Revista Veduta - edição 1

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BENVENUTO A fim de brindarmos, em alto estilo, os 11 anos do Veduta Residencial, nada mais justo do que lançarmos uma revista de lifestyle que traduza nosso conceito de bem viver. Nessa primeira edição fazemos uma homenagem à Itália, país de origem de muitos moradores da cidade de Jundiaí. Como os italianos sabem aproveitar como ninguém as boas coisas da vida, não foi difícil fazer nossa primeira pauta. Nesse clima de dolce vita apresentamos os 5 melhores restaurantes da Itália que fazem parte da lista dos 100 melhores do mundo eleitos anualmente pela revista britânica Restaurant na seção Gastronomia. E como a boa mesa é uma das principais referências da cultura italiana avançamos no assunto nas seções Sapore (com a história do limão siciliano) e Gourmet, que conta com a fina colaboração do sommelier Murilo Azevedo Pinto falando sobre os vinhos da Toscana. Na seção Moda, saiba como as grifes Pucci e Missoni se renovam sem perder seu DNA. Assim como a boa safra de carros de luxo das marcas Maserati, Ferrari e Lamborghini na reportagem de Estilo. Sem esquecer toda a inventividade e tecnologia na criação de mobiliário e iluminação Made in Italy em Design. E como para nós, santo de casa faz milagre, sim! - o leitor poderá conhecer um pouco melhor o trabalho de Roberto de Pace, em Arquitetura, e as coloridas pinceladas do mais ilustre artista de Jundiaí, Inos Corradin, nas páginas de Arte. Aproveitamos para agradecer a todos os colaboradores dessa edição como a conceituada dermatologista Valéria Campos que nos brinda com dicas exclusivas (e preciosas) em Bem-Estar, a paisagista Cristina Del Nero em Paisagem e a dupla de culinaristas Claudia Rappa e Silene Palladino que abriram sua agenda de bons endereços gourmet de Jundiaí. Obrigado a todos, e até a próxima. Boa leitura. Família Carettoni


VEDUTA VEDUTA EM ITAlIANO SIGNIFICA VISTA BONITA. O TERMO É APlICADO NA ARTE PARA DEFINIR GRAVURAS, PINTURAS OU DESENHOS QUE APRESENTAM UMA PERSPECTIVA DE UMA PAISAGEM. COMO O VEDUTA TEM UMA VISTA PRIVIlEGIADA PARA A REPRESA DO PARQUE DA CIDADE NADA MAIS APROPRIADO QUE O RESIDENCIAl TENHA ESSE NOME TÃO CONVIDATIVO.

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EDITORIAL

EQUIPE MARKETING VEDUTA carina carettoni PROJETO EDITORIAL

design & comunicação

RUA HARMONIA, 293 Tel (11) 2893-0199 CEP 05435-000 São Paulo - SP DIRETOR DE CRIAÇÃO Cesar Rodrigues cesar@studiolemon.com.br DIRETOR EXECUTIVO Chico Volponi cvolponi@studiolemon.com.br PROJETO GRÁFICO CESAR RODRIGUES JORNALISTAS LUIZ claudio RODRIGUES claudio gues ARTE Eduardo Barletta FOTOGRAFIA NELSON AGUILAR ARTE FINAL karina freitas REVISÃO Juliana Couto Melo PRODUÇÃO GRÁFICA Tinta Pura Enivaldo Carlin Kelson Mota (11) 2337-5838 COLABORADORES CLAUDIA RAPPA CRISTINA DEL NERO eliana carettoni fabio carettoni INOS CORRADIN MURILO AZEVEDO PINTO Roberto de Pace Silene Palladino VALÉRIA CAMPOS

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SUMÁRIO

08 INSTITUCIONAl A HISTóRIA E AS INOVAÇÕES DO SOFISTICADO RESIDENCIAL VEDUTA

12 ARQUITETURA O REPERTóRIO DE ESTILOS VARIADOS DO ARQUITETO ROBERTO DE PACE

18 DESIGN SAIBA POR QUE A MARCA REGISTRADA DA ITÁLIA É O BOM DESIGN

24 MODA AS MARCANTES ESTAMPAS DAS GRIFES ITALIANAS PUCCI E MISSONI

28 VIAGEM POLIGNANO A MARE E TAORMINA: LUXUOSOS DESTINOS DE VERÃO

36 SAPORE A ORIGEM, HISTóRIA E O REFRESCANTE SABOR DO LIMÃO SICILIANO

38 ESTIlO OS ESTRELADOS AUTOMóVEIS DA FERRARI, LAMBORGHINI E MASERATI

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44 GASTRONOMIA OS 5 MELHORES RESTAURANTES DA MODA PARA COMER BEM NA ITÁLIA

52 ARTE A SENSIBILIDADE AGUÇADA NA PINTURA DO ARTISTA INOS CORRADIN

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GOURMET OS VINHOS DA TOSCANA SOB O REGISTRO DE MURILO AZEVEDO PINTO

66 BEM-ESTAR A PELE PERFEITA SEGUNDO A TOP DERMATOLOGISTA VALÉRIA CAMPOS

70 CONVENIÊNCIA AS DICAS DE BOAS COMPRAS DE CLAUDIA RAPPA E SILENE PALLADINO

82 residencial veduta blu

74 PAISAGEM O PARQUE DA CIDADE E OS JARDINS DE CRISTINA DEL NERO PARA O VEDUTA

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URBANIDADE

A CIDADE DE JUNDIAÍ É O MAIS NOVO POLO DE DESENVOLVIMENTO DE SÃO PAULO

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INSTITUCIONAL

QUALIDADE

DE VIDA EXCLUSIVIDADE, BELEZA, SEGURANÇA E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. ESSES SÃO OS PRINCIPAIS DIFERENCIAIS DO RESIDENCIAL VEDUTA, UM MARCO NA CIDADE DE JUNDIAÍ.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Desde 2009, quando as primeiras unidades do condomínio foram entregues aos seus moradores, o Residencial Veduta tornou-se uma referência em Jundiaí. Tudo começou em 1981, quando a área do empreendimento foi adquirida pela Carfam com a intenção de investir numa cidade muito próxima de São Paulo, com ótima qualidade de vida e enorme potencial de crescimento. De acordo com os empreendedores, idealizadores do Veduta, os estudos de viabilidade e projetos do residencial foram mudando ao longo do tempo até que em 2002 a empresa decidiu investir num empreendimento de alto padrão. O Residencial Veduta foi concebido para proporcionar o máximo de exclusividade, segurança, beleza e preservação ambiental aos seus privilegiados moradores. O empreendimento é um loteamento fechado de condomínios, que estão sendo lançados em etapas.

“Cada um possui uma quantidade reduzida de residências, proporcionando privacidade, exclusividade e tranquilidade inigualáveis”. Quando estiver completamente pronto, o residencial irá contar com 7 condomínios individuais e uma área institucional. Já foram entregues e se encontram em plena moradia o Veduta Verde, em estilo neoclássico, finalizado em 2009, e o Veduta Rossa, em estilo contemporâneo, entregue em 2013. O Veduta Blu, nos estilos contemporâneo e moderno, é o mais recente lançamento. Os próximos a serem implantados serão os vedutas Smeralda, Dorata, Bianca e Grigio. Essa diversidade de estilos e independência procura harmonizar a convivência de diversos tipos de público, com estilos e hábitos de vida diferentes, mas que valorizam a qualidade e sofisticação. Um ponto em comum de todos os seus moradores.

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INSTITUCIONAL

O lançamento atual, Veduta Blu, em um terreno de 60.000 m2, e cinco projetos personalizados, proporciona muita beleza e sofisticação, para suas setenta residencias. A diversificação de projetos propicia desde um studio de 215m2 até uma confortável residência de 340m2, com cinco suítes. O Blu tem um diferencial inovador: a previsão de um elevador em suas sofisticadas moradias. Além disso, a mesma qualidade em paisagismo, jardinagem e infraestrutura com o singular padrão de segurança e exclusividade dos Vedutas que já foram finalizados e entregues. Outra das inovações do Blu é o “espetacular” clube privativo, equipado com quadra de tênis, campo de futebol gramado, piscinas para adultos e crianças, raia para natação e jacuzzi, todas com borda infinita e vista privilegiada da paisagem local, sem falar no espaço fitness, com academia de ginástica equipada, com direito a sauna e vestiário. As crianças poderão se divertir num completo playground, isolado das áreas das piscinas, para total conforto, segurança e, claro, tranquilidade das mães.

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Vista da alameda principal do condomínio Veduta Verde


SOFISTICAÇÃO DIFERENCIADA Um dos principais diferenciais do Veduta é o seu projeto de segurança. A atenção com equipamentos de alarme e monitoramento 24 horas, assim como o constante treinamento da equipe de segurança, proporcionam um ambiente muito tranquilo para as famílias residentes. Sem falar que os condomínios são dotados de completa infraestrutura subterrânea de energia elétrica, gás encanado, telefonia, fibra óptica, internet e TV a cabo. Sem qualquer fiação aparente em suas ruas, o Veduta se alinha ao que há de mais contemporâneo e tecnológico em urbanismo. Não se pode deixar de falar dos projetos paisagísticos. Cada um dos condomínios tem um projeto único, planejados pela paisagista Cristina Del Nero. O plantio, a conservação e a manutenção dos jardins frontais das casas, praças e ruas estão sob responsabilidade do próprio condomínio.

A localização viária é outro de seus atrativos. Por sua estrategica localizacao,seus moradores tem o beneficio de chegar e sair sem transito,estando a 5 minutos do centro da cidade. A localização e a topografia do Veduta são merecedoras de todos os elogios. São 407 mil m2 de área com uma belíssima vista para a represa do Parque da Cidade e toda sua área de preservação ambiental. Com essa paisagem natural bem em frente ao condomínio, surgiu a ideia de batizá-lo de Veduta, que em italiano significa “vista magnífica”. O Veduta mantém em seu entorno mais de 100 mil m2 de vegetação nativa e de reflorestamento. Uma área que é um verdadeiro pulmão verde em Jundiaí, repleto de diferentes espécies de aves, esquilos e outros animais silvestres. Sem dúvida, mais um dos diversos privilégios dos moradores do Veduta.

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A ARQUITETURA

DA REDAÇÃO FOTOS NELSON AGUILAR

CASA

É SUA!

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COM FACILIDADE EM TRANSITAR POR DIFERENTES ESTILOS, O ARQUITETO ROBERTO de PACE COSTUMA

Autor do projeto de arquitetura do condomínio Veduta, Roberto de Pace se divide entre seus escritórios de São Paulo e Jundiaí para dar conta das inúmeras encomendas de trabalho. Quem vê sua tranquilidade, revelada no tom de voz suave, nem imagina que seu escritório é um dos mais dinâmicos da atualidade. De lá saem projetos urbanísticos e arquitetônicos nos setores público e privado, seja institucional, industrial, comercial, residencial e até design de mobiliário. Roberto mantém esse ritmo acelerado desde 1985, quando se formou em Arquitetura pela PUC de Campinas. “Nasci com essa vocação, desde criança sempre quis ser arquiteto e já projetava minha cidade e tentava construí-la no jardim de casa”, lembra o arquiteto.

Detalhe de projeto residencial (M. Furlan) do arquiteto Roberto de Pace: sala de jantar e espaço gourmet alinhados no mesmo espaço

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FOTO: DIVULGAÇÃO

SUPERAR-SE A CADA CRIAÇÃO


ARQUITETURA

FOTO: DIVULGAÇÃO

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“QUALQUER ESTILO PODE ME INSPIRAR, DESDE QUE SEJA AUTÊNTICO, QUE TENHA RAIZ HISTÓRICA PLENA E QUE REPRESENTE BELEZA E CRIAÇÃO ARTÍSTICA MADURA E ESTETICAMENTE AGRADÁVEL”.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Eclético no estilo, Roberto de Pace tem facilidade em desenvolver diferentes linguagens no trabalho. Admirador do modernismo e do minimalismo, seus projetos costumam tirar partido de sua bagagem cultural. “Qualquer estilo pode me inspirar, desde que seja autêntico, que tenha raiz histórica plena e que represente beleza e criação artística madura e esteticamente agradável”. Talvez essa facilidade de “surfar” em diferentes escolas seja resultado de sua inquietação. “Fiz diversos cursos, viajei bastante e pesquisei arquitetura e arte, essas foram as referências que me fizeram amadurecer profissionalmente e são as que uso até hoje. Meu objetivo sempre foi planejar espaços mais livres e soltos, integrados entre si e com o exterior, a fim de torná-los mais racionais e humanos ao mesmo tempo, independente da estética que traduzam”, avalia o arquiteto. Esse mix de referências que influenciam a criação de seus projetos pode ser explicado por seu fascínio pelos grandes mestres. “Não importa o movimento estético a que pertenciam, mas sim a modernidade em seu tempo. Também incluo a filosofia, sociologia e antropologia, igualmente importantes no meu processo de criação”, revela Roberto. Seu portfólio é uma verdadeira lista de figuras singulares na história da arte: Mies van der Rohe, Cícero, Marcel Duchamp, Leonardo da Vinci, Bernini, Le Corbusier, Caravaggio, Lygia Clark, Burle Marx, Richard Serra, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, entre muitos outros. Um time e tanto. Roberto de Pace acredita que a arquitetura pode tornar a vida melhor. “Nossa relação com o entorno é capaz de melhorar ou piorar nossa qualidade de vida. O espaço onde estamos inseridos nunca nos é indiferente neste sentido, ainda que não consigamos mensurar sua atuação sobre nós. Estar em ambientes agradáveis, práticos e adequados às suas funções nos permite realizar o que nos propomos com mais facilidade e plenitude, gerando conforto e satisfação”, ensina o arquiteto.


