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editorial “Passa-se, muitas vezes, pela vida para se conquistar algo. Luta-se desesperadamente por algumas coisas: umas mais fáceis, outras mais difíceis. Todas, enfim, com um único objetivo: o da conquista. Mas o erro está em pensar que se pode conquistar algo só para si. Aí não haveria mérito em nossa luta. Quando conquistamos a paz é com o objetivo de ver todos ao nosso redor felizes. Quando conquistamos uma família também há o objetivo de ver nossos filhos felizes, encaminhados. Quando conquistamos amigos, queremos tê-los por perto em nossos bons e maus momentos. Enfim, passamos nossa vida correndo, correndo... Vamos em busca de algo só para nós: o nosso amor. Mas não podemos sufocá-lo com ciúmes, com insegurança, responsáveis, na maioria das vezes, pelo fim desta conquista.
Ao conquistarmos nossos bens materiais, temos que aprender que isso não muda nossa posição frente ao nosso irmão que ainda não os tem. Caberá estenderlhes a mão no sentido de terem suas chances, e realizarem suas conquistas. Não podemos querer conquistar o mundo, pois este deve ser dividido em igualdade entre todos. Não podemos conquistar Deus só para nós. A partir do instante em que temos Nosso Pai em nosso peito, devemos levar este sentimento àqueles que ainda não O conhecem. Nossa passagem por este mundo de expiações requer trabalho, dignidade, amor, compreensão, paciência, caridade… E quando, enfim, formos conquistados pela Senhora Morte, que ninguém conquiste nossa memória. Ela, então, será sempre lembrada… Assim, penso eu, deve ser o verdadeiro conquistador!” Paulo Nunes Junior
Determinação: muitas vezes esse é o ponto chave para conquistarmos tudo aquilo que sonhamos. Mostramos em nossas entrevistas pessoas que provam que tudo o que desejamos depende apenas da nossa força de vontade e intensidade de desejo. Querer sempre mais faz parte da nossa vida. Almejamos sempre o melhor de tudo o que fazemos, e, mesmo que seja difícil, não podemos desistir ou nos abater quando não há sucesso logo de cara. Nesta edição, fica claro que, apesar das dificuldades cotidianas, é graças a elas que muitas vezes encontramos combustível para seguir em frente e lutar. 18º edição da Revista Studio Box no Brasil - agora ela já é maior de idade, e certamente está escrevendo sua história, assim como Claudia Viana, nossa entrevistada desta edição. Este número é muito especial - sei que sempre digo que cada edição é especial, mas é que cada uma é um degrau que subimos, podendo, assim, visualizar melhor o futuro. Claudia Viana abriu todas as gavetinhas do seu coração e de sua vida para nós e, em meio a lágrimas e risos, contou tudo aquilo que faz cada momento e cada conquista únicos nesse universo agitado que vivemos. Boa Leitura, Maycow Montemor
Na edição anterior... Vimos que nem tudo que reluz é ouro. Luiz Alca de Sant’Anna, nosso último entrevistado, mostrou as várias facetas da vida em sociedade, e como podemos e devemos viver em vários mundos. Alca não é apenas um colunista, nem apenas um comportamentalista; ele é gente, como todos nós, e gente também se questiona e vive entre cruzes e espadas para poder viver bem e em paz. Foi uma honra tê-lo conosco, Luiz. Muito obrigado pelo carinho.
Pág. 46 Entrevista exclusiva com Claudia Viana “Até os tombos eu agradeço, porque caí e aprendi”
Solidão pag. 15
Terapia de regressão - Soltando as amarras para ser feliz pag. 56
Alimentos orgânicos - Você longe de substâncias químicas pag. 17
BOBSTORE - Elegância e conforto pag. 58
Hubert de Givenchy - Moda e cinema de mãos dadas pag. 20
O clima do Rio pertinho de você! pag. 60
Instituto Arte no Dique Utilizando cultura e arte para transformar vidas pag. 22
Editorial de Moda - Praiamar Summer Show 2010 collection pag. 63
Cruzeiro temático Atmosfera diferenciada para os turistas pag. 26 Índia - Mistérios que encantam os turistas pag. 29 Fernanda Trindade - Satisfação e prazer em criar pag. 34 Relicário - Livre, leve e solta! pag. 39 Carina Fontes - Felicidade é fazer aquilo que se gosta! pag. 40 Garantias e certezas, ou nenhuma das alternativas pag. 42 Vale a pena ver de novo pag. 44 O Solista Uma história real sobre amizade e amor à música pag. 55
Brincadeira ou jogo sério? pag. 73 House & Fashion - Um ano de conquistas e sucesso pag. 77 Boa noite, boa forma! pag. 81 Kia Soul - Um carro que tem alma até no nome! pag. 85 Arquitetura funcional - por Mario Quintana pag. 87 Culinária mineira - Pão de queijo de corte pag. 88 eu vou com Carina Mendes Arias pag. 90 Coluna Social pag. 92 Expectativas pag. 98
Expediente Esta é uma publicação da M. Montemor Editora com todos os direitos reservados. Diretor l Maycow Montemor | Jornalismo l Érika Pereira (MTB 56.586) l Consultora Jurídica l Flávia Barile Gerente Administrativa | Leya Santana | Gerente Comercial | Clélia Garcia Fotografia l Márcia Rocha l Tratamento de imagem l Mirta Rocha Pasquato Gerente de Publicação l Larissa Crantschaninov l Criação e Desenvolvimento de Artes l Alessandra Robim Colaboradores l Murillo Valverde * Leny Almeida * Renata Pierry * Beth Teani * Carina Mendes Arias * Márcia Atik Capa l Márcia Rocha (Fotografia) l Mirta Rocha Pasquato (Criação) | Lia Martins (make-up) Distribuição segmentada | Tiragem 15.000 exemplares | Gráfica Arvatto Print - Bertelsmann
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crônica
Solidão
Por Leny Almeida lenyalmeidahl@hotmail.com
É um caos. Sempre que uma amiga sai de uma relação, as reclamações são as de sempre. “E agora? Por quanto tempo vou ficar sem um namorado?”. Não suportam pensar na ideia, pois os medos aparecem, as frustrações surgem, os complexos e tantas outras mazelas tomam conta do dia-a-dia dessas mulheres. E eu tenho que escutar, contemporizar e acalmar os ânimos, mostrando como são inteligentes, bonitas e desejadas.
O que tenho observado, além da angústia da solidão de não estar acompanhada, é a dificuldade de ficar consigo mesma. De usar aquele tempo que costumamos pedir quando a relação está em crise, e usar esse tempo para olhar no próprio espelho, o da alma, que necessita de revisão, introspecção e quietude para fazer uma escolha nos moldes convencionais, aqueles de querer um parceiro, um companheiro, um ombro amigo, alguém que faça gentilezas e tenha reciprocidade.
Já vi reações do tipo: “Será que esses atributos são suficientes para atrair um namorado?”; “Ser inteligente é motivo para estar acompanhada? Então nenhuma intelectual ficaria sem marido ou coisa do tipo”. Meus ouvidos são agredidos com tantas explicações sem nexo! Crises dessa ordem me deixam preocupada com o fato de, em muitos casos, essas amigas não conseguirem dar um tempo entre uma relação e outra. Emendam uma história antes mesmo de tirar o luto, encarar a tristeza, rever as causas desses rompimentos. Observar comportamentos a dois, avaliar os pequenos gestos ou a falta deles.
Às vezes penso que as relações não se rompem por grandes diferenças ou atitudes bruscas. O problema é a falta dos pequenos detalhes, dos pequenos mimos, das conversas, da complacência e da compaixão pelos defeitos do outro. Afinal, que não os tem?
As perguntas costumeiras aparecem. Por que nossas mães eram mais felizes, por que elas conseguiam manter uma relação a dois por tanto tempo? Submissão, supervalorização do outro, dependência emocional e material, preconceito de não casar e arrastar a condição de solteirona. Ai meu Deus, vá entender a alma feminina! Ora esbraveja que a liberdade é condição imprescindível para guiar a sua vida, ora se chateia de estar só!
E o grande defeito que sinto nessa questão é a nossa impaciência de esperar a hora certa de um grande encontro, usar nossos sentidos mais íntimos e distinguir que alguém inesperadamente aparece e é o amor. E a falta da vivência daquele tempo em que a solidão trouxe lágrimas, inseguranças, viveu o luto, e reconstruiu um novo padrão de autoamor, permitiu e, principalmente, esperou alguém, um amor igual. O amor que todas desejamos, mesmo sendo independentes, inteligentes, autossuficientes. Queremos mesmo é a bandeira da vida a dois, da estrada de mão dupla, dos prazeres com o outro, do diaa-dia e dos pares. Xô solidão! Que bom! Estou comigo, estou com alguém especial... E sempre é tempo de ser feliz.
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bem-estar
Alimentos orgânicos
Você longe de substâncias químicas
Mais saborosos, mais nutritivos, melhores para o meio
ambiente e livres de substâncias químicas. Essas são algumas das características e benefícios dos alimentos orgânicos. Mas o que são alimentos orgânicos? Cultivados sem agrotóxicos e fertilizantes químicos, os alimentos orgânicos são mais ricos em nutrientes em relação aos convencionais, e conservam suas propriedades naturais, valorizando o sabor da comida. Já no cultivo dos alimentos convencionais, ocorre o uso de pesticidas e fertilizantes, possibilitando o aparecimento de doenças como alergias e até câncer. Segundo Simone Farias, proprietária do Empório Maria Luiza, pesquisas recentes mostram que o fator mais positivo dos alimentos orgânicos é a preservação de seus valores nutricionais. “Isso os deixa na ‘pole position’ da alimentação saudável e, consequentemente, da qualidade de vida”, comenta. Mais que um produto sem química, os alimentos orgânicos são o resultado de um sistema de produção agrícola que prioriza a qualidade do solo e da água, além de dar uma atenção especial às plantas e animais. Assim, quem opta pelo consumo dos orgânicos colabora ainda com o meio ambiente. Além das diferenças nutricionais entre os dois tipos de alimentos, há também o fator preço. A maneira diferenciada de produção exige esforço dobrado dos agricultores e mais mão de obra, acarretando em preços maiores. Simone acredita que o valor mais elevado também está ligado ao fato de a produção e o consumo ainda serem restritos, não só no Brasil, mas no mundo todo.
Produção e Consumo O Brasil está na 34ª posição no ranking mundial dos países que exportam produtos orgânicos. Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo são os locais onde é encontrada quase 70% da produção do país. Mas quando o assunto é consumo, os números caem. Estima-se que menos de 1% da população brasileira opta pelos orgânicos na hora da compra, pois eles são, em média, 20% mais caros que os convencionais. Mas especialistas dizem que a tendência é que os preços caiam, devido ao aumento no consumo desses alimentos nos últimos anos. Simone Farias acredita que, no futuro, o consumo dos orgânicos pode significar menos doenças e uma vida mais equilibrada e saudável. “Temos uma parcela muito grande de idosos e crianças na nossa clientela. São pessoas que querem consumir qualidade, e, cada vez que experimentam um produto orgânico, percebem a diferença em relação ao convencional”. Garantia de qualidade A produção dos alimentos orgânicos é inspecionada por associações de agricultores, que assinam selos que garantem ao consumidor que o produto é realmente orgânico. O selo de certificação garante a qualidade nutricional, e é um símbolo de que foram utilizadas na produção técnicas que priorizam a preservação do meio ambiente.
