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“Tentamos fazer muito com pouco dinheiro”
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Entrevista exclusiva a Pedro Brás (União de Freguesias de Massamá/Monte Abraão)
Centrais
Praias de ouro
Cidade da segurança
Sucesso e tragédia
AMBIENTE. Basílio Horta hasteou bandeiras que destinguem a qualidade das àguas das praias sintrenses.
SOCIEDADE. Ministro dos polícias
FAMOSOS. Judite Sousa recebeu
cancelou projeto para alojar a PSP e outras forças na fábrica da Melka.
prémio de jornalismo e na mesma semana perdeu o seu único filho.
Concelho, 4
Concelho, 5
Correio Rosa, 15 PUB
2 de julho de 2014
Quando tudo se complica gritam ó da Guarda!
São os que ganham menos. São os menos reconhecidos. Mas são aqueles que diariamente dão literalmente o corpo ao manifesto. Sim! Falo dos guardas da GNR e agentes da PSP. Homens e mulheres que todos os dias fazem de “112” e auxiliam milhares de cidadãos. Servem de polícias, de médicos de clínica geral, de psicólogos, sociólogos, de “baby sitters” e de mais uma infinidade de profissões. Apoiam idosos e estudantes, combatem crimes ecológicos, ensinam a usar o cinto de segurança e ainda, vá lá saber-se porquê (!), até combatem o crime que, como se viu pelo último relatório de Segurança Interna, alastra pelo interior deste país à beira mar plantado. O guarda e o agente são a cara da GNR e da PSP. São eles que estão sempre na primeira linha da frente de batalha. Se uma mulher está à beira de ter um filho, chama-se a GNR (leia-se a patrulha da Guarda) ou a PSP (equipa do carro-patrulha). Se há um litígio familiar, se há uma inundação em casa ou se há uma confusão num bar, chama-se a GNR ou a PSP. E chama-se a GNR e a PSP para tudo e mais alguma coisa. Até para dirimir conflitos que não existem. E quem é que vai às ocorrências? O guarda ou o agente, porque os oficiais servem, pelo que se tem visto, sobretudo para levantar processos disciplinares aos seus subordinados e ficam no conforto da esquadra. Agora, pasme-se, o Ministério das Finanças encomendou, recentemente, um estudo a uma empresa chamada “MERCER”, que vem dizer que os guardas ganham acima da média nacional. Qual média? E comparado com quem? Com os nossos congéneres europeus? Só podem estar a brincar com os portugueses. Os guardas e polícias são, em termos da União Europeia, aqueles que menos ganham. E quando digo menos, estou a falar em muito menos. E, no entanto, estão 24 sobre 24 horas de serviço, mesmo quando despem a farda. A um país que maltrata os guardas da GNR e os agentes da PSP não se pode augurar grande futuro. O Governo tem tentado ao longo dos anos maltratar o seu verdadeiro “112”. Homens e mulheres que, no mesmo turno, conseguem desempenhar diversas missões e nas mais diversas áreas. Oxalá, um dia destes, não tenham todos de gritar: “Ó da Guarda!
CARLOS TOMÁS
DR
editorial
Salta à vista...
A abrir
Uma rotunda de luxo
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Rotunda Augusto Rendeiro, localizada junto à casa onde vive o primeiroministro Pedro Paços Coelho, em Massamá, está um mimo. Encontra-se recheada de flores de várias cores e todas bem alinhadas. Os funcionários camarários até se deram ao trabalho de desenhar numa sebe o nome da localidade. Entrar em Massamá pelo lado do IC-19 lava a vista. Pena é que aquela rotunda seja caso único na localidade, uma vez que as outras se encontram em mau estado e não beneficiam de tanta atenção por parte dos responsáveis autárquicos responsáveis pela conservação dos jardins. Além disso, há situações prementes para resolver, como, por exemplo, o facto de a maioria das passadeiras estarem “invisíveis”, fomentando assim acidentes e colocando vidas em risco. Mas isso, são outros passos…
De terra em terra...
Tília centenária abatida pela Parques de Sintra
DR
2 Correio de Sintra
A Parques de Sintra - Monte da Lua colocou termo à existência de uma Tília, árvore centenária que se encontrava junto ao Palácio Nacional de Sintra. A empresa explica que no passado dia 19 de Junho caiu uma grande pernada da Tília. A zona, segundo a empresa, foi vedada para garantir a segurança dos muitos visitantes. Analisado o problema, diz ainda a Parques de Sintra, verificou-se que a queda se deveu ao estado de podridão interior da árvore. De acordo com o relatório elaborado pelo Diretor Técnico do Património Natural, foi decidido que a única solução era o corte da árvore e plantação de uma Tília nova, no mesmo local. O corte da Tília gerou enorme contestação nas redes sociais e a pergunta mais comum feita pelos cibernautas é: “Qual a razão de não terem detetado a doença da árvore a tempo?” Quando não detetam em seres humanos, está tudo dito...
