MAFALDA BARBOSA
DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO
TENHO A CERTEZA DE QUE TINHA NOÇÃO DA IMPORTÂNCIA DE DIGNIFICAR E RESPEITAR UM CLUBE COMO O SPORTING
CLUBE
DE PORTUGAL, E DO SENTIMENTO DE PERTENÇA QUE SENTIA, SEM IMAGINAR QUE UM DIA TAMBÉM EU FARIA PARTE DA SUA HISTÓRIA.
Tinha cerca de dez anos de idade. Lembro-me de ficar, largos minutos, parada, imóvel a olhar para a montra de uma loja de desporto perto da minha casa.
No interior, estava exposta, em grande plano, a mais recente novidade verde e branca.
Passava por ali todos os dias, muitos deles com a minha avó que me dizia sempre a mesma frase: “Tens de escolher: comprar a camisola do teu clube ou guardar o valor que ias pagar por ela. Não podes ficar com as duas coisas”.
E eu escolhi. Sem me arrepender. Há muito que sabia qual seria a minha escolha.
Os anos passaram e sempre que é apresentada uma nova camisola recordo este episódio com saudade. E com todo o simbolismo que representa para mim enquanto a criança que era e aquilo que sou hoje.
Vesti-a sempre de forma orgulhosa. E é com orgulho que ainda a guardo. Não só por ser a camisola do meu clube, mas também porque simboliza alguns dos ensinamentos e valores que transportei para a vida.
Com os meus dez anos de idade não conhecia a célebre frase de Francisco Stromp: “Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados por ter esta camisola vestida”.
Mas, tenho a certeza de que tinha noção da importância de dignificar e respeitar um clube como o Sporting Clube de Portugal, e do sentimento de pertença que sentia, sem imaginar que um dia também eu faria parte da sua História.
Como anunciado esta semana, e após 100 anos desde a última vez que Stromp vestiu de Leão rampante ao peito, importa relembrar que o nosso passado define o nosso futuro e a mais recente camisola do Sporting CP simboliza o elo entre ambos, num legado que atravessa gerações.
Gerações que fazem parte da História do Clube e que representam cada um de nós.
PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTORA: MAFALDA BARBOSA || MJBARBOSA@SPORTING.PT COORDENADOR‑ADJUNTO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT REDACÇÃO: MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; NUNO MIGUEL SIMAS || NQSIMAS@ SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA: ISABEL SILVA; JOÃO PEDRO MORAIS; JOSÉ LORVÃO COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL TELEFONE: +351 217 516 155 E‑MAIL: MEDIA@SPORTING.PT NIF: 500 766 630 REGISTO ERC: 100313 TIRAGEM: 9500 EXEMPLARES DEPÓSITO LEGAL: 48492/91 DISTRIBUIÇÃO: VASP DISTRIBUIÇÃO E LOGÍSTICA, S.A., QUINTA DO GRAJAL – VENDA SECA 2739‑511 AGUALVA CACÉM IMPRESSÃO: WGROUP ESTRADA DE SÃO MARCOS, Nº 27, 2735‑521 AGUALVA CACÉM ESTATUTO EDITORIAL: HTTPS://WWW.SPORTING.PT/PT/JORNAL/ESTATUTO‑EDITORIAL ASSINATURAS: E‑MAIL: ASSINATURAJORNAL@SPORTING.PT LINHA SPORTING 707 20 44 44 INTERNACIONAL +351 30 997 1906 (segunda a sexta‑feira das 10h00 às 20h00)
LENDAS SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
LUÍS FIGO
FUTEBOL
1972
Luís Filipe Madeira Caeiro Figo foi um dos principais baluartes do futebol de formação do Sporting CP e foi com grande naturalidade que despontou na primeira equipa do Clube, no início dos anos 90.
Médio que jogava preferencialmente junto à linha, era um jogador rompedor, irresistível nos duelos de 1x1 e construiu uma carreira de sonho.
No Sporting CP ganhou uma Taça de Portugal. Foi uma vez eleito o melhor futebolista do Mundo, Campeão do Mundo de sub-20, Campeão Europeu de clubes e vice-campeão europeu de selecções.
Uma lenda made in Sporting CP nesta edição do Jornal Sporting
Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação
Nascido a 4 de Novembro de 1972, o ‘Pastilhas’ como carinhosamente começou por ser tratado, despertou a atenção dos olheiros Leoninos ainda num clube da margem sul, o União Futebol Clube Os Pastilhas e a técnica e leitura de jogo do então jovem Luís Figo cedo pegou de estaca nos campos anexos ao velhinho estádio José Alvalade, onde chegou na temporada de 1985/1986, ainda para os iniciados. Na temporada seguinte (1986/1987), ajudou a equipa Leonina a sagrar-se campeã nacional, ao marcar 11 golos em 37 jogos. E daí em diante, foi história, ou melhor, foi ainda mais história.
Para Luís Figo, não havia um labirinto que não tivesse uma saída num drible, numa arrancada, num passe diferenciado. E Luís Figo rapidamente se transformou num jovem diferenciado, destinado ao mais alto voo que era chegar a primeira equipa do Sporting Clube de Portugal. O talento que lhe emanava das chuteiras, a inteligência, a intuição e uma capacidade técnica de alguém que já parecia predestinado, mas que teve sempre a capacidade para refinar as muitas virtudes do jogo, fizeram de Figo um virtuoso muito especial, um jogador que centenas e centenas de vezes fez levantar as bancadas do Estádio José Alvalade e de tantos espalhados por Portugal, Europa e Mundo, com lances de um futebolista com um repertório técnico ímpar. Presença regular nas selecções nacionais jovens, foi Campeão do Mundo de sub-20 em 1991 em Lisboa e uma pedra fulcral na conquista do grupo orientado por Carlos Queiroz –marcou uma das grandes penalidades no desempate frente ao Brasil que levou ao título. E já tinha sido Campeão da Europa de sub-17 em 1989.
LUÍS FIGO
LUÍS FIGO FOI UM DOS MAIS ARREBATADORES E VIBRANTES JOGADORES NA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL. UM FUTEBOLISTA COM O ADN SPORTING CP, QUE DESDE BEM CEDO COMEÇOU A DAR NAS VISTAS NO CLUBE.
No Sporting CP já se destacava e assim continuou a ser pelo tempo fora. Luís Figo era um manual de bem jogar futebol. Fosse em zona mais central, mas sobretudo a descair para as faixas, além de se tornar cada vez melhor rematador, Figo era imparável.
No Sporting CP, ganhou uma Taça de Portugal, na temporada 1994/1995, numa época em que deslumbrou, com drible estonteante, capacidade de acelerar o jogo, de romper e de assistir. Foi curiosamente no jogo de despedida do Sporting CP antes de rumar ao FC Barcelona que viveu o seu melhor momento de Leão ao peito, no triunfo do Sporting CP diante do CS Marítimo, por 2-0, no Jamor, com dois golos de Iordanov. Ele e Balakov formaram uma dupla apaixonante para quem gosta de futebol e fizeram-no no Sporting CP.
Para trás, Figo deixou centenas de adversários e deixou também momentos únicos de futebol, que o catapultaram pelas temporadas seguintes ao mais alto patamar do futebol: foi eleito o melhor futebolista do Mundo (Bola
de Ouro) em 2000. Representou FC Barcelona, Real Madrid CF e FC Internazionale, mas a marca indelével no Sporting CP, onde fez os seis primeiros anos da carreira como sénior marcam o início de tudo, num total de onze temporadas de verde e branco. O Sporting CP foi o clube onde Luís Figo mais épocas jogou na carreira – mais do dobro das temporadas em que representou os três outros clubes.
Como sénior, apontou 23 golos em 165 jogos, muitos deles inesquecíveis – no Estádio das Antas em empate frente ao FC Porto, no Estádio da Luz, num golo dedicado a Cherbakov, que havia sofrido dias antes um grave acidente de viação – ou o bis na meia-final da Taça de Portugal de 1994/1995 frente ao Vitória FC (triunfo por 3-0). Dele disse Roberto Carlos, um dos melhores laterais esquerdos da história do futebol mundial, que Figo tinha sido o jogador mais difícil que teve de marcar em toda a carreira. Um dos milhares de elogios de tantos e tantos futebolistas que reconheceram Figo como um génio, com a marca made in Sporting, o primeiro futebolista formado no Clube a ser eleito o Melhor Jogador do Mundo, distinção depois alcançada cinco vezes por Cristiano Ronaldo. De referir, ainda, que para além do brilhantismo que foi espelhando em qualidade ao serviço do Sporting CP e dos demais clubes que representou – foi Campeão Ruropeu no Real Madrid FC – Luís Figo teve vários grandes momentos na Selecção A e contribuiu para Portugal ser vice-campeão da Europa em 2004 e 4.º classificado no Mundial de 2006, na Alemanha, na última grande prova que disputou com as Quinas ao peito (um total de 127 jogos e 32 golos).
Luís Figo faz parte das incontornáveis figuras do Clube e é por isso uma Lenda que em muito prestigia a história verde e branca.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
SPORTING CP IMPÕE-SE E SAI DA ÁUSTRIA COM MAIS TRÊS PONTOS NA CHAMPIONS
JOGO DE GRANDE QUALIDADE E INTENSIDADE DEU AOS LEÕES MAIS UM TRIUNFO NA UEFA CHAMPIONS LEAGUE. RESULTADO PODIA TER SIDO MAIS VOLUMOSO, MAS FALTOU EFICÁCIA. NUNO SANTOS MARCOU NA PRIMEIRA PARTE E VIKTOR GYÖKERES NA SEGUNDA, COM O SK STURM GRAZ A ACREDITAR QUE TAMBÉM PODIA MARCAR, MAS O SPORTING CP FOI SÓLIDO NA DEFESA E CONTOU MAIS UMA VEZ COM UM GRANDE FRANCO ISRAEL.
Texto: Maria Gomes de Andrade
Fotografia: José Lorvão
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, na terça-feira à noite, o SK Sturm Graz por 0-2 em jogo da terceira jornada da fase de liga da UEFA Champions League, somando assim dois triunfos e um empate na prova. Os dois emblemas já se tinham defrontado na última temporada, na Liga Europa, com o Sporting CP a vencer ambos os jogos. O primeiro no terreno do adversário por 1-2 e o segundo em Alvalade por 3-0.
Ainda assim, desta vez o triunfo Leonino foi conquistado numa espécie de ‘campo neutro’, a 140 km de Graz, uma vez que o estádio do SK Sturm Graz não tem condições para receber jogos de Champions e a partida teve de jogar-se no Wörthersee Stadion, em Klagenfurt.
Um estádio com pouca história, mas com uma história ímpar. Construído para o Campeonato da Europa de 2008, o Wörthersee Stadion, onde joga o SK Austria
22.10.2024
UEFA Champions League – Fase de liga – 3.ª jornada | Wörthersee Stadion, Klagenfurt, Áustria
SK STURM
GRAZ SPORTING CP
0 2
0-1 ao intervalo
Nuno Santos (23’), Viktor Gyökeres (53’)
Sporting CP: Franco Israel [GR], Ricardo Esgaio (Matheus Reis, 56’), Zeno Debast (Jeremiah St. Juste, 70’), Gonçalo Inácio, Geny Catamo, Daniel Bragança (Hidemasa Morita, 70’), Morten Hjulmand [C], Nuno Santos (Geovany Quenda, 84’), Francisco Trincão, Viktor Gyökeres e Maxi Araújo (Pedro Gonçalves, 70’).
Treinador: Rúben Amorim.
Klagenfurt, transformou-se em 2019 numa floresta da autoria de Klaus Littmann, que, como forma de protesto quanto às alterações climáticas e pela fragilidade das florestas, instalou de forma artística 299 árvores em pleno relvado.
A obra foi retirada um tempo depois, dando lugar de novo ao relvado que, ainda assim, para este jogo não apresentou grandes condições, mas o jogo fez-se, naturalmente, com o Sporting CP a entrar bem, a guardar bem a bola e a ser agressivo, como Rúben Amorim tinha pedido, conseguindo dessa forma chegar com qualidade e perigo à baliza de Scherpen, ainda assim sem dar trabalho ao guarda-redes.
Na primeira ocasião, Francisco Trincão trabalhou bem na zona
central e rematou à entrada da área, mas a bola saiu por cima da baliza; a seguir, e depois de o Sporting CP ter mostrado maior perigo pela esquerda, Viktor Gyökeres cruzou desde a direita, atraindo o guardião, mas Maxi Araújo, ao segundo poste, não chegou a tempo do remate.
Aos 16 minutos, mais uma ocasião para o Sporting CP, com Viktor Gyökeres a finalizar e o guardião do SK Sturm Graz a ter de se esticar até à barra, dando canto, depois de Daniel Bragança desenhar mais uma oportunidade e Geny Catamo ter visto o remate ser interceptado.
O Sporting CP mostrava-se assim muito superior, a jogar como gosta, perante um SK Sturm Graz que sempre que tentava chegar à área verde e branca via a defesa
Leonina levar a melhor.
Já do outro, o Sporting CP conseguia encontrar muitos mais espaços e chegar sucessivamente ao último terço, ‘cheirando’ a golo mais minuto menos minuto e, aos 23, houve mesmo golo: Geny Catamo cruzou desde a direita, Viktor Gyökeres não chegou para encostar, mas logo atrás apareceu Nuno Santos para atirar para o 0-1.
Logo a seguir esteve à vista o 0-2, com Viktor Gyökeres a receber de costas para a baliza, rodar e disparar, mas, em queda, o remate não saiu da melhor maneira e o esférico saiu ao lado.
Após a meia-hora de jogo, também o SK Sturm Graz, num registo quase único até então, mas numa altura em que criou maior perigo, esteve perto do golo,
mas Franco Israel esticou-se para evitar o empate, com Gonçalo Inácio a cortar a seguir a iminente recarga.
O SK Sturm Graz voltou a tentar de novo o golo pouco depois, mas Franco Israel continuou atento e segurou sem problemas o remate fraco de Jatta, com Rúben Amorim a não gostar muito do que via, mas depressa o Sporting CP voltou a pegar na bola e no jogo.
Assim, até ao intervalo, os Leões ainda ameaçaram chegar ao segundo golo. Primeiro por Morten Hjulmand, que viu o remate ser interceptado e sair pela linha de fundo, após passe de Viktor Gyökeres, que não encontrou espaço para o remate, e depois, no canto, foi Francisco Trincão a tentar de cabeça, mas o guarda-redes austríaco segurou.
Primeira parte de grande nível e intensidade por parte do Sporting CP, mas com o marcador a manter a partida em aberto. Por isso, era preciso voltar a entrar bem no jogo, mas na segunda metade o SK Sturm Graz também entrou melhor.
Fruto disso, a formação da casa conseguiu criar perigo para a baliza de Franco Israel nos primeiros minutos, mas o suspeito do costume travou-lhe as ideias. Zeno Debast recuperou a bola e lançou Viktor Gyökeres pela esquerda, o sueco correu como só ele consegue até à área, deixou um adversário pelo caminho, atraiu o guarda-redes, evitou mais um jogador e só rematou quando percebeu que teria sucesso, fazendo assim o 0-2.
53 minutos de jogo com o Sporting CP a aumentar a vantagem na altura certa e com Rúben Amorim a fazer a primeira mexida logo a seguir, fazendo sair Ricardo Esgaio e entrar Matheus
Reis, de regresso após lesão quase um mês depois.
Já passava, entretanto, da hora de jogo em Klagenfurt, com os Leões a tentarem acalmar o jogo e Geny Catamo a cair na área, mas, depois de ter apontado para a marca de 11 metros, o árbitro Giorgi Kruashvili reverteu a decisão com recurso ao VAR.
Nessa altura, o técnico Leonino já preparava três alterações e fê-las logo a seguir, fazendo entrar Pedro Gonçalves e Jeremiah St. Juste, ambos também após lesão, e ainda Hidemasa Morita, que entraram para os lugares de Maxi Araújo, Zeno Debast e Daniel Bragança.
Ainda assim, apesar das ‘pernas novas’, o Sporting CP viu o SK
Sturm Graz, que também já tinha feito três alterações, duas delas no ataque, a voltar a ganhar fôlego e a chegar com perigo e intenções de golo à área verde e branca.
Entusiasmavam-se, por isso, as bancadas repletas de austríacos, mas os Leões iam conseguindo segurar a vantagem na fase decisiva do encontro. 15 minutos ainda para jogar e um golo poderia relançar o jogo…
O Sporting CP sabia disso, mas não conseguia fazer o que queria, com o jogo a estar muito partido, e só em cima do minuto 80 voltou a chegar à área contrária, com Francisco Trincão à meia-volta a rematar e a fazer a bola passar ao lado da baliza sem dar trabalho
ao guarda-redes adversário. Na resposta, Franco Israel teve de se esforçar mais para travar mais um remate do SK Sturm Graz, que dava o tudo por tudo para reduzir, apesar de ser óbvio o cansaço, mostrando-se também atento na defesa, com Francisco Trincão a ver logo a seguir a bola ser cortada no momento certo quando ameaçava o 0-3.
Rúben Amorim lançou depois Geovany Quenda para os minutos finais e tirou Nuno Santos. Geny Catamo passou para a esquerda e o ‘menino’ para a direita e levou logo perigo à baliza do SK Sturm Graz, mas o guardião segurou o remate.
Logo a seguir, o Sporting CP podia, novamente, ter sentenciado de vez o jogo, numa transição rápida em que Francisco Trincão lançou Viktor Gyökeres, mas o remate do sueco saiu ao lado. Continuava, por isso, a equipa da casa a acreditar, valendo Jeremiah St. Juste num dos últimos lances a tirar de cabeça um remate que ia com perigo à baliza Leonina.
