Revista
DuMa u Fomentando Sustentabilidade
Cidade
Hortas Urbanas Hortas Urbanas Comunitárias em plena São Paulo
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Tecnologia
DuMatu App
Confira como funciona essa rede social sustentável. Pág 6
Sustentabilidade
Compostagem Com ajuda de minhocas, SP reduz lixo em aterros sanitários.
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Faça você mesmo !
Composteira
Saiba como fazer e usar uma composteira doméstica.
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VERSÃO DIGITAL
Editorial DuMatu A palavra da moda atualmente é sustentabilidade. Constantemente o termo é usado, porém o que significa sustentabilidade? O que é ser sustentável? O termo “sustentável” tem sua origem do Latim: “sustentare”, que significa sustentar, favorecer e conservar. De forma prática, a sustentabilidade pode ser definida como a capacidade do indivíduo de se manter dentro de um ambiente sem causar impactos negativos a esse ambiente. Uma ideia mais abrangente de sustentabilidade está associada a soluções e atitudes que tenham como objetivo a adoção de práticas sustentáveis no dia a dia. E é com essa ideia em mente que apresentamos a primeira edição da Revista DuMatu. Nessa edição da Revista DuMatu apresentamos algumas matérias que tem como objetivo informar sobre as novidades do mundo sustentável. Na seção Cidade falamos sobre as Hortas Urbanas Comunitárias que crescem e se desenvolvem em plena selva de pedra paulistana, em Tecnologia apresentamos a Rede Sustentável DuMatu que tem como objetivo dar apoio a comunidade de praticantes de compostagem doméstica, destacamos o uso da geolocalização para marcação de pontos de interesse no mapa e o compartilhamento de informações e eventos. Nas Seções Sustentabilidade e Faça você mesmo compartilhamos informações sobre a prática da compostagem doméstica e damos dicas de como você pode criar sua própria composteira. Desejamos a todos os leitores uma ótima leitura e que essas informações possam contribuir para uma sociedade mais consciente e sustentável ! Equipe DuMatu
Marcelo MarceloMMundim Mundim marcelo@dumatu.net marcelo@dumatu.net
Anderson AndersonNobre Nobre anderson@dumatu.net anderson@dumatu.net
Redação Revista DuMatu redacao.revista@dumatu.net
Revista DuMatu
Sumário
DuMa u
Cidade Hortas Urbanas Comunitárias em plena São Paulo: resgate de espaços de cultivo e partilha de relações.
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Tecnologia Confira como funciona a Rede Sustentável DuMatu.
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Sustentabilidade Com ajuda de minhocas, SP reduz lixo em aterros sanitários
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Faça você mesmo Saiba como fazer e usar uma composteira caseira
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Cidade
Hortas Urbanas Comunitárias em plena São Paulo: resgate de espaços de cultivo e partilha de relações Quando falamos em horta geralmente vem em nossa mente a imagem de um lugar afastado no interior, porém para mim esta imagem foi modificada depois que descobri que dentro de uma das maiores cidades do mundo pessoas se unem para plantar e trocar experiências.
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iver numa cidade como São Paulo e buscar manter um certo equilíbrio e qualidade de vida não é tarefa fácil, mas as vezes as soluções são tão simples que nos surpreendem. O ato de cultivar a terra, plantar sementes e compartilhar os cuidados e seus frutos é ancestral. Sem o alimento e a união entre
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as pessoas a humanidade não resistiria. O contato com a terra, a água, o Sol, as sementes, o acompanhar do crescimento de seus frutos, dividir os cuidados e com partilhar sua produção são atividades que trazem bem-estar e união entre as pessoas, além disto comer o que você cultivou tem outro sabor!
Cidade dem nos cuidados de uma horta comunitária. O local é aberto a todos que queiram contribuir e colher com bom-senso. E o interessante é que a horta não é destruída, ela é de todos e todos cuidam dela. Experiências como estas nos deixam perplexos, já que todos os dias somos bombardeados com notícias de corrupção, atos destrutivos, egoismo extremo, violência e muito pouco amor para com o próximo.
