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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Apresentação O CEU é uma Instituição brasileira religiosa sem fins lucrativos e políticos, com vivências teóricas e práticas sobre a Umbanda. Os ensinamentos são embasados nas obras de W. W. da Matta e Silva, sob a orientação e tutela do Caboclo Tupynambá, entidade responsável pela existência e criação do CEU. O objetivo destes ensinamentos é levar aos integrantes do CEU uma forma pura, simples e humilde na prática dessa Umbanda de Todos Nós. Além de tornarmo-nos canais eficientes para os contatos mediúnicos com os nossos guias e protetores. A metodologia utilizada é bem didática e em linguagem accessível aos diferentes níveis culturais, onde as unidades são estudadas mês a mês, com exercícios ao final de cada unidade estudada. O conteúdo programático das unidades englobam dogmas e rituais da Umbanda, assim como a parte histórica. Os graus são sete, e cada grau envolve um ano letivo de estudos e práticas. Os encontros são realizados dois domingos ao mês de quinze em quinze dias. Cientes de que o objetivo maior e principal da Sagrada Corrente Astral de Umbanda é a evolução coletiva e individual do planeta Terra, esperamos estar cumprindo a nossa parte neste trabalho rumo à evolução. Assim como, contamos com a dedicação e determinação de cada um em alcançar o propósito evolutivo do CEU. Tania Lacerda.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Ainda sobre mediunidade... Sempre me pedem que eu escreva algo sobre a mediunidade, e sempre também, fico receosa pelo tema, pois além de ser algo muito complexo, e não me sentir capacitada para tal; creio ser algo muito pessoal e individual. Apesar de sermos todos iguais, somos pessoas diferenciadas em nossa forma de pensar, sentir e agir. Cada um de nós consegue fazer leituras diferentes sobre um mesmo tema, e isto, não faz, ou torna esta ou aquela leitura, melhor, mais evoluída, errada ou certa. São simplesmente, leituras diferentes de pessoas diferenciadas. Como educadora, posso afirmar que cada qual possui o seu tempo de descobertas, e este tempo não nos classifica em graus de evolução, mas sim, de vivências. Se hoje, posso olhar para as diferentes formas de manifestação de religiosidade, sem me irritar por aquelas, que acham ser a sua religião a mais correta, a única e verdadeira; é porque a vivência adquirida com o tempo, me proporcionou a compreensão de que cada um age conforme a sua própria natureza. Não há como exigir de uma goiabeira, que ela ofereça laranja, por mais que prefiramos laranjas, em vez de goiabas. Cada um de nós dá o que tem e o que pode. O importante, é que sempre possamos dar o melhor de nós mesmos. Sendo assim, não exijam de mim que eu dê mais do que tenho e posso dar. Porque por mais que cada um de vocês prefira laranjas, eu só tenho goiabas para dar. A mediunidade para mim é muito mais interna do que externa. Funciona muito mais no nível dos nossos mundos internos, do que nos mundos externos.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Não quero dizer com isso, que não existam os mundos externos, e nem que as inteligências, os espíritos, as entidades habitantes deste mundo externo, não existam, ou não entrem em contato conosco. Há esta possibilidade sim, entretanto, nossa faixa vibratória, é muito pequena para que alcancemos as inteligências desses mundos externos. Muito falta ainda ao homem para que ele revele-se, desvele-se, descubra-se e realmente se conheça. Como pode então querer saber sobre o macro, se ainda engatinha sobre o micro? Entretanto, o Macro e o micro; o Universo e o Homem, como diria Jorge Adoum, são constituídos de energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas. El hombre en su cuerpo es la miniatura del Cosmos: Todo lo que está arriba es igual a ló que está abajo; y todo lo que está en el Macrocosmo lo contiene el Microcosmos: El hombre.(Jorge Adoum – Mago Jefa) E sinceramente, acredito nisto com toda força de minha alma. Acredito que todas as energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas do Mundo Divino estão representadas no Mundo Interno de cada um de nós e no mundo interno da própria Natureza. O que dificulta o contato constante com estas energias é simplesmente o fato delas estarem em forma de latência, porém, não de potência. A não consciência da existência dessas energias, é que fazem com que elas habitem o nosso Mundo Interno. A mediunidade é a porta para que possamos trazer estas energias para o nível da consciência. E por quê? Quando iniciamos o processo de concentração para o contato com estas energias, respiramos, aspiramos e pensamos. Porém, atraímos para nós os afins, ou seja, energias afins aos nossos pensamentos. Dizem os grandes Mestres que estamos rodeados de átomos prontos para serem aspirados por nós. E que conforme, os nossos pensamentos, seremos conduzidos à Luz, ou à Escuridão.