Revista Institucional da Santa Casa de Maringá
REPORTAGEM ESPECIAL
A SANTA CASA PARA O SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo e faz parte do dia a dia da Santa Casa de Maringá.
ENTREVISTA: Alexandra Sobrinho
Fala sobre a Acreditação Hospitalar e qual a sua importância para a instituição
SANTA CASA INSERIDA NA EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS SERVIÇOS MÉDICOS
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011
ANO 02 - 2° ED. - OUT. / 2012
Saiba como o departamento de TI projeta seus serviços dentro do contexto dos avanços tecnológicos
PALAVRA DO PRESIDENTE / Prezados Leitores A importância de caminharmos a favor do tempo trazendo do passado a história da Santa Casa de Maringá, nos aponta atualmente uma linha ascendente para a nossa Instituição, pois a mesma em parceria com as três esferas de governo está proporcionando à comunidade, projetos de reformas e programas do HOSPSUS. Ressaltamos também o que a Igreja nos trouxe este ano através da campanha da Fraternidade como tema: Fraternidade e Saúde Pública. “Que a saúde se difunda sobre a terra”. Todos estes apelos nos direcionam para um novo olhar de acordo com as necessidades da comunidade, acompanhando os avanços e o que poderemos melhorar. Consequentemente, oferecemos conforto, segurança e comodidade aos nossos pacientes, médicos e colaboradores. Atribuímos tudo isso também ao empenho e dedicação dos nossos colaboradores. Sendo assim, percebemos que o trabalho em equipe se faz necessário, contribuindo com o sucesso e respostas aos anseios da comunidade, para o sucesso e crescimento da nossa Santa Casa. Ir. Rafael Carregosa
ÍNDICE /
ÍNDICE 6 / SAÚDE E FRATERNIDADE 8 / CASA DE APOIO SOCIAL IR. PEDRO FRIEDHOFEN VAI CELEBRAR 2 ANOS
11 / SERVIÇO DE HEMODIÁLISE E TRANSPLANTES DA SANTA CASA É DESTAQUE 13 / TECNOLOGIA DOS SERVIÇOS MÉDICOS 16 / ACREDITAÇÃO HOSPITALAR 19 / UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA 21 / FARMÁCIA HOSPITALAR
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23 / O USO CONSCIENTE DOS ANTIMICROBIANOS
26 / SANTA CASA PARA O SUS 32 / SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA RECEBE ATESTADO DO SENAC
34 / A HISTÓRIA DA UTI NO MUNDO E NA SANTA CASA DE MARINGÁ
36 / RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2011
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38 / Diretoria 40 / Irmandade 41 / Apresentação 42 / Missão, Visão, Princípios e Diretrizes 43 / Patrimônio / Plano Diretor 44 / Desempenho Hospitalar 46 / Equipe Multidisciplinar 48 / Corpo Clínico 50 / Eventos e Promoções de 2011 52 / Recursos Humanos 54 / Segurança no Trabalho 55 / Comissões Intra-hospitalares
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EXPEDIENTE CONSELHO EDITORIAL José Pereira Maria Carolina Saes Palma
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REDAÇÃO E EDIÇÃO Maria Carolina Saes Palma LAYOUT E DIAGRAMAÇÃO Francis Weslen R. Longo COLABORAÇÃO José Ricardo Colleti Dias Acadêmicas do Curso de Jornalismo do Cesumar Gisele Cristina da Silva Mike Uda Nilson Fernandes
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JORNALISTA RESPONSÁVEL Maria Carolina Saes Palma MTB 0009030/PR FOTOGRAFIA Dv Estúdio Fotográfico Bulla Jr Banco de Imagens PROJETO GRÁFICO Majestade Propaganda
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TIRAGEM 5.000 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Regente
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ENTREVISTA /
Dom Anuar Battisti
SAÚDE E FRATERNIDADE O Arcebispo de Maringá e Presidente de Honra da Santa Casa de Maringá, Dom Anuar Battisti, comenta sobre a Campanha da Fraternidade e a visão da Igreja perante a Saúde Pública no Brasil A problemática da Saúde Pública no Brasil é discutida em todas as vertentes sociais, políticas e econômicas. A Igreja Católica, como parte importante do contexto que envolve a sociedade brasileira, tomou como tema da Campanha da Fraternidade deste ano: Fraternidade e Saúde Pública, como forma de fomentar uma discussão a respeito do problema. Na entrevista a seguir, o Arcebispo de Maringá Dom Anuar Battisti, faz uma abordagem completa sobre o histórico da Campanha da Fraternidade, todo desenvolvimento e direcionamento acerca dos temas escolhidos para cada ano, e apresenta a opinião e voz da Igreja sobre a Saúde Pública no Brasil, citando especialmente quais os motivos e objetivos que os levou a escolha do tema.
O que é, e quando surgiu a Campanha da Fraternidade? A Campanha da Fraternidade surgiu já em 1964 com uma ação no nordeste, por iniciativa de Dom Elder Câmara, que fazendo um gesto de solidariedade para aquelas regiões que sofriam mais a seca, a carência de solidariedade propriamente dita. A experiência no nordeste deu tão certo, que logo se expandiu para outros estados, até que o próprio Dom Elder trouxe essa proposta para a conferência Nacional dos Bispos. E a partir dessa experiência então, ela tornou-se uma Campanha Nacional. A Igreja Católica hoje, as 268 dioceses espalhadas pelo Brasil, na quaresma, realizam a Campanha da Fraternidade. Portanto, é uma ação da Igreja do Brasil, em vista de temas sociais,
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mais ligados diretamente à Igreja, para despertar na Sociedade, uma reflexão ao redor de um problema em que todos são responsáveis. Não somente os médicos, as clínicas, os hospitais, mas todo povo é responsável pela saúde, e saúde é direito de todos.
Como é feita a escolha do tema? Para cada ano um tema é escolhido. Este tema é proposto inicialmente para o Conselho permanente da CNBB e depois levado para o Conselho Nacional, e aprovado sempre com dois anos de antecedência. Então, este ano a Campanha fala sobre a Saúde Pública, no ano que vem irá falar sobre a Juventude. Juventude porque o Papa virá para o Brasil, acontecerá a Jornada da
Foto: Mitra Arcebispo de Maringá Dom Anuar Battisti
Juventude, então o tema será juventude, já pela segunda vez.
Qual foi a inspiração da CNBB para difundir o tema Saúde Pública – “Que a saúde se difunda sobre a terra”? A escolha foi feita a partir da realidade que o povo vive. Analisando todos os problemas
que hoje existem em torno da saúde pública, a CNBB, os bispos, trouxeram esta preocupação para a Assembleia Nacional, como uma necessidade, de que a Igreja se envolvesse em despertar no Brasil, uma reflexão ao redor desta realidade. É sempre a realidade brasileira, que clama a voz da Igreja, que grita uma voz profética de denúncia e de anúncio, onde se apontam o problema, mas também se apontam caminhos de solução. Toda Campanha da Fraternidade vem com uma série de propostas, de soluções, que dependem das pessoas, mas também dependem das organizações. Por isso que nasce sempre de uma realidade concreta do povo brasileiro, nasce também de um clamor, do clamor do próprio povo.
postos de saúde, o trabalho deve ser exercido de forma integral, não vale só bater o ponto,
Esse é outro ponto importantíssimo que a Campanha discute, de não apenas tratar a doença do paciente, mas todo o seu ser. E a Santa Casa aqui de Maringá é exemplo disso, pois tem dado passos nesse sentido, como por exemplo, o de melhorar o ambiente, atualizar a estrutura para que o doente encontre um ambiente agradável, quarto arejado, um espaço confortável, aconchegante, para acolher também os familiares e os profissionais que ali trabalham. E a Santa Casa oferece esse atendimento, que seguindo a filosofia de sua Irmandade mantenedora, enxerga no outro o seu mais profundo valor.
A Campanha da Fraternidade não pretende resolver o problema da Saúde Pública no Brasil. O grande objetivo é despertar a sociedade para refletir o campo da saúde pública com um olhar novo
Como a Igreja Católica visualiza a Saúde Pública no Brasil? Um dos maiores desafios que a sociedade brasileira enfrenta hoje é a saúde pública, ou seja, a necessidade de melhores condições para o atendimento. O Sistema Único de Saúde (SUS) hoje é uma grande solução, mas também um grande problema, pois a demanda é enorme, e a estrutura que se oferece é muito pequena. Então, é aquilo que a Campanha da Fraternidade propõe, melhoria das Instituições, do atendimento, melhores condições de trabalho, condições para que os médicos consigam realizar o trabalho. Encontramos muitos hospitais que tem espaço para atender, os médicos querem atender, mas não possuem estrutura para isso. Se o nosso imposto é altíssimo ele deve retornar ao povo com uma qualidade altíssima. Em relação aos atendimentos médicos, seja em hospitais ou
passar uma receita, um remedinho, mas que sejam verdadeiros profissionais exercendo a sua função de profissionais da saúde, pois o nosso povo merece. Outro aspecto que a Campanha da Fraternidade aborda é a qualificação dos profissionais da saúde. Isso começa lá na Universidade e tem que ter uma continuidade, pois eles saem da Universidade com muita teoria e pouca prática, e essa prática é desafiadora. Então eu penso que os nossos hospitais, e também a Santa Casa, dando agora esse passo de estar qualificada no programa do governo HOSPSUS, é o caminho, é o que hoje nós mais precisamos, melhor qualidade no atendimento SUS, e também no atendimento de todos os doentes em geral, e isso depende da qualificação desses profissionais. Certamente esse é o caminho no qual devemos investir tempo e dinheiro.
Vamos falar de algo imprescindível no tratamento do paciente, e que independente de tempo e dinheiro: o tratamento humanizado. Como a Igreja avalia esse aspecto?
Qual a semente que a Igreja espera plantar com essa Campanha? Em primeiro lugar é preciso dizer que a Igreja, com a Campanha da Fraternidade não pretende resolver o problema da Saúde Pública no Brasil. O grande objetivo é despertar a sociedade para refletir o campo da saúde pública com um olhar novo. O que a CF espera, é que a sociedade tomando consciência, haja um aperfeiçoamento tanto do SUS, quanto da rede privada, para que dêem dignidade às pessoas. E claro, estamos falando aqui dos serviços de saúde, mas vale destacar também, que uma das preocupações da CF , é fazer com que a pessoa, cada um de nós, cuide da sua saúde. Não é só questão de buscar saúde, de exigir do Estado, primeiro eu tenho que cuidar da minha saúde. No trabalho, com a comida, com a bebida, todos os excessos trazem danos às pessoas. Por isso, um apelo da Campanha da Fraternidade: Cuidem de si mesmos. Prevenção, essa é a palavra.
