Revista Switch Brasil Nº02

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start revista switch brasil

se é bom tem o 2

set/2021 - ed. 02

Direção Geral Felipe Lima Redação Gabriela Ascioli Lamartine Barbosa José Mahon Jason Ming Hong Capa Gabriela Ascioli

Não, você não está a ler uma DLC. Essa é a segunda edição da Revista Switch Brasil mesmo. A prova de que tudo o que você viu no último mês era a mais pura realidade. Aparentemente (e endosse o aparentemente), o pessoal gostou da ideia de ter um periódico próprio. Passamos de cinco mil views no site na matéria da divulgação, algo inimaginável até para mim. Não só eu, como toda a equipe do site agradece de verdade todo esse retorno espetacular! E, como tudo que é bom ganha sequência, está aqui a mais nova atualização da revista. Nessa nova edição, vamos introduzir o Inbox, nossa seção de comentários dos leitores. Não suficiente, a interação vai muito além disso. Com o novíssimo quadro do Mural, você mesmo pode ter a chance de ter um texto seu exibido por aqui. Legal, não? Nesse mês, teremos mais artigos e análises fresquinhos para você. Algumas até mesmo exclusivas, que você não vai encontrar no site tão cedo. Então, o que você está a esperar? Vire a página, e boa leitura!

Gabriela Ascioli

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4 setembro de 2021

revistza switch brasil

ano 1 - edição 02

06 07 inbox

save file

08 09 nume ralha

warp pipes

artigo As diferenças entre First e Second-Party, AAA, AA e Indie

10 artigo Nintendo Switch, o meu console favorito

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mural 20 anos do GameCube

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menu inicial análise Road 96

26 capa WarioWare: Get it Together!

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novi dades

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loja

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(t)reta final

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inbox opinião Ficou magnífico! Acabei de ler e é a primeira vez em muito tempo que consigo ler uma revista sem me cansar do texto e esquecêlo de vez. Parabéns a todos os que colocaram seu esforço neste projeto, espero ansioso pela próxima edição. Lupo, via site

Parabéns!! Ficou tudo excelente e bastante nostálgico. Deu até vontade de ir às bancas e comprar. Pena que os jogos não tem mais macetes, se não podia ter uma sessão de dicas.

#fail A imagem na página 6 (Warp Pipes: de Pokémon a Melocoton), se refere ao anime, enquanto no texto são descritos principalmente os jogos.

em breve

Bruno Jacarandá, via site

Parabéns, uma revista feita com muita paixão! Bom trabalho! @DiegoFernando_o, via Twitter

Como assim mano??? Agora tem revista??? Já tô baixando...

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@AntonioHaiate, via Twitter

O novo quadro da Revista Switch Brasil


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save file de volta a

Setembro de 2010 nos jogos Pokémon Black e White eram lançados pela primeira vez no Japão.

na nintendo power

O jogo, que viria a ser lançado apenas 6 meses depois no ocidente, apresentava aos fãs a novíssima região de Isshu (Unova no ocidente). Com cerca de 150 novos monstrinhos inclusos na Pokédex regional, o último jogo da franquia principal para o DS dividiu muitas opiniões à época, porém que ao longo do tempo, se transformaram em elogios profundos, os tornando um dos games mais elogiados da franquia na história.

no mundo Estreava em Portugal o re-re-re-remake de Karate Kid (no Brasil saiu ainda no final de agosto, dá um desconto). O filme, que conta a história de Dre Parker (Jaden Smith), um jovem de Detroit em busca de se tornar um mestre do Kung-Fu - e curiosamente não do Karatê - após uma mudança inesperada para Pequim.

A edição 258, de setembro de 2010 copiando a gente, apresentava nada menos do que Skyward Sword na capa. O recém-anunciado jogo de Wii prometia “revolucionários novos controles de movimento”.

Com a ajuda do Sr. Han (Jackie Chan), o filme rendeu cerca de 360 milhões de dólares enquanto esteve em cartaz, se tornando uma das maiores bilheterias de 2010.

Além disso, a edição trazia uma lineup dos games já garantidos para o 3DS, próxima aposta da Nintendo. E claro, ainda sobrava espaço para o novo Donkey Kong Country!

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numeralha Total de unidades do Switch vendidas*

90.254.400 Incluindo os modelos v1, v2 e Lite

Mais vendidos

Dragon Ball Fighter Z

R$ 249,90 Cities Skylines

R$ 75,49

Consoles por região*

América do Norte

384.3K Europa

312.9K

Hollow Knight

R$ 27,99 Stardew Valley

Japão

287.2K

R$ 24,99 Mario+Rabbids: Kingdom Battle

R$ 249,90 * Números aproximados com base nos dados semanais. ** Inclui jogos em promoção à época

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Resto do Mundo

230K

Fontes: eShop Brasil, Nintendo JP, VGChartz Acesso em 16 de setembro de 2021


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warp pipes

De Wario a Relicário Por Gabriela Ascioli

Wario O anti-herói-pãoduro, que estreia a capa da revista esse mês, já foi o responsável por diversos negócios na WarioWare Inc., que fica localizada em...

