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PORTFOLIO VINHOS – PRIMEIRO ANO AO LEME

Testemunho de Diogo Melo e Castro

Quando, às 00:01 horas do dia 1 de Janeiro de 2020, se abriram as garrafas de vinho do Porto, Champagne e espumante e, por esse Portugal fora, se ergueram as taças ao alto e com alegria se fizeram brindes de promessas e votos de sucesso, longe estávamos todos nós daquilo que o futuro imediato nos reservaria. De facto, o ano que então terminava, dava razões para acreditar, com um optimismo realista, de que os “anos de chumbo” da crise da dívida nacional, de 2011 a 2014, estavam definitivamente ultrapassados e pertenceriam apenas, de agora em diante, aos livros de História.

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A crise inesperada provocada pela doença respiratória COVID-19, rapidamente declarada como pandemia, na qual Portugal embateu violentamente a partir de Março de 2020, veio trazer um travão abrupto à série de anos de crescimento das categorias de Vinho de Qualidade e Vinho do Porto, que o elevaram à liderança global no consumo per capita, na primeira e que revitalizaram energicamente a segunda. O País recolheu a casa, os hotéis, discotecas, restaurantes e cafés fecharam e o turismo evaporou-se. De um dia para o outro, as variáveis que tinham sido as principais alavancas de crescimento do nosso negócio, desapareceram. Restou-nos a forte dinâmica e capacidade de adaptação do Retalho, que com um enorme reforço dos seus níveis de serviço online, manteve a cadeia de abastecimento sem disrupções de monta. No entanto, era notório que, por mais que o canal Off-trade (retalho) crescesse, era impossível que este viesse a cobrir todas as perdas inerentes ao encerramento a que o canal On-trade (hotelaria/restauração/bares) foi obrigado.

O forte impacto negativo no negócio, que os consecutivos confinamentos trouxeram ao longo do ano de 2020, levaramnos a questionar as bases da nossa estratégia de distribuição que, apesar de ter sido a razão por detrás de uma década de sucesso, demonstrou pouca robustez ao ‘teste de stresse’ que a pandemia representou, provando o seu esgotamento como fonte de crescimento. Assim, tornou-se imperativo redesenhar a abordagem ao Mercado e seguidamente dotar a Portfolio Vinhos dos meios necessários para a lançar numa segunda vaga de crescimento. A nossa visão de elevar a Companhia à posição de Empresa Referência em Portugal no sector, consentânea com a liderança que a nossa casa-mãe, “Symington Family Estates”, ocupa globalmente, assim o ditava.

Como ponto de partida da reconstrução do nosso ‘edifício’, começámos pelas suas fundações: definimos, então, os três pilares onde a nossa estratégia assenta. Assim, de forma que a Portfolio Vinhos venha a ser um parceiro de negócio incontornável para o Trade e representante de marcas que os consumidores vão querer adoptar, teremos que:

1) GANHAR DIMENSÃO ter foco para construir uma distribuição ao mais alto nível

Servir o mercado, através de uma equipa especializada, motivada e capacitada, questionando e melhorando continuamente os nossos métodos e postura, de forma a atingir os resultados pretendidos, consumindo o mínimo de recursos possível e assegurando uma cadeia de valor equilibrada e sustentável no longo prazo.

2) GANHAR FINESSE ser a empresa de referência do sector

Representação de um leque, rico e complementar, de produtores reconhecidamente premium e super-premium para reforço e/ou construção da notoriedade e do valor das marcas que representamos.

3) GANHAR MÚSCULO construção de escala e de relevância para o Trade

Oferta de marcas líderes nos seus segmentos, de qualidade e notoriedade inquestionáveis que reforcem a posição da Portfolio Vinhos como um distribuidor incontornável para o Trade.