A frase...
“
A ribeira que passa nas traseiras da casa de Passos Coelho está toda cheia de lixo e cheira mal. Depois queixam-se de haver inundações e doenças”
Tomás Nogueira, morador em Massamá
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4 Correio de Sintra
2 de julho de 2014
AMBIENTE. O município de Sintra hasteou no passado domingo as bandeiras de “Praia com Qualidade de Ouro 2014”, atribuídas pela Quercus, que certificam a excelência de qualidade das águas das praias da Adraga, Grande, São Julião e Magoito.
DR
Autarquicas Concelho Praias de ouro e sem parquímetros Breve
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Classificação excelente A Quercus selecionou todas as praias que tiveram sempre qualidade de água classificada como boa, entre 2006 e 2009, e classificada como excelente a partir de 2010. A classificação geral das praias, em termos de qualidade da água, é disponibilizada pelo Instituto da Água, ao abrigo da legislação nacional e comunitária, através do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH). Pub
Basílio Horta assistiu ao hastear das bandeiras “praias de ouro”
De acordo com a legislação, cada uma das praias, com exceção das novas zonas bal-
Parques sem taxas Na ocasião, Basílio Horta confirmou que foi abando-
CRISTINA MENEZES ALVES
o mesmo tempo, o presidente da autarquia fez saber que, para já, os estacionamentos que servem as zonas balneares do concelho não vão ter parquímetros. Durante a iniciativa que assinalou o hastear das bandeiras e que decorreu na Praia Grande, o presidente da Câmara Municipal, Basílio Horta, afirmou que “este é um reconhecimento justo que premeia a qualidade de algumas das mais belas praias do país.” Esta distinção da Quercus. Associação Nacional de Conservação da Natureza baseia-se na qualidade da água das praias, sendo, portanto, conforme salientou o autarca, “muito exigente neste aspeto.”
Adraga, Maças e Grande e que faziam parte do projeto que visa implementar as primeiras alterações do Regulamento de Trânsito e Estacionamento de Sintra. Esta decisão deixou utentes das praias, moradores e comerciantes satisfeitos, uma vez que todos se opunham à instalação de parques pagos naquelas zonas. “Foi uma decisão acertada. Em tempo de crise estar a taxar os parques era afastar ainda mais as pessoas das zonas de lazer e do comércio local. Nós queremos é ter gente nas praias para dinamizar o comércio. Correr com elas era uma perfeita loucura”, desabafou ao Cor-
Antigo presidente e ministro distinguidos
A Câmara Municipal de Sintra assinalou o Dia do Município, no passado domingo, com o hastear da bandeira da autarquia e com uma cerimónia de entrega de medalhas de mérito municipal, que decorreu nos Paços do Concelho. O antigo presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara e o antigo ministro da saúde, António Correia de Campos, serão distinguidos com as medalhas de mérito municipal, grau ouro, na classe de Serviço Público. A cerimónia do hastear da bandeira contou com a atuação da Banda da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme. O antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, agradeceu a atribuição do município, lembrando que Sintra é uma terra de grandes personalidades, algumas de outros tempos, como Francis Cook ou a Marquesa Olga de Cadaval, tendo sido aqui que ”Luís Vaz de Camões leu os Lusíadas ao Rei D. Sebastião”. Na cerimónia estiveram presentes presidentes das juntas de freguesia do concelho de Sintra, vários representantes de associações e coletividades, munícipes, bem como representantes das forças de autoridade.
Os parques de estacionamento junto às praias do concelho de Sintra vão continuar a não ser pagos pelos banhistas
neares, foi classificada atendendo às análises à água dos últimos anos.
nada, para já, a ideia de taxar os estacionamentos que servem as praias da
reio de Sintra Leonel Brás, comerciante na Praia das Maças. CARLOS TOMÁS
Câmara assinalou aniversário
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Um espancava a mulher e outros roubavam e burlavam
A polícia sintrense teve de ir a Lisboa capturar um ladrão violento
mento de um mandado de detenção fora de flagrante delito. Presente ao juiz ficou com termo de identidade e residência e apresentações periódicas às autoridades. Burlões detidos Por seu turno, a Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, deteve um homem e uma mulher, com 44 e 38 anos, respetivamente, sobre os quais recaem fortes suspeitas da prática de diversos crimes
de burla qualificada praticados sobre habitantes do concelho de Sintra e de outras zonas do país. Os elementos recolhidos ao longo da investigação indiciam, para além do mais, que os detidos, através de uma sociedade que tinha por objeto social a prestação de serviços de assessoria financeira, convenceram diversas pessoas que se encontravam em dificuldade de cumprirem créditos bancários a que se haviam previamente
“Esta atuação causou elevados prejuízos patrimoniais a todos os lesados, alguns dos quais em situação de extrema dificuldade económica”, admitiu fonte da Polícia Judiciária, acrescentando: “Os detidos, ambos sem profissão conhecida, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, ficando a aguardar os ulteriores termos do inquérito sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.” CARLOS TOMÁS
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detido já foi presente a um juiz de instrução criminal do Tribunal de Sintra para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido decretada a medida de coação mais gravosa prevista pelo Código Penal, ou seja, ficou em prisão preventiva. Na mesma altura, polícias daquela divisão policial deslocaram-se a Lisboa, onde procederam à detenção de um homem de 20 anos de idade, indiciado pela autoria de um crime de roubo agravado, no cumpri-
obrigado, a conferir-lhes poderes, para, junto das instituições financeiras credoras, procederem à consolidação de tais créditos. Tal consolidação financeira traduzia-se, por regra, na contratação de um novo crédito para liquidação dos anteriores, acabando os detidos, quando tal crédito era concedido, por se apoderar de parte do montante em causa, não procedendo, depois à liquidação de alguns dos tais créditos anteriores conforme se haviam comprometido.
