Voe - Centro de apoio psicológico para estudantes da UFPel | TFG 1 - Stefani Goulart

CENTRO DE APOIO PSICOLÓGICO PARA ESTUDANTES DA UFPEL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I

CENTRO DE APOIO PSICOLÓGICO PARA ESTUDANTES DA UFPEL

ACADÊMICA: STEFANI CURTH GOULART ORIENTADORA: PROF.ª DRA NATALIA NAOUMOVA PELOTAS, RS 2022

“Aquele que quer aprender a voar um dia, precisa primeiro aprender a ficar de pé, caminhar, correr, escalar e dançar; ninguém consegue voar só aprendendo vôo.”

Friedrich Nietzsche

agradecimentos

Agradeço à minha família que acreditou em mim e me ajudou a chegar até aqui. Às colegas, amigas e futuras arquitetas, Júlia V., Luiza, Marcela e Sara, que compartilharam essa trajetória comigo do início ao fim.

A todos que durante esses anos ofereceram um ombro amigo ou uma palavra de conforto nos dias mais difíceis. À minha psicóloga Brenda que foi imprescindível para que eu concluísse essa caminhada.

E um agradecimento especial aos que me impulsionaram a voar. Eles sabem quem são.

resumo Este trabalho consiste na síntese dos estudos realizados na disciplina de Trabalho Final de Graduação I – Ênfase em Espaços Construídos, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e se desenvolve em torno da proposta de um Centro de Apoio Psicológico para os estudantes da UFPel, na cidade de Pelotas/RS. A partir de referenciais teóricos e de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) – onde nota-se o aumento de casos de depressão e ansiedade na população brasileira –, a temática da saúde mental tem se tornado cada vez mais importante, necessitando de atenção não só na área da psicologia, mas em um contexto multidisciplinar, onde resta às demais especialidades promover mecanismos capazes de diminuir os impactos dessas doenças no cotidiano dos indivíduos. Assim, o presente trabalho busca criar um espaço de acolhimento e bem-estar aos estudantes que necessitem de atendimento, utilizando-se de fundamentos da neuroarquitetura.

Palavras-chave: psicologia ambiental, neuroarquitetura, arquitetura humanizada

sumário

01 introdução pág. 10

1.1 Contexto

| pág. 12

1.2 Arquitetura x Psicologia | pág. 14 1.3 O caso da UFPel

| pág. 16

1.4 Justificativa

| pág. 18

02 o lugar pág. 20

03

referên projet

3.1 Critérios de escolha 3.2 Centro Méd Psicopedagógic

2.1 A cidade

| pág. 22

2.2 O terreno

| pág. 24

2.3 Levantamento Fotográfico

3.3 Caboolture Super Clinic

| pág. 28

3.4 Clínica Escola FVS

2.4 Análise do Entorno | pág. 30 2.5 Legislação

| pág. 42

03

ências tuais pág. 46

e

| pág. 48

dico co | pág. 50 GP

| pág. 54

04 programa pág. 62

4.1 Programa de necessidades

| pág. 64

4.2 Fluxograma

| pág. 66

| pág. 58

Apontamentos Bibliografia Anexos

05 o projeto pág. 68

5.1 Conceito

| pág. 70

5.2 Estratégias Projetuais

| pág. 71

5.3 Brainstorm Projetual

| pág. 72

5.4 Processo de projeto

| pág. 74

5.5 Evolução da forma

| pág. 76

5.6 Zoneamento

| pág. 77

5.7 Implantação

| pág. 78

5.8 Plantas Baixas

| pág. 80

5.9 Cortes

| pág. 84

| pág. 92

5.10 Perspectivas | pág. 86

| pág. 94

5.11 Sistema Construtivo

| pág. 90

01 introdução

Contexto saúde mental Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2015, 264 milhões de pessoas no mundo sofrem com o transtorno de ansiedade. O Brasil é considerado o país com a maior taxa do mundo, 18,6 milhões de pessoas, ou seja, 9,3% da população brasileira sofre com esse transtorno. Já com relação à depressão, é considerado o 5º país com o maior número de casos no mundo, sendo 5,8% da população brasileira atingida por essa doença. É considerada a principal causa de mortes por suicídio, acontecendo 800 mil casos por ano no mundo. (BRASIL tem..., 2020) Estima-se que as doenças mentais são responsáveis por 1/3 do número total de incapacidades nas Américas, sendo a Depressão e a Ansiedade as maiores causas dessas incapacidades. Ainda, em países de baixa e média renda, de 76% a 85% das pessoas com transtornos mentais não recebem tratamento adequado. (TRANSTORNOS mentais..., [s.d.])

Durante a pandemia de COVID-19, os transtorno mentais se agravaram devido ao isolamento social, aumentando os níveis de estresse da população mundial. Segundo a OMS, no primeiro ano de pandemia, os casos de Ansiedade e Depressão no mundo aumentaram 25%, e a população mais atin-

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gida foi a população jovem, correndo riscos desproporcionais de comportamentos suicida e automutilação. (PANDEMIA de..., 2022) Segundo Silveira et al. (2011), estudos epidemiológicos têm apontado que a maior probabilidade de surgirem as primeiras perturbações mentais são no início da fase adulta, principalmente durante a formação no ensino superior. Nesta fase, muitas pessoas acabam por se distanciar do seu círculo de relacionamentos familiares e sociais, muitas vezes devido ao fato de irem morar em outras cidades para cursar a Universidade. É também uma fase importante de transição para a vida adulta, onde os estudantes assumem mais responsabilidades, criam perspectivas de futuro profissional, precisam conciliar a vida acadêmica, profissional e pessoal, dentre outros fatores que contribuem para a maior probabilidade de passarem por situações de estresse que podem desencadear transtornos.

Desta forma, segundo Moro, Valle, Lima (2005), seria de grande importância a existência de programas de apoio psicológico aos estudantes, de maneira à proporcionar uma melhor saúde mental aos mesmos, diminuindo os níveis de estresse e consequentemente a prevalência de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.

O TEMA - 1.1 Contexto

Figura 01

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Arquitetura x Psicologia neuroarquitetura e a psicologia ambiental Sabe-se que qualquer tipo de transtorno psicológico deve sempre ser tratado por especialistas como psicólogos e psiquiatras, mas outras especialidades podem promover pequenos mecanismos para auxiliar no tratamento e prevenção dessas doenças. Além disso, as terapias são recomendadas não somente para quem passa por transtornos mentais, mas também como uma forma de autoconhecimento e de melhora da relação do paciente consigo mesmo e com as pessoas à sua volta.

Segundo Klepeis et al. (2001), passamos 90% das nossas vidas dentro de ambientes fechados, ou seja, o ambiente construído têm um enorme impacto no nosso cotidiano.

Visto que ambientes estressantes são gatilhos para o desenvolvimento de transtornos, ambientes projetados de maneira mais humanizada propiciam melhor qualidade e bem-estar, auxiliando na regulação do estresse cotidiano dos usuários.

Como forma de estudar a relação pessoa x arquitetura, surge a Neuroarquitetura, termo relativamente novo que teve sua consolidação após a criação da ANFA (Academy of Neuroscience for Architecture) em 2003, que surgiu do “interesse sobre a ligação entre arquitetura e neurociência, e em compreender como o ambiente construído afeta as

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funções cerebrais do ser humano, por meio de pesquisas neurocientíficas.” (DIONIZIO, 2022). Trata-se de um estudo interdisciplinar e multidisciplinar que passa pelas áreas da neurociência, arquitetura e psicologia ambiental, a qual busca proporcionar ao usuário determinadas sensações que poderão ser traduzidas em determinados tipos de comportamentos dentro do espaço.

“Ler os espaços é o que nosso cérebro faz, instintivamente, o tempo todo. É por meio dessa leitura espacial que nossas reações, quaisquer que sejam, são traçadas diante de um ambiente de perigo, de lazer ou de mero convívio. Nosso cérebro, literalmente lê e interpreta os espaços em que nos encontramos e, a partir desse momento, ele nos conduz a organizarmos como nos apropriaremos, ou não, desse ambiente.” (CRIZEL, 2020, p.110 apud DIONIZIO, 2022, p.27)

Dentro da Neuroarquitetura, como citado anteriormente, tem-se a Psicologia ambiental, que conceitua-se como a observação do homem e suas relações com o ambiente físico, social, natural ou construído e como eles influenciam na sua percepção, cognição e comportamento. (DIONIZIO, 2022) Percebe-se a grande recorrência com a qual o tema Arquitetura e Psicologia tem

O TEMA - 1.2 Arquitetura x Psicologia sido tratado nos dias atuais. É notável a importância da aplicação da Psicologia ambiental e Neuroarquitetura nos ambientes construídos para a promoção do bem-estar de seus usuários. Desta maneira, em um edifício voltado à saúde mental, como é o caso deste trabalho, é imprescindível a aplicação destes conceitos para se projetar um lugar de bem-estar e aconchego.

Segundo estudos de 2008 realizados pela psicóloga ambiental Stephani Robson, os quais visam identificar como certos espaços contribuem para alívio da ansiedade, as

pessoas ansiosas buscam sentar-se próximas de paredes, cantos ou divisórias, de maneira a terem um maior controle do espaço em que estão inseridas. Outros elementos que contribuem para a sensação de conforto das pessoas nos espaços são a iluminação e ventilação naturais, presença de paredes e elementos curvos, vegetação (biofilia), paleta de cores suave e bom tratamento acústico. (STOUHI, 2022) Desta forma, estes são elementos que farão parte das diretrizes deste projeto.

Neurociência

Neuro ARQUITETURA PSICOLOGIA

ARQUITETURA

Figura 02

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O caso da UFPel questionário

No mês de janeiro de 2022, foi criado um questionário online com o intuito de averiguar as demandas por apoio psicológico entre os estudantes da UFPel. O questionário foi divulgado no grupo do Facebook da Universidade, o qual possui mais de 40 mil membros. Foram obtidas 52 respostas, e todas as questões podem ser visualizadas no Anexo A deste trabalho.

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Através deste questionário, foram verificados importantes dados com relação à ligação entre o ingresso na universidade e a necessidade de auxílio psicológico, assim como a dificuldade financeira dos estudantes em conseguir o tratamento adequado, como pode-se ver nos gráficos da figura 03.

Inicialmente percebe-se que grande parte dos alunos que participaram da pesquisa vieram de outras regiões para estudar na cidade. Pode-se perceber também que 75% dos estudantes sentiu a necessidade de buscar atendimento psicológico após ingressar na Universidade e 65,4% buscou por atendimento com desconto para estudante. Ao mesmo tempo, do total de repostas, 73.1% dos estudantes já deixou de receber o tratamento adequado por não ter condições financeiras de pagar consultas de maneira particular.

O TEMA - 1.3 O caso da UFPel

Você é de Pelotas?

Você já sentiu a necessidade de procurar atendimento psicológico após ter ingressado na UFPel?

Você já buscou por atendimento psicológico com desconto para estudante?

Você já deixou de procurar atendimento psicológico por não ter condições financeiras de pagar?

