Planejamento e Estudo Preliminar - Habitação Vertical

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HABITAÇÃO SOCIAL VERTICAL ESTUDO PRELIMINAR E PLANEJAMENTO

TALITA ARAÚJO -11411ARQ008 TAMARA PORFÍRIO 11411ARQ030


NORMAS

acessibilidade

Vistas frontais e superiores mostrando as referências de deslocamento de pessoas com cadeiras de rodas. O mínimo exigido pela norma ABNT NBR 9050 é: > 90 cm de largura para passagem de uma cadeira; > 1,20m a 1,50m para passagens de uma cadeira de rodas e uma pessoa em pé e > 1,50m a 1,80m para passagens de 2 cadeiras de rodas.

A largura mínima necessária para a transposição de obstáculo isolado com extensão de, no máximo, 0,40 m deve ser de 0,80 m. Quando o obstáculo isolado tiver uma extensão acima de 0,40 m, a largura mínima deve ser de 0,90 m.

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, são: a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m; b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m; c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.

As condições de manobras das cadeiras de rodas, devem seguir as seguintes especificações:

As informações essenciais aos espaços nas edificações, no mobiliário e nos equipamentos urbanos devem ser utilizadas de forma visual, sonora ou tátil, de acordo com o princípio dos dois sentidos, e conforme Tabela 1.


acessibilidade A sinalização tátil e visual de alerta no piso deve ser utilizada para: a) informar à pessoa com deficiência visual sobre a existência dedesníveis ou situações de risco permanente, como objetos suspensos não detectáveis pela bengala longa;

A sinalização tátil e visual direcional no piso deve ser instalada no sentido do deslocamento das pessoas, quando da ausência ou descontinuidade de linha-guia identificável, em ambientes internos ou externos, para indicar caminhos preferenciais de circulação.

b) orientar o posicionamento adequado da pessoa com deficiência visual para o uso de equipamentos,como elevadores, equipamentos de autoatendimento ou serviços;

O contraste tátil e o contraste visual da sinalização direcional consistem em relevos lineares, regularmente dispostos, conforme Tabela 5

c) informar as mudanças de direção ou opções de percursos; d) indicar o início e o término de degraus, escadas e rampas; e) indicar rampas;

a

existência

de

patamares

nas

escadas

e

f) indicar as travessias de pedestres.

piso tátil direcional

piso tátil de alerta


municipais e bombeiros ELEVADORES É obrigatório abastecer a edificação residencial multifamiliar com elevadores, quando o piso do último pavimento tiver a altura de 9m do piso do andar mais baixo e a caixa de elevadores não é contabilizada no cálculo da taxa de ocupação. ÁREAS MÍNIMAS I – salas: 7,00m² (sete metros quadrados) de área e 2,00m (dois metros) de dimensão mínima; II – dormitórios: 7,00m² (sete metros quadrados) de área e 2,00m (dois metros) de dimensão mínima; a) quando houver mais de um dormitório, os demais poderão ter área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados); III – cozinhas: 5,00m² de área com 1,80m de dimensão mínima; IV – banheiro com vaso sanitário, chuveiro e lavatório em um único compartimento com área mínima de 1,80m², com dimensão mínima de 1,00m ou área de 1,20m², com o mínimo de 1,00m, quando o lavatório for externo ou quando houver mais de um banheiro; V – espaço destinado à lavagem de roupa e serviços de limpeza com área mínima de 1,50m².

- Em edificações com mais de 7 pavimentos, prever: > reservatório de água exclusivo para uso em caso de incêndio; > escada de incêndio externa anexada a edificação; > locar e indicar hidrantes e extintores em um raio de 10 metros.

- Indicar em planta: > Localização das placas de sinalização, estando posicionadas a 1,80 metros do chão e distantes uma das outras em uma distância de, no máximo, 15 metros.


