AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO

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FACULDADE DE ARQUITETURA URBANISMO E DESIGN DISCIPLINA DE ATELIÊ DE PROJETO INTEGRADO 5

ANÁLISE DE PROJETO & AVALIAÇÃO PÓS- OCUPAÇÃO CONDOMÍNIO PALMEIRA REAL TALLES ÁVILA TALITA ARAÚJO TAMARA PORFÍRIO THAÍS MARA


DADOS GERAIS O Condomínio Cidade Verde consiste em um grupo de 8 residenciais localizado no setor oeste da cidade de Uberlândia, executado pela Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, em parceira com a Caixa Econômica Federal e construtoras responsáveis pelas obras. Todo o empreendimento possui 2288 apartamentos de 2 e 3 quartos, com churrasqueira, quadra de esportes, playground, estacionamento e portaria 24h, numa área de 440mil m². As famílias contempladas possuem renda de 3 a 6 salários mínimos e foram selecionadas após passarem por um processo de cadastro e avaliação junto às instituições envolvidas.


O Cidade Verde é formado pelos condomínios fechados: Aroeira (480 UHs); Buriti (256 UHs); Córrego do Óleo (1600 UHs); Embaúba (400 UHs); Gravatá (288 UHs); Mangabeira (432 UHs); Palmeira Real (256 UHs); Quaresmeira (352 UHs). Fonte: Google Earth. Organização: SILVA, T. M. M.


O Condomínio Palmeira Real foi o escolhido como objeto de estudo. Este possui 256 unidades habitacionais, que são dispostas em 16 edificações unidas 2 a 2.

Fonte: Google Earth. Organização: SILVA, T. M. M.


1) SERVIÇOS 1.1 TRANSPORTE PÚBLICO O transporte público é realizado por meio de transporte coletivo de ônibus. O Palmeira Real fica além do Terminal Planalto, por isso conta com apenas duas linhas diretas para o centro da cidade e demais linhas interbairros ou linhas alimentadoras que vão até o Terminal Planalto.

Esquema do SIT - Sistema Integrado de Transporte

Por estar distante do centro e além do T. Planalto, as viagens a partir do Palmeira Real dependem de uma única linha direta ou outros trajetos com, pelo menos, uma baldiação. Foto do Terminal Planalto - principal meio de acesso ao centro da cidade


1) SERVIÇOS LINHAS PARA O CENTRO (Av. Rio Mississipi) ● ●

T105 - T. CENTRAL - LUIZOTE/MANSOUR C602 - T.CENTAL - GUARANI - TOCANTINS - LUIZOTE

LINHAS PARA O TERMINAL PLANALTO (Av. Rio Mississipi) ● A402 - T. PLANALTO - JARDIM CÉLIA ● A403 - T. PLANALTO - JARDIM EUROPA ● A434 - T. PLANALTO - TANGARÁ ● A435 - T. PLANALTO - DOURADINHO ● C606 - T. PLANALTO - MANSOUR - LUIZOTE LINHA PARA O TERMINAL PLANALTO (Av. José Fonseca e Silva) ● A433 - T. PLANALTO - MORADA NOVA


1) SERVIÇOS 1.2 ESCOLAS Ao redor do Condomínio Palmeira Real há uma estrutura educacional relativamente grande, porém não muito próxima. As distâncias superam os 500m e podem chegar a 1,5 Km, o que é incômodo para deslocamentos a pé. Há duas escolas municipais de ensino Fundamental: ● Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio ● Escola Municipal Professora Iracy Junqueira Há uma escola estadual de ensino Médio: ● Escola Estadual Teotôniio Vilella


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1 - Condomínio Palmeira Real 2 - Terminal Planalto 3 - Escola Municipal Professora Cecy Cardoso Porfírio 4 - Escola Municipal Professora Iracy Junqueira 5 - Escola Estadual Teotôniio Vilella