Seguidamente, identificamos quatro key-battlegounds (áreas de intervenção chave) onde queremos actuar e, para cada um, definimos os principais projectos onde aplicar as nossas energias, para a construção do ‘edifício’:

Key-Battleground

1:

Construção de distribuição de nível mundial. Lançámos várias iniciativas com vista a reestruturar a nossa operação e dotá-la dos meios e processos que o ambiente de negócio, crescentemente competitivo e predador, exige para se obter sucesso. Em linhas gerais, este plano passou por: redesenhar a estratégia de recursos humanos (equipa capacitada e motivada); criar um departamento de marketing de raiz (para aprofundar a proximidade ao mercado); alocar um recurso 100% dedicado à Riedel (gerou resultados excepcionais); formação específica para a equipa comercial (técnicas de venda e gestão de clientes); criação dos manuais de incentivos, de conduta e de concessão de crédito; estabelecimento do ciclo de planeamento anual, alinhado com o nosso accionista e restantes stakeholders; reestruturação do serviço ao cliente (no intuito de atingir a cadeia de abastecimento perfeita); desenvolvimento de um sistema de gestão de desempenho (captação e retenção de talento).

Key-Battleground 2: Estratégia de distribuição – abordagem multicanal

Para ganhar relevância no On-trade, implementámos a New Way-of-Working, com a construção da rede nacional de Distribuidores Parceiros, apoiados pela nossa equipa de Ontrade e por alavancas de vendas, desenhadas à medida das especificidades regionais e das necessidades de cada marca. Para ganhar escala no Off-trade, a Portfolio Vinhos ainda precisa de reforçar a sua oferta com marcas que apresentem volumes de vendas significativos nos intervalos de preços que comandam o mercado (97,5% do vinho vendido em Portugal está posicionado abaixo de um PVP de 7,50€). Uma terceira área que mereceu a nossa atenção foi a abordagem DTC ( Direct To Consumer, ou direto ao consumidor), avaliámos a dimensão da oportunidade e o potencial risco e lançámos as bases para o projecto, cujo desenvolvimento decorrerá ao longo de 2022.

Key-Battleground 3: Gestão da carteira de marcas

Esta área passa essencialmente pela construção do valor (equity) das marcas que representamos, através da cuidada gestão de preços quer no On-trade quer no Off-trade e pela busca de novas marcas que complementem as que já representamos e por projetos familiares de destacada qualidade. Outros aspectos importantes passam pela melhoria da relação entre a Portfolio Vinhos e os produtores que esta representa (com a centralização da relação no departamento de marketing); definição clara do que são as marcas estratégicas, de investimento, tácticas e de suporte; inovação em novas marcas e formatos (desafiando os produtores a saírem da sua zona de conforto); assegurar a eficiência da cadeia de abastecimento e gestão de stocks para garantir o melhor serviço aos clientes da Portfolio Vinhos.

Key-Battleground 4: Profitability

Num ambiente de negócio crescentemente competitivo, a via para sustentabilidade, a longo prazo, da nossa companhia tem forçosamente de passar por reforçar a cultura de rentabilidade de todos os negócios, de todas as operações e de todos os fluxos de trabalho que realizamos, diariamente. Dando apenas alguns exemplos, este processo passa por aspectos tão variados como: escrutínio sistemático e constante da cadeia de valor (de forma que todos os elos tenham margens saudáveis); elaboração de uma política comercial clara (saber exactamente o que não se quer fazer) e priorizar a cultura de premiumization, ou seja, a valorização de marcas premium — mais resistentes a guerras de preços.

Olhando, em retrospectiva para o ano que agora finda, enumerando todas as iniciativas que lançámos, que completámos e o tanto que ainda temos por fazer, quase que se torna difícil acreditar que apenas se passaram doze meses…

Mas de uma coisa temos todos a certeza na Portfolio Vinhos — o melhor ainda está para vir!!

PORTO VINTAGE · UM VINHO, DUAS EXPRESSÕES

Resumo dos recentes Portos Vintage: Clássicos e Quinta Vintage

Harry Symington

O Vale do Douro é uma das regiões que reúnem algumas das características mais notáveis e desafiantes para a produção de vinho. Com grandes variações de altitude, exposição, solo e temperatura, o Douro tem variadíssimos microclimas que influenciam as características específicas de cada ano. Dado que as principais quintas de cada uma das nossas marcas de Vinho do Porto estão distribuídas por este terreno montanhoso, é necessária uma rara conjugação de fatores para que as condições imprescindíveis à produção de Porto Vintage clássico coincidam num mesmo ano.