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MATÉRIA /
Casa Social Ir. Pedro Friedhofen
Foto: DV Studio Fotográfico
CASA DE APOIO SOCIAL IR. PEDRO FRIEDHOFEN VAI CELEBRAR 2 ANOS DE CONQUISTAS E REALIZAÇÕES
Irmão Martinho, idealizou e fundou a Casa de Apoio
Instituição Social nasceu com um TCC
Trabalho de conclusão de curso deu origem à implantação do serviço que beneficia pacientes da Santa Casa e familiares Cristiane Gabino dos Santos
Um trabalho de conclusão do curso de Serviço Social sobre o processo de humanização do atendimento fora do ambiente hospitalar, defendido pelo então estudante Zenóbio Araújo Galdino, o irmão Martinho, resultou na criação e implantação da Casa de Apoio Irmão Pedro Friedhofen. “No início, eu era assistente
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do serviço social da Santa Casa e via a deficiência, pois as pessoas que vinham acompanhar os pacientes não tinham onde ficar. Isso trazia grande preocupação não só para o acompanhante, mas também para o paciente”, diz irmão Martinho. Foi cursando Serviço Social na Faculdade Metropolitana de Maringá (Unifamma), a partir de 2004, que ele teve a idéia de apresentar como tema de estudo a casa de apoio, transformando o projeto em realidade. A Casa de Apoio Social Irmão Pedro Friedhofen foi fundada em 25 de fevereiro do ano passado
e funciona na rua Furtado de Mendonça, 469, Vila Operária (região central). É um espaço, fora do ambiente hospitalar, destinado principalmente aos acompanhantes de pacientes da Santa Casa que vêm de outras cidades, oferecendo acolhimento e hospedagem. É uma casa simples, com quartos, banheiros, cozinha para refeições, e os usuários contam com apoio de profissionais de assistência social e do serviço voluntário do hospital. O médico Jamal Ali Mohamed Abou Fares, 42, clínico geral, atende na Santa Casa há oito anos e está na casa de apoio há dois. “ Toda vez que o paciente
precisa de um medicamento ou ajuda, o irmão Martinho me liga para avaliar, independentemente se está internado na Santa Casa ou está na casa de apoio .” O médico diz acreditar que o trabalho desenvolvido ali, está dentro da proposta para a qual foi criada. A Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora, mantenedora dos serviços sociais da Santa Casa,foi fundada pelo Bem Aventurado Ir. Pedro Friedhofen em 1850, em Weitersburg, Diocese de Trier (Alemanha). A vocação religiosa de um Irmão da Misericórdia é cuidar das pessoas doentes. Já a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Maringá foi fundada em 11 de julho de 1954, inicialmente como Ambulatório Nossa Senhora de Fátima, e dispunha de 10 leitos. Após 58 anos, o hospital cresceu muito e conta com área construída de aproximadamente 17.000 m², com 225 leitos para Maringá e região. A casa de apoio está sempre em busca de parcerias que contribuam para a melhoria do trabalho voluntário, reforçando junto à comunidade maringaense a ideia de responsabilidade social.
Estrutura oferece conforto a “hóspedes”
Atendimento com qualidade da Casa de Apoio proporciona conforto para pessoas em momentos difíceis Nádia Viviane
Cuidados internos, administração e perseverança são ingredientes que atingem a Casa de Apoio Social Irmão Pedro Friedhofen, de Maringá. Seu interior é acolhedor e o atendimento é feito com simpatia. O quadro funcional da casa é composto por duas pessoas: um assistente administrativo e uma cozinheira. O restante do atendimento é prestado por
com um sofá grande, para ampliar o convívio entre os usuários daquele espaço. Gil disse que a casa de apoio é igual “coração de mãe”, pois sempre cabe mais um. Se o número de pessoas for maior que o das camas, a entidade disponibiliza alguns colchões extras. “Já houve casos em que o Irmão Martinho, fundador da instituição, hospedou as pessoas em sua casa por causa da superlotação”, diz ele. Foto: Nádia Viviane Na foto acima,Lourisley mostra parte da estrutura da Casa
voluntários. Bem mais do que uma estrutura construída sobre os cuidados da engenharia, são os resultados obtidos com o trabalho de pessoas que unidas construíram o sonho cujo resultado foi dar apoio a quem precisa. Os três quartos da instituição estão sempre ocupados e muito limpos, um deles com banheiro próprio, é destinado às mulheres. Outro, acomoda homens e também há um quarto misto, com cama de solteiro e guarda volume. Os banheiros estão sempre bem higienizados. A cozinha, bem planejada, recebe os “hóspedes” para alimentação, oferecida pela própria entidade mantenedora. Dona Nadir Mendes, 62 anos, cozinheira, prepara três refeições diárias para os moradores temporários. Duas vezes na semana, o hospital cede uma diarista para a limpeza da casa. A manutenção fica por conta dos funcionários da Santa Casa, que oferecem todo serviço de apoio. Segundo Lourisley Gil, assistente administrativo da casa, a despensa sempre é abastecida com doações . “Um prato de comida é muito significativo na vida de alguém e um simples sorriso que você dá para a pessoa é importante”, disse. A instituição também mantém uma espaçosa sala de televisão,
Casa de Apoio humaniza atendimento hospitalar
Espaço, mantido pela Santa Casa de Maringá, coleciona histórias de dor e de alegria Amanda Zulai
Uma tragédia fez um jovem conhecer a Casa de Apoio Irmão Pedro Friedhofen, instalada em Maringá. Há sete anos, Pablo Vinícius Brito, hoje com 23 anos, usuário de drogas e bebidas, voltava de uma festa quando se envolveu em um acidente de moto próximo ao Tropical Water Park em Maringá. Ele foi levado em estado grave para a Santa Casa. Ficou internado por um período e saindo do hospital precisava de um lugar próximo, para continuar a reabilitação. Brito morava em Umuarama com os pais e não tinha condições de se manter em Maringá. Foi quando ouviu falar da
Foto: Amanda Zulai Pablo Brito, ex-dependente químico, que se reabilitou na casa de apoio
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Casa Social Ir. Pedro Friedhofen
casa de apoio e não teve dúvidas: foi para lá. O jovem passou cinco meses na casa e garante que foi acolhido com muito carinho. “Os enfermeiros vinham todos os dias para trocar os curativos e ver se estava tudo bem”, relembra Brito. Para ele a casa tem um significado muito grande: “É um lugar de Deus”. Hoje, o ex-dependente químico não tem vergonha de dizer que sempre teve tudo, mas não deu valor. “Somente quando conheci a casa pude ter uma nova esperança”, completa. O jovem que conseguiu reconstruir a própria vida, agora trabalha na Santa Casa, graças à indicação de Zenóbio Araujo Galdino, o irmão Martinho, assistente social e fundador da casa. Histórias como a de Brito são comuns entre as pessoas que frequentam a Casa de Apoio Irmão Pedro Friedofhen. A psicóloga Edivania Garcia, explica que o trabalho realizado ali é essencial, porque faz uma ação de humanização. De acordo com ela, as pessoas que ficam hospitalizadas se sentem inseguras e até mesmo isoladas. Os familiares próximos, assistidos pela casa de apoio auxiliam muito no tratamento. Outro fator importante, segundo a psicóloga, é a questão da perda da identidade. Dependendo do caso, o paciente passa muito tempo internado e isso faz com que, de certa forma, ele perca o contato com o dia a dia. “Por isso o vínculo com a família é fundamental, proporciona motivação ao paciente e melhora na saúde metal”, explica. Assim como Pablo Brito, milhares de outras pessoas já passaram pela casa. O empresário Elias Antônio de Oliveira, 35 anos, também passou por um momento triste e foi a casa de apoio que o amparou. A mulher de Oliveira estava grávida do segundo filho, porém, em Astorga onde moram, não tinham como atendê-la porque
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era um caso de hipertensão durante a gravidez. O casal, que passava por um momento difícil, conseguiu uma vaga na Santa Casa e logo os dois descobriram a casa de apoio. Depois de 52 dias com o filho na UTI, a história teve um final feliz e todos puderam voltar para casa. A Casa de Apoio Irmão Pedro Friedofhen guarda muitas histórias, muitos momentos marcantes, uns com finais felizes, como a história de Pablo Brito e Elias Oliveira, mas também muitos com finais tristes. Segundo Brito, o que marca as pessoas que passam por lá é o carinho, respeito e solidariedade que o lugar oferece.
Entidade compartilha doações que recebe
Casa de apoio chega a doar excedente de alimentos e roupas a outras entidades, como associações beneficentes e creches Bruna Silveira
Totalmente sem fins lucrativos, a Casa de Apoio é mantida por meio de doações, vindas de empresas ou até mesmo pessoas físicas que se solidarizam com a ação realizada pela Congregação dos Irmãos da Misericórdia. Segundo Lourisley Gil, 37 anos, assistente administrativo da casa, em alguns momentos as doações são volumosas. “Muitas vezes recebemos uma grande quantidade de alimentos, e como aqui não desperdiçamos nada, doamos a outras entidades.” Alguns critérios são estabelecidos para que essa colaboração com outras entidades seja efetuada. A casa de apoio pede que as doações sejam retiradas pelas próprias entidades. É que a instituição ainda não tem transporte próprio e nem funcionários suficiente para realizar mais essa tarefa. Entidades como a Associação Beneficente Casa de Nazaré, Creche Menino Jesus de Maringá e o Recanto Mundo Jovem, do distrito de Iguatemi já
receberam colaborações. Segundo Gil, o destino das doações geralmente não é escolhido por acaso. Há sempre alguma relação entre as entidades ou até mesmo com pessoas que lá trabalham. “Nós, da Casa de Nazaré tivemos contato com a Casa de Apoio Irmão Pedro Friedhofen através de uma assistente social que trabalhava conosco. Me sinto muito agradecida porque o que teríamos que comprar recebemos como doação” revela Raimunda Batista, 47 anos, coordenadora da entidade beneficiada. Já a relação estabelecida com a Creche Menino Jesus acontece pelo fato de algumas crianças serem filhos dos funcionários que trabalham na Santa Casa. Nesse caso a própria Casa de Apoio se oferece, doando alimentos, como feijão e leite. A assistente social Aline de Jesus, que atualmente é gerente do Recanto Mundo Jovem, disse que é de extrema importância essa relação entre as entidades, porque todas trabalham num segmento sem fins lucrativos e necessitam de doações para se manter. “No contexto em que vivemos, trabalhos como esse dos Irmãos de Misericórdia faz uma enorme diferença na vida de muitos. É mesmo uma questão de solidariedade”, diz ela.
Você também pode contribuir com a Casa de Apoio. Faça parte da rede solidária da Casa de Apoio, abrace essa ideia. A casa ainda não possui sede própria e necessita de muitos recursos para melhor acolher e acomodar seus visitantes. Ligue 44 3031-1501 e marque uma visita. Conheça as instalações e faça sua contribuição.
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Serviço de Hemodiálise
SERVIÇO DE HEMODIÁLISE E TRANSPLANTES DA SANTA CASA SE DESTACA PELO ATENDIMENTO HUMANIZADO
Foto: DV Studio Fotográfico
“O serviço atende hoje 180 pacientes e neste ano já foram realizados dez transplantes renais.”