Diamond City A cidade onde tudo acontece, recebeu a Liga em Gold (2018). Porém, para derrubar os planos, havia uma forasteira, e nova personagem da companhia. Seu nome era...

Lulu A vilã (ou heroína) de Gold, uma menina baixinha e extremamente enérgica, por coincidência era a responsável por honrar o legado de sua cidade...

Luxeville O vilarejo onde ninguém em Diamond City se lembrava da existência é um pouco longe do frenesi da cidade. E essa foi a deixa perfeita para que Wario fosse até lá roubar o...

Relicário Um penico de ouro? Invejosos diriam que sim. Mas de valor inestimável para a região. Sendo valor igual a dinheiro, todos sabem muito bem quem estava lá. Exato, Wario.

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First e Second-Party, AAA, AA e Indie:

Os termos utilizados para ‘definir’ o investimento e importância dos jogos

Hoje em dia, não é incomum encontrar alegações equivocadas sobre a categoria de um jogo. First-party? Thirdie? AAA? Indie? AA? Qual seria a diferença de todos esses termos, afinal? Para entender, é só virar a página. Texto Felipe Lima Diagramação Gabriela Ascioli

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artigo

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Olá Leitores! Este é um artigo no qual visamos esclarecer algumas dúvidas referente aos principais termos utilizados na indústria de desenvolvimento e publicação de jogos para os mais variados consoles. Muito se comenta na internet de maneira equivocada, que um gênero — ou os gráficos — são fatores determinantes no que se refere a classificar um título como AAA, AA ou Indie, mas como eu já disse aqui: está errado. Para começarmos a entender esse “dicionário de classificação gamer”, vamos partir dos seguintes termos:

First-Party São títulos desenvolvidos pela empresa detentora da plataforma (Nintendo, Sony ou Microsoft) — ou por alguma terceirizada em parceria com aval de uso das Propriedades Intelectuais e exclusivos daquele sistema. Exemplos: Mario, Pokémon, Metroid, The Legend of Zelda

P: Mas como fica Pokémon? R: Pokémon (a franquia principal) é desenvolvido pela The Pokémon Company — corporação composta pela Nintendo (majoritária), Creatures Inc. e a Game Freak. Claro que spin-offs e jogos mobile — hoje em dia os remakes de Pokémon Diamond & Pearl com a ILCA Inc. — se encaixam como Second-Party e não First, mas os títulos principais como Pokémon Sword & Shield e Pokémon Legends: Arceus são co-desenvolvidos por equipes da Nintendo (EPD de apoio, subsidiárias), pela Creatures e também pela Game Freak (majoritária). Sendo assim: First-Party & AAA.

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artigo

12 Second-Party

Third-Party

É um termo utilizado para jogos desenvolvidos inteiramente por empresas terceiras com uso das Propriedades Intelectuais da detentora da plataforma (Nintendo, Sony ou Microsoft) — ainda se mantendo exclusivos daquele sistema.

É um termo utilizado para jogos desenvolvidos inteiramente por empresas terceiras, geralmente multi-plataformas independente da sua escala de investimento ou importância.

Exemplos: Fire Emblem Warriors, Hyrule Warriors, New Pokémon Snap, Bayonetta 3, Astral Chain

Exemplos: FIFA, DOOM, Just Dance, Need for Speed, Legend of Mana, Final Fantasy

AAA São títulos de grande investimento desenvolvidos por qualquer companhia que espera alto número de vendas e algum tipo de impacto maior na sua receita financeira e também no mercado de videogames. Exemplos: Mario, Pokémon, Metroid, The Legend of Zelda

P: Um jogo 2D pode ser considerado AAA? R: Sim, seu gênero não é o que define o tamanho de investimento e receita esperada pela companhia. Jogos de franquias da Nintendo como Kirby e Metroid são considerados como AAA pelo investimento, importância da série e retorno esperado quando lançado.

P: Um jogo com gráficos simples pode ser considerado AAA? R: Como na questão anterior, a resposta aqui é a mesma. The Legend of Zelda: Link’s Awakening é um exemplo básico de jogo AAA com estilo gráfico totalmente diferente dos jogos mais recentes da franquia Zelda que possui um investimento menor, mas com expectativa de receita dentro do leque de “jogos importantes” da companhia.

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artigo AA São títulos de grande investimento desenvolvidos por companhias independentes e publicados por empresas de grande porte, sempre se mantendo como exclusivos dessa editora. Exemplos: Life is Strange, Fe, Cuphead, A Plague Tale: Innocence Nota: A Nintendo trabalha com alguns estúdios independentes, mas seus jogos não podem ser considerados como “AA” porque nenhum desses estúdios possuem direito sobre as IPs que são publicadas pela companhia.

