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UMA PUBLICAÇÃO D&D SHOPPING outubro 2013
CONTEMPORâNEO CONTEMPORâNEO
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design e decoração
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jun sakamoto
Jonathan adler e kelly wearstler
KÖNISBERGER VANNUCCHI
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Foto: Edison Garcia
ArtefActo beAch & country: SÃO PAULO Av. Brasil - 3894 7000 | D&D Shopping - 5105 7760 | RIO DE JANEIRO: CASASHOPPING - 3325 7667 ArtefActo: SÃO PAULO Haddock Lobo - 3087 7000 | D&D Shopping - 5105 7777 | BELÉM - 3223 9690 | BRASíLIA - 2196 4250 | CURITIBA - 3111 2300 GOIÂNIA - 3238 3838 | MANAUS - 3182 9700 | RECIFE - 3465 8182 | SALvADOR - 3034 5555 estAdos unidos: AvENTURA ArtefACtO HOme - 305.931.9484 | CORAL GABLES ArtefACtO DeSIGN HOUSe - 305.774.0004 www.artefacto.com.br
Ambiente por: David Bastos
bbec
fotos: Ox Foto Fotografe o cテウdigo e surpreenda-se
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UMA PUBLICAÇÃO D&D SHOPPING OUtUBrO 2013
CONTEMPORâNEO
CONTEMPORâNEO Sweet HOMe
DeSIGN e DeCOrAÇÃO
PerfIL
Jun sakamoto
Jonathan adler e kelly wearstler
KÖNISBERGER VANNUCCHI
caPa: ambientação de francisco cálio em foto de Valentino fialdini
71 design & decoração
JONATHAN ADLER & KELLY Concepção e texto: Sergio Zobaran | Foto: Valentino Fialdini e Nelson Alvarenga
ViVa o contemporâneo!
WEARSTLER
CONTEMPORANEAMENTE EXCÊNTRICOS
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E um dEsafio para três arquitEtos brasilEiros: intErprEtar EstEs dois monstros sagrados da dEcoração nortE-amEricana do século 21.
Os interiores do Sheraton SP WTC Hotel foram o cenário perfeito para três arquitetos de São Paulo – Francisco Cálio, que este ano esteve mais uma vez na Casa Cor, e a dupla Marcelo Brito e Pedro Potaris, que estreou na MostraBlack – criarem ambientações, a convite desta revista do D&D, em homenagem a dois dos maiores decoradores da atualidade. Jonathan Adler, nascido em Nova Jersey, é famoso não só por suas cerâmicas brancas exóticas e industrializadas, mas também por sua loja, seus livros e o gosto pelo vintage revisitado, além do ativismo gay, ao lado de seu companheiro. E, principalmente, por suas diversas casas excêntricas – próprias e de clientes – publicadas em revistas de todo o mundo.
Kelly Wearstler já foi coelhinha da Playboy (em 1994), mas se casou com um magnata da hotelaria, e hoje é também uma empresária de respeito. Faz de tudo que envolva o que está na moda: de joias de pedras semipreciosas a decorações inspiradíssimas no estilo Hollywood Baroque, com seu exagero no uso de materiais escandaescanda losos, brilhantes, originais e também excêntricos. Para mim, nada mais contemporâneo que estes dois excepcionais decoradores, que não formariam jamais uma dupla, até porque os egos nunca cabe caberiam no mesmo salão, por maior que fosse... Veja como nossos brazucas se inspiraram em seus estilos e assinaram suas homenagens aos dois monstros do business décor atual.
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francisco cálio interpreta jonathan adler na suite do sheraton wtc.
PERFIL
O tempo não para! Se antes os movimentos e revoluções duravam séculos, hoje bastam algumas décadas, dias ou a agilidade nas redes sociais para que a gente se transforme. De modernos passamos a contemporâneos ainda vivos, num piscar de olhos – pelo menos assim pareceu para mim. Por isso temos que nos impor desafios para estarmos atualizados! Neste número da revista do D&D, apostamos neste desafio e convidamos os arquitetos Francisco Cálio e a dupla Marcelo Brito e Pedro Potaris para interpretar o trabalho de dois decoradores contemporâneos norte-americanos: Jonathan Adler e Kelly Wearstler, respectivamente, utilizando tão somente móveis e objetos encontrados no D&D. O resultado é surpreendente. Nos perfis dos atualizadíssimos escritórios Königsberger Vannucchi e Fabio Morozini, vamos conhecer bastante do trabalho de cada um. Ainda no ramo, falamos de ícones de duas gerações e nacionalidades: o venezuelano Luis Pons e o brasileiro Bernardo Figueiredo, em emocionado depoimento de sua ex-mulher, a jornalista Lea Maria. Veja o que eles têm em comum. E também descobrimos que, antes de ser o sushiman mais badalado do Brasil, Jun Sakamoto estudou na FAU – e nos apresenta seu primeiro projeto, uma casa em São Paulo com direito a raia de piscina que entra pela sala! No ramo gastronômico, fomos provar o que é que o Barbacoa tem em matéria de carnes (resposta: pioneirismo, tradição e contemporaneidade). Na moda, a produtora e repórter Vanda Fulaneto entrevistou nossa garota propaganda fashion, a grande jornalista Lilian Pacce. Na arte, nosso editor Sergio Zobaran passou uma tarde com a artista plástica Lilian Bomeny em seu ateliê, um luxo todo colorido. Viajando um pouco mais, o colaborador Roberto Abolafio Jr. fala das feiras e mostras internacionais que vê como visitas indispensáveis para os profissionais informados de nossa área. E a revitalizada Miami é abordada pela mira de um grande e espetacular empreendimento. Para encerrar, o Best Buy mostra as melhores compras que você pode fazer no shopping, e a seção sobre nosso programa de relacionamento, o i/D. Fique ligado! Seja contemporâneo como nós! Um abraço, Vania Ceccotto
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o brascan century Plaza (1997), emPreendimento de uso misto, em são Paulo
Gianfranco Vannucchi trabalha em sua sala, no escritório do qual é sócio
ElE E sua gEntilEza
urbana
A família transferiu-se para o Brasil, em 1961, com o intuito de lucrar com um negócio de loterias. No mesmo ano, o presidente recém-empossado, Jânio Quadros (1917-1992), determinou: a União seria a única a legislar sobre o sistema de sorteios, e a Caixa Econômica Federal, sua exploradora exclusiva. Dá para imaginar a reação deles: “Che cosa facciamo?”
Do bar à FaU
Por: Roberto Abolafio Junior | Fotos: Paulo Brenta
Há quase 40 anos, o arquiteto italiano Gianfranco VannuccHi está à frente, com JorGe KöniGsberGer, de um escritório especializado no mercado imobiliário. seus proJetos contemporâneos procuram impactar as cidades o menos possíVel. na profissão e na Vida, quebrar reGras parece ser uma constante para ele
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A solução foi abrir um “boteco” na Rua Álvaro de Carvalho, também na região central, próximo ao Largo da Memória e, naquele tempo, da Editora Abril. Durante a década de 60, além de jornalistas, o humorista Jô Soares e o cartunista Henfil (19441988) costumavam frequentar o estabelecimento da família de Vannucchi, onde ele ajudava no dia a dia. Como “era bonitinho”, Vannucchi chegou a posar para fotos publicadas em diferentes revistas daquela editora. “Mas, durante muito tempo, fui garçom, o que me fez encarar a vida de maneira particular.” Ele estudou no Colégio Dante Alighieri e, depois, ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Durante o curso, foi estagiar, em 1972, no escritório de Königsberger, aberto um ano antes. Logo após sua graduação, em 1975, os dois associaram-se e, com o tempo, especializaram-se, sobretudo, no mercado imobiliário. Projetos residenciais, comerciais, corporativos, de planejamento urbano, logística e usos mistos integram seu portfólio.
É com certo humor que o arquiteto italiano Gianfranco Vannucchi, 63 anos, lembra-se das primeiras obras da carreira. “Começamos como todo mundo: com a reforminha da casa da vovó, a edícula da casa da tia...” A primeira pessoa do plural inclui o arquiteto paulistano Jorge Königsberger, 64, de origem alemã, seu sócio desde meados da década de 70. Ambos contabilizam mais de 1.000 projetos e 10 milhões de metros quadrados construídos. Para atualizar o visual interno do D&D Shopping, escolheu-se a premiada dupla. Natural de Florença, Vannucchi desembarcou em São Paulo, aos 11 anos, com os pais e dois irmãos. “Desde o início, gostei da cidade, bem diferente na época”, lembra ele, de camiseta polo preta, em uma sala de reuniões de seu escritório, no bairro paulistano do Brooklin. “No Centro, havia prédios que lembravam os de onde nasci. Além disso, passava um carro a cada vinte minutos na Avenida 9 de Julho, nosso primeiro endereço, perto da Praça da Bandeira.”
um dos edifícios residenciais do duo alto de Pinheiros (2008), na caPital Paulista
77 “Nós, os latiNo-americaNos, sempre criamos de maNeira susteNtável. como NuNca tivemos a tecNologia do primeiro muNdo, apreNdemos a usar o dispoNível”
ícones
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FotoS: ARQUIVo PESSoAL
EDITorIal
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DUas gerações, O venezuelanO luis POns e O brasileirO bernardO FigueiredO sãO nOssOs ícOnes desta ediçãO. em cOmum, bOa arquitetura e muitO de brasil.
a mesma paixão
Por: Roberto Abolafio Junior Fotos: Arquivo Pessoal e Paulo Vasconcellos
“Desde jovem, sempre admirei, à distância, as coisas do Brasil”, conta o venezuelano Luis Pons, 48 anos, radicado em Miami, nos Estados Unidos. O arquiteto e designer esteve em São Paulo, no começo de outubro, para participar da sexta edição do Boomspdesign – Fórum Internacional de Arquitetura, Design e Arte, realizada no D&D Shopping. O evento o elegeu “designer do ano” pelo conjunto da obra. Com referências latino-americanas, a arquitetura desse profissional baseia-se no “modernismo tropical”. A fluidez das obras de Oscar Niemeyer (1907-2012) ou os jardins sinuosos de Roberto Burle Marx (1909-1994) são fundamentais para ele. Por isso, quando possível, emprega elementos formalmente mais orgânicos em seus trabalhos. “Mas o orçamento dos clientes muitas vezes não permite usá-los, pois requerem processos construtivos complicados”, explica.
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01. O arquiteto e designer venezuelano Luis Pons, de 48 anos, que vive em Miami. 02. Miami Clouds, série de mobiliário lúdico, para interior e exterior, desenvolvida pelo designer. 03. Molduras escuras com detalhes de ouro compõem a credenza da linha Frame, uma das criações de Pons.
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Em residências e outros projetos – como hotéis na ilha caribenha de St. Barth, território francês –, o venezuelano procura explorar alguns vetores. É o caso da relação espacial entre dentro e fora, volumes e vazios, além da ventilação cruzada e iluminação natural. Quanto à questão da sustentabilidade, é enfático: “Nós, os latino-americanos, sempre criamos de maneira sustentável.