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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Sintra, localizada em Mem Martins, procedeu à detenção, no passado fim-de-semana, de um homem, de 34 anos, indiciado pela autoria de um crime de violência doméstica, no cumprimento de um mandado de detenção fora de flagrante delito, emanado por um magistrado judicial.
SEGURANÇA.
A PSP de Sintra apanhou um indivíduo que batia na companheira PUB
6 Correio de Sintra
Concelho
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Cidade policial na Melka já não vai ser construída menos 40 elementos. Como são divididos pelos turnos, acabam por estar de serviço apenas 10 agentes. Mas isso, sem contar com as férias e folgas a que cada um tem direito. Há dias em que uma esquadra tem quatro ou cinco elementos a trabalhar por turno. Com a construção da ‘Cidade Policial’ seria mais fácil rentabilizar todos os meios. Além disso, esquadras como a do Cacém não têm condições para estar abertas ao público.” O responsável policial salientou que não existe no concelho de Sintra outro local para ser instalada a “Cidade Policial” e que esta decisão governamental está a provocar um profundo mal-estar junto dos polícias, “que já pensavam ter, em breve, melhores condições de trabalho”.
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SOCIEDADE. . O Ministério da Administração Interna cancelou o projeto para a criação de uma “Cidade Policial”, na antiga fábrica da Melka, localizada em AgualvaCacém, concelho de Sintra.
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pós uma reunião entre representantes da PSP, da autarquia, da Proteção Civil e do Governo, a verdade é que ficou tudo em “águas de bacalhau” e não vai haver novas instalações para as autoridades, apurou o Correio de Sintra. A ideia de criar a “Cidade Policial” foi lançada pelo presidente da autarquia, Basílio Horta, e anunciada durante a “Presidência Aberta” que realizou à União de Freguesias Cacém/S. Marcos. O projeto visava concentrar vários serviços da PSP na Melka, nomeadamente a sede de
A antiga fábrica Melka já não vai acolher as forças policiais do concelho de Sintra
divisão da PSP de Sintra e as esquadras do Cacém, de São Marcos e de Mira Sintra. Meios dispersos “O argumento apresentado para deixarem cair o projeto foi que envolvia muito dinheiro. Mas gasta-se mais com as atuais instalações e com a
sua manutenção, uma vez que estão muito degradadas. Além de serem de operacionalidade reduzida, uma vez que os meios materiais e humanos estão muito dispersos”, desabafou um responsável da PSP de Sintra. E a mesma fonte concretiza: “Só para se ter uma ideia, cada esquadra obriga a ter pelo
Basílio preocupado Refira-se que o presidente da Câmara Municipal de Sintra,
Basílio Horta, já tinha defendido, a 11 de Março deste ano, a necessidade de reforçar os meios das forças policiais do concelho de Sintra. As declarações foram feitas durante as comemorações do 147º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, numa cerimónia que até contou com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. Basílio Horta considerou, na altura que as forças policiais têm que ter as condições para levarem a cabo a sua missão, sendo a segurança uma das premissas da democracia. O presidente da autarquia destacou ainda “a necessidade de se avançar com a instalação do comando da Divisão de Sintra da PSP e da Esquadra de Agualva-Cacém na Melka. O “ministro das polícias” não entende o mesmo. C.T
SOCIEDADE. Cerca de uma centena de polícias da Divisão de Sintra e civis, entre as quais dezenas de crianças, promoveram, no passado fim-de-semana, aquilo a que chamaram “Olimpíadas de Jogos Tradicionais”.