1) SERVIÇOS 1.3 SAÚDE O Sistema Público de Saúde SUS prevê três esferas de atendimento: UPAs - Unidades de Pronto Atendimento UAIs - Unidade de Atendimento Integrado Hospital Municipal HC - Hospital de Clínicas da UFU Nas imediações do Cidade Verde não há UPAs, porém há duas unidades UAIs: ● UAI Luizote ● UAI Planalto

UAI Planalto - Foto: Divulgação


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3 1 - CondomĂ­nio Palmeira Real 2 - UAI Luizote 3 - UAI Planalto


1) SERVIÇOS 1.4 COMÉRCIO E SERVIÇOS A principal área de comércio e serviços fica na Avenida Mississipi e engloba tipos diferentes de lojas, farmácias, restaurantes, bares, supermercado e outros. Recentemente foi construído um conjunto de edifícios destinados à atividade comercial, também na Mississipi, voltados para atender ao público dos condomínios do Cidade Verde. Esses comércios são acessíveis a pé, a menos de 500 metros de distância.


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2 3 2 1 - Condomínio Palmeira Real 2 - Área de comércio e serviços tradicionais 3 - Complexo de comércio e serviços recém executado


1) SERVIÇOS - AVALIAÇÃO DO ENTORNO


1) SERVIÇOS - AVALIAÇÃO DO ENTORNO


1) SERVIÇOS - AVALIAÇÃO DO ENTORNO Analisando sistematicamente o entorno e também os questionários respondidos percebemos que não há tanta divergência como em outros pontos, como as avaliações de condomínio e da unidade habitacional. Sobre os espaços e serviços disponíveis nas imediações do Palmeira Real os níveis de satisfação são médios para ruins porque não houve um projeto adequado de atendimento às necessidades posteriores à ocupação dos imóveis. Nota-se isso principalmente pelo sistema setorizado em que as implantações “morar” e “serviços” foram submetidas, gerando uma dualidade de uso que acaba isolando os moradores dos equipamentos urbanos e dos serviços prestados pelo comércio. Não há, em momento algum, espaço transitório entre o público e o privado, entre o setor residencial e o setor comercial, gerando barreiras físicas e afetivas com relação ao espaço.


1) SERVIÇOS - AVALIAÇÃO DO ENTORNO Tomando em pontos específicos reforça-se a ideia do problema projetual visto que os moradores apontam que a QUANTIDADE de serviços é suficiente, mas a QUALIDADE é média ou ruim. Entende-se também que o novo sistema bipartido morar/servir não era vivido anteriormente, já que a maioria dos questionários aponta o último bairro como “agradável”. De acordo com as entrevistas percebe-se que a QUALIDADE ao qual eles se referem é, na verdade, a facilidade de acesso. As áreas verdes parecem agradar. De fato elas existem e são relativamente grandes, mas estão totalmente descontextualizadas dos moradores. O acesso por ônibus foi apontado como médio provavelmente pela deficiência de linhas diretas até o centro da cidade. Os serviços de saúde e educação ficaram como médios.


2) RESTRIÇÕES NORMATIVAS A cidade de Uberlândia, desde as novas diretrizes de 2001 do Ministério das Cidades, atualizou suas normas para adequar-se ao novo modelo adotado pelo Governo Federal para cidades de médio porte. Assim o Plano diretor de Uberlândia é a LEI COMPLEMENTAR Nº 432 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Esta lei estabelece princípios e diretrizes básicas revogando a LEI COMPLEMENTAR Nº 078 DE 27 DE ABRIL DE 1994. Entre as novas atribuições do plano diretor podemos destacar de maneira sucinta: ● ● ● ● ● ●

Regulamentação básica; Desenvolvimento urbano e ambiental; Orçamento anual para as questões urbanísticas; Estabelecer as premissas de uso social do solo urbano; Sustentabilidade; Modelo de participação popular.


2) RESTRIÇÕES NORMATIVAS O ordenamento do Plano Diretor inclui ainda a necessidade de leis e portarias regulamentadoras complementares como: ●

Lei de Parcelamento e Zoneamento do Uso e Ocupação;

Lei do Sistema Viário;

Código de Obras;

Código de Posturas;

Código Tributário;

Lei do Meio Ambiente;

Código de Saúde.