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sweet home
CONTEMPORÂNEA
ATÉ DEBAIXO
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D’ÁGUA
Projeto Pioneiro do chef – e quase arquiteto – jun sakamoto, a casa Próxima a são Paulo mostra outros de seus talentos, além da maestria à mesa jaPonesa. Por: Vanda Fulaneto | Fotos: Fabio Zanzeri
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moda
“AtrAvés dA modA você entende umA pessoA ou A históriA de um povo, Assim como A decorAção de um espAço”
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paixão pelo visual LiLian Pacce: oLhos de águia no cenário da moda e das artes visuais. Por: Vanda Fulaneto | Fotos: Divulgação
Profissional ligada, antenada e com olhos de águia para todo tipo de comportamento ligado ao assunto, ela está sempre buscando informações na mídia, na literatura, nas artes e no cinema. Seu interesse pela moda começou quando ela percebeu ter um radarzinho fashionable, nos tempos do jornal Folha de S. Paulo do início de sua carreira, quando era editora do caderno Casa e Companhia. Lá, atuava coordenando e realizando matérias de decoração, moda, arte, cultura e design. Em seguida a esse trabalho, Lilian deu a ideia, para o mesmo jornal, de criar uma página de moda semanal na Ilustrada, enfocando a moda como tema de comportamento e cultura - e não só “aquela coisa preconceituosa de mulherzinha”. O ponto de virada da sua carreira se deu aí, com uma grande dose de criatividade na produção e na concepção de suas matérias, que fizeram bastante sucesso nesse caderno. “Sempre pediam para eu falar de moda, e alguma coisa em mim inspirava confiança nesse sentido. Um assunto sedutor, pois acho desafiante fazer isso. Moda é revelador, uma área que é tão inquieta, tão mutável e ao mesmo tempo que exige tanta consistência. Através da moda você entende a personalidade de uma pessoa ou a história de um povo, assim como a decoração de um espaço”, afirma ela. Quando a pergunta é se a decoração, o design e a moda estão próximas, ela responde: “Os três caminham lado a lado, são áreas que trabalham forma, função e emoção. E a estética é um meio de comunicação, de expressão.Toda escolha - seja de um vestido ou de uma cadeira ou sofá - tem uma conotação, passa uma informação”. Formada em Comunicação Social, a fashionista já escreveu e publicou os livros Pelo Mundo da Moda - Criadores, Grifes e Modelos”/Ed. Senac; Herchcovitch, Alexandre /Ed. Cosac &Naify; EcoBags Moda e Meio Ambiente/Ed. Senac; e o Dicionário Adesivo para Brincar, Colar e Pintar/Ed. Ática. Engajada em projetos a favor da natureza e do meio ambiente, Lilian Pacce foi também a curadora da bem sucedida exposição do lançamento da campanha “Eu não sou de Plástico”, em 2007, onde estilistas renomados e participantes da SPFW (São Paulo Fashion Week) criaram bolsas e sacolas com materiais recicláveis. Quem a convidou foi o secretário do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, com o objetivo de incentivar a redução do uso de sacolas plástiJornalista do mesmo calibre de uma Anna Wintour cas descartáveis que tanto poluem o planeta. (papisa da moda e editora inglesa da revista Vogue AméOutro prazer que a jornalista sente é em estirica), a paulistana Lilian Pacce é uma das maiores benmular seus leitores, fazendo o melhor possível feitoras da indústria do estilo no Brasil. Autoridade no na hora de passar a informação. “Costumo ter assunto, ela é publisher do site do canal Moda da MSN, bastante agilidade e passar as novidades de onde mostra as tendências que vão pelo mundo fashion, maneira clara e bem checada - tudo o que cobrindo os desfiles de lançamento das coleções no eixo Pafaço é com alegria e sensibilidade e tenho o ris/Londres/Milão/Nova York/Rio de Janeiro e São Paulo. privilégio de ter acesso a pessoas e eventos muito especiais, onde recebo informação de Apresentadora e editora-chefe do GNT Fashion, programa primeira em primeira mão”, finaliza a ande moda semanal apresentado pelo canal GNT (Globosat), tenada Lilian que, com essa bem sucedida Lilian ministra palestras sobre tendências, leciona na FAAP e agitadíssima vida profissional, ainda ene já foi premiada duas vezes como a melhor jornalista de contra tempo para se dedicar ao maridão moda do Brasil (Phytoervas Fashion Award 1998 e Prêmio e educar seus três filhos queridos, hoje já ABIT Fashion, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, adolescentes e muito bem encaminhados. em 2004).
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INDEX16 20
PERFIL | KÖNIgSBERGER VANNUCCHI Construindo emblemas em São Paulo.
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SWEET HOME | CONTEMPORÂNEO Jun Sakamoto e seu primeiro projeto.
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gastronomia | BARBACOA Rede de churrascarias cresce do Brasil ao Japão.
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trend | MIAMI Condomínio de luxo reforça o lifestyle invejável de uma cidade.
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pelo mundo | JOÃO ARMENTANO
O arquiteto jet setter e suas andanças pelos mundo.
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ícones | LUIS PONS E BERNARDO FIGUEIREDO
Grandes profissionais de duas gerações.
44. BEST SELLER | G iulio Cappellini: guru do design italiano promove Istituto Marangoni 46. BEST BUY | AS COMPRAS DO VERÃO 54. arte | A PINTURA SIMBÓLICA DE LILIAN BOMENY 60. verde | FABIO MOROZINI DO VERDE AOS INTERIORES 66. MODA | VIDA E OBRA DA TRENDY LILIAN PACCE 70. DESIGN & DECORAÇÃO | KELLY WEARSTLER E JONATHAN ADLER 82. EM CARTAZ | Mostra Casa Hotel volta ao Sheraton São Paulo WTC 84. I/d NEWS | POR ONDE ANDAM NOSSOS PROFISSIONAIS 90. AGENDA | NO MUNDO: OS EVENTOS QUE NINGUÉM DEVE PERDER
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EXPEdIEnTE
GilBeRTo B. BomenY Presidente Conselho WTC-SP
lUCiAno monTeneGRo De meneZeS CEO WTC-SP luciano@wtc.com.br
VÂniA CeCCoTTo
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ColABoRADoReS Tatiane Babachinas Juliana Abbate
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design & comunicação
Cesar Rodrigues cesar@studiolemon.com.br
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Gianfranco Vannucchi trabalha em sua sala, no escritório do qual é sócio
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urbana Por: Roberto Abolafio Junior | Fotos: Paulo Brenta
Há quase 40 anos, o arquiteto italiano Gianfranco Vannucchi está à frente, com Jorge Königsberger, de um escritório especializado no mercado imobiliário. Seus projetos contemporâneos procuram impactar as cidades o menos possível. Na profissão e na vida, quebrar regras parece ser uma constante para ele
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É com certo humor que o arquiteto italiano Gianfranco Vannucchi, 63 anos, lembra-se das primeiras obras da carreira. “Começamos como todo mundo: com a reforminha da casa da vovó, a edícula da casa da tia...” A primeira pessoa do plural inclui o arquiteto paulistano Jorge Königsberger, 64, de origem alemã, seu sócio desde meados da década de 70. Ambos contabilizam mais de 1.000 projetos e 10 milhões de metros quadrados construídos. Para atualizar o visual interno do D&D Shopping, escolheu-se a premiada dupla. Natural de Florença, Vannucchi desembarcou em São Paulo, aos 11 anos, com os pais e dois irmãos. “Desde o início, gostei da cidade, bem diferente na época”, lembra ele, de camiseta polo preta, em uma sala de reuniões de seu escritório, no bairro paulistano do Brooklin. “No Centro, havia prédios que lembravam os de onde nasci. Além disso, passava um carro a cada vinte minutos na Avenida 9 de Julho, nosso primeiro endereço, perto da Praça da Bandeira.”
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O Brascan Century Plaza (1997), empreendimento de uso misto, em São Paulo
A família transferiu-se para o Brasil, em 1961, com o intuito de lucrar com um negócio de loterias. No mesmo ano, o presidente recém-empossado, Jânio Quadros (1917-1992), determinou: a União seria a única a legislar sobre o sistema de sorteios, e a Caixa Econômica Federal, sua exploradora exclusiva. Dá para imaginar a reação deles: “Che cosa facciamo?”
Do bar à FAU
A solução foi abrir um “boteco” na Rua Álvaro de Carvalho, também na região central, próximo ao Largo da Memória e, naquele tempo, da Editora Abril. Durante a década de 60, além de jornalistas, o humorista Jô Soares e o cartunista Henfil (19441988) costumavam frequentar o estabelecimento da família de Vannucchi, onde ele ajudava no dia a dia. Como “era bonitinho”, Vannucchi chegou a posar para fotos publicadas em diferentes revistas daquela editora. “Mas, durante muito tempo, fui garçom, o que me fez encarar a vida de maneira particular.” Ele estudou no Colégio Dante Alighieri e, depois, ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Durante o curso, foi estagiar, em 1972, no escritório de Königsberger, aberto um ano antes. Logo após sua graduação, em 1975, os dois associaram-se e, com o tempo, especializaram-se, sobretudo, no mercado imobiliário. Projetos residenciais, comerciais, corporativos, de planejamento urbano, logística e usos mistos integram seu portfólio.
Um dos edifícios residenciais do Duo Alto de Pinheiros (2008), na capital paulista
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23 O trabalho responsável por mudar o “patamar” do escritório, segundo o arquiteto, foi um empreendimento de uso misto no bairro paulistano do Itaim Bibi. O Brascan Century Plaza, de 1997, é mais conhecido como Kinoplex Itaim - por conta das cinco salas de cinema dessa rede que abriga. Além de contar com praça de alimentação e centro de convenções, o conjunto formado por três torres une hotelaria e espaços corporativos. “No estacionamento, quando o pessoal dos escritórios começa a ir embora, quem vai ao cinema chega”, explica o arquiteto. “O investimento é mais bem empregado.” A união do privado e do público, de algum modo, parece melhorar a vida na cidade – e importa à dupla.
Sim ao contemporâneo
Os edifícios residenciais de estilo neoclássico, ao contrário, não despertam interesse algum no escritório. Essas construções, para incorporadoras, corresponderiam ainda hoje à aspiração de grande parte dos novos clientes com alto poder aquisitivo. Mas por qual motivo reproduzir uma vila francesa nessa escala? “Recusamos muitas propostas do tipo”, conta o arquiteto. “Não acreditamos e não fazemos.” Foi em meio a esse exercício do não que surgiu um interessante projeto de duas torres de apartamentos. Voltado àquele mesmo público-alvo, o Duo Alto de Pinheiros, de 2008, na zona oeste paulistana, esbanja linhas contemporâneas. A existência de “muita gente com dinheiro e um outro olhar” confirmou-se com a boa aceitação dos imóveis de 300 m². “A partir daí, começaram a ser vistos pela cidade novos edifícios residenciais de alto padrão com arquitetura como aquela.” Mais uma marca dos sócios é a tentativa de inserir a edificação na rua de maneira agradável. Por exemplo, respeitar o recuo de 5 metros que deve haver, mas posicionar o gradil dois metros para dentro, a fim de alargar a calçada. “São gentilezas urbanas”, considera o profissional. “No Terra Brasilis, de 1991, um de nossos projetos corporativos, há uma série de curvas: não se sabe muito bem onde está o recuo, onde está o limite.” Tal construção fica na Avenida Luís Carlos Berrini, a mesma onde está o escritório Königsberger Vannucchi, em três andares de um prédio. De lá, saem cerca de 20 projetos por ano, com outra característica: pouca repetição de arquitetura. “É por conta de uma inquietação”, explica Vannucchi, o admirador dos arquitetos Lina Bo Bardi (1914-1992), Paulo Mendes da Rocha e João Filgueiras Lima, o Lelé, além dos escritórios Aflalo & Gasperini e Botti Rubin. Coacher dos jovens que lidam consigo, ele ensina: “Pode-se viver de arquitetura sem padrinhos e com ética”. Entre os trabalhos atuais, um destaque é a sede do SESC na Avenida Paulista. “Em um retrofit, o edifício de escritórios transforma-se em unidade da instituição.” Ao final, previsto para 2014, haverá, por exemplo, transparências no térreo e vãos internos para driblar o pé-direito baixo. Outro caso relevante é a direção de arquitetura na adaptação do antigo Hospital e Maternidade Umberto I, no bairro paulistano da Bela Vista, para um empreendimento do grupo francês Allard, com direção de arte do designer Philippe Starck. Abandonado há anos,
Acima, Gianfranco Vannucchi. Abaixo, ilustração de como será a unidade do SESC na Avenida Paulista. Na pág. anterior, o prédio comercial (1982), na paulistana Avenida Angélica, que abrigou instalações do extinto Banco do Commércio e Indústria de São Paulo – o primeiro grande cliente do escritório do arquiteto.
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PERFIL
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o conjunto arquitetônico – cujo primeiro prédio, do italiano Giulio Micheli, é de 1904 – foi tombado pelo Condephaat (órgão estadual responsável pelo patrimônio histórico) em 1986. Ainda a ser totalmente aprovada, a ideia é preservar o local, mas integrar a ele centros comercial e cultural, hotel seis estrelas, além de uma torre comercial-hoteleira.
