Vai Lá e Faz

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Inspire-se em CEOs que aplicaram em seus negรณcios o que vivenciaram na Sustentare.


O projeto Vai Lá e Faz, que dá visibilidade ao trabalho de CEOs que passaram pela Sustentare, teve início em 2014. O primeiro case foi o da ex-aluna Lorena Kreuger, do Estaleiro Kalmar.


Inspire-se em CEOs que aplicaram em seus negócios o que vivenciaram na Sustentare Organizadores

CEOs

Mariana Pereira Wilmar Cidral

Alano Branco, CEO e sócio-fundador do Estacionamento Digital

Cocriado por Alessandro Saade Armando Lourenzo Célio Valcanaia Paulo Campos Pedro Segreto Raúl Javales Romeo Deon Busarello Wilmar Cidral Ilustrações Dorinho Bastos

Anderson de Andrade, CEO da A2C Cerli Antenor Martins da Silva, proprietária da Hemera Consultoria e Treinamentos Fábio Matins, CEO da escola Arte Maior Sabrina Eggert, sócia-diretora da Oceano Surf Wear Prefácio Mário Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

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Copyright © Sustentare Escola de Negócios Impresso no Brasil Projeto Gráfico: Júlia Costa Reis Diagramação e Arte Final: Regielle Rabello Todos os direitos reservados. Toda parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida para o desenvolvimento de pessoas e empresas, desde que haja a referida citação da fonte. Sustentare Educacional Ltda. Rua Coronel Santiago, 400 - bairro Anita Garibaldi - 89.203-560 - Joinville - SC - Brasil 47 3026-4950 sustentare@sustentare.net www.sustentare.net Ficha catalográfica

Pereira, Mariana, 1985 – e Cidral, Wilmar, 1963 – Vai lá e faz / Mariana Pereira e Wilmar Cidral. Joinville. Escola de Negócios Sustentare, 2019. 68 p, il. ISBN 978-85-85368-18-0 1. Empreendedorismo. 2. Gestão. I. - Título

“As marcas, diagramas e conceitos relacionados às Seis Disciplinas/Six Disciplines são propriedade exclusiva da empresa “The 6Ds Company” (EUA). O Affero Lab é representante exclusivo da Nexpedia na América Latina e está ciente desta publicação”.

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“Para pessoas que investem em formação, colocam em prática os conhecimentos adquiridos e tem ousadia para inovar”. Sustentare Escola de Negócios

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Crédito: Jean Caê

Apresentação

Ser empreendedor é saber que, mesmo enfrentando adversidades, vai contribuir para o futuro da sociedade e da vida de várias famílias. É vencer desafios, como a burocracia excessiva ou ainda os impostos, que na grande maioria das vezes são maiores que os

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Victor Kochella Presidente Ajorpeme

lucros. É através da luta incessante dos empreendedores que evoluímos e tornamos o mundo um lugar melhor para nós e nossos filhos e a conseguimos a realização dos nossos sonhos.


Crédito: Cleber Gomes

“Vai Lá e Faz” muito se parece com aquele ditado segundo o qual “sem saber que era impossível, foi lá e fez”. A determinação de fazer está implícita na condição de empreender, criar, fazer acontecer, sair da mesmice. Ser diferente e fazer diferente da maioria das pessoas, que buscam na zona de conforto um falso refúgio para justificar sua aversão ao risco ou por nada terem realizado. Normalmente, depois essas pessoas são as que mais reclamam da vida. “Vai Lá e Faz” teria de ser o primeiro

João Joaquim Martinelli Presidente ACIJ

mandamento que cada um deveria se autodeterminar todas as manhãs ao acordar. Gostaria de parabenizar os autores desta obra e todos os que dela participaram e que ela sirva de inspiração a todos aqueles que ainda não sabem o que fazer da vida e na vida. Para aqueles que nunca foram e nem fizeram. Siga o mandamento “Vai Lá e Faz” e está resolvido. Que todos nós possamos, ao final do dia ao retornarmos para casa, dizer a plenos pulmões e com a alma cheia de orgulho “Fui lá e fiz, sim senhor”.

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Crédito: Divulgação

Dorinho Bastos é Heliodoro Teixeira Bastos Filho, Professor Doutor, Livre Docente do Curso de Propaganda da Escola e Comunicações e Artes da USP. Também leciona nos cursos de pós-graduação: CEACOM/ECA/USP, FIA/FEA/USP, PECEGE/ESALQ/USP e SUSTENTARE. É sócio/diretor do estúdio Dorinho Bastos Comunicação & Design. É cartunista, colaborador do jornal Propmark, revista Propaganda e revista ESPM.

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Ilustrações

Dorinho Bastos

“O desenho é linguagem que atravessa todos os tempos – das cavernas à informática – sempre esteve presente na História da Civilização. E, de todas as linguagens, é a mais antiga” Edith Derdick (artista plástica e designer gráfica)


Índice Prefácio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Mário Cezar de Aguiar Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Empreendedorismo feito em SC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Por Wilmar Cidral, diretor e educador da Sustentare Escola de Negócios Conheça o PEA Projeto Empresarial Aplicado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Por Célio Valcanaia Aplicação do Modelo 6Ds© no PEA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Por Wilmar Cidral, diretor e educador da Sustentare Escola de Negócios Vai Lá e Faz - Transferência e aplicação da aprendizagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Como revolucionar a forma de estacionar?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Alano Branco, CEO e sócio-fundador do Estacionamento Digital Cidades Inteligentes e Novas Tecnologias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Por Raúl Javales Lema: Empreender é fazer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 Anderson de Andrade, CEO da A2C Big Ideia vs. Big data. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Por Romeo Deon Busarello De gestora à consultora independente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Cerli Antenor Martins da Silva, proprietária da Hemera Consultoria e Treinamentos Síndrome do eu também. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Por Alessandro Saade Na melodia do sucesso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Fábio Martins, CEO da Escola de Música Arte Maior Você, o caminho mais curto entre dois líderes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Por Paulo Campos Surfando a onda do negócio familiar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Sabrina Eggert, sócia-diretora da Oceano Surf Wear Por que a sucessão pode não ter sucesso?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Por Armando Lourenzo O que é Design Sprint?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Por Pedro Segreto Referências bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64


Você acredita na sua capacidade empreendedora?

SIM

NÃO

As histórias de pessoas de sucesso inspiram você?

SIM

NÃO

Temas como Empreendedorismo, Liderança, Novas Tecnologias e Inovação são importantes para a sua carreira?

SIM

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NÃO


Se a sua resposta é sim para qualquer uma destas perguntas, o livro “Vai Lá e Faz” é para você. Conheça cases de sucesso de CEOs que já foram alunos da Sustentare Escola de Negócios. As histórias são intercaladas com textos de professores renomados que contribuíram nessa caminhada. Boa leitura! Sustentare Escola de Negócios

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Crédito: Marcos Campos

Prefácio

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Empreendedorismo, sucessão em empresas familiares, gestão eficiente e novas tecnologias estão no foco dos líderes de marcas catarinenses. Em uma terra que se desenvolveu a partir de empreendimentos com muito trabalho e ousadia, há uma busca constante para o crescimento sustentável dos negócios. O segmento têxtil, por exemplo, presente há mais de 130 anos no estado, segue lado a lado com outros setores tradicionais, como a metalurgia e o automotivo, e outros mais recentes, como o tecnológico, garantindo índices de crescimento econômico acima da média nacional. Esta obra da Sustentare Escola de Negócios valoriza o espírito empreendedor, mas também ressalta como nossos negócios encontram meios para evoluir e se renovar. Ao reunir as trajetórias de cinco empreendedores catarinenses de diversos ramos, o livro comprova que por trás de um estado forte, há uma economia sólida, que segue aberta a novas possibilidades de negócios e que é composta por atores que trabalham para torná-la cada vez mais competitiva. As histórias contadas por Alano Branco - que não teve medo de inovar e criou a Estacionamento Digital, e por Cerli da Silva, da Hemera, que decidiu trabalhar pelo sonho de atuar com o desenvolvimento de pessoas em um negócio próprio - demonstram que muitas das novas iniciativas são lideradas por empreendedores que são, ao mesmo tempo, jovens e audaciosos. A trajetória de Anderson de Andrade, à frente da empresa digital A2C, revela que nossos executivos são também persistentes e superam as adversidades encontradas em busca da expansão de seus mercados. São pessoas que não se intimidam pela necessidade de promover o novo ou de ajustar a rota, mas sabem do valor de apostar nas boas ideias e iniciativas. É o caso de Fábio Martins, que abandonou a Faculdade de Direito e assumiu a Escola de Música Arte Maior, empresa criada por seus pais. E de Sabrina Eggert, que lidera a expansão da marca Oceano Surf Wear, fundada por seu pai e que mudou de ramo pelas mãos de sua mãe. Os depoimentos comprovam que, quando se trata do mundo dos negócios, Santa Catarina é pródiga em gerar protagonistas diferenciados. As histórias reunidas nesta publicação evidenciam, acima de tudo, características como a determinação, a coragem e a vontade de inovar. São valores que estão conectados e que impulsionam e renovam o empreendedorismo em nosso estado. Para dar um exemplo, apenas nos primeiros 10 meses de 2018, foram geradas 54,8 mil vagas de emprego na indústria catarinense. Destas, 38,8 mil vagas foram criadas por microempresas. Portanto, as novas iniciativas, lideradas também pelas novas gerações, promovem renda, criam empregos e desenvolvimento, levando aos mercados modelos de sucesso genuinamente catarinenses. Mário Cezar de Aguiar, presidente da FIESC

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Esses profissionais tiveram em comum a coragem e a persistência para empreender e inovar, bem como o entendimento de que era preciso investir na própria capacitação para agarrar oportunidades e alcançar os tão sonhados resultados. E a opinião deles, a respeito do papel da Sustentare nesta trajetória, é unânime no que se refere à importância da aprendizagem aliada a aplicabilidade, pilares do projeto da Sustentare.

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Introdução Nada melhor do que conhecer a história de pessoas que empreenderam para buscar inspiração e trilhar novos caminhos. Pensando nisso, a Sustentare Escola de Negócios reuniu cases de sucesso de alunos que passaram pela instituição e usaram todo o conhecimento adquirido em seus negócios. Os alunos deram seus depoimentos em vídeos, disponíveis no Youtube, e que agora foram publicados em livro. São casos como o do CEO do Estacionamento Digital, Alano Branco, que comanda um negócio que está ganhando os estacionamentos públicos e privados de todo o país. Uma ideia patenteada de aplicativo de celular para alocação de veículos em estacionamentos que já abrange mais de 250 mil usuários no Brasil. Quem também deu seu depoimento para este projeto, que intitulamos: “Vai Lá e Faz”, foi o CEO da A2C, Anderson de Andrade. Visionário, Anderson começou em 2001 uma empresa com foco digital. E tornou-se mais do que uma agência de publicidade, mas uma empresa de consultoria de branding que é referência em Santa Catarina e no Brasil, atendendo grandes clientes como a 3M. O livro conta ainda com histórias de alunos que assumiram a gestão de negócios familiares, como Fábio Martins, da escola Arte Maior, e Sabrina Eggert, da Oceano Surf Wear. Além do depoimento de Cerli Antenor Martins da Silva, que sempre atuou com gestão de pessoas e resolveu lançar seu próprio negócio: a Hemera Consultoria e Treinamentos. Como vão perceber ao ler os depoimentos desses CEOs, o caminho não é fácil. Mas, esses profissionais tiveram em comum a coragem e a persistência para empreender e inovar, bem como o entendimento de que era preciso investir na própria capacitação para agarrar oportunidades e alcançar os tão sonhados resultados. E a opinião deles, a respeito do papel da Sustentare nesta trajetória, é unânime no que se refere à importância da aprendizagem aliada a aplicabilidade, pilares do projeto da Sustentare. Nesta perspectiva, o “Vai Lá e Faz” traz também conteúdos conectados com o ramo de atuação dos alunos e produções de professores da “casa”. O intuito é também inspirar a criação de negócios inovadores como os destes alunos, cuja história orgulha a instituição Sustentare Escola e Negócios. Compartilhamos também, nos primeiros capítulos, uma visão sobre o empreendedorismo e um pouco da experiência de transferência e aplicação da aprendizagem na Sustentare Escola de Negócios, além de metodologias e ferramentas usadas na instituição. Entre elas o Design Sprint, abordado no último capítulo por um expert do assunto, o professor Pedro Segreto. 13