Ainda se jogaram mais seis minutos depois disso e na mesma dinâmica partida e confusa, com Franco Israel a ter trabalho, mas já não houve mais golos e o Sporting CP acabou assim por vencer por 0-2.
Mais um triunfo Leonino na Champions e mais um jogo sem sofrer golos, com o próximo a ser em Alvalade diante do Manchester City FC. No entan-
to, o chip muda-se agora para o campeonato, com o Sporting CP a deslocar-se ao terreno do FC Famalicão no sábado (20h30).
RÚBEN AMORIM: “SATISFEITO PELA QUALIDADE E PORQUE IMPLEMENTÁMOS O NOSSO JOGO”
Rúben Amorim mostrou-se satisfeito com o triunfo e sobretudo com o facto de o Sporting CP ter conseguido impor o seu jogo. “Fizemos um jogo bastante consistente, tivemos muito boas posses de bola, fomos fortes nos duelos e nas bolas paradas, tirando a força ao adversário e implementando a nossa. Devíamos ter feito mais golos, sobretudo na recta final, quando o jogo se partiu, mas foi um jogo bastante completo da nossa parte e uma vitória inteiramente justa”, começou por dizer o técnico Leonino, antes de comentar a falta de eficácia dos Leões, que criaram muitas oportunidades e só marcaram dois golos: “De certeza que nos próximos jogos [da Champions] não vamos falhar dez oportunidades, porque também não as vamos ter, mas temos de melhorar na finalização. Hoje [terça-feira] não custa tanto porque ganhámos”.
“Temos de saber ler melhor a jogada, mas todas as equipas têm estes momentos. Tivemos fases em que marcávamos mais, isto acontece, mas estou satisfeito pelo jogo que os jogadores fizeram, pela qualidade que tiveram e porque implementámos o nosso jogo na Champions”, referiu Rúben Amorim, dando conta dos objectivos do Sporting CP na prova: “O nosso objectivo passa por ir ao play off, mas não abdicamos de nada, queremos ganhar todos os jogos. Somos uma equipa mais madura, temos mais qualidade, vamos tentar tudo, mas, ainda assim, o nosso foco é o campeonato. Esse é o nosso objectivo principal”.
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
OBJECTIVO JAMOR: PRIMEIRO OBSTÁCULO SUPERADO ✓
SPORTING CP ESTREOU-SE NA TAÇA DE PORTUGAL 2024/2025 EM PORTIMÃO, ONDE VENCEU A EQUIPA DA CASA POR 1-2. CONRAD HARDER FEZ OS DOIS GOLOS LEONINOS, E UM DELES MESMO AO CAIR DO PANO, MAS A SUPERIORIDADE FRENTE À MURALHA DEFENSIVA ALGARVIA MERECIA TER SIDO RECONHECIDA COM MENOS SOFRIMENTO.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão
Quatro dias antes da deslocação europeia, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu o Portimonense SC por 1-2 em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal, superando assim o primeiro obstáculo na prova rainha do futebol português, onde o objectivo Leonino é claro: chegar ao Jamor e ser mais feliz do que na última final.
Rúben Amorim falou nisso na antevisão ao encontro, sublinhando que o Sporting CP não iria facilitar no pontapé de saída da Taça de Portugal, mas também revelou que iria gerir a equipa por causa das lesões e das selecções nacionais e assim foi. A formação verde e branca entrou em campo com um onze diferente do habitual, destacando-se Bruno Ramos na linha defensiva. O central, de 19 anos, estreou-se assim na equipa principal num onze em que Ricardo Esgaio e Conrad Harder também foram surpresa,
18.10.2024
Taça de Portugal – 3.ª eliminatória
Estádio Municipal de Portimão PORTIMONENSE SC SPORTING CP
1 2
1-1 ao intervalo
Elijah Benedict (87’) Conrad Harder (40’, 90+4’)
Sporting CP: Vladan Kovačević [GR], Bruno Ramos (Iván Fresneda, 82’), Zeno Debast (Lucas Taibo, 90+4’), Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (Geny Catamo, 64’), Morten Hjulmand [C], Daniel Bragança, Nuno Santos, Geovany Quenda (Viktor Gyökeres, 64’), Conrad Harder e Francisco
Trincão. Treinador: Rúben Amorim.
Disciplina: cartão amarelo para Morten Hjulmand (81’) e Gonçalo Inácio (85’).
uma vez que Vladan Kovačević já se sabia que iria ser titular. Frente-a-frente entre as duas equipas pela 46.ª vez, mas apenas a segunda a contar para a Taça de Portugal. Curiosamente, a primeira vez que os dois emblemas se defrontaram foi para esta prova na longínqua temporada de 1947/1948, tendo o Sporting CP vencido por 1-6 no Algarve. Depois disso, a equipa de Alvalade venceu em mais 33 ocasiões, tendo perdido apenas em seis, com o empate a registar-se em cinco partidas. Por isso, o favoritismo Leonino para este jogo era óbvio por tudo.
Ainda assim, na Taça de Portugal o favoritismo nem sempre é confirmado e por vezes há surpresas, mas o Sporting CP quis, desde cedo, que não existissem dúvidas e que não houvesse um tomba-gigantes no arranque desta eliminatória.
A equipa Leonina, a estrear o equipamento Stromp, entrou bem na partida e, como habitualmente, focada na baliza com Conrad Harder, logo aos três minutos, a obrigar Vinícius à primeira defesa da noite. No entanto, o Sporting CP foi tendo dificuldades em chegar de forma mais perigosa à baliza do Portimonense SC, uma vez que a equipa da casa jogou com um bloco muito recuado e foi fechando todos os caminhos até ao golo. Isso fez também com que a equipa Leonina beneficiasse de dois livres frontais, praticamente seguidos, mas também aí não conseguiu aproveitar. Por isso, foi preciso paciência e melhorar também a pontaria para abrir o marcador. Em cima da meia-hora esteve à vista o 0-1, após cruzamento de Geovany Quenda, que atraiu Vinícius para o primeiro poste, com Conrad Harder a só ter de encostar o esférico à boca da baliza, mas não chegou a tempo do
remate.
também esteve perto do golo, ao cabecear ao primeiro pos-
te, na sequência de um canto na direita, mas o guarda-redes do Portimonense SC estava atentou e negou-lhe o golo, fazendo o mesmo ao compatriota Conrad Harder pouco depois, num remate-cruzado desde a esquerda. Na recarga, Daniel Bragança atirou por cima.
Só dava Sporting CP, num jogo de sentido único, com Vladan Kovačević a ser quase um mero espectador, vendo o jogo ao longe e vendo Vinícius a candidatar-se a um dos melhores em campo e a só ser batido aos 40 minutos porque, à terceira, foi de vez. Após receber de Nuno Santos, Conrad Harder escapou a um defesa, entrou na área e rematou cruzado para o 0-1, levando desta vez a melhor sobre o guardião, que, na verdade, pouco podia ter feito.
Aberto o marcador, os Leões foram à procura do 0-2 ainda antes do intervalo, mas o remate em jeito de Francisco Trincão saiu ao lado, passando a centímetros do poste mais distante.
Assim, o Sporting CP foi para o intervalo a vencer apenas por 0-1, entrando depois na segunda parte com o objectivo de marcar cedo para ficar mais tranquilo no jogo.
Francisco Trincão, que tinha sido o último a tentar na primeira metade, foi o primeiro a fazê-lo na segunda e em duas ocasiões. Ainda assim, na primeira não conseguiu encostar para a baliza e na segunda Vinícius segurou.
Sem conseguir marcar o 0-2, após a hora de jogo, Rúben Amorim começou a mexer com uma dupla substituição, entrando Viktor Gyökeres e Geny Catamo para os lugares de Geovany Quenda e Ricardo Esgaio.
Ainda assim, continuou a ser difícil para o Sporting CP ultrapassar a muralha defensiva do Portimonense SC. Os Leões iam chegando à área, mas a defesa da equipa da casa ia conseguindo atrapalhar as intenções Leoninas, continuando a aliviar uma série de cruzamentos.
Aos 82 minutos, Rúben Amorim voltou a mexer, fazendo sair o estreante Bruno Ramos e entrar Iván Fresneda, com o jogo a manter as dinâmicas, mas o Portimonense SC acabou por surpreender o Sporting CP, na sequência de uma bola parada e no terceiro remate do jogo, fazendo o 1-1 a três minutos do final do tempo regulamentar.
Empate no marcador contra a
corrente do jogo, com os Leões a terem de reagir com eficácia para evitarem o prolongamento e não deixarem o Portimonense SC acreditar e haver o tal tomba-gigantes que durante quase todo o tempo do jogo esteve longe de ser possível. Esperava-se por isso a reacção verde e branca, que aconteceu, com os quatro minutos dados a mais pelo árbitro a continuarem a ser dominados pelo Sporting CP e a terem mais duas oportunidades, com a segunda a resultar em golo.
Depois de Francisco Trincão não ter conseguido fazer o 1-2, de livre, Conrad Harder apareceu para bisar. Daniel Bragança en-
tregou para Viktor Gyökeres e o sueco, à entrada da área, serviu o dinamarquês que, na cara de Vinícius, picou a bola para o fundo da baliza. 1-2, com toda a justiça e mérito, num dos últimos suspiros do encontro e quando Lucas Taibo já se preparava para entrar, entrando logo a seguir para o lugar de Zeno Debast e estreando-se assim na equipa principal do Sporting CP. Pouco mais houve depois para jogar, com o Sporting CP a vencer num jogo em que acabou por sofrer mais do que aquilo que devia, até porque controlou sempre o jogo e merecia que a superioridade tivesse sido confirmada com outro resultado.
RÚBEN AMORIM: “NÃO PRECISÁVAMOS DE TER SOFRIDO TANTO”
Rúben Amorim disse que os Leões dominaram todo o encontro e que não deveriam ter sofrido como acabaram por sofrer. “Tivemos o jogo sempre controlado e não deixámos o Portimonense SC criar perigo, mas temos de ser melhores nas bolas paradas e faltou-nos agressividade. Contra um bloco muito baixo temos de lutar mais, mas fizemos um golo, tivemos várias bolas a passar à frente da baliza e o Portimonense SC aliviou vários cruzamentos. Podíamos ter feito mais um golo, não fizemos e depois, numa bola parada, surgiu o empate, mas tivemos a capacidade de voltar a marcar. Acabou por ser uma vitória justa num jogo em que não precisávamos de ter sofrido tanto”, começou por dizer o técnico Leonino.
Elogiando Bruno Ramos, que foi “muito certinho e agressivo”, e Conrad Harder, que “marcou dois grandes golos”, Rúben Amorim esclareceu a gestão que fez e admitiu que há “jogos de Taça muito complicados”, mas sublinhou que o Sporting CP teve sempre o jogo na mão.
“Não considero que tenhamos estado desligados, estivemos foi menos imaginativos. Não arriscámos tanto e não tivemos grande imaginação para criar grandes ocasiões, mas portámo-nos bem e controlámos muito bem o jogo”, justificou Rúben Amorim.
LEÕES DEFRONTAM AMARANTE FC
NA TAÇA DE PORTUGAL
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal vai receber o Amarante FC na quarta eliminatória da Taça de Portugal, ditou o sorteio realizado ontem na Cidade do Futebol. Os jogos desta ronda vão acontecer entre 22 e 25 de Novembro. O nome do emblema de Alvalade foi tirado por Luís Neto, antigo jogador verde e branco, sendo que o adversário é o actual líder da série A da Liga 3 – terceiro escalão – em conjunto com mais duas equipas. Em 2023/2024, o Amarante FC sagrou-se vencedor do Campeonato de Portugal (quarto escalão).
Sporting CP e Amarante FC já se defrontaram duas vezes na história, ambas em 1979 e para a Taça de Portugal, com um empate (1-1) e um triunfo (5-0) para os Leões.
Ficou também definido o emparelhamento para os oitavos-de-final, com o vencedor do Sporting CP vs. Amarante FC a receber o vencedor do FC Famalicão vs. CD Santa Clara.
FUTEBOL FORMAÇÃO UEFA YOUTH LEAGUE
SUPREMACIA LEONINA EM SOLO AUSTRÍACO TEVE INÍCIO COM OS MAIS NOVOS
EQUIPA DA YOUTH LEAGUE JOGOU HORAS ANTES DA EQUIPA PRINCIPAL E TAMBÉM SE IMPÔS PERANTE O SK STURM GRAZ, VENCENDO POR 1-3 – COM GOLOS DE DENILSON SANTOS E GABRIEL SILVA (2) – E ATÉ PODIA TER VENCIDO POR MAIS. JOVENS LEÕES SOMAM ASSIM SETE PONTOS NA UEFA YOUTH LEAGUE.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: José Lorvão
Também a equipa da Youth League do Sporting Clube de Portugal venceu, na terça-feira, mas à tarde, o SK Sturm Graz por 1-3 em jogo da terceira jornada da fase de liga da UEFA Youth League disputado na Jacques Lemans Arena, em St. Veit, perto de Klagenfurt, na Áustria.
À procura de mais um triunfo na prova, depois do empate inaugural frente ao LOSC Lille e da vitória em casa do PSV Eindhoven, o Sporting CP surgiu na Áustria com favoritismo, mas sabia que ia medir forças diante de uma mais física, tendo por isso que ser aguerrido e ter a qualidade que costuma ter com bola e foi isso que fez, conseguindo até marcar logo na primeira oportunidade que teve, aos quatro minutos. Depois de uma falta perto da área Leonina, o Sporting CP trocou bem a bola, para a frente e para trás, com João Simões a lançar em Denilson Santos na esquerda, e depois de combinação com
22.10.2024
UEFA Youth League – Fase de Liga – 3.ª jornada | Jacques Lemans Arena, St. Veit, Áustria SK STURM GRAZ SPORTING CP
1 3
1-2 ao intervalo
Ilic (34’) Denilson Santos (4’), Gabriel Silva (16’, 56’)
Sporting CP: Miguel Gouveia [GR], Daniel Costa (Rayhan Momade, 64’), Afonso Lee (Atanásio Cunha, 54’), Miguel Monteiro, Denilson Santos (Salvador Blopa, 64’), Henrique Arreiol, Eduardo Felicíssimo, Manuel Mendonça [C], Flávio Gonçalves (Sandro Nascimento, 78’), Gabriel Silva e João Simões. Treinador: Tiago Teixeira. Disciplina: cartão amarelo para Daniel Costa (16’), Denilson Santos (35’), Afonso Lee (48’), Eduardo Felicíssimo (85’).
Flávio Gonçalves e Gabriel Silva, Denilson Santos finalizou num remate cruzado já dentro da área, fazendo assim o 0-1.
O Sporting CP a jogar com a vantagem numa fase muito inicial da partida e a pegar no jogo desde aí, mas com as duas equipas a conseguirem chegar às áreas e o SK Sturm Graz a ter a oportunidade de empatar aos 19 minutos, mas, na cara de Miguel Gouveia, o remate saiu ao lado.
Quem não marca, arrisca-se a sofrer e foi o que aconteceu logo a seguir. Na resposta a esse lance, Eduardo Felicíssimo entregou longo para Gabriel Silva, que correu para a área, trabalhou sobre um defesa e atirou cruzado para o 0-2 desde a esquerda.
Tudo bem feito com os Leões a serem também eficazes e a embalarem assim para mais uma vitória, que, naturalmente, a essa altura estava longe de estar decidida e que foi sendo colocada em causa pelo SK Sturm Graz, que aos 34 minutos reduziu para o 1-2.
Depois disso, o jogo ficou mais dividido e a formação da casa foi estando perto do empate, fazendo a bola sair a centímetros do ferro aos 40 minutos, mas o resultado não voltou a mexer até ao intervalo.
Por isso, os Leões continuaram na frente na segunda parte, com Daniel Costa a estar perto de aumentar a vantagem logo nos segundos iniciais, mas o esférico sofreu um desvio e saiu por cima da baliza.
Do outro lado, também o SK Sturm Graz ia levando perigo à baliza de Miguel Gouveia, tanto de bola parada como corrida, mas, na melhor ocasião para empatar, o guarda-redes verde e branco negou o golo a Leon Grgic.
Pouco depois, a primeira substituição no Sporting CP, que precisava de ‘arrebitar’ e mostrar maior atenção defensiva, com Atanásio
Cunha a entrar para o lugar do já amarelado Afonso Lee… e logo a seguir o 1-3.
Livre perto do meio-campo, com Henrique Arreiol a bater, Manuel Mendonça a entregar para Denilson Santos e o lateral desde a esquerda a servir Gabriel Silva, que, na cara de Elias Lorenz, não desperdiçou a oportunidade de bisar e devolver a vantagem de dois golos aos Leões.
A seguir, quando o Sporting CP se preparava para voltar a mexer, esteve à vista o quarto tento verde e branco, mas nem Gabriel Silva nem João Simões conseguiram desviar para a baliza o cruzamento de Manuel Mendonça desde a esquerda. Depois, então, as substituições com Salvador Blopa e Rayhan Momade a entrarem para os lugares de Denilson Santos e Daniel Costa e, minutos depois, já depois de Henrique Arreiol ter atirado por cima, num remate à entrada da área, saiu Flávio Gonçalves e
entrou Sandro Nascimento.
Até ao final da partida, apesar das chegadas à área, mais do SK Sturm Graz, que fez pressão alta na tentativa de reduzir, o re-
sultado não voltou a mexer e o Sporting CP acabou por vencer por 1-3 fruto da superioridade em quase todo o jogo e da eficácia nos primeiros minutos.
TIAGO TEIXEIRA: “DEMOS UMA
Tiago Teixeira deu os parabéns à equipa, referindo que os Leões fizeram um “excelente jogo”.
