Stylish Magazine 7

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novembro Equipa MAG Director Cortez Stiwell Editor Executivo Nuno Pereira Sub-Editora Chefe Sandra Ravasco Design Gráfico Oleksandr Bilko Redação: Eliana Silva Inês Pereira Fotógrafos Carlos Canha Charlotte Cockayne Carlos Silva Santos Gonçalo Santos João Bacelar Lucio Luna Nuno Monteiro Paulo Charrua Samuel Gustav Colaboradores: Adriano Cerqueira Ana Catarina Costa Ana Costa Ana Rebelo João Maldonado Joana Teixeira Marisa Pereira Natalia Gromicho Vanessa Ferreira Rita Pereira Samuel Silva Stay True Tareca Dias d’Almeida

Receita

6 Rolo de carne recheado em massa quebrada. 7 Torta Pavlova com coulis de framboesa. 8 Romance do Dia-a-dia 10 Editorial Gold Beauty 32 Nº4 40 Editorial Élégance

LifeStyle

48 Carpet Diem Rugs 48 Pegedon 40 Lei contra maus-tratos em animais 50 Hash TAG 51 Top 5 app 52 Entrevista com Olga Noronha

Fashion

54 Portugal Fashion 56 Moda Lisboa 58 Model Tour Portugal 2014

76 O ícone de estilo deste mês é a actriz alemã Diane Kruger

78 Leather Jacket 80 Tendência Cabelos 82 Stay True “Essenciais de Inverno” 84 Silhueta Feminina 86 Entrevista com Leonor Babo 88 Editorial Brazilian Summer 96 A chegada á India

Beleza

97 Como passar de uma maquiagem diurna para uma maquilhagem noturna?

98 Maquilhagem passo-a-passo 99 Maquilhagem para cada tipo de olho 100 Dicas e truques 101 Make up Tendência 102 Entrevista com

Pedro Carvalho

60 Editorial Neighborhood

114 Editorial Beauty

Moda & Estilo

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Stylish Mag é um novo projeto em formato online, gratuita e pretende conquistar a atenção do público feminino e masculino. Contamos com a colaboração de uma equipa altamente qualificada, com profissionais de diferentes áreas, desde fotógrafos, maquilhadores, consultores de imagem, jornalistas e cronistas. A ideia é juntar a moda à realidade, com o objetivo de dar a conhecer histórias reais de pessoas que se destacaram pelo seu trabalho e continuam a marcar pontos no panorama nacional e internacional, sendo referência para muitos. Lifestyle, estilo, nutrição, beleza e novas tendências são algumas das áreas que pretendemos dar destaque. Todos os meses comprometemos-nos a apresentar rubricas que preencham as suas expetativas. Numa altura em que somos contagiados pelas redes sociais e pela pressão do tempo, o nosso objetivo é partilhar convosco temas de interesse e de rápida leitura em qualquer suporte digtal, sempre com o mesmo rigor e ética que assumimos. -4-


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Romance do Dia-a-dia

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In this world there are only two tragedies. One is not getting what one wants, and the other is getting it. Oscar Wilde

Topapps 5

Pu ge don 48

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Portugal 54

Fashion

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Dicas e 100 truques -5 -

Diane

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ROLO DE CARNE RECHEADO EM MASSA QUEBRADA

6 Pessoas Preparação 15 min Confecção 60min 600g alcatra Angus picada 1 dl leite meio gordo 2 Fatias pão de forma integral sem côdea 2 Dentes alho 1 C. de sopa salsa picada 1 C. de sopa sal Pimenta moída q.b. 1 emb. (170g) folhas de espinafres 40g queijo parmesão ralado 2 C. de sopa azeite 1 emb. Massa quebrada 1 C. de sopa sementes de sésamo PARA A SALADA 2 emb. (300g) mistura de alfaces 1 C. de sopa azeite 1 C. de sopa sumo de limão 1c. De chá mostarda 1 C. de café sal

Pré-aqueça o forno a 180cº. Misture a carne picada com o pão, previamente molhado no leite, os dentes de alho finamente picados, uma colher de salsa picada, sal e pimenta a gosto. Divida a carne em duas partes, misturando numa as folhas de espinafres, finamente picadas, e na outra o parmesão ralado. Forre um tabuleiro de forno com papel vegetal e unte-o com o azeite. Estenda a mistura de carne com espinafres com a ajuda do rolo de cozinha, dando – lhe a forma de um rectângulo com cerca de 0,5 cm e, por cima, coloque a mistura de parmesão estendida da mesma maneira. Com

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a ajuda do papel, enrole a carne como se fosse torta. Mantenha o papel à volta do rolo e leve ao forno cerca de 40 minutos. Retire e deixe arrefecer por completo. Retire o papel, desenrole a massa quebrada e embrulhe-a à volta da carne. Pincele a superfície com um pouco de água, salpique com as sementes de sésamo e leve ao forno a 200ºC até ter um tom dourado. Deixe arrefecer um pouco e corte o rolo em fatias. Acompanhe com a salada temperada com o vinagrete de azeite, sumo de limão, mostarda e sal. Receita by Samuel Silva


TORTA PAVLOVA COM COULIS DE FRAMBOESA

4 Claras de ovos 250g de açúcar 1 Colher de chá de farinha de milho 2 Colheres de chá de sumo de limão ou vinagre 170 Ml de natas batidas 55g de frutos silvestres frescos picados COULIS DE FRAMBOESA 2 Colheres de sopa de brandy 250g de framboesas frescas, lavadas e sem pé 10colher de sopa de açúcar em pó

Unte uma forma de torta de 25x30 cm com óleo e forre com papel vegetal antiaderente. Aqueça o forno a 180º C. Bata as claras em castelo, adicione gradualmente ¾ chávena de açúcar e bata até obter uma mistura espessa e brilhante. Misture 1 colher de sopa de açúcar com, a farinha de milho e junte ao merengue com o sumo de limão ou vinagre. Deite na forma e alise a superfície. Leve ao forno 12-15 minutos. Coloque uma folha grande de papel vegetal em cima de um pano e polvilhe bem com restante açúcar. Deite a pavlova em cima, retire o papel e deixe 3 minutos. Com o auxílio do pano enrole a torta no sentido do comprimento deixe arrefecer.

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Junte os frutos silvestres às natas batidas. Desenrole a pavlova, recheie com o creme e volte a enrolar sem o pano nem o papel. Transfira para um prato e leve ao frigorífico. Para fazer o Coulis de Framboesa: Ponha o brandy, framboesas e açúcar em pó num robô de cozinha e misture bem. Sirva a Torta Pavlova em fatias com o Coulis de Framboesas. Nota: Se preferir pode usar uma geleia espessa de fruta para rechear a torta. Receita by Samuel Silva


Romance do Dia-a-dia

In this world there are only two tragedies. One is not getting what one wants, and the other is getting it. Oscar Wilde

São as pequenas coisas. São elas que me movem. São elas que mais desejo. Todas as histórias começam com breves momentos de exposição. Informação prévia sobre a vida e o universo das personagens, oferecida pelas subtilezas da narrativa, ou forçada pela garganta abaixo quando a criatividade é escassa. Nas comédias românticas essa exposição é muitas vezes conhecida por “meet cute”. Aquele momento absurdo e hilariante que junta ambos os protagonistas. O rapaz que vai contra uma rapariga e a ajuda a apanhar os livros. O herói que salva a donzela em perigo. A rapariga que te encontra no elevador e que também gosta de The Smiths. Aquela primeira troca de olhares. O sorriso embaraçoso. O ódio incompreensível que impede aquela pessoa de sair dos teus pensamentos. Uma longa lista de clichés e lugares-comuns, com presença obrigatória em qualquer comédia romântica. O resto da história é contada nas estrelinhas de encontros e desencontros. Entre coincidências e acasos. Falhas de comunicação. Dramas, separações e reencontros. Um grande gesto romântico no final que ata todos os nós, e que conclui a história como um belo laço de seda, arrumado no topo de uma surpresa ainda por abrir. Essa surpresa são todas as pequenas coisas que ficam por contar. Os actos mundanos filtrados pelo guião. As rotinas diárias que, fora algum diálogo, montagem, ou encontro inesperado, raramente