Figura 03

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Justificativa a ufpel Na Universidade Federal de Pelotas, têm-se o NUPADI (Núcleo Psicopedagógico de Apoio ao Discente), que funciona dentro da PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis). O NUPADI é focado no atendimento aos alunos em vulnerabilidade social, porém, dentro do possível, atende todos os alunos da Universidade que necessitam de atendimento. No geral, o núcleo realiza somente atendimentos pontuais, sem continuidade, não sendo caracterizado como uma psicoterapia individual. O atendimento inicial consiste em 1 a 3 sessões de atendimento psicológico e posteriormente há o encaminhamento adequado para cada situação, podendo o aluno ser encaminhado para a rede pública municipal de saúde, para a participação em grupos terapêuticos ou receber atendimento sistemático em casos especiais. (LAUTENSCHLÄGER, 2021) Atualmente, a equipe do NUPADI conta com 4 psicólogas, e 1 enfermeira e não possui um espaço físico próprio para os atendimentos, dividindo espaço com todos os demais núcleos da PRAE, no Campus II da UFPel. Segundo dados da PRAE, só no ano de 2020, de maneira online, foram acolhidos 263 alunos, com uma média de 9 novos acolhimentos por semana e totalizando mais de 1000 atendimentos por ano. Enquanto isso,

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no espaço físico, atendem em torno de 30 alunos por mês, sem a devida infraestrutura para tal. (LAUTENSCHLÄGER, 2021).

Com os dados apresentados, nota-se a crescente procura por atendimento psicológico por parte dos estudantes, assim como a falta de estrutura física e de profissionais para realização dos atendimentos, somado ao fato de se tratar de um atendimento pontual, sem perspectiva de continuidade. Além disso, através do questionário realizado, foi identificada uma enorme demora na marcação das consultas, o que se tratando de atendimento de saúde mental, não é positivo.

Outro ponto identificado, é a grande procura por atendimento psicológico particular com desconto para estudante, o qual muitos profissionais de psicologia formados oferecem. Acredita-se que isso se deve à dificuldade em receber atendimento gratuito na Universidade, assim como à dificuldade de estudantes, que muitas vezes não possuem uma fonte de renda, arcarem com os custos de uma psicoterapia individual. Já os psicólogos recém formados muitas vezes enfrentam a dificuldade financeira de alugar salas comerciais para iniciar seus atendimentos e até mesmo passam pela dificuldade de prospectar pacientes, devido à recente entrada no mercado de trabalho.

O TEMA - 1.4 Justificativa

proposta A proposta deste trabalho consiste em oportunizar atendimento gratuito à estudantes da UFPel em vulnerabilidade social e atendimento com pagamento de valor social (desconto para estudante), para os demais estudantes da Universidade.

Desta maneira, o projeto do Centro de Apoio Psicológico para estudantes da UFPel auxiliaria diretamente os estudantes da UFPel que necessitam de atendimento e não possuem condições financeiras para tal.

Indiretamente, ainda auxiliaria em curto prazo a população, com atividades em grupo promovidas pelos estudantes de psicologia da Universidade e, em médio/longo prazo, oportunizando espaço físico para atividades que irão auxiliar na formação dos estudantes de psicologia que posteriormente atenderão essa população.

Por fim acredita-se que pensando em um espaço físico especializado no atendimento dos estudantes e de suas demandas de apoio psicológico, abrirá espaço para novos debates acerca de saúde mental e consequente investimento público para tratar deste tema no país.

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02 o lugar

A Cidade

Figura 04

A cidade de Pelotas, localizada na região Sul do Estado do Rio Grande do Sul fica às margens do Canal São Gonçalo, que interliga a Lagoa Mirim e a Lagoa dos Patos.

O município dista 260km da captial do estado, Porto Alegre. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020), a população da cidade é estimada em 343.132 habitantes, sendo considerada a quarta cidade mais populosa do estado.

No passado, principalmente no final do Século XIX, Pelotas teve seu desenvolvimento marcado pelas charqueadas, onde era produzido charque que era enviado para todo o Brasil.Destaca-se o charque enviado

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ao Nordeste, que foi de grande importância para o desenvolvimento da cidade pois tinha como moeda de troca o açucar, favorecendo a cultura doceira da cidade que permanece até os dias atuais.

Através do desenvolvimento da economia da cidade por meio das charqueadas, propiciou-se a construção de imponentes casarões que até os dias atuais são de grande importância para o contexto histórico e cultural de Pelotas, sendo em 2018, juntamente com os doces pelotenses, considerados Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O LUGAR - 2.1 A Cidade

Nos dias atuais, a cidade de Pelotas é reconhecida como Polo Universitário, possuindo duas grandes instituições universitárias importantes: a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), além de outras de menor porte. Este fato contribui para a grande concentração de estudantes universitários na cidade, formado em parte por estudantes que vem de diversas outras localidades do país para estudar em Pelotas.

A área de estudo escolhida para este trabalho localiza-se na região Sul da cidade, próxima aos Campus da Universidade Federal de Pelotas, portanto, próxima das rotas de trânsito dos estudantes. Este foi um fato decisivo para a escolha do terreno, visto o tema proposto para o trabalho e para quem ele se destina.

Figura 05

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O Terreno da estudantes vindos de outras localizações do país, e à proximidade com a Secretaria Municipal de Assistência Social do município, facilitando assim, possíveis atividades de extensão universitária dos estudantes de psicologia da UFPel com a comunidade socialmente vulnerável.

Segundo o Mapa Urbano da cidade, o lote possui uma área de 5255,08m² e está cadastrado como o nº 1171 da Rua Três de Maio. Possui faces voltadas à três ruas: Rua Três de Maio, Rua Barão de Santa Tecla e Rua Gomes Carneiro, fechando o quarteirão na Rua Marechal Deodoro.

Figura 06

A escolha do terreno para este projeto deu-se devido à sua localização. Por se tratar de um edifício para os estudantes da Universidade, era necessário que este se localiza-se próximo ao percurso feito pelos estudantes e às rotas de ônibus da UFPel. Ao mesmo tempo, por se tratar de um edifício de apoio psicológico, buscou-se uma localidade que pudesse proporcionar uma experiência mais tranquila aos estudantes, a fim de evitar grandes aglomerações que os fizessem se sentir inibidos em visitar o Centro.

Outros dois pontos decisivos para a escolha do terreno são a proximidade com a Casa do Estudante da UFPel, a qual hospe-

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O LUGAR - 2.2 O Terreno INSOLAÇÃO E VENTOS

Figura 07

Segundo a NBR 15220, a cidade de Pelotas possui enquandramento na zona bioclimática 2, e é descrito como Sub-tropical Úmido. Já a média de temperatura anual é de 17,8ºC segundo a Estação Agroclimatológica de Pelotas. Em relação aos ventos, Pelotas possui a média anual de velocidade de 3,5m/s, com predominância de vento Nordeste de Julho à Setembro, Vento Sudoeste

(Minuano) de Abril à Junho e Leste durante o Verão.

Com relação à vegetação existente no lote, o mesmo encontra-se fechado com muros, o que inviabilizou a análise das espécies existentes, porém, devido à observação do crescimento das mesmas e consequente falta de manutenção, acredita-se que nenhuma espécie seja passível de preservação.

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O LUGAR - 2.2 O Terreno pontos de interesse

Como pode-se notar no mapa da figura 08, o terreno se encontra, dentro de um raio de 1000m apartir do centro do lote, próximo a sete prédios da Universidade. Encontra-se também próximo a três praças e quatro pontos de saúde, entre eles dois hospitais, uma UBS e a Secretaria Municipal de Saúde.

Já em um raio de 500m, encontra-se a

Casa do Estudante Universitário da UFPel, que se localiza na esquina do lote. Também próximo à ele, se encontra a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Restaurante Popular da cidade, e o Hospital Beneficência Portuguesa, além de um supermercado e de estar próximo à Estação Férrea.

LEGENDA: Secretaria Municipal de Assistência Social

06 - Praça Cipriano Barcelos 07 - Praça Piratinino de Almeida 08 - Praça Coronel Pedro Osório

01 - Beneficência Portuguesa 02 - UBS Simões Lopes 03 - Secretaria Municipal de Saúde 04 - Santa Casa de Misericórdia 05 - Hospital Escola UFPel

09 - Casa do Estudante UFPel 10 - Campus Engenharia Industrial Madeireira UFPel 11 - Faculdade de Direito UFPel 12 - Faculdade de Odontologia UFPel 13 - Restaurante Universitário UFPel 14 - Campus II UFPel 15 - Centro de Artes UFPel 16 - Campus Canguru UFPel

Estação Ferroviária de Pelotas Supermercado Guanabara

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Figura 08

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Levantamento Fotográfico Figura 09

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Figura 10

Figura 11

Figura 12

Figura 09

Figura 11

Figura 10

Figura 12

O LUGAR - 2.3 Levantamento Fotográfico

Figura 13

Figura 14

Figura 15

Figura 16

Figura 13

Figura 15

Figura 14

Figura 16

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O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno

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Como é possível notar na figura 17, próximo ao terreno os prédios possuem grande variação de altura, possuindo de 2 a 5 pavimentos ou mais, e estes geralmente são edifícios residenciais multifamiliares ou pavilhões. À medida que vai se afastando um pouco mais do terreno, predomina edificações de 1 ou até 2 pavimentos, que é a prevalêcia de altura neste raio de 300m do centro do lote.

Pode-se perceber que as edificações com frente para as Ruas Marechal Deodoro, Santa Tecla e Três de Maio são as que possuem maior altura.

A região em que o terreno se situa, segundo o Plano Diretor de Pelotas (2008), caracteriza-se como uma Área Especial de Interesse Cultural (AEIC), em uma Zona de Preservação da Paisagem Cultural (ZPPC).

A altura máxima permitida para edificações nessa área é de até 10,00 metros de altura, ou até 13,00 metros para lotes com testada igual ou superior a 10,00m.

Figura 17

Análise do Entorno

mapa de alturas

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Com relação aos usos dos terrenos em um raio de 300m do centro do lote, a grande maioria das edificações do entorno são de uso residencial, principalmente à Sul, onde fica a Ocupação Uruguai, e à Oeste que são Áreas de Especial Interesse Social. Já mais a norte do terreno, próximo à Rua Dom Pedro II, concentra-se grande parte de edifícios comerciais e alguns poucos de uso misto. É notável também, a carência de espaços de lazer e estar nessa região, não possuindo nenhuma edificação voltada à essa atividade, nem mesmo praças ou espaços verdes.

Figura 18

O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno mapa de USO DO SOLO

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Pode-se perceber pela figura 19, que o entorno possui baixa densidade construtiva e significativa quantidade de áreas sem uso.

Quanto à hierarquia viária, apresentada também na figura 19, segundo o Plano Diretor de Pelotas, tanto a Rua Três de Maio quanto a Rua Barão de Santa Tecla são vias coletoras nos trechos que dão face ao terreno.