Recepção do Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Maringá
“Sou paciente crônico há nove anos e já passei por tratamentos em todo Brasil, mas nunca encontrei um atendimento como o que recebo na Santa Casa. Aqui nós somos uma família, eu sei que para toda equipe não sou apenas um paciente, sou um ser humano tratado com todo cuidado e respeito”. Esse relato do paciente renal
crônico Dirson Santana, de 63 anos, retrata a realidade do cotidiano do serviço de diálise e transplantes da Santa Casa de Maringá. Além de uma equipe multiprofissional e de equipamentos de ponta para os tratamentos, o foco maior é a humanização no atendimento aos pacientes. “Nós nos tornamos realmente uma família, sabemos sobre os filhos, as dificuldades,
as conquistas de cada um. Temos pacientes que estão conosco há muitos anos, então acompanhamos toda a trajetória da vida, a formatura dos filhos, o casamento, os netos. Tudo isso é muito gratificante”, diz a enfermeira da equipe Silvana Mazzo. A equipe é formada por 5 nefrologistas para o tratamento e acompanhamento clínico, 2
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Serviço de Hemodiálise
Foto: DV Studio Fotográfico
como bingo, sessão cinema e a tradicional Festa da Primavera, para os pacientes e seus familiares. Entre os transplantes realizados, um em especial chamou a atenção da equipe e de toda a mídia nacional. É o caso dos irmãos Fábio e Fabiano, 35 anos, gêmeos idênticos que há pouco mais de um ano descobriram serem portadores de insuficiência renal crônica. Os gêmeos têm duas irmãs mais velhas, também gêmeas idênticas e que se prontificaram a doar os rins para os irmãos. Após os testes, veio a descoberta positiva, Silvana “Aqui nós somos uma e Luciane era compatíveis com os família, eu sei que para irmãos. toda equipe não sou O primeiro transplante, entre apenas um paciente...” Fábio e Silvana aconteceu no mês de setembro, na Santa Casa, e Sr. Dirson em procedimento de diálise doadora e receptor se recuperam urologistas para execução dos de tratamento, inclusive a bem. Para o chefe do serviço de transplantes, 5 enfermeiros, 30 Plasmaferese, sendo um dos diálise e transplantes da Santa técnicos de enfermagem, psicóloga, únicos no Brasil a realizar esse Casa, Dr. Paulo Torres, o caso é nutricionista, assistente social e procedimento. realmente raro e inusitado. “Quase administrativos. Possui refeitório Os pacientes também têm 20 anos de profissão, e eu nunca próprio, serviço de higienização e havia encontrado um O QUE FAZEM QUAIS OS SINTOMAS desinfecção e acompanhamento caso parecido. Mas rigoroso da Comissão de Controle OS RINS: DA DOENÇA RENAL: chama a atenção da de Infecção Hospitalar (CCIH). população para a O serviço atende hoje doação de órgãos 180 pacientes e até entre familiares, • Pressão alta • Regulam a o mês de setembro pois se não fosse pressão arterial já havia realizado pelas irmãs, • Inchaço (sobretudo no rosto e nas pernas) • Filtram o sangue 10 transplantes os meninos renais, estariam na • Sangue na urina • Eliminam as toxinas superando fila, à espera a média de um rim”, • Cólica renal causada por • Controlam a quantidade Cuide bem dos rins: anual de um diz. cálculos (pedras) de sal e água no corpo Eles são os Filtros do transplante O médico seu Corpo por mês. chama a • Indícios de infecção • Produzem hormônios O espaço atenção urinária (dor, ardor, dificuldade importantes para evitar para urinar, urina mal cheirosa ou também anemia e doenças ósseas também para turva, aumento da freqüência das passou por uma os cuidados micções) • Eliminam excessos de readequação com a saúde • Palidez cutânea e medicamentos e outras da estrutura, dos rins. “A fraqueza (sem outras substâncias ingeridas para melhor doença renal justificativas) conforto e qualidade é considerada a no atendimento, e epidemia do século, e é uma doença silenciosa, está equipado com 29 momentos que quando apresenta máquinas de hemodiálise, especiais preparados pela equipe sintomas, já está bem avançada, com capacidade para atender ao longo do ano: Semana Mundial portanto, a prevenção ainda é o desde o recém nato até a maior do Rim com ações recreativas melhor remédio”, finaliza. idade em todas as modalidades
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Tecnologia
SANTA CASA INSERIDA NA EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS SERVIÇOS MÉDICOS
Foto: DV Studio Fotográfico
“A área de TI significa hoje uma contingência estratégica em todos os setores da sociedade, e nos sistemas da Santa Casa não tem sido diferente”
Nova tecnologia sendo utilizada por plantonista no pronto atendimento
A tecnologia da informação (TI), até o final da década de 70, era limitada às grandes empresas, centros de pesquisas das Universidades e filmes de ficção científica. Mas, com o passar do tempo, o alinhamento entre relações humanas, científicas e corporativas aumentou significamente, e a relação homemmáquina foi se definindo. O que antes era restrito tornou-se alvo de alcance para os que buscam os avanços tecnológicos, sejam eles na ciência da computação, nos sistemas de informação ou na engenharia da computação. Nas instituições de saúde, a busca pela evolução tecnológica dos equipamentos médicos e
o aumento da demanda por tecnologia da informação, tem se tornado cada vez mais constante no sentido de agilizar e qualificar os processos, pois isso implica em oferecer alternativas e segurança, nas atividades e rotinas diárias das instituições. Dentro da Santa Casa o departamento de TI projeta todos os seus serviços em acordo com os avanços tecnológicos do mundo moderno, pois a área de TI significa hoje uma contingência estratégica em todos os setores da sociedade, e nos sistemas da Santa Casa não tem sido diferente. Há quase dois anos foi implantado o sistema Tasy, para melhor organização e agilidade
nos processos, cadastramentos, rotinas de atendimentos, dados, estatísticas, enfim, melhor precisão na memória digital do hospital. Em 2011, mais duas ferramentas foram implantadas na Santa Casa: PAC´S (sistema de comunicação e arquivamento de imagens) e PEP (Prontuário Eletrônico de Pacientes), este, ainda em fase de implementação. O PAC´S integra-se com o serviço de informática, permitindo a visualização dos exames via computador em todas as alas do hospital e fora do hospital, para médicos previamente cadastrados e treinados. Para o acesso aos resultados dos exames solicitados o médico se cadastra com um usuário e senha auxiliado pelo setor de TI da Santa Casa. Segundo a gerente de TI Roseani Maneti este é mais um avanço para a melhoria dos recursos ofertados pelo hospital, visando sempre a segurança do paciente e maior rapidez nos processos internos, permitindo ao médico o melhor gerenciamento do tempo e aumentando a qualidade do atendimento. O prontuário eletrônico foi implantado inicialmente em apenas uma ala do hospital, a fim de oferecer tempo para que a equipe médica se adeque ao novo processo, sem gerar prejuízos no arquivamento das informações, aos pacientes e aos demais setores do hospital.
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ENTREVISTA /
Alexandra Sobrinho
ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Foto: DV Studio Fotográfico
Entenda no que consiste a Acreditação Hospitalar e quais foram os caminhos percorridos pela Santa Casa para que a instituição pudesse adotar esse padrão de qualidade.
A busca da Santa Casa pela Acreditação Hospitalar vem amadurecendo a cada ano e, finalmente em 2012 foi possível oficializar esse processo. Mais do que buscar um diploma ou um título, o objetivo é alcançar a excelência nos serviços e, condição essa que o processo de Acreditação oferece, pois estabelece protocolos e rotinas para todos os serviços com base nas boas práticas e na segurança ao paciente. A seguir, uma entrevista com a gerente de qualidade da Santa Casa, Alexandra Sobrinho, que nos relata toda a
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trajetória da Instituição rumo à certificação.
O que significa Acreditação hospitalar? Define-se Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. É uma ação coordenada por uma organização ou agência não governamental encarregada do desenvolvimento e implantação da sua metodologia. Em seus princípios tem um caráter eminentemente educativo, voltado
para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial, não devendo ser confundido com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de Estado. Principais Vantagens da Acreditação: segurança para os pacientes e profissionais, qualidade da assistência, construção de equipe e melhoria contínua, útil instrumento de gerenciamento, critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira e, o caminho para a melhoria contínua. (ONA – Organização Nacional de Acreditação) Dentro do Sistema Brasileiro de Acreditação, o processo de avaliação para certificação é de responsabilidade das Instituições Acreditadoras Credenciadas pela ONA. Essa atividade é desempenhada pela equipe de avaliadores das Instituições Acreditadoras Credenciadas, tendo como referência as Normas do Sistema Brasileiro de Acreditação e o Manual Brasileiro de Acreditação - ONA específico. É a organização, serviço ou programa que manifesta o interesse pela avaliação, diretamente a uma das Instituições Acreditadoras Credenciadas.
Existem dois tipos de certificação pela ONA: • ACREDITAÇÃO - Destinado às Organizações Prestadoras de Serviços para a Saúde e aos Programas da Saúde e Prevenção de Riscos; • SELO DE QUALIFICAÇÃO ONA - Destinado aos Serviços para a Saúde.
A AVALIAÇÃO PARA ACREDITAÇÃO PODE RESULTAR EM:
NÍVEL 1
VALIDADE 02 ANOS
Histórico da Acreditação no Brasil
1992
Federação Brasileira dos Hospitas/ Organização PanAmericana da Saúde - Primeiro documento de circulação Nacional
1995
O Ministério da Saúde lança o Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde
1997
O Ministério da Saúde toma a iniciativa de reunir as instituições do setor saúde e propor a constituição de uma organização nacional
1998
Elaborada a primeira versão do Manual Brasileiro de Acreditação de Hospitais e realizado os primeiros testes de campo
1999
Fundação da Organização Nacional de Acreditação - ONA
NÍVEL 2
VALIDADE 02 ANOS
E o porquê da escolha da certificação pela ONA? A ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO - ONA é uma organização não governamental caracterizada como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos, de direito coletivo, com abrangência de atuação nacional. Fundada em 1.999, tem como principais objetivos a implantação e implementação em nível nacional, de um processo permanente de melhoria da qualidade da assistência à saúde, estimulando todos os serviços de saúde a atingirem padrões mais elevados de qualidade, dentro do Processo de Acreditação. A escolha da metodologia de Acreditação pela ONA se deu basicamente porque possui critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira.
Explique a trajetória da Santa Casa para dar início à busca pela Acreditação Hospitalar. Há aproximadamente quatro anos a Santa Casa iniciou ações em busca de mais segurança à todos que direta ou indiretamente utilizam seus serviços, através de melhorias na sua infra-estrutura, aquisição de equipamentos e novas tecnologias e de software de gestão em saúde, criação de serviços
NÍVEL 3
VALIDADE 03 ANOS
e setores, como o escritório da qualidade, que atua na organização e padronização de formulários e documentos internamente, como na comunicação direta frente aos órgãos públicos e prestadores de serviços. O setor está sob a minha gerência, com suporte da gerência técnica, coordenada pela Dra. Elisabete M. Kobayashi. A partir de dezembro de 2011, a diretoria e mesa administrativa, após diversas conquistas relacionadas a infra estrutura, inovações tecnológicas, aumento de quadro de colaboradores e implementação de novos serviços, deu o start ao processo de Acreditação com a definição da metodologia – ONA e busca de orçamentos com as Instituições Acreditadoras credenciadas pela ONA (até então 08 no país, e atualmente 07). Em maio deste ano, a mesa nomeou um comitê com 28 colaboradores de diversos setores, para atuar nas atividades que serão desenvolvidas para implementar a gestão da qualidade e consequentemente atingir uma certificação que será a Acreditação. Os membros do comitê está recebendo treinamentos de capacitação relacionados as ferramentas da qualidade, gerenciamento de riscos, programa 5S, entre outros. Em junho o hospital contratou uma das sete instituições Acreditadoras Credenciada pela ONA para realizar o diagnóstico organizacional,
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ENTREVISTA /
Alexandra Sobrinho
Queremos garantir e melhorar o que hoje já oferecemos a todos que procuram nossos serviços que aconteceu entre os dias 19 a 22/06, com o objetivo de avaliar a estrutura, os processos e os resultados dos serviços prestados aos clientes. Ao final desta visita foi emitido um relatório detalhado contendo os pontos fortes, as não conformidades e as observações da equipe de avaliadores, relacionados a assistência, gestão e qualidade da Santa Casa. A partir deste relatório, a mesa administrativa em conjunto com as gerências e sob o apoio da gerência da qualidade vem organizando a implantação das ações e os resultados nos diversos setores, porque todos precisam estar em conformidade no mesmo nível para Acreditação.
Qual a expectativa da Santa Casa para a conquista da acreditação? As adequações já estão sendo feitas, como será o andamento do processo? Estamos trabalhando para conquistar a Certificação em um ano, porém, temos algumas adequações, a começar pelo planejamento estratégico voltado a gestão da qualidade e, investimentos ainda a serem feitos em infra-estrutura, segurança
predial, aquisição de equipamentos e softwares para área assistencial, melhorias na gestão de pessoas, elaboração de protocolos clínicos, além de mudanças em alguns processos ligados às rotinas diárias dos setores. Essas ações estão sendo acompanhadas pela mesa administrativa através de reuniões com as gerências, através de metas estabelecidas com cada área/setor. Independente de se ter um certificado para colocar na recepção do hospital e exibilo à população e clientes de um modo geral, queremos garantir e melhorar o que hoje já oferecemos a todos que procuram nossos serviços – segurança e qualidade, com humanização, mas com o crédito de Instituição Acreditadora Credenciada por uma organização reconhecida nacionalmente como a ONA.
Qual a importância dessa titulação para a Santa Casa? • Garantir segurança e qualidade nos serviços prestados a todos os clientes; • Organização setorial pelos padrões (Normalização) e metas; • Maior conhecimento dos processos; • Maior planejamento das atividades; • Promover treinamento contínuo dos usuários (colaboradores);
• Redução dos custos operacionais pela minimização dos desperdícios.