FOTO: DIVULGAÇÃO

Nesta página, detalhe de projeto residencial (M. Furlan) do arquiteto Roberto de Pace. À esquerda, detalhe da fachada frontal da residência (A. Sahelli) com arquitetura minimalista e orquidário do Jardim Botânico de Jundiaí, obra planejada por Roberto de Pace

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ARQUITETURA

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Do começo ao fim Roberto de Pace está envolvido com a idealização do condomínio Veduta desde o início. Nesta entrevista exclusiva, o arquiteto fala sobre o diferencial dessa importante obra em sua carreira. Como você foi convidado para desenvolver o projeto do condomínio Veduta? RP: Fui indicado aos empreendedores por profissionais da área de construção que simpatizavam com meu trabalho. Eles são uma empresa familiar, com grande experiência em empreendimentos imobiliários de alto padrão, principalmente na cidade de São Paulo. O contato foi feito e a parceria surgiu naturalmente, devido ao bom entrosamento de ideias e de interesses entre nós. De que forma foi planejado esse projeto? RP: A área é linda. Um grande terreno em aclive, em frente a uma represa e a um parque (na época em projeto), com vista para a Serra do Japi ao fundo. Considerando a beleza natural do local e sua privilegiada localização, entendi que um empreendimento residencial seria um excelente uso para aquela área. Como na época a segurança já era um tema em discussão, considerei que deveríamos fazer um condomínio fechado, agregando o máximo possível de tecnologia em segurança e conforto ao projeto, e ter um produto de alto padrão arquitetônico e tecnológico. Afinal, a beleza do local não pedia menos. E a ideia de fazer um mix de condomínios diferenciados e interligados no mesmo espaço? RP: Como a dimensão do terreno é muito grande, isto geraria um empreendimento proporcional. Então sugeri dividi-lo em partes, em condomínios autônomos, que fazem parte de um condomínio fechado único; podendo assim desenvolver o projeto de cada condomínio individualmente, diversificando sua estética, implantação, produto (tipo de residência), nicho de mercado etc; mas sempre mantendo um excelente nível de projeto e construção. A opção por condomínio edificado, e não lotes para serem comercializados conforme conceitos pessoais de cada vizinho, surgiu do desejo de ter um produto pleno, no qual o usuário poderia confiar que a

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qualidade do lugar que o atraiu não seria alterada com o tempo, que sua paisagem seria a mesma sempre, mantendo sua qualidade de vida, além de muitos outros aspectos positivos que um local onde as casas vizinhas já estão construídas e os jardins implantados proporcionam ao morador. Quais os principais desafios no desenvolvimento desse projeto? RP: Veduta é uma palavra italiana que significa vista bela. Ela traduz o que o local sempre foi: uma linda área com uma linda vista. O principal desafio foi elaborar um projeto que traduzisse isto, que se somasse a esta beleza, que atendesse à demanda do mercado em qualidade de produto, e aferisse melhor qualidade de vida aos seus usuários. Por ser um trabalho feito em etapas e com linguagens diferentes de que forma você ordenou o desenvolvimento desse trabalho? RP: Esta ordenação é influenciada por três fatores: a demanda de mercado, a dos empreendedores e minha inspiração arquitetônica e estética. A conjunção destas três variantes, duas externas e uma minha, é que norteia minha criação e o desenvolvimento do projeto de cada um dos condomínios, considerando sempre o todo, ou seja, o Veduta no que ele é e no que queremos que ele seja no futuro. O que você considera importante nesse projeto? RP: Como arquiteto, o mais importante é o reconhecimento por parte dos moradores, do quanto morar no Veduta melhorou suas vidas. É poder fazer a cidade melhor, propor um pedaço dela, que veio melhorar o todo, melhora percebida não somente pelos usuários diretos do Veduta, mas por qualquer outro cidadão que veja nele um lugar bonito e agradável.


DESIGN

MADE IN ITALY 18


A CRIAÇÃO ITALIANA NÃO TEM LIMITES. EMPRESAS TRADICIONAIS, materiais E TÉCNICAS INOVADORAS E GERAÇÕES DE DESIGNERS QUE FIZERAM E FAZEM A HISTÓRIA SÃO APENAS ALGUNS DOS PILARES QUE MANTÉM O DESIGN ITALIANO NO TOPO.

POR LUIZ CLAUDIO RODRIGUES FOTOS DIVULGAÇÃO

Todos os anos milhares de arquitetos, designers de interiores, coolhunters, estetas, jornalistas, pesquisadores e historiadores fazem uma peregrinação rumo à Milão, a meca do design contemporâneo internacional. É assim desde 1961, quando o mais importante evento do design abriu as portas pela primeira vez. Atualmente cerca de 2.500 empresas do mundo apresentam suas coleções anuais durante o evento que movimenta a cidade por uma semana no mês de abril. Mesmo com a participação de empresas e designers de todos os continentes, a indústria italiana de mobiliário e iluminação é a estrela do evento. A Itália sempre teve um papel importante no design e soube tirar partido do seu talento criativo e inovador espalhado por empresas com forte DNA italiano, como Cassina, Cappellini, Zanotta, Edra, Poltrona Frau, Meritalia, Minotti, Poliform, Kartell, B&B Italia,Sawaya & Moroni, Moroso, Artemide e Foscarini e Flos. Todas com peças que se tornaram ícones clássicos e contemporâneos e que até hoje fazem parte de seus catálogos.

À esquerda, na foto maior, da Cappelini em parceria com a Walt Disney Signature, a poltrona Possesse, criação de Dror Benshetrit. Nesta página, em sentido horário, da mesma empresa, a poltrona Dalia, assinada por Marcel Wanders; par de cadeiras desenhado por Jacopo Foggini; luminária de teto com design dos irmãos Ronan e Erwan Bouroullec e ambiente com mobiliário da Minotti

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DESIGN

Considerada como um sopro novo do design desde que passou a investir em novos designers, especialmente os que não estão radicados na Itália, a Edra ganhou prestígio sob a direção artística de Massimo Morozzi, que convidou os irmãos Campana para fazer parte da equipe de designers da empresa, que também conta com nomes como Francesco Binfaré e Jacopo Foggini. De Fernando e Humberto Campana, a Edra produz os sofás Boa, Cipria, as cadeiras Vermelha e Favela, além do divã Kaiman Jacaré: icones de nossa época. Outra que ficou conhecida por estar na vanguarda criativa é a Cappellini. Atualmente é a indústria italiana de mobiliário que reúne o maior cast de celebridades do design que estão na ativa. Entre eles, Alessandro Mendini, Carlo Colombo, Fabio Novembre, Jasper Morrison, Jean-Marie Massaud, Inga Sempé, Giulio Cappellini, Marc Newson, Marcel Wanders, Rodolfo Dordoni, os irmãos Ronan e Erwan Bouroullec, Shiro Kuramata, Tom Dixon, Todd Bracher e o brasileiro Zanini de Zanine. Um time e tanto reunido para desenvolver o melhor em tecnologia, materiais de ponta e inovação em design. Alguns dos clássicos italianos fazem parte da coleção da prestigiada Meritalia, como peças do irreverente Gaetano Pesce, dos irmãos Achille e Per Giacomo Castiglioni e do renomado Karim Rashid. Com um vasto acervo, a Meritalia, volta e meia, revisita seus arquivos para lançar reedições que passam longe de se tornarem peças datadas. Em suas coleções recentes, o toque lúdico e a paleta de cores vibrantes passaram a imprimir uma assinatura original difícil de ser imitada.

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Na foto maior, sofá do designer Piero Lissoni para a Cassina; no alto, a poltrona Trez, do brasileiro Zanine de Zanini para a Edra, mesma empresa que fabrica a Azul Chair, à esquerda, desenhada pelos irmãos Campana

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DESIGN

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À esquerda, módulos decorativos Cloud com design dos Bouroullec para a Kvadrat e mobiliário com design de Paola Navone para a Gervasoni. Acima, cadeiras dos irmãos Bouroullec e a famosa poltrona Up, de Gaetano Pesce

Outro gigante em inovação, a Cassina mantém uma linha de mobiliário de traços delgados e minimalistas que se tornaram marcas registradas de sua produção. É o caso de clássicos como a linha LC de Le Corbusier, Charlotte Perriand e Jean Jeanneret, criada em 1928. Com a mesma linguagem dessa peça, que faz parte da coleção de design dos mais importantes museus do mundo, a coleção Cassina investe no design slim com peças elegantes desenhadas por Piero Lissoni e Phillippe Starck. A história do design italiano não pode ser contada sem falar da B&B Italia. Fundada em 1966, a empresa é uma das mais bem sucedidas em vendas no mercado internacional de mobiliário. Talvez uma parte do seu sucesso seja explicado pela leitura particular que faz da cultura contemporânea, da evolução do comportamento urbano e da diversidade multicultural das grandes metrópoles. Ao mesclar essa linha conceitual com um time de criadores inventivos, a B&B Italia está no inconsciente coletivo de uma forma indelével. Entre os designers que assinam suas coleções estão Antonio Citterio, Mario Bellini, Zaha Hadid e Patricia Urquiola. Entre as estrelas italianas, a designer Paola Navone merece uma atenção por ter uma marca pessoal que não se dilui ao desenvolver peças

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para as mais variadas empresas italianas. Radicada em Milão, mas cidadã do mundo, Paola impulsiona seu trabalho com seu vasto interesse em culturas que costumam privilegiar suas raízes, particularmente as orientais. Para se atualizar, costuma viajar boa parte do ano e atualmente é uma profissional consagrada no métier, tanto que desenvolve trabalhos que vão além da criação de peças, como a organização de exposições e de eventos, de forma independente ou convidada por clientes selecionados, como Armani Casa, Driade, Knoll International, Alessi, Molteni, Roche Bobois, Swarovski, Natuzzi e Gervasoni, onde é diretora de arte desde 1998. Outro que não passa despercebido é Jacopo Foggini, que se descreve como um “explorador da arte e design” ao extravasar os limites impostos pelos materiais. De acordo com a revista Interni, suas luminárias são como poemas materializados e funcionais. Suas instalações também caíram nas graças de grandes corporações que não cansam de encomendar projetos especiais. Para o aniversário de 25 anos da Nespresso, Foggini criou um castiçal com 25 mil pastilhas de café que surpreendeu e arrebatou uma legião de seguidores de seu trabalho. Certamente mais um italiano que subiu ao Olimpo do design internacional.


MODA

F I O

A F I O

AS GRIFES ITALIANAS PUCCI E MISSONI

TORNARAM-SE ÍCONES INTERNACIONAIS POR CONTA DE SUAS ESTAMPAS DIFERENCIADAS POR LUIZ CLAUDIO RODRIGUES FOTOS DIVULGAÇÃO

Os fashionistas amam de paixão. A imprensa especializada registra todas as coleções. As mulheres mais chiques do circuito Elizabeth Arden costumam desfilar com modelitos que são facilmente identificados. Estamos falando das grifes Emilio Pucci e Missoni que têm como marca registrada suas estampas. A primeira pelo grafismo multicolorido, a segunda com o ziguezague de seu tricô. Estampas originais que se tornaram ícones da moda contemporânea. Sob a direção artística do estilista Peter Dundas, a Pucci se mantém como sinônimo de glamour desde que surgiu na década de 1950 sob a batuta de Emilio Pucci (1914-1992) com seus vestidos deliciosamente coloridos, com padrões

pop-psicodélicos e cores hipnóticas como azul turquesa, verde esmeralda e profusões de vermelhos e laranjas que se tornaram uma assinatura que perdura até os dias de hoje. Dundas acertou em todas as coleções que lançou desde 2008 ao perceber que a marca foi construída como algo que vai além de uma extravagância de verão e fez renascer o estilo Pucci como uma maneira de ser e de se mover sobre o mundo. Seus vestidos e túnicas transmitem leveza e transformam as mulheres em adoráveis criaturas sexys, divertidas e tentadoras. “A Pucci é uma das marcas mais lendárias da Itália. Gosto da ideia de trabalhar em uma casa que tem história”, declarou o estilista norueguês ao site Style.