“Voltámos a entrar muito bem e fizemos um jogo muito bem conseguido, os jogadores estão de parabéns pelo que fizeram. Por vezes, depois das selecções e de jogar em diversas equipas, e com poucos treinos como equipa, não é fácil fazer o que eles fizeram”, começou por dizer o treinador Leonino, referindo: “Demos uma excelente resposta, podíamos até ter marcado mais e a vitória é totalmente justa”.
“Foi uma excelente vitória, contra uma equipa que também ainda não tinha perdido e foi bom marcar primeiro. É isso que queremos continuar a fazer, a criar muitas oportunidades, a marcar primeiro, a marcar muito e a não deixar o adversário criar muitas oportunidades”, disse ainda Tiago Teixeira.
FUTEBOL FORMAÇÃO EQUIPA B
REVIRAVOLTA PARA A VITÓRIA NA ESTREIA
NA PREMIER LEAGUE INTERNATIONAL CUP
JOVENS LEÕES SUPERARAM O ACTUAL CAMPEÃO EM TÍTULO, O CRYSTAL PALACE FC, E FLÁVIO GONÇALVES (17 ANOS) SAIU DO BANCO DE SUPLENTES PARA SER O HERÓI VERDE E BRANCO EM PLENO SELHURST PARK, A CASA DOS LONDRINOS NA PREMIER LEAGUE.
Texto: Xavier Costa Fotografia: PLIC
Em estreia na Premier League International Cup, a equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e bateu os ingleses do Crystal Palace FC por 1-2, na passada sexta-feira, no jogo referente à primeira jornada do grupo D. Este torneio reúne as 12 melhores formações de Inglaterra (sub-21) com 12 outras convidadas de toda a Europa e o Sporting CP é participante pela primeira vez. Neste primeiro passo na prova, Flávio Gonçalves entrou aos 71 minutos e marcou aos 76’ e aos 83’ para dar a vitória em Inglaterra aos jovens Leões, que se viram a perder à entrada da segunda parte mesmo quando tinham sido a equipa mais perigosa até então. Além deste emblema londrino (um ponto em dois jogos), o Sporting CP (três pontos após a estreia) partilha o grupo D com as formações de Chelsea FC (três pontos em dois jogos), RB Leipzig (três pontos em dois jogos), Real Sociedad (um ponto em dois jogos), Southampton FC (ainda não jogou), Brighton & Hove Alvion FC (seis pontos em dois jogos) e RSC Anderlecht (zero pontos após um jogo).
Para iniciar o encontro, a formação verde e branca apresentou-se com uma mescla de jogadores oriundos das equipas sub-19, sub-23 e B dos Leões, cujo ‘onze’ foi composto por Francisco Silva na baliza, Leonardo Barroso, Pedro Silva e Atanásio Cunha no trio de centrais, os corredores ficaram entregues a Mauro Couto (direita) e Nilton Cardoso (esquerda), enquanto Alexandre Brito e Diogo Abreu foram os médios e o ataque ficou ocupado pela mobilidade de Rodrigo Marquês, Luís Gomes e Lucas Anjos.
E foi logo nos instantes iniciais que os jovens Leões deram o primeiro
– e claro – sinal de perigo, mas o belo remate em arco de Nilton Cardoso embateu na trave. Pouco depois, Luís Gomes rematou fraco para as mãos de Louie Moulden, guarda-redes do Crystal Palace FC.
Já na resposta da equipa da casa, que foi apostando num jogo mais directo, o avançado Jemiah Umolu surgiu na cara do golo, mas Francisco Silva levou a melhor com uma ‘mancha’ - na única chance dos britânicos na primeira parte – e manteve tudo na mesma à passagem do quarto de hora.
DA INEFICÁCIA…
Superada uma fase em que o jogo esteve mais dividido e algo longe das balizas, na recta final do primeiro tempo o Sporting CP
voltou a assumir o ascendente e podia ter inaugurado o marcador. Primeiro de fora da área e, depois, dentro dela – em zona privilegiada –, Nilton Cardoso teve novamente nos pés as melhores oportunidades, porém ambas saíram à figura do guardião local e o nulo no marcador foi intacto para a segunda parte – embora por pouco tempo. Até então, os jovens Leões tinham sido mais perigosos, mas seriam castigados por um Crystal Palace FC que se revelou eficaz logo no reatamento. Aos 52 minutos, o emblema do Sul de Londres aproximou-se da baliza verde e branca através de uma jogada simples e fez o 1-0 por Jemiah Umolu, que desta feita finalizou com sucesso por entre as pernas de Francisco Silva.
Pouco depois da hora de jogo,
Tiago Teixeira fez as primeiras mexidas e lançou Samuel Justo e Rafael Besugo para ir em busca do empate, mas voltou a ser a equipa da casa – aproveitando o espaço – a ficar perto do golo, negado pelo guarda-redes Leonino.
… À PONTUALIDADE BRITÂNICA COM O GOLO
De seguida, Luís Gomes deu o seu lugar ao jovem Flávio Gonçalves para refrescar o ataque, até então sem rasgo, e a ‘cartada’ não podia ter sido mais certeira. Um toque subtil de Besugo deixou a bola, à entrada da área, à mercê de Flávio Gonçalves e o seu remate saiu perfeito e sem hipóteses para o fundo das redes à falta de 15 minutos para o fim.
Galvanizados e de novo na discussão pela vitória, logo a seguir, só faltou um desvio à altura para coroar uma excelente arrancada e cruzamento de Leonardo Barroso. No entanto, a reviravolta verde e branca confirmar-se-ia mesmo aos 83 minutos e outra vez pelos pés de Flávio Gonçalves, que aproveitou uma bola perdida na área para fazer o 2-1. Num ‘abrir e fechar de olhos’, à boleia do extremo de 17 anos que tem dividido a sua época nos sub-19 e sub-23, o Sporting CP descomplicou um jogo que estava difícil e encaminhou o triunfo na estreia, em pleno Selhurst Park. Até ao apito final, no entanto, os jovens Leões de Tiago Teixeira viram-se obrigados a jogar alguns minutos reduzidos a dez, devido a lesão momentânea do capitão Pedro Silva, mas mostraram a sua versão mais lutadora e aguentaram com sucesso o último esforço do Crystal Palace FC. Missão cumprida em Londres e primeiros três pontos somados na estreia na Premier League International Cup.
0-0 ao intervalo
Jemiah Umolu (52’)
Flávio Gonçalves (76’, 83’)
Sporting CP: Francisco Silva [GR], Mauro Couto, Leonardo Barroso, Pedro Silva [C], Atanásio Cunha (Ivanildo Mendes, 85’), Nilton Cardoso (Rodrigo Cabrito, 85’), Alexandre Brito, Diogo Abreu (Samuel Justo, 62’), Rodrigo Marquês (Rafael Besugo, 62’), Luís Gomes (Flávio Gonçalves, 71’), Lucas Anjos. Treinador: Tiago Teixeira. Disciplina: cartão amarelo para Atanásio Cunha (32’), Pedro Silva (51’).
UMA ‘TEIA’ MUITO DIFÍCIL DE ULTRAPASSAR
SC FARENSE MUITO DEFENSIVO COMPLICOU A TAREFA AOS LEÕES, QUE SAÍRAM DO ALGARVE COM MAIS UM EMPATE.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa sub-23 de futebol do Sporting Clube de Portugal empatou a zero, na última sexta-feira, diante do SC Farense em jogo da oitava jornada da Série B da Liga Revelação, disputado no
18.10.24
Liga Revelação – Série B – 8.ª jornada | Estádio Municipal de Albufeira
SC FARENSE SPORTING CP
0 0
Sporting CP: Guilherme Pires [GR], Daniel Costa (Salvador Blopa, 63’), Marlon Júnior [C], David Moreira (Rayhan Momade, 63’), Rodrigo Dias, Guilherme Silva, Isnaba Mané (Micael Sanhá, 78’), João Assunção, Francisco Canário (Gabriel Melo, 70’), Amadu Baldé e Diogo Cardoso (Adam Arvelo, 45+2’). Treinador: Pedro Coelho. Disciplina: cartão amarelo para Guilherme Silva (64’) e João Assunção (72’).
Estádio Municipal de Albufeira. Os Leões procuravam o regresso às vitórias, depois de na última ronda terem empatado a uma bola, também no Algarve, mas frente ao Portimonense SC, só que não conseguiram desfazer o nulo perante um bloco defensivo muito baixo.
A turma Leonina, com mais bola e muito mais ofensiva do que a equipa da casa, bem quis chegar ao último terço, mas revelou-se
SUB-19: REVIRAVOLTA COM GOLO TARDIO LANÇOU REGRESSO AOS TRIUNFOS
A equipa de juniores do Sporting CP visitou e venceu o CD Mafra por 1-2, no passado domingo, no encontro que fechou a décima jornada da série Sul do Campeonato Nacional do escalão. Depois de dois empates consecutivos, os jovens Leões regressaram às vitórias, mas para isso tiveram de operar uma custosa reviravolta fora de casa. O CD Mafra, que estava três pontos e uma posição na tabela atrás do Sporting CP, fez o 1-0 já perto da meia hora graças a uma bola nas costas da defesa verde e branca.
No entanto, os juniores Leoninos reagiram ainda antes do intervalo e chegaram à igualdade aos 41 minutos. O defesa Diego Coxi incorporou-se ao ataque e, do ‘meio da rua’, desferiu um violento pontapé que só acabou no fundo das redes.
Tudo se decidiria na recta final do encontro e a favor do Sporting CP. O avançado Miguel Almeida saiu do banco de suplentes para ser o herói em Mafra ao assinar o 1-2 final, a passe de Brandão Baptista, a cinco minutos dos 90’.
Ainda com um jogo em atraso, a equipa sub-19 verde e branca soma 17 pontos no quarto lugar antes de se deslocar, na próxima jornada, a casa do SL Benfica, que é o líder da série com 23 pontos.
20.10.2024
Campeonato Nacional – Série Sul 10.ª jornada | Campo Do Texugo
CD MAFRA SPORTING CP
1 2
(1 1 ao intervalo)
Sebastião Leandro (28’) Diego Coxi (41’), Miguel Almeida (85’)
Sporting CP: Tiago Leitão [GR], Luís Gustavo, Cristiano Palamarchuck, Francisco Machado (Bento Estrela, 60’), Diego Coxi, Sandro Gamboa, João Rodrigues (Miguel Almeida, 73’), Telmo Coimbra (Argyris Christodoulou, 73’), Winilson Lopes (Ansumane Júnior, 60’), Sérgio Matos (Brandão Baptista, 77’), Diogo Martins. Treinador: Filipe Neto. Disciplina: cartão amarelo para Diogo Martins (58’), Sérgio Matos (59’) e Argyris Christodoulou (90’).
PEDRO COELHO: “TENTÁMOS DE VÁRIAS FORMAS CHEGAR À BALIZA”
Pedro Coelho lamentou o empate, dizendo que foi difícil para o Sporting CP ultrapassar o bloco tão baixo do SC Farense. “O que fica deste jogo é um SC Farense com bloco muito baixo, uma abordagem muito defensiva e um relvado que dificultou a circulação da bola, por isso o jogo disputou-se muito longe da área e das balizas. Temos de ser mais agressivos ofensivamente quando assim o é, metermos mais intensidade no jogo e cansar o adversário. Ainda assim, tentámos de várias formas chegar à baliza, mas temos de ser mais objectivos no último terço porque defensivamente fomos muito sólidos mais uma vez, não sofremos golos e continuamos a ser a melhor defesa”, disse.
complicado furar a ‘teia’ algarvia. Por isso, a partida jogou-se mais a meio-campo, sem haver grande perigo para qualquer uma das balizas.
O Sporting CP só volta agora a jogar no dia 30 de Outubro, desta vez em casa, diante do CD Mafra.
SUB-16: TRIUNFO SOBRE O LEVANTE UD NO DESEMPATE POR PONTAPÉS DE PENÁLTI DITOU CONQUISTA
Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: Ajarian Football Federation
A equipa sub-16 de futebol do Sporting Clube de Portugal conquistou, na última terça-feira, a Batumi Cup 2024, torneio realizado na Geórgia, ao superar os espanhóis do Levante UD na final. FC Dinamo Tbilisi, FC Dinamo Batumi, GFF Kutaisi e GFF Rukhi (todos da Geórgia), FC Shakhtar Donetsk (Ucrânia) e 24 Şubat (Turquia) também participaram na prova.
Na fase de grupos, o Sporting CP entrou em grande ao golear o 24 Şubat por 6-0 com um hat-trick de Rafael Fial, um bis de Henrique Tavares e outro golo de José Lino. Na segunda jornada, triunfo de 3-0 sobre o FC Dinamo Tbilisi com tentos de Duarte Tomás, Leonardo Varela e Manuel Costa. O terceiro jogo da fase de grupos, contra o GFF Rukhi, acabou por ser cancelado pela organização do torneio, tendo sido atribuído o resultado de 0-0. Assim, o emblema de Alvalade passou à fase seguinte na primeira posição do grupo.
Nas meias-finais, nova vitória confortável, desta feita por 3-0 contra o GFF Kutaisi com golos de Rafael Fial, Rodrigo Correia e Vítor Conceição. Finalmente, a final e com duelo ibérico diante do Levante UD.
João Rijo colocou o Sporting CP na frente aos 18 minutos mas foi expulso aos 45, deixando a equipa com menos um. O Levante UD empatou já no segundo tempo e a decisão seguiu para o desempate por pontapés de penálti. Aí, os Leões foram mais fortes e José Lino fez o derradeiro remate certeiro que significou a conquista do torneio.
QUINTA VITÓRIA CONSECUTIVA RUMO À SEGUNDA VOLTA
GOLOS DE JOSÉ GARRAFA E JOSÉ MENDES –UM EM CADA PARTE – RESOLVERAM PARTIDA EM CRESCENDO E COM OPORTUNIDADES DE PARTE A PARTE PARA OUTROS NÚMEROS NO MARCADOR (9-7 EM REMATES À BALIZA).
Texto: Xavier Costa
Fotografia: José Lorvão
A equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o SCU Torreense por 2-0, no último domingo, no jogo da nona jornada da série Sul que fechou a primeira volta do Campeonato Nacional do escalão.
Ainda antes de cumpridos os primeiros cinco minutos, um livre directo de Simão Soares deixou a formação adversária em sentido ao acertar no poste, mas o duelo começou dividido a meio-campo e, por isso, em tons de cinzento numa manhã inicialmente também enevoada na Academia Cristiano Ronaldo. Os juvenis do Sporting CP, com mais bola mas poucas oportuni-
20.10.2024
Campeonato Nacional
Série Sul – 9.ª jornada
Estádio Aurélio Pereira
SPORTING CP SCU TORREENSE
2 0
1-0 ao intervalo
José Garrafa (36’), José Mendes (58’)
Sporting CP: Alexandre
dades, voltariam a visar a baliza visitante já depois dos 20 minutos com um remate de André Machado que, embora forte, saiu à figura de Francisco Carvalho, guarda-redes do SCU Torreense. Seria um novo livre directo de Simão Soares, pleno de intenção e precisão, a dar mais cor à partida, mas só não deu em golo devido à enorme defesa – perto do ângulo – do guardião adversário.
AGITAR PARA ABRIR
A VITÓRIA
O 1-0, ainda assim, já estava ao ‘virar da esquina’. Para concluir uma bela jogada de envolvimento ofensivo, o avançado José
JOSÉ JOÃO GOMES:
Mendes amorteceu um cruzamento para a meia-lua da área e o pontapé rasteiro de José Garrafa saiu na perfeição para o fundo das redes. À passagem dos 36 minutos, estava aberto o marcador com o golo que vigorou até ao intervalo e, com ele, rompeu também o sol no Estádio Aurélio Pereira.
Embora perante um SCU Torreense mais atrevido, a primeira grande oportunidade do segundo tempo saiu dos pés de Estefânio Rúben – encontrado com mestria por José Mendes –, mas esbarrou em mais uma boa defesa de Francisco Carvalho. E os jovens Leões de José João
“As cinco vitórias são o produto do trabalho colectivo e individual destes jogadores, mas nós olhamos mais para o processo. Sentimos, por exemplo, que este 2-0 foi agridoce, porque temos capacidade para fazer muito melhor”, começou por dizer o treinador da equipa sub-17 do Sporting CP no rescaldo após o jogo, escrutinando melhorias a fazer sobretudo com bola.
Gomes conseguiriam dar com prontidão uma ‘machadada’ importante no jogo, logo a seguir: uma portentosa arrancada de Simão Soares construiu o golo do 2-0, que para ser confirmado só teve de contar com o desvio decisivo de José Mendes à boca da baliza.
Imediatamente, o treinador verde e branco refrescou a equipa com as entradas em simultâneo de Santiago Fernandes, João Valente e Manuel Lamúria, sendo que
Sporting CP: Afonso Guerra [C], Rodrigo Mendes, Reisson Batista, Eliabe Alves (Gonçalo Gaspar, 55’), Rodrigo Relvas (Diego Andrade, 55’), Martim Baptista (Afonso Beja, 76’), Diego Farinha, Diogo Djabi (Yanick Filipe, 40’), Martim Ribeiro, Victor Bastianele (Luca Casarini, 67’) e Mélvin Rosário (Martim Martins, 55’). Treinador: António Cruz. FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-17
Tverdohlebov [GR], André Machado (Carlos Frederico, 81’), Jakub Stasiak (Daniel Ciesielski, 86’), Duarte Correia (Santiago Fernandes, 59’), Suleimane Balde, Leonardo Tavares [C], Francisco Simões, Simão Soares, José Garrafa (João Valente, 59’), Estefânio Rúben, José Mendes (Manuel Lamúria, 59’). Treinador: José João Gomes. Disciplina: cartão amarelo para Leonardo Tavares (90+4’).