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Foto: Bulla Jr.
• Maior satisfação dos clientes;
MATÉRIA /
1990
UTI Pediátrica
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL – A GRANDEZA DA VIVÊNCIA HUMANA Até o final da década de 80, se um recém-nascido, em especial os prematuros, ou mesmo uma criança da região, precisasse de cuidados especiais de terapia intensiva, eles eram transportados para grandes centros, pois Maringá não oferecia o serviço em nenhum dos hospitais. Muitas vezes, pela gravidade do caso, ou pela falta de condições da família de realizar o transporte a tempo, a criança perdia a chance de sobreviver. Sempre com a visão voltada para a humanização e para o melhor atendimento da cidade de Maringá e região, em 26 de dezembro de 1990 a Santa Casa inaugurou a primeira UTI neonatal e pediátrica da região. A unidade, equipada a princípio com apenas 4 leitos, somente nos primeiros meses de trabalho já havia atendido outros
Estados do Brasil. Já no ano seguinte, a UTI ampliou o espaço para 6 leitos, e atualmente possui uma estrutura com 11 leitos, sendo 8 deles destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A equipe, formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeuta ocupacional, assistente social, equipe administrativa, de higienização e de controle de infecção hospitalar (CCIH), não mede esforços para manter o atendimento humanizado, as baixas taxas de mortalidade e o sucesso dos tratamentos. A atual chefe médica da UTI, Dra Maria Cristina Suzuki, que está no corpo clínico da UTI desde a sua fundação, diz que uma equipe
comprometida com valores da verdadeira humanização, que em todos os casos se compromete com profundo respeito e dedicação, independente de dados ou resultados, estabelece uma estatística de 100% de esforço para todos os que são atendidos. “ A UTI é um leito de esperança para os nossos pequenos, futuros cidadãos na construção de um mundo melhor”. Hoje a Santa Casa atende uma média de 35 pacientes por mês, o que representa cerca de 415 crianças por ano, com uma média de permanência de 6,5 dias. Considerando a carência de leitos em UTI Neonatal em Maringá e região a Santa Casa apresentou recentemente ao Governo do Estado, na pessoa do seu Secretário de Saúde Dr Michele Caputo Neto,
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UTI Pediátrica
Foto: Bulla Jr.
MATÉRIA /
2008 2009 2010 2011
um projeto com o objetivo de amenizar de forma significativa este cenário. O projeto consiste na implantação de uma unidade de tratamento específica, ou seja: - Projeto UCN – Unidade de Cuidados Neonatal - espaço para
infantil, marcando claramente sua posição de parceira com o programa Mãe Paranaense lançado recentemente pelo Governo do Estado do Paraná. Este programa propõe a reorganização de toda a rede de atendimento da atenção materno-infantil nas ações do pré
2012
alvo mulheres e crianças, mas é importante destacar que as ações implantadas deverão promover a qualidade de vida de toda a Família Paranaense. Sensível às necessidades da população atendida pelo SUS nessas áreas em nossa região, bem
No primeiro semestre de 2012 nasceram na Santa Casa 1.576 crianças, consolidando assim, sua posição de hospital de referência para toda região em atendimento maternoinfantil, marcando claramente sua posição de parceira com o Programa Mãe Paranaense. internação de recém nascidos que necessitam de cuidados especiais, provenientes da UTI Neonatal e do Berçário No primeiro semestre de 2012 nasceram na Santa Casa de Maringá 1.576 crianças, consolidando, assim, sua posição de hospital de referência para toda região em atendimento materno-
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e pós-nascimento, bem como no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, em especial no seu primeiro ano de vida. A Rede Mãe Paranaense está disponível às mulheres em idade fértil e crianças menores de um ano de idade. Vale lembrar que a programa tem como público
como por conhecer a realidade da escassez de leitos especiais para atender essa demanda, o Secretário de Saúde do Estado aprovou o projeto da Santa Casa e os equipamentos necessários serão licitados ainda em 2012, estendendo benefícios à grande população atendida pelo Sistema Único de Saúde.
ENTREVISTA /
Wender Felipes
FARMÁCIA HOSPITALAR TENDÊNCIAS E NOVAS TECNOLOGIAS dentro do hospital, como são chamadas e como são divididas, número de funcionários, qual a rotina de trabalho, se a farmácia trabalha 24 horas, como é feito esse rodízio de funcionários.
São 4 farmácias e todas funcionam 24 horas:
Foto: DV Studio Fotográfico
• Farmácia Central: Atende os setores de internação, com exceção da UTI Adulto e presta um suporte para as farmácias satélites;
Wender Felipes - Supervisor de Farmácia
A Farmácia Hospitalar brasileira é regulamentada pela Resolução 492 do Conselho Federal de Farmácia, de 26 de novembro de 2008, e vem agregando cada dia mais os profissionais da área por despertar dentro de cada um deles a polivalência e a capacidade de aliar conhecimento técnico, clínico e administrativo. O farmacêutico hospitalar vem se destacando como o responsável pelo reconhecimento da importância da categoria dentro das equipes multidisciplinares de saúde através de sua habilidade em apresentar as melhores estratégias
a serem administradas no universo dos medicamentos. Na Santa Casa de Maringá o serviço é desenvolvido de forma plena e eficiente, no sentido de atender uniformemente todas as unidades de serviço do hospital. Conversamos com o supervisor da Farmácia Hospitalar da Santa Casa Wender Felipes, que nos projetou sobre a rotina, estrutura e planejamentos dos trabalhos desenvolvidos nas unidades.
Fale sobre a estrutura da farmácia: Quantas unidades
• Farmácia Satélite Pronto Atendimento: Atende os pacientes alocados no Pronto Atendimento, Hemodiálise, Endoscopia e Imagens; • Farmácia Satélite UTI Adulto: Pacientes internados na UTI Adulto; • Farmácia Satélite Centro Cirúrgico: Pacientes que estão sendo submetidos a cirurgias e Pronto Atendimento Maternidade. • Temos ainda a Central de manipulação de quimioterápicos, onde preparamos os medicamentos para pacientes submetidos a quimioterapia. Neste setor contamos com um farmacêutico e um auxiliar de farmácia. Estes medicamentos são preparados pelo farmacêutico.
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ENTREVISTA /
Wender Felipes
Hoje estamos com um total de 55 colaboradores, sendo 7 farmacêuticos, 43 auxiliares de farmácia e 5 mensageiros. Estão divididos em três turnos, o matutino, vespertino e noturno, sempre com a presença de um farmacêutico.
Em fevereiro de 2011 tivemos a mudança de sistema para o TASY, o que foi um grande avanço para o melhor controle de estoque e segurança para o paciente. Este sistema nos permite uma rastreabilidade precisa de todos os medicamentos utilizados nos pacientes. Todos os medicamentos e materias são unitarizados com um código de barras gerado pelo sistema onde constam informações como fabricante, fornecedor, lote, validade e nome do medicamento, estas informações são de extrema importância para a garantia de qualidade dos medicamentos e materiais adquiridos e também para a segurança do paciente. Depois de passado o período de implantação começamos a desenvolver um projeto para a dispensação dos medicamentos e materiais por turno na Farmácia Central, que até então dispensávamos os medicamentos para 24 hs. Dispensação por turno é dividir os medicamentos que serão utilizados em 24hs em 3 turnos: matutino, vespertino e noturno, onde a equipe da farmácia da manhã prepara as medicações do turno vespertino, a equipe da tarde prepara a medicação do turno noturno e a da noite os medicamentos da manhã. Esta rotina foi implantada em março deste ano, junto com esta sistemática também trouxemos para a farmácia a transcrição das prescrições médicas, que antes era realizada pela equipe de
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Foto: DV Studio Fotográfico
Quais os avanços da farmácia no último ano, com a nova sistemática de trabalho?
Equipe da Farmácia Hospitalar da Santa Casa
enfermagem, onde digitamos os medicamentos prescritos pelos médicos no sistema Tasy para posterior baixa do estoque, é neste momento que informamos no sistema os medicamentos, com seus respectivos lotes, que serão utilizados pelos pacientes. A transcrição pela farmácia se deve ao fato de ter a supervisão do farmacêutico no momento da digitação. Já nas farmácias satélites, implantamos a dispensação por KITS, o que agiliza o processo no momento da administração de medicamentos e de procedimentos realizados nos pacientes.
Qual a expectativa para o futuro levando em consideração os novos medicamentos e novas tecnologias? Estamos com um projeto para implantarmos o atendimento das prescrições, que hoje é feito nos computadores de mesa, dependendo de impressões de folhas, por coletores de dados portáteis (muito parecidos com celulares), onde os itens que
devem ser separados aparece na tela destes coletores, desta forma agilizaríamos a entrega dos medicamentos, pois hoje precisamos de um colaborador para separar o medicamento e outro para lançar no sistema, com esses coletores o mesmo funcionário realiza as duas atividades. O próximo passo que estamos trabalhando para alcançar será a “Assistência Farmacêutica” (dispensar medicamentos com orientação do farmacêutico ao paciente, verificar possíveis interações medicamentosas, surgimento de reações adversas, entre outras tantas ações que possam favorecer a melhora do paciente, não só quando estiver internado, mas que o mesmo continue seu tratamento correto em casa). O Conselho Federal de Farmácia, através da Comissão de Farmácia Hospitalar, homenageou recentemente os farmacêuticos hospitalares com o vídeo que pode ser apreciado através do link: http://youtu.be/tZuMfk13Uag
ARTIGO /
Uso Consciente de Antimicrobianos
Foto: Arquivo Santa Casa
O USO CONSCIENTE DOS ANTIMICROBIANOS
Dr. José Ricardo Coletti Dias Infectologista
O aumento de consumo de antimicrobianos e em muitas ocasiões, sem critérios, tem contribuído de forma importante para o aumento de microorganismos, conhecidos como multirresistentes, superbactérias; melhor adaptados a ambientes onde o uso de antibióticos é intenso. Essa situação, se mantida e associada a outros fatores, promove o surgimento e manutenção de micro-organismos de difícil tratamento e controle. O custo disso, além de economicamente vultoso, é um aumento na morbimortalidade de infecções, aumento de tempo de internação e disseminação de inúmeros mecanismos de resistência para as bactérias circulantes nesse meio. Persistindo o consumo indiscriminado de antimicrobianos
haverá uma pressão de seleção por bactérias com melhores condições estruturais e genéticas de resistirem aos tratamentos, antes eficazes. Esse problema é gravíssimo e é imprescindível que seja discutido não apenas no campo da infectologia, mas entre todas as classes de especialidades médicas, governo, sociedade civil. É premente que o uso de antimicrobianos seja restrito ao mínimo necessário. “Evitar dar tiro de canhão para matar baratas”, não usar antibióticos em infecções virais, são medidas que auxiliam na contenção de superbactérias. As chamadas superbactérias têm intrinsecamente mecanismos de resistência ou os adquirem quando da pressão de antimicrobianos. Quanto mais se utiliza antibióticos em determinado ambiente maiores as chances de surgirem esses agentes mais virulentos, mais agressivos. O uso indevido de antimicrobianos afeta não só o indivíduo que recebe, mas toda uma população à sua volta. Como dito acima, esse ciclo mantido favorecerá a seleção dos microorganismos resistentes à maioria dos antibióticos anteriormente eficazes para determinado tratamento. A simples presença de uma “superbactéria” não necessariamente causará uma grave infecção oferecendo risco de morte ao indivíduo colonizado ou com sinais decorrentes de sua instalação. São necessários outros fatores como o estado imunológico do hospedeiro (paciente), quantidade do inóculo, além de características que conferem maior ou menor virulência ou
agressividade a bactéria em questão. Desde o início da década de 40 do século passado , quando passamos a utilizar os antimicrobianos em escala global paulatinamente surgiam micro-organismos resistentes aos antimicrobianos destinados ao seu tratamento de forma a atingirmos nos dias de hoje uma desproporção alarmante entre o número de novos antimicrobianos desenvolvidos , cada vez mais escassos e incapazes de combater infecções por micro-organismos cada vez mais resistentes a praticamente todas as classes de antimicrobianos disponíveis e ainda em fases avançadas de estudo. Penso de forma um tanto quanto pessimista que há muito estamos perdendo a guerra para as bactérias. Elas tornam-se resistentes em uma velocidade muito superior a nossa capacidade de desenvolver antibióticos eficazes no seu combate. Ainda é possível, se não controlar, equilibrar essa disputa usando antimicrobianos de forma racional, prescritos com critério e acima de tudo com bom senso, imunizar o máximo possível da população, ampliando o número de pessoas imunologicamente competentes, higienizando sempre as mãos, sobretudo estando em ambiente hospitalar. Hoje a higienização das mãos continua sendo o método mais antigo e ao mesmo tempo mais atual e barato de se evitar a disseminação de muitos microorganismos patogênicos. A inobservância desse singelo cuidado agrava uma situação já sombria. Depende de cada um tentar mudar esse futuro.