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personalidades
Hubert de Givenchy
Moda e cinema de mãos dadas Quem não se lembra da memorável cena do filme “Bonequinha de Luxo”, na qual a atriz Audrey Hepburn caminha elegantemente pela Quinta Avenida, com um vestido preto impecável? Esse pretinho nada básico foi criado pelo estilista francês Hubert de Givenchy, conhecido ao redor do mundo por realizar um trabalho que traduz muito charme e elegância. Hubert de Givenchy nasceu em 1927, em Beauvais, cidade do norte da França, e começou a se aventurar precocemente no mundo da moda. Os pais de Givenchy desejavam que ele seguisse a carreira de advogado. Mas o universo da alta costura despertou a paixão do garotinho quando tinha ainda 10 anos, ao assistir uma exposição de figurinos de famosos estilistas. Sete anos mais tarde, seguiu para Paris com seus desenhos e, em 1952, aos 25 anos, abriu sua loja, a Maison Givenchy, sendo seu talento reconhecido rapidamente. Não demorou muito para que o estilista apresentasse sua primeira coleção. Nela, uma blusa, que ganhou o nome de “Bettina”, em homenagem à modelo Bettina Graziani. Considerada uma de suas criações de maior sucesso, apresentava babados nas mangas e uma gola larga. Logo, Hubert de Givenchy garantiu seu lugar ao sol, e suas peças ficaram conhecidas pelo estilo refinado. A década de 50 ainda reservava bons acontecimentos para Givenchy. Foi quando, em 1953, a atriz Audrey Hepburn cruzou o caminho do estilista, projetando-o para as telas do cinema. Suas roupas passaram a ser utilizadas pela atriz, nos filmes “Sabrina”, de 1954; “Cinderela em Paris”, de 1957; e o inigualável “Bonequinha de Luxo”, de 1961. Essa parceria foi tão positiva que os dois tornaramse sinônimo de luxo e elegância. Audrey era a mulher para as criações de Givenchy. Certa vez, o estilista chegou a declarar: “Audrey Hepburn encarnou, para mim, um ideal feminino, por suas proporções e também por sua imagem”.
Por Érika Pereira
Em 2006, o vestido preto mais famoso da história do cinema foi doado por Givenchy ao escritor francês Dominique Lapierre, que o levou a leilão. A peça foi arrematada por US$ 850 mil e, com o dinheiro, o escritor ajudou crianças de Calcutá, vítimas da máfia da cidade. O estilista visionário não ficou restrito ao universo fashion. Givenchy criou também perfumes – primeiramente, algumas fragrâncias voltadas para o público feminino, passando, depois, a criar fragrâncias masculinas – e óculos, que imprimem toda a elegância da marca. O requintado estilista deu adeus às passarelas em 1995. Em seu lugar na Maison, ficou John Galliano, o britânico que, por três vezes, foi eleito o designer do ano pelo British Fashion Council. Um ano mais tarde, foi a vez de Alexander McQueen ocupar o trono. Em 2005, o italiano Riccardo Tisci chegou à Maison para tentar perpetuar a sofisticação de uma das grifes mais consagradas da alta costura. Os brasileiros também tiveram a oportunidade de conferir de perto as preciosidades de Hubert de Givenchy. O estilista esteve por aqui na década de 50, quando lançou uma coleção de algodão. Agora, há rumores de que ele aterrize novamente por terras tupiniquins no próximo ano, para participar da edição de verão do Rio Fashion 2010. É ver para crer! Você sabia? A boneca mais charmosa e mais vendida do mundo também deu o ar da graça com um vestido de Givenchy. Em 1998, em uma edição comemorativa e limitada, a Barbie foi vestida com o famoso vestido preto longo do filme “Bonequinha de Luxo”.
responsabilidade social
Instituto Arte no Dique
Imagem de divulgação
Utilizando cultura e arte para transformar vidas
Mais do que responsabilidade social, o Instituto Arte No Dique, organização não-governamental, vem transformando vidas e apontando novos caminhos e perspectivas para moradores de uma das regiões mais carentes de Santos, o Dique da Vila Gilda, localizado no bairro da Zona Noroeste.
Para isso, são utilizadas a arte e a cultura, ferramentas que contribuem para a valorização humana, e que despertam o talento que existe em cada um. No Instituto Arte no Dique, crianças e adolescentes têm a oportunidade de participar das oficinas de teatro, dança, moda, música, audiovisual, entre outras. Além de proporcionar o aprendizado por meio da arte, o Instituto, criado em 2002, em parceria com o Grupo Olodum, tem ainda como objetivo formar e descobrir novos talentos, valorizar a cultura local e desenvolver habilidades que possam contribuir para uma formação profissional. Para isso, são utilizadas técnicas nas quais cada integrante pode trabalhar aspectos pessoais e coletivos. Professores e alunos atuam sempre juntos, promovendo encontros para planejar todas as ações. O sucesso do projeto pode ser traduzido pela experiência de seus profissionais, que procuram oferecer aos alunos oficinas de qualidade, sempre buscando o apoio de órgãos públicos e privados. O projeto já atendeu mais de 500 pessoas, entre crianças, jovens e adultos,
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em cursos gratuitos de percussão, canto, violão, teatro, dança, desenho gráfico e artesanato. Banda Querô O samba reggae da Banda Querô vem espalhando alegria e ritmo pelo Brasil desde 2003. A banda foi o primeiro projeto que o Instituto formou quando iniciou suas atividades. Desde então, a Banda Querô vem conquistando seu espaço, principalmente depois de lançar, em 2007, seu primeiro CD, “A Arte no Dique”, com recursos da Lei Rouanet. O CD fez tanto sucesso que a Banda participou do carnaval de Salvador, recebendo elogios de Gilberto Gil. E quem pensa que os integrantes têm regalias, engana-se. Eles ensaiam todos os dias e, semanalmente, músicos experientes acompanham os ensaios e shows da banda. A Banda Querô também conquistou o mercado de eventos, com apresentações para instituições como Banco Real, BV Financiadora e Natura. Projetos Entre as oficinas que o Arte no Dique oferece, há aulas para os mais diversos gostos culturais. Um dos projetos é o Ecodique, no qual são ministradas aulas para os
moradores, que transformam materiais de reciclagem em peças de roupas e acessórios. Em dezembro de 2008, o grupo lançou a primeira coleção de camisetas com malhapet. As peças são estampadas com imagens do fotógrafo Araquém Alcântara. No ramo das Artes Cênicas, há O Refavela, grupo de teatro coordenado pelo diretor Renato Di Renzo, que, atualmente, prepara seu segundo espetáculo, o “Refavela – Refazendo o Sentido”, um musical baseado na trajetória e obra de Gilberto Gil. E para quem gosta de se aventurar pela sétima arte, há o núcleo de Audiovisual, que oferece oficinas de edição, finalização e fotografia. Recentemente, o projeto teve seu primeiro trabalho oficial, o curtametragem “Do Mangue à Fé”, dirigido por Talita Policiano. Há também um projeto na área de dança, o Ballet Maré, coordenado pela professora Sandra Alves. O grupo já se apresentou em diversas cidades da Baixada Santista, e está preparando um novo espetáculo. Composta por alunos das oficinas de percussão, a Querozinho trabalha com alunos com idade entre 5 e 14 anos. Os participantes ensaiam todos os dias, e se apresentam em eventos institucionais. Apoio – A Libra Terminais, um dos maiores operadores de contêineres do País, é a mantenedora do Instituto Arte no Dique. Desde seu surgimento, em 1995, a empresa colabora com projetos de assistência social, como o Instituto AKATU, Instituto Ethos, Instituto Neo Mama, entre outros. Faz parte da política da Libra apoiar projetos sociais, pois eles acreditam que esta é a real função de uma empresa cidadã: colaborar para o desenvolvimento da cultura e redução da desigualdade social. “Sempre há uma oportunidade para se aprender mais!” Talita Policiano dos Santos, de 22 anos, fala com alegria sobre sua experiência no Instituto Arte no Dique. Ela conheceu o projeto aos 13 anos de idade, por indicação de sua mãe. Talita conta que iniciou as atividades na percussão, mas percebeu que não tinha muita coordenação para tocar. Foi quando optou pelas aulas de teatro, para ver se deixava um pouco a timidez de lado. “No começo foi muito difícil, mas, aos poucos, fui me soltando”, declara. Em 2008, decidiu participar também das aulas de audiovisual, e gostou tanto, que produziu um curta-metragem, chamado “Do Mangue à Fé”, no qual retrata a vida dos moradores do Dique da Vila Gilda. “Minha intenção foi mostrar a realidade dos moradores, pois existe muito preconceito. Pensam que só marginais vivem lá, e não é nada disso”, comenta. O curta de Talita foi produzido com tanto carinho e empolgação, que acabou sendo selecionado para o Curta Santos 2009, e está concorrendo na categoria Olhar Caiçara. Talita está no quarto mês de gravidez e, por isso, precisou parar as aulas de teatro e audiovisual. Mas ela não resiste, e dá uma fugidinha para as oficinas sempre que pode. “Nem que seja só pra olhar, eu tenho que ir!”, brinca. O projeto Arte no Dique mudou a vida de Talita completamente, pois, além de aprender, hoje também tem um emprego no Instituto como recepcionista. Assim que seu bebê nascer, Talita planeja fazer faculdade, mas confessa que tem dúvidas, pois adora teatro e audiovisual. “Estou com dúvidas sobre qual curso fazer, não sei se faço Artes Cênicas ou Rádio e TV”, declara. E conclui: “Sempre há uma oportunidade para aprender mais!”.
Foto: Mรกrcia Rocha
cruzeiros
Cruzeiro temático
Atmosfera diferenciada para os turistas
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Imagem de Divulgação
Grand Voyager
Percorrer águas e terras desconhecidas, mergulhar em um mundo diferente e se abrir ao novo sem pensar muito. Se despir dos preconceitos. Viajar é isso. É se entregar nas asas da imaginação e do desejo.
Quem gosta de viajar em cruzeiros conhece a alegria e o entusiasmo de se estar a bordo. Os atrativos naturais, as festas, conhecer novos lugares e pessoas. Unir tudo isso e adicionar conhecimento é a proposta do cruzeiro temático Cultura e Lazer, a bordo do Grand Voyager, organizado pela Mendes Tur – Câmbio e Turismo. No Cultura e Lazer, os turistas poderão participar de palestras com o comportamentalista Luiz Alca de Sant’Anna, o cineasta Rubens Ewald Filho e o psicanalista Jorge Forbes. A renda do cruzeiro será destinada às obras da ACAUSA – Associação Comunitária de Auxílio Santista ao Portador do HIV/AIDS. Para o gerente comercial da empresa, Alex Andrade, um cruzeiro temático precisa fazer a diferença na vida das pessoas. “Como o Grand Voyager é um navio pequeno, ele proporciona uma atmosfera intimista. Então, os turistas poderão ter contato com os palestrantes, que, aliás, são três grandes nomes. Já no embarque, eles poderão sentir o clima diferente, pois, além de respirar cultura durante três dias, poderão cooperar para uma causa social”.