fazem parte do produto final. As idas ao supermercado. Os passeios de mãos dadas. Brincar com os pratos que queremos comprar quando passamos por uma montra de cerâmica. As manhãs de Sábado passadas na cama. Deixá-la adormecer no teu colo enquanto vêem televisão. As longas viagens de carro e a habitual discussão sobre que música ouvir. Os silenciosos passeios à beira-mar. As brincadeiras com o gato, ou o cão, ou ambos. A partilha de tarefas. E todos os outros pormenores que dizem presente numa vida a dois. São as pequenas coisas. São elas que me movem. São elas que mais desejo. Pormenores do quotidiano que, talvez por passarem despercebidos, vêem a sua magia ignorada pelo mais comum dos observadores. Contudo, é nestas coisas que penso quando penso em romance. Não. Não ignoro a paixão, o desejo, a química, o momento. Também sonho com inesquecíveis primeiros encontros em que todas as fichas caem no seu lugar. Com a ansiedade do primeiro beijo. Com a possibilidade do não. Com as noites eternas de partilha entre dois corpos apaixonados. Com os pequenos e grandes gestos que um romance nos apresenta. Mas são as pequenas coisas o que mais desejo. Assim o é, pois tão raras foram as vezes que as tive. O desejo não é permanente, mas sim uma constante que se apaga assim que o seu objecto é alcançado. Com isto não afirmo desejar uma vida de monóto-8-

na rotina. Não. Desejo sim essa rotina, não pela sua natureza previsível, mas pela magia dos pequenos detalhes, que apenas surge quando a partilhamos com alguém. O consolo de descobrir uma caixa de Petit Gâteaus entre os congelados quando ela já tinha desistido de procurar. Juntar os pontos para lhe oferecer aquele peluche, desistir da ideia e tentar sequestrá-lo sem ninguém ver. O bolo que fazes antes dela chegar a casa, e que acabas por deixar queimar porque não atinas com aquele forno. Aquela série que vêem ao telefone quando estão distantes. Momentos para muitos banais. Para mim, únicos. Reais. Mágicos. É a magia do dia-a-dia. É ela que me move. É ela que mais desejo. O Amor é descoberto entre os detalhes. Nas rotinas que partilham. Nos tempos mortos. Nas conversas. No silêncio. No trabalho. Na diversão. Nos sonhos. No presente. Nas tardes aborrecidas de Domingo. No fim-de-semana prolongado em viagem. No adeus no aeroporto. No até já do pequeno-almoço. A dois. A sós. Nas palavras. No pensamento. O Amor está lá. Dia após dia. No romance da rotina. A paixão do dia-a-dia. É ela que me move. É ela que mais desejo. Texto: Adriano Cerqueira www.facebook.com/AdrianoCerqueiraOnline http://adrianocerqueira.weebly.com http://nosenseofreason.blogspot.com


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Texto: Rita Pereira

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CARPET DIEM RUGS

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decoração de um espaço passa por várias componentes. Dos móveis às paredes são inúmeras as coisas que fazem com que aquele lugar fique o mais bonito possível. No entanto, há mais que isso, nomeadamente a tapeçaria. E é isso mesmo que lhe vamos apresentar, ou melhor, vamos dar-lhe a conhecer a CARPET DIEM RUGS, uma empresa portuguesa que comercializa tapetes contemporâneos. A marca fabrica os seus produtos at-

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ravés da técnica handtufed, explorando todas as potencialidades desse mesmo método que, sendo conjugada com a lã, resulta num produto ímpar. A CARPET DIEM RUGS caracteriza-se por um design personalizado e exclusivo, a utilização de lã 100% pura e ainda o facto de todas as peças serem feitos manualmente, com mão de obra altamente especializada. Sendo as suas colecções produzidas na Índia, a marca demarca-se ainda do flagelo que já é conhecido em todo o mundo – a mão

de obra infantil. Assim sendo, são membros da organização Care & Fair que garante precisamente a exclusão de mão de obra infantil, apoiando as famílias dos artesãos. Para os interessados, podem encontrar as peças da CARPET DIEM RUGS tanto na sua loja online como também na sua loja física. Texto: Eliana Silva www.carpetdiem.pt

Pugedon

ão foi há muito tempo que ouvimos falar na Pugedon. A Pugedon é, nada mais nada menos, que uma espécie de vending machine mas em vez de dinheiro funciona a garrafas e em vez de servir os humanos serve os nossos amigos de quatro patas. Criada pela empresa Turca com o mesmo nome, foi pensada para servir dois propósitos, o de incentivar a reciclagem e o de alimentar os animais de rua e o seu funcionamento é fácil. Sempre que uma pessoa coloca uma garrafa na máquina, um dispensador automático de comida liberta uma certa quantidade de ração.

Inicialmente colocada em Istambul, onde habitam cerca de 14 milhões de pessoas e existem mais de 150 mil cães e gatos na rua, esta iniciativa começa a ser implementada em outras cidades da Turquia. Ainda não há informação acerca da comercialização e exportação do produto, mas não há dúvidas que seria uma excelente implementação onde quer que fosse implementada. Texto: Eliana Silva http://palegirlspot.blogspot.pt/

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Lei contra

maus-tratos em animais Os animais sempre estiveram ao lado do Homem. Desde os tempos da pré-história que se fala da relação entre estas duas espécies, seja como auxílio nos trabalhos ou apenas como companhia. No entanto, há uma verdade cruel que, infelizmente, anda de mãos dadas com a história – os maus-tratos. Por 1001 razões, são várias as histórias tornadas públicas de abandono ou maus-tratos aos animais de forma gratuita. Mas tudo isto começou a mudar. Desde o dia 1 de Outubro, que é oficialmente punível por lei a inflação de dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia sem motivos legítimos. Infelizmente é preciso entrar em vigor uma lei que proíba tais actos, mas por outro lado é bom ver que o governo começa a prestar atenção a coisas realmente importantes e que passaram ao lado durante vários anos. Para o futuro, só podemos esperar que surta efeito e que estas histórias degradantes sejam cada vez mais escassas. Texto: Eliana Silva http://palegirlspot.blogspot.pt/ -49 -


Hash

tag #sheforshe O que é a moda? Que peso é suposto ter na vida duma mulher?

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propósito do escândalo da Jessica Athaide na Moda Lisboa – escândalo que para mim nem deveria existir que porque esta mulher é um mulherão – Desde quando é que as mulheres são as maiores criticas umas das outras, desde quando é que as mulheres se tornaram escravas da imagem? As criticas que nasceram a propósito da falta dos “seis abdominais” na barriga da Jessica fazemme questionar a nossa sociedade, fazem questionar os ideais em que acredito, ideiais estes baseados no feminismo. Desde quando é que a estética dum corpo de tornou num culto duma sociedade inteira? E está acima da felicidade da mulher, quando a mulher é a primeira a apontar o dedo a outra? Quando as criticas que vejo são, única e exclusivamente de mulheres, Porque o sexo masculino, este que já era de esperar uma critica machista, surpreende-me ao defender algo que nem deveria se quer estar em causa ou a ser julgado. Não quero acreditar que este jogo de apontar dedos se tenha tornado numa nova era de “culto pelo corpo”, apoio sim o culto pela saúde e pelo exercício físico pela saúde, e apoio também a mulher feliz com o seu corpo. Acho que não há nada mais bonito que uma mulher inteligente, confiante e feliz de si mesma. Portanto vamos não só apoiar o #heforshe - que pretende que os homens apoiem as mulheres neste mundo onde existe muito machismo – mas vamos apoiar também o #sheforshe e apoiarmo-nos mutuamente. “Ela por ela. Cada uma de nós pela mulher ao nosso lado. Seja no autocarro ou numa fotografia no ecrã do computador.” Jessy James Texto: Vanessa Ferreira http://chicdiary.net/ https://www.facebook.com/vanessa.chicdiary - 50 -


Top 5 apps

Texto: Vanessa Ferreira http://chicdiary.net/ https://www.facebook.com/vanessa. chicdiary

para fashion bloggers

Com toda a tecnologia que nos rodeia, e que já não conseguimos viver sem, tornou-se também imprescindível ter as melhores aplicações. É quase uma luta diária de quem descobre novas aplicações e melhores dentro do grupo de amigos, estou errada? Pois bem, hoje vou fazer com que sejam as pro’s dentro do vosso círculo de amigos.

