ansiedade foi muita, lembro-me que estávamos todos muito nervosos e as bancadas cheias. Foi algo que já não via há muitos anos, mas diferente. Num pavilhão muito mais bonito e completamente vestido de verde e branco, conseguimos uma grande vitória no primeiro jogo do Campeonato Nacional, logo contra o SL Benfica. Depois o último jogo também foi no PJR, novamente contra o SL Benfica, em que ganhámos numa final épica por 3-2. Foi incrível, perante um grande opositor, mas nós merecíamos mais pelo que treinámos. Treinámos muito nesses dois primeiros anos e merecemos ter esse sucesso.

“NA PRIMEIRA VEZ QUE VESTI ESTA CAMISOLA FIQUEI MUITO TEMPO A OLHAR PARA ELA” Desta segunda vez já tinha ganho tudo. Quis escrever mais uma página de história por continuar com a fo‑ me de vencer ao serviço do Clube do coração? O que me motivou foi fazer bem as coisas para que o voleibol continuasse durante muitos anos no Sporting CP. Pensava mais na modalidade do que em mim. Acho que devíamos criar todos os alicerces possíveis para que esta modalidade seja duradoura dentro do Clube, até porque tem muito potencial e os Sportinguistas gostam muito de voleibol. Claro que vou para o campo para jogar e treinar e dou sempre o máximo, porque a competitividade assim o exige, mas já pensava através de uma perspectiva mais abrangente. Temos de fazer as coisas bem para isto continuar, independentemente de quem esteja cá no futuro. Sempre pensei assim e colaborei com a equipa técnica e com os dirigentes para que tudo durasse muitos anos. Ganhou novamente a Taça de Portugal já nesta últi‑ ma época no Sporting CP. Muitos se calhar achavam que não seria possível, mas conseguiu mesmo alcan‑ çar o décimo troféu. É mais uma Taça, não gosto de particularizar as vitórias porque trabalho da mesma forma em todos os treinos, jogos e títulos. Por isso, é mais uma Taça brilhante, numa época difícil, na qual podíamos também ter conquistado a Supertaça, competição em que estivemos melhor do que o SL Benfica e podíamos ter vencido por 3-1, mas acabámos por não ter essa sorte. É a décima Taça de Portugal para mim, um número bastante importante num fim-de-semana de grandes emoções. Antes disso, durante a semana, não me lembro de alguma vez ter dado tantas entrevistas. Aquilo foi uma loucura especialmente para o meu filho, Guilherme, que não estava habituado e deu mais de 15 entrevistas. Imagino o estado de alma com que ele estaria nesses dias, com os estudos, os treinos e por ir defrontar o pai e o Sporting CP, Clube do qual ele também gosta. Foi um fim-de-semana que nunca mais vou esquecer. Tenho muitos títulos, diplomas e uma história atrás de mim, mas foi a cereja no topo do bolo ter podido jogar com o meu filho e depois, dois dias a seguir, ganhar a Taça de Portugal. Partilhar o rectângulo de jogo com um filho é algo raro. Sim, foi um momento emotivo. Cada um tem de lutar pelo seu clube, mas eu como pai tenho de estar com os olhos nele. É o meu filho, quero que as coisas lhe corram bem e nunca sabemos o que pode acontecer. Tentei abstrair-me ao máximo, mas é um momento marcante e foi a cereja no topo do bolo na minha carreira. Os títulos ficam na prateleira, mas este momento ficou no coração. Muitas vezes, o ser humano facilita se puder, mas


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Quais são os planos para o futuro? Tenho a Academia Maia/Brenha (AMB), com o João Brenha, e a AMB-Beachvolley, também com o professor Francisco Fidalgo, na qual ensinamos os jovens a jogar voleibol de praia em Espinho, no Verão. Temos centenas de crianças a participarem nos treinos que fazemos todas as semanas. Além disso, organizamos a AMB Volleyball Cup, um torneio para jovens, e na última edição, em 2019, estiveram presentes 3.600 atletas e mais de 100 equipas vindas de Espanha, Brasil, México, Itália, Alemanha, França, Canadá e EUA. O torneio já é uma referência a nível mundial e antes da pandemia criámos o AMB World Volleyball Master, torneio no qual estiveram quase 80 equipas vindas de países como o Brasil, Rússia, Israel ou EUA. Ao criarmos estas escolas e estes torneios, damos oportunidade aos jovens de poderem competir contra equipas de outros países, o que os vai enriquecer e motivar a seguirem na modalidade. Vou estar ligado ao voleibol e ao desporto. Tenho muito para ajudar e com certeza que os projectos vão aparecer.

eu tento incutir-lhe o contrário e digo-lhe que tem de ser exigente consigo próprio. Se ele hoje acordou cansado e não lhe apetece treinar, tem de ir na mesma, chegar cedo e preparar-se. Só assim poderá evoluir e é isso que faço com ele, com o meu sobrinho, com a minha filha e com a minha sobrinha, que também praticam desporto.

“SOU SPORTINGUISTA E ESTAREI SEMPRE PRONTO PARA ABRAÇAR QUALQUER PROJECTO” Foi especial ter o seu sobrinho, Miguel Maia Sá, a treinar e a jogar aqui no último ano? Sim, é meu sobrinho e meu afilhado. Está no início da carreira, como eu já estive há uns anos, e se calhar nada melhor para ele do que ter o tio, pela experiência que tem e por saber o que é representar um Clube tão grande como o Sporting CP, a incutir-lhe essas coisas no dia-a-dia. Acho que tive um papel preponderante durante este ano ao ensinar-lhe muita coisa, até porque ele acabou por ser profissional pela primeira vez no Sporting CP. De certeza que saiu enriquecido ao fim de uma época em que teve ao seu lado grandes colegas e uma equipa técnica e um Clube fabulosos. O nome Maia carrega muita história, mas o Miguel cer‑ tamente deseja que cada um deles trace o seu caminho. Sim, mas eles também têm isso interiorizado e sabem que só depende deles. A única coisa que posso fazer é tentar ajudá-los em relação ao que é ser profissional e fazer muita repetição, porque o voleibol é uma modalidade que exige sempre muita repetição para melhorar. Vão ter sempre um suporte, mas o que vão fazer no fuHP_WE_CARE_FOR_EACH_OTHER_oferta_2_meses_sporting_253x148mm.pdf turo depende apenas deles.

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“COM A MINHA ESTATURA, NUNCA FUI DE ACALENTAR OBJECTIVOS MUITO ALTOS”

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O que fica depois de todos estes anos? Ficam grandes momentos, colegas, treinadores, directores e, acima de tudo, grandes adeptos e um sentido de orgulho em vestir esta camisola e estar dentro das instalações do Cube. Para quem gosta de estar num emblema como o Sporting CP, não há melhor do que poder vivê-lo todos os dias. É um upgrade que temos para poder treinar e jogar melhor, além de fazer uma carreira melhor. Estar no Clube do coração, vestir uma camisola 12/04/2021 valiosa 17:17:13 e olhar todos os dias para o símbolo traz muita

responsabilidade, mas ajuda a termos outra visão para a nossa carreira. Agradeço a todos os que ajudaram nestes anos, tenho um grande orgulho em ter vestido esta camisola e isto não acaba aqui. Sei que vou regressar ao Sporting CP. O que é ser Sporting Clube de Portugal? Primeiro que tudo, é um motivo de orgulho. Depois, quer queiramos quer não, somos um Clube grande e esses giram sempre à volta do futebol, que não tem estado muito habituado a ganhar campeonatos nacionais. Acho que somos diferentes de todos os outros porque mesmo não ganhando no futebol, temos paixão pelo Clube e queremos sempre mais e melhor. Eu não fujo à regra, estarei sempre aqui a torcer pelo Sporting CP e regressarei quando houver possibilidade. Tanto eu, como os meus filhos e a minha família porque, mesmo que eles nunca tenham visto o Sporting CP ser campeão, amam o Clube. Temos todos de nos orgulhar por pertencer a um dos maiores clubes do mundo. Qual a mensagem que gostaria de enviar aos Sportinguistas? Quero deixar-lhes um agradecimento, sei que nutrem um carinho muito especial por mim e sempre me apoiaram ao longo de todos estes anos. Sabem que sou um Sportinguista de alma e coração e, por isso, merecem um agradecimento especial. Também contribuíram, e muito, para o sucesso na minha carreira e no voleibol do Sporting CP. Muito obrigado a todos, continuarei a ser um adepto e um dia voltaremos a encontrar-nos nos estádios ou pavilhões com a camisola do Sporting CP vestida.


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ENTREVISTA JAMES ELLISOR

“VAMOS TENTAR FAZER HISTÓRIA” O capitão da equipa de basquetebol verde e branca falou em exclusivo ao Jornal Sporting sobre o primeiro lugar alcançado na fase regular, as expectativas para os jogos dos play‑offs e frisou ainda que os Leões estão focados em conquistar o título nacional 39 anos depois. Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão Que balanço faz após o fim da fase regular? A fase regular correu‑nos bastante bem. Concedemos apenas três derrotas no total e há equipas com muita qualidade na Liga Placard. Também tivemos a nossa quota‑parte de altos e baixos, mas serviu de lição para a equipa. Diria que as coisas nos correram bem, e há que lembrar a temporada passada. Não tivemos oportunidade de a terminar, mas demos continuidade ao bom trabalho já nesta época. Estou orgulhoso dos rapazes e espero que continuemos fortes nos play‑offs. Vamos continuar a trabalhar sobre aquilo que temos vindo a melhorar ao longo da época: a defesa, que é uma das nossas principais armas, e a união. À medida que o play‑offs se aproximam as equipas vão fazendo alguns ajustes. Vamos estar sempre preparados para jogar o próximo jogo.