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Alex explica que a iniciativa de colaborar com a ACAUSA se deu porque a Mendes Tur é uma empresa preocupada com aspectos sociais e culturais. “Por isso, pensamos que seria bacana ajudar. Hoje muitas empresas caminham e trabalham para as causas sociais”. Além das conferências com os palestrantes, Alex comenta que o turista poderá realizar todas as outras atividades que um cruzeiro proporciona. Academia, danceteria, pizzaria e muito mais. Serão três noites, com saída de Santos no dia 11 de dezembro, com destinos ao Rio de Janeiro e Búzios. A organização do Cultura e Lazer ficou a cargo da Atrium Eventos. “A Atrium ficou responsável por preparar o embarque, oferecer os brindes, organizar os espaços, os horários das atividades e toda a logística. Eles têm a missão de mimar os turistas”, explica o gerente. O Cultura e Lazer é o primeiro cruzeiro temático realizado na região e, por isso, vem superando as expectativas da Mendes Tur. “No começo, a procura foi grande, e acredito que as vendas aumentem até o final do ano”, ressalta Alex. Para ele, o diferencial do Cultura e Lazer em relação aos outros cruzeiros é que o turista, ao embarcar, entrará em uma atmosfera caracterizada, respirando cultura, paz e conhecimento.
turismo
Índia
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Mistérios que encantam os turistas
Palácio em Jaipur
O misticismo, as cores e as belezas da Índia cada vez mais encantam turistas que viajam em busca de aventura e conhecimento. Viajar para lá é apreciar os mistérios
e as surpresas de um dos países mais populosos do mundo. Lugar de contrastes, onde a magia desperta e fascina aqueles que escolhem o país como destino.
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Recentemente, o público brasileiro teve a oportunidade de conhecer um pouquinho do lugar, com a novela Caminhos das Índias. Segundo o gerente comercial da Mendes Tur – Câmbio e Turismo, Alex Andrade, a empresa percebeu um pequeno aumento na procura logo no início da novela. “O turista brasileiro tem buscado a Índia como destino, principalmente as viagens em grupos com guias falando português”. Alex comenta que a importância de conhecer o país está em ver in loco o exotismo que impera na Índia e a combinação de uma modernidade caótica com um patrimônio histórico e cultural de mais de cinco mil anos. O gerente explica que a melhor época para viajar para lá é de novembro a março (final de outono e inverno). Ele destaca como os principais atrativos turísticos o Taj Mahal, o Rio Ganges, os templos de Rishikesh, entre muitos outros. A gastronomia também não pode ficar de fora. “Combinações de condimentos dão o tom: alguns ardentes, como pimenta e cravo-da-índia, outros aromáticos, como a canela e o cardomomo”, explica. Os indianos costumam utilizar grãos e folhas em suas receitas. “Há inclusive regiões completamente vegetarianas, caso de Guzarat, que fica na costa leste”. Se pensar em conhecer o país, não se esqueça que lá a vaca é um animal sagrado. Portanto, nem o Mc Donald’s oferece a especiaria. Lá o hambúrguer é feito com carne de carneiro. Outro destaque é o pão. Um dos mais conhecidos é o naam, feito à base de iogurte. “Enfim, cada região na Índia tem seus segredos e costumes, que merecem ser desvendados”. Para quem não volta para casa sem antes fazer aquelas famosas comprinhas, Alex destaca o artesanato indiano, com tradições e técnicas peculiares de cada região. Ele explica que os indianos possuem o hábito de misturar técnicas antigas com a estética modernista. Produtos como sedas, joias, tapeçarias, artigos de pele e antiguidades sempre tiveram grande fama. “A Índia é o autêntico paraíso do turista que quer se divertir e comprar”, comenta. O gerente diz que, na Mendes Tur – Câmbio e Turismo, a viagem é personalizada de acordo com o gosto do cliente. “Nós o direcionamos para a operadora que melhor se enquadre ao seu perfil”. Informações pelo telefone (13) 3208-9000 ou acesse www.mendestur.com.
DESTINO ÍNDIA AONDE IR? Nova Delhi Capital da Índia, onde é possível sentir a diversidade cultural do local. Passear pelos diversos templos, palácios e ruínas monumen100tais, que fazem dela uma das cidades mais excêntricas do mundo. 95 75
Bombaim (Mumbai)
Lá são encontradas fortes amostras da rica cultura indiana, como na arquitetura de templos sagrados e na gastronomia. Uma 25 das principais portas de entrada para quem vai à Índia. 5 0
Jaipur Cidade repleta de palácios, muralhas, fortes e monumentos, em sua maioria construídos em pedra cujo tom avermelhado determina o aspecto pitoresco deste lugar encantador. Agra Local onde fica o famoso Taj Mahal, monumento construído pelo príncipe Shan Jahan para simbolizar seu amor pela princesa Mumtaz Mahal.
Fotos: Ng Chi Nang
arquitetura e decoração
Fernanda Trindade Satisfação e prazer em criar A paixão por harmonizar ambientes e colorir a vida das pessoas surgiu quando a arquiteta Fernanda Trindade ainda era pequena. Gostava de desenhar, dando vida aos papéis em branco. No início, ficou em dúvida entre as faculdades de Arquitetura ou Engenharia, mas logo se decidiu pela primeira opção, e parece não se arrepender em nada: “Não poderia ter descoberto algo mais encantador do que a minha profissão”, declara. A jovem arquiteta de 28 anos atua desde 1999 e, ainda quando cursava a faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Santa Cecília, já desenvolvia alguns projetos de espaços e mobiliários como freelancer. Hoje, tem seu próprio escritório.
Os projetos de Fernanda são marcados pela contemporaneidade e pelo minimalismo, mas ela ressalta que é o cliente quem dita seu estilo. “Procuro acompanhar todos os detalhes para que o trabalho saia como o planejado. Os clientes participam de todo o processo de desenvolvimento até sua finalização. Minha afinidade com eles é tão grande, que, além de novos projetos, ganho novos amigos”. Para Fernanda, o mais importante na atuação de um arquiteto é a habilidade em criar espaços adequados a várias atividades realizadas pelas pessoas. “É perceber, com seu lado sensível e criativo, qual é a necessidade de cada um, e transportar para o papel e para a realidade todos os elementos característicos”, conta.
Cozinha - apartamento residencial
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Quarto do menino - apartamento residencial
E para conseguir captar a essência de cada um, a arquiteta procura conhecer seus clientes, saber do que gostam, seus estilos de vida, desejos e hábitos. Só assim é possível alcançar bons resultados.
“Foi um consultório ginecológico que, para mim, foi um teste profissional, pois precisava desenvolvê-lo e e xecutar toda a obra em apenas 20 dias. Foi uma loucura, mas o espaço foi entregue no prazo certo”.
Fernanda comenta que cada projeto é um aprendizado diferente e uma satisfação nova. Mas ressalta que um em especial a deixou mais inquieta.
Para ela, o importante é se entusiasmar com cada projeto. “O prazer e o amor movem meu trabalho e minha vida”, finaliza.
Projeto comercial para consultório médico
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Praia Grande
Praia Grande | Av. Ministro Marcos Freire, 800 | Jardim Itรกlia | Tel.: [13] 3499 1100 | www.sca.com.br
moda casa
Relicário
Por Gisela Kodja
Livre, leve e solta!
O adolescente que vive eternamente dentro de cada um de nós pira diante da vitrine da Relicário, que promove um tipo de decoração diretamente ligada às emoções e fórmulas delicadas de bem-estar. Com coleções de aromatizantes, cartões flutuantes, objetos criativos, tapetes, almofadas e louças que fogem do lugar comum, a loja vem conquistando uma clientela de 8 a 80 anos. Sob as influências do estilo retrô e do colorido pop, a marca poderia ter nascido em qualquer bairro alternativo das grandes metrópoles, como a Vila Madalena, em São Paulo; Palermo, em Buenos Aires; ou o Soho, em Nova Iorque. Mas surgiu em Santos, e o sucesso revela como é doce um povo que vive de frente para o mar. Para a proprietária, Renata Moreira, que acaba de inaugurar a segunda loja, um negócio com inspiração romântica funcionou bem, porque encontrou uma ressonância local. Para ela, a Relicário chegou no momento em que boa parte do público queria contrariar o mercado tradicional, que oferece um tipo de decoração pasteurizada, sem nenhum impacto afetivo. “Tem muita gente interessada em personalizar ambientes residenciais e comerciais. Por isso, o nosso grande desafio
é descobrir designers que estejam trabalhando nessa sintonia. Buscamos peças com traços arrojados que, ao mesmo tempo, possam traduzir a fé, os amores e os desejos de cada cliente, de forma particular. Como se o objeto tivesse sido criado a partir de histórias pessoais”, conta Renata. Há 3 anos, a Relicário surpreende e encanta os consumidores deste segmento com presentes criativos, além de atender aos arquitetos que, com olhar apurado, conseguem resultados incríveis por meio de misturas despretensiosas. Nas mãos desses profissionais, lustres de vidro e castiçais metálicos invadem territórios clássicos, trazendo frescor e vida nova aos ambientes. Os dois pontos de venda da grife foram montados em branco, com traços puros e iluminação brilhante para realçar paletas, texturas e formas refinadas dos produtos. O estoque, por si, já seria suficiente para compor um cenário bacana e divertido. Mas a Relicário vai muito além de uma proposta casual e elegante: é um espaço de liberdade, que permite combinações irreverentes para quem quer pincelar a vida com os tons da alegria e do bom humor. A Relicário fica na loja 59 do Shopping Miramar (tel.: 13 3284-2889) e na loja 256 do Shopping Praiamar (tel.: 3238-2000).
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o que faz você feliz?
Carina Fontes
Felicidade é fazer aquilo que se gosta!
