À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴
G GR RA AN ND DEE LLO OJJA AM MA AÇ ÇÔ ÔN NIIC CA A D DO O EESSTTA AD DO OD DEE M MA ATTO OG GR RO OSSSSO OD DO O SSU ULL RITUAL DO SIMBOLISMO MAÇÔNICO
APRENDIZ-MAÇOM R∴ E∴ A∴ A∴ Administração: Jordão Abreu da Silva Júnior – Grão-Mestre Período 2009/2012
1
ÍNDICE O Aprendiz (figura) Loja de Aprendiz (figura) Da Maçonaria ------------------------------------------------------ 2 Do Templo ---------------------------------------------------------- 3 Plano do Templo (figura) Da Sala dos Passos Perdidos ------------------------------------- 7 Do Átrio ------------------------------------------------------------- 7 Da Câmara de Reflexões, ---------------------------------------- 7 Dos Oficiais de uma Loja Maçônica ---------------------------- 7 Dos Títulos, Distinções e Trajes -------------------------------- 8 Dos Visitantes ------------------------------------------------------ 9 Festas ---------------------------------------------------------------- 9 Preparação do Templo -------------------------------------------- 9 Composição da Loja ---------------------------------------------- 9 Cargos em Loja ---------------------------------------------------- 11 Apresentação de Expediente ------------------------------------- 11 Apresentação da Ordem do Dia --------------------------------- 11 Manifestação em Loja -------------------------------------------- 12 Cobertura do Templo --------------------------------------------- 12 Entrada dos Retardatários ---------------------------------------- 12 2
Saída do Templo --------------------------------------------------- 13 Fechamento do Templo ------------------------------------------- 13 Circulação em Loja ------------------------------------------------ 13 Uso do Bastão ------------------------------------------------------ 14 Uso do Malhete ---------------------------------------------------- 14 Cadeia de União --------------------------------------------------- 14 Palavra Semestral -------------------------------------------------- 15 Livro da Lei -------------------------------------------------------- 15 Pavilhão Nacional ------------------------------------------------- 15 Palavra a Bem da Ordem ----------------------------------------- 17 Postura em Loja ---------------------------------------------------- 17 Uso das Espadas --------------------------------------------------- 18 Ordem dos Trabalhos --------------------------------------------- 19 Entrada do Templo ------------------------------------------------ 19
DA SESSÃO RITUALÍSTICA Abertura dos Trabalhos ------------------------------------------- 20 Leitura da Ata ------------------------------------------------------ 24 Expediente ---------------------------------------------------------- 25 Bolsa de Propostas e Informações, ------------------------------ 25 Ordem do Dia ------------------------------------------------------ 26 3
Tronco de Solidariedade ------------------------------------------ 26 Saudação aos Visitantes ------------------------------------------ 27 Palavra a Bem da Ordem ----------------------------------------- 27 Encerramento dos Trabalhos, ------------------------------------ 28 Suspensão dos Trabalhos para Recreação --------------------- 31 Filiação -------------------------------------------------------------- 32 Regularização ------------------------------------------------------ 33 Iniciação ------------------------------------------------------------ 33 Preparação do Candidato ----------------------------------------- 34 Ritual de Iniciação ------------------------------------------------- 35 Painel da Loja de Aprendiz (figura) Primeira Instrução ------------------------------------------------- 58 Segunda Instrução ------------------------------------------------- 62 Terceira Instrução ------------------------------------------------- 69 Quarta Instrução --------------------------------------------------- 73 Quinta Instrução --------------------------------------------------- 77 Banquete ------------------------------------------------------------ 82
4
GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DE GOIÁS Termo de Responsabilidade do Obreiro.
O presente exemplar do Ritual do Grau de AprendizMaçom é destinado ao uso pessoal do Irm∴_____________________________________________ , Iniciado aos _____ dias do mês de ___________________ do ano de _____ (E∴V∴). No ato da assinatura o Irmão assume, livre e conscientemente, inteira e total responsabilidade por sua guarda, competindo-lhe zelar pelo seu estado de conservação e mantê-lo, sempre, em lugar seguro e fora do alcance de tantos quantos não possam ou não devam deitar-lhe a vista, bem como o compromisso de devolvê-lo à sua Loja, caso se desligue da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás.
Or∴ de _______________________________________,
______ / _______ /_________ (E∴ V∴).
______________________________ Secretário – Cad. n° _________
5
O APRENDIZ 6
Rit∴ Esc∴ Ant∴ e Ac∴
LOJA DE APRENDIZ 7
COLUNAS ZODIACAIS – LITERATURA SIGNOS DO ZODÍACO Nº
SÍGNO
ELEMENTO
PLANETA
a
Áries
Fogo
Marte
b
Touro
Terra
Vênus
c
Gêmeos
Ar
Mercúrio
d
Câncer
Água
Lua
e
Leão
Fogo
Sol
f
Virgem
Terra
Mercúrio
g
Libra
Ar
Vênus
h
Escorpião
Água
Marte
i
Sagitário
Fogo
Júpiter
J
Capricórnio
Terra
Saturno
k
Aquário
Ar
Saturno
l
Peixes
Água
Júpiter
Carneiro
Balança
Touro
Escorpião
Gêmeos
Câncer
Capricórnio
Sagitário
8
Leão
Aquário
Virgem
Peixes
ORDENS DE ARQUITETURA DAS COLUNAS
9
PLANO DO TETO
10
DA MAÇONARIA A Maçonaria tem sido definida por vários modos. As mais correntes definições são: IA Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes. IIÉ um sistema de Moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. Embora imperfeitas, essas definições nos dão a convicção de que a Ordem Maçônica foi sempre, e deve continuar a ser, a UNIÃO consciente de homens inteligentes, virtuosos, desinteressados, generosos e devotados. Irmãos livres e iguais, ligados por deveres de fraternidade, para se prestarem mútua assistência, e concorrerem, pelo exemplo e pela prática das virtudes, para esclarecer os homens e preparálos para a emancipação progressiva e pacífica da Humanidade. É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral como de filosofia social e espiritual, reveladas por alegorias, e ensinadas por símbolos, guiando seus adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos mais elevados deveres do homemcidadão, patriota e soldado. Apesar de seus nobres e sublimes fins, a Maçonaria foi entre nós, como entre alguns povos, muito desvirtuada, pois, abrindo despreocupadamente suas portas, deixou pela falta de escrúpulo na seleção de seus iniciandos, que seus Templos fossem invadidos por uma multidão heterogênea que, aos poucos, esquecida ou alheia aos fins sociais, foi lentamente se transformando em sociedade de auxílios e elogios mútuos, com inclinação para a ação política militante, regida por princípios de mortalidade barata e movimentada por interesses 11
inconfessáveis. O objetivo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em todo o mundo e, principalmente no Brasil, é restabelecer a Maçonaria em seu antigo e verdadeiro caráter de Apostolado da mais Alta Moralidade, da prática das Virtudes, da Liberdade debaixo da Lei, da Igualdade, segundo o mérito, com subordinação e disciplina, e da Fraternidade com deveres mútuos, ampliando o limite das faculdades morais e infundindo, nos usos e nos costumes da sociedade civil, os sãos princípios da filosofia humanitária. Para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Maçonaria é o progresso contínuo, por ensinamentos em uma série de graus, visando, por iniciações sucessivas, incutir no íntimo dos homens a LUZ CELESTIAL, ESPIRITUAL E DIVINA, que, afugentando os baixos sentimentos de materialidade, de sensualidade e de mundanismo e invocando sempre o Grande Arquiteto do Universo, os tornem dignos de si mesmos, da Família, da Pátria e da Humanidade. O nosso Rito declara como Princípios Fundamentais: 1. A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde a sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo; 2. A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa liberdade que ela exige de todos a maior tolerância; 3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as classes sociais e de todas as crenças religiosas e políticas; 4. A Maçonaria proíbe, em suas Oficinas, toda e qualquer discussão sobre matéria político-partidária ou 12
sectarismo religioso; recebe profanos, quaisquer que sejam as suas opiniões políticas e religiosas, pobres, embora livres e de bons costumes. 5. A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escola mútua que impõe este programa: obedecer às leis do país; viver sob os ditames da honra; praticar a justiça; amar o próximo; trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e conseguir a sua emancipação progressiva e pacifica. A par desta DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, a Maçonaria proclama, também, as seguintes doutrinas, sobre as quais se apoia: - Para elevar o homem aos próprios olhos e torná-lo digno de sua missão sobre a Terra, a Maçonaria erige em dogma que o Grande Arquiteto do Universo deu ao mesmo, como o mais precioso dos bens, a liberdade, patrimônio de toda a Humanidade, a cintilação celeste que nenhum poder tem o direito de obscurecer ou de apagar, e que é a fonte de todos os sentimentos de honra e de dignidade. - Desde a preparação do primeiro grau até a obtenção do mais elevado grau da Maçonaria a condição primordial, sem a qual nada se concede ao aspirante, é uma reputação de honra ilibada e de probidade incontestada. - Àquele para quem a religião é o consolo supremo, a Maçonaria diz: “Cultiva a tua religião ininterruptamente, segue as inspirações de tua consciência; a Maçonaria não é uma religião, não professa um culto; quer a instrução leiga; sua doutrina se condensa toda nesta máxima: AMA A TEU PRÓXIMO”. - Àquele que, com razão, teme as discussões políticopartidárias, a Maçonaria diz: “Eu condeno qualquer debate, 13
qualquer discussão em minhas reuniões; serve, fiel e devotadamente, à tua Pátria, e não te pedirei contas de tuas crenças políticas; o amor a Pátria é perfeitamente compatível com a prática de todas as virtudes; a minha Moral é a mais pura, pois se funda sobre a primeira das virtudes: A SOLIDARIEDADE HUMANA”. - O verdadeiro Maçom pratica o Bem e leva a sua solicitude aos infelizes, quaisquer que sejam, na medida de suas forças. O Maçom deve, pois, repelir, com sinceridade e desprezo, o egoísmo e a imoralidade. Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a dedicarem-se à felicidade de seus semelhantes, não porque a razão e a justiça lhes imponham esse dever, mas porque esse sentimento de solidariedade é a qualidade inata que os fez filhos do Universo e amigos de todos os homens, fiéis observadores da Lei de Amor e Simpatia que Deus estabeleceu no Planeta. DO TEMPLO MAÇÔNICO O Templo tem a forma de um retângulo, no Ocidente, e de um quadrado no Oriente. Este é separado daquele por uma grade – a Grade do Oriente – e tem o soalho mais elevado, para onde se sobe por quatro degraus baixos. No meio da Grade do Oriente, há uma passagem de largura proporcional ao comprimento, composta de pequenas Colunas de 1 m a 1,3 m, encimadas por uma barra horizontal. A entrada principal do Templo fica no Ocidente. No Ocidente, sob o Altar dos Juramentos ficará o Pavimento de Mosaico, composto de losangos alternadamente brancos e pretos, cercados pela orla denteada. Nos extremos dos eixos principais do Mosaico ficam as letras correspondentes aos quatro pontos cardeais. 14
No eixo do Templo, próximo ao fundo do Oriente, fica, em um estrado de três pequenos degraus, o Altar, destinado ao Venerável Mestre, de forma triangular ou retangular, onde repousam uma espada desembainhada, um malhete, objetos de escrita e um candelabro de três luzes. De cada lado da cadeira do Venerável Mestre haverá uma cadeira e uma Coluna de ordem compósita, ligadas estas por um arco, do meio do qual penderá um triangulo eqüilátero, em cujo centro estará, suspensa por arames invisíveis, a letra hebraica Iod. Por Sobre o Altar, um dossel triangular ou retangular de damasco azul celeste, com franjas brancas. Um pouco à frente do Altar do Venerável, fica o Altar dos Perfumes, formado por uma Coluna tosca, curta e truncada, onde haverá uma trípode e vasilhame contendo perfumes a serem queimados. Entre a entrada principal e o Norte fica o Altar das Abluções, onde descansa o Mar de Bronze. No Oriente, de cada lado e pouco à frente do Trono, fica uma mesa e um assento, à direita, para o Orador, à esquerda, para o Secretário. Fora do Oriente, próximo à grade, e na mesma linha das mesas precedentes, ficam, à direita, uma mesa igual para o Tesoureiro e, à esquerda, outra para o Chanceler. Todas as mesas e Altares deverão ser revestidos de cortinas bordadas com franjas e orlas de galão, pendidas até o chão. Nas faces das cortinas dos Altares das três Luzes, existirão bordados ou pintados, no centro: um Esquadro (Venerável), um Nível (1º Vigilante) e um Prumo (2º Vigilante). No eixo do Templo, próximo à Grade do Oriente, fica o Altar dos Juramentos, sem, entretanto, impedir a passagem de 15
uma para outra parte do Templo. Este Altar tem a forma de prisma triangular, de cerca de 1m de altura, com 0,66 m de cada face, tendo, como tampo, uma chapa dourada, com chamas ou chifres de bronze, ou de latão, em cada ângulo. Sobre este Altar ficam: o Livro da Lei, um Esquadro, com as pontas voltadas para o Oriente, e um Compasso aberto em 60º, com as pontas voltadas para o Ocidente e por sob as do Esquadro. Nos lados do Oriente, Sul e Norte deste Altar, fica acesa uma vela de cera amarela, colocada em castiçal de 1 metro e 12 cm de altura. Para chegar ao Trono do Venerável Mestre é necessário subir sete degraus, por quatro e três. Os quatro primeiros representam Força, Trabalho, Ciência e Virtude. Os três do Trono são Pureza, Luz e Verdade. Entre a Grade do Oriente e o Altar dos Juramentos ficará exposto o Painel da Loja. Entre o assento das três Luzes da Loja e as paredes deverá existir espaço bastante para a passagem de uma pessoa. De cada lado da entrada do Templo, fica uma Coluna, de altura proporcional à porta. Estas Colunas são encimadas por capitéis, com sete ordens de malhas entrelaçadas. Rematando os capitéis, duas ordens de romãs ao redor das malhas. A Coluna da direita chama-se J e a da esquerda B. Na mesa do Tesoureiro, onde haverá duas luzes, ficam, além do necessário à escrita, a Bolsa de Solidariedade e, nas sessões de iniciação, os atributos destinados ao iniciando. Na do Secretário, onde também haverá duas luzes, ficam o Livro de Atas e a Bolsa de Propostas e Informações. Na do Chanceler, ficam o registro dos Obreiros do Quadro e dos visitantes e a caixa dos escrutínios. As paredes do Templo devem ter a cor azul celeste. Em 16
volta da parede, junto ao teto, uma corda com 81 nós, cujas pontas penderão aos lados da entrada principal. O teto do Templo representa o céu. Do lado do Oriente, um pouco à frente do Trono, o Sol; por sobre os Altares dos 1º e 2º Vigilantes, respectivamente, a Lua e uma Estrela de Cinco Pontas. Estes emblemas poderão ser pintados ou em relevo, ou então, pendentes do teto. No centro do teto, três estrelas da constelação de Orion. Entre estas e o nordeste, ficam as Plêiades, Hyadas e Aldebaran. A meio caminho entre Orion e o noroeste, fica Régulus, de Leão; ao norte, a Ursa Maior; a noroeste, Arcturus (em vermelho); a Leste, a Spica da Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul, Fomalhaut; no Oriente, Júpiter; no Ocidente, Venus; Mercúrio junto ao Sol e Saturno, com seus Satélites, próximo a Orion. As Estrelas principais são: 3 de Orion, 5 de Hiadas e 7 das Pleades e Ursa Maior. As Estrelas chamadas reais são: Aldebaran, Arcturus, Regulus, Antares e Fomalhaut. O Estandarte da Loja fica ao Sul, no topo da grade do Oriente, e a Bandeira Nacional, ao Norte no outro topo da grade. No Ocidente, aos lados Norte e Sul do corpo do Templo, estendem-se fileiras de assentos, denominadas Coluna do Norte e Coluna do Sul. A primeira fileira, junto à parede é constituída de bancos que se destinam, no Norte, aos Aprendizes, no Sul, aos Companheiros. À frente dos bancos, em ambos os lados, há cadeiras ou poltronas para serem ocupadas pelos Mestres. No Oriente, junto às paredes laterais e do fundo, existem lugares reservados às autoridades maçônicas. O Altar do 1º Vigilante fica na Coluna do Norte, à 17
esquerda e um pouco à frente da Coluna B, sobre um estrado de dois degraus. O Altar do 2° Vigilante fica à meia distância entre a Coluna J e a Grade do Oriente, sobre um estrado de um degrau. Ambos tem a forma triangular, e sobre eles se encontram um candelabro de três luzes, um malhete e uma pequena Coluna (dórica, 1º Vigilante; coríntia, 2° Vigilante). A colocação dos Oficiais está determinada no quadro anexo.
18
QUADRO DA LOJA (PLANTA DO TEMPLO)
01 ----------------- Venerável-Mestre 02 ----------------- Maior autoridade presente 03 ----------------- Ex Venerável 04 ----------------- 1º Vigilante 05 ----------------- 2° Vigilante 06 ----------------- Orador 07 ----------------- Secretário 08 ----------------- Tesoureiro 09 ----------------- Chanceler 10 ----------------- M∴ de CCer∴ 11 ----------------- Hospitaleiro 12 ----------------- 1º Diácono 13 ----------------- 2º Diácono 14 ----------------- Porta Bandeira 15 ----------------- Porta Estandarte 16 ----------------- Porta Espada 17 ----------------- 1º Experto 18 ----------------- 2º Experto 19 ----------------- Guarda do Templo 20 ----------------- Cobridor 21 ----------------- M∴ Arquiteto 22 ----------------- Bibliotecário 23 ----------------- Mestre de Banquetes 24 ----------------- Mestre de Harmonia 19
A ------------------ Altar dos Perfumes B ------------------ Col∴”B” C ------------------ Altar dos Juramentos D ------------------ P∴ B∴ E ------------------ P∴ C∴ F ------------------ Altar das Abluções G ------------------ Painel simbólico H ------------------ Pira (Altar das purificações) I ------------------ Prancheta da Loja J ------------------- Coluna “J” K ------------------ Carta Constitutiva L ------------------ Pavilhão Nacional M ----------------- Estátua de Minerva (Sabedoria) N ------------------ Ex Ven∴ O ------------------ Estandarte P ------------------ CCol∴ Toscanas Q ------------------ Estátua de Hércules (Força R ------------------ Estátua de Vênus (Beleza)
O novo iniciado senta-se na bancada da Coluna Norte, próximo ao lugar do Arquiteto, pois, sendo costume inaugurar os trabalhos de construção dos edifícios Sagrados com a colocação de uma pedra no seu ângulo nordeste, fica ele colocado nesse lugar para, simbolicamente, representar essa pedra, sobre a qual se deve apoiar uma superestrutura perfeita, em todas as suas partes, e honrosa para o construtor, que é ele próprio.
20
PLANO DO TEMPLO 21
DAS JÓIAS Venerável Mestre
Um Esquadro, com o vértice voltado para cima.
Ex-Venerável
Um Esquadro, ostentando entre os ramos um retângulo suspenso com a representação gráfica do Postulado 47 de Euclides.
1º Vigilante
Um Nível Maçônico
2o Vigilante
Um Prumo Maçônico
Orador
Um Livro Aberto sobre um fundo radiante
Secretário
Duas Penas Cruzadas
Tesoureiro
Uma Chave
Chanceler
Um Timbre
M∴Cerimônias
Uma Régua
Hospitaleiro
Uma Bolsa
1o Diácono
Uma Pomba inscrita em um triângulo
2o Diácono
Uma Pomba Livre
1o Experto
Um Punhal
2o Experto
Um Punhal
G∴do Templo
Duas Espadas cruzadas
Cobridor
Um Alfanje
Porta Bandeira
Uma Bandeira
Porta-Estandarte
Um Estandarte
Porta-Espada
Uma Espada
M∴de Harmonia
Uma Lira
Prov∴de Banquete
Uma Cornucópia
M∴Arquiteto
Um Maço e um Cinzel cruzados
22
Historiador
Um Livro aberto com uma pena sobreposta
Bibliotecário Ver∴ Credenciais Inst∴ Litúrgico Museólogo Ven∴Mestre
Ex-Ven∴
1º Vigilante
2° Vigilante
Orador
Secretário
Tesoureiro
Chanceler
M∴CCer∴
Hospitaleir o
1º Diácono
2º Diácono
1º Experto
2º Experto
G∴Templo
Cobridor
Porta Bandeira
Porta Espada
Porta Estandarte
Mestre de Harmonia
Mestre de Banquetes
Mestre Arquiteto
Historiador
23
SIMBOLISMO DA MARCHA DO APRENDIZ Iniciada na porta do Temp∴, a march∴do Apr∴ é feita em direção única, do Oc∴para o Or∴, no eixo da Loj∴, por três passos completos e sucessivos. Os passos da March∴do Apr∴têm íntima ligação com os três primeiros signos do zodíaco, representados pelas três primeiras colunas zodiacais, colocadas ao Norte: Áries, Touro e Gêmeos. Esses três signos zodiacais sofrem influência de três notáveis planetas do mundo sideral: Marte, Vênus e Mercúrio. Assim, o primeiro passo da March∴do Apr∴ denomina-se LUTA, sabido que o Carneiro é animal símbolo do ardor, da coragem, representando as disposições do Apr∴ para os conhecimentos de seu Grau. Áries recebe a influência de Marte, deus mitológico da guerra. Dando o primeiro passo, o Apr∴defronta-se com o Segundo signo do zodíaco, ou seja, Touro símbolo da força, do trabalho e da Perseverança, tal como deve ser o Maçom. Touro recebe a influência de Vênus, com sua luz branca e suave, indicando que o Apr∴ deve trabalhar com prudência, mas sem temor. O segundo passo, chama-se PERSEVERANÇA. No terceiro passo, está o Apr∴ frente ao terceiro signo zodiacal: Gêmeos , símbolo da União, da fraternidade. Gêmeos sofre a influência de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, recebendo por isso forte luz e calor. O terceiro passo recebe o nome de FRATERNIDADE, sendo os Gêmeos considerados um 24
símbolo da amizade que deve unir os Maçons. Dado o terceiro passo, o Apr∴ chega vitorioso dos esforços que empregou, mais distanciado das trevas e iniqüidades da sociedade profana.
25
DA SALA DOS PASSOS PERDIDOS Na frente do Templo deve existir uma ante-sala, a Sala dos Passos Perdidos, tão confortável quanto possível, para a recepção dos visitantes e permanência dos Obreiros. Seu mobiliário será adequado às posses da Loja. Sobre uma mesa, nesta sala, ficam os livros de Obreiros e de registro dos visitantes, onde todos deverão gravar seu “ne varietur”. DO ÁTRIO Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo, haverá um compartimento - o Átrio - com três portas: uma para a sala dos Passos Perdidos, outra para a Câmara de reflexões e a terceira para o Templo. No Átrio ficarão guardadas as “estrelas” e as espadas destinadas à recepção das autoridades maçônicas e uma cadeira onde tem assento o Cobridor. DA CÂMARA DE REFLEXÕES A Câmara de Reflexões é o local onde se recolhe o profano antes de sua iniciação. Nesta não deve penetrar a luz exterior, devendo ser somente iluminada por lâmpada fosca. Suas paredes são de cor preta, com emblemas fúnebres em branco. Na parede por sobre a mesa, destinada à escrita do testamento e onde haverá papel, tinta e caneta e uma campainha, estão pintados em branco um galo e uma ampulheta, tendo por baixo as palavras VIGILÂNCIA PERSEVERANÇA. Ao lado esquerdo da mesa, na parede, pintado um esqueleto humano. Espalhadas pelas paredes, em tinta branca, estarão às seguintes inscrições: “Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te” “Se queres bem empregar tua vida, pensa na morte.” “Se tens receio de que descubram teus defeitos, não 26
estarás bem entre nós”. “Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois aqui não as reconhecemos”. “Se fores dissimulado, serás descoberto” “Se tens medo, não vás adiante”. “Deus julga os justos e os pecadores”. “Somos pó e ao pó tornaremos”. DOS TÍTULOS, DISTINÇÕES E TRAJES O presidente tem o tratamento de Venerável Mestre e os demais dignitários são, indistinta e simplesmente intitulados “Irmãos”, sendo absolutamente proibido, a quem quer que seja, título ou designação que expressamente não estejam determinados nos Rituais. Também não se conhecem graus superiores ao de Mestre Maçom. TRAJES O Traje maçônico é terno preto, camisa social branca de mangas, gravata preta, meias e sapatos pretos. Nas Sessões Magnas é exigido, ainda, o uso de luvas brancas. Nas Sessões Econômicas, estritamente aos Mestres Maçons, admite-se o uso de “balandrau”, de cor preta, comprimento até os sapatos, mangas largas e compridas, colarinho fechado até o pescoço, calça, meias e sapatos pretos. O balandrau não poderá conter quaisquer inscrições, distintivos ou emblemas. Em Sessão de Aprendiz somente o Venerável Mestre trará à cabeça um chapéu preto, com as abas voltadas para baixo. 27
A insígnia do Aprendiz é um avental de pele branca, ou material similar, quadrangular, medindo 40 cm X 40 cm, com abeta triangular, preso à cintura por cordões ou fita de seda branca. A abeta estará sempre levantada. Nas Sessões da Loja todos os Obreiros deverão usar seus aventais e demais paramentos dos graus simbólicos que possuírem. Os oficiais usarão colares de fitas de dez centímetros de largura, terminando em ponta sobre o peito, com a jóia do cargo. As três Luzes (Venerável, 1º e 2º Vigilantes) usarão punhos de seda orlados de galão, tendo na face externa, bordados, o atributo do respectivo cargo. É terminantemente proibido o uso de paramentos dos Altos Corpos Filosóficos ou qualquer insígnia que não seja atinente à Maçonaria Simbólica Os paramentos e demais insígnias devem ser colocados e retirados na Sala dos Passos Perdidos, sendo terminantemente proibida a realização de tais procedimentos no interior do Templo. DOS VISITANTES Todo o maçom regular tem o direito de visitar as Lojas regulares, obedientes às Grandes Lojas do Brasil e Potências amigas, sujeitando-se, porém, às prescrições do trolhamento e às disposições disciplinares estabelecidas pelas Lojas visitadas, em cujo livro de registro de visitantes gravarão seu ne varietur, depois de apresentarem os documentos de sua regularidade maçônica. Em sessão, sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo Mestre de Cerimônias. Nas visitas coletivas ou individuais a uma Loja, serão feitas aos visitantes as seguintes perguntas, entre Colunas, depois da saudação às Luzes:
28
VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴ VIS∴ VEN∴
Sois Maçom? M∴I∴C∴T∴M∴R∴ De onde vindes? De uma Loja de São João, Justa e Perfeita. Que trazeis? Amizade, paz e votos de prosperidade a todos os Irmãos. Nada mais trazeis? O Venerável-Mestre de minha Loja v∴s∴p∴t∴v∴t∴. Que se faz em vossa Loja? Levantam-se templos à virtude e cavam-se masmorras ao vício. Que vindes fazer aqui? Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de amizade que nos unem como verdadeiros Irmãos. Que desejais? Um lugar entre vós. Este vos é concedido. Irmão Mestre de Cerimônias, conduzi nosso Irmão ao lugar que lhe compete.