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REPORTAGEM DE CAPA /
A Santa Casa para o SUS
A SANTA CASA PARA O SUS
Foto: DV Studio Fotográfico
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo e faz parte do dia a dia da Santa Casa de Maringá.
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O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo, que busca garantir atendimento e assistência integral e gratuita a toda população brasileira. Para tanto, O SUS tem uma rede credenciada de mais de 63 mil ambulatórios e cerca de 6 mil hospitais contratualizados, gerando um número de mais de 440 mil leitos. Aproximadamente 50% dos pacientes atendidos pelo SUS em todo país são atendidos em hospitais filantrópicos e/ou sem fins lucrativos. Esse cenário contempla uma média de aproximadamente 12 milhões de internações hospitalares/ano, 1 bilhão de atendimentos de atenção primária à saúde, 150 milhões de consultas
médicas, 2 milhões de partos, 300 milhões de exames laboratoriais, 132 milhões de atendimentos de alta complexidade e 14 mil transplantes de órgãos,
governo federal lançou o Índice de Desempenho do SUS (Idsus), que avalia o atendimento na rede pública em todos os municípios, estados e em âmbito nacional de acordo com uma escala que varia de 0 a 10. Na primeira avaliação, a pontuação do Brasil foi de 5,47. O Paraná, que possui 46 unidades hospitalares credenciadas, ficou em segundo lugar no ranking dos estados. A Santa Casa de Maringá atendendo aos requisitos da filantropia e da missão caritativa da Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora, entidade mantenedora da instituição, através de termo de contratualização firmado com o Município de Maringá, atende a população carente do
Dr. Kazumich Koga sendo que o país é o segundo maior no mundo em número de transplantes. Em março deste ano o
Foto: Bulla Jr.
“A Santa Casa tem uma contribuição muito expressiva no atendimento SUS, pois tem Pronto Atendimento Adulto e Infantil com médicos presenciais 24 horas e serviços de referência de alta complexidade”
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A Santa Casa para o SUS
município, bem como toda a macrorregião abrangendo 115 municípios, totalizando um média de 1 milhão e 750 mil habitantes. Essa demanda remete ao hospital números expressivos de atendimentos, internamentos e procedimentos cirúrgicos. Para o Secretário Municipal de Saúde de Maringá e Presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Dr. Antonio Carlos Nardi, o trabalho da Santa Casa é de suma importância para a operacionalização de todos os eixos do SUS, no sentido de objetividade e resolutividade das operações. “Temos uma fatia de grande agradecimento pelo que ela representa para a
macrorregião e pelo município, especialmente por ser referência para a rede materno-infantil, no pré–parto e pós-parto”,
Foto: Bulla Jr.
REPORTAGEM DE CAPA /
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Temos uma fatia de grande agradecimento pelo que a Santa Casa representa para a macrorregião e pelo município, especialmente por ser referência para a rede materno-infantil, no pré–parto e pós-parto Dr. AntonioCarlos Nardi ressalta o secretário. Segundo o chefe da 15ª Regional de Saúde do Paraná, Dr. Kazumich Koga a cidade de Maringá consegue atender quase 100% dos casos de alta complexidade, pois são encaminhados para outra regional apenas os casos graves de queimaduras e oncologia infantil. “A Santa Casa tem uma contribuição muito expressiva na demanda, pois tem Pronto Atendimento Adulto e Infantil com médicos presenciais 24 horas e serviços de referência de alta complexidade ”, diz Koga.
A Santa Casa também é um dos Hospitais contemplados no programa do Governo Estadual HOSPSUS (Programa de Apoio de Qualificação de Hospitais Públicos), que há pouco mais de um ano vem contribuindo no intuito de garantir à população paranaense atendimento hospitalar de qualidade. E Santa Casa, por sua vez, por atender aos critérios estabelecidos pelo programa, e por ser referência nos casos de alta complexidade, integra o Hospsus. A Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Maringá, Zuleide Bezerra Dalla Costa, relata que até 2020, de acordo com o Programa do HOSPSUS, a Santa Casa, em conjunto com os demais hospitais enquadrados no Estado, terão grandes resultados como: reduzir os anos de vida perdidos por incapacidade, reduzir o temporesposta nos serviços de urgência, reduzir os índices de morbimortalidade por causas externas e doenças cardiovasculares por faixa etária e reduzir a mortalidade materna e perinatal. “Estes resultados não tem preço para a população”. Segundo o superintendente da Santa Casa José Pereira, na nossa regional de saúde, a Santa Casa de Maringá tem participação expressiva no atendimento a população. Por ser um hospital caracterizado como hospital geral e, considerando o termo de Contratualização firmado com o Município de Maringá, a Santa Casa atende a praticamente todas as especialidades médicas, mas a maior concentração dos atendimentos está nos serviços de Urgência e Emergência, Ortopedia e Traumatologia, Materno/ Infantil, Neurologia/Neurocirurgia e Nefrologia. “Infelizmente a demanda de serviços do SUS é maior que nossa capacidade
instalada, mas, fazemos uma verdadeira ginástica para atender ao maior número possível, com qualidade e dignidade”, diz Pereira. O superintendente relata ainda que, para melhor atender a toda essa população, a Santa Casa implantou em 2010 o programa Cuidar Mais, com médicos hospitalistas e equipe
multidisciplinar a serviço do paciente. Esse serviço tem sido uma referência para todo o Estado, pois otimiza mão de obra, recursos financeiros e ocupação dos leitos, ao mesmo tempo que oferece maior segurança às equipes de trabalho e ao paciente. “A maior dificuldade ainda para o atendimento ao SUS são os baixos
valores praticados pelo sistema, o que desestimula os profissionais a atenderem. Para compensar essa tabela, a Santa Casa tem pago valores complementares aos profissionais médicos como forma de incentivá-los a atender pacientes do SUS”, completa o superintendente.
UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO referencial para a Santa Casa e, cujos honorários médicos para sua manutenção são arcados, até então, exclusivamente pela Santa Casa. “Precisamos de conscientização do gestor público local e estadual, bem como das operadoras de planos de saúde para colaborarem conosco na remuneração das equipes médicas que atendem presencial e à distância, pois sozinhos será impossível suportarmos os gastos com a manutenção desses serviços”, diz José Pereira.
Foto: DV Studio Fotográfico
Os números de traumas de todas as complexidades que a Santa Casa recebe diariamente em suas unidades de pronto atendimento, nos remete a ideia de que enfrentamos uma verdadeira epidemia no trânsito. São atendidos em média 12 pacientes diariamente, provenientes de acidentes de trânsito em Maringá e nas rodovias da região. A unidades contam com equipes adulto e pediátrica capacitadas e habilitadas para o atendimento 24 horas, com retaguarda das especialidades à distância, serviço este, que é
Ambulâncias do SUS e SIATE em atendimento
Revista Humanização / 29
REPORTAGEM DE CAPA /
A Santa Casa para o SUS
DISTRIBUIÇÃO DOS LEITOS DA SANTA CASA DE ACORDO COM SEU REGISTRO JUNTO AO DATASUS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE Leitos existentes
Leitos SUS
Cirurgia Geral
42
31
Clínica Geral
24
8
Ginecologia
12
5
Obstetrícia
48
32
Ortopedia
28
22
Pediatria Cirúrgica
3
2
Pediatria Clínica
27
12
Unidade Neonatal
6
4
UTI adulto
24
12
UTI neonatal
7
6
UTI pediátrica
4
2
225
136
Especialidade
TOTAL
Entrevista exclusiva com o Presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná, Maçazumi Furtado Niwa, que faz uma avaliação sobre o primeiro ano do Programa HOSPSUS e a Santa Casa de Maringá inserida no processo. Qual análise que o senhor faz do Programa HOSPSUS, após um ano de trabalho? Pela primeira vez, a FEMIPA conseguiu efetivar parceria com a SESA com a implantação deste importante Programa (HOSPSUS) que após um ano de trabalho tem gerado grandes mudanças nos hospitais participantes, com a capacitação de seus gestores, com o importante custeio e agora com os investimentos para a ampliação do atendimento à população com ênfase na Rede Urgência/ Emergência e Mãe Paranaense (Materno/Infantil). Considero que essa parceria além de melhorar a condição de funcionamento dos
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hospitais traz uma grande melhoria na qualidade do atendimento à população.
Como tem se desenvolvido os hospitais da Federação contemplados no HOSPSUS durante esse ano? Houve já um avanço significativo?Aumento de leitos, da estrutura, equipamentos, reformas. Neste primeiro ano de funcionamento do Programa HOSPSUS, os hospitais passaram por importantes mudanças em sua gestão e estrutura. Os hospitais que já contavam com uma boa estrutura conseguiram rapidamente aumentar sua capacidade de
atendimento e aqueles que estavam numa condição mais defasada conseguiram investir principalmente na manutenção e contratação de profissionais médicos indispensáveis para o atendimento dos pacientes. Também não podemos esquecer que todos os hospitais são avaliados pelas Regionais de Saúde e pela Comissão Estadual de Avaliação do HOSPSUS, devendo se comprometer com uma série de indicadores que medem tanto a melhoria do atendimento a população, quanto da gestão e infraestrutura. Com base nestes indicadores os recursos são disponibilizados para os hospitais. Segundo o acompanhamento realizado pela FEMIPA, os relatórios
ainda melhores. Podemos destacar o aumento de número de Leitos de UTI (Adulto) e UTI Neo-Natal nos hospitais do interior, evitando o deslocamento para a capital.
Qual o planejamento para 2013? A FEMIPA tem trabalhado de forma incansável para aumentar a destinação de recursos do Governo Federal e Estadual para os hospitais afiliados, sejam através do Ministério da Saúde ou da SESA, como também com a destinação de Emendas Parlamentares. Sabemos que o subfinanciamento da Saúde e a defasagem da Tabela SUS são responsáveis pelo fechamento de leitos e unidades hospitalares. Portanto, a FEMIPA continuará buscando alternativas que contemplem os hospitais afiliados com o objetivo maior de aumentar e qualificar o atendimento prestado à população.
Foto: Assessoria FEMIPA
A Santa Casa de Maringá, hospital afiliado, também foi contemplado com o programa. Como o senhor visualiza a importância do HOSPSUS para Santa Casa, que atende uma macro região que abriga cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas?
“Os recursos aplicados pelo programa HOSPSUS na Santa Casa de Maringá sem dúvidas serão revertidos na ampliação e qualificação do atendimento à população”
Maçazumi Furtado Niwa
apontam que a maior parte dos hospitais evoluíram e através do aumento de leitos, adequações em sua infraestrutura e equipes de atendimento, têm conseguido
ampliar o atendimento a comunidade e região em que estão inseridos, mas, esperamos que com a aplicação dos recursos que serão investidos os resultados sejam
Maringá é uma cidade de grande importância regional. A Santa Casa de Maringá sempre se destacou por relevantes serviços prestados à população, através de seu corpo de colaboradores, parque tecnológico e corpo clínico, oferecendo o atendimento em várias especialidades. Os recursos aplicados pelo programa HOSPSUS na Santa Casa de Maringá, que sempre primou pelas melhores práticas de gestão, não deixa dúvidas de que serão revertidos na ampliação e qualificação do atendimento à população, confirmando ainda mais a Santa Casa de Maringá como referência para a macrorregião.