Empreendedorismo feito em SC Ao longo da história da Sustentare Escola de Negócios colhemos inúmeros exemplos de casos de empreendedorismo de sucesso. São profissionais que se capacitam para atuar em um mercado em constante evolução. Este mercado quebra as fronteiras entre tempo e espaço cotidianamente. Estar preparado para essas mudanças é condição sine qua non para os empreendedores do século 21. Joinville e Santa Catarina estão inseridas no mundo e sofrem os problemas e as vantagens da globalização dos mercados. Ao longo deste estudo conheceremos a história de cinco empreendedores que se destacaram por sua atuação ousada. Falo de ousadia no sentido literal da palavra que permite navegar por águas mais profundas para descobrir novos continentes, outros mercados e público consumidor. Alano Branco, Anderson de Andrade, Fábio Martins, Cerli da Silva e Sabrina Eggert escalaram essa difícil montanha que é aventurar-se em carreira solo, gerar emprego e renda para uma comunidade. Mais do que isso, esses cinco exemplos traduzem muito bem o que a Sustentare Escola de Negócios entende por empreendedorismo brasileiro. Estamos falando da qualificação de executivos que, ao passar a régua, são a essência para o desenvolvimento da nação e do povo. Os cinco, em poucos anos, conseguiram gerenciar empresas sólidas e casos de benchmarking em suas áreas de atuação. A gestão empresarial profissional é nossa essência. Entendemos que o papel de uma escola de negócios é desenvolver as competências necessárias à condução de uma corporação ao sucesso empresarial e, consequentemente, ao sucesso de todos os stakeholders. Os casos apresentados aqui demonstram, sem qualquer equívoco, que práticas empresariais sustentadas por profundo embasamento teórico e prático de professores conceituados fazem a diferença. A conquista do mercado é um processo complexo. Exige visão sistêmica, conhecimento do negócio e uma boa dose de empreendedorismo. Aqui na Sustentare Escola de Negócios apoiamos e incentivamos o empreendedorismo propulsor do desenvolvimento. Este empreendedorismo carrega uma boa dose de desafio porque ele é o alicerce de qualquer grande empresa ou país.

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O empreendedorismo apresentado aqui faz parte deste modelo que defendemos. Ele exige inteligência, emoção e capacitação. São os três elementos essenciais do novo empreendedor brasileiro. Ele é inteligente porque conhece seu nicho de mercado como ninguém, tem a emoção necessária para empreender e lançar-se a novos desafios. E tem a capacitação para agregar novos conhecimentos de gestão para desenvolver sua estratégia. Cada vez mais jovens sonham em criar e manter um negócio próprio. Essa geração pós-industrial procura a realização pessoal e profissional. Esses jovens empreendedores, apresentados neste livro, são o modelo de sucesso que queremos para o país. Empreendedores de fato. Pessoas que criaram e agora gerenciam empresas nas quais o cérebro é o diferencial de mercado. A essência do trabalho desses empreendedores foi de reunir vontade, determinação, conhecimento e preparação empresarial para se sobressairem. Os serviços oferecidos por eles podem ser encontrados em qualquer grande capital do país. Mas os clientes vêm até eles também de qualquer lugar do país e, em alguns casos, do mundo. Por quê? Porque eles conseguiram quebrar a linha do espaço. E como conseguiram? Com liderança. Essa é a essência do que fizeram. Os cinco cases apresentados neste livro são modelos de liderança. Eles conseguiram reunir em torno de suas ideias um time de profissionais de alto nível. A liderança foi fundamental para pensarem o negócio, repensarem o mercado e proporem novas formas de negócio. É certo que seus negócios são, basicamente, uma imagem do líder que os montou e consolidou. Uma organização orgânica que aprende e consegue estar um passo à frente do seu tempo, empreendendo e inovando sempre. Por isso, o “Vai Lá e Faz” é um modelo bastante próximo ao ideal que a Sustentare Escola de Negócios deseja e incentiva para o Brasil.

Crédito: Rafael Anchieta

Espero que apreciem a leitura!

Wilmar Cidral Doutorando em Tecnologia da Informação e Comunicação, Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu da ECA/USP (Brasil) e Universidade Nova de Lisboa / IMS - Information Management System (Portugal) e Universidade de São Paulo / ECA Escola de Comunicação e Artes (Brasil). Mestre em Administração Moderna de Negócios pela FURB. Pós-graduado (especialização Lato Sensu) em Marketing e O&M. Graduado em Administração. Foi Gerente de Produto da Hering. Atuou em consultorias nos setores têxteis, construção civil, cartões de crédito e educação. Já atuou como professor universitário, coordenador de faculdade e atua em programas de pós-graduação (Lato Sensu). Foi Gerente de Marketing da Soutex Têxtil e atualmente é Diretor e Educador da Sustentare Escola de Negócios. 15


Conheça o PEA

Projeto Empresarial Aplicado O mundo tem evoluído em uma velocidade jamais vista. Todos aqueles modelos que costumavam funcionar tão bem, simplesmente ficaram para trás. O que nos trouxe até aqui, com grande sucesso, não é o que vai nos levar daqui para frente. Isto também se aplica aos modelos de ensino. Já passou a época em que o professor detinha o conhecimento e ensinava, cabendo ao aluno aprender. Vivemos um momento onde volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade são as variáveis presentes no mundo empresarial, tornando muito complexo e difícil o processo de decisão.

Cenário onde a decisão acontece

Volatilidade Incerteza Complexidade Ambiguidade

Tomada de Decisão Isto faz com que o modelo de aprendizagem tenha que ser adequado a estas realidades. Na Sustentare, acreditamos que o conhecimento só existe quando aplicado na prática. As empresas geram milhões de dados todos os dias. Estes dados são transformados, normalmente por computação, em informações. Como exemplo, podemos citar a contabilidade de uma empresa, que processa milhares de dados como vendas, despesas, salários, etc., para apresentar o resultado do mês. Este resultado é uma informação. Conhecimento é o que uma ou mais pessoas vão fazer com esta informação. Estas decisões são baseadas na experiência, na formação, nos valores, nos relacionamentos, só para citar algumas das variáveis que influenciam na aplicação do conhecimento.

Conhecimento + Subjetividade Humana

Informações + Processamento

Dados O conhecimento como base da tomada de decisão

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Na Sustentare trabalhamos para ajudar a formar este profissional, que possa estar melhor preparado para a tomada de decisão em suas funções e consequentemente aplicando o conhecimento. O PEA – Projeto Empresarial Aplicado – faz parte desta estratégia. É a oportunidade que o aluno tem de transformar em conhecimento parte do aprendizado desenvolvido em sala de aula com os professores e demais alunos. Ele substitui o tradicional TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que usualmente é feito apenas com pesquisa teórica e o objetivo é apenas a obtenção do diploma. O PEA permite ao aluno mostrar valor para a organização onde trabalha e, com isto, crescer profissionalmente. Temos visto muitos casos onde o aluno desenvolve seu PEA e produz um resultado tal que proporciona promoções e, até mesmo, prêmios em dinheiro. O PEA é a forma que a Sustentare encontrou para conectar os três pilares envolvidos na formação de seus alunos, que são: O aluno, a empresa onde trabalha e a escola através de seus professores e suas metodologias. A empresa é representada no PEA pelo superior do aluno. Esta pessoa vai ajudar na determinação de qual trabalho será desenvolvido, vai participar no processo de desenvolvimento e aplicação e, ao final, fará a avaliação do resultado. Esta avaliação mais a avaliação do professor orientador comporá a nota do aluno. O PEA não é uma disciplina, como as demais, que tem curta duração. Pelo contrário, ele transpassa todo o curso, justamente para que o aluno possa fazer uso de uma gama variada de informações que ele forma durante as disciplinas. Como isto tudo funciona? No início do curso, o aluno e seu superior recebem todas as instruções e, juntos, escolhem o assunto que será tema do PEA. Pode ser um problema, uma inovação, um novo negócio, um novo produto ou serviço, etc. Todavia, é preciso que seja algo exequível durante a duração do curso. Por isto, cada projeto é avaliado junto ao professor orientador para garantir que possa de fato ser desenvolvido.

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Visão geral da empresa

Problema real delimitado

Pesquisa Bibliográfia Consultas

Proposta e implementação

Avaliação dos resultados

Pesquisa de Campo Relatórios Visão geral do PEA Uma vez definido o tema do PEA, o aluno inicia a pesquisa para determinar como isto será desenvolvido e toma a decisão considerando o papel da empresa no projeto, ou seja, viabiliade técnica, financeira, tempo e pessoas envolvidas. Com adecisão já definida, o próximo passo é o projeto de implantação, considerando etapas, caminho crítico, etc. Depois disto parte-se para a implementação do projeto e depois de alghum tempo já é possível medir os resultados. Estes novos resultados, comparados com os resultados que existiam anteriormente são a base da conclusão do PEA.

Crédito: Rafael Anchieta

Mas o PEA não é apenas um trabalho de conclusão de curso diferenciado, é também uma metodologia que o aluno vai poder aplicar por toda a vida. Independente da situação, sempre será preciso entender a situação atual, propor uma melhoria, implementar esta melhoria e medir os resultados. Assim é o PEA.

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Célio Luiz Valcanaia Célio Luiz Valcanaia é ABD pela Universidade de Phoenix (USA), tem mestrado pela FURB, e CPIM pela APICS (USA). Profissional com mais de 40 anos de atividades, grande parte dedicada à indústria de TI. Foi durante 11 anos CEO da SGP Solução de Gestão de Pessoas Ltda, empresa especializada em desenvolvimento de soluções de gestão de pessoas, operando junto a Network Datasul e TOTVS. Atualmente é proprietário da Valcanaia Consultores, empresa especializada em aumento de produtividade organizacional. Na Sustentare coordena e é o professor orientador do PEA.


Aplicação do Modelo 6Ds© no PEA Projeto Empresarial Aplicado

Determinar (os resultados para o negócio), desenhar (uma experiência completa), direcionar (a aplicação), definir (a transferência do aprendizado), dar (apoio à performance) e documentar (os resultados) são as seis disciplinas fundamentais para a educação corporativa detalhadas por Andrew Jefferson, Calhoun Wick e Roy Pollock, na obra 6Ds© (Editora Évora). Elas são parâmetros de sucesso consagrados mundialmente para determinar as estratégias de educação empresarial, que proporcionará maior e melhor feedback e, consequentemente, os resultados das aplicações em educação. Estamos ajustando o PEA (Projeto Empresarial Aplicado) às 6Ds© como framework considerando a diversidade dos negócios e dos profissionais que escolhem a Sustentare Escola de Negócios como incentivadora e impulsionadora de suas ações de treinamento e desenvolvimento.