Só devem ser admitidos como visitantes irmãos que exibam sua documentação de regularidade e que se mostrem, pelo trolhamento, perfeitos conhecedores dos S∴ T∴ P∴ etc., salvo se forem conhecidos, pelo menos, de um obreiro que por eles se responsabilize. Convém lembrar que é no Grau de Aprendiz que deve haver todo o rigor, pois os mistificadores são neste Grau em maior quantidade. Quando o irmão visitante for conhecido e haja visitado a Loja, poderá entrar conjuntamente com os demais membros da Loja. 29
FESTAS Além dos dias festivos, prescritos pelos regulamentos das Grandes Lojas e das Lojas, todos os membros devem se reunir em banquetes maçônicos nos dias 24 de junho, nascimento de São João Batista, e 27 de dezembro, nascimento de São João Evangelista. Havendo impedimento sério, o banquete poderá ser realizado em outro dia próximo a data. PREPARAÇÃO DO TEMPLO O Arquiteto Decorador é o responsável pela ornamentação do Templo, antes do início dos trabalhos, cabendo-lhe a distribuição, nos respectivos lugares, dos Malhetes, da Carta Constitutiva, das Bolsas, do Painel, do Livro da Lei, enfim, de todos os instrumentos necessários à realização da Sessão. Deve ainda fazer o acendimento das Luzes do Templo e de todos os candelabros nos Altares; providenciar incenso para a aromatiz, antes do início dos trabalhos. O Mestre de Harmonia deve deixar preparado antecipadamente todos os instrumentos e trilhas sonoras que serão utilizadas na Sessão. Após as providências do Arquiteto Decorador e do Mestre de Harmonia, o Mestre de Cerimônias deverá verificar se tudo está de acordo para o cerimonial que será realizado. Ninguém, além dos Mestres de Cerimônias, Arquiteto e Mestre de Harmonia, sob qualquer pretexto, poderá ingressar no Templo antes do início da Sessão. Em Loja de Aprendiz Maçom, o Templo deve permanecer iluminado durante toda a Sessão, tanto no Oriente quanto no Ocidente, desde a entrada até a saída definitiva dos 30
Obreiros, não sendo permitido, em hipótese alguma, o uso de efeitos luminosos durante o desenvolvimento ritualístico dos trabalhos, uma vez que tais procedimentos contrariam os princípios litúrgicos recomendados aos ensinamentos do 1º Grau. Em Sessões Econômicas, Sob o Dossel devem estar somente o Trono e duas cadeiras uma de cada lado. Em Sessões Magnas, sob o Dossel, devem estar colocadas cadeiras suficientes para acomodar as autoridades. Senta-se à direita do Trono a maior autoridade presente. DOS ASSENTOS NO ORIENTE À direita do Altar do Ven∴ M∴ sentam-se as autoridades maçônicas; à esquerda, os Mestres instalados. COMPOSIÇÃO DA LOJA Na Sala dos Passos Perdidos, o Mestre de Cerimônias distribui os Cargos e Colares correspondentes, bem como designa Irmãos para ocuparem os cargos porventura vagos. Quando estiverem presentes Mestres Maçons da Loja, os Companheiros e Aprendizes Maçons não deverão ocupar cargos. O Venerável Mestre será substituído, na sua falta ou impedimento, na ordem de nomeação, pelos seguintes membros: 1º Vig∴, 2º Vig∴, Ex-Ven∴ mais moderno. Excetuam-se as sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, nas quais o Venerável Mestre só poderá ser substituído por Mestre Instalado. Na ausência dos Vigilantes de ofício, quem os substituem são os Expertos.
31
CARGOS EM LOJA Nas reuniões das Lojas, as Luzes devem ser obrigatoriamente preenchidas por Mestres Maçons. Os Vigilantes são responsáveis pela disciplina e ordem em suas Colunas, competindo-lhes anunciar, cumprir e fazer cumprir as ordens do Venerável Mestre. O Orador é o principal responsável pelo fiel cumprimento das disposições legais, competindo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições: saudar os visitantes, ler os Decretos do Grão-Mestre, solicitar a palavra para ser esclarecido, em qualquer fase da discussão, pedir adiamento da votação de qualquer matéria em debate e apresentar as conclusões sobre toda matéria em debate. O Orador não poderá discutir a matéria em debate, sem transferir o cargo ao substituto legal, ou, na falta, a quem o Venerável designar, só voltando a ocupar o cargo depois de votada a matéria em discussão. APRESENTAÇÃO DA ORDEM DO DIA Toda e qualquer matéria só poderá ser incluída na Ordem do Dia após expressa autorização do Venerável Mestre, sendo o Secretário o responsável pela organização dos assuntos a serem apresentados. A Palavra, nos assuntos da Ordem do Dia, obedece às formalidades de pedido e só poderá ser usada por cinco minutos, prorrogados, a critério do Venerável Mestre, por mais três minutos, no máximo. Ao fazer uso da palavra, o Obreiro não poderá: a) desviar-se da questão em debate; 32
b) falar sobre matéria vencida; c) usar linguagem imprópria; d) ultrapassar o tempo a que tem direito; e) fazer ataques pessoais. O Obreiro que manifestar o desejo de falar, contrariando disposição regulamentar, depois de advertido, será convidado a silenciar-se. Se apesar dessa advertência insistir em falar, o Venerável Mestre poderá mandá-lo cobrir o Templo. Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre a matéria em debate, exceto os autores das propostas, os relatores das Comissões e o Orador, nos casos em que se fizer necessário. Quando do encaminhamento da votação e nas conclusões do Orador, não são permitidos apartes. Os assuntos tratados na Ordem do Dia não poderão ser retomados na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular, sob pena de o Obreiro infrator ter a palavra cassada pelo Venerável Mestre. MANIFESTAÇÕES EM LOJA Os Obreiros devem se manifestar pela Palavra, não sendo correto, em hipótese alguma, estalar os dedos ou roçar os pés no chão. O termo “pela ordem” refere-se ao pedido da palavra para ponderar sobre a preterição dos procedimentos ritualísticos. O pedido da palavra “pela ordem” será feito diretamente ao Venerável Mestre, devendo o Obreiro solicitante aguardar a 33
autorização de pé e à ordem. Não poderão fazer uso da prerrogativa acima citada os Aprendizes e Companheiros. O pedido da Palavra entre Colunas poderá ser concedido pelo Venerável Mestre, desde que solicitado antes da abertura dos trabalhos, sendo obrigatório levar ao conhecimento do Venerável Mestre o assunto que será tratado pelo Obreiro, respeitando-se o Grau dos Irmãos envolvidos na situação. O Obreiro que fizer uso da Palavra entre Colunas, falará de pé e à ordem, e não poderá ser interrompido por apartes, ficando o mesmo responsável pelo seu procedimento e passível de processo maçônico, caso haja extrapolado em sua fala. COBERTURA DO TEMPLO O Obreiro que solicitar cobrir temporariamente o Templo deve, depois de autorizado, retirar-se pelo lado Sul do Ocidente, seguindo a ritualística de circulação. Ao retornar ao Templo, o Obreiro entra normalmente sem necessidade de saudar as Luzes. Se o Obreiro desejar cobrir o Templo definitivamente e recebendo permissão para isso, deve sair seguindo a ritualística de circulação pelo lado Sul do Ocidente, posicionar-se entre Colunas, de pé e à ordem, depositar o óbolo na Bolsa, prestar o juramento, fazer a saudação e retirar-se. ENTRADA DOS RETARDATÁRIOS Não será permitido o ingresso de qualquer Irmão, durante a Cerimônia de Abertura dos Trabalhos. O retardatário deverá dar a “Batida Maçônica” e 34
aguardar. Como resposta, o Guarda do Templo dará uma batida com o punho da sua espada, e, no momento oportuno, tendo o cuidado para não interromper nenhum procedimento ritualístico, anuncia: “Irmão 1º Vigilante, maçonicamente batem à porta do Templo”. O 1º Vigilante comunica ao Venerável Mestre, que solicitará ao Cobridor ou (caso este esteja fora do Templo) o Mestre de Cerimônias para verificar quem é o retardatário. Caberá ao Venerável autorizar ou não o ingresso do retardatário. Em caso positivo, a entrada deverá ser obrigatoriamente com formalidade. Caso o retardatário não seja Irmão do Quadro, deverão ser aplicados os critérios estabelecidos no item “Da Entrada dos Visitantes”. Estando entre Colunas, o retardatário aguardará autorização do Venerável Mestre para apor seu nome no Livro de Presenças e ocupar o seu lugar. Quando os cargos de Loja estiverem sendo ocupados por Companheiros e Aprendizes Maçons, a critério do Venerável Mestre, deverão ser exercidos, pela ordem hierárquica, por Mestres Maçons retardatários do Quadro da Loja. Nenhum retardatário, mesmo sendo o titular do cargo, poderá solicitar o seu lugar, quando este estiver sendo preenchido por um Mestre Maçom. Não é permitido ao Mestre de Cerimônias circular com o Livro de Presenças durante a Sessão para obter assinaturas dos retardatários, que deverão fazê-lo, obrigatoriamente, quando adentrarem o Templo, junto ao Chanceler. Em hipótese alguma será permitido o ingresso de retardatário após a circulação da B∴ de PP∴ e IInf∴
35
SAÍDA DO TEMPLO A saída do Templo será, obrigatoriamente, em ordem inversa à da entrada, conduzida pelo Mestre de Cerimônias, respeitando o mais completo silêncio. Somente na Sala dos Passos Perdidos serão retirados os paramentos e as insígnias. Nas Sessões em que se fizerem presentes autoridades maçônicas, a saída obedecerá à seguinte ordem: Autoridades, Venerável, Vigilantes, Mestres Instalados e Dignidades, Oficiais, Mestres, Companheiros, Aprendizes e, por últimos, os Irmãos Mestre de Harmonia, Guarda do Templo e Cobridor. Nenhum Irmão deverá retirar-se do Templo antes do encerramento dos trabalhos. Em casos excepcionais, solicitará ao Vigilante de sua Coluna, ou ao Venerável (caso se encontre no Oriente) e aguardará autorização do Venerável Mestre. O Irmão só poderá cobrir o Templo definitivamente após depositar o seu óbolo na Bolsa para o Tronco de Solidariedade e prestar o seu juramento de sigilo, entre Colunas. FECHAMENTO DO TEMPLO Somente após a saída de todos, os Irmãos Guarda do Templo, Mestre de Harmonia e Arquiteto retornarão ao Templo, para apagar as luzes, desligar os equipamentos eletrônicos e sistema de refrigeração, recolher os utensílios e demais materiais e, por último, fechar o Templo. CIRCULAÇÃO A circulação em Loja aberta deverá ser, obrigatoriamente, em sentido dextrocêntrico, ou seja, conservando-se o lado direito do corpo voltado para o centro do Templo. No Oriente, a circulação será em torno do Altar dos Perfumes, passando-se por trás do Trono; no Ocidente, em 36
torno do Altar dos Juramentos. A circulação deve ser feita em passos naturais, pausadamente, sem pressa e sem o Sinal de Ordem. Circulando no Ocidente ou no Oriente, sempre que cruzar o Eixo do Templo, o Obreiro deverá fazer a saudação. Caso esteja portando o bastão ou qualquer outro instrumento que lhe impeça fazer o sinal de ordem, deverá parar e fazer a saudação com um leve meneio da cabeça. A transmissão da P∴ S∴ se fará conforme a seguir: o 1º Diác∴ passa por trás do Trono, sobe os degraus pelo lado esquerdo do Altar, saúda o Ven∴ Mestre, que, após corresponder à saudação, transmite-lhe a P∴ S∴, começando pelo o∴ e∴ Recebida a P∴ S∴, o 1º Diác∴ vai levá-la ao 1º Vig∴, passando por trás do Altar, sobe os degraus pelo lado esquerdo, transmite-lhe a P∴ S∴, da mesma forma que a recebeu, e se dirige ao Norte do Altar dos Juramentos. O 1º Vig∴, com as mesmas formalidades, transmite a P∴ S∴ ao 2º Diác∴ que, por sua vez, vai levá-la ao 2º Vig∴, com as mesmas formalidades que a recebeu. Em seguida vai postar-se ao Sul do Altar dos JJur∴ A movimentação nos degraus deve ser feita naturalmente, sem a necessidade de paradas e junção dos pés. Toda abordagem ao Venerável Mestre deve ser feita somente pelo seu lado esquerdo. Durante a circulação da Bolsa de Propostas e Informações ou do Tronco de Solidariedade, será obedecida a seguinte hierarquia: Venerável Mestre e demais membros sob o dossel; 1º e 2º VVig∴; Orador, Secretário e demais irmãos com assento no Oriente, começando pelo lado direito do Altar; Oficiais e Mestres; Companheiros e Aprendizes. 37
Obs.: os Companheiros e Aprendizes investidos de cargos equiparam-se, hierarquicamente, aos Oficiais. BASTÃO O Bastão é o instrumento de trabalho do Mestre de Cerimônias e dos Diáconos. Deve ser empunhado sempre com a mão direita, punho para frente, e antebraço na horizontal e o braço colado ao corpo, formando uma esquadria. O Mestre de Cerimônias deve portar o Bastão sempre que estiver desempenhando suas funções ritualísticas ou cumprindo determinação do Venerável Mestre. Os Diáconos devem portar o Bastão na abertura e fechamento dos trabalhos. O Bastão não pode ser usado para a execução de sinais, nem passado para a mão esquerda. MALHETE O MALHETE, confeccionado em madeira, simboliza o poder de decisão e a força. É o instrumento de trabalho das Luzes da Loja, devendo ser empunhado sempre com a mão direita. É utilizado pelas Luzes para executar baterias; conceder, pedir e retirar a palavra; chamar a atenção dos Obreiros e outros procedimentos ritualísticos. Em hipótese alguma poderá ser usado para a execução de sinais ou saudação. O sinal de aprovação ou juramento deve ser feito com a mão direita, na forma convencional, repousando-se o Malhete sobre o Altar. Em pé, parados ou circulando, as Luzes repousam o Malhete sobre o peito, direcionando-o para o ombro esquerdo.
38
CADEIA DE UNIÃO A Cadeia de União é uma tradição maçônica que consiste em formar um círculo em torno do Altar dos Juramentos com os membros regulares e ativos da Loja. Simboliza a universalidade da Ordem e tem o dom de aproximar os corações, ao mesmo tempo em que desperta na consciência de cada um o sentimento da solidariedade. Além da comunicação da Pal∴ Sem∴, a Cadeia de União pode ser usada, também, para formação de corrente de pensamento em prol de pessoas necessitadas, principalmente de Irmãos, através de preces dirigidas ao G∴A∴D∴U∴ FORMAÇÃO DA CADEIA DE UNIÃO A formação da Cadeia de União será, sempre, ao final dos trabalhos, logo após os Obreiros prestarem o juramento. Nas ocasiões em que for comunicada a Palavra Semestral, será vedada a participação dos Irmãos visitantes, que, neste caso, serão convidados a cobrir o Templo, pelo Mestre de Cerimônias. São os seguintes os passos para a sua formação: Em formação circular, o Venerável-Mestre posiciona-se no Ocidente, sobre o eixo imaginário do Templo, de costas para o Oriente e frente para o Altar dos Juramentos, ladeado pelo Orador, à sua direita, e pelo Secretário, à sua esquerda. À sua frente, no ponto diametralmente oposto, estará o Mestre de Cerimônias, ladeado pelo 1º Vigilante, ao Norte, e pelo 2º Vigilante, ao Sul. 1Os membros da Loja dão-se mutuamente as mãos, cruzando os braços, o direito sobre o esquerdo, os calcanhares unidos, tocando com as pontas dos pés as pontas dos pés dos que estiverem ao seu lado. 39
PALAVRA SEMESTRAL A Palavra Semestral é estabelecida pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - C. M. S. B., que a comunica a todas as Grandes Lojas Brasil, sendo renovada semestralmente. Sua transmissão às Lojas é feita pela Grande Loja, por meio de Prancha, em escrita cifrada através do alfabeto maçônico. Deve ser transmitida somente aos Irmãos do quadro da Loja, em Cadeia de União, e deve ser exigida dos Visitantes para apurar sua regularidade. A Palavra Semestral, quando pedida para atestar Regularidade, deve ser pronunciada pelo Maçom, inserida em uma frase aleatória. Os Irmãos faltosos devem solicitar ao Venerável Mestre a Palavra Semestral, antes de adentrar ao Templo, a qual será transmitida no Oriente, no ouvido do Obreiro. COMUNICAÇÃO DA PALAVRA SEMESTRAL 1. Depois de formada a Cadeia de União, O Ven∴ Mestre comunica a Pal∴ Sem∴, em voz baixa, aos ouvidos do Orador e do Secretário, os quais, por sua vez e da mesma forma, transmitem-na ao Irmão que lhes fica imediatamente ao lado e, assim, sucessivamente até chegar ao Mestre de Cerimônias. Este, depois de recebê-la pelos dois lados, sai de seu lugar, unindo as mãos e os pés dos Vigilantes, e, circulando pelo lado externo à Cadeia, vai levá-la ao Venerável-Mestre, proferindo-a em cada um dos ouvidos deste, tal como a recebeu, tanto pela direita como pela esquerda, e retorna ao seu lugar. 2. anuncia:
Estando correta a Pal∴ Sem∴, o Ven∴ Mestre
40
“A Pal∴ Sem∴ está correta. Conservemo-la em segredo, como penhor da nossa regularidade”. 2Em seguida, todos, elevando e abaixando os braços, sem flexionarem as pernas, exclamarão três vezes: “SAÚDE! SABEDORIA! SEGURANÇA!” 3Desfeita a Cadeia de União, o Mestre de Cerimônias incinera a Prancha em que fora comunicada a Pal∴ Sem∴ Os demais Irmãos retornam aos seus lugares, de forma silenciosa, permanecendo de pé, sem estarem à ordem, até que sejam convidados a se retirarem, pelo Mestre de Cerimônias. Nota: Não coincidindo as palavras recebidas pelo Ven∴ Mestre, repete-se o ato, quantas vezes forem necessárias, até que a palavra esteja correta. LIVRO DA LEI O Livro da Lei é o Livro Sagrado de cada religião, onde os adeptos julgam existir as verdades pregadas por seus profetas. Assim, o juramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da crença do iniciado, pois, pelos princípios básicos da Maçonaria, deve haver o máximo respeito à crença religiosa de cada um. Apesar de ser um país laico, o Brasil possui uma população predominantemente cristã. Por esta razão as Grandes Lojas do Brasil adotam a Bíblia Sagrada como Livro da Lei, sendo obrigatória, na abertura dos trabalhos ritualísticos, em Loja de Aprendiz, a leitura do Salmo 133 (versão hebraica) ou 132 (versão latina), Cânticos 1, 2 e 3. A leitura do Livro da Lei será feita após a transmissão da Palavra Sagrada pelo mais moderno dos Ex-VVen∴ ou, em sua falta, pelo Ir. Experto. 41
PAVILHÃO NACIONAL A Bandeira Nacional, por ser o símbolo maior de nosso País, deve ingressar no Templo sempre após a entrada de todas as autoridades e sair em primeiro lugar. Será introduzida no Templo solenemente nas Sessões Magnas, sendo conduzida pelo Irmão Porta-Bandeira, calçado com luvas brancas, acompanhado pelo Mestre de Cerimônias e da Guarda de Honra. Parado, o Porta-Bandeira manterá a Bandeira Nacional na posição vertical, altiva, ereta e imponente, segurando seu mastro com a mão direita acima e a mão esquerda abaixo. Em movimento, o Porta-Bandeira manterá o Pavilhão Nacional repousado em seu ombro direito, segurando seu mastro com a mão direita acima e a mão esquerda abaixo. A Guarda de Honra será formada por dois Mestres armados de espada. Ao entrar no Templo, o Porta-Bandeira se posiciona entre Colunas, acompanhado do Mestre de Cerimônias e da Guarda de Honra, para a execução do Hino Nacional Brasileiro, que será reproduzido por inteiro. Durante a execução do Hino, o Pavilhão Nacional permanecerá perfilado. O Mestre de Cerimônias se posicionará atrás do Porta-Bandeira, formando um triângulo com os demais membros da Guarda de Honra, que terão suas espadas em posição de saudação (braço direito estendido para frente e para baixo, a espada no prolongamento do braço, braço esquerdo caído ao longo do corpo). Após a execução do Hino, o Porta-Bandeira volta a Bandeira ao ombro direito e dirige-se ao Oriente, acompanhado pela Guarda de Honra. 42
Ao chegarem à Grade do Oriente, o Mestre de Cerimônias e os Membros da Guarda de Honra param e aguardam autorização do Venerável, para retornarem aos seus lugares. Chegando ao Oriente, o Porta-Bandeira coloca a Bandeira à direita do Trono, junto à Grade do Oriente e aguarda determinação do Ven∴. Mestre para retornar ao seu lugar. A retirada do Pavilhão Nacional será sempre feita após as conclusões do Orador. Neste momento, o Venerável Mestre solicitará ao Mestre de Cerimônias que providencie a Guarda de Honra para saudação à Bandeira. A Saudação será feita, obrigatoriamente, pelo Orador, obedecendo-se aos seguintes procedimentos: 1O Porta-Bandeira segura o Pavilhão Nacional em posição perfilada, à direita do Trono, de frente para o Ocidente, não muito próximo da Grade, a fim de permitir que o Orador possa se posicionar diante da Bandeira, sem necessidade de descer ao Ocidente. 2Os membros da Guarda de Honra, com suas espadas em posição de saudação, ficam lado a lado, ao norte do Ocidente, de frente para o Oriente, próximo à Grade do Oriente, formando um triângulo com o Mestre de Cerimônias, que estará à frente, voltado para o Oriente. 3O Orador, sem sair do Oriente, posiciona-se diante da Bandeira, e faz a saudação, de pé e à ordem, exceto nos casos em que for necessária a leitura de um texto. 4Após a saudação, o Orador retorna ao seu lugar; permanecendo de pé e à ordem.
43
5Os membros da Guarda de Honra voltam suas espadas à posição perfilada e aguardam, juntamente com o Mestre de Cerimônias, a passagem do Porta-Bandeira. 6O Porta-Bandeira conduz o Pavilhão Nacional para fora do Templo, pelo lado Sul, acompanhado pelo Mestre de Cerimônias e pela Guarda de Honra, sob os acordes da primeira estrofe do Hino à Bandeira. 7O Mestre de Cerimônias e a Guarda de Honra acompanham o Pavilhão Nacional até o Átrio e retorna ao Templo juntamente com o Porta-Bandeira. Obs.: O Porta-Bandeira deverá imprimir à marcha um ritmo cadenciado, de tal forma que a sua chegada à porta de saída seja coincidente com o término da primeira estrofe do Hino à Bandeira.
