Fev2019 "O bom filho" - Inéditos

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Segredos de família

O cenário do crime

Certa manhã, Yu-jin acorda com um estranho cheiro metálico e uma ligação do irmão. Descendo as escadas do duplex onde vive com a mãe na Coreia do Sul, ele a encontra morta sobre uma poça de sangue no chão. Mas Yu-jin só tem vagas lembranças da noite anterior. Durante três dias, em uma busca incessante para desvendar o crime, ele acaba descobrindo segredos sobre si. Neste suspense psicológico, convidamos você a transitar entre memórias para conhecer a verdade por trás de uma família marcada pela violência.

Rodeada por paredões costeiros e montanhas, a história se passa em Gun-do, uma cidade recém construída na costa ocidental da Coreia do Sul. O local é próximo a Seul, capital do país, e ao Aeroporto Internacional de Incheon, um dos mais movimentados do mundo. Se você quiser seguir explorando o cenário e a literatura sul-coreana, ainda pouco divulgada no Brasil, sugerimos alguns títulos:

Por favor, cuide da mamãe (2012),

de Kyung-sook Shin

Sukiyaki de domingo (2014), de Bae Su-ah

A vegetariana

(2014), de Han Kang


Sobre a autora

Traduzindo...

You-jeong Jeong nasceu em 1966, na Coreia do Sul. Frequentemente comparada a Stephen King, a autora é um expoente da literatura de suspense no país. Publicou quatro romances, que já venderam mais de um milhão de cópias. Teve obras adaptadas para o cinema, como Shoot me in the heart, vencedor do Segye Literature Award de 2009, e Seven years of darkness, considerado um dos dez melhores romances policiais de 2015 pelo jornal alemão Die Zeit. O bom filho é seu primeiro thriller traduzido para português brasileiro.

Com cerca de 80 milhões de falantes, o coreano é a língua oficial da Coreia do Sul. O sistema de escrita é chamado hangul, contendo consoantes e vogais. As letras não são escritas em sequência, mas agrupadas em blocos de duas a seis letras com, no mínimo, uma consoante e uma vogal para formar palavras. A leitura dos blocos é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo. A obra do mês foi traduzida do coreano para o português por Jae Hyung Woo, que nasceu na Coreia do Sul em 1976 e se mudou para o Brasil aos 13 anos.

Destaques do livro Mais de

250mil exemplares vendidos Nomeado uma leitura indispensável por diversos veículos da imprensa internacional, como Elle, Entertainment Weekly e Lit Hub

Best-seller

número um

na Coreia do Sul

Selecionado

para o clube de livros de Jimmy Fallon, comediante e apresentador de televisão norte-americano

Uma escritora entre vilões Antes de se dedicar à literatura, You-jeong Jeong trabalhou como enfermeira em UTIs e prontos-socorros. Desde a faculdade de Enfermagem, ela desenvolveu interesse pelas aulas de psiquiatria e psicologia, principalmente por assuntos relacionados aos mistérios da mente. Nos seus thrillers, a partir de personagens levados ao extremo de suas próprias existências, a autora aborda temas ligados à perversidade do ser humano, como ciúme, raiva, ódio, ganância, terror e violência.


Os Kim Alguns nomes dos personagens de O bom filho são escritos com grafias similares. Para auxiliar a sua leitura, fizemos uma árvore genealógica da família protagonista.

Min-seok Han (PAI)

Yu-jin Han

Ji-won Kim (mãe)

Yu-min Kim

Hye-won Kim (irmã da mãe)

Hae-jin Kim (adotado)

Linhagem familiar O sobrenome Kim é bastante utilizado na península coreana. Muitas pessoas que carregam este nome alegam ser do clã Kim-hae, uma das maiores linhagens da Coreia do Sul. Elas seriam descendentes de um ancestral em comum, o lendário Rei Suro, fundador e rei da antiga cidade de Geumgwan Gaya. Acredita-se que o local tenha existido onde hoje é situado Gimhae, moderno município sede do grande clã Kim-hae.

Por trás do livro A autora conta que se inspirou em um caso que chocou a Coreia do Sul no passado. De volta ao país após uma viagem a Los Angeles que rendeu enormes dívidas, um jovem entrou em discussão com os pais, esfaqueando-os até à morte. Quando foi preso, o homem mentiu sobre o acontecimento. You-jeong Jeong se questionou sobre os possíveis motivos que desencadearam tamanha violência, inspirando-se na história para escrever O bom filho.


Estilo “mãe-tigre” e “pai-lobo” Comum entre famílias asiáticas, a educação tiger faz oposição a uma forma de educar mais tolerante, associada à cultural ocidental. Alguns pais orientais incentivam e exigem o sucesso acadêmico de seus filhos por meio de métodos autoritários e proibições rígidas. Apesar de formar jovens disciplinados e bem-sucedidos, o estilo também pode acarretar o desenvolvimento de problemas emocionais e relações conflituosas com os familiares. O conceito de “mãe-tigre” também pode ser relacionado a alguns aspectos do livro do mês. Leia também:

O grito de guerra da mãe tigre (2011), de Amy Chua

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Resenha Assista à resenha da booktuber Duda Menezes sobre O bom filho em http://bit.ly/ResenhaOBomFilho

A playlist do mês Você já ouviu músicas coreanas? Ouça uma playlist inspirada em O bom filho no link http://bit.ly/playlistobomfilho


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