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evento decorreu em Montachique, porque, segundo a organização, a cargo do chefe Carlos Andrade, dirigente do Sindicato dos Profissionais de Polícia da PSP, “em Sintra há muitos espaços para a realização de eventos desta natureza, mas não oferecem condições às pessoas, porque nem lavabos têm e muitos estão cheios de mato”. Críticas à parte, o dirigente
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Polícias de Sintra e civis promovem confraternização
Carlos Andrade apontou o dedo à falta de espaços lúdicos em Sintra
Corridas de sacos, jogo da malha e sueca foram atividades desenvolvidas
A parte da manhã foi ocupada com uma demonstração tática dos polícias
explicou o objetivo da iniciativa: “Os polícias não deixam de ser cidadãos normais. É verdade que estamos 24 sobre 24 horas de serviço, porque mesmo quando estamos de folga se presenciarmos um crime temos de intervir. O grande objetivo foi transmitir aos cidadãos uma imagem
diferente dos homens que conhecem sempre fardados. E, na verdade, resultou, porque houve uma adesão muito forte da população civil e, para minha surpresa, com muitas crianças. Para o ano iremos repetir a iniciativa, mas espero que dessa vez já seja possível realizá-la em Sintra.”
Falta de meios “As “Olimpíadas” só tiveram início na parte da tarde. Durante a manhã os polícias fizeram uma demonstração tática de como atuam em caso de situação de reféns, recorrendo a armas de “paintball”. Após o almoço houve tempo para corridas de sacos,
campeonato de sueca, jogo da malha e outros jogos que fazem parte da tradição portuguesa. Mas ainda houve tempo para o chefe e dirigente associativo Carlos Andrade colocar o dedo na ferida: “A Divisão de Sintra da PSP tem muita falta de meios humanos e materiais, sobretudo ao nível das viaturas. Temos denunciado isso junto das entidades competentes, nomeadamente no Ministério da Administração Interna, mas a verdade é que nada tem sido feito. As condições das esquadras também não são as melhores e a do Cacém é um verdadeiro atentado à dignidade dos polícias e dos cidadãos.” C.T
ainda esfaqueado num braço a namorada da vítima. A acusação sustenta que não se tratou de um caso isolado e que Bruno Pinto já terá antecedentes por, juntamente com um grupo de amigos, ser conhecido por provocar distúrbios em bares dos concelhos de Sintra, Amadora, Cascais e Mafra. Depois de alegadamente ter assassinado o músico, que também era gerente do bar onde tudo aconteceu – o “Copo & Meio” -, a suposto homicida
colocou-se em fuga e só acabaria por ser detido pela Polícia Judiciária a 12 de Novembro do ano passado. Refira-se que o bar já estava prestes a encerrar quando se deu o incidente, mas na rua continuava a haver muito barulho. Alexandre Reis foi até à porta pedir para falarem mais baixo – pedido que não foi bem aceite pelo grupo. Mal virou costas, Alexandre foi esfaqueado com um “golpe profundo numa zona vital (pescoço) que resultou na sua
morte”, segundo defende a acusação promovida pelo Ministério Público. Está marcada uma nova
audiência para a próxima quinta-feira. Bruno Pinto encontra-se em prisão preventiva. C.T
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Assassino de músico começa a ser julgado
JUSTIÇA. Começou na passada semana o julgamento, no Tribunal de Sintra, do alegado responsável pelo homicídio de um músico ocorrido, a 9 de Novembro de 2013, junto a um bar de Mafra.
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aquele dia, segundo a acusação, Bruno Pinto, o principal suspeito do crime, terá desferido uma facada no pescoço de Alexandre Reis, de 27 anos, provocando-lhe a morte. Terá
Julgamento de alegado homicida decorre no Tribunal de Sintra
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8 Correio de Sintra
Entrevista
2 de julho de 2014
“Temos muito poucos que são as nossas nova
Pedro Brás, presidente da União de Freguesias Massamá/Monte Abraão
ENTREVISTA. Quase a celebrarem 17 anos de existência, mas agora a partir do ano zero, uma vez que se juntaram nas recém-criadas uniões de freguesias, Massamá e Monte Abraão enfrentam grandes desafios.