2.1 MACROZONEAMENTO O macrozoneamento foi uma nova necessidade a partir de 2001 para um planejamento integrado da área urbana e rural para o desenvolvimento da região como um todo. Ela leva em consideração áreas de preservação permanente, estradas, rodovias, disponibilidade de recursos naturais, topografia, tipos de solo e outros. Para melhor compreensão e administração pública o Município foi macrozoneado, de acordo com o mapa e legenda:


2.1 MACROZONEAMENTO O Condomínio Palmeira Real está inserido na MEU – Macrozona de Expansão Urbana, além do Rio Uberabinha no sentido Oeste e além da BR-465 no sentido Sul. Isso implica em nova área urbana a ser consolidada e com diretrizes específicas.


2.2 ZONEAMENTO DO LOTE O Condomínio Palmeira Real está localizado na esquina da Rua Ismael de Carvalho Espíndola e a Rua Lúcia Fonseca Attiê e faz parte do complexo Cidade Verde.


2.2 ZONEAMENTO DO LOTE Com relação ao Zoneamento em uma escala maior, percebemos que o Cidade Verde está entre os bairros Mansour, Chácaras Tubalina e a área residencial do Jardim Europa, ambos de zoneamento ZR2 (Zoneamento Residencial 2):


2.2 ZONEAMENTO DO LOTE Já o Condomínio Cidade Verde está na ZEIS 1, de acordo com o mapa de 2014 da Secretaria de Planejamento Urbano de Uberlândia: As principais características da ZEIS 1 são próximas das ZR2 (Zona Residencial 2), diferenciando-se por se tratar de área de interesse social e loteada de acordo com programas públicos de moradia de interesse social.


3) ACESSOS/CIRCULAÇÕES O acesso principal do condomínio é por uma única portaria, com uma entrada separada para pedestres e outra entrada para veículos. E conta com vigilância 24 horas. Só é permitido a entrada de pessoas com autorização. Segundo os moradores, pelo fato de haver porteiro durante o dia todo, eles se sentem protegidos em relação a rua. Acesso aos blocos Áreas verdes Blocos de apartamentos Circulação horizontal Espaço de uso coletivo Estacionamento Foto: MORAES,L.D, 2016


A circulação vertical se dá somente através das escadas ligando um bloco ao outro. Não há acessibilidade, pelo fato de não ter elevadores nem rampas para acessar os apartamentos. Uma pessoa com restrição física só consegue entrar nos apartamentos do pavimento térreo. Porém as dimensões das portas e dos cômodos da moradia, impossibilitam o movimento de uma pessoa com cadeira de rodas.

Foto: ARAÚJO,T.P, 2016

Foto: ARAÚJO,T.P, 2016


Rampas de acesso a área de lazer

Foto: MORAES,L.D, 2016

Foto: PORFÍRIO, T.S., 2016

● Foto: ALVES,S, 2016

Rampas de acesso aos blocos


4) INSERÇÃO NA QUADRA O condomínio Palmeira Real, está inserido no conjunto habitacional Cidade Verde e ocupa um terço da quadra no qual foi construído. Nesta mesma quadra há mais dois condomínios de interesse social. Os condomínios são divididos por uma cerca metálica como mostra na figura a seguir:

Foto: PORFÍRIO, T.S., 2016


Relação entre os blocos: No condomínio há 16 blocos de apartamentos sendo 2 blocos por prédio, num total de 8 prédios. Estão dispostos bem próximos um do outro.


A proximidade dos blocos, permite visão do interior de um apartamento ao outro, esse fato a tira privacidade dos moradores em relação aos vizinhos. E em alguns apartamentos vimos o uso de cortinas para resolver esse problema.