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Antes de assumir a direção artística da Pucci, Dundas já havia colaborado para Jean Paul Gaultier, Roberto Cavalli e Emanuel Ungaro. Para desenvolver as coleções, o estilista costuma fazer pesquisas no próprio acervo da grife. Lá estão a arte cinética, os motivos indianos, o vidro colorido e a cultura hippie, referências de Emilio Pucci que se tornaram o DNA da marca em seu apogeu na década de 1960. Essa admiração e identificação com a história da Pucci faz de Dundas um caso raro de respeito às origens das grifes que foram adquiridas por grandes conglomerados. Desde a década de 2000, a Pucci faz parte da constelação de marcas do grupo LVMH, que adquiriu 67% da empresa. Mesmo após a venda, a filha de Emilio, Laudomia Pucci, se manteve no negócio e até hoje é diretora de imagem da grife. “A Pucci é a história da minha vida. No Palazzo Pucci tenho vestidos, óculos, lenços, perfumes, estampas, as cartas que meu pai escrevia. Tudo gira em torno da tradição da marca. Meu pai gostava de entender o corpo feminino, adorava o Jersey porque acompanhava o movimento do corpo feminino”, afirmou Laudomia numa entrevista à revista RG quando esteve no Brasil para o coquetel de lançamento da loja no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

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Ao lado, o norueguês Peter Dundas, diretor de criação da Pucci desde 2008. Suas pesquisas para as novas coleções costumam ser feitas no acervo da grife, como as clássicas túnicas em crepe de seda, o azul e branco em caimento esvoaçante e as estampas exuberantes


MODA

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Os últimos anos não foram fáceis para a Missoni. Seu fundador, o iugoslavo Ottavio Missoni, faleceu no ano passado e seu filho Vitório saiu de cena após um acidente com seu jatinho particular na Venezuela. Com essa crise familiar, a marca ainda não definiu seu novo diretor criativo. Desde que surgiu em 1953, a Missoni se tornou famosa pelas roupas de tricô com estamparia colorida em ziguezagues, listrados e patchworks; mas nos últimos anos tem se firmado como marca inovadora, seja no prêt-à-porter para homens, mulheres e crianças, alta costura, perfumaria e sua exclusiva coleção de tecidos para decoração. A mais recente coleção da Missoni teve como inspiração as personalidades multifacetadas da mulher contemporânea, com uma feminilidade elegante e, ao mesmo tempo, dinâmica. Filha de Ottavio e Rosita, Angela Missoni assina as coleções femininas da grife. Nos últimos anos investiu mais na textura do que nos padrões a fim de fazer algo diferente das estampas exóticas. “Senti orgulho por poder expandir a criação da Missoni para além das amarras do ziguezague”, declarou numa entrevista recente para a Vogue América. Talvez essa seja a senha para os novos tempos da Missoni.

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Angela Missoni está focada em renovar a marca Missoni. A famosa estampa ziguezague, à esquerda, continua forte, mas a estilista imprime um frescor no estilo ao investir em criações que abusam dos listrados e das texturas, sem abrir mão de uma paleta de cores vibrantes


VIAGEM

AZUl DO MAR SEM FIM AS CIDADES DE POLIGNANO A MARE E TAORMINA SÃO DOIS DESTINOS DE VERÃO NA ITÁLIA QUE TÊM UMA COISA EM COMUM: A PAISAGEM NATURAL DE TIRAR O FÔLEGO! DA REDAÇÃO FOTOS DIVULGAÇÃO

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A bela paisagem natural de Polignano a Mare com ĂĄguas claras e lĂ­mpidas.

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VIAGEM Uma é banhada pelo mar Adriático, a outra pelo Mar Jônico: Polignano a Mare e Taormina são pequenas joias do Mediterrâneo. Frequentadas pelo jet set internacional, os dois balneários sempre têm boas surpresas para quem não abre mão de conhecer lugares exclusivos mundo afora. Localizada no alto de um penhasco, Polignano a Mare faz parte da província de Bari, em Puglia, e sua principal atração turística é as grutas encravadas no complexo rochoso com vista para o mar. É lá que está o mais charmoso hotel da cidade: o Grotta Palazzese. Instalado em uma península a 24 metros acima do nível do mar, o hotel tem um restaurante com salão aberto para um cenário deslumbrante, o que faz de seus almoços e jantares um dos aconteci-

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mentos mais concorridos da região. Funciona somente nas férias de verão e seu cardápio de peixes e frutos do mar, apreciado por gourmets exigentes, é harmonizado por vinhos italianos de excelentes safras. Outro lugar fantástico é o MINT Cucina Fresca, de decoração simples (e moderna), bem ao estilo familiar que reflete o “astral” dos proprietários, Liu e Fabrizio. O casal preza por ingredientes frescos produzidos na região. O menu muda todos os dias, oferecendo sempre o que a cozinha tem de mais fresco. Na região existem aproximadamente quarenta cavernas do mar que, em sua maioria, só podem ser visitadas de barco. Entre as de rara beleza estão as grutas de Negrito, Azul, Freiras, Colunas e das Andorinhas.


Além do Mar deslumbrante, a cidade tem um centro histórico com ruazinhas estreitas e casas de pedra. Todos os caminhos são ladrilhados de pedras brancas. A porta da cidade, batizada de Arco della Porta, dá acesso a cidade velha. Por lá, vale conhecer a Igreja Matriz , em estilo românico com portal renascentista, dedicada a Santa Maria Assunta, com obras de arte atribuídas ao escultor Stefano de Putignano e relíquias do santo padroeiro da cidade, São Vito. Na mesma Piazza Vittorio Emanuele II está o Palácio do Governador. Nas ruas estreitas do centro histórico é recomendável diminuir os passos para admirar as casas caiadas de branco com pátios e terraços. Para finalizar a visita aos monumentos, a Igreja de Santo Stefano, erguida na Idade Média, é outro importante marco da cidade.

À esquerda e abaixo, o Grotta Palazzese. Ao lado, detalhe do restaurante Mint Cucina Fresca

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VIAGEM Na cidade de Taormina, na Sicília, o tempo parece passar mais devagar. Os moradores gostam de conversar com os turistas e na hora de comer vale entrar em qualquer restaurante para experimentar comidinhas especiais que são servidas somente lá. Entre os clássicos da gastronomia siciliana está o penne alla norma, feito com berinjela, tomate, manjericão e ricota al forno. Entre os doces típicos estão os canollis, canudinhos de massa crocante, recheados com creme de ricota, pistache, cereja e raspas de laranja salpicadas por cima. Para espantar o calor, as granitas fazem o maior sucesso. São bebidas à base de frutas e

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gelo, servidas em barraquinhas espalhadas por toda cidade. São servidas em copos altos com canudo e colher. As praias de Taormina são de pedra e têm águas mornas e transparentes. Entre elas, vale conhecer a de Isola Bella, uma pequena ilha que fica a uma curtíssima distância da costa. Durante a maré baixa é possível caminhar por uma trilha até a ilha. Em toda parte da cidade é possível ver o vulcão Etna. Entre os diversos programas no seu entorno, o passeio para degustação de vinhos nos vinhedos ao pé do vulcão é certamente o mais charmoso. Lá não deixe de experimentar a uva típica da região, a Nero Davola.


Com tanta beleza por todos os lados, Taormina parece ser uma cidade cenogrรกfica

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VIAGEM

Nesta página, imagens do hotel Villa Carlotta. Mercado de antiguidades a céu aberto numa das ruas de Taormina. No detalhe, construção antiga com vista para o mar

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Serviço Grotta Palazzese, Via Narciso 59, Polignano a Mare MINT Cucina Fresca, Piazza San Benedetto 32, Polignano a Mare Villa Carlotta, Via Luigi Pirandello 81, 98039, Taormina

Para se hospedar, o Villa Carlotta tem tudo na medida certa, luxo sem excessos e serviço personalizado. Para quem gosta de carta de apresentações, o hotel faz parte do seleto grupo Small Luxury Hotels of the World, selo que abriga mais de 520 hotéis boutique em 70 países ao redor do globo. Fora o Villa Carlotta, os melhores lugares para se hospedar estão no alto da cidade, próximos do centro, e oferecem transfers aos hóspedes que desejam ir as praias. A dica é sempre ir para um lido, como são chamadas as praias particulares na Itália. Por dez euros, pode-se ficar num confortável lounge em trechos das praias, com umbrellas e chaises para relaxar em frente

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ao mar. Uma saída de classe para não enfrentar as pedrinhas no lugar da areia. Além do Isola Bella, vale a pena conhecer a lido Stockholm e a lido La Pigna. Para conhecer melhor a baía, os passeios de barco são oferecidos nas praias por 20 euros e pode-se ver de perto a Grotta Azzurra e Giardini Naxos, com direito a paradas para mergulho. Para ver e ser visto, uma voltinha obrigatória no centrinho, o Corso Umberto. No verão, o local costuma receber shows de celebridades cult como Lou Reed e Santana, entre muitos outros. Certamente lugares bem italianos, mas cheio de pequenos luxos que atraem visitantes do mundo inteiro.


SAPORE

FAZER DO LIMÃO UMA LIMONADA PODE SER BEM MAIS SABOROSO COM LIMÃO SICILIANO

BELLA DA REDAÇÃO FOTOS DIVULGAÇÃO

F R U T TA Ao lado das variações batizadas de galego, tahiti e cravo, o limão siciliano tem um apelo especial. A cor amarela de sua casca já denuncia, pelo aroma, que seu suco é diferenciado, mais suave do que o de seus irmãos, que muitos detratores consideram limas ácidas e não limão. Apesar de ser conhecido como siciliano, sua origem não é italiana. Foi trazido da Pérsia (atual Irã) para a Europa pelos árabes. Contam que essa variedade já era cultivada em Gênova em meados do século 15, assim como há relatos de sua existên-

cia nos Açores em 1494. Mas sua origem é ainda mais remota. De acordo com os historiadores, foi no sudeste da Ásia, provavelmente no sul da China ou da Índia, que surgiu o cítrico mais conhecido em todo mundo. Na Antiguidade, os gregos o usavam para proteger as roupas das traças. Os helenos cultivavam limoeiros e cidreiras perto das oliveiras para preservá-las do ataque de parasitas. Os romanos registraram a fruta em mosaicos no Cartago e em afrescos na famosa cidade de Pompéia.

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Também se sabe que era muito utilizado no Mediterrâneo para ornamentar os jardins dos mouros, os mesmos que o difundiram no Ocidente, ao levar a fruta para a Sicília. No livro “Limão Siciliano – História, Uso e Receitas”, de Charlô Whately e Stella Espírito Santo (Editora Codex), os autores contam que por volta de 2550 a.C., eram utilizados pela princesa Padmini, na Ásia Central, como objetos de decoração, além de espalhar seus gomos pelo palácio para deixá-lo perfumado. Mas vamos ao que interessa? O limão siciliano sempre dá o ar de sua graça na rica culinária italiana. De acordo com a blogueira Alessandra Blanco, na cidade de Positano, os limões são tratados como iguaria. “Com eles é feito o famoso Lemoncello, um digestivo servido bem geladinho. Também são usados em tortas, bolos, doces, iogurtes, além de perfumes, velas e sabonetes”, comenta a jornalista que é editora do blog Comidinhas. A chef Rita Lobo, no seu site Panelinha, tem uma receita de spaghetti ao limão, com parmesão e manjericão. E no livro de Charlô e Stella pode-se encontrar dezenas de receitas e usos variados para a fruta. Na sequência, aprenda a fazer um autêntico Limoncello. Saúde!

Limoncello Ingredientes 10 limões sicilianos 1 litro de vodka 3 xícaras de açúcar 4 xícaras de água Modo de Preparo Faça raspas de todos os limões e coloque-as junto com a vodka em uma jarra ou numa garrafa de vidro, cubra e deixe descansar por uma semana em temperatura ambiente. Após esse período de maturação, faça uma calda de açúcar com água em uma panela e leve ao fogo. Deixe ferver por 15 minutos sem mexer, e deixe esfriar. Misture a calda de açúcar com a vodka, coe e reserve em uma garrafa com rolha. Deixe a bebida descansar por mais duas semanas em temperatura ambiente. Após esse descanso, leve o limoncello ao refrigerador. Quando estiver bem gelado sirva em copos de vodka ou de licor. Detalhe especial: os copos também devem estar gelados.