“O OBJECTIVO SEMPRE ESTEVE DEFINIDO: SERMOS CAMPEÕES NACIONAIS” O primeiro lugar tem um sabor especial depois de a época passada ter terminado numa altura em que o Sporting CP também era líder? Sabe bem também por isso, mas o nosso objectivo sempre esteve definido: sermos campeões nacionais. Desde o início da época que sabíamos o que tínhamos de fazer e já levamos um longo caminho de cerca de oito meses desde que começámos. Continuamos a trabalhar diariamente para melhorar e agora chegou a hora de demonstrar porque é que terminámos a fase regular em primeiro. Temos de manter a postura e jogar da mesma forma que temos vindo a fazer ao longo da temporada.

Estou muito orgulhoso por toda a equipa se ter mantido focada durante este tempo. Continuámos sempre a trabalhar e a tentar superar‑nos. Num total de oito encontros com a UD Oliveirense, o FC Porto e o SL Benfica, esta época, o Sporting CP ganhou cinco. Isso traz boas perspectivas. Sem dúvida. Essas três equipas ficam sempre nos lugares cimeiros da classificação todos os anos. Para nós, foi uma questão de manter a consistência. Sabíamos desde o início da época que seríamos um alvo a abater, todas

“TODOS NO BALNEÁRIO TÊM NOÇÃO DA GRANDEZA E ECLECTISMO DO SPORTING CP”


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as equipas queriam tirar‑nos o primeiro lugar. Em alguns momentos não foi fácil, mas uma das coisas que nos ajudou foi a participação na FIBA Europe Cup. Tal como eu, alguns dos meus colegas nunca tinham disputado as competições europeias e essa experiência, apesar de não termos vencido nenhum jogo, foi crucial e ajudou‑nos a seguir em frente. Aprendemos muito e fez com que nos tornássemos ainda mais fortes.

“SABÍAMOS DESDE O INÍCIO DA ÉPOCA QUE SOMOS UM ALVO A ABATER” Vê a equipa na máxima força para atacar a recta final da temporada? Estamos preparados, mas ligeiramente cansados em termos mentais e físicos. A época já vai longa e há alguns jogadores que estão tocados ou lesionados. Agora vamos ter de confiar ainda mais uns nos outros, especialmente nos jogadores que têm menos minutos nas pernas. Os play‑offs são jogos de ajustes e se mantivermos o que fizemos até aqui vai correr tudo bem.

“TEMOS DE PROVAR O NOSSO FAVORITISMO DURANTE OS PLAY‑OFFS” Acredita que o Sporting CP é favorito a vencer a Liga Placard? Sim, mas temos de prová‑lo ao longo dos play‑offs. É verdade que conseguimos o primeiro lugar da fase regular, mas isso não quer dizer nada até o trabalho estar terminado. Ainda temos muitos jogos para ganhar e uma tarefa árdua para completar. Se ultrapassar o Vitória SC nos quartos‑de‑fi‑ nal, o Sporting CP poderá depois encontrar a UD

Oliveirense ou o SL Benfica nas meias‑finais, curio‑ samente os dois últimos campeões nacionais. Sente em campo a crescente competitividade desta Liga Placard? Sem dúvida. As cinco ou seis principais equipas em Portugal são muito fortes e equilibradas, e esta edição da Liga Placard está a ser mais competitiva do que as dos anos anteriores. Esta época tem sido interessante porque há equipas que costumam estar no pódio e ficaram noutros lugares. No geral, a Liga Placard está com mais qualidade, reclama mais respeito e demonstra maior competitividade. Eu gosto disso. Quanto às meias‑finais, se lá chegarmos vai ser sempre difícil. Tanto a UD Oliveirense como o SL Benfica são duas boas equipas, com bons jogadores e bem orientadas.

“COMO CAPITÃO, TENHO DE LIDERAR, DAR O EXEMPLO E, POR VEZES, ENSINAR TAMBÉM” A equipa tem noção de que poderá fazer história ao conquistar o primeiro título desde a temporada 1981/1982, há 39 anos? Quando soube que o Sporting CP ia voltar a ter basquetebol, depois de tantos anos, e mostraram interesse em mim, só quis trazer de volta essa tradição e tentar construir algo histórico neste Clube. Todos no balneário têm noção da grandeza e eclectismo do Sporting CP. Poder vestir esta camisola tem um enorme significado, sabemos que podemos fazer história se nos sagrarmos campeões nacionais. Agora que ficámos em primeiro lugar na fase regular parece que há uma pressão ainda maior, mas esta equipa existe há pouco mais de ano e meio. Acho que estamos no caminho certo e estou muito feliz por fazer parte de tudo isto. Agora que o basquetebol regressou, espero que consigamos adicionar mais um troféu ao Museu Sporting.

“AS CINCO OU SEIS PRINCIPAIS EQUIPAS NACIONAIS SÃO MUITO EQUILIBRADAS” O Sporting CP tem vantagem no factor casa por ter acabado a fase regular no primeiro lugar. Visto que não deverá haver público nas bancadas, esta questão terá alguma influência? Agora que já estamos habituados a não ter espectadores, acho que não vai ter impacto na equipa. Claro que ajudaria ter os adeptos presentes para nos apoiarem, mas ao mesmo tempo já jogámos toda a época sem que estivessem nas bancadas. Agora só temos de confiar uns nos outros, sabendo que os Sportinguistas estão todos a torcer por nós. Sempre pensei que na recta final da temporada já pudéssemos ter espectadores, mas parece que ainda não. Vamos a jogo para tentar conseguir algo especial para os adeptos.

“ESTA LIGA PLACARD ESTÁ A SER MAIS COMPETITIVA DO QUE AS DOS ANOS ANTERIORES”

James Ellisor foi o jogador mais utilizado na fase regular

É actualmente bicampeão nacional e tem muita ex‑ periência acumulada nos play‑offs. Qual será a chave para chegar às finais e vencê‑las? Temos de pensar jogo a jogo. Neste momento é fácil olhar para a frente, sem pensar nos quartos‑de‑final e nas meias‑finais. Mas é importante ter calma e pensar apenas no próximo desafio porque há um conjunto de excelentes equipas e não podemos relaxar em nenhum momento. É importante encarar cada jogo como se fosse uma final e os ajustes também são muito importantes, porque

jogamos com cada equipa pelo menos três vezes. Vai ser um teste de vontade, resiliência, ajustes e estratégia.

“AGORA QUE FICÁMOS EM PRIMEIRO NA FASE REGULAR A PRESSÃO É AINDA MAIOR” O facto de ser o capitão de equipa traz outra respon‑ sabilidade nesta fase? Sinto que tenho uma grande responsabilidade por ser capitão de equipa. Foi assim durante toda a temporada, mas agora ainda mais porque esta é a primeira vez que alguns dos meus colegas estão nos play‑offs. Tenho de liderar, dar o exemplo e, por vezes, ensinar também. É o jogador com mais tempo de utilização na equipa em todas as competições internas. Sente que pode ser decisivo dentro e fora do campo? O facto de ter muita experiência e estar na Liga Placard há vários anos, tendo jogado já alguns play‑offs, faz com que sinta que posso adicionar valor à equipa e contribuir para os nossos objectivos. Até pelo facto de ser capitão de equipa, posso ajudar de várias formas e liderar a equipa em cada jogo. Acho que sou uma parte importante da equipa, mas funcionamos como um todo e as coisas têm corrido bem assim.

“SEMPRE PENSEI QUE NA RECTA FINAL DA TEMPORADA JÁ PUDÉSSEMOS TER ESPECTADORES” A defesa agressiva e o espírito de sacrifício têm sido uma das vossas melhores armas. Sim, é provavelmente a nossa melhor arma como equipa. Se fizermos isso e comunicarmos, formos solidários e jogarmos bem como um todo, não só a defender, mas também a atacar, acho que vai ser difícil bater‑nos. Todas as outras equipas sabem isso e vai ser importante ganharmos tanta vantagem quanto possível no ataque para conseguirmos segurar as vitórias.

“É IMPORTANTE ENCARAR CADA JOGO COMO SE FOSSE UMA FINAL” A conquista da segunda Taça de Portugal consecu‑ tiva, há cerca de duas semanas, também veio provar que a equipa tem trabalhado bem desde o regresso e está no caminho certo. Fiquei muito orgulhoso quando conquistámos a primeira Taça de Portugal, no ano passado, porque já estou há vários anos no país e nunca o tinha conseguido. Foi muito entusiasmante, tanto para mim como para a equipa. Voltar a fazê‑lo seis meses depois, com o mesmo grupo, soube ainda melhor. O facto de termos vencido os dois troféus já na mesma época demonstra que temos uma boa equipa, somos consistentes e estamos no caminho certo. Agora temos mais um objectivo para alcançar esta época e espero que consigamos chegar lá. Vamos tentar fazer história. Qual a mensagem que gostaria de enviar aos Sportinguistas? Quero agradecer o apoio que cada um deles nos tem transmitido, embora não possam ver os nossos jogos ao vivo. Vamos tentar fazer algo especial para eles. Espero que continuem fortes e a apoiar‑nos de fora. Vamos tentar conquistar a Liga Placard para eles. Vamos Sporting CP!