13 Independentes São títulos com investimentos menores, desenvolvidos e publicados por companhias de pequeno porte. Exemplos: Stardew Valley, Axiom Verge, Celeste, Cadence of Hyrule, Baldo

Agora você sabe mais ou menos como funciona a definição dos jogos na indústria, vale dar alguns toques na hora que você assistir um trailer de anúncio de algum jogo e for julgá-lo:

Um gênero não define se um jogo é AAA, AA ou independente, é o tamanho do investimento e a empresa detentora da IP que dita isso; Ser um jogo independente não o define como um título de qualidade menor ou duvidosa, por vezes presenciamos títulos premiados e históricos nessa indústria — ou você já esqueceu que Minecraft nasceu como um jogo Indie? Hades e Stardew Valley são outros bons exemplos de jogos de qualidade presentes nesse mercado. Gráficos não são parâmetro de julgamento para investimento ou importância de um título na indústria. As companhias definem um estilo de acordo com o projeto e anos de estudo, não visando limitar o uso de recurso financeiro ou esperando alcance menor do público. Seu gosto pessoal não define a importância ou o tamanho do investimento de um jogo exposto no mercado. É o famoso “se eu não gosto, não conta”, a parte mais equivocada e leviana utilizada como desculpa para menosprezar um produto que não lhe agrada — generalizar uma opinião pessoal sempre será um erro.

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gamecube 20 anos

No último dia 14 de setembro, o console mais charmoso da Nintendo completou seu vigésimo aniversário. E para celebrar esta data tão marcante para este jovem adulto, fizemos este especial com muita nostalgia e um pouco de sua história. Texto Juan Carlos Romera Diagramação Gabriela Ascioli

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mural

20 Antecedentes O GameCube foi anunciado pela primeira vez no ano de 1999, ainda com seu nome provisório: “Project Dolphin”. O projeto vinha sendo desenvolvido em segredo desde 1997, porém só mais tarde, em agosto de 2000, a Nintendo batizou oficialmente seu então novo console com o nome que conhecemos hoje. Nesta mesma época, durante a Space World, anunciava-se o jogo “Super Mario 128” como o game debutante do console. Na demonstração do game, diversos Marios andavam pela tela carregando cubos, em alusão ao nome do console.

Lançamento e biblioteca Foi na E3 de 2001 que o GameCube mostrou seu cartão de visitas, meses antes do lançamento oficial. Durante o evento, os primeiros games do novo console estavam a todo vapor com demonstrações jogáveis,jogos como Luigi’s Mansion (jogo de lançamento), Super Smash Bros Melee e Pikmin, que puxavam a fila de lançamentos do console. Também foi possível acompanhar alguns títulos que seriam lançados em 2001 e 2002 como: Eternal Darkness, Animal Crossing, Star Fox Adventures, o ainda “Super Mario 128”, entre outros. Além disso, futuros títulos foram mostrados pela primeira vez através de vídeos curtos, games como Zelda, Mario Kart, Donkey Kong Racing e Kameo Elements of Power prometiam um visual realista e jogabilidade inédita. No entanto, alguns destes jogos passaram por modificações revolucionárias até seu lançamento oficial, e outros foram simplesmente cancelados.

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Na demonstração de Zelda, Link possuía um visual parecido com o de Ocarina of Time. Porém, no ano seguinte, ainda na própria E3, seu visual já estava cartoonizado para o que vimos em The Wind Waker. Apesar da desconfiança e reclamação de fãs na época, o game foi um verdadeiro sucesso. Já Mario Kart, que num primeiro plano nada mais seria do que uma versão atualizada de Mario Kart 64, foi adaptado a uma mecânica de corridas em duplas, tornando-se o famoso Mario Kart Double Dash, em 2003.

Promessas O game Donkey Kong Racing prometia corridas alucinantes com os principais personagens da franquia, montados nos animais Rambi, Enguarde, entre outros. O jogo acabou sendo cancelado tempos depois. Já o RPG promissor, Kameo Elements of Power, tinha a proposta de trazer elementos baseados na franquia Pokémon, com uma jogabilidade que se aproximaria do que hoje temos como “mundo aberto”. O game foi cancelado em 2002, devido à compra da Rare pela Microsoft. Ele é considerado até hoje uma das maiores perdas da biblioteca do GameCube. A perda da Rare foi sim uma grande subtração ao potencial do GameCube, no console,o único título da empresa foi Star Fox Adventures. A empresa que lançou títulos como Star Fox 64, Goldeneye, Banjo-Kazooie, Donkey Kong 64, Conker’s Bad Fur Day, entre outros títulos para o Nintendo 64, sem falar nos clássicos do SNES, certamente contribuiria para uma biblioteca ainda mais recheada de exclusivos para o cubinho índigo. O GameCube marca a geração da inovação. Novos títulos, novas franquias, novos personagens, o ressurgimento de outros há muito sumidos dos games – esta foi uma ótima geração para os exclusivos da Nintendo. Foi aqui nosso primeiro contato com Luigi’s Mansion, Pikmin, Animal Crossing, Eternal Darkness Sanity´s Requiem, Super Mario Strikers, Wario World, BatenKaitos e muitos outros mais.

