ESTAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
2013
TAIANY R. PITILIN
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TAIANY RICHARD PITILIN
ESTAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PARA RIBEIRÃO PRETO
Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências parciais para obtenção do título de bacharel em Arquitetura sob orientação da prof. Dra. Ruth C. Montanheiro Paolino.
RIBEIRÃO PRETO 2013
Dedico este trabalho Ă quele que sempre que guiou e orientou meus caminhos, que me conduziu e me amparou nesta longa jornada chamada vida...
"Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que somos. Vale o que realizamos com aquilo que
possuímos e, acima de tudo,
importa o que fazemos de nós!" Chico Xavier
Agradeço primeiramente àquele que me guiou, que me auxiliou em minhas escolhas e me protegeu em meu caminho. Aos meus pais, que me apoiaram em minhas decisões e não me deixaram desistir mesmo diante das dificuldades, orientando – me e auxiliando em minha formação, contribuindo para que eu me tornasse a pessoa que hoje sou. Ao meu companheiro Peterson, que em todos os momentos esteve ao meu lado, pela paciência, pelo amor e pela compreensão durante todo esse tempo. Aos meus tios Cida e Geraldo pela contribuição, pelo apoio e por me acompanharem em minha jornada. Aos meus primos Júlio César e Michele, que permitiram que eu tivesse condições de realizar meu sonho, pois com certeza eu não estaria aqui sem o apoio de vocês. Aos meus professores e colegas de sala pela contribuição em minha formação e pela presença durante esses anos. A todos na qual direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão desta etapa. Obrigada a todos vocês, hoje e sempre!
SUMÁRIO 1 -INTRODUÇÃO
............... 12
1.1 - Objetivos
.................14
1.2 - Justificativa
................ 14
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
................ 17
2.1 – A importância do partido arquitetônico .18 2.2 – Arquitetura e o lugar segundo Alvaro Siza e Aldo Rossi ..20 2.3 – Equipamentos culturais e a população ..21 2.4 – Educação e lazer
3 - LEITURAS PROJETUAIS 3.1 – Projeto Sesc Guarulhos
.................23
...............25 ...............27
3.2 – Centro Cultural Oscar Niemeyer ..........29 3.3 - Centro Cultural Lowry Centre ...............31 3.4 – Complexo Cultural Renes, França .........33 3.5 – Conclusão das leituras
4 – ESTUDO DE CASO
...............35
.................37
4.1 – Sesc Riebirão Preto
.................38
Conclusão estudo de caso
.................43
5 – EQUIPAMENTOS CULTURAIS EM RIBEIRÃO PRETO ...........45
6 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO..........47 Diagnóstico da área 7 - PROPOSTA
...............49 .............. 61
CONSIDERAÇÕES FINAIS
..........96
BIBLIOGRAFIA
.............97
Resumo O presente trabalho possui como tema a proposta de um equipamento urbano social que proporcione a inclusão da população como método de garantir a todos as mesmas oportunidades, sendo um instrumento para promover a qualidade de vida. Trata-se do processo de criação e de desenvolvimento do equipamento e do impacto causado junto a população, principalmente o público alvo, utilizando-se conceitos como “desenvolvimento humano” e “inclusão”. Sendo um equipamento público relacionado a cultura com o objetivo de permitir que a sociedade seja amparada em suas necessidades mais básicas e podendo garantir integração entre a cidade e o equipamento através do partido arquitetônico utilizado.
Palavras chave: Cultura - inclusão - amparo - desenvolvimento humano.
Abstract The present work has as its theme a proposed urban facility that provides social inclusion of the population as a method of ensuring everyone the same opportunities, being an instrument to promote the quality of life. It is the process of creation and development of equipment and impact with the population, especially the target audience, using concepts such as “human development” and “inclusion”. Being a public facility related to culture in order to allow society to be supported in their most basic needs and can ensure integration between the city and the equipment used by the architectural party.
Keywords: Culture - inclusion - support - human development.
1-INTRODUÇÃO
ética
cultura
integração trabalho urbano
1 - INTRODUÇÃO
T
ão importante quanto implantar um equipamento que atenda a população é compreender as necessidades a serem atendidas,
seu programa e os elementos ao qual ele estará relacionado. Seguir com o entendimento de como seria um equipamento que consiga suprir as necessidades da população de maneira adequada, justa e satisfatória, onde exista uma intercomunicação entre os setores da cultura, educação, desenvolvimento humano, inclusão social e o assistencialismo que gerem a população possibilidades de melhorar as condições em que se encontram são partidos importantes para a implantação do equipamento. Aborda-se a questão social em centros culturais, de maneira a ampliar a percepção sobre a necessidade de mudanças no programa e no entendimento desses equipamentos. Os centros culturais surgiram (com essa denominação) na França nos anos setenta e vieram ao Brasil como
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novidade como
diversidade
socialização
escola
igualdade jovens
estudo
trabalho
educação
saúde
lazer
ensino
tempo
fundamental
acessibilidade
orientação
e lembra
prova Milanesi
de (1997).
modernidade, Atualmente,
exitem divesos estabelecimentos de cultura espalhados pelo Brasil, nem ao menos é possível dizer quantos, mas como não existe um padrão que estabeleça normas para o programa e o funcionamento desses centros de cultura, os mesmos permanecem seguindo as mesmas bases. A população passou por diversas transformações nos últimos anos, e com isso o programa e a proposta desses equipamentos também deveria se modernizar
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para atender a população de forma mais abrangente. Levar cultura à população, de maneira geral, é o intuito de todos os centros culturais, mas o que se pode realmente entender como cultura? Para melhor compreensão da questão, será usada a definição sobre a cultura de Taylor (2007). Um todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
Sob este aspecto, a cidade necessita de planos e
a população.
propostas que incentivem a implantação de equipa
Quanto
do se estuda as teorias de Rabello e Passos, que de-
ra mais ampla, proporcionando desenvolvimento humano
finem como uma das principais influencias a cultura.
tem-se,
melhor
segundo
tura, segundo Trenti, (2010, p.23):
cia do equipamento cultural de maneira a atender de forma mais completa a sociedade, é essencial pensar na qualidade de vida da população, com saúde, trabalho, educação e assistência que pode ser garantida e proporcionada por um equipamento multifuncional, integrando atividades que venham a trazer benefícios e desenvolvimento à sociedade. Conforme Machado (2008, p.14), “Centros Culturais
podem
trazer
também
contribuições
urbanísti
cas a uma cidade e ajudar no processo educacional e social”. Analisando as circunstâncias apresentadas, esta pesquisa tem como o objetivo apresentar um projeto de uma Estação de desenvolvimento humano para Ribeirão Preto, para atender a comunidade de maneira mais ampla, levando cultura, desenvolvimento, educação, saúde e assistência
abordagens
compreensão Barros,
(2012,
da Não
quan-
questão, paginado):
[...] A cultura gera desenvolvimento humano porque fornece instrumentos de conhecimento, reconhecimento e auto-conhecimento. [...] A cultura também pode gerar oportunidades a vida coletiva e pode incidir sobre as condições materiais da vida. O desenvolvimento humano, [...] inclui oportunidades de saúde, educação e criação e a possibilidade de desfrutar de respeito pessoal e dos direitos humanos.”
Um espaço onde o principal objetivo é o aprimoramento intelectual, através de uma manifestação de um atributo da sociedade, podendo ser distintivo de um grupo ou de um único individuo, estimulando a prática de atividades que ajudem a disseminar culturalmente a identidade do município e aperfeiçoando o conhecimento da sociedade.
Assim como é importante compreender a importân-
as
con-
em um único edifício, que apóiem a população de manei-
Para
melhor
humano,
segue-se
Dessa forma pode-se entender como espaço de cul-
entender
desenvolvimento
mentos mais complexos, que consigam agregar atividades
e inclusão social através da cultura e do assistencialismo.
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ao
Uma das áreas de atuação do equipamento proposto é a inclusão social das comunidades carentes, tendo como fundamento a cultura e a educação a fim de garantir, através do conhecimento, a integração de todos. Com o oferecimento de cursos de capacitação profissional, amparo social e orientadores de saúde a inclusão propõem que todos consigam ser reconhecidos como iguais e que tenham as mesmas oportunidades. Pode-se ceito
entender
segundo
melhor
Aranha,
este (2012,
conp.02).
A ideia da inclusão se fundamenta numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade, na vida em sociedade. Isto significa garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A população necessita de amparo, principal-
Objetivos específicos da pesquisa são:
mente os mais carentes que não reúnem condições para
ter acesso a serviços básicos. Prestar uma assistência com profissionais vogado,
- Garantir a população um equipamento adequa-
capacitados, como psicólogo, ad-
do à atender suas necessidades, assim como estabelecer
assistente social, médico, que possa orientar
referencial em cultura, educação, saúde e lazer para os
e assistir a comunidade é uma forma de garantir que a
usuários.
população seja assistida e tenha uma garantia de amparo. O equipamento proposto prevê a união de diversas
- Quantificar a demanda que usará o equipamen-
atividades em um único edifício de maneira que a popu-
to para então definir o programa de necessidades para
lação seja atendida de uma forma mais completa. Seguin-
atender
estes
usuários
de
maneira
satisfatória;
do essa teoria fica mais fácil entender a questão segundo a definição de cultura exposta por Pedrosa (2009, apud VECCHIATTI 2004, p.93). Pensar na cultura como fator de desenvolvimento significa valorizar identidades individuais e coletivas, promover a coesão em comunidades e levar em consideração as características da cultura podem ser um fator de crescimento em determinados territórios (...). A área produtiva, as redes de infraestrutura e de serviços não funcionam de maneira adequada se não houver investimento no ser humano, em sua formação, saúde, cultura, lazer e informação.
