Revista Switch Brasil Nº 04

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start revista switch brasil nov/2021 - ed. 04

Direção Geral Felipe Lima Redação Gabriela Ascioli Jason Ming Hong Colaboraram Robert Jürgen Wii-Brasil Gustavo Vitor Barbosa Bonfim Diagramação e Capa

reta final O ano já está a se encaminhar para sua reta final. Entre black fridays de Taubaté, aumentos iminentes no preço do peru, dias cada vez mais longos, e pessoas com tanta pressa que nem param para ler aqui, seguimos com mais uma edição. Esse mês, temos uma novidade. A primeira edição da revista que vem em dobro! Ok, na prática é essencialmente a mesma coisa. Mas as versões de Pokémon não seguem um caminho muito diferente. E ao partir do princípio que você não está a pagar por isso... Brincadeira. Pois bem, de qualquer maneira, não tenho muito tempo para me alongar aqui. Você, ávido leitor, vai conhecer nas próximas páginas nossas novidades e adendos à revista, que vai ficando cada vez maior com o seu apoio. Também estamos preparando novidades para que cada vez mais você faça parte da nossa “família”. Se você já vem desde a primeira edição da revista, nosso mais sinceros agradecimentos. Mais do que nunca, é você quem mantém essa publicação ativa por aqui. Se não, espero que essa primeira experiência seja gratificante!

Gabriela Ascioli

Gabriela Ascioli Enzo Volpe

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4 novembro de 2021

revista switch brasil

ano 1 - edição 04

07 09 inbox

save file

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warp pipes mural O Primeiro Ovo

12 reset Professor Layton and the Last Specter (DS)

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menu inicial análise Mario Party Superstars

24 capa Pokémon Brilliant Diamond

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novi dades

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loja

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(t)reta final

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inbox Bah, ler essa revista no meu tablet de 10 polegadas da Samsung vai ser uma delícia. Dei uma folheada por cima aqui no browser do PC e deu pra ver que está top.

e-cartas As melhores mensagens do leitor durante o último mês. Para participar, comente no Facebook, Instagram, Twitter, Site, ou envie um e-mail para a gente!

Parabéns aos envolvidos! Gunvolt, via site Obrigada pelas revistas! Ótimo trabalho! Uma nostalgia legal para quem lia as revistas antigamente como eu! Meu marido não paciência em ver o site mas gostou muito das revistas.

Eu lembrei das antigas revistas de games que comprava. Mas fiquei decepcionado por não poder baixar. Também senti falta das dicas dos detonados tão presentes em revistas da época. Clodoaldo Santos, via site

Kel CM, via site

Só consegui ler agora a 3. Tá boa demaais. Trabalho excelente como sempre, pessoal! @thiago_rpereira, via Twitter

Eu vi a capa e me lembrou que MEU METROID DREAD AINDA NÃO CHEGOU @danielreen, via Twitter

Concordo com a review de Spirit Tracks, mas ainda acho Phantom Hourglass mais divertido kkk mais uma ótima edição. Lupo, via site

Legal é esse hype do Switch Online de N64 que a gente tinha e esse balde de lava que levamos hoje @AlinePiroutek, via Twitter

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inbox tabelinha As cinco melhores análises do site no último mês, junto com suas notas no Metacritic Jogo

A Little Golf Journey

Nota

Metacritic

9.5

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Just Dance 2022

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Creepy Tale

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Dragon Ball Z: Kakarot

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78

Demon Turf

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#fail

Andrezza Barbosa escolhe os cinco jogos que ele colocaria em sua prateleira...

cinco luxos... THE LEGEND OF ZELDA: OCARINA OF TIME (N64) “O melhor Zelda de todos! Se Breath of the Wild é essa obra de arte, é graças a esse jogo.”

SUPER MARIO ODYSSEY (NSW) “Um jogo que trouxe diversão, ótimas mecânicas e um plot twist maravilhoso no fim.”

SUPER SMASH BROS. ULTIMATE (NSW) “Uma verdadeira união entre o mundo dos games, com diversos universos ali juntos!”

DONKEY KONG COUNTRY (SNES) “Um jogo muito à frente de seu tempo. É impressionante como até hoje esse jogo permanece sendo tão bonito e divertido.”

POKÉMON LET’S GO PIKACHU (NSW) “É maravilhoso revisitar a região de Kanto nesse jogo, apesar das mecânicas mais simplificadas.”

• A caixa de informações sobre Donkey Kong Country (Mural, Página 27) recebeu o mesmo texto da guia superior

...e um lixo

...e alguém que iria para a reciclagem SUPER MARIO SUNSHINE (GCN) “Super Mario Sunshine não é exatamente um jogo ruim, mas tem uma mecânica muito diferente dos jogos antecessores, causando estranheza de início.”

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Encontre ele no Twitter! - @andrezzabplays


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save file de volta a

Novembro de 2002 nos jogos Pokémon Ruby & Sapphire eram lançados no Japão. Os jogos - primeiros a serem baseados em uma ilha - também foram os primeiros fora do projeto original, que incluía apenas as duas primeiras gerações da franquia. Na região de Hoenn, o personagem, filho do quarto líder de ginásio, deveria buscar o título da região, enquanto descobre a história do Trio do Clima. O jogo, um dos mais respeitados entre a fanbase até hoje, vendeu cerca de 16 milhões de unidades, e rendeu um remake em 2014.

na nintendo power

A edição 101, ainda na saudosa onda futurista do final do século passado, apresentava um prato cheio para os fãs de corrida no tecnológico Nintendo 64.

no mundo Manfred Von Richtofen e sua esposa são mortos em sua casa em São Paulo. Num dos crimes mais mal-planejados (e de maior repercussão desse século) no país, sua filha, Suzanne, foi apontada e se assumiu como uma dos culpados. Planejando a sangue frio o ataque, ela forjou uma cena de assalto à própria casa com seu namorado, Cristhian Cravinhos. O plano deu errado, chocou o país, e Suzanne, assumindo a culpa, foi julgada e condenada a 40 anos de prisão, estado que deve cumprir até no máximo em 2046.