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MATÉRIA /
Serviço de Nutrição
SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DA SANTA CASA RECEBE ATESTADO NO PROGRAMA DE ALIMENTOS SEGUROS - PAS Foto: DV Studio Fotográfico
“O objetivo do Programa não é apenas de implantar as boas práticas, mas atestar que os alimentos produzidos na instituição são seguros”
Consultora do SENAC Maringá, Tânia Genta, reunida com autoridades da cidade, discursa antes da entrega do atestado.
Os alimentos e seus nutrientes representam um papel importante na manutenção e reparação dos tecidos e funções do organismo humano, e deve ser considerado vital como parte do tratamento e recuperação de pacientes hospitalizados. No entanto, se faz necessária a implantação de sistemas de controle durante o processo de preparo e distribuição dos alimentos, de modo a garantir que sejam fonte de nutrição e saúde, e não veiculação de doenças. Estabelecimentos manipuladores e produtores de alimentos conscientes da importância da qualidade e preocupados com a saúde do consumidor adotam as Boas
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Práticas (BP) de Manipulação ou Fabricação, que são procedimentos padronizados aplicados durante todo o processo de produção e distribuição, a fim de garantir a produção de alimento seguro, ou seja, sem riscos à saúde do consumidor. No Serviço de Nutrição hospitalar, no qual grande parte de seus consumidores são pacientes, e encontram-se com o sistema imunológico fragilizado ou ainda necessitando de nutrição adequada para recuperar-se de traumas ou doenças, a adoção de procedimentos mais rigorosos é essencial para evitar que o quadro clínico venha a se complicar, causando danos orgânicos à
condição de saúde já existente. A Santa Casa de Maringá, preocupada em garantir a qualidade e a segurança dos alimentos oferecidos para pacientes, acompanhantes, funcionários e médicos, aderiu o Programa de Alimentos Seguros (PAS) visando não apenas implantar as Boas Práticas, mas atestar que os alimentos produzidos na instituição são seguros. Para a Santa Casa, muito mais do que uma obrigação legal, a implantação do PAS é uma oportunidade de revisão de práticas. Os colaboradores da instituição receberam treinamento específico, aplicado pela consultora do SENAC Maringá, Tânia Maria Genta, sobre a metodologia para cada um dos processos de recebimento, armazenamento, preparo, distribuição, expedição e transporte dos alimentos. Por conseqüência, a implantação do programa traz mais qualidade na refeição e reforça o reconhecimento de parceiros, fornecedores e órgãos externos. Segundo a Nutricionista Priscila Miquelissa, supervisora do serviço de nutrição e dietética da Santa Casa, para a implantação do PAS, o setor foi submetido a uma análise rigorosa do SENAC, que fez uma
Foto: DV Studio Fotográfico
Superintendente José Pereira, Vice-presidente Irmão Mathias Lacerda, Conselheira Fiscal Sra Lira Belotti e Supervisora do SND Priscila Miquelissa, recebem o atestado das mãos do Diretor do SENAC Maringá Antonio Carlos Aroca.
avaliação minuciosa da estrutura. Foram avaliados mais de 150 itens, entre processos e procedimentos, condições físicas e estruturais das cozinhas, higiene pessoal e comportamento de manipuladores, entre outros. “Foi longo o caminho para se adequar às exigências estruturais e implantar todos os controles e monitoramentos necessários, mas toda a equipe do SND, com apoio da gerência do setor e de diversos setores como manutenção, compras, enfermagem e corpo clínico, conseguiu cumprir as etapas necessárias para receber o Atestado de Boas Práticas do PAS”, diz a nutricionista. Segundo a consultora do SENAC Maringá, Tânia Genta, outros cinco hospitais de pequeno porte se atestaram em Boas Práticas pelo PAS, no entanto, a Santa Casa de Maringá é considerada o
primeiro hospital de grande porte no Paraná a receber o atestado, pois além da produção de
Outros cinco hospitais de pequeno porte se atestaram em Boas Práticas pelo PAS, no entanto, a Santa Casa de Maringá é considerada o primeiro hospital de grande porte no Paraná a receber o atestado Tânia Genta / Consultora SENAC refeições na cozinha geral também se atestou em BP na manipulação e distribuição
de alimentos no lactário (fórmulas infantis e leite humano ordenhado pasteurizado) bem como na manipulação e administração de Nutrição Enteral (NE). Para o superintendente da Santa Casa, José Pererira, essa certificação recebida pela Santa Casa engrandece a Instituição e os deixa muito orgulhosos de um serviço que realmente é uma referência. “As exigências são muito grandes e de difícil adequação, entretanto, com empenho de toda nossa equipe e visando o bem estar de nossos pacientes, funcionários e médicos, conseguimos vencer todas as etapas e, finalmente, receber esse certificado. É uma recompensa a todos que se empenharam nesse trabalho, e uma gratificação podermos garantir essa qualidade nos alimentos que servimos”, finaliza.
Revista Humanização / 33
MATÉRIA /
UTI no Mundo e na Santa Casa de Maringá
A HISTÓRIA DA UTI NO MUNDO E NA SANTA CASA DE MARINGÁ Foto: Arquivo Santa Casa
“Considerando a grande importância de uma Unidade de Terapia Intensiva para o tratamento de pacientes graves, a Santa Casa vem investindo em tecnologia para dar maior qualidade à sua UTI”
UTI na década de 90
Histórico- Como surgiu a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) A Unidade de Terapia Intensiva foi idealizada como Unidade de Monitoração de paciente grave através da enfermeira Florence Nightingale, em 1854 na Guerra da Criméia. Em condições precárias, havia alta mortalidade entre os soldados hospitalizados, atingindo 40% de óbitos. Florence e mais 38 voluntárias partiram para os Campos de Scurati, incorporandose ao atendimento. Como resultado, a taxa de óbito cai para 2%. Respeitada e adorada, Florence torna-se importante figura de
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2009 – Santa Casa Inaugura nova UTI Por contar com um importante serviço de urgência e emergência,
Foto: Massao
Histórico - Como surgiu a UTI (Unidade de Terapia Intensiva)
decisão, sendo referência entre os combatentes. Em 1962, o austríaco Peter Safar, primeiro médico intensivista,
estabelece a primeira UTI cirúrgica, na cidade de Baltimore (EUA). Ainda em 62, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de “medicina de apoio crítico. No Brasil, a primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nasceu em 1971, com um grupo de médicos composto por cirurgiões gerais, sentiu a necessidade de organizar um local ao paciente grave. Na Santa Casa de Maringá a história da UTI começa no ano de 1986, inicialmente com 6 leitos, sendo aumentada posteriormente para12 leitos, estrutura essa, que permaneceu até o ano de 2008.
UTI nos dias de hoje
Foto: Bulla Jr.
Estrutura da UTI hoje
rígido controle nas culturas, através de acompanhamento da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Segundo o intensivista e médico chefe da UTI há quase 20 anos, Foto: Massao
referenciada em ortopedia, traumatologia, neurologia e neurocirurgia, houve a necessidade de ampliar o número de leitos de UTI, e de melhorar a estrutura e hotelaria, tornando o ambiente mais confortável e humanizado para receber os pacientes. Dessa forma, em 2009 a nova unidade foi inaugurada, ampliando sua capacidade para 24 leitos. A equipe da UTI é formada por 20 médicos plantonistas, 9 enfermeiros, 50 técnicos de enfermagem e coordenada por chefias médica e de enfermagem. Um grande diferencial da UTI da Santa Casa é o trabalho alinhado de uma equipe multidisciplinar em pleno desenvolvimento no atendimento ao paciente e seus familiares. Serviços de psicologia, assistência social, nutrição, fonoaudiologia, e destaque para o serviço de fisioterapia, sendo o único na cidade de Maringá pronto para atender em três turnos. O hospital conta também com
Dr. Sérgio Frigério
Dr. Sérgio Frigério, a Santa Casa possui equipamentos para suprir as necessidades de todos os leitos e está pronta para atender
todos os tipos de doenças. “Em decorrência do alto índice de acidentes de trânsito, quedas de altura e mergulho em água rasa, o doente politraumatizado, atendido pela equipe de neurologia e neurocirurgia, ocupa grande parte dos leitos disponíveis”, relata o médico. A coordenadora de enfermagem Denise Haerter, enfermeira na UTI há 19 anos, ressalta que um diferencial da Santa Casa é o acolhimento às famílias e no atendimento humanizado. Destaca ainda que o suporte é dado ao paciente e à família desde sua entrada na UTI, até a saída, seja na recuperação ou mesmo no óbito. “Os médicos prestam um atendimento diário com as famílias durante o horário de visitas, no qual são prestadas informações sobre a evolução do paciente, e quando necessário, psicóloga e assistente social também dão suporte às famílias”.
Revista Humanização / 35
RELATÓRIO 2011 / Diretoria
DIRETORIA Diretoria Geral
Sr. José Pereira
Diretor Presidente
Dr. Luís Antonio Pupulim
Irmão Mathias (José Valintin Lacerda)
Dra. Elisabete M. Kobayashi
Irmão Rafael (Carlos Roberto R. Carregosa)
Superintendente Administrativo
Gerente Médico
Vice-Presidente
Gerente Médica Técnica e de apoio multidisciplinar
Irmão Martinho (Zenóbio Araújo Galdino)
Assessoria Jurídica
Diretor Secretário
Irmão Orlando (Orlando Eurides Soubert)
Dra. Ana Cláudia P. Bandeira
Diretor Clínico
Dr. Marcelo Rezende
Diretor Tesoureiro
Presidência de Honra Dom Anuar Battisti Arcebispo de Maringá
Diretoria Executiva (Mesa Administrativa)
Irmão Rafael (Carlos Roberto R. Carregosa) Presidente da Mesa
38 / Revista Humanização
Conselho Fiscal
Benedita Lira de Barros Belotti Maria Aparecida B. Cardoso Alexandra Batista Sobrinho.
Suplentes
Silvio Luis Cordeiro Marcos Aparecido Andrade Claus Fernando G. Moreira (Ir. Lucas).
Revista Humanização / 39
IRMANDADE /
Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora
IRMANDADE No ano de 1971, o então Chanceler da Santa Casa e Arcebispo de Maringá, Dom Jaime Luiz Coelho, passou a administração da Santa Casa para a Congregação dos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora, que assumiram o compromisso de dar continuidade a obra, mantendo a filosofia caritativa e filantrópica. Os Irmãos da Misericórdia são religiosos e tem como carisma a Saúde. A Irmandade foi fundada ha 162 anos pelo bem-aventurado Irmão Pedro Friedhofen, em Trier na Alemanha, e hoje está presente em diversos países como Alemanha, Suiça, França, Itália, Malásia e Brasil.
40 / Revista Humanização
RELATÓRIO 2011 /
A Santa Casa
APRESENTAÇÃO
Foto: Bulla Jr.
Anualmente, a Santa Casa de Maringá presta conta de todas as suas atividades realizadas e serviços prestados durante o ano que passou. Em 2011, mais de 3 mil pessoas passaram diariamente pela Santa Casa, entre médicos, colaboradores, pacientes e visitantes. Para acompanhar, portanto, os procedimentos acima descritos, o relatório irá apresentar toda a execução dos serviços realizados para Maringá e toda região.
Revista Humanização / 41
Missão, Visão, Princípios e Diretrizes
Foto: Bulla Jr.
RELATÓRIO 2011 /
MISSÃO, VISÃO, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Missão: Promover a qualidade de vida para todos, através de atendimento cristão, humanizado e especializado na área de saúde, visando uma sociedade saudável.
