Revista brilia 3ª Edição

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Uma Publicação Brilia - Luz Muda Tudo

FOTOGRAFIA MARIO TESTINO

CENOGRAFIA NATASHA KATZ

TALK

MORITZ WALDEMEYER


EXPLORE O Mテ々IMO DO LED COM ESTILO DE SOBRA

Quer saber mais sobre esta histテウria? Acesse www.brilia.com

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CARTA EDITORIAL |

RAIO DE LUZ A imaginação sem fronteiras, o avanço da tecnologia e a inventividade para encontrar novas soluções. Essas são qualidades básicas encontradas em todos os artistas e inventores das mais variadas formações. Pensando nessa genialidade, esta edição da Brilia Insight foi atrás de criadores contemporâneos que se tornaram referência por estabelecerem novos padrões em suas áreas de trabalho. Todos inspirados no poder transformador da luz. É o caso do fotógrafo peruano Mario Testino, que se tornou um ícone no mundo da moda. Perfilado na seção Fotografia, descobrimos que a pesquisa é uma ferramenta permanente por trás de cada clique de sua máquina fotográfica. Enquanto Mario vai buscar inspiração no passado, o designer alemão Moritz Waldemeyer gosta da engenhosidade da tecnologia na busca por algo inovador em cada peça que desenha em seu estúdio na capital inglesa. Ao flertar com a moda e o mundo dos espetáculos, Moritz – que tem alma de engenheiro – nos deixa bem próximos do futuro que se aproxima. O LED tem sido matéria-prima para a maioria de suas invenções que encantam estilistas como Husseyn Chalayan e Philip Treacy. Conheça um pouco mais sobre ele ao ler sua breve entrevista na seção Talk. Outro designer que nos deixa encantados é o jovem inglês Paul Cocksedge, que teve o privilégio de ter Ingo Maurer e Ron Arad bem próximos nos anos de sua formação profissional. Com esses contatos, o designer deu prosseguimento a um estilo de criação que segue os mesmos passos de seus mestres. Na seção Email ele nos conta de onde vêm as boas ideias de seus projetos. Em Cenografia, o leitor poderá conhecer melhor a poesia visual da premiada Natasha Katz, uma das mais atuantes lighting designers da Broadway. Se o homem é capaz de se desdobrar para deixar sua marca entre nós, a natureza não precisa de muito esforço para se fazer notar. Uma prova disso é o espetáculo luminoso da Aurora Polar, foco de nossa reportagem na seção Especial. Em Cidade, o Festival de Luzes há mais de 10 anos tornou-se evento turístico que atrai uma multidão curiosa, disposta a descobrir o que a luz pode fazer por Berlim em instalações públicas planejadas por artistas. Um show democrático que nos revela o quanto todos nós gostamos de novidades.

Boa leitura! Vinicius Marchini e Leandro Neves Co-Fundadores da Brilia

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* Sugestões e comentários:

briliainsight@brilia.com

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sumário fevereiro / 2015

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CINEMA

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EMAIL

FOTOGRAFIA MAriO TESTiNO

CENOGRAFIA NATASHA KATZ

Do cinema à TV, a arte de Walter Carvalho

TALK

MOriTZ WALDEMEYEr

Capa: A modelo Carmen Kass, fotografada por Mario Testino para a revista Allure

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ART

O minimalismo do norte-americano Dan Flavin

FOTOGRAFIA

O glamour das fotos de moda e portraits do peruano Mario Testino

TALK

A imaginação sem limites do technodesigner Moritz Waldemeyer

CENOGRAFIA O teatro iluminado da lighting designer Natasha Katz

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Um bate-papo exclusivo com o inventivo Paul Cocksedge

S POT

O design inspirado em clássicos contemporâneos

LUMINOTÉCNICA

A influência da luz no trabalho de quatro criadores paulistanos

ESPECIAL

Em variados tons de verde, o espetáculo luminoso da Aurora Polar

C IDADE

A paisagem urbana de Berlim ganha um novo olhar com seu Festival de Luzes

FIAT LUX

A evolução da lâmpada sob a óptica de três especialistas

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EqUiPE BriLiA Vinicius Marchini Leandro Neves Pamela Gerard Edilson Mateus

PROJETO EDITORIAL

www.studiolemon.com.br rua Harmonia, 293 CEP 05435-000 Tel (11) 2893 - 0199 São Paulo - SP DirETOr DE CriAÇÃO Cesar rodrigues cesar@studiolemon.com.br DirETOr EXECUTiVO Chico Volponi cvolponi@studiolemon.com.br PrOjETO GráFiCO Lemon Design & Comunicação DESiGN Cesar rodrigues Eduardo Barletta EDiTOr Luiz Claudio rodrigues jOrNALiSTAS Lauro Lins Claudio Gues DiAGrAMAÇÃO Pedro Enrike ArTE FiNAL Osmar Tavares junior rEViSÃO Claudio Eduardo Nogueira ramos


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ART | POR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES • FOTOS: DIVULGAÇÃO

A ARQUITETURA E A LUZ são os pilares para as obras de arte de Dan Flavin. Todas as suas obras não têm título como convém ao conceito minimalista

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ArT |

miNimAL

A simplicidade, a pureza e o equilíbrio marcam a arte de Dan Flavin, o artista que criou esculturas de luz e instalações minimalistas

O circuito internacional de artes plásticas aguarda as exposições retrospectivas do norte-americano Dan Flavin (1933-1996). No próximo ano seu trabalho ganhará os holofotes por ocasião dos vinte anos de sua morte. Para marcar a data, o Dan Flavin Art institute – instituição criada para preservar seu legado – já iniciou a curadoria de uma grande mostra que será exibida em alguns dos mais importantes museus e centros de arte no mundo. A largada da mostra será em Nova York, mas sem data definida por enquanto. O que se sabe é que o MoMA e o Guggenheim estão na disputa para exibir, em primeira mão, a mostra comemorativa de um dos mais importantes artistas do minimalismo.

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ART |

Dan despontou na década de 1960 num período considerado como o das neovanguardas internacionais, que incluíam correntes artísticas inovadoras como o minimalismo e a arte conceitual. Suas esculturas de luzes, construídas com lâmpadas fluorescentes, são a marca registrada de seu trabalho. Outro aspecto importante de suas criações é o diálogo com a arquitetura, mais precisamente, obras que foram concebidas como site-specifics. Mesmo que uma parcela de suas esculturas possa ser instalada numa variedade de espaços, todas as instalações seguem orientações estabelecidas pelo próprio Flavin. “Sua arte sempre esteve em sintonia com o espaço que a abrigava, era uma resposta à arquitetura do lugar, uma abordagem especial do espaço com um conteúdo que poderia ser espetacular, muito colorido ou não tão colorido, calmo, forte ou até vazio”, lembra a curadora de arte Tiffany Bell, responsável pelo catálogo raisonné do artista. A simplicidade e o caráter sistemático de sua obra, aliados à descoberta e exploração da luz, tornaram o artista um dos principais expoentes do minimalismo. Seus primeiros trabalhos, chamados de

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Ícones, são caixas construídas com lâmpadas incandescentes e luzes fluorescentes. Logo em seguida, sua produção evoluiu para instalações em larga escala e corredores de luz. Além de Tiffany Bell há dois importantes conhecedores do trabalho de Flavin: Steve Morse e Stephen Flavin, responsáveis pela instalação de obras do artista após sua morte. Juntos, esses especialistas desenvolveram um consenso sobre a forma que cada obra deve ser montada, com padrões estabelecidos por desenhos, rascunhos e documentação, além da expertise que foi acumulada com o processo de instalação coordenado por eles nos últimos anos.