Extreme-6 fazia a capa, junto com uma introdução do então novo Diddy Kong Racing, bem como F1 Pole Position 64. Ao menos tínhamos um guia de Donkey Kong Land III e Tamagotchi para o Game Boy, para reduzir a velocidade.

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numeralha Total de unidades do Switch vendidas*

92.870.000 Incluindo os modelos v1, v2, Lite e OLED

Mais vendidos

Overcooked! 2

R$ 49 Pokémon Brilliant Diamond

R$ 299

Consoles por região*

América do Norte

921.2K Europa

862.7K

Moving Out!

R$ 59,90 Pokémon Spatial Pearl

Japão

614.4K

R$ 299 Stardew Valley

R$ 24,99 * Números aproximados com base nos dados semanais. ** Inclui jogos em promoção à época

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Resto do Mundo

748.7K

Fontes: eShop Brasil, VGChartz Acesso em 24 de novembro de 2021


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warp pipes

De Nintendo 64 a Niterói Por Gabriela Ascioli

N64 Um dos primeiros consoles a apresentar polígonos ao invés de sprites, o Nintendo 64 ainda chegou a ser lançado no Brasil nos anos 90 pelas mãos da...

Gradiente A gigante da tecnologia nacional foi responsável por modernizar o país com seus produtos próprios ou importados. A empresa criou subsidiárias para dar conta do serviço, como a...

Rio

Playtronic A joint venture da Gradiente com a Estrela foi fundada em 1993 com sede em Manaus. Com o fim da parceria, a produção acabou se encerrando. Atualmente, tem sede no...

A antiga cidade, única nas Américas a já ter sido uma capital europeia de jure é banhado pela famosa Baía de Guanabara. Para criar uma via direta que desafogasse o trânsito, foi fundada a mítica ponte Rio-...

Niterói Em 2013 a então nova prefeitura local acabou chamando a atenção do público por um detalhe curioso: a criação de um logotipo bem semelhante com o sixty-four.

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Dentre as várias facetas de Pokémon, diversas “pontas soltas” em suas histórias. Conceitos que entram em rota de colisão. Tal qual a máxima do ovo e da galinha, quem veio primeiro no mundo dos monstrinhos? Mew ou Arceus? Texto Robert Jurgen Diagramação Gabriela Ascioli

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Robert Jurgen é webmaster para a Pokémon Mythology, confira: is.gd/mythrobert


mural 13

Mew é considerado o ancestral de todos os pokémons. Além disso, Mew possui o DNA de todos os pokémons existentes. Isso nos leva a crer que ele deu origem a todos os pokémons que conhecemos. Ele também tem a habilidade de aprender qualquer golpe existente, o que reforça essa teoria. Se ele é capaz de fazer o que qualquer outro pokémon faz, ele deveria ser o primeiro pokémon, certo? Vejamos…

Arceus é considerado deus do universo pokémon. Ele foi o responsável por criar todo o universo, o que inclui o mundo pokémon. Além disso ele possui placas que permitem que Arceus se torne qualquer um dos tipos de pokémon existentes. Um pokémon retratado como criador e que pode mudar para qualquer tipo existente certamente deve ser o primeiro pokémon que existiu. Será mesmo?

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14 Se Arceus é mesmo tão poderoso assim, por que então ele não é capaz de aprender qualquer golpe existente? Mew é capaz disso e muito mais. Mew pode se transformar em qualquer coisa, sair voando por aí, se teletransportar e ficar invisível. Pensando por esse lado, Mew parece ser mais deus do que o próprio Arceus. Fora isso, de acordo com as mitologias, Arceus nasceu de um ovo. Desde quando um deus nasce de um ovo? E quem botou esse ovo? Talvez Mew, afinal, ele não é o ancestral de todos os pokémons? É um bom palpite, e não seria algo definitivamente impossível. Mew poderia ter criado Arceus como uma ferramenta para criar o universo, tal como Arceus criou Dialga e Palkia como ferramentas para criar o tempo e o espaço. Isso parece fazer sentido, mas vamos com calma. Ele simplesmente apareceu lá no meio do nada e Arceus surgiu dando forma ao universo. Outro detalhe que temos que considerar é que Arceus habita sua própria dimensão, enquanto Mew vive no mundo pokémon, junto aos outros pokémons comuns. Além disso, Arceus pode se tornar do tipo que quiser, enquanto Mew será sempre um tipo psíquico. Sendo assim, fica difícil acreditar que uma criatura como Mew poderia ter criado uma divindade como Arceus. De qualquer forma, a questão aqui não é quem criou quem, mas sim quem veio primeiro. Apesar de existirem fortes indícios apontando para Mew, algumas coisas

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mural


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15 acabam apontando contra ele. É dito na Pokédex que muitos cientistas acreditam que Mew é o ancestral de todos os pokémons, por conta de ele poder aprender qualquer golpe. Repare que essa história de “ser o ancestral de todos os pokémons” não passa de uma teoria de cientistas. Novas pesquisas e descobertas poderiam provar que a teoria de Mew ser o ancestral de todos os pokémons não é uma verdade absoluta. Pokémons como Arceus, Dialga, Palkia e Giratina certamente já existiam antes de Mew ter surgido. Então como Mew é capaz de aprender qualquer golpe? Alguns fãs contestam essa afirmação, por conta de nos jogos Mew não poder aprender movimentos como Draco Meteor (que só pode ser ensinado a pokémons tipo dragão) e os golpes Frenzy Plant, Blast Burn e Hydro Cannon (que só podem ser ensinados aos pokémons iniciais). Contudo, é provável que mesmo esses golpes Mew seja capaz de aprender. Nos jogos esses golpes são ensinados por um Move Tutor. Só porque o Move Tutor não ensina esses golpes a Mew não significa que Mew não seja capaz de aprendê-los. Teoricamente Mew pode aprendê-los, apenas não existe ninguém que ensine esses golpes especificamente para ele. O real motivo de Mew ser capaz de aprender qualquer golpe se deve ao fato de ele possuir o DNA de todos os pokémons.