Figura 19

O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno Hierarquia Viária / Cheios e Vazios

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O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno fotografias das vias

Nas imagens à seguir, é possível ver as ruas que contornam o terreno. A Rua Barão de Santa Tecla (figura 20) possui pavimentação de pedra até metade da quadra e a outra metade não possui pavimentação, enquanto a Rua Três de Maio (figura 21) possui pavimentação de pedra, A Rua Gomes Carneiro foi aberta recentemente, anteriormente

haviam edificações neste trecho (figura 22).

Atualmente não possui pavimentação nessa quadra, inclusive o muro que cerca o terreno atualmente, está invadindo o alinhamento predial (figura 23).

Nas figuras 24, 25 e 26, é possível ver um corte esquemático do perfil dessas vias, considerando sua situação atual.

Figura 20

Figura 21

Figura 22

Figura 23

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perfil das vias

TERRENO RUA TRÊS DE MAIO

Figura 24

TERRENO RUA BARÃO DE SANTA TECLA

Figura 25

TERRENO RUA GOMES CARNEIRO

Figura 26

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O terreno é amplamente atendido no que diz respeito ao trajeto dos ônibus da UFPel. São 3 linhas de ônibus que saem do Campus Anglo e 1 linha que sai do Campus Capão do Leão e passam em frente ao lote. Também há uma linha que liga o Campus Anglo ao Campus ESEF que passa próximo ao terreno.

Figura 27

O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno transporte de apoio ufpel

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Quanto ao transporte público do município, o terreno é acessível a diversos bairros da cidade, possuindo dois terminais de ônibus próximos: um próximo ao Supermercado Guanabara onde ficam os ônibus que ligam o centro da cidade aos bairros Fragata e Três Vendas, e um na Rua Marechal Deodoro que liga o centro ao bairro Areal.

Não há nenhuma ciclovia ou ciclofaixa em nenhuma das vias de acesso ao terreno, porém está prevista a criação de ciclovias nas ruas Barão de Santa Tecla e Gomes Carneiro, esta última fazendo ligação com a ciclovia existente no restante desta via, e que faz ligação ao Campus Anglo.

Figura 28

O LUGAR - 2.4 Análise do Entorno transporte público e ciclovias previstas

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Legislação De acordo com o III Plano Diretor de Pelotas (2008) a área em estudo está classificada como uma zona de expansão da centralidade e o lote localiza-se em uma Área Especial de Interesse do Ambiente Cultural (AEIAC-ZPPC). De acordo com o mapa U-02, do mesmo Plano Diretor, o terreno está localizado na região CE 3.2 sob o nome de referência “Estação Férrea”.

Art. 70 – São Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural: I - AEIAC - ZPPC (Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural, conforme lei municipal), compreende a delimitação e características descritas a seguir: b) Caracterização: compreende as quatro Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural (Primeiro Loteamento, Segundo Loteamento, Porto e Caieira), área já reconhecida por lei – 4.568/2000, e onde se encontra a maioria dos prédios históricos tombados e inventariados, denotando um caráter arquitetônico e urbanístico de interesse. Apresenta uma impor-

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tância histórico-cultural que está relacionada com a formação urbana da cidade.

Art. 125 – Será permitida edificação de até 20,00m (vinte metros) de altura em imóveis que possuam testada igual ou superior a 15,00m (quinze metros) e que estejam inseridos nas áreas definidas pelas poligonais abaixo descritas, incluindo-se também os lotes voltados para os logradouros a elas circundantes: II - Rua Três de Maio, da rua Manduca Rodrigues até a rua Gal. Osório; Rua Gal. Osório, da rua Três de Maio até a Rua Conde de Porto Alegre; Rua Conde de Porto Alegre, da Rua Gal. Osório até a Rua Santos Dumont; Rua Santos Dumont, da rua Conde de Porto Alegre até a rua Almirante Tamandaré; Rua Almirante Tamandaré, da rua Santos Dumont até a rua Manduca Rodrigues; Rua Manduca Rodrigues, da rua Almirante Tamandaré até a rua Três de Maio. § 2º Para a aplicação do disposto neste artigo, respeitado o gabarito do logradouro, estabelecido no caput do artigo anterior, será exigida

O LUGAR - 2.5 Legislação

a observância de recuo de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), recuo lateral em ambos os lados, inclusive em terrenos de esquina, e recuo de fundos, nos seguintes termos: a) Com medida definida mediante a aplicação da seguinte fórmula: R = (0.35 x H)/2, onde R se refere a parcela do recuo mínimo a ser adotado em ambos os lados e nos fundos, e H à altura final da edificação. b) Será admitido o fracionamento de uma das medidas do recuo lateral, que permita afastamento diferenciado em relação às divisas do lote, desde que a menor parcela observe as condições aplicáveis para os referidos afastamentos da edificação, consignadas nos critérios estabelecidos para as áreas principais e secundárias; não havendo aberturas para a menor parcela, o recuo aplicado deverá também ser equivalente ao necessário para áreas secundárias. c) A medida equivalente à diferença entre o recuo R, apurado a partir da aplicação da fórmula prevista na alínea “a” e aquele oriundo do critério acima, será computada adicionalmente à parcela original a ser adotada para o outro afastamento.

§ 3º Nos terrenos de esquina, o recuo ajardinamento secundário será calculado pela fórmula prevista no parágrafo segundo da alínea a. § 4º A altura final H referida na alínea “a” do parágrafo anterior, respeitará os critérios de apuração fixados no Código de Obras referente à altura das edificações.”

Art. 152 – O Regime Urbanístico na Área Especial de Interesse do Ambiente Cultural da ZPPC observa os seguintes dispositivos: I - Altura máxima de 10,00m (dez metros); II - Taxa de ocupação de 70% (setenta porcento); III - Isenção de recuos de ajardinamento e laterais; IV - Recuo de fundos de no mínimo 3,00m (três metros). § 1º Dentro da AEIAC – ZPPC, para a área correspondente ao Primeiro e Segundo Loteamentos, será permitida a ocupação de 100% (cem porcento) até a altura de 4,00m (quatro

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metros), mantendo-se a taxa de ocupação de 70% (setenta por cento) a partir dessa altura. § 2º As edificações em lotes com testada igual ou superior a 10,00m (dez metros) poderão alcançar a altura de 13,00m (treze metros) desde que: a) Não estejam localizadas nos focos de interesse da AEIAC ou em seus eixos de ligação; b) Não sejam inventariadas ou lindeiras a imóveis inventariados; c) Haja apresentação, pelo interessado, de Laudo Técnico elaborado por profissional habilitado, contendo levantamento do entorno, análise e parecer conclusivo, que demonstre a possibilidade da edificação alcançar 13,00m (treze metros) de altura, sem prejuízo ao interesse especial protegido pela Área Especial, cujo exame será procedido pela CTPD, que indicará as diretrizes a que se sujeitará o projeto do empreendimento.

De acordo com o Código de Obras de Pelotas (2008): Seção V – § 1º Para os casos de novas edificações, reformas com acréscimo de área construída ou

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acréscimos em edificações existentes, será exigido o atendimento ao percentual mínimo de 20% (vinte por cento) de Coeficiente de Permeabilidade do Solo, calculado sobre a área do terreno.

Segundo o Anexo 2 do Código de Obras da cidade de Pelotas (Lei 5528 | 2008) - Padrões de Cálculo dos números de vagas para guarda de veículos, o número mínimo de vagas destinados para Clínicas, ambulat., laborat., Postos Saúde é de 1 vaga para cada 50m² de área construída utilizada pela atividade.

Por fim, após análise da legislação vigente, têm-se que a edificação pode atingir até 20m de altura, e até 3575,94m² de projeção para obedecer ao máximo de 70% de taxa de ocupação (Área Total do Terreno= 5108,49m²).

Com relação aos recuos, deve obedecer o recuo frontal de 4,00m, sendo o recuo lateral e de fundos de 3,5m, resultante da seguinte fórmula (considerando a altura máxima de 20m permitida): R = (0.35 x H)/2, R = (0.35 x 20)/2 R = 3,5m

O LUGAR - 2.5 Legislação

TO= 70% H= 20m

R

o ecu

fun

s do

m

3,5

Re Re

cuo

cuo

lat era

l 3,

lat era

5m

l 3,

5m cuo

Re

l nta fro

4m

Figura 29

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03 referências

REFERÊNCIAS - 3.1 Critérios de escolha

Crite´rios de escolha estudos de caso A escolha se deu com base em 3 principais características: o programa, a arquitetura humanizada e a relação entre o espaço interior e o exterior. Como o projeto deste trabalho engloba mais de uma utilização, sentiu-se a necessidade de procurar por referências de programas distintos: uma clínica governamental, um centro de apoio psicopedagógico e uma clínica escola. Os dois primeiros tratam-se de referências internacionais, e o último é uma referência nacional.

O projeto do Centro Médico Psicopedagógico foi escolhido para estudo do programa e do zoneamento das funções em blocos, além da relação dos espaços internos e externos.

O Projeto da Caboolture GP Super Clinic foi escolhido devido ao seu programa e a riqueza dos espaços internos, que possuem grande relação com vegetação, cores e iluminação natural.

A referência nacional trata-se de uma Clínica Escola, portanto foi escolhida para que fosse possível estudar os ambientes e os fluxos necessários para o funcionamento do edifício. Além disso, ela também foi utilizada como referência para estudo da relação da arquitetura e natureza, devido à presença de vegetação e incidência de luz natural nos espaços internos.

48

Figura 31

Figura 30

Figura 32

49

Centro Médico Psicopedagógico Comas-Pont arquitectos | vic, osona, espanha Área: 1657 m² | Ano: 2015

contexto O prédio está inserido nos arredores de um dos principais centros de saúde da cidade, próximo ao Hospital Universitário de Vic. Sua implantação é feita no centro do lote, e o prédio é rodeado por um parque.

A topografia do terreno é íngreme, e o projeto, portanto, é resolvido através de rampas ao longo da edificação. Basicamente todo edifício é rodeado de vegetação, criando uma visível relação entre construção x natureza.

O Centro contrasta do entorno devido à sua implantação solta no lote e seu programa quase todo resolvido em um único pavimento - dando uma escala doméstica ao edifício, enquanto as edificações vizinhas estão no limite dos lotes e possuem de 4 a 5 pavimentos. Porém, sua materialidade e texturização harmonizam com elas.

Figura 30

Figura 34

vem do Hospital

acesso

50

Figura 33

Figura 35

REFERÊNCIAS - 3.2 Centro Médico Psicopedagógico massa e composição

materialidade e estrutura

A volumetria do edifício é formada por módulos espaciais de 6m de largura com cobertura abobadada, que agrupam-se ao redor de um pavilhão central - o pavilhão de acesso, criando volumes distintos para cada atividade.

Internamente há o uso da madeira como revestimento principal, sendo alguns fechamentos em painéis de cortiça. Nas fachadas externas e cobertura é utilizado o mesmo material, um tipo de telha ondulada, possivelmente termoacústica, para auxiliar na eficiência do edifício. Já as fachadas Sul contrastam com as demais devido à presença de estufas. A estrutura do edifício é possivelmente em madeira laminada colada, e a mesma fica ora aparente, ora escondida, tanto interna como externamente.