44
PALAVRA A BEM DA ORDEM A Palavra à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular só pode ser usada para comunicações de assuntos de interesse geral da Ordem Maçônica, em particular da Loja ou do Obreiro, sendo proibida qualquer referência a assuntos tratados na Ordem do Dia. A Palavra poderá retornar, por deferência especial do Venerável Mestre, a pedido do Orador, para esclarecimentos ou saneamento de dúvidas. Quando do retorno da Palavra, a mesma circulará novamente na mesma ordem. É proibido ao Obreiro passar de uma para outra Coluna para fazer uso da Palavra. O Obreiro pedirá a palavra por meio do Vigilante da sua coluna, com uma palmada, e aguardará, de pé e à ordem, a autorização do mesmo. Autorizado o uso da Palavra, o Obreiro deverá, obrigatoriamente, fazer as saudações às Luzes, usar as expressões verbais e os tratamentos constantes dos Rituais, não ultrapassando o tempo de três minutos. O Obreiro que, por deferência do Venerável Mestre, for autorizado a falar sem estar à ordem, só poderá ficar à vontade depois que fizer a saudação às Luzes e demais Irmãos. No Oriente, a saudação deve ser dirigida somente a maior autoridade presente sob o Dossel, pois está implícito que quando saudado a maior autoridade todos que ali se encontram também o estão. Da mesma forma, nas Colunas do Norte e Sul com a saudação aos Vigilantes. O Vigilante é sempre o último de sua Coluna a fazer o 45
uso da Palavra, e deverá pedi-la com um golpe de Malhete e ela lhe será concedida da mesma forma, pelo venerável Mestre. No Oriente, o Venerável Mestre é o último a usar a Palavra, exceto quando estiver presente o Grão-Mestre, ou outra autoridade a qual tenha transferido a presidência dos trabalhos. Falarão sentados o Venerável Mestre e demais Obreiros sob o Dossel; os Vigilantes; o Secretário, na leitura da Ata e da Prancha; o Orador, nas conclusões e esclarecimentos sobre a legislação pertinente aos assuntos passíveis de discussão e votação na Ordem do Dia Nas Sessões Magnas, a Palavra será obrigatoriamente sobre o Ato realizado, com exceção dos comunicados relevantes, que deverão ser feitos exclusivamente pelo Venerável Mestre. POSTURA EM LOJA Sentado - O Obreiro deverá permanecer com o tronco do seu corpo ereto encostado no respaldo da cadeira, a parte inferior das pernas alinhadas na vertical com a planta dos pés inteiramente posta no piso. As mãos deverão estar apoiadas sobre as coxas, o antebraço junto ao corpo. É proibido o cruzamento das pernas, braços e o abrigo dos pés sob a cadeira. Em pé - O Obreiro deve manter o corpo ereto, altivo, respeitando-se rigorosamente o Esquadro, o Nível e o Prumo. Desta forma, podem ser realizados, os Sinais e Saudações que jamais podem ser feitos por quem esteja sentado, andando ou portando instrumentos de trabalho (Malhetes, Bastões, Espadas, Livros, etc.). Sinal de aprovação - Faz-se estendendo o braço direito para frente, em linha reta, a palma da mão voltada para baixo, 46
com os dedos unidos. Sinal de agradecimento - Procede-se da mesma forma que o Sinal de Aprovação. Sinal de abstenção - O Obreiro deve ficar de pé e á ordem. Este Sinal aplica-se para os Irmãos que não estiveram na Sessão do qual foi feita a leitura da Ata, uma vez que não podem votar sobre sua redação. Sinal de satisfação - Faz-se quando o Venerável Mestre pergunta se os Irmãos estão satisfeitos. Todos devem bater com a palma da mão direita sobre o Avental (na coxa). Pedindo a palavra – Faz-se através de uma palma, ficando o Obreiro imediatamente de pé e à ordem, posição em que aguardará a autorização para falar. Portando a Bolsa - O Mestre de Cerimônias e o Hospitaleiro encaminham-se para entre Colunas segurando a Bolsa com ambas as mãos, na altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, introduzindo os dedos polegar e indicador para mantê-la aberta. Após autorização do Venerável, fazem a circulação conforme prescrito no Ritual. USO DAS ESPADAS Perfilado - A Espada, nesta posição, deve ser empunhada pela mão direita, braço ligeiramente curvo, cotovelo para trás, punho da espada colado ao quadril, lâmina encostada ao ombro, braço esquerdo caído ao longo do corpo, mão aberta, dorso da mão voltado para frente. Sentado - Nesta posição, a Espada deve ser empunhada com a mão direita, estando o dedo polegar para cima, a lâmina ao lado direito da perna direita, por fora, com a ponta apoiada no solo. A mão esquerda espalmada deverá descansar sobre a coxa. 47
Abóbada de Aço – Trata-se de um cerimonial usado para se tributar honras exclusivamente às Autoridades Maçônicas. É composta de nove Irmãos portando espadas, dispostos em duas alas, sendo cinco no lado Norte, posicionados na direção da Coluna B, e quatro no lado Sul, posicionados na direção da Coluna J. Os quatro primeiros pares ficarão frente a frente e a nona espada posicionada sozinha no lado Norte. A Espada é empunhada pela mão direita, polegar para cima, braço estendido, dirigido para o alto, em frente, cruzando com o Irmão que está à sua frente; o braço esquerdo caído ao longo do corpo, mão esquerda aberta e o dorso da mão voltado para frente. As espadas cruzadas não podem se tocar. A formação da Abóbada de Aço, por si só, já constitui a homenagem prestada, sendo, portanto, proibido o "tinir" das espadas. Saudação ao Pavilhão Nacional – A saudação é feita empunhando a espada com a mão direita, polegar para cima, braço estendido para frente e para baixo e a Espada seguindo o prolongamento do braço. O braço esquerdo deve ficar caído ao longo do corpo, mão aberta e o dorso da mão voltado para frente. Guarda do Templo e Cobridor (sentados) – Terão suas espadas sobre as coxas com o punho voltado para o lado direito. Guarda do Templo e Cobridor (em pé) – Utilizarão o mesmo procedimento da posição perfilado. Na Recepção de Iniciando - Nesta posição, a Espada deve ser empunhada pela mão esquerda, polegar para cima, braço estendido para frente, formando um ângulo de 90º com o
48
corpo, com a Espada seguindo o prolongamento do braço. O braço direito deve ficar caído ao longo do corpo. Espada Flamejante - Constitui-se num dos mais importantes símbolos maçônicos. Representa a Espada de Fogo dos Querubins, sendo de uso exclusivo do Venerável Mestre. Não é uma arma, mas, sim, um Instrumento de Transmissão. Deve ser conduzida pelo Irmão Porta-Espada, dentro do escrínio, para ser apresentada ao Venerável Mestre, no momento da Consagração, que a empunhará com a mão esquerda. Jamais deve ser tocada por um Irmão, nem mesmo pelo Porta-Espada. E deve ser conduzida obrigatoriamente por um Mestre Instalado. Em Loja aberta, ficará sobre o escrínio, à frente do Venerável Mestre. ORDEM DOS TRABALHOS A ordem a ser observada, rigorosamente, nos trabalhos de uma Loja simbólica é a seguinte: 1. Abertura Ritualística 2. Leitura e Votação da Ata 3. Expediente 4. Entrada dos Visitantes 5. Bolsa de Propostas e Informações 6. Ordem do Dia 7. Tronco de Solidariedade
49
8. Saudação aos Visitantes 9. Palavra a Bem da Ordem 10. Conclusões do Orador 11. Saudação e Retirada do Pavilhão Nacional 12. Saída Formal das Autoridades 13. Encerramento Ritualístico 14. Cadeia de União DA ENTRADA DO TEMPLO Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o pretexto, antes da hora fixada, salvo os Irmãos que tiverem de prepará-lo para as cerimônias. À hora fixada, o Ir∴ M∴ CCer∴, depois de estarem todos os presentes devidamente revestidos de suas insígnias e trajados conforme o Ritual, formará uma dupla fila na seguinte ordem: 1. Sul; 2.
Aprendizes pelo lado Norte e Companheiros pelo lado Os Mestres sem cargos na Loja;
3. Os Oficiais, cada um pelo lado da sua respectiva Coluna; 4.
Os Mestres Visitantes;
5.
Dignidades;
6.
Os Mestres Instalados; 50
7.
Os Vigilantes, cada um pelo lado de sua Coluna;
8.
O Venerável Mestre, ladeado pelos Vigilantes.
Organizada a fila dupla, o Mestre de Cerimônias, pondo-se à frente do préstito, dará entrada ao Guarda do Templo e ao Mestre de Harmonia. Em seguida, com o Bastão, dará uma única pancada na porta. O Guarda do Templo, sem responder à batida, abrirá a porta, permanecendo perfilado junto à Coluna J de frente para a Coluna B. O Mestre de Cerimônias, junto à Coluna B, de frente para a Coluna J, fará a chamada dos Obreiros, conforme a seguir: Aprendizes, Companheiros, Mestres sem Cargo, Oficiais, Mestres visitantes, Dignidades, Mestres Instalados, Vigilantes e Venerável Mestre. Os Aprendizes e Companheiros, quando estiverem ocupando cargos, deverão ingressar no Templo em conjunto com os Oficiais, posicionando-se nos lugares em que exercerão os seus respectivos cargos. Nota: estando presente o Grão-Mestre, ou outra autoridade, a quem caberá presidir os trabalhos, a entrada deverá ser realizada conforme os procedimentos estabelecidos pelo Ritual Especial. No Cortejo todos caminharão com passos naturais, adentrando ao Templo, tanto pelo lado Norte, quanto pelo lado Sul, dirigindo-se diretamente aos seus lugares, conservando-se em pé, sem estar à ordem, voltados para o eixo do Templo. Os Oficiais e Mestres Instalados que tem assento no Oriente aguardarão a passagem do Venerável Mestre, para depois segui-lo, conservando-se em pé sem estar à ordem, voltados para o eixo do Templo. Não poderão ingressar no Templo os Irmãos que não 51
estiverem devidamente trajados e revestidos de suas insígnias. Durante a marcha poderá ser reproduzida uma pauta musical com cântico apropriado. Na passagem do Venerável Mestre, o Mestre de Cerimônias o acompanhará ao Trono. Após a entrada do Venerável, o Guarda do Templo fecha a porta do Templo e toma o seu lugar. ABERTURA DOS TRABALHOS O Mestre de Cerimônias, depois de acompanhar o Venerável ao Trono, dirige-se para entre Colunas, verifica se todos os Obreiros estão em seus lugares devidamente paramentados e anuncia: “Os lugares estão preenchidos, Venerável Mestre”. O Venerável dá um golpe de malhete e todos se sentam. O Mestre de Cerimônias dirige-se ao seu lugar. VEN∴ - (!) Em Loja, meus IIr∴ - Ir∴ 1° Vig∴ - qual é o primeiro de vossos deveres em Loja? l ° VIG∴- Verificar se o Templo está coberto. VEN∴ - Certificai-vos disso, meu Ir∴ l º VIG∴- Ir∴ G∴ do Templo, cumpri vosso dever. O Ir∴ G∴ do Templo, de espada em punho, entreabre a porta, verifica se o Cobr∴ está a postos, fecha a porta, e dá, na mesma, com o punho da espada, a bateria, que será repetida pelo Cobr∴
52
G∴ TEMP∴- Ir∴ l º Vig∴, o Templo está coberto. 1 º VIG∴- O Templo está coberto, Ven∴ Mestre. VEN∴- Qual o segundo de vossos deveres, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Verificar se todos os presentes são Maçons. VEN∴ - Fazei esta verificação. 1º VIG∴- (!) De pé e à ordem, meus Irmãos de ambas as CCol∴ Todos os que se encontram no Ocidente ficam de pé e à ordem, voltados para o Oriente. Os IIr∴ que se acham no Oriente permanecem sentados. O Ir∴ 1º Vigilante desce do seu Altar e percorre as Colunas. Terminada a verificação, anuncia: 1º VIG∴- Ven∴ Mestre, todos os presentes, em ambas as CCol∴, pelo sinal que fazem, são Maçons, VEN∴ - (!) Todos que se encontram no Oriente levantam-se e ficam à ordem VEN∴ - Também os do Oriente. VEN∴- (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ (Pausa.) - Ir∴ Orad∴, que se torna preciso para abertura dos nossos trabalhos? ORAD∴- Que estejam presentes no mínimo sete IIr∴, dos quais pelo menos três Mestres, e que todos estejam 53
revestidos de suas insígnias. VEN∴ - Ir∴ Sec∴, há número legal? Sec∴ - (De pé e à ordem) Sim, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Ir∴ M∴ CCer∴, a Loja está composta? M∴ CCER∴- (De pé e à ordem) - Sim, Ven∴ Mestre, os cargos estão preenchidos e todos os presentes acham-se revestidos conforme o uso da Ordem . (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Qual é o vosso lugar, Ir∴ 2º Diác∴? 2° DIÁC∴- (De pé e à ordem) À direita do Altar do Ir∴ 1º Vig∴ VEN∴ - Para que, meu Ir∴? 2º DIÁC∴- Para ser o executor e transmissor de suas ordens e velar para que os IIr∴ se conservem nas CCol∴, com o devido respeito, disciplina e ordem. VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1° Diác∴? 2º DIÁC∴- À direita e abaixo do sólio, Ven∴ Mestre. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴1º Diác∴? 1º DIÁC∴- (De pé e à ordem) Para transmitir vossas ordens ao Ir∴ 1º Vig∴ e a todos os Dignitários e Oficiais, a fim de que os trabalhos se executem com ordem e perfeição. VEN ∴- Onde tem assento o Ir∴ 2º Vig∴? 1º DIÁC∴- Ao Sul, Ven∴ Mestre. (Saúda e senta-se.) 54
VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴- Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os trabalhos prossigam com ordem e exatidão. VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1° Vig∴? 2º VIG∴- No Ocidente, Ven∴Mestre. VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1° Vig∴? 1º VIG∴- Assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim aqui tenho assento para fechar a Loja, pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos. VEN∴- Para que o Ven∴ Mestre senta-se no Oriente? 1º VIG∴ - Assim como o Sol nasce no Oriente para fazer sua carreira e iniciar o dia, assim aí fica o Ven∴ Mestre para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la com as luzes de sua Sabedoria nos assuntos de nossa Sublime Instituição. VEN∴ - Para que nos reunimos aqui, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Para combater a preconceitos e os erros, e glorificar Verdade; para promover o bem humanidade, levantando templos masmorras ao vício.
tirania, a ignorância, os o Direito, a Justiça e a estar da Pátria e da à virtude e cavando
VEN∴ - O que é a Maçonaria, Ir∴ Chanceler? CHANC∴ - (De pé e à ordem) Uma Instituição que tem por objetivo tornar feliz a Humanidade pelo amor, pelo 55
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um. VEN∴ - Ela é regional? CHANC∴ - Não, Ven∴ Mestre, ela é universal e suas Oficinas espalham-se por todos os recantos da terra, sem preconceito de fronteiras e de raças. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Sois Maçom, Ir∴1º Vig∴? 1º VIG∴- M∴Ι∴C∴T∴M∴R∴ VEN∴- Durante que tempo devemos trabalhar como Aprendizes Maçons? 1º VIG∴- Do meio dia à meia noite. VEN∴- Que horas são, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴- Meio dia em ponto, Ven∴Mestre. VEN∴ - (! -! -!) 1° VIG∴- (! -! -!) 2º VIG∴ - (! -! -!)
56
Todos ficam de pé e à ordem. O 1º Diác∴ passa por trás do Trono, sobe os degraus pelo lado esquerdo do Altar, saúda o Ven∴ Mestre, que, após corresponder à saudação, transmite-lhe a P∴ S∴, começando pelo o∴ e∴ (conforme instrução do Grau), recebida a P∴ S∴, o 1º Diác∴ vai ao Altar do 1º Vig∴, sobe os degraus, pelo lado esquerdo, obedecendo ao giro por trás do Altar, transmite-lhe a P∴ S∴, da mesma forma que a recebeu, e se dirige ao Norte do Altar dos Juramentos. O 1º Vig∴, com as mesmas formalidades, transmite a P∴ S∴ ao 2º Diác∴ que, por sua vez, vai levá-la ao 2º Vig∴, da mesma forma, circulando por trás do Altar, posicionando-se, em seguida, ao Sul do Altar dos JJur∴ 2º VIG∴ - (Após o 2º Diác∴ postar-se ao Sul do Altar dos JJur∴) (!) Tudo está justo e perfeito, Ven∴Mestre. VEN∴ - Achando-se a Loja regularmente constituída, procedamos à abertura de seus trabalhos, invocando o auxílio do G∴A∴D∴U∴ O Venerável Mestre descobre-se. O M∴ de CCer∴ vai até o mais moderno dos Ex-VVen∴, convida-o para postar-se ante o Altar dos juramentos para abrir o L∴ da L∴( em sua falta o Ir. Experto), ficando à ordem. O M∴ de CCer∴ e os DDiác cruzam seus bastões por sobre o Altar, de maneira que o bastão do M∴ de CCer∴ fique por baixo apoiando os outros dois. O oficiante saúda o Venerável Mestre, faz a leitura do L∴ da L∴, na parte apropriada, ajoelhado sobre o joelho direito, e sobrepõe o E∴ e o C∴ na posição do Grau. Levanta-se, saúda novamente o Ven∴ Mestr∴ e permanece à ordem. VEN∴ - (!)- Graças Vos rendemos G∴A∴D∴U∴, porque por Vossa bondade e misericórdia nos tem sido possível vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho para nos 57
reunirmos aqui e prosseguirmos em nosso Labor. Fazei, Senhor, com que nossos corações e inteligências sejam sempre iluminados pela Luz que vem do Alto, a fim de que, fortificados por Vosso amor e bondade, possamos compreender que para nosso trabalho ser coroado de êxito necessário é que, em nossas deliberações, subjuguemos paixões e intransigências à fiel obediência aos sublimes princípios da Fraternidade, para que a nossa Loja possa ser um reflexo da Ordem e da Beleza que resplandecem em Vosso Trono. VEN∴ - (!) À Glória do G∴A∴D∴U∴ e de São João, nosso Padroeiro, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica de..., e em virtude dos poderes de que me acho investido, declaro aberta a Loja de Aprendiz Maçom e seus trabalhos em plena força e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja tratado aos influxos dos sãos princípios da Moral e da Razão. O 1º Vig∴ levanta a Col∴ do seu Altar e o 2º Vig∴ abaixa a do seu. O M∴ de CCer∴ e os DDiác∴ desfazem o pálio, permanecendo no local. VEN∴ (!) - A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria e pela aclamação. TODOS -
(Depois de feito o sinal) Huzzé! Huzzé!
Huzzé! VEN∴ − (Após cobrir-se) (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ Os IIr∴ que se acham junto ao Altar dos Juramentos saúdam o Venerável Mestre e voltam a ocupar seus lugares. O 1º Diác∴, de passagem, abre o Painel da Loja. VEN∴ - Ven∴ Ir∴ M∴ de CCer∴, convidai o Ven∴ Ir∴ Cobridor para adentrar ao Templo 58
LEITURA DA ATA VEN∴ - Ir∴ Sec∴, Tendes a bondade de nos dar conta da Ata de nossos últimos trabalhos. (!) Atenção, meus IIr∴ O Sec∴ procede à leitura da Ata da última reunião, finda a qual: VEN∴ - Meus IIr∴, se tendes alguma observação a fazer sobre a redação da Ata que acaba de ser lida, a palavra vos será concedida, a partir da Coluna do Sul. Se algum Ir∴ quiser fazer observações, pedirá a palavra ao Vigilante da sua Coluna. Reinando silêncio, os Vigilantes anunciam: 2º VIG∴- (!) Reina silêncio na Col∴ do Sul, Ir∴1º Vig∴ 1º VIG∴- (!) Reina silêncio em ambas as Col∴ Ven∴ Mestre. Os IIr∴ que se encontram no Oriente, que quiserem fazer observações, pedirão a palavra diretamente ao Ven∴ Mestre. VEN∴ - (Reinando silêncio no Oriente) Os IIr∴ que aprovam a Ata que acaba de ser lida (caso tenha havido observações, acrescentará: com as observações do Ir∴ F...) queiram se manifestar pelo sinal convencional. O M∴ de CCer∴ verifica a votação e comunica ao Ven∴ Mestre, que proclama diretamente o resultado. Nesse momento, o 1º Diác∴ vai à mesa do Secretário, toma o livro de Atas e leva-o para assinatura do Ven∴ Mestre e do Orador, restituindo-o, em seguida, ao Sec∴, que também o assinará. 59
EXPEDIENTE VEN∴- Ir. Secretário, tendes a bondade de ler o expediente. (!) Atenção, meus IIr∴ À medida que o Secr∴ for lendo o expediente, o Ven∴ Mestr∴ irá dando-lhe o devido destino, sem submeter o assunto à discussão ou apreciação da Loja. Havendo necessidade de deliberação da Loja, o assunto deverá ser incluído na Ordem do Dia, ou, a critério do Venerável, permanecer sob malhete. Do expediente farão parte as correspondências em geral, sendo que os Decretos do GrãoMestre serão lidos, no início do expediente, pelo Orad∴, que ficará de pé, sem estar à ordem. Os demais IIr∴ estarão de pé e à ordem. Nesse momento, se necessário, será dada entrada às autoridades maçônicas e ao pavilhão nacional. BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES VEN∴ - (!) IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas CCol∴, como anuncio no Or∴, que o Ir∴ M∴ de CCer∴ vai circular com a Bolsa de Propostas e Informações. 1º VIG∴- (!) Irmãos que fortaleceis a Col∴do Norte, eu vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ M∴ CCer∴ vai circular com a Bolsa de Propostas e Informações. 2º VIG∴- (!) Irmãos que abrilhantais a Col∴ do Sul, eu vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ M∴ CCer∴ vai circular com a Bolsa de Propostas e Informações. O M∴ CCer∴ posiciona-se entre CCol∴ e anuncia: M∴ CCER∴ Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa de PProp∴ e IInf∴ encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 60
2º VIG∴ - Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a Bolsa de PProp∴ e IInf∴, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Ir∴ M∴de CCer∴, com a Bolsa de PProp∴ e IInf∴, encontra-se entre CCol∴ aguardando Vossas ordens. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, cumpri vosso dever. Terminada a circulação, o Ir. Mestre de Cerimônias posiciona-se novamente entre Coluna e anuncia: M∴ CCER∴ Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa de PProp∴ e IInf∴, após cumprir seu giro, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a Bolsa de PProp∴ e IInf∴, depois de cumprir o giro, encontrase entre CCol∴ aguardando ordens. 1º VIG∴- Ven∴ Mestre, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a Bolsa de PProp∴ e IInf∴, depois de cumprir o giro, encontrase entre CCol∴ aguardando Vossas ordens. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, trazei a Bolsa ao Trono. IIr∴ Orad∴ e Sec∴, vindes comigo conferir o produto da Bolsa. O M∴ CCer∴ apresenta a Bolsa ao Ven∴ Mestre. O Orad∴ e o Sec∴ aproximam-se do Altar e assistem a contagem. Depois de autorizados pelo Ven∴ Mestre, retornam aos seus lugares. VEN∴ - (!) Meus IIr∴ a Bolsa de PProp∴ e IInf∴ recolheu... Colunas Gravadas, que passo a decifrar (ou nada recolheu). 61
O Ven∴ Mestre lê as peças recebidas e dá-lhes o devido destino, sem submeter o assunto à discussão ou apreciação da Loja. Havendo necessidade de deliberação da Loja, o assunto deverá ser incluído na Ordem do Dia, ou, a critério do Venerável, permanecer sob malhete. ORDEM DO DIA VEN∴ - Meus IIr∴ eu vos anuncio que passaremos à Ordem do Dia. VEN∴ - Ir∴ Sec∴, qual é a Ordem do Dia? SEC∴ - Ven∴ Mestre, constam da Ordem do Dia os seguintes assuntos: O Ven∴ Mestre apresentará os assuntos na ordem preestabelecida, para as suas tramitações normais. Havendo necessidade de deliberação da Loja, o assunto só poderá ser votado após as conclusões do Orador, que, em hipótese alguma, poderá dar opinião pessoal. Caso queira opinar sobre qualquer assunto, terá que transmitir o cargo para outro Irmão, e não participará da conclusão.
Esgotados os assuntos: VEN∴ - (!) Está encerrada a Ordem do Dia. OBSERVAÇÃO: Os assuntos tratados na Ordem do Dia não poderão ser retomados na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular.
62
TRONCO DE SOLIDARIEDADE VEN∴ - (!) IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas CCol∴, como anuncio no Or∴, que o Ir∴ Hosp∴ vai circular com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade. 1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴ do Norte, eu vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir. Hosp∴ vai circular com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade. 2º VIG∴- (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul, anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ Hosp∴ vai circular com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade. O Ir∴ Hospitaleiro posiciona-se entre CCol∴ e anuncia: HOSP∴ - Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 2º VIG∴ - Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, encontra-se entre CCol∴ aguardando vossas ordens. VEN∴ - Ir∴ Hosp∴, cumpri vosso dever. Terminada a circulação, o Ir∴ Hosp∴ posiciona-se novamente entre Coluna e anuncia: HOSP∴ - Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, depois de cumprir o giro, encontra-se entre 63
CCol∴ aguardando ordens. 2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, depois de cumprir o giro, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens. 1º VIG∴- Ven∴ Mestre, o Ir∴Hosp∴, com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, depois de cumprir o giro, encontra-se entre CCol∴aguardando vossas ordens. VEN∴ - Ir∴Hosp∴, apresentai a Bolsa Ir∴Tesoureiro, ajudai-o a conferir e trazei-me o resultado.
ao
O Venerável anunciará o produto da Bolsa nas considerações finais. VEN∴ - Ir∴ Orad∴, tendes a palavra para a saudação aos IIr∴ visitantes. (!) Atenção, meus IIr∴ Na saudação, o Orador estará de pé e à ordem. PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO QUADRO EM PARTICULAR VEN∴ - (!) IIr∴ 1° e 2º VVig∴, anunciai em vossas CCol∴, como eu anuncio no Or∴, que concederei a Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular a quem dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo. 1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴do Norte, anuncio-vos da parte do Ven∴ Mestre que ele concederá a Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular a quem dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo. 2º VIG∴- (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul, anuncio-vos da parte do Ven∴ Mestre que ele concederá a 64
Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular a quem dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo. Está anunciado na Col∴ do Sul, Ir∴1°Vig∴ 1º VIG∴- Está anunciado em ambas as CCol∴ Ven∴ Mestre. 2º VIG∴- A palavra está na Col∴do Sul. O Ir∴ que quiser fazer uso da palavra dará uma palmada e aguardará, de pé e à ordem, autorização do Vig∴ da sua Coluna. 2º VIG∴- (Reinando silêncio) Reina silêncio na Col∴ do Sul, Ir∴1º Vig∴ 1º VIG∴- A palavra está na Col∴ do Norte. 1º VIG∴- (Reinando silêncio) Reina silêncio em ambas as CCol∴, Ven∴ Mestre. VEN∴- A palavra está no Or∴ O Venerável, após as considerações finais, anunciará o produto da Bolsa para o Tronco de Solidariedade. VEN∴- Ir∴ Orad∴, dai-me vossas conclusões finais O Orad∴, sentado, apresentará as suas conclusões sobre o andamento dos trabalhos, DE FORMA OBJETIVA , sem determinar ou requerer a forma de enceramento, que, obrigatoriamente, será de acordo com o Ritual.
65
ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS VEN∴- (!) IIr∴1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas CCol∴, como anuncio no Or∴, que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴ 1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴ do Norte, anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴ 2º VIG∴ - (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul, anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que vamos encerrar os trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴ Está anunciado na Col∴ do Sul, Ir∴ lº Vig∴ 1º VIG∴- Está anunciado em ambas as CCol∴, Ven∴ Mestre. VEN∴- Ir∴ 2º Diác∴, qual o vosso lugar em Loja? 2º DIÁC∴- (De pé e à ordem) À direita do Ir∴ 1º Vig∴ VEN∴- Para que, meu Ir∴? 2º DIÁC∴- Para transmitir as ordens ao Ir∴ 2º Vig∴ e verificar se os Obreiros se conservam nas CCol∴ com o devido respeito, disciplina e ordem. (Saúda e senta-se.) VEN∴- Ir∴ 1º Diác∴, qual é o vosso lugar em Loja? 1º DIÁC∴ - (De pé e à ordem) À vossa direita, abaixo do sólio. VEN∴- Para que, meu Ir∴? 1º DIÁC∴- Para transmitir vossas ordens ao Ir∴ 1º 66
Vig∴ e demais Dignidades e Oficiais, a fim de que os trabalhos sejam executados com regularidade e prontidão. VEN∴- Onde tem assento o Ir∴ 2º Vig∴? 1º DIÁC∴ - Ao Sul, Venerável Mestre. (Saúda e sentase.) VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Para melhor observar o Sol em seu meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os trabalhos prossigam com ordem e exatidão, a bem da Pátria e da Humanidade. VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1º Vig∴? 2º VIG∴ - No Ocidente, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴- Assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim aqui tenho assento para fechar a Loja, pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos. VEN∴- E os obreiros estão satisfeitos? Todos batem com a palma da mão direita no avental, em sinal de afirmação. VEN∴ - Que idade tendes, Ir∴ 1º Vig∴? 1° VIG∴ - ... VEN∴ - A que horas é permitido aos AAp∴ Maçons deixarem o trabalho?