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E essa história de Mew ter o DNA de todos os pokémons, é verdade? Sim, isso é fato. Cientistas são capazes de analisar e encontrar códigos genéticos de todos os pokémons em seu DNA, não tem o que teorizar aqui. Então Mew também tem o DNA de Arceus? Sim. Mas como é possível? De acordo com a mitologia de Sinnoh, Arceus criou Dialga, Palkia, Giratina, Uxie, Mesprit e Azelf.

versos procesos de formação do universo, dos planetas, das estrelas e tudo mais, Mew deve ter surgido. Mew surgiu num desses processos e já surgiu com o DNA de todos os pokémons. A história do mundo pokémon conta que Mew surgiu logo no início do mundo. Então, Mew tornou-se numeroso e abundante na era onde Kyogre e Groudon formavam os continentes e os oceanos.

Não há uma confirmação de que Arceus tenha criado Mew e os demais lendários, mas teoricamente foi isso que aconteceu. Em meio aos di-

A população de Mews reduziu drasticamente na era pré-histórica, onde surgiram os humanos e os pokémons pré-históricos. É possível que

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os outros pokémons tenham surgido a partir dos Mews. Isso justificaria o desaparecimento deles. Os pokémons que sugiram depois deveriam ser partes do código genético de Mew. Logo, Mew teria sido apenas o primeiro a viver no mundo pokémon, não o primeiro pokémon de todos. E essa história de Mew ter o DNA de todos os pokémons, é verdade? Sim, isso é fato. Cientistas são capazes de analisar e encontrar códigos genéticos de todos os pokémons em seu DNA, não tem o que teorizar aqui. Então Mew também tem o


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DNA de Arceus? Sim. Mas como é possível? De acordo com a mitologia de Sinnoh, Arceus criou Dialga, Palkia, Giratina, Uxie, Mesprit e Azelf. Não há uma confirmação de que Arceus tenha criado Mew e os demais lendários, mas teoricamente foi isso que aconteceu. Em meio aos diversos procesos de formação do universo, dos planetas, das estrelas e tudo mais, Mew deve ter surgido. Mew surgiu num desses processos e já surgiu com o DNA de todos os pokémons. A história do mundo pokémon conta que Mew surgiu

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logo no início do mundo. Então, Mew tornou-se numeroso e abundante na era onde Kyogre e Groudon formavam os continentes e os oceanos. A população de Mews reduziu drasticamente na era pré-histórica, onde surgiram os humanos e os pokémons pré-históricos. É possível que os outros pokémons tenham surgido a partir dos Mews. Isso justificaria o desaparecimento deles. Os pokémons que sugiram depois deveriam ser partes do código genético de Mew. Logo, Mew teria sido apenas o primeiro a viver no

mundo pokémon, não o primeiro pokémon de todos. Desta forma, podemos bater o martelo e dizer que Arceus veio antes de Mew? Aparentemente sim, mas não há como dar uma resposta definitiva para isso. Ninguém estava no começo do universo para constatar que a mitologia de Sinnoh realmente é verdadeira. Também não havia ninguém lá para comprovar que Mew era realmente o primeiro pokémon. Digamos que os indícios que apontam para Arceus são mais fortes do que aqueles que apontam para Mew.

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O primeiro exclusivo da Nintendo Switch confirmado para ter lançamento completo em Português do Brasil já foi lançado. Entre tabuleiros dinâmicos, microjogos frenéticos e Superestrelas, confira tudo o que o game pode apresentar aqui! Texto Jason Ming Hong Diagramação Gabriela Ascioli

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Como os próprios vídeos pré-lançamento deixavam bem claro, Mario Party Superstars é basicamente uma celebração de todos os títulos da série Mario Party lançados até então (exceto Super Mario Party, de 2018), contando com todos os minigames dessa longa trajetória até aqui. A própria história também

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análise

embarca nessa ideia e coloca um Koopa Troop fazendo uma espécie de retrospectiva de Mario Party, juntamente aos pequenos jogos e tabuleiros existentes através de gerações. A mesma coisa acontece quando entramos nos tabuleiros em si, com Toad trazendo um pouco da história sobre aquele cenário em relação ao seu Mario

Party de origem. Com isso, podemos dizer que temos, talvez, o Mario Party definitivo? Aliás, é importante lembrar que este é o primeiro título Nintendo oficialmente localizado para o português do Brasil, o que é uma baita conquista para nós e uma provável nova era de futuros jogos 100% traduzidos para o nosso país.


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análise Uma mistura de tudo Mario Party Superstars deixa de lado os menus convencionais e traz um seletor de modos no início, colocando personagens do mundo Mario como atendentes dos estabelecimentos. Os modos principais são, definitivamente, Mario Party, que é o clássico modo tabuleiro com diversos cenários para escolhermos, com seus mini jogos realizados a cada rodada e através de eventos; e o Montanha Minijogos, em que podemos nos aventurar nos 100 jogos rápidos disponíveis, dentro do Modo Livre, Esportes e Quebra-cabeças, Desafios Diários, etc.