Décor, arte e design
Quem gosta de decoração deve lembrar que o evento Casa Cor, em 2003, foi realizado nas dependências daquele velho hospital. Embora tenha concebido raríssimas ambientações, como a do prédio onde se localiza a diretoria do SESC Belenzinho, Vannuchi gosta de frequentar a tal mostra anual. Ele ajudou a compor a planta da mais recente edição, no Jockey Club de São Paulo. Resultado: um fluxo mais racional no trajeto dos visitantes. O profissional também é amante da arte. “Fiz workshops com [Luiz Paulo] Baravelli nos finais de semana e, durante anos, um curso fantástico com Carlos Fajardo”, comenta. Vale lembrar, ainda, que ele foi um dos fundadores, em 1986, da Companhia dos Tapetes Ocidentais. Marca no design brasileiro, a produção da empresa se contrapôs aos modelos orientais que dominavam o mercado no período. Antes de se afastar do negócio, criou desenhos memoráveis para os objetos, assim como fizeram outros arquitetos e artistas convidados. Vannucchi, que tem dois filhos, é acostumado a bons móveis e obras desde a infância. A mãe dele gostava de restaurar tapeçarias e o avô materno era um importante antiquário de Florença. Tratava-se de um tempo em que sua terra-natal produzia artefatos de couro e tecidos de altíssima qualidade, desaparecidos por conta da globalização. “As mesmas grandes grifes de sempre estão em Firenze, que, agora percebo, não tem escala para o turismo. A gente mal consegue andar...” É a mesma situação de quem enfrenta o trânsito paulistano. Membro da Comissão Técnica de Legislação Urbana do Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário, Vanucchi pergunta-se, durante o vaivém pela cidade, o que fazer com tantos automóveis. Em sua opinião, o novo Plano Diretor paulistano é, ao menos, “muito bem-intencionado” quanto à mobilidade urbana.
O edifício de escritórios Terra Brasilis (1991), em São Paulo
Da cidade para as montanhas, o arquiteto costuma pegar o carro, atravessar a Serra da Mantiqueira e chegar à bucólica São Francisco Xavier, no interior paulista, onde tem um sítio. “Basta um dia lá e me revigoro”, conta ele, que há pouco encontrou um antigo caderno seu, dos tempos de menino. Nele, escrevera sobre o futuro: “Quero ser arquiteto porque acho bonito construir coisas. Vou também ter barba e uma casa na praia”. Cumpriram-se os três desejos. Ainda que tenha vendido sua propriedade na Praia Vermelha, em Ubatuba, litoral paulista, o italiano guarda outro refúgio próximo do Atlântico. Só que do outro lado do oceano. É um sobradinho, de 50 m², na simpática Cascais, a cerca de 30 minutos de Lisboa. “A gastronomia de Portugal é deliciosa”, diz Gianfranco Vannucchi, afeito a bons pescados e frutos do mar. Pelo visto, para ele, Cascais é uma vez e sempre mais.
D&D Shopping renova o visual dos interiores O escritório Königsberger Vannucchi planejou alterações Ambientes mais luminosos, com acabamentos foscos, além de detalhes brancos e na cor oxidada de aço corten. Pouco a pouco, o D&D Shopping vai se transformando, de maneira sutil, com a intervenção pontual encabeçada pelo escritório Königsberger Vannucchi. A iluminação passa a empregar LEDs, eficientes e mais econômicos. “Atualizamos o aspecto dos acabamentos, com muito respeito ao projeto original”, explica o arquiteto italiano Gianfranco Vannucchi. Inaugurado em 31 de agosto de 1995, o centro de compras leva a assinatura do escritório Aflalo & Gasperini.
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CONTEMPORÂNEA
ATÉ DEBAIXO
D’ÁGUA
Projeto pioneiro do chef – e quase arquiteto – Jun Sakamoto, a casa próxima a São Paulo mostra outros de seus talentos, além da maestria à mesa japonesa Por: Vanda Fulaneto | Fotos: Fabio Zanzeri
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O que mais impressiona quem chega nesta bela construção contemporânea em São Paulo, longe do centro, não é apenas a beleza do muro de pedra e madeira da fachada. É, sim, saber que ela foi projetada pelo mais famoso restaurateur/ sushiman do País, Jun Sakamoto. Com um antigo cliente de seu restaurante, e que se tornou um grande amigo, ele pôde exercer um lado menos conhecido de seu imenso talento: o gosto pela arquitetura (leia o box com a entrevista de Jun), além da luminotécnica. A casa, onde mora um casal com duas adolescentes e um porquinho da Índia, o Polucho, vai se ampliando à medida que entramos e descobrimos o terreno em declive – e tudo o que ele permite vislumbrar em sua arquitetura interior, como a grande escadaria em madeira (cumaru, como no resto da casa), e o verde ao seu redor, em integração verdadeira. A começar pela deslumbrante vista permanente para a mata à sua frente. E a mais, no mínimo, a surpresa de se deparar com uma raia que sai da piscina e penetra a casa pela sala de estar. Depois de três anos de obra, finalizada em junho de 2010, a tinta da cor do cimento, com um leve tom esverdeado, passou a envolver a residência de três andares em seus 1.300 m2 de área construída,
num terreno de 1.600 m2. No nível térreo estão o home theater e o escritório. Descendo as escadarias encontra-se o living, a sala da lareira, a sala de jantar, a cozinha gourmet e a adega. Além do grande deck com a churrasqueira (com direito a uma imensa mesa comunitária), a cozinha e a sala de almoço, que tem continuidade pela piscina, revestida em minipastilhas de vidro importadas do México, e a prainha com espreguiçadeiras. Afinal, a parte de lazer é o que mais encanta seus moradores, excelentes anfitriões de intermináveis almoços de domingo e festas em datas tão especiais que o próprio Jun participa com sua cozinha japonesa de excelência. No primeiro andar, tem a suíte do casal, com banheira de hidromassagem, closet extenso atrás da cama e um deck. E neste mesmo andar estão mais três suítes, todas com ofurô. Um espelho d’água com fundo de vidro corre exatamente sobre a raia da piscina, que fica no andar de baixo. Abaixo do nível da rua está a academia integrada com a sauna úmida, outra banheira de hidromassagem e uma discoteca com isolamento acústico. E mais as duas suítes de empregados, a lavanderia e a garagem para cinco carros. O paisagismo de todo o jardim à volta foi assinado por Luciano
29 Na outra página, madeira e pedra na fachada. Na foto ao lado, a sala com lareira recebe a raia da piscina. Abaixo, vista da mata em qualquer ângulo.
Fiaschi. A automação também foi toda comandada por Jun, e prevê, através do controle de câmeras, todo o acionamento de luzes e portas, estas com biometria, blackouts, persianas, TVs, som, etc., através de iPads ou iPhones, de qualquer lugar. Esses confortos extras que fazem desta casa um lar, onde a temperatura, em geral, é mais amena do que na cidade de São Paulo. E como a casa recebe luz solar o dia todo, praticamente não se usa ar quente nem no inverno, apesar dos ambientes serem todos climatizados. Em relação à decoração, os proprietários gostam mesmo é de um ambiente clean, como se vê. Mas, confessam, ainda não terminaram a decoração...
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Decoração clean e muita madeira. No teto (página ao lado), escadaria e lustre de Ingo Maurer. No home theater (acima) colméia no teto. Cerâmica de Paola de Orleans e Bragança e Mesa comunitária (foto ao lado).
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JUN, O SUSHIMAN QUE SERIA ARQUITETO O chef explica seu primeiro projeto – e promete mais Como surgiu sua amizade com seu cliente? Ele era meu cliente desde a época em que trabalhei no Komazushi, em 1998. Quando abri meu restaurante, ele ia semanalmente, e nossa amizade foi crescendo. Ele passou a conhecer meu lado arquiteto ao longo deste tempo. Quando comprou um terreno próximo a São Paulo, me pediu pra ajudá-lo a escolher um profissional. No fim, eu ia dando sugestões dos detalhes da casa, e ele acabou me convidando para projetá-la. Na época eu tinha tempo e parti para esta aventura.
jun sakamoto: entre hashis e croquis
Como foi sua ideia de realizar o projeto e onde buscou inspiração para construir esta casa com toques orientais? Estudei na FAU por 3 anos, mas acabei abandonando a faculdade para me dedicar à gastronomia. A inspiração veio de uma longa admiração que eu sempre tive por obras de grandes arquitetos, muitos deles japoneses, como Tadao Ando, Kenzo Tange, Kengo Kuma e muitos outros.
“A inspiração veio de uma longa admiração que eu sempre tive por obras de grandes arquitetos, muitos deles japoneses.”
Quais são os pontos altos da casa? A casa não tem apenas um ponto alto. Eu acredito que todas as soluções pensadas foram bem resolvidas. A casa conseguiu ter uma ótima proporção na volumetria e procurei linhas simples, sem excessos: a circulação facilita muito o uso de uma casa desse porte e respeitou muito o perfil do cliente/amigo, que gosta de receber amigos.
Em quanto tempo a casa ficou pronta? Foi uma longa trajetória! Tivemos muitos problemas com o engenheiro que o cliente contratou. Aos três anos de obra, chegou-se somente na metade! Ao fazer o distrato com ele, assumi a obra e gerenciei a finalização do projeto. Desse momento em diante, conseguimos fazer todos os acabamentos em um ano, e entreguei a casa para ele morar.
Como você fez o projeto de automação e de luminotécnica da casa? Gosto muito de luz e me preocupei muito, por entendê-la como um dos elementos principais do projeto. Foi considerado tanto a luz natural como a artificial – assim poderíamos ter quase duas casas em uma só. A automação é apenas uma ferramenta para ajudar o cliente a usar todos os efeitos que a luminotécnica pode proporcionar.
Como é a relação de vocês depois da construção da casa? Ótima! Nunca foi uma relação profissional, foi sempre de dois amigos que confiam muito um no outro. Este foi seu primeiro e único projeto? Vai fazer outros? Por enquanto... Não tenho planos, mas com certeza não será o único. Digo sempre que arquitetura não é uma opção profissional, é uma opção de vida. Agradecimentos: Sierra Móveis e Espaço 204 - D&D Shopping
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Por: Sergio Zobaran Fotos: Paulo Brenta
DO D&D A TÓQUIO, A HISTÓRIA DA CASA DE CARNES QUE CONSAGROU O SERVIÇO À LA CARTE, CRIOU O RODÍZIO CHIque E JÁ ATENDEU 12 MILHÕES DE PESSOAS AO LONGO DE 23 ANOS
BARBACOA:
EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO
Ao lado, assado de Tira acompanhado de Farofa Barbacoa.
Uma grande história, dois ótimos – e fundamentais – personagens. A churrascaria Barbacoa, brasileiríssima (são sete unidades entre São Paulo, Campinas, Salvador, Manaus e Brasília), e pra lá de internacional (está também em Milão, onde é própria, além de Osaka e Tóquio, a capital onde mantém duas casas), segue em frente desde sua fundação, em 1990, sempre em busca de aprimorar a qualidade de seu produto e o elogiado serviço. E é gente como o publicitário e artista plástico de formação Marcelo Favaro e o ex-futuro engenheiro químico Ramon Mosquera que faz a operação acontecer de forma redonda e saborosa.
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O TRADICIONAL TRIO QUALIDADE/SERVIÇO/ PREÇO JUSTO É MAIS QUE PERFEITO: “NÃO ADIANTA SÓ TER A CARNE BOA”.