A luminosidade é o que diferencia a obra de Dan da pintura. Esse é o aspecto mais importante de sua arte segundo a curadora Tiffany Bell. “Certamente a compreensão de sua obra vai mudar com o tempo, mas espero que nós possamos estabelecer algumas diretrizes de como seu trabalho deva ser montado na posteridade.” Sobre a natureza e o significado da arte de Dan Flavin, Steve Morse lembra que o artista temia interpretações equivocadas. “Dan sempre tentou dizer que seu trabalho era livre de conteúdo, que é luz, é a situação da luz e nada mais.” Os estudiosos afirmam que o legado de Dan Flavin tem a ver com a natureza temporal de suas obras.

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O EFEITO LUMINOSO das cores, nas esculturas do artista, estabelece uma abordagem especial do espaço com instalações que se tornam espetaculares

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“Há uma qualidade efêmera em seu trabalho. Sua obra não é tão resoluta como uma escultura em mármore ou uma pintura a óleo. É mais uma proposta”, afirma Tiffany Bell. “Uma única estrutura pode ter cores diferentes, a qualidade da luz é evasiva e as alterações ao longo do tempo são pertinentes a essa proposta de instalação efêmera. É uma obra aberta e contraditória de muitas maneiras. Sua arte é baseada na simplicidade, pureza e equilíbrio que outros artistas, que também utilizaram a luz fluorescente, não abordaram em seus trabalhos”, prossegue a curadora, que admite o caráter mutante na obra do artista. “Muitas vezes mudaram as cores de instalações durante uma exposição. Acho que essas mudanças mostram o alcance do trabalho, apesar das limitações materiais impostas pela obra. As cores transformam o espaço expositivo e trazem à tona as questões de temporalidade e até mesmo da relatividade da obra de arte. Uma única construção pode ser isto ou aquilo”, afirma Bell. Ainda falta um tempinho para vermos como a retrospectiva de Dan Flavin será apresentada, mas certamente sua obra será vista, pela primeira vez, por um público jovem que nem havia nascido na época de seu desaparecimento.

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A SIMPLICIDADE DAS formas e o caráter sistemático e repetitivo de suas obras tornaram Dan Flavin numa referência quando o assunto é a exploração da luz


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FOTOGRAFIA | POR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES • FOTOS: Divulgação

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FOTOGRAFIA |

FASHIONISTA Conhecido pelo glamour de suas fotos de moda, o fotógrafo Mario Testino se reinventa a cada novo trabalho

Para quem teve a oportunidade de acompanhar o back-stage de uma sessão de fotos com Mario Testino sabe que o fotógrafo está sempre sério e concentrado no trabalho. Perfeccionista, ele sabe exatamente o que faz. Para isso, a cada novo trabalho mergulha numa pesquisa de imagens em sebos, bibliotecas, livrarias e museus a fim de se inspirar para obter resultados compatíveis com seu elevado nível de exigência estética. Com mais de 30 anos atuando com fotografia de moda, Mario conta com um currículo invejável. É colaborador das principais revistas de moda no mundo, já fotografou as principais top models para editoriais ou campanhas publicitárias e personalidades famosas, como a princesa Diana, a atriz Angelina Jolie e o cantor David Bowie, somente para citar algumas das centenas de celebridades que se renderam aos seus cliques. Com esse background não é de se estranhar que Testino não seja uma das pessoas mais simpáticas do planeta. Sua fama de mal-humorado não é segredo para ninguém. Tanto que pode se dar ao luxo de ficar estressado com Anna Wintour, a poderosa editora de moda da Vogue americana. E vice-versa. Um dos momentos dessa guerra de titãs ficou registrado no documentário September Issue, dirigido por J.R. Cutler em 2007. Com luvas de pelica, Anna e Mario se enfrentam em frente às câmeras por conta de uma capa da Vogue com Sienna Miller. Nesse episódio, ele ganhou o round. Mesmo com nariz empinado, Mario Testino merece nosso respeito. Filho de pais ricos, iniciou a carreira como centenas de fotógrafos mundo afora. Na década de 1970 trocou sua confortável casa em Lima, no Peru, para tentar a sorte em Londres onde foi viver num modesto apartamento próximo à Trafalgar Square. Seu primeiro trabalho consistia em produzir books para modelos em início de carreira. As sessões eram negociadas pela bagatela de 25 libras esterlinas, incluindo cabelo e maquiagem. Simplesinho, né?

RETRATO DA MODELO Carmen Kass para a revista Allure

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Mesmo no topo da indústria da moda, Mario Testino admite que ainda não conseguiu realizar a imagem perfeita. “Para mim a perfeição é o quão perto se pode chegar da foto idealizada para quem eu esteja trabalhando. Minha experiência com a Gucci, Burberry ou Versace revelam momentos de como eu tento chegar à imagem da mulher que os designers tentaram criar. Eu sou tão duro com o meu trabalho que nunca irei vê-lo como as outras pessoas o veem. É difícil ser seu próprio juiz”, afirmou o fotógrafo numa recente entrevista para o site Talk. Para chegar o mais próximo da foto idealizada, Mario participa de todas as etapas que envolvem uma sessão. “A primeira foto é sempre a mais difícil, é feita apenas para obter o direito de olhar. Cinquenta por cento do meu trabalho é o planejamento, 20% é a fotografia real e 30% é o que acontece depois. Não é um feriado”, brinca o fotógrafo.

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Com esse grau elevado de confiança, os amigos mais próximos o consideram um narcisista. “Alguns dos meus amigos dizem que só falo sobre mim mesmo. É engraçada essa percepção. A minha casa, por exemplo, está coberta de arte, mas nada de minha autoria e quando estou trabalhando só penso no que o cliente quer. Então não me vejo dessa forma”, defende-se. Sobre a sua condição de estrela no mundo da fotografia, Mario Testino afirma que nunca pretendeu se tornar mais famoso que seu trabalho. “As coisas aconteceram sem qualquer tipo de planejamento. Eu nunca pedi para fotografar a princesa Diana e isso me fez mais famoso do que eu queria. Nunca pedi para fotografar Madonna e isso me levou a um outro nível. Há coisas que simplesmente nos levam para a ribalta. Isso é benéfico, mas nunca corri atrás disso”. A fama faz parte do seu dia a dia, mas ele garante que não é deslumbrado por conviver com pessoas famosas.