Figura 1 - Modelo 6Ds© - Seis Disciplinas

D4

D1

Determinar os resultados para o negócio

D2

Desenhar uma experiência completa

D3

Direcionar a aplicação

Definir a transferência do aprendizado

D5

D6

Documentar os resultados

Dar apoio à performance

Fonte: 6Ds© - As disciplinas que transformam educação em resultados para o negócio - Wick, Pollack e Jefferson (2011, p2)

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Entendemos que cada investimento feito por um profissional deve contribuir, necessariamente, para o sucesso da empresa em que atua ou atuará. No final, o que realmente conta é a aplicação do conhecimento na prática. Como afirmou o líder do Planejamento Estratégico da Royal Dutch Shell: “a capacidade de aprender mais rápido que seus concorrentes pode ser a única vantagem competitiva sustentável”. O início de todo o programa de desenvolvimento é definir os objetivos desejados e como eles estão alinhados ao planejamento estratégico da organização. É por isso que esta é a primeira disciplina. Ela liga objetivos do programa às necessidades empresariais e descreve o que os participantes farão nesse processo de T&D. Importante é entender como essa iniciativa irá beneficiar o meu negócio - seja o negócio do qual faço parte, como time, seja em minha atividade empreendedora. O aprendizado é transformado em uma função estratégica e proporciona aos alunos saberem, exatamente, o que, onde e como poderão/deverão aplicar aquele conhecimento.

Entender o negócio é facilitar a melhoria dos resultados comerciais. Tabela 1 - Relatórios do PEA: Projeto Empresarial Aplicado Relatório I

Entendimento do Negócio

Relatório II

Concepção do Problema / Oportunidade

Relatório III

Definição da Solução

Relatório IV

Plano de Implementação Relatório Final

Fonte: Workcases - Metodologia PEA Projeto Empresarial Aplicado. - ZURDO e CIDRAL (2008, p. 47)

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Ao ser planejado e elaborado em estrita sintonia entre empresa (necessidades detalhadas no planejamento estratégico) e os profissionais (desejos alinhados ao seu planejamento de carreira), o PEA aumenta a motivação de adultos e suas organizações em participarem. Existe um claro compartilhamento entre as necessidades empresariais e as metas das iniciativas do aprendizado. O PEA é desenhado com a conclusão em mente. O profissional o desenha, cooperando com outros alunos e professores, imaginado os benefícios (lucro/produtividade/diferencial competitivo) que trará para sua empresa. Desta análise estratégica da organização e dos objetivos do aprendizado decorre o próximo passo: Desenhar uma experiência completa. Todas as fases do aprendizado (preparar, aprender, transferir, atingir resultados) devem estar presentes e é preciso, necessariamente, incluir o pós-treinamento formal. Organizações que obtiveram maior sucesso empregando T&D são aquelas que analisam e otimizam também o que ocorre após o ambiente formal de aprendizado, seja ele virtual ou presencial.

Figura 2 - Roda de Planejamento dos Resultados

Quais são os critérios específicos de sucesso?

Quais necessidades do negócio serão atendidas?

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1

3

2

Quem ou o que pode confirmar essas mudanças?

O que os participantes farão diferentemente e melhor?

Fonte: ©2010 Fort Hill Company. Usado sob permissão, 6Ds - As seis disciplinas que transformam educação em resultados para o negócio - Wick, Pollock e Jefferson (2011, p.40). Design instrucional adaptado por Wilmar Cidral

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Com o conhecimento sobre as necessidades e objetivos do aprendizado para a organização e pensando nessa experiência completa pode-se ir ao próximo passo: direcionar a aplicação. Nesta etapa é preciso selecionar o que ensinar e como ministrar este ensinamento de forma mais eficiente. Aqui, como em todas as etapas, é fundamental basear-se nos resultados empresariais desejados. Na educação corporativa de resultado a essência é atingir os objetivos para a organização. E este resultado só será alcançado se a educação for aplicada na prática. Por isso, o design instrucional do PEA permite integração e diálogo entre as partes envolvidas - o profissional e seu gestor direto. É uma ferramenta fundamental para apoiar a aplicação do conhecimento no contexto do dia a dia do negócio, ao planejamento estratégico, gerando resultados tangíveis. Com o PEA também criamos as condições estruturais necessárias para a quarta disciplina (D4: Definir) caracterizada pela transferência de aprendizagem. Os alunos poderão repetir o que aprenderam no ambiente de trabalho? Ao conectar os objetivos do PEA aos estratégicos da organização os profissionais poderão entender, com maior facilidade, as oportunidades de utilizar aquele conhecimento de sala de aula no seu dia a dia. A quinta disciplina - de Jefferson, Wick e Pollock - é dar apoio à performance. Está alinhada com a transferência de aprendizagem. É contar com o apoio de seu gestor direto. Ao vincular os resultados do PEA à avaliação do gestor conseguimos aproximar a organização da prática de sala de aula, propiciando um suporte ao desempenho pós-treinamento. E por fim a sexta disciplina, Documentar. É o final e o início do ciclo. Ao documentarmos as ações e os resultados do treinamento poderemos criar um ciclo contínuo de aprendizado. Conhecendo como foi feito, suas premissas, e quais os resultados, os desafios e os erros cometidos poderemos fazer melhor da próxima vez, otimizando o desempenho e o investimento em T&D. Ao tratarmos a educação como um negócio e como parte fundamental dos diferenciais competitivos da organização é essencial documentar para criar uma base crítica de dados para aperfeiçoarmos nossas ações. O PEA estará totalmente documentado para o gestor e criará uma real cadeia de valor para a organização ao mapear o impacto esperado e o impacto gerado. Para as empresas onde o capital humano é a peça essencial para o desenvolvimento, reter um funcionário é um dos pilares da área de Recursos Humanos. Estamos eliminando o que os especialistas chamam de aprendizado sucata, ou seja, o aprendizado que não é aproveitado na organização.

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Investir em educação corporativa é investir para aumentar a eficiência de seu capital humano, elevar os pontos de conexão entre os profissionais e o core business da empresa, garantindo o futuro. É um investimento que tem como retorno maior eficiência, produtividade melhorada, maior satisfação do cliente, melhor comprometimento, retenção mais alta, etc, como já apontaram Jefferson, Wick e Pollock.

Figura 2 - Roda de Planejamento dos Resultados - Sucesso = Estratégia + Execução

Quais são os critérios específicos de sucesso?

Quais necessidades do negócio serão atendidas?

4

1

3

2

Quem ou o que pode confirmar essas mudanças?

SUCESSO

(Estratégia + Execução)

O que os participantes farão diferentemente e melhor?

Fonte: ©2010 Fort Hill Company. Usado sob permissão, 6Ds - As seis disciplinas que transformam educação em resultados para o negócio - Wick, Pollock e Jefferson (2011, p.40). Design instrucional adaptado por Wilmar Cidral (2013)

“Conhecimento por si pode ser obtido em qualquer lugar a qualquer hora com a ajuda da internet. O diferencial é transformar este conhecimento em ação, buscando a melhoria nos resultados do negócio e finalmente reduzindo o gap entre aprender e aplicar, tornando o aprendizado uma experiência memorável”. Wilmar Cidral - Diretor e educador da Sustentare Escola de Negócios

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Vai Lá e Faz

Conheça CEOs que passaram pela Sustentare

Crédito: Charles Silva

Crédito: Charles Silva

Alano Branco CEO e Sócio-fundador do Estacionamento Digital

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CEO do Estacionamento Digital, com formação em Ciência da Computação e MBA Empresarial na Sustentare Escola de Negócios. Empreendedor e entusiasta em inovação tecnológica e novos negócios desde criança. Amante e praticante de várias atividades esportivas. Atua como Diretor Executivo do Grupo Econômico do Estacionamento Digital, com habilidades administrativas, financeiras, desenvolvimento tecnológico e tomada de decisão em processos licitatórios.

Anderson de Andrade CEO da A2C Apaixonado por startups e inovação corporativa. Fundador e CEO da A2C e conselheiro de empresas. Investidor anjo e mentor em mais de 12 startups. Conselheiro estatutário do Inovaparq na cidade de Joinville. Co-fundador da Spin Aceleradora e sócio da Bzplan gestora de fundos de venture capital sediada em Florianópolis.


Crédito: Charles Silva

Cerli Antenor Martins da Silva Proprietária Hemera Consultoria e Treinamento Pedagoga. Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas. Atua na área de Recursos Humanos há mais de 18 anos, sendo 12 deles na Gestão de Equipes de RH. Possui ampla experiência na implantação de programas de Desenvolvimento Organizacional, Gestão da Mudança e Formação de Líderes no varejo. Acumula vários prêmios por projetos desenvolvidos nessas áreas. Coah pelo Instituto Holos e pelo ICI (Integrate Coaching Institute). É vice-presidente da ABRH - Associação Brasileira RH, professora de pós-graduação na Univille, Inesa e Senai e parecerista e curadora da Anima/Unisociesc.

Crédito: Charles Silva

Fábio Martins CEO da Arte Maior A Arte Maior é uma empresa familiar, com 30 anos de atuação na cidade de Joinville/SC, aproximadamente 50 funcionários e 800 alunos. Como diretor administrativo, é responsável pela estratégia empresarial da escola e supervisiona a gestão dos setores financeiro, recursos humanos, marketing e atendimento ao cliente. Atua também na organização dos diversos eventos promovidos pela escola, de cunho privado e social, estando alguns deles inclusive no calendário oficial da cidade.

Crédito: Charles Silva

Sabrina de Bandeira Eggert Sócia-diretora da Oceano Sabrina de Bandeira Eggert, nascida dia 26 de novembro de 1988. Formada em Bacharel de Moda na UNERJ em Jaraguá do Sul em 2009. Pós graduada em Administração de Empresas pela FGV. Líder de Alto Valor pelo programa Metanoia e cursando o My MBA na Sustentare Escola de Negócios com ênfase em finanças e gestão. Sócio diretora da Oceano, atuante na empresa à 9 anos, onde passou por todas as áreas produtivas e hoje tem o desafio de desenvolvimento na área administrativa e financeira.

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Crédito: Charles Silva

Como revolucionar a forma de estacionar? Confira o depoimento de Alano Branco, CEO e Sócio-fundador do Estacionamento Digital, que foi aluno do MBA Empresarial Sustentare:

Apresentação O que é o Estacionamento Digital? O Estacionamento Digital consiste numa solução tecnológica inovadora, no que tange à mobilidade urbana, oferecendo ferramentas eficientes para a gestão e operacionalização dos estacionamentos rotativos públicos, além de propiciar aos usuários maior conforto e facilidades na utilização deste serviço. É uma empresa tecnológica criada para desburocratizar e facilitar o dia dia dos usuários que precisam estacionar o seu veículo nos centros urbanos. Funciona através de um aplicativo, com o qual o usuário pode ativar sua alocação de tempo para estacionar seu veículo em grande centros urbanos que demandam de rotatividade, ou seja, "Zona Azul", podendo acionar, renovar, verificar históricos de alocações, comprar créditos e consultar saldos, sabendo até onde há vagas disponíveis, tudo isso através do smartphone.

Desafios “O Estacionamento Digital, que foi patenteado em 2009, teve as suas dificuldades iniciais, como qualquer outra empresa. No entanto, em 2009 acreditei que estava com um formato de tecnologia que era muito avançada para a época, pois estava arquitetada para SMS e o smartphone (ainda eram caros), e a telefonia ainda estava evoluindo com 3G, mas a empresa já detinha uma tecnologia basicamente formada. Era questão de tempo para a evolução dos celulares e melhoria com a internet e estaria saindo na frente. Assim a empresa foi crescendo organicamente, sempre saudável, com parcerias positivas, buscando sempre evoluir passo a passo de forma sustentada diante da capacidade administrativa e financeira.”

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Permanentemente há necessidade da busca incessante de novos horizontes, e atenção para as alternativas e novas mudanças. Sempre numa velocidade muito rápida. Estar sempre muito bem atualizado e focado.