- Definir requisitos funcionais e estéticos para a implantação do equipamento para promover a inclusão social.
- Contribuir para minimizar os problemas sociais que afetam a área, e seu entorno.
1.2 - JUSTIFICATIVA O município de Ribeirão Preto necessita de um es-
1.1 - OJETIVOS Objetivo geral da pesquisa é: Desenvolver o projeto de uma estação de desenvolvimento humano, cultural e assistencial para a cidade de Ribeirão Preto.
paço dinâmico e adequado para atender as diferentes necessidades da população. A estação de desenvolvimento humano vem como um instrumento para promover a qualidade de vida, onde trazendo opções de educação, cultura, saúde e assistência para os cidadãos, faz com que eles tenham maiores oportunidades de inclusão social. A proposta consiste na implantação de um partido arquitetônico integrador, permitindo ao usuário maior proximidade entre o equipamento e a cidade. Em Ribeirão
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Preto não existe este tipo de equipamento, que atenda a
essa arquitetura, ou seja, que consiga se fundamentar com
população em geral, e como a demanda existe deve-se
base na população e nas características que o local possui.
pensar na implantação de uma estação de desenvolvimento, pois ela irá proporcionar espaços adequados que oportunizem a aprendizagem e o desenvolvimento de atividades culturais, educacionais e assistenciais. Podendo ainda atrair a população de outros municípios. O município também precisa de novos espaços para que se possam implantar cursos de capacitação para atender pessoas de diversas idades e ajudá-las a ingressar no mercado de trabalho. Além destes cursos, a intenção também é de criar cursos básicos que atendam jovens e crianças. Desta forma além da educação recebida nas escolas, os alunos poderão optar por um curso que tenham afinidade, proporcionando experiência para que futuramente possa conseguir um bom emprego. O bairro onde será proposto o equipamento, o Jardim Ipiranga, possui grande demanda de população carente, assim como apresenta potencial para crescimento, pois vem crescendo nos últimos anos. Assim, se apresenta de forma receptiva a uma proposta de tal porte. Assim, esta pesquisa se torna de fundamental importância para oportunizar um estudo nesta área de desenvolvimento humano, educação, cultura, saúde e assistência, pois um espaço como este deve servir como melhoria na qualidade de vida de toda a população, servindo de amparo aos necessitados. O principal objetivo é lançar uma proposta condizente com a realidade da região, onde se possa implantar um investimento de boa qualidade que atenda a demanda da cidade. Estabelecendo uma relação onde se consiga firmar a importância do lugar para
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2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
17
acessibilidade
2.1 - O PARTIDO ARQUITETÔNICO COMO ELEMENTO INTEGRADOR.
trabalho urbano
cultura
escola
integração
igualdade jovens
educação
modernizando e a medida em que o homem evolui, a ar-
quitetura se aprimora para atender da melhor forma suas necessidades. A modernização do entendimento da arquitetura fez com que os arquitetos
passassem a dar valor ao sentido do partido ao
qual iriam adotar para o edifício projetado. Pode-se entender
que
o partido arquitetônico se torna elemento fundamental no entendimento e funcionamento que se quer dar
ao edifício projetado.
O partido arquitetônico, segundo dicionário da arquitetura, pode ser defino como:
ética
ensino
lazer
tempo
estudo
saúde
socialização fundamental
orientação
diversidade
trabalho 18
A
o longo da história muitas áreas da ciência foram se
Conjunto de diretrizes gerais que serão determinantes para o projeto arquitetônico, tais como programa do edifício, conformação topográfica do terreno, a orientação e o clima, o sistema estrutural adotado, as condições locais, a verba disponível, as codificações das posturas que regulamentam as construções, o entorno da obra e, principalmente, as intenções plásticas do arquiteto, e diz respeito à distribuição das massas construídas no terreno, aos volumes das edificações, à proporção entre cheios e vazios, às superfícies iluminadas e sombras, e aos principais materiais e técnicas construtivas a serem empregados. Partido horizontal é aquele em que predominam as circulações horizontais e partido vertical, aquele em que predominam as circulações verticais.
Entende-se que o partido é igual ao contexto, e que o objetivo do programa é formado a partir da interpretação das condicionantes somada a intenção plástica do projetista, Silva (1991). Cabe ao arquiteto definir o papel ao qual o edifício irá desempenhar. Se irá ser integrador ou limitador. A isso, se define o caráter espacial adotada e a atratividade que o edifício irá desempenhar em relação a cidade.
Espaço múltiplo de inovação e tecnologia, Hypestudio
Fonte: Hypestudio em parceria com a UFRGS. Disponível em: <http://portoimagem.wordpress.com/2013/08/07/inovacao-eurbanismo-integrador-sera-que-porto-alegre-consegue/> Acesso em 21/09/2013.
A proposta chama atenção pela integração que ela promove a uma área hoje um tanto morta e pouco convidativa. Assim, o conceito que a ela foi relacionado foi o de gerar um polo de inovação para a cidade, aproximando empresas, fomentando a criação de novas ideias e negócios.
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2.2 – A ARQUITETURA E O LUGAR SEGUNDO ALVARO SIZA E ALDO ROSSI
Teatro flutuante - Teatro do mundo, Ado Rossi
Álvaro Siza se baseava na importância do lugar para a arquitetura, assim como Aldo Rossi na cidade e sua importância, funcionamento e como a arquitetura atua em seu meio. Pode-se dizer que as características do lugar, assim como da população que vive em determinada área são importantes para definição projetual, pois a cultura de uma população está diretamente ligada a suas origens e seus costumes. Seguindo essa teoria entende-se a cultura e seus valores para sociedade segundo Angola, (2007 Não paginado) que diz:
Fonte: http://introarquitectura2012-01.blogspot.com.br/ Acesso em 30/10/2013.
Pavilhão Nacional de Lisboa, Alvaro Siza
Cultura é a junção de ideias, abstrações e comportamento de um determinado grupo/ sociedade. Dessa forma, ela envolve tanto as relações materiais de um povo, como a sua habitação, transporte, inumentárias e adornos, alimentação e bebidas, instrumentos de produção e tecnologias; como aspectos imateriais, como conhecimentos (que lhes permitem a sobrevivência), crenças (o que acreditam), valores (indicando o que é “bom” e “ruim”), normas (limitam os seres) e símbolos (remete-se a significados), que orientam um grupo de seres para a ordem e vida em uma sociedade. Tudo criado e pensado pelo próprio homem junto aos seus semelhantes (de forma coletiva), de modo que transforma a natureza, com objetivo de satisfazer suas necessidades de vida.
Ou seja, tal conceito define que a cultura pode ser mais do de arte ou conhecimento, mas que pode ter um significado para a sociedade em detrimento de seus costumes e de suas vivências, daquilo que as cercam e que adquirirem como valores.
Fonte: <http://www.projetoblog.com.br>, acesso em 30/10/2013.
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2.3 – EQUIPAMENTOS CULTURAIS E A POPULAÇÃO
Pensar na população, de maneira geral, é o intuito da pesquisa. Mas de que forma se pode satisfazer verdadeiramente as necessidades de uma sociedade? Analisa-se a questão partindo do princípio estudado por Wilder, que coloca que através de uma ação cultural, é possível trazer melhorias para a vida e para o meio em que o individuo vive. Para melhor entendimento usou-se a definição de ação cultural onde Wilder (2009, p.28,29) diz: Ação cultural significa, portanto, conceber programas e projetos visando à construção de percepções críticas da realidade, de formação de cidadãos conscientes de seus saberes e de sua cultura, aptos a participarem da cultura de seu tempo [...]
Portanto, é fundamental que seja entendida a importância do conceito citado para que se possa compreender que a participação da população, assim como o entendimento da mesma em perceber suas reais necessidades, para que essas possam ser atendidas de maneira mais ampla por um equipamento. Assim, através das características do lugar e da população, e do entendimento das principais necessidades da mesma será possível projetar um equipamento com função social que consiga abranger as necessidades e características locais. Analisando as circunstâncias apresentadas, esta pesquisa tem como obje-
escola
cultura
saúde
igualdade jovens
integração trabalho urbano
estudo
educação ética
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ensino
lazer
trabalho
tempo
fundamental
socialização
Ribeirão Preto.
diversidade
tivo propor uma estação de desenvolvimento humano, cultural e assistencial para
acessibilidade
orientação
Tendo como função principal atender a comunidade social e culturalmente, gerando maiores oportunidades e levando até a população assistência baseada nas características e necessidades locais. O equipamento possui caráter social que visa atender principalmente as camadas mais desfavorecidas da sociedade, segundo esse princípio, podemos nos embasar na definição de por MARTINS (2009, apude Wilder 1997, p. 163) para tais equipamentos: [...] responsáveis pela estruturação de processos que permitirão à população o acesso a cidadania, ou seja, o fato de ser sujeito de sua vida cultural e, por conseqüência, política, responsável, também pela preservação de várias vozes da sociedade. [...].
