Chamo-me Jaime Manuel de Almeida Pereira, nasci em casa, como era normal na altura, ou seja na casa paterna a 14 de setembro de 1959, no lugar de Loure que pertence à freguesia de São João de Loure e ao concelho de Albergaria-a-Velha.
Infância
Os meus pais sempre tomaram conta de mim e puseram-me a estudar com 7 anos de idade. O percurso para a escola era a pé: de casa para a escola e da escola para casa. No primeiro dia de escola, naapresentação, vi-me rodeado por muitos rapazes: dos mais novos aos mais velhos. Ainda estudei no tempo em que a escola era dividida em duas partes: uma para os rapazes e outra para as raparigas. A minha primeira professora foi a Senhora Dona Alzira, que impunha uma grande disciplina. Eu era um aluno um pouco distraído e passei momentos de sofrimento nas aulas, assim como os meus colegas. Nunca tive muitos amigos, os meus colegas nunca me auxiliavam em nada e ainda gozavam comigo. Também guardo boas memórias desse tempo, sobretudo da minha terceira professora: Senhora Dona Marina.
Foto 1- Eu e a minha irmã Teresa, em casa, 1962
O meu primeiro trabalho/ Juventude
Saí da escola com 13 anos, depois de ter feito o 5º ano. Queria ir trabalhar, mas o meu pai obrigou-me a ir com ele para a agricultura. A minha mãe era doente e não podia ajudar. Apesar disso, o meu pai nunca me adquiriu como um filho de consideração, era duro com as palavras. Havia pessoas que me aconselhavam a procurar trabalho por conta de outrem que era um benefício para mim, mas o meu pai não me deixou.
Foto 2- Eu na eira de casa, 1970
A minha vida familiar
Em relação ao casamento casei-me de livre vontade, com 23 anos, mas toda a minha família se atravessou na minha vida e acabei por me divorciar.
Mas tudo tem o seu lado bom e graças ao casamento tenho duas filhas que amo.
Com respeito ao lazer: diverti-me imenso por Portugal de Norte a Sul e também fiz três viagens a Espanha. Sempre que podia ia às festas, ao teatro, ao cinema e aos bailes.
Foto 3- No fotógrafo Foto Gomes- 1977
As minhas memórias
Por: Alexandre garcia
Que ?
Ch g , nasci
em 1973, no lugar de Silva Escura em Sever do Vouga.
A minha mãe sempre tomou conta d emim até ir para a escola primária. Saí da escola com 13 anos e fui trabalhar para as obras e em fábricas.
Casei com 24 anos e mudamos para Albergaria-aVelha. Atualmente tenho 2 filhos e e 2 netas de 2 e 7 anos de idade.
Neste momento, estou a tirar um curso de AFAC, nível B2, no Centro de Emprego e Formação Profissional de Águeda. Sou muito feliz.
As minhas memórias
Por: Isabel Moreira
Quem sou eu?
Nasci em Albergaria-a-Velha.
Desde bebé cresci com os meus amigos, pais, irmãs que me ajudaram a criar até ser uma criança responsável. Sempre amiga de trabalhar fiz a quarta classe em Vale Maior. Antes de ir para as aulas, já tinha trabalho marcado: quando chegasse ou não houvesse aulas tinha outras coisas a fazer em casa. Certo dia, a minha mãe foi ao monte com a minha irmã e deixou uma porca a parir. Eu é que estive a tratar do parto para quando elas chegassem estivesse tudo pronto.
Sempre trabalhei: com 14 anos pus os pés ao caminho para pedir trabalho. Fui a uma empresa falar com o dono. O dono já falecido disse-me: - Ó menina, que queres? -Quero que me dê trabalho.
No outro dia já lá ia eu com o cesto na mão, com o almoço. Era uma das empregadas preferidas. Entretanto, conheci o meu ex-marido, namoramos e casamos.
Trabalhei no supermercado “O Brasileiro”, no Centro Social e Paroquial de Santa Eulália na cozinha a tratar da louça e a descascar e preparar legumes. O meu projecto para o futuro é ser feliz com as minhas filhinhas, pois são o amor da minha vida e seremos felizes.
As minhas memórias
Por: Carina mendes
Quem sou eu?
Chamo-me Carina dos Anjos Mendes e nasci a 22 de dezembro de 1985 no Hospital das Caldas da Rainha, onde vivi toda a minha infância até me casar em Alcobaça
Quem tomou conta de mim foi a minha mãe.
O meu pai era ausente, como tinha problemas de álcool, é-me difícil falar desse momento. A minha mãe tinha que se virar para arranjar dinheiro para nos dar de comer, mas eu e os e os meus irmãos éramos felizes: brincávamos muito e também brigávamos, mas logo passava e fazíamos muitas asneiras.
Do meu primeiro ano de escola eu não me lembro de nada. É estranho, mas não me lembro. Mas do segundo ano para a frente foi muito mau: sofri racismo por parte dos colegas da turma e vivia com o coração sempre apertado. Uma das piores partidas que me fizeram foi: eu tinha ido à frente mostrar um trabalho à professora e eles encheram a cadeira como pionés virados para cima Eu não me apercebi e ao sentar pus a mão e fiquei com os pionés agarrados à mão, só me lembro da dor. Durante todo o percurso, só tive bons professores no 4º ano: a Professora Helena e o Professor Carlos Foram eles que me ensinaram a ler
Na minha Juventude fui muito feliz, tinha muitas amigas, sempre fora da escola. Como vivíamos perto umas das outras, estávamos sempre juntas. Casei-me com 15 anos com o meu primeiro e único amor. Foi um dia muito feliz do qual guardo boas memórias! Quando tinha 17 anos nasceu a minha primeira filha, foi um momento inesquecível! Hoje em dia, já tenho mais cinco filhos. É uma casa cheia de confusão mas com muita alegria e amor!
No meu primeiro dia neste curso éramos muitos, mas com o passar dos dias, muitos desistiram Os piores momentos foram dos incêndios e o melhor momento foi quando fomos à biblioteca.
Visita de Estudo à Biblioteca Municipal
Quadras dos Formandos
Estamos a chegar ao fim
Deste curso espetacular.
Obrigada por acreditarem em mim, Com saudades vou ficar.
JAIME
De Jaime fui batizado, Loure foi onde cresci.
Tornei-me um homem bem educado.
E vivo na casa onde cresci.
ALEXANDRE
Nasci em Silva Escura
E na montanha cresci a brincar
O amor à terra ainda dura
Um dia, lá hei-de voltar.
ISABEL
Nasci em Albergaria
Cresci em Valmaior
Vivi a infância com alegria
Mas nas terras trabalhei com valor.
Quadras aos nossos
Formadores
Matemática- Catarina
Camões
Não gosto de Matemática
Só quero as contas de somar,
Mas com uma Professora tão simpática
Até com saudades vou ficar!
Cidadania- Paulo Castanheira
Com o formador Paulo Castanheira
De tudo um pouco, viemos a aprender.
O Património Cultural não é brincadeira,
Para sermos bons cidadãos, não o devemos esquecer.
Computadores- João Paulo Tavares
Ó meu rico São João
Não te peço manjericos, nem amores, Só te peço para que não
Me chumbes nos computadores.
Quando chego à tua sessão
Fico logo a tremelicar: O computador está num “dia não”