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FUTSAL

JOÃO MATOS: O LEÃO COM MAIS JOGOS NA HISTÓRIA DO SPORTING CP INTERNACIONAL PORTUGUÊS CHEGOU AOS 605 JOGOS DE LEÃO AO PEITO E BATEU O FEITO QUE TAMBÉM PERTENCIA A UM FUTSALISTA – DEO. O CAPITÃO LEONINO CHEGOU AO CLUBE EM 2002 E DEPOIS DE 20 ANOS, NÃO QUER FICAR POR AQUI. “POR MIM, FICAVA LIGADO AO SPORTING CP O RESTO DA MINHA VIDA”, REVELOU JOÃO MATOS. Texto: Maria Gomes de Andrade, Xavier Costa Fotografia: Mário Vasa

João Matos continua a fazer história no Sporting Clube de Portugal e depois de ter ultrapassado a marca das seis centenas de jogos de Leão ao peito, chegou aos 605 encontros com a camisola do Clube, no passado sábado, o que o tornou no jogador com mais jogos na história do emblema Leonino. Nesse sentido, João Matos foi distinguido por Frederico Varandas, presidente do Conselho Directivo do Sporting CP, que lhe entregou uma estatueta comemorativa que imortaliza o feito do capitão Leonino. “É um marco que fica para a história e o João tem esse mérito. É um grande jogador, um grande profissional e um grande capitão. Ser capitão, para nós, significa muito e o João representa muito bem a imagem que queremos que os nossos capitães transmitam. É um Leão, um exemplo para os mais novos, para os mais velhos e para os Sócios, por isso merece muito esta distinção. É

fruto do seu trabalho, da sua dedicação e, como capitão, é um exemplo a seguir”, disse o presidente do Clube de Alvalade em declarações aos meios de comunicação Leoninos. A entrega desta distinção aconteceu no Pavilhão João Rocha e mereceu aplausos do restante plantel e equipa técnica de futsal, bem como de Miguel Afonso, membro do Conselho Directivo do Sporting CP com o pelouro das modalidades, que também esteve presente. “É difícil de explicar esta marca, não só por ser um número muito grande e tornar‑me no jogador com mais jogos, mas por estar também no patamar de grandes nomes do futsal do Sporting CP e com os quais joguei, como o João [Benedito], o Deo, o Pedro Cary e mesmo o Caio [Japa], que foram jogadores que fizeram muitos jogos pelo Clube. É extraordinário estar no patamar deles”, disse João Matos. “Depois, o facto de conseguir este recorde no Clube do meu coração, e que eu tanto amo, é

João Matos com Frederico Varandas e Miguel Afonso

extraordinário. É um motivo de orgulho e de responsabilidade, mas é, acima de tudo, uma felicidade tremenda poder bater este recorde, capitanear esta equipa e ter as conquistas que já tive”, acrescentou. O futsalista integrou a equipa de juvenis do Sporting CP em 2002 e em 2005/2006 subiu em definitivo à equipa principal, afirmando‑se, daí em diante, como uma referência verde e branca, chegando também ao papel de capitão. O fixo de 34 anos soma, então, 16 temporadas e 143 golos marcados na equipa principal. “Quando jogo é para ganhar, faço‑o de forma dedicada e concentrada e com o rigor e a competência que temos de ter quando se representa o Sporting CP. É sempre um sentimento de concentração para a vitória. Independentemente do adversário e da competição em si, a linha é sempre essa. Seja a jogar na Altice Arena com 12 mil pessoas ou aqui [Pavilhão João Rocha] com três mil, eu dedico‑me de igual forma. Claro que há factores motivacionais extra que nos empurram em momentos mais delicados, mas é sempre, sempre, um sentimento de orgulho entrar à frente e representar o Sporting CP, ainda para mais com a grandeza que o nosso futsal tem vivido nos últimos anos”, comentou João Matos que já conquistou oito Campeonatos Nacionais, uma UEFA Futsal Champions League, oito Taças de Portugal, três Taças da Liga e sete Supertaças de Leão ao peito. O internacional português, que soma 150 jogos por Portugal e que venceu o Campeonato da Europa em 2018, não pensa ainda no final da carreira e só pretende continuar a representar o Sporting CP. “Vou continuar a dedicar‑me ao máximo para jogar até que as pernas mo permitam,

até ser uma opção válida, mas quando deixar de o ser dentro de campo, que seja uma opção válida noutra função”, referiu, justificando: “Por mim, ficava ligado ao Sporting CP o resto da minha vida. Esta é a minha casa há 20 anos. Nem consigo imaginar o que é uma despedida do Clube.

São muitos anos, é uma vida dedicada ao Sporting CP e eu quero que seja, realmente, uma vida inteira. Para ser sincero, se não for a jogar ou a trabalhar, acabará sempre por ser uma vida dedicada ao Sporting CP, ponto. Sou adepto, Sócio e um grande apoiante de todas as modalidades”.

“Dizerem‑me para falar sobre alguém que me ultrapassou não é porreiro, mas... (risos) Quero felicitar‑te por este feito, bruxo. Crescemos juntos, subimos juntos à equipa principal e criámos uma amizade fantástica. És daqueles que vou levar como amigo para o resto da minha vida. Parabéns pelo profissional que és, pelo excelente pai e pessoa que és. Continua a ser assim porque só tens a ganhar com isso. De certeza que os miúdos no Sporting CP olham para ti e percebem o que é vestir a camisola do Sporting CP, mas vai com calma porque senão ninguém te vai ultrapassar e vais ficar com esse recorde para sempre (risos). Parabéns, amigo, e que este ano conquistes muitos títulos. Estou sempre a torcer por ti, meu irmão, e pelo Sporting CP”.

DEO, EX‑JOGADOR DE FUTSAL DO SPORTING CP “Pelo que trabalha, pela dedicação e pela forma como tem crescido ele merece ser o jogador com mais jogos efectuados pelo Clube. Ele não é o mesmo João Matos que encontrei quando cheguei e vai‑se mantendo aqui connosco, enquanto outros saem, pela qualidade que tem, pelo jogador que é e pelo tanto que nos ajuda. É um percurso histórico e vai fazer ainda muitos mais jogos. Ele quer e eu também. Fico contente por ele. Isto tudo é mérito dele”.

NUNO DIAS, TREINADOR DA EQUIPA PRINCIPAL DE FUTSAL DO SPORTING CP “Meu amigo Matox, meu grande capitão. Parabéns por este feito fantástico ao serviço do grande Sporting CP. 605 jogos não é para qualquer um e este número só faz sentido ser alcançado por ti, por todo o amor e dedicação que tens ao Clube. Com certeza que toda a tua família e os Sportinguistas estão orgulhosos de ti, mas calma que tens muitos mais jogos para fazer e títulos para conquistarmos juntos. Estamos juntos, sempre”.

CARDINAL, JOGADOR DA EQUIPA PRINCIPAL DE FUTSAL DO SPORTING CP “Já passaram quase 20 anos desde que começaste a tua carreira no Sporting CP. Ao longo destes anos tenho acompanhado o teu percurso, jogo a jogo. Têm sido momentos de emoção, alegria e de algumas lágrimas. Conseguiste atingir vários objectivos e algumas marcas simbólicas que ficarão para sempre na minha memória. E agora, mais uma marca: és o jogador sénior que mais jogos realizou com a camisola do Sporting CP. Parabéns. Que tudo aquilo que sonhas se concretize. Tenho muito orgulho em ti, meu filho”.

AGOSTINHO MATOS, PAI DE JOÃO MATOS


SPORTING 3816 - 23

REGRESSO NA MESMA LINHA PARAGEM INTERNACIONAL NÃO TRAVOU RITMO DO SPORTING CP QUE VENCEU ADCR CAXINAS E CONTINUA NA LIDERANÇA ISOLADA DA PRIMEIRA FASE DO CAMPEONATO NACIONAL. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal regressou ao Campeonato Nacional, após mais uma paragem para selecções, com um triunfo sobre a ADCR Caxinas por 4‑1 em jogo da 29.ª jornada, mantendo assim a liderança isolada na competição. No 605.º jogo de João Matos, que o tornou no jogador com mais partidas de Leão ao peito, a formação visitante até entrou melhor na partida e surpreendeu os Leões, SPORTING IRS JORNAL abrindo oAFmarcador aos três SCP minutos, por Raúl Moreira.

Ainda assim, a vantagem da ADCR Caxinas não durou muito tempo. Claramente superior, o Sporting CP depressa deu a volta ao

continuou com a superioridade Leonina e com a formação visitante, 13.ª classificada, a mostrar‑se defensivamente bem no Pavilhão João Rocha e a evitar o golo Leonino. No entanto, aos 26 minutos, Pauleta fez o

4‑1, que acabou por durar até ao final do encontro, apesar de o Sporting CP ter criado várias oportunidades, enquanto os visitantes não assustaram Guitta. Na próxima ronda a turma de Alvalade desloca‑se à quadra do Eléctrico FC.

Liga Placard

P

J

V

E

D

G

1.º Sporting CP 2.º SL Benfica 3.º AD Fundão

81 79 55

29 29 29

26 25 16

3 4 7

0 0 6

192‑37 168‑39 106‑87

17 de Abril de 2021 | Liga Placard – 29.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP Zicky (6’), Cavinato (7’), Tomás Paçó (19’), Pauleta (26’) MEIA.pdf

1

23/02/2021

19:00

Zicky, Cavinato e Tomás Paçó marcaram os golos do Sporting CP na primeira parte

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marcador com golos de Zicky e Cavinato, marcados no espaço de um minuto. Tomás Paçó, que se estreou pela selecção nacional nos últimos dias, também fez o gosto ao pé com um golaço aos 18 minutos e deu aos comandados de Nuno Dias a confortável vantagem de dois golos. Uma vantagem tanto suada como justa, que até poderia ter sido maior, ao intervalo. A segunda metade

QUADRO 11

`~ INSTITUICoES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

4‑1 (3‑1 ao intervalo)

ACDR CAXINAS Raúl Moreira (3’)

Sporting CP: Guitta [GR], João Matos [C], Cavianto, Merlim, Rocha, Tomás Paçó, Erick Mendonça, Mamadú Ture, Taynan Silva, Pauleta e Zicky Té. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Zicky (7’).