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Foi também nesta geração que presenciamos clássicos como: The Legend of Zelda The Wind Waker, The Legend of Zelda: Twilight Princess, Metroid Prime, Metroid Prime 2, Super Mario Sunshine, Paper Mario: The Thousand Year Door, e Super Smash Bros. Melee. O GameCube também revitalizou franquias que não davam as caras há anos como Fire Emblem, com Path of Radiance, e foi o primeiro a receber, de forma exclusiva, títulos como: Resident Evil 0, Resident Evil Remake e Resident Evil 4.

Legado O GameCube chegou a ser lançado oficialmente no Brasil pela Gradiente, em 2002. Contudo, devido aos altos valores praticados e posterior falência da empresa, o console não foi tão acessível aos jogadores brasileiros. Devido à dificuldade em se adquirir um, o GameCube acabou se tornando peça de colecionador para quem o tem, e objeto de cobiça para os que não tiveram oportunidade de jogá-lo durante sua geração. Seu sucessor, o Nintendo Wii, trazia a retrocompatibilidade em suas versões iniciais, porém, em versões posteriores, o recurso foi removido como forma de baratear a produção do console. O legado deixado pelo GameCube é imenso, a começar pelas franquias iniciadas durante sua geração. Seu joystick é outro legado passado de geração em geração aos novos consoles da Nintendo. Desde o Wii, todos os consoles das gerações seguintes, Wii U e Nintendo Switch, possuem formas de adaptar o uso do tradicional controle.

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Contudo, o legado principal deixado pelo GameCube são seus jogos que se tornaram verdadeiros clássicos. Alguns já até foram remasterizados e colocados em formato HD, sendo relançados em gerações posteriores, como é o caso, tanto do The Legendof Zelda: Twilight Princess e The Legendof Zelda: The Wind Waker, lançados para Wii U. Recentemente, a Nintendo lançou o game Super Mario 3D All Stars para Nintendo Switch, com a adaptação de Super Mario Sunshine para o console híbrido. Por fim, há quem diga que o GameCube não obteve o sucesso esperado pela Nintendo, seja pelo baixo número de vendas, seja pela proposta estabelecida para o console ou até mesmo pela disponibilidade e alcance dos jogos. Em termos de vendas, o GameCube ganha apenas do Wii U, tendo vendido 21,74 milhões de unidades contra 13,97 milhões do console de 2012. Porém, ao analisarmos sua biblioteca nos deparamos com ótimos jogos First e Third party, onde muitos deles tiveram sequências em gerações posteriores, outros já foram lançados e relançados para diversas plataformas (hein, Resident Evil 4?), além das versões melhoradas dos próprios clássicos da Nintendo. O GameCube habita em vários corações Nintendistas, e é com grande nostalgia e prazer que celebramos seu vigésimo aniversário nesse mês.

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Road 96 é uma bela, louca (e triste) viagem na estrada. Neste game, que se passa em um país que luta contra um governo autoritário e opressor, conhecemos muitos personagens e suas histórias - um tanto quanto malucas. o jogo grita anos 90 em todos seus elementos: trilha sonora, gráficos e referências a filmes.

Texto Igor Rangel Diagramação Gabriela Ascioli

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Gameplay

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oad 96 é focado em uma narrativa. Por isso, não temos um protagonista com nome e rosto. Somos apenas adolescentes fugindo de casa, tentando sair de um país para não ser mandados para prisão ou reformatórios. Seus crimes? Terem opiniões contrárias às do governo, mas vamos deixar essa parte para mais tarde.

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Em cada cenário, encontramos um personagem chave para a história e descobrimos mais sobre o passado e o futuro de Petria e de cada um deles. Suas convicções podem te ajudar a descobrir mistérios, mas também podem custar sua vida. Ao longo do caminho, esses personagens podem te ensinar coisas ou te dar ferramentas para facilitar suas viagens. Isso ajuda bastante no fator replay, já que tudo o que conseguimos

permanece conosco, abrindo algumas interações que não seriam possíveis antes. O único problema em questão de gameplay são as telas de carregamento, que demoram o suficiente para quebrar a imersão e te fazer esquecer completamente do último cenário que estava jogando. Interagimos no jogo por meio de um cursor na tela, que serve para tudo, inclusive para navegar entre os


análise

29 Faça seu caminho em busca da solução de vários mistérios: cada partida é praticamente única.

menus e jogar alguns minigames. Essa seria uma ótima oportunidade de deixar a versão do Switch mais única. Tudo que é controlado pelos analógicos poderia muito bem ser feito pelos sensores de movimento dos joy-cons, conferindo uma imersão ainda maior (claro, com a opção de desligar e o modo portátil com touch), e melhorando mais a experiência do jogo.