Visão: Ser referência estadual como organização hospitalar, líder e moderna, destacando-se pela excelência de serviços em saúde.
Princípios e Diretrizes: 1 - Para nós o maior
4 - Somos agentes ativos na conquista e manutenção de clientes satisfeitos.
5 - Sempre prestamos atenção às tendências de mercado e asseguramos nossa soberania em relação à concorrência, seguindo padrões de qualificação e profissionalismo em todas as áreas de nossa atuação.
mandamento é: “Amar a Deus e ao próximo de todo o seu coração, como a si mesmo”.
6 - Nossa organização objetiva resultados positivos que são reinvestidos na manutenção e evolução do nosso negócio e da missão filantrópica.
2 - Trabalhamos em prol da qualidade de vida do nosso cliente interno e externo, seguindo o princípio de que o ser humano é imagem e semelhança de Deus.
7 - Resultados positivos e coletivos, embasados em valores cristãos, são considerados objetivos fundamentais para nossos colaboradores.
3 - Valorizamos a imagem de nossa empresa como seu maior patrimônio.
8 - Atraímos e mantemos os melhores profissionais do mercado com espírito empreendedor,
42 / Revista Humanização
liderança e comprometimento, reconhecendo e valorizando sua atuação.
9 - Nossa empresa busca, espera e valoriza o conhecimento e a participação de seus colaboradores, parceiros e clientes na qualificação dos serviços que oferece. 10 - Ao praticar a descentralização e a responsabilidade no planejamento e nas decisões, mobilizamos nossos talentos ao encontro dos objetivos da organização. 11 - Reconhecemos a importância da transparência na comunicação, gerenciando o seu processo em favor da qualidade do nosso trabalho. 12 - O zelo pelo nosso patrimônio e pelo ambiente de trabalho saudável objetiva a excelência na qualidade, sendo de responsabilidade de todos.
RELATÓRIO 2011 /
Patrimônio e Plano Diretor
PATRIMÔNIO Os investimentos e ampliações continuaram em franco desenvolvimento no ano de 2011. Foram grandes mudanças e readequações que deram continuidade ao conceito de hotelaria hospitalar. Sendo assim, uma forma da Santa Casa de Maringá mostrar a seus clientes que existe uma preocupação com seu conforto e bem-estar objetivando uma plena recuperação. A estrutura da Santa Casa oferece 225 leitos, divididos em
sete alas de internação, onde existe uma ala exclusiva para pacientes pediátricos e outra para as gestantes, a primeira já reformada no ano de 2010 e a segunda com reforma prevista para ser iniciada em 2012. Outras alas de internação já foram reformadas durante o ano, em especial o setor de hemodiálise, e as demais se encontram em processo de adequação aos novos padrões de hotelaria hospitalar. A Santa Casa de Maringá
também conta com Pronto Atendimento Adulto e Infantil 24h, Unidade de Terapia Intensiva Adulto, e Pediátrica e Neonatal, Serviço de Hemodiálise, Imagens com Tomografia, Ultrassonografia, Raios-X e Mamografia, Laboratório de Análises Clínicas, Quimioterapia, Endoscopia, um Centro de Especialidades Médicas e um Centro Médico para atendimento ambulatorial e Centro de Educação Infantil.
PLANO DIRETOR Obras realizadas em 2011: Reforma e ampliação do Serviço Social Reforma do Centro Cirúrgico Reforma da Ala São José (ala clínica) Reforma e ampliação do Serviço de Diálise Reforma e ampliação do Serviço de Laboratório de Análises Clínicas Reforma e ampliação do Serviço de Tecnologia da Informação Construção de Nova Cantina Obras previstas para 2012/2013: Reforma e ampliação da Ala Santa Ana (Maternidade) Reforma do Serviço de Imagens que compreende: Raios X Tomografia Computadorizada
Ultrassonografia Mamografia Ampliação do Serviço de Imagens para contemplar: Ressonância Magnética Hemodinâmica Implantação do Serviço de Câmara Hiperbárica Reforma e ampliação da Subestação de Energia Elétrica Adequação de novo espaço para o Centro Integrado de Administração – CIA Nova reforma e ampliação do Serviço de Laboratório de Análises Clínicas Reforma e ampliação do Departamento de Recursos Humanos Reforma e ampliação do Serviço de Quimioterapia.
Revista Humanização / 43
RELATÓRIO 2011 /
Desempenho Hospitalar
DESEMPENHO HOSPITALAR INTERNAÇÕES POR ESPECIALIDADE ESPECIALIDADE
2011
ESPECIALIDADE
2011
2
Hematologia
109
Angiologia / Cirurgia Vascular
306
Infectologia
9
Cardiologia
153
Mastologia
34
Cirurgia Buco Maxilo Facial
55
Nefrologia
507
Cirurgia Cardíaca
2
Nefrologia Pediatrica
47
Cirurgia Cardiovascular
1
Neurocirurgia
860
Alergia e Imunologia
Cirurgia de Cabeça e Pescoço
93
Neuropediatria
Cirurgia Geral
693
Neurologia Clínica
518
Cirurgia Pediátrica
557
Oftamologia
10
Cirurgia Plástica
180
Oncologia
67
Cirurgia Torácica
57
Ortopedia / Traumatologia
Clínica Geral
663
Otorrinolaringologia
4
2.752 585 1.668
Clínica Médica
1.199
Dermatologia
4
Pneumologia
408
Endocrinologia
8
Pneumologia Pediátrica
49
Psiquiatria
37
Reumatologia
13
Urologia
417
Gastroenterologia Geriatria Ginecologia e Obstetrícia
Total
44 / Revista Humanização
828 8 5.273
Pediatria
18.176
INTERNAÇÕES DE ACORDO COM PROCEDÊNCIA Maringá
12.559
69.10%
15ª Regional de Saúde
4.747
26.12%
Outras Cidades - PR
760
4.18%
Outros Estados
110
0.61%
18.176
100%
To ta l
NASCIDOS EM MARINGÁ E NA SANTA CASA Outros Hospitáis Mgá.
Nascimentos
Santa Casa
*Fonte: Sec. Municipal de Saúde
Total
Anuall
2960
3761
6721
Média Mensal
246,67
313,42
560,08
%
44,04%
55,96%
100,00%
ATENDIMENTO AMBULATORIAL E DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MÉDIA MENSAL
Total 2011
PA - Pronto Atendimento Adulto
4.584
55.012
PA I - Pronto Atendimento Infantil
2.729
32.748
Centro de Especialidades Médicas
3.781
45.373
Centro Médico II
677
8.128
Quimioterapia
18
221
1.749
20.991
Hemodiálise (sessões)
SERVIÇOS Total 2011 Movimentação Geral das Internações
18.176
Média Mensal de Pacientes Internados
1.515
Média de Permanencia Geral do Hospital (Dias)
3,93
Atendimento Ambulatorial
130.258
Serviços Auxiliares de diagnóstico e tratamento (SADT)
445.091
Revista Humanização / 45
RELATÓRIO 2011 /
Equipe Multidisciplinar
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR Os profissionais da saúde na Santa Casa trabalham em conjunto com a equipe médica e de enfermagem, no objetivo de aliar o conhecimento de cada um para uma plena recuperação do paciente.
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH):
Psicologia O Serviço de Psicologia da Santa Casa faz o acompanhamento de pacientes e familiares. A terapia acontece em grupo ou individual e é oferecido segundo prescrição médica. Foram 3201 pacientes atendidos em 2011.
Fisioterapia O Serviço de Reabilitação Fisioterapêutica da Santa Casa de Maringá já é referência no Estado do Paraná. É realizado um importante trabalho nas Unidades de Terapia Intensiva, além do constante incentivo à pesquisa por meio de Jornadas de Fisioterapia e o curso de Pós- graduação em Fisioterapia Intensiva e Clínica Médica. Os fisioterapeutas da Santa Casa estão capacitados para atender casos de alta complexidade, com destaque para a jornada de trabalho, sendo a
Foto: DV Studio Fotográfico
Aconteceram em 2011 várias ações dentro do hospital com campanhas educativas e de cunho comunitária, além de atuar ostensivamente no controle de infecção hospitalar. Foi estabelecida
também uma campanha contínua para a Lavagem das Mãos, chamando a atenção de médicos, profissionais da enfermagem, colaboradores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
Equipe multidisciplinar reunida em espaço na Santa Casa
46 / Revista Humanização
Santa Casa, o único hospital da cidade a contar com fisioterapeutas atendendo em três turnos. No ano de 2011 foram realizadas 73.416 sessões pela equipe.
Terapia Ocupacional 1.800 pacientes passaram pelo tratamento. O foco deste serviço está em aliviar o estresse dessas pessoas, gerados na maioria das vezes, pelo fato de estarem parados, pela quebra da rotina ou pelos tratamentos que as vezes são dolorosos. Em alguns casos somente o fato do paciente estar hospitalizado gera ansiedade e por esse motivo é preciso que exista esse apoio. Por meio da arte terapia, da música, jogos, palestras, relaxamento, os pacientes conseguem se tranquilizar e contribuir para a melhora do tratamento.
Serviço Social Dentre as funções desempenhadas pelo Serviço Social estão o acolhimento familiar em casos de doentes terminais ou em óbito; participação nas discussões e elaboração de documentação, dos comitês de prevenção de morte materna e mortalidade infantil; encaminhamento social de pacientes que necessitam de apoio (CRAS e outros) e de documentação necessária para a solicitação de OPM; orientação e encaminhamento de pacientes para a solicitação de benefícios; triagem e acompanhamento de pacientes ou familiares em casos emergenciais; notificação aos órgãos competentes (Conselho Tutelar, Promotorias e outros) nos casos de risco social; agendamento de exames externos para pacientes internados; agilização de alta hospitalar de pacientes em condição de risco social; transferências de pacientes para outros centros ou serviços de saúde; localização de
familiares de pacientes trazidos pelo SIATE/SAMU; localização de documentação de paciente e contra referência de pacientes para acompanhamento pós-alta. Em 2011, o serviço completou 20 anos e totalizou mais de 4 mil atendimentos.
Fonoaudiologia O serviço atua com o teste da orelhinha em todos os nascidos na Santa Casa de Maringá e ampliando a sua atuação em alguns setores dentro do hospital. Com a obrigatoriedade da orientação intra hospitalar e incentivo à amamentação, atualmente este serviço coordena a equipe na maternidade sobre a questão do aleitamento materno.
Conheça os programas que são desenvolvidos pela equipe multidisciplinar Humãenizando:
limpeza de pele, manicure, pedicure, dicas de beleza e nutrição. Em eventos especiais, as colaboradoras também são atendidas.
Brinquedoteca: O trabalho é desenvolvido na pediatria da Santa Casa. O objetivo é utilizar o lúdico para amenizar o estresse gerado na criança em decorrência da internação.
Humanização na Diálise: Voluntários de Psicologia acompanham pacientes e familiares no setor, três vezes por semana.
GTH: Este grupo reúne colaboradores de diversos setores com o intuito de valorizar a dimensão humana do trabalho.
Projeto Cuidar Mais Para o Sistema Único de Saúde (SUS):
Humaniza Hair:
O paciente recebe atendimento de toda a equipe (Medicina, Enfermagem, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Fonoaudiologia). Na primeira etapa o paciente é avaliado para que sejam detectadas todas as suas necessidades. Além disso, todos os dias pela manhã a equipe se reúne e troca informações sobre os casos para que toda a informação esteja integrada. Após a alta hospitalar, o paciente continua sendo assistido pelo hospital por meio do serviço social que acompanha o mesmo durante um tempo para a certificação da eficácia do tratamento.
Um espaço alegre e confortável foi preparado para cuidar da autoestima das pacientes internadas. Profissionais voluntários da cidade atendem em especial as mãezinhas internadas e proporcionam cortes de cabelo, escova, maquiagem,
Projeto iniciado em 2011, no qual psicologia e terapia ocupacional se aliam no trabalho de orientação aos acompanhantes dos pacientes.
