[Science] [PT] Bases para o Plano de Ação de Salvaguarda e Monitorização da População de Roazes

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Basesparaoplanodeacção paraasalvaguarda monitorizaçãodapopulação e de Roazes

doestuáriodoSado

ReservaNaturaldo EstuáriodoSado

Basesparaoplanodeacção paraasalvaguarda monitorizaçãodapopulação e de

Roazes

doestuáriodoSado

ReservaNaturaldo EstuáriodoSado

DepartamentodeGestãodeÁreasClassificadas-ZonasHúmidas

FichaTécnica

CoordenaçãodoPlano

JoãoCarlosFarinha

EquipaTécnica

MarinaSequeira,SóniaMatias,JoãoCarlosFarinha,RaquelGaspar, CarinaSilva,JoanaAugusto,CecíliaV.Ferreira,MariaJoãoFonseca, PedroNarraeAnaRitaLuís

ConcepçãoGráficaePaginação:

BB3design.com

Impressãoeacabamento:

AntónioCoelhoDias,S.A.

ISBN:

978-972-775-201-0

DepósitoLegal:

293427/09

Créditosdasfotografias:

PedroNarra–capaepágina8;CarinaSilvapáginas16,40e62; MariaJoãoFonsecapágina49;JoãoCarlosFarinhapáginas32e38

Créditodasilustrações:

MarcosOliveira

Ano Citação

2009

Sequeira,M.;MatiasS.;FarinhaJ.C.,GasparR.,SilvaC.,AugustoJ., FerreiraC.V.,FonsecaM.J.,NarraP.eLuís,A.R.2009.

Basesparao planodeacçãoparaasalvaguardaemonitorizaçãodapopulaçãode roazesdoestuáriodoSado.

InstitutodaConservaçãodaNaturezae daBiodiversidade.80pp.

Agradecimentos

Osautoresagradecematodososintervenientesnaelaboraçãodeste Plano,nomeadamenteaosparticipantesnos,àAdministraçãodosPortosdeSetúbaleSesimbrapeloapoiologísticoeaindaao HenriqueCabral,MiguelHenriqueseAntónioTeixeira.

workshops

Estetrabalhofoico-financiadopelaUniãoEuropeia,atravésdo ProgramaOperacionaldoAmbiente.

Prefácio

OInstitutoNacionaldeConservaçãodaNaturezaedaBiodiversidadetem muitoseexigentesdesafiospelafrente.Todostêmigualimportânciaporque dosucessodecadaumdelesdependeocumprimentodanossamissãoea qualidadedotestemunhoquepassaremosàsgeraçõesvindouras.

Há,todavia,desafiosdeconservaçãoquepelassuascaracterísticasespecíficasassumemumavisibilidademaiore,portanto,nosacrescemaindamais asnossasresponsabilidadesdebemtrabalharparaosvencer.

Asalvaguardaemonitorizaçãodosroazes,queapopulaçãolocalemuitos dosportuguesessehabituaramareferircomoosgolfinhosdoSado,éuma dasacçõesdeconservaçãomaisdelicadasnasquaisseenvolveoICNB.Esta populaçãoderoazesresidentesé,comosabemos,aúnicaexistenteem PortugalContinental.

Porestemotivo,noquadrodagestãodaReservaNaturaldoEstuáriodoSado,eraimprescindíveldefinireprogramarasbasesparaumPlanodeAcção que,deformaestruturadaesustentada,pudessecontribuirparavencer estedesafiodeconservação.

Eleidentificaasameaçasquesecolocamàespécie,osproblemasdoseuhabitatedasuagestãoeosprojectoseiniciativasque,numhorizontetemporal de5anos,nospermitirá,paraissonosempenharemos,protegererecuperara populaçãoderoazesdoSado,melhorandoascondiçõesdoseuhabitat.

Opresentetrabalhoresultadaavaliaçãoquefoifeitaporinúmerosagentes relevantesna“vida”doestuárioeque,oupelasuaactividade,oupeloempenhamento,sãotambémosquepormudançasdeatitudes,decomportamentos eoudeenvolvimentoserãofactorescríticosdesucessodaoperaçãodeconservação.Pelaformacomofoielaboradopodemos,desdejá,estarsatisfeitos porestaprimeiravitórianoprojecto,ouseja,atersidopossívelmobilizare concertartodososinteressadosecomprometê-loscomofuturodaespécie.

ÉnestaperspectivadepartilhaedemobilizaçãoqueoICNBquer,cadavez mais,fundamentarasuagestãonasÁreasProtegidascientequesóestaatitudenosconduziráaoplenoebomcumprimentodasnossasresponsabilidades.

PresidentedoICNB

ResumoExecutivo

Tursiopstruncatus

Oroaz,tambémconhecidoporroaz-corvineiro,éum cetáceocomampladistribuiçãogeográfica,ocorrendotantoemáguas temperadascomotropicais.

Osindivíduosdestaespécieapresentamelevadopolimorfismo,querentre populaçõesqueraoníveldavariabilidadeindividual.Actualmente,sãoreconhecidosdoisecótiposparaestaespécie:umaformapelágica,comumem águasoceânicasmaisprofundasoujuntoailhasoceânicas,eumaformacosteira,quehabitaestuários,lagos,baíaserios.Aspopulaçõescosteiras,como éocasodapopulaçãodoestuáriodoSado,podemformaragregadosquehabitamdeummodosedentárioouresidenteáreasrestritasdazonacosteira.

Ociclodevidadoroazésimilaraodosmamíferosdegrandeporte, apresentandoumagrandelongevidadeeumareproduçãolenta.Asobrevivênciaétipicamentemaisbaixaduranteoprimeiroanodevida,alturaem queascriassãomaisvulneráveis,etendeaaumentarduranteosegundoe terceiroanodevida,períododuranteoqualascriaspermanecemsobaprotecçãodasprogenitoras.Apósaseparação,osjuvenistendemaassociar-se comanimaisdamesmaidade,constituindogruposdeanimaissub-adultos inexperientesemaisvulneráveis.Napopulaçãoderoazesdoestuáriodo Sado,estaéafasemaiscríticaumavezquesãopoucososjovensqueconseguemchegaràidadeadulta.Verificou-sequeesteproblemafoiparticularmentegraveduranteadécadade80einíciodadécadade90.

Entre1976e1981,estimava-sequeapopulaçãoderoazesnoestuáriodo Sadofosseconstituídaporcercade20a30animaisAutilizaçãodetécnicas defotoidentificaçãoveiopossibilitaroreconhecimentoindividualdosroazes, eabriucaminhoparaorecenseamentodetalhadodestapopulação.Em1986, onúmeroestimadodeindivíduosrondavaos40,tendodecrescidopara30 animaisem1997.Apesardeumligeiroaumentoapartirde1997,adinâmica

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.

populacionaldosroazesnoestuáriodoSadotemreveladoumatendência negativa,existindoactualmenteapenas25indivíduos,oquecorrespondea umdecréscimodemaisde37%registadonoespaçode25anos,desde1986 a2009.Destes25indivíduos,14sãoadultosjácomumaidadeavançada,e comumaesperançamáximadesobrevivênciade10a15anos,oque,naausênciadenovosnascimentos,conduziránumcurtoprazoaumacentuado declíniodoefectivopopulacional.

UmadasrazõesparaodeclínioobservadonapopulaçãoderoazesdoSadodeve-seàbaixasobrevivênciadosjuvenis,comumataxademortalidadedaordemde13%.Afaltaderecrutamentoàidadeadultadeuorigemaumaestruturaetáriainstável,eaoenvelhecimentodapopulação.Mesmoqueactualmentetodasascriassobrevivamapósoterceiroanodevida,abaixasobrevivêncianafasejuvenildificultaarecuperaçãoimediatadaestruturaetária.

Oenvelhecimentodosanimaispodeterconsequênciasnataxadereprodução,umavezqueestatendeadiminuircomaidade,originandoassimum decréscimononúmerodenascimentos,ecolocandoemriscoaviabilidade detodaapopulação.Acurtoprazo,entre10a15anos,prevê-sequeonúmerodeanimaisdapopulaçãocontinueadecrescerrapidamenteporquea maioriadosadultosreprodutoresteráatingidoolimitedasualongevidade. Apósestafase,ecasonãoocorraimigração,onúmeroderoazesresidentes ficarámuitoreduzidoeporisso,qualquerfactoradicionalqueocasionea mortedeumoumaisanimaisiráacelerarodeclíniodapopulação.

Existemtambémváriosfactoresintrínsecosàprópriaespéciequeinfluenciamacondiçãodapopulação.Entreeles,distinguem-se:amaturaçãosexual tardia,olongoperíododegestaçãocomonascimentodeapenasumacria porpartoeumlongoperíododedependênciadaprogenitora.

BasesparaopparaasalvaguardalanodeacçãoemonitorizaçãodapopulaçãodeRoazesdoestuáriodoSado| 5

Atodosestesfactores,acresceodesconhecimentodacomposiçãogenéticada população,apesardospoucosdadosdisponíveisapontaremparaumabaixa variabilidadegenética.Apopulaçãoérelativamentefechada,nãoexistindo evidênciasdefluxosmigratóriosdeadultosnemdecontactosregulares(que impliquemacasalamento)compopulaçõescosteirasdamesmaespécie.

Oreduzidoefectivopopulacional,oenvelhecimentodapopulação,as característicasintrínsecasàprópriaespécie,eadegradaçãodoseuhabitat (factoresextrínsecosàpopulação),ameaçamestapopulaçãosingularem PortugalcontinentaleraranaEuropa.Apenasaadopçãoimediatademedidasquevisemaminimizaçãodasameaçasextrínsecaseaconservaçãoda população,poderápermitirumarecuperaçãoalongoprazo.

Peranteestasituaçãoeasperspectivasfuturas,oInstitutodaConservação daNaturezaedaBiodiversiadade,atravésdaReservaNaturaldoEstuáriodo Sado,promoveuaelaboraçãodopresentedocumentoquecriaasbasespara oPlanodeAcçãoparaaSalvaguardaeMonitorizaçãodapopulaçãode RoazesdoEstuáriodoSado.Apropostaqueagoraseapresentaéoresultado daaplicaçãodeummétodoparticipativoqueenvolveuamaioriados agentescominfluênciadirectaeindirectanohabitatEstuáriodoSadoena populaçãoresidentederoazes.Realizaram-sesetereuniõesde19deMaio de2008a26deFevereirode2009,emSetúbal,ondeestiverampresentes60 representantesde39entidades,tendoresultadoadefiniçãodamissãoede quatroobjectivosgerais,osquaisforamoperacionalizadosem103acçõesa desenvolveraolongodoscincoanosdevigênciadoPlano.

,

Apesardepersistiremalgunsassuntosquecarecemdenegociações específicas,osintervenientessaudaramevalidaramotrabalhoproduzido duranteumareuniãogeral,edemonstraramdisponibilidadeparacolaboraremnaimplementaçãodasacçõesquelhessejamatribuídas. 6 |

CARACTERIZAÇÃODAÁREADEOCORRÊNCIADA POPULAÇÃODEROAZESDOESTUÁRIODOSADO

ANEXOS
PARTEI PARTEII PARTEIII PARTEIV REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
CARACTERIZAÇÃODAPOPULAÇÃODEROAZESDO ESTUÁRIODOSADO AVALIAÇÃOEOBJECTIVOSGERAIS OBJECTIVOS,RESULTADOSEACÇÕES 1.1. 1.2. 1.2.1. 1.2.2. 1.3. 2.1. 2.1.1. 2.1.2. 2.1.3. 2.1.4. 2.1.5. 2.2. 2.3. 2.4. 2.4.1. 2.4.2. 2.4.3. 2.4.4. 3.1. 3.2. 3.2.1. 3.2.2. 3.2.3. 3.2.4. 3.3. I II LOCALIZAÇÃOELIMITESDAÁREADEINTERVENÇÃO DESCRIÇÃODAÁREA Componenteecológica Componenteantropogénica ESTATUTODEPROTECÇÃODAÁREA CARACTERIZAÇÃODAESPÉCIEEDAPOPULAÇÃO Característicasgeraisdaespécie Estatutosdeprotecçãodaespécie Utilizaçãodohabitat Aspectoscomportamentais Aspectosacústicos DINÂMICAPOPULACIONAL FRAGILIDADEDAPOPULAÇÃO PRINCIPAISAMEAÇAS Degradaçãodaqualidadedaágua Tráfegomarítimo Pesca Poluiçãoacústica MISSÃODOPLANODEACÇÃO AVALIAÇÃODAPOPULAÇÃO Pontosfortes Pontosfracos Oportunidades Ameaças OBJECTIVOSGERAIS –Listadeparticipantes –CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção INDÍCE 10 11 12 13 14 18 18 20 21 21 23 24 24 26 26 27 28 28 30 30 31 32 35 37 39 41 63 70 72 BasesparaopparaasalvaguardalanodeacçãoemonitorizaçãodapopulaçãodeRoazesdoestuáriodoSado| 7
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CaracterizaçãodaÁreade Ocorrênciadapopulaçãode roazesdoEstuáriodoSado

PARTE1

LOCALIZAÇÃOELIMITESDA ÁREADEINTERVENÇÃO

AáreadeintervençãodesteplanoabrangeoestuáriodoSadoeazona marinhaadjacente,compreendidaentreBarbasdeCavalo,naArrábida, eapraiadoCarvalhal,emTróia.Adelimitaçãodestaúltimaáreatemem consideraçãoasocorrênciasmaisrecentesderoazesdapopulaçãodo estuáriodoSado.

OestuáriodoSado(Figura1),situadonaregiãoocidentaldePortugal continental(38º28'N;8º50'W),éosegundomaiorestuárioportuguêse umadasmaisimportanteszonashúmidasdopaís.

AzonamarinhaadjacenteéconstituídapelolitoraldacostadeTróiae daSerradaArrábida,englobando,nesteúltimocaso,oParqueMarinho daArrábida.

EstuáriodoSadoezonamarinhaadjacente.Áreadeocorrênciada populaçãodoroazdoestuáriodoSado.

Pinheiro Palma Batalha
Comporta Carrasqueira Marateca Gâmbia Zambujal Troia Palmela SETÚBAL Praiado Sado 05km Portinho daArrábida Outão Serra da A r r ábida RoazesdoestuárioSado: EstuáriodoSado
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Mouriscas
Torrinha
áreadeocorrência menosfrequente áreadeocorrência maisfrequente LimitedaReserva NaturaldoEstuário doSado

DESCRIÇÃODAÁREA

OestuáriodoSadoalonga-senosentidoNWSE,aolongodecercade45km,daembocadura aolimitedainfluênciademaré.Amontante,na regiãocorrespondenteaoleitodorioSado,o estuárioapresenta-secomoumcanalestreitoe poucoprofundo,entre3e10mdeprofundidade,canalessequesedividelongitudinalmente poralgunsbancosintertidaisnazonaintermédia doestuário,dandoorigemadoiscanais(Nortee Sul).OCanalSulémaislargoemaisprofundo podendoatingircercade25mdeprofundidade emalgunslocais.OCanalNortepassanolimite dacidadedeSetúbaledoseucomplexoindustrial,apresentandoprofundidadesentre10e 15m.Ajusante,oestuárioapresenta-secomo umalargabaía,delimitadonasuamargem direitapelacidadedeSetúbalenasuamargem esquerdapelaPenínsuladeTróia,sendoazona deentradadoestuárioumcanalqueatinge40m deprofundidadee1,5kmdelargura.

Azonamarinhaadjacenteécaracterizada porumaestreitafaixadeplataformacontinentaldeáguaspoucoprofundas,jáqueapoucas milhasdacosta,ocanhãodeSetúbalassegura umdecliveacentuadodosfundos,querapidamenteatingemprofundidadesdeváriascentenasdemetros.JuntoàfozdoSado,azonaé

dominadapornumerososbaixiosdeareia(BancodoCambalhão),apenascortadospelocanal denavegaçãodeacessoaoPortodeSetúbal queémantido,artificialmente,comprofundidadesnaordemdos10m.LimitadaaNorte peloParqueMarinhodoParqueNaturalda Arrábida,aregiãomarinhaestende-separa oeste,inicialmentecomumazonadebaíasde areiaemarpoucoprofundoedepoiscomfundosrochososprogressivamentemaisprofundos.Aprotecçãodosventosdominantespela cadeiamontanhosadaSerradaArrábidaasseguraumregimeparticularmentecalmodemar naregião,oquefavoreceapresençaereproduçãodemuitasespécies,bemcomoocrescimentodejuvenis.Estefracohidrodinamismo podeserresponsávelpelaexistência,naArrábida,deespéciesrarasemPortugal.Éuma áreacomelevadíssimadiversidadeanimale vegetal,estandoregistadasmaisde1100espécies,incluindomuitascomelevadovaloreconómico.Trata-sedeumazonacomelevada produçãoprimáriaequeéutilizadacomolocal derefúgioecrescimentodejuvenisdemuitas espécies,nomeadamentedepeixes.

ParaSul,acostamarinhadeTróiaéessencialmentedebaixaprofundidadeearenosaeé muitomarcadaporcorrentesparalelasàcosta, resultantesdainfluênciadoestuário.Estes fundosalbergamimportantesbancosdemoluscosbivalveseaszonasabrigadaspelosistema

CaracterizaçãodaÁreadeOcorrênciadapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 11

debaixiosconstituemáreasimportantespara cefalópodes,comoochoco,ejuvenisdepeixes chatos.AzonamarinhadafozdoSadoalberga umapradariadeervasmarinhas,emtemposde grandesdimensões,umapotencialrelíquiaem termosdebiodiversidademarinha.

Componenteecológica

OestuáriodoSadoapresentataxasdeproduçãoprimáriaelevadasquepermitemodesenvolvimentodecadeiasalimentaresabundantes ediversificadas,oqueresultanaexistênciade umacomunidadebiológicadeelevadariquezae complexidade(Bruxelas.1992).

Dadiversidadeecológicaqueépossível encontrarnestaáreasalientam-seasmanchas desapalqueenglobamhabitatsnaturaislistadosnoanexoB-IdaDirectivaHabitats,deque sãoexemploa“Vegetaçãopioneirade eoutrasespéciesanuaisdaszonaslodosase arenosas”,os“Pradosde(

SpartinaSpartinion

etal.

Crangoncrangon

Palaemonserratus

Carcinusmaenas

MarphysasanguineaDiopatraneapolitanaHedistediversicoloretal

SepiaofficinalisCerastodermaeduleSolenmarginatus

maritimae

Juncetaliamaritimi

)”ouos“Pradossalgadosmediterrânicos()”,osambientesdunarescaracterísticosdapenínsuladunareas pradariasmarinhasdezosteráceasvitaisàprodutividadedoecossistemaestuarino.

OestuáriodoSadoapresentaumacomu-

nidadedemacroinvertebradosabundantee diversificada,sobretudonoquedizrespeitoa anelídeos,crustáceosemoluscos.SegundoAntunes(1991),épossívelencontrarno estuárioumtotalde17espéciesdecamarõese 18espéciesdecaranguejos,salientando-se, peloseuvalorcomercial,espéciescomoocamarão-preto(),ocamarão-branco()eocaranguejo-verde().Paraalémdestas espéciesdecrustáceos,outrasespéciesde macroinvertebradosocupamigualmenteum lugardedestaqueemtermosdeexploração comercial,peloimportantevaloreconómico querepresentam.Estãonestasituaçãoominhocão(),ocasulo( )eaminhocadepesca( )(Bruxelas.1992),espéciescapturadasparautilizaçãocomoiscopara apescaprofissionaledesportiva.Outrasespéciesdeelevadovalorcomercial,ecujaabundânciaéelevadanoestuáriodoSado,sãoo choco(),oberbigão( ),olingueirão()e alambujinha()(Rosado .1993).Espéciescomoaostra(

Scrobiculariaplanaet alCrassostrea angulataTrunculariopsbrandarisT. trunculusRuditapesdecussatus Venerupis

),obúzio(e )eaamêijoa(e spp.)sãotambémpontualmente capturadasparaconsumoalimentar,masos seusefectivossãoreduzidos,poisforamsobre-

etal Salicornia
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exploradose/ouafectadosporpoluentes(Castro1990Rosado.1993).

inetal

Engraulisencrasicolus

GobiusnigerPomatoschistusminutusCallionymuslyraMonochirushispidus

Halobatrachusdidactylus

Diplodus

Soleasolea

Quantoàcomunidadeictiológica,oestuário doSadoapresenta-secomoumsistemacom umaelevadariquezaespecífica,tendosido inventariadasumtotalde111espécies(Cabral 1999).Emtermosdeabundâncianoestuário, sãodedestacarespéciesresidentescomoo biqueirão(),ocaboz-negro(),ocaboz-da-areia( ),opeixe-pau-lira( ),acascarra()e ocharroco(),além deváriasespéciesmarinhasqueutilizamo estuáriocomoviveiro,entreasquaisalguns sargos(spp.)eolinguado-legítimo ()(Cabral1999).Quantoàestruturaçãoespacialdacomunidadeictiológica,a diversidadeespecíficaémaiselevadanoCanal Sul,juntoaTróiaejuntoàCaldeira,sendoa densidadedeindivíduossuperiornamargem Norte,juntoaSetúbal(Cunha1994;Cabral 1999).Estesvaloressofremalteraçõessazonais,diminuindoadiversidadenoInvernoe verificado-seumaumento,tantoderiqueza específicacomodeabundância,naPrimavera.

Paraalémdoselementosfaunísticosjáenumerados,oestuáriodoSadoétambémcaracterizadopeladiversidadedeavesaquáticas, albergandocomregularidademaisde25.000 avesaquáticasdecercade40espéciesdife-

etal. Lutra

lutraTursiopstruncatus

Phocoenaphocoena

Delphinusdelphis

rentes(Neves2004),epelapresençade espéciesemblemáticascomoalontra( )eoroaz().Naárea marinhaadjacenteaoestuárioassinala-sea presençaregular,paraalémdoroaz,doboto ()(Martins&Gaspar1997),e dogolfinho-comum()(Sequeira1988;Gaspar2003).

Componenteantropogénica

Muitasdasactividadeshumanascomrelevânciasocioeconómicanoestuáriotraduzem-se emimpactosnegativos,tantonaqualidadedo aredaáguacomonaqualidadedossedimentos, enascomunidadesbiológicasehabitats.

AsfontesdepoluiçãodoestuáriodoSadosão múltiplasediversificadas,nomeadamenteas deorigemindustrial,urbanaeagrícola.

AolongodamargemNortedazonamais externadoestuárioestãolocalizadasgrande partedasunidadesindustriaiseportuárias.A crescenteindustrializaçãodapenínsulade Setúbaltemcontribuídosignificativamente paraadeterioraçãodaqualidadedaáguado estuário,atravésdadescargadeefluentes líquidosegasosos(Cunha1994;INAG2000).

ApesardaimplantaçãodeETAR's,quevisam

CaracterizaçãodaÁreadeOcorrênciadapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 13

melhoraresseaspecto,aqualidadedaáguado estuáriodoSadoéaindapreocupante,umavez que44%dasfontesdepoluiçãoidentificadas aindadescarregamdirectamenteparaas linhasdeágua(INAG2000).

NasregiõesintertidaisaSuleSudestedo estuário,asprincipaisactividadeshumanasrelacionam-sesobretudocomaagricultura(Bruxelas1992;INAG2000),contribuindo paraacontaminaçãodaságuasestuarinasdevidoaousodepesticidas,insecticidas,herbicidasefertilizantesacumuladosnaságuasde escorrênciadosterrenosagrícolas(Cunha 1994;INAG2000).

doasercadavezmaisutilizadasparafinsrecreativosedelazer.Comoresultado,tem-se registadoumaumentonotráfegodeembarcaçõesderecreio,emperíodosdeveraneioe fins-de-semana,bemcomoumamaiorprocura deactividadesdeeco-turismoparaobservação dosroazes.

etal.

Asexploraçõesaquícolasrepresentamuma actividadedegranderelevâncianocontexto socioeconómicodaregião.Oseuaumentonos últimosanostemacarretadoumaumentode poluiçãoorgânica,paraalémdadestruiçãode zonasintertidaisedesapal(Cunha1994).

Umacomponentedegranderelevância,no quedizrespeitoàpressãoantropogénicaexercidanoestuáriodoSado,estárelacionadacom oincrementopopulacionalnassuaszonasadjacentes.Estamaiorpressãohumanareflecte-senoaumentodeconstruçõesnasmargens estuarinas,implicandoumamaiorcargade efluentesurbanos,circulaçãorodoviáriae poluiçãodoar.

ApenínsuladeTróiaeacostadaArrábida, comassuaspotencialidadesturísticas,têmvin-

ESTATUTODEPROTECÇÃO DAÁREA

Aáreadeintervençãodopresenteplanode acçãoinclui,paraalémdeumaáreamarinha,a ReservaNaturaldoEstuáriodoSado(RNES), criadapeloDecreto-Lein.º430/80,de1deOutubro.Noseuarticuladosãoreferidoscomo objectivosfundamentais,entreoutros,amanutençãodasuavocaçãonatural,acorrecta exploraçãodosrecursoseadefesadosvalores deordemculturalecientífica.

AResoluçãodoConselhodeMinistrosn.º142/ 97,de28deAgosto,queelencoua1ªfaseda ListaNacionaldeSítios,noâmbitodaRede Natura2000,atribuiuaoEstuáriodoSadoocódigoPTCON0011.AesteSítiocorrespondemcercade30.968haqueabrangemaquasetotalidadedaRNES,bemcomoumaáreaquese estendeaolongodocanalSuldoestuário.Em23

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deSetembrode1999,umaparteconsiderável destaáreafoiclassificadacomoZonadeProtecçãoEspecial(ZPE),atravésdoDecreto-Lei n.º384-B/99,de23deSetembro.

Ofactodealbergarcercade20.000aves aquáticasinvernantesfoiumdosfactoresque contribuiuparaqueaRNESfossedesignada comoSítioRamsarem1996.Nodecursodo inventáriodasZonasImportantesparaAvesem Portugal,realizadoem2003pelaSociedade PortuguesaparaoEstudodasAves(SPEA),o EstuáriodoSadofoiclassificadocomo

ImportantBirdArea

(IBA),correspondendo-lheo númerodecódigoPT023

Aáreamarinhaadjacenteinclui,paraOeste, oParqueMarinhodoParqueNaturaldaArrábida criadopeloDecretoRegulamentarn.º23/98,de 14deOutubro.Paraalémdeoutrosfactores,o bomestadodeconservaçãodealgunsdoshabitatsexistentesnazonamarinhajustificarama alteraçãodoslimitesdoParqueNaturaldaArrábida(Decreto-Regulamentarn.º11/2003de8 deMaio)easuainclusãonaRedeNatura2000, bemcomoacriaçãodaZPEdoCaboEspichel.Na zonamaisocidentaldapenínsuladeSetúbalo sítioArrábida-Espichel(PTCON0010)foiincluído naprimeirafasedaListaNacionaldeSítios, aprovadapelaResoluçãodoConselhodeMinistrosn.º142/97,de28deAgosto. . CaracterizaçãodaÁreadeOcorrênciadapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 15
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Caracterizaçãodapopulaçãode roazesdoEstuáriodoSado

PARTE 2

CARACTERIZAÇÃODAESPÉCIEEDAPOPULAÇÃO

Característicasgeraisdaespécie

Tursiopstruncatus

Oroaz(Montagu,1821),tambémconhecidopor roaz-corvineiro,éumcetáceoodontocetodeampladistribuiçãogeográfica,ocorrendotantoemáguastemperadascomotropicaisportodo oglobo(Evans1987).

Osindivíduosdestaespécieapresentamelevadopolimorfismo,quer entrepopulaçõesqueraoníveldavariabilidadeindividual.Actualmente,sãoconsideradosdoisecótiposparaestaespécie:umaformapelágica,comumemáguasoceânicasmaisprofundasoujuntoailhasoceânicas,eumaformacosteira,quehabitaestuários,lagos,baíaserios.As populaçõescosteiras,comoéocasodapopulaçãodoestuáriodoSado, podemformaragregadosquehabitamdeummodosedentárioouresidenteáreasrestritasdazonacosteira.

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Roaz Tursiopstruncatus

Deummodogeral,aespécie possuiumcorpofusiforme,alongadoe robusto,comcoloraçãocinzento-escuranaregiãodorsalebrancoarosaclaronaregiãoventral.Acoloraçãopodevariarentrepopulações e,mesmo,entreindivíduos,sendoosjuvenis geralmentemaisclarosqueosadultos.

Assuasdimensõesvariamentre2-4mde comprimentoe275–600kgdepeso,sendoos indivíduosmaispequenoscaracterísticosde águasmaisquentes(Wells&Scott1999).O dimorfismosexualnoroazépoucoevidente, sendoosmachosligeiramentemaioresemais pesadosqueasfêmeas.

Ociclodevidadestaespécieésimilaraodos mamíferosdegrandeporte,apresentandouma grandelongevidadeeumareproduçãolenta.A sobrevivênciaétipicamentemaisbaixaduranteoprimeiroanodevida,alturaemqueascrias sãomaisvulneráveis(Caughley1966;CluttonBrock.1989;NgogNje1988),apresentando valoresentre0,76%(Mann.2000)e0,83% (Gaspar2003).Asobrevivênciatendeaaumentarduranteosegundoeterceiroanosde vida,períododuranteoqualascriaspermanecemsobaprotecçãodasprogenitoras(Connor.2000).

Tursiopstruncatus etal etal etal et al

Apósaseparação,osjuvenistendemaassociar-secomanimaisdamesmaidade(Wells .1987;Wells1993),constituindogruposde sub-adultosinexperientesemaisvulneráveis.

NapopulaçãoderoazesdoestuáriodoSado, estaéafasemaiscrítica,umavezquesãopoucososjuvenisqueconseguemchegaràidade adulta.Verificou-sequeesteproblemafoimais graveduranteosanos80einíciodadécadade 90.Nosanosmaisrecentes,amortalidadedos jovenséde13,4%(Gaspar2003).

Asobrevivênciadosadultoséelevada(Harwood&Prime1978;Olesiuk.1990;Langtimm.1998),podendoummachoatingir os40anosdeidadeeumafêmeaos50(Reynolds2000).Napopulaçãoderoazesdo Sadoataxadesobrevivênciasitua-seentre95% e99%(Gaspar2003).

Noquedizrespeitoàreprodução,amaturaçãosexualéatingidaentreos5eos12anos deidadenasfêmeaseentreos8eos14anos nosmachos(Perrin&Reilly1984;Cockcroft& Ross1989;Wells.1987;Kasuya. 1997).Asfêmeasdãoàluzumaúnicacria,com

etaletal

90a130cmdecomprimentoe30kgdepeso (Leatherwood&Reeves1983),apósumperíododegestaçãode12meses.Duranteasua vida,umafêmeapodedaràluzentre 6a8crias (Reynolds2000),comintervalosmínimos de2a3anosentrenascimentos(Leatherwood &Reeves1983).Osnascimentospodemocorrer durantetodooano,masénosmesesmais quentesqueseverificaamaiorpartedasocorrências(Wells&Scott1999;Henderson2004).

etal.

etal etal etal.
Afasedealeitamentodascriasduracercade CaracterizaçãodapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 19

18mesesmasoscuidadosparentaispodem prolongar-seatéaonascimentodeoutracria.

Duranteosprimeirosanosdevida,ataxade crescimentoéelevada,estabilizandoquando osanimaisatingemamaturidadereprodutiva (Wells&Scott1999).Apósatingiremamaturaçãosexual,osmachoscontinuamaaumentar emmassaeemvolumeporalgumtempo(Read .1993).

Noquedizrespeitoàalimentação,oroaz apresentaumagrandeflexibilidadetantoao níveldavariedadedepresascomonasestratégiasdepredaçãoqueutiliza.Apesardeser consideradaumaespécieoportunista,pode mostrarpreferênciasalimentaresquandoa disponibilidadedepresasopermite(Corkeron 1990).Dasuadietafazempartediversas espéciesdepeixespelágicosebentónicos, cefalópodesecrustáceos.Oconsumodiáriode umadultopodeatingirentre4%a6%doseu pesocorporal,oqueequivaleacercade12kg dealimento(Shane1990).

Quantoàsuaestruturasocial,aspopulações deroazapresentam-secomocomunidades flexíveisedinâmicascujasunidadeseassociaçõesvariamaolongodotempoconsoanteo tipodeactividadeemqueosanimaisestão envolvidos,etambémdeacordocomfactores comoosexo,aidade,estadoreprodutivoe consanguinidadedosindivíduos(Wursig1989; Scott1990;Connor.2000).Deum

modogeral,onúmeromédiodeindivíduospor grupovariaentre2e15indivíduos(Shane 1986).Osmachosformamnormalmentealiançasestáveisedelongaduraçãoentredíadesou tríadesdeindivíduosdamesmafaixaetária (Wells1991).Édereferiraindaaexistênciade hierarquiasdedominância,baseadasnotamanhodosindivíduos,vitaisnaorganizaçãodo grupoemsituaçõesdeperigo(Wursig1989).

etal.

Estatutosdeprotecçãodaespécie

Tursiops

Concern

Apesardeseconheceremmuitasameaças queafectampopulaçõeslocaisderoazes,aespécieéabundanteetemumaampladistribuiçãogeográfica.Nãoéexpectávelquenenhuma dasameaçasconhecidascontribuaparaodeclíniogeneralizadodaespécie.Porestarazão, oLivroVermelhodaUniãoMundialparaa Conservação(UICN)listaaespécie comoPoucoPreocupante( )(IUCN2008).

etal etal. etal.etal
truncatusLeast
20 |

Utilizaçãodohabitat

AdependênciadapopulaçãoderoazesresidentesrelativamenteaoestuáriodoSadoébastanteelevada,umavezqueosanimaisutilizam, preferencialmente,azonadoestuárioeosbaixiospróximosdasuaembocadura,sendode destacartrêszonasdemaiorsensibilidade(Gaspar2003):a, porsetratardecorredorprivilegiadoparaa passagemdosroazes(Nunes2001)alémdeser tambémumlocaldealimentaçãoedescanso (Gaspar2003);oC,referenciadocomo áreadealimentaçãoprivilegiada(Harzen1998; Nunes2001);eo,descrito comoáreadealimentação,degrandeimportânciaduranteaPrimavera(Gaspar2003).

Nunes(2001)confirmouaexistênciadeuma utilizaçãodiferenciadadastrêszonas,emfunçãodosdiferentespadrõesdeactividadedos roazes.Naszonasmaispróximasdaembocadura doestuárioregistou-seumapredominânciado padrãodedeslocação,enquantoasactividades dealimentaçãosedistribuirammaishomogeneamenteaolongodetodaaárea,comparticulardestaqueparaoCanalSul(zonalimítrofe daCaldeiradeTróia).Nestaáreaadisponibilidadealimentarémaior,frutonãosódeuma

maiorprofundidadeehidrodinamismo,mas tambémdeumamenorcargapoluente.

Apesardenãotersidopossívelestabelecer nenhumacorrelaçãoentreosentidodamarée osentidodedeslocaçãodosanimais,Nunes (2001)constatouumaumentonaactividadede alimentaçãoemsituaçõesdemarévazante. Estasituaçãopoderáserexplicadapelofacto deaspresasarrastadaspelacorrenteteremos movimentoseacapacidadedefugamaislimitada,situaçãoqueéaproveitadapelosroazes paraascapturar.Estecomportamentofoiobservadoemsituaçõesemqueacorrenteera excepcionalmenteforte.

Aspectoscomportamentais

Osroazesapresentamumrepertóriocomportamentalcomplexo,doqualfazemparte elementoscomportamentaisàsuperfícietais comosaltos,contactofísico,movimentosde cabeça,movimentosdabarbatanacaudale tiposdenatação,entreoutros.

Apartirdoselementoscomportamentais observados,épossívelestabelecerpadrõesde actividadesquepermitemacategorizaçãoda complexidadecomportamentaldaespécie.

analSul interiordoestuário
zonadeembocaduradoestuário
OspadrõesdeactividadestêmsidocategoriCaracterizaçãodapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 21

etal.

zadosdiferenciadamenteconsoanteosautores,sendoascategoriasmaisreferenciadas: deslocação,buscadepresas,alimentaçãoà superfície,socializaçãoerepouso(Shane1990; dosSantos1998;Bearzi1999;Chilvers& Corkeron2001;Lusseau2006).

buscadepresas emdispersão

,naqualosindivíduosemergem isoladosouempequenasunidades.Indivíduos embuscadepresaspodemexibirsaltosfrontais,lateraisouemelevaçãobemcomogolpes caudais(dosSantos1998)egolpesdecabeça.

A,segundoadescriçãodedos Santos(1998),éumpadrãodeactividadeno qualosindivíduosemergemnumsógrupo compactoouemváriasunidadesdispostasao longodeumeixodedeslocação.Osanimais emergempróximosunsdosoutros;assubmersõessãogeralmentedecurtaduraçãopodendo registar-semergulhosprolongadosseguidosde sériesdemergulhoscurtos.Oscomportamentosaéreosassociadosaestepadrãodeactividadesãoossaltoseossaltosemassociação (Bearzi.1999),quemuitasvezescorrespondemaumaformadedeslocaçãorápida designada

Opadrãodeactividade, tambémdesignadodecomportamentoalimentar,écaracterizadopelairregularidadedos mergulhos(duração,direccionalidadeefrequência)bemcomopelosmovimentoserráticosàsuperfíciequeindicamaperseguiçãode presas(Shane1990;Chilvers&Corkeron2001).

Estepadrãodeactividadepodeserdivididoem duascategorias:

deslocação buscadepresas buscadepresasemdeslocação

Emsituaçõesde osindivíduosexibemmovimentosrápidosàsuperfície,emergindoemváriasdirecções,por vezesemposiçãoventralelateral(dosSantos 1998).Assubmersõessãodecurtaduração, frequentementeacompanhadasdecomportamentosaéreos(Bearzi.1999).Durantea alimentaçãoàsuperfícieécomumobservarem-sepeixesasaltarforadeáguaegaivotasa sobrevoaraáreadealimentação.

Aincluiumagrandediversidadedeeventoscomportamentaisdeinteracçãoentreosindivíduos,taiscomosaltos sincronizadosecontactofísico(dosSantos 1998;Lusseau2006).Nestetipodepadrãode actividadeosgruposdeanimaissãodepequenasdimensões,usualmentedispersosnuma áreaextensa(Lusseau2006).

Oéopadrãodeactividadeobservadoquandoosindivíduosseapresentamnuma úni-caunidadecoesa,emmovimentaçãolenta ounulajuntoàsuperfíciedaáguanumadirecçãoconstante(dosSantos1998;Chilvers& Corkeron2001;Lusseau2006).

,naqualosindivíduosemergempróximosentresiemváriasunidadesexibindomovietal porpoising.
mentoslentosàsuperfície;e
alimentaçãoàsuperfície, socialização repouso 22 |
etal

Aspectosacústicos

Omodocomoosroazesinteragementresie comomeioemseuredordependedoseusistemasensorial.Sendoosgolfinhosespecialistasacústicos,oseusistemaauditivoeacústico éocanalprivilegiadoparaacompreensãoe interacçãocomomeioambienteecomosseus conspecíficos.

Osistemaauditivodoscetáceosapresenta adaptaçõesmorfológicasespecíficasàvida aquática,nomeadamenteaausênciadeprotuberânciasassociadasaoouvidoexterno,quese apresentainclusoecomparedesmaisespessas (Ketten1998).Existemtambémalteraçõesao níveldoouvidomédio,queapresentamucosas maisdensas,consistentescomanecessidade deefectuarmergulhosrápidoseprofundos (Ketten1998).

Noscetáceos,oscanaisauditivosexternos nãosãofuncionais,sendoamandíbulainferior consideradacomoocaminhodeconduçãosonora,pelomenosparaasaltasfrequênciasrelacionadascomaecolocalização(Au1993).De acordocomestateoria,osométransmitido atravésdocanalmandibularatéaoouvidointerno,sendoentãotransmitidoparaoscentros auditivosdocérebroatravésdonervoauditivo.

Deacordocomateoriamaisrecente,ossinais acústicossãoproduzidosnointeriordocrânio, naregiãonasal,atravésdacirculaçãoforçada dearentreasbolsasnasais,provocandoavibraçãodeumaestruturalabiadadesignada (Cranford1996).Ossinaissonoros podemserfocalizadosantesdasuaemissão atravésdostecidosesponjososdafronte,que podemfuncionarcomouma“lenteacústica”.A existênciadedoissistemasdesacosnasais permiteaosgolfinhosproduzirdoissonsdiferentesemsimultâneo,utilizandodiferencialmenteosdoissistemas(Dormer1979).

Oroazapresentasensibilidadeauditivaentre 75Hze150kHz,atingindoomáximodesensibilidadeparafrequênciasentre15e110kHz, ondeolimiardeaudiçãoatingevalorespróximosdos40dBre1.Amelhordiscriminação sonoraocorreentre2e55kHzdefrequência (Luís2008).

museau desingeetal. etal.

Orepertórioacústicodoroazédiversificado,tantoaoníveldoespectrodefrequênciascomonoquedizrespeitoàpressãosonora produzida,podendoseragrupadoem3categorias,deacordocomotipodesom,estruturae composiçãoespectral(Richardson1995; dosSantos1998):

assobios estalidos–

i)-sonstonaisdebandaestreita, comfunçõescomunicativas;

μPa
ii)sonsdecurtaduraçãoebanda larga,utilizadosnaecolocalização; CaracterizaçãodapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 23

outrossonspulsados

DINÂMICAPOPULACIONAL

Entre1976e1981,estimava-sequeapopulaçãoderoazes,observadanoestuáriodoSado, fosseconstituídaporcercade20a30animais (Teixeira1981;Teixeira&Duguy1981)Autilizaçãodetécnicasdefotoidentificação(Hussenot1982)veiopossibilitaroreconhecimentoindividualdosroazes,eabriucaminhoparaorecenseamentodetalhadodestapopulação.Em 1986,onúmeroestimadodeindivíduosrondava os40(dosSantos&Lacerda1987),tendodecrescidopara30animaisem1997(Gaspar2003).

.

Apesardeumligeiroaumentoapartirde 1997,adinâmicapopulacionaldosroazesno estuáriodoSadotemreveladoumatendência negativa,comosepodeobservarnafigura2, existindoactualmenteapenas25indivíduos,o quecorrespondeaumdecréscimodemaisde 37%registadonoespaçode25anos,desde 1986a2009.Destes25indivíduos,14sãoadultosjácomumaidadeavançada,ecomuma esperançamáximadesobrevivênciade10a15 anos,oque,naausênciadenovosnascimen-

FRAGILIDADEDAPOPULAÇÃO Umadasrazõesparaodeclínioobservadona populaçãoderoazesdoSadodeve-seàbaixa sobrevivênciadosjuvenis,comumataxade mortalidadedaordemde13%(Gaspar2004).A 1985198919931997200120052009 44 39 34 29 24
Figura2. Evoluçãodoefectivopopulacionalderoazesdo Sadodesde1986a2009.Osvaloresapresentadosbaseiam-se nonúmeromáximodeanimaisresidentesobservados paracadaano(adaptadodeSilva2008).
tos,conduziráaumacentuadodeclíniodo efectivopopulacionalnumcurtoprazo.
iii)–sonscomplexose variáveis,associadosàexpressãode emoçõesecomunicação. 24 |

faltaderecrutamentoàidadeadulta,origina umaestruturaetáriainstáveleoenvelhecimentodapopulação.Mesmoqueactualmente todasascriassobrevivamduranteosegundoe terceiroanosdevida,abaixasobrevivênciana fasejuvenildificultaarecuperaçãoimediata daestruturaetária.

Oenvelhecimentodosanimaispodeter consequênciasnataxadereprodução,umavez queestatendeadiminuircomaidade,originandoassimumdecréscimononúmerodenascimentos,ecolocandoemriscoaviabilidade detodaapopulação.Gaspar(2003)realizou modelosdeviabilidadepopulacionaltendoem contaascaracterísticasdemográficasdapopulaçãoexistenteem2002.Acurtoprazo,entre 10a15anos,prevê-sequeonúmerodeanimais dapopulaçãocontinueadecrescerrapidamenteporqueamaioriadosadultosreprodutoresteráatingidoolimitedasualongevidade. Apósestafase,esenãohouverimigração,o númeroderoazesresidenteficarámuitoreduzido,eporissoqualquerfactoradicionalque ocasioneamortedeumoumaisanimaisirá acelerarodeclíniodapopulação.

Amortalidadedosjuvenispodeterorigens naturaisouantropogénicas.Deentreascausas naturais,salienta-seaimportânciadaduração doperíododedependênciadaprogenitora que,aodiminuirapósoprimeiroanodeseparação,influenciaosucessoindividualdosjuve-

nis.SegundoVanBressem(2003),oaparecimentodeinfecçõesedoenças,comoadoençadatatuagem(commaiorprevalêncianos juvenis),podecontribuirparaoaumentoda mortalidadedestaclasseetária.

etal.

Poroutrolado,algumasdascondiçõesnaturaisdoestuário,comoaturbidezdaságuasou asfortescorrentesdemaré,podemtambém influenciarasobrevivênciadascriasedosjuvenis,quesãotipicamentemaisinexperientes e,portanto,maissensíveisàscondiçõesdo meio(Gaspar2003).

Existemtambémváriosfactoresintrínsecosà própriaespéciequeinfluenciamacondiçãoda população.Entreeles,distinguem-seamaturaçãosexualtardia,olongoperíododegestação comonascimentodeapenasumacriaporparto eumlongoperíododedependênciadaprogenitora(Silva2008).Verifica-seinclusivamenteque napopulaçãodoSadoexistempoucasfêmeas emidadereprodutiva(Gaspar2004).

Atodosestesfactoresacresceodesconhecimentodacomposiçãogenéticadapopulação, apesardospoucosdadosdisponíveisapontarem paraumabaixavariabilidadegenética.Apopulaçãoérelativamentefechada,nãoexistindo evidênciasdefluxosmigratóriosdeadultosnem decontactosregulares,queimpliquemacasalamento,compopulaçõescosteiras(Gaspar 2004).OisolamentoimplicaqueosacasalamentossejamsempreentreindivíduosresidenCaracterizaçãodapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 25

tes,oquepotenciaoefeitodaconsanguinidade edaderivagenética(perdadevariabilidadegenéticacomaumentodoriscodeanomaliase mutações).Estefenómenopodeafectarasobrevivênciaeosucessoreprodutor,acentuando aindamaisodeclíniodapopulação(Lacy1993).

Oreduzidoefectivopopulacional,oenvelhecimentodapopulação,ascaracterísticasintrínsecasàprópriaespécieeadegradaçãodoseu habitat(factoresextrínsecosàpopulação)ameaçamestapopulaçãosingularemPortugalContinentaleraranaEuropa.Apenasaadopção imediatademedidasquevisemaminimização dasameaçasextrínsecaseaconservaçãoda populaçãopoderápermitirumarecuperaçãoa longoprazo.

PRINCIPAISAMEAÇAS

ApartirdosestudosrealizadossobreapopulaçãoderoazesdoSadoeoutraspopulações comcaracterísticassemelhantes,foipossível identificarquatropotenciaisfontesantropogénicasdeameaça:degradaçãodaqualidade daáguadoestuário,tráfegomarítimo,pescae poluiçãoacústica.

DEGRADAÇÃODAQUALIDADE DAÁGUA

Directaouindirectamente,oestuárioconstituiomeioreceptordetodososefluentes domésticos,industriaiseagrícolas,eaqualidadedasuaáguaéaindainfluenciadapela intensificaçãodotráfegomarítimo,pelapresençadeumgrandeestaleironavalepela existênciadeaquaculturas.

Ofactodealgunsdospoluentesintroduzidos noestuáriopoderemserbioacumuladosaolongodascadeiastróficasaquáticasinduzalteraçõesbioquímicasefisiológicasnosorganismos marinhos(Ferreira&Vale1998).Sendoos roazespredadoresdetopo,ofenómenodabioacumulaçãoadquirecontornospreocupantes.

Emboranãoseconheçaempormenoro efeitodospoluentesdeorigemantropogénica nosroazesdoSado,existemváriosestudosque mostramquepoluentescomoosDDT's(diclorodifeniltricloroetanos)eosPCB's(bifenilospolicloratos)influenciamnegativamenteafunção reprodutoraeimunológicadosmamíferosmarinhos(Reijnders1986).Existemaindaevidênciasdequefêmeasprimíparasexpostasa níveiselevadosdePCB'stêmumriscoelevado demortalidadeneonatal(Schwacke. 2002).Poroutrolado,tambémoscompostos etal

26 |

organoestânicos(presentesnastintasantivegetativas–TBT's)podemsuprimirosistema imunitáriodosroazes,contribuindoparaum aumentodamortalidade(Kannan1996).

TRÁFEGOMARÍTIMO

etal. etal etal ferry-boats

níveisdepressãoacústicadasembarcaçõesde pescaenaviosdegrandeporte(ex:petroleiros ecargueiros),provavelmentedevidoàsua menorsensibilidadeàsbaixasfrequências(dos Santos1998).

oxviridae

Comoseusistemaimunitárioenfraquecido, osroazesficammaissusceptíveisainfecções porbactérias,parasitasevírus(Lahvis. 1995),comoosvírusdafamíliaP, responsáveispeloaparecimentodelesõescutâneas,comoadoençadatatuagem(VanBressem.2003)jáobservadaemváriosjuvenis dapopulaçãoderoazesdoSado.

OestuáriodoSadoestáexpostoaumintenso tráfegodeembarcaçõesquetemvindoaaumentaraolongodosanos.Contribuempara estasituação,os,osrebocadores, asembarcaçõesdepescaederecreiobem comonaviosdegrandesdimensões,destinados àzonaindustrialeaosestaleirosnavais.

Deummodogeral,osanimaistendemaapresentarreacçõesneutrasempresençadasembarcaçõesdemaiorporte,umavezqueestas mantêmrotasrelativamentefixasevelocidade reduzida.Noquerespeitaaoruídosubaquático, osanimaisnãoapresentamreacçõesaosaltos

Relativamenteànáuticaderecreioeàactividadecomercialdeobservaçãoderoazes, verifica-seumautilizaçãomaisintensaedesregradadoestuárioduranteosmesesdeVerão, comimpactosnegativosimediatosnosroazes. Cascão(2001)analisouareacçãodosroazes doSadoàpresençadestasembarcaçõesnum raiode300m.Verificouqueosroazespodem alteraropadrãodeactividadecomportamental,acomposiçãoeestruturaespacialdosgrupos,aumentaraduraçãodosmergulhosea frequênciadegolpescaudais,comportamentosindicadoresdesituaçõesdestress.Vários estudosreferemqueestasalteraçõespodem interferircommecanismosvitaiscomoaprocuradealimento,oacasalamentoeaprocriaçãoe,alongoprazo,afectarasobrevivência dapopulação(Nowacek.1999;Baker& Macgibbon1991;Erbe&Farmer2000). etal

CaracterizaçãodapopulaçãoderoazesdoEstuáriodoSado| 27

28 |

PESCA

Apescailegale/ouumintensoesforçode pescapodemterefeitosnegativossobrea populaçãoderoazesumavezquepodemcontribuirparaadiminuiçãodadisponibilidade dassuasespécies-presa.Deigualmodoautilizaçãodearteslesivaspodeocasionaralteração/destruiçãodehabitatsvitaisparaamanutençãodosdasespécies-presa.

stocks

POLUIÇÃOACÚSTICA

Oruídoantropogénicotemopotencialde afectaroscetáceosdediversasformas,podendoreduziracondiçãodoindivíduo,população ouespécie(Perry1998),umavezqueestesanimaisdependemdassuascapacidadesacústicastantoparacomunicaçãocomoparaa percepçãodoseumeioedetecçãodepresas (Reynolds2000).

negligenciávelpelapossibilidadedemascararos sonsgeradosporpotenciaispresas(dosSantos 1998).Averificar-seestateoria,osroazespoderãoalteraropadrãodeutilizaçãodohabitat, procurandonovaszonasdealimentaçãoem áreasexterioresaoestuário.Asaídadoestuário podeinfluenciarasobrevivênciadosanimais maisjovens,normalmentemaisprotegidosno interiordoestuário(Gaspar2003).

Épossívelqueoruídoportuárioeindustrialno estuáriodoSadonãosejaumafontedeperturbaçãoambientalgraveparaosroazesdo pontodevistasensorialefisiológico.Noentanto,podeconstituirumimpactoambientalnão etal.
Contudo,oconhecimentodosefeitosdapoluiçãoacústicasobreosroazesdoSadoéainda insuficientepeloquesãonecessáriosmais estudosquepermitamdefinirmedidasdeminimizaçãodosimpactosdasactividadeshumanasnapopulaçãoderoazes.

AvaliaçãoeObjectivosGerais

PARTE3

MISSÃODOPLANODEACÇÃO

AmissãodoPlanodeAcçãoenquadraaestratégiaglobal,estabelece osgrandesobjectivoseforneceaslinhasdeorientaçãoparaasacções deintervenção,emconsensocomtodasaspartesinteressadas.No semináriodeaberturadostrabalhos,realizadoa19deMaiode2008, estiverampresentesosprincipaisintervenientesnestePlano(AnexoI), noqualseaprovouoseguintetextoqueexpressa,comclareza,amissão destePlanodeAcção:

Protegererecuperarapopulaçãoderoazes doSado,únicaemPortugal,melhorandoascondiçõesdoseu habitat,atravésdaconcertaçãodosagentesrelevantesparaa suaconservação.

AVALIAÇÃODAPOPULAÇÃO

Combasenasistematizaçãodoselementosdecaracterizaçãoede diagnóstico,procedeu-seàavaliaçãodapopulaçãoderoazesdoestuário doSado,atravésdeumaanálise(,, ,):identificaçãodospontosfortesefracos,dasoportunidades eameaçascomqueogestordoPlanodeAcçãosepodedeparar.Esta análiseteveporbaseacomparaçãodoactualcenáriode2008,aevolução dapopulaçãonasduasúltimasdécadaseosobjectivosquesepretendem alcançar,conformeexpressaamissãodoPlanodeAcção.

SWOTStrenghtsWeaknessesOportunitiesThreats

30 |

espécimesdedeterminadasespéciesdafloraefaunaselvagens(ConvençãoCITES).

PontosFortes

deummodogeral,os cetáceosatraemsempreumgrandeinteresseporpartedaspopulaçõeshumanas,situaçãoaquenãoéestranhaapopulaçãoderoazesdoSado.

Espécieemblemática:

ConvençãorelativaàConservaçãodaVida SelvagemedosHabitatsNaturais(ConvençãodeBerna).

PopulaçãodeSetúbal,únicaem Portugal:

trata-sedaún azes

icapopulação,existenteemPortugalContinental,dero

residentes.

Habitatdapopulaçãoincluizonasdeáreas classificadas:

aáreautilizadapelapopulação

residentederoazesenglobaduasáreasprotegidas(ReservaNaturaldoEstuáriodoSadoe ParqueMarinhoProf.LuizSaldanha-Parque NaturaldaArrábida),doissítiosdesignadosao abrigodaDirectivaHabitats(PTCON0011e PTCON0010)eumsítioRamsar(3PT007).

que

Legislaçãointernacionalprotegea espécie:

Regulamento(CE)n.º388/97doConselho, de9deDezembrode1996,relativoàprotecçãodeespéciesdafaunaedafloraselvagensatravésdocontrolodoseucomércio(ConvençãoCITES).

Regulamento(CE)n.º1037/07daComissão, de29deAgostode2007,queestabelece restriçõesàintroduçãonaComunidadede

Legislaçãonacionalprotegeaespécie:

que

Decreton.º50/80,de23deJulho,que transpõeparaalegislaçãonacionalaConvençãoCITES.

Decreto-Lein.º263/81,de3deSetembro, queconfereprotecçãoaosmamíferosmarinhosnaZonaEconómicaExclusiva(ZEE) portuguesa.

Decreto-Lein.º316/89,de22deSetembro, queratificaaConvençãorelativaàConservaçãodaVidaSelvagemedosHabitatsNaturais(ConvençãodeBerna).

Decreto-Lein.º49/05,de24deFevereiro, quealteraoDecreto-Lein.º140/99,de24de Abril,queprocedeuàtransposiçãoparaaordemjurídicainternadasDirectivasAvese Habitats.

Decreto-Lein.º6/06,de6deJaneiro,que regulamentaaactividadedeobservaçãode cetáceosnaságuasdePortugalContinental.

Enquadramentonuminstrumentodeordenamentodeumaáreaprotegida:

oPlanode

OrdenamentodaReservaNaturaldoEstuáriodoSadoprevêaelaboraçãodeumPlano deSalvaguardaeMonitorizaçãoparaapopulaçãoderoazesdoestuáriodoSado.

o o
exlibris
o o o o o o
AvaliaçãoeObjectivosGerais| 31

Grandediversidadeenúmerodeestudos sobreoestuárioesobreapopulaçãode roazes: existeumconhecimentoaprofundadoedelongadatasobreoestuáriodo Sado.Desdeadécadade80queserealizam estudossobreapopulaçãoresidentederoazesdoSado.Ainformaçãoexistenteinclui aspectosrelacionadoscomadinâmicapopulacional(taxasdesobrevivênciaereprodução),ecologiaeutilizaçãodehabitat,patolo-

gias(doençasdepele)ecaracterização,de umaformapontual,deimpactosnegativos.

Mobilizaçãodosparceirosparaaelaboraçãodoplanodeacção,atravésdaconstituiçãodegruposdetrabalhomultidisciplinares: Conjunturaactualrelacionadacomaconservaçãodanatureza: aconsciênciacolectivaparaosproblemasdaconservaçãoda naturezaedapreservaçãodasespéciesestá actualmentebempresentenasociedade portuguesa.

existedisponibilidadedeparceiros dediferentesáreasparadesenvolveracções quepossambeneficiarapopulaçãoderoazes.

PontosFracos

Populaçãoresidente:

pelofactodesetratardeumapopulaçãoqueutilizaoestuário doSadodeumaformaconstanteedurante todooano,oimpactonegativodeactividadessobreapopulaçãoouoseuhabitatpoderáalterarsignificativamente,edeforma irreversível,oestatutodeconservaçãodestapopulação.

Populaçãoenvelhecida(fragilidadebiológica):

amaioriadosanimaisestápróximado seulimitedelongevidade,aqueseassocia

32 |

Habitatcomváriasfontesdepoluição:

apopulaçãocontaactualmentecomapenas25 animais.

umaviabilidadereprodutivamaisreduzida, factoqueconfereàpopulaçãoumagrande fragilidadebiológica. a

Populaçãocomefectivoreduzido: Elevadaprobabilidadedapopulaçãoapresentarumabaixavariabilidadegenética:

baixavariabilidadegenéticaoriginaum elevadograudeconsanguinidadeentreos indivíduosdapopulação,potenciandooaumentodaincidênciademalformaçõesfísicas,podendoestasserletais.

Conhecimentoreduzidosobreascaracterísticasbiológicasdosindivíduosedoestadosanitáriodapopulação(patologiaseníveisdecontaminaçãoporpoluentesquímicos):

Poluiçãoquímicaorgânicaeinorgânica(água, sedimentosecadeiatrófica).Fontesdepoluição:efluentesdeorigemdoméstica,industrialeagrícolaetráfegomarítimo. Poluiçãoacústica(areágua).Fontesdepoluição:

tráfegomarítimoemanobrasportuáriasemilitares.

Destruiçãodohabitateperturbaçãodos indivíduosdapopulaçãodevidoa:

Proximidadedezonaindustrial.Aindústria instaladanoCanalNortedoestuáriodoSado éumaindústriapesadaemuitopoluente.Os efluentesdaactividadeindustrialsãoportadoresdequímicos,taiscomonitratos,metais pesadoseorganoclorados,etc…comelevado impactonohabitatenosroazes.Poroutro lado,algunsdestescompostossãolipossolveisac

poxvirus

actualmente,estãoidentificados apenassetefêmeasetrêsmachosna população;aidadedosmembrosdapopulaçãoéconhecidaapenasparaosanimais maisnovos,sendoestimadanosrestantes; osanimaisnovoseamaiorpartedosadultos estãoinfectadoscomodosgolfinhosqueseexpressaatravésdelesões (manchas)napele,indicadorasdeumdeficientefuncionamentodosistemaimunitário;ainformaçãosobreacontaminação dosanimaisarrojadosédispersaedeficiente;háumdesconhecimentogeneralizado dascausasdemorte.

umulando-senacamadaadiposados roazes.Váriosestudosreferemqueasfêmeas primíparasconcentramgrandepercentagem (80%)depoluentesquímicosnoleitematerno queétransferidodirectamenteàscrias,debilitandooseusistemaimunitário

escailegalpodeafecta

radisponibili

dadedealimentoeserfontededestruição dohabitatdealgumasespécspresasdos roazes

Afectaçãodaádeutilizaçãopreferencial

o o o o o o .
ú . P,queie
Proximidadedezonadeelevadadensidade populacional.
rea
AvaliaçãoeObjectivosGerais| 33

barqueleSoltróiaRioearina

Fortesinteresseseconómicosquesesobrepõeaosinteressesdeconservação:

Al-

dosroazes(CanalSul)peloaumentode embarcaçõesderecreioassociadasaosnovosportosderecreio-fundeadoresde MdeTróia.

ferries

Novotrajectodoscoincidecomárea dealimentaçãodosroazes,peloqueapoluiçãoacústicapoderáinterferirnascapacidadesdecomunicaçãodosanimaisbemcomo napercepçãodomeioenacapturadealimento.Poderáigualmenteoriginarumaumentonoriscodecolisãocomoscetáceose perturbaçãodeactividadesvitaisdosroazes

Dragagenseoutrasoperaçõesderemoçãode

sedimentopodemgerararesuspensãodepoluentesepossivelentradanacadeiatrófica

Tráfegodeembarcaçõesderecreio,commaiorintensidadeduranteosmesesdeVerão.

Actividadedeobservaçãodegolfinhos:estudosmostramqueosroazesdoSadoevitam asembarcaçõesalterandooseurumo,aumentandoporvezesotempoemapneia.Se nãofordevidamenteregulamentadaefiscalizada,estaactividadepode,acurto-médio prazo,terumimpa

ctonegativomuitosignificativonapopulaçãoderoazes

ActividademilitardaMarinhaPortuguesano

CanalSul:osexercícioscomembarcações,e emparticularcomhelicópteros,juntodasuperfíciedaáguanoCanalSulpodeminduzir aoafastamentod

osroazesnasáreasemque asmanobrasdecorrem.

aactividadeindustrialeoturismosãoactividadas económicascomgrandeimportâncianaregião.Aexpansãodestessectorespodeentrar emconflitocomasmedidasdeconservação quepretendemsalvaguardarapopulação.

Divisãoadministrativadohabitat:

ofacto

dabaciahidrográficadoSadoestarsoba alçadadeduasregiõesadministrativas distintas(CCDR-AlentejoeCCDR-Lisboae ValedoTejo)podeimplicarmaiorcomplexidadenaimplementaçãodeacçõesconcertadasparaaconservaçãodoestuárioeda populaçãoresidentederoazes.

Inexistênciadearticulaçãoentreentidades comcompetênciaemáreasrelacionadas comohabitateosroazes:

ofactodeexistiremdiferentesentidadescomcompetênciasemáreasrelacionadascomohabitateos golfinhos(ex.:APSS,RNES,ARH)podeimplicarmaiorcomplexidadenaexecuçãodeacçõesquecontribuamparaaconservaçãodo estuárioedapopulaçãoresidentederoazes.

Faltadevontadepolíticaeinérciadasentidadescompetentes:

nosúltimosanostêm

faltadodecisõesquepermitamaaplicação eficientedalegislaçãoexistenteeaexecuçãodeacçõesdeprotecçãodaespécieedo seuhabitat.

Umagrandepartedohabitatimportante

. . .
o o o o o
34 |

paraapopulaçãonãoéabrangidopornenhumestatutolegaldeprotecção:

oCanal Sul,principaláreautilizadapelosroazes,não sócomozonadedeslocaçãomastambém comozonadealimentação,nãoestáinserido naReservaNaturaldoEstuáriodoSado,e apenaspartedeleseencontraabrangidopelo sítiodaRedeNatura.OlitoraldeTróiaeo canaldeentradanoestuário,igualmenteimportantes,nãoestãoabrangidospornenhum estatutolegaldeprotecção.

Informaçãoexistentesobreohabitatesobreapopulaçãoestádispersa:

Deficientefiscalizaçãoemonitorização:

Deficientesensibilizaçãoambientalparaos problemasdohabitatedapopulação:

osvários estudosrealizadossobreoestuáriotêmproveniências,objectivosemetodologiasdistintas.Amonitorizaçãoalongoprazode parâmetrosfísico-químicosimportantesé praticamenteinexistente,oquedificultaa comparação,complementaridadeouaavaliaçãodaevolução. a monitorizaçãodapopulaçãoderoazesnão temsidoasseguradanosúltimosanoseas actividadesdesenvolvidasnoestuário,que possamterumimpactonegativonapopulaçãoderoazes,têmtidoumafiscalização deficiente. apopulaçãodeSetúbaleosportuguesesemgeral desconhecemasituaçãoambientaldoestu-

árioedapopulaçãoderoazes.Ossão aformamaisdeinformação,enãotêmsidodevidamenteaproveitadospar

eficientedifundira

media aacausadasalvaguardado estuáriodoSadoedapopulaçãoderoazes. Alémdavisitaçãopromovidaporempresas licenciadasquetemumpapelimportantena informaçãoesensibilizaçãodopúblico,oenvolvimentodapopulaçãoescolaredacomunidadelocaléincipiente.

Oportunidades

Planopodelevaraquenovosparceirosadiramàsiniciativascriadas.

criaçãode

MediatizaçãodoPlanodeAcçãocomaconcertaçãodosparceiros: Articulaçãointer-institucional:

parceriasquepermitamefacilitemaobtençãodenovasinformaçõessobreapopulação deroazeseoseuhabitat.

Desenvolvimentodamarca“RoazesdoSado”: Monitorizaçãodapopulação(demográfica, utilizaçãodohabitat,sanitária):

prommamaiorvisibilidadeda populaçãoderoazesdoSadoeconsequentementedasameaçasqueenfrenta.

oveu rá

amediatizaçãodo
permitirá
oacompanhamentoda
população,aprofun-
AvaliaçãoeObjectivosGerais| 35

dandooconhecimentosobreosindivíduose adinâmicapopulacional,paraaidentificaçãodasacçõesdeconservaçãoprioritáriasà recuperaçãodapopulação.

Recuperaçãodapopulaçãoderoazes:

ten-

doestapopulaçãoumcarizúnicoeemblemático,asuarecuperaçãopoderásermotede sensibilizaçãoparaaconservaçãodeoutras espéciesedanaturezaemgeral,promovendo-setambémumturismoresponsávelnuma regiãodereconhecidosvaloresambientais.

Centralizaçãoesistematizaçãodainformaçãocientíficasobreohabitateapopulação:

facilitaráummelhorplaneamentodos trabalhosarealizargarantindo-seavisãoglobaldascondiçõesdohabitatedapopulação deroazes.

Fiscalizaçãoefectivadasactividadesem geral,efluentesindustriaiseurbanos,pescaedanáuticaderecreio: Melhoriadascondiçõesambientaisdo estuário:

permuma melhoriadaqualidadeambientaldo dapopulaçãoderoazes. a qualidadeambientalfazcadavezmaisparte integrantedoconceitodequalidadedevida

Desenvolvimentodaostreicultura:

coma

melhoriadascondiçõesambientais,actividadesqueoutrorafizerampartedoquotidiano doestuário(comoaostreicultura)poderão surgirnovamente,contribuindoparaacriaçãodeempregos

.

o OpresentePlanodeAcçãoestáprevistono programadeexecuçãodoPlanodeOrdenamentodaRNES:

facilitaráaimplementação dasacçõescontempladasnoPlanodeAcção.

Desenvolvimentoepromoçãodoturismo ambiental: Elevadopotencialdesensibilizaçãoambiental:

apromoçãodasustentabilidade daactividadeturisticacontparaa sensibilizaçãoambientaldopúblico

Melhoriadaqualidadedevidahumana: .

Rejuvenescimentodapopulaçãohumana:

habitat a qualidadeambientalpodeserumatractivo paraoestabelecimentodecasaisjovensna região

Sinergiaspúblico-privadas:

ribuirá-

osgolfinhos,enquantoespécieemblemática,despertamsonhoseempatia, sendoporissoverdadeirosembaixadoresparaasensibilizaçãoambientaldaspopulaçõeshumanas amobilização

o o
.
itirá
. . .
emtornodeumacausacomumasalvaguardadapopulaçãoderoazespoderáfomentaracriaçãodecooperações/sinergias entreváriasentidadesesectorespúblicose privados 36 |

madaszonaspreferenciaisparaapopulação deroazes

Ameaças

IncapacidadedeconcretizarumaestratégiadedefesadosroazesdoSado:

Especulaçãoimobiliária:

habitat

pode levaràextinçãodapopulação. .

opossívelaumento dapopulaçãohumana,residentenaárea,poderáconduziraumamaiordeterioraçãodo dapopulaçãoderoazes

Aumentodapressãohumanaeindustrial podendolevaraumaumentodapoluição químicanaáguaenoar:

deterioraçãodas condiçõesambientaisdoestuárioeáreas envolventes,comasrespectivasconsequências.

Aumentodapoluiçãoagrícolaatravésdo transvasedoAlqueva:

possíveldeterioração daqualidadedaáguadoestuário.

depleção

Sobre-exploraçãodoambiente: Aumentooucontinuaçãodadestruiçãodo

habitatdevidoa:

Aumentodapressãourbana:

dosrecursosnaturais,alterandooequilíbrio doecossistema. sobre-exploraçãodoambiente.

Tráfegomarítimocomercial:

poluiçãoacústicaequímica.

ImplantaçãodonovocaisdosnoCanalSul: ferries

Aumentodotráfegodeembarcaçõesde recreio: Aumentodaactividadedeobservaçãode golfinhos:

maiornúmerodefontesdepoluição acústicaequímica;aumentodaperturbação eriscoacrescidodecolisãocomroazes

Dragagensparaaprofundamentodorio:

Escassezdealimentonoestuário:

aumentodeimpactosimediatos noscomportamentosnaturaisdosindivíduos,comeventualimpactoamédioprazo nasobrevivênciadapopulação as permanentesdragagensparaaprofundamentodorio,demodoapermitirapassagemaos naviosdegrandeporte,devemserefectuadasemalturasemquenãocausemimpacto nociclodevidadasespéciesqueutilizamo estuárioequesãopotenciaispresasdosroazes(ex:ochocoentranoestuárioparaadesovanamesmaépocaemqueocorremnormalmenteasdragagensdeJaneiroaAbril). nos últimos10anosacapturadochoconoestuáriodoSadodiminuiucercade70%.Algumas espéciespiscícolascomoopeixe-rei,oscabozes,apetingaeocarapautambémdesapareceram,ecasoestasituaçãonãoseja invertidapoderemosassistir,amédioprazo, aumasituaçãodeescassezdadisponibilidadedealimentoparaosroazes.

. ; .
,, o o
o o o
incrementodotráfegomarítimonuAvaliaçãoeObjectivosGerais| 37
38 |

OBJECTIVOSGERAIS

Noseguimentodaanáliseanterior,estabeleceram-seosquatro objectivosgeraisqueservemdebaseàelaboraçãodoPlanodeAcção.

1

CONHECIMENTO EINVESTIGAÇÃO

Melhoraroestatuto deconservaçãoda populaçãoderoazes doestuáriodoSado.

2

QUALIDADE DOHABITAT Monitorizara qualidadeambiental dohabitatdapopulaçãoderoazes.

3

APOIOPÚBLICO

Sensibilizareenvolveraopiniãopública eosagenteslocais paraaurgênciada melhoriadaqualidadeambientaldoestuárioedasalvaguarda dapopulaçãoderoazesdoSado.

4

OPERACIONALIZAÇÃO

Criarummodelode gestãoquepermita operacionalizaro PlanodeAcção.

Estesobjectivosgeraisdeverãoserconcretizadosnumhorizontetemporalde5anos(períododevigênciadoPlanode Acção),entre2009e2013.NaParteIVdopresentePlanoapresenta-seoresultadopráticodoPlanodeAcção,detalhando, paracadaumdosobjectivos,osrespectivosresultadoseacçõesprevistas,referindo-senoAnexosIIacalendarizaçãodas acçõeseasentidadesresponsáveispropostasparaasuacoordenação.

AvaliaçãoeObjectivosGerais| 39
40 |

Objectivos,ResultadoseAcções

PARTE4

MELHORAROESTATUTODE CONSERVAÇÃODAPOPULAÇÃO DEROAZESNOESTUÁRIODOSADO

ApopulaçãoderoazesresidentenoestuáriodoSadoconstituiumcaso únicoeparticularemPortugal.Oreconhecimentodasuaimportânciae vulnerabilidadelevouàcriaçãodoactualPlanodeAcção,cujoprincipal objectivoéode“melhoraroestatutodeconservaçãodapopulaçãode roazesdoestuáriodoSado”.

Paraoefeito,sãoconsideradasprioritáriasalgumasacções,nomeadamente:aimplementaçãoedesenvolvimentodeumprogramademonitorizaçãodapopulaçãoderoazesdoSado;acriaçãodeumcentrode documentaçãoeinformaçãosobreapopulaçãoderoazesdoSado;ea criaçãodeumarededeintervençãorápidaparasituaçõesdearrojamentosdeindivíduosdapopulaçãoderoazesdoSado.

1 42 |

Missão:

ProtegererecuperarapopulaçãoderoazesdoSado,únicaemPortugal,melhorandoascondiçõesdoseuhabitat,atravésdaconcertaçãodosagentesrelevantesparaasuaconservação

Objectivo:

1.MelhoraroestatutodeconservaçãodapopulaçãoderoazesnoestuáriodoSado

ResultadosIndicadores

Programademonitorizaçãoimplementadoaté aofinaldo2ºtrimestrede 2010; Nomenclaturaindividual dosroazesuniformizada atéfinalde2009; Basededadoscriadaaté finalde2010; Catálogofotográficodisponívelatéfinalde2010

BibliotecadigitaldisponívelnaInternetatéfinal do2ºtrimestrede2010; Centrodedocumentação criadonofinaldo2º trimestrede2010; 1/ano workshop

Manuaisdeactuação elaboradosatéSetembro de2009; Equipadeprimeira intervençãoconstituídae operacionalatéfinal Outubrode2009; 3parcerias/ano

Estatutoidentificadoaté finalde2009

Meiosdeverificação

Relatóriossemestrais; Boletinsdedivulgação; Catálogofotográfico

Pressupostos

Colaboraçãodos parceiros; Definiçãodaestratégia

Bibliotecadigital; Centrodedocumentação; Listadeparticipantesnos workshops

Disponibilizaçãodos dados/documentaçãopor partedasentidades/ investigadores

Manuais; Fichasdearrojamento; Protocolos

Recursoshumanose meiostécnicosdisponíveis

Actasdareunião; Internet

Colaboraçãodos parceiros;

1.4. Estatutodeconservação especificoparaapopulaçãodo roazdoSadoidentificado
1
Tabela1. Quadrológicodefinidoparaoobjectivo1doPlanodeAcção. 1.1. Modelodemonitorizaçãoda populaçãoderoazesdesenvolvido eimplementado 1.2. Plataformadeinformação sobreaespécieconstituída 1.3. Rededeactuaçãopara arrojamentosnaáreadoPlanode Acçãocriada
Objetivos,ResultadoseAcções| 43

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

1.1. Modelodemonitorizaçãodapopulaçãoderoazesdesenvolvidoeimplementado

1.1.1. Uniformizarosistemade identificaçãoindividualdosroazes

1.1.2. Desenvolverumprogramade monitorizaçãodadinâmicapopulacionaldosroazes(incluindoacaracterizaçãogenética,fisiológicaetoxicológica)edautilizaçãodohabitat

1.1.3. Implementaroprogramade caracterizaçãogenética,fisiológicae toxicológicadapopulaçãoderoazes

1.1.4. Implementaroprogramademonitorizaçãodadinâmicapopulacional dosroazesedautilizaçãodohabitat

1.1.5. Estudarasinteracçõesentrea populaçãoderoazesdoSadoeoutraspopulaçõescosteirasdecetáceos

1.1.6. Criarumabasededadospara acompanhamentodapopulaçãode roazes

1.1.7. Organizarreuniõestécnicas entreinvestigadoresparaacompanhamentodamonitorização

1.1.8. Gerirabasededadoscriada em1.1.6.

Média Imediato

ICNB/RNES,Projecto Delfim,VertigemAzul, Quercus

Elevada Curto ICNB/RNES,Unidadesde investigação,Jardim Zoológico

Elevada Longo ICNB/RNES,Unidadesde investigação,Jardim Zoológico

Elevada Longo

ICNB/RNES,Unidadesde investigação

Elevada Curto

ICNB/RNES,Unidadesde investigação

Média Curto

ICNB/RNES,Unidadesde investigação

Média Longo

ICNB/RNES,Unidadesde Investigação,Jardim Zoológico

Média Longo UnidadesdeInvestigação

1.2. Plataformadeinformaçãosobreaespécieconstituída

1.2.1. Constituirumaequipapara recolhaeavaliaçãodainformação disponível

1.2.2. Sistematizareorganizaro conhecimentoactualsobreaespécie/ população,identificandolacunas

Média Imediato

ICNB/RNES

Elevada Imediato Equipacriadaem1.2.1.

44 |

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

1.2.3.

1.2.4.

1.2.5. Organizartécnicos entreinvestigadores workshops Média Médio

1.3.1.

Elevada Imediato ICNB/RNES,Jardim Zoológico

1.3.2.

1.3.3.

1.3.4.

1.3.5. Operacionalizaraequipade primeiraintervenção Elevada Imediato

1.3.6. Divulgararededealerta(atravésdaediçãodebrochuras,, postal,rádioeTV,site…) posters mailing

Baixa Médio

lógico,ProjectoDelfim, medialocal,Vertigem Azul,Quercus

1.3.7. Celebrarparceriaspara operacionalizararede Baixa Médio

1.4. Estatutodeconservação especificoparaapopulaçãodoroazdoSado,identificado

1.4.1. AplicaroscritériosdaUICNparaatribuiroestatutodeconservação Elevada Imediato

1.4.2. DivulgaroestatutodeconservaçãodapopulaçãoderoazesdoSado Elevada Médio

1.3. RededeactuaçãoparaarrojamentosnaáreadoPlanodeAcçãocriada Criaredisponibilizaron-line umabibliotecadigitalsobrea espécie/população
Elevada Curto ICNB/RNES
Criarcentrodedocumentação sobreaespécie/populaçãoderoazes
Elevada Curto Equipacriadaem1.2.1.
Equipacriadaem1.2.1.
Constituirumaequipade trabalhoparaelaboraçãodoplanode actuação Elaborarosplanosdeactuação paraarrojamentos
Elevada Imediato Equipacriadaem1.3.1.
Identificarasentidadesparticipantesnaequipadeprimeira intervenção
Elevada Imediato Equipacriadaem1.3.1.
Equipacriadaem1.3.1.
Constituiredarformaçãoà equipadeprimeiraintervenção
Elevada Imediato
ICNB/RNES
ICNB/RNES,JardimZoo-
ICNB/RNES
ICNB/RNES
ICNB/RNES Objetivos,ResultadoseAcções| 45

MELHORARAQUALIDADEAMBIENTAL DOHABITATDAPOPULAÇÃODEROAZES

Asprofundasalteraçõesocorridasnasúltimasdécadasnohabitatda populaçãodosroazesdoSadoconstituemaprincipalameaçaàestacomunidadederoazes.

Sóumamelhoriaacentuadadascondiçõesdohabitatconseguida comoenvolvimentodetodososagentesresponsáveispelautilizaçãoe gestãodoestuáriodoSadopermitirásalvaguardarestapopulação.

Assim,edeformaaalcançarosegundoobjectivoprevistonoPlano “MonitorizaraQualidadeAmbientaldoHabitatdaPopulaçãodeRoazes” -pretende-seestabelecerumprogramademonitorizaçãoambientaldo estuáriodemodoamelhoraraqualidadedaágua,bemcomominimizar oueliminarosimpactosnegativosdecorrentesdaincorrectautilização doestuário.OenvolvimentoeaparticipaçãoactivadetodososintervenientesnacorrectautilizaçãoegestãodoestuáriodoSadoéfundamentalparaosucessodestaacção.

Pretende-seigualmentecriarumaplataformadeinformaçãoquevenha aestardisponívelaopúblicoequecontenhadocumentaçãorelevante sobreohabitat,comoobjectivodeinformareesclareceracercadosrecursosestuarinosedoseventuaisimpactosdeumaincorrectautilização.

2
, 46 |

Missão:

ProtegererecuperarapopulaçãoderoazesdoSado,únicaemPortugal,melhorandoascondiçõesdoseuhabitat,atravésdaconcertaçãodosagentesrelevantesparaasuaconservação.

Objectivo:

2.Monitorizaraqualidadeambientaldohabitatdapopulaçãoderoazes

Tabela2. Quadrológicodefinidoparaoobjectivo2doPlanodeAcção.

ResultadosIndicadores Meiosdeverificação Pressupostos

2.1. Planodeavaliação/monitorizaçãoambientaldoestuário desenvolvido

2.2. Plataformadeinformação constituída

Planodemonitorização desenvolvidoatéfinalde 2010

BibliotecadigitaldisponívelnaInternetatéfinal de2.ºtrimestrede2010; Centrodedocumentação criadoatéJunhode2010

2.3. Fiscalizaçãoefectivadaárea deimplementaçãodoPlano garantida

EquipademardaRNES criadaem2009; Plataformadecooperaçãoconstituídaatéfinal de2009

Relatóriostécnicos Colaboraçãoentre entidades/investigadores

Bibliotecadigital; Centrodedocumentação Disponibilizaçãodos dados/documentação porpartedasentidades

Protocolos; Relatóriodesaidasda equipademar

Entidadesfiscalizadoras disponiveis

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

2.1. Planodeavaliação/monitorizaçãoambientaldoestuáriodesenvolvio

2.1.1. Desenvolverumplanode avaliação/monitorização Elevada Imediato ICNB/RNES,Unidades deInvestigação

2.1.2. Identificarasentidadesmais relevantespararealizartrabalhosde monitorização

2.1.3. Monitorizaraqualidadedaágua eidentificarasmedidasdeminimizaçãodosimpactos

Elevada Imediato ICNB/RNES,Unidades deInvestigação

Elevada Longo Entidadesidentificadas em2.1.2.

2
Objetivos,ResultadoseAcções| 47

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

2.1.4. Monitorizarossedimentose identificarasmedidasdeminimizaçãodosimpactos

2.1.5. Monitorizarabioacumulaçãona cadeiaalimentareidentificarasmedidasdeminimizaçãodosimpactos

2.1.6. Monitorizaroambienteacústico subaquáticoeidentificarasmedidas deminimizaçãodosimpactos

2.1.7. Monitorizarotráfegomarítimo eidentificarasmedidasdeminimizaçãodosimpactos

2.1.8. Monitorizaraactividadedapescaeoimpactosobreapopulaçãode roazes

Média Longo Entidadesidentificadas em2.1.2.

Elevada Longo Entidadesidentificadas em2.1.2.

Elevada Adecorrer

IMAR;ProjectoDelfim

Elevada Longo

Entidadesidentificadas em2.1.2.

Média Curto Entidadesidentificadas em2.1.2.

2.2. Plataformadeinformaçãoconstituída

2.2.1. Sistematizareorganizaro conhecimentoactualidentificando lacunas

Baixa Imediato Equipacriadaem1.2.1.

on-line

2.2.2. Criaredisponibilizara bibliotecadigitalsobreohabitatda populaçãoderoazes

2.2.3. Criarumcentrodedocumentaçãosobreohabitatdapopulaçãode roazes

Baixa Curto Equipacriadaem1.2.1.

Baixa Curto

2.3. FiscalizaçãoefectivadaáreadeimplementaçãodoPlanogarantida

2.3.1. Criarumaplataformadecolaboração/cooperaçãocomentidades fiscalizadoras

2.3.2. Criarocorpodefiscalizaçãode mardaRNES

2.3.3. Darformaçãoespecíficaàs entidadesfiscalizadoras

Elevada Imediato

ICNB/RNES

ICNB/RNES

Elevada Imediato

Elevada Curto

ICNB/RNES

ICNB/RNES

48 |
Objetivos,ResultadoseAcções| 49

SENSIBILIZAREENVOLVERA OPINIÃOPÚBLICAEOSAGENTESLOCAIS PARAAURGÊNCIADAMELHORIADAQUALIDADE

AMBIENTALDOESTUÁRIOESALVAGUARDADA POPULAÇÃODEROAZESDOSADO

DarvisibilidadeaosroazesdoSadoetorná-losumexemplodeconservaçãonacional,peloseuvaloremblemáticoepelocompromissoassumidopeloEstadoPortuguêsparaasuaconservação,fazpartedamissão destePlano.

Oterceiroobjectivotemporintenção“SensibilizareEnvolveraOpiniãoPúblicaeosAgentesLocaisparaaUrgênciadaMelhoriadaQualidade AmbientaldoEstuárioeSalvaguardadaPopulaçãodeRoazesdoSado”.

Oenvolvimentodetodoséfundamentalparaqueseconsigamatingir osobjectivosdoPlano.Estãoprevistasdiversasacçõescomoformade sensibilizareenvolverosprincipaisagentes,designadamenteapopulaçãoescolar,asautoridadeslocais,asempresasligadasaossectores industrialeturístico,acomunidadepiscatória,aopiniãopúblicaea comunicaçãosocial.

Odesenvolvimentodamarca“RoazdoSado”serátambémimportanteparaacomunicaçãodosobjectivosdoPlano,bemcomoparaa certificaçãodeentidadesquecontribuamparaocumprimentodamissãoestabelecidanoPlano.

Acriaçãodeumcentrointerpretativosobreapopulaçãoderoazesdo Sadoseráomeiodesensibilizaçãoporexcelênciaparaaimportânciadestapopulação,bemcomoparaadivulgaçãodasacçõesprevistasnoPlano.

3
50 |

Missão:

ProtegererecuperarapopulaçãoderoazesdoSado,únicaemPortugal,melhorandoascondiçõesdoseuhabitat,atravésdaconcertaçãodosagentesrelevantesparaasuaconservação.

Objectivo:

3.Sensibilizareenvolveraopiniãopúblicaeosagenteslocaisparaaurgência damelhoriadaqualidadeambientaldoestuárioesalvaguardadapopulaçãode roazesdoSado

ResultadosIndicadores Meiosdeverificação Pressupostos

100%dosagrupamentos deescolasdosconcelhos abrangidospelaáreade influênciadoPlano; 10horas/anodeformação; 5000visitasaoCentrode InterpretaçãodaNaturezada HerdadedaMourisca(CINHM); Kit pedagógicocriadoaté2010

1acçãodeformação realizada/ano; 100%dasmarinas/ancoradouroscomcláusula decessaçãodecontrato até2013

1acçãodeformação realizada/ano; 100%deempresas sensibilizadas; 100%deempresas certificadasaté2013

1acçãodeformação realizada/ano; 50%dasempresassensibilizadasatéfinalde2011; 100%atéfinalde2013

Kit pedagógico; DVD; Inquéritos/certificadosde participação; Registodiáriodasvisitas

Adesãodasescolas/ professores; Recursoshumanos; Projectosaprovados

Certificadosdeparticipaçãonasformações; Acordocommarinas/ ancoradouros

Adesãodasautoridades locais; Adesãodasentidades gestorasdasmarinas

Certificadosdeparticipaçãonasformações; Brochura/postal

Adesãodasempresasdo sectorturístico

Certificadosdeparticipaçãonasformações; Relatóriosdeactividades

Adesãodasempresas ligadasaosector

3
3.1. Populaçãoescolardaáreade influênciadoPlanodeAcção sensibilizadaeenvolvida Tabela3. Quadrológicodefinidoparaoobjectivo3doPlanodeAcção. 3.2. Autoridadeslocais sensibilizadaseenvolvidas (autarquias,Capitanias,etc.) 3.3. Empresasdosectorturístico sensibilizadaseenvolvidas 3.4. Empresasligadasaosector industrialsensibilizadase envolvidas(indústriapesada, aquacultura,arrozais)
Objetivos,ResultadoseAcções| 51

ResultadosIndicadores Meiosdeverificação Pressupostos

3.5.

2palestras/ano; 5padrinhosangariados/ anoapartirde2010; DiadoRoazcriado em2009; 20painéisinformativos criados; 2Bienaisorganizadas até2013; 500visitasmensaisà plataformadeconteúdos; 2digitais /ano newsletters online

2parceriasestabelecidas/ ano; 12notícias/ano

1acçãodesensibilização/ ano; 50%dospescadoressensibilizadosatéfinalde2013

Marcacriadaatéfinalde 2009; Cadernodenormas/ especificaçõesdamarca criadoatéfinaldo1.º trimestrede2010

Postodeinformação inauguradoatéfinalde Setembrode2010; Centrointerpretativo inauguradoefuncionalaté finalde2012; 3.000pessoas/anovisitarãooCentroapós2013

Exposições; DVD; Brochura; Llivrodefotografias; Agenda/anual; Dia/semanadoRoaz; Painéisinformativos; Listadeparticipantes; Plataformadeconteúdos/ Documentário newsletteronline

Adesãodapopulaçãoem geraleempresas

Listadeparticipantesnas formações; Protocolos; Arquivodeimprensa

Folhadepresençadas acçõesdesensibilização; Relatóriosdeactividades

Cadernodenormas; Notíciasdeimprensa

Adesãodosjornalistas

Adesãodacomunidade piscatória

Notíciadeimprensa; Registodiáriodos visitantes

Projectosaprovados

3.8. Marca“RoazesdoSado” desenvolvidaereconhecidapelo público 3.9. Centrointerpretativosobre apopulaçãoderoazesdoSado construídoeabertoaopúblico (adaptaralgunsdosespaços adjacentes) Opiniãopúblicasensibilizada eenvolvida 3.6. Comunicaçãosociallocale nacionalsensibilizadaeenvolvida 3.7. Sectordapesca,sensibilizado eenvolvido
52 |

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

3.1. PopulaçãoescolardaáreadeinfluênciadoPlanodeAcçãosensibilizadaeenvolvida

Baixa Curto 3.1.1. Criarequipaparaelaborare produzirumpedagógicoadaptado aosdiferentesciclosdeensino kit

3.1.2. Realizaracçõesdeformação dirigidasàpopulaçãodocente

Baixa Médio

ICNB/RNES,Associação ViveraCiência,Jardim Zoológico,VertigemAzul, Quercus,outras

ICNB/RNES,Projecto Delfim,, AssociaçãoVivera Ciência,outras

JardimZoológico

3.1.3. Realizarvisitasaoestuário Empresasdeanimaçãoe maritimo-turísticas licenciadas

3.1.4. Realizarvisitasde estudoaocentrodeInterpretaçãodaNaturezadaHerdade dasMouriscas–CINHM (postodeinformaçãodoroaz)

3.1.5. EditarumDVDanimadosobre osroazeseoseuhabitat

Baixa Adecorrer

Baixa Longo

ICNB/RNESe associaçõesde educação/animação ambiental,Quercus

Baixa Curto

3.2. Autoridadeslocaissensibilizadaseenvolvidas

3.2.1. Identificarasautoridades/ entidadesmaisrelevantes

3.2.2. Elaboraracçõesdeformação específicasparaasdiferentes entidades

Baixa Imediato

Equipacriadaem3.1.1., outras

Baixa Médio

ICNB/RNES

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico, outras

Elevada Curto 3.2.3. Proporàsentidades gestorasdemarinase ancoradourosainclusão,nos contratoscomosutentes,de umacláusuladecessaçãodo mesmonocasodereincidência demáscondutasna observaçãodecetáceos

ICNB/RNES Objetivos,ResultadoseAcções|

53

3.3. Empresasdosectorturísticosensibilizadaseenvolvidas

3.3.1. Identificarasempresasmais relevantes

3.3.2. Elaboraracçõesdesensibilizaçãoespecíficasparacadasector deactividade(maritimo-turísticas, hotéis,agênciasdeturismo)

3.3.3. Desenvolverumprogramade certificaçãodasempresasmaritimo-turísticas

3.3.4. Elaboraredivulgarumabrochura/postalsobreasnormasde condutaparaaobservaçãode cetáceos

Média Médio

ICNB/RNES

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades Baixa Imediato

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico, outras

Média Adecorrer JardimZoológico/FCUL

Média Longo

ICNB/RNES,Vertigem Azul,ProjectoDelfim, JardimZoológico, Quercus,TurismoLisboa eValedoTejo,outras

3.3.5. Divulgarabrochuracriadaem 3.5.2.

Média Longo

3.4 Empresasligadasaosectorindustrialsensibilizadaseenvolvidas

3.4.1. Identificarasempresasmais relevantes

3.4.2 Elaboraracçõesdeformação/ sensibilizaçãoespecíficasparacada sectordeactividade

Baixa Imediato

Média Médio

ICNB/RNES

Média Longo 3.4.3. Divulgarabrochuracriadaem 3.5.2.

3.5. Opiniãopúblicasensibilizadaeenvolvida

3.5.1 Revereelaborarpainéis informativos,paracolocaçãoem marinasepraias,sobreapopulação deroazes

Média Curto

ICNB/RNES

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico, outras

ICNB/RNES, Quercus,TurismoLisboa eValedoTejo

ICNB/RNES,Vertigem Azul,AFLOPS,Jardim Zoológico,Quercus,Troiacruze,TurismodeLisboa eValedoTejo,outras

54 |

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

3.5.2. Elaborarumabrochurasobrea populaçãoderoazes

3.5.3. Realizaractividadeslúdicasno âmbitodeeventosculturaisnaárea deinfluênciadoPlanodeAcção

3.5.4. Realizarpalestrastemáticasna áreadeinfluênciadoPlanodeAcção

Baixa Curto

Baixa Longo

ICNB/RNES,Jardim Zoológico,Quercus

ICNB/RNES,Turismode LisboaeValedoTejo, autarquiaslocais,empresas,associações,outras

Baixa Médio

3.5.5. Produzirdiverso merchandising

Baixa Médio

3.5.6.

Baixa Médio

3.5.7.

Baixa Imediato

3.5.8.

Baixa Curto

3.5.9.

Baixa Longo

3.5.10.

3.5.11.

Baixa Médio

Baixa Longo

3.5.12.

Média Longo

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico, Quercus,autarquias locais,outras

ICNB/RNES,Quercus, TurismodeLisboaeVale doTejo,autarquiaslocais, empresas,outras

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico, AssociaçãoVivera Ciência,Quercus,outras

ICNB/RNES,Vertigem Azul

ICNB/RNES,Jardim Zoológico,Atlantic Ferries,outras

ICNB/RNES,Quercus, Troiacruze,JardimZoológico,autarquias,outras

ICNB/RNES,Jardim Zoológico,outras

ICNB/RNES,Turismode LisboaeValedoTejo, outras

ICNB/RNES,JardimZoológico,entidadesformadoras,associações,outras

Objetivos,ResultadoseAcções|

Elaborarumaexposição itinerantesobreosroazeseo estuáriodoSado Elaborarumaexposição fotográficasobreosroazeseo estuáriodoSado Elaborarumaexposiçãonos sobreosroazeseoestuário doSado ferries CriarecomemoraroDia/ SemanadoRoaz EditarumDVDinformativo sobreosroazeseoseu habitat Elaborarumacampanhade “apadrinhamento”dosroazesdo Sado Sensibilizardeformapróactivaosdesportistasnaúticosnomar
55

Resultados /AcçõesPrioridade

3.5.13. Editarumaagendapara promoveroPlano

3.5.14. Elaborarumlivrodefotografias sobreapopulaçãoderoazesdoSado

3.5.15. Colocaremanterumpainel sobreoplano outdoor

Prazo Entidades

Baixa Longo

Média Adecorrer

Elevada Longo

ICNB/RNES

VertigemAzul

ICNB/RNES,Troiacruze, TurismodeLisboaeVale doTejo,autarquias, empresas,outras

3.5.16. OrganizaraBienaldoRoaz doSado

3.5.17. Adquirirumaplataformaque disponibilizeconteúdossobreoroaz eoPlanonainternet

3.5.18. Ediçãodedigital newsletter online

3.5.19. Produçãodedocumentáriode TVsobreapopulaçãoderoazesdo estuáriodoSado

Média Longo

Média Imediata

Comissãocriadaem 4.1.3.

ICNB/RNES

Média Longo

Média Curto

3.6. Comunicaçãosociallocalenacionalsensibilizada envolvida

3.6.1. Estabelecercontactosregulares comaimprensalocalparadivulgação deinformaçãoactualizadarelativaà implementaçãodoPlanodeAcção

3.6.2. Estabelecercontactos,através de,comosmeiosde comunicaçãosocialanívelnacional press-releases

3.6.3. Elaborarumprogramadeformaçãorelativoaosroazeseaoestuáriodo Sadoespecíficaparajornalistaslocais

3.6.4. Estabelecercontactoscomos departamentosdecomunicaçãodas grandesempresasparainclusãode conteúdossobreroazeseoestuáriodo Sadonassuaspublicações() newsletters

Baixa Longo

ICNB/RNES

ICNB/RNES

Baixa Longo

ICNB/RNES,Quercus, TurismodeLisboaeVale doTejo,empresas, associações,autarquias

ICNB/RNES,Jardim Zoológico

Baixa Médio

ICNB/RNES,Projecto Delfim,JardimZoológico

Baixa Médio

ICNB/RNES

56 |

3.7. Sectordapescasensibilizadoeenvolvido

3.7.1. Realizaracçõesdesensibilizaçãosobreatemáticadoestuário doSadoedapopulaçãoderoazes Baixa

3.7.2. Envolveracomunidadepiscatória nasacçõesdeimplementaçãodoplano

3.8. Marca“RoazesdoSado”desenvolvidaereconhecidapelopúblico

3.8.1. Criarumlogótipoenomeda marca

3.8.2. Definirasnormasparaautilizaçãodamarca

3.8.3. Definiraentidadegestorada marca

3.9. CentrointerpretativosobreapopulaçãoderoazesdoSadoconstruídoeabertoaopúblico

3.9.1. ElaboraroprojectodoPosto Informativo

Zoológico

3.9.2. AdaptaroarmazémdaHerdade daMouriscaaoPostodeInformação Média Curto

3.9.3. ElaboraroprojectodeconstruçãodoCentrodeInterpretaçãodo roazdoestuáriodoSado(CIRES)

3.9.4. ConstruiroCentrodeInterpretação(CIRES)

3.9.5. Criaraentidadegestorae alocarpessoalparaofuncionamento docentro(CIRES)

3.9.6. EquiparoCentrode Interpretação(CIRES)

3.9.7. DinamizaroCentrode Interpretação(CIRES)

Baixa Curto

Média Médio ICNB/RNES

Baixa Médio

Média Médio

Média Longo

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades Baixa Médio ICNB/RNES,Projecto
Delfim,JardimZoológico
ICNB/RNES
Médio
ICNB/RNES,Jardim
Baixa Imediato
Curto
Baixa
ICNB/RNES
Curto ICNB/RNES
Baixa
Baixa Completado
ICNB/RNES
ICNB/RNES
ICNB/RNES
ICNB/RNES
ICNB/RNES
ICNB/RNES
Objetivos,ResultadoseAcções| 57

CRIARUMMODELODEGESTÃOQUEPERMITA OPERACIONALIZAROPLANODEACÇÃO

AoperacionalizaçãodoPlano,comvistaàconcretizaçãodosobjectivosestabelecidosseráasseguradapormeiodacriaçãodeumgrupode trabalhoresponsávelpelaavaliação/implementaçãodoPlanode Acção,bemcomopeladivulgaçãodosresultadosalcançadoseplanificaçãodenovasacções.

AimplementaçãodasacçõeslistadasnoPlanodeAcçãoseráasseguradaporfinanciamentopróprio,atravésdefundosespecíficosparaa conservaçãodanaturezaouporparceriasestabelecidascomdiversas entidadesparafinanciamentoouimplementaçãodeacçõesespecíficas.

OsucessodestePlanodeAcçãosópoderáserasseguradoatravésde umafiscalizaçãoactiva,garantidapelacolaboraçãoeocompromisso dasdiferentesentidadesfiscalizadoras,porformaagarantiroaimplementaçãodeacçõesespecíficaseocumprimentodalegislação.

4
58 |

Tabela4.

Missão:

ProtegererecuperarapopulaçãoderoazesdoSado,únicaemPortugal,melhorandoascondiçõesdoseuhabitat,atravésdaconcertaçãodosagentesrelevantesparaasuaconservação.

Objectivo:

4.CriarummodelodegestãoquepermitaoperacionalizaroPlanodeAcção.

ResultadosIndicadores

4.1.

Comissãocriadaoficialmenteeemfuncionamentoatéfinalde2009; Reuniõestrimestrais

4.2. Meiosdefinanciamento disponíveis Financiamentoparaas acçõesdoplano disponivela100%; Aumentode25%dasparceriasdeapoiofinanceiro aoplanoapartirde2010

4.3. PlanodeAcçãoreconhecido pelopúblico

1000visitas/mêsao oficialdoPlanodeAcção; 50%dosvisitantesdo PostodeInformação conheceoPlanode Acção

4.4. PlanodeAcçãomonitorizado eavaliadoregularmente

Meiosdeverificação Pressupostos

Actasdasreuniões Entidades/indivíduos dispostosaintegrara Comissão

Relatóriosdecontas; Protocolos Parceriascomentidades disponíveispara financiamento; Planonãoéafectadopor cortesfinanceiros

site Relatórios; Arquivodeimprensa; Contadordevisitasno deinternet; EdiçãodoPlanodeAcção;

site Páginade internet

100%dasactividades implementadas; Reuniõestrimestraisda Comissãocriadaem

Relatóriosanuaisde actividades; Actasdasreuniõesda Comissãodeacompanhamento

4.1. ComissãoresponsávelpeloacompanhamentodoPlanodeAcçãoconstituídaeemfuncionamento

4.1.1. Definirostermosdereferência daComissão

4
Quadrológicodefinidoparaoobjectivo4doPlanodeAcção. Comissãoresponsávelpelo acompanhamentodoPlanode Acçãoconstituídaeem funcionamento
Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades
Elevada Imediato ICNB/RNES
Objetivos,ResultadoseAcções| 59

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo Entidades

4.1.2. Identificarasentidades participantesnaComissão

4.1.3. CriaraComissão

4.1.4. Efectuarreuniõestrimestrais daComissão4.1.3.

4.1.5. Elaboraroregulamentode funcionamentodaComissão

Elevada Imediato ICNB/RNES

Elevada Imediato ICNB/RNES

Média Médio Comissãocriadaem 4.1.3.

Média Imediato Comissãocriadaem 4.1.3.

4.2. Meiosdefinanciamentodisponíveis

4.2.1. Identificarasacções prioritáriasdoPlano

4.2.2. Orçamentaroplanode actividadesdoanoseguinte

4.2.3. Candidataraprojectos

4.2.4. Formalizarparcerias

Elevada Adecorrer

ICNB/RNES

Elevada Médio Comissãocriadaem 4.1.3.

Elevada Adecorrer ICNB/RNES,Comissão criadaem4.1.3.

Elevada Médio

4.3. ReconhecimentopúblicodoPlanodeAcção

ICNB/RNES,Comissão criadaem4.1.3.

4.3.1. EditaroPlanodeAcção Média Imediato ICNB/RNES

4.3.2. DivulgaroPlanodeAcçãoem plataformadeconteúdos online

4.3.3. Apresentarpúblicamenteo Planoe/oucomunicadodeimprensa

Média Imediato ICNB/RNES,outras

Média Imediato ICNB/RNES,outras

4.3.4. AprovaroPlanodeAcçãopor Portaria Elevada Curto ICNB/RNES

60 |

Resultados /AcçõesPrioridade Prazo

4.4.

A. EscaladePrioridadedaacção:

B.

:Acçãocujoresultadopodeafectardirectamenteapopulaçãoderoazes,contribuindoparaa melhoriadoseuestatutodeconservação.

:Acçãocujoresultadonãoinfluenciadirectamenteapopulaçãoderoazes,mascujaconcretização podepotenciarumamelhorianoestatutodeconservaçãodapopulação.

Elevada Média Baixa

:Acçãocujoresultadonãoinfluenciadirectamenteapopulaçãoderoazes.

Imediato Curto Médio Longo

Completadanoanocorrente(primeiroano doPlanodeAcção)

Completadaentreo1ºeo3ºanos

Completadaentreo1ºeo5ºanos

Completadoentreo1ºeo10ºanos(vaipara alémdoprazodos5anosdoPlano)

: : : : : :

Umaacçãoqueestáactualmenteaser implementadaequedevecontinuar Umaacçãoquefoiconcluídadurantea preparaçãodoPlanodeAcção

Adecorrer Completado

Entidades
Avaliação/monitorizaçãodaimplementaçãodoPlano Média Médio 4.4.1. ReveranualmenteoPlanode Acção
Comissãocriadaem 4.1.3.
Comissãocriadaem
4.4.2. DivulgarasacçõesidentificadasnoPlanoejárealizadasouem curso
Baixa Médio
4.1.3. Baixa Médio Comissãocriadaem 4.1.3.
4.4.3. Elaboraranualmenteorelatório deactividades
Baixa Médio Comissãocriadaem 4.1.3.
4.4.4. Efectuarreuniõestrimestrais daComissãocriadaem4.1.3. Prazodaacção:
Objetivos,ResultadoseAcções| 61
62 |

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Richardson,W.J.;Greene,C.R.G.Jr.;Malme,C.I.&Thomson, D.H.1995..AcademicPress, SanDiego.576pp.

MarineMammalsandNoise

Efeitos ecológicosdaexploraçãocomercialdecasuloe lingueirãoedinâmicadacomunidadedemacrofauna acompanhantenumapraisarenosadoestuáriodoSado

Rosado,M.C.;Bruxelas,A.T.&Castro,J.J.1993. .

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TursiopstruncatusIn StatusoftheResidentBottlenoseDolphin PopulationintheSadoEstuary:Past,Presentand Future

.ThesissubmittedfordegreeofDoctorof Philosophy,UniversityofSt.Andrews.

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66 |

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Relatóriosde ActividadesdoAquárioVascodaGama

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InThe
In
InCurrentMammalogy
ReferênciasBibliográficas| 67
68 |
ANEXOI ANEXOII ListadeParticipantes Calendarizaçãodas actividadesdoPlanodeAcção Anexos

Entidadesparticipantes

AFLOPS

ÁguasdoSado

APPM

APSS

APSS

-AssociaçãodosProdutoresFlorestais ,S.A.

-AssociaçãoPortuguesadoPatrimónioMaritimo

-AdministraçãodosportosdeSetúbaleSesimbra,S.A.

-AdministraçãodosportosdeSetúbaleSesimbra,S.A.

ARHAlentejo

-AdministraçãodaRegiãoHidrográfica

AssociaçãoCidadãospelaArrábidaeEstuáriodoSado

AssociaçãoViveraCiência

CâmaraMunicipaldeAlcácerdoSal

CâmaraMunicipaldeGrândola

CâmaraMunicipaldeSetúbal

CapitaniadoPortodeSetúbal

CapitaniadoPortodeSetúbal

CCDRA

-ComissãodeCoordenaçãoeDesenvolvimentoRegionaldoAlentejo

ClubedasMaisBelasBaíasdoMundo

ECO-OILQuimitecnicaAmbiente

ETERMAR

FCUL

-Empresadeobrasterrestresemarítimas,S.A.

-FaculdadedeCiênciasdaUniversidadedeLisboa

GrupoPortucelSoporcel

GrupoPortucelSoporcel

GrupoPortucelSoporcel

HerdadedaComporta

,ActividadesAgroSilvícolaseTurísticas,S.A.

CatarinaMagalhães

AnaMarques

JoãoBarbas

GraçaViegas

ErnestoCarneiro

IsabelPinheiro

FernandaRodrigues

RaquelGaspar

AnaLuísaSoares

CarlosFernando

JoséAlbertoSantos

VictorMonteiroPires

JoséPauloCantiga

LiliaFidalgo

NunoMarques

NunoMatos

BrunoHenrique

FranciscoAndrade

PatríciaRodrigues

SofiaAlmeida

AnaNery

FranciscoGoulão

ICNB/RNES

-InstitutodaConservaçãodaNaturezaedaBiodiversidade/ ReservaNaturaldoEstuáriodoSado

MarinaSequeira

ICNB/RNES

-InstitutodaConservaçãodaNaturezaedaBiodiversidade/ ReservaNaturaldoEstuáriodoSado

JoãoCarlosFarinha

ICNB/RNES

-InstitutodaConservaçãodaNaturezaedaBiodiversidade/ ReservaNaturaldoEstuáriodoSado

RuiCosta

ICNB/RNES

-InstitutodaConservaçãodaNaturezaedaBiodiversidade/ ReservaNaturaldoEstuáriodoSado

-InstitutodoMar IMAR

Investigadora

Investigadora

IsabelLorena

CarinaSilva

SilviaNunes

CatarinaGrilo

Nome
/
70 |
ANEXOI

Entidadesparticipantes

JardimZoológico

JardimZoológico

JuntadeFreguesiadaComporta

JuntadeFreguesiadaComporta

LISNAVE

LPN

LPN

-EstaleirosNavais,S.A.

-LigaparaaProtecçãodaNatureza

-LigaparaaProtecçãodaNatureza

MilAndanças

Nautur

-ViagenseTurismo,Lda.

-SociedadedeActividadesMarítimoTurísticas,Lda.

ProjectoDelfim

ProjectoDelfim

ProjectoDelfim

Quercus

Quercus

Quercus

-CentroPortuguêsdeEstudodosMamíferosMarinhos

-CentroPortuguêsdeEstudodosMamíferosMarinhos

-CentroPortuguêsdeEstudodosMamíferosMarinhos

-AssociaçãoNacionaldeConservaçãodaNatureza (NúcleoRegionaldeSetúbal) (NúcleoRegionaldeSetúbal)

RotasdoSal

Sapalsado

Sapalsado

-Actividadesdeanimaçãoambientaleturismodanatureza,Lda.

-SociedadeAquícoladoSado,Lda.

-SociedadeAquícoladoSado,Lda.

-ParquesIndustriais,SA

-CooperativadePescadeSetúbal,SesimbraeSines

-S.A.

-S.A.

-S.A.

-SistemaIntegegradoMultimunicipaldeÁguasResiduaisdaPenínsulade Setúbal,S.A.

-SistemaIntegegradoMultimunicipaldeÁguasResiduaisdaPenínsulade Setúbal,S.A.

SONAETurismo

SONAETurismo

Tróiacruze

-NavegaçãoCosteiradeCruzeiros,Lda.

TurismodeLisboaeValedoTejo

VertigemAzul

VertigemAzul

-TurismodaNatureza,Lda.

-TurismodaNatureza,Lda.

SóniaMatias

ArleteSogorb

SusanaMatias

MariaJoséMartins

CláudiaSpranger

AnaRitaAmaral

AlexandraCunha

JoaquimTapum

JaimeSantos

AnaRitaLuís

JoanaAugusto

CecíliaV.Ferreira

FranciscoFerreira

CarlaGraça

TelmaCosta

JorgePina

PauloAnacleto

AnaJacira

SérgioTavares

RicardoSantos

MariaJoãoBotelho

AlexandraSilva

CátiaSá

MiguelSena

AnaSofiaCalado

PaulaResende

CéliaFerreira

MafaldaCarapuço

JoãoBarbas

JorgeHumbertoSilva

MariaJoãoFonseca

PedroNarra

Nome
SECIL SECIL SECIL
SAPEC SECIBAL
SENA SIMARSUL SIMARSUL
ANEXOI-ListadeParticipantes| 71

ANEXOII -CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção

Uniformizarosistemadeidentificação individualdosroazes

Desenvolverumprogramade monitorizaçãodadinâmicapopulacionaldos roazes(incluindoacaracterizaçãogenética, fisiológicaetoxicológica)edautilizaçãodo habitat

Implementaroprogramade caracterizaçãogenética,fisiológicae toxicológicadapopulaçãoderoazes

Implementaroprogramade monitorizaçãodadinâmicapopulacionaldos roazesedautilizaçãodohabitat

Estudarasinteracçõesentrea populaçãoderoazesdoSadoeoutras populaçõescosteirasdecetáceos

Criarumabasededadospara acompanhamentodapopulaçãoderoazes

Organizarreuniõestécnicasentre investigadoresparaacompanhamentoda monitorização

Gerirabasededadoscriadaem1.1.6.

Constituirumaequipapararecolhae avaliaçãodainformaçãodisponível

Sistematizareorganizaro conhecimentoactualsobreaespécie/ população,identificandolacunas

Criaredisponibilizaron-lineuma bibliotecadigitalsobreaespécie/população

Criarcentrodedocumentaçãosobrea espécie/populaçãoderoazes

Organizartécnicosentre investigadores workshops

1.1.1. 1.1.2. 1.1.3. 1.1.4. 1.1.5. 1.1.6. 1.1.7. 1.1.8. 1.2.1. 1.2.2. 1.2.3.
1.2.4. 1.2.5.
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração
Acções
1.1. Modelodemonitorizaçãodapopulaçãoderoazesdesenvolvidoeimplementado
Abr2009 Set2009 Jan2010 Jan2010 Set2009 Set2009 Out2009 Jul2010 Jul2009 Jul2009 Set2009 Abr2010 Out2009 3meses 6meses contínua contínua 16meses 15meses anual contínua 1mês 6meses 10meses 3meses anual
1.2. Plataformadeinformaçãosobreaespécieconstituída
72 |

Acções

1.3.

Constituirumaequipadetrabalhopara elaboraçãodoplanodeactuação

Elaborarosplanosdeactuaçãopara arrojamentos

Identificarasentidadesparticipantesna equipadeprimeiraintervenção

Constituiredarformaçãoàequipade primeiraintervenção

Operacionalizaraequipadeprimeira intervenção

Divulgararededealerta(atravésda ediçãodebrochuras,posters,mailingpostal, rádioeTV,site…)

Celebrarparceriasparaoperacionalizar arede

AplicaçãodoscritériosdaUICNpara atribuiçãodoestatutodeconservação

Divulgaroestatutodeconservaçãoda populaçãoderoazesdoSado

Desenvolverumplanode avaliação/monitorização

Identificarasentidadesmaisrelevantes pararealizartrabalhosdemonitorização

Monitorizaraqualidadedaáguae identificarasmedidasdeminimizaçãodos impactos

Monitorizarossedimentoseidentificar asmedidasdeminimizaçãodosimpactos

1.3.1. 1.3.2. 1.3.3. 1.3.4. 1.3.5. 1.3.6.
1.3.7. 1.4.1. 1.4.2. 2.1.1.
2.1.2. 2.1.3. 2.1.4.
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração
RededeactuaçãoparaarrojamentosnaáreadoPlanodeAcçãocriada
Jul2009 Set2009 Set2009 Set2009 Set2009 Out2009 Jul2009 Nov2009 Jan2010 Set2009 Out2009 Jan2010 Jan2010 15dias 3meses 1semana 2meses 2meses contínua contínua 15dias contínua 3meses 1mês contínua contínua
2.1. Planodeavaliação/monitorizaçãoambientaldoestuáriodesenvolvio
ANEXOII-CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção| 73
1.4. EstatutodeconservaçãoespecificoparaapopulaçãodoroazdoSadoidentificado

Monitorizarabioacumulaçãonacadeia alimentareidentificarasmedidasde minimizaçãodosimpactos

Monitorizaroambienteacústico subaquáticoeidentificarasmedidasde minimizaçãodosimpactos

Monitorizarotráfegomarítimoe identificarasmedidasdeminimizaçãodos impactos

Monitorizaraactividadedapescaeo impactosobreapopulaçãoderoazes

Sistematizareorganizaro conhecimentoactualidentificandolacunas

Criaredisponibilizaron-lineabiblioteca digitalsobreohabitatdapopulaçãoderoazes

Criarumcentrodedocumentaçãosobre ohabitatdapopulaçãoderoazes

Criarumaplataformadecolaboração/ cooperaçãocomentidadesfiscalizadoras

Criarocorpodefiscalizaçãodemarda RNES

Darformaçãoespecíficaàsentidades fiscalizadoras

Criarequipaparaelaborareproduzir umpedagógicoadaptadoaosdiferentes ciclosdeensino

Realizaracçõesdeformaçãodirigidasà populaçãodocente

Realizarvisitasaoestuário

2.1.5. 2.1.6. 2.1.7. 2.1.8. 2.2.1. 2.2.2. 2.2.3. 2.3.1. 2.3.2. 2.3.3. 3.1.1. 3.1.2. 3.1.3.
kit Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração
Acções
Jan2010 Adecorrer Jul2009 Jan2010 Jul2009 Set2009 Abr2010 Jul2009 Jul2009 Abr2010 Out2009 Abr2010 Adecorrer contínua contínua contínua 1ano 7meses 10meses 3meses 6meses 1mês anual 1ano anual contínua
2.2. Plataformadeinformaçãoconstituída 2.3. FiscalizaçãoefectivadaáreadeimplementaçãodoPlanogarantida
74 |
3.1. PopulaçãoescolardaáreadeinfluênciadoPlanodeAcçãosensibilizadaeenvolvida

Realizarvisitasdeestudoaocentro deInterpretaçãodaNaturezadaHerdade dasMouriscas-CINZH(postodeinformação doroaz)

EditarumDVDanimadosobreos roazeseoseuhabitat

Identificarasautoridades/entidades maisrelevantes

Elaboraracçõesdeformação específicasparaasdiferentesentidades

Proporàsentidadesgestorasde marinaseancoradourosainclusão,nos contratoscomosutentes,deumacláusulade cessaçãodomesmonocasodereincidência demáscondutasnaobservaçãodecetáceos

Identificarasempresasmaisrelevantes

Elaboraracçõesdesensibilizaçãoespecíficasacadasectordeactividadepara cadasectordeactividades

Desenvolverumprogramade certificaçãodasempresasmaritimo-turísticas

Elaboraredivulgarumabrochura/ postalsobreasnormasdecondutaparaa observaçãodecetáceos

Divulgarabrochuracriadaem3.5.2.

Identificarasempresasmaisrelevantes

Elaboraracçõesdeformação/ sensibilizaçãoespecíficasparacadasector deactividade

Divulgarabrochuracriadaem3.5.2.

3.1.4. 3.1.5. 3.2.1. 3.2.2. 3.2.3. 3.3.1. 3.3.2. 3.3.3.
3.3.5.
3.4.2. 3.4.3.
3.3.4.
3.4.1.
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração Acções Jul2010 Jan2009 Set2009 Out2009 Set2009 Set2009 Out2009 Jul2009 Jul2009 Set2010 Jul2009 Out2009 Set2010 contínua 2anos 1mês anual 6meses 1mês anual 15meses contnua contnua 1mês anual contnua í í í
3.2. Autoridadeslocaissensibilizadaseenvolvidas 3.3. Empresasdosectorturísticosensibilizadaseenvolvidas
ANEXOII-CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção| 75
3.4 Empresasligadasaosectorindustrialsensibilizadaseenvolvidas

Acções Objectivo 3

3.5. Opiniãopúblicasensibilizadaeenvolvida

Revereelaborarpainéisinformativos, paracolocaçãoemmarinasepraias,sobrea populaçãoderoazes

Elaborarumabrochurasobrea populaçãoderoazes

Realizaractividadeslúdicasnoâmbito deeventosculturaisnaáreadeinfluênciado PlanodeAcção

Realizarpalestrastemáticasnaáreade influênciadoPlanodeAcção

Produzirdiverso

merchandising Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração

Elaborarumaexposiçãoitinerante sobreosroazeseoestuáriodoSado

Elaborarumaexposiçãofotográfica sobreosroazeseoestuáriodoSado

Elaborarumaexposiçãonos sobreosroazeseoestuáriodoSado

CriarecomemoraroDia/Semanado Roaz

EditarumDVDinformativosobreos roazeseoseuhabitat

Elaborarumacampanhade "apadrinhamento"dosroazesdoSado

Sensibilizardeformapró-activados desportistasnaúticosnomar

Editarumaagendaparapromovero plano

Elaborarumlivrodefotografiassobre apopulaçãoderoazesdoSado

Colocaremanterumpaineloutdoor sobreoplano

Jan2010 Abr2010 Jul2009 Jun2009 Jan2010 Abril2011 Jun2010 Mai2010 Mai2009 Abr2011 Jul2010 Jun2009 Jul2009 Jan2009 Abr2010 Out2009 12meses 5meses anual anual contnua contnua 1mês 6meses anual 12meses contnua anual anual 6meses contnua 12meses í í í í

3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 3.5.4. 3.5.5. 3.5.6. 3.5.7. 3.5.8. 3.5.9.
3.5.10. 3.5.11.
3.5.12. 3.5.13. 3.5.14. 3.5.15. 3.5.16.
OrganizaraBienaldoRoazdoSado ferries
76 |

Adquirirumaplataformaque disponibilizeconteúdossobreoroaze oplanonainternet

Ediçãodedigitalonline

ProduçãodedocumentáriodeTV sobreapopulaçãoderoazesdosado

Estabelecercontactosregulares comaimprensalocalparadivulgaçãode informaçãoactualizadarelativaaoPlanode

Acção Elaborarumprogramadeformação relativoaosroazeseaoestuáriodoSado específicaparajornalistaslocais

Estabelecercontactos,comosmeios decomunicaçãosocialanívelnacional

Estabelecercontactoscomos departamentosdecomunicaçãodasgrandes empresasparainclusãodeconteúdossobre roazeseoestuáriodoSadonassuas publicações()

Realizaracçõesdesensibilização sobreatemáticadoestuáriodoSadoeda populaçãoderoazes

Envolveracomunidadepiscatórianas acçõesdeimplementaçãodoplano

Criarumlogótipoenomedamarca

Definirasnormasparaautilizaçãoda marca

Definiraentidadegestoradamarca

3.5.17. 3.5.18. 3.5.19. 3.6.1. 3.6.2.
3.6.4.
3.8.1. 3.8.2. 3.8.3.
3.6.3.
3.7.1. 3.7.2.
newsletter newsletters
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração
Abr2009 Mai2009 Abr2010 Jun2009 Jul2009 Mar2010 Abr2010 Out2010 Set2009 Set2009 Jan2010 Jan2010 1mês contnua 6meses contnua contnua bianual anual 1dia contnuo 4meses 3meses 2meses í í í í
Acções
3.6 Comunicaçãosociallocalenacionalsensibilizadaeenvolvida 3.7. Sectordapescasensibilizadoeenvolvido
ANEXOII-CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção| 77
3.8. Marca"RoazesdoSado"desenvolvidaereconhecidapelopúblico

Acções Objectivo 3

ElaboraroprojectodoPostoInformativo

AdaptaroarmazémdaHerdadeda MouriscaaoPostodeInformação

Elaboraroprojectodeconstruçãodo CentrodeInterpretaçãodoroazdoestuário doSado(CIRES)

ConstruiroCentrodeInterpretação (CIRES)

Criaraentidadegestoraealocarpessoalparaofuncionamentodocentro(CIRES)

EquiparoCentrodeInterpretação (CIRES)

DinamizaroCentrodeInterpretação (CIRES)

Objectivo4

Definirostermosdereferênciada Comissão

Identificarasentidadesparticipantesna Comissão

CriaraComissão

Efectuarreuniõestrimestraisda Comissão4.1.3.

Elaboraroregulamentode funcionamentodaComissão

Identificarasacçõesprioritáriasdo plano

Orçamentaroplanodeactividadesdo anoseguinte

3.9.1. 3.9.2. 3.9.3. 3.9.4. 3.9.5. 3.9.6. 3.9.7. 4.1.1. 4.1.2. 4.1.3. 4.1.4. 4.1.5. 4.2.1. 4.2.2.
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração
Jan2009 Abr2010 Jan2010 Abr2011 Mai2012 Mar2012 Out2012 Jul2009 Jul2009 Jul2009 Jul2009 Jul2009 Fev2009 Out2009 2semanas 6meses 6meses 18meses 3meses 6meses contínuo 15dias 15dias 15dias contínuo 3meses 3meses contínuo
4.2. Meiosdefinanciamentodisponíveis 3.9. CentrointerpretativosobreapopulaçãoderoazesdoSadoconstruídoeabertoaopúblico 4.1. ComissãoresponsávelpeloacompanhamentodoPlanodeAcçãoconstituídaeemfuncionamento
78 |

Candidataraprojectos

Formalizarparcerias

EditaroPlanodeAcção

DivulgaroPlanodeAcçãoem plataformadeconteúdosonline

ApresentarpublicamenteoPlanoe/ou comunicadodeimprensa

ReveranualmenteoPlanodeAcção

Divulgarasacçõesidentificadasno Planoejárealizadasouemcurso

Elaboraranualmenteorelatóriode actividades

Efectuarreuniõestrimestraisda Comissãocriadaem4.1.3.

4.2.3. 4.2.4. 4.3.1. 4.3.2. 4.3.3. 4.4.1. 4.4.2. 4.4.3. 4.4.4.
Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013 1 2 34 1111 2222 3333 4444 Datade início Duração Acções Jan2009 Jun2009 Abr2009 Abr2009 Mai2009 Dez2009 Dez2009 Dez2009 Set2009 contínuo contínuo 1mês 1mês 1dia anual anual anual contnuo í
4.3. ReconhecimentopúblicodoPlanodeAcção
ANEXOII-CalendarizaçãodasactividadesdoPlanodeAcção| 79
4.4. Avaliação/monitorizaçãodaimplementaçãodoPlano

ReservaNaturaldo EstuáriodoSado

DepartamentodeGestãodeÁreasClassificadas-ZonasHúmidas

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