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ACIMA: A atriz Sienna Miller em foto para a Vogue americana AO LADO: A cantora Madonna fotografada por Mario Testino para a capa do álbum Ray of Light


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FotograFia não é sobre quantas luzes você tem. trata-se apenas de registrar o que é certo, de captar a beleza” mario testino

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1. Campanha publicitária para a grife italiana Dolce&Gabbana 2. A atriz Keira Knightley em editorial para a revista Vogue 3. Campanha publicitária para a Versace 4. Kate Moss, a musa mais recente de Mario Testino

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“conteúdo é a coisa que mais importa para mim e para todo o ser humano. se alguém faz filmes ou compõe músicas que nos conectam automaticamente com essas obras de arte, então essas pessoas conseguiram produzir um conteúdo brilhante. toda pessoa famosa começou como não famosa. então, se estávamos interessados em pessoas que não eram famosas, elas nunca se tornariam famosas. é um processo natural e mágico”. com olhar clínico para detectar a beleza, mario testino foi um dos responsáveis, senão o grande mentor do surgimento das top models na década de 1990, como linda evangelista, naomi campbell, claudia schiffer, christy turlington e cindy crawford. “eu estava aborrecido com as modelos usuais e descobri uma nova geração que me impressionou. e isso permanece até hoje. depois surgiram gisele bündchen e Kate moss e estou sempre à procura de novos rostos interessantes. a vida tem a ver com descobertas e nunca devemos parar de procurar. eu aprecio o que a vida me traz”. como nem tudo são flores na vida do fotógrafo, seus detratores costumam criticá-lo por colocar no mesmo patamar comércio e arte. “muitas pessoas se queixam que construí um negócio como artista. muitos dos meus rebentos têm o propósito de vender um produto e acho interessante desenvolver uma estratégia para isso. a arte vem, muitas vezes, tornando essa estratégia linda. gosto de assegurar aos meus contratantes de que entendi direito o que desejam para que eles me deixem em paz para que eu consiga fazer as minhas coisas. eu posso ser muito criativo dentro do meu mundo”, defende-se. se esse é o preço da fama, testino costuma fazer ouvidos moucos e seguir a máxima de que a caravana passa e os cães ladram.

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TALK | POR: Lauro LinS • FOTOS: DiVuLGaÇÃo

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Qual é a filosofia do seu trabalho? moritz Waldemeyer: a experimentação lúdica que forja laços entre a tecnologia, arte, moda e design. com essa abordagem criamos produtos e instalações sob medida, como as desenvolvidas para a audi, bombay sapphire e microsoft, além de trajes de luz criados para a banda u2 e a cantora rihanna. insight brilia:

onde e como você busca inspiração? moritz Waldemeyer: gosto de buscar influências de diferentes setores do mundo criativo e de combinar pessoas de diferentes origens e experiências, assim tenho a chance de fazer algo novo. insight brilia:

insight brilia: E

como você faz suas pesquisas? moritz Waldemeyer: minha fonte de ideias é muito democrática. gosto de conhecer coisas de todos os lugares, mas a internet é um dos meus favoritos pontos de observação. a internet tem aberto os olhos das pessoas para o que está acontecendo em todo o mundo. insight brilia: Qual

é a sua principal

habilidade? eu consigo ver os dois lados de um projeto: o criativo e o técnico. posso ter uma ideia maluca e ser capaz de realizá-la. Felizmente é um talento natural. moritz Waldemeyer:

ACIMA: Vestido produzido em parceria com o estilista Hussein Chalayan NA PÁGINA SEGUINTE: 1 e 2. Produzidos com LED, a arte conceitual de Waldemeyer para o chapeleiro inglês Philip Treacy. 3. Roupa iluminada para apresentação em evento da montadora Audi

multifacetado, o designer alemão moritz Waldemeyer é especialista em criar peças com led para a moda, design e entretenimento. com estúdio em londres, moritz tem um portfólio de clientes que incluem o estilista Hussein chalayan, a designer zaha Hadid, o chapeleiro philip treacy, além de famosas grifes internacionais. em 2013, a sua luminária my new Flame – desenvolvida para ingo maurer – foi adquirida para a coleção permanente de design do moma de nova York. nesta breve entrevista, o designer fala sobre inovação, eletrônica e tecnologia.

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Quais são seus materiais favoritos para desenvolver suas criações? moritz Waldemeyer: o sistema eletrônico é um dos materiais que gosto de trabalhar. por um lado está inovando sempre, num ritmo louco, mas por outro lado há períodos de desenvolvimento muito lento. Há tecnologias que existem há muito tempo e que evoluem gradualmente. todas as técnicas e métodos de fabricação que uso são os mesmos há mais de dez anos. insight brilia:

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Já dá para ter uma ideia dos materiais do futuro que você gostaria de trabalhar? moritz Waldemeyer: sempre que se ouve sobre novos materiais todos leem os comunicados de imprensa sobre algo que soa fantástico e então descobrimos que tudo é limitado a uma pequena produção. essas novas tecnologias levam um tempo muito grande para se popularizarem. por isso, temos que ser criativos com materiais testados e aprovados que já estejam no mercado. insight brilia:

Entre as suas criações qual a que lhe deu mais satisfação? moritz Waldemeyer: um projeto que significa muito para mim é a escultura ovo que fizemos para um hotel em como. Foi a primeira vez que senti ter feito algo de novo, que reúne design paramétrico e eletrônica. parece ser um ponto de partida para uma viagem que comecei agora. insight brilia:

Com tanta genialidade e inovação em seus projetos, você já é um homem rico? moritz Waldemeyer: eu tenho inveja das pessoas que sabem transformar seus projetos em bons negócios. eu tenho uma boa vida, mas certamente não sou rico. insight brilia:

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| POR: Lauro LinS • FOTOS: DiVuLGaÇÃo PERFIL | CENOGRAFIA

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Com projetos de iluminação em teatro, ópera e dança, natasha Katz atingiu um novo patamar em sua arte com a montagem de The Glass Menagerie, trabalho no qual conquistou seu mais recente prêmio Tony.