Foto: PORFÍRIO, T.S., 2016

Foto: ALVES,S, 2016


Áreas verdes:

No terreno ocupado pelo condomínio, podemos observar que as áreas permeáveis estão bem distribuídas entre os blocos e nos espaços de uso comum. Há bastante grama nestes espaços e estão bem cuidados segundo os moradores. Porém não tem muitas plantas de porte alto. A presença de árvores poderia contribuir com o conforto térmico do condomínio e gerar sombra nas áreas livres. Entre os prédios, próximo ao acesso as escadas há um pequeno jardim.

Foto: PORFÍRIO, T.S., 2016

Foto: PORFÍRIO, T.S., 2016


Estacionamentos

Nas laterais de cada prédio há um espaço reservado para estacionamento. É uma vaga de carro para cada apartamento.A colocação de toldos nas vagas é por conta do morador, mas deve seguir um padrão construtivo. Alguns moradores questionam o número de vagas pelo fato de quando há um visitante ele tem que deixar o veículo do lado de fora do condomínio.

Fotos: SILVA, T. M. M., 2016

Foto: ALVES,S, 2016

Foto: ALVES,S, 2016


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Estacionamentos no interior do condomĂ­nio


Relação com o exterior do condomínio

Fotos: MORAES,L.D, 2016


Espaços de uso coletivo:

O condomínio Palmeira Real, além dos blocos de apartamentos, há espaços projetados para uso comum dos moradores como: quadra de esportes, área coberta para confraternizações com pia e churrasqueira, parque de diversão , área para prática de exercícios físicos e espaços verdes livre.

Foto: MORAES,L.D, 2016

Espaço para festas

Foto: MORAES,L.D, 2016


Quadra de esportes.

Foto: MORAES,.D, 2016

Foto: MORAES,L.D, 2016

Foto: CARDOSO, M. K., 2016

Espaço livre próximo a quadra.


Foto: MORAES,L.D, 2016

Equipamentos para prática de exercícios físicos

Foto: MORAES,L.D, 2016

Parque de diversão para crianças


Espaços de convivência

Foto: CARDOSO, M. K., 2016

Foto: CARDOSO, M. K., 2016


5) DENSIDADES O condomínio é composto por 16 blocos com 16 unidades em cada bloco, no total são 256 apartamentos em uma área aproximada de 19152 m². Cada bloco tem 4 andares a partir do pavimento térreo. Considerando em média 3 habitantes por apartamento, teremos um total de 768 habitantes. Para obter o número de habitantes por área usamos o seguinte cálculo: n° de habit./área do terreno = 768:19152= 0,04 habt/m² Calculando número de unidades por área: n° de unid./área do terreno = 256:19152= 0,013 unid/m²


6)ESTRUTURA

O sistema estrutural que normalmente se emprega nos edifícios de condomínios do programa MCMV (Minha Casa Minha Vida) é o de Alvenaria Estrutural e Blocos de Concreto. Segundo Júlio César Sabadini de Souza, pesquisador II do Instituto de Fonte: http://www. construfacilrj.com Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) - avaliação de desempenho de sistemas construtivos: “No caso do sistema de paredes de concreto, pode-se obter paredes estruturais já com as instalações embutidas, e que permitem a aplicação dos acabamentos diretamente sobre as paredes, sem necessidade de revestimento. Então está se reduzindo etapas de execução e obtendo-se ganhos de produtividade no processo.” Além de que quanto maior a quantidade de Fonte: http://www.ufrgs.br unidades com a mesma tecnologia, menor se tornam os custos com as fôrmas pois seus gastos diluem-se. Segundo o mesmo pesquisador, esse grande volume (de unidades habitacionais) utilizando as mesmas fôrmas geram menos resíduos do que se utilizando outras tecnologias, ganhando – se um beneficio ambiental, inclusive.