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Instagram Dispensa apresentações, é a aplicaçãoo das aplicações. Partilhas fotografias, partilhas emoções, partilhas tudo. Só não partilhes a privacidade, só um conselho.

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Spin my planet Torna uma infinita sequência de fotografias num filme, para criar composições para o blog, ou até mesmo fotografar em modo passerelle.

Hyperlapse Sempre quiseste fazer um vídeo e parecer a Pamela Anderson em camera lenta a correr na praia, ou fazer um vídeo onde estas a dar um beijo apaixonado ao teu mais-que-tudo e assemelhar-se a um filme romântico, esta é a aplicação.

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Wordpress Para quem tem o seu blog alojado no wordpress não podia faltar esta aplicação. Desde fazer novos posts, aceitar e responder a comentários esta aplicaçãoo é uma muito boa ajuda para o teu blog.

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We Heart It Na realidade o We Heart It é um site de fotografias, que foi tornado muito recentemente numa aplicação. É uma grande fonte de inspiração, minha, onde conseguimos encontrar todo o tipo de fotografias, desde ideias DIY ou outfits.

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Olga

Noronha Não sabe como é que percebeu que queria fazer desta arte o seu trabalho. Mas calcula que tudo começou aos seis, sete anos com as missangas...

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em de uma família de médicos. Como é que os seus pais encararam a sua vontade de ingressar no mundo artístico? Os meus pais sempre me apoiaram incondicionalmente. Eu sempre tive uma personalidade bem vincada, e desde muito cedo soube o que queria fazer da minha carreira “quando fosse grande”. Naturalmente que, não tendo qualquer tipo de background familiar na minha área e não sendo algo muito esperado vindo de uma menina de 13, a primeira reacção, da parte do meu pai não foi a mais positiva, mas logo percebeu que eu estava decidida a lutar para ver o meu desejo realizado. Quando é que percebeu que queria fazer desta arte o seu trabalho? Para ser franca não sei. Não há qualquer referencia a joalheiros, nem nada que se pareça, na família. Mas calculo que tudo tenha começado aos seis, sete anos, com as missangas, como brincadeira favorita de quase todas as meninas dessa idade. Passava os dias absorta nos fios e contas. Um dia, um vizinho ofereceu-me uma caixa de madeira com diversos compartimentos e alicates. Pedi à minha mãe que me comprasse arames e, assim, comecei

a manipulá-los, juntamente com pedras e outros materiais, construindo as minhas primeiras “jóias ( pré-históricas)”, estando algumas publicadas no livro 1.000 jewelry inspirations, sandra salamony, lark books, usa, 2008. Depois, em 2001, comecei a frequentar uma escola de joalharia contemporânea no porto, assumindo assim a joalharia como um hobbie que quase servia de catarse para o meu dia-a- dia. Entre 2004 e 2007 completei os meus estudos secundários na escola secundária artística soares dos reis e, em Setembro de 2007, mudei-me para o reino unido, começando por fazer um Foundation Course in Art and Design, na Central Saint Martins College of Art and Design e depois o BA Hons jewellery design na mesma faculdade. Terminei em Setembro do ano passado o MRES in Design na Goldsmiths College e estou de momento a doutorar-me nesta mesma faculdade. No entanto, penso que só me apercebi realmente da minha paixão pela joalharia quando, aos 13 anos, recebi uma nota menos alta na escola e a minha mãe decidiu punir-me, proibindo.me de ir a escola de joalharia durante algumas semanas. Lembro.me de sofrer tanto com isso que me apercebi que era de facto o caminho a - 52 -

seguir. Onde se inspira para as suas criações? Considero-me adaptável e facilmente “inspirável” por tudo o que me rodeia. Mas há um factor que não dispenso aquando da idealização de uma peça: a obrigatoriedade de uma interacção activa e passiva. Por interacção passiva refiro-me à capacidade da peça veicular algo mais que uma simples ideia de acessório/adereço; a jóia como escultura que tanto vive em contacto directo com corpo do utente, como também é apreciada e sentida de um ponto de vista “exterior”. No entanto, nestes últimos anos o meu foco tem sido a analise artística e filosófica de actos e rituais medico-cirúrgicos, como se pode perceber nos meus mais recentes trabalhos. Fascina-me o facto de saber que posso quase que “intrometer-me” numa relação de rejeição subconsciente e ao mesmo tempo visceral, com a necessidade fulcral da intromissão de “corpos estranhos” no corpo humano. As suas peças não são, de todo, as típicas jóias a que estamos habituados. Como define uma peça sua? Penso numa peca que possa ser usada, afinal esse sempre foi o objectivo daquilo a


que chamamos joalharia. No entanto, o termo “usável” e para mim muito ambíguo. Tento com as minhas pecas explorar posicionamentos e áreas menos comuns, ou de forma a enfatizar ou eufemizar extensões do corpo. No fundo o acto de usar uma peca, seja de que tamanho ou valor for, e’ já de si uma forma de a exibir, a vários níveis. O corpo torna-se assim como que uma “showcase” que, em vez de estática, conjuga o seu movimento com a vida implícita da obra de arte. Recentemente teve alguns desenhos seus expostos. É algo que faz apenas como hobbie ou há uma verdadeira paixão pelo desenho? Faz única e simplesmente parte da minha profissão. Faco-o como parte do meu processo criativo. Mudou-se para Londres em 2007. Fê-lo porque acha que Portugal ainda não está preparado para o seu trabalho ou pretende voltar ao nosso país? Vim para Londres com 17 anos, em Outubro de 2007. Era um sonho, depois de decidir que o que realmente queria seguir era design de joalharia. Escolhi Londres e particularmente a central Saint Martins College of Art & Design por ser uma referência mundial, onde o design de joalharia é abordado de uma forma mais vanguardista e conceptual. Eu diria que como Londres é um “caldeirão cultural” onde tudo o que acontece é visto, observado e interpretado pelo mundo inteiro, as probabilidades de alguém se tornar reconhecido mundialmente são consideravelmente maiores do que em Portugal, e no fundo, ambição e vontade de arriscar nunca me faltaram. Não obstante, pretendo sim voltar para Portugal, mantendo sempre base empresarial em Londres. Começou por transformar próteses e colares cervicais em peças de joalharia. Como surgiu a ideia? O meu pai é cirurgião ortopedista e a minha mãe é também médica e, apesar de eu ter decidido enveredar por uma carreira artística, sempre tive contacto com materiais médico-cirúrgicos e relatos clínicos. Há aproximadamente três anos comecei a observar atentamente as ferramentas e técnicas cirúrgicas, e a interrogar-me até que ponto poderia ou não conjugar o pragmatismo científico e o conceptualismo da arte, particularmente a joalharia. Assim surgiu este projecto que traduz um novo conceito te joalharia, ao explorar uma fusão entre anatomia e medicina, tendo como ponto

de partida a manipulação de objectos e materiais utilizados a nível medico e cirúrgico, de forma a criar objectos/esculturas/jóias intimamente relacionadas com o corpo humano. Pretendo assim que os objectos se comportem como se estivessem em diálogo com o corpo onde são colocados. Da intelectualização necessária para a apreciação das peças e da ambiguidade que nasce da relação entre o espectador/utente e o objecto, pretende-se que o primeiro consiga entender a peça como que se do seu próprio corpo se tratasse , ajudando-o a superar eventuais traumas e medos que tenha em relação a instrumentos médico-cirúrgicos. É neste contexto que exploro os conceitos de ortótese e elementos protésicos, internos e externos, tentando integrá-los artisticamente e pensando sempre no seu potencial uso a nível científico. Existe alguém que gostaria de ver a usar as suas peças? Daphne Guinness, pela sua incrível identidade que se sustenta na ousadia de se mostrar como o sente... Sendo artista e falando da moda como sendo também ela uma arte, como é a vossa relação? A nossa relação é de desafio constante. Substimamo-nos para depois mutuamente nos surpreendermos. Tem apenas 24 anos mas já conta com imensos trabalhos reconhecidos. O que lhe falta alcançar? No fundo, tentar chegar o mais alto possível em diferenciações curriculares. Ambição não me falta e sou cem por cento apologista do “lutar para vencer” porque, afinal, “quem corre por gosto não cansa”. O objectivo final será, através de investigação científica, provar que o corpo se pode adaptar a materiais e formas distintas do que já é utilizado, sendo assim personalizado e quase que “redesenhado” Sonhos, muitos!... E, pouco a pouco todos se estão a realizar... Entrevista por: Eliana silva http://palegirlspot.blogspot.pt/