Para minha surpresa, ao caminhar pela Avenida Paulista, símbolo de negócios da cidade, vejo na Praça dos Ciclistas, uma pequena horta, com ervas aromáticas. Algo simples e inusitado, mas com grande repercussão em mim. Pareceu que o tempo parou e o contexto da correria e trânsito cotidianos ficaram suspensos... De repente a velha divisão campo x cidade foi rompida! Como pode uma pequena área verde no meio do asfalto e arranha-céus, em que pessoas em geral passam uma pelas outras sem se olharem, algumas sementes serem plantadas pela união de gente por um ideal?
Depois desta experiência, que deixou meus olhos mais apurados, comecei a perceber coisas que antes a correria desenfreada da cidade escondia de mim. Acabei encontrando a horta comunitária na Praça das Corujas, próxima da Vila Madalena. Um espaço organizado onde as pessoas se divi-
E engana-se que pensa que para criar uma horta urbana é necessário um terreno. Subindo pela Rua Dr. Homem de Melo, em Perdizes, me deparei com um carro velho que virou uma horta estacionada na própria rua. O que era uma sucata deu lugar a várias ervas e plantas variadas e ficou lindo.
Estas hortas são espaços onde se pode respirar, não por causa das plantas purificarem o ar, mas sim por ser um local onde é possível o encontro entre as pessoas, o partilhar do cuidado e o compartilhar de seus frutos, bem como troca de conhecimento e ensino para as crianças sobre os cuidados com a terra, valorizando o contato com a natureza e com os outros. O espaço não é de ninguém, em geral são públicos, e por isso mesmo tratado com respeito por todos. Os ideais de sustentabilidade, de cultivo orgânico são vivenciados na prática o que mostra que é possível convivermos com a natureza e com os outros de outra forma, ao contrário das notícias que são repetidas todos os dias. Autor(a) Salete Monteiro Amador Fonte: www.sermelhor.com.br
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Tecnologia
DuMa u
Mais que um aplicativo: Uma rede social que fomenta sustentabilidade! A dupla de universitários, Anderson Nobre e Marcelo Mundim, receberam como demanda de projeto interdisciplinar do 5º semestre do curso de design digital na Universidade Anhembi Morumbi, pesquisar os recursos interativos da Internet e o comportamento dos interatores e, a partir dessa pesquisa, desenvolver um projeto digital que discuta e explore as questões e os recursos da cibercultura tanto no aspecto técnico quanto no aspecto social propondo o envolvimento ativo do público pesquisado com o tema escolhido por meio da gamificação como prática cultural. O tema escolhido pela dupla foi a sustentabilidade. Com alguns requisitos de projeto demandados pela universidade e o tema escolhido, foi aí então que o estudante Marcelo, praticante de compostagem doméstica com minhocas e membro ativo do grupo Composta São Paulo na rede social Facebook teve a ideia e sugeriu desenvolver o projeto em torno do tema de compostagem doméstica e apoio a esta comunidade. Os alunos observaram que alguns problemas com a atual busca de informações entre os praticantes de compostagem no Facebook. Os participantes do grupo não possuem locais específicos como num fórum de discussão e toda e qualquer informação fica espalhada através da linha do tempo das postagens, o que dificulta a recuperação de uma determinada informação importante. Também foi observado a oportunidade de ajudar na interação colaborativa entre os praticantes, para a troca e doações de insumos para a compostagem tais como, doar folhas secas ou serragem, que são fundamentais para o processo. As pessoas também costumam doar o biofertilizante que é um dos produtos gerados pela compostagem. E não para por aí.
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Tecnologia Como o projeto também tem como proposta, trabalhar o ativismo para o engajamento social, observouse que a criação de um aplicativo para ajudar a comunidade a trazer novos praticantes, tal como se convida um amigo para se conectar a sua rede social, seria o ideal para a solução tecnológica. Foi partindo dessas oportunidades que a dupla então se empenha atualmente em desenvolver a rede social DuMatu. Esta publicação que você lê, a nossa Revista DuMatu, por exemplo, é parte do trabalho acadêmico, mas que é utilizada como estratégia de comunicação do projeto.