Este menu também traz locais para visualizarmos todas as nossas conquistas e realizações tidas até então, além da possibilidade de personalizarmos nosso cartão Mario Party online, trocando elementos como título embaixo do nosso nome, tabuleiro preferido e jogo Mario Party favorito para que todos possam ver nossas preferências. Elementos do cartão esses que, por sinal, podem ser adquiridos novos na loja do Toad, utilizando moedas conseguidas através do modo de tabuleiro ou simplesmente se divertindo nos mini jogos (online ou offline). Felizmente, dessa vez não temos o carrinho como aconteceu em Mario Party 10, em que todos jogavam praticamente em um mesmo lado, tendo apenas um único jogador solitário controlando Bowser do lado oposto. Aqui, o que predomina é a discórdia, o que é muito bom – e divertido.

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análise

Quem não gosta de trazer aqueles amigos para um jogo em que a baderna reina e a amizade é colocada à prova? Também é possível que duas pessoas no mesmo console joguem online contra aleatórios e conhecidos através da internet, o que valorizo bastante em títulos do gênero, já que assim ninguém precisa ficar assistindo enquanto você se diverte. Um erro bastante grave de Super Mario Party (o jogo de 2018) também foi corrigido: o suporte a controles. Agora, todo e qualquer controle pode ser utilizado em Mario Party Superstars, seja ele um par de Joy-Con (ou um destacado na horizontal), um Pro Controller ou até mesmo um Switch Lite que não tem seus joysticks destacáveis. Finalmente, não?! Opção é tudo!

Os mini-jogos e seus trocadilhos Sem dúvidas, a melhor parte de Mario Party sempre foi os minigames, e aqui não podia ser diferente. Com uma lista imensa de joguinhos (100) para nos divertimos dentro da Montanha Minijogos, podemos navegar entre os menus para ver nossos registros em cada minigame, além do seu respectivo tempo ou pontuação recorde. Apertando R e L, é possível transitar entre os jogos agrupados por categorias, como os 3vs1, os games em dupla, os focados em duelos, os “cada um por si”, além daqueles nos quais pressionamos o botão X antes de entrar na partida para os favoritarmos. Com isso, fica bem fácil escolher o que jogar e a qual tipo de jogabilidade aquele minigame específico pertence.

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análise

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No menu da Montanha Minijogos existem outras categorias fora o Modo Livre, como o de disputa por moedas, os jogos em duplas, três contra um, esportivos, e por aí vai. Nessas modalidades secundárias, podemos entrar em partidas que são resolvidas em um “melhor de três”, recebendo a vitória aquele que conseguir conquistar 3 estrelas no total. O bacana é que, a cada rodada passada, um jogador diferente escolhe o minigame na sua vez. Todos esses modos podem ser jogados online. Tratando-se da localização em português do Brasil, todos os mini jogos estão adaptados para o nosso idioma de maneira excelente. Existem vários trocadilhos e expressões completamente brasileiras, como o Simbora, Cipó, Tonto Correio, Bem Bolado, Contagem Bombástica, e afins. Isso mostra que todo o conteúdo foi criado e curado por uma equipe realmente de nativos do nosso país, que sabiam exatamente como a comunicação funciona nos dias atuais. Também há dublagem para frases pontuais como “Vai”, “Estrela recebida”, “Fim”, “Que pena”, além de que toda a interface está 100% em Pt-Br. Felizmente, agora, fãs de Mario Party do Brasil poderão compreender o que se passa na tela e ler as regras do jogo sem problemas.

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análise Tabuleiros e suas mecânicas Os tabuleiros são bastante variados em termos de visuais, como também em algumas mecânicas internas que podem ocorrer. Na Espaçolândia, por exemplo, existe um contador no meio que decresce o número cada vez que um personagem passa por ali, até que finalmente um canhão do Bowser dispara um raio que remove todas as moedas de quem estiver em seu caminho. No Bolo de Aniversário da Peach, podemos plantar sementes que contêm as famosas plantas carnívoras, que servem para atacar e remover moedas do adversário que passar por aquele local. Já a Floresta Florestal possui toupeiras que trocam a direção de trechos do tabuleiro, além de árvores que podem prejudicar ou beneficiar o jogador. No total, 5 cenários estão disponíveis.

Existem vários tipos de eventos durante uma partida de Mario Party que podem transformar completamente o resultado final. Há o Banco do Koopa Troopa que arranca dinheiro do personagem e dá ao próximo que passar por ali; o buraco em que caímos e encontramos Bowser que roda uma roleta de efeitos negativos ou te obriga a jogar seu minigame que copia suas expressões faciais; Boo que te permite roubar moedas de um dos adversários; Toad que pode te vender itens em troca de suas moedas; o espaço de Versus que obriga os personagens a de desafiarem em um jogo rápido e apostarem seu dinheiro; entre outros.

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análise

Porém, como dito anteriormente, todos os tabuleiros terão como objetivo central a coleta de estrelas, as quais ficam em posse de Toadette em algum local do cenário. Mas é possível também adquirir essas estrelas de outras maneiras, como comprando na loja de itens pagando uma quantia razoavelmente alta, ou simplesmente recebendo as estrelas bônus no final da partida como um prêmio de consolação que leva em consideração vários fatores: o personagem que andou mais espaços durante a partida, quem venceu mais minigames, entre outros. Felizmente, as estrelas bônus podem ser habilitadas ou desabilitadas para que nin-

guém passe raiva de ver aquele personagem ganhando sem ter feito nada de especial. Dados únicos dos personagens foram removidos – em relação ao Super Mario Party -, além dos parceiros que você podia recrutar durante a partida e criavam minigames em conjunto bem divertidos, como também a possibilidade de usarmos seus dados personalizados que podiam resultar em números bizarros ou efeitos diversos como adquirir moedas. No lugar disso, agora há itens para tentar mitigar um pouco disso, como os dados duplos ou triplos que somam os valores para andarmos no tabuleiro, ou então o

dado que permite você escolher um número de um a dez. Uma boa notícia é que, caso uma partida de tabuleiro esteja demorando muito, podemos simplesmente fechá-la e continuar em outro momento, já que o progresso é salvo é interrompido. Isso traz uma dinâmica muito interessante, já que, assim, a qualquer momento, é possível pular de um jogo offline para um com amigos no online. Porém, o mesmo não acontece no modo online. Caso a conexão das pessoas que estejam jogando contigo caia, a inteligência artificial toma conta dos personagens para que a partida não seja encerrada.