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Portugal

Fashion

Foi no passado dia 10 de Outubro que arFoi no dia 22 de Outubro que teve início a 35º Edição do Portugal Fashion que teve como tema Sprinkle. Como já é hábito, o pontapé de partida foi dado em Lisboa e contou com a presença da dupla de criadores Storytailors, Teresa Martins e ainda Alves/Gonçalves. Finda a presença em Lisboa, era altura de rumar até à cidade Invicta. Divididos em vários espaços, foram inúmeros os desfiles que apresentaram ao público o que de melhor a moda portuguesa tem e as tendências para a Primavera/Verão do próximo ano. Nomes como Estelita Mendonça, Susana Bettencourt, Anabela Baldaque, Meam by Ricardo Preto, Vicri, Luís Buchinho, Luís Onofre, Miguel Vieira ou ainda Fátima Lopes, desfilaram as suas colecções cheias

de tecidos fluídos, cores bem sóbrias, dos neutros aos pastel com pequenos apontamentos de cores mais fortes. Teresa Abrunhosa, Eduardo Amorim, Catarina Santos, Filipe Martinho, Pilar Pastor, Mafalda Fonseca, João Melo e Costa e Hibu são também eles nomes que deve reter. Os criadores desfilaram no projecto Bloom e prometem continuar o legado da boa moda que se faz no nosso país. Assim, a proposta para a próxima estação passa por peças em cores mais sóbrias, mistura de texturas e o mais essencial de tudo: versatilidade. Mais casual ou mais formal, a chave é misturar um pouco e sentir-se bem. Texto: Eliana Silva Fotografia: Carlos Silva Santos https://www.facebook.com/palegirlspot

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ModaLisboa Foi no passado dia 10 de Outubro que arrancou mais uma edição da Moda Lisboa, desta vez sob o tema Legacy, pretendendo deste modo, “homenagear as nossas raízes e convocar um legado que é património comum da moda”. Tendo como espaço anfitrião o Pátio de Galé, a 43ª edição da Moda Lisboa recebeu a apresentação das colecções Primavera/ Verão 2015 de designers nacionais consagrados tais como Ricardo Preto, Filipe Faísca, Pedro Pedro, Nuno Gama entre muitos outros. Juntamente com nomes portugueses, tivemos ainda a participação de Michal Szulc – designer polaco – e da marca brasileira Cia Marítima. No entanto, não só de nomes com provas dadas foi feita a Moda Lisboa. Acreditando no talento mais jovem, no primeiro dia foram dadas a conhecer as colecções de 10

jovens designers no desfile Sangue Novo. A par dos desfiles, a Moda Lisboa legacy contou também com iniciativas abertas ao público, realizadas nos Paços do Concelho. Entre os eventos tivemos Fast Talks – ciclo de conferências sobre moda, design, empreendedorismo e inovação e ainda a exposição fotográfica Workstation. Isto e muito mais fez as delícias de quem esteve presente nestes três dias, que certamente souberam a pouco, mas que ficaram marcados pelo que de melhor podemos encontrar na Moda Nacional. Texto: Eliana Silva Fotografia: Charlotte Cockayne http://palegirlspot.blogspot.pt/

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Vencedores Model Tour Portugal 2014 e Diretor Karacter- Lido Palma

Model Tour Portugal 2014 Realizou-se este Domingo, 19 de Outubro, a grande final do Model Tour Portugal 2014. A 8ª edição do concurso anual de modelos da agência Karacter teve lugar no Torreão Poente do Terreiro do Paço, que se encheu de glamour e emoção num final de tarde solarengo. Os cerca de 300 convidados estiveram sempre atentos aos 18 finalistas que pisaram a passerelle em três quadros distintos. Os looks foram da responsabilidade do stylist João Pombeiro, a Creative Academy assumiu a maquilhagem e a Redken os cabelos. A apresentação do evento esteve a cargo de Ana Carvalho, modelo comercial da agência Karacter, e o júri era composto por Paulo Ferreira - Diretor de Elenco da Plural, Filipe Canto e Castro – Diretor de Casting, Fernando Cabral – Modelo Karacter, Gonçalo Claro – Fotógrafo de Moda, Bruno Cabrerizo – Ator Karacter, Eduardo Mota – Fotógrafo, Marianne Bittencourt – Modelo Karacter, Tiago Ferreira

– Produtor de Moda, Bruno Rosa – Janela Urbana, Hari Amado – Headbooker Karacter e Lido Palma – Diretor Karacter. Os dois grandes vencedores da noite foram Beatriz Marxen e Miguel Vital, contemplados com uma viagem a Milão e um contrato de agenciamento. O anúncio foi feito pelo diretor da agência, Lido Palma, acompanhado pelos vencedores do Model Tour 2013, Nastya e Francisco Faria. A festa ainda se prolongou no magnifíco espaço da Câmara de Lisboa, com a música da DJ Xana Guerra. De recordar que o Model Tour Portugal já lançou grandes nomes do mercado da moda como Fernando Cabral – vencedor do Globo de Ouro de Melhor Modelo Masculino, Dariia Makarova, Marianne Bittencourt, Luís Batalha, Tiago Montgomery, Miguel Batista e Josiane Monteiro. Concorrentes Model Tour Portugal 2014: Adam, Beatriz Marxen, Bruno Gonçalves, - 58 -

Bruno Mousaco, Cibelle, Filipa Castelão, João Afonso, Larisse, Maimuna, Maria Beatriz, Matilde Soares, Miguel Vital, Sofia Martins, Thor, Tomás Alves, Valerie Loutphi, Vasco Coelho e Vitória. Concorrente Filipa Castelão


Grupo Model Tour Portugal 2014

Top Model Fernando Cabral

Top Model Marianne Bitencourt -59 -

Ator Karacter Talents Bruno Cabrerizo


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O ícone de estilo deste mês é a actriz alemã

Diane

Kruger Diane tem um estilo muito próprio e mutável pois ora aposta em peças super femininas, ora em looks boyish. No seu guarda-roupa, Diane possui peçaschave, bem femininas, que não se cansa de usar, como vestidos, principalmente os curtinhos e justos que evidenciam a sua óptima forma, saias envelope de cintura alta e padrões florais pois a actriz é muito elegante. Para o dia-a-dia, Diane é muito simples e casual, e ao contrário de outras atrizes, não usa os famosos skinny jeans, preferindo a versão flare (com boca larga) da calça, para ser usada com sandálias altas ou botas. Jaquetas e blazers completam os seus looks certinhos, mas muito estilosos.

Para dar charme, personalidade e sofisticação, a actriz usa e abusa de acessórios e não dispensa o chapéu fedora, ócu¬los e acessórios leves como pul¬seiras e colares. Já no ‘red carpet’, Diane Kruger não é nada simples, é sim uma fashionista de primeira e por ser amiga de Karl Lagerfeld, usa muita alta-costura da maison Chanel. Sempre com muita estrutura, os vestidos usados por Diane quase sempre são compostos por algum aplique, gola, plumas ou brilhos. As suas cores favoritas para dias de eventos são o vermelho, branco, preto e rosa e os seus tecidos preferidos são os mais leves e fluidos, com cortes fabulosos e muito sofisticados. - 76 -

No que diz respeito à maquilhagem, Diane é sempre discreta não sendo adepta de looks pesados, preferindo cores neutras e, no máximo, olhos esfumados com sombra escura. Repare-se que o cabelo está sempre impecável com lindos penteados, tranças misturadas com apanhados, cabelos presos em estilo retro ou bonitas ondulações. Texto: Ana Costa https://www.facebook.com/AEngenheiraDaModa


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Texto: Rita Perreira -79 -


Tendência:

s o l e Cab

Coque

Conheça os penteados que vão andar, literalmente, na cabeça de toda a gente.