Ou seja, são edifícios, que visam ações culturais voltadas para o desenvolvimento de diferentes formas, sendo uma dessas a conscientização crítica e reflexiva de populações “abandonadas”; Instrumentando educação e saúde por meio de programas especiais, a se utilizarem desses espaços. Para Dantas (2007, p. 20) “[...] o lugar é enfatizado como região que configura uma unidade cultural”. Levando em consideração esse fato, a estação de desenvolvimento humano, cultural e assistencial visa ser projetada seguindo as características locais da área onde será inserida, sua história e tipologias existentes. Assim como, considerando as características da população e suas necessidades. Museu Brasileiro da Escultura – MUBE, Paulo Mendes da Rocha.
22
Fonte: Kon, N. Arquitetura. Vão livre MUBE. Disponível em <http://mube.art.br/o-museu/arquitetura/?pid=77> . Acesso em 11/11/2012.
Paulo Mendes da Rocha projetou um espaço que ao mesmo tempo se tornou uma referência em arquitetura, mas que se adequou as necessidades e características existentes do local e da população da área para atende-los da melhor forma.
2.4 – EDUCAÇÃO E LAZER
minados efeitos, com o descanso físico ou mental, o divertimento e o desenvolvimento da personalidade e da sociabilidade. Segundo Marcelino, (2009,pag 32) “na educação –
Analisar as relações existentes entre o lazer, a esco-
fator preponderante no desenvolvimento humano – o lazer
la e o processo educativo, e de que forma essas possíveis
tem sido utilizado hoje, como um instrumento mais eficaz...”
relações podem ser consideradas, torna-se fundamental para entender os processos na qual pode-se estimular o desenvolvimento de crianças e jovens. Percebe-se a importância do papel da escola, quando se considera o lazer, quer como instrumento, quer como objeto de educação. A abordagem indireta do lazer pode ser verificada quando o foco principal de análise é um dos seus conteúdos culturais e também é marcadamente caracterizado por componentes de obrigação, como por exemplo as relações familiares, escolares e de trabalho. Quando se fala em lazer, comumente, associa-se ao divertimento e o descanso, no entanto o lazer pode ser mais
Fonte: Instituto esporte e educação. Disponível em <www.esporteeducacao.org.br> Acesso em 21/09/2013.
abrangente levando ao estímulo e a educação, que pode ser definido de acordo com a qualidade das atividades. Pode-se compreender melhor o conceito de lazer, segundo Dumazedier, apud Marcelino. ... conjunto de ocupações às quais individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntaria, ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais...
Portanto, como uma atividade de escolha individual, praticada no tempo disponível e que proporcione deter
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Fonte: Educação através do esporte. Disponível em <juazeiropelainfanciaeadolescencia.blogspot.com.br> Acesso em 21/09/2013.
3 – LEITURAS PROJETUAIS
25
A
análise de projetos e seus relativos conceitos e partidos oferecem uma base na formulação de um conceito para dar inicio ao projeto,
portanto os projetos que serão apresentados foram selecionados em virtude de sua relevância de maneira geral no seu contexto urbano, sua interação entre o usuário e a cidade e área abordada com o intuito de auxiliar na elaboração do projeto ao qual este trabalho se propõe. A análise será composta por cinco critérios, sendo estes: partido, espacialidade, programa, volumetria X conceito e técnica construtiva. A escolha dos temas foi de acordo com a ideia de definição espacial para o projeto final deste trabalho. Os projetos escolhidos para tal foram: Projeto concorrente do concurso Sesc Guarulhos pelo Grupo SP, Centro Cultural Oscar Niemeyer, Goiânia, Centro cultural Lowry Centre, Manchester – Inglaterra e Complexo Cultural, Rennes – França.
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3.1 – PROJETO PARA CONCURSO SESC GUARULHOS O Sesc, atua como projeto cultural e educativo, levando transformação social a população. Criado pelo empresariado do comercio e atuando nos diversos campos de cultura e suas manifestações. Para a implantação de uma unidade Sesc na cidade de Guarulhos foi aberto um concurso de projetos. Sendo o projeto apresentado, um dos concorrentes do concurso. A ideia do projeto é oferecer a cidade um espaço destinado a urbe, que terá diversas áreas abertas gerando uma sensação como se não houvessem portas. Projeto elabora pelo escritório Grupo SP, pelos profissionais Alvaro Puntoni, João Sodré, Jonathan Davies, Luciano Margotto, Sergio Salles, Marcelo Ursini (Núcleo Arquitetura). Para entender melhor a questão integração equipamento x cidade, os autores definem como: Fonte: Grupo SP
... um verdadeiro “gerador” urbano –são equivalentes para inaugurar os termos de uma integração futura entre parque e SESC. Quando isso for possível, a parte de trás do conjunto passará a ser mais uma frente para o parque e o SESC terá cumprido seu papel de interventor urbano daquela área, seja por sua volumetria, sua proposta ética e estética e pela preocupação prévia atribuída à edificação no estabelecimento de um diálogo com o entorno.
Aberturas internas, que “quebram” a ideia de caixa – fechada, formando ideia de integração. Blocos independentes, separados por áreas verdes e áreas de circulação fazem a distribuição do espaço formando
Fonte: Grupo SP 27
o conjunto.
O programa do edifício foi organizado por uma rua principal de convivência, que se relaciona com uma praça, criando um ambiente informal com ampla área para exposições. É o elemento estruturador de todo o complexo. Desde a rua estarão visíveis o fruir artístico, a educação não formal e as atividades desportivas.
Eixos de circulação
Fonte: Grupo SP Circulação
•Jardim interno
Fonte: Grupo SP
Fonte: Grupo SP
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• Materiais que permitem controle da entrada de sol.
3.2 - CENTRO CULTURAL OSCAR NEIMEYER
AUTOR: Oscar Niemeyer INICIO PROJETO: 1990 CONCLUSÃO OBRA: 2006 ÁREA TERRENO: 26.325 m² ÁREA CONSTRUÍDA: 16.721m²
Localizado na zona sudoeste de Goiânia, o Centro Cultural Oscar Niemeyer é um grande conjunto voltado à arte, com 17 mil metros quadrados de área construída. O edifício possui quatro volumes geométricos: uma cambota, um triângulo, um cilindro suspenso e um pavilhão; sendo respectivamente, teatro, memorial, museu e biblioteca, implantados em um retângulo que delimita e suporta a relação entre volumes da edificação. Os volumes do centro cultural são em concreto armando. Todos na cor branca, exceto a pirâmide pintada na cor vermelha. O acesso principal do conjunto, pela BR-352, é feito através de uma escadaria larga. No dia-a-dia, os visitantes chegam pelos fundos, onde fica o estacionamento de 530 vagas. A esplanada cultural, que é formada no grande plano de concreto que se define e forma uma praça, com espaços que se definem entre a praça e o estacionamento. Além da mesma suportar os edifícios sobre si, pois define o terreno onde os mesmos estão implantados. Os edifícios, formam-se em concreto branco com aberturas em vidro, mas o monumento dos direitos humanos apresenta – se como uma pirâmide de concreto pintada de vermelha, criando um contraste em relação aos demais.
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A edificação é composta por quatro edifícios adotando uma forma diferente para cada edificação. Assim Com base na análise dos ambientes pôde-se setorizar a edificação em: 1. Acesso principal / 2. Esplanada / 3. Teatro / 4. Monumento aos Direitos Humanos / 5. Museu de Arte Contemporânea / 6. Biblioteca / 7. Estacionamento.
IMPLANTAÇÃO Fonte: Centro Cultural Oscar Niemeyer. Plantas, cortes e fachadas Disponível em < www.arcoweb.com.br> Acesso em 15/04/2013.
No teatro (bloco 5 – implantação), pode-se perceber uma organização espacial complexa internamente, o que gera um contraste com a simplicidade das formas exteriores. Há uma rampa que interliga os pisos do museu: embaixo, fica o setor de exposição permanente; em cima, as mostras temporárias. O monumento dos direitos humanos possui um auditório, organizando-se por uma escada que leva até o sobsolo onde ele acontece, sua entrada está no volume da pirâmide que também serve de cobertura para o foyer. A biblioteca, o bloco retangular ao fundo, é fechada
Fonte: Centro Cultural Oscar Niemeyer. Disponível em < www.arcoweb.com.br> Acesso em 15/04/2013.
por vidros reflexivos pretos, dando a sensação de plano de fundo. È formado por três pisos elevados por pilotis. Possui em seu terraço um restaurante panorâmico.