Assim que se olha nos olhos de Carina Fontes, é possível enxergar a alegria de viver. Apaixonada pela vida e pelo trabalho, essa jovem arquiteta de 31 anos transpira sentimento e vontade de sempre seguir adiante, sem nunca olhar para trás. Seu encontro com o universo da decoração ocorreu naturalmente aos 18 anos, quando foi trabalhar como recepcionista no escritório da arquiteta Irene Torre. Na época, Carina atendia ao telefone, passava fax, fazia café e coisas do tipo. Nas horas vagas, aproveitava para observar o trabalho que era desenvolvido por lá, e foi aprendendo aos poucos, até que, um dia, teve a oportunidade de passar um projeto por inteiro para o AutoCAD. “A Irene tinha ido viajar; quando voltou, viu o que eu tinha feito. Então, ela comentou: ‘Olha, você precisa fazer faculdade de Arquitetura!’”. Mas Carina não tinha condição naquele momento. Foi então que o destino se encarregou de levá-la por acaso e a ajudou a traçar uma vida cheia de realizações. Carina teve a oportunidade de cursar Arquitetura com a ajuda de Irene, e trabalhou durante 12 anos ao lado da arquiteta, tornando-se uma espécie de fiel escudeira. “A Irene é minha mãe de outra vida, nós temos uma relação muito boa”, explica. Mas a vida se encarrega de transformar nossos caminhos, e as decisões precisam ser tomadas. Carina sentia que, mais cedo ou mais tarde, o elo entre Irene e ela precisaria ser cortado. Só de pensar, sofria. Tinha medo de que isso afetasse a relação entre elas – não só profissional, mas de amizade. “No final de 2008, depois que Irene chegou de uma viagem, me chamou para conversar, e disse: ‘Não adianta, se eu não cortar esse cordão umbilical, você continuará aqui; não vai crescer, as pessoas não vão te valorizar... ’. Aquilo me deu uma paz, um alívio. Agradeci a Deus, pois tudo estava ocorrendo da maneira que eu queria. A Irene ainda me disse: ‘Da porta pra dentro, não muda nada entre a gente; você continua sendo como uma filha’. Nossa, aquilo pra mim foi demais!”, lembra. Carina comenta que nunca esquecerá o dia em que se formou em Arquitetura. Quando a data estava se
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aproximando, dizia que seria o dia mais feliz de sua vida. E realmente foi especial: Irene Torre a presenteou com o mesmo anel de formatura que havia ganhado de sua mãe. Emocionada, Carina diz: “Isso não tem preço. Até hoje, quando vou colocar alguma joia, eu olho para o anel, é muito especial para mim”. Agora, Carina traça seus próprios passos e continua atendendo seus clientes. Para 2010, ela pensa em montar seu próprio escritório. É difícil para a arquiteta se desvincular do trabalho. Ama o que faz, e isso fica explícito quando fala. “Sempre faço as coisas com a maior boa vontade. Eu amo meu trabalho! Amo o que faço, e sou muito dedicada. Hoje, não consigo me imaginar fazendo outra coisa”. Ela revela que, nas horas vagas, adora ir ao cinema, comer pipoca, sair para dançar... Mas o que realmente a deixa muito feliz é ir à praia: “Quer me ver feliz? Me coloque em uma cadeira, com um livro, uma revista, e pronto! Eu preciso do sol!”. Para Carina, felicidade é fazer aquilo que se gosta! Como boa canceriana, Carina tem sentimentos à flor da pele, e acredita que o amor é que lhe dá o equilíbrio emocional necessário para aguentar o tranco do dia-a-dia. Ela namora há três anos, e ficou noiva recentemente. Sempre sorridente, se mostra muito positiva em relação à vida. “Acredito que o universo conspira a nosso favor; quando a gente deseja algo, pensa, trabalha e as coisas acontecem”, finaliza. Ping Pong Trabalho: realização pessoal e profissional. Família: alicerce. Felicidade: temos a obrigação de sermos felizes. Amor: combustível para a vida. Dinheiro: colheita do trabalho. Futuro: meu escritório. Passado: devemos aprender com ele. Presente: a única coisa que temos. Lar: para onde adoro voltar. Desejos: quero tanta coisa... (risos)
divino divã
Garantias e certezas,
ou nenhuma das alternativas
Por Leny Almeida
lenyalmeidahl@hotmail.com
Pois é. Durante anos, sou procurada para dar respostas,
São tantas as questões, que chego a achar que o desafio para algumas pessoas é o simples desejo de complicar, abusar e testar a própria sorte.
É óbvio que, em alguns casos, mesmo com uma vasta experiência em lidar com pessoas, não consigo chegar a lugar algum. A minha impotência nas respostas, as interrogações diante das questões humanas, ora banais, ora profundas, me fazem percorrer tantos mundos desconhecidos, que temo por mim. Onde vou chegar diante de tantos mistérios que entorpecem meus sentidos?
Atendendo aos apelos da minha consciência, de entender as mazelas de cada um, percebo que a maior necessidade do ser humano consiste em receber um pouco de atenção e muito amor.
apontar soluções, clarear dúvidas, apaziguar emoções, sentimentos e até contemporizar divergências.
Questões de vários níveis passam diante dos meus olhos. Pessoas materialistas, que perdem a paz em troca de bens - muitas vezes sem tanto valor! -, só para mostrar sua força competitiva diante do outro. Outras querem mostrar que têm razão; ficam em posições tão mesquinhas que atropelam palavras, até não saberem o que querem ou estão falando, apenas para contestar. Algumas teimam para mostrar força e poder, e manipulam até chegar onde desejam, mesmo que depois desistam do seu intento.
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Estamos carentes de afeto, com dificuldades de abraçar, de dizer ao outro que ele é importante, que sua presença é necessária. Por saber tudo isso, tenho buscado nas coisas simples valores profundos; dado sentido aos encontros; vivido e saboreado cada acontecimento, como uma grande celebração. Não tenho feito muitas perguntas ao meu inconsciente. Tenho vivido cada detalhe; observado cada ruga, cada sinal diferente no meu corpo; tenho tido cuidado para agradecer cada dia – e gostaria de poder fazê-lo em vários idiomas, para que todos os deuses cultuados por todos os povos pudessem me ouvir e saber que, mesmo não tendo garantias ou certezas do amanhã, tenho criado alternativas possíveis para ser feliz hoje. Pois sim. Um ponto pra mim.
geral
Vale a pena ver de novo
Por Gisela Kodja e Isa Santos
Sala da Família, ambiente projetado pela designer de interiores Adriana Mantovani Foto: Márcia Rocha
A SantosArquidecor – Casa Natal chega aos 15 anos consagrada como a maior exposição de arquitetura, design e paisagismo do litoral paulista, e a vitalidade com que se apresenta em 2009 é sinal de que este é um evento que veio pra ficar. Muitas razões poderiam explicar a permanência da mostra no calendário dos grandes acontecimentos da cidade, mas a flexibilidade de quem realiza foi, sem dúvida, o instrumento que indicou o caminho para o sucesso. Desde o primeiro momento, a exposição soube respeitar as nuances econômicas mundiais, teve habilidade para enfrentar as crises nacionais e agilidade para apontar saídas criativas para quem faz questão de viver com estilo, apesar das turbulências. Em perfeita sintonia com um público exigente, antenado com os lançamentos nacionais e internacionais, a SantosArquidecor – Casa Natal continua se renovando, agora para acompanhar a extraordinária explosão do mercado imobiliário de luxo, que indica um novo jeito de morar. Há algum tempo, a construção civil fez as pazes com a natureza, recompondo uma harmonia que fica nítida quando amplas varandas se abrem para o horizonte, o paisagismo transita pelas áreas internas e o sol volta a entrar por grandes janelas. Nos últimos 3 anos, a mostra passou a apresentar soluções para este novo perfil das moradias de alto padrão, que aparecem com espaços integrados, muito
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mais vistosos e versáteis, que têm como proposta resgatar o hábito de festas e reuniões em casa. Na edição comemorativa deste ano, 66 profissionais – veteranos e estreantes – exploraram todas as possibilidades dessa tendência nos 43 espaços da mostra. Além dos ambientes tradicionais, que aparecem totalmente repaginados, entram no circuito o espaço gourmet, a sala da família, o home theater e os lofts. Os jardins também reagem neste processo; passam a atuar como verdadeiras salas de estar e, não contentes, aproveitam cada chance de levar o verde pra dentro de casa, tornando os recantos cada vez mais acolhedores. Além de ser uma grande vitrine de bom gosto, a SantosArquidecor – Casa Natal é um acontecimento social repleto de eventos culturais que mobilizam um público de mais de 15 mil pessoas, em 42 dias. Não bastasse, a mostra tem como alicerce a Associação de Ex-Alunos do Colégio Stella Maris que, com o êxito da bilheteria, garante o futuro de quase 300 jovens e crianças carentes da região. A SantosArquidecor – Casa Natal acontece entre os dias 1 de setembro e 12 de outubro na Av. Cel. Joaquim Montenegro, 117, Ponta da Praia – Santos-SP. O ingresso para um dia de visita custa R$ 15,00, enquanto a entrada livre durante todo o período da mostra custa R$ 30,00. Assinantes do Jornal A Tribuna pagam R$ 10,00 por um dia de visita com a apresentação da carteirinha.
Foto: MĂĄrcia Rocha
matĂŠria de capa
Claudia Viana
Fé e determinação para vencer “A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa.” (León Tolstoi)
Diante das situações que a vida nos reserva, nem todos conseguem olhar para o imenso horizonte à
sua frente e enxergar nele o leque de opções e de caminhos para seguir. Alguns correm para dentro do seu mundo, e lá permanecem por horas a fio, com medo do desconhecido. Outros erguem a cabeça e lutam, determinados a vencer. Sabem que cair é apenas um detalhe, e que levantar faz parte da guerra. Claudia Viana está entre essas pessoas que lutam. Essa arquiteta, que há quase 27 anos enfeita e harmoniza os espaços que passam por suas mãos, colhe hoje os frutos que um dia plantou. Iniciou sua carreira desenvolvendo projetos arquitetônicos em residências. Participou de exposições como a SantosArquidecor - Casa Natal e a Mostra D’ Casa, e, atualmente, assina todos os empreendimentos do Grupo Mendes. Mas, assim como muitos, passou por momentos difíceis na vida, como a perda do pai, que, para ela, foi um verdadeiro herói. Prova disso foram os diversos momentos durante o nosso bate papo nos quais seus olhos lacrimejaram ao falar dele. Casada há vinte e nove anos com o engenheiro Marcelo Viana, Claudia tem uma filha de 21 anos, Natália Viana - um milagre que recebeu, segundo ela. Hoje, após momentos turbulentos, Claudia exibe sorrisos e alegria ao contar a trajetória de sua vida.
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Foto: Mรกrcia Rocha
Como a arquitetura aconteceu na sua vida?
O que o seu pai representa para você?
Não que eu sempre tenha desejado isso, eu acho que nasci no meio. Meu pai era engenheiro, a irmã dele também era arquiteta, minha mãe é dona de casa, mas sempre gostou de artes plásticas. Então eu cresci nesse meio. Tinha feira de construção, eu ia. Quando a D&D inaugurou, meu pai e eu íamos juntos e ficávamos maravilhados. Então fiquei naquela dúvida entre fazer artes plásticas ou arquitetura.
Meu pai é meu ídolo! Sou uma pessoa super abençoada, pois fui muito amada por ele. Meu pai sempre me deu a maior força em tudo o que eu quis. Permitiu que eu casasse aos 21 anos, me deu todo aquele apoio. Passamos momentos muito difíceis quando eu era criança, e ele sempre estava por perto. Dizia que, quando o caminho estava difícil, era porque era o caminho certo a ser seguido. Disso você pode ter certeza. E hoje eu falo isso para minha filha também.
Sendo filha de um engenheiro, você chegou a ouvir que arquitetura não servia para nada? De jeito nenhum, meu pai tinha o maior orgulho! Quando fiz a escolha pela arquitetura, ele ficou muito feliz. Desde pequena, eu sempre tive muita facilidade para desenhar. Cheguei a comentar com minha mãe que queria fazer aula de desenho. Eu faço os croquis na frente do cliente até hoje, e os faço com uma facilidade muito grande. Às vezes estou no banho e começo a desenhar no espelho... Da teoria à prática, quantos anos se passaram? Eu me formei em 1982. Tive a sorte de me graduar e trabalhar com um engenheiro, chamado Ronaldo Vidal, que me deu um grande apoio nos primeiros anos. Ele foi funcionário do meu pai, aquele funcionário nota 1000, uma pessoa boníssima.
“O meu maior sonho é ser uma velhinha sábia”
E, agora, eu estou passando por um momento parecido. Minha mãe teve câncer de mama e de estômago, e precisou fazer uma cirurgia em janeiro deste ano. Eu estava com viagem marcada para fazer um mochilão pela Patagônia com a minha filha Natália. Foi a mesma coisa: reservei um tempo. Fiquei vinte dias no hospital com ela, e me entreguei de corpo e alma. Não me arrependo nem um pouco, porque acredito que, se você não puder dar um pouco do seu carinho aos seus pais, nada vale a pena! Nossa cultura não valoriza os idosos, e eles são sábios. O meu maior sonho é ser uma velhinha sábia. Passaram-se sete anos desde que você perdeu seu pai. Hoje, você é sensação em Santos. Acredita que tem um anjo que ilumina seu caminho e te ajuda a brilhar? Com certeza. Temos o Criador, que nos ilumina. E acho que, depois que você passa por um momento difícil, você aprende. Aprendi tanta coisa quando papai ficou doente... Sou abençoada, tenho três anjos da guarda: meu pai, que, nas horas mais difíceis da minha vida, sempre esteve comigo; meu irmão mais velho, que hoje me ajuda muito; e meu marido, que me aguenta todos os dias, com muita paciência (risos).