Fonte: http://usimak. blogspot.com


Quanto aos pontos negativos tem- se que, basicamente, eles se resumem na maleabilidade arquitetônica que possibilitaria ou não a alteração do uso do apartamento. Temos que a planta de uma unidade se resume em: Sala, cozinha, banheiro, quartos. Nesta planta com layout vemos que as possibilidades de mudanças se encontram apenas nos quartos. Porém esta ocorrência só se dá numa família pequena, o que não qualifica e abrange as demais. Por isso , há a uma limitação na adaptação da arquitetura após a construção, e a impossibilidade de alteração no layout arquitetônico muitas vezes impossibilita vendas e pode ser, inclusive, um risco durante a vida útil da edificação.

Segundo FIGUEIRÓ,W.O Racionalização do Processo Construtivo de Edifícios em Alvenaria Estrutural. Há, além disto: a) Interferência entre projetos (Arquitetônico, Hidráulico e de Estruturas); b) Utilização de mão-de-obra qualificada ( aumentando o gasto com pessoal qualificado).


PONTOS NEGATIVOS - Adaptação arquitetônica limitada;

- Interferência entre projetos: Arquitetônico, estrutural e hidráulico;

PONTOS POSITIVOS + Instalações elétricas e hidráulicas embutidas; + Acabamento direto na parede (sem a necessidade de revestimento); + Redução do tempo de execução (obra);

- Mão–de–obra qualificada (custo maior);

+ Menor gasto com materiais e fôrmas (quando executado em larga escala);

- Impossibilidade de maleabilidade do layout (complicador de vendas e vida útil)

+ Menor geração de resíduos (comparado com sistemas tradicionais de construção).


7) INVÓLUCRO EXTERIOR ABERTURAS E VEDAÇÕES

As aberturas dos apartamentos conferem ritmo ao edifício e ao condomínio como um todo:

Fonte: ARAÚJO, T.P

Fonte: ARAÚJO, T.P

Fonte: ARAÚJO, T.P


O sistema de abertura é composto de janelas com 1 pano de vidro transparente e esquadrias em alumínio, a ausência de elementos de proteção solar prejudicam o conforto interno dos apartamentos; Nas portas, as esquadrias permanecem de alumínio e o fechamento se dá com vidros foscos.

Fonte: DALVI, L. Fonte: DALVI, L.

Segundo os moradores entrevistados, as paredes sofrem com patologias. As infiltrações estão presentes em muitas vedações. COBERTURAS Os edifícios possuem telhados de 4 águas em telhas de concreto

GRADES: As grades são elementos presentes na composição das janelas dos apartamentos térreos por questões de segurança e privacidade. Fonte: ARAÚJO, T.P

Fonte: ARAÚJO, T.P

Fonte: ARAÚJO, T.P


8) TIPOLOGIAS Ao todo são 256 apartamentos divididos em: 16 blocos 4 apartamentos por andar e 4 andares por bloco. Cada apartamento possui uma área de 37m² sendo divididos em 4 áreas: Privado, Serviço, Intimo e Social. A tipologia dos apartamentos é determinada de acordo com sua orientação, seguem uma forma rígida e espelhada com o acesso dado pela área central das escadas. A rigidez da forma e da técnica construtiva não permite flexibilidade dos ambientes, ocorrendo assim, sobreposição de funções em alguns cômodos. Em alguns casos, apartamentos são utilizados como comércios informais de porte pequeno como por exemplo: costureiras, manicures, etc...

Fonte: Site da Prefeitura de Uberlândia


SOBREPOSIÇÃO DE FUNÇÕES

Fonte: DALVI, L.

Fonte: DALVI, L.

Fonte: SILVA, T. M. M.

Fonte: DALVI, L.




(analisar: dificuldade e facilidade para mobiliar e tamanhos adequado e insuficiente - os anteriores eu fiz)



9) FLEXIBILIDADE

POSSÍVEL

EXISTENTE

O tamanho reduzido da cozinha é frequente alvo das reclamações. Como no projeto a separação entre sala e cozinha é feito por uma pequena bancada, há a possibilidade de aumentar o tamanho desta movendo a bancada. Além disso, como os espaços de estocagem são limitados, a bancada seria substituída por um armário de mesma altura. Há ainda opção de usar a parte superior como mesa n parte da sala.