A principal interface de comunicação, interação e colaboração entre os integrantes da comunidade de praticantes de compostagem, público alvo do projeto,é o aplicativo DuMatu. Por ele, a comunidade pode interagir com os demais integrantes da rede, curtindo suas ações, inserindo comentários na linha do tempo, bem como contar com uma área específica para perguntas e respostas entre os participantes, em um formato de fórum de discussão bem estruturado por assunto, facilitando a busca por informações futuramente.
A comunidade pode contar também com a ferramenta de localização por GPS e Wi-Fi disponível nos smartphones, para apontar e compartilhar em um mapa, pontos de interesse sustentáveis. Inicialmente, pode-se incluir pontos que indiquem onde podemos encontrar folhas secas, locais que doem serragem, compartilhar seu próprio local para doar minhocas ou biofertilizante, identificar hortas comunitárias na cidade, entre outras possibilidades de fomentar a sustentabilidade pela Rede, e que gere atitudes reais na sociedade.
Todas estas interações no aplicativo, estão envolvidas em um sistema de gamificação para que os usuários tenham uma experiência divertida, motivadora e engajadora por meio de mecanismos de jogos como missões, ranqueamento de pontos e emblemas a serem desbloqueados. A ideia é que a rede cresça através do convite dos participantes para trazer novos colegas a praticas sustentáveis e com isso tenhamos nosso bairro, nossa cidade, nosso planeta, muito mais em harmonia com as atitudes sustentáveis. O aplicativo DuMatu encontra-se em fase de desenvolvimento e testes. O protótipo já pode ser visualizado no site oficial http://dumatu.net/ e os desenvolvedores buscam os investimentos necessários para seguir crescendo com o projeto. Acesse agora mesmo o site do projeto e envie seu feedback para nossa redação (redacao.revista@dumatu.net).
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Sustentabilidade
Com ajuda de minhocas, SP reduz lixo em aterros sanitários e incentiva vida saudável Jornal O Globo Projeto pioneiro mobiliza população para transformar resíduo em adubo, mas depende de recursos para se expandir. tamentos ficaram mais verdes por causa da demanda de uso do adubo resultante do processo. E a busca por folhas secas, fundamentais ao processo de compostagem, passou a levar mais gente aos parques da cidade. Quase 1,6 mil usuários responderam voluntariamente aos questionários enviados pelo “Composta SP”, que constatou ter ocorrido incorporação do sistema aos hábitos de casa em 78% dos casos. Pelo menos 95% indicariam o método para outras pessoas e 98% disseram considerar a compostagem uma boa solução para o tratamento de resíduos. Um terço dos usuários contaram ter ajudado outras pessoas a montar uma composteira doméstica, o que amplia ainda mais o alcance do programa. SÃO PAULO. Três caixas de plástico, um saco com minhocas e uma porção de serragem. É simples assim um kit de compostagem doméstica, usado para transformar o lixo (ou melhor, resíduo) vegetal em adubo natural para plantas, com a ajuda de minhocas. No ano passado, uma organização da sociedade civil, concessionárias de limpeza urbana de São Paulo e a prefeitura distribuíram 2 mil desses a moradores de várias partes da cidade. Os frutos da iniciativa, pioneira no país, começam a ser conhecidos a partir de agora, graças à compilação de resultados de uma ampla pesquisa realizada com os beneficiários, cujo resultado preliminar foi obtido pelo GLOBO. A redução do volume de lixo orgânico a ser processado pelo poder público na cidade, ainda que simbólica, é a consequência mais imediata da iniciativa. Mas está longe de ser a mais interessante. Ter uma composteira em casa levou usuários a consumir mais frutas, legumes e verduras, cujos restos alimentam as minhocas (elas não podem ficar na mão). Casas e apar-
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EXPANSÃO Ao custo de pouco mais de R$ 800 mil, o “Composta SP” foi financiando pelas concessionárias do lixo como contrapartida pelos serviços prestados na cidade, negociadas em contrato. A ideia dos organizadores é expandir a iniciativa neste ano, mas, dessa vez, ainda falta definir de onde virão os recursos. Na primeira etapa, iniciada no ano passado, 10 mil pessoas se inscreveram para receber um kit. O plano inicial era atender à maior parte dessa demanda, ainda neste ano, além de expandir a atuação para escolas e órgãos públicos. Pela atual estrutura, o programa garante uma redução diária de 1,5 tonelada de lixo a ser levado para aterros. A possível expansão ainda não aproxima a cidade da meta do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que almeja 1 milhão de domicílios com compostagem doméstica até 2034. Mas, não deixa de ser um passo prático e simbólico para a cidade. Na avaliação de Antônio Storel, da Autoridade Municipal de Limpeza