Em vez de uma escova use os dedos para apanhar o cabelo num coque de bailarina. Quando menos certinho, mais chique!

Franjas compridas

Se anda tentada a experimentar franja mas não se sente exactamente preparada para tamanho compromisso, esta pode ser a tendência para si. Com um risco ao lado exagerado posicione a madeixa de cabelo a passar pela testa para dar o aspecto de franja, sem ter feito um corte drástico.

Rabo-de-cavalo polido

A grande tendência deste apanhado é um rabo-de-cavalo baixo, quase na nuca. O risco tem de estar muito bem definido, seja ao meio ou ao lado.

Efeito Molhado

Este look, saído do duche, inundou as passerelles. Adequado para meninas com um estilo andrógeno.

Ondas de sereia

Crie mais volume de um lado para dramatizar este look. O ideal será usar mousse após fazer o ondulado para ajudar a segurar. Também poderá fazer ondas de diversos tamanhos para adicionar o seu “quê” de fantasia. - 80 -


Apanhados desgrenhados

Apanhados com madeixas a cair pela face, são um must-do da estação. Seja para uma saída à noite ou um dia no escritório, ficará sempre bem e actualizada.

Tranças

Super-liso

Alise o cabelo por secções com escova e secador para obter algum volume e mantenha o corte a direito para o seu penteado estar sempre no seu melhor.

Tranças têm vindo a fazer parte do nosso dia-a-dia há algumas estações, mas neste inverno as tranças vão-nos remeter para os anos 90 com as chamas cornrows junto ao couro cabeludo e as pigtails, a lembrar as colegiais. Se usar ambos tipos de trança no mesmo penteado, melhor!

Ondas largas e naturais

Antes de ir dormir faça duas tranças largas com risco ao meio e durma sobre o assunto. De manhã basta desprender as tranças e obtém este look super natural e tão desejado. -81 -

Texto: Ana Rebelo https://www.facebook.com/Ana.Rebelo.Stylist?pnref=lhc


Essenciais de Inverno O Inverno está aí à porta e são necessárias algumas alterações ao nosso guarda-roupa. Para enfrentarmos os dias de frio e chuva que se avizinham existem algumas peças essenciais que não devemos deixar de ter sempre à mão. São elas:

CHAPÉUS DE CHUVA CHAPÉU Independentemente da cor, formato ou textura, os chapéus são um essencial capaz de dar vida a um coordenado de Inverno. - 82 -

Peça essencial para nos protegermos em dias de chuva. Existem vários modelos bem diferentes para combinarmos com os nossos diferentes coordenados. Aqui a ideia é dar asas à imaginação e deixar de lado aqueles guarda-chuva sem graça.


GOLAS

Costuma ter frio no pescoço mas não consegue usar gola alta? Aqui está uma óptima solução. As golas são uma tendência intemporal, disponíveis em vários modelos para todos os gostos.

BOTAS DE PELE

Confortáveis, elegantes e de boa qualidade. Invista em botas de qualidade, que lhe permitam manter a elegância e o conforto nos dias de frio e chuva.

TRENCH COAT

Intemporal, elegante, versátil e confortável! Assim podemos definir um trench coat, uma das peças mais usadas de sempre e essencial a qualquer guarda-roupa.

Peças: Chapéu | Parfois | 19,99€ Chapéu de Chuva | Parfois | 9,99€ Gola | Parfois | 9,99€ Botas em Pele | Zara | 49,95€ Trench Coat | Zara | 79,95€

STAY TRUE Consultoria de Imagem, Comunicação Pessoal e Maquilhagem Profissional www.staytrue.pt Contacto: mail@staytrue.pt -83 -


SILHUETA FEMININA! Muitas mulheres vivem obcecadas com as suas medidas, quando na realidade estas não são assim tão importantes. O importante não é a medida, mas sim a proporção. O modelo de silhueta ideal sofreu uma grande mudança no último século e na atualidade o protótipo de beleza feminina da moda é muito diferente ao da mulher real. Texto: Marisa Pereira Existem seis tipos de silhueta feminina, cada uma tem as suas desproporções e o modo de as compensar, estas são: ilhueta Ampulheta: Caracteriza-se por apresentar a mesma medida de camisas e de calças. Cintura e bustos definidos e as nádegas torneadas. O contorno desta silhueta é sinuoso e feminino. Para destacar esta silhueta já proporcionada, proponho, destacar a cintura com casacos, camisas e vestidos muito femininos, calças direitas e saias de qualquer tipo, mas marcando sempre a cintura com cintos largos ou finos. As peças de roupa podem ser de qualquer tipo de tecido, tendo especial atenção aos mais grossos já que proporcionam volume, e que por vezes podem não ser favorecedores. Pode vestir-se com esta silhueta qualquer tipo de estampados, quadrados, riscas, temas florais, etc.

Silhueta Retângulo: apresentar ancas e ombros em linha, mas com a cintura, ancas, nádegas e o abdómen pouco definidos. Os ombros são retos. O objetivo: será definir a cintura e as curvas com ajuda de técnicas de estilismo que consistem em usar peças de roupa superiores pouco estruturadas com ombros arredondados e mangas longas para dar forma. Os casacos terminarão acima da anca de modo a marcarem visualmente a cintura. Os tecidos devem ter mais caída em calças e saias. Os estampados devem ser geométricos, sobretudo nas peças de roupa superiores. A evitar: tecidos muito rígidos. Estes devem ser ligeiros, a fim de dar sensação de movimento e sinuosidade.

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Silhueta Triângulo: neste tipo de silhueta temos uma medida maior de calças que de camisa, a cintura definida, as ancas e coxas arredondadas e os ombros estreitos, podendo mesmo serem descaídos A usar: peças de roupa que estruturem os ombros, casacos não muito longos e chumaços nos ombros. Aconselho peças de roupa lineares, não muito justas e sem grandes estampados na zona inferior. Devem ser usados tecidos com mais caída em calças e saias. A evitar: calças com bolsos ou saias com volume. Um bom truque é desapertar o último botão dos casacos para que não se ajustem demasiado à anca e sobrepor peças de roupa na parte superior para ganhar em volume e estrutura.


Silhueta Triângulo Invertido: nesta silhueta temos uma medida de camisa maior que a das calças, ombros retos e quadrados, cintura pouco definida e ancas e nádegas direitas. Objetivo: suavizar os ombros e potenciar as ancas. Na parte superior aconselho, peças de roupa sinuosas de linhas e formas arredondadas, evitando estruturar os ombros. As camisolas de lã de gola alta lisas e ajustadas ao corpo podem revelar-se favorecedoras. As blusas com laço nas costas dissimulam a cintura e a largura da parte superior do corpo. É conveniente optar por tecidos que tenham peso e pouco corpo. Estampados pequenos, nada de contrastes e sempre cores harmoniosas. Na parte inferior, deve-se dar volume e amplitude às ancas através de roupas com formas arredondadas e sinuosas. As calças devem realçar as nádegas, ajustando-se à anca. Os tecidos devem ser grossos e com peso e, em relação à cor, aconselho contrastes, ou qualquer estampado.

Silhueta Oval: Neste tipo de silhueta todas as partes do corpo tendem à redondez: ombros, braços, ventre, ancas, pernas, etc. O objetivo é alongar a silhueta, estruturar o corpo e dar esbelteza. Para a parte superior do corpo, casacos com ombros bem marcados, camisas com rendas e qualquer tipo de linhas horizontais. Para ajudar a dar estrutura aos ombros deve-se utilizar peças de roupa com formas quadradas ou com volume, procurando um modo de criar uma linha reta à altura dos ombros. As riscas horizontais, só devem aparecer à altura dos ombros. Para alongar a silhueta serão usadas roupas de linhas verticais: camisas de riscas verticais, peças de roupa que marcam a cintura, camisas com folhos, etc. Também é preferível que estas roupas sejam sinuosas, e não retas, e os tecidos finos, mas com corpo e caída para assim dar uma imagem mais esbelta. As cores que mais favorecem esta silhueta são as intensas que estejam em harmonia, isto é, sem contrastes drásticos nem tonalidades muito variadas, evitar os estampados muito chamativos. Usar complementos que criem verticalidade é uma boa estratégia.