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História “Sou um esportista de sangue e na minha infância. dos 12 aos 17 anos. competia no bicicross. Cheguei a ser tetracampeão catarinense. Em Lages/SC, minha cidade natal, treinava muito e nas pistas sempre saltava rampas cada vez maiores. Nessas rampas tipo de dublê, onde saltava de uma rampa para encaixar em uma outra, eu levava cada cacetada, cada lambada. E quando conseguia realizar os saltos perfeitos, lá ia eu novamente aumentar as dificuldades dos saltos, um pouquinho de cada vez. E os tombos começavam novamente, mas nunca desistia. Não tenha dúvida que você vai levar tombo, só que tem que levantar a cabeça e tentar de novo, quantas vezes for necessário, e irá conseguir saltar a rampa. Saltar a rampa foi o que me ensinou a superar as dificuldades que sempre encontrei na vida. E no ano de 2018, com 44 anos realizei um sonho de criança, participei do meu primeiro Iron Man em Florianópolis onde completei os 3.800 m de natação, os 180 km de bicicleta e os 42 de maratona em pouco mais de 11 horas. Foi bacana e muito desafiador, mas com muita dedicação e planejamento estratégico acabei realizando muito bem a prova. Estou planejando fazer outra fora do Brasil.”

Novos horizontes “Permanentemente há necessidade da busca incessante de novos horizontes, e atenção para as alternativas e novas mudanças. Sempre numa velocidade muito rápida. Estar sempre muito bem atualizado e focado. Procurei a Sustentare, o Cidral, sem comentário dessa pessoa fantástica. Através desta troca comum de conhecimentos é possível certificar que o caminho que está sendo percorrido é o correto. Mas, por outro lado, é importante ter a percepção de que existe a obrigação de estar atento às mudanças. O mercado não é tradicional. Encontramos informações que trazem certa tranquilidade por um lado ou desespero pelo outro. Porque você está pensando numa linha e os caras estão te apresentando outra. Mas o principal disto tudo é saber ponderar e ter o discernimento para tomar a decisão para alteração de rota ou ainda de correção do rumo. Você tem que ter o direito de errar. Mas erre e conserte rápido.”

Resultados “Em busca de sempre alcançar melhores resultados. Chegar de uma cidade para 18 cidades e sempre em constante evolução e crescimento. A nossa equipe, a nossa empresa, a nossa estrutura já passa de 100 colaboradores, mais de 250 mil usuários, que fazem alocações, fazem consultas, compras de créditos pelo celular. Tanto na área pública quanto na área privada. Temos mais de 190 estacionamentos privados que usam a nossa tecnologia. Assim é nossa visão futura, enxergamos nossa tecnologia do estacionamento digital se expandindo pelo país todo e até fora dele também.”

Conselho “Nunca desista, seja persistente, que vai chegar lá. Você não precisa ser mega-mestre perfeito em qualquer coisa, mas você sendo persistente, querendo melhorar e o seu melhor a cada dia, você acabará melhorando um pouquinho a cada dia, você vai conseguir chegar lá. Isso eu tenho certeza!” 29


Marca: ESTACIONAMENTO DIGITAL Razão Social: Serbet - Sistema de Estacionamento Veicular do Brasil Ltda Data de fundação: 17/07/2012 Site: www.estacionamentodigital.com.br Telefone: (47) 3278-1522 E-mail: alano@estacionamentodigital.com.br

O Estacionamento Digital consiste numa solução tecnológica inovadora, no que tange a mobilidade urbana das cidades, oferecendo ferramentas eficientes para a gestão e operacionalização dos estacionamento rotativos públicos, além de propiciar aos usuários maior conforto e facilidades na utilização deste serviço.

“A inovação se torna a melhor parceira para a resolução de problemas, e a tecnologia a principal aliada, transformando cidades em cidades inteligentes.”

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Cidades inteligentes e novas tecnologias O conceito “Cidades Inteligentes” passou a ser um tema comum ao nosso dia a dia, contudo o que são realmente cidades inteligentes? De forma bem prática, são cidades que estão aptas a propiciar para o indivíduo (por meio da tecnologia da informação e da comunicação aplicadas), as melhores condições de qualidade de vida e bem estar para a população. Ou seja, que melhor fazem uso da tecnologia para resolver os problemas urbanos. O crescimento acelerado da população urbana se tornou uma realidade que impulsiona vários problemas de difícil solução. Contudo, em situações como essa, a inovação se torna a melhor parceira para a resolução de problemas e a tecnologia a principal aliada, transformando cidades em cidades inteligentes. Uma cidade inteligente pode ser classificada pelo nível de tecnologia adotada, podendo, no primeiro estágio, ser chamada de “Digital City”. Ou seja, uma cidade com infraestrutura de banda larga e de conectividade que permita a utilização de serviços privados ou públicos em benefício de todos. Uma das principais características, e talvez a mais importante, é que essa comunicação seja baseada em padrões abertos, de domínio comum, garantindo a interoperabilidade (possibilidade de todos os sistemas e dispositivos conversarem entre si) que suportará a IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas). O segundo estágio de uma cidade inteligente, que é denominado de “Intelligent city”, é quando uma região específica traz sistemas de inovação com base nas informações obtidas nesta região, desde dados a conhecimento da população, gerando inteligência coletiva e gestão do conhecimento. Nesse estágio, a colaboração entre os habitantes dessa região torna-se evidente e eficaz.

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O terceiro estágio é a “Smart City”, ou a cidade inteligente propriamente dita. Nesse estágio a interoperabilidade, o conhecimento da população e as ações colaborativas já são realidade. E expandiram para um processo automático, com dispositivos conectados, que permitem gerenciar o trânsito, a saúde, o controle da poluição, os serviços públicos etc… Desde situações simples, como interligar seu GPS ao controle de vagas disponíveis nas ruas, e direcionar o veículo para uma vaga específica. E após o estacionamento acionar automaticamente a cobrança. Ainda podemos classificar as cidades inteligentes em um quarto estágio, que chamamos “Ubiquitous City” onde o nível de automação e monitoração da cidade chega a um patamar que permite usarmos os dados de forma preventiva e não reativa, e que todos serviços podem ser acessados em tempo real e de qualquer lugar. Esse último estágio ainda passa por um crivo de aceitação, por ser questionado o quão invasivo pode se tornar. Porém, se formos analisar de uma forma fria, esta invasão de privacidade já é uma realidade hoje, talvez não aplicada a uma cidade inteligente, mas a conectividade não permite que mais ninguém seja invisível, nem uma pessoa não pública. O cerne de uma cidade inteligente são as tecnologias que permitem tudo se tornar realidade, além de soluções. As tecnologias envolvidas no conceito de cidades inteligentes nem podem ser chamadas de tão novas assim, visto que tudo muda exponencialmente. O próprio conceito evoluiu e as tecnologias também. Algumas das tecnologias envolvidas no conceito de cidades inteligentes são: IoT (Internet das Coisas), Big Data (utilização de grande volume de dados para análises e geração de direcionadores) e algoritmos aplicados à vida urbana. Quando formos vincular inovação a essas tecnologias, o que mais mudou e muda é a forma como usamos, combinadas ou não, cada uma delas. Atualmente, várias cidades passam por transformações para se tornarem cidades inteligentes. Grande parte das novas cidades já surgem com esse conceito no seu Plano Diretor. As cidades inteligentes são uma necessidade real e diria até, de sobrevivência para o nosso mundo, uma forma que a tecnologia ajuda o homem a gerenciar todas as suas demandas, permitindo que com base em inteligência artificial essas cidades se tornem facilmente adaptáveis à nova realidade. O surgimento destas cidades também gerou um enorme mercado, que chamou a atenção de gigantes como Intel, IBM, Tesla e Google, que passaram a desenvolver produtos que suportem essa demanda.

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O Brasil possui alguns centros de pesquisa focados em cidades inteligentes, mas o mais conhecido mundialmente é o Institute For The Future (http://www.iftf.org), na Califórnia, que dedica parte dos seus estudos para esse tema. O próprio EPCOT Center da Disney já previa as cidades inteligentes desde 1968. O que pouca gente sabe é que a sigla EPCOT significa Experimental Prototype Community Of Tomorrow. Cidades como Nova York, Amsterdã, Tóquio, San Francisco e Viena lideram o ranking das cidades inteligentes no mundo. Em algumas delas, tudo já está suficientemente integrado a ponto de não ser mais percebido como uma integração e sim como algo corriqueiro que facilita a vida nestas cidades. Cidades inteligentes são o futuro hoje.

Crédito: Rafael Anchieta

Dica: Na sua próxima viagem, tente usar o máximo de tecnologia possível, disponível na cidade a ser visitada, e avaliar quantos serviços estão online. Será uma experiência útil e divertida.

Raúl Javales Economista e engenheiro de sistemas, especialista em Strategy Design, Raúl Javales é doutorando do D-Lab da Mecatrônica da USP. Com 26 anos de experiência no setor financeiro, iniciou sua carreira atuando na área de seguros na SulAmérica. Atuou em empresas como Banorte, Citibank e Volkswagen; como PMO, Executivo de Crédito, M&A e Head de Estratégia, quando foi responsável pela Gestão do Brasil e do México, simultaneamente. Foi Diretor Acadêmico do Instituto de Performance e Leadership, e da Brazilian Business School. Fundador da ACE Consultoria Jr. e da Federação Pernambucana de Empresas Juniores. Atualmente, é Coordenador do Programa de Business Analytics da FGV; sócio da TNVG; e palestrante convidado da Stanford University para Gestão da Inovação em Saúde. Javales, que hoje atua como Strategy Designer, Palestrante, Conselheiro de empresas, é também professor na Sustentare. .

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Crédito: Charles Silva

Lema: “empreender é fazer” Conheça a trajetória de Anderson de Andrade, CEO da A2C

História “Comecei a empreender muito cedo. Aos 14 anos saí de casa para trabalhar e estudar. Aos 20 anos eu já estava começando o meu primeiro negócio da era digital. Era ano de 1998, o Brasil tinha somente 1 milhão de usuários conectados. Esse era o tamanho do mercado a ser conquistado na ocasião, mas com a perspectiva de um crescimento exponencial. E aí que absolutamente tudo deu errado! Não tínhamos um modelo de negócio... a bolha da internet estourou nos anos 2000. Resumindo: o nosso projeto foi dizimado. E fazer o que a partir desta experiência, né?! Você tem dois caminhos: ou você tenta de novo, persiste no seu objetivo, no seu sonho, no seu projeto de se transformar num empreendedor. Ou, então, você desiste e se torna um funcionário. Eu optei por persistir!”

Novos horizontes “Dentro de uma incubadora já, buscando um apoio para que o projeto fosse bem estruturado, decidi estudar, voltei para a academia porque não tinha nem feito ainda minha graduação. Na sequência já emendei uma especialização na Sustentare, cursando um MBA. E todo esse aprendizado, esse conhecimento que eu recebia na escola eu já trazia para aplicar no negócio. Então era muito gostoso, muito divertido porque se falava de conceitos de empreendedorismo, de marketing, de gestão, de finanças, de clientes, de talentos humanos, todas essas discussões em sala de aula. Alguns colegas atuavam, por exemplo, em áreas específicas e tinham dificuldade de fazer a aplicação prática. Como eu estava começando um pequeno negócio eu tinha a oportunidade de tentar. Pelo menos aplicar aqueles conceitos em todas as áreas. Era, realmente, muito divertido, porque para quem não tem nada, o que você aplica e o resultado que vem já é extraordinário. Dessa forma, cada vez eu me apaixonava mais pela gestão, pelo empreendedorismo, pelo desenvolvimento de pessoas, pela busca de clientes. Começava a entender o que era um negócio focado, e não parei mais desde então.”

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“A gente não consegue sozinho fazer nada neste mundo. A gente precisa das pessoas para poder construir uma história vencedora.”