24 - SPORTING 3816

OPINIÃO

ANDEBOL

CHEGADO ESTÁ O MOMENTO

Juvenal Carvalho

É recorrente. Vem esta altura da época e eis que está chegado o momento de todas as decisões nas mais diversas modalidades e frentes em que o nosso Sporting Clube de Portugal se encontra a competir, e tantas elas são. Se o futebol é a alma mater e a modalidade que faz pulsar os corações Leoninos com maior intensidade, porque é a modalidade rainha, e esta época com a particularidade do sonho ser perfeitamente possível numa lógica do jogo a jogo, também nas modalidades designadas de alta competição os momentos das grandes decisões estão a chegar. Por ordem alfabética, e começando pelo andebol, em que mesmo que difícil, será no Dragão Arena que tudo se decidirá, e a palavra desistir não faz parte do léxico Leonino. Sabendo de antemão que a tarefa é hercúlea, será para vingar a derrota no ‘João Rocha’ que nos apresentaremos. Além disso está igualmente garantida a presença na final four da Taça de Portugal, e o objectivo é o de sempre: ganhar No basquetebol, e numa época em que, devido ao calendário atípico provocado pela COVID‑19, já conquistámos as Taças de Portugal de 2019/2020 e 2020/2021, assegurámos também o primeiro lugar da fase regular, e com ele a garantia de que, a iniciar o play‑off frente ao Vitória SC, teremos de fazer da nossa “casa” uma muralha inexpugnável para trazer para o nosso Museu um troféu que nos foge desde 1982.

No futsal, depois das conquistas da Taça de Portugal e da Taça da Liga, está igualmente quase assegurada a primeira posição da fase regular, e com ela a garantia das decisões serem também no nosso ‘João Rocha’, o que nos confere alguma margem de conforto. Igualmente por decidir está a fase final da UEFA Futsal Champions League, que nos últimos dias deste mês terá como palco a localidade croata de Zadar. O primeiro adversário serão os russos do CPRF e a ambição de uma grande presença está bem vincada. Ainda para mais sabendo que para os pupilos de Nuno Dias o céu é o limite. No hóquei em patins, este ano será no play‑off que tudo se decidirá. E para esta fase da competição, a iniciar ante AD Valongo, por termos sido segundo classificado na fase regular, as ambições estão intactas. Acreditamos que não só no Campeonato Nacional, mas também na Liga Europeia, este ano com final four totalmente portuguesa, os comandados por Paulo Freitas, desde a “muralha” Ângelo Girão aos homens de pista à sua frente, será de espírito de missão que estamos imbuídos para as conquistas. Difícil? Sim. Possível? Claro. Para o fim deixo o já terminado voleibol. O rescaldo da época para os comandados de Gersinho é positivo, pese o titubeante em alguns momentos, num grupo de trabalho quase todo novo em relação à época transacta. A cereja no topo do bolo foi a conquista da Taça de Portugal ante o eterno rival na final. Com tanto por jogar, e com o que já foi vencido e ainda almejamos ganhar, é clarividente e factual. Somos um caso raro no desporto português no que toca ao ADN de vitórias. Perante estes dados objectivos, vos asseguro. O caminho do futuro será por aqui. Pela continuidade da nossa imagem de todos os tempos: o eclectismo que nos diferencia!

SOLIDEZ NO CAMPEONATO E NA TAÇA DE PORTUGAL APÓS UMA EXIBIÇÃO SEGURA PARA O CAMPEONATO, OS LEÕES BATERAM COM AUTORIDADE UMA EQUIPA DA II DIVISÃO PARA ESTAR NA FINAL FOUR DA PROVA RAINHA. Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão, Mário Vasa

Duas vitórias expressivas em três dias, no Pavilhão João Rocha, para a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal. Primeiro, na passada sexta‑feira, os Leões venceram o AM Madeira SAD por 35‑16 na 23.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1. A partir do 3‑2, os Leões nunca mais largariam a liderança do marcador. Solidária atrás e com um Manuel Gaspar intransponível, a turma de Alvalade superiorizou‑se rapidamente (11‑5) ao sexto classificado no campeonato. Cada vez mais confortáveis no marcador, os Leões estabeleceram uma diferença de dez golos até ao intervalo, confirmada com um chapéu de Bingo (17‑7). No segundo tempo, apesar do esforço madeirense, o Sporting CP não cedeu na vantagem

Campeonato Placard P 1.º FC Porto 2.º Sporting CP 3.º SL Benfica

72 67 65

(23‑13). Defensivamente, o conjunto de Rui Silva cumpriu as tarefas com distinção e, na frente, resolvia as jogadas com eficácia, aumentando o resultado (32‑14) e gerindo o encontro até ao 35‑16 final. 12.ª vitória consecutiva no campeonato para a formação verde e branca, que atinge os 67 pontos e continua na perseguição ao primeiro lugar.

EM FRENTE NA TAÇA COM MUITA JUVENTUDE No último domingo, os Leões do andebol garantiram a passagem à final four da Taça de Portugal, depois de receber e vencer o CDC São Paio de Oleiros por 41‑16 nos quartos‑de‑final. O conjunto de Rui Silva era claro favorito para este encontro diante do quinto classificado da II Divisão e confirmaram

J

V

E

D

G

24 23 23

24 22 21

0 0 0

0 1 2

833‑546 735‑538 685‑552

Jovens da formação estiveram em destaque no jogo da Taça de Portugal

esse favoritismo com uma boa exibição, recheada de juventude e muitos golos. O CDC São Paio de Oleiros não facilitou a vida à formação verde e branca, sobretudo nos primeiros 15 minutos da partida, só que a equipa Leonina, fruto da sua qualidade e experiência, foi sempre controlando o encontro e daí o 21‑6 ao intervalo. Na segunda metade, o Sporting CP marcou mais 19 golos e a formação visitante marcou mais quatro do que na primeira parte. Destaque para os jovens jogadores da formação Leonina: Eduardo Seixas foi o melhor marcador do jogo com oito golos, seguido por Tomás Ferreira com sete e Eduardo Almeida com cinco.

16 de Abril de 2021 | Campeonato Placard Andebol 1 – 23.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

35‑16

AM MADEIRA SAD

(17‑7 ao intervalo) Sporting CP: Pedro Valdés [C] (2), Edmilson Araújo (4), Daniel Andrejew (2), Carlos Ruesga (3), Dmytro Doroshchuk, Eduardo Almeida, Francisco Tavares (2), Salvador Salvador (6), Manuel Gaspar [GR] (1), Arnaud Bingo (2), Jens Schöngarth (5), Nuno Roque (1), Darko Đukić (2), Joel Ribeiro (2), Matevž Skok [GR] e Tomislav Špruk (3). Treinador: Rui Silva. Disciplina: Dois minutos de exclusão para Pedro Valdés e Dmytro Doroshchuk (3).

18 de Abril de 2021 | Taça de Portugal – Quartos‑de‑final | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

41‑16

CDC SÃO PAIO DE OLEIROS

(21‑6 ao intervalo) Sporting CP: Pedro Valdés [C] (2), Tomás Ferreira (7), Edmilson Araújo, Daniel Andrejew (6), Carlos Ruesga (2), Dmytro Doroshchuk, Eduardo Almeida (5), Salvador Salvador (3), Manuel Gaspar [GR] (1), Duarte Seixas (8), Jens Schöngarth (2), Nuno Roque (1), Darko Đukić (3), Joel Ribeiro, Matevž Skok [GR] e Tomislav Špruk (1). Treinador: Rui Silva. Disciplina: Dois minutos de exclusão para Dmytro Doroshchuk, Jens Schöngarth e Tomislav Špruk.



26 - SPORTING 3816

HÓQUEI EM PATINS

OPINIÃO

EQUIPA VENCE E TERMINA PRIMEIRA FASE EM SEGUNDO SABER SOFRER

Pedro Almeida Cabral

Defrontou o Sporting Clube de Portugal um irreconhecível clube, a Belenenses SAD, num dos dérbis de Lisboa. Em tempos de (agora já moribunda) Superliga, é uma oportunidade para pensar no que sucede quando os clubes se desprendem da sua circunstância histórica e do calor dos seus adeptos. Saldou-se o encontro por um empate a duas bolas, tendo o Sporting CP só alcançado o ponto solitário na última jogada, um pontapé de penálti marcado por Jovane Cabral. Não foi um jogo feliz. Já na primeira volta, a Belenenses SAD tinha causado muitas dificuldades, conseguindo perturbar o fio do nosso jogo com alguma facilidade. A história repetiu-se. Um penálti falhado e um erro de Adán atrapalharam a possibilidade de chegar à vitória. Podia discorrer agora sobre o menor rendimento de algumas das peças do nosso 11. Mas prefiro ver o grande jogo que fez Nuno Mendes. Do alto dos seus 18 anos, esteve destemido e alegre, mudando até de posição para central, não lhe pesando a camisola nem a desvantagem dos dois golos durante 81 minutos. Prefiro focar-me em Jovane Cabral, uma vez mais decisivo a saltar do banco,

conquistando e marcando o penálti que valeu o empate. Prefiro recordar Nuno Santos, a esticar o jogo em todo o comprimento, com agilidade e leveza, tendo feito o cruzamento para o golo de Coates. E prefiro também lembrar o nosso capitão Coates, imperial a defender e inteligente a marcar o seu quinto golo no campeonato. Quando não vão uns à luta, vão outros. Mau grado este malfadado empate, temos seis jogos até final do campeonato. São 18 pontos em disputa. Continuamos em primeiro lugar isolados, onde todos os outros candidatos ao título queriam estar. Continuamos a ter o segundo melhor ataque e a ter, de longe, a defesa menos batida. É ainda um nosso jogador o melhor marcador, Pedro Gonçalves. Dos seis jogos que faltam, empatámos apenas um na primeira volta. Os pontos de vantagem sobre o nosso mais directo perseguidor não são um fosso intransponível. Mas quem lidera é o Sporting CP. E é a mesma equipa que já conquistou o único troféu da época, a Taça da Liga, que não perdeu ainda esta época com rivais e que ganhou ao SL Benfica em casa para o campeonato, após nove anos sem o conseguir. Saibamos agradecer mais a esta equipa, que tanto fez para chegar aqui, do que a exigir-lhe, desmedidamente, este mundo e o outro, e as vitórias que precisamos virão. É altura de saber sofrer com este empate. Mas também é altura de seguir para os próximos jogos agradecidos pelo que a equipa já nos deu e ainda vai dar. A começar já no domingo, contra o SC Braga.