INSOLAÇÃO, VENTILAÇÃO E ACÚSTICA O terreno localiza-se entre as avenidas Floriano Peixoto e Cesário Alvim e entre as Ruas Natal e Belém, o bairro, Nossa Senhora Aparecida. Existe um grande fluxo de carros entre as avenidas Floriano e Cesário. Os edifícios desta localização devem trabalhar com soluções acústicas como barreiras, revestimentos internos e pisos de materiais absorventes, quando for possível, paredes duplas. Entre os apartamentos, deve-se utilizar elementos de soluções acusticas para a boa privacidade entre casas.

Ruas com fluxo menor de carros.

Avenidas geradoras de grande barulho

FACHADA NORDESTE: Fachada que recebe insolação durante a manhã o ano inteiro e durante a tarde em alguns meses do ano. FACHADA SUDESTE: Fachada que recebe insolação durante a manhã o ano inteiro e parte do sol da tarde. FACHADA SUDOESTE: Fachada que recebe insolação durante a tarde o ano inteiro. FACHADA NOROESTE: Fachada que recebe insolação durante a tarde no ano inteiro.

Durante os meses de março à novembro, os ventos predominantes da cidade de uberlândia são no sentido Nordeste. Durante os meses de dezembro a merço, temos a predominância do sentido Noroeste. As aberturas das unidades devem cumprir o sentido da ventilação predominante do mnicípio (Nordeste - Noroeste) para garantir aos usuários, maior conforto térmico e salutífero.


TERRENO MEDIDAS DE OCUPAÇÃO MÍNIMAS E MÁXIMAS PELAS NORMAS RESTRITIVAS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA PARA HABITAÇÃO SOCIAL: Taxa de ocupação máxima: 40% e 60% para pavimento térreo Coeficiente de aproveitamento máximo: 3,5¢ Afastamento frontal mínimo: 3.0m Afastamento lateral e fundo mínimo mínimos: 1,5m

ESTUDO DE OCUPAÇÃO MÁXIMA DO TERRENO: Área aproximsada do terreno: 3,600 m² Área aproximada a ser construída (tx. ocup.): 1,150,13 m² Área não construída: 2.450 m²


ACESSOS E LOCALIZAÇÃO O terreno escolhido para implantação do conjunto habitacional está localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida na região Central de Uberlândia. O bairro é misto com edificações residênciais e comerciais, e predominantemente residêncial. Está localizado no cruzamento da Avenida Cesário Alvim com a rua Natal e Belém. Tem proximidade com importantes áreas da cidade como a região Central, a Universidade Federal de Uberlândia, o Parque do Sabiá, e conta com acesso de transporte público. Com a implantação de um conjunto habitacional de interesse social, haverá uma mudança significativa visual e funcional no bairro. A população, na localidade, receberá aproximadamente 180 moradores. E para um bairro bem estruturado é necessário alguns equipamentos públicos como hospital, escola, espaços destinados a atividades culturais, meio de transporte coletivo de fácil acesso. O bairro Nossa Senhora Aparecida carece de alguns destes como, por exemplo, uma unidade de atendimento de saúde, o mais próximo se encontra no bairro Tibery à aproximadamente 3,5 km de distância. Há apenas uma escola pública de educação fundamental, porém esta não tem capacidade suficiente para atender a todos. Quanto ao Lazer e as atividades físicas, próximo ao terreno há uma praça denominada Praça da Participação, nela há espaço de permanência, áreas verdes e aparelho de atividade física, mas um espaço para recreação é indefinido. Além da praça, as opções mais próximas para lazer é o Parque do Sabiá, o Teatro Municipal e o Center Shopping.