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Desafios “Tem três coisas muito importantes que eu trago comigo desde os 14 anos, quando eu saí de casa. Eu saí porque eu queria buscar conhecimento, mas eu precisava de persistência para superar todos esses desafios da vida pessoal, da vida profissional. E como empreendedor, os desafios são muito maiores. O terceiro ponto dessa trilogia é o das conexões, são as pessoas, são as relações. Sem isso a gente não consegue formar um bom time, não consegue bons clientes, bons sócios e nem bons parceiros. A gente não consegue sozinho fazer nada neste mundo. Precisamos das pessoas para poder construir uma história vencedora. Percebi que o conhecimento era extremamente importante para que você se prepare para conduzir um negócio de verdade.”

Resultados “Desde então a A2C começou a dar muito certo, 18 anos se passaram, são cerca de 100 colaboradores, em São Paulo, Joinville e home office em diversas cidades. E a nossa empresa continua crescendo. Já fomos Great Place to Work, ou seja já ficamos entre as melhores empresas de comunicação para se trabalhar no país, conquistamos novamente neste ano a certificação GPTW e estamos entre as melhores empresas aqui no estado de Santa Catarina. Atendemos grandes clientes.”

Conselho “Quando a gente começou, o ciclo de mudança variava de 3 a 5 anos. Depois, fomos trazendo esse ciclo para um período de 2 a 3 anos. Hoje estamos entendendo pela dinâmica do mercado e por toda a transformação que está acontecendo precisamos nos reinventar a cada ano. Ou seja, em meses você precisa fazer essa mudança toda. Então, nós estamos nos adaptando, melhorando, reinventando o que é possível, a cada 12 meses, para permanecermos relevantes no mercado. Então, para os profissionais que atuam em uma empresa, o conselho é que quem não se adaptar rapidamente vai estar fora do jogo. É preciso buscar conhecimento, é preciso entender esse novo mundo conectado no qual nós estamos inseridos. É um mundo de muitas oportunidades para quem estiver efetivamente preparado. E para quem quer iniciar um negócio, o que tenho a dizer é que empreender é fazer. E essa frase não é minha, essa frase quem me disse foi o Beto Carrero, no dia 8 de agosto do ano 2000, quando eu tive a oportunidade de entrevistá-lo. Pedi para que ele definisse e eu trago isso como um lema de vida: 'empreender é fazer'.”

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Marca: A2C Razão Social: A2C Comunicação Ltda. Data de fundação: 10 de abril de 2001 Site: a2c.com.br Telefone: (47) 3025 1182 E-mail: marketing@a2c.com.br

A A2C é uma empresa de Transformação de Marcas e de Negócios com o propósito de criar estratégias de marketing e ecossistemas de inovação que gerem valor para os clientes. O seu portfólio de ofertas abrange seis frentes: Estratégia de Marcas e Negócios, Comunicação Onlife, Tecnologia e Plataformas, ROI, Produtos e Serviços On Demand e Corporate Venture. Em 2019 completa 18 anos e conta com uma equipe multidisciplinar com cerca de 100 profissionais em duas unidades: São Paulo (SP) e Joinville (SC). Entre os clientes estão Cinemark, Paris Filmes, Senior, Tecnisa, 3M, Docol, Neogrid, Grupo Sabemi, Venturus e Intelbras. Para mais informações acesse a2c.com.br e nos acompanhe no Facebook, Instagram e Linkedin: #a2ctransforma

Big Ideia vs. Big data “O Brasil é um país que se acha muito, mesmo não tendo procurado nada.” "Alguns usam as estatísticas assim como os bêbados, mais para apoio do que para iluminação. Esta metáfora estava absolutamente ligada aos profissionais de finanças que sempre se apropriaram muito bem do bom manejo com os números. No entanto esta dinâmica vem sofrendo alterações substanciais no contexto dos profissional de marketing, comunicação e áreas correlatas. Quando estava decidindo para que área voltaria meus estudos universitários, era comum ouvir que se você não gostasse de matemática e não tinha habilidades para exatas você deveria fazer propaganda, publicidade, marketing, jornalismo, nestes campos você passaria distante de grandes abstrações matemáticas.

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NĂŁo sou mais um profissional de marketing, hoje sou um profissional de matemarketing. Minha vida ĂŠ sufocada por dados.

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Ao longo na minha extensa carreira de CMO sempre corri atrás da big idea, buscando inspirações nas mais diversas fontes: leitura, viagens, estudos, conversas, observações. Fui um inveterado leitor das mais variadas revistas de negócios, moda, gastronomia, arte e cultura. Muitas vezes me detinha mais nos anúncios e sacadas criativas nas páginas simples, duplas, triplas e quádruplas que estampavam as páginas dos títulos da gloriosa editora Abril do que no conteúdo das matérias. Sempre atrás de inspiração para a big ideia. E claro sempre olhava na canto superior direito ou esquerdo para saber quem havia a sido a agência que havia tido aquela grande ideia. As agências de publicidade eram laureadas nas empresas, havia todo um preparativo para recebê-las, geralmente no final de tarde com suas pranchas criativas e apresentações pirotécnicas, e muito café e biscoitinhos. Reuniam-se o presidente da empresas, diretores e aspones para assistir às apresentações. Era muito comum as agências chegarem com um lindo cavalo alazão e sair com um dromedário africano de tantas mudanças e intervenções que todos faziam nas apresentações: Aumenta o logo, coloca o título mais para esquerda, faz o título com caixa alta e negrito fontes times roman bold italic... os palpiteiros de plantão cantavam e bordavam na aprovação das campanhas. Quantas vezes deixei as salas de reuniões completamente desnorteado sem direção e quase pedindo para ir para uma sessão de hemodiálise, e dá-lhe refação. Todas as abstrações não tinham rigor científico nas suas proposições, eram apenas pautadas, em gostos e preferências individuais, salvo em algumas raríssimas empresas que trabalhavam com rigorosos e caros estudos de pesquisa de mercado para entender, de forma científica, os gostos e preferências do cliente “João vê Pedro como João e não com o Pedro”. Mandava quem podia, obedecia que tinha conta para pagar e segue o baile... Hoje tenho dificuldades de explicar quais são as competências que compõe o meu cargo de CMO, não me recordo mais o que fazia há uma década, esqueci absolutamente tudo. O meu grid de competências é absolutamente novo. Faz uns bons anos que não consigo explicar para os meus amigos o que eu faço e mais recentemente não consigo explicar para os meus pares o que estou fazendo no meu dia a dia. Não sou mais um profissional de marketing, hoje sou um profissional de matemarketing, minha vida é sufocada por dados. No passado quando encontrava os meus pares de mercado a pergunta mútua que nos fazíamos era: quem é a sua agência de publicidade? Hoje perguntamos que são as martechs que estão plugadas no seu negócio. Todas as martechs tem no seu DNA algoritmos potentes que geram dados, que por sua vez geram informações, que por sua vez geram a big idea. A sequência é mais ou menos esta: Big Data, Data, Small data, insight.

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No período da big ideia pura para aprovar uma campanha havia necessidade de muitas autorizações, assinaturas e carimbos dando autenticidade que a ideia havia sido aprovada. Era um vai e vem de papel, pranchas, assinaturas, etc. Hoje é muito comum o analista fazer uma campanha na redes sociais, ninguém viu, ninguém aprovou, ninguém opinou, ela impacta 1 milhão de pessoas, gera milhões de impressões, click views, e centenas de clientes interessados etc... com custo de aquisição de cliente e prospect e acuracidade de seis casas depois da vírgula... Tudo é absolutamente mensurado. Acabou a era dos palpiteiros de plantão

Crédito: Rafael Anchieta

Estamos vivendo a era do Dataísmo a nova religião de dados, tudo se explica através de números. Os profissionais de marketing e comunicação que não acordarem para esta nova realidade estão fora da arena de negócios. Independentemente da carreira em que atuamos, todos deveremos ser proficientes em competências analíticas, sobretudo os profissionais de humanas que passaram a ter que incorporar esta nova habilidade no seu grid. Estas mudanças são relativamente recentes e emergiram com o boom do big data que se democratizou em todos os setores e empresas. Dashboards brotam todos os dias de forma simples e fácil de executar. No passado para ser criar estrutura de dados era one year one million. Hoje one hundred one week. Ouso afirmar que o big data adquiriu um protagonismo significativo nos últimos anos a ponto de parear com o big ideia. No entanto, um não vive sem o outro. Profissionais de humanas: bem vindos ao mundo de exatas.”

Romeo Deon Busarello Diretor de Marketing e Ambientes Digitais da Tecnisa e professor na ESPM - INSPER – FIA. Mestre em Administração (PUCSP). Especializado em Gestão Estratégica de Negócios (FGV). Pós Graduado em Marketing (ESPM). Graduado em Administração de Empresas.

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Crédito: Charles Silva

De gestora a consultora independente Conheça um pouco da história de Cerli Antenor Martins da Silva, proprietária da Hemera Consultoria e treinamento, que foi aluna de Gestão Estratégica de Pessoas e PÓS-MBA em Remuneração Estratégica: “Eu sou Cerli Antenor Martins da Silva, sou pedagoga. Fiz pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. E sempre tive um desejo muito grande de trabalhar no desenvolvimento humano. Sempre trabalhei na área de recursos humanos, e minha atuação sempre foi na área de desenvolvimento organizacional, desenvolvimento de lideranças, e sempre como gestora de gestão de pessoas. Nessa carreira profissional, eu tinha um desejo muito grande de empreender. E aí foi que eu decidi encerrar o ciclo como gestora de RH da empresa onde estava, e resolvi procurar oportunidades de empreendedorismo. Como eu sempre gostei muito do desenvolvimento humano, desenvolvimento organizacional, eu abri uma consultoria na área de treinamento e desenvolvimento de pessoas e organizações, hoje eu tenho a Hemera Consultoria e Treinamento.”

Desafios “Como empresária, o meu desafio hoje é conectar a Hemera Consultoria às tendências, para que você tenha um leque de novidades para trazer para o cliente. A área de gestão de pessoas está em constante transformação. Então, enquanto empresária, eu preciso que a consultoria tenha essa expertise, e isso a gente busca na academia. Quando você tem um leque de oportunidades de desenvolvimento, você tem vários cursos para fazer... e quando falta uma área, quando falta um serviço a ser oferecido, você, como empresário, se cobra. Então, essa troca de informações, essa busca por inovação que o mercado exige, a Sustentare nos apoia, e isto contribuiu bastante para os resultados que a Hemera tem hoje.”

Novos Horizontes “A Sustentare ela tem ajudado muito na figura do Wilmar Cidral com essas novidades, com as tendências. Sempre tem um workshop novo, sempre tem uma discussão nova, um network, e isso ajuda o empresário, principalmente um empresário do meu segmento, que é consultoria e treinamento, a ficar antenado nas tendências. 43


A área de gestão de pessoas está em constante transformação então, enquanto empresária eu preciso que a consultoria tenha essa expertise, e isso a gente busca na academia.

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Eu, como profissional, já buscava isso antes e agora sinto muito essa necessidade, por ter essa conexão com os clientes. E participando desses eventos, observando as tendências e as necessidades das empresas e dos empresários, surgiu a necessidade da formação em coaching, que foi uma área nova, dentro da Hemera Consultoria. E essa formação, hoje, permite ajudar ao empresário, permite ter um leque de serviços maior para oferecer ao cliente. É desafiador porque hoje a gente entra com um processo de consultoria nas empresas, mas sempre precisa ainda trabalhar o executivo, sempre tem algo que está agregado àquela demanda, então essa tendência me ajudou demais a ter soluções para oferecer.”