Figura 36

Os pavilhões são separados entre si por jardins e pomares e a conexão entre o pavilhão central e os demais pavilhões é feita por meio de corredores cobertos com rampas, que ajudam a vencer a topografia íngreme. O edifício caracteriza-se pela sua horizontalidade, devido à sua baixa altura e sua forma espalhada no terreno.

Figura 37

Figura 38

Figura 39

51

luz natural e ventilação O edifício foi planejado para ser energicamente eficiente, possuindo diversas estratégias para tal. Nas fachadas Sul, no inverno, as radiações solares atingem as cortinas de PVC fechadas, acumulando o calor dentro das estufas e posteriormente introduzindo esse calor ao interior do edifício através do sistema de ventilação da cobertura. Já no verão, essas cortinas são abertas e a varanda serve como elemento de proteção solar. A cobertura ainda conta com um sistema de ventilação mecânica.

Figura 42

Fachada Sul

Corte S1

Figura 40

Fachada Oeste

Corte S2

52

Figura 41

Figura 43

REFERÊNCIAS - 3.2 Centro Médico Psicopedagógico organização funcional

ESPAÇOS COMUNS

ATENDIMENTO EM GRUPO

ADMINISTRAÇÃO

2º Pav.

WC

WC

CAFÉ

WC HALL DE ENTRADA WC RECEPÇÃO

SALAS DE TRABALHO

Figura 44

WC

O programa se desenvolve basicamente em um único pavimento para facilitar a mobilidade dos usuários, sendo o bloco administrativo o único a possuir dois pavimentos. O pavilhão central é o que organiza e distribui todo edifício, funcionando como um eixo principal e central de circulação, e cada pavilhão interligado à ele possui seu próprio corredor de circulação, distribuindo para as salas e atividades propostas.

ATENDIMENTO INDIVIDUAL

Planta Baixa Térreo

LEGENDA: acesso principal

acessos secundários circulações internas

2º Pav.

acesso à circ. vertical acesso e recepção espaços comuns psicoterapias reabilitação em grupo inserção ao trabalho administrativo

Figura 45

Planta Baixa Térreo

circ. vertical

53

Caboolture GP Super Clinic WILSON ARCHITECTS | caboolture, QUEENSLAND, AUSTRALIA Área: 3200 m² | Ano: 2015

contexto O projeto trata-se de uma clínica comunitária. Esta inserido na cidade de Caboolture e localizada em uma área da cidade com diversos equipamentos de saúde. A implantação é feita nos limites do lote e ao fundo conta com um estacionamento privativo.

A topografia do terreno é plana, e os limites do lote com a rua possuem grandes canteiros de vegetação em praticamente toda extensão.

O prédio da Clínica contrasta com as edificações do entorno, pois se desenvolve em 2 pavimentos e está no limite do lote, enquanto as construções vizinhas possuem predominantemente 1 pavimento e estão soltas no lote. Além disso, o edifício se comporta como um grande bloco branco, contrastando com a colorística do entorno.

Figura 31

Figura 47

acesso acesso estac.

54

Figura 46

Figura 48

REFERÊNCIAS - 3.3 Caboolture GP Super Clinic massa e composição

materialidade e estrutura

A volumetria do edifício é configurada pela adição de 4 prismas quadrangulares, criando 2 sólidos com alturas distintas que agrupados resultam na forma final do prédio, em L, dando aspecto horizontal ao edifício.

Por fim, é feita uma subtração na fachada principal do edifício, onde se desenvolve o hall.

O edifício é sustentado por uma estrutura metálica que muitas vezes está aparente, fazendo parte da materialidade do projeto, como por exemplo nas colunas de aço do átrio central. Juntamente com o metal, há o uso de folhas de madeira de carvalho americano como revestimento e grande presença de panos de vidro, que auxiliam na iluminação dos ambientes. A grande presença de vegetação no interior do edifício também faz parte da materialidade do projeto.

Figura 49

Figura 51

Figura 50

Figura 52

55

luz natural e ventilação A fachada principal do edifício é voltada para o Norte, o que ocasiona a presença de incidência solar durante todo o período diurno e em todas as estações do ano. O pátio central é aberto para essa orientação, recebendo, por tanto, uma grande porção de iluminação natural, além de possuir claraboias na cobertura. Esse pátio conta com uma grande variedade de vegetações, que melhoram a qualidade do ar dos ambientes, além de auxiliar na gestão das águas pluviais. O prédio ainda conta com a disposição de placas solares na cobertura, contribuindo para sua sustentabilidade.

Corte AA

Corte BB

Figura 55

Fachada Norte

Fachada Sul

Figura 56 Figura 53

Fachada Leste

Fachada Oeste

56

Figura 54

Figura 57

REFERÊNCIAS - 3.3 Caboolture GP Super Clinic organização funcional O programa se desenvolve em dois pavimentos. No primeiro pavimento estão localizados os 24 consultórios de atendimento que circundam um pátio central ajardinado de 350m² com espaços de estar, o qual serve como elemento organizador do espaço,

ramificando para as circulações internas. No segundo pavimento está localizada a área administrativa do edifício e os espaços dos funcionários, além de salas para locação de farmácias, radiologia, bem-estar, entre outros.

ENFER.

AUDITÓRIO

CONSULTÓRIOS WC

HALL DE ENTRADA

ADMINISTRATIVO

RECEP.

ACADEMIA CONSULTÓRIOS

WC

WC

LOCAÇÃO

LOCAÇÃO

Planta Baixa Térreo Figura 58

Planta Baixa 2º Pav. Figura 59

Planta Baixa Térreo Figura 60

Planta Baixa 2º Pav. Figura 61

LEGENDA:

acesso principal acessos secundários circulações internas acesso à circ. vertical

circulações verticais consultórios social/público

estacionamento funcionários/administração espaços para locação

57

Clínica Escola FVS lins arquitetos associados | icó, ceará, brasil Área: 3948 m² | Ano: 2016 contexto A cidade de Icó possui um sítio arquitetônico do séc. XVIII e o prédio se insere nos limites do perímetro de tombamento da cidade. Por conta disso, o projeto precisou cumprir com algumas diretrizes do IPHAN como: utilizar a paleta de cores da cidade, materiais locais nas fachadas, altura máxima de 7m e implantação nos limites do lote.

Devido à essas características que o projeto precisou respeitar, a edificação harmoniza com seu entorno edilício, utilizando materiais locais, respeitando a cultura e se adequando ao clima.

A edificação é voltada para 3 ruas, portanto, possui 3 fachadas, nas quais foram utilizados cobogós amarelos, criando traços marcantes e imprimindo grande identidade à edificação.

Figura 32

Figura 63

acesso clínicas

58

acesso estudantes Figura 62

Figura 64

REFERÊNCIAS - 3.4 Clínica Escola FVS massa e composição

materialidade e estrutura

A volumetria da edificação consiste em 3 prismas distintos. Estes sofrem subtrações para iluminação e ventilação dos espaços internos, e para criação do pátio central.

Para manter o prédio no alinhamento predial, foi criada uma pele externa, sendo que entre essa pele e a edificação propriamente dita há a inserção de jardins internos.

A estrutura que sustenta o edifício no geral é composta de vigas e pilares de concreto. Somente a passarela criada no 2º pavimento que é sustentada por duas vigas metálicas aparentes.

Quanto à materialidade do edifício, é caracterizada internamente pela mescla entre blocos cerâmicos e concreto no revestimento de piso, enquanto os bancos, floreiras e escada são em concreto aparente. Há a presença de estruturas metálicas nos guarda-corpos e na sustentação da cobertura.

Figura 66

Figura 65

Figura 67

59

luz natural e ventilação A edificação é muito bem iluminada por meio da luz natural que adentra o edifício.

Isso se deve principalmente ao pátio central e demais áreas onde foram utilizadas coberturas translúcidas para receber a insolação adequada e reduzir o consumo de energia. A cobertura do pátio central também tem uma característica importante para a ventilação adequada do prédio, pois esta é elevada da edificação, permitindo a entrada e saída de ar do ambiente.

As peles das fachadas também ajudam na captação e distribuição da iluminação natural, assim como os jardins internos auxiliam para gerar conforto térmico ao ambiente e melhorar a qualidade do ar.

Figura 69

Figura 70

Corte AA

Corte BB Figura 71

Corte CC

Corte DD

60

Figura 68

Figura 72

REFERÊNCIAS - 3.4 Clínica Escola FVS organização funcional O edifício consiste em 3 áreas: uma área acadêmica, uma clínica de fisioterapia e uma clínica de psicologia para atender alunos, funcionários e a comunidade local. Desta forma, o edifício se desenvolve em 2 pavimentos: o 1º onde se situam as duas clínicas BIBLIOTECA

WC

e suas respectivas salas para atendimento, além de espaços de estar para os usuários, administração e biblioteca. O 2º pavimento é exclusivamente para as salas de aula. O pátio se localiza no centro do edifício e serve para a distribuição das funções.

SALAS DE AULA

WC

SALAS DE AULA

SALAS DE AULA

PÁTIO

SALAS DE AULA

HALL DE ENTRADA

SALAS DE AULA

WC FISIOTERAPIA

WC ADM.

PÁTIO

CONSULTÓRIOS

WC

WC

WC

LEGENDA:

SALAS DE AULA HALL DE ENTRADA

SALAS DE AULA

SALAS DE AULA

Planta Baixa Térreo Figura 73

Planta Baixa 2º Pav. Figura 74

Planta Baixa Térreo Figura 75

Planta Baixa 2º Pav. Figura 76

acesso principal acessos secundários circulações internas acesso à circ. vertical

circulações verticais psicologia fisioterapia

social/público funcionários/administração salas de aula

61

04 programa

Programa de necessidades grupos de usuários: - GRUPO 1: Estudantes da UFPel no geral, que necessitam de atendimento psicológico, através de pagamento de valor social para as consultas; - GRUPO 2: Estudantes da UFPel em vulnerabilidade social, que não pagarão pelas consultas; - GRUPO 3: População do entorno que irá participar de atividades em grupo.

DEMAIS UTILIZADORES DO EDIFÍCIO: - Estudantes de Psicologia que irão fazer estágio ou atividades com a população; - Funcionários que auxiliarão na organização e manutenção do prédio (administrativo, apoio, etc) programa: Para a definição do programa de necessidades foram utilizados três referências principais: os estudos das referências mencionadas no Capítulo 3; o Manual dos Centros de Atenção Psicossocial disponibilizado pelo Ministério da Saúde – a tabela de ambientes e áreas mínimas pode ser encontrada no Anexo B deste trabalho; e as respostas obtidas no questionário aplicado à população de interesse – Anexo A deste trabalho.

64

Os tratamentos convencionais para doenças psicológicas geralmente envolvem o uso de medicamentos ou sessões de terapia com psicólogos ou psiquiatras, porém, muitas pessoas buscam por outras alternativas complementares à esses tratamentos, afim de proporcionar uma maior eficácia.