37 JUNHO 2014


ESTILO

VELOZES

E

LUXUOSOS

COM MODELOS QUE SÃO VERDADEIROS SONHOS DE CONSUMO NO MUNDO INTEIRO, AS MARCAS DE CARROS MASERATI, LAMBORGHINI E FERRARI ALIAM TRADIÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM CADA DETALHE

POR claudio GUES FOTOS DIVULGAÇÃO

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A centenária Maserati não para de produzir objetos do desejo em sua montadora na Itália. Nesta página, o Gran Turismo. Ao lado, em versão com pintura branca, o modelo A6 1500 GT, com design do estúdio italiano Pininfarina

No desenho animado Cars, da Pixar e da Walt Disney, há uma oficina comandada por uma dupla italiana de mecânicos, Luigi e Guido. Uma homenagem dos criadores da animação para a engenhosidade e a paixão dos italianos por carros. E não poderia ser diferente. Quando se trata de automobilismo, a Itália esbanja conhecimento, expertise e, claro, muito estilo. Tanto que entre os mais importantes fabricantes de automóveis de luxo do mundo estão três italianos: Ferrari, Maserati e Lamborghini. Seus modelos exclusivos fazem parte do seleto segmento dos esportivos de luxo que atraem aficionados por inovação tecnológica, motores potentes e alta velocidade. A mais tradicional das três montadoras, a Maserati, completará 100 anos em dezembro próximo. Fundada pelos irmãos Ettore e Ernesto Maserati na cidade de Modena, seu famoso logotipo em forma de tridente foi desenhado por Mario Maserati e inspirado na escultura de Netuno de Giambologna, instalada numa das principais praças da cidade de Bologna.

39 JUNHO 2014


ESTILO

A revitalização da centenária marca italiana foi iniciada na segunda metade da década de 1990, quando a Ferrari assumiu seu comando acionário e investiu em tecnologia, engenharia, design, marketing, vendas e, principalmente, inovação. Desde então, a Maserati se reafirmou no mercado com novos modelos de esportivos de luxo, como o Maserati Spyder, nas versões conversível e coupè, com motor de alumínio e câmbio tipo F1, fruto do know how da Ferrari no circuito da Fórmula 1. Entre suas luxuosas máquinas de velocidade estão o Quattoporte versão 5, desenhado pelo estúdio Pininfarina, que também

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assina o design do Granturismo. Entre as releituras de seus clássicos, o sedã Ghibli – originalmente um coupè de dois lugares criados em 1966 – é um dos mais cobiçados da atualidade. O modelo é equipado com a combinação de três motores V6 (dois a gasolina, com 330 e 410 cv, e um a diesel de 275 cv) e câmbio automático de oito marchas, entre outras inovações. Mas o top de linha da Maserati é o famoso Quattroporte com painel de controle e o tradicional fundo azul, o clássico relógio analógico, além das poltronas revestidas com couro da Poltrona Frau, famosa marca italiana de móveis de design.


Com cinquenta anos de estrada, a Lamborghini nasceu em 1963, a partir de uma rixa entre Ferruccio Lamborghini e Enzo Ferrari. Lamborghini já era um famoso fabricante de tratores na época, quando levou seu 250 GT até as instalações da Ferrari, em Modena, mas foi ignorado por Ferrari. Diante da humilhação, Ferruccio decretou para si mesmo que tudo o que a Ferrari fizesse ele faria melhor. Com esse espírito nasceu a montadora Lamborghini. O primeiro carro da marca foi o 350 GT, projetado por Giotto Bizzarrini, e logo em seguida, a atualização do mesmo modelo que ressurgia com o nome 400 GT, em série limitada. Ainda na década de 1960, com o Miura - desenhado por Luigi Bertoni - a Lamborghini iniciava a tradição de batizar seus carros com nomes de touro (animal predileto de Ferruccio, fã de touradas) que é emblema da marca até os dias de hoje. Depois vieram o Espada e o Islero.

OS CARROS MAIS FAMOSOS DA LAMBORGHINI SÃO BATIZADOS COM NOMES DE TOUROS. O MIURA INICIOU ESSA TRADIÇÃO QUE SEGUE ATé OS DIAS DE HOJE.

Em sentido horário, da direita para esquerda, no alto, modelos da Lamborghini apresentados no Salão do Automóvel de Shangai 2014. Na sequência, os esportivos Veneno e Egoista. No píer, o modelo Grancabrio da Maserati

41 JUNHO 2014


ESTILO A Ferrari é uma das marcas internacionais mais prestigiadas por colecionadores que são apaixonados por máquinas potentes.

Na década seguinte foi a vez do lançamento dos superesportivos Urraco, Jarama e o Countach - que se tornou um ícone italiano. Com a crise do petróleo, Ferruccio se desfez da montadora. Após passar pela gestão de dois grupos italianos, a Lamborghini foi comprada pela Chrysler em 1987, que resgatou a imagem da montadora com o lançamento do Diablo, um esportivo com motor V-12 5.7L, que em apenas quatro segundos atingia 100 Km/h até alcançar o seu limite de 325 Km/h. Em 1998, a montadora italiana foi adicionada às marcas do Grupo Volkswagen (detentora da Audi, Bentley, Porsche e Scania, entre outras), o que lhe rendeu fôlego e inovações de engenharia que marcam os modelos Reventón (2007) e o Aventador (2011). Como prova de que a Lamborghini está em alta no conceito da nova geração, o cantor Justin Bieber tem um Lamborghini Gallardo na sua coleção de carros luxuosos. Sinal de que a marca rejuvenesceu e se mantém no topo no concorrido mercado de carros de luxo.

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No alto, dois clássicos da montadora Ferrari: na foto preto-e-branco, o modelo 458 México e o 166S Barchetta; ícones internacionais na década de 1950. E o famoso 458 com pintura amarela


O modelo 458 da Ferrari em duas versões: o tradicional vermelho na foto maior e a versão na cor branco, muito solicitada nos últimos anos

A famosa Ferrari, por sua vez, nasceu do sonho de um piloto de corridas, Enzo Ferrari, que imaginava fabricar carros que fossem capazes de voar sem sair do chão. Apaixonado por velocidade, Ferrari desenvolveu máquinas que se tornaram ícones na Fórmula 1 e que hoje fazem parte do imaginário popular. A Scuderia Ferrari surgiu em 1929 fabricando carros de corrida e patrocinando pilotos de competição. Somente após da Segunda Guerra Mundial, a partir de 1946, iniciou a fabricação de modelos para o mercado com o lançamento da Ferrari 125 Sport. Além do seu famoso símbolo do cavalo negro empinado num fundo amarelo, a Ferrari é conhecida mundialmente pela cor vermelha (rosso corsa), uma tradição no circuito de campeonatos de corridas de automóveis desde os anos 1920, que designa a cor vermelha para equipes italianas e impõe diferentes matizes para outras nacionalidades. Desde a década de 1980, com a morte de seu fundador, Enzo Ferrari, a FIAT é detentora da Ferrari e, por tabela, da Maserati. Um verdadeiro império italiano administrado por tutti buona gente.

43 JUNHO 2014


GASTRONOMIA

SAPORE D’ITALIA

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TRADIÇÃO E MODERNIDADE NO MESMO PRATO SÃO MARCA REGISTRADA DE CINCO RESTAURANTES ITALIANOS QUE OCUPAM O TOPO DO CIRCUITO GASTRONÔMICO INTERNACIONAL

POR LUIZ CLAUDIO RODRIGUES FOTOS DIVULGAÇÃO

A gastronomia italiana é sucesso garantido em qualquer lugar do mundo. Mas na balança dos bons restaurantes que entram e saem de moda sempre há uma novidade. Entre as mais prestigiadas da atualidade está a lista dos cem melhores restaurantes do mundo desenvolvida pela revista inglesa Restaurant. Com experts e críticos de gastronomia espalhados por todos os continentes, na Itália quem faz parte do seleto grupo de especialistas da revista é a jornalista Eleonora Cozzella. Apaixonada por viagens, gastronomia e enologia, ela é editora de comida e vinho do site L’Espresso. Neste ano, a Itália está representada pelos resyaurantes Osteria Francescana, Combal Zero, Dal Pescatore, Piazza Duomo e Le Calandre. Ocupando a terceira posição na Restaurant, pelo segundo ano consecutivo, está o Osteria Francescana, localizado na cidade de Modena. Na cozinha, o chef Massimo Bottura se tornou famoso por renovar as tradições culinárias de longa data, equilibrando herança e atualidade no menu, que é dividido em três categorias. Primeiro, os pratos tradicionais da região de Emilia-Romagna, como o tortellini com molho de parmesão ou o tagliatelle com ragu. Depois é a vez dos clássicos modernos, para quem tem disposição para experimentações inusitadas.

45 JUNHO 2014

O chef Massimo Bottura do restaurante Osteria Francescana e uma de suas iguarias, o bollito miste non bollito. Foto: Paolo Terzi


GASTRONOMIA

Nessa categoria está um sorvete que mistura o doce o salgado, feito de nacos de foie gras e avelã, salpicados por vinagre balsâmico. Para quem gosta de exercitar o paladar de forma radical, entre os pratos recém-desenvolvidos do lugar estão os da série camuflagem, como as finas camadas de foie gra,s decoradas com um pó feito com sangue de lebre, castanha e várias ervas. Para quem vai pela primeira vez ao restaurante, a dica é degustar um prato de cada categoria a fim de ter uma percepção apropriada da gama de sabores oferecidos pelo chef Bottura. Na trigésima nona posição está o Piazza Duomo, do chef Enrico Crippa, que faz parte da nova geração de chefs italianos que respeitam as tradições culinárias regionais e ao mesmo tempo esquentam a fervura a fim de alcançar novos limites quando o assunto é boa cozinha. E não poderia ser diferente, Crippa é discípulo de Ferran Adrià, Michel Bras e o maestro italiano Gualtiero Marchesi. Seu restaurante chique - e bastante feminino no décor - em Alba, coração da indústria de trufas da Itália, oferece pratos de muito impacto. É o caso do criativo leitão com endívias, pão doce, vitela e alcachofras. A sociedade do chef com a família Ceretto –dinastia piemontês que produz grande parte do famoso vinho da região – tem suas vantagens, como a primazia de receber, em primeira mão, os melhores cogumelos da floresta e, é claro, as caríssimas trufas. O momento certo para reservar uma mesa no Piazza Duomo é entre outubro e novembro, quando a temporada de trufas brancas está no auge.

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Nesta página, detalhe do salão do Osteria Francescana e pratos que estão em seu cardápio, no alto à esquerda, o parmagiano reggiano e, acima, o roasted guinea hen not roasted. Fotos: Paolo Terzi


Do chef Massimiliano Alajmo, o restaurante La Calandre, em Padova, ocupa a quadragésimo sexta posição na Restaurant. Desde 2003 é premiado com três estrelas do guia Michelin, honraria concedida para apenas mais sete restaurantes italianos. O sucesso de sua cozinha está nos conceitos de leveza, fluidez e profundidade de sabores. Essa mesma abordagem inesperada de seus pratos se reflete no salão do restaurante. Todas as mesas, copos, talheres e luminárias foram desenhados pelos irmãos Alajmo e produzidos por artesãos locais. O resultado é um ambiente multissensorial, que sai da cozinha e permeia cada canto do lugar. Entre os pratos, o leitão servido com molho de mostarda picante e trufas brancas e o risoto de açafrão com alcaçuz em pó são dois clássicos da casa.