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análise Coisas que adorei

Muitas melhorias de “qualidade de vida” estão presentes, e fico completamente feliz por adições deste tipo. A primeira delas, que me conquistou rapidamente, é poder acelerar o turno dos adversários durante a partida de tabuleiro. Apesar disso não tornar mais rápido a ação deles como o lançamento do dado e compra ou uso de itens, a movimentação dos outros personagens torna-se 2 vezes mais rápida, o que economiza bastante tempo para nós – acredite, a diferença é grande. Os minigames também podem ter o tutorial antes do

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jogo real desligado, o que nos coloca diretamente dentro da ação em pouquíssimos segundos. Isso cai como uma luva, principalmente caso você queira jogar vários minigames em seguida o quanto antes, sem ter que ficar vendo instruções batidas antes de, finalmente, poder colocar a mão na massa. O Desafio Diário vem muito bem a calhar, e todos os dias ele traz um conjunto de minigames pré-definidos para jogarmos contra pessoas no online – porém, apenas um jogador no console. Isso nos concede conquistas internas do jogo e até mesmo moedas, essa

última sendo possível de usar na loja do menu principal para adquirir figurinhas novas (usadas para comunicação online), história dos personagens e até músicas em suas versões originais. Felizmente, o incentivo para revisitar os desafios é razoável Foi bacana também poder utilizar outros perfis cadastrados no console como outros jogadores locais. Com isso, existe um motivo extra para jogar com um amigo ou familiar, já que essa pessoa também poderá receber moedas para gastar em seu próprio progresso quando estiver jogando sozinho.


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O que me aborreceu O online, apesar de ter chegado logo no lançamento do jogo, é decepcionante em muitos quesitos e nem sempre estável. A experiência com conhecidos e gente aleatória através da internet deixou a desejar. A demora na resposta dos controles era grande e sempre atrapalhava minha performance no minigame jogando com estrangeiros. Já com pessoas do mesmo país, as coisas fluíram bem, porém, ao menor sinal de instabilidade da conexão, a partida era encerrada. Caso estivéssemos jogando o modo de tabuleiro, os que “caíssem” eram substituídos pela inteligência artificial, e é possível voltar à sala apenas se for uma partida com amigos, ainda existente com a sala aberta – com pessoas aleatórias, não existe essa possibilidade. Se fosse uma partida apenas de minigames (dentro do Monte Mini Jogos), todo o progresso era perdido sem ter a chance de retornar, e a sala era destruida. Por exemplo: se você estiver jogando uma partida “melhor de 3”, o progresso é perdido. A possibilidade de reconexão em 100% dos casos é um fator crucial a ser considerado quando estamos falando de um game com recursos online em tempo real.

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análise Fiquei feliz e, ao mesmo tempo, completamente triste ao ver um comando de chat de voz no canto inferior esquerdo da tela ao criar uma sala com amigos. Corri para colocar meu fone de ouvido para ver se havia uma funcionalidade de ligação por voz embutida no jogo, porém, nada do tipo está disponível. Aquilo era apenas um recurso relacionado ao nosso “bom e velho” app do Switch online para smartphones. Algo que me deixou um pouco com a sensação de “algo faltando”, mas que pode até ser um ponto positivo para alguns, foi a falta dos minigames que utilizam o sensor de movimento. Joguei incontáveis horas com minha esposa o jogo de fritar a carne na frigideira e um outro de remover as balas do pote em Super Mario Party, e fiquei um pouco triste por

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não haver nada parecido por aqui. Por fim, apesar de tantos minigames divertidos, existe uma boa quantidade deles que são bem parecidos, ou que até mesmo não chegam a render bons minutos de duração. Já em outros, é um desperdício não haver a personalização de elementos como tempo, cenário ou regras, como, por exemplo, a Gincana da Masmorra, um dos mini jogos em duplas, que possui um trajeto divertidíssimo para ser atravessado em conjunto com alguém e exige bastante trabalho em equipe, mas que tem apenas um mapa disponível. Por outro lado, alguns minigames de esportes possuem personalização de tempo, como o Hóquei no Gelo; e o de fotografia, que dispõe de 5 ambientes – mas sem nenhuma influência na jogabilidade.


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Quase uma superestrela Mario Party Superstars é, sem sombra de dúvidas, um jogo realmente bem divertido? Podemos chamá-lo de perfeito? De jeito nenhum, e você perceberá isso ainda mais ao ler os pontos negativos a seguir. O novo compilado de minigames da série Mario Party traz os 100 melhores mini jogos feitos até hoje na franquia, porém, comete alguns pecados ao não incrementá-los como mereceriam. Alguns são rápidos demais e não rendem nem mesmo 1 minuto de duração, e a solução para isso seria a personalização das regras e tempo de duração. Outros minigames até chegam a fazer isso, mas no contexto de esportes como o Hóquei no Gelo e o Vôlei de Praia. Certos joguinhos, praticamente, pedem com todas as forças variações de cenários e um aumento em sua duração, porém, nada foi feito. Verdade seja dita: o jogo de tabuleiro com elementos que beiram a discórdia em conjunto com os 100 mini jogos disponíveis fazem, de Mario Party Superstars, um jogo excelente, apesar de longe de ser incrível. Várias horas de diversão absurda estarão garantidas para você e seus amigos, mesmo se você for alguém do tipo que prefere jogar sozinho – porém, isso tira bastante da diversão. Alguns problemas de conexão no online são bastante decepcionantes (principalmente a não existência da reconexão após queda, exceto em partidas de tabuleiro com amigos), mas a Nintendo pode facilmente corrigi-los através de pacotes de atualização no futuro. Os mini jogos também poderiam receber melhorias por meio de patches, mas nisso eu já não apostaria minhas fichas por se tratar de uma alteração no game design.

