JUVENTUDES, EXPERÊNCIAS E APRENDIZAGEM EM ARTE E TECNOLOGIA
Oi Futuro O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de Educação, Cultura, Esporte e Sustentabilidade. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem. Na Educação, além da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia, o programa NAVE usa as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Na Cultura, o Oi Futuro mantém uma programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e a preços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações. O Esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando o compromisso do Instituto no campo da Sustentabilidade, com o apoio e o desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.
Oi Kabum! O Oi Futuro é mantenedor e correalizador do programa de educação Oi Kabum!. Quatro organizações não governamentais são parceiras do Programa e coordenam unidades escolares em capitais brasileiras. Em Belo Horizonte, a escola é coordenada pela ONG Associação Imagem Comunitária (AIC) e conta com a parceria do projeto Plug Minas, da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais. Em Recife, a coordenação está a cargo da ONG Auçuba Comunicação e Educação e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Juventude e Qualificação Profissional da cidade. No Rio de Janeiro, a ONG Centro de Criação e Imagem (CECIP) coordena a escola carioca. E, em Salvador, a escola tem a coordenação da ONG Cipó Comunicação Interativa. A iniciativa promove a formação integral de jovens através da experimentação da arte e da tecnologia. As escolas Oi Kabum! desenvolvem uma proposta educacional inovadora, que qualifica os jovens para o mundo do trabalho e tem impactos diretos e indiretos sobre eles, suas famílias e comunidades. A Oi Kabum! é hoje um polo de referências modelares para políticas públicas educacionais juvenis.
A Oi, através do Instituto Oi Futuro, há mais de uma década investe nas transformações positivas da sociedade brasileira, criando e colaborando com ações, soluções e parcerias culturais, educativas e sustentáveis. E a Oi Kabum! é um exemplo de programa que concretiza essa transformação em vários níveis. Por meio da arte e da tecnologia, o programa tem criado possibilidades para a explosão de talentos entre os jovens de comunidades populares urbanas ou das redes públicas de ensino. A iniciativa aprimora, cotidianamente, uma proposta pedagógica que contribui com reconfiguração da trajetória desses jovens e de suas comunidades. O programa Oi Kabum! tem desenvolvido um conjunto de metodologias com capacidade de aproximar a escola dos anseios juvenis e de possibilitar que seus estudantes construam significados e experiências mais positivas em torno do aprender. Esse livro dá voz aos profissionais, colaboradores e estudantes do programa Oi Kabum!, reunindo suas histórias, práticas, desafios e aprendizagens. Esperamos que os conhecimentos compartilhados nestas páginas possam inspirar práticas e soluções inovadoras em outros contextos educativos. Parabéns a todos os que promovem essa revolução todos os dias. José Augusto da Gama Figueira Presidente Oi Futuro
O leitor desavisado decerto passará por esse livro sem se dar
plena conta de que se depara com a materialização de uma experiência bem sucedida de formação integral. Talvez não compreenda desde o início que as ações aqui relatadas visam a formar mais do que jovens artistas, mas cidadãos preparados para enxergar além e interferir criticamente em suas realidades. Se você não perceber todas estas camadas logo de início, leitor, não se espante. O programa Oi Kabum! tem mesmo mil faces secretas sob a face neutra da “Escola de Arte e Tecnologia”. A tecnologia na Oi Kabum!, por exemplo, vai além do software ou das câmeras de última geração, mas engloba todos os processos, técnicas e conhecimentos que usamos para representar e agir sobre o mundo. Aliás, valorizamos o que é high tech tanto quanto engenhocas e gambiarras ditas low tech. O que importa é dar voz à expressão de cada um. Definir a Oi Kabum! como programa de formação em arte também pode levar a uma percepção de que aqui apenas ensinamos jovens a se tornarem fotógrafos, editores de vídeo, animadores ou designers. Para além da formação profissional e técnica, o programa é capaz
de criar uma comunidade de jovens e educadores que se especializam em saborear o mundo internamente e produzir sentidos nas formas mais variadas e expressivas. Por fim, compreender a Oi Kabum! como uma escola pode produzir sensações ambíguas no leitor que começa agora a caminhada conosco. Se por um lado o programa em nada se parece com a escola que hoje está posta no mundo, com suas compartimentalizações de saberes e processos de gestão unidirecionais, em muito se assemelha à escola que se deseja. O modelo de educação criado e desenvolvido pelo programa tem processos bem desenvolvidos de autogestão (de alunos para alunos, por exemplo) e uma filosofia de integração de saberes técnicos e comportamentais que vale a pena ser conhecida. Agora, o leitor desavisado pode chegar mais perto e olhar novamente para essas palavras, imagens e diagramas e compreender que se tratam das histórias, práticas, ideias, desafios e aprendizagens dos profissionais, colaboradores e estudantes desse programa de formação integral, idealizado pelo Oi Futuro e desenvolvido em parceria com AIC, Cipó, Auçuba e CECIP. Boa leitura! Fabio Campos Diretor de Educação Oi Futuro