Gráficos e trilha sonora O jogo, como já foi dito, é uma ode aos anos 90, e isso vale tanto para trilha quanto para os gráficos também. Road 96 tem um visual único pois mescla os recursos novos da tecnologia com o estilo da época, criando um visual rústico, mas ainda bonito de certa forma (só faltou mais expressividade aos NPCs). A paisagem fica muito bem nesse estilo,

e o Switch renderiza isso com maestria, ao menos no modo dock; no modo portátil as texturas parecem um pouco estranhas às vezes, mas nada muito gritante. A trilha sonora é linda e bem eclética, com músicas para todos os gostos: folk, pop e até eletrônica. O melhor de tudo é que elas são 26 colecionáveis e podem

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análise

30 Caia na estrada e conheça Petria. Não exatamente de uma maneira confortável.

ser tocadas em quase qualquer cenário onde você pode achar um toca-fitas ou walkman (The Road e Alex the Hacker são as melhores para mim).

História A narrativa de Road 96 é o foco principal, por isso, esse é o seu principal atributo (junto com a trilha sonora impecável), deixando, assim, uma história mais rasa. Assim que iniciamos o game, somos jogados no mundo de Petria do mesmo jeito que os personagens: sem informação e pouco contexto, e isso é parte da narrativa.

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Deste modo, podemos entender e criar a nossa realidade nesse mundo, à nossa maneira. Os cenários por onde passamos não são apenas para influenciar os personagens, são também para mudar nossa perspectiva sobre o mundo e quem vive nele. É disso que faz Road 96 um game único em cada partida, a forma como conhecemos os personagens, as situações que passamos com eles e muitas outras coisas, criam uma ligação diferente para cada jogador, o que te faz querer pôr o pé na estrada (“Road is my home”) mais e mais à medida que isso acontece. Seja para achar

algum rosto familiar e saber mais sobre ele ou até mesmo para admirar a paisagem pela janela. Até o tempo de jogo depende de cada um, uma vez que cada jovem gasta determinado número de dias, isso se conseguir chegar até a fronteira (atravessar é outra história), então pode demorar mais ou menos, de acordo com seu ritmo ou com sua sorte. Escolha o caminho que quer seguir com cada um ou com todos. Você tem total liberdade para escolher (pelo menos “você” jogador).


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Veredito Road 96 é uma aventura narrativa em constante evolução, passando por momentos de ação, exploração e (muita) melancolia, ao mesmo tempo em que faz uma crítica social que te faz refletir sobre a vida.

• Trilha sonora original • História fluente e que se complementa bem

• Diferentes rotas e finais

Nota

8.5 Excelente

• Loadings demorados • Queda de performance • Controles ruins

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Três anos após seu último lançamento, Wario retorna com mais um título. Entenda como a busca por dinheiro fácil gerou WarioWare: Get it Together! - um jogo cheio de bugs, e entenda de que forma o empresário de Diamond City perdeu uma oportunidade de ouro (com o perdão do trocadilho). Texto e diagramação Gabriela Ascioli

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capa

34 WarioWare é uma das minhas séries favoritas. Desde que joguei Touched! pela primeira vez em 2017, tive a noção que estava jogando algo completamente diferente. A série do anti-herói do Reino do Cogumelo joga no lixo qualquer parcimônia ou desenvolvimento. A premissa do jogo é basicamente entender a proposta de uma cena – e vencê-lo – num espaço de pouquíssimos segundos. Em palavras mais populares: se vira. E em Get it Together! não é diferente. Aliás, a loucura atinge novos níveis com o modo de dois jogadores, o grande atrativo da versão. É fato que já tivemos vários minijogos multiplayer em edições anteriores, mas em GiT a função se torna a estrela do show.

Um perfeito remake O contexto relembra um tanto quanto o dos primeiro jogos, Mega Microgame$ e Mega Party Game$! (ver lista ao lado). Alguns visuais foram redesenhados exatamente como no primeiro título do GBA, como Dr. Crygor. Após o fracasso da Liga de Diamond City em WarioWare Gold, um novo jogo de Pyoro – o “concorrente” do protagonista – é lançado, e para não ficar atrás no mercado, a WarioWare Inc. finaliza seu mais novo protótipo.

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Porém, por algum motivo desconhecido, ele começa a se comportar de maneira estranha. Uma invasão de bugs corrompeu o arquivo, e sugou a todos no prédio para dentro do portátil. Assim, a missão de Wario passa a ser resgatar seus amigos (ou empregados, você decide) de seus sets de jogos corrompidos, e corrigir todas as falhas do jogo.