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3.3 - CENTRO CULTURAL LOWRY CENTRE
O Centro de Lowry é um grande espaço para apresentações de arte e atividades culturais, cujo objetivo é dar nova vida a uma zona portuária abandonada e se tornar um ponto de referência para Manchester. Projeto do arquiteto Michael Wilford, com área total de 24 mil m², para atender um público de 3,5 milhões de visitantes por ano. Segundo o arquiteto Michael Wilford, o edifício procura: A síntese entre a tradição monumental dos prédios públicos e a imagem mais informal e acessível da cultura de hoje. Acima de tudo, busca manter a conexão entre beleza e adequação ao propósito do espaço com a intenção de revitalizar a arquitetura contemporânea com uma linguagem mais rica.
Centro Cultural Lowry Centre, Disponível em < http://en.wikiarquitectura. com/>, acesso em 31/10/2013.
INTERIOR X EXTERIOR
Com fachadas multifacetadas e amplos planos envidraçados nas fachadas da edificação, nota-se a grande relação do interior com exterior, relacionando ambientes como: o restaurante panorâmico, terraço, sala de ensaios entre outros, oferecendo assim inúmeras vistas para o canal que circunda a edificação, tirando partido do exterior. Machado, (2008, p. 31). A edificação possui vários elementos geométricos com elementos reticulares em diferentes ângulos e geométricos sem alteração, além de modernos materiais. Centro Cultural Lowry Centre, Disponível em < http://en.wikiarquitectura. com/>, acesso em 31/10/2013.
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ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Pavimento Térreo
O projeto se apresenta como Arquitetura Contemporânea, com grandes painéis de vidro, uso da tecnologia e com materiais inovadores como placas de aço inoxidável marcando o conjunto, além de conter em seu interior cores quentes e vibrantes. O principal centro de espaço é um teatro
LEGENDA
lírico para 1.730 espectadores, e mais 450 assen-
1-Acesso 2-Foyer 3-Loja 4-Café 5-Teatro lírico
tos multi-adaptável a diferentes espetáculos, da ópera e recitais de dança e até mesmo filmes. Es-
Fonte: Machado, (2008, p.28)
tas duas salas são a espinha dorsal do prédio, localizado a uma em cada extremidade. Ao redor da praça é o drama lírico, que é acessado por um
Pavimento Superior
grande salão, que também serve como a entrada para o complexo. No interior, as duas extremidades do edifício estão relacionados através de uma viagem intensa que une saguões, restaurantes, bares e espaços de exposições. Este passeio apresenta mudanças de nível. Os foyers estão andando pelos corredores. Nas apresentações, as formas contidas em um grande tamanho da amostra usada para exibir interativo e áudio. Sob a vasta cobertura de um saguão de
Fonte: Machado, (2008, p.28)
entrada obras que se abre para o exterior, com grandes superfícies de vidro, permitindo set visuais fora e dentro do prédio.
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Circulação e convivência Acesso Plateia Serviços e apoio Área para artistas Área para estudos
LEGENDA 1-Teatro lírico 2-Quay’s Theatre 3-Área cênica 4-Vazio 5-Entrada centro de estudos 6-Galeria de arte 7-Hóspedes 8- Chapelaria
Fachada
3.4 - COMPLEXO CULTURAL RENES, FRANÇA LOCAL: RENNES, FRANÇA CONCLUSÃO DA OBRA: 2006 ÁREA DO TERRENO: 6.500 M² ÁREA CONSTRUÍDA: 34.600 M² ARQUITETURA: CHRISTIAN DE PORTZAMPARC
O edifício tem finalidade de promover “o encontro de
Fonte: www.arcoweb.com.br Cores e materiais metálicos no interior
culturas, públicos e saberes diversos”. O programa preve a união de três instituições culturais em um único edifício. A primeira diretriz utilizada foi a de propiciar um sentido de praça para a esplanada, um lugar para as grandes manifestações artísticas e políticas que ocorrem continuamente na cidade. Com uma alta tecnologia através do uso de diferentes materiais a edificação é formada com: escamas de zinco, chapas de aço, painéis de vidro, alumínio branco, e parcialmente a edificação é em concreto armado e alumínio. O complexo possui materiais diferentes em cada uma de suas áreas. Um paralelepípedo esculpido, de concreto
Formas indefinidas na fachada com placas de aço inoxidável
vermelho, com oito metros de altura. Dois edifícios perfuram e atravessam essa cintura de concreto: o Espaço das Ciências, um cone de zinco dominado por seu planetário esférico, e a biblioteca municipal, um prisma dilatado de metal e vidro. De frente para o terreno erguia-se uma grande e pesada torre, inteiramente deslocada no local. “O projeto deveria, necessariamente, transformar toda aquela área. Ou não
Fonte: www.wikiarquitectura.com
33
valeria a pena construí-lo”, avaliou Portzamparc.
Analisando o equipamento, foi possível perceber que há uma divisão interna sendo essa nos seguintes setores - térreo: 1- acesso/ 2- Recepção/Ponto de encontro/ 3 – Empréstimo/ Devolução da Biblioteca/ 4 – Setor infantil/ biblioteca/ 5 – Exposições temporárias/ Espaço das ciências/ 6 – Setor infantil/Espaço das ciências/ 7 – Auditório / 8 – Acesso ao auditório/ 9 – Espaço 1001 imagens/ 10 – Espaço vida do cidadão/ 11 – Exposições temporárias/ 12 – Loja/ 13 – Acesso ao Museu da Bretanha/ 14 – Estacionamento. E no pavimento superior: 1 – Sala da biblioteca/ 2 – Planetário/ 3 - Escritório
SUPERIOR TÉRREO Fonte: Machado, (2008, p.34)
Fachada
Fonte: www.arcoweb.com
34
Fonte: Machado, (2008, p.35)
O espaço da recepção, a praça e a área de circulação dos diferentes públicos.
Fonte: www.arcoweb.com
Vista de uma das salas de leitura da biblioteca.
Fonte: www.arcoweb.com
3.4 – CONCLUSÃO DAS LEITURAS PROJETUAIS O espaço para Estação de desenvolvimento humano
de cores que definem as diferentes áreas do projeto, assim como adotar-se-á na proposta onde estruturas metálicas e elementos com cores definirão setores.
precisa ser mais do que um edifício que concentre diversas
Do Centro Cultural Oscar Niemeyer foi utilizado a
atividades. Mas sim, uma área que reúna cultura, educação,
concepção de blocos separados onde se interligam pelos
lazer e saúde como forma de trazer melhorias para a vida das
caminhos e áreas verdes.
pessoas que se utilizam dessas atividades. Um edifício que
O conceito foi definido com base nas referencias, pois
seja aberto a população de maneira em geral, que atenda
estas apresentam um conceito de integração onde visam
a todos e que consiga atrair os usuários, e ter o objetivo de
propiciar aos usuários uma ideia de continuação da cidade,
reunir pessoas interessadas em suas áreas de atuação.
assim como na proposta onde tem-se o objetivo de tornar o
Através da pesquisa de referências projetuais, analisan-
equipamento uma extensão da cidade.
do ambientes que tenham fins culturais como a proposta
Com isso, pode-se ter uma ideia inicial de partido ado-
para o concurso do Sesc de Guarulhos, o Centro Cultural Os-
tado, e temos uma definição de diretriz. Sendo assim, com
car Niemeyer, o centro cultural Lowry Centre e o Complexo
base nas referencias apresentadas e leituras efetuadas, con-
Cultural Rennes, pode-se entender que o programa existente
sideramos que iremos partir da diretriz projetual de que o pro-
nesses edifícios é bem livre e diversificado, e o partido ado-
jeto será um equipamento urbano social, no qual atenderá
tado entre eles difere entre a proposta que cada um apre-
a toda a população em geral, com capacidade de publico
sentava para o local ao qual estava se inserindo.
para cerca de 1000 pessoas/dia.
Pode-se perceber com as leituras projetuais que o eq-
Tendo como partido de projeto formas abertas, que
uipamento necessita de materiais que necessitem de pou-
permitam a integração da cidade com o edifício criando
ca manutenção, eficiência energética, agredindo menos o
ao seu entorno áreas verdes, criando assim possibilidades de
meio ambiente e que proporcionem uma estética adequa-
usos diferentes aos seus usuários.
da. A proposta para SESC Guarulhos apresenta uma forte preocupação com as questões levantadas, principalmente em relação ao conforto climático, no entanto utiliza como material o concreto, que gera muito entulho na construção. O mesmo material é utilizado no centro cultural Oscar Niemeyer. Enquanto os outros dois projetos se utilizam de materiais mais leves como o aço, tornando a construção mais limpa e rápida. No Centro Cultural Lowry Centre foi utilizado estruturas
35
metálicas que ficam aparentes e estas ganham a presença
4 – ESTUDO DE CASO
37
4 – SESC
4.1 – SESC RIBEIRÃO PRETO
A
ação do SESC - Serviço Social do Comércio
O projeto da Unidade SESC em Ribeirão Preto, consid-
- atua em diversas cidades do estado de São
erando apenas o prédio principal e o conjunto aquático, é
Paulo tendo como objetivo transmitir um projeto cultural e
de autoria do arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves. Foi in-
educativo que trouxe, desde sua criação pelo empresari-
augurada em 1966 e originalmente buscava atender ativi-
ado do comércio e serviços em 1946, a marca da inovação
dades de educação técnico profissionalizante, segundo a
e da transformação social.
missão do SENAC e posteriormente do SESC, que à época,
Seus principais campos de atuação são no campo da
oferecia atividades recreativas, serviços de assistência à
cultura e suas diferentes manifestações, destinadas a todos
saúde e de aprimoramento social dos trabalhadores do
os públicos, em diversas faixas etárias e estratos sociais. No
comércio de bens e de serviços. A Unidade está localizada
Estado de São Paulo, o SESC conta com uma rede de 32
à Rua Tibiriçá nº 50 e desde a sua inauguração, ampliou a
unidades, em sua maioria centros culturais e desportivos.
sua área original, com a aquisição de 2 imóveis vizinhos.