TEATRO MUNICIPAL

UAI TIBERY SHOPPING

UFU

PARQUE DO SABIÁ

CENTRO

Transporte Circula perto do terreno sete linhas de ônibus sendo estas: A112, A113, A114, T120, T121, B904 e B907. O terreno está em uma localização estratégica em relação as terminais de ônibus públicos, a aproximadamente 3 km de distância do Terminal Central e do Terminal Umuarama. As linhas A114 (Tibery) e B904 (Jardim Ipanema) passam pelo local de implantação do projeto.

bairro nossa senhora aparecida Terreno Vias de Transposição Vias Marginais Rotas Urbanas de Carga

Vias Estruturais Vias Coletoras


ENTORNO E GABARITO

SERVIÇOS RESIDêNCIAS COMÉRCIO VAZIO INSTITUCIONAL USO MISTO

1

PAVIMENTO

2

PAVIMENTOS

3

PAVIMENTOS

4

PAVIMENTOS

5

PAVIMENTOS

8

PAVIMENTOS


MATERIAIS Quando se discute habitação de interesse social, uma das questões importantes é a redução de custos e tempo de execução. O sistema construtivo que utiliza pré-fabricados é prático e rápido quando comparado ao sistema tradicional de alvenaria. Neste projeto optamos por usar estruturas de vigas e pilares de aço e vedação em steel frame, que consiste na construção que não utiliza tijolos ou massa de concreto na obra, a chamada construção seca. As paredes são estruturadas com aço galvanizado leve, pela economia de água na obra (esse sistema de construção é considerado sustentável)e pela resistência à oxidação. Outras vantagens nesse sistema construtivo são: > Otimização do tempo; > Redução de resíduos na obra; > Boa resistência a incêndio; > Ótimo desempenho acústico; > Ampliação no espaço interno da obra em até 4% de área útil; > Não proliferação de fungos. Para vedação externa optamos por usar placas cimentícias, que são produzidas industrialmente e prontas para uso na obra. E para vedação interna será utilizado gesso acartonado (DryWall), apropriado para cada área.

Viga De Aço- Tipo Perfil I Valor aproximado: R$420,00 Medidas: 36,0 X 0,329m

Placa Cimentícia Valor aproximado: 140,00 Medidas: 2,40x1,20mx12mm

Gesso Acartonado Valor aproximado: R$40,00 Medidas: metro quadrado


RESULTADO APO Os estudos realizados no condomínio Palmeira Real, do programa Minha Casa, Minha Vida em Uberlândia, constam que sua maioria de moradores são do sexo feminino e adultos de até 40 anos. Uma realidade da nova classe média brasileira. Foram ouvidas críticas, elogios e considerações que os moradores teriam a fazer de seus apartamentos e condomínio, apresentaram -se comentários de ordem subjetiva como por exemplo: “temos muitas dificuldades aqui, mas é o nosso cantinho...” ou ”esse é meu primeiro apartamento.” a partir disto, não podemos considerar a habitação como algo simplesmente técnico ou de de necessidade física, somente. Os comentários dos moradores nos mostram que a habitação está intimamente ligada com a sua personalidade, hábitos e sonhos. Isto também é visto pela grande diferença que se nota ao adentrar em cada apartamento. A personalidade dos moradores é sentida no que lhe é possível alterar ou acrescentar em seu espaço.

As considerações técnicas que seus moradores fazem, em sua maioria, entram em conflito com a área do apartamento e conforto térmico e acústico, como por exemplo: >Pequena lavanderia que é parte da cozinha (também muito pequena) e não há espaço para estender roupas; >Cozinha não ter espaço suficiente para estocar alimentos; >Banheiro ser muito pequeno; > Todos os apartamentos, com suas abeturas voltadas a Norte receberam críticas quanto à incidência de sol e desconforto térmico. > Acreditam que a área da sala é pequena mas os atende em suas atividades de receber visitas e conviver, além de realizar as refeições. > Não houveram críticas especificamente destinadas a área de estacionamento ou pouca área permeável. Apesar da falta de sombra visivelemnte notada.