47 JUNHO 2014

Retrato dos fratelli Massimiliano Alajmo e Raffaele Alajmo, chefs do La Calandre Foto: Sergio Coimbra


GASTRONOMIA

Dois pratos do restaurante La Calandre, dos chefs Massimiliano e Raffaele Alajmo: Giocco al Cioccolato e Sgombro Grigliato. Foto: Sergio Coimbra

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O espetaculoso chef do Combal.Zero, Davide Scabin: mestre na manipulação inventiva dos ingredientes dos seus pratos. Foto: Serrani Bambril

49 JUNHO 2014


GASTRONOMIA

Em Rivoli está o Combal. Zero, que ocupa a quinquagésima primeira posição do ranking da publicação inglesa. À frente de suas caçarolas, o chef Davide Scabin tem a fama de ser um dos precursores do food design italiano. De acordo com os críticos, Scabin calcula e codifica tudo, desde o ritmo do tempo de cozimento de cada prato, a manipulação dos ingredientes na cozinha e o serviço no salão. Entre as iguarias mais disputadas pelos gourmets que apreciam seu cardápio estão o ravióli de vitela, presunto e ostras, e o combinado de ovas de peixe com frutos do mar ao molho de pimenta. Na nonagésima posição, o Dal Pescatore, na cidade de Cannetto Sull’Oglio (região da Lombardia), tem uma cozinha que segue a tradição familiar dos irmãos Antonio e Nadia Santini, que dão prioridade para a qualidade dos ingredientes frescos comprados nos arredores da cidade, e receitas diet, como o tortelli di zucca, agora servido com menos manteiga e menos queijo parmesão. Mudanças sutis que não perdem o apelo original da tradição, e reafirmam a identidade up to date do restaurante. Ao mesclar o novo e o antigo em seus cardápios, os cinco restaurantes que se tornaram dignos de nota fazem parte da rota obrigatória de gourmets do mundo inteiro à procura de novos sabores.

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Em sentido horário, vista do salão do Combal.Zero, kit de antepastos, spaghetti pizza margherita e scabinpuntozero: iguarias servidas no restaurante do chef Davide Scabin

SERVIÇO Combal.Zero, Piazza Mafalda di Savoia 10096, Rivoli. Dal Pescatore, Localitá Runate 15, 46013 Cannetto Sull’Oglio. La Calandre, Via Liguria 1, 35030, Padova. Osteria Francescana, Via Stella, 22 41121, Modena. Piazza Duomo, Piazza Risorgimento 4, 12051, Alba.


SELO DE QUALIDADE A fim de preservar e promover a verdadeira e tradicional gastronomia italiana, a União das Câmaras de Comércio da Itália (Unioncamere), o Instituto Italiano de Pesquisas Turísticas e o Italcalm (Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura) concedem todos os anos o selo Ospitalità Italiana aos restaurantes no mundo que seguem as tradições de sua cozinha. O certificado de qualidade foi criado em 1997, na Itália, para classificar os bons restaurantes do próprio país. A partir de 2010 ganhou status internacional, e São Paulo foi a primeira cidade fora do território italiano a recebê-lo. Entre os requisitos exigidos estão a presença de ao menos um funcionário fluente em italiano e a fidelidade no preparo dos pratos, com ingredientes e vinhos da tradição italiana. Na edição desse ano, 84 restaurantes brasileiros receberam o selo. Entre os restaurantes de São Paulo estão o Tre Bicchieri, Fasano, Emporio Ravioli, Gero, La Tambouille e o Piselli.

51 JUNHO 2014


ARTE

IMAGINAÇÃO E SENSIBILIDADE COM TRAÇOS SINGULARES, A ARTE DE INOS CORRADIN ALEGRA, EMOCIONA E INTRIGA EM CENAS QUE PARECEM FAZER PARTE DO IMAGINÁRIO COLETIVO

DA redação FOTOS NELSON AGUILAR

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Ao lado, o artista Inos Corradin em seu ateliê. Nesta página, reprodução do óleo sobre tela “Fabio meu gato siberiano com bola” (0,50x0.70m)

Nascido em Vogogna, Piemonte, Itália, o artista plástico Inos Corradin é celebrado no Brasil e no exterior, mas nada se compara com a admiração e respeito devotados por Jundiaí, cidade que escolheu para viver e trabalhar desde a década de 1950, quando chegou no Brasil, aos 21 anos de idade. “A origem veneta e as raízes culturais no vasto plano atravessado pelo rio Adige, entre Padova, Verona, Mantova e Rovigo, bem como o novo visual que ele vislumbra ao chegar aqui certamente significaram muito na memória profunda de Inos”, afirma C. Fasan, no texto de abertura no site do artista. Nessa época, Inos passa uma temporada na Bahia e convive com o grupo de artistas Mário Cravo Júnior, Rubens Valentin, Carybé, Pancetti e Mirabeau Sampaio, além do compositor Dorival Caymmi.

53 JUNHO 2014


ARTE

À esquerda, reprodução da tela “Equilibrista na corda bamba” (óleo sobre tela, 0.80x0,80m) e na foto maior, “Tarde no mediterrâneo” (óleo sobre tela, 0,80x0,80m)

Sua atuação como cenógrafo também é marcante. Em 1954, o pintor Osvaldo Gil Navarro o convida para participar da equipe de cenógrafos do Balé do IV Centenário de São Paulo, ocasião em que trabalha junto com os artistas Rugero Giacobbi e Aldo Cravo. Sua primeira exposição individual acontece em 1977 na Galeria de Arte André, na capital paulista. É o início de uma trajetória de sucesso que conta com mais de 200 exposições internacionais até o momento. Rota que inclui mostras nos Estados Unidos, França, Itália, Suíça, Holanda, Israel, Bélgica, Alemanha, Áustria, Argentina e Uruguai. Sua relação com Jundiaí ganhou uma nova dimensão nos últimos anos. Em 2005, foi convidado pela Prefeitura para criar o selo comemorativo dos 350 anos da cidade. Dois anos depois pinta o óleo sobre tela “Tributo à Serra do Japi”. A obra ganha uma réplica transformada num grande painel em exposição permanente na Rodoviária de Jundiaí. “Minha relação com a cidade é a de um bom filho para um bom pai. Vim de um lugarejo na Itália, com cerca de mil e quinhentos

habitantes, que se chama Castelbaldo, mas devo ao Brasil e, particularmente a Jundiaí, o trajeto feliz do meu trabalho”, afirma o artista. Corradin não sabe dizer do que mais gosta na cidade. “Gosto de tudo. Até tolero o batalhão de pernilongos que invadem meu ateliê”. Perguntado se a cidade tem alguma influência em sua pintura, ele é taxativo. “Todos os dias, todos os momentos do percurso existencial são fragmentos construtivos de projeto de vida. Jundiaí é o lugar onde construo minha obra e é aqui que a minha imaginação e sensibilidade produzem seus resultados”. Sua trajetória de artista está registrada em três livros. O primeiro, “La Visione Incantata”, de 1997, foi lançado no Brasil e na Europa pela Edizioni D’Arte Surian. Em 2001, a mesma editora lança “Venticinque Anni di mostre in Europe”. O mais recente tem um sabor especial. Intitulado “Inos – 50 anos de pintura”, a publicação celebrou seu trabalho como artista em 160 páginas e é ricamente ilustrado com reproduções de telas, esculturas, desenhos e fotos de bastidores. O livro tem projeto e design assinados por Auderi Martins.

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55 JUNHO 2014


ARTE

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“EU FAÇO PINTURA QUE ME DÁ PRAZER E EVENTUALMENTE PRAZER AOS OUTROS”.

Na foto maior, a tela “Luar no mediterrâneo” (óleo sobre tela, 1.00X0,80m). Aqui, a tela “O mágico, auto retrato” (óleo sobre tela, 1,00X0,80m)

Mas as comemorações não ficaram por aí. Ao completar 80 anos em 2009, foi homenageado pela Prefeitura de Padova com uma exposição na Salla della Gran Guardia na Piazza dei Signori. Desde 2010 faz parte do Grupo dos Onze, organização da qual fazem parte os também artistas Ivald Granato, Claudio Tozzi, Mario Gruber e Antonio Peticov. As cores são um elemento marcante em suas telas, assim como o seu traçado que revela o universo lúdico pictórico de Inos, características que o tornam único no cenário das artes. O artista não se considera dono de um estilo. “Eu faço pintura que me dá prazer e eventualmente prazer aos outros”. O artista aproveita a ocasião para fazer uma crítica. “Falar de estilo nos dias de hoje é complicado. Estamos vivendo o caos como arte. Temos um marasmo estético, onde cada fazedor tem um estilo próprio. Sendo assim, o termo estilo dentro da arte atual mor-

reu”, pondera. A inspiração para suas telas não vem de algo concreto. “Meu trabalho depois de tantos anos agora percorre o caminho da sensibilidade das ideias. Um novo motivo formal com ideia de cores e desenhos me dá a felicidade de imaginar o trabalho já pronto. Nem sempre a execução respeita a ideia, mas deste modo vivo meus longos anos de um trabalho que resulta em colorida autopsicoterapia”. Inos Corradin trabalha oito horas por dia em seu ateliê. Somente nos domingos dá um tempo, mesmo assim fica envolvido com sua arte até o meio dia religiosamente. “Meu trabalho é meu divertimento, minha solidão povoada de tudo o que eu gosto. Pinto em pé. Minhas varizes são galhos de árvores, mas gosto delas. Até o ano passado fazia duas exposições por ano. Agora, veremos”. Que venham os novos anos e novas obras de arte.

SERVIÇO_Mais informações com Sandra Carnio, Tel.: (11) 99553 1112 | www.inoscorradin.com.br

57 JUNHO 2014


GOURMET

AH!

A TOSCANA! OS BONS VINHOS ITALIANOS TÊM APELO ESPECIAL NAS BOAS MESAS DE TODO O MUNDO

POR MURILO AZEVEDO PINTO FOTOS DIVULGAÇÃO

A Itália é uma terra riquíssima em produção de vinhos do Norte ao Sul, terra na qual o povo, mesmo antes da Antiga Roma, já bebia vinho! E tem gente por aí falando que o vinho está na moda... O vinho está na moda faz tempo! Atualmente, a Itália figura em primeiro lugar no ranking de produtores de vinhos no mundo e está sempre entre os três países com maior consumo per capta. Em virtude da grande quantidade de estilos de vinhos produzidos em toda a Itália, o sistema de classificação dos vinhos italianos em geral passa a ser até um pouco chatinho de compreender, e às vezes controverso, principalmente por não permitir a introdução de uvas estrangeiras nas suas denominações de origem controlada, exigindo, ainda, a inscrição dos famosos DOC (Denominação de Origem Controlada) e DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) em seus rótulos.

Mas a Toscana foi responsável por uma verdadeira revolução neste sistema classificatório, uma vez que os vinhos considerados supertoscanos resolveram peitar a legislação e introduziram nos seus vinhos outras uvas com origem europeia, como a cabernet sauvignon e a merlot, que se deram muito bem; e o resultado dessa relação foi uma produção de vinhos fora da lei, mas considerados fenomenais. São exemplos: Tignanello, Solaia, Ornelaia e Sassicaia. Isso mostra que as siglas DOC e DOCG nos rótulos não são um sinônimo de qualidade, mas indicações de origem, que seguem o que consta na lei. Por isso, cuidado, pois existem muitos vinhos DOCG medíocres e vinhos sem quaisquer indicações que são fantásticos! Não se atenha às letrinhas: primeiro deguste e forme sua própria opinião.

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FOTO: NELSON AGUILAR

O sommelier Murilo Azevedo Pinto ao lado de uma das coisas que mais aprecia na vida: bons vinhos de safras especiais

59 JUNHO 2014


GOURMET

Nesta página, uma das vistas panorâmicas da Toscana. À direita, um dos muitos vinhedos perto de San Gimignano

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Quanto às regiões produtoras, ao Norte, há Alto Adige, Vêneto e Piemonte; ao, Centro, com Toscana, Emiglia Romagna, Úmbria e Abruzzo; e ao Sul, nada menos que Sicília, Sardegna, Puglia e a Campania. Nada mal, não é? Mas tem uma região em especial: a Toscana. Ah! A Toscana! Trata-se de uma das mais famosas regiões produtoras de vinhos do mundo. Ela é dividida em duas grandes áreas geográficas, a Zona da Costa, desde Livorno até Lazio, e a Zona Central, que engloba Florença e Siena. O solo básico é arenosa calcária, com variações de argila, pedras e minerais. Os verões são quentes e secos e os outonos imprevisíveis com riscos de chuvas. Que beleza! A Toscana ainda é dividida em sub-regiões, como a região de Lucca, com destaque na produção de vinhos de boutique; Pisa, região da cidade da famosa torre inclinada, também produz bons vinhos com a denominação de Colline Pi-

sane e Montescuidaio; Bolgheri, região renomada por produzir o vinho Sassicaia; e Maremma, área apelidada de Califórnia Italiana, terra dos clássicos Morellino di Scansano. Além dessas, a região de Chianti, nome das colinas de Florença a Siena, produz o inimitável vinho que leva o mesmo nome da região; San Gimignano, conhecida por produzir os mais antigos brancos italianos, chamados de Vernaccia di San Gimignano; Montepulciano, região sobre as colinas de Siena, que produz os chamados Montepulciano D’Abruzzo; e, enfim, Montalcino, região linda e famosa por produzir nada menos do que os espetaculares Brunellos di Montalcino, que merece destaque especial. O Brunello di Montalcino é um vinho diferenciado, exige respeito, não tolera desleixo e se bebido despretensiosamente fica com o orgulho ferido e simplesmente não aparece na taça. Juro. É assim mesmo!