Através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (PNPIC-SUS) do Ministério da Saúde, é reconhecida a eficácia dos tratamentos alternativos, podendo estes serem utilizados de maneira a prestar apoio integral aos pacientes, abrangendo aspectos físicos, sociais e emocionais que estão diretamente ligados ao comportamento e maneira de se relacionar dos indivíduos.

Como forma de entrelaçar a relação da academia com a sociedade e também enriquecer a carreira acadêmica dos estudantes de psicologia, pensou-se a integração com a Universidade de maneira a capacitar e qualificar os futuros profissionais, gerando retorno tanto de curto como de longo prazo para a população no geral.

Desta forma, o programa de necessidades se dividiu em 6 setores: convivência, terapias convencionais, terapias alternativas, clínica escola, administrativo e apoio.

PROGRAMA - 4.1 Programa de Necessidades

SETOR

PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO AMBIENTE ÁREA U. QTD. ÁREA TOT.

CONVIVÊNCIA

TERAPIAS CONVENCIONAIS

TERAPIAS ALTERNATIVAS

CLÍNICA ESCOLA

ADMINISTRATIVO

APOIO

EXTERIOR

Recepção Exposição de arte Auditório Biblioteca Cafeteria Sala de Atendimento Psicológico Individualizado Sala de Atendimento em grupo Sala de Atendimento Psiquiátrico Yoga Meditação Alongamentos/pilates Reiki Arteterapia Sala multiuso Sala de aula psicologia Sala de atendimento da população em grupo Escritório Diretoria Almoxarifado Convivência funcionários Copa funcionários Sala de reuniões Vestiário/WC funcionários Enfermaria WCS Feminino, Masculino, Unissex, PNE Vestiários Feminino, Masculino, Unissex, PNE Segurança/zeladoria Depósito anexo às salas em grupo Cozinha da cafeteria Área de serviço Sala de lixo temporário Abrigo externo de resíduos comuns Estacionamento Bicicletário Abrigo GLP

a definir a definir 150,00 30,00 100,00 12,00 30,00 15,00 40,00 40,00 40,00 10,00 30,00 30,00 40,00 40,00 12,00 10,00 50,00 20,00 25,00 40,00 15,00 40,00 80,00 10,00 15,00 20,00 4,00 4,00 1,50 a definir a definir a definir

1 a definir 1 1 1 8 2 3 1 1 1 2 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 a definir a definir 1

0,00 0,00 150,00 30,00 100,00 96,00 60,00 45,00 40,00 40,00 40,00 20,00 30,00 30,00 80,00 80,00 12,00 10,00 50,00 20,00 25,00 40,00 15,00 80,00 80,00 10,00 15,00 20,00 4,00 4,00 1,50 0,00 0,00 0,00

65

Fluxograma CAFÉ AUDITÓRIO

SEGURANÇA

ACESSO ADM.

RECEPÇÃO

DIRETORIA REUNIÕES

ALMOXARIFADO

PRA

WC

+ RESTRITO

VESTIÁRIOS WC

O

S ES

COPA

C

A

CONVIVÊNCIA FUNC.

RECEPÇÃ

BIBLIOTECA

66

ATIVS. GRUPO

PROGRAMA - 4.2 Fluxograma

AÇA

MEDITAÇÃO YOGA

ARTETERAPIA REIKI VESTIÁRIOS WC

DEPÓSITO

ÃO/HALL

ACESSO 2º PAV.

+R

MULTIUSO ALONGAMENTOS

ATEND. PSICOLÓGICO

ATEND. EM GRUPO WC

EST

SALAS DE AULA

RIT O

ENFERMARIA

ATEND. PSIQUIÁTRICO

Figura 77

67

05 o projeto

O PROJETO - 5.1 Conceito

Conceito Para o conceito deste projeto pensou-se na definição de “voar” dos pássaros. Todo pássaro tem o seu ninho, o qual representa aconchego e proteção, porém, eles não podem ficar no ninho para sempre, precisam voar. Voar representa liberdade, e ela só é conquistada pelo pássaro quando ele sai da sua zona de conforto.

Através dessa analogia, busca-se oferecer um espaço capaz de auxiliar o paciente neste percurso, para que através do autoconhecimento e reflexão ele possa seguir seu caminho de maneira autônoma, ou seja, voar sozinho, conquistar sua própria liberdade, sair da sua zona de conforto.

Esse conceito é refletido no projeto através do partido arquitetônico. O ninho é o centro do projeto, uma praça, e dispõe-se através da forma de um círculo para trazer a sensação de conforto e aconchego. Porém, esse círculo é aberto em um trecho, simbolizando o voar livremente. Ao redor deste ninho encontram-se os 3 eixos principais de apoio para este percurso: a convivência – que representa a vida social, o conhecimento e o tratamento. Este percurso não tem um sentido unilateral, pois acredita-se que os 3 eixos devem estar em constante aperfeiçoamento.

E

IV

R

CONVIVÊNCIA

V ÔO

NINHO

L

TRATAMENTOS

PE R

CU

RSO

CONHECIMENTO

70

Figura 78

O PROJETO - 5.2 Estratégias Projetuais

Estratégias Projetuais Divisão espacial em blocos – para facilitar os fluxos, permitindo a livre movimentação dos usuários e dando liberdade de decisão sobre seus percursos.

Pátio central – para trazer a sensação de aconchego, abraço, conectar com a natureza e promover visuais interessantes.

Altura do prédio – utilização de somente 2 pavimentos, tanto para facilitar a locomoção dos usuários como para não ser uma arquitetura tão imponente.

Gradação de privacidade – no primeiro pavimento ficam as atividades que geram maior aglomeração de pessoas, já no segundo pavimento ficam as salas de atendimento individual – de maneira a reduzir a aglomeração e criar um espaço mais silencioso, e a administração, que é um local restrito aos funcionários.

Acessibilidade – banheiros e vestiário acessíveis, corredores largos, todas portas com 80cm de largura no mínimo.

Espaço de convivência para os funcionários – por se tratar de um prédio voltado à qualidade da saúde mental de seus usuários, é imprescindível pensar na qualidade dos espaços para os funcionários também.

Elementos curvos – para diminuir os níveis de estresse, acalmar e criar dinamismo à forma e aos espaços, além de serem as formas presentes na natureza.

Biofilia – utilização de vegetação nos espaços internos para aproximar o ambiente da natureza, além de melhorar a qualidade do ar e trazer mais calma para os usuários.

Estratégias sustentáveis – colocação de calhas centrais na cobertura, que recolhem as águas das chuvas e reaproveitam nas floreiras; utilização de coberturas verdes.

Materialidade – utilização da madeira como revestimento, para trazer a sensação de aconchego, tanto interna como externamente. Utilização do painel de policarbonato, que traz a ideia de transparência ao edifício.

71

Braisntorm Projetual

cobertura verde habitável

corredores

72

salas de atendi

pátio circular

imento

O PROJETO - 5.3 Brainstorm projetual

elementos curvos

floreiras/bancos

auditório

divisórias curvas

73

Processo de projeto Inicialmente foi identificada a orientação solar do terreno e os ventos dominantes (figura 81), conforme já explicitado no capítulo 3. A partir disto, foram identificadas as estratégias bioclimáticas para cada testada do lote, além dos condicionantes do entorno (figura 82). Por fim, foram feitos estudos volumétricos em 3d (figuras 79 e 80) e criado o primeiro esboço do partido arquitetônico, juntamente com o sentido das vias que o circundam o terreno (figura 83).

74

Figura 81

Figura 79

Figura 82

Figura 80

Figura 83

O PROJETO - 5.4 Processo de projeto

do terreno com 3m de calçada, resultando nas dimensões de terreno conforme a figura 85. Por fim, foram realizados os cálculos de recuos obrigatórios segundo o Plano Diretor e definidos os acessos de pedestre e veículos (figura 86).

103.63m

103.63m

102.24m

102.24m

102.24m

Figura 84

Figura 85

rua

uo

m .40

1 uo

rec

rua

uo

trê

rua

sd

re4cm uo

em

trê

aio

sd

em

o

u rec

m

0 1.4

m .40

1 uo

rec m .40 o1

rua

go

rec

rec

42.89m

42.89m

51.67m

42.89m

51.67m 51.67m

103.63m

44.20m

44.20m 44.20m

52.96m

52.96m

52.96m

A partir de levantamento realizado no local, foram aferidas as dimensões reais do terreno nas testadas voltadas aos logradouros (figura 84). Posteriormente, optou-se por alargar as calçadas existentes para qualificar o entorno, deixando ambas as laterais

me

sc

1.4

0m

rguoa

m goe mse cs

acarnr nee reeirco rec iiroo uo uo 1 1.4 .40 0mm

arn

0m la la ec o 1.4 ec t a c0 at u um t t uo c n n la a re4 a 4mre rua e s 1. e s tec o d cuo o d ta trê ã ã r r n ba re ba sa 4m s de ma rua rua de io ão

aio

rec

rua

r

ba

Figura 86

75

O PROJETO - 5.5 Evolução da forma

Evolução da forma A forma se deu a partir da implantação de 3 blocos principais: público, clínica escola e terapias, onde percebeu-se a necessidade de aproximação destes blocos para interligação dos mesmos (01). Depois os blocos foram extrudados para obter o número de pavimentos necessário para compor o programa, onde foram acrescentados o bloco administrativo em

01

balanço - criando uma marquise para o acesso à edificação, e um 2º andar para o bloco de terapias (02), resultando na volumetria inicial (03). Por último, os blocos foram lapidados de maneira a trazer os elementos curvos desejados para o projeto, criando dinamismo na forma e áreas de contemplação e estar nos terraços.

02 2x

03

76

04

Figura 87

Zoneamento Como parte das estratégias projetuais, pensou-se o projeto com a divisão em blocos.

No térreo temos o bloco 1, denominado Público, que compreende o auditório e a cafeteria, ambos dimensionados para receber o público externo e para a realização de eventos voltados à saúde mental como palestras e workshops; o bloco 2, denominado Clínica Escola, com salas de aula de apoio ao curso de Psicologia da UFPel, salas de atividades em grupo para o público externo, promovidas pelos estudantes, e enfermaria. O bloco 3, denominado Terapias, se subdivide em 2 pavimentos: o pavimento térreo abriga as terapias alternativas como meditação, yoga, alongamentos, arteterapia, reiki e sala multiu-

O PROJETO - 5.6 Zoneamento

so, e o segundo pavimento abriga as terapias convencionais como psicoterapia e psiquiatria. Por fim, também no segundo pavimento, temos o bloco 4, denominado Administrativo, onde ficam locadas as salas da diretoria, sala de reuniões e espaço de convivência e apoio aos funcionários do Centro.

Os blocos de Terapias convencionais e Administrativo possuem acesso direto para um terraço aberto, enquanto os blocos Público, Clínica Escola e Terapias alternativas possuem acesso à Praça Central, portanto todos os blocos tem ligação direta com a área externa, facilitando o contato dos usuários com iluminação e ventilação naturais.

PÚBLICO

Atividades de acesso geral como café e auditório

TERAPIAS

Terapias alternativas no térreo e convencionais no 2º pav.