Oferece também atividades de turismo social, programas
A história de ação programática e de serviços vol-
de saúde e de educação ambiental, programas especiais
tados à nutrição e saúde é um diferencial importante que
para crianças e terceira idade, além dos pioneiros Mesa
marca a presença da entidade.
Brasil SESC São Paulo, de combate à fome e ao desperdício
Atualmente, sua área total coberta e descoberta é
de alimentos, e Internet Livre, de inclusão digital.O SESC de-
de 7.359m², tendo o prédio principal 1.856,25m², em 2 pavi-
senvolve, assim, uma ação de educação informal e perma-
mentos e o conjunto aquático 1.165m², incluído o solário.
nente com intuito de valorizar as pessoas ao estimular a autonomia pessoal, a interação e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir. Implantação
Fonte: localização google maps , Acesso em 14/04/2013
38
Entrada principal
Fonte: localização google street view , Acesso em 14/04/2013
Fonte: licitação concurso reforma sesc, acesso 14/04/2013
O PAVIMENTO TÉRREO CONTA COM: 1 - Auditório;
23 22 24
20 21
25 19
12
4
6 – Piscina adulto;
8 - Piscina infantil;
6
9 7
1 5
4 - Odontologia;
DET. PISCINA OLIMPICA COM CASA DE MÁQUINAS
14 15 9
10
19
26
3 - Café;
7 - Solário;
13
11
2 - Cozinha;
5 - Central de Atendimento;
17
18
27
8
9 - Vestiários; 10 - Área de convivência; 11 - Casa de força; 12 - Biblioteca; 13 - Sala internet;
2
3
19
1
14 - Sala exposição; 15 - Sala médico;
1
16 - Sala de espera para médico; 17 - Sala de atividades; 18 - Praça de eventos;
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
BIBLIOTECA
19 - Sanitários; 20 - Bar; 21 - Foyer; 22 - Depósito; 23 - Camarim; 24 - Palco; 25 - Piscina olímpica; 26 - Garagem ; 27 – Escadas.
FONTE: AUTOR
39
FONTE: AUTOR
SETORIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
O edifício fica dividido entre os setores existentes, no entanto em diversos locais pode-se perceber que os setores se fundem formando áreas com múltiplas atividades. As áreas de circulação e convívio se integram a todo o complexo, assim permitindo não apenas a circulação, mas também qualidade nos espaços de circulação e possibilidade de permanência nesses espaços. A circulação vertical ocorre por meio de escadas que se localizam em lugares diversos do edifício, assim tornando o percurso a percorrer menor para se deslocar entre pisos e um menor acúmulo de pessoas em um mesmo espaço. O setor de saúde permanece de
TÉRREO
maneira excluída do restante da edificação, para que os usuários desse setor não precise acessar toda a unidade. BIBLIOTECA
FONTE: AUTOR
40
SALA DE INTERNET LIVRE
FONTE: AUTOR
ÁREA EXTERNA PARA EXPOSIÇÃO
FONTE: AUTOR
O pavimento superior conta com:
1 – Sala para ginástica multifun-
20
15 19
21
18
cional 2 – Sala de expressão corporal;
15
16
3 - Administração; 4 - Hall;
13
14
5 - Gerência; 6 - Reunião; 7 – Circulação descoberta;
12
11
8 – vão do jardim; 9 – Circulação descoberta;
7 6
8
11 – Quadra vôlei;
10
3 2
5
10 – Escada de acesso;
9
4
12 – Quadra poliesportiva;
1
13 - Depósito; 14 – cobertura salão eventos; 15 – Terraço dos funcionários;
SUPERIOR
16 - Almoxarifado; 17 – Oficina almoxarifado; AUDITÓRIO
ENTRADA
18 - Deposito; 19 - Sanitários; 20 – Manutenção; 21 – Sala de reunião.
Fonte: www.viaskate.com.br/2010/11/final-dopaulista-no-sesc-ribeirao.html
41
Fonte: licitação concurso reforma sesc
SETORIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
No pavimento superior ficam localizados as quadras, assim como a sala de expressão corporal, formando o setor esportivo, com exceção da academia que fica no térreo. Também é neste pavimento que estão as áreas administrativas e de serviços, com as áreas de funcionários. Em
ambos
pavimento
há
sanitários distribuídos de maneira a atender da melhor forma os usuários, mas o vestiário se localiza apenas no térreo. Há um vazio para que haja ventilação e circulação no jardim que se localiza no centro da planta. SUPERIOR
PISCINAS
FONTE: AUTOR
42
QUADRAS
FONTE: AUTOR
ÁREA DE GINÁSTICA E EXPRESSÃO CORPORAL
FONTE: AUTOR
CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO
Analisando o projeto do Sesc Ribeirão Preto, pode-se perceber que há muitas qualidades espaciais no local. Assim como no projeto analisado a proposta visa o oferecimento de diversas áreas de interesse a população, mas de forma que os conceitos se formam diferentes, uma vez que o acesso ao Sesc não se destina a toda a população, mas aos associados do comércio. Espacialmente o Sesc apresenta alguns problemas quanto a área de esporte, pois o ginásio precisa de melhorias. E quanto as piscinas, nota-se a ausência de uma piscina coberta que permita o oferecimento de esportes aquáticos como natação e hidroginástica. Será adotado na proposta, assim como no Sesc, áreas de convívio abertas e fechadas contando com a presença de jardins internos. Diferenciando-se da proposta arquitetônica do Sesc, onde um bloco de edifício concentra todas as atividades, a proposta foi concebida com espaços separados por blocos que se formam por seus setores distintos.
43
5 – EQUIPAMENTOS CULTURAIS EM RIBEIRÃO PRETO
45
MAPA COM LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS EQUIPA-
MAPA COM LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
MENTOS CULTURAIS DE RIBEIRÃO PRETO
N
LEGENDA TEATRO D. PEDRO II PALACE HOTEL BIBLIOTECA ALTINO ARANTES MARP
SIMILARES EXISTENTES
SETE CAPELAS CAVA DO BOSQUE
LEGENDA SENAC
SESC
SESI
TEATRO MUNICIPAL CASA DA CULTURA
São objetos que adotam o mesmo conceito, o de concentrar diversas atividades em um único equipamento
Pode-se perceber uma concentração dos equipa-
e este atendendo a diferentes classes etárias.
mentos voltados à cultura. Tendo isso em vista, partiu-se
Atividades essas que variam entre as áreas de cultu-
para a escolha de um terreno, para a implantação do
ra, esporte, lazer e saúde.Tendo atividades específicas aos
equipamento proposto, que fosse mais distante dos ex-
usuários de cada classe etária e também atividades que
istentes, mas que ao mesmo tempo tivesse fácil acesso.
podem ser realizada sem restrição por todos. No entanto, apesar de ambos, hoje, apresentarem propostas muito abrangentes e de grande qualidade, atendem apenas a um grupo restrito de usuários, pois todos são privados, e podendo ser utilizado apenas por seus associados.
46
6 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
47
O
objetivo da caracterização da área de intervenção é apontar a realidade do entorno e a capacidade deste de absorver o
novo equipamento proposto, um equipamento urbano social. Ribeirão Preto possui três equipamentos semelhantes, no entanto, cada um com características e restrições de público diferentes. Será analisada a situação na qual se encontra a área proposta, sendo analisadas suas características em relação ao entorno e a cidade, tomando como diretrizes os aspectos levantados.
48
6.1 – RIBEIRÃO PRETO Ribeirão Preto, está localizado no estado de São Paulo, localizandose a noroeste da capital e
distando desta cerca de 310 km. Ocupa uma
área de 650,366 km², sendo que 127,309 km² estão em perímetro urbano e os 523,051 km² restantes constituem a zona rural. Em 2012 sua população foi estimada pelo IBGE em 619 746 habitantes. Além de apresentar importância econômica ainda se apresenta como importante centro cultural de sua região. O Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o Parque Maurílio Biagi e o Jardim Zoológico municipal configuram-se como importantes áreas de preservação ambiental, enquanto que a Choperia Pinguim, o Teatro Pedro II e projetos como o Núcleo de Cinema de Ribeirão Preto são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana, além dos eventos culturais realizados pela Secretaria Municipal de Cultura e a prefeitura, como o Agrishow e a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.