Na foto maior, cena do espetáculo Alice’s Adventures in Wonderland, do Royal Opera Ballet. Acima, The Glass Menagerie, a mais recente montagem iluminada por Natasha Katz, que lhe rendeu seu terceiro prêmio Tony

se há um lugar no mundo onde os holofotes brilham mais do que as próprias estrelas do céu esse lugar é a broadway, em nova York. com prestigiadas montagens teatrais e musicais, seus 43 teatros abrigam a nata de atores, diretores, cenógrafos, produtores e técnicos no circuito teatral mais lucrativo em língua inglesa. é no meio desses movimentados palcos que podemos encontrar a lighting designer natasha Katz, uma das mais conceituadas e premiadas iluminadoras dos estados unidos. vencedora por quatro vezes do tony award – a mais importante premiação do teatro americano, com as produções the glass menagerie (2014), once (2012), the coast of utopia (2007) e aida (2000) –,

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natasha parece ser incansável. além dos musicais, também desenvolve projetos para o circuito off-broadway, teatros regionais norte-americanos e importantes companhias de ópera e balé, como a royal opera House, o american ballet theatre, o new York city ballet e o metropolitan opera, entre outros. mas não é só a quantidade que chama a atenção, mas a qualidade de sua produção. apesar de estar no métier desde a década de 1980, somente nos anos 2000 seu trabalho ganhou reconhecimento e projeção. Foi nesse período que iniciou sua parceria criativa com o coreógrafo christopher Wheeldon do royal ballet, onde colaborou em tryst (2002), alice no país das maravilhas (2011) e o conto de inverno (2014). a respeito do sucesso da montagem the glass menagerie (um clássico do dramaturgo tennessee Williams), natasha trabalhou em parceria com o cenógrafo bob crowley. a famosa peça da década de 1940 foi um desafio e tanto para a dupla. the glass menagerie veio com todo seu histórico de montagens anteriores, além das anotações de Williams sobre como ele desejava que a peça fosse encenada. o desafio consistia em tentar encontrar uma linguagem visual nova e uma abordagem criativa que atendesse aos instintos de crowley e Katz. “o processo de criação da cenografia e iluminação foi coletivo. John (o diretor John tiffany), bob e eu entramos em simbiose, com todos pensando no mesmo nível. quando estamos trabalhando em equipe não estamos apenas criando, mas também conversando sobre as nossas vidas”, revela natasha sobre o desenvolvimento da montagem que lhe deu um prêmio tony.

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Em sentido horário, The Glass Menagerie, The Chorus Line, Alice’s Adventures in Wonderland e Aida

o ponto de partida para o conceito visual da peça foi o isolamento. “nós conversamos sobre como a memória é muito confiável, como todo mundo tem a sua própria versão da mesma história. em sua essência, a cenografia é uma metáfora para algo e decidimos trabalhar com menor quantidade possível de objetos no palco. decidimos tirar tudo fora”, recorda a iluminadora. com cenários e objetos cênicos reduzidos, a luz ganhou uma dimensão extraordinária em the glass menagerie. na peça, o preto é a cor predominante e a água um elemento recorrente. a ideia da iluminação era criar a sensação de flutuação, quase no cosmos. “tivemos que fazer todos os tipos de experimentações e por fim decidimos por três plataformas suspensas no espaço, sem paredes, mantendo a luz fora da água e fora do pano de fundo. um recurso cênico para dar a impressão de que os personagens estão em suspensão no tempo”, recorda bob.

o trabalHo em equipe Faz parte da metodologia de trabalHo da iluminadora natasHa Katz

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Na foto maior, solo do espetáculo Tryst do Royal Opera Ballet, em Londres; e cena do musical Aida: sucessos que levam a assinatura da iluminadora Natasha Katz

durante a encenação de the glass menagerie sete luzes estão em movimento. “optei pela iluminação incandescente porque há tantas camadas de memória e tempo que precisávamos tratar essas passagens com diferentes tipos de luz, com cores e ângulos diferenciados. sabíamos que era necessário separar os dois mundos da narração: o tempo real e o que está na memória de tom, o personagem principal”, explica natasha, que atualmente está envolvida na produção do musical alladin e o próximo balé do royal opera House, em londres, inspirado em shakespeare com coreografia de christopher Wheeldon e música de Joby talbot. cercada por esse time de estrelas, natasha está predestinada a ganhar mais luz sobre o seu trabalho nos próximos anos.

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CINEmA | POR: LuiZ CLauDio roDriGuES • FOTOS: DiVuLGaÇÃo

ImAGEm Em ao lado de diretores brasileiros como Walter Salles, Karim aïnouz, Claudio assis, Luiz Fernando Carvalho e José Henrique Fonseca, Walter Carvalho imprime sua marca no cinema, mais inspirada na pintura e no desenho do que na fotografia.

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o diretor de fotografia Walter carvalho não para. após lançar o documentário “brincante” (sobre o coreógrafo antonio nobrega) e finalizar as filmagens de “redemoinho” (do diretor José luiz villamarim, a ser lançado no segundo semestre desse ano), ainda sobrou tempo para lançar o livro “contrastes simultâneos”, editado pela cosac &naify. tudo isso em 2014 quando também se destacou na tv com a minissérie “o rebu”. sua carreira segue de vento em popa ao acumular prestígio em produções que contam a história recente do cinema brasileiro, com filmes de sucesso como central do brasil (1998), madame satã (2001), carandiru (2003), Heleno (2011) e getúlio

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(2014), entre mais de 42 filmes onde atuou como diretor de fotografia. “não me limito às questões da fotografia exclusivamente. procuro me envolver com a ideia da narrativa. posso descobrir a imagem de um filme numa frase do roteiro ou num pensamento do diretor quando conversamos. deixo a tecnologia por último, ela é apenas uma ferramenta. quando iniciei no cinema me preocupava com os refletores, com equipamentos e com o aparato técnico. depois, com o tempo, fui entendendo que tudo deveria estar a serviço. o filme é feito com tecnologia, mas o cinema é construído com linguagem e isso é o que me interessa”, diz carvalho sobre o seu processo de criação.

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À esquerda, cena do filme “Cazuza – O tempo não para” (2004), dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck. À direita, “Getúlio” (2014), filme de João Jardim, com direção de fotografia de Walter Carvalho


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o início de sua carreira foi com o irmão, o cineasta vladimir carvalho, que o convidou para fazer a fotografia do filme “no país de são saruê” (1971). na época, Walter estudava Fotografia na esdi, no rio de Janeiro, e descobriu que somente com a experimentação era possível criar. anos mais tarde, ao fazer a direção de fotografia de “madame satã”, do diretor Karim aïnouz, Walter carvalho teve a ideia de mexer no negativo no laboratório ao dispensar o banho de bleach, dilacerando todos os padrões indicados pelo fabricante.

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“Fui pressionado pelos produtores e pelo próprio laboratório que, mesmo não recomendando, topou modificar a máquina de revelação para atender o meu desejo. o diretor topou na hora e vibrou ao ver o primeiro teste na cabine do laboratório. o resultado do filme não é uma experiência feita no computador na pós-produção, mas sim uma experiência com a prata da emulsão fílmica submetida à luz e ao processamento fora dos padrões da Kodak e dos laboratórios. Fiz uma longa pesquisa e muitos testes para atingir o resultado que desejava”, lembra o diretor de fotografia sobre o momento da grande virada em seu trabalho ao extrapolar algumas regras convencionais de se fazer cinema. mesmo sem eleger um filme que possa ser considerado marcante em sua trajetória, Walter prefere dizer que cada trabalho tem uma história em sua vida. para ele, seu melhor trabalho é sempre o próximo desafio. “depende da forma como ele se apresenta, depende de como consigo entender o tamanho dele. central do brasil foi um filme que abriu uma janela de reconhecimento para meu trabalho.