“Queremos ter a posse de bola e uma equipa com essa identidade não pode ter 68 perdas, fruto de más acções técnicas ou tomadas de decisão incorrectas. Assim, estamos sujeitos a sofrer transições e hoje, sobretudo na segunda parte, levámos muitas bolas nas costas da nossa linha defensiva e ficámos expostos “, apontou José João Gomes, que também realçou o que leva de positivo desta partida. “O melhor foi o regresso de vários jovens que estavam lesionados e deram o seu contributo. Contente por isso, porque precisamos de todos”, concluiu.
este último dispôs logo de um cabeceamento por cima da barra. Com um SCU Torreense, que não perdia há duas jornadas, apostado em não atirar a toalha ao chão e um Sporting CP com cada vez com mais espaço para explorar, o jogo ficou mais aberto e as oportunidades de golo sucederam-se em ambas as balizas. Para os jovens Leões, o capitão Simão Soares voltou a atirar ao ferro e Estefânio Rúben, a toda a velocidade num contra-ataque, disparou a rasar o poste, enquanto, pelo meio, o conjunto de Torres Vedras viu duas situações praticamente consecutivas serem travadas por Tverdohlebov.
Ainda assim, o 2-0 foi definitivo e a formação verde e branca encadeou também o quarto jogo seguido com a baliza a zeros. Desta forma, é a atravessar a melhor fase de resultados da temporada – cinco vitórias consecutivas –que a equipa sub-17 do Sporting CP (no terceiro lugar) parte para o dérbi frente ao líder SL Benfica da próxima jornada, novamente no Estádio Aurélio Pereira. Águias – ainda sem derrotas – e Leões estão separados por quatro pontos na tabela, somando 23 e 19 respectivamente no final da primeira volta.
SUB-15: MARGEM MÍNIMA
GARANTE PLENO DE VITÓRIAS
A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado domingo, o SC Farense por 0-1 em jogo da oitava jornada da Série B do Campeonato Nacional de iniciados.
O único golo da partida foi apontado aos 75 minutos por Martim Ribeiro, que garantiu assim mais três pontos para os Leões.
O Sporting CP soma então oito triunfos em oito partidas e continua na liderança isolada da prova, com mais cinco pontos do que o segundo classificado, o CF “Os Belenenses”. Na próxima jornada, marcada para este sábado, os Leões recebem a AA Santarém.
20.10.24
Campeonato Nacional – Série B 8.ª jornada Estádio Mun. Penha, Faro SC FARENSE SPORTING CP
0 1
0-0 ao intervalo
Martim Ribeiro (75’)
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
FONTEMANHA E SEABERT INSPIRARAM CRIANÇAS DO PÓLO EUL
MÉDIO E GUARDA-REDES FIZERAM VISITA AO ‘QUARTEL-GENERAL’ DOS ESCALÕES DE FUTEBOL DE FORMAÇÃO DO SPORTING CP, EM LISBOA.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: João Pedro Morais
Rita Fontemanha e Hannah Seabert foram as convidadas de honra de uma acção que decorreu na última segunda-feira no Pólo do Estádio Universitário de Lisboa com os escalões de formação mais jovens do Sporting CP de futebol feminino.
Por entre muitos sorrisos, as duas jogadoras entraram até em jogos em minicampos, num espírito de participação que foi depois passado às palavras, com o entusiasmo das duas atletas a transparecer na conversa com os meios de comunicação do Clube.
“Para mim é sempre muito especial vir ao Pólo Universitário, porque também já estive aqui a trabalhar durante um ano e, portanto, sempre que venho aqui recordo memórias muito boas. Estar junto a estas ‘craques’ que transmitem energia, paixão e a correr-lhes futebol pelas veias é maravilhoso”, referiu Rita Fontemanha.
A futebolista interpreta o elevado número de jovens jogadoras que treinam com a camisola do Sporting CP como um sinal de que o futuro do futebol feminino no Clube está assegurado.
“O futebol feminino tem um futuro brilhante e o Sporting CP em particular também. Vejo aqui jogadoras com um talento extraordinário, eu não me imagino com a idade que elas têm a jogar aquilo que elas jogam, a entender o futebol da forma que elas enten-
dem e por isso é bom poder viver isto, é bom ser um bocadinho parte disto e ajudá-las também a crescer e a terem referências para o futuro. Temos o futebol feminino assegurado no Sporting CP e em Portugal também”, salientou.
A guarda-redes Hannah Seabert viveu um final de tarde que lhe encheu o coração, frisou a própria. “É muito bom estar aqui. Temos uma pequena família no Sporting CP e especialmente nas guarda-redes. Reconheço muitas por virem aos jogos e por eventos destes anteriores. É muito bom ver as caras delas novamente, trazem muita energia e foi muito divertido treinar esta noite com elas, porque há muita paixão e energia. Foi muito bom vê-las e sei que, eventualmente, vou ver alguma na primeira equipa no futuro, por isso estou muito entusiasmada por ver a evolução delas e como progridem”, referiu aos meios de comunicação do Clube.
A guarda-redes foi desafiada a deixar alguns conselhos a estas pequenas aspirantes a futebolistas: “Permaneçam fiéis ao amor pelo jogo, que o façam por elas mesmas, não por mais ninguém, é preciso ter o coração no jogo, que protejam o amor pelo jogo e que o abracem sempre”.
Rita Fontemanha partilhou a mensagem de conselho dada pela guarda-redes às atletas que jogam futebol no Sporting CP: “Reforçar aquilo que a Hannah diz. Manter a paixão pelo jogo porque isso é o mais importan-
te, ver a energia que elas têm, o brilho que elas têm todos os dias a treinar e a jogar é maravilhoso. Enquanto elas tiverem isso, vão estar aqui todos os dias, vão trazer os pais, a família, quem quer que seja, para se manterem aqui. Depois, que desfrutem ao máximo, que aproveitem as oportunidades que lhes são dadas, que trabalhem por isso e que sejam felizes a jogar, que isso é o mais importante”.
Hannah Seabert, que começou a jogar futebol aos nove anos, recordou as suas origens futebolísticas. “Corríamos todas juntas num campo, sem termos uma posição em campo, era o que eu fazia com a idade delas. Por isso, ver o que elas fazem agora no Sporting CP é um pouco embaraçoso para mim (risos)”, enquanto Rita Fontemanha também relembrou os seus primeiros passos no futebol: “Com nove anos jogava ténis, nem era futebol e para mim é um orgulho vê-las a ter estas oportunidades tão cedo. Ainda bem que o Sporting CP lhes proporciona tudo isto porque de certeza que quando chegarem à equipa principal vão estar muito mais preparadas do que nós”.
Pedro Rendeiro, treinador das sub-13 do Sporting CP e coordenador do futebol de formação feminino do Clube, enalteceu a presença das duas futebolistas que serviu para apoiar e ajudar a estimular o treino e o amor ao jogo destas crianças que vestem com muito orgulho a camisola do Sporting CP. “Não tenho dúvidas de que o momento de treino destas jovens vai
ser totalmente diferente, porque acredito que muitas delas vejam estas duas jogadoras da equipa
A como ídolos, é inspirador. Essa inspiração é o que queremos aqui. Queremos que elas lutem constantemente pelo seu sonho”, referiu.
Pedro Rendeiro sublinhou o grande trabalho do Sporting CP no futebol feminino e o papel de grande dinamizador que o Clube tem tido em Portugal para a expansão do número de atletas que jogam futebol, identificando o contributo do Clube para um “crescimento exponencial” do futebol feminino, através da criação de equipas mistas, que permitem às raparigas jogarem com rapazes e colocarem desde cedo (escalões a partir das sub-9 até sub-13) à prova as aptidões técnicas em competição.
“Temos quatro equipas femininas na formação e a mensagem que deixo a todos os pais que têm filhas que queiram e gostam de jogar futebol, é que não lhes tirem esse sonho por algum estereótipo
que possa haver na sociedade de que o futebol não é para elas. Elas poderem beneficiar disto em tão tenra idade pode trazer-lhes benefícios gigantes no futuro”. Maria Adivinha e Inês Jorge, jovens guarda-redes dos escalões de formação de futebol feminino do Sporting CP ficaram deliciadas com a presença da guarda-redes Hannah Seabert e de Rita Fontemanha. “A Hannah Seabert é uma inspiração para mim e para todas as guarda-redes e foi muito bom tê-la no treino”, disse Inês Jorge, que admira o jogo de pés e as saídas da guardiã Leonina, opinião partilhada por Maria Adivinha: “Aprendi mais coisas. Gosto muito das defesas que ela faz, a comunicação que tem e as saídas com os pés”. O presente e o futuro do futebol feminino unidos por dois denominadores comuns: o amor pelo futebol e pelo Sporting CP e o grito a uma só voz das dezenas de atletas que correm felizes atrás da bola, marcam e defendem golos em representação do Clube.
LEOAS VISITAM GUIA FC NA TAÇA DE PORTUGAL
A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal vai visitar Guia FC na terceira eliminatória da Taça de Portugal, ditou o sorteio realizado ontem na Cidade do Futebol. Os jogos desta ronda vão acontecer a 7 ou 8 de Dezembro.
O nome do emblema de Alvalade foi tirado por Luís Neto, antigo jogador verde e branco, sendo que o adversário algarvio milita na série Sul da II Divisão. Em 2023/2024, o Guia FC assegurou a subida proveniente da III Divisão do Campeonato Nacional. É a primeira vez que Sporting CP e Guia FC se defrontam.
CLUBE GALA HONORIS
CARLOS LOPES, MANUEL FERNANDES E HÉCTOR YAZALDE DISTINGUIDOS EM 2024
10.ª EDIÇÃO DA GALA HONORIS TEVE LUGAR NA ACADEMIA CRISTIANO RONALDO E HOMENAGEOU O ANTIGO ATLETA E OS DOIS MALOGRADOS FUTEBOLISTAS, NUMA CERIMÓNIA QUE CONTOU COM VÁRIAS FIGURAS ACTUAIS DO SPORTING CP E OS PARCEIROS LEONINOS.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: João Pedro Morais
A Academia Cristiano Ronaldo vestiu-se de gala, na última quarta-feira, para receber a 10.ª edição da Gala Honoris Sporting, que juntou algumas figuras do Sporting Clube de Portugal e os parceiros Leoninos, homenageando Carlos Lopes, Manuel Fernandes e Héctor Yazalde. A cerimónia começou por volta das 19h30 e nem a forte chuva que caia nessa noite condicionou a gala Leonina, que contou com cerca de três centenas de pessoas e teve Guilherme Geirinhas como apresentador.
O humorista regressou a uma casa que bem conhece para apresentar a cerimónia e ainda brindou os presentes com um momento de humor, que originou muitas gargalhadas e contou com Pedro Gonçalves, Eduardo Quaresma e Morten Hjulmand no palco, com o capitão dinamarquês do Sporting CP a ser posto à prova na língua de Camões e a ser bem-sucedido, recebendo muitos aplausos.
Os Campeões Nacionais de futebol foram, como seria inevitável, o grande atractivo da festa e mostraram toda a sua disponibilidade depois de terem aparecido de surpresa. Primeiro jogaram matraquilhos contra os parceiros do Sporting CP e depois aproveitaram a festa, respondendo sempre com um sorriso às dezenas de fotografias que lhes foram pedidas e aos autógrafos que lhes foram solicitados.
Também estiveram presentes várias jogadoras da equipa principal feminina de futebol do Sporting CP, assim como atletas das modalidades, entre eles os futsalistas
Alex Merlim e Bernardo Paçó, acompanhados pelos treinadores Nuno Dias e Paulo Luís, o hoquista Alessandro Verona ou o piloto
Rafael Cardeira.
Já o momento alto da cerimónia foi, naturalmente, a entrega
dos três prémios de 2024, com Carlos Lopes a receber o Prémio Lenda e os malogrados Manuel
Fernandes e Héctor Yazalde a serem reconhecidos com o Prémio Saudade e o Prémio Honoris,
respectivamente.
O presidente Frederico Varandas foi o responsável por entregar os três galardões, a Carlos Lopes, Tiago Fernandes (filho de Manuel Fernandes) e a João Laranjeira (ex-jogador e amigo de Héctor Yazalde, em representação da família).
Carlos Lopes, que há 40 anos conquistou a primeira Medalha de Ouro olímpica de Portugal, foi o primeiro a receber o galardão e deu conta da satisfação por este reconhecimento. “Ser Lenda do Sporting CP é especial. Foram 20 anos de Leão ao peito, nos quais vivi momentos muito felizes e inesquecíveis. Agradeço a lembrança e esta homenagem do Clube”, disse Carlos Lopes. Seguiu-se depois o Prémio Honoris a Héctor Yazalde, que há 50 anos conquistou a Bota de Ouro pelos seus 46 golos com a listada verde e branca na temporada de 1973/1974, com João Laranjeira a representar a esposa do antigo jogador, Carmen, e o filho, Gonçalo. “Ele está longe, mas se estivesse aqui, estaria satisfeito e recordaria os colegas e os amigos daquela época. Fez 46 golos e se não fossem as lesões teria feito mais de 60. Era um grande jogador. Foi há 50 anos que jogámos juntos, e já não está cá há muitos anos, mas ainda o sinto aqui”, referiu João Laranjeira, antigo companheiro do argentino. Por fim, subiu ao palco Tiago Fernandes, que recebeu o Prémio Saudade em homenagem ao pai, protagonizando o momento mais emotivo da Gala Honoris. O actual treinador do SCU Torreense não conteve a emoção, recordou Manuel Fernandes como jogador e pai e agradeceu a forma como o pai foi tratado e reconhecido nos últimos anos de vida. “O meu pai vivia para o Sporting CP, este clube era tudo para ele. Agradeço à equipa principal de futebol e à
direcção por lhe terem prolongado a vida por mais um ano: ele só queria ver o Sporting CP campeão mais uma vez e viu”, começou por dizer Tiago Fernandes, acrescentando: “Estou eternamente grato por tudo o que fizeram por ele. Acima de contratos ou remunerações, ele só queria ser amado
e respeitado e esta direcção foi a que mais o respeitou”. Por isso, ainda que para surpresa de todos e sobretudo de Frederico Varandas, Tiago Fernandes entregou depois ao presidente verde e branco uma recordação encomendada pelo próprio pai. Isto porque o eterno 9 Leonino deixou
uma lista de nove pessoas a quem a família deveria entregar uma
lembrança e uma dessas pessoas era Frederico Varandas, que se mostrou visivelmente emocionado com o gesto.
FUTEBOL FORMAÇÃO PÓLO EUL
APRENDER A TREINAR EM IDADE DE JOGAR:
DE EX-AVANÇADO DA FORMAÇÃO A TREINADOR NO PÓLO EUL AOS 23 ANOS
ESTA É A HISTÓRIA INCOMUM DE TIAGO RODRIGUES, CONTADA NA PRIMEIRA PESSOA AO JORNAL SPORTING. COM UM TRAJECTO QUE O LEVOU, ATRAVÉS DOS VÁRIOS ESCALÕES DA ACADEMIA, DOS SUB-15 À EQUIPA B E APÓS UMA EXPERIÊNCIA NO AMORA FC, AOS 22 ANOS DECIDIU ENCERRAR VOLUNTARIAMENTE A CARREIRA DE FUTEBOLISTA E VIROU-SE PARA OS ESTUDOS, QUE SEMPRE FEZ POR PROSSEGUIR, JÁ COM A HIPÓTESE EM MENTE DE SE TORNAR TREINADOR. SETE MESES DEPOIS, ENTROU NO PÓLO EUL COMO TREINADOR ESTAGIÁRIO E, ESTA ÉPOCA, É ADJUNTO NOS SUB-13. SEM COMPLEXOS OU ARREPENDIMENTOS, TIAGO RODRIGUES CONTOU COMO TOMOU A DECISÃO, QUE “ACABOU POR NÃO SER MUITO COMPLICADA”, E DEBRUÇOU-SE SOBRE A SUA NOVA VIDA COMO TÉCNICO.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: Frederico Ferreira, Isabel Silva
Como tantos outros jovens ao longo dos últimos 20 anos, Tiago Rodrigues entrou pelo portão da Academia Cristiano Ronaldo em 2014 e, vindo de Évora, ficou como residente para perseguir um sonho redondo, em forma de bola de futebol. A transição foi “muito difícil”, assegurou, embora os pais se deslocassem todos os fins-de-semana do Alentejo para Alcochete.
No entanto, assim que aprendeu a viver com as saudades de casa, que acabara por “levar para dentro de campo” nos primeiros meses, tudo se inverteu – dentro e fora das quatro linhas – para o então avançado dos iniciados que deu nas vistas no Torneio Lopes da Silva de sub-14. “É engraçado, porque quando chegamos à Academia somos crianças e, de certa forma, marcamos as vidas uns dos outros. A partir de determinada altura, quando chegava a Junho, no fim da época, ia para casa e não sabia o que havia de fazer”, confidenciou entre risos em conversa com o Jornal Sporting E no terreno de jogo tornar-se-ia também um ano de estreia “extremamente positivo”, culminado com o título nacional de sub-15 (2014/2015) levantado graças a um final cinematográfico em que Tiago Rodrigues ficou com o papel principal. “Entrávamos na última jornada atrás do SL Benfica e a precisar de ganhar [em casa das águias] para ser campeões. O jogo estava difícil, estávamos
com ‘a carne toda no assador’ e, mesmo a acabar, o guarda-redes do SL Benfica sai mal ao cruzamento e eu antecipei-me, fiz o golo [do 1-2] e, depois, foi espectacular”, recordou, admitindo que esse momento “marcante” ainda hoje é lembrado quando se reúne com companheiros dessa geração como Benny – Bernardo Sousa –ou Diogo Brás.