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edro Brás, presidente da autarquia local, não tem dúvidas: “Por força da Lei do Orçamento de Estado temos dificuldades e poucos meios para concretizar aquilo que são as nossas competências. Neste momento temos, por exemplo, em termos de recursos humanos temos de nos socorrer dos modelos existentes no Centro de Emprego para podermos fazer face à manutenção do mobiliário urbano.” Pedro Brás concretiza: “Herdamos um corpo de pessoal, sobretudo administrativos, já nos quadros, mas a parte operacional eram contratados e não é possível renovar esses contratos. Mas a verdade é que fazem falta. Duas equipas de manutenção não chegam para garantir a operacionalidade dos parques infantis, jardins, parques urbanos, polidesportivos e campos de jogos ao ar livre existentes na União de Freguesias. Além disso, quando contabilizamos o nosso orçamento, verifica-se que houve uma quebra acentuada. Se forem somados os orçamentos das duas freguesias antes da união regista-se uma quebra de 7%. Mas os nossos compromissos mantêm-se os mesmos e os programas sociais promovidos pelas duas juntas não foram anulados. Ou seja, temos de tentar fazer o mesmo ou ainda mais, mas com menos
dinheiro. Ou seja, o território é o mesmo para gerir, só que as verbas são inferiores.” Uma “mini” Câmara O presidente da União de Freguesias de Massamá/Monte Abraão admite que a área que tem de gerir não é grande, mas lembra a sua enorme diversidade: “Gerimos quatro quilómetros quadrados, mas vivem aqui 49 mil pessoas. Temos uma enorme densidade populacional e com características diferentes. Por isso, as respostas também têm de ser diversas. Só para se ter uma noção, Portalegre, que é capital de distrito, por exemplo, tem uma área maior, mas apenas 24 mil habitantes. No fundo, somos uma ‘mini’ Câmara sem competências nem meios. Somos obrigados a fazer uma gestão com rigor orçamental e com suporte nos movimentos associativos existentes na União.” Colaborar com associações O apoio às associações associativas é, assim, uma prioridade para Pedro Brás: “Se não ajudarmos estas instituições não chegamos às pessoas e não conhecemos os seus problemas. Já definimos um modelo de protocolo com as associações e todos sabem quanto é que recebem e aquilo que têm de fazer em prol da comunidade. São obrigadas a promover eventos, atividades de rua e outras iniciativas dirigidas à população. Posso dizer que é um modelo de sucesso. Até porque as ações decorrem em locais onde passam mais pessoas. Recentemente foi feita uma arruada em Monte Abraão, com a participação
2 de julho de 2014 Correio de Sintra
Entrevista
meios para aquilo as competências” de grupos corais e da banda filarmónica local e houve pessoas a chorar de emoção.” De acordo com Pedro Brás, a União está também apostada em dar atenção às crianças e seniores: “Até 08 de Agosto estamos a promover campos de férias para crianças e jovens e que tem tido uma adesão imensa. É uma ajuda que damos aos pais que não têm onde deixar os filhos. Além disso, temos o Programa Raízes, a funcionar no Bairro 1ª de Maio, e que apoia crianças dos 5 aos 15 anos. Também temos a Universidade Sénior, que já existe há 6 anos, que tem as suas instalações junto ao Parque Salgueiro Maia, em Massamá, cujo objetivo é ocupar as pessoas com mais idade e fazer prevenção social. Neste momento a Universidade Sénior tem 300 alunos e mais de 50 disciplinas. O nosso desafio é alargar as instalações e estamos a desenvolver esforços nesse sentido.” Ocupar as pessoas Ocupar as pessoas é, segundo o autarca local, uma prioridade: “Se as pessoas estiverem ocupadas não pensam em comportamentos desviantes. Por isso demos impulso à criação de hortas comunitárias, onde as pessoas podem cultivar os seus produtos e ocupar a mente. A lista de espera é grande e, por isso, tivemos de fazer um regulamento que, no fundo, é um compromisso entre as pessoas que aderem a este programa e a comunidade. Nós ajudamos as pessoas e elas também nos ajudam. É uma iniciativa que serve também de terapia.” Em relação à Educação o autarca local
não tem grandes razões de queixa e o mesmo se passa com a segurança: “Em termos de escolas estamos bem servidos. Temos três agrupamentos que respondem às nossas necessidades e que vão desde o ensino primário ao 12º Ano. Mas em termos de professores e auxiliares existem lacunas que gostaríamos de ver colmatadas, até porque muitos deles trabalham em condições difíceis e algumas delas a precisar de formação. Há escolas com salas de aulas com humidade e condições adversas, mas aí o Ministério da Educação e Ciência tem uma palavra a dizer e ainda não deu qualquer resposta. Temos criado espaços verdes nas escolas e feito ações de sensibilização muito proveitosas, nomeadamente no combate ao “Bullying”. Em relação à segurança, não somos uma União de Freguesias onde a criminalidade seja alarmante. Existem pequenos roubos e furtos, é certo, mas as autoridades têm estado atentas, embora elas também se debatam com dificuldades de meios materiais e humanos. Só que, mais uma vez, embora seja uma preocupação nossa, o Ministério da Administração Interna é que tem de dar uma resposta. Não faz sentido, por exemplo, que a segurança em Monte Abraão seja da responsabilidade da PSP de Queluz, que pertence a outra união de freguesias.” Pedro Brás salientou ainda que um dos grandes problemas da União de Freguesias é a sua rede de estradas, que se encontra “congestionado e muito degradado, sendo um risco para a segurança pública”.