Em que você se baseia para fazer seus projetos? Eu vou absorvendo o que o cliente gosta. É uma honra você participar da intimidade de uma família - acho que fazer o quarto do casal é o extremo da confiança conquistada. Nesse momento, a pessoa precisa estar bem solta, e, às vezes, é difícil fazer com que ela se solte. Hoje já tenho mecanismos para poder chegar lá, com muita intuição. Tem que ter química, tem que bater aquela empatia pelo cliente e vice-versa. Você já renunciou a muitas coisas? Acho que não é renunciar, mas fazer escolhas. Acho que renúncia talvez seja uma palavra muito forte. Às vezes temos que aceitar determinados fatos. Meu pai ficou doente de 1998 a 2002, ficou no hospital totalmente paralisado. Tive que cuidar dele. Em determinado momento, meu pai, que sempre fora um homem ativo e independente, ficou impossibilitado de se movimentar. Lembro que disse a ele: “Pai, feche os olhos! Eu sou a mão e o braço que o senhor não pode ter, então relaxe”. Uma vez ele abriu os olhinhos e falou: “Minha filha, você é uma mulher muito corajosa!”. Lembro que larguei tudo e fiquei quatro anos, literalmente, cuidando dele. Ele ficou de cama e, então, tive que renunciar a algumas coisas naquele momento. Mas foi uma escolha da qual não me arrependo.
“Passar pelo crivo Sr. Armênio Mendes é como ter um ISO” Um momento inesquecível na sua vida... Acho que estou vivendo um momento muito bom agora. Sempre que termino uma obra, os clientes me chamam para comemorar. Cada trabalho que eu termino é um momento importante. E, para mim, todos os clientes são importantes, desde uma grande construtora até aquele indicado por um amigo. Mas um momento inesquecível foi uma surpresa que o Leopoldo Arias fez para mim - quando vi o book do Prime Plaza, tinha uma frase minha e meu logotipo. Lembro que ele foi me mostrar a prova, antes de ser impressa, para fazer o book do lançamento. Quando o abri e vi aquela surpresa, fiquei realmente emocionada. Para mim, isso foi um prêmio na minha profissão - o de estar com uma empresa muito reconhecida e exigente. Meu nome no meio de pessoas tão importantes, e o Grupo Mendes por trás de tudo aquilo. Não é nem o nome para as pessoas verem, mas o longo caminho que percorri para que meu nome estivesse ali. Então, para mim, as melhores coisas foram as surpresas na minha vida.
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Como é ter o Grupo Mendes como cliente? Passar pelo crivo do Sr. Armênio Mendes é como ter um ISO (risos). Você tem que ser bom, fazer tudo bem feito, e no prazo. Ter muita seriedade e foco. Para eu poder chegar até aqui, é como se tivesse passado um filme, muitas coisas aconteceram. Afinal, a Cidade tem muitos bons profissionais. Como foi sua passagem pela Associação dos Engenheiros? Adorei a experiência lá! Fui convidada pelo Luiz Antonio Rosa, quando estávamos na SantosArquidecor – Casa Natal. Foi um dos grandes momentos na minha carreira, pois, ali, eu estava sendo convidada, e representando uma organização de classe. Você segue seu trabalho de maneira muito rígida... Eu tenho que ser assim em muitas coisas, senão não consigo obedecer a todos os meus compromissos. Mas às vezes dou umas escapadas. Em 2007, estava cuidando de uma obra em Praia Grande. Certa vez, estava voltando de lá dirigindo, fazia um calor danado e, quando parei no trânsito, vi uma placa com os dizeres “Voo Livre”. Pensei: é agora. Cheguei lá, obtive todas as informações e pulei de asa delta. Foi uma sensação maravilhosa! Hoje, ao olhar para trás, o que você faria diferente? Não me arrependo de nada do que fiz. Até os tombos eu agradeço, porque caí e aprendi. Hoje a vida passa, e eu aprendo e me silencio. São vinte e sete anos de carreira. O que você deseja daqui pra frente? Eu peço a Deus saúde, porque acho que é o principal. Quero viajar bastante, ter qualidade de vida. Acho que estou chegando a uma estabilidade profissional bacana, então agora tenho que continuar, me aperfeiçoar, melhorar cada vez mais. No amor, quem é Claudia Viana? Sou muito segura. Vou de olhos fechados. Acho que sou, principalmente, uma pessoa muito fiel. E extremamente emotiva - dou a minha vida pelas pessoas que amo. Sou casada há 29 anos. Conheci meu marido quando fui passar férias em Itajubá. Quando começamos a namorar, eu tinha 16, e ele, 19. Casamos e, depois de sete anos, veio a Natália. Com muita luta, tive que fazer tratamento para engravidar. Foi uma gravidez difícil e de risco, mas, ao mesmo tempo, muito desejada. A gravidez é um milagre. Eu chorava, pois não entendia - todo mundo ficava grávida, menos eu. Nós até pensamos em adotar. Então, quando a Natália chegou, foi aquela alegria! Eu tinha que monitorar tudo, foi uma coisa realmente calculada e muito esperada. Quando fiz o exame e vi que estava grávida, foi um milagre para mim. Era uma coisa que queríamos muito, pois um filho consagra a vida de qualquer casal. E depois dessa gravidez tão desejada e aguardada, o que representa a sua filha? É a minha melhor amiga! É tudo! A gravidez foi um milagre, e eu me lembro de colocar a mão na minha barriga e dizer: “Tem gente aqui dentro!”. Quando você olha no espelho, o que você vê? Vejo um ser divino, uma luz... Não vejo coisas materiais, pois não sou presa a elas, mas sou uma pessoa agradecida imensamente a Deus. Agradeço todos os dias por todas as oportunidades que Ele me deu, principalmente as forças diante das dificuldades. Sempre fui uma pessoa cercada de amigos que preservo - são aqueles poucos que são muitos. Tenho amigos de vinte, trinta anos. Sou privilegiada e me sinto amada.
cinema
O Solista
Por Érika Pereira
Imagem de Divulgação
Uma história real sobre amizade e amor à música
É na rua que estão as grandes histórias, as experiências, os sorrisos e expressões daqueles que compõem esse imenso mundo. Se Steve Lopez, jornalista do Los Angeles Times, não tivesse ido às ruas, certamente nunca encontraria uma história como a de Nathaniel Anthony Ayers. Steve Lopez procurava uma boa pauta, que preenchesse as páginas de um jornal. Mas folhas não bastavam para expressar o sentimentalismo por trás da história de Nathaniel Ayers, um músico que vive pelas ruas tocando violoncelo e um violino de duas cordas. Um homem que se mantém em um mundo de palavras indecifráveis que ecoam em seus próprios ouvidos. Mais do que um esquizofrênico, Nathaniel é um ex-estudante da The Juilliard School, e um verdadeiro prodígio em música clássica. Um talento nato que o destino se encarregou de mudar. Embutido do espírito de um jornalista literário, Steve Lopez vê neste homem a chance de contar uma boa história – e acaba encontrando em Nathaniel um amigo. Agora, essa história vem à tona no filme “O Solista”, previsto para chegar às telas dos cinemas brasileiros em 16 de outubro. Dirigido por Joe Wright (Desejo e Reparação), o filme é baseado no livro homônimo de Steve Lopez. Em “O Solista”, Robert Downey Jr. é quem faz o papel do jornalista Steve Lopez, enquanto Jamie Foxx interpreta Nathaniel Anthony Ayers. O músico foi um aluno dedicado, e um dos poucos afroamericanos a entrar para a Juilliard. Mas, aos poucos, a esquizofrenia fez com que ele se esgotasse mentalmente.
Quando Lopez o encontra, Nathaniel já está muito perturbardo e desconfia de todos que se aproximam dele, mas o jornalista insiste, pois percebe que o músico tem um brilho especial. Ele acredita que pode tirá-lo das ruas, para que possa voltar a tocar. Mesmo querendo mudar a vida do novo amigo, o jornalista acaba por se dar conta de que sua vida também muda. Juntos, eles aprendem a se comunicar através da música, e descobrem o valor da amizade. Mais do que um filme baseado em fatos reais, “O Solista” tenta compreender o mundo de alguém que vive do imaginário e, com uma narrativa dramática, envolve o telespectador. Segundo alguns críticos, “O Solista” apresenta momentos de lentidão, mas a ida ao cinema vale pela grande alma e espírito presentes nas cenas, e pela abordagem da esquizofrenia de forma muito esclarecedora: as vozes, a claustrofobia, o medo, a frustração, a raiva... Prepare-se também para apreciar a trilha sonora, muito inspiradora, com músicas de Johann Sebastian Bach e Ludwig van Beethoven. O diretor aproveita as cenas com música para focar nos rostos de Foxx e Downey Jr. O elenco traz ainda Catherine Keener, Tom Hollander, Lisa Gay Hamilton, Rachael Harris e Jena Malone.
Diretor: Joe Wright Elenco: Jamie Foxx, Robert Downey Jr., Catherine Keener, Tom Hollander, Lisa Gay Hamilton, Rachael Harris e Jena Malone Produção: Tim Bevan, Jeff Skoll, Eric Fellner, Patricia Whitcher Roteiro: Susannah Grant, baseado no livro homônimo de Steve Lopez Ano: 2009 País: Inglaterra / EUA / França Gênero: Drama Duração: 109 min. Distribuidora: Paramount Pictures Brasil Estreia no Brasil: 16/10/2009
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vida real
Terapia de regressão
Soltando as amarras para ser feliz
Em um ambiente tranquilo e aconchegante, apenas a luz de um abajur ilumina a sala. Uma música com sons da natureza tenta transmitir a paz e o relaxamento necessários para a experiência. Após algumas perguntas, o paciente é convidado a tirar os sapatos e deitarse em uma maca. Em seguida, a terapeuta coloca o dedo médio sobre a testa dele e, bem pausadamente, pede a ele que relaxe. Após poucos minutos, ele estará em um cenário, realizando uma viagem ao passado, para buscar respostas para seu principal bloqueio. Medos, angústias, traumas e vícios são alguns dos motivos que levam as pessoas a procurarem a Terapia de Regressão, que consiste em uma técnica que ajuda a reprogramar o subconsciente, local onde ficam registrados os bloqueios. Há mais de vinte anos atuando com Terapia de Vidas Passadas (TVP), a terapeuta e hipnóloga Ivete Scarpari
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explica que muitos pacientes que procuram a TVP vão para a sessão com ideias pré-estabelecidas. “As pessoas colocam muitos mitos em cima da regressão, todo mundo vai imaginando que foi rei e rainha do castelo”. Ela diz que “algumas pessoas podem vivenciar situações parecidas, mas o significado é diferente para cada um”. Ivete explica que, geralmente, a pessoa não vivencia em regressão aquilo que ela imagina que tenha sido no passado, mas aquilo que é o seu principal bloqueio hoje. Por isso, é preciso retornar ao passado, entrar em outro cenário, para que seja feita a reprogramação e, assim, poder mudar o final de um filme que, em algum momento, ficou perdido lá atrás. Durante a sessão, o paciente permanece acordado e não perde a consciência. Ele detém o controle da situação o tempo todo. O papel da terapeuta é conduzir as pessoas até determinado ponto – a partir daí, o paciente começa a dar detalhes de um lugar diferente.