Incidência solar direta

Ausência de área permeável

Maiores reclamações de espaço e conforto térmico


PÚBLICO ALVO E ABRANGÊNCIA As habitações de interesse sociail pretendem suprir uma carência pública de moradia à população de baixa renda. À partir disto, a proposta de se definir um público que será beneficiado com a intervenção social, faz-se necessária. Partindo dos requisitos municipais de Uberlandia, o público alvo deve se encaixar no seguinte tópico financeiro:

Famílias R$5.280,00

de

até

6

salários

mínimos:

A cidade de Uberlândia possui uma característica de grande cidade, sendo visto o desempenho financeiro de seus habitantes. O PIB Per - Capita do município é de R$ 39.857,78 enquanto que de Belo Horizonte é de R$ 32.844,41. A incidência de pobreza da cidade é de 13,64% enquanto que em Belo Horizonte, 5,43%. À partir destes dados, concluímos que Uberlandia se enquadra numa característica de cidade de classe média, cumprindo com a estimativa do infogáfico de uma pesquisa realizada pelo jornal Folha de São Paulo. Sua população estimada (CENSO 2010) é de 662.362 habitantes. Destes, 86.107 são considerados pobres. Este porjeto de Habitação Social visa atingir esta parcela da população .

Caraterísticas

Pessoas que vivem só

DINC (casal sem filhos) ou coabitação

Família monoparental (expandida ou não)

Família nuclear (expandida ou não)


ATIVIDADES Hábito é “uso, costume, maneira de viver, modo constante de comportar-se, de agir” (Ferreira, 2010, p.362). É praticado por indivíduos ao longo de suas vidas nos mais diversoslugares: em casa, no trabalho, no local de lazer. A vida do homem é repleta de hábitos que ele realiza em diferentes momentos: individualmente, em comunidade ou em sociedade. São necessários para a sobrevivência biológica (comer, dormir, por exemplo), de sua espécie (relação sexual, reprodução, por exemplo) e social (relacionamento com os outros indivíduos).* * Artigo: HÁBITOS NO HABITAR: UM ESTUDO SOBRE OS HÁBITOS DE MORAR EM DIFERENTES PERFIS HABITACIONAIS Revista: Oculum Ensaios 2012 (16)

necessidades fisiológicas

conviver

receber visitas ouvir música

comer dormir

assistir televisão

brincar

tomar banho

navegar na internet

descansar

escovar os dentes Cozinhar limpar

estocar

lavar roupa

estudar

ler etividade fisica

estender roupa

passar roupa

trabalhar


REFERÊNCIAS PROJETUAIS Complexo Zezinho Magalhães Prado Localizado no município de Guarulhos, às margens da via Dutra, km 73, o Conjunto Habitacional Cecap Zezinho Magalhães Prado é um paradigma da habitação de interesse social. O projeto de 1967 sintetizou conceitos de funcionalidade, racionalidade e ideais sociais democráticos que moveram arquitetos e urbanistas modernos. Foi projetado por Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado. O projeto teve algumas mudanças no decorrer da construção. Inicialmente a prosposta de implantação atenderia 55 mil habitantes com renda de 1,5 salários mas no final o conjunto foi reduzido pela metade. Foi porjetado com sistema de utilização de pré-fabricado, porém foi alterado para o sistema de alvenaria convencional nas primeiras etapas e retomado nas últimas etapas. Concebido como protótipo, o Cecap atendeu a um amplo programa com comércio, centro educacional, centros comunitário e de saúde, estádio, áreas verdes e unidades habitacionais de 64 m² distribuídas em blocos de três pavimentos sobre pilotis. A implantação segue o conceito de "freguesias" - termo caro aos arquitetos por resgatar valores da cultura nacional - mediante blocos, escola primária e comércio local. As unidades seguiam o conceito de ‘casa mínima’ e ‘planta livre’ possuem divisórias leves internamente e com armários e caxílios modulares. O que era para ser habitação social se tornou condomínio fechado para ‘pequena burguesia local’, pois houve uma valorização dos apartamentos. Foram construídos 4.680 apartamentos em 78 blocos, com um terreno de 130 hectares O complexo contava com 6 freguesias, 6 centros educacionais, 1 centro integrado de ensino técnico, 11 blocos de comércios cotidianos, 2 blocos de comércio central, 1 entreposto de apastecimento, 1 hospital, 1 centro de saúde, 1 estádio, 1 clube, 1 igreja e 1 teatro.