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outro filme importante é “lavoura arcaica”. “em qualquer trabalho que estou envolvido primeiro preciso entender o que conheço para depois descobrir os limites do desconhecido. o mais importante não é o resultado, mas o processo da construção que vivemos. uma fotografia não nasce da fotogenia, nasce do desconhecido, daquilo que não sei ou daquilo que não vejo. temos duas maneiras de entender o objeto: o nosso olhar sobre ele e como captar este objeto com a luz, com o quadro e com a câmera. o grande desafio é o da representação, que só acontece quando entendemos que uma cadeira na tela não serve para sentar, serve para sentir. a forma nova não existe, o que existe é a vontade de encontrar a emoção desconhecida”. da direção de fotografia à direção cinematográfica foi um caminho natural

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na carreira de Walter carvalho, que se autodefine como um fotógrafo que dirige. entre as películas dirigidas por ele estão “a Janela da alma”, “cazuza” e “budapeste”. “Fui aos poucos conhecendo e compreendendo o quanto é difícil dirigir um filme, mas todo filme que iniciava era como se fosse o primeiro. a vivência nem sempre servia para o próximo filme a ser feito, que sempre trazia o mesmo desafio do anterior e mais o universo desconhecido do que seria feito. apesar de conhecer os caminhos e os atalhos, ali estava eu sempre a recomeçar”, filosofa carvalho que tira a satisfação de seu trabalho na luz. “sem ela não há imagem e sem imagem não existe cinema. gosto do set iluminado, dos assistentes correndo atentos contra o tempo, do circo armado, mas sobretudo da busca pelo plano.

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01 e 02. “Carandiru” (2003), filme dirigido por Hector Babenco e iluminado por Walter Carvalho. 03. Filme “A Máquina” (2006), dirigido por João Falcão


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a única coisa que pode resistir à morte é a arte, ela resiste ao tempo Walter carvalho

A fotografia preto-e-branco em flagrantes do cotidiano capturados por Walter Carvalho no seu livro “Contrastes Simultâneos”, lançado pela editora Cosac&Naify.

esse é o grande desafio: pensar, arquitetar e construir o plano para o ator, da mesma forma que o poeta constrói a palavra para o poema. o cinema só acontece quando todas essas forças convergem, porque o cinema é feito da combinação de equações que não se combinam”. nos últimos anos, a televisão tem sido uma nova plataforma para o talento de carvalho. ao lado de José luiz villamarim e george moura fez as minisséries “amores roubados” e “o rebu”, exibidas pela tv globo em 2013 e 2014 respectivamente. nesta última também assina a direção. “aceitei o desafio de assinar a fotografia da novela, preparando com minha equipe, na largada, a implantação do projeto de luz na criação da atmosfera visual. e só depois assumi uma das frentes na direção. topei, e fiquei muito feliz com a expeBRILIA

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riência e com o resultado”. antes já havia dirigido quatro episódios da série “carandiru – outras histórias”. com sua colaboração, a tv tem elevado seu padrão de imagem nos últimos anos. um verdadeiro deleite!

FoToLiVro uma panorâmica sobre o trabalho de fotografia de Walter carvalho está no livro “contrastes simultâneos”, editado pela cosac&naify. a publicação reúne fotografias realizadas há mais de 30 anos, todas desvinculadas do cinema, com imagens que revelam os contrastes do brasil: matadouros, foliões no carnaval, detentos, crianças na rua e no playground, jogos de futebol e outdoors em cidades grandes e pequenas. tudo em preto-e-branco.

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iniciado pelas mãos e genialidade de ingo maurer, o inglês paul cocksedge despontou na década de 2000 como um dos mais brilhantes designers de sua geração. em seu estúdio cria instalações interativas e luminárias inovadoras. com esse espírito livre, suas experimentações também podem ser observadas em projetos arquitetônicos e de interiores. uma parte de suas criações é feita com objetos descartados encontrados nas ruas que se transformam em belas luminárias. além de maurer, o designer ron arad – que foi seu professor – tornou-se um entusiasta de seu trabalho. atualmente seu estúdio londrino desenvolve projetos para clientes estrelados como Hermès, sony, swarovski e o prestigiado london design Festival. nesta entrevista para a brilia, cocksedge nos fala de seu inventivo processo de criação. o que você aprendeu com o designer alemão ingo Maurer? paul cocksedge: Foi muito importante conhecer ingo nos primeiros anos de minha vida como designer. ao estagiar em seu escritório, além dos conselhos sínceros, ele me dava carta aberta para desenvolver minhas ideias. brilia insight:

Como surgiu a ideia de criar peças interativas? é importante para mim que o meu trabalho se conecte com as pessoas. na instalação Kiss que fiz para a exposição design luz, no salão do móvel em milão, em 2009; projetei uma sala onde os casais que se beijavam ativavam uma sequência de luzes em um dossel com led. esse trabalho está viajando o mundo e fico emocionado ao ver as fotos das pessoas que experimentam o espaço.

brilia insight:

paul cocksedge:

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Abaixo: Com cúpula de alumínio, a maxiluminária desenhada por Paul Cocksedge tem circunferência de 1,60 m


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E o uso de sucata em suas criações. o que o incentivou a desenvolver peças com materiais descartáveis? paul cocksedge: eu olho para as coisas que as pessoas jogam fora nas ruas e vejo oportunidades de criação. entre as peças que desenvolvi com esse conceito, o Kickstarter é um dos que mais gosto. a peça é um alto-falante inspirado nos velhos modelos descartados nas ruas. com eles, criei um dispositivo magnético acionado por bluetooth. as crianças que adoram alta tecnologia curtiram, pois esses velhos alto-falantes produzem uma ótima qualidade de som. as luzes de led nesse projeto foram inspiradas nas luzes de bicicletas que recriei em círculos de luz mais suaves. brilia insight:

Como você avalia a produção atual de seu estúdio de design? paul cocksedge: nosso estúdio ganhou fama internacional por seu design original e inovador, sempre apoiado por pesquisas sobre os limites da tecnologia, materiais e processos de fabricação. nossa principal característica é o foco na simplicidade e imaginação para criar projetos originais e centrados nas pessoas. temos uma atenção incansável nos detalhes e uma inquietação permanente em romper suposições estabelecidas sobre o que é design. brilia insight:

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1. Produzida em edição limitada, a mesa desenhada por Cocksedge é feita com uma única folha de aço dobrada 2. A escada em espiral no lobby do Staircase Living for Ampersand, no Soho, em Londres.