10) CONFORTO AMBIENTAL Quanto à orientação solar, as fachadas à leste - indicadas em amarelo - são as que recebem a insolação matinal necessária para higienizar os cômodos. As fachadas à oeste - indicadas em vermelho são as que recebem a insolação mais intensa do dia, meio e fim da tarde. Porém, a maioria dos moradores considerou os quartos quentes, independente da localização destes no bloco.


FACHADA

SOLSTÍCIO DE VERÃO

EQUINÓCIO

SOLSTÍCIO DE INVERNO

NORTE

-

12h - 18h

6h15min - 17h30min

SUL

6h15min - 18h30min

6h - 11h30min

-

LESTE

5h30min - 12h

6h - 12h

6h30min - 12h30min

OESTE

12h - 18h30min

12h - 18h

12h30min - 17h30min


A partir das análises e gráfico, pudemos notar que todos os cômodos da casa foram considerados bem iluminados - também devido a iluminação difusa -, contudo, quanto à temperatura, temos divergências que podem ser justificadas pela localização do apartamento no bloco e sua consequente exposição ao sol.


Para amenizar o desconforto pelo excesso de luminosidade - e ainda melhorar a privacidade, a instalação de cortinas em janelas foi unanimidade entre os entrevistados. Em outros apartamentos há improvisações com: insulfilmes, jornais e até mesmo papéis alumínio colados nos vidros, como ilustra a foto ao lado.

Foto: SILVA, T. M. M. S., 2016


Quanto à acústica, quanto mais espessas as vedações, melhor o isolamento ao som. A alvenaria pode ser ótima para isto, porém, o que percebemos foi que sua maneira de execução não trouxe tal resultado. Segundo a avaliação feita com os moradores, alguns cômodos foram considerados tanto barulhentos quanto silenciosos, o que demonstra que a qualificação deste depende da atividade que está sendo desenvolvida no apartamento e que tanto as vedações quanto as esquadrias não ajudam a amenizar os ruídos. Através da planta, pudemos notar que não há nenhum tipo de tratamento acústico ou térmico, visto que todas as paredes possuem a mesma espessura, o oposto de um projeto ambientalmente confortável.


Quanto à ventilação, os apartamentos foram considerados bem ventilados, algumas vezes excessivamente. Apenas os quartos opostos ao vento predominante foram desqualificados neste quesito. A ventilação nos blocos que estão à oeste, apesar do efeito de barreira causado pelos blocos conjugados à leste, ocorrem por canalização.


11) IMPACTO AMBIENTAL Quanto à estratégias de sustentabilidade, o Condomínio Palmeira Real possui peças sanitárias com caixas de descarga, o que diminui a vazão e o desperdício. Um estudo solar na fase de projeto teria resultado em uma edificação mais confortável e com alta eficiência energética, aliada à ventilação natural para minimizar os custos com ventiladores e ar-condicionados. Outras estratégias que poderia ter sido adotadas seriam: ● captação, reserva e reaproveitamento das águas de chuva para rega dos jardins e limpeza das áreas coletivas ● implantação de aquecimento solar para água de banho ● utilização de vegetação como opção de massa térmica de resfriamento para evitar os gastos elétricos

Foto: CARDOSO, M. K., 2016


Referências “Habitação entrega mais apartamentos do Condomínio Cidade Verde”. Acesso em: 25 mar 2016. Disponível em: <http://www.uberlandia.mg.gov. br/2014/noticia/5546/habitacao_entrega_mais_apartamentos_do_condominio_cidade_verde.html> “Até 80% do consumo de água nas casas vem da descarga”. Acesso em 26 mar 2016. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/ate-70-do-consumo-de-agua-em-edificioscomerciais-vem-das-descargas/> “Uso racional da água em edificações”, Ricardo Franci Gonçalves (coord.). Acesso em: 26 mar 2016. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/27105793/Uso-racional-da-agua-nasedificacoes> “Sustentabilidade e processos de projetos de edificações”. Acesso em 26 mar 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/viewFile/50953/55034>


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