ADMINISTRATIVO

Atividades de acesso restrito para os funcionários

CLÍNICA ESCOLA

Salas para os estudantes de psicologia, atendimentos em grupo e enfermaria

Figura 88

77

Implantação Inicialmente localizou-se o estacionamento entrando pela Rua Gomes Carneiro, pensando nos fluxos das vias que circundam o terreno e também por se tratar da orientação Sul do projeto, a qual recebe a menor insolação. O estacionamento possui espaço para 40 vagas, sendo 2 vagas para PNE e 2 vagas para idosos. Também conta com bicicletário O acesso principal do Centro deu-se na esquina das ruas Três de Maio e Barão de Santa Tecla, pela questão da proximidade com a parada de ônibus da UFPel e também fazendo diagonal com o prédio da Casa do Estudante, facilitando assim o acesso dos estudantes, que são o foco principal do projeto.

78

Optou-se por afastar do prédio dos limites do terreno, além dos recuos obrigatórios, afim de qualificar este entorno com paisagismo e permitir uma melhor ocupação do espaço público pelos transeuntes do local.

Foi pensado um fechamento em muro na lateral Leste do lote, afim de resguardar este espaço como passagem de serviço.

Também na lateral Leste, aos fundos do Centro, entre o pátio e o estacionamento, pretende-se criar uma barreira com vegetação para inibir a passagem dos usuários. Já na lateral Oeste pensou-se em um fechamento a fim de restringir o espaço, afim de criar um pátio de serviço, onde fica localizado o acesso restrito e a saída secundária do bloco de terapias.

O PROJETO - 5.7 Implantação

FECHAMENTO

IMPLANTAÇÃO Escala: 1/750

PÁTIO DE SERVIÇO

BICICLETÁRIO

Figura 89

79

abrigo GLP abrigo GLP

NN

0.72 0.72

auditório

auditório Á=166.16 m² Á=166.16 m² 95 lugares 95 lugares

cozinha

cozinha Á=23.86 m² Á=23.86 m²

apoio

apoio Á=13.68 m² Á=13.68 m²

café

café Á=139.59 m² Á=139.59 m²

-0.28 -0.28

0.20 0.20

zeladoria zeladoria Á=13.38 m²

wc m.

wcm² m. Á=11.00 Á=11.00 m²

Á=13.38 m²

pne

foyer

foyer Á=40.86 m² Á=40.86 m²

Á=3.60pne m² Á=3.60 m²

wc f.

wcm²f. Á=11.00 Á=11.00 m²

recepção recepção SO L EOS IPA AESCS NCAL I IP AC PNRC I PR

biblioteca biblioteca Á=46.14 m² Á=46.14 m²

80

PLANTA BAIXA PAV. TÉRREO Escala: 1/200

ativ. em grupo ativ. em Á=39.55 m²grupo Á=39.55 m²

ativ. em grupo ativ. em Á=39.55 m²grupo Á=39.55 m²

sala de aula sala de Á=39.55 m² aula Á=39.55 m²

sala de sala d Á=39.46

Á=3

O PROJETO - 5.8 Plantas Baixas

yoga

meditação livre

Á=35.68 m²

Á=44.43 m²

arteterapia Á=29.21 m²

vest. fem. reiki

Á=14.12 m²

reiki

Figura 90

Pav. Térreo Á=26.21 m²

Á=14.12 m²

vest. pne Á=6.17 m²

vest. unissex Á=6.17 m²

vest. mas.

SAÍDA SECUND.

depósito Á=24.33 m²

multliuso

alongamentos/pilates Á=44.22 m²

ACESSO RESTRITO

Á=35.68 m²

Á=26.36 m²

de aula

39.46 m²

serviço

Á=7.59 m²

enfermaria Á=25.17 m²

lixo temp. Á=6.64 m²

abrigo externo de resíduos comuns

81

abrigo GLP

auditório

0.72

N

Á=166.16 m² 95 lugares

cozinha

Á=23.86 m²

apoio

Á=13.68 m²

café

Á=139.59 m²

-0.28

0.20

zeladoria depósitoÁ=13.38 limpeza m²

wc m.

foyer Á=11.00almoxarifado m² Á=12.51Á=40.86 m² m²

Á=9.83 m²

pne

Á=3.60 m²

wc f.

Á=11.00 m²

vest. fem. Á=18.15 m²

diretoria Á=16.54 m²

vest. masc.

SO L ES IPA AC NC I PR

wc

Á=3.15 m²

Á=18.75 m²

recepção

copa

Á=21.21 m²

reuniões

convivência Á=73.62 m²

82

PLANTA BAIXA PAV. SUPERIOR Escala: 1/200

SAÍDA TERRAÇO

Á=23.21 m²

biblioteca Á=46.14 m²

ativ. em grupo Á=39.55 m²

ativ. em grupo Á=39.55 m²

sala de aula Á=39.55 m²

terraço

sala de

Á=39.46

O PROJETO - 5.8 Plantas Baixas

Figura 91

Pav. Superior atend. psiq. Á=14.25 m²

atend. psiq. atend. psiq. Á=14.12 m²

atend. psic. atend. psic. atend. psic.

Á=14.04 m²

Á=14.04 m²

Á=14.12 m²

Á=14.12 m²

atendimento em grupo Á=41.99 m²

wc fem.

Á=16.41 m²

wc pne Á=4.71 m²

wc unissex Á=4.71 m²

wc masc. Á=16.41 m²

depósito Á=7.44 m²

SAÍDA TERRAÇO

atend. em grupo atend. psic. atend. psic. atend. psic. atend. psic. atend. psic. Á=22.75 m²

Á=14.12 m²

Á=14.12 m²

Á=14.12 m²

Á=14.12 m²

Á=14.04 m²

83

+0.00

-0.50

circ.

wc f.

0.15 1.50

+0.20

3.40

3.00

0.15

3.00

0.35 1.50

vest. fem.

2.80

6.85

circulação

0.35

8.00

2.80

0.15 1.50

Cortes

+0.0

foyer

CORTE AA

+0.00

auditório

CORTE BB Escala: 1/200

84

-0.28

2.80

+0.20

zeladoria

0.15 1.50

reuniões

0.15

diretoria

3.00

0.35

0.35 1.15

3.28

+0.72

2.80

4.50

0.35 1.15

2.80

3.00

0.35 1.50

Escala: 1/200

O PROJETO - 5.9 Cortes B

C

A

A

C B

0.15 1.50

wc fem.

3.00

2.80

+0.20

vest. pne

+0.00

0.15

circulação

+3.35

atend. psic.

8.00

atend. psic.

2.80

3.00

0.35

convivência

3.00

8.00

2.80

3.00

4.80

0.15 1.50

circulação

0.35 1.50

00

8.00

circulação

0.35

8.00

+3.35

0.15

2.80

3.00

0.35 1.50

Figura 92

arteterapia

CORTE CC Escala: 1/200

circulação

+0.20

alongamentos/pilates

Figura 93

85

Perspectivas

PERSPECTIVA Sem escala Figura 94

86

O PROJETO - 5.10 Perspectivas

PERSPECTIVA Sem escala Figura 95

87

Perspectivas

PERSPECTIVA Sem escala Figura 96

88

O PROJETO - 5.10 Perspectivas

PERSPECTIVA Sem escala Figura 97

89

Sistema Construtivo e Materialidade O sistema construtivo escolhido para o edifício é de estrutura mista de paredes portantes e sistema de vigas e pilares de concreto armado. Pretende-se que as paredes internas sejam de material de fácil alteração como o drywall, afim de facilitar possíveis modificações ou reformas na edificação.

Para o lançamento da proposta foi utilizada uma malha de eixos a cada 40cm, facilitando assim as etapas posteriores deste projeto.

Para a materialidade propõe-se fechamentos nos seguintes materiais: Painel de madeira: afim de trazer a sensação de aconchego.

Fachada ventilada de policarbonato: é um material leve e auxilia na proteção de intempéries. Além disso, fornece uma luz suave e naturalmente difusa, permitindo as visuais para o exterior mas ao mesmo tempo resguardando o interior do edifício, principalmente nas áreas de terapias onde se necessita uma maior privacidade.

Paineis de vidro: no hall do pavimento térreo e na cafeteria, para permitir a permeabilidade visual para a praça.

Coberturas verdes: o café e a clínica escola terão coberturas verdes, trazendo mais ainda a vegetação ao projeto.

90

O PROJETO - 5.11 Sistema Construtivo e Materialidade

91

Apontamentos

Por fim, apesar de os resultados que foram atingidos nesta etapa do trabalho serem satisfatórios, há pontos que necessitam de melhor aprofundamento na próxima fase dos estudos.

Quanto ao sistema estrutural, é necessário o dimensionamento das estruturas para garantir a correta sustentação do edifício.

Também é necessária a definição precisa das divisões internas.

Quanto ao paisagismo, é necessária a definição de caminhos, paginações, vegetações e mobiliários do entorno da edificação, da praça e do terraço habitável, qualificando estes espaços e promovendo usos diversos.

Quanto ao isolamento acústico, é necessário pensar, principalmente, nas salas de terapias convencionais, afim de promover o isolamento adequado para este tipo de atividade.

93

Bibliografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT (2020). NBR 9050. Norma Brasileira de Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiência às Edificações, Espaço Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para elaboração de projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: www.saude.gov. br/mental.

BRASIL tem maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, diz OMS. SINDJUSTICA, 2020.

Disponível em: https://sindjustica.com/2020/05/27/brasil-tem-maior-taxa-de-transtorno-de-ansiedade-do-mundo-diz-oms/. Acesso em: 6 jun. 2022.

CABOOLTURE GP Super Clinic / Wilson Architects. [S.l.]: ArchDaily Brasil, 2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/930734/caboolture-gp-super-clinic-wilson-architects. Acesso em: 6 jun.

2022.

CENTRO Médico Psicopedagógico / Comas-Pont arquitectos. [S.l.]: ArchDaily Brasil, 2020. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/878967/centro-medico-psicopedagogico-comas-pont-arquitectos. Acesso em: 6 jun. 2022.

CENTRO Médico Psicopedagógico de Osona. [S.l.]: Arqa, 2017. Disponível em: https://arqa.com/arquitectura/sustentable/centro-medico-psicopedagogico-de-osona.html. Acesso em: 6 jun. 2022.

CLÍNICA Escola FVS / Lins Arquitetos Associados. [S.l.]: ArchDaily Brasil, 2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/922135/clinica-escola-fvs-lins-arquitetos-associados. Acesso em: 6 jun.

2022.

DIONIZIO, F. A. G. F.. Neuroarquitetura, psicologia ambiental, design biofílico e feng shui: uma análise comparativa. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, São Paulo, 1ª edição, p. 13–70, 2022. Disponível em: https://www.periodicorease.pro.br/rease/article/view/4849. Acesso em: 6 jun. 2022.

KLEPEIS, N. E. et al. The National Human Activity Pattern Survey (NHAPS): a resource for assessing exposure to environmental pollutants. Journal of Exposure Science & Environmental Epidemiology, [S.I.], v. 11, n. 3, p. 231-252, julho 2001.