61 JUNHO 2014


GOURMET

A denominação Brunello di Montalcino é a mais famosa e a mais cara da Toscana.

Sempre que eu abria um Brunello era uma decepção, já que pensava assim: “Mas um vinho tão famoso! Tão caro! E cadê aquela explosão de aromas que eu esperava?! Onde foi parar aquele vinho que eu tanto esperei para degustar e tinha certeza de que seria o melhor vinho da minha vida?” Mas insisti nas degustações e nos estudos, até que um dia conheci esse tal de Brunello de perto. Fui para Montalcino, na Toscana, e, meu amigo, a conversa é outra. Só o encanto da região da Toscana já faz um vinho medíocre se tornar o melhor vinho da sua vida! O Brunello então? Nem se fala, pois ele é o cara mesmo! Montalcino era a mais pobre vila montanhosa do Sul da Toscana. Pouco se ouvia falar dessa parte da Itália, e somente quem lá habitava sabia que o clima era mais moderado do que o Norte devido aos seus verões muito quentes, fato este que concentrava nos vinhedos, com solos rochosos e menos férteis, as videiras da uva sangiovese mais longevas do planeta. Lá, a sangiovese era especial, ou seja, com a casca bem mais grossa do que aquelas cultivadas em outras regiões italianas, por isso ficou conhecida como Sangiovesse Grosso, antigamente chamada de Brunello. Por isso a denominação BRUNELLO (uva) di MONTALCINO (região).

Acima, a cidade de Montalcino. À esquerda, um dos vinhedos da região. À direita, adega com os tradicionais barris de envelhecimento das boas safras da Toscana

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Pois bem. Quanto ao vinho, sempre foi escuro em virtude da casca grossa e se submetia a uma longa e vagarosa fermentação, para depois ser envelhecido por anos em antigos tonéis de carvalho e mais alguns anos em garrafa. O resultado era um vinho para heróis, para milionários, um extrato de uva sangiovese carregado de sabor, complexidade e impacto. Era uma resposta bem à altura da Toscana aos potentes Barolos do Piemonte. Quanto às características do vinho, normalmente no nariz, o Brunello oferece notas de cereja preta e ameixa com uma pitada de especiarias no fundo, sua marca registrada. Na boca, muita fruta, tabaco, trufa e demais notas de evolução, como couro. É um vinho que exige um tempo em decanter depois de aberto, para que mostre toda sua complexidade e equilíbrio. No que tange à harmonização, os Brunellos, normalmente com muita acidez, pedem comida. E aqui entram os famosos pratos italianos, como as bistecas e massas com molho bolognesa, ao funghi, trufas... Ah, que covardia!

Cumpre salientar que atualmente, com a expansão dos vinhedos e o sucesso absoluto da região, uma nova geração de produtores ascendeu, passando a ser a denominação Brunello di Montalcino a mais famosa e cara da Toscana. Não posso me furtar em dar o devido destaque à tradicional família Biondi Santi, responsável por selecionar mudas das melhores videiras da uva sangiovese grosso de suas terras e as propagar, criando vinhedos capazes de produzir vinhos de longo envelhecimento. Até a década de 1950, o Brunello di Montalcino foi exclusivo dos Biondi Santi e, apesar de ter virado uma denominação em 1966, a família até hoje é considerada seu patriarca. Aqui, peço mais uma pausa. Em minha estada em Montalcino, em meados de outubro de 2011, tive a honra e o privilégio de ser recebido pelo Franco Biondi Santi, ele mesmo, o pai do Brunello! Um visionário, um ser humano sem igual, um homem que exalava educação, humildade e finesse.

63 JUNHO 2014


GOURMET

O lendรกrio Franco Biondi Santi, criador do Brunello de Montalcino, conferindo uma das safras de seu famoso vinho

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EM MINHA ESTADA EM MONTALCINO, EM MEADOS DE OUTUBRO DE 2011, TIVE A HONRA E O PRIVILéGIO DE SER RECEBIDO PELO FRANCO BIONDI SANTI, ELE MESMO, O PAI DO BRUNELLO! UM VISIONÁRIO, UM SER HUMANO SEM IGUAL, UM HOMEM QUE ExALAVA EDUCAÇÃO, HUMILDADE E FINESSE.

Naquela ocasião, ele, com seus 90 anos de idade, bengala com ponteira de prata e lenço no pescoço, passou uma tarde comigo contando a história da sua família, mostrando com orgulho os seus títulos e degustando várias safras do seu Brunello. Ao fim, concedeu-me um autógrafo em sua biografia, inclinou-se para beijar a mão da minha esposa e se despediu. Pouco tempo depois, abril de 2013, Sir Franco Biondi Santi veio a falecer e hoje, com certeza, degusta Brunellos em outra dimensão! Arrepio-me, nesse momento, ao escrever e com os olhos marejados digo sem pestanejar que, dentre todas as minhas viagens e degustações no mundo do vinho, foi o dia mais emocionante da minha vida! Em suma, hoje posso dizer que o Brunello é diferente mesmo. Um vinho que emociona, um vinho fora do normal, um vinho complexo, cheio de desafio, de história. Um vinho intolerante para aqueles que não lhe dão o devido valor. E quanto à Toscana! Ah! A Toscana é linda, formosa, cheia de charme, sublime, com uma paisagem inigualável, povo acolhedor, clima gostoso, restaurantes deliciosos, comida sensacional, o melhor nhoque que já comi (do Boccon Divino em Montalcino), cidades cheias de história, o melhor sorvete do mundo e vinhos gastronômicos, complexos, encantadores e que tiram o nosso fôlego. Querem mais o quê? Um brinde a TOSCANA! Salute!Esse artigo é dedicado a Franco Biondi Santi. Onde quer que você esteja, aceite o meu muito obrigado por tornar o mundo muito melhor através dos seus vinhos ! Arrivederci! Advogado, Sommelier, WSET-3 e Consultor em vinhos. SERVIÇO | azevedo-pinto@uol.com.br

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BEM-ESTAR

SEGREDOS

DE UMA PELE PERFEITA COMO O ROSTO É NOSSO PRINCIPAL CARTÃO DE VISITA, CONQUISTAR UMA PELE SAUDÁVEL REQUER ALGUNS CUIDADOS BÁSICOS

POR VALÉRIA CAMPOS FOTOS DIVULGAÇÃO

Ter uma pele impecável é o sonho de toda mulher. E um objetivo bastante possível. Para isso basta ter alguns cuidados especiais e seguir algumas regras básicas no dia a dia. Do ponto de vista dermatológico o sol não é benéfico. Quem quer ter uma pele perfeita deveria abdicar de exposições prolongadas ao astro- rei, pois o bronzeado é uma defesa após uma agressão. Portanto, coloque na balança a importância do bronzeado na sua face e no seu colo. Talvez uma decisão sábia seja evitar expor essas áreas do corpo ao sol, o que pode ser alcançado com o uso de bloqueadores solares e chapéu. Uma boa sugestão são os autobronzeadores (produtos com substâncias corantes, geralmente dihidroxiacetona) que não prejudicam a saúde da pele. O único cuidado recomendado é que a aplicação deve ser mais homogênea possível, a fim de evitar qualquer tipo de mancha. Os maiores erros que as mulheres cometem e deixam a pele manchada são basicamente relacionados ao sol, como as sardas ou melanoses solares. Já o melasma,

erroneamente chamado de mancha gravídica, também está ligado aos fenômenos de aumento de pigmentação, provavelmente decorrentes de estímulo hormonal estrogênico e progesterônico. Outros fatores que podem desencadear ou agravar o melasma são o uso de anticoncepcionais, alterações da tireoide e fatores genéticos, sempre associados à exposição às radiações solares. Se o caso for melasma, a mancha piora com qualquer exposição ao sol e até mesmo devido ao calor, porque o mecanismo da formação da melanina é induzido com esta radiação, aumentando a sua produção nas áreas mais expostas. Outra fonte de mancha é a luz visível, tão comum na atualidade, como a luz das telas dos computadores e lâmpadas fluorescentes, entre outras. Para a proteção contra a luz visível é necessário o pigmento amarelo da base. Portanto, o uso de protetor solar, se possível com cor de base, todos os dias com sol, chuva ou neve, é fundamental. Sem esquecer de reaplicar a cada quatro horas.

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BEM-ESTAR

O QUE FAZER PARA MELHORAR A PELE Rugas e manchas podem ser tratadas com cremes anti-idades, como os com antioxidantes, com vitamina A ou ácido retinóico, AHA ou alfa-hidroxi ácidos. Mas, apesar dos cosméticos modernos estarem mudando constantemente, para oferecer às mulheres novos tratamentos, cada vez mais avançados, ainda são necessárias outras intervenções, como Toxina Botulínica, Preenchimento, Luz Intensa Pulsada e principalmente Laser, para resultados mais efetivos. Entre os problemas faciais que podem ser eliminados com o Laser pode-se listar acne, cicatrizes, manchas, flacidez, rugas, vasos e rosácea. Para cada um desses problemas, o Laser age de forma diferente. Nos últimos congressos de dermatologia dos quais participei se fala cada vez mais sobre a combinação de técnicas de rejuvenescimento. Para a flacidez, é indicado o infravermelho, radiofrequência e ultrassom. Não são exatamente lasers, mas tipos de tecnologia que atuam na profundidade por aquecimento. Quanto mais precoce o tratamento, melhores são os resultados. Se o caso for de acne, cicatrizes, manchas, rugas, vasos e rosácea, a sugestão

é a aplicação de Laser fracionado não ablativo. Um laser de grande penetração, pois consegue ir fundo na pele, aquece a água da pele e provoca coagulação, ao mesmo tempo que induz uma troca lenta e gradual da pele. Para eliminar conjuntamente cicatrizes, manchas, flacidez e rugas é recomendável o Laser fracionado ablativo combinado com CO2 e Erbium. Nesse caso, o laser tem grande afinidade pela água e consegue eliminar ilhotas de pele. Esse procedimento é muito seguro e pode ser usado inclusive em peles bronzeadas. É uma excelente opção para rejuvenescimento extra facial (pescoço, colo, pernas, mãos e braços) e ideal para drug delivery, ao obter acesso nas camadas mais profundas da pele. Essa combinação também é indicada para fotodinamicoterapia, um tratamento para prevenção do câncer de pele. Por sua vez, o Laser vascular 1064 é indicado para pacientes que desejam se livrar dos vasos. Um tratamento excepcional para remoção de vasos na face e para tratamento de rosácea. Para o melasma, a sugestão é o tratamento com o Laser Q-Switeched, o mesmo usado para apagar tatuagens.

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RESULTADOS ATINGIDOS APÓS O TRATAMENTO COM LASER O que se pode esperar de resultados para cada um dos problemas listados? No caso da acne, há uma melhora durante o tratamento que se prolonga por meses, mas não dá para falar em cura da acne. As cicatrizes têm uma melhora visível quanto mais precoce for o tratamento. É bastante eficiente na maioria das marcas, mas em alguns casos não se pode prometer 100% de melhora. Dependendo do tipo de mancha os resultados são diferentes. A mancha provocada por exposição ao sol tem resultado muito bom, desde que se evite qualquer tipo de exposição solar, mas o melasma não tem cura e exige manutenção. A mesma relatividade se aplica aos casos de flacidez, pois varia de acordo com oo grau de relaxamento dos tecidos. Quanto mais precoce o procedimento, melhor a resposta. Nesse caso, a tendência é fazer tratamento preventivo. Para as rugas a resposta é muito boa, principalmente se associada à toxina botulínica. E para os vasos e rosácea, o procedimento a Laser sempre tem resposta satisfatória. Todos os tratamentos a Laser podem ser feitos em peles negras ou morenas, mas o risco de manchas é maior. Portanto, o profissional que faz o tratamento deve ser escolhido a dedo, pois a experiência conta muito nessa hora. O maior problema é para pele bronzeada, que deve aguardar o clareamento para que se faça o procedimento clínico. Para finalizar, duas dicas simples que estão ao alcance de todas. Primeira: não fumar. Hoje, todos sabemos que o fumo é o que mais envelhece, superando inclusive o sol. E, finalmente: ser feliz. As pessoas alegres envelhecem menos e respondem melhor aos tratamentos. Portanto, vamos colocar um sorriso no rosto. De preferência a partir de agora.