67
1º VIG∴ - À Meia noite, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que horas são, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG – Meia noite, Ven∴ Mestre. VEN∴ - (!!!) 1º VIG∴ - (!!!) 2º VIG∴ - (!!!) Todos se levantam e ficam de pé e à ordem. Com o mesmo cerimonial da abertura, o Ven∴ Mestre transmite a P∴ S∴ e forma-se o Palio. 2º VIG∴ - (Depois de receber a P∴ S∴) (!) Tudo está justo e perfeito na Col∴ do Sul, Ir∴1º Vig∴ 1º VIG∴ - (!) Tudo está justo e perfeito em ambas as CCol∴, Ven∴ Mestre. VEN∴ - (!) Ir∴1º Vig∴, estando tudo justo e perfeito, tendes minha permissão para fechar a Loja. (Descobre-se.) 1º VIG∴ - (!) À Glória do G∴A∴D∴U∴ e de São João, nosso Padroeiro, está fechada esta Loja de Ap∴ M∴ (!) pálio.
Neste momento é fechado o L∴ da L∴ e desfeito o
VEN∴ (!) - A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria e pela aclamação. TODOS - (Depois de dada a bateria) Huzzé! Huzzé! Huzzé! 68
O Ven∴ Mestre cobre-se novamente. Os IIr∴ que se encontram junto ao Altar dos Juramentos voltam aos seus lugares. O 1º Diác∴, de passagem, fecha o Painel da Loja. VEN∴ - Meus IIr∴, os trabalhos estão encerrados e a nossa Loja fechada. Antes de nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se passou. TODOS - (Estendendo a mão direita para frente) Eu juro! Neste momento, caso seja necessário, se formará a Cadeia de União. VEN∴ - Retiremo-nos em paz. NESSE MOMENTO DESFAZEM-SE OS SINAIS.
O 1º Vig. abaixa a Coluna do seu Altar e o 2º levanta a do seu. A saída do Templo é feita em ordem inversa à da entrada.
69
SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO VEN∴ - (!) Ir∴ 2º Vig∴, qual é o vosso lugar em Loja? 2º VIG∴ - Ao Sul, Ven∴Mestre. VEN∴ - Para que, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Para melhor observar o Sol em sua passagem pelo meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação. VEN∴ - Que horas são? 2º VIG∴ - O Sol está no Meridiano. VEN∴ - E os obreiros tem trabalhado com afinco e perseverança? 2º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Então, tendes minha permissão para mandá-los à recreação, suspendendo, por alguns instantes, os trabalhos. 2º VIG∴ - (!) Meus IIr∴, de ordem do Ven∴ Mestre, os trabalhos vão ser suspensos por alguns momentos, para que vos entregueis à recreação, tendo o devido cuidado de ficardes nas proximidades, a fim de atenderdes ao chamado de volta ao trabalho. (!) 1º VIG∴ - (!) VEN∴ - (!)
70
O Mestre de Cerimônias convida o Ir∴ que abriu o L∴ da L∴ para postar-se diante do Altar dos Juramentos, onde ficará à ordem. O Mestre de Cerimônias ficará logo atrás do Oficiante, com seu Bastão em posição de perfilado. Após o Venerável declarar que os trabalhos estão suspensos, o Oficiante saúda o Vem. Mestre e fecha o Livro da Lei, colocando sobre ele o Esquadro e o Compasso na posição que guardam entre si. Em seguida, retorna ao seu lugar, conduzido pelo Mestre de Cerimônias. Neste momento, o 2º Vig∴ levanta a Coluna de seu Altar e o 1º Vig∴ abaixa a do seu.
REABERTURA DOS TRABALHOS Estando todos os Oficiais de pé e à ordem e os demais Irmãos simplesmente em pé, o Ven∴ Mestre dá um Golpe de Malhete, repetido pelos VVig∴ VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, que horas são? 2º Vig∴ - O Sol passou do zênite, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Então, tendes a minha permissão para chamar os Obreiros, a fim de reencetarmos nossos trabalhos. 2º Vig∴ - (!) Meus IIr∴, de ordem do Ven∴ Mestre, suspendei vossa recreação, para retomar o vosso trabalho. (!) 1º Vig∴ - (!) VEN∴ - (!)
71
Com o mesmo cerimonial de fechamento, o Oficiante abre o L∴ da L, na parte apropriada, sobrepondo-lhe o Esquadro e o Compasso na posição do grau. O 2º Vig∴ abaixa a Coluna de seu Altar e o 1º Vig∴ levanta a do seu VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ Os trabalhos prosseguem do ponto em que foram suspensos. FILIAÇÃO Achando-se algum Irmão filiando na sala dos Passos Perdidos. VEN∴- (!) Meus IIr∴, acha-se na Sala dos PP∴PP∴ o Ir∴F..., cuja filiação foi aprovada por esta Loja. Consulto-vos se ainda estais de acordo que se proceda a sua recepção. Se houver alguma objeção justificada, o Ven∴ Mestre, sem abrir discussão, submete-a ao voto, decidindo-se por maioria. Caso, pelos motivos alegados, a Loja julgue adiar ou anular a filiação, dar-se-á ciência ao Ir∴ candidato. Não havendo impugnação e reinando silêncio, é anunciado pelos VVig∴ VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, ide à sala dos PP∴ PP∴ buscar o nosso Ir∴ filiando. O M∴ de CCer∴ irá sozinho buscar o candidato, se este for Ap∴ ou Comp∴ Se for Mestre Maçom, convidará dois Irmãos, para com ele, constituírem a comissão introdutora. Voltando, bate, maçonicamente, à porta do Templo. G∴ DO TEMPL∴ - Ven∴ Mestre, maçonicamente 72
batem à porta do Templo. VEN∴- Vede quem assim bate, meu Ir∴ O G∴ do Templ∴, de espada em punho, entreabre a porta do Templo e, apontando a espada para fora, informa-se e em seguida fecha a porta. G∴ DO TEMPL∴ - Ven∴ Mestre, é o Ir∴ M∴ de CCer∴, acompanhando o Ir∴ F... que deseja se filiar nesta Loja. VEN∴ - Franqueai o ingresso, Ir∴ G∴ do Templo. (!) De pé e à ordem, meus IIr∴ Aberta a porta do Templo, o M∴ de CCer∴ entra com o candidato, fazendo ambos a entrada e a saudação ritualística. O G∴ do Templo fecha imediatamente a porta. VEN∴ - Seja bem-vindo, meu irmão, e que a nossa Loja seja para vós uma habitação de paz e de concórdia, onde, unindo-vos a nós pelos sagrados laços da fraternidade leal e sincera, possais continuar os trabalhos em prol da emancipação da Humanidade. Sois Maçom e, portanto, já conheceis vossos deveres para com a família, a Pátria e a Humanidade. VEN∴− Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi nosso Ir∴ ao Alt∴ dos JJ∴, para ratificar seus compromissos. O Ir∴ M ∴de CCer∴ o conduz ao Alt∴ dos JJ∴, onde o faz ajoelhar-se. O Ir∴ 1º Diác∴ o incensará por três vezes. Fil∴ - (Lendo) Juro e prometo, por minha honra e minha fé, cumprir a Constituição e as Leis da Grande Loja Maçônica do Estado de......, bem como o Regulamento e as deliberações desta Loja, pautando minha vida pelos sãos 73
princípios da Maçonaria Universal e reconhecendo esta Grande Loja como (única) Potência Maçônica legal e legítima para o R∴ E∴ A∴ A∴ nesta jurisdição. O M∴ de CCer∴ levanta o filiando, que ficará de pé e à ordem. VEN∴ - Em nome desta Loja, aceito vosso compromisso e vos proclamo membro ativo de seu Quadro. Recebei, por meu intermédio, as saudações sinceras de todos os Irmãos que esperam o auxilio eficaz de vossos esforços para o levantamento moral e material da Oficina, a fim de que ela possa continuar a desobrigar-se nobremente dos deveres que contraiu com a Ordem. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, fazei nosso Ir∴gravar seu ”Ne Varietur” na tábua da Loja e, depois, conduzi-o ao lugar que lhe compete. VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ VEN∴- Ir∴ Orad∴, Tendes a palavra. O Orad∴ fará um breve discurso, sem, entretanto, tecer elogios exagerados, nem entrar em apreciações que não sejam pertinentes à Maçonaria. Terminada a fala, os trabalhos prosseguem na forma de costume. REGULARIZAÇÃO Para os casos de regularização, servirá este mesmo Ritual, substituindo-se as palavra filiando e filiação por regularizando e regularização, respectivamente. O juramento será o mesmo destinado ao neófito. O Venerável Mestre, na proclamação, dirá: “Em virtude dos poderes de que me acho investido, eu, em nome da ..., vos considero regularizado como Maçom e membro ativo desta Loja. 74
INICIAÇÃO Regularmente, só se deve iniciar um candidato. Se, porém, circunstâncias excepcionais o exigirem, poderão ser iniciados até três candidatos em uma mesma Sessão. Neste caso, o Ven∴ Mestre providenciará: 1. Que cada profano seja introduzido na Câmara das Reflexões de modo a ficar só durante o tempo em que fizer suas declarações; 2. Que o profano que ceder o lugar a outro seja conservado em lugar bem separado e com os olhos vendados. 3. Que aos Expertos sejam dados tantos ajudantes quantos forem necessários, para que a sua missão seja perfeitamente desempenhada. 4. Que as perguntas do Venerável Mestre não sejam feitas aos profanos em conjunto, mas, nominalmente, alternando-se a seqüência, Exemplo: “Consentis em prestar esse juramento, profanos F ..., F... F...?”. 5. Que todas as viagens sejam feitas pelos profanos em conjunto, mas que somente um bata nos Altares, etc. 6. Que todos os ajudantes do Experto sejam Mestres Maçons. PREPARAÇÃO DO CANDIDATO O profano deve ser conduzido à Loja pelo Ir∴ que apoiou sua petição; este, ao chegar ao Edifício da Loja, vendao cuidadosamente. Na Sala dos Passos Perdidos, entrega-o ao Experto, que, batendo-lhe levemente no ombro, dirá: 75
- “EU SOU VOSSO GUIA, TENDES CONFIANÇA EM MIM E NADA RECEEIS.” Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sem permitir que qualquer Ir∴ lhe fale ou dele se aproxime, e muito menos que com ele faça qualquer pilhéria, o Ir∴ Exp∴ o conduzirá à Câmara de Reflexões, onde o prepara convenientemente, tirando-lhe todos os metais que, colocados em uma bandeja, serão depositados, logo após a abertura dos trabalhos, na mesa do Tesoureiro. O profano deverá ter o lado esquerdo do peito e a perna direita, até o joelho, nus, substituindo-se o sapato do pé direito por uma sandália. Depois de assim preparado, o Ir∴ Exp∴ tira-lhe a venda e diz-lhe: “Profano, eu vos deixo entregue às vossas reflexões. Não estareis sós, pois Deus, que tudo vê, será testemunha da sinceridade com que ides responder às nossas perguntas.” O Ir∴ Exp∴, retorna pouco depois, entrega-lhe a folha do testamento e o questionário dizendo-lhe: “Profano, a associação a que desejais pertencer pede que respondais, sem restrições ou reservas mentais, às perguntas que vos apresento. De vossas respostas dependerá vossa admissão em seu seio”. As perguntas descritas no questionário devem obedecer à seguinte fórmula: “À Glória do Grande Arquiteto do Universo” Senhor, Respondei livremente às seguintes perguntas: Quais são os vossos deveres para com Deus? 76
Quais são os vossos deveres para com a Humanidade? Quais são os vossos deveres para com a Pátria? Quais são os vossos deveres para com a Família? Quais são os vossos deveres para com o próximo? Quais são os vossos deveres para convosco? (data) (Assinatura do Candidato) (Residência) (Assinatura do Venerável Mestre) Ao entregar a folha do questionário ao Profano, o Experto adverti-lo-á de que depois de dadas as respostas, deverá chamá-lo, tocando a campanhia. IMPORTANTE Antes da abertura da Sessão de Iniciação, é importante que o Secretário verifique se o processo relativo ao(s) candidato(s) está sobre sua mesa; que o Orador leia os questionários submetidos ao(s) candidato(s) para constatar se as respostas estão completas e legíveis; que o Mestre de Cerimônias verifique se todos os objetos simbólicos (ver quadro abaixo) a serem utilizados durante a iniciação foram colocados nos devidos lugares pelo Arquiteto, inclusive aqueles usados para a entrada de autoridades maçônicas e da Bandeira Nacional.
77
LISTA DE MATERIAL PARA INICIAÇÃO Aparelho de som e trilha sonora
Aventais, luvas, rituais, etc. p/ os neófitos Caneta para a Câmara da Reflexão
Bandejas para os metais Capuzes para a cena de S. João Espadas nas cadeiras Fogo da purificação Fósforo e vela para a Câmara de Reflexão Campainha para a Câmara de Reflexão
Dados biográficos do profano Envelopes para os pertences Formulário do Testamento Placets e documentos Rituais para os oficiais Sandália e venda para o profano Toalhas para o Mar de Bronze Velas grandes e pequenas
Incenso Jarra da água da purificação Líquido amargo e doce Rampa para cena de demonstração de coragem Bandeira Nacional
Taça Sagrada Lanches e refrigerantes
78
RITUAL DE INICIAÇÃO Depois de regularmente aberta a Loja, de acordo com o Ritual, e observada a ordem dos trabalhos. VEN∴ - Ir∴ Exp∴, podeis informar se na Câmara de Reflexões está algum candidato que pretenda ser iniciado em nossos augustos mistérios? Exp∴ – Sim Venerável Mestre, o profano F... aguarda na Câmara das Reflexões o momento de ser iniciado. VEN∴ - Meus IIr∴, tendo ocorrido regularmente o processo preliminar para a admissão do profano F..., é chegado o momento de sua recepção. Como sabeis, este ato é um dos mais solenes de nossa Instituição. Não devemos nos esquecer de que, com a aceitação de novo membro nesta Loja, vamos dar um novo Irmão à Família Maçônica Universal. Se algum de vós tem observações a fazer contra essa admissão, deve declará-las leal e francamente. Se algum Ir∴ tiver oposição a fazer, pedirá a palavra por intermédio do Vig∴ de sua Col∴. A opinião emitida não será discutida, mas simplesmente posta em votação, decidindo-se pela maioria de votos presentes. Se a Loja recusar a admissão, interrompe-se o ritual neste ponto, cientificando o candidato de que ainda não chegou o dia de sua admissão, e com as mesmas formalidades da entrada, será convidado a retirar-se do edifício. Não havendo objeções: VEN∴- Os IIr∴ que aprovam que se proceda a iniciação do profano F.., queiram manifestar-se pelo sinal. VEN∴- (Sendo aprovado) Ir∴ Exp∴, ide ao lugar onde está o profano e dizei-lhe que, sendo perigosas as provas 79
por que tem de passar, é conveniente que faça seu testamento e, ao mesmo tempo, responda às questões que submetemos ao seu espírito para bem conhecermos os seus princípios e suas virtudes. O Exp∴ executa a ordem e, depois de recebidas as respostas, volta a dar conta de sua missão, trazendo o questionário na ponta da espada. Entra no Templo sem formalidade, fica entre Colunas e anuncia: EXP∴ - Ven∴ Mestre, o candidato cumpriu a sua primeira obrigação. Eis aqui seu testamento e suas respostas. VEN∴ - Entregai-os ao Ir∴ Orad∴, para decifrá-los. Após receber os documentos do Exp∴, o Orad∴ (sentado) lê, em voz alta, o questionário e as respostas. VEN∴ - Meus IIr∴, estais satisfeitos com as respostas do candidato? Em caso afirmativo, todos fazem o sinal de aprovação. Se houver alguma objeção, a Loja decidirá por maioria de votos. VEN∴ - Ir∴ Tes∴, estais satisfeito? TES∴ - Sim, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Ir∴ Sec∴, nossa Grande Loja enviou o Placet de Iniciação deste profano? SEC∴ - Sim, Ven∴ Mestre. Placet nº ... VEN∴ - Ir∴ Orador, dai-me vossas conclusões. ORAD∴ - Ven∴ Mestre, se razões especiais não 80
impuseram o contrário à vossa Sabedoria e Prudência, eu, em nome desta Loja, e de acordo com as leis que regem nossa sublime Instituição, respeitosamente, vos solicito que se proceda à iniciação do profano, F... VEN∴ - Ir∴ Exp∴, acercai-vos do profano e dizei-lhe que dele esperamos a necessária coragem para sair vitorioso das provas a que vamos submetê-lo. Preparai-o, segundo nosso uso, e trazei-o à porta do Templo. Recolhamo-nos, meus IIr∴, ao mais profundo silêncio. O Exp∴ vai cumprir a ordem e, trazendo o candidato à porta do Templo, bate irregularmente. G∴ DO TEMPL∴ - (De pé, empunhando a espada, em posição de perfilado) Profanamente batem à porta do Templo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Verificai quem é o temerário que ousa interromper nossas meditações. O G∴ do Templ∴ entreabre a porta cautelosamente e, colocando a ponta da espada no peito descoberto do profano, diz em voz alta e áspera: G∴ DO TEMPL∴ - Quem sois, temerário, que vos arrojais a querer forçar a entrada deste Templo? EXP∴ - Suspendei vossa espada, Ir∴ G∴ do Templo, pois ninguém ousaria entrar neste recinto sagrado sem vossa permissão. Desejoso de ver a Luz, este profano vem humildemente pedi-la. G∴ DO TEMPL∴ - Admiro-me muito, meu Ir∴, que em vez de virdes meditar conosco nos Augustos Mistérios que procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a este 81
Templo um curioso, talvez um dissimulado. (Voltando ao interior do Templo, sem fechar a porta:) G∴ DO TEMPL∴ - É nosso Ir∴ Exp∴ que conduz à porta do Templo um profano desejoso de ver a Luz. VEN∴ - Por que, Ir∴ Exp∴, viestes interromper nosso silêncio, conduzindo à nossa Loja um profano para participar de nossos mistérios? Como poderia ele ter concebido tal esperança? EXP∴ Porque é livre e de bons costumes. VEN∴- Não é o bastante, meu Ir∴ Sabeis, porventura, os seus merecimentos? Conheceis esse profano? Sabeis o seu nome, onde nasceu, sua idade, sua religião, sua profissão, seu estado civil e onde mora? EXP∴ - Ven∴ Mestre, este profano chama-se: F..., nasceu na cidade de............., Estado de..., na data de..., seu estado civil é ..., exerce a profissão de...., crê em Deus e reside…. . Ele vem pedir-vos que o inicie em nossos Augustos Mistérios. NESSE MOMENTO FECHA-SE A PORTA. VEN∴ - Meus IIr∴, ouvistes o que declarou o Ir∴ Exp∴. Se concordardes com os desejos do profano, se o julgais digno de receber a revelação de nossos Mistérios, manifestai-vos pelo Sinal. VEN∴ - (Depois de todos se manifestarem pelo sinal) Franqueai-lhe o ingresso, Ir∴ G∴do Templo
82
O Experto conduz o profano ao Templo, colocando-o entre Colunas. O G∴ do Templo fecha a porta e, em seguida, encosta a ponta da espada no peito do profano. O Ir∴ Exp∴ coloca-se por detrás, para orientá-lo nas respostas. No caso de mais de um profano, cada auxiliar do Ir∴ Exp∴ encostará a ponta de uma espada no peito do seu guiado. VEN∴ - (Dirigindo-se ao profano) - Vedes alguma coisa, Senhor F…? PROFANO - Não. VEN∴ - Sentis alguma impressão? PROFANO – A ponta de um ferro. VEN∴ - A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que, ferindo vosso coração, há de perseguir-vos se fordes traidor da associação a que desejais pertencer. Serve, também, para advertir-vos de que deveis mostrar-vos acessíveis às verdades que se sentem e que não se exprimem. O estado de cegueira em que vos encontrais é o símbolo das trevas que cercam o mortal que ainda não recebeu a Luz que o guiará na estrada da virtude. Pausa VEN∴ - Que quereis, Sr. F...? Por que vindes perturbar nossas meditações? O G∴ do Templ∴ retira a espada do peito do profano. PROFANO – ... VEN∴ - E esse desejo é filho de vosso coração? É por vossa vontade, sem constrangimento algum, que vindes pedir admissão entre nós? Sr. F.... 83
PROFANO – ... VEN∴ - Refleti bem no que pedis! A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos. Ela tem responsabilidades e deveres para com a Sociedade, a Pátria e a Humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios de uma severa moral, assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o cumprimento de sérios deveres, além de enormes sacrifícios. -Partículas da Humanidade, guia-nos pelo ideal e nos sacrificamos por ilusões, com as quais obtemos sempre todas as certezas humanas. Abraão, preparando-se para sacrificar o próprio filho, representa uma grande alegoria de devotamento e de obediência. Assim também a sociedade e a Pária podem levar seus filhos ao Altar do sacrifício, quando necessário for, para o bem das gerações vindouras. Nossa Ordem exigirá de vós um juramento solene e terrível, prestado já por muitos benfeitores da Humanidade. Todo aquele que não cumprir os deveres de Maçom em qualquer oportunidade, nós o consideramos traidor da Maçonaria. Pausa -Já passastes pela primeira prova - a da Terra -, pois é isto o que representa o compartimento em que estivestes encerrado e onde fizestes vossas últimas disposições. Ainda vos restam, porém, outras provas para as quais é necessária toda a vossa coragem. Consentis em submeter-vos a elas? Tende a firmeza precisa para afrontar todos os perigos a que vai ser exposta a vossa coragem, Sr. F...? PROFANO – ... VEN∴ - Ainda uma vez, refleti, Senhor. Se vos tornardes Maçom, encontrareis em nossos símbolos a realidade do dever. Não deveis combater somente vossas paixões e trabalhar para vosso aperfeiçoamento, mas tereis, ainda, de 84
combater outros inimigos da Humanidade, como sejam: os hipócritas, que a enganam; os pérfidos, que a defraudam; os ambiciosos, que a usurpam; e os corruptos e sem princípios, que abusam da confiança dos povos. A estes não se combate sem perigos. Senti-vos com energia, coragem e dedicação para combater o obscurantismo, a perfídia e o erro, Sr. F...? PROFANO – ... VEN∴ - Pois, se é essa a vossa resolução, não respondo pelo que vos possa acontecer. VEN∴ - Ir∴ Terrível, levai o profano para fora do Templo e conduza-o pelos caminhos escabrosos, por onde passam os temerários que aspiram conhecer nossos arcanos. O Ir∴ Exp∴ toma o profano pelo braço esquerdo e leva-o para fora do Templo. Neste momento, Ir∴ M∴ de CCer∴ coloca na porta de entrada do Templo plano inclinado, de cerca de 40 cm de altura. O Exp∴, depois de fazer o profano dar algumas voltas, o conduz novamente ao templo. Em seguida, ajuda o profano a subir até o último degrau da plataforma, ordenando que pule. Neste momento, dois IIr∴ deverão amparar o profano, a fim de que não se machuque. Terminada a prova, o Exp∴ anuncia: EXP∴ - Ven∴ Mestre, o profano deu prova de resignação e coragem. VEN∴- Senhor, é somente através dos perigos e das dificuldades que se pode alcançar a iniciação. Embora a Maçonaria não seja uma religião, e proclame a liberdade de consciência, tem, contudo, uma crença: proclama a existência de um Princípio Criador ao qual denomina GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO. É por isso que nenhum Maçom se empenha em qualquer empresa sem primeiro invocar o G∴A∴D∴U∴ 85
VEN∴- Ir∴ Exp∴, conduzi o profano para junto do Altar do Ir∴ 2º Vig∴ e fazei-o ajoelhar-se. Depois de executada a ordem: VEN∴ - Senhor F... , tomai parte na oração que, em vosso favor, vamos dirigir ao Senhor dos Mundos e Autor de todas as coisas. - (!) De pé e à ordem, meus IIr∴ (Descobre-se.) ORAÇÃO VEN∴ - Eis-nos, oh!. G∴A∴D∴U∴, em quem reconhecemos o Infinito Poder e a Infinita Misericórdia, humildes e reverentes aos Vossos pés. Contém nossos corações nos limites da retidão e dirigi nossos passos pela estrada da Virtude. Permiti que, por nossas obras, nos aproximemos de Vós, que sois Uno e subsistis por Vós mesmos, e a quem todos os seres devem a existência. Tudo sabeis e tudo dominais. Invisível aos nossos olhos, vedes no fundo de nossas consciências. Dignai-vos, oh! G∴A∴D∴U∴, proteger os Obreiros da paz, aqui reunidos. Animai o nosso zelo, fortificai nossas almas na luta contra as paixões. Inflamai nossos corações com o Amor e a Virtude e Guiai-nos para que, sempre perseverantes, cumpramos as Vossas Leis. Prestai a este profano, agora e sempre, Vossa proteção e amparai-o com Vosso braço Onipotente em todos os perigos por que vai passar. TODOS - Assim Seja! VEN∴- Senhor F..., nos extremos lances de vossa vida, em quem depositais confiança? PROFANO - ... 86
VEN∴ - Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui vosso guia com passo seguro e nada receeis. (Cobre-se.) O Ir∴ Exp∴ conduz o profano para entre CCol∴, devendo reinar profundo silêncio. VEN∴ (!) 1º VIG∴ (!) 2º VIG∴ (!) Todos se sentam. VEN∴ - Senhor F ..., antes que esta Assembléia consinta em admitir-vos às provas, devo sondar vosso coração, esperando que respondais com sinceridade e franqueza, pois vossas respostas não nos ofenderão. - Que idéia, que pensamentos vos ocorreram quando estáveis no lugar sombrio de meditação, onde vos pediram que escrevêsseis vossa última vontade? PROFANO - ... VEN∴- Em parte, já vos dissemos com que fim fostes submetido à primeira prova - a da terra. Os antigos diziam que havia quatro elementos: a Terra, a Água, o Ar e o Fogo. Vós estáveis na escuridão e no silêncio, como um encarcerado numa masmorra e cercado de emblemas da mortalidade e de pensamentos a ela alusivos, principalmente para compelir-vos a refletir séria e profundamente antes de realizardes um ato tão importante como o da iniciação em nossos Mistérios. A caverna onde estáveis, como tudo o que nos cerca, é simbólica. Os emblemas que ali existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida humana, lição trivial, sempre ensinada e sempre desprezada. 87
-Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis, primeiro, extinguir vossas paixões, os vícios e os preconceitos mundanos que ainda possuirdes, para viverdes com Virtude, Honra e Sabedoria. VEN∴- Credes em um Princípio Criador, Sr. F ...? PROFANO –... VEN∴ - Essa crença, que enobrece vosso coração, não é exclusivo patrimônio do filósofo e do Maçom. Desde que o selvagem compreendeu que não podia existir por si mesmo, que alguém deveria ter criado a majestosa natureza que o cerca, foi levado, instintivamente, a admirar o Criador Incriado, a quem rendeu tosco, mas sincero culto, como Ente Supremo e Grande Arquiteto dos Mundos. VEN∴ - Que entendeis por virtude, Senhor F ...? PROFANO - ... VEN∴ - É uma disposição da alma que nos induz à prática do bem. VEN∴ - Que pensais ser o vício, Sr. F...? PROFANO -... VEN∴ - É tudo que avilta o homem. É o hábito desregrado que nos arrasta para o mal. É para impormos um freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevarmo-nos acima dos vis interesses que atormentam o vulgo profano, e acalmarmos o ardor de nossas paixões, que nos reunimos neste Templo. Aqui trabalhamos para adaptar nosso espírito às grandes afeições, e a só concebermos idéias sólidas de virtude, porque, somente regulando nossos costumes pelos eternos princípios da Moral, é que poderemos dar à nossa alma esse 88