Gestão do programa Oi Kabum! - Um trabalho a muitas mãos Quem visita uma escola Oi Kabum!, normalmente, sai
maravilhado com o que vê: jovens talentosos, educadores entusiasmados, ideias em ebulição, produções supercriativas. Quem conhece as quatro escolas sabe que vai encontrar tudo isso, com uma pitada regional e da ONG que faz o programa acontecer localmente. São equipes competentes e que visivelmente amam o que fazem, e que junto com os jovens que passam pela Oi Kabum!, ajudam a construir as identidades de cada escola. Por trás de todas essas mãos, há uma outra equipe, “jogando nas onze” para garantir que a Oi Kabum! seja possível nas quatro cidades: a equipe de coordenação da Oi Kabum! no Oi Futuro. Trata-se de um grupo de profissionais que cuida desde a aquisição de bens para as atividades formativas acontecerem até a proposição de estratégias futuras para o programa, desde o pagamento dos recursos para a operação das escolas até o estudo de outras iniciativas inspiradoras para o desenvolvimento de novas ações. Acima de tudo, uma equipe que não só dá apoio a quatro escolas, mas que dá apoio para que elas componham um programa. Esse texto apresentará um pouco sobre o que é esse trabalho.
O percurso no começo do caminho A Oi Kabum! surgiu em 2003, dentro da área de cultura do Oi Futuro e, de um modo pioneiro, nasceu com a proposta de integrar cultura e educação.Na época, aprimeira escola carioca, gerida no Rio pela ONG Spectaculu, antevia a pontencialidade da economia criativa, em uma formação unindo arte, tecnologia e cidadania para jovens de baixa renda. Alguns anos depois, a gestão do programa foi transferida para a área de educação do Oi
Futuro, marcando o hibridismo da proposta de conjugar a formação na área de indústria criativa a pressupostos pedagógicos de educação integral. Com a chegada gradual de novos membros à equipe, foi possível ampliar o espectro de atuação do Oi Futuro junto às escolas, passando a ter uma maior presença estratégica e operacional. A equipe atual que gera o programa no Instituto conta com três pessoas exclusivas (uma coordenadora, uma analista e uma estagiária) e duas compartilhadas com o NAVE, outro programa do Oi Futuro (coordenadores da área de pesquisa e disseminação da área de educação), todas elas supervisionadas por um gestor responsável pelos dois programas. Todos mantêm contato com as unidades da Oi Kabum!, para tratar de temas diversos, como criação de ações formativas em conjunto, estratégias de articulação junto a parceiros, assuntos burocráticos e administrativos, entre outros. Esse time também se relaciona com educadores e estudantes do programa, e ainda media demandas que envolvem outras áreas do Oi Futuro.
Um lugar de múltiplos olhares Estar na posição de coordenação do programa Oi Kabum! traz ônus e bônus. Cada visita a uma escola dá a impressão de que a equipe vivencia tão pouco o que acontece lá. Ouvir um jovem contar como foi produzir uma obra gera uma vontade enorme de ter estado junto em todo o processo, desde a concepção da ideia, passando por sua evolução e percalços até ela virar o que é. Essa é uma posição que traz cobranças por parte dos parceiros, seja de maior presença ou de maior compreensão do que a escola propõe. Ao mesmo tempo, é um privilégio único acompanhar (ainda que à distância) as atividades desenvolvidas em
cada escola, que discussões despertam mais o interesse dos jovens e como os assuntos são conduzidos regionalmente. Ver produções artísticas com marcas identitárias distintas, mas que muitas vezes se conectam de alguma forma com o que está sendo feito em outro lugar. O desejo mais comum nesses momentos é: “Eles precisam trocar uma ideia com a Oi Kabum! da cidade X, que também está fazendo um trabalho lindo sobre esse tema!”. E são essas vivências riquíssimas que provocam a promover a integração entre as escolas e tirá-las da zona de conforto. Por que não trazer novas contribuições ao que já é feito tão bem? Estar na coordenação do programa Oi Kabum! é um verdadeiro trabalho de equilibrismo (ou seria malabarismo?). O lugar de quem vê tudo, ainda que com menos profundidade, é também o lugar de quem deve provocar a olhar para o outro. É promover trocas, integrações de visões entre as escolas, convidar a testar práticas umas das outras. Essa tarefa muitas vezes é árdua. Afinal, o programa tem como pano de fundo nada menos do que seis culturas organizacionais distintas, ainda que com objetivos em comum. Além disso, essa posição do meio sofre diversos tipos de pressão: não só das ONGs, que são marcadas por tempos e decisões tão diversas em termos organizacionais, mas também da Oi - a mantenedora do programa, que espera resultados em tempos e formatos não necessariamente compartilhados pelas escolas. Por exemplo, numa demanda de produção artística (uma peça publicitária), o tempo do cliente (neste caso, a Oi) é o tempo do mercado e, diante da proposta formativa do Núcleo de Produção (espaço de formação avançada da Oi Kabum!), é preciso negociar, equalizar visões para que esse processo seja satisfatório tanto para o cliente como importante e formativo para os egressos participantes do job. Aí, cabe à equipe de coordenação no Oi Futuro traduzir demandas e ajustar expectativas. Mas assumimos que esse lugar partilha de múltiplas referências, um espaço de escuta, de proposições, mas, acima de tudo, um espaço de negociação.