Sala

Cozinha

Quartos

Banheiro

Quartos

Lavanderia

Conjunto Governador Juscelino Kubitschek Arquiteto: Oscar Niemeyer; Data: 1951/1952; Localização: bairro- Santo Agostinho - Belo Horizonte; Tipo de projeto: Habitacional; Apartamentos:1086 (hotel e habitação). 1951 o Estado de Minas Gerais aprova a construção do empreendimento solicitado por Juscelino; O Estado pretendia resolver o problema dos aluguéis que os cofres públicos pagava para instalações dos serviços e repartições públicas, já que iria receber área construída no valor do terreno que ele iria ceder; Além da justificativa dos aluguéis Juscelino queria que o conjunto fosse a ‘marca registrada’ de Belo Horizonte; 1953 inicia a construção do bloco A; 1957 as obras foram paralizadas pelo aumento de 150% no valor das prestações; Somente nos anos de 1970 começa a ficar pronto alguns apartamentos, depois de vários problemas com empreendedores.


REFERÊNCIAS CONCEITAIS A dinâmica do espaço na habitação mínima A dinamização do espaço, é um processo de criar a ilusão de um espaço vasto em áreas mínimas. Uma das soluções é aproveitar um espaço para realizar diferentes atividades, sobrepondo as funções de cada área , na tentativa de propor compartimentações e zonas que aumentassem a privacidade dos espaços. O banheiro é um cômodo que todos os moradores da unidade habitacional usam. Separar o vaso sanitário das demais peças, possibilita que outros membros da casa possam utilizar o banheiro simultaneamente, como por exemplo escovar os dentes e tomar banho. Van denBroek e Bakema propõem indivisualizar todas as peças sanitárias, e estes são considerados ‘expoentes do Movimento Moderno’ segundo o autor. Com o Complexo Zezinho de Magalhães Prado, em São Paulo, Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado, apresentam uma solução que consiste em separar o lavatório das restantes peças, colocando-o num espaço que as antecede. A sala e a cozinha são zonas comuns entre os moradores, e são mais fáceis de intercomunicá-los. Os quartos da casa constituem um reduto íntimo e privado. Com a mudança de costumes e tempo reduzido, passa-se a consumir alimentos pré-fabricados, com isso diminuiando a função da cozinha que se torna cada vez menor em espaço. O corredor garant na maior parte dos casos o acesso direto a todas as divisões da casa. Mas é possível um acesso direto da sala e cozinha, criando um acesso circular e amplia sensorialmente o espaço. Cada uma dessas socluções esconde uma raiz cultural, que revela os tipos de relações de familiares ou entre conhecidos e que ganharam deu lugar após a tentativa de homogeneização do espaço à escala internacional. Após o apogeu Moderno nos anos 50, algumas mudanças afetaram toda concepção da arquitetura, mas em particular os espaço doméstico começa a ser mais sensível às pessoas e às suas raízes. Espaço de convívio entre família, grupo doméstico e elementos exteriores ao grupo, a sala permite não ser um espaço totalmente encerrado, adicionando circulações que permitem criar desafogo visual, e encontra-se ligado a modos de vida menos formais. A nível das aspirações da população, o desejo de ter uma casa burguesa, nascia da comparação de suas vidas com a dos mais abastados. Mas foi a planta livre que permitiu maior desenvolvimento, pois a distribuição da casa deixa de obedecer uma ordem ritmada pelos elementos de suporte. Os projetos devem estar em constante mudança, pois a sociedade em diferentes regiões está sem mudando e para que seja satizfatório os projetos habitacionais também devem se adaptarem a essas constantes mudanças.