SPORTING CP VENCEU A AD SANJOANENSE NUMA TARDE DE MUITOS GOLOS. NOS QUARTOS‑DE‑FINAL DO CAMPEONATO NACIONAL, DISPUTADOS À MELHOR DE TRÊS PARTIDAS, OS LEÕES JOGAM COM A AD VALONGO. Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal fechou a primeira fase do Campeonato Nacional da melhor maneira, ao vencer, no sábado passado, a AD Sanjoanense por 10‑6 no jogo da 26.ª – e última – jornada da prova. Por isso, os Leões fizeram aquilo que lhes competia e acabaram esta fase da prova na segunda posição da tabela. Esperava‑se um bom jogo de hóquei em patins no Pavilhão João Rocha e as duas equipas não desiludiram. O encontro foi disputadíssimo do início ao fim e terminou com 16 golos e um triunfo justo dos Leões. A equipa orientada por Paulo Freitas entrou bem na partida e colocou‑se a vencer logo aos 30 segundos, quando Matías Platero abriu o marcador. Ainda assim, a formação visitante não tardou em responder e, aos cinco minutos, empatou o jogo (1‑1). Valeram depois os três golos marcados de “rajada” por Gonçalo Nunes, Toni Pérez e Verona, a dar maior conforto aos Leões (4‑1), mas a equipa visitante, que tinha roubado pontos ao Sporting CP na primeira volta do campeonato, não desmotivou e respondeu com dois golos em dois minutos. Assim, a vantagem Leonina foi encurtada, mas nunca esteve em causa, até porque, aos 24 minutos, Ferran Font também marcou e levou os Leões para o

intervalo a vencer por 5‑3. Uma vantagem justa que foi aumentada logo no recomeço da partida, novamente por Matías Platero que dobrou, assim, a diferença de golos entre as duas equipas logo numa fase inicial. Gonçalo Nunes também bisou, logo a seguir, e aumentou a vantagem verde e branca (7‑3), que voltou a durar pouco tempo. Aos 32 minutos, a AD Sanjoanense marcou o quarto golo e, no minuto seguinte, fruto de uma grande penalidade conseguiu marcar o quinto, voltando a encurtar a vantagem verde e branca. A formação visitante ainda teve, depois a oportunidade de marcar mais um, mas Zé Diogo evitou o 7‑6. “Quem não marca, sofre” e foi o que aconteceu. Aos 36 minutos, também o capitão Pedro Gil fez o gosto ao stick e fez o 8‑5 para o Sporting CP. Mas o marcador continuou mexido, com a AD Sanjoanense a fazer o 8‑6 de imediato. Um resultado que durou três minutos porque Gonçalo Nunes, em tarde de regresso, chegou aos três golos da conta pessoal quando ainda faltavam dez minutos para jogar. A etapa final da partida foi, por isso, mais calma no placard, mas não no rinque e o Sporting CP ainda voltou a marcar por Alvarinho,

Campeonato Nacional P 1.º FC Porto 2.º Sporting CP 3.º OC Barcelos

66 62 60

que assim fechou as contas, aos 48 minutos. Nos quartos‑de‑final do Campeonato Nacional, disputados à melhor de três jogos, os Leões vão defrontar a AD Valongo.

REVIRAVOLTA E DESAIRE NO DÉRBI A equipa feminina de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal visitou, no passado domingo, o SL Benfica e saiu derrotada por 3‑2 no jogo da décima jornada da segunda fase do Campeonato Nacional. Ana Catarina Ferreira apontou o primeiro golo verde e branco na Luz, logo após o SL Benfica se ter colocado na frente do marcador numa primeira parte em que as duas guarda‑redes foram o grande destaque. Os golos fizeram bem ao jogo e, já no segundo tempo, Ana Catarina Ferreira bisou e premiou o bom início verde e branco, colocando o Sporting CP em vantagem. Ainda assim, Maria Sofia Silva respondeu com mais dois golos e acabou por dar o triunfo à equipa da casa.

J

V

E

D

G

26 26 26

21 19 19

3 5 3

2 2 4

142 ‑65 116‑64 135‑82

17 de Abril de 2021 | Campeonato Nacional – 26.ª jornada | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

Matías Platero (1’ e 28’), Gonçalo Nunes (8’, 29’ e 40’), Toni Pérez (12’), Verona (15’), Ferran Font (24’), Pedro Gil (36’) Alvarinho (47’)

10‑6 (5‑3 ao intervalo)

AD SANJOANENSE Hugo Santos (5’ e 19’) Tiago Almeida (17’) João Cruz (32’ e 36’) Pedro Cerqueira (33’)

Sporting CP: Zé Diogo [GR], Matías Platero, Gonçalo Nunes, Pedro Gil [C], Toni Pérez, Gonzalo Romero, Ferran Font, Verona e Alvarinho. Treinador: Paulo Freitas.


SPORTING 3816 - 27

BASQUETEBOL

VOLEIBOL

JUDO

LEÕES FECHAM COM DERROTA, MAS NO PRIMEIRO LUGAR

INFELICIDADE PARA FECHAR IMPOSSIBILITOU MAIS UMA CONQUISTA

SEIS JUDOCAS LEONINOS EM ACÇÃO NO EUROPEU EM LISBOA

SPORTING CP PERDEU EM CASA DA UD OLIVEIRENSE NO ÚLTIMO JOGO DA PRIMEIRA FASE DO CAMPEONATO NACIONAL, NA QUAL ACABOU COMO LÍDER ISOLADO. VITÓRIA SC É O ADVERSÁRIO QUE SE SEGUE NOS QUARTOS‑DE‑FINAL DA PROVA. Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Mário Vasa

A equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal não regressou à Liga Placard da melhor maneira, após a conquista da segunda Taça de Portugal consecutiva. No passado sábado, no último jogo da fase regular do Campeonato Nacional, os Leões perderam por 87‑76 em casa da UD Oliveirense, mas terminaram esta fase da prova em primeiro lugar – já garantido no início do mês – com mais um ponto do que o segundo classificado, o FC Porto. No Pavilhão Dr. Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis, a equipa da casa mandou no encontro do início ao fim, vencendo todos os quartos. Primeiro por 22‑20 e depois por 21‑17, indo para o intervalo a vencer por 43‑37. Na segunda parte, a UD Oliveirense voltou a superiorizar‑se aos Leões – fruto de alguns erros defensivos do Sporting CP, que também teve uma percentagem mais baixa de lançamentos – e voltou a vencer: no terceiro quarto por 22‑19 e no último por 22‑20. Os comandos de Luís

Magalhães fecharam, assim, esta fase regular da prova com 23 vitórias e três derrotas, 2309 pontos marcados e 1824 sofridos. Agora, nos quartos‑de‑final da prova, os Leões vão defrontar o oitavo classificado da Liga Placard, o Vitória SC (o primeiro jogo do play-off foi disputado ontem, já depois do fecho desta edição).

James Ellisor, capitão Leonino, marcou seis pontos frente à UD Oliveirense

Liga Placard

P

J

V

D

P

1.º Sporting CP 2.º FC Porto 3.º Imortal BC

49 48 46

26 26 26

23 22 20

3 4 6

2309‑1824 2158‑1768 2203‑1982

17 de Abril de 2021 | Liga Placard – 26.ª Jornada | Pavilhão Dr. Salvador Machado

UD OLIVEIRENSE

87‑76

SPORTING CP

(22‑20, 21‑17, 22‑19 e 22‑20)

Sporting CP: Travante Williams (15), John Fields (6), Diogo Ventura, João Fernandes (4), James Ellisor [C] (6), Francisco Amiel, Jorge Embaló, Shakir Smith (26), Cláudio Fonseca e Diogo Araújo (19). Treinador: Luís Magalhães.

LEÕES FALHARAM A TAÇA FEDERAÇÃO, TERMINANDO 2020/2021 COM A TAÇA DE PORTUGAL CONQUISTADA Texto: Maria Gomes de Andrade

A equipa principal de voleibol do Sporting Clube de Portugal falhou, no último domingo, a possibilidade de conquistar a Taça Federação, depois de perder diante do Esmoriz GC por 2‑3 no terceiro e último encontro da prova. O Esmoriz GC tinha vencido (3‑1) o primeiro jogo entre as duas equipas, disputado em Esmoriz, mas os comandados de Gersinho empataram (3‑0) a prova no jogo de sábado, no Pavilhão João Rocha, forçando o terceiro encontro. Novamente no reduto Leonino, o Sporting CP acabou por perder o terceiro jogo, que foi disputadíssimo do início ao fim e que acabou com Paulo Victor e Victor Hugo lesionados. Os Leões venceram o primeiro set por 25‑22 e o Esmoriz GC conseguiu depois ser melhor no segundo e triunfar por 23‑25. O terceiro set voltou a ser equilibrado, e muito dividido nos pontos iniciais, mas o Sporting CP acabou por descolar do marcador e vencer confortavelmente por 25‑18. Já no seguinte, com os Leões a terem a possibilidade de fechar o encontro, a formação visitante foi mais

consistente e acabou por levar a melhor por 20‑25. A partida teve então de ir à negra e aí, apesar de o Sporting CP ter estado sempre na frente, a formação visitante ainda conseguiu empatar em alguns momentos‑chave, virando o resultado no final (27‑29) ao beneficiar também da infelicidade dos Leões para fechar o set.

LEOAS EM VANTAGEM NA FINAL DA TAÇA FEDERAÇÃO A equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal visitou, no passado domingo, o CD Aves e venceu por 1‑3 no primeiro jogo da final da Taça Federação. Depois de um set inaugural longo e muito equilibrado, por fim, as Leoas saíram por cima com 27‑29. Apesar da resposta avense no parcial seguinte (25‑20), a formação de Alvalade não sentiu o golpe e resolveu o encontro, vencendo os dois sets seguintes, ambos por 22‑25. Desta forma, o conjunto de Rui Pedro Costa só precisa de mais um triunfo sobre o CD Aves, desta vez no Pavilhão João Rocha, para levantar o troféu.