Definitivamente, não estamos isentos de conflitos! Na gestão do programa, nem sempre o consenso acontece, mas há sempre o desejo de avançar em ideias, propostas e sistematização de experiências. Seja numa conversa para trazer unidade ao programa por meio de práticas experimentadas e validadas e que podem ser replicadas umas nas outras, seja uma proposta nova para experimentação que precisa ser acordada e discutida entre educadores e jovens. No espaço onde o dissenso é saudável, acreditamos que promovemos ainda mais o exercício da crítica e da contestação fundamentada! A posição do meio traz também duas funções, talvez as mais nobres desse contexto. A primeira é a de aprendiz: as interações com equipes e alunos das escolas Oi Kabum! são verdadeiras aulas de relações humanas, de como as juventudes de hoje pensam, de como transformar um objeto qualquer em um instrumento de trabalho, de como apreciar uma obra de arte de outra forma, de como podemos contribuir com o modelo de escola pública vigente, com metodologias e práticas que motivam o jovem a estudar/ descobrir, aguçam a curiosidade, estimulam a participação social e contribuem com senso de pertencimento. A outra função nobre é a de servir. Estar a serviço de uma iniciativa como a Oi Kabum! é um privilégio para quem se identifica com causas ligadas à educação, à cultura e à juventude. Mais do que um programa com contribuição social, está o desejo de influenciar setores da sociedade que também trabalham com jovens, de fazer valer o investimento social privado numa dimensão realmente relevante para a sociedade, de influenciar políticas públicas, no sentido de discursos mais afinados com interesses e necessidades juvenis, mas também com propostas práticas de metodologias e conteúdos que realmente fazem diferença nos processos educacionais (formais ou não formais). Equipe de Educação Oi Futuro Programa Oi Kabum!
Programa Oi Kabum!
Quatro escolas de arte e tecnologia no Brasil envolvem em processos formativos jovens de 16 a 21 anos, de comunidades populares urbanas, estudantes ou
Escola Oi Kabum! Belo Horizonte
Escola Oi Kabum! Recife
Escola Oi Kabum! Rio de Janeiro
Escola Oi Kabum! Salvador
Gerida pela Organização Não Governamental Associação Imagem Comunitária – AIC.
Gerida pela Organização Não Governamental Auçuba – Comunicação e Educação.
Gerida pela Organização Não Governamental Cecip – Centro de Criação de Imagem Popular.
Gerida pela Organização Não Governamental Cipó Comunicação Interativa.
Apoiada pelo projeto Plug Minas, da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.
Apoiada pela Secretaria Municipal de Juventude e Qualificação Profissional de Recife.
Processo de seleção estendido – oficinas Click: formando para conhecer.
O programa Oi Kabum! e as etapas da experiência formativa e produtiva vivenciada pelos jovens
Formação básica: apropriação dos meios tecnológicos e artísticos.
Núcleo de produção: incubadora de projetos, inovações e oportunidades.
Ações multiplicadoras: disseminação do conhecimento produzido pelas escolas.