Daí em diante, trilhou um consistente percurso ascendente como já nem tantos jovens conseguem e foi passando, ano após ano, pelo ‘funil’ que vai peneirando os vários escalões e equipas de formação do Sporting CP. Nas duas épocas seguintes (2015/2016 e 2016/2017) foi também Campeão Nacional, então em juvenis, assinou a sua temporada mais goleadora nos sub-19 (32J 18G) e atingiria o nível sénior pelos sub-23 e equipa B, neste caso sendo parte da equipa Leonina que a reactivou em 2020/2021.
De verde e branco, Tiago estreou-se na UEFA Youth League, competiu na Liga Revelação, no Campeonato de Portugal e na Liga 3 e, ao mesmo tempo, foi internacional jovem por Portugal desde os sub-15 até aos sub-20. Nas selecções, marcou em todos os escalões – excepto em iniciados - e em sub-19 até fez parte da equipa portuguesa que foi finalista vencida no Europeu de 2019. Em retrospectiva, destaca essa experiência acima de todas como o melhor momento da que viria a ser uma curta carreira, enquanto os três títulos nacionais consecutivos na formação do Sporting CP são a sua “grande conquista” e que
promete
“FALTOU-ME UM ‘PATAMARZINHO’”
Tiago Rodrigues pertence à geração de 2000, como deixam entrever as coincidências numéricas, e, ao longo dos anos, partilhou balneário, quer na Academia, quer nas selecções jovens com vários futebolistas que hoje em dia já brilham um pouco por toda a Europa, inclusivamente na equipa principal do Sporting CP,
como Daniel Bragança, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma e Geny Catamo [ver caixa]. Mas, a história deste agora ex-avançado teve um final diferente, ou melhor, um final que se abriu para um novo início e, curiosamente, fê-lo voltar também à casa de partida. Em poucos meses, por decisão própria e ponderada, o sonho redondo que tinha no horizonte fez-se círculo na realidade.
“Tive um percurso desportivo que considero interessante e cheguei a um bom nível, que muitos atletas têm como objectivo. Faltou-me
um ‘patamarzinho’ que infelizmente não consegui ultrapassar”, apontou. Uma transição – para a equipa principal, onde até chegou a treinar – que tantas vezes acaba por decidir o rumo de uma carreira.
Da Academia para o Amora FC, onde cumpriu a primeira metade da época 2022/2023, foi como sair “de uma ‘bolha’”, tais são “as condições que o Sporting CP proporciona”, reconheceu. E quando rebentou a bolha para a nova realidade “foi um bocadinho difícil”. “Enfrentei uma realidade diferen-
te e tive algumas dificuldades em adaptar-me. Basicamente, depois de uma época menos conseguida, decidi tomar esta decisão, da qual não me arrependo e acabei por regressar aqui”, explicou de forma descomplexada.
Aos 22 anos, Tiago Rodrigues colocou voluntariamente um ponto final na sua carreira de futebolista, mas não tardou a fazer parágrafo.
Em Setembro, já cumprido o seu 23.º aniversário, tornou-se treinador estagiário do Sporting CP no Pólo EUL, cumpriu, ficou e esta temporada é adjunto na equipa técnica dos sub-13. O Pólo EUL, onde outrora - mas não há tanto tempo – fez os seus primeiros treinos de Leão ao peito antes de ingressar na Academia, volta a ser uma das suas casas cerca de dez anos volvidos.
Se passar de jogador a treinador é um passo dos mais naturais no futebol, fazer essa escolha em idade de ainda poder jogar e vingar é tudo menos comum, porém o agora técnico de 24 anos explica-a com uma lógica desarmante e uma maturidade acima da média. Foi a altura de “pôr os pratos em cima da balança para perceber o que era melhor” e, confessa, que entre as possibilidades que se abriam fora da vida de futebolista e aquilo que a bola já não lhe estava a dar, “acabou por não ser uma decisão muito complicada”. Até porque qualquer escolha se torna mais fácil quando há outras opções em aberto, como fez por ter Tiago Rodrigues ao conciliar de forma esforçada e constante a sua progressão académica ao longo
da sua formação futebolística.
PLANO B PASSOU A PLANO A
“Sempre gostei de estudar, saber coisas novas e de aprender. Ainda hoje gosto”, afiançou e, feito o 12.º ano, quis ir mais além – e continua. Em busca de abranger outras áreas que “começam a despertar alguma curiosidade na sociedade” está actualmente a cursar um mestrado em Gestão de Informação (especialização em Business Intelligence), na Nova IMS, em Lisboa, já depois de ter feito uma pós-graduação em Tecnologia e Análise de Dados no Desporto.
Antes disso, no entanto, numa nova idade dos ‘porquês’, embarcou numa licenciatura em Ciências do Desporto, na Faculdade de Motricidade Humana, “para, no fundo dar continuidade à vida de atleta, mas fora de campo” e obter respostas para as interrogações que lhe surgiam dentro do terreno de jogo. “Achei que era interessante porque eu fazia coisas dentro de campo e não sabia a razão de estar a fazê-las”, justificou Tiago Rodrigues.
E com os seus dias a fazerem-se de teoria, na universidade, e prática, na Academia, de um mesmo assunto a hipótese de ser treinador começa a surgir-lhe em mente, sobretudo pela marcante relação estabelecida com a equipa técnica de Filipe Çelikkaya na equipa B. “Era muito próxima dos jogadores, trabalhavam directamente
A FELICIDADE POR VER EX-COMPANHEIROS “LÁ EM CIMA”
Luís Maximiano ou Diego Callai na baliza, uma sólida linha defensiva que poderia contar com nomes como Merih Demiral, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Thierry Correia e Tiago Santos, médios de qualidade como Daniel Bragança, Matheus Nunes, Mateus Fernandes e Dário Essugo, além de companheiros de ataque com a imprevisibilidade de Rafael Leão, Geny Catamo, Tiago Tomás ou Félix Correia. Com todos eles Tiago Rodrigues partilhou balneário ao longo do seu percurso na Academia.
Em especial, o ex-jogador e actual técnico no Pólo EUL não escondeu a satisfação por ver o que, a dias de hoje, Bragança, Inácio, Quaresma e Geny têm dado “lá em cima”, isto é, na equipa principal dos Leões, actuais Campeões Nacionais. “Fico muito feliz por eles, sinceramente. Estão a dar coisas boas ao Sporting CP, o Clube está a conseguir aproveitá-los e estão a ajudar a passar por esta fase excelente”, frisou.
connosco durante mais tempo e também nos explicavam os porquês. Comecei a ter o à-vontade para fazer perguntas e aprendi muito sobre o jogo, mas também sobre a relação que eu, enquanto treinador, quero ter com os meus atletas”, reflectiu o agora adjunto dos sub-13 do Sporting CP. A tudo isto, qual foi a fórmula utilizada para ingressar no Ensino Superior num momento em que se aproximava do futebol sénior? “Vontade de fazer as duas coisas e organizar a vida para isso”, resumidamente, embora seja mais fácil dizer do que fazer. “É muito difícil. Muitas vezes pensamos que o futebolista não quer estudar, mas não é bem assim. Há coisas que não estão bem definidas e não ajudam os atletas”, apontou, mas no seu caso, entre treinos e aulas tantas vezes sobrepostos, desenhou de imediato uma jogada bem-sucedida. ‘Fatiou’ um curso de três anos para acabá-lo em seis, “ou seja, fazer metade de um ano a cada ano lectivo”, explicou, e assim foi: “Acabou por ser difícil, mas muito satisfatório”.
“Temos de ter sempre um plano B. Desportivamente, estava difícil, tinha o meu plano B que era o curso e, num segundo plano, poder treinar”. Assim, reuniram-se as condições para fazer do plano B o A. O futuro académico pesou mais na balança do que a vida de futebolista. Geralmente, um caminho menos trilhado, mas a decisão, “muito pensada”, realçou, estava feita, sem complexos ou arrependimentos. E nem os potenciais benefícios de um ‘e se’ dentro de
Tiago Rodrigues lembrou particularmente há quanto tempo conhece o médio canhoto, que também vivia na Academia e, juntos, foram campeões em sub-17. “Apanhei o Bragança mais cedo e convivia mais com ele porque era um atleta residente e lembro-me bem de quando era uma criança também. O que estão a fazer dentro do Clube é extraordinário”, reafirmou.
“UM EXEMPLO PERTO, REAL E VERÍDICO” PARA OS JOVENS
JOGADORES DO PÓLO EUL
“Nunca quis evidenciar o seu percurso”. Quem o diz é alguém que tem acompanhado Tiago Rodrigues de perto desde o estágio: Tiago Almeida, treinador principal do qual o ex-jogador foi adjunto nos sub-11 e, agora, nos sub-13. “Com o decorrer do tempo, adaptou-se perfeitamente, tanto ao nível do feedback, da instrução e da brincadeira”, realçou o técnico. Além disso, Tiago Almeida não esconde também a clara mais-valia que representa poder ter na sua equipa técnica o “exemplo”, dentro e fora de campo, de Tiago Rodrigues para fazer ver aos jovens do Pólo EUL que a carreira dual “é um caminho e uma possibilidade”.
“Com um percurso de excelência, ainda por cima residente na Academia e mantendo os estudos é um exemplo para os miúdos. Nestas idades, a profissão deles é ser estudantes, isso é o mais fundamental”, frisou Tiago Almeida. Por vezes, ficar pelas palavras “pode ficar no vazio”, mas “aqui é algo concreto, um exemplo perto, real e verídico” e, por isso, “acelera a mensagem”, garantiu.
E no treino propriamente dito, Tiago Rodrigues também “acrescenta bastante”, sublinhou, fruto “da ‘bagagem’ e treinadores que teve na formação Sporting CP”. “Este ano com mais liberdade, vai aportando na construção de exercícios, no planeamento e nas análises”, detalhou, valorizando também aquilo que acrescenta à equipa técnica em si: “Nos jogos é ele que me acompanha e é sempre uma ‘âncora’ que me faz crescer também, porque é uma opinião claramente válida”.
campo deram a volta a um jovem prestes a ser ex-jogador aos 22 anos.
“A vida de jogador é curta e também com adversidades, como estar muito tempo longe da família e do local onde vivemos... Tudo isso pesou na minha decisão e achei que onde eu podia realmente ser uma mais-valia, a partir de agora, era no banco, fora do campo”, fundamentou. A decisão foi “individual”, mas contou desde logo com o apoio dos amigos e da família.
DE OUVIR A APRENDER A TER A PALAVRA
E a escolha foi tão firme e a transição para a vida de treinador tão rápida que Tiago Rodrigues reconheceu que “nem deu para ter aquela saudade” do campo. Sete meses depois de ter deixado os relvados, lá estava Tiago Rodrigues a ‘despendurar’ as chuteiras para voltar “a estar ligado ao treino”, mas num “papel completamente diferente”. Do meu ponto de vista é algo extremamente interessante: passo dez anos a ouvir e, do nada, sou eu que estou a ter a palavra e, no fundo, a ensinar. Esse foi e está a ser o grande desafio”, afirmou. Ele próprio fechou uma porta, mas rapidamente se abriu uma janela sob um tecto que tantas vezes chamou de casa: o Sporting CP. O estágio em falta para completar a licenciatura fez-se na equipa técnica dos sub11 Leoninos, mas apesar do seu passado no Clube a oportunidade
deu-se pela mão da faculdade – e com discrição total por sua parte. Como um dos melhores alunos, pôde escolher onde estagiar, optou pelo Sporting CP e seguiu o processo habitual, embora com um curioso momento pelo meio: “O míster João Couto enviou-me um email que dizia: ‘Olá, Tiago. Como está? Preciso que me envie o seu CV’. Ele não sabia que era eu (risos). Só quando viu o CV é que percebeu». Na Academia, João Couto foi treinador de Tiago Rodrigues em três anos da sua formação.
Cumprido o período de estágio com sucesso, é sob a ‘asa’ do treinador principal Tiago Almeida que se mantém, agora em 2024/2025 na equipa sub13 [ver caixa]. Embora ainda em pleno processo de ‘metamorfose’, em termos de metodologia e ADN são poucos os segredos para Tiago Rodrigues, que agora apenas se vê do outro lado, mas num ambiente que bem conhece. “Preocupamo-nos muito com o nosso Modelo Centrado no Jogador, mas pela mudança para o futebol de 11 há também muita questão colectiva a ser
trabalhada», detalhou, sem esquecer as valências que a sua experiência e aprendizagens na formação do Clube lhe colocaram na ‘bagagem’ para esta nova função. Para lá do “conhecimento mútuo quanto à estrutura, à organização e ao processo”, o técnico de 24 anos salientou o seu “forte conhecimento do jogo”, que deve à faculdade e à Academia, onde teve alguns “dos melhores treinadores do país”.
Além disso, mostrou-se totalmente consciente das especificidades do escalão sub-13. “Somos treinadores, mas também somos educadores. Lidamos com personalidades muito diferentes, atletas com dias e ambientes familiares completamente distintos. Temos de os conhecer muito bem”, atentou. E é neste aspecto, na ligação que consegue estabelecer com os jogadores que reside, na sua opinião, um dos seus pontos fortes como treinador aprendiz.
“Consigo perceber aquilo que o atleta vive ou pensa em determinado momento e isso ajuda-me em relação ao que posso fazer ou dizer, agora como treinador”,
referiu, acrescentando: “No próximo ano é a transição para a Academia. Já temos alguns atletas residentes na Academia e que treinam aqui connosco, portanto para mim é engraçado, porque já senti aquilo que eles estão a sentir”.
Agora, Tiago Rodrigues só olha em frente e admite que vive feliz com a escolha feita. “Sinceramente não mudaria. Sinto-me muito feliz e orgulhoso pelo que fiz dentro do Sporting CP. Dentro daquilo que é o projecto e o processo, faltou-me um passo. Alcancei coisas muito bo-
nitas enquanto atleta, mas não olho para trás com pena. Dei este passo e espero, nesta nova vida, alcançar feitos tão bons como os que consegui no passado”, apontou, consciente também de que está apenas no início, mais um, outra vez.
“Enquanto treinador, estou ainda a conhecer-me a mim próprio, a dar os meus primeiros passos”, assegurou. E tal como aquele jovem que há cerca de dez anos passara pela primeira vez o portão da Academia, agora é no dia-a-dia do Pólo EUL que tem “muito por aprender”.
COLEGA MAIS TALENTOSO RAFAEL LEÃO
COM QUEM SE ENTENDIA MELHOR EM CAMPO
[BERNARDO SOUSA]
COLEGA MAIS DIFÍCIL DE ULTRAPASSAR MERIH DEMIRAL
GUARDA-REDES MAIS DIFÍCIL DE BATER LUÍS MAXIMIANO
MELHOR JOGADOR QUE DEFRONTOU PHIL FODEN
TREINADOR PREFERIDO DA ACTUALIDADE MIKEL ARTETA
OPINIÃO
OBRIGADO AOS SUPPORTING!
Gosto do Sportinguismo vivido com a mais genuína das paixões. Gosto de quem respira Sporting por todos os poros. Gosto também muito de quem, marcado pela diferença, arranja motivos para exacerbar o seu Sportinguismo. Gosto, por isso, dos Supporting. E gosto desde a primeira hora. Oriundos da Curva Sul, os quatro indefectíveis Sportinguistas e Associados do Clube, Pedro Marques, na voz, Paulo Seixas, na guitarra, Luís Piedade, no baixo e Pedro Branco, na bateria, fundaram esta banda, a 10 de Setembro de 2013 e têm tido a arte, feita da tal paixão, de pôr todos aqueles que trazem no coração o símbolo do Leão a cantar as músicas da sua autoria, desde os estádios aos pavilhões, passando pelos Núcleos e por inúmeros locais onde estiver presente algo que tenha a ver com o nosso Clube.
São muitas as que me ficaram no ouvido. São viciantes e feitas de duas cambiantes decisivas: amor e conhecimento da história. As suas letras tocam no coração do mais insensível dos Leões. São mesmo cantadas a plenos pul-
mões, desde os netos até aos avós. Não têm faixa etária nem estrato social. Têm, apenas e só, puro amor a uma causa... a causa verde e branca.
Mas nos últimos dias lançaram algo que já ouvi vezes sem conta. E que cada vez que a ouço, desculpem confessar a minha pieguice, emociona-me muito. O lançamento do “Chirola o Mago da Bola” em homenagem aos 50 anos da entrega da Bota Ouro pelos seus 46 golos na temporada de 1973/1974, tocou-me de forma especial, sobretudo por ter a particularidade de ter sido nesta a época que a minha lembrança, por ser então ainda muito criança, recorda o primeiro título de Campeão Nacional do nosso Clube.
Mas é mais lata esta minha emoção. É que Héctor Yazalde, o sempiterno Chirola, foi aquele que me levou a ser do Sporting Clube de Portugal. O que me dividia em termos familiares que pendia para o azul de Belém, foi ele que me amarrou a um amor que perdurou no tempo. O amor ao Sporting Clube de Portugal. Queria ter o cabelo comprido para ser igual ao Chirola, nas cadernetas de cromos, ainda no tempo dos rebuçados e do “boneco da bola” ficava em êxtase sempre que me saía o Héctor Yazalde, o homem das Pampas que fez as minhas delícias de menino.