4. Criada para ser um farol de bicicleta, a luminária Double é confeccionada com LED

3. A escultura Bourrasque apresentada no Festival de Luzes de Lyon.

5. Detalhe de instalação experimental feita com grafite

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a simplicidade está presente na sua criação e na sua vida. Sabemos que você prefere usar bicicleta para se locomover pela cidade e que sua casa é bem próxima de seu escritório. Como é o seu dia a dia? paul cocksedge: minha casa é um espaço social. não gosto de estar sozinho, por isso sempre estou acompanhado de amigos para trocar ideias, discutir e dar boas gargalhadas. minha regra básica é viver a uma curta distância do meu estúdio. gosto de uma boa e tranquila caminhada pela manhã. brilia insight:

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Que conselho você daria para os jovens designers? paul cocksedge: acredito que devemos universalizar o ensino do design. tenho vontade de criar oficinas e compartilhar minhas ideias com jovens que não podem pagar seus estudos. meu conselho para os jovens é que permaneçam fiéis à sua criatividade. Há momentos que todos nós pensamos em desistir, mas é preciso manter o foco, liberar nossas ideias e acreditarmos em nós mesmos. brilia insight:

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LÁPiS DE Cor com o colorido do século 21, a luminária de chão shakti 200 tem base fixa com acabamento acetinado ou cromado. a peça é uma criação do designer marzio rusconi clerici para a italiana Kundalini. www.kundalini.it

O melhOr dO clássicO cOntempOrâneO em luminárias assinadas por designers internacionais

SCi-Fi O designer dinamarquês poul henningsen criou a luminária pendente snowball na primeira metade do século 20. com seu design futurista, com lâminas alinhadas que recebem fachos de luz, a peça tornou-se um clássico contemporâneo por sua luz suave e contida. Fabricada pela empresa louis poulsen, a luminária é comercializada pela danish design. www.danishdesign.com.br

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TiC TaC a luminária de mesa tic tac é um clássico da Kartell. desenhada pelo italiano Giotto stoppino, em 1970, a peça tem design simples e funcional, tal qual o conceito modernista da famosa Bauhaus. www.lojakartell.com.br

aVanT-GarDE Figura-chave da avant-garde na França dos anos 1950, o designer Jean royère criou a luminária liane. desenhada na forma de galhos retorcidos e com cúpulas de pergaminho, a peça é um ícone vintage disputada por colecionadores aficionados em design. sua reedição é encontrada na empresa australiana Jason mowen. www.jasonmowen.com

ESFEra a luminária styrene, do designer inglês paul cocksedge, é composta por centenas de copos de café. sua luz é projetada por pequenas aberturas em sua superfície. a peça foi criada em 2002 para a formatura do designer no royal college of art e lançada em 2012 para comemorar os dez anos de seu famoso estúdio em londres. www.paulcocksedgeshop.com

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LuZ MaGia da Brilia, a fita multitemperatura de cor permite o controle da temperatura de cor no ambiente, do branco quente mais aconchegante (2700K) até o branco frio (6500K), ideal para espaços de trabalho que exigem maior concentração. O modelo possui controle de dimerização e 12 temperaturas pré-programadas através do controle slim multitemperatura. www.brilia.com

MiLK a marca holandesa droog mistura imaginação e design para desenvolver peças que surpreendem pelo inusitado. É o caso da milk Bottle feita com garrafas de vidro leitoso que lembram as tradicionais garrafas de leite de nossos avós. no Brasil, a peça é encontrada na decameron. www.decamerondesign.com.br

SoB MEDiDa com design ultramoderno, e temperatura de cor quente especial (2700K), a lâmpada ar70 Gu10 dimerizável garante sofisticação em qualquer ambiente da casa. entre as inovações desse produto está sua ótica 100% refletora, livre de ofuscamento. www.brilia.com

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CLÁSSiCo MoDErno criada por Verner panton, a moon lamp é um sucesso desde o seu surgimento, na década de 1960. em forma de anéis sobrepostos e suspensos em torno de um bulbo central, a luminária tornou-se um clássico do design. www.verpan.com

TECH a lâmpada led Bulbo autodimerizável, é ideal para quem é perfeccionista na hora de selecionar a intensidade de luz no ambiente de forma prática. para isto basta acionar o interruptor, aguardar a intensidade desejada, desligar e ligar. com isso, a iluminação permanece na intensidade selecionada. sua temperatura de cor é quente e aconchegante (2700K). www.brilia.com

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LUmINOTÉCNICA | POR: Lauro LinS • FOTOS: DiVuLGaÇÃo

LuMinarES QuaTro EXPEriEnTES ProFiSSionaiS Da ÁrEa DE CriaÇÃo rEVELaM DE QuE ForMa SE rELaCionaM CoM a LuZ

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a fim de agregar visões de criadores sobre a luz, a brilia criou a websérie luminares. nela, o público pode conhecer a faísca criativa por trás do trabalho de jovens criadores de são paulo. a ideia da websérie surgiu com a intenção de aproximar as pessoas e o universo led, uma vez que a tecnologia já faz parte de nosso dia a dia. gente criativa, com boas ideias, que revelam que o led pode ser uma boa ferramenta de criatividade, beleza e funcionalidade. “o objetivo da produção é mostrar um pouco as experiências e concep-

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ções artísticas desses entusiastas, além de retratar como a luz tem o poder de influenciar e inspirar as pessoas tanto no trabalho quanto na vida, por isso a escolha de profissionais que representam territórios de afinidade com a marca”, afirma pamela gerard, gerente de marketing da brilia. Formada por quatro episódios, a série apresenta depoimentos exclusivos do arquiteto e designer Felipe protti, do grafiteiro thiago mundano, do publicitário max petrucci e do fotógrafo lufe gomes.

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FELiPE ProTTi / ARQUITETO E DESIGNER

em seu depoimento na websérie, protti afirma que o design muda tudo para as pessoas. explica, por exemplo, que a arte plástica é egoísta, uma obra só, enquanto no design, a obra pode ser replicada e muitas pessoas podem usufruí-la. “a criação tem muito do momento e do objetivo de quem está no processo de dar vida a um projeto. para mim sempre foi doloroso fazer uma peça única, pois costu-

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mo ter uma relação emocional com o que crio. a ideia vem do coração, não vem da cabeça”, diz o designer. protti considera que na arquitetura a iluminação é essencial. “não adianta você fazer um bom projeto e ser mal iluminado, é preciso criar uma energia no espaço. um ambiente pode ter várias utilidades se você souber fazer a iluminação certa”, ensina o arquiteto.

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MaX PETruCCi / PUBLICITÁRIO

presidente da agência garage, o publicitário max petrucci explica que a luz é importante para ter um conforto, tornando-se essencial no ambiente de trabalho, especialmente da direção de arte. “prefiro luzes calorosas e que não sejam totalmente funcionais, mas também decorativas. no caso da garage, ela precisa ser inspiradora”, afirma.

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“quando se fala de simbologia algumas coisas são muito importantes e, sem dúvida nenhuma, estamos falando de imagem e nesse aspecto a luz é preponderante, desde a plasticidade da luz na casa, no escritório e até na rua com um projeto urbanístico que valoriza lugares e destaque marcos arquitetônicos”, observa o publicitário.