A terapeuta Ivete Scarpari explica que, durante a sessão, 90% das pessoas sentem sede, frio, suor nas mãos, cansaço - principalmente nos olhos -, corpo pesado e formigamento nas mãos, garganta e boca. E quando termina, é comum sentir sede e vontade de urinar. Isso ocorre porque, em regressão, se trabalha a energia CHI (a mesma usada no Shiatsu, Yoga, entre outros tratamentos). A CHI tem como finalidade substituir uma energia pela outra. “No momento que uma sai, a outra entra, totalmente nova. E, como os rins são os nossos filtros, pode acontecer de o paciente urinar com certa frequência.” “Temos que considerar também que cada um pode vivenciar diferentes reações. Tudo varia de acordo com o processo vivenciado. A princípio, o coração parece saltar do corpo e, depois, os batimentos cardíacos tendem a amenizar, tudo de acordo com a emoção vivida”, esclarece Ivete. Ivete já atendeu pacientes em diversos países, como Portugal, Espanha, Itália e Uruguai, e presenciou vários casos que ficaram guardados em sua memória, como o de uma paciente que tinha síndrome do pânico. Segundo Ivete, era uma estudante de Direito que era tomada por uma forte depressão, sempre no mês de dezembro. A família acreditava que tamanha tristeza surgia apenas por conta do Natal. Até que, um dia, ela resolveu procurar a Terapia de Regressão. Ivete lembra-se que a paciente, quando entrou em regressão, citou o mês de dezembro de 1888. Usava um vestido de noiva e olhava para uma janela. Uma extensa mancha de sangue se apresentava em sua barriga. Estava esperando alguém que nunca veio. Naquele momento, a terapeuta já havia entendido que a paciente havia tirado a própria vida no passado. Mas o que realmente interessava? “É o mês de dezembro. Todo mês de dezembro ela lembra que tem que desativar, para depois retomar as forças”. Outra coisa interessante que Ivete recorda é que a mãe da paciente tinha pavor de vestido de noiva, por isso não quis se casar na igreja, e também não queria que a filha usasse vestido de noiva. Ivete afirma que, depois de fazer uma regressão, a pessoa nunca mais será a mesma. Mudam os hábitos, e as energias se renovam. Para ilustrar, ela conta que, certa vez, atendeu a uma mulher que era muito reprimida e submissa ao marido. Depois da regressão, mudou tanto, que Ivete recebeu em seu consultório a visita do marido da paciente, perguntando o que ela havia feito com sua mulher, pois ele não a reconhecia mais. O fato é: o que se resgata durante uma Terapia de Regressão é o despertar da pessoa, de algo que ela deixou preso no passado. “A gente sempre sabe o momento de nos depararmos com nossas respostas, com nosso reflexo no espelho”. Por isso, a alquimia interior se faz necessária, para que possamos soltar as amarras, pois a missão de todos é ser feliz. A vida se incumbe de fazer o resto.
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BOBSTORE
Elegância e conforto
Foto: Larissa Crantschaninov
Há quase 13 anos a BOBSTORE, grife criada por Raphael Sahyoun, vem fazendo a cabeça das mulheres que gostam do estilo moderno e chique. Pelo Brasil, estão espalhadas mais de trinta lojas, e a novidade é que agora há uma loja pertinho de você, aqui em Santos, mais precisamente na rua mais badalada da cidade, a Azevedo Sodré.
potencializar a sua feminilidade, com as curvas da cintura supervalorizadas. O romantismo agora dialoga com o estilo futurista, passando pelo navy, o eterno jeans e o glamour e a delicadeza da renda, tendência muito forte para o verão. Ou seja, a mulher BOBSTORE é versátil, chique, e veio para chamar a atenção. Quer estar bem em qualquer ocasião”.
Segundo a proprietária da BOBSTORE em Santos, Egle Umbuzeiro, a receptividade dos santistas está sendo excelente. “A marca já era vendida aqui e, por isso, muitas pessoas já a conheciam. Depois de abrirmos, ambientarmos e prepararmos a loja Santos para receber nossas clientes, o sucesso foi imediato”, explica.
Ela adianta que, na nova coleção, o jeans entra muito forte em festas e nas noites, com vestidos elegantes, e o nude continua com toda a força, bem como o rosa ballet e o tom chá. “E, sem dúvida, o romantismo da renda, que está realmente linda”.
Para mulheres que gostam de elegância, sem abrir mão do conforto e da praticidade, a BOBSTORE oferece uma moda casual, que imprime um estilo próprio.
A expectativa diante do mercado santista é das melhores. A proprietária comenta que acredita muito no potencial da cidade. “Nós, santistas, somos exigentes e gostamos do que é bom, e a BOBSTORE veio para confirmar isso”.
Egle comenta que a coleção de verão tem previsão de lançamento para o dia 6 de outubro. “A BOBSTORE vai
A BOBSTORE fica na Rua Azevedo Sodré, 56, Vila Rica, Santos-SP. O telefone é o (13) 3223-9133.
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Foto: Larissa Crantschaninov
O clima do Rio pertinho de você!
Há dois meses os santistas têm a oportunidade de sentir um pouco do clima carioca em Santos. Com o objetivo de trazer as influências da moda e dos costumes da Cidade Maravilhosa, a loja Club Rio chega prometendo agradar a homens e mulheres de diferentes estilos e faixas etárias. Representada por Tiago Marsaioli e Aurélio Formoso, jovens amigos que tiveram a ideia do empreendimento no início de 2009, a Club Rio disponibiliza várias marcas ao público, como Ausländer, British Colony, Eclectic, Eu com Elas, Farm, Forester, Hoven Vision, entre outras. Dentro da loja, cada marca tem seu espaço cuidadosamente customizado. Aurélio explica que a inspiração foi trazer um pouco do estilo de vida do carioca da Zona Sul, fazendo com que tudo dentro da loja remetesse a isso. “Assim que o cliente chega, é convidado a apreciar um Matte Leão, ou uma cerveja Devassa. Também disponibilizamos,
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diariamente, o jornal O Globo”. A Club Rio é uma espécie de ponto de encontro para os apaixonados pelo Rio de Janeiro. Toda essa característica jovem da Club Rio vem dos sócios. Tiago e Aurélio são amigos desde os 15 anos. Esses jovens santistas viram na cidade um ótimo mercado a ser explorado. E parece que acertaram em cheio, pois, segundo Aurélio, a receptividade das pessoas está sendo ótima. Aurélio comenta que a Club Rio é a única loja de Santos que tem vida na internet. “Temos Twitter, Orkut, blog e site. Tudo para colocar as novidades”, ressalta. E se você já está pensando em como irá desfilar pelas ruas no Verão, não perca tempo e vá conferir a Coleção Verão 2009/2010 da Club Rio. Fica no número 2 da Rua Timbiras (esquina com a charmosa Azevedo Sodré), no Gonzaga, em Santos-SP.
sexualidade
Brincadeira ou jogo sério?
A sexualidade é um assunto emblemático, altamente significativo, muito mais pelas proibições e tabus do que pela sua vivência simples e descontraída. Por isso, percebe-se uma tendência a torná-la objeto de regras, onde o certo e o errado estão cada vez mais presentes. Mesmo que, na modernidade, cada vez mais critiquemos o maniqueísmo, acabamos nos aprisionando nele, trombando com nossos reais desejos. Nos dias em que o corpo está desnudo, sem preconceitos, em que se fala de sexo na sala de visitas, como podemos imaginar que ainda temos aspectos não ditos nessa história? Pois é! O discurso corrente ainda é o de que só é feliz quem está dentro dos padrões, como se nessa vivência pessoal - que é a da nossa sexualidade – existisse um padrão. E se isso fosse real, como já fora em outras épocas, qualquer um de nós, seres humanos, únicos em nossa individualidade, perceberíamos preferências pessoais. Admitir que algumas dessas preferências não correspondem à norma vigente, anunciada pelos doutores e donos da verdade, reforça um sentimento de inadequação naquilo que é íntimo e, portanto, de minha total responsabilidade e correspondente a um
Por Márcia Atik
www.marciaatik.com.br
desejo que não pode ser universal, trazendo dúvidas e questionamentos. Em sexualidade, temos dezenas de aspectos com pontos cegos, dúvidas e dificuldades, mas hoje estou falando das fantasias sexuais. O que são fantasias sexuais senão aspectos do jogo erótico? E quantas culpas elas trazem quando existe a dificuldade de colocar o parceiro no jogo e, às vezes, até de admitir esses desejos? Apesar de serem um aspecto a mais no estímulo do desejo, as fantasias sexuais não são absorvidas como necessárias, pois carregam o peso de serem uma fuga da realidade, às vezes dramaticamente considerada traição por casais menos avisados. E isso não é verdade, pois são apenas mais um instrumento para a intimidade e para desenvolver códigos e padrões peculiares àquele casal. Historicamente, as fantasias beiram o marginal, por não serem reais, sendo muitas vezes mal interpretadas pelo parceiro, que não consegue entrar nesse jogo para se divertir. Pois é esse, em sumo, o grande segredo para um encontro sexual prazeroso, ou seja, a alegria e a diversão do encontro.
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Os rituais íntimos e os segredos entre os casais fortalecem a ligação e estimulam a cumplicidade e a intimidade. Ao sair da rotina e do mundo real, existe a possibilidade de viver a novidade, tornando o encontro sexual dinâmico e interessante.
Além de tudo de bom que uma vivência sexual nos proporciona, não podemos negar que traz também um alívio da ansiedade, dando mais disposição ao erotismo e, como sabemos, essa energia é uma forte aliada no combate à ansiedade.
Inúmeras vezes vemos ou recebemos conselhos para sermos criativos na vivência sexual, e como fazer isso dentro de uma família normal, numa vida real na qual ganhos, perdas e dificuldades existem?
Depois de enumerar tantos benefícios da fantasia sexual, fica parecendo até uma apologia a essa experiência. Longe de mim repetir as fórmulas mágicas para um bom desempenho sexual que tanto critico na maioria dos meios de comunicação! Na verdade, o grande objetivo dessa reflexão é, antes de tudo, trazer à tona a discussão, e dizer que é permitido e lícito, sim, ter fantasias sexuais.
É muito cruel esse discurso de ser mais criativo sem falar do caminho mais leve e fácil para isso - o da imaginação. Como diria Albert Einstein, em tempos de crise, só a imaginação salva. E por que esperar a crise e não combatê-la permitindo-se liberar a imaginação? Como falamos no início, o aspecto de nossa vida mais permeado de culpas e proibições é o sexo. No quarto, o casal deve se permitir liberar sentimentos e desejos represados, amadurecendo a relação e potencializando sua intimidade. Esse casal é feito de pessoas que, individualmente, também têm suas dúvidas. E esse “liberar-se” permite viver a liberdade de expressão, contribuindo para a elevação da autoestima.