LAUTENSCHLÄGER, Maureen Roux Cordeiro. Respir(ar): Novo prédio para o núcleo psicopedagógico de apoio ao discente da UFPel. Orientador: Profa. Dra. Lisandra F. Krebs. 2021. 110 f. TCC (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.

95

MORO, Adriana; VALLE, Juliana Barros de; LIMA, Leandro Prates de. Sintomas depressivos nos estudantes de medicina da Universidade da região de Joinville (SC). Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, p. 97-102, maio/agosto 2005.

PANDEMIA de COVID-19 desencadeia aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo. OPAS, 2022. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/2-3-2022-pandemia-covid-19-desencadeia-aumento-25-na-prevalencia-ansiedade-e-depressao-em. Acesso em: 6 jun.

2022.

PELOTAS. Plano Diretor de Pelotas. Prefeitura Municipal de Pelotas: Gabinete do Prefeito. 2008. 243 f., Pelotas, 2008.

ROQUE, Conchi. Centro Médico Psicopedagógico, de Comas-Pont Arquitectes. Finalista en los Premios FAD 2017. [S.l.]: Experimenta, 2017. Disponível em: https://www.experimenta.es/noticias/arquitectura/centro-medico-psicopedagogico-el-edificio-sano-de-comas-pont-arquitectes/. Acesso em: 6 jun. 2022.

SILVEIRA, Celeste et al. Saúde mental em estudantes do ensino superior: Experiência da Consulta de Psiquiatria do Centro Hospitalar São João. Revista Acta Medica Portuguesa [S.I.], v. 24, n. S2, p.

247-256, 2011.

STOUHI, Dima. “Como a arquitetura pode ajudar a combater a ansiedade?” [How Can Architects Combat Anxiety with Interior Spaces]. [S.l.]: ArchDaily Brasil, 2022. Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/926786/como-a-arquitetura-pode-ajudar-a-combater-a-ansiedade. Acesso em: 6 jun.

2022.

TRANSTORNOS Mentais. OPAS, [s.d.]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/transtornos-mentais. Acesso em: 6 jun. 2022.

lista de figuras Figura 01: Matéria de Jornal referente ao aumento de casos de depressão após a pandemia. Fonte: Diario Popular, 2022.

Figura 02: Esquema neuroarquitetura. Fonte: Autora, 2022.

Figura 03: Gráficos de questionário aplicado aos estudantes. Fonte: Autora, 2022.

Figura 04: Mapa Brasil, Rio Grande do Sul e Pelotas. Fonte: Autora, 2022.

Figura 05: Mapa Axial Pelotas. Fonte: MUB (editado pela autora), 2022.

Figura 06: Vista aérea do lote com dimensões. Fonte: GeoPelotas (editado pela autora), 2022.

Figura 07: Estudo solar e de ventos do lote. Fonte: Autora, 2022.

Figura 08: Vista aérea da cidade e pontos de interesse. Fonte: MUB (editado pela autora), 2022.

Figura 09: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

96

Figura 10: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 11: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 12: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 13: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 14: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 15: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 16: Fotografia do local. Fonte: Autora, 2022.

Figura 17: Mapa de alturas do entorno num raio de 300m do lote. Fonte: Autora, 2022.

Figura 18: Mapa de uso do solo do entorno num raio de 300m do lote. Fonte: Autora, 2022.

Figura 19: Mapa de hierarquia viária e cheios e vazios num raio de 300m do lote. Fonte: Autora, 2022.

Figura 20: Fotografia Rua Barão de Santa Tecla. Fonte: Autora, 2022.

Figura 21: Fotografia Rua Três de Maio. Fonte: Autora, 2022.

Figura 22: Fotografia antiga da Rua Gomes Carneiro. Fonte: Google Maps, 2015.

Figura 23: Fotografia atual da Rua Gomes Carneiro. Fonte: Autora, 2022.

Figura 24: Perfil viário da Rua Três de Maio. Fonte: Streetmix (editado pela autora), 2022.

Figura 25: Perfil viário da Rua Barão de Santa Tecla. Fonte: Streetmix (editado pela autora), 2022.

Figura 26: Perfil viário da Rua Gomes Carneiro. Fonte: Streetmix (editado pela autora), 2022.

Figura 27: Mapa de transporte de apoio da ufpel num raio de 300m do lote. Fonte: Autora, 2022.

Figura 28: Mapa de transporte público e ciclovias previstas num raio de 300m. Fonte: Autora, 2022.

Figura 29: Esquema com diretrizes da legislação urbana segundo o Plano Diretor. Fonte: Autora, 2022.

Figura 30: Referência 1: Centro Psicopedagógico. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 31: Referência 2: Caboolture GP Super Clinic. Fonte: Architizer, sem data.

Figura 32: Referência 3: Clínica Escola FVS. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 33: Implantação do edifício. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2020.

Figura 34: Fotografia vista lateral. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 35: Fotografia bloco administrativo. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 36: Esquema volumétrico 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 37: Fotografia espaço entre blocos. Fonte: Arqa, 2017.

Figura 38: Fotografia revestimento externo. Fonte: Experimenta, 2017.

Figura 39: Fotografia revestimento interno. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 40: Elevação Sul e Corte S1. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 41: Elevação Oeste e Corte S2. Fonte: Archdaily, 2020.

97

Figura 42: Corte esquemático com estratégias bioclimáticas. Fonte: Arqa, 2017.

Figura 43: Fotografia varanda ao Sul. Fonte: Archdaily, 2020.

Figura 44: Esquema fluxograma. Fonte: Autora, 2022.

Figura 45: Esquema setorização. Fonte: Arqa, 2017.

Figura 46: Implantação do edifício. Fonte: Google Maps (editado pela autora), 2022.

Figura 47: Fotografia acesso principal. Fonte: KaneC Constructions, sem data.

Figura 48: Fotografia vôo de pássaro. Fonte: Enviro Projects, sem data.

Figura 49: Esquema volumétrico 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 50: Fotografia vôo de pássaro fachada principal. Fonte: Enviro Projects, sem data.

Figura 51: Fotografia Revestimentos internos - madeira. Fonte: Architizer, sem data.

Figura 52: Fotografia Estrutura Metálica. Fonte: Architizer, sem data.

Figura 53: Elevações Norte e Sul. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 54: Elevações Leste e Oeste. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 55: Corte com entradas de luz natural. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2019.

Figura 56: Fotografia do Pátio/Átrio. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 57: Fotografia vista de cima da área de recepção. Fonte: Architizer, sem data.

Figura 58: Esquema fluxograma pav. térreo. Fonte: Autora, 2022.

Figura 59: Esquema fluxograma pav. superior. Fonte: Autora, 2022.

Figura 60: Esquema setorização pav. térreo. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2019.

Figura 61: Esquema setorização pav. superior. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2019.

Figura 62: Implantação do edifício. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2022.

Figura 63: Fotografia fachada. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 64: Fotografia da esquina. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 65: Esquema volumétrico 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 66: Fotografia Pátio Central. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 67: Fotografia Pátio Central. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 68: Cortes AA, BB, CC e DD. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 69: Corte perspectivado com esquema de iluminação natural. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 70: Corte perspectivado com esquema de ventilação natural. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 71: Fotografia do jardim interno. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 72: Fotografia do jardim vertical. Fonte: Archdaily, 2019.

Figura 73: Esquema fluxograma pav. térreo. Fonte: Autora, 2022.

98

Figura 74: Esquema fluxograma pav. superior. Fonte: Autora, 2022.

Figura 75: Esquema setorização pav. térreo. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2019.

Figura 76: Esquema setorização pav. superior. Fonte: Archdaily (editado pela autora), 2019.

Figura 77: Esquema de fluxograma do programa. Fonte: Autora, 2022.

Figura 78: Diagrama conceitual do partido arquitetônico. Fonte: Autora, 2022.

Figura 79: Fotografia estudo volumétrico feito com legos. Fonte: Autora, 2022.

Figura 80: Fotografia estudo volumétrico feito com legos. Fonte: Autora, 2022.

Figura 81: Esboço de esstudo de insolação e ventos do terreno. Fonte: Autora, 2022.

Figura 82: Esboço de condicionantes do entorno do terreno. Fonte: Autora, 2022.

Figura 83: Esboço de implantação do partido aquitetônico. Fonte: Autora, 2022.

Figura 84: Desenho do terreno com medidas aferidas in loco. Fonte: Autora, 2022.

Figura 85: Desenho do terreno com medidas finais, após alteração das calçacas. Fonte: Autora, 2022.

Figura 86: Diagrama em perspectiva do terreno com recuos e acessos propostos. Fonte: Autora, 2022.

Figura 87: Diagramas de evolução da forma. Fonte: Autora, 2022.

Figura 88: Diagrama de zoneamento. Fonte: Autora, 2022.

Figura 89: Implantação. Fonte: Autora, 2022.

Figura 90: Planta Baixa Pav. Térreo. Fonte: Autora, 2022.

Figura 91: Planta Baixa Pav. Superior. Fonte: Autora, 2022.

Figura 92: Esquema de indicação dos cortes. Fonte: Autora, 2022.

Figura 93: Cortes. Fonte: Autora, 2022.

Figura 94: Perspectiva 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 95: Perspectiva 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 96: Perspectiva 3D. Fonte: Autora, 2022.

Figura 97: Perspectiva 3D. Fonte: Autora, 2022.

99

Os pássaros conseguem antever as tempestades. Por isso, voam para longe delas.

Quando os ventos fortes chegam, os pássaros já voam noutras geografias. Nem sempre isso acontece. Quando a chuva vem de repente, as aves que habitualmente cruzam os nossos céus, abrigam-se nas árvores e nos beirais dos telhados. Procuram abrigo e protecção. Esperam que a tempestade passe para depois continuarem as longas viagens ao encontro do sol. Mas quando são apanhados desprevenidos, aguentam firme. Enroscam-se sobre si, fecham os olhos e resistem.

A maioria dos homens não consegue antever as tempestades. Por isso, não consegue afastar-se delas ou evitá-las. Nem sempre há abrigo ou alguém que os proteja das circunstâncias do tempo agreste. Quase sempre a única solução é enfrentá-las com coragem e com os mecanismos de defesa que se encontram à nossa disposição. Enquanto a tempestade se abate sobre nós, temos que aguentar firmes! Temos que resistir às intempéries, às chuvas violentas e aos ventos fortes! Temos que resistir a tudo o que nos quer derrubar para continuarmos o caminho. A força das tempestades pode matar. É um risco que sempre se corre. Mas, a força que não mata torna mais fortes os que resistem. E resistir é uma condição imperativa. É também uma grande aprendizagem! Quando as nossas forças escasseiam ou começam a fraquejar, inspiramo-nos nos pássaros que, apesar da sua aparente fragilidade, enfrentam as tempestades com grande estoicismo. Às vezes, também temos que nos enroscar sobre nós e esperar que a tempestade passe. Mas cada tormenta que aguentamos deve servir-nos de lição, para crescermos por dentro e por fora.