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THiaGo MunDano / GRAFITEIRO

da arquitetura para as ruas, thiago mundano faz questão de levar iluminação à arte urbana. engajado em projetos sociais, ele fez de um muro da vila madalena uma verdadeira vitrine de ideias. durante o dia, a pintura é totalmente diferente de como aparece à noite, graças às intervenções do artista. com a aplicação de led, a obra de mundano é um presente para a cidade de são paulo, que recebe o primeiro grafite composto por led. “o grafite é uma extensão

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da minha pessoa. com ele, revelo a minha identidade, minha visão de mundo, as minhas reflexões. é uma forma que encontrei de deixar mensagens para as pessoas. a luz tem uma relação importante com o grafite porque na essência é considerada uma arte marginal, pois toma o espaço alheio, então no mundo inteiro se pinta à noite com pouca luz. de certa forma, essa situação favorece, pois não somos notados e temos liberdade para pintar”, reflete o grafiteiro.

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LuFE GoMES / FOTÓGRAFO

lufe gomes fala sobre suas inspirações no mundo da fotografia. em seus trabalhos, costuma captar a luz das pessoas, a vida delas. quer que tudo seja o mais real possível, pois gosta da naturalidade e procura trazê-la para suas fotos. segundo ele, não dá pra fotografar sem luz: seja da pessoa ou do ambiente. “sempre tive uma bus-

ca muito grande para me comunicar através da imagem. quando chego para fotografar, pode ser um ambiente ou uma pessoa, a primeira coisa que faço é ficar em silêncio, sentindo a luz daquele lugar. é a maneira que encontrei de me conectar com o objeto de minha fotografia e trazer a verdade em minhas fotos”, revela o fotógrafo.

LUMINARES: Para assistir acesse o Youtube: www.youtube.com/user/brilialed ou o Facebook: www.facebook.com/brilia.led

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ESPECIAL | POR: CLauDio GuES • FOTOS: DiVuLGaÇÃo

DE ESPETÁCULO

LUZ a aurora polar é um dos fenômenos naturais mais surpreendentes do mundo. Confira quais são os principais pontos de observação na Europa e américa do norte para ver esse show de luzes

Há milênios a aurora polar vem encantando e intrigando os homens. composta por luzes brilhantes observadas no céu das regiões polares, a aurora polar é um fenômeno óptico promovido pelo impacto das partículas de vento solar na alta atmosfera da terra capturadas pelo campo magnético terrestre. no Hemisfério norte é chamada de aurora boreal e ocorre de setembro a outubro e de março a abril todos os anos. no Hemisfério sul é conhecida por aurora austral. o fenômeno não é exclusivo da terra. outros planetas do sistema solar, como Júpiter, saturno, marte e vênus também têm suas auroras. a aurora polar aparece como um brilho difuso ou como uma cortina de luz estendida em sentido horizontal. algumas vezes são formados arcos que mudam de forma constantemente. cada cortina apresenta vários raios paralelos e alinhados na direção das linhas do campo magnético terrestre e assumem tonalidades de cores específicas.

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Vista da Aurora Boreal no mar Ártico


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a aurora polar é causada pelos ventos solares que carregam partÍculas liberadas em eXplosÕes solares. quando atingem o campo magnético da terra, algumas dessas partÍculas Ficam retidas na atmosFera, o que provoca a intensa luminosidade no céu”

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ESPECIAL | A Aurora Boreal vista por um de seus famosos pontos de observação: o Parque Nacional Skaftafell, na Islândia

apesar do visual incrÍvel, a aurora polar é sinal de que as tempestades solares alcanÇaram a terra. esse FenÔmeno não representa riscos para a Humanidade, mas a energia liberada pelo sol pode interFerir em satélites, em sistemas de telecomunicaÇÕes e aparelHos eletrÔnicos”

as tempestades solares acontecem por causa de erupÇÕes na superFÍcie da estrela. esse tipo de FenÔmeno ocorre por mudanÇas repentinas no campo magnético do sol e emite uma enorme quantidade de energia no espaÇo”

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o efeito luminoso das auroras está ligado à emissão de átomos de oxigênio nas altas camadas atmosféricas – em torno de 200 quilômetros de altitude – que produzem a tonalidade verde. quando a tempestade solar é forte, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar produzindo a tonalidade vermelho escuro, graças à emissão predominante de átomos de nitrogênio. o fenômeno também pode ser observado com uma iluminação ultravioleta, violeta e azul. matizes que só podem ser vistos do espaço, pois nossa atmosfera absorve os raios uv. os melhores pontos de observação das auroras encontram-se no canadá para as auroras boreais e na ilha da tasmânia ou sul da nova zelândia para auroras austrais. veja, aqui, quais os países no Hemisfério norte que oferecem excelentes zonas de observação:

Canadá a região em volta do lago superior, em ontário, tornou-se um dos mais importantes lugares para ver a aurora boreal do país. outras opções incluem a tundra no norte do canadá e o território de Yukon, próximo ao alasca.

alasca para visualizar o fenômeno atmosférico, o ideal é ir para as áreas remotas do parque nacional de denali. uma boa forma de certificar se o passeio vale a pena é conferir a previsão das auroras na universidade do alasca.

Groenlândia mesmo que a aurora boreal seja vista em praticamente todo o território da groenlândia, os lugares mais acessíveis encontram-se no sul e no leste do país, como Kulusuk e ammassalik.

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Acampar nos parques públicos, nos países nórdicos, é uma ótima opção para ver de perto o fenômeno da Aurora Boreal. Enquanto a cidade de Tromso, na Noruega, é uma das que mais atraem turistas no mundo

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noruega situada acima do círculo polar ártico, a cidade de tromso – no norte da noruega – as auroras boreais chegam com o fim dos longos dias de verão no país. o espetáculo tornou-se a principal atração turística da cidade norueguesa.

Suécia o vilarejo de abisko, na região da lapônia, é o mais visitado pelos turistas. durante o inverno, no parque nacional de abisko, o entorno do lago tometrask garante uma vista privilegiada de observação.

Finlândia na cidade de luosto, no norte da Finlândia, o hotel aurora chalet entrega aos hóspedes um alarme de auroras que toca quando as luzes coloridas fazem sua aparição no céu. esse serviço especial só é possível graças ao centro de investigação de auroras boreais, localizado na cidade de sodankyla.

islândia próximo de reykjavic, a capital; o parque nacional de pingvellir tem amplas planícies para observar o espetáculo natural das luzes coloridas. outro bom lugar é o parque skafteafell.

Escócia nas raras noites de céu claro do inverno escocês, os turistas têm boas chances de apreciar as luzes em aberdeen, na ilha de skye e nas terras altas do norte.

rússia a península de Kola, no noroeste do país, está situada quase inteiramente acima do círculo polar. com essa vantagem, é um dos mais populares na rússia para avistar o fenômeno atmosférico.

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CIDADE | POR: CLauDio GuES • FOTOS: FranK HErrMann E uGiS riBa

HOTSPoTS Conexão entre arte e luz. assim é feito o Festival de Luzes, evento que acontece em Berlim todos os anos e atrai multidões dispostas a experimentar novas experiências visuais.