Autarca diz que a rede viária da União de Freguesias está muito degradada
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10 Correio de Sintra
Entrevista
2 de julho de 2014
“Queremos a ajudar o comércio local” Promover e dinamizar o comércio local é uma das grandes apostas da atual gestão da União de Freguesias Massamá/Monte Abraão, conforme confidenciou ao Correio de Sintra Pedro Brás, presidente da autarquia: “Estamos a fazer uma grande aposta no comércio local. Nesta fase decorre um levantamento sobre as lojas que querem aderir a um cartão criado por nós e que dará benefícios a todas as pessoas que efetuarem despesas nesses estabelecimentos. Andam equipas de loja em loja a cativar os comerciantes, das quais eu próprio faço parte, para depois divulgar a iniciativa junto dos cidadãos. As lojas é que escolhem os benefícios que querem dar aos clientes possuidores do cartão.” Pedro Brás esclarece que há pequenas regras para aderir ao cartão: “Quem for eleitor na União de freguesias terá o
A falta de médicos, professores e polícias são preocupações de Pedro Brás
outros problemas que advêm das medidas socias frias tomadas pelo Governo. Nós temos dado resposta, fornecendo apoio alimentar, medicamentos e transporte para os cen-
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Os programas sociais promovidos pelas duas juntas não foram anulados. Ou seja, temos de tentar fazer o mesmo ou ainda mais, mas com menos dinheiro.”
cartão gratuito e quem não for pode aderir a um custo de 2 euros”. Pobreza escondida O presidente da União de Freguesias justifica esta iniciativa com o facto de o comércio estar estagnado e de haver muita pobreza escondida e lembra que a situação das famílias está longe de ser a melhor: “As pessoas têm vergonha de pedir ajuda e só quando estão a cair no abismo é que recorrem à Junta. Há casos socias graves, estruturas familiares a ficarem desagregadas porque passam fome e muitos
tros de saúde. Também temos promovido a recolha de roupas e brinquedos. Mas, com os meios que temos, a verdade é que não chegamos para tudo.” No que à Saúde diz respeito, Pedro Brás é lacónico: Em termos de infraestruturas estamos bem. Mas faltam médicos de família e temos dois centros a abarrotar. E há pessoas que nem vão aos centros porque não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras. Trata-se de um problema nacional grave e que urge ser resolvido.” C.T
Ajudar o comércio local é uma das apostas da União de Freguesias
Cacém Agualva
2 de julho de 2014
- Cacém
Câmara garante botas antifogo para os bombeiros
dos Bombeiros Voluntários de Agualva/ Cacém/Mira Sintra ainda não recebeu as botas antifogo prometidas pela Câmara Municipal sintrense em Maio deste ano e as restantes oito corporações do concelho estão na mesma situação, apurou o Correio de Sintra.
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onte da autarquia garantiu, porém, que está tudo a ser feito de acordo com a lei e que em breve os bombeiros irão receber o equipamento. Recorde-se que, na época de fogos do ano passado, vários bombeiros perderam a vida por não disporem deste tipo de calçado quando combatiam fogos florestais que devastavam o país. A autarquia, na reunião realizada há dois meses, decidiu conceder 54.600 euros para a aquisição de 364 pares de botas. “É fundamental que os bombeiros tenham todas as condições para salvaguardar o seu trabalho. É muito dinheiro que a Câmara investe, mas as botas antifogo são importantes para a segurança destes homens”, afirmou, na altura o presidente da autarquia, Basílio Horta, acrescentando que a proteção civil não sofreu qualquer redução de verbas. A verdade é que as botas ainda não chegaram e a época de fogos já começou.
Breves
Desporto ao ar livre e sem ter de pagar
DR
PREVENÇÃO. A Associação Humanitária
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Bombeiros de Agualva/Cacém/Mira Sintra temem pelas suas vidas na época de fogos
Problemas burocráticos De acordo com um responsável da autarquia contatado pelo nosso jornal, o problema está na burocracia: “A Câmara, em nome da transparência, é obrigada a abrir concursos para determinar qual a empresa que vai fornecer o equipamento. Trata-se de um processo lento e que a autarquia não controla. Mas que as botas antifogo irão ser adquiridas e entregues às nove corporações de bombeiros não restam quaisquer dúvidas.” Os comandantes das várias associações humanitárias contatados pelo Correio
de Sintra esquivaram-se a comentar o assunto. Mas os bombeiros de Agualva/ Cacém/Mira Sintra não escondem a sua preocupação. “Quando há um grande incêndio em qualquer zona do país nós temos de estar preparados para partir e ajudar as corporações locais. O mínimo que se pode exigir é que a nossa prontidão seja recompensada com os equipamentos adequados. Mas isso raramente acontece e somos carne para ser consumida pelas chamas”, desabafou J. F., elemento daquela corporação. C.T
Cão foi morto afogado e o autor queria matar outro ANIMAIS. Os maus-tratos a animais
continuam na ordem do dia. Desta vez foi o Gabinete Médico Veterinário Municipal de Sintra (GMVM) que relatou, através da sua página no Facebook, mais uma história.