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Veredito Mario Party Superstars é praticamente a celebração de toda a franquia até então, porém, alguns problemas técnicos no online, que assombram a empresa desde sempre, e falta de atenção aos detalhes acabam machucando a experiência geral.

• Remoção do recrutamento de personagens

• Progresso do jogo de tabuleiro salva no meio da partida • Alguns minigames contam com personalização, como os de esporte • Online com pessoas aleatórias e amigos com opção de convite • Tabuleiros com mecânicas próprias • Turnos podem ser adicionados a qualquer momento na partida • Compatibilidade com todos os tipos de controles

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• Sem jogos que utilizam o sensor de movimento

Nota

7.5

Um ótimo Mario Party, ferido por alguns defeitos

• Online instável sem opção de reconexão em partidas do Monte Mini Jogos e tabuleiro com pessoas aleatórias • Alguns minigames parecidos • Certos jogos não tem personalização e, praticamente, clamam por isso • Poucos personagens e nenhum desbloqueável • Pra mudar o idioma do jogo, precisa trocar o idioma do console


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Japão, 2006. Após o sucesso de Hoenn com seu clássico atemporal Ruby & Sapphire, Pokémon enfim adentrava a sua primeira década completa. Inspirada na região de Hokkaido, norte do país, Sinnoh inaugurava de vez a franquia no então recém lançado Nintendo DS Lite, abrindo uma nova era de comunicação na franquia. Muitos fãs, que à época tiveram a oportunidade de descobrir a franquia pela região de Diamond, acabaram criando uma memória afetiva definitiva e intensa com os jogos, que ao longo dos passaram a ser

uma das versões mais reverenciadas até hoje; fosse por sua música, enredo, personagens, ou até mesmo Bidoofs. Principalmente Bidoofs. Japão (e resto do mundo), 2021. Após uma década e meia de espera, as aventuras na região de Sinnoh retornam às consolas e aos corações de milhões de fãs agora em torno do globo. Com uma proposta diferente, mas ao mensmo tempo muito similar, Brilliant Diamond pode trazer um novo ar, e uma nova proposta para a própria franquia em si. Pessoalmente...

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capa

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Eu nunca entendi o motivo de tal fas- mon desde 2010, Brilliant Diamond e cínio. Sinnoh para mim sempre foi o Shining Pearl não escaparam da crítica elo mais frágil de uma série forte. En- no milésimo seguinte ao término de sua tre diversas discussões com pokéfãs afi- apresentação. Fossem críticas ao estilo cionados, várias tentativas de aprender chibi, à falta de ambição em mudanças a gostar dos jogos origi(como ocorrera com HGSS nais, sempre terminavam Não seria exagero e ORAS), ou acusações mil no mesmo ponto. Inclusia seja lá quem for. dizer que de ve, um excelente adendo: Mas espera lá, estávamos fevereiro para cá, a que vos fala deve ser em falando de fevereiro. Ao tivemos um dos teoria a pessoa mais suslongo do ano, muita coisa peita para fazer essa anádesenvolvimentos mudou. O jogo apresentalise. Afinal, se a conclusão mais objetivos da do no trailer inicial parece final for negativa, minha fama com a região pode história de Pokémon quase uma versão arcaica do que chegou às nossas ser um “viés”. Se for bom, é por “defender remakes frouxos” (de- mãos. Na prática, BDSP é quase como talhe: a maioria que vai reclamar nem um remix dos jogos de 15 anos atrás. ao menos jogou). Então fique tranqui- Você nota mudanças drásticas, porém lo, não há nenhum lado que pese mais ainda é capaz de sentir a essência dos na decisão. Como todo jogo de Poké- jogos – e sua consequente nostalgia.

Um grande remix Ao contrário do que muitos esperavam, o jogo não apresenta o estilo de “última geração” trazidos por Sword e Shield. A ILCA, produtora do jogo, optou por seguir um caminho mais próximo daquele apresentado por Link’s Awakening DX, e manteve as proporções das antigas sprites, que agora possuem emoção em suas falas, dessa vez em um mundo verdadeiramente tridimensional. Para ser sincera, seus gráficos mostram o sonho que nem o mais entusiasmado dos fãs poderia imaginar durante a última geração. Quem jogou Sun/Moon vai saber exatamente do que eu estou a falar.

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5 anos de diferença entre as duas imagens...


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41 O Muro de Twinleaf

Confira os lendários exclusivos de Brilliant Diamond

Dialga

Ho-Oh

Raikou

Entei

Suicune

Steel/Dragon

Fire/Flying

Electric

Fire

Water

O polimento, o cuidado com os detalhes, praticamente tudo foi levado em conta. O estilo menos ambicioso permitiu um esmero muito mais dedicado a cada modelo redesenhado, e isso é um fato inegável. Cenas de batalha não se parecem mais em nada com os apresentados na primeira vista do jogo. Pelo contrário, temos cenários de dar inveja até mesmo na bel e z a de ORAS.