Agradeço, pois, aos Supporting por me fazerem recordar, passado meio século, o meu/nosso eterno goleador, que marcava golos de todas maneiras e feitios. Como só ele. Partiu cedo do mundo dos vivos. Recordo com imensa tristeza esse dia. Permanecerá, contudo, no coração dos
ENTREVISTA PRESI
DENTE – No passado domingo, no âmbito das comemorações do programa “Trio de Ataque”, da RTP 3, Frederico Varandas deu uma nova entrevista. Foi – em termos desportivos – uma “bela exibição”! Recomendo vivamente a sua visualização por quem ainda não a viu. Vários temas da actualidade Leonina foram abordados, desde a situação de Hugo Viana, passando pelo treinador Rúben Amorim (e outras opções do passado), sem esquecer naturalmente os jogadores, desde logo o cobiçado Gyökeres. Houve ainda tempo para –mais uma vez – o presidente verberar o mal que outros dois clubes fizeram ao futebol português nos últimos quarenta e tal anos. Oportunidade ainda para se falar de futuro e da nova estrutura com que o futebol do Sporting conta para esse efeito. A palavra que, depois, mais ouvi entre os Sportinguistas foi “orgulho”… orgulho no nosso presidente e já na sua obra!
REACÇÕES À ENTREVISTA – Não surpreendeu o modo como apaniguados e comentadores de outras cores futebolísticas comentaram essa entrevista do nosso presidente. Coitados, uns tentam justificar o injustificável atirando com o facto de o Sporting também ter tido, no passado, os seus telhados de vidro (como se as situações fossem similares e – como todos sabemos, incluindo eles próprios – a verdade é que não, não foram!); outros, por sua vez, continuam a confundir-se esgrimindo com hipo-
téticos “perdões” de que o Sporting nunca beneficiou… e esquecendo as benesses e prebendas que – eles sim! – foram recebendo dos poderes públicos! É, por exemplo, lembrar o facto da CGD, banco público, logo também “nosso”, ter financiado – e como e com que simpáticas condições – o SL Benfica (desde logo o Seixal) e o FC Porto (o Dragão Caixa!)! E se ter “esquecido” de conceder iguais empréstimos ao Sporting! Será que somos menos portugueses? É também recordar as benesses que o FC Porto teve e continua a ter para usar a seu belo prazer um bem do erário público… o Olival! E ainda as benesses que a CM Lisboa deu ao SL Benfica em termos de terrenos para a construção do novo estádio! Já no Sporting comprámos e desenvolvemos com o nosso “dinheirinho” a nossa Academia, em Alcochete! E quanto ao Estádio José Alvalade não beneficiámos dos favores da CM Lisboa! E mais, muito mais se poderia dizer e acrescentar! Certo é que baladas como a da “ladainha do perdão” só demonstram a profunda hipocrisia em que essa gente está e ficou mergulhada!
CHAMPIONS – Uma bela vitória na Áustria onde derrotámos o Sturm Graz. Vitória convincente, graças aos golos de Nuno Santos e de Gyökeres (impressionante cavalgada!), de uma equipa cada vez mais madura! Estamos com sete pontos e lutamos para ter mais, único modo de seguirmos nesta cobiçada prova! Assim queremos continuar! Assim deveremos continuar!
TAÇA DE PORTUGAL – Na 6.ª feira passada fomos a Portimão, tendo defrontado e eliminado o nosso opositor. Dois belos golos de Harder, ambos reveladores do elevadíssimo potencial desta nossa nova esperança! De saudar a estreia na equipa principal de Bruno Ramos e de Lucas Taibo. É assim que se constrói o futuro, apostando nos jovens de hoje!
Sportinguistas para a eternidade.
Depois do Chirola habituei-me a idolatrar tantos outros, das mais diversas modalidades. Como já escrevi aqui em outras colunas de opinião, houve outros que me forravam as paredes do quarto em criança. Que gostei tanto como dele. Tenho a felicidade de ser apaixonado por um Clube a quem não faltam referências, do passado ao presente. Mas como naquele ditado que diz que não há amor como o primeiro, esse foi mesmo Hector “Chirola” Yazalde.
Mas não ficou por aqui. Também Rui Jordão, a Gazela de Benguela, foi homenageado por eles aquando da passagem dos cinco anos da sua morte. Também Jordão, obviamente, marcaria a minha adolescência. Pintou obras de arte feitas de golos. Que elegância. Que classe. Que jogador.
Os Supporting revelaram ter memória, num clube com uma imensa história. E a história, essa, não se apaga. Será seguramente mais um sucesso. Um sucesso que nos faz recuar no tempo e relembrar dois heróis. Obrigado por isso, aos Supporting. Recordar, em forma de homenagem, Héctor Yazalde e Rui Jordão em poucos dias, é sinónimo daquilo que os move. Um amor incrível ao Sporting Clube de Portugal e honrar a sua tão dignificante História.
P.S – Do futebol à generalidade das modalidades, estamos vivos... e bem vivos.
DESTAQUES – Sublinhar o prémio atribuído pela Liga ao nosso jovem Geovani Quenda, um “miúdo” de grande futuro, como todos sabemos. Salientar também o modo como Franco Israel tem agarrado o lugar de guarda-redes! Está a demonstrar todo o seu valor e tem dado garantias que podemos mesmo contar com ele! Bragança e Trincão continuam a “lançar perfume” nos relvados que pisam! Estão feitos dois astros, cada um deles sendo já um “senhor jogador”!
ANDEBOL – Continua a saga da nossa portentosa equipa! Agora mais uma vitória, sobre o Füchse Berlin, uma das melhores equipas da Europa! Continuamos invictos na prova! Foi mais uma noite mágica no nosso Pavilhão João Rocha! Força, Leões!
CORRIDA SPORTING – Bem sei, já foi no fim-de-semana do anterior jornal… mas eu nada disse na minha última coluna e tanto que queria ter dito! Foi lindo, com Lisboa pintada de verde! Foram mais de 10.000 a caminhar ou a correr por Lisboa fora! É recorde absoluto em Portugal para provas deste género! Parabéns, Sporting e organização!
MULTAS DE PIROTECNIA – Continua o escândalo das multas em cima do Clube por causa de alguns que não se comportam à altura da instituição Sporting! Agora, a UEFA aplicou-nos mais uma multa, esta na “simpática” quantia de 74 mil euros… apre! Assim dói mesmo! Impõese mesmo acabar com este tipo de comportamentos, tanto pelos montantes em causa, como pelos perigos que tais artefactos representam, pois cada vez mais e infelizmente aumentam as vítimas dos petardos! Assim não!
VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
“SENTIMOS
O SABOR DA VITÓRIA E FAZÊ-LO APENAS
UMA VEZ NÃO NOS DEIXA SATISFEITOS”
AOS 24 ANOS, O CENTRAL KELTON TAVARES ESTÁ NA QUARTA TEMPORADA AO SERVIÇO DA EQUIPA DE VOLEIBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL E COM MAIS PROTAGONISMO DO QUE NUNCA, TENDO SIDO ESSENCIAL NAS CONQUISTAS DA TAÇA IBÉRICA E DA SUPERTAÇA NESTE INÍCIO DE 2024/2025. A CRESCER A OLHOS VISTOS, O ATLETA NATURAL DE CABO VERDE CONCEDEU UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL SPORTING E FALOU DO PASSADO, DO PRESENTE E DO FUTURO, DEMONSTRANDO MUITA AMBIÇÃO NO DESPORTO E NA VIDA. “NO QUE DEPENDER DE NÓS, VAMOS TRABALHAR MUITO PARA CHEGAR ÀS DECISÕES E GANHAR O MÁXIMO POSSÍVEL”, ASSEGUROU.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: João Pedro Morais
Que grande início de temporada para si, tanto a nível individual como colectivo. Como avalia este primeiro mês de 2024/2025 a nível oficial?
A avaliação é bastante positiva. Conseguimos concluir os dois objectivos traçados para o início da época [conquistas da Taça Ibérica e da Supertaça]. Tivemos um início de temporada muito duro, com muitos treinos e jogos, e conseguimo-nos preparar da melhor forma para chegar muito bem, tanto fisicamente como mentalmente, a estas duas decisões de títulos. Ter conseguido ganhar foi uma sensação de dever cumprido em relação com o que trabalhámos.
Vamos por partes. O bom momento já vem do final da temporada passada, quando ganharam a Taça de Portugal e levaram a final da Liga até ao quinto jogo?
Claro que sim. Até penso que o bom momento vinha de antes. Quando tivemos todas as peças connosco, começámos a criar um grupo bastante unido e motivado. Desde aí, viu-se que o grupo tinha potencial e provámos isso com a conquista da Taça. A Liga, apesar de termos ido até ao quinto jogo [da final], não nos soube da melhor forma porque queríamos vencer. Não há vitórias morais, mas, ainda assim, tivemos uma boa época no ano passado.
O grupo já tinha qualidade, mas acha que os reforços vieram dar algo extra?
Acredito que sim. As peças novas trouxeram muita ener-
gia e ambição. Juntos, estamos a trabalhar para conseguir mais. Temos uma longa época pela frente e sabemos que, mesmo tendo bastante potencial, há que trabalhar muito. Precisamos que as novas peças encaixem ainda melhor. É preciso tempo para estarmos ainda mais à vontade uns com os outros.
“TER CONSEGUIDO GANHAR [A TAÇA IBÉRICA E A SUPERTAÇA] FOI UMA SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO”
Esta época, a equipa começou da melhor forma ao con‑ quistar a segunda edição Taça Ibérica – foi, até, o pri meiro emblema português levantar esse troféu. Como foi esse momento?
Mais do que só a final, começou tudo no sábado [meias-finais]. Tivemos um mau início de jogo contra o CV Guaguas, uma equipa muito forte que tinha vencido a Taça Ibérica no ano passado. O primeiro set não foi nada conseguido e lembro-me de nos juntarmos para virar o resultado. A partir daí, começámos a jogar e a melhorar bastante. Chegámos à final e, aí, já tínhamos todos a mentalidade de dar o máximo. Entendemos que, se assim fosse, íamos conseguir a vitória.
“AS
PEÇAS NOVAS TROUXERAM MUITA ENERGIA E AMBIÇÃO”
Logo a seguir, vitória na Supertaça. Esperavam conti‑ nuar no mesmo nível para esta prova?
Queríamos, até, melhorar. Sabíamos que era possível fazê-lo da Taça Ibérica para a Supertaça. Tentámos fazer isso para estarmos bem preparados, até porque o SL Benfica ia querer dar uma resposta e tem qualidade. A equipa técnica montou o plano e nós, bastante motivados com a vitória da Taça Ibérica e com a possibilidade de uma nova vitória, fomos na máxima intensidade. Chegámos ao jogo cheios de energia para voltar a vencer.
Estando cumpridos com sucesso os dois primeiros ob jectivos da temporada, quais são os restantes?
Acredito que o objectivo final passe sempre por vencer. Estando no Sporting CP, a mentalidade tem de ser essa. Antes disso, queremos estar nas fases de decisão das competições em que estamos: a Liga, a Taça de Portugal e a CEV Challenge Cup. Na CEV Challenge Cup, vai ser muito difícil porque há adversários complicados pela frente, mas temos tempo para criar um grupo ainda mais unido. Sabemos que é possível chegar lá, temos é de estar sempre juntos. Na Taça de Portugal, queremos chegar à fase final e vencer. Por fim, na Liga, o objectivo principal neste momento é ficar em primeiro nesta fase e garantir o facto casa. Depois, queremos chegar à final e trazer o título.
Até onde pode ir esta equipa? Sente que ainda há muita margem de progressão?
Acredito que sim. Há margem para progredirmos porque temos caras novas e precisamos de tempo para encaixar ainda melhor. A partir daí, acredito que não haja limites para nós. Depende de como estamos fisicamente, também, mas, no que depender de nós, vamos traba-
lhar muito para chegar às decisões e ganhar o máximo possível.
E no seu caso? Espera continuar a evoluir a este ritmo? Penso que sim. Agora tenho tido a oportunidade de mostrar um pouco mais todo o trabalho que tenho realizado desde que estou aqui. Há espaço e vontade para evoluir, estou sempre disposto a aprender.
Teve algum momento de ‘clique’ em que entendeu o que tinha de fazer para melhorar ou foi uma progres são natural?
Acredito que tenha sido uma evolução natural, mas a principal razão é o que não se vê. Antes, entrava em poucas situações, mas tinha sempre a mentalidade de dar o máximo nos treinos e aproveitar qualquer oportunidade que aparecesse. Este ano, têm aparecido mais, mas o meu pensamento é o mesmo: aproveitar e dar sempre o máximo.
A chegada de João Coelho foi determinante para a sua subida de nível?
Sim. Também chegou numa fase em que já me estava a habituar mais ao Clube e à rotina, o que ajudou.
“QUEREMOS ESTAR NAS FASES DE DECISÃO DAS COMPETIÇÕES EM
QUE ESTAMOS: A LIGA, A TAÇA
DE PORTUGAL E A CEV CHALLENGE CUP”
Partilha a posição de central com três jogadores bem mais experientes [Tiago Barth, Jonas Aguenier e Alejandro Vigil]. Aprende muito com eles?
Sim. Procuro sempre aprender o máximo com todos, não só com os colegas deste ano como também com os que passaram por cá antes. Tento, de certa forma, melhorar ao ver neles o que posso aprender com cada um.
Como era a sua vida em criança? Sempre teve jeito para o desporto?
Jeito não digo, mas vontade de praticar alguma coisa sim. Em Cabo Verde, a modalidade predominante é o futebol e desde muito cedo que comecei a jogar, mas não era grande coisa. Não parei, continuei a jogar e fui crescendo à volta do futebol. No ensino secundário, apresentaram-me várias modalidades, entre elas o voleibol, e comecei a
gostar ainda mais dessas. Jogava com os amigos sempre que podíamos, por vezes muito cedo ou muito tarde. A partir daí, nunca mais deixei de jogar.
“ANTES,
ENTRAVA EM POUCAS SITUAÇÕES, MAS TINHA SEMPRE A MENTALIDADE DE DAR O MÁXIMO”
Experimentou também, por exemplo, o andebol. O que o fez escolher o voleibol e continuar a praticar?
Tínhamos um grande espírito de competição no meu grupo de amigos que jogava. Queria competir, talvez, por algo mais, queria estar numa equipa. Quando tive essa oportunidade, não olhei mais para trás.
Chegou a Portugal para estudar Engenharia de Telecomunicações e Informática no Instituto Superior Técnico. O plano, inicialmente, era focar se exclusiva mente nos estudos, mas não conseguiu largar o volei bol. Porquê?
Era uma paixão que vinha de antes e não queria deixar de praticar voleibol e desporto. Quando tive essa oportunidade, aproveitei para conciliar o voleibol e os estudos. Como ainda era uma equipa de formação, foi mais fácil e consegui.
Considera que tomou a decisão correcta?
Obviamente, tive dúvidas. Hoje, não me arrependo de nada e estou muito feliz com a minha decisão, sabendo que há sempre tempo para tentar concluir os estudos. É algo que tenciono fazer no futuro. Por agora, quero aproveitar o voleibol.
Vê‑se a trabalhar na área em que estudou? Ou tem ideias de prosseguir a vida profissional no voleibol nou‑ tras funções quando terminar a carreira de atleta? [Pensativo] É uma pergunta bastante complicada porque ainda é muito cedo. Ainda não pensei de forma estruturada no que vou fazer no futuro. A possibilidade de continuar ligado ao voleibol ou ao desporto é algo que me interessa muito, mas sempre com o plano B de terminar a faculdade. O desporto não é certo, ninguém sabe o que pode acontecer. De qualquer forma, ainda tenho tempo para pensar nisso.
Chegou ao Sporting CP em 2021, dando o ‘salto’ desde o CV Oeiras. O que significou esse momento para si? Foi aí que entendeu que a sua vida ia ser maioritariamente dedicada ao voleibol?
Sim. Na altura, lembro-me de pensar que estava a praticar voleibol apenas para não deixar de o fazer porque o meu foco era mais nos estudos. Esse era o meu plano, tinha tudo pensado, mas depois apareceu a proposta do Sporting CP. Aí, pensei em abdicar um pouco [dos estudos] e ver o que é que o voleibol tinha para me dar. Quando cheguei, nunca mais quis parar nem pensar noutra coisa.
Nas primeiras declarações de Leão ao peito, garantiu trazer “muita vontade de vencer, aprender e evoluir, assim como de dar o máximo contributo para a equipa”. Podemos dizer que está a cumprir esse desejo da me lhor forma...
Desde que cheguei que queria contribuir com alguma coisa. O meu pensamento foi sempre estar intenso, focado e trabalhador nos treinos. Olhando para trás, essa foi a melhor decisão e vou continuar a fazer o mesmo. Há muita qualidade aqui dentro, muita disputa pelos lugares. Quero estar sempre apto e na minha melhor forma para poder dar o meu contributo.
“HÁ SEMPRE TEMPO PARA TENTAR CONCLUIR OS ESTUDOS [UNIVERSITÁRIOS]. É ALGO QUE TENCIONO FAZER NO FUTURO”
Qual foi o melhor momento que já viveu com a camisola do Sporting CP?
[Pensativo] Só um é difícil… Se calhar diria que foi a conquista da Taça de Portugal do ano passado. Foi o primeiro troféu após vários anos. Chegámos à fase final muito motivados e o último ponto causou a sensação de dever cumprido. Serviu, também, para trazer ainda mais vontade de vencer. Sentimos o sabor da vitória e fazê-lo apenas uma vez não nos deixa satisfeitos. Queremos mais e vamos trabalhar para isso.