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m cão terá sido atirado a uma lagoa, açaimado de amarrado a uma pedra, acabando por morrer afogado. As autoridades já identificaram o autor deste ato que assumiu perante responsáveis do Gabinete Médico Veterinário sintrense ter morto o animal. E disse ainda que estava a tentar fazer
o mesmo com um cão sarnoso que andava à sua porta, um cão que mais tarde foi batizado como HAPPY (feliz). “O HAPPY foi resgatado a tempo. Não temos palavras para explicar o que sentimos perante este acontecimento bárbaro. Não há nada que nos seja possível fazer para alterar aquilo que aconteceu a este cão, cuja história partilhamos, para que não seja esquecida. Ainda podemos ajudar o HAPPY, que está vivo e recuperou, mas está agora a viver num canil. Vamos ajudá-lo a ter a vida feliz que merece”, garantem os responsáveis daquele gabinete. C.T
A União das Freguesias do Cacém e São Marcos vai proporcionar aos habitantes da freguesia a possibilidade de praticar todos os fins-de-semana durante o mês de julho uma atividade física ao ar livre. O programa “Desporto e Saúde no Parque” é, segundo a autarquia, uma iniciativa totalmente gratuita e aberta a toda a população, que proporciona atividade física orientada por técnicos credenciados. As sessões ocorrem todos os sábados de manhã, entre as 9h00 e as 12h00 e aos domingos das 9h00 às 10h00 no Jardim Elias Garcia e no Parque Urbano e Linear da Bela Vista. Esta iniciativa visa, diz a autarquia local, “promover a prática da atividade física regular combatendo o sedentarismo e fomentando estilos de vida mais ativos e saudáveis entre a população.” Para participar, basta levar o equipamento adequado.
Sensibilizar para a recolha de dejetos de animais
A União de Freguesias Cacém/S. Marcos lançou uma campanha na rede social Facebook, com o objetivo de sensibilizar a população para a problemática dos dejetos animais, sobretudo caninos. A campanha consiste na abordagem direta aos munícipes, com a distribuição de dispensadores de sacos para dejetos caninos e um documento alusivo à temática, em zonas que foram identificadas como as mais problemáticas no que diz respeito aos dejetos e/ou onde a concentração de munícipes com canídeos é conhecida.
12 Correio de Sintra
Queluz
2 de julho de 2014
Opinião
Funcionários da Junta em risco de Despedimento DR
SOCIEDADE. Duas dezenas e meia de funcionários da junta da União de Freguesias de Queluz e Belas arriscam não ver renovados os contratos de trabalho e a cair no desemprego, confirmou a presidente da autarquia local, Paula Alves (PS).
A
freguesia do concelho de Sintra emprega atualmente 46 funcionários, dos quais mais de metade possui contratos de trabalho a termo certo, ou seja, não fazem parte do quadro apesar de trabalharem na autarquia, em alguns casos, há mais de dez anos. “Estamos impossibilitados de renovar os contratos, porque além da responsabilidade em que incorremos, a lei pode levar a que as transferências do Orçamento de Estado sejam retidas”, justificou a autarca Paula Alves. Segundo o Correio de Sintra apurou, esta decisão, que decorre alegadamente de
Trabalhadores administrativos de jardins e cemitérios são os mais afetados
A presidente Paula Alves, pediu apoio
imposições legais, está a provocar maus ambiente e um sentimento de revolta na União de Freguesias Queluz/ Belas e a situação poderá mesmo estender-se a outras juntas do concelho e do país.
apenas os serviços da antiga freguesia de Queluz, uma vez que Belas possui os vínculos laborais regularizados.
Fazem falta “A junta não vai conseguir funcionar sem todas estas pessoas”, alertou Filipe Borregana, vogal eleito pela CDU, que diz estar alarmado pelo despedimento, para
já, de “cinco a seis pessoas, que viram terminar o seu contrato, mas que no total pode afectar 25 funcionários”. Este autarca considerou que a dispensa dos funcionários, “na realidade, são despedimentos, porque uma pessoa que está 12 anos a contrato está à espera de entrar para o quadro”. A junta possui funcionários a contrato nas áreas administrativas dos jardins e dos cemitérios. A situação afeta
Legislação cega A atual legislação “é cega” ao impedir a renovação dos contratos de funcionários com larga experiência nos serviços, e responsabilizando os autarcas que não cumpram as normas, admitiu Filipe Borregana, dando razão à presidente da União de Freguesias.
A limitação de renovações está regulada no regime do contrato de trabalho em funções públicas, publicado em 2008, pelo governo de José Sócrates, e na lei do Orçamento de Estado. Paula Alves quantificou que os funcionários dispensados chegarão a “seis até ao fim do mês”, mas que no total estarão na mesma situação 25 trabalhadores. Um problema que vê “com muita preocupação, não só pelos funcionários e pela sua experiência, mas também pelas suas famílias”. “As pessoas já estão há muitos anos nos serviços e os contratos foram sendo renovados”, admitiu Paula Alves, acrescentando que pediu “apoio jurídico a várias instituições”, mas todas defendem que a lei impede a renovação dos contratos. A autarca solicitou apoio à Câmara de Sintra e à Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL). CT com LUSA
AMBIENTE. A Câmara Municipal de Sintra abriu uma consulta pública tendo em vista a apresentação de propostas para a requalificação e urbanização da serra da Carregueira.