À primeira vista, a música parece ter sido simplesmente importada com base no jogo original, dada a grande similaridade com os jogos de 2006, porém ouvidos mais atentos podem notar alguma variação aqui ou ali. Quem jogar, muito provavelmente deve acabar a sentir falta de um arranjo mais “orquestral”, como o notado em ORAS. Ou você pode estar do lado de alguns fãs mais conservadores, e assim terminar por apreciar a preservação da obra original, reverenciado por muitos como uma das melhores trilhas sonoras entre todas as produções da franquia até hoje.

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A jogabilidade é praticamente uma cópia da obra dos anos 2000, com duas diferenças notáveis: a primeira é o fim do grid, que permite ao jogador agora andar por todas as direções, criando novas maneiras de escapar de encontros indesejados com outros treinadores. A segunda é o uso do Pokétch. Criado originalmente como uma funcionalidade para a “inovadora” segunda tela do DS, no Switch a ideia já não parecia fazer mais tanto sentido. Então como adaptar? Talvez lançando um periférico junto com o jogo, assim

como fora com o PokéWalker em HGSS? Nah, os tempos são de economia. Ok, provavelmente como o PokéNav de RSE/ ORAS? Acho que não, o remake não é de Hoenn mesmo... É muito melhor colocar um ícone desengonçado que ocupa um espaço relativamente considerável no canto da própria tela principal. Apesar disso, a função da tela de toque continua funcionando perfeitamente, o que facilita bastante seu uso. Mas sem o estilo de Platinum: para acessar um item, é necessário rodar toda a lista de novo.

Finais e começos Afinal, assim como em todos os remakes anteriores, BDSP é inspirado de maneira fiel ao jogo base, e não a uma terceira versão. Por mais alheia à região que eu seja, é necessário ser justa diferenciar críticas construtivas de ódio gratuito. Logo, a falta de exatamente o que você deve estar imaginando, ou seja, nada de Battle Frontier e Distortion World não deve ser um ponto negativo, tampouco uma falha do jogo, dado que o mesmo comportamento se repetiu em praticamente todos os remakes anteriores. Porém, respeitando as

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O Grand Underground é a “nova atração clássica” da região

mudanças ocorridas nos últimos anos, funções novas são estabelecidas. A primeira das “novas” funções é a personalização de personagem. Ironicamente, é possível utilizar o estilo de Platinum em seu protagonista. A função se torna disponível após alcançar a cidade de Veilstone, onde fica o novo shopping, estabelecido no lugar do antigo Game Corner. O Grand Underground desponta como uma das principais atrações do remake. Repensado completamente, o subsolo de Sinnoh é a aplicação mais próxima de um MMO que já se teve na franquia. Já o Pal Park, utilizado antigamente para transferência de Pokémon de gerações anteriores, agora se chama Ramanas Park, e é o responsável por trazer outros lendários para o jogo – porém apenas das três primeiras gerações. Aliás, esse é outro fato a se notar. Em BDSP, estão disponíveis apenas Pokémon das quatro primeiras gerações. Também de manei-

ra irônica, a Pokédex parcial retorna: com todos os Pokémon que aparecem na lista de... Platinum. Felizmente, alguns pontos básicos – e diga-se de passagem insuportáveis – dos jogos originais foram removidos. Não existe mais a paciente espera para a diminuição das barras de HP. A velocidade do overworld também parece um pouco mais rápida que em relação a Diamond e Pearl. As HMs são transformadas em funções do Pokétch, que invocam Pokémon aleatórios para as funções, tal qual o Poké Ride de Alola. Vindo da parte de uma pessoa que transformou seu Empoleon em HM Slave durante a primeira visita por Sinnoh (sim, eu fiz isso), essa é uma das mais respeitosas e notáveis mudanças. Resumindo: agora temos um jogo muito mais ágil, e Bidoof oficialmente perde uma de suas serventias, restando apenas sua adorável fofura como motivo para inclusão na equipe.

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44 Em Sinnoh, o universo está nas suas mãos - e de Dialga

Talvez a minha relação turbulenta com Sinnoh me faça suspeita de falar, mas certamente não digo que BDSP sejam os melhores jogos de toda a franquia. Também não beiram a perfeição. Mas esses jogos trouxeram uma sensação diferente da região para mim. Apesar de todos os seus problemas, os remakes me levaram a algo que não tinha com as versões originais: a vontade de jogar. Mesmo sendo essencialmente a mesma história, existe algo de diferente que não se faz algo cansativo de se jogar, que finalmente traz o prazer de ligar seu Switch para passar mais algumas horas explorando a reverenciada região. Além da questão pessoal, BDSP também simboliza de maneira indireta uma mudança completa na forma de pensar da própria Pokémon Company. Apesar de não termos o compreensível retorno da Battle Frontier (são remakes de DP), somos agraciados com o retorno dos Contests. Ausentes desde ORAS em 2014 (e provavelmente fazendo sua última aparição na franquia), os Poffins, e a Amity Square. Inclusive, é na própria praça onde você desbloqueia uma das novidades mais fofas e ao mesmo tempo de maior gosto duvidoso possível no jogo: os Poké-

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mon seguindo. Quase como em HGSS, porém com uma falha grotesca de escala, o que torna a função tão ridícula que a acaba por transformá-la em cômica. A preservação das taxas de encontro originais, que traz como conseqüência a falta de mais monstrinhos de fogo, mesmo com a presença de Magmortar no jogo, também é uma falta inexplicável do remake, que poderia ter ajustado isso, gerando opções de

equipe diferentes do tradicional meta da região. As funções online, introduzidas de maneira revolucionária em Diamond e Pearl, não fazem o mesmo dessa vez. É algo bem básico, pra falar a verdade. Você ainda pode se comunicar com vários jogadores ao redor do mundo, consegue batalhar com seus amigos localmente, mas termina por aí. Exato, nada de série nova de ranqueadas como em ORAS ou USUM.