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Penso que dentro de nós, em nosso Mundo Interno, existe a latência de todos os planetas, de todas as estrelas, de todos os Orixás, guias e protetores. Que sempre conosco estiveram. Penso que a cada nova encarnação, eles aguardam pacientemente que consigamos atingir a um estado de PUREZA, SIMPLICIDADE e HUMILDADE de nossos pensamentos, sentimentos, para que juntos, possamos agir. Penso que essas energias que habitam dentro de nós são dinamizadas a partir do momento em que abrimos as pétalas de nossos centros de força, de nossos chakras. E este processo é realizado através da aspiração, respiração e concentração. É dessa forma que vejo a mediunidade em nós. O contato com as nossas energias internas, com os nossos caboclos, crianças e pretos velhos, manifestados externamente em suas roupagens astrais, conforme as experiências já vividas anteriormente e o cumprimento da Lei que rege a tudo e a todos. A energia do Caboclo Tupynambá quando atua em minha mediunidade não vem de fora de mim, ela faz parte de mim, ela é uma injunção ao meu corpo astral, kármica ou não, que me acompanha por vários aeons. E sempre na tentativa de algum dia, em algum tempo-espaço sermos um só. Tenho trabalhado para isso. Falhado muitas vezes. Vitoriosa em algumas. Derrotada em outras, porém, sempre caminhando em busca do aperfeiçoamento e o retorno para o meu verdadeiro Lar, que nada mais é, do que o retorno à Vibração Original desta energia, que um dia, por alguma razão que me foge o conhecimento e a sabedoria, eu o batizei de Caboclo Tupynambá. Disse-me um Mestre do plano físico uma vez, que eu deveria vencer os 4 elementos, para tornar-me senhora de mim, e não mais um mero fantoche nas mãos da minha Natureza. Disse ainda, que o primeiro elemento que eu deveria vencer era o elemento terra. Estou na roda das encarnações, há quanto não sei, mas em uma luta incansável e constante para vencer este elemento, e acreditem, muito me falta, muito ainda tenho que capinar, rastejar, nos campos fétidos de minha natureza humana, onde a grande besta do prazer egoísta me aprisiona com suas garras firmes e lamacentas.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Não sei se fugi do assunto, sobre mediunidade, mas creio que não, pois que continua sendo para mim, um caminho que me coloca perante aos ensinamentos necessários à minha evolução.
Paz e Luz! Tania Lacerda.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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“Tempo virá em que o santo, o filósofo e o sábio falarão a mesma língua”.
A Mediunidade e a Eletricidade. A corrente elétrica é produzida por um gerador, e a corrente mental é produzida pela nossa mente e transmitida por nosso cérebro. No cérebro temos uma válvula que transmite e que recebe, tal como um aparelho de rádio. Consideremos que cada cérebro pode emitir em vibrações ou frequência alta ou baixa, de acordo com o teor dos pensamentos mais constantes. O amor vibra em alta frequência; o ódio, em baixa frequência. São polos opostos. Quanto mais elevados os pensamentos, em amor, mais alta a frequência e mais elevada a ciclagem. As vibrações, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade são as ondas e correntes de “pensamento”. Quanto mais fortes e elevados os pensamentos, maior a frequência vibratória e menor o comprimento de onda. E vice‐versa. O que eleva a frequência vibratória do pensamento é o amor desinteressado; abaixam as vibrações tudo o que seja contrario ao amor: raiva, ressentimento, mágoa, tristeza, indiferença, egoísmo, vaidade, enfim qualquer coisa que exprima separação e isolamento. Na manifestação de nossos pensamentos também temos duas direções: o pensamento positivo, em que a corrente caminha de baixo para cima, do mais longo para o mais curto, e o pensamento negativo, quando se desloca em sentido contrário, do alto para baixo, do mais curto para o mais longo. A corrente é de suma importância. Se os pensamentos bons (elevados) e de amor são apenas “momentâneos”, não conseguem formar uma “corrente”, mas somente “ondas amortecidas”, isto, é, ruídos interrompidos. Ao passo que a “corrente” dirige continuamente a onda pensamento em determinada direção.