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Silhueta Guitarra: caracteriza-se por um busto grande, cintura estreita, ancas e nádegas arredondadas. É uma silhueta 100% feminina, no entanto tem que se prestar atenção ao volume. O objetivo é potencializar a silhueta feminina, que já se possui. Proponho, peças de roupa que sigam as linhas do corpo, como calças com fecho éclair lateral, vestidos ou blusas justas, ou saias amplas ajustáveis à cintura. A evitar: tecidos rígidos que farão com que a silhueta pareça mais volumosa. Os estampados geométricos, peças de roupa (saias, blusas, camisolas de lã, etc.) com linhas muito retas ou sobreposições.


agente de atores

entrevista com

leonorbabo

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Em que consiste o agenciamento de actores? Um agente de actores é o representante do actor em tudo o que diz respeito a trabalho. Deve estar sempre actualizado em relação ao que se passa no meio artístico. Deve procurar saber que projectos vão arrancar em cinema e em televisão, estar atento a audições para teatro, castings para publicidade etc... Tem que mostrar aos produtores e directores de casting que os seus actores são os indicados para determinado papel. Tem que defender os actores nas negociações dos contratos para que estes tenham as melhores condições possíveis para realizar os trabalhos. E estar sempre disponível para ajudar os seus agenciados em qualquer questão que surja relacionada com o trabalho. Na realidade um agente de actores é uma especie de mãe, pai, advogado, psicólogo, padre e saco de boxe! Quais são as características que um bom agente deve ter? Na minha opinião, um bom agente de actores tem que ser muito organizado e ter uma paciencia infindável para falar ao telefone. Deve ser uma pessoa sensível, inteligente, assertiva, empática... mas acima de tudo, tem que gostar mesmo de actores, compreende-los e acreditar neles. Se tiver uma costela berbere, melhor! Dá imenso jeito nas negociações.

“Penso que o maior desafio é o facto de haver mais actores que papéis. “

Quais são os maiores desafios que um agente encontra? Penso que o maior desafio é o facto de haver mais actores que papéis. Não há produções suficientes por ano para empregar todos os actores disponíveis no mercado, o que torna mais difícil ‘convencer’ os responsáveis pela escolha de elencos que o actor que se propõe para determinado papel, é o certo para esse papel. Qual é, para si, o melhor desta profissão? Poder trabalhar em qualquer parte do mundo apenas com um telefone e uma ligação à internet. Dou muito valor a essa ‘liberdade’. Também me deixa muito feliz ir ver uma peça de teatro ou um filme ao cinema onde um dos actores que represento está a fazer um bom trabalho e a ser aplaudido por isso, e saber que de alguma forma contribuí para esse sucesso. Dá-me muito prazer ver um actor crescer e acompanhar essa evolução de perto. É muito bom poder fazer um telefonema a dizer que ficaram escolhidos para o elenco de uma novela ou de uma série... Acho estas pequenas vitórias deles, são o melhor desta profissão, pelo menos são o que me deixa mais feliz. Como é que decide com quem quer ou vai trabalhar? É a Leonor que entra em contacto com os actores ou são eles que a procuram? Depende. Se um actor me despertar muito interesse e não tiver agencia, sigo mais atentamente a carreira e posso eventualmente fazer-lhe uma proposta. Neste momento têm sido mais os actores que me procuram, não tenho estrutura para agenciar muitos actores porque trabalho sozinha. A minha decisão de agenciar determina-

do actor tem a ver com vários factores, talento, postura no mercado, objectivos futuros, enquadramento dentro do meu leque de agenciados... mas acima de tudo tem que existir empatia entre mim e o actor em questão, é fundamental para que a relação funcione. A Leonor agencia apenas actores profissionais ou também quem demonstra interesse pela área e entra em contacto consigo? Eu acho que a formação é essencial. Os actores que represento são todos profissionais. Como é que vê o mercado em Portugal neste momento? Ui... Essa é uma pergunta para uma tese de doutoramento! Há uma expressão à qual sempre achei piada, que continua bastante actual e que a meu ver, caracteriza muito bem o mercado em Portugal neste momento: Panem et circenses, a política do pão e circo. Muito resumidamente, dar pão e circo ao povo para o acalmar perante situações de crise. É assim que vejo o mercado em Portugal neste momento. Há muitas pessoas interessadas na profissão de actor. Quais são os principais conselhos que pode dar a quem quer começar? Não te metas nisso! Ahah Acho que o mais importante é que percebam que ser actor implica muito trabaho, não é só festas e capas de revista. É preciso amar a profissão. Dificilmente serão bons actores se o vosso objectivo for a fama e não o reconhecimento. www.leonorbaboactores.com www.facebook.com/leonorbaboactores Entrevista por Eliana Silva

“... ser actor implica muito trabaho, não é só festas e capas de revista.

É preciso amar a profissão.

Dificilmente serão bons actores se o vosso objectivo for a fama e não o reconhecimento.“ -87 -


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A chegada á India Nova Deli, dia 14 de Outubro de 2014! Natália Gromicho chega á India. Fazendo um regresso ao meu passado e basta recuar até 2010, estaria muito longe de sequer imaginar que a minha obra chegaria á India. Descrevo esta experiencia como singular, unica, algo que dificilmente vou conseguir exprimir em palavras, apenas nas minhas proximas obras. Passar por os principais polos na Europa, chegar aos Estados Unidos, apresentar a obra na Austrália parece realmente importante, mas chegar a um país da Ásia Meridional, um dos mais populosos do mundo, com um forte pontecial nas artes e com enormes talentos emergentes, é para mim um desafio unico.

É de facto marcante para um ser humano, experenciar a India. Desde a recepção á minha obra, como o respeito e cuidado como os intervenientes trataram todo o processo curatorial foi simplesmente sublime. Como em todas as exposições que realizo, dou total liberdade ao curador para organizar e expor a exposição da melhor forma, a surpresa foi muito acima do que eram as minhas espectatitvas. Sublime! Ramos, flores, uma imensa imagem descrita com imensas cores é essa a forma como posso descrever o meu sentimento e memoria deste momento. Os visitantes foram os melhores que já tive, o interesse em cada obra, o porquê da criação daquela forma, a

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interactividade é mesmo acima do que é habitual para mim. Obrigado! Obrigado a Espanha por se ter juntado a Portugal para ser possivel realizar esta exposição (recordo que esta exposição é possivel pois o Instituto Cervantes trabalhou em parceria com o Instituto Camões para que fosse possivel realizar esta mostra de arte). A arte não tem barreiras, sinto cada vez mais que ainda tenho muito a aprender, esta experiencia transportou-me para a minha essencia e acho que irá influneciar a minha obra para sempre. Obrigado India. Texto: Natália Gromicho


Como passar de uma maquiagem diurna para uma maquilhagem noturna? Normalmente durante o dia usamos uma maquilhagem neutra e suave. Esta maquilhagem é caracterizada pelo uso de base, blush imperceptível, sombra clara, máscara de pestanas e gloss. Porém quando saímos do trabalho e vamos diretas para um jantar ou evento podemos alterar esta maquilhagem leve para uma maquiagem noturna, mais sensual e bonita. A diferença é a intensidade da cor. Imagine que nos convidam para uma festa e não temos tempo para passar em casa, recomendo que tenha sempre alguns produtos essenciais na sua necessaire para mudar então a maquilhagem. Se quisermos passar a uma maquilhagem mais arrojada temos de ter uma máscara, batom da cor que desejar, delineador e uma cor de sombra média. O melhor é retirar com uma toalhita desmaquilhante (prática para transportar na mala) o restante batom que ainda sobra e aplicar um delineador labial para marcar os lábios e em seguida, o batom. Nos olhos voltamos a passar máscara de pestanas, já que ao longo do dia é possível que já tenha saído, por isso, devemos reforça-la e usar uma sombra em tons neutros a escuros, depende do gosto de cada pessoa para reforçar o olhar. Outra dica para quem não se atreve a usar cores escuras nos lábios ou tem lábios finos, é importante dar mais importância ao olhar, optando por uma cor nude nos lábios e sobressair mais o olhar usando uma sombra escura, delineador e máscara. Assim podemos passar de uma maquilhagem diurna a uma noturna sem ter que remover a maquiagem novamente. Texto : Joana Teixeira, Consultora de Imagem e autora do blog Start Living Instead (http://www.startlivinginstead.pt/) http://www.startlivinginstead.pt/ https://www.facebook.com/.../Start-living.../276223945778242 -97 -