À frente de todas as cozinhas e churrasqueiras do Barbacoa, o paulistano Marcelo já gostava de cozinhar e frequentar bons restaurantes com os amigos quando conheceu o chef Alex Atala. E voilà! Em apenas um mês já trabalhava ao seu lado no antigo restaurante Na Mesa, na rua da Consolação, onde hoje funciona o italiano Tappo. Ele tinha então 28 anos, e aí começava a sua escola de culinária, que passou ainda por outras mesas e salões, inclusive de festas: integrou-se em seguida ao bufê de Neka Menna Barreto, que existe há mais de 25 anos, e é conhecido por suas experimentações gastronômicas – Favaro adorava a sua criatividade. Até que, sete anos atrás, mudou-se de mala e cuia para a rede Barbacoa, onde hoje supervisiona todas as suas cozinhas no Brasil, com voos eventuais para Milão. No Barbacoa, ele garante, come-se “a melhor costelinha de cordeiro do mundo”, que tem sua peça inteira assada no sal “para não perder a substância, o sabor”. Mas seu menu não se restringe à iguaria. Para seu gosto, as melhores carnes são o TBone (parte do contrafilé e do filé mignon), e o entrecôte, sua preferida, “porque
é muito saboroso e macio, com sua gordura entremeada” e a picanha: “não tem jeito, é a preferida de todos”. Ramon, o gerente do grupo, entra na conversa, falante e elegante como ele só, e defende com unhas e dentes a matéria-prima utilizada pelo Barbacoa: “nossas carnes vêm todas do Uruguai, e temos um profissional exclusivo que as procura todos os dias, fazendo a seleção dentro de cada frigorífico”. Questionado sobre uma possível criação de gado própria, Ramon contesta e prova: “não é possível a manutenção de uma criação, é matematicamente impossível”. Sem mais números, ele relembra que a teoria e a prática que a marca exerce há quase 23 anos – a serem comemorados em novembro deste ano – é a que dá mais certo. Para ele, o tradicional trio qualidade/serviço/ preço justo é mais que perfeito: “não adianta só ter a carne boa”. Experiente, pois trabalha desde adolescente em churrascarias no eixo Rio/SP, Ramon tem DNA perfeito para a profissão que abraçou depois de abandonar o curso de engenharia química,
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ramon: tradição de pai para filho
favaro: da publicidade para as churrasqueiras
a despeito da insatisfação primeira do pai – o lendário, também maître, Ramon, que fez a abertura do primeiro Barbacoa em 26 de novembro de 1990, data que Ramon filho tem precisamente na cabeça. Ele, que não sabia fazer nada e começou como porteiro, “com muito orgulho da gravata borboleta vermelha”, encaminhava as pessoas para dentro das casas e “era o funcionário mais feliz do mundo”. Ramon vive no ramo desde os anos 70, “quando o importante era comer muito”, e antes de a refeição “se tornar uma experiência”, como nos dias de hoje. “Mudou a alimentação, mudou o conceito, tornamo-nos mais gourmets – come-se menos e melhor. Por isso preocupamo-nos com a qualidade e a apresentação, e não mais com a quantidade”, ele diz, enquanto relembra o que considera a maior vantagem que a nouvelle cuisine trouxe – o costume de menores porções no prato. E ele também tem certeza de que a abertura de mercado teve um papel preponderante nisso, pois trouxe novos ingredientes indispensáveis aos bons garfos atuais. Basta ver as saladas do
Barbacoa, um dos primeiros a servi-las em bufê em uma churrascaria, introduzindo o hábito de associar a salada à carne, antes apenas acompanhada de batatas e farofas. Alguém consegue imaginar hoje, por exemplo, uma salada sem o vinagre balsâmico, entre outros ingredientes importados? Ramon enumera as vantagens da marca que representa: “desde o cardápio de 50 rótulos de cervejas, muitas belgas e alemãs, que harmonizam com as carnes, até a extensa carta de vinhos do Barbacoa; afinal, água é boa só para a saúde”, ele completa. Ao valorizar o serviço à la carte do D&D, nosso maître reitera: “a forma de apresentar o prato se sofisticou!”. Para finalizar, ele relembra ainda o pão de queijo “excepcional”. Entre os cortes que recomenda estão o Bife Ancho, o Bife de Tira, a Costela Premium, o Assado de Tira, a Costeleta de Javali – e a de cordeiro, claro –, além dos peixes como o salmão e o pintado, dentre outros preparados à perfeição, e as mais de 20 opções de grelhados, seguidas de deliciosas guarnições e sobremesas.
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PRESENTE No Regalia, novo endereรงo zen e aristocrรกtico
Visรฃo noturna do Regalia Tower e da costa sul da cidade
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01. Vista da suĂte presidencial ao por do sol. Ao fundo a hidrovia Intracostal. 02. Cozinha com armĂĄrios personalizados por designer italiano e bancadas de pedra. 03. Banheiro master com box de vidro que se abre para a varanda.
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Se no espanhol e em italiano a palavra regalo significa um presente, em português pode ser também sinônimo de alegria. Alegria e oferta são as idéias presentes na torre de 42 andares do espetacular projeto do arquiteto peruano Bernardo Fort-Brescia, o edifício Regalia Miami, na cidade da Flórida, a ser concluído em fevereiro do ano que vem. A arquitetura escultural do Regalia Miami é um presente à cidade preferida por centenas de brasileiros em férias ou que gozam de temporadas mais longas. Com suas linhas clássicas, será um dos endereços mais nobres da cidade e constitui uma alegria principesca para quem investir numa de suas unidades residenciais. As formas do edifício, situado no último lote de terreno disponível em Sunny Isles Beach, na divisa com a aristocrática Golden Beach, são ondulantes e simbolizam as suaves ondas da costa oceânica da região. As linhas são geométricas, mas sinuosas, e se traduzem nas curvas das amplas varandas que protegem do sol as paredes exteriores, todas de vidro, rasgadas do teto ao piso, em cada apartamento de 500 m2 de area útil e mais 200 m2 de terraço – um único, e exclusivo, em cada andar. Águas e brisas típicas da Flórida foram fontes de inspiração para Fort-Brescia neste seu trabalho que oferece um estilo de vida sereno e zen. O arquiteto é diretor do famoso escritório Arquitectonica International Corporation, com sede mundial em Miami, que pertence a uma das mais aristocráticas e antigas famílias do Peru e foi premiado diversas vezes pelo American Institute of Architectes, do qual é filiado. O ex-aluno de Princeton e professor da Universidade de Harvard possui projetos construídos em todos os continentes. Em Lima, a sua cidade natal; um cassino em Las Vegas; museus no Bronx, em Nova Iorque; e em Dijon, na França; uma torre
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04. Piscina com deck de entrada, luzes celestiais e cabanas no jardim. 05. Vista noturna de Miami. 06. Praia com água turquesa
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em Sevilha, na Espanha, e em Luxemburgo; projetos nas Filipinas e aeroportos, bancos e hotéis espalhados pelo mundo. Os acabamentos internos de cada apartamento, lembra Gilberto Bomeny, presidente da WTCAI, empresa responsável pela assessoria de marketing do empreendimento na América Latina, serão “escolhidos conforme o gosto de cada condômino. Os pisos escolhidos, em geral, são frios - de pedra, mármore, cerâmicas e contribuem para proporcionar frescor aos ambientes.” Ele ressalta a beleza da paisagem sensacional, com 360 graus, para o canal, o mar e a cidade que o morador da torre terá. “O gabarito permitido para as construções na região de Golden Beach é bem baixo. Lá não há prédios. E o Regalia se encontra de frente para o Oceano.” Neste novo estilo de vida de glamour, luxo e requinte versão século 21 dos edifícios inteligentes residenciais, vários serviços se encontram à disposição dos condôminos do Regalia. Um spa completo, com nutricionista disponível para orientar a alimen-
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tação dos moradores; um estúdio especial para ioga, a piscina infinita se confundindo com as curvas da praia em frente, instalações para banhos turcos, saunas para casais e biblioteca, escritórios e centro para uso de executivos. Para quem desejar privacidade total, cada apartamento, que conta com acesso através de elevador de vestíbulo, terá spa com banheiras e acessórios de grifes. O condômino poderá fazer suas caminhadas com tranquilidade no próprio terraço – as walk verandas que envolvem cada pavimento– sem precisar descer. E usará cozinhas gourmets, amplas, ao estilo europeu. No mundo totalmente globalizado, o Regalia será um núcleo modelo de multiconvivência, já que americanos, canadenses, russos, sul-americanos - brasileiros, argentinos, venezuelanos – são condôminos. Todos aficionados por Miami, cidade que conta com a qualidade de vida das metrópoles americanas – e portanto com o conforto do american way of life - , mas também com uma população mais aberta e calorosa por ser tão próxima da América Latina.
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a visÃo de miami por Quem freQuenta a cidade há duas dÉcadas Jorge e Ana Kaufmann* Sempre gostamos muito de passar férias em Miami, e temos ido desde os anos 90. Preferimos ficar em um hotel com ‘ocean view’, mais para North Beach, que é bem tranquilo. Ver o sol nascer do mar (visual lisérgico!) e mergulhar na praia vazia com águas turquesas é um bom começo. Depois, a dica é passear de carro conversível pela Pine Tree Drive, atravessar as pontes e almoçar no restaurante da marina de Coconut Grove. Como livraria é um dos nossos programas prediletos, recomendamos a Books & Books de Coral Gables, que é enorme e especializada em arquitetura e fotografia (também tem na Lincoln Road e no Bal Harbour - são menores, mas também bacanas). O museu Wolfsonian, na Washigton Ave., em South Beach, é muito interessante, e andar a pé por ali é sempre simpático. Comprar objetos ‘mid-century’ é outro grande ‘hit’ de Miami. O Lincoln Road Flea Market, aos domingos (um sim, um não) é para quem gosta mais de feirinhas que de baladas, pois é só de
manhã! E tem as novas galerias de arte e design, um verdadeiro boom no Design District, com ótimos restaurantes e cafés. E tem muito, muito mais! Mas passear e descobrir novos lugares, por acaso, sem pressa, dá sempre muito prazer e um sabor especial a qualquer passeio. Boa Viagem! *Estilistas hoje dedicados ao comércio de móveis vintage.
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Diretor criativo da empresa que leva seu sobrenome, Giulio Cappellini vem ao Brasil e revela parceria com o Istituto Marangoni, em Milão
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p. A globalização intensificava-se nos anos 80 e, de maneira sincrônica, Giulio Cappellini começava a dar novo caráter à produção de mobiliário da empresa pertencente à sua família. Depois de assumir a gestão da Cappellini, baseada em Milão, no ano de 1979, o que era puramente artesanal foi ganhando apelo global tanto no design quanto no emprego de materiais e na fabricação. Um dos principais aspectos de tal abordagem, encabeçada pelo arquiteto, designer e administrador de empresas, foi a valorização do trabalho de jovens profissionais de diferentes partes do mundo. “Às vezes, ser eclético é mais difícil do que formar um estilo com determinada assinatura”, disse o diretor criativo da empresa. “Amo a mistura do minimalismo de Tom Dixon, da sofisticação dos irmãos Bouroullec e do neobarroco de Marcel Wanders. O consumidor gosta de variedade. Não há monocultura.” Com esse pensamento, ele se tornou uma das figuras centrais na cena mundial do design. Para exercitar o faro fino em busca de talentos pouco conhecidos, “Júlio Chapeuzinhos” viaja bastante, fala com muita gente e faz questão de aproximar-se do universo acadêmico. A vinda dele ao Brasil no início de novembro de 2013 reflete, de certo modo, esse gosto pela estudantada. Eis a oportunidade de contar, em palestras em São Paulo e no Rio de Janeiro, sobre sua trajetória e a parceria com o Istituto Marangoni. A escola milanesa é referência no ensino de moda desde 1935 e abrange outros segmentos do design. “Exclusivamente voltado a eles, um novo campus, na mesma cidade, terá direção criativa de Giulio, que concebeu os interiores”, explica a consultora carioca de design Luiza Bomeny, representante da instituição no Brasil. “Além disso, será consultor para atividades pedagógicas e projetos com empresas.” Luiza é a organizadora das
apresentações do mestre no país: em São Paulo, em parceria com o editor e curador Sergio Zobaran, no D&D Shopping; e no Rio, com Patricia Mayer e Patricia Quentel – franqueadas da Casa Cor desde 1991 – e neste evento, especificamente, apresentado através do blog delas, A Cor da Casa. Vale lembrar que, assim como em outros mercados emergentes, o empresário italiano está de olho no Brasil. Tanto que, neste ano, a Cappellini passou a editar peças criadas pelo designer carioca Zanini de Zanine.