“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.
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Assim como a corrente positiva precisa ser constante, para atingir o alvo, e a “onda amortecida” não chega à meta, assim também aquele que está permanentemente com sua corrente positiva não é prejudicado pelas “ondas amortecidas” de pensamento “maus” que lhe chegam e são logo expulsos. O permanecer nos pensamentos negativos formando “corrente” é que prejudica. Uma reunião mediúnica forma, inegavelmente, um “campo elétrico” ou magnético. Quanto mais estiver o ambiente carregado de eletricidade ou magnetismo positivo, mais eficiente será a reunião. Quanto mais esse ambiente estiver permeado de forças negativas, mais perturbada a reunião. Essa a razão por que se pede que não haja movimento de gente terreiro, especialmente algumas horas antes das reuniões: é para evitar que o campo elétrico seja desfavoravelmente carregado de energias negativas, interferindo nas “linhas de força” estabelecidas pelos Espíritos, como “polos norte” ideais no campo. A conversação fútil, as discussões políticas ou de outra espécie, as críticas ou palavras deprimentes, “invertem” a corrente elétrica do campo. Ora, as “linhas de força” dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis. Quanto mais numerosas e fortes essas linhas de força, tanto mais propicio o “campo elétrico” para as comunicações eletromagnéticas entre guias e médiuns. Não se trata de religião nem de pieguismo: é um fenômeno puramente físico, de natureza elétrica. Quem pretende fazer sessões espíritas (eletromagnéticas) sem preparar antes o “campo elétrico‐magnético”, sujeita‐se a decepções de toda ordem, a interferências, a fracassos. Note‐se, porém, que o campo elétrico pode também ser perturbado por entidades desencarnadas, que vivam no ambiente (por não ser calmo e amoroso) ou que sejam trazidos pelos frequentadores (que tenham tido discussões ou raivas durante o dia). As entidades desencarnadas têm a mesma capacidade que as encarnadas de emitir ondas eletromagnéticas de pensamento. O que evita esses aborrecimentos é uma corrente mais forte que a tudo se superponha.
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No ambiente mediúnico, os assistentes e médiuns são verdadeiros condensadores, que formam o “campo eletromagnético”. Entre cada criatura existe o material isolante (o ar atmosférico). E por isso o campo se tornará mais forte quando houver mais de uma pessoa.
.......Continua no próximo número.
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Ensinamentos de um Mestre Na Consciência Cósmica, no Reino Interno do Homem, encontra-se toda a Lei da Verdade. O Mago é aquele que sabe ler essa Lei e sabe obedecê-la. O corpo físico é uma História Universal completa e perfeita, que representa o desenvolvimento e a evolução graduais do homem. O homem precisa aprender a ler a história que se encontra escrita em seu corpo, a fim de conhecer-se. O objetivo desses ensinamentos é dizer como se deve fazer a leitura do livro (corpo) do Apocalipse, que se encontra selado. Nosso corpo é um centro de estudos, contendo ensinamentos primários, secundários, superiores e especializados. É preciso comparecer às aulas com a aspiração e com o pensamento atento a fim da assimilar a Sabedoria ministrada pelos Mestres Internos. Os Mestres de Sabedoria do mundo interno manejam e ocupam os Centros Internos do homem. Cada Mestre ensina um ramo da Sabedoria que se encontra escrita na consciência dos átomos que nos acompanham desde a formação do mundo. Foi-nos dada uma palavra misteriosa, composta por sete vogais, que correspondem aos sete centros do corpo. Algum dia essas vogais, com seus devidos sons, serão reveladas aos discípulos dentro do Templo Interno. Não é por egoísmo que essa palavra se encontra oculta, mas sim porque, até o presente momento, a Palavra Perdida assemelha-se a um relógio desmontado, que não pode ser dado a uma criança para montá-lo. Toda sabedoria brota do interior e cristaliza-se em nossas palavras, obras e movimentos. Nosso sistema nervoso central pertence ao mundo físico ou corpo material. Desse sistema, porém, sai um segundo, chamado Sistema Simpático, que pertence ao mundo psíquico, por meio do qual podemos comunicar-nos com o mundo real e invisível.
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Bibliografia: TÉCNICA DA MEDIUNIDADE - Carlos Torres Pastorino O Reino, ou o Homem Desvendado – Jorge Adoum (Mago Jefa)
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