18 de Abril de 2021 | Taça Federação – Final – Jogo 3 | Pavilhão João Rocha

SPORTING CP

2‑3

ESMORIZ GC

(25‑22, 23‑25, 25‑18, 20‑25, 27‑29)

Sporting CP: Éder Levi (11), Victor Hugo (2), Paulo Victor (27), André Saliba, Miguel Maia [C] (2), José Vinha, Robinson Dvoranen (17), Gil Meireles, Hugo Vinha, Renan Purificação (22), João Fidalgo [L], Bruno Alves (2), Hélio Sanches (9) e Miguel Maia Sá [L]. Treinador: Gersinho.

Texto: Xavier Costa

Maria Siderot (‑48 kg), Joana Ramos (‑52 kg), Wilsa Gomes (‑57 kg), João Fernando (‑73 kg), Jorge Fonseca (‑100 kg) e Diogo Brites (‑100 kg) foram os seis judocas do Sporting CP que, de entre os 18 atletas portugueses, fizeram do emblema Leonino o Clube português mais representado na selecção nacional durante o Campeonato da Europa, ocorrido na Altice Arena, em Lisboa, entre os dias 16 e 19 de Abril. Além disso, o Sporting CP contou ainda com Pedro Soares, treinador Leonino, como um dos dois técnicos da equipa portuguesa. A representação verde e branca por Portugal começou na sexta‑feira, quando Maria Siderot (28 do ranking mundial), Joana Ramos (21 do ranking) e Wilsa Gomes (53 do ranking) subiram ao tatami, caindo todas na segunda ronda das eliminatórias. Por sua vez, no dia seguinte, João Fernando (91 do ranking) caiu na terceira ronda, às portas dos quartos‑de‑final, depois de na estreia ter batido o esloveno Martin Hojak (38.º mundial). Por fim, no terceiro e último dia do Europeu, Jorge Fonseca e Diogo Brites, em representação de Portugal, encerraram a prestação Leonina em Lisboa. Jorge Fonseca, campeão mundial em 2019 e número quatro do ranking mundial, terminou a prova no sétimo lugar. Pelo caminho venceu o grego Georgios Maliaropoulos (110.º do ranking) e o estónio Grigori Minaskin (número 21 mundial), antes de cair para a fase de repescagens ao ser derrotado por Niias Iliasov (5.º do ranking), sendo eliminado de seguida pelo francês Alexandre Iddir (13.º do ranking). Já o Leão Diogo Brites, de 22 anos, estreou‑se num Campeonato da Europa com uma derrota apenas consumada no prolongamento do primeiro combate.


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ADN DE LEÃO LOGO ORIGINAL

PODCAST

ÂNGELO GIRÃO NO “ADN DE LEÃO” GUARDA‑REDES É O SEGUNDO REPRESENTANTE DO HÓQUEI EM PATINS NO PODCAST OFICIAL DO SPORTING CP. Texto: Luís Santos Castelo

Depois de Matías Platero, é a vez de Ângelo Girão representar o hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal no ‘ADN de Leão’, o podcast oficial do emblema de Alvalade. O guarda‑redes da equipa principal verde e branca da modalidade, assim como da selecção nacional portuguesa, esteve no estúdio da Academia, em Alcochete, para conversar com Guilherme Geirinhas num episódio que vai estar disponível na próxima terça‑feira. Depois da gravação do episódio, Ângelo Girão mostrou‑se muito satisfeito com o resultado final. “Correu muito bem. Passei aqui um tempo muito agradável, com boa disposição. Não estava

“Passei aqui um tempo muito agradável, com boa disposição”, admitiu o hoquista

Guilherme Geirinhas e Ângelo Girão em mais um ‘ADN de Leão’

à espera que a conversa fosse tão descontraída. Foi ‘cinco estrelas’ e gostei bastante deste momento que passámos aqui”, disse em declarações aos meios de comunicação do Sporting CP. “Se calhar vão ficar a saber um pouco de como sou extra‑hóquei, extradesporto e extracompetição. É importante passar esta parte dos atletas e a personalidade de cada um”, acrescentou. Para além da conversa, Ângelo

Girão e Guilherme Geirinhas protagonizaram um jogo de EA Sports FIFA na PlayStation 5 e o resultado final foi muito desnivelado. “Foi um bom adversário e deu luta nos primeiros cinco minutos de jogo. O Sporting CP estava fortíssimo, já o Sporting CP dele nem tanto. Foi bom e não estava à espera disto. Deu para experimentarmos a nova PlayStation e foi mais um

momento de boa disposição que levámos com desportivismo. Ficou 4‑0, mas ele festejou um golo que não existiu”, contou, bem‑disposto. Aos 31 anos, Ângelo Girão está no Sporting CP desde 2014, quando foi contratado ao AD Valongo, e, por isso, vai já na sétima temporada consecutiva de Leão ao peito. Pelo emblema de Alvalade já conquistou uma Taça CERS

ALTETISMO

SARA MOREIRA COM MARCA DE QUALIFICAÇÃO OLÍMPICA Sara Moreira, atleta do Sporting Clube de Portugal, garantiu, no passado domingo, com 2h26’42’’ uma marca de qualificação para a maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na prova NN Mission Marathon, em Twente, nos Países Baixos, a corredora Leonina foi a segunda mais rápida a cortar a meta e arrecadou a medalha de prata. “Hoje foi um dia muito

especial para mim. As lágrimas representaram o alívio por ter atingido finalmente um objectivo que perseguia há muito tempo”, começou por dizer a atleta verde e branca, no domingo à noite, no Grande Jornal da Sporting TV. A presença em Tóquio 2020

significará a quarta participação olímpica para Sara Moreira: “é um marco muito importante na minha carreira e quero chegar na minha melhor forma para conseguir um bom resultado para mim e para Portugal”, perspectivou, por fim, a atleta do Sporting CP.

Adeus a José Carlos Alves D’Almeida O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de José Carlos Alves D’Almeida, Sócio n.º 1194‑0, que partiu em Fevereiro passado

(2014/2015), uma Supertaça António Livramento (2015), um Campeonato Nacional (2017/2018), uma Liga Europeia (2018/2019) e uma Taça Continental (2019). Pela selecção nacional portuguesa, o guardião venceu, entre outros títulos, um Campeonato do Mundo (2019) e um Campeonato da Europa (2016). O episódio do ‘ADN de Leão’ com Ângelo Girão vai estar disponível na próxima terça‑feira, 27 de Abril, às 19h06. Como habitualmente, a conversa entre o atleta e Guilherme Geirinhas vai ser lançada nas plataformas habituais de podcasts e no canal oficial do Sporting CP no YouTube, podendo também ser vista na Sporting TV. Trata‑se do 21.º episódio do ‘ADN de Leão’ desde que foi criado, em Dezembro de 2020, já tendo por lá passado atletas, treinadores e lendas de modalidades como o futebol, o atletismo, o futsal, o basquetebol, o ténis de mesa, o hóquei em patins e o andebol. vítima de COVID‑19. Com participação muito activa na vida do Clube, José Carlos Alves D’Almeida participou em inúmeras assembleias gerais e fez parte do Conselho Leonino entre 2013 e 2017. Conhecido pelo seu Sportinguismo, que espalhava por todos os que o rodeavam, dedicou muito tempo ao Sporting CP, um dos maiores amores da sua vida. Aos familiares e amigos, o Sporting CP endereça as mais sentidas condolências e agradece os anos de Esforço, Dedicação e Devoção à procura da Glória Leonina.


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PROJECTOS EDUCATIVOS

ATL REABRIU E VAI TER NOVIDADES A ACADEMIA DE TALENTOS LEONINOS (ATL) DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL MANTEVE‑SE A FUNCIONAR À DISTÂNCIA DURANTE O CONFINAMENTO, MAS NESTE MOMENTO JÁ SE ENCONTRA ABERTA E AINDA MAIS DISPONÍVEL PARA RECEBER CRIANÇAS E ADOLESCENTES. AS ACTIVIDADES NÃO PARARAM E HÁ NESTE MOMENTO NOVAS OFERTAS. POR ISSO, O JORNAL SPORTING ESTEVE À CONVERSA COM AS TÉCNICAS DE ACÇÃO EDUCATIVA E PEDAGÓGICA DANIELA PINTO E ARIANA GARCIA PARA PERCEBER O TRABALHO QUE TEM SIDO FEITO E QUAIS SÃO AS NOVIDADES.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Pedro Zenkl, Sérgio Martins

Terminou, finalmente, uma fase de confinamento mais dura, mas a Academia de Talentos Leoninos nunca parou. Como e qual foi o trabalho da ATL nos últimos meses? Daniela Pinto (DP) – Se no primeiro confinamento tudo era uma novidade e nos deparámos com situações inesperadas, desta vez sentimos que a adaptação foi mais fácil, pois já existiam estratégias e todo um período de adaptação que nos permitiu manter a ATL em total funcionamento, ainda que em moldes diferentes. Por isso, mantivemos o acompanhamento à distância, em regime online das crianças e jovens que já acompanhávamos e que estavam a usufruir de serviços de apoio ao estudo na ATL e conseguimos também manter os serviços especializados, nomeadamente as consultas de psicologia, em plataformas de videoconferência. Pode dizer‑se então que, apesar tudo, estiveram sem‑ pre ‘presentes’? Ariana Garcia (AG) – Sim, o nosso balanço desta fase é bastante positivo, bem como o feedback dos nossos participantes e dos respectivos encarregados de educação. Foi um caminho duro e mais longo do que aquele que se previa, mas sentimos um imenso orgulho no trabalho desenvolvido pela ATL porque, para além da vertente educativa/pedagógica inerente aos serviços que disponibilizamos, conseguimos cumprir também um dos nossos propósitos: apoiar as nossas crianças e jovens de uma forma geral e não apenas no seu desenvolvimento académico. Tiveram de fazer tudo isso de forma online, através de plataformas digitais, mas neste momento já estão a trabalhar no espaço da ATL no Estádio José Alva‑ lade, não é? DP – Sim, entretanto, reabrimos no passado dia 5 de