Resultados “E depois da formação em coaching, eu percebo que os serviços da Hemera Consultoria ficaram completos para oferecer para o cliente. Porque nós precisamos entregar resultados, em todo o negócio. E o coaching é fortalecimento de características comportamentais. Então, o que nós fazemos? Enquanto profissional, as empresas nos procuram para fortalecer o executivo no cargo, para desenvolver alguns comportamentos limitantes. O processo de coaching nos traz uma satisfação imensa, enquanto desenvolvimento humano. Porque você percebe o executivo chegando no processo de coaching ansioso, para o desenvolvimento de sua atividade, e muitas vezes sem recurso. Então, o fato de nós termos esse serviço para oferecer contribui muito para o resultado do nosso negócio,porque conseguimos efetivamente medir o resultado do executivo que nos procura e também podemos apresentar resultados concretos para a empresa. Você faz um programa de desenvolvimento de liderança e como potencializador desse desenvolvimento, no processo do coaching, você consegue perceber a satisfação do executivo quando ele fortalece realmente as suas características. É um processo individual, cada executivo tem a sua necessidade, cada executivo tem um comportamento diferente que nós vamos trabalhar, então hoje é um processo importante dentro da consultoria a formação e o desenvolvimento do executivo através do coaching.”

Marca: Hemera Consultoria e Treinamento Razão Social: Hemera Consultoria e Treinamento Data de fundação: 09/04/2018 Site: www.hemeraconsultoria.com.br Telefone: (47) 98913 0903 E-mail: contato@hemeraconsultoria.com.br

Trabalhamos com projetos para implantação de programas estruturais para alavancagem de resultados em desenvolvimento organizacional. Implantamos projetos específicos para recursos humanos como desempenho, gestão do clima e elaboramos treinamentos conforme a necessidade do cliente, sempre primando pela sustentabilidade do conhecimento e aprendizagem estruturada e prática. Atuamos com coaching para desenvolvimento de executivos através da metodologia do ICI - Integrated Coaching Institute®.

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Síndrome do eu também “Estamos vivendo uma febre de empreendedorismo. Tudo é startup, canvas, pitch, funding, mentoring... E me sinto bem confortável para falar sobre este assunto, afinal é a minha praia: estudo, ensino e trabalho com isso. Ajudar as pessoas a montar ou melhorar as suas empresas é a minha missão. Mas precisamos de critério, método, estratégia, preparo, paixão, colaboração, determinação e por aí vai. Então por que tantas empresas quebram? Acredito fortemente que uma grande parte quebra por total desalinhamento de estratégia, de propósito, de planejamento. É o que chamo de síndrome do eu também. As paleterias mexicanas, que sequer existem no México neste formato, são um exemplo. Uma leva de pessoas despreparadas seguiu o rastro dos inovadores e com certeza perdeu dinheiro. Copiar a estratégia que deu certo sem saber o timing é quase suicídio. Mas este é apenas um: loja de bolo, brigaderia, creperia, petshop, videolocadora e muitos mais, tiveram seus seguidores quebrando e ainda atrapalhando quem planejou. Acredito que o erro faz parte do acerto, mas deve ser um erro em pequena escala, para aprender e corrigir rápido, antes de crescer e atacar o mercado com mais energia. O Brasil vem passando por diversas transformações nos modelos de negócio, alguns surgidos localmente e outros absorvidos de outros mercados. Mudanças no padrão de consumo e na forma como nos relacionamos com marcas, produtos e empresas transformaram o mercado. A mais recente são os food trucks e cervejarias artesanais, segmento onde posso falar com tranquilidade. Fui sócio da primeira importadora de cerveja gourmet do país e ajudei a construir o segmento na virada do século. Sei bem o que é ser metralhado por seguidores sem estratégia. Hoje podemos analisar a curva de evolução do segmento de food trucks, incorporados por empreendedores que já possuíam conhecimento do mercado de alimentos e bebidas ou por outros com muitas ideias e pouca experiência. Experiências e resultados diferentes, com certeza.” Entendo que este segmento se encontra entre a terceira e a quarta onda, sabendo que: 1ª Onda – Inovadores – empresários inovadores que entenderam e incorporaram o conceito norte americano; 2ª. Onda – Seguidores – adoção em massa por diversos perfis de empreendedores, com e sem experiência no segmento; 3ª Onda – Depuração – quebra de muitos seguidores, pela falta de planejamento ou de gestão; 4ª Onda - Evolução - alinhamento de um modelo tropicalizado, com a consolidação do ecossistema de fornecedores e parceiros.

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Na primeira onda os inovadores conseguem ganhar dinheiro pois vendem novidade, diferenciação, exclusividade e, claro, uma boa experiência de consumo. São os empreendedores que percebem que modelos de negócios lá de fora podem ser adaptados ou trazidos para o Brasil. São rápidos, efetivos, focados e eficientes. Já na segunda onda, o volume de oferta mais que dobra, com muitas pessoas copiando o formato, mas sem entender bem a estratégia ou do segmento. Aqui se bagunça o segmento e atrapalha o seu amadurecimento. Aqui tem muito empreendedor por falta de opção, que busca uma fonte de renda, não um negócio. Copia o que vê, sem se preparar, sem entender de onde vem o negócio ou mesmo como funciona. No caso dos food trucks, você sabia que eles sempre existiram nos Estados Unidos, mas que a última onda surgiu depois da crise imobiliária de 2008, quando os chefs de cozinha não conseguiram renovar seus aluguéis dos imóveis dos restaurantes e acabaram levando a solução do restaurante de forma compacta para dentro de um caminhão adaptado.

Crédito: Rafael Anchieta

A terceira onda é o resultado da euforia da segunda, com muitos dos empreendedores perdendo dinheiro e encerrando suas atividades. A dor da realidade é impiedosa: sem o tripé pessoas, produtos e processos equilibrado, o negócio não fica de pé. E sem perceber que está indo na direção errada, estes empreendedores aceleram, se afastando ainda mais do caminho do sucesso. Não sabem a hora de parar, então oferecem mais desconto, comendo toda a sua margem e impactando nas vendas de quem de fato se preparou para o desafio. Por fim, na quarta onda, o mercado de fato amadurece, com menos players, mais competentes e estruturados, com visão, experiência e estratégia. Aqui os sobreviventes podem traçar estratégias de prazo mais longo, com um mercado menor, mas bem mapeado. Pense nisso antes de tirar a sua ideia do papel.”

Alessandro Saade Referência no universo do empreendedorismo no Brasil, Alessandro Saade possui mais de 30 anos de experiência atuando como empreendedor, consultor, professor e mentor para grandes empresas e startups brasileiras. É idealizador e fundador dos Empreendedores Compulsivos, projeto com atividades voltadas para o fomento de novos negócios e que já ajudou mais de 15.000 empreendedores e intraempreendedores pelo Brasil. Formado em Administração de Empresas e mestre em Comunicação e Mercados, especializou-se em Empreendedorismo pela Babson College e em Inovação pela Berkeley University (ambas nos Estados Unidos). Foi responsável por introduzir no Brasil o segmento de cervejas gourmets. Além de autor é também palestrante sobre Empreendedorismo e Negócios, colunista da BandNews FM Brasília e da Rádio Geek. Atualmente é Embaixador de Inovacão e Empreendedorismo da Full Sail Experience Center no Brasil. 47


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Crédito: Charles Silva

Na melodia do sucesso Confira o depoimento de Fábio Martins, CEO da escola de música Arte Maior, aluno do MBA Empresarial Sustentare:

“Meu nome é Fábio Martins. Eu vou contar um pouco da minha história com a Arte Maior, que é uma escola de música, a empresa da minha família. A Arte Maior começou com a minha mãe, Kátia Siqueira, que veio para o Sul, para Santa Catarina, procurando uma cidade e escolheu Joinville como um lugar para empreender. Na época, não tinha fiador, não conhecia ninguém na cidade. A escola começou na casa onde é hoje e nós estamos há 30 anos no mesmo imóvel. Meu pai era administrador da escola e a minha mãe, professora. E assim começou, então, com o curso de órgão. Logo de início, conseguiu 70, 80 alunos, trabalhando sozinha. E aí começaram as solicitações de outros instrumentos. O aluno fazia órgão e falava: "olha, o meu filho quer tocar bateria", ou "o meu filho quer tocar guitarra". E assim, então, ela foi buscando novos professores.”

Desafios “E aí, então, depois de alguns anos os meus pais se separaram e foi uma época bastante difícil, porque minha mãe passou por bastante dificuldades, tendo que trabalhar, administrar a escola , dar aulas e ainda ter uma casa com dois adolescentes. Nessa época, então, eu comecei a assumir algumas responsabilidades de casa, já, ajudando ela. Já estava fazendo faculdade de Direito. E quando eu estava mais ou menos no segundo ano da faculdade de Direito eu tinha percebido que não era o que eu queria e eu comecei a me interessar pela escola. Com um ano de profissão como advogado eu resolvi desistir mesmo e focar só na Arte Maior.

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Os desafios são diários. Eu digo assim: que quando não tem nada, quando está tudo perfeito, "estoura um cano". Acho que esse é o dia a dia de uma administrador de empresa. Todo dia você tem uma surpresa, sempre vai ter alguma coisa. Acho que o segredo está em se reinventar. Hoje, o meu papel dentro da escola é buscar inovações, buscar conhecimento e aplicar.”

Novos horizontes “Quando eu comecei a me inteirar sobre o negócio, entender o que era o financeiro, o que era um fluxo de caixa, como contratar funcionário, o que é uma corporação, foi nesse momento que eu encontrei apoio na Sustentare. Eu fiz o curso de MBA empresarial. Isso foi assim... abriu meu horizonte. Porque, até então, eu já estava formado em direito, o conhecimento de administração que eu tinha foi adquirido por conta própria, e eu sentia a necessidade de me aprofundar um pouquinho mais. De forma geral, pude entender melhor como é que funciona uma empresa... e eu consegui aplicar muito no meu negócio. Nós temos uma linha muito forte de eventos hoje. Nós somos responsáveis hoje pelo Natal, que acontece em Joinville, em parceria com a Sociedade Harmonia Lyra. Nós realizamos diversos outros eventos com os nossos alunos, formamos bandas, fazemos espetáculos maravilhosos, que são referência em nível de Brasil. Não é tarefa fácil, os eventos dão bastante trabalho e exigem esforços da equipe toda. Mas a energia que nós ganhamos quando realizamos um evento... nós temos a satisfação do aluno, depois de realizar um sonho, de subir num palco, é muito satisfatório.”

Resultados “Em 2012, nós percebemos a oportunidade de abrir uma filial. Começamos então com essa proposta da unidade infantil. Nós tínhamos um trabalho muito forte de musicalização infantil, que acontecia em uma sala dentro da escola. Na época eu queria trazer o curso de DJ para cá, e eu não tinha mais espaço físico.

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Então foi uma decisão de momento, e às vezes não adianta planejar muito.. Foi uma sacada assim e a gente falou: "nós precisamos ter uma unidade infantil". Isso foi em dezembro, saindo de férias, e em fevereiro eu estava inaugurando a unidade infantil. Nós conseguimos levar o curso, que na época tinha 80 alunos, para uma escola com 400 alunos. Além disso, eu consegui agregar o curso de DJ e produção musical pela Aimec, que é uma franquia de música eletrônica. Quando eu comecei na Arte Maior, a meta era 300 alunos. Nós conseguimos trazer a escola para 1.000 alunos. Obviamente que não só por minha competência. Nós sempre trabalhamos muito em equipe na Arte Maior. E é muito bacana, muito satisfatório você conseguir esse tipo de resultado, principalmente por ter a equipe com você. As pessoas amam trabalhar aqui! Eu amo trabalhar com a Arte Maior. Quando você tem uma empresa, acho que não é só o resultado financeiro, não só o sucesso, é a satisfação de você trabalhar com esse negócio, porque é a sua vida. O negócio é a sua vida! Tem que ter resiliência. É muito fácil contar só o que é bonito. O dia a dia não é bonito, o dia a dia tem muito trabalho. Então, se você não tem amor, se você não tem resiliência, você desiste. Eu acredito muito nessas duas coisas. E estamos aqui todos os dias, trabalhando bastante, para conseguir ter sucesso e deixar esse patrimônio para Joinville.”