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A Poké-Perestroika O protecionismo extremo deu lugar a uma – ainda que sutil – notável abertura para outra empresa desenvolver seus jogos, trazendo uma bagagem e ótica completamente novas à franquia, e aumentando as expectativas ainda mais para o que nos aguarda nos próximos anos. Talvez com a já discutida

nona geração? Ou com uma série nova ao melhor estilo Let’s Go? No pior dos casos, o futuro de Pokémon não parece mais ser tão nefasto quanto o previsto por diversos fãs durante o advento de Sword e Shield. Apesar disso tudo, é inegável que a ILCA parece ter apenas “cantado a bola” para

o lançamento de Legends: Arceus, esse sim o verdadeiro remake de Sin... quero dizer, o jogo na “nova região” de Hisui. Brilliant Diamond e Shining Pearl são o arremate definitivo que a região precisava receber depois de uma década e meia. Para os fãs de longa data, é uma compra mais do que obrigatória. Um definitivo banho de nostalgia. Para os que vão

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capa vão explorar a região pela primeira vez, é uma porta de entrada que não deixa a desejar em nada a obra original. E para os que não apreciaram a mesma à época, como esta que vos fala, essa é a chance absoluta da redenção. Após mais de sete anos de espera, se mesmo com tudo isso você ainda não gostar do jogo e não mudar seu conceito um mínimo com a região, com a maior sinceridade do mundo, talvez Sinnoh não seja para você. A melhor alternativa certamente será esperar mais alguns anos para o já aguardadíssimo remake -pré- confirmado -pe la-fanbase-de-Unova. Que comecem as novas teorias!

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Veredito Pokémon Brilliant Diamond é certamente uma compra a se considerar. Com nostalgia a mil, proporciona um jogo que com suas novas opções te mantém entretido por horas. Para os fãs que aguardaram tanto tempo pelo jogo, é algo quase essencial para a Switch. Ele corrige alguns erros básicos das versões originais, e mostra o que a região fez para ser tão amada. Porém, caso você não faça muita questão de gráficos fofos, ou tenha um cartucho de Platinum em casa, talvez seja melhor optar por guardar seu dinheiro para se aventurar por Hisui em alguns meses.

• Música parece apenas importada da versão original

• Velocidade geral do jogo é otimizada • Fidelidade aos jogos originais garante nostalgia

Nota

• Estilo mais simples permitiu gráficos mais detalhados

7.7

• Existem muito menos Pokémon exclusivos do que em DP

Um belo passatempo

• Disponibilidade de lendários dá uma sobrevida ao pós-jogo

• A mecânica do Pokémon seguindo não foi bem implantada • A falta de espécies realmente úteis nas equipes continua sendo preocupante • Pokédex restrita ainda soa como uma falha • Não existem batalhas rankeadas

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novidades Nintendo se perturba com Activision Durante a mês uma reportagem alarmante trouxe à tona detalhes sobre o comportamento do CEO da Activision Blizzard Bobby Kotick. Um e-mail enviado pelo presidente da Nintendo of America, Doug Bowser, na sexta-feira, 19 de novembro, aborda de forma preocupante o relatório da Activision-Blizzard. Mais: is.gd/actitendo

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loja Em destaque Pokémon Brilliant Diamond / Shining Pearl

R$ 299

Hextech Mayhem: A League of Legends Story

R$ 41,50

Ruined King: A League of Legends Story

R$ 129,99 Big Brain Academy: Brain vs. Brain

Vem aí* Big Brain Academy: Brain vs. Brain

R$ 149

3 de dezembro

Danganronpa S: Ultimate Summer Camp

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3 de dezembro

Rico: London

R$ 254,95 9 de dezembro

Super Impossible Road

R$ 149

R$ 101,95

Shin Megami Tensei V

Hashihime of the Old Book Town

R$ 250,79 Just Dance 2022

R$ 203,95 *Não se aplicam descontos de pré-venda

9 de dezembro

R$ 333,97 16 de dezembro

Him & Her 3

R$ 29,99 17 de dezembro

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(t)reta final Avaliações

Há décadas, veículos de comunicação se empenham em trazer avaliações de praticamente tudo para seu público. Porém recentemente, paira um medo sobre a credibilidade de notas. Elas são necessárias?

a favor contra Desde sempre, notas e avaliações são uma maneira de advertir ou recomendar um público de um produto. Sem elas, muito mais consumidores seriam prejudicados pelo mercado, por não terem uma segunda opinião de aquisição.

Avaliações não são uma maneira definitiva de compreensão de um assunto. Através delas, temos experiências individuais sobre algo que pode reger apenas o gosto pessoal de quem está a analisar.

Os agregadores de conteúdo, como o Rotten Tomatoes e o próprio Metacritic, servem como uma central de todas as avaliações. Com opiniões positivas e negativas, o fã pode se decidir melhor.

Apesar de nunca ter sido deflagrada tal coisa, existe sempre a dúvida no ar de que uma empresa pode financiar notas altas, fornecendo propinas para que os sites recomendem um jogo que nem sempre é tão bom quanto é apresentado.

Avaliações podem levar à tona conteúdo que não necessariamente está no mainstream, popularizando alguma multimídia de alta qualidade que não possui tanto poder de barganha quanto as demais concorrentes do segmento.

A credibilidade das avaliações é reduzida ainda mais quando são comparadas as notas de mídia com as do público em geral. Sem qualquer viés, muitas vezes pode haver uma distãncia grotesca entre as duas notas, levando a compreensão do que o a mídia é.

E você, o que acha disso? Comenta lá no nosso site: switch-brasil.com

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switch-brasil.com 2021

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