Abril para os alunos do 1.º ciclo e agora para mais crianças/adolescentes no dia 19 de Abril, seguindo o plano de desconfinamento traçado pelo Governo. Por isso, neste momento, podemos dizer que voltámos oficialmente ao regime presencial, com todos os serviços em pleno funcionamento. E quais são esses serviços e para que idades estão indicados? DP – São vários e estão indicados para crianças e jovens dos seis aos 18 anos, de segunda a sexta‑feira entre as 10 e as 20 horas. Disponibilizamos serviços de apoio ao estudo e explicações, que consideramos fundamentais nesta fase de rescaldo do ensino à distância em regime presencial; ateliers artísticos e lúdico‑pedagógicos; serviços especializados de psicologia, terapia da fala e orientação vocacional; e ainda os nossos cursos de línguas, em parceria com a Oxford School – Instituto de Línguas, para todas as idades. Além disso, temos também um serviço de transporte, em parceria com a Rodinhas. E em tempo de pandemia, apesar das limitações se‑ rem actualmente menores, como é que é dado esse apoio escolar? AG – O apoio escolar, a par com os restantes serviços que disponibilizamos, é prestado preferencialmente de forma individual ou em pequenos grupos. Felizmente, temos a sorte de ter um espaço muito amplo e isso permite‑nos manter o distanciamento necessário e assegurar todas as medidas de higiene e segurança. Depois da escola, quando o terceiro período termi‑ nar, voltarão também as habituais actividades que a ATL costuma oferecer no Verão? AG – Sim. Em Julho e Agosto, o Sporting CP organizará as habituais Férias de Leão para crianças e jovens dos seis aos 14 anos com um conjunto de programas semanais já bastante conhecido dos nossos Leões e Leoas.

Dois anos depois – visto que no Verão passado não foi possível realizarem‑se devido à pandemia –, estamos de volta e garantimos o total cumprimento de todas as medidas de segurança indicadas pela Direcção‑Geral da Saúde. Além disso, no final do Verão, na última semana de Agosto e na primeira de Setembro, quando estaremos já com um pé no novo ano lectivo, regressarão também as Oficinas Leoninas, um programa criado em contexto pandémico e que se revelou um sucesso. Esperam, então, um Verão activo quer em termos fí‑ sicos como mentais, não é? DP – A premissa é exactamente essa, o nosso objectivo é enriquecer as férias dos nossos participantes e torná‑las inesquecíveis. Depois de um ano lectivo tão atípico e, muitas vezes, solitário, queremos proporcionar aos nossos participantes as mais variadas actividades e um espaço onde possam, sobretudo, conviver e brincar. Para os encarregados de educação que não tenham onde deixar as suas crianças, estes programas serão, certamente, uma solução. E haverá novidades? DP – Vai haver, sim. Pela primeira vez e durante o mês de Julho, a ATL, em parceria com a Oxford School, dinamizará cursos intensivos de inglês a partir dos 14 anos. Serão programas de ensino estruturados de acordo com o QECR (Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas) e com os quais os participantes obterão um certificado. Claro que, tudo isso, só se realizará se o contexto pandémico o permitir, não é? AG – Sim, claro. Todos os programas mencionados anteriormente estão em fase de planeamento e reajustamento face às medidas e normas que vão também sendo actualizadas. O principal objectivo é garantir a segurança de todas as crianças e jovens, bem como das suas famílias.


SPORTING 3816 - 31

RESULTADOS ANDEBOL MASCULINO Seniores ‑ Camp. Placard Andebol 1

Absolutos ‑ Cross Int. Amendoeiras em flor 6.1 km: 5.º Beatriz Rodrigues 23’55’’

Absolutos ‑ Provas de preparação FPA 100 m: 10.º Maria João Barbosa 12’’35; 13.º Matilde Sousa 12’’70 Seniores ‑ Taça de Portugal Sporting CP 41‑16 CDC S. Paio Oleiros 200 m: 11.º Mariana Bento 25’’62; 12.º Maria João Barbosa 25’’85 400 m: 2.º Dorothé Évora 54’’96; 3.º Vera Barbosa 55’’16 Absolutos ‑ Cross Int. Amendoeiras em flor 800 m: Sandra Teixeira 2’30’’06; 4.º Catarina 8.4 km: 6.º Rui Teixeira 26’27’’; 16.º Licínio Machado 2’33’’93 Pimentel 27’48’’; Eduardo Mbengani e Hélder 400 m barreiras: 1.º Vera Barbosa 57’’74; 2.º Santos não terminaram Juliana Guerreiro 58’’32 Absolutos ‑ Provas de preparação FPA Salto com vara: 1.º Marta Onofre 3,95 m; 6.º 100 m: 8.º Pedro Bernardo 11’’01; 13.º Francis Maria Junqueiro 2,20 m Obikwelu 11’’11 Lançamento do peso: 1.º Jéssica Inchude 17,52 400 m: 10.º Luís Gonçalves 52’’54 m; 2.º Débora Quaresma 14,08 m Salto com vara: 2.º Carlos Pitra 4,70 m; 5.º Afonso Almeida 4,25 m Absolutos ‑ Torneio de abertura AAVC Lançamento do dardo: 2.º Ilírio Nazaré 58,29 m Lançamento do dardo: 1.º Cláudia Ferreira 48,47 m Camp. Regional corta mato longo Camp. Regional corta mato longo Absolutos: 14.º André Massuça 24’13’’ Absolutos: 10.º Joana Lopes 24’30’’; 25.º Inês Juniores: 1.º André Massuça 24’13’’ ‑ CAMP. Belmonte 28’’46 REGIONAL Iniciados: 15.º Afonso Carvalho 6’08’’; 20.º Juniores: 2.º Joana Lopes 24’30’’; 5.º Inês Francisco Lopes 6’34’’ Belmonte 28’’46 Infantis: 1.º Alexandre Carvalho 4’39’’ ‑ Iniciados: 3.º Clara Barbosa 6’03’’; 10.º Maria CAMP. REGIONAL; 4.º David Viciosa 5’05’’; Morais 7’03’’; 12.º Francisca Loreto 7’11’’; 17.º 6.º Diogo Brandão 5’22’’; 7.º Pedro Figueiredo Inês Silva 7’38’’; 19.º Matilde Garcia 7’42’’; 5’42’’; 8.º Afonso Adónis 5’42’’; 12.º Salvador 23.º Maria Figueiredo 8’27’’ Mendes 6’05’’; 13.º Bernardo Gil 6’06’’; 14.º Infantis: 5.º Mariana Isidro 6’01’’; 6.º Helena Vasco Ribeiro 6’07’’ Benjamins B: 3.º Noah Salerno 4’02’’; 5.º Pereira 6’09’’; 7.º Maria Bergamo 6’11; 8.º Francisco Ribeiro 4’11’’; 6.º Salvador Lopes Mariana Pedro 6’15’’; 13.º Inês Vila 6’35’’ 4’16’’; 9.º David Aguiar 4’38’’; 12.º Lemmy Benjamins A: 1.º Alice Fichtner 1’13’’ ‑ CAMP. Bouda 5’55’’ REGIONAL; 5.º Simone Godinho 1’17’’; 8.º Benjamins A: 3.º Andrea Salerno 1’04’’; 5.º João Pedro Cota 1’08’’; 8.º Tiago Capela 1’25’’; Lenilou Salerno 1’22’’ Sporting CP 35‑16 AM Madeira SAD

ATLETISMO MASCULINO

10.º António Costa 1’32’’

FEMININO Absolutos ‑ NN Mission Marathon

2.º Sara Moreira 2h26’42’’ ‑ MÍN. JOGOS OLÍMPICOS

Provas de preparação I AAL 800 m absolutos: 1.º Sandra Teixeira 2’31’’03 Triplo salto juniores: 1.º Inês Gomes 10,67 m 150 m benjamins: 1.º Joana Wever 22’’66

BASQUETEBOL MASCULINO Seniores ‑ Liga Placard

‑73 kg: 9.º João Fernando (1 V / 1 D) ‑100 kg: 7.º Jorge Fonseca (2 V / 2 D); 17.º Diogo Brites (1 D)

ESPORTS MASCULINO 2 vs. 2 ‑ FPF Masters eFootball

‑48 kg: 9.º Maria Siderot (1 D) ‑52 kg: 9.º Joana Ramos (1 V / 1 D) ‑57 kg: 9.º Wilsa Gomes (1 V / 1 D)

UD Oliveirense 87‑76 Sporting CP

For the Win 2‑1 Sporting CP Diogo Jota Esports 0‑2 Sporting CP 1 vs. 1 ‑ FPF Digital Challenge PS4: Zé Diogo (2 D); Runrun (2 D)

FUTEBOL MASCULINO Seniores ‑ Liga NOS

SC Farense 0‑1 Sporting CP

FEMININO Seniores ‑ Liga BPI

Sporting CP 2‑0 CS Marítimo

FUTSAL MASCULINO Seniores ‑ Liga Placard

Sporting CP 4‑1 ADCR Caxinas P. Barca

FEMININO Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão

Sporting CP 13‑0 ARCD Venda Luísa

HÓQUEI EM PATINS MASCULINO Seniores ‑ Camp. Nac. 1.ª Divisão

Sporting CP 10‑6 AD Sanjoanense

FEMININO Seniores ‑ Camp. da Europa

PÓLO AQUÁTICO MASCULINO Seniores ‑ Camp. Nacional A1

Sporting CP 16‑5 Cascais WP

TÉNIS DE MESA FEMININO Seniores ‑ Camp. Nacional 1.ª Divisão

TIRO COM ARCO MASCULINO 1.ª prova Camp. Nacional Campo

Recurvo seniores: 2.º Tiago Matos; 3.º Domingos Vaquinhas; 5.º Luís Gonçalves; 9.º Filipe Alves Recurvo seniores equipas: 1.º Sporting CP Compound seniores: 7.º Nuno Félix; 13.º Joachim Gögel; 22.º Rui Romão; 25.º Adriano Fernandes Compound seniores equipas: 4.º Sporting CP Recurvo juniores: 2.º Duarte Cattoni Recurvo veteranos: 1.º José Baleizão; 4.º António Silva; 6.º António Ferreira; 7.º Paulo Castro Recurvo veteranos equipas: 1.º Sporting CP