“QUEREMOS CONTAR COM APOIO DOS SPORTINGUISTAS EM TODAS AS OCASIÕES E RECOMPENSÁ-LOS POR ISSO
Quando está a jogar no Pavilhão João Rocha, ou mes‑ mo fora de casa, e presencia aquele apoio em massa dos Sportinguistas, o que sente? Fica mais nervoso ou motivado?
Pesa mais a motivação. É sempre muito bom sentir o apoio dos adeptos e ver que estão connosco. É uma ajuda extra para chegarmos à vitória e para lhes dedicarmos os triunfos. Não é só para nós, mas também para eles, que acreditam em nós e estão connosco em todas as ocasiões. É bom recompensá-los pelo apoio que nos têm dado.
Que mensagem lhes deixa depois deste excelente início de época, mas em que ainda há muito pela frente? Sabemos que há muito caminho pela frente e queremos que venham cada vez em maior quantidade ao nosso pavilhão e aos jogos fora de casa. Estamos a trabalhar para
dar uma boa imagem do voleibol aos Sportinguistas e conseguir mostrar que estamos aqui para disputar tudo, que queremos ganhar troféus. Queremos que celebrem connosco, que sofram connosco. Queremos contar com apoio deles em todas as ocasiões e recompensá-los por isso.
MODALIDADES VOLEIBOL
LEÕES VENCEM LEIXÕES SC…
VOLEIBOL TRIUNFA EM MATOSINHOS COM REVIRAVOLTA E MANTÉM ARRANQUE PERFEITO NA TEMPORADA (1-3).
Texto: Pedro Ferreira
Fotografia: Isabel Silva
Poucos dias após ter garantido a passagem à próxima fase da CEV Challenge Cup, ao bater os romenos do SCM Zalău por 1-3 na segunda mão dos 32-avos-de-final, a equipa masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal deu continuidade ao arranque de época 100% vitorioso que está a realizar, no último domingo, levando a melhor por 1-3 em casa do Leixões SC na terceira jornada da primeira fase da Liga. Num desafio muito disputado do início ao fim, frente a um adversário que até aqui somava apenas vitórias e que tem na Nave Ilídio Ramos, em Matosinhos, a sua fortaleza, os Leões não tiveram a vida facilitada e foram obrigados a aplicar-se para sair com o triunfo. Tal como já tinha acontecido em dois dos últimos três jogos, a turma de Alvalade até entrou a perder, depois de os homens da casa terem vencido o primeiro parcial por 25-22. No entanto, uma resposta categórica do conjunto verde e branco, que se superiorizou nos três sets seguintes por 21-25, 21-25 e 15-25, garantiu o triunfo e a terceira vitória no mesmo número de encontros na prova. Edson Valencia (17 pontos), Martin Licek (15) e Jan Galabov (14) estiveram em plano de evidência e foram os jogadores que mais pontuaram do lado verde e branco.
“TIVEMOS UMA REACÇÃO ESPECTACULAR”
No final, o treinador João Coelho su-
1 3
25 22, 21 25, 21 25 e 15 25
Sporting CP: Tiago Pereira [C], Jan Galabov (14), Vinícius Lersch, Kelton Tavares (8), Edson Valencia (17), Yurii Synytsia, Martin Licek (15), Gonçalo Sousa [L], Pedro Abecassis, Tiago Barth, Jonas Aguenier (8), Armando Velásquez (2), Nicolás Perren [L] e Alejandro Gonzalez. Treinador: João Coelho.
blinhou a boa exibição dos Leões após a entrada em falso e considerou que o Sporting CP venceu “justamente”. “Todos os jogos são tradicionalmente difíceis em Matosinhos, ainda para mais numa semana em que tivemos um jogo fora para as competições europeias que incluiu viagens. Mas tivemos uma reacção espectacular ao primeiro parcial, o Leixões SC joga a um nível muito elevado e vai ser muito difícil batê-lo. Sai deste jogo como mais um candidato ao título e a intrometer-se na luta pelos play-offs”, começou por dizer o técnico aos meios de comunicação do Clube. “É verdade que não começámos bem e o adversário – que fez um grande jogo, é uma equipa recheada de excelentes valores e está a jogar muito bem - teve mérito, mas tivemos uma reacção muito importante e conseguimos uma vitória justa. Tivemos de nos aplicar e jogar nos nossos limites”.
João Coelho frisou depois que, apesar dos bons sinais que a equipa tem deixado, com oito vitórias no mesmo número de jogos em todas as competições e já dois títulos conquistados (Supertaça e Taça Ibérica), é possível fazer melhor. “Temos sido uma equipa com carácter, garra e capacidade de responder à adversidade, mas ainda há muito a melhorar. Os reforços estão cada vez mais entrosados, ainda que nem todos tenham vindo a ter os minutos que merecem, e o campeonato vai ser duríssimo, pelo que importa construir o grupo à volta de vitórias. Vamos continuar o nosso trajecto de forma humilde, mas acredito que estamos no rumo e com a identidade certa porque não há jogos fáceis nem adversários frágeis”, atirou.
O Sporting CP continua assim a dividir a liderança com os mesmos nove pontos do eterno rival SL Benfica e volta a jogar este sábado, dia 26, na recepção ao Vitória SC
VOLEIBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
… ASSIM COMO AS LEOAS
VOLEIBOL FEMININO LEVA A MELHOR NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA E CONTINUA NA LIDERANÇA ISOLADA (3-1).
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: José Lorvão
Três jogos, três vitórias. É este o registo da equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal, que prolongou o início perfeito de época com mais um triunfo, no sábado, ao bater o Leixões SC por 1-3 em duelo relativo à terceira ronda da Liga. Após terem derrotado CD Fiães e PV Colégio Efanor por 3-0, as Leoas entraram a todo o gás no duelo e, mesmo tendo perdido um set pela primeira vez na presente temporada, não deram hipótese nos restantes e venceram com toda a naturalidade. Em dia de estreia – com excelentes indicadores – para a distribuidora de 19 anos Melany Detzel, internacional jovem pela Argentina que foi anunciada como reforço na semana passada, a turma verde e branca foi superior em todos os capítulos e aproveitou os erros não forçados e a menor percentagem de acerto no ataque das adversárias para vencer o primeiro set por 25-14. Apesar de logo depois ter cedido o empate, em parte devido
19.10.2024
Liga – Fase Regular – 3.ª jornada Pavilhão João Rocha
3 1
24 14, 24 26, 25 14 e 25 18
Sporting CP: Maria Carlos Marques, Jéssica Carriel, Vanessa Paquete (2), Amanda Cavalcanti (10), Melany Detzel (1), Leslie Leyva (14), Daniela Barraza, Ozge Kinasts (3), Sara Dias (13), Angie Venté, Irene Verasio (15), Mimosa Faria, Daniela Loureiro [L] [C] e Saška Đurović (9). Treinador: Rui Pedro Silva.
a algumas distracções (24-26), a formação orientada por Rui Pedro Silva voltou a subir de produção em campo e fechou a partida com dois triunfos expressivos por 25-14 e 25-18. Irene Verasio (15 pontos), Leslie Leyva (14), Sara Dias (13), Amanda Cavalcanti (10) e Saška Đurović (9) foram fundamentais para a obtenção dos três pontos, tal como a experiente distribuidora Ozge Kinasts.
“ESTAMOS A CRESCER E A MELHORAR”
Confirmado o triunfo, o treinador-adjunto João Macedo mostrou-se satisfeito com a performance das jogadoras. “O que mais gostámos foi a forma categórica como entrámos no jogo, com uma boa intensidade. Foi precisamente isso que faltou no segundo set, em que baixámos um pouco os níveis de intensidade no duelo serviço/recepção. Ainda assim, a partir daí voltámos ao jogo a cumprir bem a estratégia e com uma boa dinâmica de side out”, disse o técnico, apontando aquilo que ainda é necessário aperfeiçoar. “Nas próximas semanas vamos tentar minimizar o número de erros não forçados, mas temos bons processos e estamos a crescer e a melhorar os mecanismos colectivos. É este o caminho”, sublinhou. As Leoas continuam assim a liderar a tabela de forma isolada com nove pontos, mais um do que SC Braga e FC Porto, segundo e terceiro classificados. Segue-se um teste de elevado grau de dificuldade marcado para este domingo, dia 27, no Pavilhão João Rocha, no dérbi da quarta jornada frente ao eterno rival SL Benfica.
MODALIDADES FUTSAL
VAGA NA RONDA DE ELITE JÁ ESTÁ GARANTIDA
TRIUNFOS ALCANÇADOS SOBRE FC SEMEY E HALADÁS VSE GARANTEM PASSAGEM À PRÓXIMA FASE DA CHAMPIONS.
Texto: Pedro Ferreira Fotografia: abay_433
A equipa masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal carimbou o passaporte para a Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League, na última quarta-feira, depois de bater o FC Semey (6-4) e o Haladás VSE (0-2) nos dois primeiros jogos da Ronda Principal da prova. Disputada em Almaty, no Cazaquistão, cidade onde os Leões se sagraram Campeões Europeus em 2018/2019, esta fase da competição contempla ainda mais uma partida marcada para sexta-feira, frente ao velho conhecido e anfitrião AFC Kairat, onde estará em disputa o primeiro lugar do grupo.
SEGUNDO TEMPO
FOI DECISIVO
No primeiro duelo, disputado na terça-feira frente ao FC Semey – actual Campeão cazaque que colocou fim aos 20 anos de hegemonia do AFC Kairat –, os Leões tiveram de aplicar-se para vencer.
23.10.2024
UEFA Futsal Champions League
Ronda Principal – 2.ª jornada
Baluan Sholak Palace of OS Sports, Almaty, Cazaquistão
HALADÁS VSE SPORTING CP
0 2
1-1 ao intervalo
Alex Merlim (12’), Pauleta (36’)
Sporting CP: Bernardo Paçó [GR], João Matos [C], Anton Sokolov, Alex Merlim e Taynan; Henrique Rafagnin [GR], Gonçalo Portugal [GR], Tatinho, Renato Almeida, Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, Pauleta e Allan Guilherme. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Pauleta (22’).
Isto porque o adversário – em estreia na competição – colocou-se na frente muito cedo, logo aos quatro minutos, através de Caio Torres, o que obrigou o Sporting CP a correr atrás do prejuízo. Numa primeira parte bastante disputada, a turma de Alvalade foi em busca da igualdade, mas não estava fácil bater o guarda-redes Jaime Kniess. Com o avançar do cronómetro, os Leões foram crescendo e tornando-se cada vez mais perigosos, com os remates a sucederem-se. Pauleta ainda acertou no poste e, apesar de Caio Torres ter feito o mesmo para o FC Semey, acabou por ser o Sporting CP a chegar ao empate a escassos nove segundos do intervalo, num livre directo de Tatinho. No regresso dos balneários, os Leões arrancaram a todo o gás e marcaram por duas vezes nos minutos iniciais, mudando o jogo de figura. Aos 23’, Taynan confirmou a cambalhota no marcador na sequência de uma reposição de bola, e aos 25’ foi a vez de Pauleta fazer o 3-1 ao encostar à boca da baliza um remate de Tatinho. Pela primeira vez na dianteira, a formação verde e branca ainda viu o FC Semey – que conta no plantel com jogadores de renome como o brasileiro Ferrão – reduzir para 3-2 aos 30’ por Cândido. No entanto, poucos segundos depois, Taynan bisou e, aos 31’, Pauleta também marcou pela segunda vez na conta pessoal, aumentando assim para 5-2. A cerca de sete minuto do fim, o FC Semey apostou no 5x4 para tentar encurtar a diferença no placard, mas quem tirou proveito disso foi Taynan, que consumou o hat-trick e apontou o 6-2 desde antes do meio-campo após um roubo de bola. Até final, Chingiz Yesenamanov (37’) e Dedezinho (39’) diminuíram a
margem para 6-4.
INEFICÁCIA EM RESULTADO ENGANADOR
No dia seguinte, o adversário foi o Campeão húngaro Haladás VSE, equipa que o Sporting CP vencera por 7-2 na Ronda de Elite da época passada. Desta feita, os Leões foram superiores em toda a linha e não deram hipótese ao seu opositor, embora tenham falhado inúmeras ocasiões e ficado a dever a si próprios um resultado bem mais dilatado. Com Bernardo Paçó a titular na baliza por troca com Henrique Rafagnin, os comandados de Nuno Dias dominaram a primeira parte, mas não conseguiram traduzir isso no resultado. Os minutos iniciais foram de ataque constante à baliza rival, com Alex Merlim a acertar no poste, mas a falta de eficácia impediu o 1-0. Ainda assim, aos 12 minutos, e após muito insistir, o marcador foi finalmente inaugurado. Taynan bateu um livre para Alex Merlim que, à entrada da área, tirou um adversário da frente antes de rematar para o fundo da baliza. Até ao intervalo, o Haladás VSE – que a espaços apostou no 5x4 – ainda assustou, mas sem conseguir concretizar. Já o segundo tempo, teve a mesma toada. A superioridade verde e branca foi mais uma vez clara, com os Leões a criarem inúmeras ocasiões para dilatar a vantagem (prova disso foi que terminaram o jogo com 77 remates).
No entanto, a falta de acerto a finalizar acabou por retardar esse cenário e alimentou a esperança do rival. Apesar disso, a persistência do conjunto de Alvalade foi recompensada a pouco mais de quatro minutos do fim, com Pauleta a fazer o 0-2 após recuperar a bola em zona adiantada.
A partir daí, o Haladás VSE – que apenas ameaçara em situações de 5x4 e teve no guardião Marcell
Alasztics o seu homem em maior destaque – resignou-se e o placard não mexeu, confirmando-se o triunfo.
O terceiro e último jogo na Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League, frente aos cazaques do AFC Kairat – que somam também duas vitórias e os mesmos seis pontos que os Leões –, tem arranque marcado para as 14h00 desta sexta-feira.
NUNO DIAS: “O OBJECTIVO FOI ALCANÇADO”
No final do triunfo sobre o Haladás VSE, que garantiu a passagem à Ronda de Elite, o treinador Leonino Nuno Dias lamentou as inúmeras oportunidades de golo desperdiçadas pelos seus jogadores. “Não fizemos um bom jogo, fomos pouco eficazes. Finalizámos muitas vezes, tivemos 73 finalizações, mas apenas 22 na baliza. É um número muito baixo para a qualidade da equipa. Podíamos ter finalizado muito melhor, mas quando o fizemos apanhámos pela frente um guarda-redes que teve mérito e qualidade, por isso é que foi o melhor em campo”, começou por dizer na flash interview pós-jogo. “O Haladás VSE é uma equipa que tem qualidade e é organizada, mas podíamos ter feito melhor e o resultado podia ter sido outro. Ainda assim, o objectivo foi alcançado e isso é o mais importante”. Nuno Dias lembrou depois a importância do jogo de sexta-feira com o AFC Kairat, o último na Ronda Principal, enumerando os aspectos que os Leões precisam de aperfeiçoar. “Temos de melhorar a eficácia e de defender melhor algumas situações de transição. Permitimos alguns contra-ataques porque perdemos bolas em zonas onde não devíamos e não fomos tão fortes a correr para trás como é habitual. Temos também de ser mais eficazes na estratégia, ciámos muitas ocasiões na estratégia e quase nunca acertámos na baliza. Além disso, cometemos erros simples, passes fáceis que costumamos falhar”, apontou, lembrando que do outro lado está “uma equipa forte que joga em casa e vai lutar pelo primeiro lugar”.
MODALIDADES ANDEBOL
LEÃO CUMPRE NA MADEIRA E CONTINUA A LIDERAR
CS MARÍTIMO DIFICULTOU
A TAREFA NA PRIMEIRA PARTE, MAS ACABOU POR RENDER-SE DEPOIS DO INTERVALO.
Texto: Pedro Ferreira
Fotografia: João Pedro Morais
A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal continua imparável na presente edição do Campeonato Nacional. No domingo, os Leões foram à Madeira derrotar o CS Marítimo por 2331, na ronda nove da fase regular, mantendo assim o pleno de vitórias e a liderança da tabela classificativa em igualdade pontual com o FC Porto.
Após mais uma noite europeia memorável diante do Füchse Berlin (ver caixa), os Campeões Nacionais não tiveram problemas em mudar o ‘chip’ para as provas internas e, apesar de os madeirenses – que vinham de cinco triunfos seguidos – terem vendido cara a derrota, a lei do mais forte acabou por imperar no resultado. Numa primeira parte de grande
equilíbrio, o Sporting CP arrancou a todo o gás e colocou-se a vencer por 0-3, mas a resposta insular foi imediata. O CS Marítimo – quinto classificado e a atravessar um bom momento – reagiu e em-
20.10.2024
Campeonato Nacional – Fase regular – 9.ª jornada | Pavilhão do CS Marítimo, Funchal, Madeira
CS MARÍTMO SPORTING CP
23 31
12-15 ao intervalo
Sporting CP: Mohamed Ali [GR], Natán Suárez, Salvador Salvador [C] (6), Kiko Costa (7), Diogo Branquinho (1), Pedro Portela e William Höghielm (3); André Kristensen [GR], Edy Silva (1), Jan Gurri (3), Pedro Martínez, Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (3), Christian Moga, Martim Costa (2), e Rafael Vasconcelos (1). Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: cartão azul para William Hoghielm (1), Christian Moga (1) e Kiko Costa (1).