Tradição de 78 anos Fundado em Milão, no ano de 1935, o Istituto Marangoni especializou-se no ensino de fashion design. Hoje, tem escolas de moda também em Londres e Paris, além do centro de treinamento de moda e design de Xangai. Exclusivo para as diferentes áreas do design, o segundo campus milanês, em uma construção de 1600, na Via Cerva, tem abertura prevista para o início de 2014. Segundo a consultora de design Luiza Bomeny, representante da instituição no país há 12 anos, a novidade tende a despertar ainda mais o interesse de brasileiros pelos cursos oferecidos: dos regulares às pós-graduações, dos de verão aos programas intensivos de um ano. “Em 2013, inscrevi 80 pessoas, de formações variadas, nas diferentes divisões e localidades”, comenta ela. Mais informações no www.istitutomarangoni.com.br.
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no verão as nossas casas ganham muito mais cores: verde, vermelho, amarelo, azul... Veja o arco-íris de opções que o d&d traz para você nesta temporada que começa. 01
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BOMENY Por: Sergio Zobaran | Fotos: Arquivo pessoal
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Autodidata, a artista plástica carioca radicada em São Paulo Lilian de Mello Bomeny nos recebe em seu grande escritório-ateliê no bairro dos Jardins. Ela é carioca que se casou e mudou para cá, e ainda sente muito a falta do mar no seu dia a dia. Mas a vida longe da praia a transformou em uma paulistana típica – Lilian passou a trabalhar muito. Primeiro, com uma agência de turismo própria. Depois, com a pintura – e seus livros (Universo Feminino, Nos Jardins da Catedral e Caminho do Sol) descobriu no trabalho a sua maior diversão.
Tudo começou com a ida a um spa, onde aprendeu a pintar em seda. Ela, que já gostava de pintar em porcelana, teve o incentivo dos amigos e da família. E uma encomenda de um flat que lhe pedia, de uma só vez, 200 quadros! Como nunca tinha pegado numa tela, pintou tudo em seda, o que considerava mais suave. Mas, após ouvir a voz de uma especialista, uma crítica de arte, fez uma troca fundamental do seu suporte de trabalho: passou de tecido como base e foi para a tela. Um caminho árduo, mas produtivo e progressivo. Aí surge o ponto nevrálgico da arte de Lilian. Segundo um outro crítico, sua pintura pode ser classificada como simbólica, isto é, o veículo de uma simbologia na qual sempre aparecem alguns elementos além da pintura colorida, alegre e pictórica que caracterizam o seu fazer artístico. Para entender: Lilian sempre encerra suas composições muito coloridas com elaboradíssimas letras (em que alfabeto mesmo seriam?), as quais ela mesma desconhece de onde vem. Mas que, de qualquer forma, estão ali presentes em um ou outro canto da tela.
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O pulo paralelo rumo à escultura veio como uma consequência. E depois de um curso no MuBE, foi levada aos moldes de barro que se transformaram em cabeças. E até, por que não, aos revólveres que concebeu para uma ONG dedicada à não violência – esta obra, uma de suas maiores, hoje repousa no lobby do Sheraton São Paulo WTC Hotel. Ali também estão, em outros de seus inúmeros salões, painéis e esculturas de ferro pintadas que começaram a seguir para exposições fora do País. Suas mostras e instalações atravessaram o mar, e algumas fronteiras, e Lilian, nesta trajetória, já expôs em Portugal e na Espanha, na França (Paris) e na Alemanha. E, mais recentemente, em Miami, onde atende encomendas de peças para grandes halls de empreendimentos que surgem. Também em São Paulo, no seu Espaço Singular, a casa citada no início do texto, promove eventos culturais, dela e de outros artistas. São exposições-relâmpago, como as de Modigliani, às vezes com apenas um dia de duração. Neste mesmo local amplo, arborizado, muito calmo e discreto, um oásis na cidade, ela mantém uma só suíte para hospedar outros artistas e hóspedes que venham de fora. Mas, pelo amor que tem à casa tão colorida quanto ela, vê-se que Lilian facilmente viveria ali. Entre suas mesas de trabalho, tintas e pincéis espalhados por salas generosas. Inspirada por ventos e versos tão distantes quanto os que vêm do Japão ou da Índia (seria de um destes países a tal caligrafia intraduzível?). Puro regozijo de quem nasceu para criar o belo.
Na página ao lado, Pintura Alegria / Ano 2012 / 60 x 87. Ao lado, Lilian Bomeny. Abaixo, Pintura Mistério / Ano 2006 / 1,00 x 1,00.
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PELO MUNDO
O arquiteto viaja o ano todo: EUA, Europa e África. Abaixo, a Catedral Sagrada Família, em Barcelona.
jet setter João Armentano abraça o mundo em muitas viagens a trabalho e outras a lazer, como no seu aniversário, quanto visita sua Itália familiar
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Por: Sergio Zobaran | Fotos: Arquivo
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O arquiteto João Armentano, mestre paulista das linhas retas, dos ambientes com pé-direito alto há décadas e dono de uma coerência no trabalho que o faz reconhecido por seus projetos, que têm tanto a cara do dono quanto a dele, viaja ao exterior mensalmente, a trabalho. E adora estas saídas, mesmo que rápidas, até porque escolheu como profissão a arquitetura “por não ser capaz de ficar preso a uma sala ou a um consultório”. É o que ele diz, alegando que a viagem é o ar que respira. Assim, abre caminhos “do Amazonas ao Rio Grande do Sul”. João viaja pelo mundo inteiro, e vai especial e constantemente aos Estados Unidos (tem obras em andamento em Nova York, Miami e Boston), à Europa (mais especificamente à Bélgica, onde trabalha para um complexo hípico) e à África (continente em que também desenvolve projetos de residências).
57 01. João curte as construções art déco de South Beach, Miami. 02. Em Nova York, ama especificamente Chelsea. 03. Eindhoven, na Holanda, e seus prédios.
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Nestas viagens a trabalho, João exerce o que considera o maior desafio para o arquiteto – e isso, para ele, significa ”não ficar preso”. Apesar da declaração, ele confessa cair em ratoeiras, pois se embrenha naquilo que faz de tal forma que se torna um rato, “um rato de fábrica: se entro em uma, viro um funcionário ou um industrial; numa casa, passo a fazer parte da família; e viro até rato de academia, quando é o caso”. E ele também vira rato até mesmo em um ‘manège’ (uma escola de equitação, em francês, com picadeiro e tudo a que tem direito) na Europa! Para ele, qualquer profissão deve ser exercida com muito prazer. E um destes prazeres, na sua forma de ver e fazer arquitetura, é estar sempre em busca de “novas emoções e sentimentos, novos sentidos!”. Não era o que seu pai queria! Nem essa vida errante e cigana e nem a arquitetura como a profissão mais desejada para o filho, que se formou na Universidade Braz Cubas nos anos 80, ao lado de outros grandes nomes como Roberto Migotto, Jorge Elias e Raquel Silveira, entre muitos outros craques. Com pelo menos duas saídas anuais ao exterior inteiramente dedicadas à família e ao lazer, Armentano confessa que o lugar que gosta mesmo de visitar nestas ocasiões – uma delas tem que ser seu aniversário, quando alguns amigos também são convidados – é a Itália, terra de seus ancestrais, mas “apenas para comer e beber muito!”.
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Entre idas e vindas constantes, nosso jet setter aponta alguns dos monumentos arquitetônicos do mundo que mais admira. Com muita personalidade e um gosto bem variado, João passeia com facilidade entre um viaduto revitalizado em Nova York e a Catedral de Barcelona, em estilo gótico. E vai da Bélgica e da França até a Austrália e o Japão em um pulo, agitado que é. Acompanhe suas preferências entre alguns importantes monumentos, e momentos, para ele únicos no mundo.
PELO MundO
aQUele abraÇo para...
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Eua: Em NY, o que Armentano gosta, simplesmente e sem maiores espantos, é o fato de ser “um centro de arquitetura e grandes construções”. Aprecia, especificamente, o Chelsea, e a estrutura em volta do High Line, que acha curiosa e interessante. E a escada da loja Armani na Quinta Avenida, projetada pelo Studio Fuksas. Em Miami, “curto South Beach”. HolanDa: “Em Eindhoven a arquitetura é particular. De um extremo bom gosto minimalista em seus prédios novos”. ESPanHa: “A catedral de Barcelona não existe! É um colírio, um acontecimento e mais um pouco!”. França: “As obras de Jean Nouvel, todas (como a Fundação Cartier)”. auSTrÁlIa: “A Ópera de Sidney sempre foi especial. Desde garoto fico babando por ela”. JaPão: “A loja da Prada é tudo”. braSIl: “A Oca, aqui em São Paulo. Conceber aquilo nos anos 50 foi o máximo! Esse cara (Oscar Niemeyer) é bom! Mas o meu ídolo mesmo é o Paulo Mendes da Rocha, pelo conjunto da obra”.
04. Paris e seus monumentos. 05. João “baba” na Ópera de Sidney. 06. E acha “tudo” a loja da Prada em Tóquio.
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Com pé na terra desde seu início ‘verde’, Fabio Morozini alcança novos horizontes na arquitetura Por: Sergio Zobaran | Fotos: Arquivo pessoal
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Ele nunca trabalhou para qualquer outro arquiteto. como um bicicletário, caminhos e passagens com pisos drenantes, um E sempre desenvolveu seus projetos “por conta e risco”, programa de coleta de lixo e limpeza, lixeiras especialmente desenhadesde que se formou na FAAP em 1995. Sua paixão é uma das, canteiros com árvores frutíferas, palmeiras, bancos e mesas”). obra, “o cheiro de obra”, como o daquelas em que acompaIsso tudo era solicitado por clientes particulares e parceiros, e por nhava o pai, construtor por hobby (era industrial do papel e essa categoria deve-se entender nomes de peso como Jorge Elias, de embalagens), e dois de seus tios. Fabio, desde a infância, João Armentano, Consuelo Jorge e Roberto Cimino, entre outros. E, já frequentava marcenarias, lojas de materiais de construção no final, em função das solicitações deste mix de profissionais consae, no final, ajudava a plantar os jardins, pelos quais também grados, estilos de paisagismo se misturaram. Hoje, Fabio Morozini era apaixonado desde criança. “Trabalhei com ele nas férias não deixa de incluir este talento em seus trabalhos, ainda que mais desde meus 13 anos: no almoxarifado, fazendo entregas, ajuvoltados para a arquitetura em si. dando a carregar as resmas de papel ou mesmo na guilhotina “O verde não anda separado da arquitetura, um puxa o oue na empacotadora”, ele diz e se orgulha. O cheiro da obra tro. Gosto do verde natural, bem próximo de todos. E este é ficou impregnado em suas narinas, como me declarou anos meu princípio básico: causar sensações boas com canteiros coloriatrás, quando deixava de focar unicamente o paisagismo, seu dos de flores, perfumes, locais de contemplação, de querer ficar. primeiro trabalho – fez mais de 250 ‘projetos verdes’ –, inspiComo estamos num país tropical, com uma variedade imensa de rado por vertentes tão díspares quanto Roberto Burle Marx espécies, gosto de explorar as vertentes que utilizam esta vegee os labirintos típicos franceses. As áreas externas, entre elas tação – palmeiras, bromélias, jasmim-manga, minha preferida, a revitalização, há cinco anos, de uma praça pública junto ao pau ferro, forrações coloridas, ninfeias de água. Gosto também Morumbi Shopping, com 5 mil metros quadrados (“onde dede ter, durante o dia, uma determinada sensação; e à noite, com senvolvemos uma nova utilização do espaço, com implantação um bom projeto luminotécnico, uma outra”, ele pontua. Bancos das mais variadas espécies da mata nativa brasileira, flores nos e mobiliário nunca estão fora de seus projetos, bem como percanteiros e iluminação com LED, então uma grande novidade, golados, cascatas e espelhos d’água.