equilíbrio de força e de sensibilidade que constitui a Ciência da Vida. -Esse trabalho é muito penoso e, por isso, deveis refletir bem, antes de vos fazerdes Maçom, pois se fordes admitido entre nós, a ele tereis de vos sujeitar com satisfação. Pausa VEN∴ - Preferis seguir o caminho da Virtude ou do Vício, da Maçonaria ou do mundo profano, Senhor F...? PROFANO - ... VEN∴ - Senhor, toda associação tem leis particulares, e todo associado, deveres a cumprir. Como não é justo sujeitarvos a obrigações que não conheceis, ouvi a natureza desses deveres. VEN∴ - Ir∴ Orador, dizei ao profano quais são os deveres que terá que cumprir, se persistir em partilhar dos bens de nossa Ordem. ORAD∴ - O primeiro é o mais absoluto silêncio acerca de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem como de tudo quanto, para o futuro, chegardes a ouvir, ver e saber. - O segundo de vossos deveres, o que faz com que a Maçonaria seja a mais nobre e a mais respeitável das instituições humanas, é o de vencer as paixões ignóbeis, que desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-vos a prática constante das virtudes, socorrer os Irmãos em suas aflições e necessidades, encaminhá-los na senda da Virtude, desviá-los da prática do mal e estimulá-los a fazer o bem, pelo exemplo que derdes de Tolerância, de Justiça e de respeito à Liberdade, exigências primordiais de nossa Sublime Instituição. 89
-O que em um profano seria uma qualidade rara, não passa para o Maçom do cumprimento elementar de um dever. Toda ocasião que ele perde de ser útil é uma infidelidade; todo socorro que recusa é um perjúrio. E se a terna e consoladora amizade tem o seu culto em nosso Templo, é menos por ser um sentimento do que por ser um dever que se transforma em virtude. -O terceiro de vossos deveres, e a cujo cumprimento só ficareis obrigado depois de vossa iniciação, é o de vos sujeitardes, conscientemente, aos Landmarks da Ordem, aos dispositivos da Constituição, do Regulamento Geral e aos Códigos da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás e aos Regulamentos particulares desta Loja. VEN∴ - Agora, que conheceis os principais deveres de um Maçom, dizei-me se vos sentis com força e se persistis na resolução de vos sujeitardes à sua prática. Sr. F...? PROFANO - ... VEN∴ - Senhor, ainda exigimos de vós um juramento de honra que deve ser prestado sobre a T∴S∴ Pausa - Se sois sincero, bebei sem receio, mas, se no fundo de vosso coração, se oculta alguma falsidade, não jureis! Afastai antes essa Taça e temei o pronto e terrível efeito dessa bebida. Consentis no juramento, Sr. F...? PROFANO - ... Se houver mais de um profano, somente um deverá permanecer no Templo. VEN∴ - Ir∴ Sacrificador, conduzi o profano ao Trono. 90
O profano é levado para o Oriente, abeirando-se do lado esquerdo do Trono. VEN∴ - (Depois da chegada do iniciando) Ir∴ Terrível, vós que sois o sacrificador dos perjuros, apresentai ao profano a T∴S∴ O 1º Experto coloca na mão direita do profano a taça já contendo água açucarada e aguarda o sinal do Ven∴ para fazer o candidato bebê-la. Junto deve estar um frasco de tintura de quássia para ser despejada na taça, no momento oportuno. VEN∴ - Senhor F..., repeti comigo vosso juramento: JURO GUARDAR / O MAIS PROFUNDO SILÊNCIO / SOBRE TODAS AS PROVAS / A QUE FOR EXPOSTA MINHA CORAGEM. / SE EU FOR PERJURO / E TRAIR MEUS DEVERES, / SE O ESPÍRITO DE CURIOSIDADE / AQUI ME CONDUZ, / CONSINTO QUE A DOÇURA DESTA BEBIDA (ao sinal do Venerável, dá-se a taça ao profano, que beberá alguns goles do conteúdo) SE CONVERTA EM AMARGOR / E SEU EFEITO SALUTAR / SEJA PARA MIM /COMO UM SUTIL VENENO! (A outro sinal do Venerável, o Exp∴ fará o profano beber de um só gole a tintura amarga.) VEN∴ - (!) 1º. VIG∴ - (!) 2º. VIG∴ - (!) VEN∴ - (Com voz forte) Que vejo, Senhor?! Altera-se o vosso semblante? Vossa consciência desmentiria, porventura, as vossas palavras de sinceridade? A doçura dessa bebida 91
mudar-se-ia em amargor? (Ao Exp∴) - Retirai o profano! O iniciando é levado com brandura e firmeza para fora do Templo. Havendo mais de um candidato, serão levados para entre Colunas somente após todos passarem pela prova. VEN∴ - Senhor, não quero crer que tenhais o intuito de nos enganar. Entretanto, ainda podereis retirar-vos, se assim o quiserdes. Pausa -Bebestes da T∴S∴, da boa ou da má sorte - que é a Taça da Vida Humana. Consentimos que provásseis a doçura da bebida e, ao mesmo tempo, fostes levado a esgotar o amargo dos seus féis. Isso vos lembrará que o Maçom deve gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do bem que goza, desde que vá ofender ao infortúnio. Refleti bem, senhor! Qualquer imprudência vos poderá ser prejudicial, pois se avançardes mais um passo, será tarde para recuardes. Persistis em entrar para a Maçonaria, Sr. F...? PROFANO - ... VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano sentar-se na Cadeira das Reflexões. O Exp∴ faz o profano dar uma volta rápida e senta-o na Cadeira das Reflexões, que deverá estar entre Colunas. VEN∴ - Senhor F ..., que a obscuridade que vos cobre os olhos e o horror da solidão sejam vossos únicos companheiros. 92
LONGA PAUSA, SOB SILÊNCIO PROFUNDO. VEN∴ - Já refletirdes, Senhor F..., nas conseqüências de vossas pretensões? Pela última vez, dizei-me: quereis voltar para o mundo profano ou persistis conquistar um lugar entre os Maçons? PROFANO - ... VEN∴ - Ir∴ Terrível, apoderai-vos do profano e fazeio praticar sua primeira viagem. Empregai todos os esforços para livrá-lo dos perigos. E vós, Senhor, concentrai vossa atenção nas provas a que ides vos submeter, para que possais apreender seu caráter misterioso e emblemático. Procurai penetrar em sua significação oculta, porque a venda material que cobre vossos olhos não pode interceptar vossa visão intelectual. Na Maçonaria nada se faz que não tenha razão de ser. Esforçai-vos por compreender, porque do resultado desses esforços dependerá toda a extensão dos conhecimentos que, como Maçom, deveis adquirir. O Ir∴ Exp∴, segurando o profano pela mão esquerda, leva-o a percorrer um caminho cheio de obstáculos. Durante essa viagem, o silêncio é quebrado por sons imitando o trovão, os quais cessarão quando o profano chegar ao Altar do 2º Vig∴, pelo lado esquerdo, onde o Ir∴ Exp∴ o faz bater, com a mão direita, três pancadas. 2º VIG∴ - (Levantando-se precipitadamente colocando o malhete no peito do profano) Quem vem lá?
e
EXP∴ - É um profano que deseja iniciar-se em nossos Augustos Mistérios. 2º VIG∴ - E como pôde ele conceber tal esperança?
93
EXP∴ - Porque é livre e de bons costumes; porque quer contribuir para a realização da solidariedade humana e porque, estando nas trevas, deseja a Luz. 2º VIG∴ - Se assim é, passe. EXP∴ - (Depois de reconduzir o profano para entre Colunas) Ven∴ Mestre, o profano terminou com coragem a sua primeira viagem. O profano senta-se. VEN∴ - Esta primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos, representa o segundo elemento - o Ar -, símbolo da vitalidade, emblema da vida humana, com seus tumultos de paixões, suas dificuldades, os ódios, as traições, as desgraças que ferem o homem virtuoso, a vida humana na luta dos interesses e das ambições, cheia de embargos aos nossos intentos. Vendado como vos achais, representais a ignorância, incapaz de dirigir seus esforços, sem um guia esclarecido. Este símbolo, porém, se adapta a uma série de grandes concepções. -É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de dirigir, necessita de amparo e guia de seus pais; da Sociedade, aonde a inteligência de um pequeno grupo conduz as massas ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, aonde os povos mais inteligentes conduzem e dominam os mais atrasados. -Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os mundos, no seu caminhar interessante através do éter, girando com velocidade vertiginosa sem o mínimo rumor. Esses mundos, infinitos em número, pesando milhões e milhões de toneladas, estão sujeitos a Leis fixas e imutáveis, às quais obedecem cegamente, qual vós ao vosso guia. Mas, Senhor, a expressão simbólica de vossa cegueira e da necessidade que tendes de quem vos conduza representa o domínio que vosso 94
espírito, esclarecido pelos nossos sãos ensinamentos, deve exercer sobre a cegueira das vossas paixões, transformando a materialidade dos sentimentos profanos, que acaso existam em vós, em puros sentimentos maçônicos, criando em vós mesmo outro ser, pela espiritualização e elevação de vossos sentimentos. Tereis então retirado a venda material que prende vossa alma e não mais precisareis de guia em vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes pedindo para ver a Luz. -São estes os ensinamentos desta primeira viagem. A Maçonaria, porém, ensina-nos a suportar todos os reveses da sorte, proporcionando-nos consolações salutares e grandes compensações. Pausa VEN∴ - Estais dispostos a vos expor aos riscos de uma segunda viagem, Sr. F...? PROFANO - .... VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a segunda viagem, livrando-o dos abismos e enchendo-o de coragem. O Ir∴ Exp∴, segurando o profano pela mão esquerda, leva-o a percorrer um caminho mais suave. Durante essa viagem, ouvem-se o tinir descompassado de espadas e música apropriada, que cessarão quando o profano chegar ao Altar do 1º Vig∴, pelo lado esquerdo, onde o Ir∴ Exp∴ o faz bater com a mão direita, três vezes. 1º VIG∴ - (Levantando-se precipitadamente e colocando o Malhete no peito do profano) Quem vem lá? EXP∴- É um profano que, pretendendo nascer de novo, deseja iniciar-se Maçom. 95
1º VIG∴ - E como pôde ele conceber tal esperança? EXP∴- Porque deseja instruir-se e aperfeiçoar-se e, estando nas trevas, deseja a luz. 1º VIG∴ - Se assim é, seja purificado pela Água. O Ir∴ Exp∴ conduz o profano para junto do Mar de Bronze, em cujas águas o M∴ de CCer∴ mergulha suas mãos, enxugando-as, em seguida. O Experto reconduz o profano para entre CCol∴, e anuncia: EXP∴ Ven∴ Mestre, está terminada a segunda viagem. VEN∴ - Senhor F..., passastes pela terceira prova - a da Água -. A Água, em que mergulharam vossas mãos, é o símbolo da pureza da vida maçônica. Vossas mãos não devem ser, jamais, instrumento de ações desonestas. Purificadas, conservai-as limpas. Nas antigas iniciações, a purificação da alma fazia-se pelas águas, imagem também do oceano da vida, com as furiosas vagas das ilusões. -Ouvistes, nesta viagem, o entrechocar de armas brancas em combate. Eles simbolizam o perigo que encontrais para sairdes vitoriosos no combate às vossas paixões, no aperfeiçoamento de vossos costumes. Guiado como estáveis, representáveis o discípulo vivendo harmônica e fraternalmente com o Mestre. Um ministrando, com desvelo, a experiência e as virtudes que adquiriu; o outro, solícito, deixando-se conduzir. O amparo que vos foi prestado nessa viagem é a segunda manifestação da solidariedade humana, sem a qual as atuais gerações, não fortalecidas, deixam de concorrer para o progresso das gerações futuras. Menos penosa que a primeira, essa viagem também significa que a constância e a perseverança nas lutas contra os vícios do mundo profano têm por termo a paz de consciência.
96
Pausa VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a terceira viagem. Nesse momento, o M∴ de CCer∴ prepara o turíbulo com incenso no altar dos perfumes, e as chamas do fogo sagrado, junto à grade sul do Oriente, para cumprir o ritual da terceira viagem.
O Exp∴, com as mesmas formalidades, faz o profano percorrer o caminho livre de obstáculos, conduzindo-o ao Altar do Venerável Mestre, do lado esquerdo, onde o profano baterá três vezes com a mão direita. Durante a viagem deverá reinar silêncio profundo, apenas ouvindo-se música suave. VEN∴ - (Encostando o Malhete no peito do profano) Quem vem lá? EXP∴ - É um profano que aspira a ser nosso Irmão e nosso amigo. VEN∴ - E como pôde ele conceber tal esperança? EXP∴ - Porque presta culto à Virtude e, detestando a ociosidade, promete contribuir com o seu trabalho para a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade Social, e porque, estando nas trevas, deseja a luz. VEN∴ - Pois que assim é, passe pelas chamas do FOGO SAGRADO, para que de profano nada lhe reste. O Ir∴ Exp∴ conduz o profano ao Altar dos Perfumes, onde o M∴ de CCer∴ o incensa por três vezes. Voltando para entre CCol∴, em caminho entre o Or∴ e Oc∴, deve passar três vezes pelas chamas do Fogo Sagrado. 97
VEN∴ - (!) As chamas que vos envolveram simbolizam o batismo da purificação. Purificado pela Água e pelo Fogo, eliminaram-se as nódoas do vício. Estais, simbolicamente, limpo. Esse fogo, cujas chamas simbolizam também aspiração, fervor e zelo, lembrar-vos-á de que deveis aspirar à verdadeira glória, trabalhando ininterruptamente pela causa em que nos empenhamos e que é a causa do povo e da felicidade humana. Tudo até aqui passou sem perigo. Antes, porém, de serdes iniciado em nossos Mistérios, deveis passar pelo batismo de sangue. Se vos sentis cheio de valor para vos sacrificardes pelos serviços da Pátria, da Ordem e da Humanidade, com risco da própria vida, deveis selar vossa profissão de fé com o vosso sangue. Estais dispostos a isso, Sr. F...? PROFANO - ... VEN∴ - A vossa resignação nos basta. O batismo de sangue não é um símbolo de purificação, mas o batismo do heroísmo e da dedicação do soldado e do mártir. Vossa resignação é o penhor solene de que jamais faltareis ao cumprimento de vossos deveres maçônicos, por medo ou terror do perseguidor ou do tirano. Lembrando-vos do sangue derramado em todas as épocas de perseguição, aumentareis vossa tolerância. Vosso valor e vossa dedicação já vos dão direito a serdes recebidos entre nós. Antes, porém, devo mandar imprimir em vosso peito o cunho inextinguível que vos tornará reconhecido por todos os Maçons do Universo. VEN∴ - Ir∴ Chanceler, cumpri vosso dever. O Ir∴ Chanc∴ irá aproximar do peito do profano um objeto aquecido, que lhe transmita a impressão de calor. 1º VIG∴- (!) GRAÇA! GRAÇA!, VEN∴ MESTRE. VEN∴ - Graça lhes seja concedida, pois um sinal dessa natureza é inútil, porque não penetra no coração, onde a mão de Deus imprimiu o selo da Caridade. 98
Pausa -Sr. F..., agora, queremos experimentar vossos sentimentos, antes de realizarmos vossos desejos. Há Maçons necessitados, viúvas e órfãos a socorrer, sem ostentação nem publicidade, pois a beneficência maçônica não se traduz por atos de vaidade, próprios aos que dão com orgulho, humilhando quem recebe. Por isso, atendei ao apelo que nosso Ir∴ Hosp∴ vai fazer à bondade de vosso coração. -Fazei-o, porém, sem que ninguém veja o que depositardes na bolsa que ele vos apresentará. HOSP∴ − (Apresentando a bolsa para o Tronco de Solidariedade) Peço-vos um pequeno auxílio para os desgraçados que devemos socorrer. PROFANO ........ HOSP∴ - Ven∴ Mestre, o profano deixou de contribuir para o Tronco de Solidariedade, faltando, assim, aos princípios de caridade de nossa Instituição. VEN∴ - Senhor, não foi nosso intuito colocar-vos em situação embaraçosa e, muito menos, humilhar-vos. Quisemos, com o pedido que vos fez o Irmão Hospitaleiro, lembrar-vos duas coisas: Primeiro, que estais desprovido de tudo quanto representa valor monetário, a que chamamos metais. Despojado de metais, estais, simbolicamente, despido das vaidades e do luxo da sociedade profana. Segundo, a angústia que deve sentir um coração bem formado, quando se encontra na impossibilidade de socorrer a miséria e as necessidades suportadas pelos deserdados da fortuna. 99
Estas duas interpretações simbólicas, de vossa privação de metais, servem, ainda, para demonstrar-vos que só damos valor às qualidades morais, servindo os metais apenas para socorrer nossos semelhantes. Pausa VEN∴ - Deveis, como final de vossa iniciação, prestar um compromisso solene, que só deve ser contraído livremente. Ouvi com atenção a fórmula desse compromisso, que deveis assumir sob juramento e que não é incompatível com os deveres morais, cívicos e religiosos. Se notardes alguma coisa que seja contrária à vossa consciência, o que não creio, declarai-o com franqueza, porque, sendo ele tão solene, só deve ser prestado livremente. Prestai atenção e refleti bem, antes de vos decidirdes. ORAD∴ - (Lendo a fórmula) Juro e prometo, de minha livre vontade e por minha honra, em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja, que são os representantes de todos os Maçons espalhados pelo Universo, nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que me vão ser confiados, se não em Loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possa divulgá-los. -Comprometo-me a defender e proteger meus IIr∴ esparsos pelo mundo, em tudo o que puder e for necessário e justo. -Prometo, também, conservar-me sempre cidadão honesto, nunca atentando contra a honra de ninguém, juro digno, submisso às leis do País, amigo de minha família e Maçom sincero e especialmente contra a de meus Irmãos e de suas famílias. -Juro e prometo, ainda, reconhecer como autoridade 100
maçônica legal e legítima, nesta jurisdição, a Grande Loja Maçônica do Estado de ..., da qual esta Loja é obediente; seguir suas leis e regulamentos, bem como todas as ordens legais e legítimas dos que vierem a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar meus conhecimentos, de acordo com os Landmarks, as Leis da Ordem e do Rito Escocês Antigo e Aceito. -Procurarei tornar-me sempre um elemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria. Repelirei toda e qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o homem dos direitos e deveres de cidadão e de sua liberdade de consciência. -Tudo isso, prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou reserva mental e, se eu faltar à minha palavra, consinto em ser excluído de toda a sociedade de homens de bem, que, então, deverão ver em mim um ente sem honra nem dignidade. VEN∴ - Senhor, ouvistes a fórmula do juramento que vos exigimos. Agora, refleti sobre a gravidade do ato que ides praticar e das obrigações que deveis assumir. VEN∴ - Respondei com toda franqueza: consentis em prestar este juramento, Sr. F...? PROFANO - .... VEN∴ - Ir∴ Terrível, conduzi o profano para fora do Templo, porque vamos deliberar sobre a sua definitiva admissão. O profano é conduzido ao Átrio, e o 1º Exp∴ retorna ao Templo. VEN∴ - (Depois de fechada a porta) Meus IIr∴, se já formastes vossas conclusões sobre a iniciação do candidato 101
F..., e se o julgais digno de permanecer entre nós, e consentis em sua admissão definitiva, manifestai-vos pelo sinal. Se houver objeção, a Loja, sem discuti-la, por maioria de votos. Em caso desfavorável, o comunicado ao profano, que, em seguida, deixará acompanhado pelo padrinho ou seu substituto. favorável:
resolverá fato será o edifício Em caso
VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, ide buscar o profano. Cumprida a ordem e fechada a porta do Templo. VEN∴ - Senhor F..., chegou o momento de receberdes o prêmio de vossa firmeza e constância. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴ fazei o candidato ajoelhar-se diante ao Altar dos juramentos para prestar seu solene compromisso. VEN∴ - (!) - De pé e à ordem, meus IIr∴ O iniciando vai prestar seu solene juramento. VEN∴ - (Ao profano) Já ouvistes o juramento que ides prestar e sobre ele meditastes. Vou lê-lo novamente, e a cada uma de minhas perguntas respondereis: Eu juro! VEN∴ - (Lendo pausadamente) Senhor, jurais e prometeis, por vossa livre vontade, por vossa honra e vossa fé, em presença do G∴A∴D∴U∴ e de todos os Maçons espalhados pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os legítimos representantes, nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que vos forem confiados, a não ser em Loja regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, traçar, imprimir ou empregar outros meios pelos quais possam divulgá-los? 102
PROFANO - Eu juro! VEN∴ - Jurais defender e proteger vossos IIr∴ esparsos pelo mundo em tudo que puderdes e for necessário e justo? PROFANO - Eu juro! VEN∴ - Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão honesto e digno, submisso às leis do País, amigo de vossas famílias e Maçons sinceros, nunca atentando contra a honra de ninguém, principalmente contra a de vossos IIr∴ e de suas famílias? PROFANO - Eu juro! VEN∴ - Jurais e prometeis reconhecer, como autoridade maçônica legal e legítima, nesta Jurisdição, ..., da qual depende esta Loja; seguir suas leis e regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que vierem a ser vossos superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar os vossos conhecimentos de acordo com os Landmarks e as Leis da Ordem; procurar ser um elemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria, repelindo toda e qualquer associação, seita ou partido que, por juramento, prive o homem de seus direitos e deveres de cidadão? PROFANO - Eu juro! VEN∴ - Agora, Senhor, repeti as palavras que vou ditar e que são o complemento de vosso juramento: VEN∴ - Tudo isso eu prometo / cumprir sem sofisma, / equívoco ou reserva mental / e se violar esta promessa, / que faço sem a mínima coação, / seja-me A∴ a L∴, / meu P∴C∴ / e meu C∴ E∴ / em lugar ignorado, / onde fique em 103
perpétuo esquecimento, / sendo eu declarado / sacrílego para com Deus / e desonrado para com os homens. TODOS - Assim seja! VEN∴ - Sentemo-nos. O M∴ de CCer∴ levanta o profano e o conduz para entre CCol∴
Nesse momento, o Ir∴ Exp∴ vai ao Átrio e organiza a cena de São João. VEN∴- Senhor, prestastes vosso juramento solene. De hoje em diante, estais ligado para sempre à nossa Ordem. Jurastes obediência aos Governos da Ordem e aos seus chefes. Estais ainda dispostos a permanecer entre nós? Profano - ... VEN∴ - (Sendo a resposta afirmativa) Pois se continuais firme em vosso propósito de ingressar em nossa Associação Fraternal, ides ver, agora, o martírio e a perversidade a que submeteram um dos nossos maiores Mestres e Protetores. Escolhemos este modo de martirizarão para com ele castigarmos os perjúrios. VEN∴ - Ir. 1º Exp∴, conduzi o iniciando ao Átrio, para mostrardes o que lhe poderá suceder, doravante, quer permanecendo entre nós e expondo-se, assim, aos botes da ignorância e da perversidade dos que ainda tateiam nas trevas, quer tornando-se perjuro e expondo-se, por isso, à nossa terrível vingança.
104
O iniciando é conduzido ao Átrio, onde estará colocada uma figura representando São João Batista degolado. Uma Luz fraca de uma chama iluminará a cena. Os demais Irmãos ficam de pé, sem insígnias, com o rosto oculto por capuz e armados de espada, que apontam para o profano. Nesse momento, apagam-se as luzes do Templo, e a porta fica entreaberta. O Venerável Mestre dará, lentamente, a bateria do grau. Em seguida, o M∴ de CCer∴ desvenda o profano. Todos se conservam em profundo silêncio. VEN∴ - (Em voz alta, sem sair do Trono) O corpo que aí vedes representa nosso Mestre e Protetor, São João Batista, friamente assassinado para satisfação dos caprichos de uma mulher fácil e vingativa, depois de encarcerado em uma masmorra, por ter proclamado, publicamente, as faltas e os erros cometidos pelos ricos e poderosos; pelos que martirizavam o povo, pelos que usavam da violência e arbitrariedade, abusando do poder; pelos que juravam em falso, para melhor exercer suas vinganças. -Ele representa o verdadeiro Maçom, sacrificando-se pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos poderosos e dos tiranos. Esse clarão pálido e lúgubre da chama que vedes é o emblema do fogo sombrio que há de iluminar a vingança que os perjuros e traidores prepararam para o próprio castigo. Essas espadas vos dizem que não haverá recanto na Terra em que os perjuros possam encontrar refúgio, sem que sejam precedidos pela vergonha do crime. O iniciando é novamente vendado, acende-se as luzes, e o conduz, ao Templo, onde fica entre CCol∴. Todos, revestindo suas insígnias, retornam ao Templo, onde permanecem com a ESPADA NA MÃO ESQUERDA, cujas pontas estarão voltadas na direção do iniciando. Todos estarão de pé e à ordem e com o rosto oculto por um capuz.