A nossa abordagem é simples e define-se pelo que dispomos em cada ano. Apenas engarrafamos vinhos do Porto Vintage clássicos nos anos em que as condições na região duriense sejam consistentemente favoráveis ao longo do ciclo de crescimento e durante a vindima, conferindo maturações equilibradas que proporcionem vinhos de extraordinária complexidade. Este é o pináculo absoluto do que produzimos no Douro e o nosso compromisso passa por engarrafá-los somente em anos excecionais. Diz-nos a experiência, e a história, que tal acontece duas a três vezes por década.

Nos anos em que a qualidade é mais circunscrita ou limitada às melhores parcelas das nossas quintas, optamos por engarrafar pequenas quantidades de Porto Vintage de Quinta, ou seja a partir da produção de uma única propriedade. As nossas principais quintas, como a Quinta dos Malvedos da Graham’s, a Quinta da Senhora da Ribeira e a Quinta do Bomfim (da Dow’s), têm diversidade suficiente para proporcionar as características necessárias à produção de Porto Vintage de uma propriedade — individualmente. Em anos não declarados como Vintage, estes vinhos são do melhor que produzimos e representam a expressão máxima de terroirs específicos. Obviamente que nunca engarrafamos estes vinhos do Porto Vintage de quinta no mesmo ano em que anunciamos as nossas declarações clássicas de Porto Vintage, uma vez que aqueles representam os principais componentes destes últimos.

(Em cima) O profundo conhecimento das nossas vinhas ao longo do vale do Douro, permite-nos tomar as decisões mais acertadas no momento de decidir entre uma declaração ‘clássica’ e um engarrafamento Vintage Single Quinta.

(Direita) Cabe a cada geração consolidar a grande reputação que a nossa família possui como produtora de Portos Vintage excecionais.

corresponde a apenas compacto e talvez um pouco mais reservado comparativamente a outros Vintage de Quinta de 2018 que provei. Porém, gradualmente entranha-se e começa a revelar notas marinhas, de algas e ostras a insinuarem-se no fruto preto. No paladar é super macio no início com

Neal Martin, Vinous, junho de 2020 Dow’s Porto Vintage Quinta da Senhora da Ribeira 2018

2018 & 2019 PORTOS SINGLE QUINTA VINTAGE

Na sequência das declarações consecutivas — sem precedente na nossa história — de Porto Vintage clássico de 2016 e 2017, tivemos dois anos em que verificámos que a qualidade esteve localizada em determinadas quintas da nossa família.

2018 foi um ano em modo ‘montanha-russa’, turbulento, com seca de inverno, dilúvio na primavera e ondas de calor ao longo do período final de maturação. As equipas de viticultura enfrentaram os desafios ao longo do ano, mas foram recompensadas com bagos concentrados e excelentes maturações. Os rendimentos foram extremamente baixos, com apenas 950g por videira - 11% abaixo da média de 10 anos -, resultando em vinhos com uma impressionante concentração. Depois de analisar as melhores parcelas das nossas principais quintas, decidimos engarrafar pequenas quantidades de Porto Vintage das zonas de melhor produção. Refletindo o fantástico desempenho da Touriga Franca (casta tardia), que se distinguiu nos dias quentes da vindima, os vinhos caracterizam-se por aromas vivos e uma frescura e equilíbrio extraordinários.

2019 confirmou a incrível resiliência das castas do Douro em anos muito secos. A região confrontou-se com pouco mais de 50% da precipitação média expectável no período de inverno e quase nenhuma no verão. A capacidade de acompanhar de perto os ciclos variáveis de maturação e de ajustar o calendário da vindima permitiu potenciar o melhor das diferentes castas. Charles Symington e a sua equipa de viticultura demonstraram, mais uma vez, os seus conhecimentos, experiência e paciência para que se atingissem maturações equilibradas - resultando numa das mais longas vindimas dos últimos anos: seis semanas. A nossa recompensa foi um conjunto de castas com maturações bem conseguidas, proporcionando vinhos vigorosos e exuberantes.