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ECLETISMO E ARTE
Mas sua arquitetura volta-se já há alguns anos, em sua maior parte, para a construção e para os interiores também. Homem sem preconceitos, ele é um ‘faz-tudo’ da profissão pela qual é um aficionado. Eclético, e por isso contemporâneo, vai da fachada de uma loja de rua em São Paulo, com uma vitrine com 8 metros de altura, até outras em Curitiba e Porto Alegre, e vitrines de lojas do D&D, como La Lampe e Artefacto. E mais ainda: vai à decoração, que faz cada vez melhor, com tom internacional, bom gosto e busca constante de ambientações originais, únicas. “Procuro unir os tons neutros com a arte. E, claro (ter como resultado), o que reflita o dono do espaço, seja uma casa, uma loja ou um shopping center” – clientes que muito respeita, como o trabalho que atualmente desenvolve para o D&D e o complexo WTC, em São Paulo. “Arte é arte na esquina, aqui em SP, nas ladeiras de Salvador, numa grande galeria de Nova York ou Paris. Compro e gosto de arte contemporânea, novos artistas, apostas que faço e que o mercado coloca como especiais. Sugiro, acompanho meus clientes nas escolhas de cada obra a ser comprada, determinadas em projeto, ou realocadas de uma coleção já existente”.
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Entre os artistas que compra, sugere e admira estão Adriana Duque e Felipe Morozini (fotógrafo e seu irmão), Albano Afonso, Lúcio Carvalho, Beatriz Milhazes, Nelson Leirner, e os ‘clássicos’ Tomie Ohtake, Palatnik, Di Cavalcante e Portinari. Adepto dos tons neutros, acredita muito na união da arte com a arquitetura, no uso de tons neutros – o verde-musgo, a cor de couro natural, cinza escuro, preto, branco, tons de prata no aço inox fosco, na folha de prata em si, no acabamento dourado mate de alguns móveis, no marrom escuro e, em alguns casos, utiliza sua cor predileta, o azul. E nos materiais de acabamentos exclusivos, como o brasileiríssimo granito preto em novo uso (levigado para interiores), veludos em cortinas, móveis de lojas de importados italianos e franceses. Fabio gosta do papel de parede e, também, de uma parede forrada de madeira, um lambris, uma boiserie. No mobiliário, ele respeita o nacional, à base de madeira e couro, mas pende para os estofados mais afrancesados e não dispensa uma poltrona de estilo ou “uma cômoda inglesa, algo que tenha história”. E está sempre aberto para os lançamentos de piso, parede, iluminação e tecidos.
01. Cobertura em Higienópolis, com 350 m2 de área externa e pergolados em madeira natural, pisos e revestimentos em travertino, vasos desenvolvidos pelo escritório e vegetação de kaizukas, lavandas, e topiária. 02. Ao fundo, a área de refeições coberta por um pergolado em madeira natural, com mesa de base em pedra. Piscina revestida em mármore por fora e em placas verdes por dentro. 03. Cores claras, tecidos naturais, peças de mobiliário exclusivas e marcenaria em destaque neste apartamento com grande área social. Lareira em limestone. Ao fundo, tela de João Migotto. Lustre francês de cristal de rocha e bronze.
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NOVO ESTILO
Fabio aponta, sem dúvida, para um novo estilo. “Como em tudo na vida, evoluímos sempre para melhor. Com o passar dos anos e a convivência com o mercado da arte, as viagens internacionais e pelos quatro cantos do Brasil, acho que criei um estilo particular de olhar para um projeto. Sempre com a premissa de atender aos clientes e seus pedidos”. Sua inspiração, ele afirma, é a vida que tem ao lado de seus funcionários e clientes, a família e os amigos: “Cada um com um pequeno ponto de colaboração, fazendo este ‘bolo’ especial e exclusivo”. Neste novo estilo, os móveis estão sendo “o mais tecnológicos possível, com linhas retas e, em alguns casos, no art déco, num Dinutti, em peças com design italiano da década de 1970, de aço inox e acrílico; uma mistura de peças que, ao final, forma a casa, o lar”. Em paralelo, Fabio anda encantado com as novas luminárias fluidas, orgânicas que estão aparecendo, como na arquitetura, com suas curvas, e o vidro, muito vidro, “que fazem as construções terem cara de eternas, maciças”. 03
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D&D Shopping e Wtc toWer: Exclusividade é o ponto chave para Fabio Morozini, que está se especializando como um escritório boutique, pequeno e com trabalhos personalizados para cada cliente. E assim ele explica as intervenções que agora inicia para o complexo WTC e o shopping D&D. Aguardem.
04. Loft de um publicitário em preto, cinza, brancos e crus: toque internacional. Em primeiro plano, mesa-bar e banco em couro. Ao fundo, estrutura iluminada da parede em nogueira ebanizada. 05. Detalhe de uma grande casa no Jardim Europa em cores neutras, sóbrias. Cortinas em seda natural e pisos em mármore italiano. 06. Cozinha gourmet com paredes revestidas em carvalho natural, pisos em limestone. Com bancada em aço inox, a cozinha é ponto de reunião da casa.
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“Através da moda você entende uma pessoa ou a história de um povo, assim como a decoração de um espaço”
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paixão pelo visual Lilian Pacce: olhos de águia no cenário da moda e das artes visuais Por: Vanda Fulaneto | Fotos: Divulgação
67 Profissional ligada, antenada e com olhos de águia para todo tipo de comportamento ligado ao assunto, ela está sempre buscando informações na mídia, na literatura, nas artes e no cinema. Seu interesse pela moda começou quando ela percebeu ter um radarzinho fashionable, nos tempos do jornal Folha de S. Paulo do início de sua carreira, quando era editora do caderno Casa e Companhia. Lá, atuava coordenando e realizando matérias de decoração, moda, arte, cultura e design. Em seguida a esse trabalho, Lilian deu a ideia, para o mesmo jornal, de criar uma página de moda semanal na Ilustrada, enfocando a moda como tema de comportamento e cultura - e não só “aquela coisa preconceituosa de mulherzinha”. O ponto de virada da sua carreira se deu aí, com uma grande dose de criatividade na produção e na concepção de suas matérias, que fizeram bastante sucesso nesse caderno. “Sempre pediam para eu falar de moda, e alguma coisa em mim inspirava confiança nesse sentido. Um assunto sedutor, pois acho desafiante fazer isso. Moda é revelador, uma área que é tão inquieta, tão mutável e ao mesmo tempo que exige tanta consistência. Através da moda você entende a personalidade de uma pessoa ou a história de um povo, assim como a decoração de um espaço”, afirma ela. Quando a pergunta é se a decoração, o design e a moda estão próximas, ela responde: “Os três caminham lado a lado, são áreas que trabalham forma, função e emoção. E a estética é um meio de comunicação, de expressão.Toda escolha - seja de um vestido ou de uma cadeira ou sofá - tem uma conotação, passa uma informação”. Formada em Comunicação Social, a fashionista já escreveu e publicou os livros Pelo Mundo da Moda - Criadores, Grifes e Modelos”/Ed. Senac; Herchcovitch, Alexandre /Ed. Cosac &Naify; EcoBags Moda e Meio Ambiente/Ed. Senac; e o Dicionário Adesivo para Brincar, Colar e Pintar/Ed. Ática. Engajada em projetos a favor da natureza e do meio ambiente, Lilian Pacce foi também a curadora da bem sucedida exposição do lançamento da campanha “Eu não sou de Plástico”, em 2007, onde estilistas renomados e participantes da SPFW (São Paulo Fashion Week) criaram bolsas e sacolas com materiais recicláveis. Quem a convidou foi o secretário do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, com o objetivo de incentivar a redução do uso de sacolas plásticas descartáveis que tanto poluem o planeta. Jornalista do mesmo calibre de uma Anna Wintour Outro prazer que a jornalista sente é em esti(papisa da moda e editora inglesa da revista Vogue Amémular seus leitores, fazendo o melhor possível rica), a paulistana Lilian Pacce é uma das maiores benna hora de passar a informação. “Costumo ter feitoras da indústria do estilo no Brasil. Autoridade no bastante agilidade e passar as novidades de assunto, ela é publisher do site do canal Moda da MSN, maneira clara e bem checada - tudo o que onde mostra as tendências que vão pelo mundo fashion, faço é com alegria e sensibilidade e tenho o cobrindo os desfiles de lançamento das coleções no eixo privilégio de ter acesso a pessoas e eventos Paris/Londres/Milão/Nova York/Rio de Janeiro e São muito especiais, onde recebo informação de Paulo. Apresentadora e editora-chefe do GNT Fashion, primeira em primeira mão”, finaliza a anprograma de moda semanal apresentado pelo canal GNT tenada Lilian que, com essa bem sucedida (Globosat), Lilian ministra palestras sobre tendências, lee agitadíssima vida profissional, ainda enciona na FAAP e já foi premiada duas vezes como a melhor contra tempo para se dedicar ao maridão jornalista de moda do Brasil (Phytoervas Fashion Award e educar seus três filhos queridos, hoje já 1998 e Prêmio ABIT Fashion, da Associação Brasileira da adolescentes e muito bem encaminhados. Indústria Têxtil, em 2004).
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01. Desfile na Semana de Moda de Milão. 02. Espaço no Salão de Móveis de Milão. 03. Galeria Vottorio Emanuele no centro de Milão, um ícone de arquitetura construída em 1861, que abriga lojas sofisticadas como a tradicional marca de chapéus Borsalino, para homens e mulheres de bom gosto.
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Capital mundial do design e uma das capitais da moda ao lado de Paris, Nova York e Londres, Milão exala tendências por suas ruas e alamedas. Não por acaso, a cidade abriga a sede das principais grifes de moda italiana: Giorgio Armani, Versace, Dolce & Gabbana, Valentino e Prada. Essas e outras tantas marcas estão presentes no Quadrilátero da Moda, uma região da cidade onde o estilo milanês aparece nas vitrines e calçadas. Peças sóbrias e clássicas que privilegiam a qualidade dos tecidos e alfaiataria são a marca registrada dos habitantes da cidade, que dominam a arte de se vestir como poucos. Mas nem só de roupas vive a cidade, que também é casa do Salão de Móveis, a feira mais importante do mundo para arquitetos e designers. É lá que as últimas tendências são lançadas e copiadas mundo afora. E se por um lado Milão representa a vanguarda em tantos aspectos, ela também guarda em seu passado uma importância cultural sem tamanhos, com prédios históricos como o Duomo, a Galleria Vittorio Emmanuelle II e o Teatro Alla Scala, palco de grandes óperas desde sua abertura em 1778.
design & decoração
JONATHAN ADLER & KELLY Concepção e texto: Sergio Zobaran | Fotos: Valentino Fialdini e Nelson Alvarenga
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CONTEMPORANEAMENTE EXCÊNTRICOS
E um desafio para três arquitetos brasileiros: interpretar estes dois monstros sagrados da decoração norte-americana do século 21
Os interiores do Sheraton SP WTC Hotel foram o cenário perfeito para três arquitetos de São Paulo – Francisco Cálio, que este ano esteve mais uma vez na Casa Cor, e a dupla Marcelo Brito e Pedro Potaris, que estreou na MostraBlack – criarem ambientações, a convite desta revista do D&D, em homenagem a dois dos maiores decoradores da atualidade. Jonathan Adler, nascido em Nova Jersey, é famoso não só por suas cerâmicas brancas exóticas e industrializadas, mas também por sua loja, seus livros e o gosto pelo vintage revisitado, além do ativismo gay, ao lado de seu companheiro. E, principalmente, por suas diversas casas excêntricas – próprias e de clientes – publicadas em revistas de todo o mundo.
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Kelly Wearstler já foi coelhinha da Playboy (em 1994), mas se casou com um magnata da hotelaria, e hoje é também uma empresária de respeito. Faz de tudo que envolva o que está na moda: de joias de pedras semipreciosas a decorações inspiradíssimas no estilo Hollywood Baroque, com seu exagero no uso de materiais escandalosos, brilhantes, originais e também excêntricos. Para mim, nada mais contemporâneo que estes dois excepcionais decoradores, que não formariam jamais uma dupla, até porque os egos nunca caberiam no mesmo salão, por maior que fosse... Veja como nossos brazucas se inspiraram em seus estilos e assinaram suas homenagens aos dois monstros do business décor atual.