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35 A mão do mercado

Relembre aqui todos os diversos negócios de Wario

Mega Microgame$! (2003)

Uma função extremamente interessante que chega pela primeira vez nessa versão são as habilidades de cada membro da WWInc. Dentro do game, por exemplo, Wario ganha um jetpack que o permite voar pela tela de jogo. Kat e Ana não param de pular enquanto atiram shurikens, 9-Volt arremessa seu ioiô em cima de um skate, e por aí vai. Em cada estágio, você é apresentado a um personagem novo, enquanto tenta recuperar seus respectivos mundos. E a melhor parte: para cada missão, você pode “escalar seu time” para enfrentar os joguinhos! Com exceção do “dono” do mundo na primeira vez, fica a seu critério escolher quem deve participar de cada set de microgames entre os 20 disponíveis. Essa é uma inovação um tanto quanto legal na série, pois passa uma ideia de “main” para o jogador (a tela de seleção similar a de Smash Ultimate ajuda nessa associação). Na prática, você passa a ter a liberdade de escolher com qual estilo você mais tem familiaridade, e com isso pode ter um melhor desempenho durante as partidas.

O primeiro trabalho próprio de Wario colocava o anti-herói em situações inusitadas, junto com seus funcionários mais antigos. Apresentou o conceito dos jogos instantâneos, muito antes da fórmula poder ser usada nos smartphones.

Twisted! (2004) Com o acelerômetro incluído no Game Boy Advance, o portátil era capaz de reconhecer movimento. Nisso, Wario lançou Twisted! - uma das melhores formas de conhecer o potencial do periférico.

Touched! (2004) A então inovadora tela tátil do DS propiciava a chegada de um novo título. Se usando da caneta ou do microfone, muitos microjogos novos passaram a ser viáveis para a mente criativa de Wario.

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36 Quem jogou Angry Birds nos idos de 2011 deve entender mais ou menos o conceito. Além disso, você ainda pode conferir no menu inicial do jogo suas estatísticas com cada personagem, e a taxa de vitórias com cada um, o que é extremamente útil, ainda mais se você não tiver decidido seus favoritos. Uma desvantagem séria (que pode ser entendida como um desafio por alguns), é a incompatibilidade de cada personagem com um tipo de microjogo. Teoricamente, todos os funcionários da Wario Ware Inc. podem se utilizar de todo o espaço da tela. Porém na prática, grande parte desses microjogos não são exclusivos para um tipo de personagem, e alguns tem mais dificuldades que outros em certas fases, o que pode prejudicar o jogador, principalmente quando se dispõe de menos de 5 segundos para vencê-lo.

Loucura Local Com o multiplayer, a estrela do título, você deve se juntar a um amigo para vencer os malucos microgames de cada fase. Cada um pode escolher sua equipe, o que dá uma variedade maior de possibilidades para vencer cada set.

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Apesar da campanha principal ser apenas em co-op, você pode desafiar seu amigo para uma batalha nos vários modos especiais presentes no Variety Pack, basicamente a sala para partidas menos “apressadas” do jogo.

Aliás, o Variety Pack, apesar de ser muito interessante, deixa a desejar na questão do legado. Em WarioWare Gold, você ganhava moedas após terminar cada jogo, que poderiam ser utilizadas na máquina de presentes, onde você desbloqueava souvenires da Nintendo, códigos de telefone, peças de itens que se transformavam em itens


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37 A melhor dica para o jogo: em hipótese alguma tente procurar lógica

Smooth Moves (2006) O controle de movimento do Wii mais uma vez era utilizado como o grande chamariz de um WarioWare. Através de várias formas de usar o novo Wiimote (e mais microjogos), o game deu sentido e ideias a como poder explorar a nova funcionalidade agora disponível.

Snapped! (2008) Único título a não ser lançado de forma física até hoje, Snapped! foi sem dúvida um dos títulos mais controversos da franquia até hoje. Ao tentar a boa proposta de utilizar a câmera do DSi para executar seus jogos, ele acabou se tornando algo um tanto quanto inviável (o que é compreensível quando se usa uma câmera de 0.3 megapixels)

D.I.Y. (2009) interativos, músicas de outras versões, ou os próprios jogos extra da versão. Alguns desses jogos incluíam games extra célebres, como o aterrorizante Gamer (quem jogou vai entender). Praticamente nada disso está presente em GiT. Ao invés de jogos antigos, temos algumas referências um tanto quanto legais.

Ko Takeuchi, o mesmo artista de Rhythm Heaven, é o encarregado de criar as artes dos jogos pelo terceiro título conscecutivo. Por causa disso, podemos ver referências a alguns jogos de RH, como First Contact, por exemplo. Para quem conhece a série musical “irmã” de WarioWare, isso é uma gratíssima surpresa.