Analisando a colheita de 2019, concluímos que a melhor expressão das castas provinha das nossas seis principais propriedades. Decidimos, por isso, engarrafar Porto Vintage a partir destas quintas —individualmente, na convicção de que não teríamos conseguido um resultado melhor se tivéssemos juntado os vários componentes em lotes de cada casa para declararmos um Porto Vintage clássico. Com um equilíbrio fabuloso entre os níveis de acidez e os teores de açúcar – refletindo a perfeita calendarização da vindima -, os vinhos mostram frescura e vivacidade notáveis, em contraste com a concentração de 2017 e 2018.

“Este vinho é mesmo intenso, com uma bela amplitude de notas de groselha preta, cereja, calda de mirtilo e redução de ameixa preta que vão desabrochando no palato, enquanto outras notas suculentas de alcaçuz, bolo inglês e chá compõem o pano de fundo. O longo final, de grande refinamento, sugere abundantes reservas para longa guarda. Uma das estrelas do ano.”

James Molesworth Wine Spectator, fevereiro de 2022 Quinta do Vesúvio Porto

Vintage 2019

2020 Portos Vintage De Edi O Limitada

Após uma série de ciclos de crescimento e vindimas desafiantes com conjugações de condições sem precedentes, esperava-se um regresso à normalidade no Douro. O que 2020 mostrou, porém, foi que esta é a “nova normalidade”. O impacto das alterações climáticas já há muito que se faz sentir. As chuvas irregulares (geralmente níveis de precipitação inferiores, em termos absolutos) e as múltiplas vagas de calor ao longo dos meses de verão criam enormes desafios às equipas de viticultura e resultam em produções cada vez mais baixas. Felizmente, através do conhecimento multigeracional das nossas quintas, da experiência das nossas equipas no terreno e das múltiplas iniciativas de adaptação às mudanças do clima, somos capazes de trabalhar nestas condições para continuar a produzir vinhos de excelente qualidade, embora em volumes mais reduzidos.

‘Garra e recompensa’ foi a forma como caracterizámos a vindima de 2020, seguindo mais um ciclo de crescimento moldado por padrões climáticos recordes. Embora o inverno e o início da primavera ficassem próximos dos padrões de precipitação dessas épocas, as temperaturas foram mais elevadas do que o habitual. Todos os meses, com exceção de abril, foram consideravelmente mais quentes do que a média dos 30 anos. A vindima foi completamente diferente do que qualquer outra na nossa experiência. As castas, que normalmente amadurecem sequencialmente, tiveram de ser vindimadas ao mesmo tempo, o que nos obrigou a ser ainda mais seletivos, colhendo as uvas com grande precisão, em parcelas específicas e em função da altitude e localizações mais abrigadas do calor. As produções apresentaram-se incrivelmente baixas, mas em contrapartida fomos brindados com alguns vinhos de extraordinária complexidade com perfis únicos.

O facto de o terroir do Douro proporcionar uma tal variedade de microclimas constituiu uma enorme vantagem num ano como 2020. Depois de avaliar todos os melhores vinhos das nossas quintas em todo o Douro, ficou claro que a Sub-Região do Cima Corgo tinha produzido vinhos de qualidade extraordinária em quantidades mínimas, pelo que decidimos fazer um engarrafamento excecional, optando por produzir duas edições limitadas de vinhos do Porto Vintage da Graham’s e Warre’selaborados exclusivamente a partir de algumas das melhores parcelas das quintas do Cima Corgo. Estes Porto Vintage especiais registam os marcos históricos do 200.º aniversário da Graham’s e do 350.º aniversário da Warre’s.

Suckling, Jamessuckling.com, julho de 2022 Graham’s Porto Vintage 2020 Edição do Bicentenário

PORTO VINTAGE GRAHAM’S 2020 – EDIÇÃO DO BICENTENÁRIO

O Porto Vintage 2020 da Graham’s foi produzido a partir de vinhas de cotas elevadas, viradas a noroeste em três das quatro propriedades da Graham’s: Quinta dos Malvedos, Quinta da Vila Velha e Quinta do Tua. Este Porto Vintage é um lote único constituído por vinhos resultantes de fermentações conjuntas de Touriga Nacional e Touriga Franca; de Sousão com Touriga Nacional (proveniente dos ‘Stone Terraces’ - socalcos - da Quinta dos Malvedos); de vinhas velhas (mistura de castas) e de Alicante Bouschet.