Maquilhagem passo-a-passo Se nos maquilharmos desde do zero há quase um ritual a seguir. A preparação da pele é tão importante como a maquilhagem em si, assim devemos começar por limpar o rosto, usar um tónico para equilibrar o PH da pele, e por fim o hidratante ou outros produtos que usem na vossa rotina de beleza habitual. Já na parte da maquilhagem podemos começar por usar um primer para aperfeiçoar a pele e tapar os poros, em seguida a base e depois corretor de olheiras e iluminador (se precisarem), batom ou gloss, máscara de pestanas e delineador. Finalmente

terminamos com as sobrancelhas, que podem ser penteadas e pode ser usado um rímel transparente para as por no lugar e o blush ou bronzer para dar um ar saudável. A maquiagem deve ser aplicada uniformemente. Para isso, recomendamos usar pequenas quantidades de produto e ir intensificando até estar como pretendido. O primer e a base deve ser aplicado em todo o rosto, evitando as sobrancelhas, em movimentos circulares e pequenos toques para estimular a circulação. Uma vez que aplicamos a base, podemos fazer pequenas correções no rosto com corretor de olheiras, nas olhei-

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ras ou mesmo para disfarçar borbulhas. Em seguida podemos usar um batom ou gloss (sempre com os lábios hidratados) e por fim aplicar o blush ou bronzer. O blush deve ser aplicado dependendo da cor do rosto. É recomendado um rosa terra para peles negras ou pálidas , uma cor castanha ou terra para peles rosadas ou brancas e um blush salmão ou pêssego para quase todos os tipos de pele. O blush ou bronzer deve ser sempre aplicado desse do centro da maçã do rosto até perto dos lábios, em movimentos circulares descendentes.


Maquilhagem

para cada tipo de olho

Olhos fundos precisam de pouco contorno por fora e por dentro, porque se o delinearmos muito vai parecer mais pequeno. Devemos usar muita máscara para dar volume aos olhos e aplicar sombra a partir do meio da pálpebra para cima dando a sensação de elevação do olho.

No caso dos olhos pequenos, é preciso ampliá-los com sombras e dar a sensação de olhos grandes e expressivos. Para fazer isso, devemos evitar delinear por dentro e por fora do olho e marcarmos muito as pestanas para abrir o olho, com sombras claras e, ocasionalmente, com sombras escuras esfumando para cima.

Os olhos caídos tendem a ter a extremidade para baixo de modo que devemos usar sombras para poder levanta-lo e fazer um olhar mais expressivo.

Já nos olhos proeminentes, devemos usar delineador em linha reta e não seguindo o contorno do olho, caso contrário, estaremos a marcar ainda mais o que queremos disfarçar. Usaremos sombras mais claras abaixo da sobrancelha e sombras escuras para dar profundidade ao olho.

Os olhos juntos necessitam de ter amplitude na zona interior e dar profundidade na zona exterior. Para isso, aplicamos sombras iluminadas. Na zona exterior, só aplicamos a máscara e o delineador para não menosprezar o centro dos olhos e dar a ilusão de separação dos dois olhos.

Os olhos grandes devem ser maquilhados com um tom médio na pálpebra superior e um tom escuro na dobra da pálpebra. O tom mais claro deve ser colocado logo abaixo da sobrancelha. Podemos também usar um delineador no interior e no exterior do olho.

Texto: Joana Teixeira, Consultora de Imagem e autora do blog Start Living Instead (http://www.startlivinginstead.pt/) -99 -


Dicas e truques Para um rosto luminoso, podemos usar um tônico natural: uma fatia de pepino lavada sobre o rosto limpo, de preferência recém retirado do frigorífico. O pepino contém muita água e ao estar frio ativa a circulação, fazendo com tenhamos a pele mais hidratada e suave. Para ter os lábios hidratados, passe a escova de dentes de preferência com cerdas suaves nos lábios. Molhe-a em água gelada para ativar a circulação e eliminar a pele morta. Depois desta exfoliação pode aplicar um hidratante labial. Para as olheiras, voltamos a usar o pepino ou sacos de chá de camomila gelados, tanto com o pepino ou com as saquetas de chá devemos deixa-las por alguns minutos sobre os nossos olhos para atenuar as olheiras. Para hidratar o cabelo não é preciso gastar muito dinheiro, o mel e o iogurte são hidratantes naturais muito recomendados. Pode fazer uma máscara com os dois ingredientes e juntar um pouco da sua máscara hidratante ou condicionador, aplica-la e, em seguida, lavar o cabelo como normalmente. Se não gosta de usar produtos naturais, use uma máscara hidratante e aplique em todo o comprimento do cabelo, podendo deixa-la no cabelo durante a noite e de manhã tira-la normalmente ou aplica-la apenas por 15 a 20 minutos. Retire a mascara sempre com água fria para fechar as cutículas do cabelo e deixalo mais brilhante.

Texto: Joana Teixeira, Consultora de Imagem e autora do blog Start Living Instead (http://www.startlivinginstead.pt/) - 100 -


Make up Tendência Nesta estação o foco da maquilhagem está nos olhos, look arrojado, pestanas e sobrancelhas definidas e eyeliner marcante são uma constante nos visuais propostos para este Outono. Na verdade o eyeliner nunca saiu de moda, mas na estação que se avizinha quer-se com um protagonismo nunca antes visto. Ao contrário do rosto que se quer mais clean, pele aparentemente limpa, um toque de blush e um baton nude. Tipos de eyeliner O eye liner ou o delineador é considerado um clássico da maquilhagem, e quando

bem feito dá um toque de magia ao olhar, tornando-o mais intenso e bonito. Existem vários tipos de eye liner, e a sua dificuldade de aplicação é diferente consoante cada um deles. Deste modo, antes de experimentar deve estar bem informada sobre as suas diversidades no mercado. O eyliner líquido com aplicador deve ser dos mais usados atualmente. Este apresenta já incluindo um pincel de cerdas macio e que tem muita facilidade em deslizar. O único problema deste é a necessidade de grande precisão na aplicação. apoie a zona inferior da mão no rosto, de forma a ficar com os dedos livres e a conseguir chegar a cada um dos olhos. O eye liner líquido em caneta é apenas mais uma opção. Este é o ideal se está a iniciar a sua aventura com este tipo de maquilhagem. Uma vez que, ao contrário do anterior, apresenta uma maior firmeza. Para além disso, há uma possibilidade muito grande de grossuras de traços. Para isso basta posicionar a ponta da caneca na vertical, se desejar traços muito finos, ou na horizontal, para traços com maior espessura Eyeline em gel ou em creme, como ás vezes é conhecido, é perfeito para quem

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deseja ter traços muito marcados e grossos. Para além disso, as suas outras vantagens é que quase que não borram, não têm o problema de escorrer, já que não se encontram no estado líquido, e secam muito mais rápido do que os anteriores. Como aplicar? Faça o traço guia com um lápis preto na parte superior da pálpebra. Se o delineador for colorido, usa um lápis branco antes. Retire o excesso de produto do aplicador do delineador. Basta espalhar o excesso da ponta do aplicador na borda da embalagem do delineador Comece com o delineador do meio da pálpebra até ao canto externo, depois recomeça do canto interno até unir os dois traços, o traço deve ficar mais fino no canto interno do que no externo (se tiver muita dificuldade faça pequenos pontinhos ao longo da pálpebra móvel, e depois ligue um ao outro). Texto: Tareca Dias d'Almeida Make Up Artist tess.dias2@gmail.com 918431182