Latitude: -21.1767, Longitude: -47.8208 21° 10′ 36″ Sul, 47° 49′ 15″ Oeste
49
6.2 – CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO TERRENO
A área foi escolhida seguindo critérios, que analisaram as opções de terreno escolhidas para que pudesse ser selecionado o que melhor se adequasse as necessidades da proposta. Foram escolhidos dois terrenos para a análise, e esta escolha foi feita a partir do tamanho dos mesmos, considerando se caberia a proposta e também pela sua localização, devido ao acesso e visibilidade que o equipamento receberia. Os dois terrenos apresentados apresentam facilidade de acesso, assim como infraestrutura adequada, com sistemas de água, energia, que poderiam receber um novo equipamento. Apresentavam, ambas as opções, topografia e tipo de solo
Opção - 01 VIA NORTE, JD. IPIRANGA
favoráveis, assim como boa visibilidade, no entanto o terreno 2, está situado em uma área muito valorizada, fazendo com que o valor do terreno seja alto. E o terreno 1, já está localizado em uma área mais popular, sendo assim como a proposta é um equipamento de interesse social optou-se pelo terreno 1.
Opção - 02 AV. COSTABILE ROMANO
50
6.3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO A área escolhida está inserida no município de Ribeirão Preto – SP. Estando localizada no Jardim Ipiranga, que é um bairro antigo e já consolidado que vem se desenvolvendo. A área apresenta crescimento em vista a cidade e tem se tornado um bairro grande com densidade populacional elevada, onde comporta moradores de várias classes sociais. Nota-se uma característica popular no bairro. E também percebe-se que o bairro cresce e está em constante transformação, mas ainda falta muito em equipamentos para suprir as necessidades do bairro, principalmente voltados à cultura e lazer da população. Ao observar as características do entorno da área de implantação, nota-se que há muitas empresas e que ainda existem diversos terrenos vazios, mas com potencial elevados. A área escolhida se localiza de frente para a Via Norte, mas também compreende outras duas faces voltadas para a Av. Rio Pardo, o que gera diversas possibilidades de acesso e visibilidade.
Imagens - google street view
51
6.4 – LEVANTAMENTOS DE PARÂMETROS FÍSICOS E SOCIOCULTURAIS. A área de estudo para a implantação do projeto de uma estação de desenvolvimento em Ribeirão Preto compreende um raio de aproximadamente 600 m em torno da área de implantação, que se encontra na Av. Via Norte, próximo ao Jardim Ipiranga. A população que reside no local apresenta-se na maioria como de classe média e classe média baixa, com idade entre 10 e 35 anos – cerca de 40 % da população. As residências, em sua totalidade contam com água encanada, energia e banheiros. A coleta de lixo acontece por empresa terceirizada de serviço de limpeza, sob responsabilidade da prefeitura. Os domicílios abrigam em média de 1 a 4 moradores, sendo estes na maioria próprios. A Via Norte é importante eixo de ligação a diversas áreas da cidade, tornando-se fundamental a facilidade de acesso ao equipamento proposto, assim como gera maior possibilidade de abrangência a usuários em diversas regiões da cidade e não apenas dos bairros próximos. Área de intervenção
52
Leitura do uso do solo
Gabarito
A área apresenta características predominante-
Pode – se notar a presença marcante de edifícios
mente residenciais, sendo em sua maioria casas. Os co-
térreos, na maioria sendo casas, como já foi dito anterior-
mércios presentes encontram-se mais próximos a Av. Dom
mente, o que se pode perceber como características pre-
Pedro I, ou voltados para o Campos Elíseos; os comércios
dominante nessa parte do bairro.
existentes no interior do bairro são, pequenos bares e mer-
Os poucos edifícios que apresentam gabarito de 1 e
cados que atendem a população local. Existem alguns
2 pavimentos, são sobrados, ou alguns prédios residenciais
equipamentos institucionais , e diversas áreas vazias ou
e alguns casos percebe-se comércios um pouco maiores.
abandonadas.
Quanto ao gabarito da área, não existe restrição es-
O terreno escolhido para a implantação do novo equipamento encontra-se atualmente vazio, e não existe
pecífica, no entanto deve atender ao código de obras de Ribeirão Preto.
restrição urbanística quanto a implantação de um equipamento cultural.
LEGENDA
LEGENDA
Residencial
Térreo
Comercial
1 a 2 pavimentos
Institucional Vazio
ÁREA DE INTERVENÇÃO
53
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Vegetação
Hierarquia viária
A área analisada apresenta pouca vegetação, ten-
O trânsito do local é organizado a partir das vias ex-
do em vista que, os pontos verdes são, na maioria, árvores
pressas, que são as de maior fluxo e de maior porte, que or-
em frente residências, e muitas delas de pequeno porte.
ganizam o trânsito de outras partes da cidade ligando até
Mas scomparando com outras regiões da cidade
o terreno, e o reorganiza distribuindo pelas vias arteriais.
percebe-se que a quantidade de árvores ainda é superior
As arteriais, são vias de fluxo rápido, através delas o
a muitos locais. No entanto, ainda tendo muito a melhorar,
fluxo de veículos sai das vias expressas e se distribui pelas
principalmente com a implantação de uma área verde de
vias coletoras, que possuem fluxo médio.
lazer para a população. Pois as existentes se encontram em
E as coletoras distribuem o fluxo para o interior dos bairros para as vias locais, com fluxo lento.
situação de abandono.
LEGENDA
LEGENDA
vegetação
Expressa arterial coletora local
ÁREA DE INTERVENÇÃO
54
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Equipamentos Os equipamentos encontrados na área, em sua maioria, são educacionais e particulares. No entanto, encontram-se também equipamentos na área da saúde. Os equipamentos de maneira geral estão bem distribuídos, mas faltam equipamentos que ofereçam cultura, lazer, apoio e que tenha uma variedade maior nas atividades.
LEGENDA
ÁREA DE INTERVENÇÃO
55
Dados geoclimáticos e ambientais O clima de Ribeirão Preto é caracterizado como tropical, sendo sua média de temperatura em todos os meses do ano superior a 18° C, com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 30°C, tendo invernos secos e amenos e verões chuvosos com temperaturas altas. O trânsito da Via Norte, faz com que hajam ruídos que podem ser inoportunos a algumas atividades. Sendo assim, a fachada que estará voltada para a via, necessitará de algu,m tipo de barreira sonora.
RUÍDOS
ESTUDO MOVIMENTO SOL
56
ESTUDO DIREÇÃO DOS VENTOS
Estudo insolação De acordo com o estudo fde insolação observou-se que na fachada a 90 °, que está voltada para a Via Norte, o sol incide durante toda a manhã, o ano todo. Já na fachada que está a 180° o sol incide durante o dia todo, nos meses de outubro a março. A 270°, o sol incide na fachada durante a tarde toda , o ano todo, se fazendo necessário elementos de proteção. Ao contrário do 180°, quando a fachada for posicionada a 0,0°, o sol incidirá durante o dia todo, mas nos meses de março a setembro. Com isso pode-se definir qual fachada necessitará de tratamento e decidir por um tratamento direcionado à situação.
57
Topografia O terreno escolhido apresenta 7,00m de desnĂvel, sendo seu ponto mais baixo a Via Norte. No entanto, levando em consideração o tamanho do terreno e a proposta a ser implantada, a topografia se torna um fator positivo a der adotado como proposta de partido projetual.
Fonte: google street view
3D Topografia do terreno
58
Linhas de ônibus O acesso a área acontece de forma fácil, há diversas linhas de ônibus que ligam a área ao centro. A Via Norte facilita a ligação e o acesso, promovendo integração entre diversas áreas, além de ser via de fluxo rápido para acesso de veículos. A Av. Dom Pedro I também gera facilidade no acesso com passagem de diversas linhas de ônibus, sendo elemento favorável a integração com outros pontos da cidade
ÁREA DE INTERVENÇÃO LEGENDA Ipiranga corujão/ expresso Simioni/ Simioni/ Procópio/ Alexandre Balbo Quintino/ Via Norte/ Ipiranga/ Marincek/ Avelino Palma
Alexandre Balbo Jd. Amália Jd. Heitor Rigon
Mapa: linhas de ônibus, fonte: Transerp, 2012.
59
Diagnóstico da área de intervenção
A partir de todos os dados levantados pode-se perceber que o entendimento de algumas informações são fundamentais para a adequada implantação do projeto a ser realizado. Uma vez que informações como a posição do sol influi diretamente sobre o conforto que o usuário irá ter utilizando o equipamento, assim como o mapeamento de ruídos nos permite tomar medidas a fim de evitar que salas de aula, por exemplo, estejam voltadas para a fachada ruidosa, assim como fazer com que essa fique protegida evitando a entrada direta desses ruídos. O mapeamento das linhas de transporte urbano nos permite perceber se há facilidade de acesso ao equipamento, assim como o mapa de hierarquia viária que nos leva a entender que a Via Expressa é fundamental para a ligação da área com o restante da cidade, pois gera um transito rápido aos usuários que vem de carro, assim como permite que facilidade aos que utilizam o transporte urbano, pois ali passam muitas linhas, assim como a Av. Dom Pedro I. Perceber as características socioeconômicas da população local, assim como idade das mesmas nos faz perceber o que irá se fazer necessário implantar no programa de necessidades que atenda diretamente a essa faixa etária. Fazer o adequado entendimento dos equipamentos existentes na área também se faz importante para a percepção do que falta na área para a população, assim como fazer o mapeamento dos equipamentos culturais existentes, para não instalar o equipamento em uma área onde já existem outros que atendem bem a população.