10 DICAS PARA TER UMA PELE BONITA • Em primeiro lugar consultar um nutricionista para uma orientação exclusiva. • Uma dieta saudável rica em frutas, em verduras e em legumes. • Mínimo de dez porções diárias de alimentos ricos em vitaminas, de preferência com cores diversas. • Acrescentar peixe no almoço ou jantar três vezes por semana. • Três porções de soja por semana (pode ser leite de soja, queijo de soja, chocolate com soja etc). • Uma castanha-do-pará por dia. • Limitar a gordura à azeite extra virgem, a ser acrescentado na refeição pronta. • Evitar doces ao máximo. • Eliminar alimentos industrializados. • Evitar exposições ao sol. Valéria Campos é uma das mais respeitadas dermatologistas da atualidade. Graduada pela Faculdade de Medicina da UNESP Botucatu em 1991. Finalizou sua residência em Dermatologia na mesma instituição. Foi médica estagiária do Departamento de Dermatologia da Boston University e Research Fellow em Dermatologia, e Laser pela Harvard Medical School. Há dez anos concluiu seu mestrado pela Faculdade de Medicina da USP.

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conveniência

CESTA

BáSICA Famosas por dominarem técnicas especiais,

a dupla Claudia Rappa e Silene Palladino acredita na qualidade dos ingredientes frescos e revela boas dicas para quem não abre mão de comer bem.

DA redação FOTOS DIVULGAÇÃO

Experts em gastronomia, as culinaristas Claudia Rappa e Silene Palladino – que em breve estarão no comando da escola Viva Cozinha – acreditam que a qualidade e origem dos ingredientes faz toda a diferença na hora de preparar uma boa receita. Segundo a dupla, o segredo está no uso de produtos frescos de cada região. “Na maioria das vezes, ingredientes produzidos artesanalmente ou cultivados regionalmente. Cada terra, cada clima, cada terreno têm qualidades particulares para produzir melhor cada alimento, e quando tudo isso é respeitado, o resultado é maravilhoso”, ensinam Claudia e Silene, que mantêm uma coluna sobre gastronomia no site ModainJundiaí. A comida regional e que desperta o lado emocional, segundo elas, está em alta no mundo gourmet. “Atualmente,

os melhores restaurantes do mundo respeitam e valorizam o frescor dos ingredientes e cada vez mais buscam referências em pratos e combinações clássicas. Para isso, suas raízes são a fonte de inspiração. Muitos chefs têm procurado receitas esquecidas nas gavetas de suas avós”, afirmam as especialistas em boa comida. Com esse resgate do tradicional, mesmo com pitadas novas, as receitas se tornam fontes de lembranças gustativas. “Estas lembranças nos emocionam, nos fazem voltar no tempo e tornam a refeição ainda mais especial”, frisam Claudia e Silene. E elas têm toda a razão. Esse é o principal desafio dos chefs contemporâneos. Com toda essa bagagem, convidamos a dupla para revelar para aos nossos leitores alguns dos melhores endereços gourmet de Jundiaí.

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CONVENIêNCIA

Confira e anote.

As boas dicas exclusivas da Claudia Rappa e Silene Palladino dos melhores endereços gourmet de Jundiái.

Bolos “Os bolos da Ivete são muito gostosos, em especial o branco com morango. Na loja Delícias em Pedaços, a dica é o bolo de frutas”.

Brownie “O brownie branco com frutas vermelhas e o tradicional feitos na Brownies Marylins são nossos preferidos. Mas são todos especiais, inclusive a Mariana, que os faz.”

Docinhos de festa

Broa de milho “A broa de milho da padaria Vila Pan é a mais famosa de Jundiaí.”

Molhos e Conservas “Os produtos da Sapori são muito convenientes no dia a dia, são deliciosos e prontos para consumir. Indispensáveis na despensa de quem gosta de comer bem e receber, principalmente quando a visita surgiu sem programar nada com antecipação. Gostamos da abobrinha com cebolinha, molho com alcachofra, antepasto misto e molho arrabiatta.

Pães “Vale a pena experimentar o pão ciabatta e o de nozes na padaria Schiavi. O pãozinho francês também é muito bom. Os frios são muito bem fatiados e as massas bem gostosas.”

Salgadinhos “Os croissants de frios e as tradicionais empadinhas de palmito e coxinhas são algumas das iguarias da Silvana & Cia Rotisserie.”

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“A Le Palais tem docinhos maravilhosos. Além de lindos, são gostosos e feitos com ingredientes especiais. A rosa de marzipã com geleia de ameixa ou framboesa é nossa paixão.”

Festa de criança “Os doces da Valdete deixam a criançada feliz. A variedade de brigadeiros é incrível, o de chocolate amargo é delicioso.”


Carnes especiais “Seja para o dia a dia, seja para churrasco, as carnes do Neco Empório da Carne são de ótima qualidade, assim como os cortes especiais encontrados no Franz Alimentos”.

Hamburguer “O Mirim Dog serve o melhor hambúrguer da cidade há mais de quarenta anos. Vale a pena pedir uma porção da maionese extra da casa.”

Café com sorvete “O Verace é um lugar aconchegante para tomar um café ou se deliciar com um sorvete. As crianças adoram o de nutella e gianduia, enquanto nosso favorito é o de figo.”Sorvete especial. “Os de pistache e creme italiano são os nossos favoritos da sorveteria Gelateum.”

Empório e mercado “No Empório Pirana é possível encontrar ingredientes especiais, bons queijos, vinhos e patês.”

Mercado “O Mercadão da Vila Arens tem frutas frescas, peixaria e produtos naturais. Na hora das compras vale dar uma pausa para comer pastel ou bolinho de carne e até uma porção de torresmo no Bar do Pedro.”

Serviço

Sapori (11) 4584 7700 www.sapori.com.br Schiavi (11) 4521 5499 www.schiavi.com.br Silvana & Cia Rotisserie (11) 4522 4039 Vila Pan (11) 4586 9206

Brownies Mary Linn’s (11) 4805 6330

Franz Alimentos (11) 4586 3444

Delícias em Pedaços www.deliciasempedacos.com.br

Mirim Dog (11) 4521-1844

Ivete Bolos (11) 4816 7278 www.ivetebolos.com.br

Neco Empório da Carne (11) 4521 5855

Empório Pirana (11) 4815 2002 www.pirana.com.br Gelateum (11) 4588 0885 Shopping Jundiaí Mercadão Vila Arens www.mercadaovilaarens.com.br

Le Palais (11) 4586 3498

Verace (11) 3963 5007

Valdete Costa (11) 4587 4669 www.valdetecosta.com.br

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PAISAGEM

ar livre COM ÁREA DE 500 MIL M 2 , O PARQUE DA CIDADE

OFERECE DIVERSAS ATRAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ESPORTES E LAZER.

da redação FOTOS DIVULGAÇÃO

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espertar a qualquer hora do dia e ter o privilégio de ver um grande lago cercado de vegetação nativa. Essa é a paisagem natural que os moradores do condomínio Veduta têm do Parque da Cidade, um dos mais bonitos cartões-postais de Jundiaí. Administrado pelo DAE, empresa de saneamento básico da Prefeitura, o parque completou dez anos em abril passado com direito a festa de comemoração. Não é para menos. Em pouco tempo, o lugar se tornou uma das atrações preferidas da população. Durante a semana, costuma receber 500 pessoas, enquanto aos sábados, domingos e feriados chega a acomodar 5 mil visitantes.Com 500 mil m2, o Parque da Cidade surpreende por suas belezas naturais.

Uma área que está às margens da represa que abastece a cidade e oferece opções de lazer, como o Jardim Japonês, que tem projeto de paisagismo fiel aos padrões da cultura nipônica, com lagos, cachoeiras, cursos d’água, pontes, quiosques e bebedouros. Para quem gosta de música, há um anfiteatro ao ar livre e um auditório com capacidade para 200 pessoas. Se a ideia é curtir bons momentos com a família, o parque tem áreas para piquenique e leitura. Para quem está disposto a movimentar o corpo, vale experimentar a pista para caminhada e a ciclovia, uma instalada ao lado da outra, sinalizadas e iluminadas, com sistema próprio de som, equipadas com bebedouros e aparelhos de ginástica. Durante os fins de semana, os visitantes encontram serviço de aluguel de bicicletas.

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UMA ÁREA QUE ESTÁ ÀS MARGENS DA REPRESA QUE ABASTECE A CIDADE E OFERECE OPÇÕES DE LAZER, COMO O JARDIM JAPONÊS, QUE TEM PROJETO DE PAISAGISMO FIEL AOS PADRÕES DA CULTURA NIPÔNICA, COM LAGOS, CACHOEIRAS, CURSOS D’ÁGUA, PONTES, QUIOSQUES E BEBEDOUROS.

A área para piquenique do Parque da Cidade tem vista para as águas da represa: um dos lugares favoritos dos frequentadores do parque

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PAISAGEM Ciclovias, passeios de caiaque no lago e o amplo estacionamento do parque: as atrações são as mais diversas, com infraestrutura completa para receber os visitantes

A criançada pode se divertir em dois grandes playgrounds com brinquedos construídos com madeira de reflorestamento e de demolição sobre áreas de areia e gramado. Os adeptos do aeromodelismo e automodelismo também ficam contentes. O parque tem pista pavimentada e hangar coberto, mas para utilizá-loé preciso fazer um cadastro na Confederação Brasileira de AeroModelismo e na administração do parque. Há duas pistas de automodelismo: uma para circuito off-road e outra para on road. A primeira tem formato circular com obstáculos em solo natural, enquanto a segunda tem pista pavimentada que simula um circuito de corrida. Para a utilização de ambas é necessário ter equipamento próprio. Os atletas têm à disposição duas pistas de Cooper, de 2,1 Km cada, e academia ao ar livre, com aparelhos que funcionam com o peso do corpo. O parque também conta com cinco quadras: duas poliesportivas, duas de vôlei de areia e uma de futebol de areia. Todas com acesso livre. O píer para pequenas embarcações conta com um centro náutico que incentiva a prática de esportes aquáticos aliados à preservação ambiental. Todas às terças e sextas-feiras acontecem aulas práticas para capacitação de caiaque. No parque há um professor de educação física e estagiários que podem ser solicitados para orientar os frequentadores na prática de exercícios físicos. Com tantas atividades, difícil é ficar parado! SERVIÇO Parque da Cidade, Rodovia João Cereser, Km 66, (11) 4522 0499. Funciona das 6h30 às 19h diariamente, inclusive nos feriados. Entrada gratuita.

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Cenário Verde

Foi a paisagista Cristina Del Nero que planejou os jardins do Residencial Veduta. Para desenvolver o paisagismo do Veduta Verde, a profissional estudou os jardins neoclássicos da Itália e daFrança. No Veduta, espécies como Cipreste Italiano, Oliveira, Álamo, Gardênia, Glicínia, Rododendro, além de palmeiras da costa do Mar Mediterrâneo e diversas espécies de Iris compõem o jardim, que também conta com plantas nativas brasileiras, como Mogno Nacional e ipês rosa, amarelo e branco.

O Veduta Rossa segue a linha tropical, menos formal, com variedades de Palmeiras, Helicônias, Filodendros e até espécies da Amazônia, como a Lofantera. Da mata paulista, Cristina fez uso do Cipó de São João, que reveste a divisa com o furuto jardim do Veduta Blu. “Gostaria de ressaltar o companheirismo de todos os profissionais envolvidos nas diversas etapas do Veduta, cujo grande significado é trazer qualidade de vida para todos nós”, afirma a paisagista.