Marca: Arte Maior Razão Social: Arte Maior Data de fundação: 1988 Site: www.artemaiorjoinville.com.br Telefone: (47) 3433 8807 E-mail: contato@artemaiorjoinville.com.br

A Arte Maior é uma escola de música focada no desenvolvimento das pessoas. Temos por missão contribuir na formação ética, cultural e profissional dos nossos alunos, não importando as suas idades. Percebemos, a cada dia, o poder que a música tem na sensibilização das pessoas e o quando conseguimos fazer de bem na vida dos nossos alunos e de suas famílias. É isso que alimenta o nosso sonho e que nos dá energia para trabalhar todos os dias. Em 2018 completamos 30 anos de atividades em Joinville, mas é muito pouco. Queremos deixar a Arte Maior para Joinville, para sempre, e é por isso que hoje atuamos em vários projetos sociais. Temos muitos e muitos planos pela frente, nos aguardem!

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Você, o caminho mais curto entre dois líderes “Meu papel hoje é mostrar caminhos que já tive.” Beto Sicupira

Investir no desenvolvimento das pessoas é premissa da agenda de qualquer líder, pois além de garantir uma evolução constante da empresa, esse comportamento insere o processo de ensino e aprendizado como modus operandi nas relações interpessoais. No lugar onde você trabalha as pessoas estão sempre aprendendo? O seu líder está sempre ensinando? Aqui vai uma história para ilustrar a importância de investir em gente… Numa entrevista concedida em 2010 a Revista Exame, também do Grupo Abril, o empresário Carlos Alberto Sicupira, um dos controladores da ABInBev e presidente do Conselho das Lojas Americanas,

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relata sua “obsessão” em desenvolver pessoas. Veja as principais dicas desse reconhecido líder empresarial e escolha as que você preferir para refletir e praticar. É preciso acreditar que a pessoa é capaz de dar o próximo passo na carreira com base no que ela fez até então, e sobretudo na pessoa que ela é. O risco maior na promoção de um colaborador é botar alguém que você tem certeza de que não vai errar, mas que também não vai fazer nada, porque a forma mais fácil de não errar é não fazer nada.


Ensinar vontade é muito difícil, pois é uma característica inata.Temos que alavancar a vontade que a pessoa tem. Disciplina dá para ensinar. O que uma pessoa tem que saber? Ela não tem que saber nada. As pessoas valem pelo que elas são capazes de fazer e não por aquilo que conhecem. Gente é pedra fundamental para tudo. A melhor idéia sem gente boa não vai a lugar nenhum. O pilar básico de tudo é: gente boa, unida por um sonho comum, reconhecida e com oportunidade de crescer. Se você se preocupar com as pessoas, elas vão transformar o resultado. Se você se preocupar com o resultado, e não com as pessoas, o resultado vai acontecer uma vez só. Não acho que se deva motivar ninguém. A pessoa tem de ser automotivada. As pessoas se sentem motivadas a trabalhar se existe um ambiente em que possam se dar bem pessoal e financeiramente. Como é possível inspirar alguém? Exemplo é tudo. Você tem que fazer o que você fala. Todo mundo está olhando o tempo todo para o líder da organização. Seja coerente!

Crédito: Rafael Anchieta

Boa liderança é atingir o resultado proposto com pessoas certas fazendo as coisas certas. O desafio de qualquer empresa é fazer tudo dar certo sem a necessidade de uma pessoa específica estar lá, é institucionalizar as coisas. E aqui vai uma dicaduka: coloque os nomes das pessoas da sua equipe em uma folha e ao lado de cada nome escreva as principais características, pontos fortes e qualidades de cada um. A qualidade e quantidade de percepções que você tem sobre cada um da sua equipe refletem o quanto você investe em conhecê-los e fornece, também, atalhos para um ensino mais efetivo.”

Paulo Campos É mestre em Psicologia da Educação/PUC, pós-graduado em Marketing e Comunicação/ESPM, graduado em Administração de Empresas/FAAP e Educação Física/USP. Atua em Recursos Humanos há 20 anos, com experiência em soluções de aprendizagem para os temas como liderança, aprendizado de adultos e gestão de pessoas. É professor há 15 anos em cursos pós-graduação nas disciplinas de liderança, trabalho em equipe, fator humano, comportamento pessoal nas organizações, gestão por competência, criatividade e inovação. Desde 2000 já realizou mais de 1.200 palestras para 65 mil pessoas em organizações de diversos segmentos nos temas relacionados ao comportamento humano e ao desenvolvimento profissional. 53


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Crédito: Charles Silva

Surfando a onda do negócio familiar Confira o depoimento de Sabrina Eggert, sócia-diretora da Oceano Surfwear, aluna do MyMBA da Sustentare:

“Eu me chamo Sabrina de Bandeira Eggert, sócia-diretora da Oceano, e eu estou aqui para contar um pouquinho da nossa história e dos desafios que a gente tem na empresa. Eu sou sucessora da Oceano Surfwear, uma empresa de confecção de roupas familiar, mas não foi com roupas que a gente iniciou. A Oceano tem 37 anos de marca e ela iniciou com a fabricação de pranchas pelo meu pai, Afonso Eggert Júnior. Ele e mais alguns amigos montaram uma oficina de pranchas. Quando dava onda eles fechavam a fábrica e iam surfar, sempre com uma meta: “se a gente tinha que entregar 10 pranchas, a gente pode sair para surfar hoje, mas precisa entregar as 10 pranchas no prazo combinado” mesmo se tivesse que trabalhar nos finais de semana. E assim o nome Oceano foi ganhando força no mercado, como marca de pranchas de surf na época. Como surfistas, estavam próximos de seus clientes e recebiam feedback constante para a melhoria de suas pranchas. Começou em 1980, e em 1992, quando a gente entrou em uma instabilidade política, no período Collor, o meu pai, o Afonso, se viu num aperto, eu já tinha nascido, e pensou: "o que eu vou fazer agora?", prancha era um produto muito sazonal na época, a matéria prima era importada, não era um produto barato. Na época minha mãe tinha duas máquinas de costura no mesmo galpão da empresa, que era num sotãozinho, meu pai e minha mãe olharam para aquelas duas máquinas de costura e viram ali uma oportunidade de fazer algo. Então ali eles iniciaram a questão de confecção, começaram a fazer camisetas estampadas que levavam a marca Oceano. E somos ainda uma empresa familiar. Hoje só trabalhamos eu e o meu pai. Mas, minha mãe foi fundamental no período aí dessa reviravolta de Oceano pranchas para Oceano confecção. Depois de vários aprendizados, erros, acertos e perdas a marca se consolidou com uma empresa de roupas masculinas Surfwear.”

Desafios “Sobre desafios, 2018 foi um ano de vários desafios, principalmente na questão de posicionamento no nosso cliente. O mercado, quando você trabalha para o lojista de um jeito, e quando você trabalha para o consumidor final é de outro. O maior desafio foi se adequar ao preço que o consumidor estava disposto a pagar, o poder aquisitivo das pessoas caiu e consequentemente seu poder de compra, tivemos que baixar custos, cortar as famosas gordurinhas. Conseguimos fazer isso sem ter que reduzir pessoas. 55


O nosso grande receio era ter que, como aconteceu com muitas empresas, demitir o quadro de funcionários para conseguir se manter. Felizmente ao longo de toda a trajetória do meu pai, também por ter uma criação germânica, sempre soubemos economizar. Falam que alemão é "mão de vaca", na verdade alemão sabe economizar e sabe a hora de desprender bem o dinheiro, por esse motivo a gente teve um caixa saudável ao longo desses anos, o que nos fez conseguir nos manter firmes e até investindo em maquinários para melhorar nossa produtividade e qualidade. Então, o grande desafio é ter sempre o cliente por perto, escutar o cliente, dar atenção para o cliente, tentar compreender ele. E sempre olhando para dentro, ver o que a gente pode fazer de melhor, o que a gente pode fazer mais rápido, mais eficiente, ser mais produtivo. Acho que esse é um dos grandes desafios que a gente enfrentou nos últimos tempos e a gente sabe que ainda vai enfrentar daqui pra frente, precisamos ser rápidos.”

Novos horizontes “Como novos horizontes, a gente precisa sempre estar se atualizando, se reinventando e de maneira veloz e eficiente... Um novo horizonte, que me fez procurar a Sustentare, foram os desafios financeiros. A gente olhar para a parte de finanças da empresa não só como: ah, a gente tem um caixa bom, está tudo bem e vamos tocar o negócio. Não, a gente tem que saber desprender, onde colocar o dinheiro, se essa é a forma mais adequada agora, se eu pegar um empréstimo não é melhor, fazer essa análise financeira, que por muito tempo a gente não via a necessidade de fazer. Então eu, no ano retrasado, resolvi buscar algum MBA que fosse mais focado nisso. E foi aí que eu encontrei a Sustentare. E eu queria algo que tivesse esse foco financeiro, mas não com aquele peso de só matéria financeira, de uma forma que não é algo que me deixa muito motivada em só olhar números, mas sim que eu tivesse um conhecimento de todo o contexto de uma forma mais leve e coerente. Na época eu conversei com o Cidral e ele comentou do My MBA, que é um curso da Sustentare onde eu poderia estar montando a minha ementa, digamos, desse MBA. Então, me ampliou de diversas formas a visão de análise financeira para empresa, como empreender melhor, como enxergar e analisar melhor os nossos resultados, para que a gente consiga estar fazendo uma gestão cada vez mais assertiva.”

Resultados “Com esta análise mais financeira, a gente conseguiu de fato estar olhando de uma maneira mais ampla os nossos investimentos, estar investindo na hora certa, no lugar certo, para a gente melhorar os nossos resultados. Hoje, a gente produz por ano em torno de 450 mil peças de produtos variados, de primavera/verão e outono/inverno. E a gente vende em cinco estados do Brasil, estamos também com um projeto de expansão para novas regiões. A gente trouxe no ano passado um gestor comercial, que a gente não tinha, para nos ajudar a expandir e a levar a Oceano para novos estados e quem sabe também para o exterior.

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A gente leva a bandeira do nosso projeto de sustentabilidade, que se chama "Keep the ocean blue" (Mantenha o oceano azul). A gente paga ingresso para tanta coisa hoje em dia, mas graças a Deus, e espero que não tão cedo, a gente não precise pagar para ir para praia. Porém o que a gente pode fazer é contribuir com atitude. Todo mundo que vai para a praia geralmente tem um dia gostoso, de sol, banho de mar, de surfe, por isso temos a missão de retribuir com atitude, seja recolhendo o lixo que a gente encontra no caminho e obviamente o lixo que produzimos. Fazemos essa brincadeira aí com os nossos atletas de: pague o seu ingresso toda vez que for surfar. Nós da Oceano acreditamos que nós somos apenas uma gotinha, mas o oceano não será inteiro sem nós. E isso se reflete também em nossas coleções. Uma de das nossas malhas, que mais vende, tem esse apelo de sustentabilidade, a malha de garrafa pet - cada camiseta recicla em torno de cinco garrafas pets, misturadas com fio de algodão. A gente compra esse serviço certificado, que faz essa reciclagem de garrafas pets. Porque Oceano é o nosso nome, a nossa marca e também a nossa causa.”

Conselho “Se eu pudesse dar uma dica de empreendedorismo... Bom, primeiro eu iria falar: não desista nunca. A gente vai ter erros e acertos ao longo de toda a vida, pessoas vão passar a perna, mas se o sonho existe, se a vontade existe, se a ideia existe e você tem as ferramentas, ou busca ferramentas para fazer com que essa ideia se torne realidade, vai atrás. Precisa ter bastante razão, mas precisa muito saber escutar o coração. Se a gente está fazendo alguma coisa porque:" me mandaram fazer assim", ou porque: "ah, o Brasil é assim", então a gente está indo contra os nossos valores e uma hora ou outra isso vai pesar na sua vida. Trabalhe com a consciência limpa. Seja verdadeiro, seja honesto e ame o que você faz.”