RICARDO COSTA: “O MAIS IMPORTANTE ERAM OS TRÊS PONTOS”
No final, o treinador Ricardo Costa lamentou a postura do adversário, que apostou constantemente no 7x6, mostrando-se ainda assim satisfeito com os três pontos. “O jogo ficou marcado pelo ritmo que o CS Marítimo quis impor. Quis jogar demasiado pausado, com ataques muito longos, por isso era difícil marcarmos mais de 30 golos. Fico com a sensação de que o CS Marítimo quis perder por poucos. Ao atacar 7x6 durante os 60 minutos, fez com que o jogo fosse aborrecido, chato e lento”, afirmou o técnico aos meios de comunicação do Clube Leonino. “Mesmo assim, vínhamos preparados para isso e queríamos jogar mais rápido, mas o mais importante eram os três pontos e que ninguém se lesionasse. Para mim não era obrigatório jogarmos bem. Depois da quantidade de minutos que temos acumulado nas pernas e de tantas viagens, o mais importante eram os três pontos”.
O técnico deixou ainda alguns reparos à sua equipa. “Na primeira parte podíamos ter aproveitado se calhar uma ou outra situação de finalização e a baliza vazia, pois falhámos alguns remates, mas não esperava um jogo muito diferente do que se viu”, admitiu, elogiando a atitude dos seus jogadores, que respeitaram sempre o opositor. “Sabemos que cada jogo tem a sua história e cada adversário tem as suas armas. A arma do CS Marítimo é esta e sabemos que temos de sofrer para ganhar”.
patou 4-4, dificultando bastante a vida aos Leões com a ajuda das defesas de Diogo Valério. A partir daí, viu-se um jogo muito disputado, com o Sporting CP a conseguir apenas vantagens curtas. Apesar da boa réplica da equipa da casa – que apostou no 7x6 com ataques muito pausados –, já na recta final do primeiro tempo a turma de Alvalade voltou a distanciar-se a partir do 9-9 e foi para o intervalo a vencer 12-15. No regresso dos balneários, a história foi diferente. Apesar de os maritimistas terem feito tudo para adiar o dilatar da desvantagem e para se manterem na discussão, os Leões foram conseguindo criar um fosso no marcador aos poucos, o que lhes permitiu ganhar uma vantagem significativa e ge-
rir o jogo de outra forma até final. Nota para o facto de o técnico Ricardo Costa ter aproveitado para dar minutos a alguns dos jogadores menos utilizados, incluindo o jovem lateral/ponta Rafael Vasconcelos de apenas 17 anos.
Kiko Costa (7 golos) e Salvador Salvador (6) estiveram em destaque e foram os melhores marcadores do conjunto verde e branco, num duelo em que o guardião Mohamed Ali também esteve em bom plano.
Os Leões voltam a jogar já esta sexta-feira, dia 25, no Pavilhão
João Rocha, frente ao recém-promovido Dom Fuas AC, em partida da décima jornada do campeonato. Cinco dias depois, na quarta-feira, é tempo de regressar à EHF Champions League para o confronto com o Paris SG, em França, relativo à sétima ronda do grupo A. Nota: o jogo da sexta jornada da fase de grupos da EHF Champions League diante dos romenos do CS Dinamo București, marcado para quarta-feira, dia 23, teve início já depois da hora de fecho desta edição do Jornal Sporting
NEM UM FINAL DE NERVOS ABALOU A LIDERANÇA NA EUROPA
Os Leões de Ricardo Costa voltaram a fazê-lo: transformaram mais um enorme desafio numa nova noite europeia no Pavilhão João Rocha para emoldurar. Ainda invicta na elite europeia, a equipa de andebol do Sporting CP recebeu e bateu os alemães do Füchse Berlin por 35-33, na quinta-feira da semana passada, no emocionante embate da quinta jornada do grupo A da EHF Champions League. Foi até ao fim frente ao actual líder do campeonato germânico, mas a formação verde e branca sobreviveu a uns derradeiros minutos de ‘cortar a respiração’ e, de forma abnegada, fez valer as melhorias conseguidas a meio da segunda parte, com Martim Costa e Orri Þorkelsson – ambos com oito golos – e o importante contributo de André Kristensen na baliza em destaque. Depois de uma primeira parte rápida e ofensiva de parte a parte (21-19 ao intervalo), o Füchse Berlin – sem Mathias Gidsel –até reentrou melhor no jogo, mas rapidamente apareceram o carácter e o andebol electrizante dos Leões para chegar a uma inédita vantagem de quatro golos (30-26). Ainda assim, tudo estava longe de estar decidido.
Uma meritória recuperação dos alemães deixou tudo empatado (32-32) a quatro minutos do fim e, depois, ainda dispuseram de um último ataque para tentar fechar a partida com um empate, contudo, quando Nils Lichtlein se preparava para atacar, escorregou e Martim Costa esgueirou-se para a baliza adversária e confirmou o 35-33 com as bancadas em ebulição.
O Sporting CP saiu do Pavilhão João Rocha – onde só sabe vencer a nível europeu desde Abril de 2023 – com a liderança isolada do grupo intacta (nove pontos) e obrigou o Füchse Berlin, que só tinha perdido com o Veszprém HC (31-32), a voltar a ‘escorregar’. Após um amargo empate na Macedónia do Norte (24-24) cedido no fim, desta vez a sorte inverteu-se e recolocou a equipa verde e branca no caminho das vitórias para continuar a sonhar bem alto.
17.10.2024
EHF Champions League Grupo A – 5.ª jornada Pavilhão João Rocha SPORTING CP FÜCHSE BERLIN 35 33
21-19 ao intervalo
Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Kiko Costa (7), Natán Suárez (1), Jan Gurri (6), Pedro Martínez, William Höghielm (2), Salvador Salvador [C] (4), Orri Þorkelsson (9), Mamadou Gassama (3), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Christian Moga, Martim Costa (11), Mohamed Ali [GR], Rafael Vasconcelos. Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: exclusão de dois minutos para Kiko Costa (2), Pedro Martínez, Salvador (2), Þorkelsson.
MODALIDADES BASQUETEBOL
REVIRAVOLTA NO ÚLTIMO SUSPIRO TRAMA LEÕES
SPORTING CP ESTEVE SEMPRE NA FRENTE DO MARCADOR, MAS O CD ESGUEIRA FOI REDUZINDO E NO DERRADEIRO SEGUNDO DO JOGO CONTOU COM UM TRIPLO QUE LHE VALEU A VITÓRIA (82-81).
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal não entrou da melhor maneira no Campeonato Nacional, ao perder frente ao CP Esgueira por 82-81 no derradeiro segundo da partida, no domingo passado.
Um duro golpe para os Leões que estiveram sempre na frente do marcador, neste encontro da terceira ronda da prova, que acabou por ser o primeiro, uma vez que as duas primeiras jornadas foram adiadas. O Sporting CP entrou bem no encontro e
20.10.2024
Campeonato Nacional Fase regular – 3.ª jornada Pav. Gimn. Esgueira, Aveiro
CP ESGUEIRA SPORTING CP
12 19, 21 20, 17 20 e 32 22
Sporting CP: Kenney Funderburk (5), Reggie Johnson Jr. (11), André Cruz (9), Isaiah Armwood (20) e Ludgy Debaut (13); Diogo Ventura [C] (17), Sérgio Silva (6) e Arnette Hallman. Treinador: Luís Magalhães.
contou com Ludgy Debaut, que fez toda a diferença, perante um CP Esgueira muito defensivo. O francês foi encontrando espaços para atirar ao cesto e só ele fez dez dos pontos Leoninos, com o Sporting CP a fechar o período em 12-19. Mesmo assim, a equipa da casa não se rendeu à boa entrada Leonina e, se já tinha atrapalhado defensivamente a turma verde e branca no primeiro período, no segundo atrapalhou ainda mais. O Sporting CP falhou muito debaixo do cesto, mesmo em lançamentos livres, e deixou o CP Esgueira aproximar-se (31-32). No entanto, um triplo de Reggie Johnson Jr. na recta final voltou a dar fôlego aos Leões (31-35), que foram depois para o intervalo a vencer por 33-39 (21-20, com o CD Esgueira a vencer o quarto).
No terceiro período, os comandados de Luís Magalhães conseguiram uma vantagem de 14 pontos, mas a formação da casa voltou a recuperar. Aos seis pontos de diferença, o técnico Leonino pediu time-out para a reacção verde e branca, mas, com forte apoio nas bancadas, o CP Esgueira ainda reduziu para quatro.
Ainda assim, no último minuto e meio, o Sporting CP fez um parcial de 0-5 e voltou a ganhar conforto no marcador (50-59, 17-20 no período), conseguindo a maior
SÉRGIO RAMOS: “É DIFÍCIL PORQUE
ESTIVEMOS O JOGO TODO À FRENTE”
Sérgio Ramos mostrou-se naturalmente desapontado com a derrota, uma vez que os Leões estiveram sempre na frente do marcador. “Foi um bom jogo entre duas equipas, com o CP Esgueira a estar melhor na parte final. Nós na primeira parte jogámos melhor, mas perdemos demasiadas bolas e o resultado foi estando nivelado, depois eles estiveram mais acertados do que nós e marcaram ‘tiros’ importantes. Não é que nós tenhamos feito um mau jogo, mas eles tiveram a sorte final”, começou por dizer o treinador-adjunto do Sporting CP, em declarações à RTP2, referindo: “Os nossos jogadores estiveram bem, esforçaram-se, mas não conseguimos o início que queríamos. Queríamos começar o campeonato com uma vitória e não conseguimos, mas há que reagir”.
“O basquetebol é mesmo assim, mas claro que este resultado é difícil para nós porque estivemos o jogo todo à frente e perdemos no último segundo. Temos de continuar a trabalhar e a melhorar”, acrescentou.
diferença no final do quarto. Porém, no derradeiro período, voltou a assistir-se ao crescimento e à recuperação da equipa da casa, que a três minutos do final encurtou a desvantagem para três pontos e relançou totalmente a partida. Jogo muito intenso na recta final com o empate a 76 a menos de um minuto e meio da buzina tocar, com o Sporting CP a reagir com um triplo de Isaiah Armwood e o CP Esgueira a fazer o mesmo logo a seguir.
Valeu depois o capitão Diogo Ventura a recolocar os Leões na frente (79-81), mas na última pose de bola a conversão de um triplo, do ex-Leão Ty Toney, virou o jogo e garantiu o triunfo à formação da casa (32-22).
Os Leões, que, entretanto, jogaram na Polónia diante do Anwil Wloclawek, na quarta-feira, após o fecho desta edição do Jornal Sporting, voltam a jogar para o campeonato já este sábado, em casa do Imortal BC.
DESAIRE FRENTE AO BC DNIPRO NA FIBA
EUROPE CUP
A equipa principal masculina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal perdeu na última sexta-feira frente ao BC Dnipro, da Ucrânia, por 70-78, na 5.ª jornada, antecipada, do grupo D da FIBA Europe Cup.
Um desaire em muito assente na menor eficácia dos lançamentos exteriores, nomeadamente os três pontos, com a formação orientada por Luís Magalhães a revelar dificuldades na eficácia dos arremessos ao cesto.
Nos minutos iniciais, o Sporting CP desperdiçou vários ataques sem conseguir lançar ao cesto, o que explica o ascendente inicial da equipa do BC Dnipro no marcador. A reacção do Sporting CP ia saindo das acções de Nicholas Ward, dominador debaixo a tabela, a conseguir impor a presença e concretização e os Leões empataram a 13 pontos, mas saíram em desvantagem nos primeiros dez minutos, por 17-20.
A história do segundo quarto não foi muito diferente, com a formação ucraniana mais eficaz no lançamento e a vantagem dos visitantes esteve em 27-37. Nota ainda para a leão de Nicholas Ward, que saiu no segundo quarto, amparado pelos colegas, depois de ter apoiado mal o pé no chão – Tarasenko também saiu de maca, na formação ucraniana. Debaut e Armwood numa boa ponta final levaram o Sporting CP a reduzir e desvantagem ao intervalo para 41-43.
O terceiro quarto foi o melhor do Sporting CP, que chegou a dar a volta ao resultado com uma vantagem de 57-56, com dois lançamentos livres concretizados de Arnette Hallman, mas no final dos terceiros dez minutos, liderava a equipa ucraniana por um ponto: 59-60.
No quarto quarto o BC Dnipro teve mais sangue frio e eficácia nos lançamentos. Apesar da tentativa de reacção Leonina, a vitória não fugiu à equipa ucraniana, num jogo que terminou com o resultado de 70-78.
70 78
17 20, 24 23, 18 17 e 11 18
Sporting CP:
MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS
DOMINADORES DO INÍCIO AO FIM
LEÕES HOQUISTAS NÃO DERAM HIPÓTESES AO HC BRAGA E COMEÇARAM O CAMPEONATO NACIONAL DA MELHOR FORMA.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: João Pedro Morais
A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último domingo, o HC Braga por 4-1 na primeira jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Num encontro de sentido único, os Campeões Europeus confirmaram o favoritismo perante um adversário combativo e iniciaram a mais importante competição doméstica da melhor forma. Ângelo Girão, Henrique Magalhães, João Souto, Facundo Bridge e Toni Pérez começaram do lado do Sporting CP, que rapidamente aumentou a intensidade e foi assustando cada vez mais a defesa contrária. Tanto Toni Pérez como João Souto ou Facundo Bridge deram trabalho a Diogo Fernandes, guarda-redes do HC
Braga. Do outro lado, nas raras oportunidades claras criadas pelos minhotos, Ângelo Girão respondia com qualidade.
Aos 14 minutos, Matías Platero acertou no ferro ao atirar de muito longe quando Diogo Fernandes já estava batido. Logo a seguir, num contra-ataque, Roc Pujadas ofereceu o golo a Alessandro Verona, mas o guardião visitante voltou a defender. Finalmente, aos 17 minutos, o 1-0: Alessandro Verona tentou a sua sorte, mas a bola bateu num defesa e foi ter com Toni Pérez, que, num magnífico gesto técnico apenas a uma mão, a enviou para o fundo das redes e levantou o Pavilhão João Rocha.
O Sporting CP continuou a pressionar e ficou perto de dobrar a vantagem por Roc Pujadas, mas foi Rafael Bessa, depois de combinar com João Souto, a escrever
o seu nome no lance do 2-0, resultado ainda mais justo face ao domínio Leonino.
Até ao intervalo, destaque para o livre directo a que o HC Braga teve direito, mas Pedro Mendes
20.10.2024
Campeonato Nacional
Fase regular – 1.ª jornada Pavilhão João Rocha
4
2-0 ao intervalo
Toni Pérez (17’), Rafael Bessa (21’), Alessandro Verona (31’ GP e 41’ GP)
1
Miguel Henriques (37’ GP)
Sporting CP: Ângelo Girão [C] [GR], Rafael Bessa, Alessandro Verona, Matías Platero, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Facundo Bridge, Henrique Magalhães e Zé Diogo Macedo [GR]. Treinador: Edo Bosch.
falhou a conversão.
Já no segundo tempo, aos 29 minutos, Toni Pérez sofreu falta na área forasteira, mas o próprio não conseguiu aproveitar a conversão para marcar. Pouco depois, foi João Souto a sofrer falta para grande penalidade e, desta vez, Alessandro Verona brilhou ao marcar o 3-0.
Na reacção, o HC Braga também facturou de grande penalidade por intermédio de Miguel Henriques, mas... o Sporting CP voltou a conquistar uma grande penalidade, agora num lance
com Henrique Magalhães. Mais uma vez, Alessandro Verona foi chamado a bater e voltou a não falhar. Foi o segundo golo do italiano no encontro e o 4-1 no marcador. O encontro seguiu de forma tranquila até ao final e a justa vitória ficou confirmada no final dos 50 minutos. Os Leões vão agora defrontar os italianos do ASD Follonica Hockey no sábado para as meias-finais da WSE Continental Cup, que vai decorrer ao longo do fim-de-semana em Oliveira de Azeméis.
EDO BOSCH: “PRATICAMENTE PERFEITOS A NÍVEL DEFENSIVO”
No final, Edo Bosch analisou o encontro.
“Sabíamos que o HC Braga tem uma defesa boa e fechada, como hoje. Não esperávamos outra coisa e sabíamos que tínhamos de atacar com calma para não lhes dar o contra-ataque, que é uma das armas deles. Assim fizemos. A nível defensivo, estivemos praticamente perfeitos. No ataque, não é fácil atacar uma defesa como o HC Braga. Podíamos ter tido um pouco mais de fluidez de bola, enviámos varias bolas ao poste, mas estou satisfeito. O primeiro jogo [do Campeonato Nacional] nunca é fácil. Agradecemos ao público que esteve presente”, começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos.
Garantindo estar “muito satisfeito” com a equipa, o treinador lembrou que “a pré-época foi atípica, mas o esforço e a vontade de jogadores estão a compensar”. “Ainda não estamos onde queremos, tanto eu como os jogadores sabemos isso, mas vamos chegar lá rapidamente e dar muitas alegrias aos nossos adeptos”, referiu.
Por fim, Edo Bosch lançou a WSE Continental Cup do próximo fim-de-semana: “Temos uma competição em que vamos entrar para a conquistar. Não vai ser fácil, são três adversários muito complicados, mas vamos dar tudo pelo emblema que levamos ao peito. Queremos chegar à final e, se conseguirmos, queremos trazer o ‘caneco’”.
Alessandro Verona também esteve na zona de entrevistas rápidas e admitiu que “a vitória dá confiança”, uma vez que o grupo teve “uma boa atitude”. “Há muito para trabalhar e melhorar, estamos no início da época, mas estamos contentes com o jogo que fizemos”, acrescentou, antes de analisar o desafio e falar sobre o regresso ao Pavilhão João Rocha.
“Podíamos ter feito mais golos, mas o importante é conseguir a vitória. Há que trabalhar mais a finalização. Defendemos bem, o Ângelo Girão esteve bem. Já não víamos a hora de jogar aqui em casa. Os adeptos do Sporting CP são fantásticos e agradecemos por tudo o que fazem por nós”, concluiu.