60
7 - PROPOSTA
61
E
laborar uma Estação de desenvolvimento através de um equipamento multifuncional, que con-
siga agregar atividades em um único edifício, que apoie a população de maneira ampla, proporcionando desenvolvimento humano e inclusão social através da cultura e do assistencialismo
62
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA A proposta deverá atender ao programa de necessidades e considerar as condicionantes do físicas do local analisadas anteriormente. A estação de desenvolvimento humano tem como local de inserção um terreno que engloba a Via Norte e a Av. Rio Pardo, próximo ao Jardim Ipiranga, e tem como uma das finalidades a requalificação do entorno através da implantação do novo equipamento. Adota-se como diretriz projetual um eixo principal de circulação que estrutura a distribuição dos equipamentos internos, organizando-se entre jardins que cortam o edifício gerando área de ventilação e iluminação. Será implantada uma via marginal paralela a Via Norte, pois segundo norma específica toda construção em Via expressa precisa ter uma via marginal de acesso. Através da qual o fluxo de veículos será direcional para acesso ao equipamento. A partir da distribuição interna , o edifício se organiza em setores, formando-se através do administrativo, serviços, convívio, lazer, cultura e auditório, sendo estruturado pelo eixo de circulação que conta com a área de convívio no centro distribuindo as ativi-
escola ética
igualdade jovens
integração trabalho urbano
diversidade
saúde
estudo
educação
cultura 63
ensino
lazer
trabalho
tempo
fundamental
socialização
dades.
acessibilidade
orientação
7.1 – DIRETRIZES PROJETUAIS
Para Facilitar o acesso e deslocamento dos usuários ao equipamento houve a necessidade de se implantar uma diretriz viária que atenda as necessidades da área. De acordo com as diretrizes estabelecidas pela secretaria de planejamento de Ribeirão Preto nenhuma construção pode ser edificada de frente para uma via expressa sem que haja a implantação de uma via marginal. O projeto do equipamento se forma amparado no entendimento dos levantamentos realizados, gerando a solução das diversidades encontradas. A implantação em níveis diferentes, sendo estes ao nível da Via Norte e ao nível da Av. Rio Pardo, traz ao equipamento uma movimentação maior em sua forma e a descompactação do edifício em um único bloco fechado, permitindo assim maiores possibilidades de aberturas.
Via expressa a implantar
Via expressa implantadas
Avenida a implantar
Avenidas implantadas
Fonte: Secretaria de planejamento Ribeirão Preto, 2013.
64
Outro fator a se considerar como diretriz adotada é a topografia do terreno, onde apresenta sete metros de desnível entre o ponto mais baixo e o mais alto. Para a implantação do equipamento, adotou-se, uma cota intermediária onde foi efetuado um corte no terreno, e cada uma das partes foi aterrada ao nível da rua. Desta forma, trabalhou-se me dois planos, na qual ao acessar pela Av. Rio pardo, encontra-se o nível superior dos blocos voltados à Via Norte, ficando este a três metros e meio abaixo do nível da Av. Rio Pardo.
Deslocamento de terra implantado no terreno
65
7.2
– ESTUDOS PRELIMINARES DEFINIÇÃO DO PARTIDO
E
Programa de necessidades A definição do programa de necessidades foi baseada na análise das características da população de Ribeirão Preto, principalmente a que reside e trabalha na área de implantação do projeto, assim como no reconhecimento de que a cidade não possui muitos equipamentos com esta finalidade, levar desenvolvimento e amparo a população, garantindo educação, cultura, lazer e saúde. O programa foi dividido em sete partes, que compõem atividades administrativas, serviços/apoio, saúde, cultura /educação, convívio, esporte/lazer e auditório. Será apresentado um fluxograma geral com o intuito de esquematizar as atividades que farão parte o projeto. Posteriormente será apresentado um fluxograma detalhado com os equipamentos que gerem cada setor, assim tornando mais fácil o entendimento do mesmo. Os equipamentos atendem a todos os setores, no entanto de maneiras diversas, cada qual a fim de super da melhor forma as necessidades apresentadas e gerando a melhor funcionali-
66
Limpar
Apoiar
Distribuir
Consertar
Curar
Relacionar
Atender Elaborar Informar Gerenciar
Manter Auxiliar Orientar
Ajudar Escutar
Descansar Apreciar Comer
Jogar
Apresentar
Aprender
Nadar
Assistir
Informar Buscar Apreciar Viajar
Brincar Vestir Exercitar Dançar Alongar
AUDITÓRIO
Administrar
Educar ESPORTE/LAZER
Organizar
CULTURA/EDUCAÇÃO
Atender CONVÍVIO
Organizar
SAÚDE
Organizar SERVIÇO/APOIO
ADMINISTRATIVO
dade e distribuição dos espaços.
Descansar Dançar Beber
PROPOSTA DE QUADRO DE ÁREAS
67
Recepção
25 m²
Biblioteca
230 m²
Central de atendimento
100 m²
Sanitários
65 m²
Consultórios
1000 m²
Sala de internet livre
125m²
Lanchonete
170m²
Área de convívio
1000 m²
Sala de cursos
500 m²
Área de exposição
100 m²
Auditório
330 m³
Quadras
440m² + 280 m²
Piscinas
400 m²
Vestiários
200 m²
Setor administrativo
250 m²
Sala de ginástica e expressão corporal
350 m²
Área de funcionários
300 m²
Área verde
1200 m²
Circulação
1200 m²
Caixa de força
50 m²
Área de eventos
500 m²
Estacionamento
x?
TOTAL
8.815 M²
Fluxograma geral por setores
AUDITÓRIO
ADMINISTRA TIVO
SETOR SAÚDE
ENTRADA 1
CONVIVIO
SETOR CULTURAL
SETOR SERVIÇO
SETOR LAZER ENTRADA 02
Fluxogramas específicos
• CONVÍVIO
JARDIM
LANCHONETE /CAFÉ
SANITÁRIOS
68
AUDITÓRIO
ENTRADA 1
HALL
SANITÁRIOS
HALL
CAFÉ
FOYER
AUDITÓRIO
ENTRADA 1
• SETOR ADMINISTRATIVO ENTRADA 1
CONVIVIO FINANCEIRO SALA REUNIÃO COPA
CENTRAL ATENDIMENTO SANITÁRIOS
SANITÁRIOS DIRETORIA
• SETOR ESPORTE/LAZER QUADRA VOLEIBOL QUADRA POLIESPORTIVA
ENTRADA 02
69
VESTIÁRIO /SANITÁRIO GINÁSTICA
PISCINAS
• SETOR CULTURAL BIBLIOTECA
ENTRADA 1
INFORMÁTICA
CONVIVIO
ÁREA EXPOSIÇÕES
SANITÁRIOS ENTRADA 02
SALA DE CURSOS
SALA DE CURSOS
DEPÓSITO
• SETOR ESPORTE/LAZER SALA DE DESCANSO COPA ALMOXARIFADO VESTIÁRIO/SANIT ÁRIO MANUTENÇÃO OFICINA DE FERRAMENTAS
70
ENTRADA 02
SALA DE CURSOS
SALA DE CURSOS
SALA DE CURSOS
DEPÓSITO
7.3 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Através da análise das diretrizes projetuais foi definido um partido arquitetônico com ambientes separados por setores que se integram a partir da circulação e das áreas de convívio que são compostas por áreas verdes e circulação. Sendo esses setores cobertos por uma única cobertura, formulandose desta forma a concepção da proposta. Com área verde central, o edifício se organiza através de um eixo de circulação principal, se distribuindo entre as áreas de circulação e convívio, permitindo a otimização dos recursos naturais pela abertura sobre a área verde, deixando entrar ventilação e iluminação natural. Assim, o desenvolvimento do projeto teve início atendendo a diretriz de Via marginal Fonte: Autor
se criar uma marginal na Via Norte, permitindo assim o acesso ao local e gerando uma entrada na qual ficará localizada de frente para a via marginal a Via Norte na qual será proposta. Consequentemente iniciou-se um estudo da distribuição dos setores no terreno, levando em consideração a implantação em níveis distintos.
Fonte: Autor Fonte: Autor
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Análise do espaço A partir da análise da insolação e dos ventos foi possível definir o posicionamento dos ambientes a fim de se obter melhores resultados na climatização e utilização dos espaços. Entendendo-se adequadamente a movimentação e incidência do sol sobre as fachadas foi possível setorizar os usos para proporcionar maior conforto aos usuários. Estudou-se as ruas que circundam o terreno e foi constato que há possibilidade de acesso ao edifício através das três ruas, no entanto, através da Via Norte e da Av. Rio Pardo o acesso de veículos é melhor para o fluxo; mas o pedestre pode acessar pelos três lados. Se tornando eixos determinantes de fluxo no edifício e definidor de circulação.