105
VEN∴ - (!) De pé e à ordem, meus Ir∴ VEN∴ - (!) - Ir∴1º Vig∴, sobre quem se apóia uma das CCol∴ deste Templo, agora que a coragem e a perseverança desse profano fizeram-no sair vitorioso do porfiado combate entre o homem profano e o homem Maçom; que pedis em seu favor? 1º VIG∴ - LUZ, Ven∴ Mestre. APAGAM-SE TODAS AS LUZES DO TEMPLO VEN∴ G∴A∴D∴U∴:
No
princípio
do
mundo,
disse
o
- FAÇA-SE A LUZ (!) 1º VIG∴ - (!) 2º VIG∴ - (!) VEN∴ - E A LUZ FOI FEITA (!) 1º VIG∴ - (!) 2º VIG∴ - (!) VEN∴ - A LUZ SEJA DADA AO NEÓFITO (!) 1º VIG∴ - (!) 2º VIG∴ - (!) Logo após a última pancada do 2º Vig∴, o M∴ de CCer∴ desvenda o neófito, ao som de música sugestiva de triunfo. Passados alguns segundos, as luzes são acesas gradativamente. 106
VEN∴ - (Após o acendimento total das luzes) SIC TRANSIT GLORIA MUNDI! Pausa VEN∴ - Não vos assusteis com estas espadas voltadas para vós. Elas significam que em todos os Maçons encontrareis amigos dedicados e leais, verdadeiros irmãos, prontos a auxiliar-vos nos transes mais difíceis de vossas vidas, se respeitardes e observardes escrupulosamente nossas leis. Significa, também, que entre nós encontrareis quem zele pelas leis e pela natureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas, por faltardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela direção que tomam, são a irradiação intelectual que cada Maçom projetará, de hoje em diante, sobre vós. Empunhadas com a mão esquerda, do lado do coração, aludem, ainda, aos eflúvios de simpatia, que de todos os lados se concentram sobre vós, recebido com grande alegria no seio da Família a que agora pertenceis. VEN∴ - (Para os Irmãos) Meus IIr, embainhai vossas espadas. Todos descobrem os rostos e retornam à seus lugares, permanecendo de pé, sem estarem à ordem. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o nosso novo Irmão ao Alt∴ dos JJ∴ O M∴ de Cerimônias conduz o neófito ao Altar dos Juramentos, para onde irá também o Ven∴ Mestr∴, que ficará em face ao profano. O Porta Estandarte, empunhando o Estandarte da Loja, e o Porta Espada, portando a Espada Flamejante, postar-se-ão ao lado direito do profano, que se ajoelhará como na ocasião do juramento.
107
VEN∴ - À Ordem, meus Irmãos. VEN∴ - À Glória do G∴A∴D∴U∴ O Venerável, segurando a espada com a mão esquerda, por sobre a cabeça do Neófito: VEN∴ - Em nome e sob os auspícios da ... e em virtude dos poderes que me foram conferidos por esta Loja, eu vos constituo Aprendiz Maçom e vos recebo como membro ativo desta Augusta e Respeitável Loja Simbólica. O Ven∴ Mestr∴ dá a bateria do Grau na lâmina da espada. Depois, dando a mão direita ao neófito, levanta-o colocando-o de frente para a Col∴ do SUL. VEN - (Aos demais IIr∴) Sentai-vos, meus IIr∴ VEN∴ - (Dirigindo-se ao neófito) Meu Irmão, recebei este avental (entrega-lhe o avental, que não deve ser colocado neste instante), a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do trabalho a nos indicar que devemos ser sempre ativos e laboriosos. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque jamais ele vos desonrará. Sem ele não podereis comparecer às nossas reuniões, mas também não deveis usá-lo para visitar uma Loja em que haja um Irmão contra o qual tenhais animosidade ou com o qual estejais em desarmonia. Deveis, antes e nobremente, restabelecer vossas relações de fraternidade e cordial amizade. Reatadas, podereis, revestido de vossas insígnias, trabalhar em Loja. Mas se não puderes restabelecer as vossas relações, melhor será que vos retireis, antes que a paz e a harmonia da Loja sejam perturbadas com a vossa presença. -Obedecendo a uma antiga tradição, ofereço-vos dois pares de luvas (entrega as luvas, sem colocá-las). Um é para vós; pela sua alvura, recordar-vos-á da candura que deve reinar 108
no coração dos Maçons e, ao mesmo tempo, avisar-vos-á de que nunca deveis manchar as vossas mãos nas impurezas do vício e do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais estimardes e que mais direito tiver ao vosso respeito, a fim de que ela vos recorde, constantemente, os deveres que acabais de contrair para com a Maçonaria. Este oferecimento tem, também, a finalidade de prestar homenagem à virtude da mulher (mãe, esposa, irmã ou filha) que é quem nos traz consolação, conforto e alento nas amarguras, nas atribulações e nos desfalecimentos de nossa vida. -Agora vou comunicar-vos os segredos do grau de Ap∴ M∴, ou seja, o S∴, ο T∴ e a P∴, que permitem aos Maçons o reconhecimento entre si. Todos tem por base o número três, correspondente aos três pontos da esquadria, formada pelo Nível e pelo Prumo. -Deveis estar perfeitamente ereto, formando com os pés uma e∴ (coloca o Neófito na posição). O corpo, nesta posição, é considerado como emblema do espírito, e a dos pés representa a retidão das ações. Avançai, agora com o p∴e∴ (o neófito executa), juntando em seguida ao seu c∴ o c∴ do p∴ d∴ (o Neófito executa). Este é o primeiro p∴ r∴ da Maçonaria e é nesta posição que os segredos do grau se comunicam. Esses segredos são um s∴, um t∴ e a uma p∴ -O s∴ é este (faz o s∴); o t∴ é este (dá o t∴), ao qual se corresponde (executa). Este T∴ indica o pedido de uma P∴ S ∴, que não se escreve, nem se pronuncia, dá-se por L∴ e S∴ Vou ensinar-vos, juntamente com o Ir∴ M∴ de CCer∴ (toma a m∴ do aprendiz e dá o t∴). Ir∴ M∴ de CCer∴, como se chama este T∴? M∴ DE CCER∴- O T∴ de A∴ VEN∴- Que indica? 109
M∴ DE CCER∴ - Que se pede a P∴ S ∴ VEN∴ - Dai-me a P∴ S∴ M∴ DE CCER∴ - Como aprendiz, não sei ler nem escrever, Ven∴ Μestre, sei apenas soletrar. P∴ I∴ N∴ V∴ P∴ D∴ S∴S∴D∴A∴ P∴L∴ Q∴ E∴ V∴ D∴A∴S∴ Dão assim a palavra VEN∴- (Ao Neófito) Esta palavra deriva da Coluna colocada no lado Norte da porta do Templo de Salomão e significa FORÇA, MORAL e APOIO. -Há também a P∴ Semestral, renovada de seis em seis meses, dada pelo Grão-Mestre na época dos solstícios e que serve para comprovar a regularidade do obreiro. Não se pode entrar em Loja regular sem a conhecer. No fim da sessão eu vos comunicarei com as formalidades estabelecidas. Deveis sempre dar, pela forma que vistes, a P∴. S∴ ao Cobridor da Loja que fordes visitar; mas deveis também trocar a semestral para que tenhais a certeza de que entrais em Loja regular. -Dai mais dois pp∴ iguais ao primeiro (o Neófito executa). É com estes três pp∴ que se entra numa Loja em trabalhos, fazendo-se, em seguida, a Saudação ao Ven∴Mestre e aos Vigilantes, da seguinte forma: (faz a saudação). -A vossa idade maçônica é: (diz a idade). -Para que tomeis conhecimento das Leis que nos regem, recebereis o exemplar da Constituição e do Regulamento Geral da nossa .. e o Ritual do Grau de Aprendiz Maçom. Façais a leitura refletidamente, pois pelos dois primeiros tomarais conhecimento dos poderes que nos regem e dos vossos deveres e direitos, em geral. Pelo Ritual aprendereis o simbolismo que usamos. Não deveis, entretanto, restringir-vos às explicações 110
que nele estão, porque nossos símbolos podem ser encarados debaixo de múltiplos pontos de vista, e cada um deles dá lugar a interpretações filosóficas análogas, mas diferentes. -A Maçonaria, meu Irmão, é uma associação cosmopolita em sua índole e em sua essência; contudo, em diversas partes do mundo seguem-se Ritos que diferem apenas nas formas exteriores, na ordem e número de graus e em alguns pontos regulamentares, o que, todavia não impede que os Maçons a eles filiados se reconheçam mutuamente, e se tratem como Irmãos. -A nossa regularidade está nesta Carta Constitutiva (mostra a carta) oriunda da Grande Loja Maçônica do Estado de....., que, como já ouvistes, é uma Potência Maçônica Simbólica legal e legítima na jurisdição deste Oriente, e que, por um tratado com o Soberano Supremo Conselho do Grau 33, do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República do Brasil, tem soberania administrativa e dogmática sobre o simbolismo deste Rito. -Agora, meu Ir∴, recebei o abraço fraternal, que vos dão, por meu intermédio, todos os Obreiros desta Loja e que, crentes na sinceridade de vossas intenções, esperam encontrar em vossa ação maçônico-social a prática rigorosa dos sãos e sublimes princípios da verdadeira Maçonaria. (Dá o abraço e retorna ao Trono.) VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o Ir∴ Ap∴ ao Ir∴ 2º Vig∴, para que o reconheça pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴, e ao Ir∴ 1º Vig∴, para que o ensine a trabalhar na P∴ B∴
111
O M∴ de CCer∴ cumpre a ordem. O Ir. 2º Vig. levanta-se e faz o exame. Em seguida, o neófito é conduzido ao Ir. 1º Vigilante, que se levanta, mostra ao neófito a P∴ B∴ e ensina-lhe o modo pelo qual a desbastará. O Ir∴ M∴ de CCer∴ conduz o Neófito para entre Colunas. 2º VIG∴- Ir∴ 1° Vig∴, o nosso Ir∴ Neófito foi reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴ 1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Aprendiz, depois de reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴, já começou a desbastar a P∴ B∴ VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o Neófito ao vestíbulo, preparai-o e ensinai-o a entrar em um Templo Maçônico. O M∴ de Cerimônias conduz o Neófito à Sala dos Passos Perdidos, onde este se reveste de suas roupas, luvas e do avental, e aprende como entrar no Templo ritualisticamente. Depois, bate regularmente à porta do Templo. 2º VIG∴ - (Após a entrada do Neófito de forma regular) Ir∴ 1° Vig∴, o Neófito entrou como Ap∴ M∴ e está entre CCol∴ 1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Neófito entrou como Ap∴ M∴ e acha-se entre CCol∴ VEN∴ - (Ao neófito) Meu Ir∴, este é para vós um dia de glória que jamais deveis esquecer. Permiti que vos felicite por terdes sido admitido em nossa Ordem. VEN∴ - (!) De pé e à ordem, meus IIr∴
112
VEN∴ - (!) Proclamo pela primeira vez o Ir∴F∴..., Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do Estado de...... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as ocasiões em que ele necessitar. 1º VIG∴- (!) Proclamo pela segunda vez o Ir∴F∴..., Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do Estado de....... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as ocasiões em que ele necessitar. 2º VIG∴ - (!) - Proclamo pela terceira vez o Ir∴F∴..., Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do Estado de....... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as ocasiões em que ele necessitar VEN∴- Felicitemo-nos, meus IIr∴, pela aquisição do novo Obreiro e amigo que vem abrilhantar as CCol∴ desta Loja, auxiliando nos trabalhos e cultivando conosco as afeições fraternais. A mim, meus IIr∴, pelo S∴, pela B∴ e pela Acl∴ Cumprida a ordem. VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, convidai o neófito a gravar na Tábua da Loja o seu “ne varietur” e depois o fazei sentar-se no topo da Col∴ do Norte. VEN∴ - IIr∴1° e 2º VVig∴, ajudai-me a explicar ao Ir. Neófito, os significados dos instrumentos e utensílios do Aprendiz Maçom. 113
Pausa VEN∴− Esses instrumentos são: a Régua de 24 polegadas. 1° VIG∴- O Maço. 2° VIG∴ - O Cinzel. VEN∴ - A Régua era usada pelos Maçons Operativos para medir e delinear os trabalhos, medindo, também, o tempo e o esforço a despender. Como, porém, não somos operativos, mas livres e Aceitos, ou especulativos, empregamos a Régua, assim dividida, porque ela nos ensina a apreciar as 24 horas em que está dividido o dia, induzindo-nos a empregá-la com critério, na meditação, no trabalho e no descanso físico e espiritual. 1° VIG∴ - O Maço é instrumento importante, e nenhuma obra manual poderá ser acabada sem ele. Ensina-nos, também, que a habilidade, sem o emprego da razão, é de pouco valor, e que o trabalho é uma obrigação do homem. Inutilmente o coração conceberá e o cérebro projetará, se a mão não estiver pronta a executar o trabalho. 2° VIG∴ - Com o Cinzel o Obreiro dá forma e regularidade à massa informe da Pedra Bruta e pode marcar impressões sobre os mais duros materiais. Por ele aprendemos que a educação e a perseverança são precisas para se chegar à perfeição; que o material grosseiro só recebe fino polimento depois de repetidos esforços e que unicamente por seu incansável emprego é que se adquire o hábito da virtude, a iluminação da inteligência e a purificação da alma. VEN∴ - E, do todo, inferimos este ensinamento moral: “O conhecimento, baseado na exatidão, ajudado pelo trabalho, e efetivado pela perseverança, vencerá todas as dificuldades, 114
extinguindo as trevas da ignorância e espargindo a felicidade no caminho da vida”. -Tornai-vos, pois, a partir de hoje, investigador da Verdade; aperfeiçoai-vos na Arte Suprema do pensamento ARTE REAL-, que é o objeto das iniciações maçônicas; penetrai em nossos Mistérios e vinde, com assiduidade, aos trabalhos, para serdes admitido às graças que a Loja não recusa aos Obreiros que elevam em seu conceito. -Agora, meu Irmão, vos serão restituídos os metais de que fostes despojados. VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, entregais os metais ao Neófito. VEN∴ - (Após a entrega). O falso brilho das coisas não deve, doravante, iludir-vos, porque já percorrestes o primeiro ciclo de transformação radical de vosso ser, pois fostes purificado intelectual e moralmente. VEN∴ - Ir∴ Orador, tendes a palavra. (!) Atenção, meus Irmãos. ORADOR – (lendo) Meu Irmão, -Causou-vos, naturalmente, estranheza que, em nossa associação fôsseis recebidos de modo muito diverso do que se pratica nas sociedades civis. Em vez da simples aceitação e da apresentação aos co-associados, passastes, aqui, por um cerimonial e por um interrogatório, que pareceram, talvez, inúteis; principalmente pela época materialista que empolga a vida hodierna. -Se voltarmos um pouco ao passado, e o compararmos ao presente, veremos que alguma coisa de eternamente belo e admirável existe no homem. Quando lhe examinamos os 115
instintos morais, o vemos, através das luzes da razão e sãs inspirações, senhor de seus deveres e de seus direitos, para chegar ao apogeu da perfeição a que é destinado pela natureza, Eis porque nossas cerimônias se destinam a mostrar-vos que, a partir de hoje, tendes a desempenhar o glorioso papel de construtor social. -Mas, perguntareis, onde encontrar, na ciência humana, nesse amálgama onde o bem e o mal estão intimamente ligados, que parecem formar um único corpo, os elementos precisos de regeneração? -Não abusemos de nossas próprias franquezas e, muito menos, do enlevo de nossas vaidades. O mal existe por toda a parte, com atrações tentadoras, mas por toda parte está, igualmente, o bem, servindo de eixo a todas as existências sociais do amanhã. O mal não é um princípio desconhecido como o bem, uma causa sem origem, é o lado fraco de nossa natureza, o passo escorregadio da vida sensitiva e se, manchando tronos e altares, corrompendo choupanas e palácios, invade a humanidade, não é justo que sacrifiquemos nossa dignidade de homem e nossa força moral aos apetites da vida material; não é para que fujamos da ciência do bem, mas para que possamos pô-la em prática no meio social. -Eis porque o recebemos como Pedra Bruta. É para que em vosso ser moral desbasteis as arestas e as asperezas que ainda existam, e vos torneis um elemento útil à construção do edifício que à Maçonaria compete erigir. Embora simbólica, essa construção não se fará com qualquer argamassa, mas com aproveitamento de nossa ação e de nosso trabalho, exercidos nos corações humanos, onde existem as imperfeições do erro e as asperezas do orgulho e da vaidade, para que os homens saibam que a liberdade de consciência só será útil quando a razão dominá-la, guiá-la, sem sacrificar os nobres instintos da consciência à avidez das paixões materiais. 116
-A Maçonaria é, na Terra, a única instituição capaz de levar o homem ao domínio da paz, da ordem e da felicidade. Em seu seio não existem os desejos e interesses pessoais, nem a ambição se circunscreve aos limites das necessidades da fraternidade. Nela, a vaidade não pode medrar, e todos se conformam aos direitos dos mais dignos merecedores. Tendo por lei fundamental, e como regra absoluta, o domínio dos desejos maus que atormentam a Humanidade, ela é uma associação propícia à obtenção do aperfeiçoamento social, tendo-se em vista que o homem material desaparece diante do homem moral que, num terreno fertilizado pelas virtudes fraternais, eleva-se tanto quanto o pensamento íntimo de seu Criador que o destinou. Vede, pois, como a Maçonaria é previdente e sábia em sua obra de progresso. Para evitar que seus filhos sejam o joguete de suas próprias intemperanças e de seus desregramentos, a Maçonaria institui uma moral em ação, feita para dominar os corações mais rebeldes e mais inclinados ao mal; moral que em nada compromete os interesses privados dos homens, nem os gerais; moral, em uma palavra, que dá a cada um na proporção de seus direitos e de seus deveres. -Corramos o véu simbólico que oculta esses Mistérios morais. Irmão que, apenas chamado a amassar o cimento místico, passastes por provas que encerram o pensamento íntimo da Instituição, esta pôs logo diante de vossos olhos os elementos que irão servir ao vosso ressurgimento espiritual, ou melhor, à transformação moral por que tereis de passar. -Lançado, sozinho, no antro da miséria e da morte, ficastes entregue a vós mesmo, para que pudésseis meditar e refletir. A reflexão é a vida da alma. Sem reflexão, o homem nada tem de humano, é um animal entregue aos mais grosseiros instintos. Começou, portanto, a Maçonaria a vos fazer refletir sobre vosso destino e, longe de vos atrair por mentirosas aparências, ela clareou o quadro que deveria ferir vossa imaginação, para que não a acuseis, no dia de vosso batismo, de ter sido capciosa ou indulgente para convosco. Embora a 117
Maçonaria vos houvesse tomado embaixo ou no cume da escala da civilização e embora fôsseis pequeno ou grande, rico ou pobre, a Maçonaria, para melhor mudar as disposições de vossa natureza moral, considerou-vos como uma larva que, para chegar ao seu completo desenvolvimento, passa por sucessivas transformações. Cercando-vos de máximas morais, ela patenteou que sua linguagem não é a comum das sociedades profanas. Depois do simbolismo das outras provas e das revelações misteriosas que foram para vós imenso ensinamento, ela vos fez conhecer o que de vós exige, em zelo e devotamento pela humanidade, pela Pátria, por vossos semelhantes e por vós mesmos e, em seguida, vos abriu a estrada da perfeição moral, onde somente poderemos encontrar o repouso e a felicidade na Terra. -Antes de vos consagrar à admissão entre os eleitos, ela exigiu de vós um juramento solene, pelo qual prendestes, livremente, vosso presente e vosso futuro a cadeias inquebrantáveis da honra e da dignidade, que violá-lo seria um ato de covardia moral. -Sois, agora, Maçom. Voltareis ao mundo profano esclarecido pelos deveres de Aprendiz. Fazei dos conselhos que recebestes a pedra de toque e de amor para com vossos semelhantes. Amassai, com coragem e perseverança, o cimento místico que servirá para edificar o Templo do G∴A∴D∴U∴ -Conheceis agora o Templo simbólico e sabeis perfeitamente que ele não se constrói com pedras e madeiras, porém com Virtude, Sabedoria, Força, Prudência, Glória e Beleza, enfim com todos os elementos morais que devem ser ornamento dos Maçons. -Se a Maçonaria quer que sejais inteiramente devotados à Humanidade, se aqui, como em qualquer outra parte do mundo, ela vos obriga a socorrer o fraco e a defender o oprimido, não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor 118
sincero do patriota e o devotamento do cidadão; que as leis que a regem merecem vosso respeito e vossa consciente submissão; que os que a governam têm direito à vossa confiança e ao vosso apoio e se, por acaso, por vosso trabalho honesto vos tornardes independente pela fortuna, não vos esqueçais de que, a par de Deus e da Maçonaria deveis dar contínua assistência aos infelizes. Levai à choupana, onde a miséria e o infortúnio fazem gemer e chorar, o amparo de vossa inteligência e o supérfluo de vossas condições sociais. Estudai o vosso caráter e as vossas inclinações para poderdes, moralmente, desbastar-lhe as asperezas. O trabalho do Aprendiz é “conhecer-se e aperfeiçoar-se”, a fim de que, livre dos preconceitos e vícios do mundo profano, possa aspirar ao estudo da tradição e da história Maçônica, cujos ensinamentos têm iluminado o mundo desde as mais remotas eras. Só então compreendereis à custa de quantas vidas se construiu o edifício moral da Maçonaria que, desde os tempos mais remotos, prega a Moral mais elevada, e continuará a pregá-la enquanto existir gênero humano. Terminado o discurso do Orad∴ o neófito poderá falar, se quiser. VEN∴ - (!) Está encerrada a Ordem do Dia. Os trabalhos continuam a partir da circulação da Bolsa para o Tronco de Solidariedade.
Depois de circular a Bolsa para o Tronco de Solidariedade, o Ven∴ Mestre concederá a palavra às CCol∴ exclusivamente sobre o ato que se realizou.
119
PAINEL DA LOJA DE APRENDIZ 120
INSTRUÇÕES Para que o Ap∴ M∴ adquira conhecimentos maçônicos que lhe dão direito a aumento de salário, deve receber, pelo menos, cinco instruções em sessões separadas, e que a Loja é obrigada a realizar. Quando, em uma Sessão houver disponibilidade, o Ven∴ Mestre poderá ocupar o tempo, a ela destinado, em instrução dos 1º Grau, mesmo que não haja Aprendizes presentes, pois elas prestam-se ao recordar dos ensinamentos e das finalidades da Maçonaria e do Rito Escocês Antigo e Aceito. Todos os membros da Loja esforçar-se-ão, quanto possível, para compreender as vantagens desses ensinamentos, assimilando-os para que tenham em mente o dever de pautar seus atos individuais de todos os dias por esse rico e antiqüíssimo manancial de sabedoria. PRIMEIRA INSTRUÇÃO Explicação do Painel da Loja VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder à primeira instrução, destinada especialmente ao nosso Ap∴ F... (caso não haja Ap∴) destinada a recordar nossos ensinamentos. Pausa VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, a Maçonaria no século XVIII restabeleceu a tradição dos ensinamentos esotéricos ministrados nos santuários egípcios e continua ministrando-os aos seus iniciados. -Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios, 121
para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos e alegorias, pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos. -Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento humano, compete ao Aprendiz-Maçom o trabalho de desbastar a Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da Humanidade, que é a verdadeira obra da Maçonaria. -Vamos dar hoje aos nossos IIr∴ Aprendizes a sua primeira instrução, que consiste na explicação do Painel da Loja do 1º Grau. VEN∴- Ir∴ Orador, tendes a palavra. ORAD∴ - Meus IIr∴, o Painel que vedes representa o caminho que deveis trilhar para atingirdes, pelo trabalho e pela observação, o domínio de vós mesmos. Vosso único desejo deve resumir-se em progredir na Grande Obra que empreendestes ao entrar neste Templo. Quando, ao término do trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa massa informe a que chamamos pedra bruta, houverdes, pela fé e pelo esforço, conseguido transformá-la em pedra cúbica, apta à construção do edifício, podereis descansar o Maço e o Cinzel, para empunhar outros utensílios, subindo a escada da hierarquia maçônica. -Para isso, recebereis cinco instruções simbolizando os cinco anos que, antigamente, o Aprendiz passava encerrado no Templo, para o qual entrava após dois anos de observação por parte dos Companheiros e Mestres, completando assim os sete anos exigidos naquela época para o compromisso no primeiro grau. 122
-A primeira instrução é a mais simples, mas também a mais simbólica. -No Painel da Loja condensam-se todos os símbolos que deveis conhecer e, se bem os interpretardes, fáceis e muito claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes. -A forma da Loja é a de um quadrilongo, isto é, uma figura alongada, de quatro lados; seu comprimento é de leste a Oeste; sua largura, do Norte ao Sul; sua profundidade, da superfície ao centro da Terra, e sua altura, da Terra ao Céu. -A Loja é representada deste modo, numa tão vasta extensão, para simbolizar a universalidade de nossa instituição, e para mostrar que a caridade do Maçom não tem limites, a não serem os ditados pela prudência. -Orienta-se a Loja de Leste a Oeste, porque todos os lugares de Culto Divino, todos os antigos Templos e todas as Lojas Maçônicas regularmente constituídas assim devem estar por três razões: 1° - Porque o Sol, que é a maior glória do Senhor, nasce a Leste e se oculta a Oeste; 2º - Porque a Civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando as suas benéficas influências para o Ocidente; 3°- Porque a Doutrina do Amor e da Fraternidade, o exemplo do cumprimento da Lei, também vieram do Oriente por intermédio do nosso Divino Mestre. -Desde o começo, o Todo Poderoso, o Princípio Criador, a que chamamos de o Grande Arquiteto do Universo, nunca deixou de dar um testemunho de Sua existência entre os homens. -Lemos nas Sagradas Escrituras, que Abel fez uma 123
oferta mais agradável ao Senhor do que a de Caim; que “Enoch caminhou para Deus e Deus o levou”; que Noé era um justo, e que, por isto, Deus o salvou, fazendo com que construísse uma Arca; que Abrahão era fiel a Deus, bem como toda a sua família, e não hesitou em sacrificar seu próprio filho ao Senhor, o Qual evitou o sacrifício enviando um anjo para impedi-lo; e que Jacob combateu com um anjo, venceu-o e por isto obteve a benção do Senhor para si e para todos os seus descendentes. -Mas a primeira notícia que temos de um local especialmente destinado ao Culto Divino é a do Tabernáculo, erigido no deserto por Moisés, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era de leste para oeste, serviu de modelo e posição do Templo de Salomão, cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade, foi considerada como a maior maravilha da época. -Esta é a razão principal por que todas as Lojas Maçônicas, que representam simbolicamente o Templo de Salomão, são situadas e orientadas de Leste para Oeste. -Sustentam nossa Loja três grandes denominados SABEDORIA, FORÇA E BELEZA.
Pilares,
-A Sabedoria inventa e cria, a Força sustenta e anima e a Beleza adorna. -A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a Força nos animar e sustentar em todas as dificuldades e a Beleza adornar todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espírito. -O Universo é o Templo da Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza estão em volta do Seu Trono como pilares de Suas obras; porque Sua Sabedoria é infinita, Sua força Onipotente e a sua Beleza se manifestam, em toda a Sua criação, pela simetria e pela ordem.