Anunciado para DS e WiiWare, D.I.Y (ou faça você mesmo) tinha tudo para ser um fracasso. Afinal, Wario simplesmente te entregava o sistema para que você fizesse os jogos. Apesar disso, a ideia foi bem recebida, se tornando um dos jogos da série com a melhor média agregada até hoje.

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38 O online continua a ser do mesmo padrão pão-duro de Wario. Nada de multiplayer a distância – o que chega a ser irônico – em um jogo que preza justamente a função. Apesar disso, temos a Wario Cup, uma tentativa bem feita de tentar trazer um pouco mais de ação para o post-game. Nela, você pode se aplicar a eventos periódicos para conseguir itens especiais – e ainda mais bizarros.

Perda de pioneirismo Em vários títulos da série, coube a Wario apresentar as diversas possibilidades de uma consola ou funcionalidade nova. E infelizmente, esse é o primeiro baque de GiT. O jogo retorna as origens de maneira extrema até demais, quando apresenta na sua maioria apenas jogos em que usamos os botões. Para um console com tantas possibilidades como o Switch, isso acaba se tornando um desperdício enorme. Em Gold, tivemos controles de movimento e toque. O mesmo potencial poderia ser aplicado em GiT, mas terminou aparentar mais a ser um remake de Mega Microgame$ do que um novo título da série. Dublagem? Esquece, lá tudo se resume a grunhidos e falas breves. Isso porque a animação entre as cenas praticamente se tornou inexistente, o que sacrifica muito do enredo. Muito provavelmente esses fatores mantiveram seu antecessor do 3DS como um candidato ao título de “jogo definitivo da série”, o que por outro lado, abre espaço para um possível novo game daqui a alguns anos.

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Você não é você quando tá com fome


capa Apesar disso, ele não perde em nenhum momento sua essência. Get it Together! passa a ser muito mais semelhante a um party game do que um simples “jogo de celular”, como alguns insinuavam antes de seu lançamento (afirmação que soa ainda mais equivocada quando levado em conta que a premissa de WarioWare pode ser considerado facilmente um antecessor desse gênero).

Obviamente, ele não substitui um Mario Party ou Kart num encontro com amigos, mas certamente pode render boas risadas com o nível insano de aleatoriedade que o jogo possui. É necessário notar também que por Wario ser um sovina de carteirinha, seu jogo não tem português como idioma. Mas vamos ser francos: quando você está a tentar retirar os pelos das axilas de uma estátua grega viril em menos de três segundos, ou ajudar a um garoto linguarudo a não derrubar seu sorvete, eu definitivamente acredito que essa não vá ser a maior de vossas preocupações.

Game & Wario (2013)

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Originalmente pensado como um app builtin para o WiiU, acabou se tornando um jogo a parte vendido junto com a consola. Nele, Wario introduziu algumas das mais célebres versões dos jogos mais longos, como Gamer, por exemplo.

Gold (2018) No título de 3DS, o jogador tinha em vista uma espécie de “coletânea suprema” de todas as outras versões. Mesmo tendo poucos jogos novos, a nostalgia agregada em todas as ideias anteriores, junto com a nova e interessante dublagem à campanha, garantiam uma das experiências mais prazerosas de toda a franquia até hoje.

Get it Together! (2021) Wario chega ao Switch com menos pompa do que nas outras versões, porém com o essencial a diversão - intacto. Pelo menos dá pra garantir que o jogo tem o maior crossover de Diamond City de todos os tempos.

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capa Com mais de 200 microgames, é quase certo que uma hora ele pode se tornar repetitivo para quem quiser jogar em longo prazo. Mas com os níveis de dificuldade presentes desde sempre na série, e os diferentes meios de vencê-los com cada personagem, a quantidade de variáveis em cada desafio aumenta de forma exponencial. O valor, ainda que salgado, é mais barato do que a média dos First-Party da Nintendo (Relembre o que é isto na página 12). É um jogo que você realmente deve considerar a compra, principalmente se você não tem muito tempo para passar na Switch, ou não tem paciência para jogos muito complexos, mas quer se divertir de alguma maneira com a consola. No pior dos casos, o bolso de Wario agradece o que não necessariamente é uma coisa ruim. Acho.

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Veredito WarioWare: Get it Together! é uma continuação muitíssimo bem-vinda da série que relembra várias vezes um remake requintado de Mega Microgame$. Com seus novos jogos, ele mantém sua premissa de “pílulas de diversão rápida”. A falta de uso das várias funcionalidades do Switch e de microgames já usados em outras versões é o que faltou para fazer de GiT uma versão definitiva; porém os novos modos acessáveis no pós-jogo servem no mínimo como um paliativo, que garante ao jogador ficar por mais tempo em Get it Together do que em vários títulos anteriores.