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Créditos Camisa José Maria Oliveira Calça José Maria Oliveira Colar Anjewels Pulseira Anjewels Relógio apólice Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel -103 -


Pedro Carvalho entrevista com

Quando veio para Lisboa decidiu não pedir ajuda financeira aos seus pais para ingressar no curso de atores e ser você mesmo a suportar as despesas. Acha que deu mais valor dessa forma, ou o respeito e a paixão pela arte seriam iguais se tivesse sido de outra forma? O respeito e a paixão pela Arte seriam sempre os mesmos, independentemente da forma como fosse financiada na altura a formação que era exigida para a minha realização profissional e pessoal. Evidentemente ter decidido a ser eu a custear todas as despesas do curso, por um lado acresce a responsabilidade mas também alguma leveza no sentido de não dar “explicações” quando na altura ainda procurava dentro de mim o caminho mais certo para seguir este meu Sonho e ambição, que tinha já como certeza. Fez-me perceber desta forma que era de fato o que queria seguir, que teria muitos obstáculos a enfrentar pela frente e sobretudo que “não era fácil”. Tudo isto só sobrelevou ainda mais a minha paixão e respeito pela arte de representar…que é de facto uma arte. Tem também o curso em Arquitectura. Nunca pensou em desistir para se focar inteiramente na representação? Arquitectura é um “Hobbie”…um “hobbie” exigente mas é de facto a representação que toma relevo na minha vida profissional. A formação em Arquitectura, correspondeu a um percurso de estudo sempre ligado às artes e onde sempre fui buscar inspirações que me enriqueciam pessoalmente. A curiosidade constante nesta área (Arquitectura) e em todas as que se cruzavam com ela, Design, Pintura, Escultura, …, foram sempre um complemento essencial ao meu desempenho como Actor que se via assim engrandecido. Necessito da fusão destas duas artes, de forma constante, em tudo o que faço enquanto Actor e enquanto Homem. Já conta com vários projectos tanto em televisão, como cinema e teatro. O que é para si ser actor? Representar é uma Paixão e como tal tão difícil de a definir; em poucas palavras, não

me cabe na alma nem no espírito o quanto me alimenta, o quanto me preenche e faz parte do meu Mundo. Preciso de Representar como se de algo vital se tratasse, e que de facto o é! Como de pão para a boca, como instinto de sobrevivência. É como uma extensão do meu Ser. O seu projecto anterior, Remédio Santo, já lhe trouxe alguns prémios. Como se sente quando vê o seu trabalho reconhecido desta forma? Não trabalho para os prémios, mas é um facto que me sinto bastante lisonjeado e com a sensação de “missão cumprida” quando sou premiado por um determinado personagem que percebo que consegui que chegasse ao público de uma forma tão satisfatória. Para mim o verdadeiro prémio é todo o processo de construção e composição do personagem, o prazer e a vontade de fazer cada vez melhor, de testar os meus limites como Actor e de os ultrapassar, de crescer enquanto profissional, de poder aprender trabalhando ao lado de Actores que admiro bastante e de criar laços com alguns deles. Esteve algum tempo parado antes deste regresso à televisão. Acha que é importante um actor tirar algum tempo para si próprio e fazer, de certa forma, o luto de uma personagem e deixar, desse modo, que o público também sinta falta? A entrega que faço a cada personagem que me é apresentado num projecto, é uma entrega total e por conseguinte é necessário um período de tempo para me “desligar” dessa identidade para conseguir absorver na íntegra um novo personagem. E sim, de facto penso ser importante momentos de pausa e depois de 7 novelas sempre com personagens muito marcantes e intensos, resolvi, em consonância com o Canal TVI, “descansar a imagem”, onde aproveitei para me reciclar enquanto Actor, fazer formação em Madrid, NY, aqui em Portugal…aprendendo novas técnicas, com novos professores, outros métodos, onde aproveitei para ler muito, ver muito Teatro em várias partes do Mundo, - 104 -


Créditos Camisa José Maria Oliveira Blaser José Maria Oliveira Calça José Maria Oliveira Sapato José Maria Oliveira Relógio apólice Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel -105 -


Créditos Camisa José Maria Oliveira Calça José Maria Oliveira Relógio apólice Sapato seaside Colar Anjewels Pulseira Anjewels Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel - 106 -


e isso permitiu, também claro, que o público sentisse saudades de me voltar a ver. Voltou com um papel de enorme destaque e que não é dos mais fáceis de fazer. Qual foi a sua primeira reacção quando lhe foi apresentado o Paulo? Encarei-o como mais um grande desafio, mas penso que o sucesso deste mesmo se deveu ao facto de eu não ter “olhado” para o ‘Paulo’ de forma preconceituosa ou “diferente”. Este personagem cativou o público não pela sua orientação sexual, mas pela sua personalidade tão semelhante a qualquer outro indivíduo, com a sua profissão, com as suas amizades, com os seus valores e sobretudo com uma afectividade igualmente comum a todas as outras pessoas. A homossexualidade tem vindo a ser um tema mais abordado nos últimos anos, no entanto ainda há muitas mentes fechadas. Como tem sido a recepção do público? Não podia ter sido melhor, quer seja pelo carinho que recebo diariamente das pessoas que me abordam na rua, seja nas redes sociais, como na minha página oficial, nos blogues, etc… É um tema que “não é de agora”, mas que neste projecto penso ter sido abordado de uma forma digna e verdadeira. Depois de várias personagens marcantes e de destaque, há alguma que ainda lhe falte representar? Faltam-me Todas! Sou muito agradecido por tudo o que a vida me tem dado, e pelo qual tenho lutado bastante, mas admito ser um insatisfeito por natureza, penso sempre ainda conseguir fazer mais e melhor. Ainda tenho muitos desafios que tenciono experienciar, acertar, errar, arriscar. Sobretudo aprender e desafiar-me enquanto Actor. Ser Actor é ser Camaleónico, sendo assim ainda tenho e tenciono ter muito caminho que quero palmear. O que gosta de fazer quando não está a vestir a pele de uma personagem? Quando não represento gosto de ser o Pedro, fazer tudo aquilo que também me dá prazer no dia-a-dia. Desenhar, viajar, ir ao cinema, ver teatro, passear, passar mais tempo com a minha família e amigos. Como é o Pedro Carvalho fora das câmaras? Apaixonado pela Vida. Já foi o rosto de algumas campanhas de moda, nomeadamente da Seaside. Como é que encara a moda? Pessoalmente gosto de acompanhar as tendências e de estar actualizado e percebo que a forma como a pessoa se veste pode revelar alguma da sua personalidade. Como Actor este pode ser até um grande

recurso e quando faço alguma campanha, mais uma vez encaro o trabalho como mais um Palco onde interpreto um personagem. Como é a sua relação com os seus fãs? É muito acarinhado na rua? Como referi acima, sou bastante acarinhado pelos fãs, que me dão alento para ser e fazer cada vez melhor.

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Entrevista por: Eliana Silva http://palegirlspot.blogspot.pt/


Créditos Camisa José Maria Oliveira Calça José Maria Oliveira Relógio apólice Sapato seaside Colar Anjewels Pulseira Anjewels Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel - 108 -


Créditos Camisa Carolina herrera Calça zara Sapato Eugênio Campos by Eureka Relógio policie Óculos von zipper Pulseira Anjewels Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel -109 -


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Créditos Camisa Carolina herrera Calça zara Sapato Eugênio Campos by Eureka Relógio policie Óculos von zipper Pulseira Anjewels Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel -111 -


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Créditos Camisa José Maria Oliveira Calça José Maria Oliveira Colar Anjewels Pulseira Anjewels Relógio apólice Ph: Nuno Monteiro Hair/Make-up: Beatrice Raluca assistida por Beca Rebeca Styling: Nuno Pereira assistido por Marisa Pereira Special thanks: Leonor Babo - Atores & Fonte Cruz Lisboa Hotel -113 -


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