Marca: Oceano Surfwear Razão Social: Oceano Confecção Surfwear Ltda. Data de fundação: 10 de Agosto de 1980. Site: www.oceano.com.br Telefone: (47) 3429 3000 E-mail: sabrina@oceano.com.br

Somos uma Indústria de confecção têxtil masculina, trabalhamos com um mix de produtos completo: camisetas, casacos, jaquetas, calças, bermudas, jeans e acessórios, tudo com o DNA da essência surf. Confeccionamos roupas surfwear para homens a partir de 12 anos. Temos como proposta de valor: inspirar as pessoas a serem livres, se envolvendo com uma marca descolada e consciente.

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Por que a sucessão pode não ter sucesso? “Os números para o sucesso na transição de gerações das empresas familiares têm sofrido alterações. Pelas minhas pesquisas mais recentes, a taxa de sucesso subiu para 38% em relação à troca da primeira para a segunda geração e quando as empresas passam por um processo planejado de ações, este número pode subir para 68%. Dentro desse quadro, que é muito difícil de ser superado, existe uma variedade de dificuldades. De acordo com as minhas pesquisas pode-se entender como principais dificuldades para a troca de comando, os seguintes pontos: Falta de um planejamento da sucessão; Incompatibilidade na visão estratégica entre sucessores e fundador; Centralização do poder pelo fundador. A falta de planejamento da sucessão é provavelmente a dificuldade mais citada pela literatura e nos meus estudos aparece a sua confirmação. Não fazer planejamento, independentemente da área, parece ser uma postura dos dirigentes das organizações de pequeno porte, tendo por parte deles uma postura mais reativa em face às mudanças no cenário empresarial. Esta prática de não elaborar um planejamento para a sucessão não deve estar fora desta postura, porém outros fatores podem ser mencionados para a sua falta: resistência em deixar o poder por parte do fundador e não-conhecimento para a realização de um planejamento sucessório. A resistência em deixar o poder é compreensível em razão de receios que o fundador possa ter, como por exemplo: Receio de ter que tomar uma decisão em relação à escolha do sucessor; Receio de ficar sem ter como se sustentar no restante de sua vida; Receio de a empresa não ser tão bem gerida como pelo fundador; Receio de perder a sua identidade, que está baseada na posição social e empresarial que a organização fornece ao fundador.

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A incompatibilidade na visão estratégica entre sucessores e fundadores é outra dificuldade encontrada e está centrada nas diferentes percepções que os fundadores têm tanto na direção do negócio quanto na forma de gestão, em contrapartida às perspectivas dos sucessores. Um dos fatores que pode explicar esta incompatibilidade reside nas divergências de gerações, pois elas são significativamente diferentes. Cada geração tem experiências e expectativas que se contrapõem entre as gerações. Outro aspecto refere-se à possibilidade de rivalidade entre sucessores e fundadores, pelo fato de os sucessores buscarem seu espaço (sugerindo uma visão mais moderna) e os fundadores não quererem realizar mudanças para que não aumente a possibilidade de perda de controle da situação. Finalmente, deve ser observado que essa dificuldade relacionada à incompatibilidade de visão estratégica é encontrada nos sucessores de forma mais acentuada quando comparada aos fundadores. Esse fato parece sugerir que, devido a uma forte resistência e centralização por parte dos fundadores em mudar as concepções estratégicas da empresa, acabam por deixar os sucessores distantes da gestão. Outra dificuldade para a realização do processo é a centralização do poder pelo fundador. Nas pesquisas, uma observação interessante é que esta dificuldade aparece com mais ênfase pela perspectiva dos fundadores. Esse dado é curioso pois os próprios fundadores percebem que a sua centralização atrapalha todo o processo de transferência de poder de uma geração para outra. A centralização pode ser compreendida em razão do fundador que sempre decidiu sozinho, e em outro momento tem que compartilhar as decisões com outras pessoas. Os herdeiros muitas vezes ainda são vistos como filhos e, portanto, têm menos conhecimento do que o pai.

Crédito: Rafael Anchieta

Pense nisto. Quando superadas estas dificuldades, existe a possibilidade da taxa de sucesso subir para 68%. As informações acima fazem parte das minhas pesquisas neste tema.”

Armando Lourenzo Prof. Armando Lourenzo. Doutor e Mestre em Administração pela FEA/USP. Diretor da Ernst & Young University. Presidente do Instituto Ernst & Young. Professor da FIA, USP, Sustentare e Casa do Saber. Colunista da revista Você SA (versão digital). Mentor da revista Exame. Palestrante. Pesquisador da USP.

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Novas ferramentas A Sustentare Escola de Negócios está sempre atenta ao que há de mais novo no mercado em termos de metodologias ativas e ferramentas. Pensando nisso, realizamos um módulo de Design Sprint com o professor Pedro Segreto, especialista em processos ágeis de cocriação. Segue abaixo um artigo de Segreto sobre esse método usado pelo Google, que está revolucionando a criação de soluções para problemas complexos em diversas empresas no Brasil e no mundo.

O que é Design Sprint? Método do Google para criar e testar novas ideias em 5 dias

Atualmente, as jornadas de trabalho estão fatiadas por mensagens no whatsapp, likes no facebook e reuniões que poderiam ser um email. A fragmentação dos esforços de criação e planejamento levam a resultados que não aproveitam todo o potencial de times e equipes. Com a intenção de resolver este problema e chegar a resultados consistentes em menos tempo, Jake Knapp e seus parceiros do Google Ventures desenvolveram um processo ágil e intenso para irem da definição do problema ao teste de um protótipo em 5 dias. Baseado nas ideias e ferramentas do Design Thinking e na Cultura Ágil de Desenvolvimento, o método pode ser aplicado por qualquer time que tenha um grande problema ou oportunidade nas mãos.

Quando realizar um Sprint? Como está no livro, realize um sprint quando as apostas são altas e o tempo é curto! Ou seja, antes de investir muito tempo e dinheiro em uma ideia, combine pessoas de diferentes áreas e chegue a soluções que vão te levar a aprender cedo e errar rápido! O Sprint é uma máquina do tempo que em 5 dias coloca usuários reais frente à

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experiência que o seu serviço ou produto pretende proporcionar. A partir da construção de protótipos funcionais, rapidamente descobrimos o que funciona e o que precisa ser aprimorado, desse modo, reduzimos drasticamente o leve e traz de complexos processos de aprovação.

Quem deve participar? A colaboração e a interdisciplinaridade devem ser dois dos maiores valores de um design sprint. observando problemas a partir de diferentes perspectivas e gerando consenso nas tomadas de decisão, geramos um sentido de pertencimento e coautoria e chegamos a resultados atrativos, viáveis e funcionais. Assim, busca-se formar times diversos para a realização de cada sprint, dependendo de seus objetivos. Normalmente, participam: Facilitador / não deve ser um dos participantes Tomador de decisão / CEO, dono do projeto Especialistas / externos Finanças / diretor financeiro, área de negócios, vendas Comunicação / marketing, criação, mídia Consumidor/usuário / pesquisador, vendas, atendimento Tecnologia/logística / TI, engenheiro, técnico Design / UX, UI, produto

Entendimento

Criação

Decisão

Prototipagem

Teste

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Infográfico do processo do Google Design Sprint

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O processo Um sprint clássico, by the book, acontece em 5 dias. Preferencialmente entre as 10h e às 17h, deixando 1 hora antes e 1 hora depois do Sprint para que os participantes possam acompanhar o andar de outros assuntos nos quais já estejam envolvidos. Resumidamente, um Design Sprint é uma agenda e um conjunto de ferramentas, já testadas inúmeras vezes, que se encadeiam da seguinte forma: Entendimento {segunda} - definição do desafio, a partir do entendimento de objetivos de longo prazo, perguntas a serem respondidas e conversas com especialistas; Criação {terça} - geração de ideias e esboços, a partir de referências, similares e inspirações; Definição {quarta} - decisão das ideias que serão prototipadas, a partir da análise e combinação das ideias existentes; Prototipagem {quinta} - realização de protótipo funcional da solução e elaboração do roteiro das entrevistas; Teste {sexta} - realização de 5 entrevistas com usuários ou clientes, compartilhamento dos aprendizados e definição dos próximos passos.

Diferentes cenários e objetivos Desde que o Google Ventures começou a divulgar informações sobre o método, mesmo antes de ler o livro, me interessei por esta forma prática e objetiva de aplicar o repertório do Design Thinking. Inicialmente, adaptei o formato do Sprint para o desenvolvimento de projetos audiovisuais e criei o vídeo:canvas para facilitar os processos de cocriação. Depois, vieram projetos nas áreas de estratégia, branding, comunicação, novos produtos, negócios e serviços. Para tal, tive que ir adaptando à nossa realidade aquilo que vinha acontecendo no Silicon Valley. Os seguintes fatores me fazem, a cada desafio, criar um desenho diferente de fluxo, utilizando o Sprint muito mais como uma mentalidade do que como um método:

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Tempo {duração + agenda}

Pessoas {quantidade + cultura}

Objetivos {processo + entrega}

Recursos {investimento + logística}


Ficam como principais ideias que estruturam um sprint, o pensamento visual, ágil e coletivo, os processos de divergência e convergência de ideias, uma cultura da prototipagem e experimentação.

Ferramentas para download Para colaborar com aqueles que querem planejar e facilitar design sprints e para utilizar nos meus workshops e treinamentos, criei e disponibilizo algumas ferramentas. Baixe e fique à vontade! Caixa de ferramentas: www.pedrosegreto.com/caixa-de-ferramentas

Como empreendedores podem usar Design Sprint? Muito se fala em inovação e agilidade. Eu acredito que essas são resultantes, consequências da colaboração. Mas como colocar a colaboração em prática e alcançar resultados concretos? Realize um Design Sprint e experimente todo o poder e o prazer que o trabalho colaborativo pode trazer para o seu negócio. Afinal, como diz o poeta, muitas cabeças pensam melhor do que uma! E um Sprint é uma forma estruturada de criar e pensar. Não deixe para amanhã, vai lá e faz!

Crédito: Rafael Anchieta

Pedro Segreto Formado em arquitetura pela FAU UFRJ e mestre em Design pela PUC Rio, Pedro Segreto é designer e consultor independente especializado em processos ágeis de cocriação e Design Sprints. Tendo realizado dezenas de processos para grandes empresas e iniciativas de impacto, já criou mais de 20 ferramentas para as áreas de branding, modelagem de negócios, desenho de experiências, planejamento. Atualmente, se dedica ao desenvolvimento do UNBOX - método para o planejamento e facilitação de processos colaborativos.

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Referências Bibliográficas CARLOS, Ana. A produção do espaço urbano. São Paulo: Contexto, 2012. JUCÁ, Fernando. Academia de liderança. Campinas: Papirus, 2013. KLAYVER, Corlerés. Estratégia, São Paulo: Prentice Hall, 2010. MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. SOUZA NETO, Bezamat. Contribuição e elementos para um metamodelo empreendedor brasileiro. São Paulo: Blucher, 2017 TAURION, Cezar. Big data, Rio de Janeiro: Brasport, 2013 VILAR, Aluízio Jobede; ESCOBAR, Cristiano Roberto; CIDRAL, Wilmar Audye. Workcases: Transferência e aplicação da aprendizagem. Joinville: Sustentare Escola de Negócios, 2013. ZURDO, Maura Mazzeo; CIDRAL, Wilmar Audye. Worcases: Metodologia PEA - Projeto Empresarial Aplicado. Joinville: Sustentare Escola de Negócios, 2008. KNAPP, Jake; KOWITZ, Braden; ZERATSKY, John. Sprint: How To Solve Big Problems and Test New Ideas in Just Five Days. London: Batan Press, 2016.

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