Sustentabilidade Urbana (Amlurb), os resultados até aqui “surpreendem muito positivamente” e o papel do poder público nos próximos meses, para ele, deverá ser o de manter o incentivo à prática. Não basta oferecer um manual, nosso papel deve ser estimular a iniciativa fornecendo informação de qualidade às pessoas, apostando sempre na vontade do cidadão. A composteira é uma grande educadora ambiental e de vida saudável dentro de casa - defende. Mais de uma centena de oficinas de compostagem no âmbito do programa nos últimos meses. O grupo do “Composta SP” no Facebook conta com 5,6 mil membros e quase 10 mil curtidas. Lá, participantes trocam experiências, postam dúvidas e soluções para problemas encontrados no percurso. Compartilham também maneiras de aproveitar melhor alimentos e técnicas de plantio em ambiente urbano. Vários deram nomes para suas minhocas. E falam sobre um pesadelo frequente: se o ambiente das minhocas é contaminado por produtos químicos, por algum motivo qualquer, elas se enroscam, formam uma grande bola e cometem suicídio coletivo. A transformação de uma prática até então
restrita a poucas famílias em política pública na cidade de São Paulo é obra, em grande parte, da determinação de um grupo liderado por Cláudio Spinola, de 39 anos, fundador da ONG Morada da Floresta, em São Paulo. Nascido em Brasília, ele mudou-se para São Paulo na adolescência, época em que se considerava “mais revoltado e questionador do que alguém capaz de apontar soluções”. Formou-se em artes plásticas na USP, mas percebeu que o mundo da arte era “pequeno para seu propósito de vida”. Naquela época, não imaginava que anos depois a compostagem seria sua ferramenta para colocar em prática o desejo de “não ser apenas um parafuso do sistema”. O engajamento na causa ocorreu ainda jovem, quando teve os primeiros contatos com a permacultura, conceito inspirado na ideia de “agricultura permanente”, que busca um ambiente sustentável, socialmente justo e financeiramente viável. Na casa que dividia com amigos no bairro Butantã, na Zona Oeste de São Paulo, testou primeiro
a compostagem com tonéis e aprimorou a técnica quando conheceu o sistema de caixas e minhocas, aplicando-o experimentalmente em caixas de feira. Em 2011, tentou transformar em adubo os descartes do sacolão do bairro, mas esbarrou em uma penca de entraves burocráticos que o impediam, por exemplo, de transportar resíduo sem caminhão compactador ou usar lotes para recolher resíduos sem ter problemas com os órgãos de fiscalização do município. Por uma lado você tinha uma política nacional de resíduos incentivando a compostagem. Mas a estrutura estava organizada para atender a aterros sanitários - conta. Com a ajuda do então secretário do Verde e Meio Ambiente da prefeitura, Eduardo Jorge, conseguiu levar sua mensagem a representantes de órgãos governamentais e promover as primeiras discussões sobre o tema no âmbito do poder público, em 2012. Trabalhou para equilibrar a força junto ao governo de empresas que lucram com o descarte tradicional, como incineradoras de lixo. Foram muitas audiências públicas, seminários e mobilizações com apoio de entusiastas do método, até que se compreendesse os benefícios da compostagem descentralizada para o tratamento de resíduos orgânicos na cidade e a ideia fosse finalmente comprada pelo poder público, na atual gestão. Em junho do ano passado, Spinola entregou
pessoalmente uma composteira doméstica ao prefeito Fernando Haddad, para que ele usasse em seu apartamento, no Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Para os envolvidos na causa, o apoio dele foi fundamental para que o projeto saísse do papel e também será para que continue com o mesmo vigor. No entanto, procurado pelo GLOBO por meio de sua assessoria, por dois dias, o prefeito preferiu não comentar como estaria sendo a experiência com sua família. Autor(a) Thiago Herdy Fonte: www.globo.com
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Faça você mesmo!