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Com instalação de Daniel Margraf, a fachada da instituição Juristisch Fakultat no centro de Berlim

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Há mais de 10 anos, no mês de outubro, berlim se transforma em uma cidade cheia de luz e arte. durante esse tempo, o Festival de luzes transformou-se numa das mais importantes atrações turísticas da capital alemã. as instalações de luz – planejadas por artistas internacionais – tomam conta de pontos turísticos, monumentos, ruas, praças, lugares da moda e edifícios. instalações que fazem da cidade um grande cenário a céu aberto. com diferentes inspirações, as projeções de luz chamam a atenção para diferentes culturas, artes e mensagens. com mais de

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2 milhões de visitantes a cada edição, o Festival movimenta 1,8 bilhão de euros na cidade. com tanto sucesso, o festival se multiplicou e também acontece nas cidades de lyon, na França; sydney, na austrália; moscou, na rússia; e eindhoven, nos países baixos. “a luz é vida, a luz é energia, a luz fala todas as línguas e se conecta com os povos”, diz birgit zander, da agência zander&partner, responsável pela produção do Festival de luzes. para se manter atualizado, a cada edição do evento o público encontra novas ideias, conceitos criativos, inovações e novas tecnologias.

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01. Portão de Brandenburgo 02 e 03. A instalação Kakeidoskope na Potsdamer Platz 04. Catedral de Berlim

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A EVOLUÇÃO

DaS LÂMPaDaS POR: GEorGES BLuM, aLFrEDo BoMiLCar E ruBEnS roSaDo* • FOTOS: DiVuLGaÇÃo

Saiba quais foram as principais mudanças tecnológicas das lâmpadas desde a invenção da eletricidade os materiais utilizados nos diferentes tipos de lâmpadas sofreram grandes mudanças tecnológicas nos últimos anos para atender à evolução desses produtos. na maioria das vezes tais mudanças não são percebidas, daí a importância de mostrar o que está por trás ou, na verdade, por dentro desses emissores de luz.

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Tubos e bulbos de vidro

Bases

as lâmpadas fluorescentes possuem formato tubular de diâmetros variados que podem se apresentar no formato reto, circular ou na forma de “u”. os tubos de vidro são usados nas lâmpadas compactas ou econômicas em formato de “u” e normalmente com dois ou até seis desses tubos interligados. com a evolução, surgiram tubos no formato de hélice espiral, reduzindo o comprimento da lâmpada. a redução do tamanho das lâmpadas sem perda da qualidade fotométrica proporcionou a miniaturização das luminárias, aumentando a diversidade das mesmas e dos lustres, o que permitiu aos arquitetos e lighting designers criar e aproveitar melhor as lâmpadas nos mais diversos ambientes. para serem maleáveis e poderem ser dobrados, os tubos eram fabricados com uma porcentagem de metais pesados na sua composição, material nocivo ao meio ambiente. pouco depois do ano 2000 foram substituídos por outros componentes que mantiveram as características de resistência mecânica, transmitância e uma maior facilidade de se obter formas diferenciadas. as lâmpadas incandescentes utilizam a mesma composição do vidro das fluorescentes tubulares, mas possuem formatos diferentes. nesse tipo de lâmpadas existem muitas outras formas como vela, bolinha e tubular. os bulbos e tubos usados nas lâmpadas de descarga como mista, vapor de sódio, vapor de mercúrio e vapor metálico eram produzidos com vidro borossilicato, material pesado, devido à sua espessura. eram extremamente resistentes, inclusive a respingos de chuva, e foram sendo substituídos por fórmulas que deixaram o vidro mais leve e quase tão resistente.

as bases têm a função de dar o contato elétrico nas lâmpadas para que elas funcionem. nas lâmpadas compactas/eletrônicas e incandescentes de corrente mais baixa usam-se as roscas de alumínio. nas de corrente maior, como vapor de sódio, vapor metálico e vapor de mercúrio usa-se as de latão niquelado, que têm maior rigidez mecânica e resistem melhor à vibração do tráfego nas ruas. nas lâmpadas tubulares retas utilizam-se duas bases – uma em cada extremidade – de alumínio com dois pinos de latão para o contato elétrico. esses pinos eram soldados e atualmente são crimpados, eliminando-se os metais pesados da solda da liga estanho/chumbo. alguns outros tipos de lâmpadas, como as Halógenas retas, têm bases de cerâmica nas extremidades para resistir a maiores temperaturas de operação. nas bases das lâmpadas led tubulares em vez do alumínio usa-se o plástico, uma vez que elas não aquecem. nas bases, as mudanças foram apenas nos materiais utilizados, incluindo-se novas ligas de alumínio e de latão, uma vez que no formato é difícil inovar.

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A mudança de materiais na composição das lâmpadas ainda não se refletem no formato e no design das mesmas


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LED E oLED

Tubos de descarga

Acima, formatos tradicionais das lâmpadas

o tubo de descarga das lâmpadas de vapor de sódio teve uma evolução na qualidade fotométrica com a redução da granulometria, com a maior pureza da alumina policristalina do tubo e com o desenvolvimento do tubo de descarga que tinha um “fio” de molibdênio incrustado no tubo de alumina, para auxiliar na partida. as lâmpadas de descarga de luz branca evoluíram para a tecnologia do tubo de descarga de cerâmica, inclusive em formato esférico, como as lâmpadas de descarga compactas que têm uma eficiência luminosa (lm/W) superior às de sódio. nesse caso, os tubos de descarga são de cerâmica, mas diferentes dos convencionais devido à altíssima pressão e aos gases usados, que atacariam os eletrodos e sairiam pela porosidade das paredes dos tubos de descarga de sódio.

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o led tem uma nova tecnologia, com dois materiais diferentes que geram uma luminescência quando se aplica uma corrente sobre eles e as novidades estão nos materiais usados para essa luminescência, com novos substratos. inovações como o led cob (chip on board) e melhorias no processo de fabricação estão surgindo rapidamente, alterando o cenário de desenvolvimento desse produto. produtos melhores surgem em laboratórios hoje já com eficiência luminosa de quase 200 lm/W. por sua vez, o oled (organic light-emitting diode ou diodo emissor de luz orgânico) é um diodo emissor de luz (led) em que a camada de emissão electroluminescente é um filme orgânico que emite luz em resposta a uma corrente elétrica. essa camada de semicondutor orgânico fica situada entre dois eletrodos. geralmente um desses eletrodos é transparente. o oled, material orgânico de várias camadas, é utilizado em luminárias com placas rígidas ou flexíveis. Já é uma realidade em algumas aplicações em iluminação. a evolução dessa tecnologia é constante com a mudança de substratos, gerando, assim, o Woled (White oled), smoled (small molecule oled) e pled (polymer oled). atualmente já se fala em lâmpadas biológicas ou bioenergéticas. a única certeza é que para a tecnologia não há limites.

(*) Georges Blum é presidente-executivo da Abilumi (Associação Brasileira dos Importadores de Produtos de Iluminação) e engenheiro de produção; Alfredo Bomilcar é diretor técnico da Abilumi e engenheiro eletricista; e Rubens Rosado é assessor técnico da Abilumi e engenheiro eletricista.

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