Atendimento por meio dos serviços de psicologia e terapia ocupacional para as gestantes, com dinâmicas que estimulam a comunicação e tem efeitos diretos na melhora da auto-estima das futuras mamães da Santa Casa.
Humanização na UTI Adulto e Pediátrica: Acompanhamento ao paciente internado nas Unidades de Terapia Intensiva, e também ao familiar. Na UTI Neonatal e Pediátrica existe um trabalho com as mães de prematuros com o apoio da psicologia e terapia ocupacional.
Cuidando do Cuidador:
Revista Humanização / 47
RELATÓRIO 2011 /
Corpo Clínico
CORPO CLÍNICO A Santa Casa conta com uma equipe de mais de 300 médicos atendendo nas mais diversas especialidades: Infectologia Mastologia Nefrologia Neonatologia Neurocirurgia Neurocirurgia Pediátrica Neurocirurgia Funcional Neurocirurgia Endovascular Neurologia Neurofisiologia Neurologia Pediátrica Obstetrícia Oftalmologia Oncologia Cirúrgica Oncologia Clínica Ortopedia e Traumatologia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Pneumologia Pediátrica Proctologia Psiquiatria Reumatologia Urologia
Foto: Bulla Jr.
Alergologia Anestesiologia Angiologia Buco Maxilo Facial Cardiologia Cardiologia Pediátrica Cirurgia Cardíaca Cirurgia de Cabeça e Pescoço Cirurgia Geral Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Cirurgia Torácica Cirurgia Vascular Clínica Médica Dermatologia Dor Endocrinologia Endocrinologia Pediátrica Gastroenterologia Geriatria/ Gerontologia Ginecologia Hematologia Hematologia Pediátrica Imunologia
48 / Revista Humanização
Médico Hospitalista
O conceito de atendimento Médico Hospitalista deixou a Santa Casa em destaque no Estado do Paraná e trouxe para a relação médicos, hospital, pacientes e familiares mais um forte elo de respeito e confiança. Essa novidade começou em 2010 e está em pleno desenvolvimento. O médico hospitalista une a sólida formação médica ao conhecimento dos processos administrativos vinculados à internação hospitalar. Esta formação confere ao profissional, visão e postura diferenciadas frente ao paciente hospitalizado,
o que lhe permite atingir os alvos próprios da especialidade: excelência na assistência médica; promoção sistemática da segurança do paciente internado; aplicação de uma medicina baseada em evidências por meio de adesão plena aos protocolos assistenciais; e redução dos custos referentes à internação hospitalar ao limitar gastos e riscos desnecessários e ao promover a desospitalização precoce. Na Santa Casa os hospitalistas atuam em diversas especialidades. São profissionais que estão à disposição da equipe médica para diversas intercorrências.
Residência Médica
Certificada pelo Ministério da Educação (MEC), a Santa Casa de Maringá oferece Residência Médica na especialidade de Ginecologia e Obstetrícia e Clínica Médica. Em 2009 foi lançado pelo Governo Federal o Programa de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em áreas Estratégicas (Pró-Residência), financia bolsas destinadas aos profissionais médicos selecionados em programas de Residência em diversas especialidades em regiões prioritárias do SUS. O programa já autorizou o pagamento de 1.798 bolsas, sendo 70% delas distribuídas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. As bolsas são financiadas pelo Governo Federal, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o MEC. A Santa Casa apresentou projeto junto ao MEC no Edital de novembro/2011 no qual foram aprovadas todas as vagas solicitadas: 02 bolsas para Residência em Clínica Médica e 01 para Residência em Ginecologia e Obstetrícia, e os residentes iniciaram em março de 2012. Para o futuro, a Santa Casa já tem projetos de residências médicas em outras especialidades.
Revista Humanização / 49
RELATÓRIO 2011 /
Eventos e Promoções de 2011
EVENTOS E PROMOÇÕES DE 2011 DIA DO CONSUMIDOR
Pelo terceiro ano consecutivo a Santa Casa de Maringá participou do Dia do Consumidor. O evento é promovido pelo Sivamar (Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá) e aconteceu no dia 12 de março, na Praça Raposo Tavares. Foram realizados exames de glicemia capilar, cálculo do índice de massa corpórea e aferimento de pressão arterial para toda a população.
SEMANA MUNDIAL DO RIM
SEMANDA DE ENFERMAGEM
Em 2011, a Semana de Enfermagem proporcionou um evento diferenciado para os profissionais da Enfermagem, a 1ª Feira de Saúde e Beleza. Serviços de beleza, estética, nutrição e fisioterapia foram oferecidos durante três dias, em espaço montado para atender as colaboradoras.
FESTA DO TRABALHADOR
No dia 1º de maio, na Associação dos Funcionários da Santa Casa (AFUSCAMM), a tradicional festa reuniu mais de 1.500 pessoas, para um delicioso churrasco, com muita diversão e sorteio de prêmios para os colaboradores e seus familiares.
IV JORNADA DE FISIOTERAPIA Ergonomia e qualidade de vida do trabalhador, Hidroterapia na UTI neonatal e Nintendo Wii e Plataforma Vibratória no ambiente hospitalar, foram apenas alguns dos temas das palestras apresentadas na 4ª edição da Jornada de Fisioterapia da Santa Casa de Maringá. O evento que contou com mais de 100 participantes e já é referência na cidade para os profissionais da área, aconteceu no anfiteatro do hospital, nos dias 20 e 21 de maio e reuniu fisioterapeutas e acadêmicos de Maringá e região.
SEMANA DE ALEITAMENTO MATERNO A Campanha de incentivo ao Aleitamento Materno da cidade
Foto: Arquivo Santa Casa
Na Semana do Rim 2011 foram preparadas diversas atividades para orientar e informar os participantes. A campanha aconteceu em março e contou com uma Palestra sobre as Doenças renais, sessão cinema e bingo com os pacientes da diálise e equipe, reunião com os pacientes transplantados, e encerramento
com uma campanha para a população em geral.
50 / Revista Humanização
FESTAS DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Foto: Arquivo Santa Casa
A escola promoveu diferentes atividades nas festas temáticas: Páscoa, Festa Junina, Dia das Crianças, Piquenique, Festa da Família e Comemoração Natalina. Além disso, as crianças e professores prepararam atividades especiais para o Dia das Mães e Dia dos Pais.
SEMANA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
de Maringá começou no dia 01 de agosto e neste ano a Santa Casa de Maringá esteve mais uma vez presente no evento para esclarecer dúvidas e orientar as mulheres sobre a amamentação. As gestantes e mães do município de Maringá e região tiveram uma semana com atividades voltadas à promoção de grupos de apoio, distribuição de folders educativos e orientação nas Unidades Básicas de Saúde. Como no ano anterior, na Santa Casa de Maringá, toda a equipe que trabalha com o aleitamento materno recebeu treinamentos.
25ª SIPAT
Em 2011, a 25ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) trouxe temas relacionados a Resíduos e Nutrição, HIV/DST, Stress Ocupacional e Acupuntura, Segurança no Trânsito e foi encerrada com um animado Show de Talentos.
2º Torneio de Futebol Suíço e 1° Campeonato de Futsal da AFUSCAMM
No dia 07 de setembro de 2011 aconteceu o 2º Torneio de Futebol Suíço da Associação dos
Funcionários da Santa Casa de Maringá. A competição aconteceu na sede da associação e contou com a participação de seis equipes. Os campeões de 2011 foram Os Incríveis, equipe formada pelos colaboradores Diretoria / Marketing / R.H. / SESMT. O 1° Campeonato de Futsal teve início no dia do trabalhador e os campeões foram novamente “Os Incríveis” numa brilhante final que aconteceu no dia 22/06.
FESTA DA PRIMAVERA
Organizada pela equipe de enfermagem, a Semana de Conscientização e Incentivo à Doação de Órgãos aconteceu no dia 27 de setembro e contou com a participação de dezenas de colaboradores, que durante a semana, trabalharam com uma camiseta temática, chamando a atenção de visitantes, clientes, pacientes e familiares para a doação de órgãos.
DiadoEncontro
O Serviço de Diálise da Santa Casa de Maringá realizou no dia 12 de setembro, a 3ª Festa da Primavera para os pacientes renais crônicos. A festa aconteceu na Associação dos Funcionários da Santa Casa de Maringá a partir das 11h. Mais de 150 pessoas, entre pacientes, familiares e equipe da diálise participaram do evento, que contou com almoço especial do Serviço de Nutrição e Dietética, torneio de truco, bingo e sorteio de brindes.
1º DIA DO ENCONTRO Organizado pelos setores de enfermagem/quimioterapia e Comunicação e Marketing, o 1º Dia do Encontro, evento para os pacientes da Quimioterapia, foi realizado no dia 21 de outubro na Chácara Rainha da Paz. Os pacientes passaram uma tarde muito agradável com coffee break, palestras, orientações, músicas e dinâmicas.
Revista Humanização / 51
RELATÓRIO 2011 /
Recursos Humanos
RECURSOS HUMANOS A gestão de pessoas realizada na Santa Casa de Maringá foca-se na capacitação e valorização da equipe. Esse modelo gerencial alinha uma cadeia de benefícios onde os recursos humanos da instituição são reconhecidos e respeitados. Em 2011, o quadro de funcionários da Santa Casa cresceu e hoje contamos com 1106 colaboradores.
PERFIL DOS COLABORADORES Mulheres Homens Pessoas acima de 45 anos Portadores de necessidades especiais Jovem aprendiz
851 255 123 56 22
ESTRUTURA FUNCIONAL POR ESCOLARIDADE Superior e pós Ensino Médio Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Fundamental Incompleto
ESTRUTURA FUNCIONAL POR TEMPO DE CASA 0 - 2 anos + 2 - 4 anos + 4 - 10 anos + 10 - 15 anos + 15 anos 52 / Revista Humanização
499 250 260 55 42
148 796 41 73 48
18 - 21 anos 21 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos + 60 anos
62 170 249 373 205 44 03
Foto: Bulla Jr.
ESTRUTURA FUNCIONAL POR FAIXA ETÁRIA
Revista Humanização / 53
RELATÓRIO 2011 /
Segurança no Trabalho
SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) A prevenção é a melhor forma de evitar que acidentes de trabalho aconteçam. Para trabalhar esse aspecto o SESMT e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA) realizam treinamentos que visam a conscientização. O SESMT também realizou treinamentos sobre Brigada de Incêndio, Ergonomia, Curso para novos Cipeiros, Risco Químico, Riscos Ocupacionais, Ordem e Limpeza, Manutenção de Máquinas, Treinamento sobre NR-32 e Segurança no Trabalho. Os números comprovam o quanto a conscientização por meio de treinamentos é efetiva. No ano de 2011 os índices de acidentes de trabalho continuaram com uma significativa redução.
54 / Revista Humanização
RELATÓRIO 2011 /
Comissões Intra-hospitalares
COMISSÕES INTRA-HOSPITALARES EXISTENTES • Comissão de Controle de Infecção hospitalar – CCIH • Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA • Comissão Permanente de Avaliação de Prontuários e Documentos/ Comissão de Óbitos • Comissão de Ética Médica • Comissão de Morte Materna • Comissão de Mortalidade Infantil • Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional – EMTN • Comissão de Padronização de Medicamentos • Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes - CIHDOTT • Equipe Multidisciplinar de Terapia Antineoplásica – EMTA • Comissão Interna de Gerenciamento de Resíduos • Comitê Transfusional Multidisciplinar • Comissão de Risco • Comitê de Aleitamento Materno • Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) • Comissão – Câmara Técnica • Comissão de Gerenciamento de Obras • Comissão Administrativa (normativas) • Escola Corporativa • Colegiado – HOSPSUS • Comissão de Licitação
Revista Humanização / 55
Tivesse eu sentido em espírito algum outro tipo de vocação, o que teria se passado? Não sei. Aquele que tem uma missão deve receber a graça e, se receber tal graça é porque a luz de Deus está em tal missão. Beato Pedro Friedhofen 56 / Revista Humanização