Saiba como fazer e usar uma composteira caseira Ciclo Vivo O resíduo orgânico possui grande potencial de ser reciclado e transformar-se em vida ao virar adubo. Este composto alimenta as plantas, que por sua vez, sequestram gases de efeito estufa, melhoram nosso ambiente e alimentam. A coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos são indispensáveis nos dias de hoje, pois reduzem o volume de lixo disposto em aterros e incineradores. Além disso, esta ação nos possibilita assumir um papel ativo na busca de soluções criativas para um mundo mais responsável. A compostagem é um conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos por meio da ação de micro-organismos. Esse processo transforma o resíduo orgânico em composto estabilizado, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores àqueles encon-
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trados nas matérias primas, permitindo que seja utilizado como adubo. A composteira caseira é formada por três caixas de plásticos empilhadas e interligadas por pequenos furos feitos ao fundo. A caixa inferior serve para escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico. Nesta caixa existe uma torneira que serve para a coleta deste material. A caixa do meio é a digestora, nela será despejado todo o material orgânico (restos de comida) da sua casa. A proporção é sempre 2:1, ou seja, duas partes de material úmido (restos de alimentos) pra uma parte de material seco (serragem, por exemplo). Para acelerar o processo de decomposição, são coladas minhocas nesta segunda caixa. A terceira caixa, também digestora, será utilizada quando a segunda estiver cheia.
Faça você mesmo! As minhocas utilizam os furos para migrar para a caixa de cima, quando o processamento de todo o material chaga ao fim. Isso significa que ou composto já está pronto pra ser utilizado. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o chorume formado na composteira caseira não é contaminante.
Pra saber se a sua compostagem está funcionando adequadamente ela não deve cheirar mal e tem que ter um cheiro doce de terra. O mau cheiro pode ser causado pela adição de carnes, ossos ou estercos de cães e gatos, por isso esses materiais devem ser evitados. A falta de oxigenação do composto torna o ambiente propício para a ação de micro-organismos decompositores anaeróbicos que são responsáveis pelo cheiro ruim. No final o composto deve apresentar um aspecto o qual não é possível distinguir os tipos de material. O volume deve ter reduzido de 50% a 75%, sua coloração deve ser escura e ao pegá-lo com as mãos tem que estar um pouco escorregadio como se tivesse um pouco de sabão. Dica: se quiser use uma peneira para homogeneizar o composto, ficará com uma aparência muito boa.
O líquido, também conhecido como “chorume do bem” deve ser utilizado na proporção de um litro de chorume pra dez litros de água. Ele também pode ser usado como biofertilizante. O composto precisa ser mexido sempre que forem adicionados novos restos de alimentos. A oxigenação auxilia a ação dos micro-organismos e é importante para evitar o mau cheiro. Além disso, o composto também precisa estar sempre úmido. O teste simples, de pegar o composto com a mão e apertá-lo é suficiente para saber se a umidade está boa o suficiente. Para estar na medida certa, a mão deve ficar úmida, mas não deve escorrer, no entanto, podem pingar algumas gotas. Se o líquido ainda estiver escorrendo, é preciso adicionar mais terra ou serragem para equilibrar. Do mesmo modo, se o composto estiver muito seco deve ser adicionado um pouco de água. Observando as instruções acima e revolvendo sempre o material dentro do recipiente, o resultado será um ótimo composto e uma quantidade significativa de lixo reciclado. Para que o processo de decomposição seja acelerado, evite descartar materiais grandes, antes de colocar em sua composteira, triture-o. Quanto menores forem os materiais, mais os microrganismos trabalham e mais rapidamente os materiais se decompõem.
USO O composto deve ser misturado com terra ou aplicado diretamente no solo. O adubo deve ser adicionado na época de plantio, pois além de prover nutrientes para as plantas, ele atua também na melhoria das condições químicas, físicas e biológicas do solo. Em locais sem vegetação, o composto ajuda a melhorar as condições do solo além de minimizar efeitos do sol e da chuva. Autor(a) Fernanda D’Addezio Fonte: www.ciclovivo.com.br
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