Estratégias de flexibilidade na Arquitetura Doméstica Holandesa Com a diversidade de modos de vida e de hábitos da população urbana contemporânea, questionam os processos convencionais de produção de habitação em série e justificam a exploração de modelos alternativos. É essencial pensar a habitação como um sistema aberto a mudanças. A experiência holandesa reflete o investimento continuado em metodologias inovadoras e em processos construtivos flexíveis com recurso a sistemas pré-fabricados e modulares. A influência estatal está patente tanto nas políticas de financiamento para a cosntrução habitação de baixo custo como ao nível da publicação de instrumentos normativos reguladores da qualidade urbana e arquitetônica. Existe um conjunto de empresas empenhadas em desenvolver conceitos habitacionais com uma maior possibilidade de escolha, seja a nível de tipologias como também escolha de materiais. O grupo SAR, desenvolveu um método de projeto que serviria de base para projetos de habitação, onde foram explorados os concetos de: suporte infill, grelha modular, zona, margem e geração de variantes; concentrou-se em desenvolver especialmente a estandardização de sistemas infill e um apoio de projeto urbano. O conceite de flexibilidade doméstica, é a capacidade do espaço físico se adaptar ao processo dinâmico de habitar. A din âmica de habitar é variável porque os usos praticados estão ralacionados com o estilo de vida de cada um. è possível indentificar cinco tipos distinto de estratégias de flexibilidade na produção de habitação coletiva: 1) Conversão (por alteração na configuração espacial do fogo); 2) Polivalência ( sem alteração na configuração do fogo); 3) Expansão ( por alteração dos limites do fogo, seja no sentido vertical como horizontal, aumentando a área); 4) Multifuncionalidade (por adaptação do espaço a vários usos, podendo ocorrer ou não alteração na configuração espacial); 5) Diversidade ( variedade tipológica conjugada num edifício). A partir da categorização proposta por Brand e Leupen, distinguem-se seis “elementos arquitectónicos”, a serem considerados nas estratégias de flexibilidade: 1) Envolvente – Localização e tipo de inserção urbana; 2) Estrutura – Fundações e elementos estruturais; 3) Invólucro exterior (Superfícies exteriore,sfachadas e coberturas); 4) Serviços –(Redes técnicas de águas e esgotos, electricidade); 5) Acessos/circulação (Escadas, corredores, elevadores, galerias; 6) Configuração espacial(Elementos do interior (paredes, tectos, pavimentos, portas, etc). A implementação de estratégias flexíveis encontram-se fundamentalmente ao nível da regulamentação e dos interesses econômicos. soluções mais económicas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, R. e HEITOR, T.Estratégias de flexibilidade na arquitectura doméstica Holandesa. In: blog INFOHABITAR, 2007 FONSECA JORGE, Pedro António. A dinâmica do espaço na habitação mínima. Arquitextos, São Paulo, 14.157, Vitruvius, jun 2013 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.157/4804> www.metalica.com.br www.brasil.geradordeprecos.info www.cidades.ibge.gov.br HÁBITOS NO HABITAR: UM ESTUDO SOBRE OS HÁBITOS DE MORAR EM DIFERENTES PERFIS HABITACIONAIS Revista: Oculum Ensaios 2012 (16) www.mg.gov.br http://www.cohab.mg.gov.br/ http://cohab.sp.gov.br/ www.itaimpaulista.com.br habitarcidade.wordpress.com drops 057.04: Hábitos no habitar | vitruvius www.vitruvius.com.br Hábitos no habitar: um estudo sobre os hábitos de morar em diferentes perfis habitacionais | Barros | Oculum Ensaios periodicos.puc-campinas.edu.br O Maior Fenômeno Sociológico do Brasil: a nova classe média www.escoladegoverno.org.br


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