• Multiplayer o faz uma excelente opção para jogar com amigos • Habilidades das personagens dão várias possibilidades de gameplay • Grande variedade de microgames • Princípio de “diversão sem compromisso” é assegurada com êxito • Diversos níveis disponíveis no modo história

Nota

9

Muito acima do razoável

• Potencial da Switch é desperdiçado apenas com jogos “de botões” • Não é possível jogar em multiplayer à distância • Dobragem e animação são escassas

• Fator replay vai deixar-te a jogar por muito tempo

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novidades App da TV Pokémon é lançado no Brasil No último mês, foi disponibilizado gratuitamente o aplicativo da TV Pokémon para o Switch. Com os episódios dublados, os fãs irão poder acompanhar ou relembrar as aventuras de Ash sem nenhum custo adicional no Brasil. Mais: is.gd/poketv

Preço do Switch na Europa é reduzido Após mais de quatro anos de sucesso, o Switch deve receber sua primeira redução de preço. A mudança, válida para o modelo padrão, e em vigor apenas na Europa, teve uma redução de cerca de 20 Euros. Aparentemente, a medida está restrita apenas para o velho continente até o momento. Mais: is.gd/switchvvv

Atualização 13.0.0 é disponibilizada A nova versão para a consola, que chegou no último dia 14, foi sem dúvida uma das mais notáveis nesse ano. A capacidade de receber áudio de fones Bluetooth, um dos pedidos de longa data dos fãs, foi a principal mudança dessa atualização. Mais: is.gd/swup13

Nova série de Pokémon está no ar Recentemente, o canal oficial de Pokémon liberou o primeiro episódio de sua nova web-série como parte das comemorações de 25 anos. Seguindo o mesmo conceito de animações anteriores, Evoluções deve manter o conceito de episódios. Mais: is.gd/pokeserie

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loja Em destaque Eastward

R$ 125 Big Brain Academy: Brain vs. Brain

R$ 39,98

Sonic Colours Ultimate

R$ 199,90 The Legend of Zelda: Skyward Sword HD

Vem aí* Suzerain

R$ 91,99 23 de setembro

Diablo II: Ressurected

R$ 199

23 de setembro

S.W.A.N.: Chernobyl Unexplored

R$ 63,70 24 de agosto

FIFA 22

R$ 299

R$ 199

WarioWare: Get it Together!

Metroid Dread

R$ 31,22 No More Heroes III

R$ 299 *Não se aplicam descontos de pré-venda

1 de outubro

R$ 299,90 8 de outubro

Tetris Effect: Connected

R$ 249 8 de outubro

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(t)reta final tradução

Tradução ou localização, você decide o nome. O que importa é que cada vez mais o tópico se tornou ponto de discussão. Os jogos da Nintendo deveriam ser traduzidos?

a favor contra Antes de tudo, é necessário lembrar o quão importante é a necessidade da tradução. Numa realidade onde o bom ensino de Inglês não é igual a todos, a adaptação de produções para nossa língua é a primeira barreira a ser quebrada no acesso a jogos.

Tradução é desnecessária para a diversão. No passado, os índices de educação eram inferiores aos atuais em toda a CPLP*, e mesmo assim isso não impediu a formação de fãs. Grande parte dos adultos hoje se interessaram na língua por isso.

Desde sempre, livros e filmes só se tornam amplamente viáveis em um país após os mesmos serem localizados. É quase impensável a maioria da população ir ao cinema ou utilizar streaming sem guias (closed caption ou dobragem) na língua nacional.

Há séculos, o Inglês se tornou uma língua franca. Isso significa que atualmente ela é essencial para a comunicação global. Compreendê-la é extremamente necessário, e jogos podem induzir a esse aprendizado de uma maneira mais lúdica.

A tradução em Português ajuda a tornar o produto atraente. A se tratar de jogos, em geral o público alvo costuma estar em uma idade baixa, e ainda não tem o domínio necessário da língua para compreender uma narrativa mais complexa. Localizar ajuda nisso.

Apesar dos acordos ortográficos, todos os países que falam a língua portuguesa tem suas variações. Como criar uma forma “neutra” de aplicar a norma culta? E como garantir que a localização não colocaria em xeque a compreensão de todos?

Espanha, França e Inglaterra costumam receber jogos em suas respectivas línguas, Portugal não. E mesmo assim, todos pagam o mesmo valor em Euros nos jogos da Nintendo. Chega a soar injusto a cobrança por algo que não se recebe.

A empresa julga o valor de seu produto. Cabe a ela decidir o preço de uma obra, independente de moeda ou realidade financeira de um país. Se o idioma não está disponível, a empresa tem seus motivos para tal. Logo, compra apenas quem tiver a noção disso.

E você, o que acha disso? Comenta lá no nosso site: switch-brasil.com

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*CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa


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switch-brasil.com 2021

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