A cada tormenta devemos tornar-nos mais fortes, construindo abrigos e, sobretudo, aprendendo a evitar as tempestades que chegam às nossas geografias. As chuvas fortes, as tormentas e as tempestades, fazem parte das dificuldades do caminho. São importantes para o nosso fortalecimento e também para darmos valor ao sol quando ele se apresenta diante de nós. Nem sempre o caminho é claro. Nem sempre tem luz. Por isso, temos que entrar em comunhão com a natureza e aprender com ela. Temos que saber imitar os pássaros que resistem, para depois voarmos alto e ao encontro de todos os vales da nossa humana condição e de todos os sonhos que um dia sonhamos. Quando há tempestades temos que resistir! Quando há sol temos que aproveitar! E é no meio do equilíbrio entre uma coisa e outra que vamos caminhando em direcção ao destino que destina e ao outro que nós destinamos. Os homens e os pássaros têm mais em comum do que aparentemente se possa pensar. Às vezes, precisamos de prestar mais atenção à natureza e a tudo o que nos rodeia para compreendermos melhor o cosmos que nos envolve e abraça. Se estivermos atentos aos sinais, aprendemos mais e melhor. Se estivermos alerta, conseguimos treinar as nossas competências para evitarmos o que deve ser evitado e para enfrentarmos o que deve ser enfrentado. Sim, nós e os pássaros podemos voar longe, com ou sem tempestades à vista. Basta, para isso, que activemos a nossa vontade de fazer, ensinar e aprender.

Vamos a isso que o sol espreita na geografia dos afectos. E é preciso voar para lá!

Miguel Nascimento

Os homens e os pássaros em dias de tempestade

Anexos

ANEXO A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ESTUDANTES DA UFPEL

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14 • • • • • • • • • • •

Excelente Muito boa Bem bacana, podendo ajudar na vida pessoal e acadêmica do estudante.

Importante e necessário Acho muito necessário. Ótimo.

Fantástico Acho super válido!

Excelente ideia!

Uma ótima idéia. Acho que precisamos mesmo. É uma ótima ideia. A grande maioria dos alunos passa por apuros psicológicos na graduação e na pós-graduação, pelos mais diversos motivos. Então, a criação de tal Centro poderia ajudar os alunos com suas questões acadêmicas, profissionais e pessoais, aumentando o rendimento deles em seus cursos.

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Não conheço as propostas Seria legal se funcionasse e fosse realmente eficaz Projeto com grandes benefícios para os estudantes Muito importante porque participo do grupo da Universidade e vejo vários alunos perguntando a respeito de profissionais com preço acessível, então penso que o apoio da Universidade talvez não esteja suprindo a demanda.

A proposta é ótima porque sem um acompanhamento é difícil prosseguir Muito bom! É uma ideia excelente. gosto da ideia Interessante pois diversos outros colegas meus já tentaram buscar ajuda psicológica porém por falta de condições não conseguiram. Ótimo. Todos precisam de terapia, e isso só é alcançado quando se dá a oportunidade de todos tê-la. acho extremamente necessário Uma ideia maravilhosa importante Extremamente importante e necessário!!!

Acho interessante Válido, pois abriria espaço para novos investimentos e importância para saúde mental de estudantes Uma ótima e promissora ideia Ótima ideia Importante Acho pertinente, em tempos de crise de saúde, tanto mental quanto física, é importante ter um local especializado no atendimento dos estudantes e de suas demandas de apoio psicológico incrivel Ótima! muito boa Ótimo Acho muito necessário e importante, tendo em vista que muitos alunos saem dos seus lares de outras cidades para passar algumas divergências É uma ideia legal, pois muitos dos ingressantes sofrem com o estresse da carga horária do seu curso. Além de problemas externos que afetam o desenvolvimento acadêmico do aluno. E a terapia seria um grande auxílio.

Interessante Maravilhosa! A universidade é uma das principais pautas de estudandtes, o quanto cada curso cobra do aluno, alem de que estudadantes de fora do estado que estao longe de sua familia precisam muito de um apoio Muito importante e necessário para muitos estudantes.

Muito necessário Acho de extrema importância, tendo em vista os inúmeros transtornos sofridos pelos estudantes.

Excelente ideia!

Perfeito! Precisamos de apoio não só por causa da pandemia, mas toda a pressão em torno da nossa formação.

Super válida tendo em vista a necessidade Seria muito bom Uma excelente ideia para os estudantes Acho ótimo Acho excelente, tenho crises de ansiedade diárias e depressão, infelizmente nem sempre posso pagar os valores das minhas sessões de terapia o que me impede de ter um tratamento adequado pras crises.

Acho uma ideia maravilhosa. Com certeza ajudaria muitas pessoas.

Interessante! Acredito que seja necessário, vejo que nem todos os colegas que vem de outros estados do Brasil se sentem confortáveis de estar longe da família. Ter um centro de apoio talvez auxiliasse no processo de desenvolvimento do estudante

15 • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • •

Atendimento individual Não sei Profissionais qualificados, valor acessível.

Atendimento psicológico e psicoterapia.

Avaliação do seu dia de consulta.

Acessibilidade.

Um núcleo para pessoas portadoras de deficiência e/ou neuroatipicidade Acolhimento e apoio Espaço “zen” para relaxamento.

Disponibilidade de horários de atendimento.

Espaço individual para a seção.

(Salas de) atendimento individual, (salas de) atendimento em grupo - aos que quiserem, espaços aconchegantes de convivência, um local para a alimentação dos alunos - como uma praça de alimentação, um local com salas individuais com camas/puffes para que os alunos possam descansar/dormir entre seus afazeres - algo que prejudica os alunos é a falta de locais de descanso, pois muitos passam o dia fora, dormem pouco, trabalham no turno inverno, e um local verde ao ar livre, como um grande jardim, cheio de árvores, flores e, até, chafarizes/ fontes, parecido com os jardins do IFSUL Campus Pelotas, para que os alunos possam estar em contato com a natureza e relaxar.

Atendimento amplo para os estudantes da Ufpel Profissionais qualificados e em quantidade suficiente para atender a demanda em pelo menos menos de 6 meses (um absurdo que acontece) Alunos em formação Não posso comentar porque não utilizo o serviço, sou usuária do CAPS da rua Alberto Rosa, mas com certeza gostaria de ter apoio na Universidade Ambientes de convivência entre os estudantes para nos se apropriar do prédio e se sentir a vontade de utilizar o programa.

Humanização, acolhimento Só de ser de fácil acesso aos estudantes já ajudaria bastante. Vejo reclamações sobre a demora para conseguir atendimentos em Pelotas. espaço externo como um jardim para se sentir mais acolhido e biblioteca com livros específicos sobre assuntos envolvendo saúde psicológica Atendimento individual e não apenas terapias em grupos como sempre são desenvolvidas.

Acredito que um espaço que transmita conforto, segurança e livre de julgamentos.

Um ambiente psicologicamente acolhedor e profissionais de todas as classes/gêneros/raças. Acredito que o atendimento correto só vem de quem presenciou uma realidade parecida com a nossa (ex.: uma mulher que sofre com assédio consultar com um psicólogO não terá a mesma empatia que com uma psicólogA) Profissionais bons e empáticos para saber lidar com pessoas com vulnerabilidade social o que na minha visão falta muito na parte privada estrutura para suportar uma grande gama de gente. Pois se fosse criada algo do tipo, acredito que teria um grande fluxo de pessoas em busca desse atendimento. Áreas verdes e música ambiente.

Acho que uma maneira de ajudar a comunidade acadêmica, podem ser com ajuda profissional ou algum grupo de apoio Consultório privativo, individual que priorizasse a intimidade do paciente. Espaço de convivência e área para palestras, rodas de conversa, pois o diálogo entre pessoas com questões psicológicas são indispensáveis para

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

o tratamento e a melhora dos sintomas.

Profissionais qualificados, atendimento e ambientes humanizados de fácil acesso e uso para todos interessados.

Espaço para interação entre os estudantes. Onde todos pudessem se apoiar. Por exemplo um espaço de vivência para passar o tempo.

Talvez espaços de acolhimento, não como residência permanente, mas como um espaço de abrigo. Ate que o aluno consiga se organizar pra achar um espaço permanente, em casos extremos Espaços de convivência, que promovam a interação e partilha de vivências (juntxs somos mais fortes) funcionando como um local de apoio onde o estudante se sinta motivado a falar sobre seus dilemas, frustrações, dificultades, enfim, questões decorrentes da jornada de estudos acadêmicos ambientes de descanso acolhedores Área de convivência diferentes tipos de psicólogos, as vezes o profissional pode ser consciente sobre problemas sociais mas um profissional que vive com a discriminação também tem uma compreensão muito maior e pode ser muito útil pra atender um paciente Horários para todos que não sejam marcados para mais de uma semana.

Horários e vagas para os estudantes Tratamentos alternativos talvez, como meditação, aulas de yoga e terapia em grupo.

Privacidade, somente se acesse áreas comuns se for o desejo da pessoa. atividades desenvolvidas em conjunto com associações de bairro e outras instituições existentes na comunidade, com objetivo a integração do usuário com a família, comunidade em geral.

Profissionais capacitados e que entendam a situação dos estudantes.

Preço acessível Publicações nas redes sociais, visando a explicar como funciona e atrair o público estudantil. Áreas verdes, espaços comunitários e de lazer.

Acolhimento voltado as necessidades dos estudante Atendimento rápido, não demorar pra conseguir começar o acompanhamento.

O preço social para estudantes é o mais importante Muito apoio aos estudantes que ficam em muita pressão pela faculdade Além do atendimento psicológico, seria bom que tivesse atendimento psiquiátrico e atendimento de urgência.

Não temos como prever quando precisaremos de atendimento.

Uma vista bonita/um lugar acolhedor e aconchegante Deve ser funcional, acolhedor.

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Acredito que deve ser um espaço mais reservado, que não seja propício para aglomerações, pois muitas pessoas tem vergonha da consulta, então penso num espaço mais intimista.

O projeto estar inserido no percurso dos estudantes da ufpel. Assim, facilitando o acesso e familiarizando os alunos com o programa. além do espaço individual, seria interessante workshops ou grupos de apoio para falar sobre inteligência e maturidade emocional.

Seria interessante o espaço ser convidativo, sem ter a linguagem de clínica ou hospital para que as pessoas sejam acolhidas e seguras a fim de procurar ajuda.

Uma sugestão para espaço de biblioteca, no sentido de livros... de repente obras que estimulem o fator inteligência emocional, autoconhecimento, e talvez até autoajuda (autores serios) Que o Centro se comunique de alguma forma com a faculdade de psicologia da UFPel É importante pensar na acessibilidade, o centro deve ser localizado em um local por onde passe o ônibus gra-

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tuito para estudantes da UFPel, pra que o máximo de estudantes possam usufruir. Se possível, seria também interessante a possibilidade de consultas remotas, para os alunos que não pode, ou não se sentem confortáveis, com consultas presenciais.

Apenas gostaria de salientar a relevância do projeto para a saúde mental do estudante.

ANEXO B - mANUAL CAPS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE