#22 boletim 26 julho 2015
Reunião do Grupo Incubador
CONTROLAR O RISCO PLANEANDO O FUTURO Três anos e meio depois de ter dado um forte contributo para que as problemáticas da transmissão da propriedade e da sucessão nas empresas passassem a constar da agenda económica portuguesa, com a publicação do “Livro Branco da Sucessão Empresarial”, a AEP - Associação Empresarial de Portugal deu mais um passo em frente, consolidando o trabalho que vem fazendo nesta área, com o projeto Laboratório da Sucessão Empresarial. As empresas - principalmente, as de base familiar - foram particularmente fustigadas pela crise, com muitas delas a sobreviverem exatamente porque a família entendeu que a empresa era um património comum a preservar - ainda que isso tivesse acarretado custos para os seus membros. Nunca é demais lembrar que cerca de 80 por cento do tecido empresarial português
tem cariz familiar e desempenha um papel socioeconómico relevante, gerando 60 por cento do PIB nacional, sensivelmente, e assegurando metade do volume total de emprego. A área financeira é outra faceta do problema. O sistema financeiro só tem a ganhar em ser parceiro das em-
22/05/2014
Gerações que geram boas ações · Museu do Vinho do Porto, Porto
presas familiares e em as ajudar a aproveitar o processo de sucessão para investir, crescer, modernizar e se tornarem mais capazes e competitivas. Para isso, o sistema financeiro português terá de calibrar a balança do crédito e do risco, assegurando o incentivo à continuidade, à longevidade e à perseverança. Tem sido subalternizado o apoio ao aprofundamento e qualificação do saber fazer português, nomeadamente na indústria, e esquecido o contributo possível pelas instituições financeiras e do Estado às empresas que encaram o processo de sucessão como uma oportunidade de se relançarem e se tornarem mais competitivas, maximizando a preparação académica e os conhecimentos dos sucedidos.
14/07/2014
28/11/2014
Bom dia, Sucessão! · Fundação AEP, Porto
O Estado não pode deixar de contribuir para dotar o país de instrumentos facilitadores e arquitetar medidas de apoio à sucessão empresarial. A tarefa nem é difícil. Basta atender às experiências de outros países europeus nesta matéria, como a Holanda, a Áustria, o Luxemburgo, a França, a Espanha ou a Noruega, em que o Estado, mesmo ao nível do direito das sociedades, valoriza a continuidade do negócio e as empresas familiares. A sucessão é um assunto que diz respeito a todos na empresa e não apenas a duas pessoas – Sucedido e Sucessor -, implicando um processo exigente, que deve ser tratado com rigor, verdade, transparência e, sobretudo, atempadamente. Porém, as estatísticas disponíveis são preocupantes, dando conta
08/04/2015
Sucessão nas Empresas · NERLEI, Leiria
21/04/2015
29/04/2015
26/06/2015
Sucessão nas Empresas · AIRV, Viseu
Sucessão nas Empresas · Évora Hotel, Évora
Sucessão e Liderança em Empresas familiares · GS1 Portugal, Lisboa
Transferência de valor entre gerações · Alfândega do Porto, Porto
que apenas 50 por cento das empresas familiares são bem-sucedidas na passagem da primeira para a segunda geração e que apenas 20 por cento consegue atingir a terceira geração. O antídoto, como resulta da execução do projeto “Laboratório da Sucessão Empresarial”, que a AEP, com o cofinanciamento do Compete, levou a cabo ao longo do último ano e meio, parece assentar em quatro condições essenciais à governança da sociedade e ao êxito do processo: • planeamento estratégico, em concertação com os detentores da propriedade, o sucessor, o sucedido e, não menos importante, os valores e a missão da empresa; • comunicação permanente entre todos os agentes empresariais
29/06/2015
Sucessão empresarial: um debate a 360o · Exponor, Leça da Palmeira
envolvidos no processo; • capacitação do sucessor e formação do sucedido, recorrendo, idealmente, a técnicas de coaching e de mentoring; • contratualização de apoios financeiros à transferência do negócio, garantindo o sucesso da operação e evitando a excessiva dispersão do capital, que é sempre uma ameaça à governança das empresas - sejam elas familiares ou não. Resumidamente, estes são os quatro requisitos fundamentais a ter em conta por todos os intervenientes num processo de sucessão empresarial, já que todos são protagonistas, embora os holofotes - da família, da empresa e do mercado - possam incidir mais sobre Sucessor e Sucedido.
COMO SE DESENVOLVEU O PROJETO LABORATÓRIO DA SUCESSÃO Em execução desde 2014, o projeto da AEP, que se propunha monitorizar a situação em Portugal e criar um ambiente propício à partilha de informação e à facilitação de instrumentos de apoio ao processo de sucessão nas empresas - em especial, nas PME –, desenvolveu-se no terreno observando quatro grandes áreas de atuação: a cooperação, com a criação de grupos de trabalho, onde se promoveu a partilha de informação e a troca de experiências; a comunicação e a disseminação de boas práticas; o desenvolvimento de ferramentas que orientem sucessores e sucedidos para um processo de transmissão de responsabilidades e competências e, por último, a definição de uma estratégia colectiva que contribua para assegurar a sustentabilidade e a continuidades das empresas. O trabalho desenvolvido com os grupos de trabalhos previa dois níveis de atuação: a um nível mais alargado, com a comunidade para a sucessão, constituída por uma rede de cerca de 50 empresas, e a um nível mais restrito com o grupo incubador, constituído por oito empresas. Em ambos os casos, o propósito foi o de criar uma rede de empresas onde a temática da sucessão estivesse na agenda, por forma a que entre si, sucessores e sucedidos, pudessem partilhar experiências e informações em sessões de trabalho orientadas por consultores especialistas da AEP. No caso do grupo incubador, a equipa de consultores foi mais longe e propôs caminhos e soluções que contribuíssem, de forma efetiva, para uma transmissão de valor intergeracional. O objetivo de testar boas práticas e ferramentas disponibilizadas foi amplamente atingido. Mas, ao longo dos vários meses de desenvolvimento do projeto, a AEP quis chegar mais longe e alargar o seu trabalho de sensibilização do tecido empresarial para a temática da sucessão a várias regiões do país. Foi com este propósito que o roadshow da Sucessão foi a Leiria, a Viseu, a Évora e a Lisboa. E não se ficou por aí. A AEP, com o projeto Laboratório da Sucessão, marcou presença na 17.ª Feira do Empreendedor, na Alfândega do Porto, certame no qual, para além de dispor de um stand na zona de exposição, promoveu um colóquio que contou com mais de 150 participantes, interessados em ouvir os testemunhos de jovens empresários. Em todas as regiões, as dificuldades sentidas e partilhadas pelas empresas e empresários, sucessores e sucedidos, foram comuns. A partir da informação recolhida, quer nas sessões de apresentação, quer nos encon-
tros com os grupo de trabalho, a equipa de consultores da AEP foi capaz de perceber as múltiplas dimensões do processo sucessório e desenvolveu e testou um conjunto de ferramentas que contribuem para uma sucessão estrategicamente ponderada e afirmem o valor social e económico da transmissão do poder acionista ou da propriedade. É o caso do scorecard, ferramenta disponibilizada pela AEP, na sua plataforma BNet, que permite ao utilizador da plataforma, aferir a situação da empresa a partir das respostas fornecidas online, ajudando a definir um plano de ação para uma sucessão bem sucedida; do kit da Sucessão, que de forma sintética e graficamente atraente, sistematiza um conjunto de conceitos e processos que contribuem para uma sucessão sem atropelos; e por último, mas não menos importante, do barómetro da sucessão, que permite à AEP a monitorização dos processos de sucessão para os quais deu o seu contributo. Executado que foi – e com sucesso! – o Laboratório da Sucessão, a AEP deixa o seu contributo às empresas, aos empresários, aos gestores, aos sucessores e aos sucedidos para que as gerações continuem a gerar boas ações.
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