Muito mais que realizar as fantasias, permita-se imaginá-las, admiti-las e levá-las em conta como necessidade, pois são uma brincadeira prazerosa que valida a experiência pessoal, permitindo o amadurecimento em sua sexualidade, fazendo caminhos muito pessoais e exclusivos. Ao experimentar novas alternativas para se excitar, você terá mais contato com a própria sexualidade, percebendo melhor seus limites, desejos e capacidades na cama. Resultado: seu desempenho é que sai ganhando.
sucesso
House & Fashion
Um ano de conquistas e sucesso
Foto: Larissa Crantschaninov
Nada mais confortável do que sentar-se diante da TV e ter um leque de opções: moda, saúde, beleza, eventos, decoração... Tudo do bom e do melhor para que o telespectador fique bem informado. Esse é o objetivo do programa House & Fashion. Apresentado por Suzy Lemos, o programa é transmitido pela Santa Cecília TV aos domingos, às 15h, e às quintas-feiras, às 17h30. Segundo Suzy, a ideia do programa surgiu há um ano, em uma feira de decoração e construção. Suzy queria levar ao consumidor final informações de como, onde, quando e de que forma todos poderiam adquirir produtos de excelente qualidade na área de construção e decoração sem precisar sair do Litoral Paulista. “O Litoral Paulista é como uma mina de ouro - tem produtos e serviços que valem muito!”.
Suzy explica que, no início, o programa chamavase House Fashion, e era totalmente direcionado para construção e decoração, sem realizar a cobertura de eventos. Mas Suzy, sempre buscando inovar com qualidade, formatou outra ideia e foi atrás de quem pudesse auxiliá-la. “Queria tudo muito novo e diferente”, comenta. O programa, hoje chamado House & Fashion, terá uma cara nova a partir de setembro de 2009, oferecendo ao telespectador muito além de decoração e construção. “É um programa de variedades, com moda, estética, saúde, informações e muito mais!”, ressalta Suzy. Há quase um ano no ar, Suzy e sua equipe hoje colhem bons frutos. “Estou muito feliz com o resultado, acima da média. Apesar de ter pouco tempo de vida, o programa House & Fashion conseguiu ultrapassar as
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metas que determinei. Mas, é claro, tudo isso acontece com muita gente envolvida”, comemora. A equipe de Suzy realmente veste a camisa, buscando sempre o melhor, da elaboração das pautas até o House & Fashion ir ao ar. “Conto com uma equipe coesa, mas eficiente. Os câmeras com quem trabalho muito são o Fabrício e o Diego, cada um deles com um jeito todo especial. Competentes e amigos, são bons no que fazem”, elogia Suzy. A apresentadora comenta também sobre seu editor: “O Bobic faz maravilhas na edição, com trilhas e outras coisas que só ele sabe fazer”. E tem ainda a Janela Digital, sua produtora. “Tem ótimos profissionais”, ressalta. Outra pessoa que colabora com Suzy é Marcela Macedo, produtora que atua diretamente com a apresentadora. “A Marcela é aquela que diz: ‘Suzy, olhe isso, olhe aquilo, não fale assim, não vire’, e assim por diante”, brinca. Todos muito entrosados, costumam resolver as coisas juntos, discutindo e trocando ideias. A apresentadora acredita que ninguém faz nada sozinho, e que todos têm sua importância. “É assim que funciona o House & Fashion, com amizade e colaboração. Só com humildade as coisas acontecem; se perder isso, perde-se tudo!”. Sucesso & Alegria Nascida em São Paulo, Suzy decidiu vir morar em Santos por causa da mãe, que reside aqui há 20 anos. Na época, sua mãe não estava muito bem de saúde e, por isso, Suzy e seus filhos resolveram passar um tempo por aqui. Gostaram tanto do clima da cidade que permaneceram até hoje. A apresentadora confessa que, depois da mudança, ficou preocupada com sua vida profissional. Mas ela logo foi trabalhar no Grupo Mendes. “Já conheciam meu trabalho de quase oito anos atrás, quando realizei, junto a outra profissional, a inauguração do Mendes Convention Center”. Hoje o sucesso lhe bateu à porta, e Suzy está muito feliz com o programa que apresenta. Para ela, nada teria sido possível se não tivesse a colaboração e o reconhecimento das pessoas envolvidas no projeto. “Quero agradecer a algumas pessoas que, desde o início, acreditaram em mim, e estão comigo até hoje: Rodolpho e Eduardo, da Marcato; Fidalgo, da Santa Cecília TV; Vanessa e Alexsandro, da BonGiornno; Raquel, da Art Decora; Viviane, da Revestimentta; Lúcia Costa; Dilma, da Coisas da Casa; e todos os meus anunciantes, mesmo aqueles que não estão comigo desde o início, mas acreditaram em meu trabalho... Sucesso a todos vocês!”, finaliza.
Simmons Qualidade distribuida em 103 paĂses
comportamento
Boa noite, boa forma!
Quando estiver chegando o momento de dormir, liberte-se de todos os problemas. Deixe as contas de lado, desligue a TV, esqueça seu chefe e as tarefas que precisa realizar no dia seguinte. Tudo para que você possa ter uma boa noite de sono. Pode não parecer, mas uma tarefa aparentemente comum a todos pode trazer muitos benefícios para sua vida e ainda ajudá-lo a manter a forma.
Foto: Arquivo pessoal
Por Érika Pereira
Por isso, quem resolve se aventurar pela madrugada tem a taxa de hormônio da saciedade reduzida – e um apetite maior.
Recentes pesquisas revelam que quem dorme menos de oito horas por dia tem mais chances de ganhar peso. Uma noite bem dormida controla a fome. A quantidade de ghrelina, hormônio responsável por regular o gasto calórico, aumenta conforme usamos mais energia enquanto estamos acordados. Com isso, há também o aumento da fome.
Segundo a consultora e especialista em nutrição e alimentos funcionais, Yara Rocca, é preciso combinar alimentação saudável e uma boa noite de sono para entrar em forma. “Ambas são necessárias para que o organismo funcione perfeitamente. Sempre digo que não existe saúde na gordura. Portanto, quem quiser emagrecer, em primeiro lugar, deve ter seu foco na saúde. Se a pessoa ficar correndo atrás de dietas milagrosas ou outros artifícios apenas para perder peso, certamente não vai aprender a comer o que realmente não engorda, não vai aprender a ter mais saúde e, consequentemente, não emagrecerá”.
Se só a ghrelina não bastasse para nos causar um problema, há ainda a leptina – hormônio que reduz o apetite e que é fabricado enquanto dormimos.
Ela salienta que o sono ajuda a reequilibrar o organismo, a fortalecer o sistema imunológico, a nos deixar bem, relaxados e prontos para viver um novo dia.
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“O corpo precisa de descanso para funcionar corretamente; assim, o emagrecimento virá, aliado a uma boa alimentação”.
peso. “Por isso, é preciso um atendimento clínico multidisciplinar para identificar e eliminar todas as causas do aumento de peso e da dificuldade para dormir”.
É claro que, vivendo em uma era de sobrecargas, onde as pessoas correm cada vez mais para cumprir suas tarefas, acabamos por adiar o sono. É quando cai a noite e o silêncio impera que pensamos em nos dedicar à leitura, checar os emails, assistir televisão. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono, 44% da população não dorme bem e 42% apresenta cansaço durante o dia em função da noite mal dormida.
Se você é daqueles que deita e vira de um lado para o outro, sem conseguir dormir, comece a mudar seus hábitos. Você terá mais qualidade de vida, e ficará definitivamente de bem com a balança.
A especialista explica que a dificuldade para dormir pode estar relacionada com vários fatores. Um deles pode ser a ansiedade, que surge em função de mudanças na vida, no trabalho, a falta de dinheiro, uma doença na família, etc. “Se a pessoa for para a cama e não se desligar de seus problemas, certamente terá insônia”. Yara comenta que uma das principais causas da insônia são os problemas de ATM (articulação têmporo mandibular), a famosa “mordida cruzada”, na qual a pessoa não consegue fechar a boca corretamente, em função de um problema na mandíbula, gerando problemas na mastigação, na respiração e no sono. Esses problemas, aliados à má alimentação, são um prato cheio para que a pessoa passe a desenvolver problemas metabólicos, imunológicos e, consequentemente, venha a ganhar
Dicas para dormir melhor: - Não ingerir bebida alcoólica ao menos duas horas antes de dormir. O mesmo serve para o café; - Troque o café por uma xícara de leite morno ou um chá relaxante; - Tome um banho de água morna, um pouco mais demorado, até que sinta seu corpo relaxar; - Faça um escalda pés com uma bacia de água morna e um pouco de sal grosso, e fique pelo menos 45 minutos ali, desativando sua mente, se desligando dos afazeres diários. Não interrompa e vá direto para a cama; - Nunca leve agenda, notebook e similares para a cama; - Desligar a mente e projetar-se em um lugar que você considere o seu lugar de paz, antes de dormir, é a melhor dica.
sucesso
Kia Soul,
Foto: Arquivo pessoal
Um carro que tem alma até no nome!
Imagem de divulgação
Para você que procura um carro com design diferente
e que ofereça um espaço interno confortável, preste atenção ao modelo lançado recentemente pela Kia Motors, o Kia Soul, que você encontra na AutoStar Santos, à Avenida Washington Luis, 280. Com estilo arrojado e diferente, o carro compacto promete agradar a jovens e (principalmente!) mulheres, além daqueles que apreciam novidades. “Poderíamos dizer que é um modelo inovador, um tanto ‘fashion’, que atrai muito a atenção do público feminino”, diz o gerente de vendas da AutoStar Santos, Claudio Canalonga. Para se ter uma ideia do conforto que o Kia Soul oferece, os bancos dianteiros acomodam o condutor, dando a ele uma posição favorável para realizar os comandos. Mesmo com uma carroceria ampla, a sensação de quem o dirige é de controle absoluto. Seu espaço interno possui eixos de 2,5 metros, e um porta-malas com capacidade para 340 litros - podendo chegar até 700 litros com os bancos traseiros rebatidos. Canalonga explica que o veículo tem cinco versões, sendo que, no Top de Linha (tanto no mecânico quanto
no automático), há uma inovadora câmera de ré no retrovisor LCD, além da roda aro 18. Todas as versões vêm com airbag duplo, direção elétrica, vidros elétricos nas quatro portas - com one touch para o motorista -, volante com regulagem de altura, travas elétricas, conta-giros e sistema remoto de abertura das portas (keyless). Para comprovar que o carro promete - e muito! agradar aos jovens, a parte de entretenimento do Soul é para deixar qualquer um com vontade de ficar horas a fio dentro do veículo. Ótima configuração para música, com rádio CD/mp3 player com entrada auxiliar e compatível com iPod. “Sendo um veículo com padrões de design ‘hi-tech’, o interior possui controle de som no volante, entrada auxiliar para iPod e USB, com conexão direta no aparelho CD/mp3, disponibilizado em todas as versões”, salienta o gerente. Não é o suficiente? Calma! O carro possui ainda cinco alto-falantes e dois tweeters. E, claro, ar condicionado. O motor é 1.6, 16 válvulas, com 124 cavalos de potência. Definitivamente um carro com essência e espírito!