124
-Representam ainda os três Pilares de uma Loja Maçônica: •
Salomão, rei de Israel.
•
Hiram, rei do Tiro.
•
Hira-Abiff.
-SALOMÃO, pela sabedoria de construir, completar e dedicar o Templo de Jerusalém a serviço de Deus; HIRAM, rei de Tiro, pela força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais, e HIRAM-ABIF, por seu primoroso trabalho em adorná-lo, dando-lhe beleza sem par, até hoje nunca atingida. -A essas Colunas foram dadas três ordens de Arquitetura: a Jônica, para representar a Sabedoria, a Dórica, significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza. -A cobertura de uma Loja Maçônica se representa por uma Abóbada Celeste de cores variadas, representado o céu, isto é, o infinito. -O caminho pelo qual nós, Maçons, atingimos essa abóbada, isto é, o Infinito, é representado pela Escada de Jacó, nome que, como fiel guardião das antigas tradições, a Maçonaria conserva. -Por isto é que dizemos aos Aprendizes, depois de sua iniciação, que puseram os pés no primeiro degrau da escada de Jacob, significando que deram o primeiro passo no caminho do seu aperfeiçoamento moral. -Compõe-se esta escada de muitos degraus, todos eles representativos das virtudes exigidas ao Maçom, no seu caminho para a perfeição. -Na sua base, centro e topo, entretanto, destacam-se três 125
símbolos, muito conhecidos ESPERANÇA e CARIDADE.
do
mundo
profano:
FÉ,
-De fato, são estas as principais virtudes morais que devem ornar o espírito de qualquer ser Humano e, principalmente, dos Maçons: •
Fé no Grande Arquiteto do Universo.
•
Esperança no aperfeiçoamento moral.
•
Caridade para com o gênero humano.
-Ainda, por analogia, podemos explicar do seguinte modo estas três virtudes: • A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo; • A Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o no caminho da vida; • A Caridade é a Beleza que adorna o espírito e os corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os puros sentimentos humanos. -O interior de uma Loja Maçônica contém Ornamentos, Paramentos e Jóias. -Os Ornamentos são o PAVIMENTO DE MOSAICO, a ESTRELA FLAMÍGERA e a ORLA DENTEADA. -O PAVIMENTO MOSAICO, com seus losangos brancos e pretos nos mostra que, apesar da diversidade e do antagonismo de todas as coisas da Natureza, em tudo reside a mais perfeita harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das religiões e dos princípios que regem os diferentes povos, apenas como uma exterioridade da manifestação, pois toda a 126
humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia e na mais íntima fraternidade. -A Estrela Flamígera representa a principal Luz da Loja. Simboliza o Sol, Glória do Criador, e dá-nos o exemplo da maior e da melhor virtude que deve encher o coração do Maçom: a CARIDADE. -Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda a parte onde atingem seus raios vivificantes, o Sol nos ensina a praticar o bem, não em um círculo restrito de amigos ou de afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam e até onde nossa caridade possa alcançar. -A Orla Denteada mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizada no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol, os povos reunidos em torno do chefe, os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe. -Os Paramentos da Loja são constituídos pelo LIVRO DA LEI, pelo COMPASSO e pelo ESQUADRO. -O LIVRO DA LEI representa o código de moral que cada um de nós respeita e segue; a filosofia que cada qual adota, enfim, é a fé que nos governa e anima. -O COMPASSO e o ESQUADRO, que só se mostram unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir a todas as nossas ações, que não se podem afastar da justiça, tão pouco da retidão, que regem todos os atos de um verdadeiro Maçom. -As pontas do Compasso, ocultas sob o Esquadro, significam que o Aprendiz, trabalhando somente na pedra bruta, não pode fazer uso daqueles, enquanto sua obra não 127
estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada. -As Jóias da Loja são três móveis e três fixas. As Móveis são: PRUMO.
o ESQUADRO, o NÍVEL e o
-Assim chamados porque são transferidos a cada ano aos novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da administração. -As Fixas são: a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Cúbica ou Polida. -A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar o que, simbolicamente, exprime que o Mestre guia os Aprendizes no trabalho indicado por ele, traçando o caminho que devem seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real. -A Pedra Bruta serve para nela trabalharem os Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada polida pelo Mestre da Loja. A PEDRA BRUTA é o material retirado da jazida no estado natural, até que pela constância e trabalho do Obreiro, fique na devida forma, para poder entrar na construção do edifício. Ela representa a inteligência, o sentimento do homem no estado primitivo, áspero e despolido, e que nesse estado se conserva até que, pelo cuidado de seus pais e instrução dos Mestres, adquira educação liberal e virtuosa, tornando-se um ente culto capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada. -A Pedra Polida ou Cúbica serve para os Obreiros experimentados ajustarem e experimentarem suas Joias. É o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulo retos que o Compasso e o Esquadro mostram estar talhada de acordo com as exigências da Arte. Representa o saber do homem no fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e de virtude, 128
verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo compasso da própria consciência esclarecida. -Chamam-se fixas essas jóias, porque permanecem imóveis em Loja, como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os Maçons. -Do mesmo modo que a Prancheta da Loja é o traçado objetivo, o Livro da Lei é o traçado espiritual para o aperfeiçoamento do Maçom que queira atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas do seu EU, asperezas representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e demais paixões que torturam os corações profanos. -Em toda Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita, existe um ponto, dentro de um círculo, que o verdadeiro Maçom não pode transpor. Este circulo é limitado, ao Norte e ao Sul, por duas linhas paralelas, uma representando Moisés, outra o rei Salomão. -Na parte superior desse círculo, fica o L∴ da L∴ , que suporta a Escada de Jacó, cujo cimo toca os Céus. Caminhando dentro desse círculo, sem nunca o transpormos, limitar-nosemos às duas linhas paralelas e ao L∴ da L∴ e, enquanto assim procedemos, não podemos errar. -Pendentes dos cantos da Loja, vemos quatro borlas, colocadas nos pontos extremos da mesma, para lembrar as quatro virtudes cardeais - TEMPERANÇA, JUSTIÇA, CORAGEM e PRUDÊNCIA, que a nossa antiga tradição nos diz terem sido praticadas pela grande maioria dos nossos antigos IIr. -As características de um bom Maçom são: Virtude, Honra e Bondade, que, embora banidas de outras sociedades, devem sempre serem encontradas nos corações dos Maçons.
129
SEGUNDA INSTRUÇÃO VEN∴ - Ir∴1° Vigilante, que há de comum entre nós? 1º VIG∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que verdade é essa, meu Ir∴? 1º VIG∴ - A existência de um Grande Arquiteto, Criador do Universo, isto é, de tudo que foi, que é e que será VEN∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque, além dos órgãos de nosso ser material, o Ente Supremo nos dotou de inteligência, que nos faz discernir o Bem do Mal. VEN∴ - Essa faculdade, a que chamais inteligência, é independente de nossa organização física? 1° VIG∴ - Ignoro-o, Ven∴ Mestre. Creio, porém, que, com nossos sentimentos, ela é suscetível de progresso e de aperfeiçoamento, tendo sua infância, adolescência e maturidade. Rudimentar nas crianças, manifesta-se nos adultos, aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau de concepção. VEN∴ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal? 1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, quando dirigida por uma moral sã. VEN∴ - Onde encontramos os ensinamentos dessa moral? 1º VIG∴ - Na Maçonaria, Ven∴ Mestre, porque aqui 130
se ensina a Moral mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o individual. VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, sois Maçom? 2º VIG∴ - M∴I∴C∴T∴M∴R∴ VEN∴ - Em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria? 2º VIG∴ - No amor ao próximo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de qualquer ensinamento moral? 2º VIG∴ - Sem dúvida que sim, Ven∴ Mestre, mas a Moral Maçônica é o sistema mais apropriado e mais prático para seu ensino e aplicação. VEN∴ - Em que consiste esse sistema, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Em mistérios e alegorias. VEN:. - Quais são esses mistérios, meu Irmão? 2ºVIG∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴Mestre. Interrogai-me e chegareis a descobri-los e compreendê-los. VEN∴ - Que vos exigiram para serdes recebido Maçom? 2º VIG∴ - Que fosse livre e de bons costumes. VEN∴ - Como livre? Admitis, porventura, meu Ir∴, que um homem possa viver na escravidão?
131
2º VIG∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre, pode, porém, estar sujeito a entraves sociais, que o privem, momentaneamente de parte de sua liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de suas próprias paixões e de seus preconceitos. É precisamente desse jugo que se deve libertar aquele que aspira a pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que voluntariamente abdica de sua liberdade deve ser excluído de nossos Mistérios, porque, não sendo senhor de sua própria individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério. VEN∴ - Ir∴1º Vig∴, como fostes recebido Maçom? 1º VIG∴ - Nem nu, nem vestido, Ven∴ Mestre. Despojaram-me de todos os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da vista. VEN∴ - Que significa isto, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestre. A privação dos metais faz lembrar o homem antes da civilização, em seu estado natural, quando desconhecia as vaidades e o orgulho. Devido à obscuridade em que se achava imerso, o homem primitivo, vivia na ignorância de todas as coisas. VEN∴ - Quais são as conseqüências morais que deduzis dessa alegoria? 1° VIG∴ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral Humana. VEN∴ - Que fizeram para vos instruir, Ir∴ 2° Vig∴? 2° VIG∴ - Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente para o Ocidente. A princípio, por um caminho escabroso, semeado de dificuldades, repleto de obstáculos, em meio de ruídos e de trovejar atordoador. 132
Depois, por outra estrada menos difícil, ouvindo o tilintar incessante de armas; finalmente, em uma terceira viagem, por caminho plano e suave, envolto no maior silêncio. VEN∴ - Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos da primeira viagem? 2º VIG∴ - Fisicamente, representam o caos, que se acredita ter precedido e acompanhado a organização dos mundos; moralmente significam os primeiros anos do homem e os primeiros tempos da sociedade, durante os quais as paixões, ainda não dominadas pela razão e pelas leis, conduziam homem e sociedade aos excessos tão condenáveis. VEN∴ - Que significa o ruído de armas que ouviste em vossa segunda viagem, Ir∴ 1° Vig∴? 1º VIG∴ - Representa a idade da ambição; os combates que a sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao estado de equilíbrio; as lutas que o homem é forçado a travar e vencer para colocar-se dignamente entre seus semelhantes. VEN∴ - Por que encontrastes facilidade em vossa terceira viagem? 1º VIG∴ - Porque esta nos mostra o estado de paz e tranqüilidade, resultante da ordem na sociedade e o da moderação das paixões do homem, que atinge a idade da maturidade e da reflexão. VEN∴ - Como terminou cada uma dessas viagens, Ir∴ 2° Vig∴? 2º VIG∴ - O término de cada viagem foi uma porta, onde bati. VEN∴ - Onde se achavam situadas essas portas? 133
2º VIG∴ - A primeira, ao Sul; a segunda, no Ocidente; e a terceira, no Oriente. VEN∴ - Que vos disseram quando batestes? 2º VIG∴ - Na primeira, mandaram-me passar, na segunda, fizeram-me purificar pela água e, na terceira, fui purificado pelo fogo. VEN∴ - Que significam essas purificações? 2º VIG∴ - Que, para estar em condições de receber a Luz da Verdade, torna-se necessário ao homem desvencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de educação e entregar-se com ardor à procura da sabedoria. VEN∴ - Que representam as três portas em que batestes Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - As três disposições necessárias à procura da Verdade: Sinceridade, Coragem e Perseverança. VEN∴ - Que vos aconteceu em seguida? 1º VIG∴ - Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo. VEN∴ - Para que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Para me fazer compreender que o primeiro fruto do estudo é a experiência e que esta é que torna o homem prudente. VEN∴ - O que vos deram depois? 1° VIG∴ - A Luz, Ven∴ Mestre.
134
VEN∴ - Que vistes então, Ir∴ 2º Vigilante? 2º VIG∴ - Raios cintilantes feriram-me a vista. Vi, então, que eram espadas, empunhadas por meus IIr∴ e apontadas para mim. VEN∴ - Sabeis o que significa isso, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Compreendi, depois, que essas espadas figuravam os raios de Luz da Verdade, que ofuscam a visão intelectual daquele que ainda não está preparado, por sólida instrução, para recebê-la. VEN∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica? 2° VIG∴ - Por um juramento e uma consagração. VEN∴- Que prometestes, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados, amar, proteger e socorrer meus IIr∴, sempre que tivessem justa necessidade. VEN∴ - Estais arrependido de terdes contraído essa obrigação? 2º VIG∴ - Absolutamente não, Ven∴ Mestre. Estou pronto a renová-la, se preciso for, perante esta Aug∴ Assembléia. VEN∴ - Quais são os indícios pelos quais se reconhecem os Maçons, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Além dos atos que praticam, revelando o influxo da moral ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo S∴, pela P∴ e pelo T∴ 135
VEN∴ - Qual é o S∴? 1º VIG∴ - (Depois de fazer o S∴) - Ei-lo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Qual é a P∴, Ir∴ 2º Vig∴? 2° VIG∴ - Não sei lê-la, nem Ven∴ Mestre, p∴i∴, n∴v∴p∴d∴, s∴s∴.
pronunciá-la,
VEN∴ - (Depois de regularmente dada a P∴) Por que só assim se dá a P∴S∴? 2° VIG∴ - Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o emblema do homem ou da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e as artes, por deficiência das faculdades intelectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim o Aprendiz recebe primeiro para dar depois. VEN∴ - Dai ao Ir∴ Exp∴ o T∴, para que ele o transmita. VEN∴ - (Depois de executada a ordem) Ir∴ 1º Vig∴, Disseste-me que, quando fostes recebidos, estáveis nem nu, nem vestido; e agora, estais vestido? 1° VIG∴ - Estou vestido com este avental (mostra o avental). VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o avental? 2º VIG∴ - Sim, como todos os IIr∴, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Por quê? 2° VIG∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu 136
para o trabalho e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade. VEN∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Em uma Loja. VEN∴ - Como é construída nossa Loja? 2° VIG∴ - Com a figura de um quadrilongo, estendendo-se do Or∴ ao Oc∴, tendo sua largura do Norte ao Sul; sua altura da Terra ao Céu, e por profundidade da superfície ao centro da Terra. VEN∴ - Como é coberta nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Por uma abóbada azul, semeada de estrelas e de nuvens, na qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros astros, que se conservam em equilíbrio pela atração de uns sobre os outros. VEN∴ - Quais são os sustentáculos dessa abóbada? 1º VIG∴ - Doze lindas CCol∴, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que representam essas CCol, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Os doze signos do Zodíaco, isto é, as doze constelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar. VEN∴ - Ir∴ 2° Vig∴, nossa Loja tem outros apoios? 2° VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre. Apoia-se também sobre três fortes pilares. VEN∴ - Quais são eles? 137
2º VIG∴ - Sabedoria, Força e Beleza. VEN∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses atributos? 2º VIG∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Onde estão colocadas essas Luzes? 2º VIG∴ - Uma ao Oriente, outra ao Ocidente e a terceira ao Sul. VEN∴ - O que se nota mais em nossa Loja, Ir∴ 1° Vig∴? 1º VIG∴ - Diversas figuras alegóricas, significação me foi explicada pelo Ven∴ Mestre.
cuja
VEN∴ - Dizei, então, quais são essas figuras? 1º VIG∴ - 1º um pórtico elevado sobre três degraus e ladeado por duas CCol∴ de bronze, sobre cujos capitéis descansam três romãs abertas, mostrando-nos suas sementes; 2º - Uma Pedra Bruta; 3º - Uma Pedra trabalhada a que se dá o nome de Pedra Polida ou Cúbica; 4º - Um esquadro, um compasso, um nível e um prumo; 5º - Um malho e um cinzel; 6º - Um quadro, chamado Painel da Loja; 7º - Três janelas abertas; 8º - Ao Or∴ da Loja, o Sol e a Lua; 138
9º - O mosaico, cercado da Orla Denteada. VEN∴ - Que significa o Oc∴ em relação ao Or∴? 1° VIG∴ - O Or∴ indica o ponto de onde provém a Luz e o Oc∴ a região para a qual ela se dirige. O Oc∴ representa, portanto, o mundo visível, que nossos sentidos alcançam e, de um modo geral, tudo o que é material. O Or∴ simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, isto é, o mundo espiritual. VEN∴ - Que representam as duas CCol∴ de Bronze, Ir∴ 2° Vig∴? 2º VIG∴ - Marcam os dois pontos solsticiais. VEN∴ - Que significam as romãs colocadas nos Capitéis das CCol∴? 2º VIG∴ - Mostram, por sua divisão interna, os bens produzidos pela influência das estações; representam as Lojas e os Maçons espalhados pela superfície da Terra; suas sementes, intimamente unidas, lembram-nos a fraternidade e a união que devem existir entre os homens. VEN∴ - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Representa o homem sem instrução, com suas asperezas de caráter, devidas à ignorância em que se encontra e às paixões que o dominam. VEN∴ - E a Pedra Polida ou Cúbica, que representa? 1° VIG∴ - O homem instruído que, dominando as paixões e abandonando os preconceitos, libertou-se das asperezas da Pedra Bruta que poliu. 139
VEN∴ - Que vos recordam o Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo? 1° VIG∴ - Por serem instrumentos imprescindíveis às construções sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de construtor social que compete a todos os Maçons e, ao mesmo tempo, nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa conduta: o esquadro, para a retidão; o compasso, para a justa medida; o nível e o prumo, para a igualdade e a justiça que devemos aos nossos semelhantes. VEN∴ - Que representam o Maço e o Cinzel, Ir∴ 2°Vig∴? 2º VIG∴ - A inteligência e a razão que tornam o homem capaz de discernir o Bem do Mal, o justo do injusto. VEN∴ - Que significa a prancheta de desenho? 2° VIG∴ - A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para fazermos nossos julgamentos, conservando o traçado de todas as nossas percepções. VEN∴ - Por que tem a Loja três janelas, meu Ir∴? 2ºVIG∴ - Pela posição que ocupam, indicam as principais horas do dia: o nascer do Sol, o meio dia e o por do Sol. VEN∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nosso Templo, Ir∴ 1º Vig∴? 1°. VIG∴ - Porque sendo a Loja a imagem do Universo, nela devem estar representados os esplendores da abóbada celeste que mais ferem a imaginação do homem. VEN∴ - E o Mosaico, com a Orla Denteada, que 140
significação tem Ir∴ 1 ° Vig∴? 1º VIG∴ - O Mosaico representa a variedade do solo terrestre. Formado por pedras brancas e pretas, ligadas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os Maçons, apesar das diferenças de cor, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É também a imagem do bem e do mal, de que se acha semeada a estrada da vida. A Orla Denteada exprime a união que deverá existir entre todos os homens, quando o amor fraternal dominar todos os corações. VEN∴ - Que se faz em vossa Loja, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vício. VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, em que espaço de tempo se executam os trabalhos de Aprendiz Maçom? 2º VIG∴ - Do meio-dia à meia-noite, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que vindes fazer aqui? 2° VIG∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria. VEN∴ - Que trazeis para vossa Loja, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os IIr∴ VEN∴ - Que idade tendes, Ir∴ 1° Vig∴? 1°VIG∴... VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, como o futuro depende do trabalho feito durante a juventude, trabalhai, para que sejais 141
felizes na velhice e para que vossa passagem por este mundo não seja estéril, quando voltardes ao seio da natureza de onde saístes. -Repousemos, meus IIr∴
142
TERCEIRA INSTRUÇÃO VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder à terceira instrução destinada especialmente ao Ir∴ Aprendiz F... (se não houver Aprendiz) destinada a recordar os nossos ensinamentos. Ir∴ 1º Vig∴, entre vós e mim existe alguma coisa? 1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto. VEN∴ - Que culto é esse? 1º VIG∴ - Um segredo. VEN∴ - Que segredo é esse? 1º VIG∴ - A Maçonaria. VEN∴ - Que é a Maçonaria? 1° VIG∴ - Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o G∴A∴D∴U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Moral; por princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos, a virtude, a sociabilidade e o progresso; por fim, a felicidade dos povos que ela procura incessantemente reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero humano. VEN∴ - Sois Maçom, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - M∴I∴C∴T∴M∴R∴ VEN∴ - Quais são os deveres do Maçom?
143
2º VIG∴ - Honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo, a quem deve agradecer sempre as boas ações que pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os flagelos causadores de todos os males que afligem a Humanidade e entravam o progresso; praticar justiça recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos; praticar a tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram, mas esforçando-se para reconduzi-los ao verdadeiro caminho; enfim, ir em socorro do infortúnio e da aflição. -O Maçom cumprirá todos estes deveres porque tem a fé, que lhe dá coragem, perseverança, que vence os obstáculos e o devotamento, que o leva a fazer o bem, mesmo com risco de sua vida, sem esperar outra recompensa que não a tranqüilidade de consciência. VEN∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom? 2º VIG∴ - Por S∴, T∴ e P∴ VEN∴ - Como fazeis o S∴, Ir∴ M∴ de CCer∴? M∴ DE CCER∴ - (Levantando-se) Pelo esquadro, o nível e a perpendicular. (Faz o S∴) VEN∴ - Que significa este S∴? M∴DE CCER∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a g∴c∴ a revelar nossos mistérios. Significa, também, que o braço direito, símbolo da força, está concentrado e imóvel para defender a Ordem, suas doutrinas e princípios. Os pp∴ em esquadria representam o cruzamento de 144
duas perpendiculares, único caso em que formam quatro ângulos retos e iguais, significando a retidão do caminho a seguir e a igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa Ordem. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Ir∴ 2º Diác∴, dai o T∴ ao Ir∴1º Vig∴ 1°VIG∴ - (Depois de recebido o T∴) O T∴ está exato, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Dai-me a P∴S∴, Ir∴1º Diác∴ O 1º Diác∴ sobe os degraus do Altar, pelo lado esquerdo, dá regularmente a P∴S∴, e retorna ao seu lugar. VEN∴- Que significa esta P∴? 1º DIÁC∴ - Beleza, também força e apoio. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Por que o Aprendiz Maçom não tem P∴ de P∴, Ir∴ G∴ do Templo? G∴ DO TEMPLO - (levantando-se perfilado) Porque conservamos a tradição do antigo Egito, onde o iniciado ficava três anos sem se comunicar com o mundo profano e, caso deixasse o Templo, a ele jamais voltaria. Daí ser desnecessária tal P∴ VEN∴ - Por que quisestes vos tornar Maçom? G∴ DO TEMPLO - Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas trevas, ambicionava a Luz. VEN∴ - Quem vos trouxe à Loja? G∴ DO TEMPL∴ - Um amigo, que depois reconheci 145
como Ir∴ (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Como estáveis preparados, Ir∴ Sec∴? SEC∴ - (De pé e à ordem) Nem nu, nem vestido. Despojaram-me de todos os metais, emblemas dos vícios, para lembrar-me do estado primitivo da humanidade, antes da época da civilização. VEN∴ - Onde fostes recebidos? SEC∴ - Em uma Loja justa, perfeita e regular. VEN∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita? SEC∴ - Que três a governem, cinco a componham e sete a completem. VEN∴ - Que é uma Loja regular? SEC∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência Maçônica regular e pratica rigorosamente todos os princípios básicos da Maçonaria Universal. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Como conseguistes entrar no Templo, Ir∴ Orad∴? ORAD∴ - (De pé e à Ordem) Por três pancadas, cuja significação é: “Batei e sereis atendidos, pedi e recebereis, procurai e encontrareis”. VEN∴ - Que vos fizeram praticar? ORAD∴ - Depois de colocado entre CCol∴, fizeramme praticar três viagens, para que me lembrasse das dificuldades e das atribulações da vida; purificaram-me pelos 146
elementos e, depois, fui conduzido ao Altar dos Juramentos, onde me fizeram ajoelhar sobre o j∴ d∴ nu. Coloquei a m∴ d∴ sobre o L∴ da L∴, e com a m∴ e∴ segurei um c∴ aberto, cujas pontas se apoiaram em meu p∴ e∴ que também estava nu. Nessa posição prestei meu juramento de guardar os segredos da Ordem. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Que vistes ao entrar em Loja, Ir∴ Tes∴? TES∴ - (De pé e à Ordem) Nada, Ven∴ Mestre, pois uma espessa venda cobria meus olhos. VEN∴ - Que vistes, quando vos concederam a Luz? TES∴ - Achava-me no Ocidente, entre CCol∴; então vi o Pavimento de Mosaico e o Livro da Lei sobre o Altar. (Saúda e senta-se.) VEN∴ - Podeis explicar-me, interpretação de tudo o que ouviste falar?