O resultado é um Porto Vintage extraordinariamente opulento, intenso e fresco. Embora possua as marcas clássicas da Graham’s, o vinho é marcado por uma complexidade aromática única e camadas bem definidas de deliciosos sabores ricos e frutados.

Em 2022, lançámos apenas 3.000 garrafas (75cl) en primeur, numa edição especial comemorativa em caixas de madeira de 3x75cl. As garrafas replicaram o rótulo tradicional dos Portos Vintage Graham’s, usados em anos icónicos do século XX, como, por exemplo, 1963 e 1970.

(Direita) As parcelas de vinhas velhas da Quinta do Retiro da Warre’s, no vale do Rio Torto (afluente do Douro).

PORTO VINHAS VELHAS VINTAGE WARRE’S 2020EDIÇÃO DOS

350 Anos

O Porto Vintage Warre Vinhas Velhas 2020 foi produzido exclusivamente a partir de um conjunto de vinhas com 80 a 100 anos de idade, com raízes bem fundas, cujas parcelas são lavradas com recurso a tração animal. Estas extraordinárias vinhas velhas localizam-se em duas quintas da Warre, a Quinta da Cavadinha e a Quinta do Retiro que produziram, respetivamente, apenas 380g e 240g por videira. Foi necessária a produção resultante de três videiras para produzir uma garrafa deste Porto Vintage, quando a produção de apenas uma é normalmente suficiente. As exposições mais frescas destas duas propriedades foram uma vantagem assinalável num ano tão quente como 2020 e mais uma vez as vinhas velhas provaram a sua incrível resistência.

Foi a primeira vez que produzimos um Porto Vintage Warre’s exclusivamente a partir das vinhas velhas destas duas propriedades. O vinho é intensamente frutado, com uma concentração e elegância inigualáveis que contrariam o que seria expectável, dadas as condições do ano.

Foram lançadas apenas 2.400 garrafas (75cl) en primeur em 2022, numa edição especial comemorativa em caixas de madeira de 3x75cl.

minúscula de apenas 2400 garrafas. Comemora os 350 anos da Warre’s.”

James Suckling

Jamessuckling.com,

julho de 2022

Warre’s Porto Vintage 2020 Vinhas Velhas

2020 Portos Vintage De Quinta

A qualidade do Cima Corgo foi tal que também decidimos engarrafar e disponibilizar en primeur uma pequena quantidade de Dow’s Porto Vintage Quinta do Bomfim 2020. Também engarrafámos Dow’s Porto Vintage Quinta da Senhora da Ribeira e Cockburn’s Porto Vintage Quinta dos Canais 2020, que envelhecerão nas nossas caves para lançamento futuro. Decidimos não engarrafar Porto Vintage da Quinta do Vesúvio uma vez que a adega não funcionou em 2020 devido a restrições impostas pela covid-19. Este foi o primeiro ano desde que a adega foi construída – 1827 - em que nenhuma uva foi pisada nos nossos lagares de granito, decidindo-se por tal não produzir um Porto Vintage Quinta do Vesúvio, mantendo-nos assim fiéis à tradição.

Olhando Para O Futuro

Como resultado do impacto das alterações climáticas são esperados anos cada vez mais difíceis no Douro. Os ciclos de crescimento serão mais imprevisíveis; as vindimas ocorrerão provavelmente mais cedo e serão mais curtas; e as produções tenderão a ser mais baixas. No entanto, temos a nosso favor o facto de termos um conhecimento multigeracional das nossas vinhas, permitindo a sua boa gestão e de efetuar vindimas com precisão - assegurando que as uvas chegam às adegas na altura certa e nas melhores condições.

Os avanços introduzidos nas nossas vinhas e adegas capacitamnos para produzir excelentes Vinhos do Porto de forma mais consistente do que era possível aos nossos antepassados. E a pergunta mais frequente e óbvia é se tal significa declarações clássicas de Porto Vintage mais frequentes. Na nossa opinião, o patamar de qualidade subiu e continuaremos apenas a produzir Portos Vintage clássicos quando os vinhos em todas as nossas quintas se apresentarem uniformemente excecionais.

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