Processo de seleção estendido – oficinas Click Os jovens chegam às escolas através de um enriquecedor processo de seleção. Além da análise de dados etários e socioeconômicos e de entrevistas com jovens, as escolas realizam um processo formativo com duração entre 20 e 40 horas. Geralmente, participam dessa formação mais que o dobro de jovens por vaga. Ao final da oficina são efetivamente definidos os candidatos que integrarão uma turma das escolas. A formação é uma oportunidade dos jovens vivenciarem o cotidiano de uma unidade escolar Oi Kabum! E, com isso, terem subsídios para avaliarem seus reais interesses e aptidões em integrarem o curso. O real interesse do jovem é um critério central para a seleção dos candidatos, já que corrobora para a redução do número de integrantes que possam vir a desistir do curso. O processo formativo também oportuniza aos gestores e educadores das escolas a certificação das características de cada jovem, de suas reais expectativas, comportamentos e da abertura para vivenciarem uma escola diferenciada como a Oi Kabum! A formação também é uma contrapartida das escolas para os jovens que não forem selecionados. O curso oferecido garante aos candidatos noções básicas sobre arte e tecnologia, promovendo a qualificação técnica de todos os jovens que participam do processo seletivo. Assim, todos vivenciam um processo que agrega mais valor do que frustração.
Processo de seleção Click – Escola Oi Kabum! Rio de Janeiro A escola Oi Kabum! do Rio de Janeiro foi a criadora do primeiro processo de seleção estendido, que foi batizado de Oficina Click. Esta inovação foi encampada pelas outras três escolas do programa, que a adaptaram e aprimoraram, de acordo com as singularidades locais.
Formação básica As escolas Oi Kabum! oferecem aos jovens uma formação básica com duração entre nove e dezoito meses, durante os quais são desenvolvidas e aprimoradas habilidades nas artes gráficas e digitais, criação artística, análise crítica da mídia e do mundo e leitura e expressão. Cada escola tem liberdade para organizar a sua matriz curricular, porém sempre mantendo a arte e a tecnologia como fio condutor do processo educativo que costura as linguagens, o desenvolvimento psicossocial e a formação cidadã. O processo formativo também foca no desenvolvimento pessoal e social, estimula o empreendedorismo no âmbito do trabalho e da comunidade, amplia o repertório cultural e contribui para um melhor desempenho escolar e relacionamento com a família. Além disso, como temas transversais, o processo produtivo realizado com os jovens tem como eixos centrais o reconhecimento da identidade, da comunidade, da cidade, da cultura e da construção do projeto de vida, permitindo que eles ampliem a percepção de si mesmos e do contexto em que estão inseridos, ao mesmo tempo em que estabelecem e perseguem metas concretas que orientam o seu futuro.
Saiba mais sobre o currículo das escolas na página xx (remete ao texto de currículo no capitulo 4) A Oi Kabum! Belo Horizonte foi certificada pelo MEC como escola técnica (Educação Profissional Técnica de Nível Médio). A OI Kabum! Salvador está adaptando o seu itinerário formativo objetivando também essa certificação.
Núcleo de produção: incubadora de projetos, inovações e oportunidades Após a conclusão do curso básico, os jovens podem optar pelo ingresso em uma etapa de formação mais avançada e complementar. As escolas Oi Kabum! mantêm um núcleo de produção em arte e tecnologia com enfoque maior na qualificação dos estudantes para o mundo do trabalho. Esse espaço cria condições especiais para que os jovens prestem serviços e desenvolvam projetos de forma inovadora e criativa. O Núcleo de Produção oferece formação com ênfase no empreendedorismo no seu sentido mais amplo, concebendo os arranjos produtivos alternativos e não convencionais. Os estudantes aprofundam suas reflexões sobre a vida profissional, mas também desenvolvem oportunidades produtivas autorais, se tornando sujeitos com capacidade de intervir e propor alternativas e novas práticas de trabalho aos jovens.
Conheça mais sobre o Núcleo de Produção (pagina xx – remeter para o capitulo 6)
Ações multiplicadoras: disseminação do conhecimento produzido pelas escolas As escolas Oi Kabum! multiplicam e disseminam o conhecimento construído através de ações educativas, culturais e comunitárias realizadas para além dos seus muros, o que permite que um público ainda maior seja beneficiado pelo programa. As atividades em geral são realizadas pela equipe, estudantes ou egressos das unidades escolares e focam prioritariamente no público jovem e em educadores de escolas públicas. O programa privilegia ações de fortalecimento comunitário, formativas (pontuais, de média ou longa duração) ou iniciativas de disseminação de conteúdos, como sistematização de publicações impressas e digitais.
Conheça mais sobre Ações Multiplicadoras (pagina xx – remeter ao capitulo 7)