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poesia
Arquitetura funcional Foto: Arquivo pessoal
por Mario Quintana
Não gosto da arquitetura nova Porque a arquitetura nova não faz casas velhas Não gosto das casas novas Porque as casas novas não têm fantasmas E, quando digo fantasmas, não quero dizer essas assombrações vulgares Que andam por aí... É não-sei-quê de mais sutil Nessas velhas, velhas casas, Como, em nós, a presença invisível da alma... Tu nem sabes A pena que me dão as crianças de hoje! Vivem desencantadas como uns órfãos: As suas casas não têm porões nem sótãos,
São umas pobres casas sem mistério. Como pode nelas vir morar o sonho? O sonho é sempre um hóspede clandestino e é preciso (Como bem sabíamos) Ocultá-lo das visitas (Que diriam elas, as solenes visitas?) É preciso ocultá-lo dos confessores, Dos professores, Até dos Profetas (Os Profetas estão sempre profetizando outras coisas...) E as casas novas não têm ao menos aqueles longos, intermináveis corredores Que a Lua vinha às vezes assombrar!
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gastronomia
Culinária mineira
Por Beth Teani
www.feijaoecaviar.com.br
Pão de queijo de corte
O ouro descoberto por João Siqueira Afonso, em 1702, no local denominado “Ponta do Morro”, atraiu um grande número de pessoas que, interessadas na exploração, ergueram uma capela e formaram um arraial que ficou conhecido com Santo Antônio da Ponta do Morro. Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície no Brasil, e, graças a esta abundância, o arraial se desenvolveu, sendo elevado em 1718 à categoria de Vila de São José Del Rei, ganhando a configuração arquitetônica que permanece até hoje. A decadência do metal não impediu a Coroa Portuguesa de lançar a derrama, exigindo o pagamento compulsório de impostos atrasados do quinto do ouro. Esta atitude opressora da metrópole fez nascer um sentimento revolucionário, que ficou conhecido como Inconfidência Mineira. Em 6 de dezembro de 1889, com a valorização da figura do alferes, o governo republicano decidiu trocar o nome da cidade para Tiradentes, homenageando o filho ilustre, nascido em 1746 na fazenda do Pombal, à margem direita do Rio das Mortes. Em 1938, não só a cidade, mas todo seu entorno paisagístico foi tombado pelo IPHAN, e, hoje, Tiradentes se orgulha de sua vocação turística, sendo considerada um dos polos turísticos mais importantes do Brasil.
Fumaça encanta crianças, jovens e adultos desde o embarque ou desembarque na pequena estação construída em 1881 para servir a Companhia de Ferro Oeste de Minas. Possui o mesmo estilo das estações mineiras edificadas no final do século XVIII e princípio do XIX. Em frente à estação, está a rotunda, mecanismo pelo qual a locomotiva inverte sua posição na linha férrea e, com uma curta manobra, engata-se novamente aos vagões para regressar a São João del Rei. Tiradentes oferece aos amantes da boa cozinha uma grande variedade de bares e restaurantes com o melhor da culinária mineira e internacional. Pão de queijo de corte Ingredientes: 200g de queijo meia cura 3 ovos inteiros 1 copo de leite 1 copo de óleo quase cheio 1 colher de sopa de fermento em pó 250g de polvilho doce Modo de preparo:
Maria Fumaça, trilhas na Serra São José, teatro de marionetes, passeio de Jardineira. Um passeio de Maria
Esta e outras receitas você encontra no site de Beth Teani, no www.feijaoecaviar.com.br
Imagem de divulgação
Passeios em Tiradentes
Exceto o queijo e o fermento, bata tudo no liquidificador, durante dois minutos. Acrescente o queijo ralado e o fermento, e misture tudo. Leve ao forno por 45 minutos.
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Black Jaw Choperia Se você gosta de aconchego e curte encontrar os amigos para um gostoso bate papo, apreciar uma boa música, uma ótima opção é a Black Jaw Choperia. Esse é o refúgio de Carina Mendes.
Imagem de divulgação
eu vou com Carina Mendes Arias
O lugar oferece conforto, com amplo espaço entre as mesas e paredes de vidro, que possibilitam ver o movimento de fora. Destaque para a música, sempre de boa qualidade. Nas sextas-feiras, você pode conferir a MPB e o pop rock da Banda Trihum. Aos sábados, o som fica por conta da banda Magusta, com muito rock nacional. E, aos domingos, uma música ambiente compõe o cenário, para começar a semana com estilo. Na carta de cervejas, estão Baden Baden, Stella Artois, a alemã Erdinger e a mexicana Dos Equis, entre outras. No cardápio, provolone temperado, lula à dorê, bolinho de bacalhau, salames e picanha aperitivo são só algumas das opções que a casa oferece. Gostou? Então corra pra lá!
Planet Chokolate Para os chocólatras de plantão, um ótimo refúgio para apreciar as delícias feitas a partir do cacau é a Planet Chokolate. Com um ambiente requintado e aconchegante, lá você encontra os mais diferentes tipos de chocolates finos. Na Planet Chokolate, são oferecidos cafés gourmet, fondues, trufas Delicato de champagne, limão, coco e maracujá. Há ainda estações de atendimento VIP, rodas e gôndolas de chocolate. Destaque para o Truffel (bombom com delicado recheio de mel, chocolate e baunilha), Mont Blanc (fondue de chocolate com frutas, chantilly e raspas de chocolate) e Asteka (mousse de chocolate, chantilly e raspas de chocolate), os preferidos de Carina. A Planet Chokolate fica na Av. Marechal Deodoro, 31, Gonzaga – Santos. O telefone é (13) 3284-2980.
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Foto: Cecília Soares
O endereço é Av. Gen. Francisco Glicério, 206, e o telefone é (13) 3228-7570.
coluna social
Por Renata Pierry Fotos: Gilberto Branco - Tudo em Foto
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1. Roseli Andrade 2. Marcio e
Fernanda Barbuy
3. Lola Assaf 4. Doris Casabonna 5. Jo達o e
Vitoria Martins
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6. Luciana Barbuy 7. Juliana e
Dada Conde
8. Braz Antunes de Mattos Neto
9. Renata Zonis 10. Dani Banks 11. Mirian Gotfryd
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Felipe de Souza Pinto
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Vanessa Paulella
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humor
Expectativas
Por Murillo Valverde
Expectativa é fogo! Sou aquele tipo de animal capaz de criar um cenário incrível com apenas algumas pitadas de imaginação - sim, eu sou o culpado, mas é muito difícil evitar. Minha mente tem prazer em criar situações fantásticas. Alguma coisa como “o mundo fantástico de Bob”. Algum estereótipo aqui, uma experiência de vida ali, uma imagem que você viu na capa da “Mad” há 10 anos, mais aquele filme de ficção de quinta categoria, e pronto! Está criada sua expectativa.
A primeira transa é igual: você passa anos “treinando”, vê todos os filmes que poderia ver. Troca revistas com os amigos. “Ah, tá! Já sei como é!” Sabe o filme Top Gun? Aquela luz intimista, o casal apaixonado se beijando sob o lençol de seda, aquela música suave e uma super tranquilidade, tudo ocorre como deveria, com um ritmo natural. A minha primeira transa, perto daquilo, pareceu uma luta entre Chuck Liddell e Ken Shamrock disputando um campeonato de pesos pesados.
“E aí, galera, vamos animar um ‘churras’ esse fim de semana?”. Já estou vendo a carne ser fatiada com aquela gordura estrategicamente posicionada, alguém – que não sou eu – na churrasqueira, cerveja extremamente gelada em um cooler bem perto de mim, piscina na temperatura adequada, sol, música agradável rolando e eu naquela dúvida se pego outro pedaço de picanha ou pulo na piscina antes. Tudo isso pensado e criado antes mesmo de dizer: “Sim, eu topo o ‘churras’”.
Mas nem sempre fantasiamos coisas lindas. Tinha um dente lá atrás que agonizava toda vez que eu me atrevia a provar um petit gâteau. Semana passada foi o limite, eu estava grunhindo de dor de dente. Resisti até onde eu pude, pois morro de medo de dentista. Estava vendo sangue para todos os lados, barulho de motorzinho, gosto de cimento na boca e o diabo sorrindo para mim. Mas tive que ir. Entrei com um sorriso meio amarelado. Uma japonesa sorriu para mim. Expectativa de novo. Pensei: “Essa é sádica!”. Juro que cheguei a ver uma roupinha de couro nela.
Passo a semana inteira esperando chegar o dia. Nem bebo na sexta para não ter chance de ficar “de bode”. Reviso se a bermuda está na gaveta, se o chinelo sobreviveu aos cachorros... É até difícil dormir! Saio a cada 15 minutos da cama para ver o céu, fico na cama só esperando o dia chegar. Nada vai atrapalhar meu churrasco. Sabadão às 7h28 eu pulo da cama, já montando o esquema todo - pego o isopor, os CDs que gravei na noite anterior especificamente para o evento, tomo uma ducha e, de chinelos, óculos escuros, bermuda e boné, acordo minha mulher. “Bora, hoje tem churras!”. Ainda na cama, ela pede para abrir a cortina. Adivinhe, meu caro amigo? Está caindo o mundo lá fora, um Katrina entrou na cidade. Mas é tanta emoção, que eu digo: “Ah, é chuvinha de verão, não vai durar nem 15 minutos, vamos assim mesmo!”. Ela dá aquela olhada na janela e responde “Vamos dormir, não me torre a paciência!”. Pior que ouvir isso é saber que minha querida esposa tem um bom senso incrível, o que me leva a crer que 99% dos participantes do churrasco pensarão o mesmo, e que, de fato, aquilo está mais para dilúvio do que para chuva de verão. Passarei o sábado vendo algum super programa na TV mexicana. Lembro também do meu primeiro estágio. O funcionário do departamento de Recursos Humanos me disse: “Você vai ser responsável pela análise de mercado do setor, vai também participar do planejamento mensal. Não costumamos fazer isso com qualquer estagiário, mas acreditamos muito no seu potencial”. Em 2 meses, eu já sabia tudo sobre a máquina de Xerox, onde bater quando emperrava, como trocar cartucho e como copiar apostilas de 3500 folhas com espiral. Tirava e colocava o espiral em menos de 3 minutos. E o pior: saí de lá iludido com uma proposta maravilhosa de outra empresa!
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Deitei na cadeira e ela já meteu a mão na minha boca. Dentista: hummm, extração! Eu: Putz, ferrou. Dentista: Ciso não dói nada! Eu: Sei! ... Dentista: Pra que time você torce? Blup! Eu: O que foi isso? Dentista: Seu ciso! Você samba? Eu: Não. Como assim, meu ciso? Dentista: Pronto! Tome bastante sorvete hoje e sopa amanhã; vou receitar uns remédios... Virei fã! Ninguém vai acreditar, mas eu não senti nada. A japinha era ninja. Saí de lá pensando: “Amanhã estarei ferrado, vou acordar e minha boca estará inchada, não vou trabalhar por 3 dias, vou agonizar de dor por uma semana...”. Nada. Segunda-feira eu já estava comendo meu petit gâteau. Eu não sou o único. Ontem à noite, antes de dormir, percebi que tinha me esquecido de colocar o lixo na rua. Putz, que preguiça! Coloquei o chinelo, e aí meus cachorros começam a latir e a balançar o rabo. Nos olhos deles, eu via: um gramado enorme, bolas sendo lançadas para todos os lados, etc. Tive compaixão, leveios para fazer xixi nos sacos de lixo na frente de casa. Cansei disso. Agora eu não projeto nada. Vivo uma realidade austera.