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urbanidade

Jundiaí

na rota do

desenvolvimento Com apenas 57 km de distância da capital paulista, Jundiaí se tornou uma cidade moderna, com qualidade de vida e grande potencial de crescimento para os próximos anos

DA redação FOTOS DIVULGAÇÃO

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Com mais de 75% da população formada por descendentes de italianos, Jundiaí poderia oficializar o italiano como segundo idioma da cidade. Afinal, é uma das maiores colônias de imigrantes da Bota em todo o Brasil. Essa história começa no fim do século 19, com o fim do trabalho escravo no país. Os fazendeiros de São Paulo investiram na mão de obra dos imigrantes europeus. À ocasião foram criados na cidade quatro núcleos coloniais, entre eles o “Barão de Jundiaí”, que deu origem ao bairro da Colônia. Em 1887, 22 colonos italianos chegaram nesse núcleo e, em poucos meses, esse contingente chegava a quase 100

pessoas. Com trabalho, as famílias foram criando seus próprios meios de sobrevivência, onde se destacava o cultivo de terras. Diversos grupos conseguiram comprar pequenos lotes, montaram armazéns e se dedicavam a diversos tipos de plantação, como milho, feijão, batata, legumes e frutas, principalmente uvas. Com esse impulso na lavoura, Jundiaí ampliou o comércio com a capital paulista. Como consequência do crescimento, parte de sua mão de obra foi absorvida pelas ferrovias e indústrias da cidade, como no caso da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Os antigos armazéns da estrada ferroviária são patrimônios históricos de Jundiaí. Talvez pela proximidade com a Serra do Japi, um santuário ecológico da região, as áreas verdes por toda a cidade são notáveis

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urbanidade

A chegada da ferrovia, da São Paulo Railway, além de conectar Jundiaí à capital, fazia a ligação com o Porto de Santos. Com essa infraestrutura, a indústria passou a ter um papel significativo em sua economia. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, atualmente cerca de 1.353 indústrias – dos mais variados segmentos - estão instaladas em Jundiaí. Desse total, 115 são multinacionais. Em especial, empresas dos Estados Unidos e da Alemanha. O seg-

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mento industrial é responsável por 64,65% de tudo o que é produzido na cidade. O interesse de grupos corporativos internacionais se deve ao potencial logístico do município. “Jundiaí ainda tem potencial para receber novas empresas e, consequentemente, oferecer mais vagas de emprego”, acredita o diretor de Fomento à Indústria da Prefeitura de Jundiaí, Gilson Pichioli. Prova disso é o crescente desenvolvimento do mercado imobiliário na região.


drops

Origem do nome O nome Jundiaí tem origem tupi,da palavra jundiá, nome de um peixe nativo da região. Alguns estudiosos consideram que Jundiaí, que significa “alagadiços de muita folhagem e galhos secos”, também seja a raiz etimológica do nome da cidade.

Festa da Uva Jundiaí também é conhecida pela produção de suas uvas de mesa, em especial, a niágara rosada. Sua Festa da Uva é promovida desde 1934. Atualmente o evento acontece “ano sim, ano não”, no Parque Comendador Antônio Carbonari, mais conhecido como Parque da Uva.

Figueira A Figueira, árvore que existiu na região central do bairro Colônia – onde hoje se localizam muitas cantinas italianas – é considerada o maior símbolo deste núcleo de colonização. Tornou-se lendária nos primeiros tempos por servir de “alojamento” aos imigrantes. Nessa época, as famílias permaneciam sob a árvore protegidos por lençóis, panos e barracas, enquanto aguardavam a liberação de seus lotes de terra.

Aeronaves de pequeno porte fazem parte do dia a dia no Aeroporto de Jundiaí e detalhe da estação ferroviária da cidade: o futuro e o passado se encontram e se integram

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Principais vias de acesso à cidade As principais vias que dão acesso à cidade são as rodovias Anhanguera e Bandeirantes. Vale destacar o papel crescente no deslocamento de indivíduos e de mercadorias pelos aeroportos de Campinas e Jundiaí, o que torna o município um dos lugares privilegiados do Brasil em oferecer aos seus moradores a facilidade em fazer viagens nacionais e internacionais. Nos últimos anos, o Aeroporto Estadual de Jundiaí tem se tornado uma das principais saídas do estado, pela falta de espaço nos aeroportos paulistas. Um bom termômetro dessa evolução é o crescente número de hangares no aeroporto, por parte de empresas que estão deixando a capital por causa da boa localização do município. A principal movimentação no aeroporto local tem sido de jatinhos executivos.



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RESIDENCIAL VEDUTA bLU

Projeto de seguranรงa

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BLU é A COR DA TRANQUILIDADE... O privilégio de viver aqui começa já pela magnífica entrada do residencial, com seu imponente portal, suas alamedas de acesso e a escadaria, larga e suave, conciliando as linhas neoclássicas ao estilo moderno de morar como pedem os dias de hoje. O residencial conta com um avançado sistema de segurança: câmeras monitoram 24 horas, tudo que acontece ao redor e dentro dos condomínios.

Foto da Portaria do Veduta Residencial

85 JUNHO 2014


residencial veduta blu

casa | a fachada

Perspectiva Artística da Fachada da Casa A

339 m²

4 dormitórios (3 suítes) 6 vagas (3 cobertas) 86


LIVING

Perspectiva Artística do Living da Casa A

SALA DE JANTAR

Perspectiva Artística da Sala de Jantar da Casa A

87 JUNHO 2014


residencial veduta blu

Jardim

plantas - casa A | PAVIMENTO INFERIOR

previsão para elevador

DESPENSA AMBIENTES INTEgrados

ESPAÇO GOURMET

lareira

Ilustração Artística da planta da Casa A, de 4 dorms. (3 suítes) - Pavimento inferior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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Perspectiva Artística do Jardim da Casa A

PAVIMENTO superior

terraço íntimo na suíte master

sala multiúso

pé direito duplo

Ilustração Artística da planta da Casa A, de 4 dorms. (3 suítes) - Pavimento superior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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residencial veduta blu

casa | b fachada

Perspectiva Artística da Fachada da Casa B

310 m²

3 suítes com terraço 6 vagas (3 cobertas) 90


LIVING

Perspectiva Artística do Living da Casa B

SALA DE JANTAR

Perspectiva Artística da Sala de Jantar da Casa B

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RESIDENCIAL VEDUTA bLU

JARDIM

PLANTAS - CASA B | PAVIMENTO INFERIOR

ESPAÇO GOURMET

DESPENSA

PREVISÃO DE ELEVADOR

AMBIENTES INTEGRADOS

LAREIRA

Ilustração Artística da planta da Casa B, de 3 suítes - Pavimento inferior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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Perspectiva Artística do Jardim da Casa B

PAVIMENTO SUPERIOR

TERRAÇO NAS SUÍTES

TERRAÇO NA SUÍTE MÁSTER

PÉ DIREITO DUPLO

Ilustração Artística da planta da Casa B, de 3 suítes - Pavimento superior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

93 JUNHO 2014


residencial veduta blu

casa | c fachada

Perspectiva Artística da Fachada da Casa C

293 m²

3 suítes 4 vagas (2 cobertas) 94


LIVING

Perspectiva Artística do Living da Casa C

cozinha

Perspectiva Artística da Cozinha da Casa C

95 JUNHO 2014


residencial veduta blu

Jardim

plantas - casa C | PAVIMENTO INFERIOR

depósito previsão para elevador

ambientes integrados

espaço gourmet

lavanderia

Ilustração Artística da planta da Casa C, de 3 suítes - Pavimento inferior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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Perspectiva Artística do Jardim da Casa C

PAVIMENTO superior terraço íntimo

sala de estar íntima pé direito duplo

Ilustração Artística da planta da Casa C, de 3 suítes - Pavimento superior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

97 JUNHO 2014


residencial veduta blu

casa | d fachada

Perspectiva Artística da Fachada da Casa D

293 m²

3 suítes 6 vagas (3 cobertas) 98


living

Perspectiva Artística do Living da Casa D

LIVING

Perspectiva Artística do Living da Casa D

99 JUNHO 2014


residencial veduta blu

Jardim

plantas - casa D | PAVIMENTO INFERIOR

espaço gourmet

despensa

previsão para elevador

AMBIENTES INTEgrados lareira

Ilustração Artística da planta da Casa D, de 3 suítes - Pavimento inferior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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Perspectiva Artística do Jardim da Casa D

PAVIMENTO superior

terraço íntimo coberto na suíte master

pé direito duplo

Ilustração Artística da planta da Casa D, de 3 suítes - Pavimento superior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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residencial veduta blu

casa e | gran studio fachada

Perspectiva ArtĂ­stica da Fachada da Casa E - Gran Studio

215 m²

4 vagas (2 cobertas) 102


LIVING

Perspectiva Artística do Living da Casa E - Gran Studio

suíte - gran studio

Perspectiva Artística da Suíte da Casa E - Gran Studio

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residencial veduta blu

Jardim

plantas - casa e - gran studio | PAVIMENTO INFERIOR

depósito

previsão de elevador

ESPAÇO GOURMET

AMBIENTES INTEgrados

Ilustração Artística da planta da Casa E - Gran Studio - Pavimento inferior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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Perspectiva Artística do Jardim da Casa E - Gran Studio

PAVIMENTO superior

terraço íntimo na suíte

sala multiúso

pé direito duplo

Ilustração Artística da planta da Casa E - Gran Studio - Pavimento superior. Móveis, utensílios e objetos de decoração não fazem parte do memorial descritivo. Medidas de face a face das paredes, que poderão sofrer alterações.

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RESIDENCIAL VEDUTA bLU

CLUBE PRIVATIVO PISCINA

ÁREAS COMUNS ENTREGUES

EQUIPADAS DECORADAS *Conforme memorial descritivo

Perspectiva Artística da Piscina

QUADRA DE TÊNIS

PISCINA COM RAIA DE 25M E BORDA INFINITA

CAMPO DE FUTEBOL GRAMADO

PISCINA INFANTIL

FITNESS

SOLARIUM

SAUNAS

PLAYGROUND

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quadras

Perspectiva Artística do voo de pássaro das Quadras

PISCINA COM RAIA DE 25M

Perspectiva Artística da Piscina com Raia de 25m e Borda Infinita

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residencial veduta blu

FITNESS

Perspectiva Artística do Fitness

PLAYGROUND

Perspectiva Artística do Playground

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ficha técnica

PROPRIEDADE E INCORPORAÇÃO: GERENCIAMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PROJETO: PROJETO DE ARQUITETURA E DECORAÇÃO: PROJETOS DE TERRAPLENAGEM, DRENAGEM, ÁGUA e ESGOTO:

CARJUNDI INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA SPE. PLANENGER ENGENHARIA CONSULTORIA E REPRESENTAÇÃO COMERCIAL S/S LTDA. pace arquitetura IMPLANTAR AGRIMENSURA E PROJETOS LTDA.

PROJETO DE ESTRUTURA:

CLÁUDIO PUGA E ENGENHEIROS ASSOCIADOS S/S LTDA.

PROJETO DE HIDRÁULICA:

DAEDO ENGENHARIA LTDA.

PROJETO DE ELETRICIDADE:

DAEDO ENGENHARIA LTDA.

PROJETO DE FUNDAÇÕES:

CIVILSOLO SONDAGENS E FUNDAÇÕES LTDA.

PROJETO DE PAISAGISMO:

TCR DEL NERO JARDINS.

PROJETO DE COMUNICAÇÃO: PROJETO DE GÁS:

CIA DA COMUNICAÇÃO. UNIGÁS SISTEMAS DE AQUECIMENTO.

PROJETO DE SEGURANÇA:

HAGANÁ SEGURANÇA.

PROJETO DE TELEMÁTICA:

RSF NETWORK SOLUTIONS.

PROJETO DE AR-CONDICIONADO: PROJETO DE INFRAESTRUTURA DE ELETRICIDADE:

INTERTEC REFRIGERAÇÃO LTDA. SOLECON ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA.

diferenciais

CONDOMÍNIOS INDEPENDENTES

Visando principalmente segurança e privacidade, o Veduta Residencial está dividido em 7 condomínios independentes.

PROJETOS ARQUITETÔNICOS E PAISAGÍSTICOS

COMPLETA INFRAESTRUTURA SUBTERRÂNEA

Os projetos de arquitetura e paisagismo visam a qualidade e a exclusividade em cada condomínio e suas respectivas residências.

Todos os condomínios são dotados de TV por assinatura, internet, gás natural encanado (Congás), fibra óptica e gerador para portaria e segurança.

109 JUNHO 2014

LOCALIZAÇÃO

•5 min dos principais shoppings e centros comerciais da cidade, com 3 opções de acesso; •6 min das principais rodovias; • 25 min de Campinas; •3 0 min das marginais (Pinheiros e Tietê).


RESIDENCIAL VEDUTA bLU

FASES REALIZADAS

Perspectiva Artística do Playground

110


WWW.VEDUTA.COM.BR/BLU (011) 4521-33-82 | 2709-46-60

Rod. João Cereser, km 65 Saída km 59 da Rod. dos Bandeirantes (sentido Itatiba) Em frente ao Parque da Cidade, Jundiaí

Realização e Construção

Projeto de Arquitetura e Decoração

Incorporação de condomínio devidamente registrada sob o numero 1 e averbações 2 a 5 da matricula 98.088 do 1º Oficial de Registro de Imóveis e Anexos de Jundiaí, com constituição de patrimônio de afetação objeto da averbação 6 da referida matricula 98.088. CRECI: 124.787.


WWW.VEDUTA.COM.BR


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