POSSIBILIDADES DE ACESSO AO TERRENO
MOVIMENTO DO SOL E DOS VENTOS SOL
VEÍCULOS
VENTOS
PEDESTRES
Fonte: Arquivo Pessoal
EIXOS DE CIRCULAÇÃO Circulação Principal Circulação de apoio
Fonte: Arquivo Pessoal
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Conforme a análise das leituras projetuais realizadas no início deste trabalho, o seguinte projeto tomou como partido a integração do equipamento com a cidade, transformando mais do que o terreno, mas a área e gerando possibilidades aos usuários de sentirem amparados por uma extensão da cidade
Eixos principais de circulação e integração com
Marginal de acesso e canteiro com árvores.
áreas verdes no entorno abandonado.
Fonte: Autor. As possibilidades de acesso e circulação pelo terreno, assim como o potencial das áreas ao redor, gera a possibilidade de integração dos usuários com as áreas existentes, mas que hoje encontram-se abandonadas. Os caminhos para circulação dos pedestres se torna fundamental para garantir a melhoria das condições exFonte: Autor.
istentes e integração das áreas degradadas.
Estudo de circulação interna.
Definição de ocupação e áreas verdes Fonte: Autor
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Estudo de distribuição dos setores
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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O desenvolvimento do projeto começou considerando as necessidades e os equipamentos a serem implantados, assim ficou definido que os equipamentos seriam separados por setores e estes implantados individualmente. Unindo-os por áreas de convívio e áreas verdes.
Distribuição dos setores no terreno
Cultural - Biblioteca - Sala
de
informática - Sala Auditório - Auditório - Foyer - Mezanino
de
exposições - Sala
de
cursos - Sanitários
acesso café Administração Ginásio esportes - Quadra poliesportiva - Quadra vôlei - Acesso terraço - Café/bar terraço
e Serviços - Financeiro - Diretoria - Sala
de
reuniões - Almoxarifado - Copa - Sanitários - Vestiário
Academia/ apoio
funcionários Piscinas
- Academia
- Semiolímpica
- Sanitários
- Hidroginástica
- Acesso mezanino
- Lazer adulto e infantil
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Cobertura Foi verificado a necessidade de definir a cobertura, de forma a identificar as áreas de circulação e convívio cobertas. Para a cobertura, foi escolhido treliças metálicas cobertas por telhas metálicas, sendo esse sistema mais leve e rápido do que o concreto. Também foi definido uma cobertura modular, formada por módulos de 12 x 12 metros, com um pilar central, por onde desce um tubo para escoamento de agua da chuva. Verificou-se a necessidade de tornar o equipamento mais sustentável, dessa forma foi instalada sobre a cobertura placas fotovoltaicas, a fim de gerar energia. Para a colocação correta das placas foi feito uma estimativa do consumo de energia/dia, assim chegou a um total de 192 placas de 2,4 m²; obtendo – se um total de138.00 w.
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Estrutura Para a cobertura do conjunto de edificações, foi escolhida uma cobertura espacial, sendo esta uma cobertura independente de cada edificação. O sistema de estrutura espacial é geralmente usado em coberturas planas de grandes vãos, sendo os esforços vencidos em duas direções. Considerando-se que a estrutura espacial vence os vãos em duas direções a forma quadrada é a mais indicada. As barras deste tipo de estrutura são fixadas por parafusos no nível do terreno da obra.
Esquema de estrutura espacial
Esquema de estrutura espacial
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Detalhe da treliça da cobertura
Detalhe da fixação da treliça
Sem escala
Sem escala
CIRCULAÇÃO A circulação horizontal do edifício distribui-se para proporcionar facilidade de deslocamento dos usuários por todos os blocos. Levando através de caminhos os usuários até o interior de cada setor. Também estão distribuídos por diversos pontos do edifício elementos de circulação vertical, sendo elevadores e escadas, garantindo acessibilidades a todos os usuários. Percebe-se também a existência de elementos de vegetação, que ajudam a isolar dos ruídos causados pelas avenidas. As áreas verdes ajudam na condição climática, protegendo do sol. O desnível formado em relação ao nível do terreno e da rua foi vencido com taludes formando áreas verdes.
EDUCAÇÃO CULTURA
TECNICA CULTURA SERVIÇO
ESPORTE
Estudo de zoneamento Sem escala
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ESPORTE
LAZER
arquitetura para a cidade e que se integre assim a ela. Tendo como objetivo criar um edifício contemporâneo usando materiais atuais, mas sem criar uma nova tecnologia. Para a viabilidade da proposta foram utilizadas estruturas metálicas na para cobertura e para o edifício. Nas fachadas onde foi possível foram escolhidas venezianas de alumínio e vidro, permitindo a entrada de luz e a ventilação adequada. Sua forma foi definida através das leituras e estudos dos projetos de referencias
trabalho urbano
integração
cultura
escola
educação
igualdade jovens
da cidade.
ética
ensino
varo Siza, tendo como objetivo tornar uma arquitetura para o lugar, uma
e da concepção de um conceito de integração e continuação do espaço
lazer
tempo
estudo
saúde
socialização
fundamental
orientação
A proposta foi elaborada tendo como referencia os conceitos de Al-
diversidade
trabalho 79
10
acessibilidade
7.4 - MEMORIAL DESCRITIVO E EXPLICATIVO
Detalhe venezianas fachadas Fonte: Autor
A circulação se estrutura através de caminhos e passarelas que levam o usuário aos diversos setores. Sendo esses setores formados pelo desmembramento do edifício em blocos que atendam a áreas específicas. A cobertura do edifício foi concebida para ser um elemento independente, assim não está associada as edificações e permanece com a estrutura aparente. Entre os blocos foram criados caminhos, onde as áreas se dividem em pavimentadas e jardins. Painéis articulados acústicos Fonte: www.diviflex.com.br/duralife Acesso em 22/09/2013
Para que fosse implantado o projeto, houve a necessidade de fazer um deslocamento de terra, permitindo vencer a inclinação do terreno através de uma implantação em níveis distintos. Nos blocos de cultura e educação foi necessário a utilização de placas acústicas, garantindo que o som de um não interfira no outro e também o som externo. Interiormente às salas de cursos receberam divisórias articuladas acústicas, permitindo o isolamento entre elas e a flexibilidade de abrir as divisórias e formar um espaço único. Para garantir que o edifício se torne mais sustentável foram instalados sobre a cobertura placas fotovoltaicas a fim de gerar energia.
Placas fotovoltaicas Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/placasfotovoltaicas/ Acesso em 22/09/2013
Para tal, foi estimado o consumo de energia/dia para que fosse estipulado o número de placas necessárias, e chegou-se a um número de 192 placas de 2,4 m² para gerar 138.000 w. Foram distribuídas no equipamento lixeiras seletivas para selecionar o lixo e facilitar na reciclagem.
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8 - PROJETO
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Perspectivas Entrada
do
equipamento
atravĂŠs da Via Norte, com acesso aos blocos de esporte e lazer.
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Perspectivas Circulação piso térreo, entre os blocos de cultura e acesso ao piso
superior
educação.
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–
bloco
de
Perspectivas Vista das piscinas, através da Via Norte. Sendo possível observar piscina de lazer adulto e infantil, e sob a cobertura piscinas de hidroginástica e semiolímpica.
105
Perspectivas Vista
da
Av.
Rio
Pardo,
acesso e blocos de cultura e audit贸rio.
106
Perspectivas Vista
da
Av.
Rio
Pardo,
acesso ao auditório e ao café no terraço.
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diversidade
10
população como método de garantir a todos as mesmas oportunidades. Baseando-se na realidade do município de Ribeirão Preto, junto à análise dos estudos relacionados ao tema, desenvolveu-se um programa de necessidades, buscando tirar partido do terreno, setorizando a edificação de melhor maneira possível, junto aos acessos e os diferentes níveis. O projeto do edifício para a cidade é importante para a difusão da arte e da
cidadãos.
igualdade jovens
Os objetivos do trabalho foram atingidos, tendo a proposta como fator de de-
amplo e integrador, com blocos distintos por atividades e áreas verdes que se comunicam com os blocos. Os materiais adotados foram escolhidos com a finalidade de garantir maior
trabalho urbano
integração
senvolvimento e inclusão, onde conseguiu-se através do partido formar um projeto
cultura
escola
educação
ensino
urbano social para a cidade de Ribeirão Preto, visando proporcionar a inclusão da
a educação, proporciona integração entre a cidade e o equipamento e atrai os
ética
trabalho 108
O propósito deste trabalho foi de apresentar a proposta de um equipamento
cultura, assim como proporcionar amparo a sociedade. Valoriza a área, incentiva
lazer
tempo
estudo
saúde
socialização
fundamental
orientação
acessibilidade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
conforto térmico, permitindo o uso de iluminação e ventilação naturais, além de permitir o uso de energia solar e incentivar a coleta seletva de lixo. Devido ao progresso do projeto deste trabalho, fica a proposta de expandir o projeto para outras cidades, criando uma rede de equipamentos que possam suprir as carências da população, permitindo o desenvolvimento de uma maior parcela da população.
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