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francisco cรกlio interpreta jonathan adler na suite do sheraton wtc
design & decoração
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VIAGEM À PROCURA DA COR Cálio garimpa para recompor o universo colorido de Jonathan Adler
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“Turquesa e marinho, em uma gama de azuis, berinjela e rosa no meio, como uma pitada, nos móveis e objetos”, segundo Francisco Cálio, contrastam “à la Adler” com o verde alface da parede da suíte presidencial do Sheraton WTC, transformado em parte, por ele, em uma confortável sala. O nude, também utilizado, o carpete, a mala e as poltronas nacionalíssimas, de Sérgio Rodrigues e José Zanine Caldas, fazem o mix sem medo de errar: “O importante é saber escolher as peças! Com bom senso, o grande lance da vida”, diz Cálio, que pensou em algo muito geométrico, sentindo que o tema vai pincelando a ligação com seu homenageado. “Jonathan é ímpar e ousado, e faz os mesmos laboratórios que faço”.
O toque vintage é uma tendência mundial. E para ambos não existe o ‘over’: a cor bem trabalhada, por exemplo, é uma característica comum – como se eles tivessem alguma coisa de comum em suas vidas profissionais... “O importante é ter o olho; conhecer, pesquisar, ter amor e carinho pelo que se faz”. Em seu trabalho, aplaudido nas mais recentes edições da Casa Cor SP e Campinas, por exemplo, Cálio buscou o equilíbrio. Apesar de ser um pioneiro no uso da cor (“cor é tudo, é energia, deixa o ambiente alegre”), o talentoso e divertido entusiasta do colorido só espera que se ouse na vida, “abrindo o ângulo de visão”. E assim ele fez ao abrir o caldeirão de Jonathan Adler, sob seu ponto de vista único.
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DÉCOR FLAMBOYANT PARA UMA DIVA Brito e Potaris traduzem a extravagância de Kelly Wearstler “Kelly é puro maximalismo, o resumo perfeito do ‘less is bore’”, diz Marcelo Brito ao analisar o trabalho e o perfil alegre e irreverente (e ultraprofissional e estruturado) de sua homenageada Kelly Wearstler. Ao lado de Pedro Potaris, “e sem combinar qualquer coisa, o Pedro e eu ficamos sem ver nada já publicado dos trabalhos da Kelly, para não nos influenciarmos – é claro que tudo o que já vimos dela estava registrado, mas nossa ideia principal foi explorar todo o D&D e buscar móveis e objetos que nos inspirassem para a ambientação do espaço. À medida que fomos encontrando as peças, a inspiração surgiu”. 02
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01. Marcelo Brito (em pé) e Pedro Potaris: criadores e sua criação à la Kelly. 02. Um móvel brasileiro como a poltrona chifruda, de Sergio Rodrigues faz o décor. 03. Kelly/Brito Potaris: eclético é mais que contemporâneo.
Marcelo e Pedro montaram um drawing room, quase um lounge, “onde houvesse uma fartura de opções de lugares para sentar e estar, interagir, com uma variedade de poltronas, sofás, cadeiras”. Imaginando que, quem ali estivesse, “poderia receber muitas ou poucas pessoas, ou até mesmo estar sozinho num ambiente luxuoso, porém acolhedor, e sem perder o aconchego”. Para a dupla, “nosso décor é ‘flamboyant’ (extravagante), e procuramos dar aos clientes aquilo que eles nunca imaginaram querer – é pra isso que existimos!”. Agradecimentos Jonathan Adler por Francisco Cálio - A Especialista (poltrona azul), By Kamy (tapete, manta e almofadas), Dpot (cadeira xadrez), Espaço 204 (mesa de centro e mesa lateral), Gallery (móvel rosa e banco vermelho), Italsofa (sofá azul), La Lampe (abajur), Saccaro (poltrona rosa queimado), Sierra Móveis (vaso de Murano e vaso marroquino). Kelly Wearstler por Marcelo Brito e Pedro Potaris - Artefacto B&C (sofá e biombo), Breton (mesa de centro), By Kamy (poltrona preta, tapete e almofadas), Dpot (poltrona Chifruda, de Sergio Rodrigues, mesas laterais e mesa branca), Le Lis Blanc Casa (abajures e objetos). Todos os itens são das lojas do D&D Shopping.
SÃO PAULO Shopping Cidade Jardim - loja 15.2 (11) 3552 2828 BRASÍLIA Shopping Iguatemi - lojas 111 e 112 - (61) 3468 3221 CURITIBA Bazaar Fashion - (41) 3029 5878
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DUAS gerações, O venezuelano Luis Pons e o brasileiro Bernardo Figueiredo são nossos ícones desta edição. Em comum, boa arquitetura e muito de Brasil
a mesma paixão Por: Roberto Abolafio Junior | Fotos: Arquivo Pessoal e Paulo Vasconcellos
“Desde jovem, sempre admirei, à distância, as coisas do Brasil”, conta o venezuelano Luis Pons, 48 anos, radicado em Miami, nos Estados Unidos. O arquiteto e designer esteve em São Paulo, no começo de outubro, para participar da sexta edição do Boomspdesign – Fórum Internacional de Arquitetura, Design e Arte, realizada no D&D Shopping. O evento o elegeu “designer do ano” pelo conjunto da obra. Com referências latino-americanas, a arquitetura desse profissional baseia-se no “modernismo tropical”. A fluidez das obras de Oscar Niemeyer (1907-2012) ou os jardins sinuosos de Roberto Burle Marx (1909-1994) são fundamentais para ele. Por isso, quando possível, emprega elementos formalmente mais orgânicos em seus trabalhos. “Mas o orçamento dos clientes muitas vezes não permite usá-los, pois requerem processos construtivos complicados”, explica.
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Em residências e outros projetos – como hotéis na ilha caribenha de St. Barth, território francês –, o venezuelano procura explorar alguns vetores. É o caso da relação espacial entre dentro e fora, volumes e vazios, além da ventilação cruzada e iluminação natural. Quanto à questão da sustentabilidade, é enfático: “Nós, os latino-americanos, sempre criamos de maneira sustentável.
FotoS: ARQUIVO PESSOAL
77 “Nós, os latino-americanos, sempre criamos de maneira sustentável. Como nunca tivemos a tecnologia do Primeiro Mundo, aprendemos a usar o disponível”
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01. O arquiteto e designer venezuelano Luis Pons, de 48 anos, que vive em Miami. 02. Miami Clouds, série de mobiliário lúdico, para interior e exterior, desenvolvida pelo designer. 03. Molduras escuras com detalhes de ouro compõem a credenza da linha Frame, uma das criações de Pons.
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Como nunca tivemos a tecnologia do Primeiro Mundo, aprendemos a usar o disponível”. Ele crê que esse fato faz os profissionais da América Latina e América do Sul terem ideias “mais frescas”. Além disso, tais regiões seriam despojadas do “peso histórico” de antigas nações e “virgens em vários sentidos”. Arquitetura e design, para Pons, estão essencialmente ligados. “Dela, surgem móveis e luminárias”, comenta. Se projetar e construir determinado prédio chega a levar anos, a concepção de objetos, em geral, consome menos tempo. “Edificações podem até não sair do papel, por questões econômicas, mas o design permite, em escala menor, transformar pensamentos arquitetônicos em realidade.”
A influência da arte
Diseño, em sua lida, trata-se de um meio para chegar a resultados usáveis e funcionais, fruto de planejamento. “A arte, porém, é inspiradora.” Entre as peças assinadas por ele estão mesas magnéticas e cômodas estruturadas com molduras ou espelhos. “Op art e tudo o que tem a ver com ilusão visual me interessam”, conta. As referências artísticas venezuelanas são o cinetismo de Jesús Rafael Soto (1923-2005) e as estruturas metálicas, com movimento, de Alejandro Otero (1921-1990). Mais um nome essencial é o do francês Marcel Duchamp (1887-1968), criador dos ready made. Usar o que preexiste, trocando seu contexto e dando-lhe novo significado, fascina o designer. A arte brasileira também faz a cabeça dele. Foi por intermédio do artista plástico e galerista recifense Marcantônio Vilaça (1962-2000), seu amigo, que conheceu, por exemplo, criações de Vik Muniz e Rosângela Rennó. O resultado é uma coleção com obras desses e de outros artistas nacionais. “São expressões genuínas, como o restante da cultura brasileira, sem complexos ou influências externas”, considera.
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Casa projetada por Luis Pons em North Bay Road, Miami
Explosão de boas ideias Boomspdesign discute a cena atual em diferentes áreas O D&D Shopping abrigou a sexta edição do BoomSp realizado no D&D – Fórum Internacional de Arquitetura, Design e Arte em outubro deste ano. Idealizado por Beto Cocenza, o evento homenageou, desta vez, o arquiteto venezuelano radicado em Miami Luis Pons como “designer do ano”. Este e outros profissionais, estrangeiros e brasileiros, proferiram cerca de 20 palestras no D&D Shopping - WTC Teatro. O evento também é realizado na cidade de Rio Preto (SP) e em Brasília. Mais informações em www.boomspdesign.com.br
Foto: Paulo Vasconcellos
79 O mesmo se dá, para ele, nas populares novelas produzidas aqui, às quais costumava assistir em Caracas, sua terra-natal, onde se formou pela Universidad Jose Maria Vargas. Lembra-se, por exemplo, de Escrava Isaura (1976, Rede Globo), adaptação de Gilberto Braga para o romance de Bernardo Guimarães, e Pantanal (1990, Rede Manchete), de Benedito Ruy Barbosa. Além disso, cresceu ouvindo a batida da bossa nova, cujas músicas faziam a trilha sonora predileta do pai, também arquiteto. Embora guarde boas lembranças da Venezuela, o designer considera a situação atual de seu país “muito triste”, por conta, entre outros aspectos, da “perda de identidade”. Um misto de conveniência profissional e busca por mais segurança fez com que imigrasse para os Estados Unidos em 2002. Fazia seis anos que ele havia se mudado para a região da Amazônia venezuelana quando foi sequestrado. “Depois disso, resolvi viver em Miami, onde projetava uma primeira casa”, conta ele, para quem a cidade da Flórida pareceu aberta a novas propostas em seu segmento de atuação. Agora, o bronzeado Luis Pons começa a mostrar a cara na Terra Brasilis.
BERNARDO FIGUEIREDO arquitetura leve humor, bom gosto e leveza nos móveis, desenhos e grandes projetos comerciais. Por: Léa Maria Aarão Reis*
Quando promoveram o meu encontro com Bernardo para conhecer os primeiros móveis desenhados por aquele jovem arquiteto, recém-formado, era uma tarde de inverno de 1961 no Rio de Janeiro. Bernardo inaugurava uma badalada mostra do seu trabalho, na primeira galeria de arte popular da cidade, a Chica da Silva. Eu queria entrevistá-lo para um dos principais jornais cariocas no qual era editora para assuntos “femininos”. Fiquei maravilhada e dei uma página inteira sobre o assunto. Poltronas, sofás e cadeiras de design brasileiro puro-sangue – forte, delicado, limpo e perfeito para um estilo de vida tropical descolado e cosmopolita –, de jacarandá, palhinha, couros informais, poucos metais e muitos encaixes de madeiras. Especialmente um sofá, batizado de Brasileiro, que não deixava ninguém insensível nem de pé, com amplas almofadas recheadas de penas, tipo travesseirões (como dizia o próprio Bernardo), e emolduradas por uma caixa retangular de linhas retas. Tudo não podia ser mais original, mais classudo – usando uma expressão da época. Produtos do mesmo nível daqueles que seus companheiros de geração começavam também a fazer, a legendária turma de arquitetos brasileiros que bebiam nas fontes de Le Corbusier, Oscar (Niemeyer) e (Joaquim) Tenreiro e, mais adiante, no extraordinário design escandinavo. Desde então, embora com períodos de lapsos e ausências na vida, praticamente não perdi mais de vista o Bernardo.
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Bernardo foi um arquiteto completo. Todas suas atividades têm a marca de excepcional bom gosto, leveza, bom humor e fluidez.
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À direita, três best sellers assinados por Bernardo Figueiredo: a cadeira Vicky, um dos bancos de palhinha Toti e o confortável sofá Brasileiro, com duas versões: três e quatro lugares.