FEMININO 1.ª prova Camp. Nacional Campo

Compound seniores: 1.º Jane Gögel

Sporting CP 0‑4 Boa Hora FC

MISTO

TIRO À BALA MASCULINO Pistola 50 m ‑ Camp. Regional centro

TRIATLO MASCULINO Elite ‑ Taça Europa de Melilla

Seniores ‑ Torneio Qual. Olímpica América Latina 1.ª prova Camp. Nacional Campo Compound seniores: 1.º Jane Gögel / Nuno Félix Pares mistos: Bruna Takahashi (1 D)

Seniores: 2.º João Costa 538(5x); 4.º Domingos Rodrigues 535(4x); 5.º Francisco Silva 533(5x); 7.º Domingos Moreira 516(7x) Seniores equipas: 1.º Sporting CP ‑ CAMP. REGIONAL Veteranos: 2.º Paulo Mendonça 494(6x); 3.º Leonardo Oliveira 464(4x); 5.º Eduardo Paiva 395(3x); 7.º António Carvalho 313(0x) Veteranos equipas: 1.º Sporting CP ‑ CAMP. REGIONAL

FEMININO Seniores ‑ Camp. Nacional

SL Benfica 3‑2 Sporting CP

Formação ‑ Torn. Ar Comprimido c/ Apoio Carabina 10 m: 2.º Rodrigo Penedo 261.6(0x); 4.º Dinis Seabra 257.6(1x)

JUDO MASCULINO Seniores ‑ Camp. da Europa

FEMININO Pistola 25 m ‑ Camp. Regional centro Seniores: 2.º Ana Pais 562(12x) Veteranos: 4.º Carla Gil 510(5x)

10H00

1.ª prova Camp. Nac. 2.ª Div. Pesca c/ feeder Barragem dos Patudos (Alpiarça)

27.º Erwin Vanderplancke 51’22’’

MISTO Camp. Nac. Clubes Estafetas mistas

Seniores: 2.º Sporting CP (Inês Oliveira; Hugo Figueiredo; Jeanne Lehair; João Mansos) 1h29’16’’ ‑ QUAL. CAMP. EUROPA DE CLUBES Juniores: 3.º Sporting CP (Clara Rodrigues; João Dias; Margarida Barão; João Vaz) 1h39’15’’

VOLEIBOL MASCULINO Seniores ‑ Taça Federação

Jogo 2: Sporting CP 3‑0 Esmoriz GC Jogo 3: Sporting CP 2‑3 Esmoriz GC

FEMININO Seniores ‑ Taça Federação

Jogo 1: CD Aves 1‑3 Sporting CP

AGENDA ANDEBOL DOMINGO, 25 DE ABRIL 15H00 Seniores

AD Sanjoanense vs. SPORTING CP 24.ª jorn. Camp. Placard Andebol 1 Pav. Mun. Travessas (S. João Madeira)

ATLETISMO SÁBADO, 24 DE ABRIL 9H30 Juvenis e juniores

SPORTING CP Camp. Nac. Lançamentos Pista Mun. Atletismo (Sobreda, Almada)

13H00 Seniores

SPORTING CP Meeting da Liberdade Pista 2 CAR Jamor (Oeiras)

18H00

Vários escalões SPORTING CP Taça Portugal de Marcha Albufeira

DOMINGO, 25 DE ABRIL 15H00 Seniores

SPORTING CP Meeting da Liberdade Estádio 1.º Maio ‑ INATEL (Lisboa)

BASQUETEBOL SÁBADO, 24 DE ABRIL 15H00 Seniores

SPORTING CP vs. Vitória SC Jogo 2 Quartos‑de‑final Liga Placard Pavilhão João Rocha

ESPORTS SEXTA‑FEIRA, 23 DE ABRIL 19H00 Equipa

CD Tondela vs. SPORTING CP 5.ª jorn. Nível 2/Série C FPF Masters eFootball Online

FUTEBOL DOMINGO, 25 DE ABRIL 16H00 Seniores Fem.

SPORTING CP vs. C. Albergaria 11.ª jorn. 2.ª fase/Ap. Campeão Liga BPI Estádio Aurélio Pereira

20H00

Seniores SC Braga vs. SPORTING CP 29.ª jorn. Liga NOS Estádio Mun. Braga

SEGUNDA‑FEIRA, 26 DE ABRIL 15H00 Equipa B

HÓQUEI EM PATINS SÁBADO, 24 DE ABRIL 21H00 Seniores

SPORTING CP vs. AD Valongo Jogo 1 Quartos‑de‑final Camp. Nac. 1.ª Div. Pavilhão João Rocha

NATAÇÃO SÁBADO, 24 DE ABRIL 9H00 Absoluto

17 atletas SPORTING CP Meeting Int. Cidade de Coimbra Centro Olímpico de Piscinais Mun. (Coimbra)

17H00 Absoluto

17 atletas SPORTING CP Louletano DC vs. SPORTING CP B 1.ª jorn. Série 7/2.ª fase Camp. Portugal ‑ Ac. Liga 3 Meeting Int. Cidade de Coimbra Centro Olímpico de Piscinais Mun. (Coimbra) Estádio do Algarve (Loulé)

DOMINGO, 25 DE ABRIL 9H00 Absoluto

FUTSAL SÁBADO, 24 DE ABRIL 17H00 Seniores

17 atletas SPORTING CP Meeting Int. Cidade de Coimbra Centro Olímpico de Piscinais Mun. (Coimbra)

18H00

Absoluto 17 atletas SPORTING CP Meeting Int. Cidade de Coimbra Centro Olímpico de Piscinais Mun. (Coimbra)

Eléctrico FC vs. SPORTING CP 30.ª jorn. Liga Placard Pav. Gimn. Ponte de Sor

16H00

Seniores Fem. Lusitânia Lourosa FC vs. SPORTING CP 12.ª jorn. 2.ª fase/Manut. Camp. Nac. 1.ª Div. Pav. Esc. EB 2/3 Lourosa

GOALBALL SÁBADO, 24 DE ABRIL

24/04 – Sábado Basquetebol

Equipa A SPORTING CP vs. SESI Treino de exibição Pavilhão João Rocha

Competição: Liga Placard – Play‑off – Quartos‑de‑final – Jogo 2 Jogo: Sporting CP vs. Vitória SC Horário e local: 15h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

PESCA DESPORTIVA DOMINGO, 25 DE ABRIL 12H30 Pesca c/ feeder

SPORTING CP

PÓLO AQUÁTICO SÁBADO, 24 DE ABRIL 14H00 Seniores

CN Povoense vs. SPORTING CP 3.ª jorn. 2.ª fase 5.º‑8.º Camp. Nac. A1 Piscina Mun. Sra. da Hora (Matosinhos)

SURF SEXTA‑FEIRA, 23 DE ABRIL 8H00 Seniores

Luís Perloiro; Joaquim Trindade; Miguel Kilford Allianz Figueira Pro ‑ Liga Meo Surf Praia do Cabedelo (Figueira da Foz)

SÁBADO, 24 DE ABRIL 8H00 Seniores

Luís Perloiro; Joaquim Trindade; Miguel Kilford Allianz Figueira Pro ‑ Liga Meo Surf Praia do Cabedelo (Figueira da Foz)

DOMINGO, 25 DE ABRIL 8H00 Seniores

DOMINGO, 25 DE ABRIL 11H00 Seniores

SPORTING CP vs. Ala Nun’Álvares 19.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Multidesportivo Estádio José Alvalade

TIRO À BALA SÁBADO, 24 DE ABRIL 9H00 P 50 m

SPORTING CP Troféu ST2 CDN Jamor (Oeiras)

DOMINGO, 25 DE ABRIL 9H00 P 25 m / PPC

SPORTING CP Troféu ST2 CDN Jamor (Oeiras)

VOLEIBOL SÁBADO, 24 DE ABRIL 18H00 Seniores

SPORTING CP vs. CD Aves Luís Perloiro; Joaquim Trindade; Miguel Kilford Jogo 2 Playoff Ap. Campeão Taça Federação Pavilhão João Rocha Allianz Figueira Pro ‑ Liga Meo Surf Praia do Cabedelo (Figueira da Foz)

DOMINGO, 25 DE ABRIL 15H00 Seniores

TÉNIS DE MESA SÁBADO, 24 DE ABRIL 15H00 Seniores

SPORTING CP vs. CD Aves Jogo 3 Playoff Ap. Campeão Taça Federação (se necessário) Pavilhão João Rocha

18H30 Equipa B

*Agenda sujeita a alterações após o fecho de edição. Para mais informações consulte a agenda em sporting.pt

SPORTING CP vs. AR Novelense 18.ª jorn. Camp. Nac. 1.ª Div. Multidesportivo Estádio José Alvalade

Voleibol – equipa feminina

Competição: Taça Federação – Jogo 2 Jogo: Sporting CP vs. CD Aves Horário e local: 18h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

Hóquei em patins

SPORTING CP B vs. “Os Ugas”‑ADC Ega 8.ª jorn. Zona sul Camp. Nac. 2.ª Div. Honra Multidesportivo Estádio José Alvalade

Competição: Campeonato Nacional – Play‑off – Quartos‑de‑final – Jogo 1 Jogo: Sporting CP vs. AD Valongo Horário e local: 21h00 – Pavilhão João Rocha Transmissão: Directo e exclusivo

25/04 – Domingo Futebol – equipa feminina

Competição: Liga BPI – Apuramento de campeão – 11.ª jornada Jogo: Sporting CP vs. Clube Albergaria Horário e local: 16h00 – Estádio Aurélio Pereira Transmissão: Directo e exclusivo


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2021/04/22 5ªFeira

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