Ir∴ 1º
Vig∴,
a
1° VIG∴ - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo profano e a necessidade que tem os homens de procurar a Luz entre os iniciados. -O p∴ d∴ calçado com alpargata era para manifestar o respeito por este lugar sagrado. -O b∴ e∴ e o p∴ e∴ desnudos exprimiam que eu dava meu braço à Instituição e o meu coração aos IIr∴ -As pontas do c∴ sobre o p∴ lembravam-me a minha vida profana, na qual nem meus sentimentos nem meus desejos foram regulados por esse símbolo da exatidão que, desde então, regula meus pensamentos e minhas ações. -O c∴ simboliza as relações do Maçom com os seus 147
IIr∴ e com os demais entes. Fixada uma de suas pontas, pode, pelo maior ou menor afastamento das pernas, descrever círculos sem conta, imagens de nossa Loja e da Maçonaria, cujo extenso domínio é infinito. -Os três pp∴, formando, cada um e a cada junção dos pp∴, um ângulo reto, significam que a retidão é necessária a quem deseja vencer na ciência e na virtude. -As três viagens simbolizam a conquista de novos conhecimentos. O número três indica os centros Pérsia, Fenícia e Egito, onde foram primitivamente cultivadas as ciências. As purificações feitas no decurso das viagens lembram-me que o homem não é bastante puro para chegar ao Templo da Filosofia. -A idade do Ap∴ é de t∴ a∴, porque, na antigüidade, esse era o tempo necessário a seu preparo; a idade significa, também, o grau maçônico. -A Pedra Bruta é o emblema do Ap∴, de tudo o que se encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas Colunas são tidas como de 18 côvados de altura, 12 de circunferência, 12 de base e 5 nos capitéis, num total de 47, número igual ao das constelações e dos Signos do Zodíaco ou do mundo celeste. -Suas dimensões estão contra todas as regras de arquitetura, para nos mostrar que a sabedoria e o poder do Divino Arquiteto estão além das dimensões e dos julgamentos dos homens. São de bronze, para resistirem ao dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade das leis da natureza, base da doutrina maçônica. -São ocas, para guardar os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos. Enfim, as romãs são símbolos equivalentes ao feixe de Esopo: milhares de sementes contidas 148
no mesmo fruto, num mesmo germe, numa mesma substância, num mesmo invólucro, imagem do povo maçônico que, por mais multiplicado que seja, constitui uma e a mesma família. Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque só com as sementes apoiadas umas às outras é que o fruto toma sua verdadeira forma. -O Pavimento Mosaico, emblema da variedade do solo, formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os Maçons do Globo, apesar da diferença de cores, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É a imagem do Bem e do Mal, de que está cheio o caminho da vida. -A Espada Flamejante, arma simbólica, significa que a subordinação, o vício e o crime devem ser repelidos de nossos Templos e que a Justiça de Salomão, justiça maçônica, é pronta e rápida, como os raios que emanam da espada, emblema também dos mais justos e nobres sentimentos. -O Esquadro, suspenso no Colar do Ven∴ Mestre, significa que um chefe deve ter unicamente um sentimento, o dos Estatutos da Ordem, e que deve agir de uma única forma, com retidão. -O Nível que decora o 1º Vig∴, simboliza a igualdade social, base dos direitos humanos. -O Prumo, trazido pelo 2º Vig∴, significa que o Maçom deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse ou pela afeição. -O Nível sem o Prumo nada vale, do mesmo modo que este sem aquele, em qualquer construção. Por isso, os dois se completam, para mostrar que o Maçom tem o culto da igualdade. Nivelando todos os homens e cultuando a retidão, não se deixará pender pela amizade ou pelo interesse para 149
qualquer dos lados. VEN∴ - Por que os AAp∴ trabalham do meio-dia à meia-noite, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos mistérios, Zoroastro, que reunia secretamente seus discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à meianoite, por um ágape fraternal. VEN∴ - (!) Está terminada a terceira instrução.
150
QUARTA INSTRUÇÃO VEN∴ - Que forma tem nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴? 1° VIG∴ - A de um quadrilongo. VEN∴ - Qual a sua altura? 1º VIG∴ - Da Terra ao Céu. VEN∴ - Qual o seu cumprimento? 1° VIG∴ - Do Oriente ao Ocidente. VEN∴ - E sua largura? 1° VIG∴ - Do Norte ao Sul. VEN∴ - Qual a sua profundidade? 1º VIG∴ - Da superfície ao centro da Terra. VEN∴ - Por que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque a Maçonaria é universal e o Universo é uma imensa oficina. VEN∴ - Porque razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente, Ir∴ 2º Vig∴? 2° VIG∴ - Porque, assim como a Luz do Sol vem do Oriente para o Ocidente, as Luzes do evangelho da civilização vieram do Oriente, espalhando-se depois pelo Ocidente. VEN∴ - Em que base se apoia nossa Loja? 2º VIG∴ - Em três CCol∴: Sabedoria, Força e Beleza. 151
VEN∴ - Quem representa o pilar da Sabedoria? 2º VIG∴ - O Ven∴ Mestre, no Oriente. VEN∴ - E os da Força e da Beleza, quem os representa? 2° VIG∴ - O Ir∴1º Vig, no Ocidente, o da Força e o 2º Vig∴, no Sul, o da Beleza. VEN∴ - Por que o Ven∴ Mestre representa o pilar da Sabedoria? 2° VIG∴ - Porque dirige os Obreiros que compõem a Loja. VEN∴ - Por que representais o pilar da Força, Ir∴ 1° Vig∴? 1º VIG∴- Porque pago aos Obreiros o salário, que é a força e manutenção da existência. VEN∴ - E por que o Ir∴ 2º Vig∴ é o da Beleza? 1° VIG∴ - Porque fiscalizando-os no trabalho.
faz
repousar
os
Obreiros,
VEN∴ - Por que a Loja é sustentada por três CCol∴? 1º VIG∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo. Sem elas, nada é perfeito e durável. VEN∴ - Por que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza adorna.
152
VEN∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as suas formas? 1º VIG∴ - Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu princípio é nada saber, saber mal o que se sabe e saber outras coisas além do que se deve saber. Assim, o ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos princípios são a tolerância, o amor fraternal e o respeito a si mesmo. -Eis porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e perigosos, perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos e saibam, no cumprimento de seus deveres que, mesmo com constituições liberais, um povo ignorante é escravo. São inimigos do progresso que, para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante combate contra a verdade, contra o Bem e contra a Perfeição. VEN∴ - E por que combatemos o fanatismo, Ir∴ 2° Vig∴? 2º VIG∴ - Porque a exaltação religiosa perverte a razão e conduz os insensatos, em nome de Deus e para honrá-lo, a praticarem ações condenáveis. É um afastamento da moral, uma moléstia mental, desgraçadamente contagiosa, que, implantada em seu país, toma foros de princípio, em cujo nome, nos execráveis autos de fé, fizeram perecer milhares de indivíduos úteis à sociedade. -A superstição é um falso culto, mal compreendido, repleto de mentiras, contrário à razão e às sãs idéias que se deve fazer de Deus, é a religião dos ignorantes, das almas timoratas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da religião e da felicidade dos povos. VEN∴ - Para nos fortalecermos nos combates, que devemos manter contra esses inimigos, qual o laço sagrado que 153
nos une? 2° VIG∴ - A solidariedade, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Será por isso que, comumente, se diz que a Maçonaria proporciona a seus adeptos vantagens morais e materiais? 2° VIG∴ - Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito material, com interesse unicamente individual, não entra nas cogitações dos verdadeiros Maçons e as vantagens morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter, como conseqüência natural da nítida compreensão dos deveres sociais e dos altos ideais da Ordem. VEN∴ - Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias? 2º VIG∴ - É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse sentimento nobre, que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo moral e material que, individual e coletivamente, devemos aos nossos IIr∴, não vai até o dever de proteger aos que, conhecedores de suas responsabilidades sociais, desviam-se do caminho da moral e da honra. VEN∴ - Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para os que praticam o bem e sofrem os espinhos da vida, para os que, nos trabalhos lícitos e honrados, são felizes, para os que, embora rodeados de fortuna, sentem na alma os amargores da desgraça. Enfim, a solidariedade maçônica está onde estiver uma causa justa. 154
VEN∴ - Não jurastes, então, defender e socorrer vossos IIr∴? 1º VIG∴ - Jurei, sim, Ven∴ Mestre e, sempre que posso, correspondo a esse juramento. Quando, porém, um Ir∴ esquecido dos princípios e dos ensinamentos maçônicos desvia-se da moral que nos fortifica, para se tornar mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau amigo, quando cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a solidariedade que nos unia e que não mais poderá existir, porque, se assim a praticássemos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência Moral nos degradaria, por isso o Maçom que assim procede, deixou de ser Ir∴, perdeu todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo moral. VEN∴ - Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Ir∴ da Ordem sobre um profano? 1º VIG∴ - Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um Ir∴ sempre que, para fazê-lo, não cometa uma injustiça que fira minha consciência. Os ensinamentos de nossa Ordem obrigam-nos a proteger um Ir∴ em tudo o que for justo e honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno, mesmo que seja Ir∴, preterindo os mais sagrados direitos do mérito e do valor moral e intelectual. VEN∴ - Então, sistematicamente, não favoreceis a um Irmão? 1° VIG∴ - Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e, portanto, a sermos bons cidadãos. Não o seríamos, nem nos poderíamos julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos Irmãos, se ao bem público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos 155
apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade e da Pátria. VEN∴ - Como, então, a voz pública acusa os Maçons de progredirem no mundo profano, graças ao nosso sistema de recíproca proteção? 1º VIG∴ - São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas, julgam incondicional nossa solidariedade. Se há Maçons que galgam posições elevadas e de grandes responsabilidades sociais, a razão se oculta no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano sem, antes, examinar-lhe a sua inteligência, o caráter e a sua probidade. Assim, é natural que de nossa Ordem, cuidadosamente selecionada, surjam cidadãos que se destaquem por suas qualidades pessoais, tornando-se, dignos de serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do povo. VEN∴ - Concluís, então, que em nossa Ordem não surjam, às vezes, desonestos? 1° VIG∴ - Nada é perfeito ainda no mundo. Não deixo de reconhecer que, muitas vezes, temos nos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos, com o único fito de tirar proveito pessoal de nossa associação, têm-se infiltrado em seu seio. Alguns, pela natural influência da vida e da prática maçônica, regeneram-se e transformam-se em bons e proveitosos obreiros. Para os que são insensíveis à ação de nossa moral e de nossos princípios, nossa Lei nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio do trigo, o que devemos fazer sem temor nem vacilação. Só assim fortificaremos nossas Colunas pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos austeros e elevados dos princípios maçônicos. VEN∴ - Em que consiste, então, nossa fraternidade? 156
1º VIG∴ - Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo nossos defeitos e sendo tolerantes para com as crenças religiosas e políticas de cada um. A nossa fraternidade nos ensina a dar e não pedir sem justa necessidade. VEN∴ - Sob o influxo dessas doutrinas, continuemos, meus IIr∴, nosso trabalho, para maior glória, honra e esplendor de nossa Ordem.
157
QUINTA INSTRUÇÃO VEN∴ - Meus IIr∴, vamos dar a última instrução do grau de Aprendiz. Depois de conhecido o Painel da Loja, isto é, a forma por que deve proceder para galgar os degraus da escada que há de, futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, o Aprendiz recebeu outras instruções, que o puseram a par dos símbolos e emblemas concernentes ao seu grau. -Nesta quinta instrução, completará os conhecimentos de que necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números, 1, 2, 3 e 4, pelo qual verá como esses números, além do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e profundas, ligadas intimamente à própria simbologia das alegorias e emblemas que, em nossos Templos, patenteiam-se à sua vista. VEN∴ - Τendes a palavra, Ir∴ Orador. ORAD∴ - De certo já tendes reparado, meu Ir∴, na coincidência que apresentam a Bateria, a Marcha e a Idade do Aprendiz. Todas encerram o número três: três pancadas para a bateria, três passos para a marcha e três anos para a idade. Como vedes, o número 3 é primordial no grau de Aprendiz e se este quiser realmente estar em condições de passar a Companheiro, deve estudar cuidadosamente as propriedades desse número, seja nas obras de Pitágoras, na Cabala numérica, ou, ainda, nas obras de arquitetura e arqueologia iniciáticas de Vitrúvio, Ramée e outros. -É de toda conveniência que o Maçom especulativo não se desinteresse dessa parte do ensino iniciático, principalmente se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da arquitetura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das grandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de 158
Companheiros-Construtores. -O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os monumentos conhecidos, é muito freqüente para que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, nisso, a História vem em nosso auxílio. Todos os povos da Antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico dos números e das fórmulas e, em geral, do número e da medida. -A obra moderna de um sábio francês, o Abade Moreaux, “CIÊNCIA MISTERIOSA DOS FARAÓS” no-lo constata de um modo absoluto, provando à evidência que as dimensões, orientação e forma das Pirâmides obedeceram a razões poderosíssimas, pois que encerram, além de outras verdades (provavelmente ainda não encontradas), a direção do meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a medida de peso racional (a libra inglesa), etc., e até a distância aproximada da Terra ao Sol. -Todos os povos da Antigüidade tiveram um sistema numérico, ligado intimamente à sua religião e ao seu culto. E este fato é o resultado da idéia que então se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação. -Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão, enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o número e cada coisa terá seu número, do mesmo modo que sua forma e dimensões. -Há, entretanto, números que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. -Esses números foram tidos sempre como sagrados pelos antigos, como representando a expressão da ordem e da 159
inteligência das coisas, exprimindo, mesmo, a própria Divindade. -Com efeito, se supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro que cobre o invisível, o imaterial, se as considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade, com mais forte razão os números, concepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas - que são as Leis Naturais -, compreendidas e estudadas neste Mundo. -Vê-se, pois, que os números se prestam facilmente a tornarem-se símbolos, figuras das idéias simples e de suas relações. E toda a doutrina das relações Morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia foi sempre exposta por um sistema numérico e representada por números. -A China, a Índia e a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e empregaram a “Ciência dos Números”, e seu simbolismo é, em grande parte, baseado nessa ciência. -O número um, a unidade, é o principio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos orientais começaram por um ser primitivo. Conquanto esta abstração não tenha, positivamente, uma existência real, tem, contudo, um lado positivo, que o torna suscetível de uma existência definida. É o que os antigos denominavam PORTHOS, isto é, o desejo ou ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real (para nós quer dizer: concreto). -Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o todo, ela tem o nome de unidade.
160
-A unidade só é compreendida por efeito do número dois, sem o qual ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identificase com o próprio número. -A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a diferença. O NÚMERO DOIS -O número dois é o número terrível, o número fatídico. -É o símbolo dos contrários e, por conseqüência, da dúvida, do desequilíbrio e da contradição. -Para mostrar isso, tomemos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas: a Aritmética. 2+2=2x2 -Até na Matemática o número dois produz confusão, pois ao vermos o número quatro, ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois pela soma ou pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro qualquer número. -Ele representa: o Bem e o Mal, a Verdade e a Falsidade, a Luz e as Trevas, a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. -Por isto, representava, na antigüidade, o “inimigo”, símbolo da dúvida, quando nos assalta o espírito. -O Aprendiz não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco ainda no cabedal científico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria seguir. -Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Aprendiz é 161
guiado em seus trabalhos iniciáticos, pois sua passagem pelo número dois, duvidoso, traiçoeiro e fatídico, pode arrastá-lo ao abismo da dúvida, do qual só sairá se o forem buscar. O NÚMERO TRÊS -A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no número dois cessam, repentinamente, quando se lhe ajunta uma TERCEIRA UNIDADE. A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número TRÊS se converta, também, em unidade. -Porém, a nova unidade não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve intervenção alguma, não é uma unidade idêntica com o próprio número, como acontece com a unidade primitiva, é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que se formou o número três, que se tornou a unidade da Vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito. -Eis porque o Neófito vê no Oriente o Delta Sagrado, luminoso emblema do ”Ser” ou da ”Vida”, no centro do qual brilha a letra IOD, inicial do Tetragrama IEVE. -Ramée, assim explica: “O Triângulo, entre as superfícies, é a forma que corresponde ao número três, e tem a mesma significação deste”. Assim como o número três é o primeiro número completo da série numérica, do mesmo modo o triângulo o é entre todas as formas. Porque o ponto e a linha são, por si sós, imperfeitos, sendo necessárias três dimensões para que um objeto tenha forma, esteja completo. -O triângulo, conquanto composto de três linhas e três ângulos, forma um todo completo e indivisível.
162
-Todos os outros polígonos se subdividem em triângulos, e são compostos de triângulos. Estes são, pois, o tipo primitivo que serve de base à construção de todas as outras superfícies. E é por esta razão que a figura do triângulo é o símbolo da existência da divindade, bem como de sua ”potência produtora” ou da Evolução. -Quando o novo iniciado abre os lhos à Luz da Verdade, ele nada encontra, no Templo, que se relacione, simbolicamente, com o número Um. Isto é natural, porque para facilitar o estudo dos números, a Maçonaria faz uso de emblemas para atrair a atenção sobre suas propriedades essenciais. -E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar a Unidade. Com efeito, nós só percebemos fora e em volta de nós diversidade e multiplicidade. Nada é simples na Natureza, tudo é complexo. No entanto, se a Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece, pelo contrário, residir em nosso íntimo. -Todo o ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é UM. -Esta unidade, que está em nós, se manifesta, por sua vez, na nossa maneira de pensar, agir e sentir. -Nossas idéias, levadas ao pensamento de um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. E, em dúvida, este é o mais precioso talismã que pode possuir o iniciado, quando condensa seu ideal no Justo, no Belo e no Verdadeiro, simbolizado no candelabro de três luzes que ele vê sobre o Altar do Venerável, ideal que é o pólo único para o qual tendem todas as aspirações humanas. -Rameé, O. Wirth diz que o binário é o símbolo dos contrários, da divisão e recomenda que não deva o Neófito 163
estacionar no número dois, pois que se condenaria à luta estéril, à oposição cega, à contradição sistemática; ficaria, em suma, escravo desse princípio de divisão, que a Antigüidade simbolizou e estigmatizou sob o nome de ”inimigo” (Agramaniu, Cheitan, Satan, Mara, e outros). -Foi então necessário proceder à conciliação dos antagonismos, “condensando no Ternário o Binário e a Unidade”. -Três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). -Três são os pontos que o Neófito deve se orgulhar de apor ao seu nome, pois esses três pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são um dos nossos emblemas mais respeitáveis. -Eles representam todos os ternários conhecidos e, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao Maçom:
-Estas qualidades são absolutamente inseparáveis umas das outras e devem existir, em perfeito equilíbrio, no candidato à Iniciação, para que ele possa ter a iniciação real, vivida e não emblemática. -Senão vejamos: -Experimentemos, por um instante, separar estas qualidades umas das outras, e veremos sempre que elas 164
caracterizarão o desequilíbrio. -Suponhamos um ser dotado unicamente de vontade, de energia, porém sem o menor sentimento afetuoso e desprovido de inteligência, e teremos um verdadeiro bruto. -Dotemos agora alguém de inteligência e arranquemo-lo a vontade e a sabedoria, que é a expressão do amor; teremos o pior dos egoístas e dos inúteis; um terreno onde a “boa semente” não germinará, onde as ervas daninhas em breve o inutilizarão. -Demos, finalmente, ao homem unicamente o amor (sabedoria), sem sombra de Vontade e de Inteligência. Veremos que sua bondade será inútil, suas melhores aspirações serão condenadas à esterilidade, porque não são postas em ação por uma Vontade forte, agindo sob o controle da Razão. -Tomemos, agora, por pares estas virtudes. -Dotemos, ao mesmo tempo, uma criatura de Vontade e de Inteligência, mas sem sentimento afetuoso para com seus semelhantes. Esse homem poderá ser um gênio, mas, será também, muito provavelmente, um monstro de egoísmo e, como tal, condenado a desaparecer. -Suponhamos, agora, um ser dotado de Coração e de Inteligência, mas sem vontade, sem energia. Teremos uma criatura mole, de caráter passivo, que certamente não fará mal a ninguém, que terá mesmo belas aspirações, um elevado ideal, mas jamais chegará a realizá-lo, por falta de energia. Em suma, um inútil. -A energia unida ao amor daria melhor resultado, porém a falta da inteligência impedirá sempre o homem bom e ativo de fazer obra verdadeiramente útil, porque o discernimento, função da inteligência, lhe faltará. E ele não poderá aplicar suas 165
belas qualidades, correndo mesmo o perigo, sob a direção de um mau intelecto, de se tornar um servidor das forças do mal, por falta de discernimento. - Vede, pois, meu Ir∴ Aprendiz, que todo o Maçom que quiser ser digno deste nome deve cultivar igualmente essas três qualidades, representadas pelos três pontos (∴) que apõe a seu nome. -O Ternário pode ainda ser estudado sob múltiplos pontos de vista, dos quais citaremos apenas os principais, que são: • Do tempo: Passado, Presente, Futuro. • Do movimento diurno do sol: Nascer, Zênite, Ocaso. • Da vida: Nascimento, Existência e Morte; Mocidade, Maturidade e Velhice. • Da família: Pai, Mãe e Filho. • Da Constituição do Ser: Espírito, Alma e Corpo. • Do Hermetismo: Archeu, Azoth e Hylo. • Da Gnose: Princípio, Verbo e Substância. • Da Cabala Hebráica, da qual são tiradas as PP∴SS∴e de P∴ da Maçonaria: Keter (Coroa), HoKma (Sabedoria) e Binah (lnteligência). • Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo. • Da Trimurti Hindu: Brahma, Vishnu e Shiva; Sat, Chit e Ananda. 166
• Dos “Três Gounas”, ou qualidades inerentes à Substância Eterna (Maia), na Índia: Tamas (Inércia), Rajas (Movimento) e Satva (Harmonia). • Do Budismo: Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assembléia de Fiéis). • Do Egito: Osiris, Ísis e Hórus; Ammon, Mouth e Khons. • Do Sol, no Egito: Hórus (nascer), Rá (Zênite) e Osíris (Ocaso) • Da Caldéia: Ulomus (Luz), Olosurus (Fogo) e Éliun (Chama). -E ainda muitos outros ternários, cuja explicação se afastaria dos moldes desta instrução. - Em toda a parte se encontra, pois, o número três, o Ternário, do qual o Delta Sagrado é o mais luminoso e, talvez, o mais puro emblema. -Nas Lojas Maçônicas, o Ternário é ainda simbolizado pelos três Pilares: SABEDORIA - FORÇA – BELEZA -Estes Pilares representam as Três Grandes Luzes colocadas sobre o Painel da Loja: a primeira no Oriente, a segunda no Ocidente e a terceira no Sul, de acordo com a orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão. O NÚMERO QUATRO -No centro do Delta Sagrado está a letra IOD, inicial do Tetragrama (4 letras) IEVE, símbolo da Grande Evolução, ou “do que foi”, “do que é” e “do que será”. 167
-O Tetragrama IOD ─ HE ─ VAU ─ HE, apesar de se compor de quatro letras, tem somente três diferentes (IOD ─ HE ─ VAU), para simbolizar as três dimensões dos corpos: comprimento, largura e altura ou profundidade. -A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as 6 faces dos corpos. -O Tetragrama, com suas quatro letras, tem afinidade com a Unidade, pois 4 e 1 são quadrados perfeitos, porém só tem três letras diferentes, para indicar que, a partir de 3, os números entram numa nova fase. -Finalmente, o Tetragrama lembra ao Aprendiz que ele passou pelas quatro provas dos Elementos - TERRA, AR, ÁGUA e FOGO. Colocado a Nordeste da Loja, o Aprendiz vai começar estas quatro provas, no caminho para o 2º grau. Porém, desta vez, tendo recebido a Luz e podendo caminhar só no Templo, embora ainda auxiliado pelos conselhos dos IIr∴ e pela experiência dos Mestres. Enfim, responsável por si mesmo, seus pensamentos, suas palavras e seus atos devem sempre demonstrar que tem consciência do juramento que prestou ao ingressar no Templo do Ideal, cujo serviço aceitou livremente, sem constrangimento nem restrição de espécie alguma. VEN∴ - Irmão Aprendiz, estudai e meditai profundamente sobre esta instrução. Ela vos abrirá os olhos para os problemas mais transcendentes, cujo estudo ainda não vos é permitido, mas que se apresentarão, de certo, ao vosso espírito, fortificado e esclarecido com a simbologia dos números. - (!) Repousemos, meus Irmãos.
168
1.
(Ministradas as cinco instruções em sessões intercaladas e em tempo não inferior a um ano, para ser solicitado o aumento de salário, o Apr∴deve ser avaliado pelo questionário a acima ao qual responderá, de entre colunas, de forma decorada).
2. O candid∴ deverá dispor de pelo menos uma semana para estudar o questionário, sem reproduzi-lo por nenhuma forma ou meio. Responderá de forma decorada e entendida, estando entre as Colunas B e J. 3. A aprovação se dará mediante pelo menos 70% das respostas corretas (mínimo de 22 acertos). É de fundamental importância que o candid∴entenda as perguntas e não apenas a decore. BANQUETE Os banquetes se realizarão, sempre, no grau de Aprendiz, para que todos os membros da Loja possam compartilhar. A sala em que se realizar deve ficar ao abrigo de visitas profanas. A mesa, sempre que possível, será única em forma de ferradura, com a face interna livre, por onde se fará o serviço. Os Irmãos sentar-se-ão pelo lado externo, ficando o Venerável Mestre no centro, o 1º Vigilante na extremidade do norte e o 2º Vigilante na do sul. À direita e à esquerda do Venerável Mestre ficam os convidados. O Orador senta-se ao sul, depois do 2° Vigilante. O Secretário senta-se ao norte, logo depois do 1º Vigilante. O Mestre de Cerimônias, para maior regularidade e ordem, fica à direita do 1º Vigilante, na face interna da mesa. Os demais Oficiais e Irmãos não tem lugares fixos. Se o Grão-Mestre estiver presente, ocupará o lugar principal, ficando o Venerável Mestre à sua esquerda. Os demais membros da Administração da Grande Loja ocuparão, também, lugares à cabeceira. 169
Se a mesa não comportar a todos na face externa, os presentes poderão sentar-se no lado interno, equitativamente distribuídos a partir dos Vigilantes. Ninguém deve sentar-se sem que o Grão-Mestre ou o Venerável Mestre tome a iniciativa, nem levantar-se para sair sem que seja o banquete declarado encerrado. Todos os objetos de mesa deverão ser colocados em filas equidistantes e paralelas. A primeira, de pratos e talheres; a segunda, de copos e taças; a terceira, de garrafas; e a quarta, de flores, enfeites, etc. Em todos os banquetes há brindes obrigatórios, sendo o primeiro feito pelo Venerável Mestre, ou outra autoridade maçônica que lhe tenha substituído, a cujo critério fica o início do brindes. Os brindes são anunciados pelo Mestre de Cerimônias, após um golpe de malhete dado pelo Venerável Mestre. Durante os brindes cessam as mastigações. Os brindes obedecerão à seguinte ordem: 1°- Ao Chefe da Nação e ao Governo, pelo Venerável Mestre. 2º - À Grande Loja Maçônica de..... e ao seu GrãoMestre, por um Irmão. 3° - À Loja e ao seu Venerável Mestre, por um Irmão. 4° - Aos 1º e 2° Vigilantes, por um Irmão. 5° - Aos Irmãos visitantes e às Lojas da Obediência, pelo Orador. 6° - Aos Oficiais e demais Irmãos da Loja, por um Irmão. 7º - Aos Irmãos infelizes e sofredores espalhados pela superfície da Terra, pelo Irmão mais moderno do Quadro. 170
Se houver algum brinde especial, este será feito logo depois do segundo. Os brindes poderão ser feitos espaçadamente um do outro, ou, então, seguidos, sem intercalação, visando-se ao maior conforto dos participantes. O anúncio do brinde será feito pelo Mestre de Cerimônias, conforme segue: “O Irmão F... vai levantar um brinde em honra a...”. O último brinde, porém, será anunciado com toda a formalidade pelo Venerável Mestre e Vigilantes, devendo, durante o ato, reinar o mais absoluto silêncio. O irmão que o fizer falará por detrás da cadeira do Venerável Mestre. Terminada esta Oração, findará o Banquete em absoluto silêncio.
171