Dezessete anos depois, e vários casamentos feitos e desfeitos, para os dois, nos reencontramos e construímos uma relação familiar e, em seguida, sobretudo uma profunda amizade que perdurou até maio do ano passado, quando ele faleceu. Bernardo foi um arquiteto completo. Todas suas atividades têm a marca de excepcional bom gosto, leveza, bom humor e fluidez: os móveis que criou - hoje clássicos do mobiliário brasileiro - alguns encomendados para o Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde se encontram até hoje. Na fina qualidade dos desenhos, colagens e histórias em quadrinhos que desenhava para o pequeno João Francisco, meu filho e adotado por ele, seu companheiro e amigo de toda vida; a delicada harmonia das combinações que sabia fazer, de objetos, volumes e cores nos espaços interiores; a arquitetura plena de grandes proporções, dos primeiros grandes shoppings de última geração do Rio, de Belo Horizonte, Recife, Ribeirão Preto e Salvador – o teto com gaivotas brancas de uma reforma encomendada para o shopping de lá era empolgante. Quando sinto muita saudade do Bernardo, me sento para ler no seu sofá Brasileiro, refestelada nos tais travesseirões, hoje forrado de cor de baunilha, que está na minha sala. Sinto então o meu amigo e companheiro, em paz e ainda bem próximo. *Jornalista e escritora
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01 Fotos: Rafael Renzo
CASA HOTEL 2014
01. Denise Barreto/Suíte Viviane Senna. 02. Simone Goltcher/Suíte Michel Teló. 03. Leonardo Di Caprio/Suíte Christiane Torloni. 04. Patricia Anastassiadis/ Suíte Ca’d’Oro.
(MUITA) INSPIRAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO
Projetos exclusivos de hotelaria, assinados por diferentes arquitetos, estarão reunidos no Sheraton São Paulo WTC, previsto para o 1º trimestre de 2014 Mostra integrante da poderosa ‘holding’ Casa Cor, hoje com 18 franquias por todo o Brasil e em cinco diferentes países – Chile, Panamá, Peru, Bolívia e Punta del Este, no Uruguai –, a Casa Hotel volta a acontecer em 2014 – e pela terceira vez – no Sheraton São Paulo WTC Hotel, um dos mais importantes hotéis do país. Direcionada, antes de mais nada, às empresas compradoras e fornecedoras, assim como aos investidores e empresários do segmento hoteleiro, a Casa Hotel encontra o País no ano em que se inicia a ‘saga’ de dois grandes eventos mundiais que aquecerão o mercado brasileiro da hospedagem no futuro próximo: o Campeonato Mundial de Fute-
bol – a imbatível Copa do Mundo, pela segunda vez entre nós –, em 2014, e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos – as famosas Olimpíadas –, em 2016. A ideia, segundo a organização do ‘mais completo evento de decoração das Américas’, é trazer para o mercado, de forma ambientada por grandes profissionais da arquitetura (mais uma vez nos espaços do Sheraton São Paulo WTC Hotel), o que há de mais ‘up to date’ no setor. “Queremos encantar o público formador de opinião, empresas, investidores e proprietários de estabelecimentos hoteleiros mostrando o que a decoração é capaz de fazer para o sucesso dos negócios”, diz Angelo Derenze, presidente do Grupo Casa Cor.
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Funcionais, confortáveis, inovadoras e inspiradoras, e com aproveitamento real de seus espaços originais, serão apresentadas, no total, 35 suítes decoradas, e mais: o Lobby, o Bar e ainda o restaurante do Hotel, além de dois amplos corredores. “A grande aposta é a reação do público final, que também poderá visitar a mostra e vivenciar essa experiência”, Derenze completa. Para o Gerente Geral Carlos Eduardo Hue, do Sheraton São Paulo WTC Hotel, que tem hoje quatro andares de Apartamentos Design, com 67 suítes decoradas por arquitetos famosos que participaram de outra edição da Casa Hotel, “mais uma vez o hotel aposta neste evento que reúne os melhores profissionais do setor, trazendo novas tendências de decoração, conforto e sofisticação”. O hotel tem, ao todo, 296 apartamentos e oferece acesso direto ao D&D Shopping.
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na casa cor/sP o d&d shopping organizou um almoรงo para lanรงar sua reVista e reuniu arquitetos e designers em uma manhรฃ ensolarada no restaurante da casa cor no Jockey clube. em clima de festa, os conVidados se diVertiram.
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01. Rodrigo Costa, Patricia Rocha, Cristina Rocha Andrade, Alessandra Marques e Gil Cioni 02. Ana Maria Vieira Santos 03. Caco Carneiro, Francisco Cálio e Camila Carneiro Johnson 04. Carla Barranco, Juliana Abbate e Eli Kallmeyer 05. Claudia Galasso e Flavia Samia 06. Gilberto Ommundsen e Mariana Albuquerque 07. Esther Schattan, Vania Ceccotto, Joia Bergamo e Anette Rivkind 08. Eli Kallmeyer, Carla Barranco, Danilo Brandão, Claudia Elias, Adriana Assumpção e Elaine Palmério 09. Fabio Morozini, Vania Ceccotto, Joia Bergamo e Gilberto Cione 10. José Carlos Correa e Daniel Kalil 11. Lindsay Nandes e Sandra Rodrigues 12. Maithia Guedes e Renata Coppola 13. Marcelo Faisal e Denise Monteiro 14. Marilia Caetano, Ivo Feliciano, Vania Ceccotto e Patricia Pasquini 15. Paola de Orleans e Bragança, Vania Ceccotto e Luciano Montenegro 16. Paulo Gazola e Marcelo Belotto 17. Orlando Santini, Ulisses e Luiz Bianchi, Rita de Cassia Camilo e Silvana Lara Nogueira.
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rooftoP super estrelado, e na cobertura da torre d do shopping Jk, foi o cocktail party realizado na mostrablack, que comemorou o lançamento da reVista do d&d shopping - e que reuniu loJistas e diVersos profissionais da mostra, entre outros, como o israelense nir siVan.
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01. Fabio Morozini, Pedro Potaris, Marcelo Brito e Osvaldo Tenorio 02. Roberto Dimberio, Cristina Ferraz e Vania Ceccotto 03. João Rigo e Lair Rutledge 04. Esther Schattan, Adriana Assumpção, Vania Ceccotto e Luciana Almeida 05. Fabio Morozini, Vania Ceccotto e Paulo Bacchi 06. Juliana Abbate, Leila Libardi e Flavia Samia 07. Paulo Bacchi, Nir Sivan, Raquel Silveira e Sergio Zobaran 08. Danielle Cortez e Natalia Meyer 09. Ulisses Bianchi, Silene e Silmara Cancela, Rita de Cássia Camilo e Ludmila Lepri 10. Luciana Tomaz e Leoncio Pedrosa 11. Roberto Borja, Ana Lucia Siciliano, Vania Ceccotto e Monica Ungaretti 12. Anette Rivkind, Vania Ceccotto e Alessandra Friedmann 13. Sueli Adorni, Flavia Samia e Andrea Pilar
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Ganhadores do ProGrama i/d Vão Para miami
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arquitetos e designers de interiores foram recebidos no club a do wtc para um almoço, a fim de celebrar o prÊmio i/d, o programa de relacionamento do d&d do primeiro semestre de 2013. o shopping ofereceu uma Viagem para a miami art basel. o primeiro prÊmio ficou com cristina e patricia rocha, que também saÍram de lá com um carro zerinho.
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01. Todas as ganhadoras 02. As ganhadoras Patricia e Cristina Rocha 03. Andrea Pilar, Shenia Nogueira, Lair Rutledge 04. Rita de Cássia Camilo, Deborah Basso e Anibal Passos 05. Elisangela Gomes, Cristina Rocha, Luciano Montenegro, Patricia Rocha, Juliana Abbate e Vania Ceccotto 06. Cristina Rocha, Anderson de Oliveira e Patricia Rocha 07. Danilo Brandão, Carina Korman, Ieda Korman, Cristian Kadow 08. Carina Korman, Luis Bianchi, Ieda Korman e Breno Rivkind 09. Breno Rivkind, Alessandra Friedmann, Luciano Montenegro e Jóia Bergamo 10. Luis Bianchi, Flavia Samia e Silvana Lara Nogueira 11. Patricia Rocha, Silvana Lara Nogueira, Grace Kelly, Andreia Corrano, Cristina Rocha e Thereza Montenegro 12. Jóia Bergamo, Vania Ceccotto, Helena Carneiro Martins e Edna Suriani 13. Marcelo Maksoud, Luciana Andrey, Danielle Cortez, Natalia Meyer, Erica Lorka e Ana Paula Zagallo 14. Katia Arantes e Ulisses Bianchi 15. Anette Rivkind, Shênia Nogueira e Gislaine Tangary 16. Ludmila Lepri, Claudia Galasso, Claudia Fedalto, André Carneiro, Daniel Polacchini e Monica Fontarce 17. Patricia Rocha, Vania Ceccotto, Gilberto Bomeny e Cristina Rocha
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Miami, Estados unidos 4 a 8 de dezembro Miami beach Convention Center
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DESIGn-SE! fãs de móVeis, luminárias e obJetos com bom desenho ficam de olho em peças históricas ou inoVadoras onde quer que esteJam. imagine em eVentos especializados. confira sete deles, realizados no brasil e no mundo, e os motiVos para Visitá-los, segundo diferentes arquitetos
londres, Inglaterra Datas de 2014 ainda não divulgadas
Realizado no mês de setembro, o festival na capital inglesa foi criado há dez anos. A exemplo de Milão, diversos eventos relacionados ao design ocupam diferentes partes da cidade: das galerias às ruas. Mostras como 100% Design e designjunction são bastante concorridas, com destaque para a produção dos designers britânicos. Para se ter ideia, em 2012 foram 304 projetos – como lançamentos, palestras e instalações – realizados por 295 organizações parceiras. Por que ir “Entendi melhor o design produzido na Inglaterra justamente por estar imerso naquela cultura. Na última edição, foi bom ter contato com designers como Lee Broom e Tord Boontje. Seus estúdios ficaram abertos ao público.“ Fabio Galeazzo, designer de interiores
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Cerca de 300 mil visitantes por ano, segundo os organizadores, passam pelo mais importante evento de design no mundo. Há ainda as mostras complementares. Em 2014, será a vez da EuroCucina – Mostra Internacional de Mobiliário para Cozinha, além de outras duas, voltadas aos segmentos de banheiros e de acessórios para a casa. Já o tradicional SaloneSatellite revela a produção de jovens designers. Em paralelo ao salão, a Semana de Design de Milão abriga um sem-número de eventos nas regiões do Centro, Brera, Tortona e Ventura Lambrate. Por que ir “Frequentar os eventos milaneses é uma forma de atualizar-se. Neles, há grande concentração de produtos recém-criados, novos materiais e tecnologias.” Débora Aguiar, arquiteta
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A terceira edição, no próximo ano, novamente integrará a Semana de Arte de Dubai. A meta é receber entusiastas do design de toda a parte e, sobretudo, atender às expectativas de colecionadores do Oriente Médio e do sul da Ásia. Palestras, oficinas, instalações e performances complementam o evento. Neste ano, segundo os organizadores, registraram-se 10.850 visitantes. Por que ir “É bom ver como aquele mercado oriental preza o design de hoje e peças mais conceituais. Quem espera encontrar rebuscamentos decepciona-se. Na última edição, apresentei minha cadeira Nóize.” Guto Requena, arquiteto
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Dubai, Emirados Árabes unidos 17 a 21 de março Mohammed bin rashid boulevard
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Paris, França 28 a 24 de janeiro Paris nord Villepinte Exhibition Centre No começo do ano, as coleções primavera/verão para a casa serão reveladas aos cerca de 80 mil visitantes que prestigiam cada uma das duas edições anuais do grande evento francês – realizadas em janeiro e setembro. Esta última registrou 3 mil expositores, com 45% de marcas internacionais. Fendi Casa, Armani Casa e Baccarat, entre outras grifes renomadas, apresentam-se ali. Já as francesas, caso da Ligne Roset e Petite Friture, encontram terreno fértil para exibir lançamentos très chic. Móveis e acessórios, peças exclusivas ou não e novidades para cama e mesa são alguns produtos encontrados. A organização convida profissionais a traduzir as tendências do momento em ambientações inspiradoras. Por que ir “Estive na mais recente edição e notei uma particularidade: diferente de Milão, onde parece haver uma busca incessante pela novidade, o evento permite-se olhar para o passado e apresentar belas releituras em peças de diversos tipos.” Camila Klein, arquiteta
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