A
partir da passada semana, qualquer pessoa pode enviar as respetivas reclamações, observações, sugestões e pedidos de esclarecimento, em requerimento dirigido ao presidente da Câmara, Basílio Horta. Pub
Trata-se de um plano que pretende mudar a face à serra da Carregueira, e que está a ser preparado há vários meses. Reabilitar quintas Ainda de acordo com a proposta agora posta em discussão pública, o eixo estratégico “Proteção e valorização do património natural e construído”, tem os seguintes objetivos: Reabilitação e valorização das Quintas (património natural e construído) através da sua dinamização (turismo); Proteção e valorização do patri-
mónio arquitetónico; Salvaguarda do património arqueológico; Preservação, fomento e divulgação do património etnográfico; E, ainda, o aumento do conhecimento e da participação cívica na preservação dos valores naturais; O plano pretende promover e fomentar o turismo rural especializado (lazer, saúde e bem-estar) nas Quintas com valor histórico e patrimonial, bem como aumentar a oferta de alojamento turístico em unidades hoteleiras de elevada qualidade. CT
DR
Câmara quer requalificar parque da Carregueira
A recuperação de quintas e prédios são algumas das medidas previstas no plano
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Lazer & Desporto
DESPORTO. Chama-se Rope
Skipping e é uma modalidade que o Real Sport Clube, em Massamá, tem vindo a implementar há três anos.
quer pessoa pode praticar a
Exposição mostra paisagens DR
Real “voa” nas cordas
LAZER
O
nome é estrangeiro, mas não passa do tradicional saltar à corda em bom português. Certo é que a modalidade tem ganho cada vez mais adeptos e as aulas estão sempre cheias de pequenos e graúdos, uma vez que as inscrições são a partir dos sete anos de idade.
Desporto para todos “Trata-se de uma modalidade que pode ser feita com saltos em diferentes tipos de corda e engloba diversas acrobacias. Existem diversas formas de saltar como, por exemplo, corda individual, dois saltadores com duas cordas, dois saltadores e uma corda e um grupo a saltar numa corda longa. É uma modalidade que desenvolve a coordenação, a resistência, a força e a velocidade”, explica, à revista do clube, Natacha Teixeira, a responsável pela modalidade. Segundo esta professora, qualPub
A Galeria Municipal - Casa Mantero vai acolher a exposição coletiva de fotografia “Paisagens” de Marisol Gonzalez, Natalia Sdvizhkova, Patrícia Chorão e Rita Reis, patente de 5 a 30 de julho. Quatro paisagens diferentes apresentam-
-se num mesmo lugar permitindo criar sinergias inesperadas: entre o jardim (Patrícia Chorão), a lezíria (Rita Margarida Reis), a vila na serra (Marisol Gonzalez) ou mesmo entre países diferentes (Natalia Sdvizhkova).
Diversão para jovens com jogos eletrónicos
Modalidade que faz parte da tradição portuguesa está a voltar a estar na moda
modalidade e os benefícios são muitos: “Quanto mais cedo começarem melhor. Os praticantes aprendem a manusear uma corda e a saltar, o que leva a que acabem por desenvolver a referida força e coordenação motora. Além disso, trabalhamos a flexibilidade e os elementos de solo, como cambalhotas, aranhas, rodadas e muitos outros exercícios.” E Natacha Teixeira deixa um recado: “Todos deveriam experimentar, uma vez que além de todo o trabalho rigoroso que é feito, acaba também por ser uma atividade muito divertida. É possível brincar e aprender várias coisas ao mesmo
tempo. No fundo, esta modalidade é propensa à criatividade de quem ensina e de quem pratica. Mil anos A verdade é que saltar à corda é um desporto salutar e económico. Além disso, pode ser praticado em qualquer lugar, mesmo em casa. Basta, naturalmente, ter uma corda e cuidado para não partir a mobília. Depois, como referiu Natacha Teixeira, é só puxar pela imaginação e criar novas acrobacias. O salto à corda “nasceu” na China há mais de mil anos. CT
O “Game Day”, evento de entretenimento com jogos eletrónicos, é a proposta da Casa da Juventude para os jovens e que irá decorrer no próximo dia 5 de julho, das 10h00 às 19h00. Trata-se de uma forma de assinalar o final do ano letivo e onde os jovens podem usu-
fruir de mais de 25 consolas e jogos de última geração. Durante esta iniciativa, de participação gratuita, os visitantes podem desfrutar das consolas Nintendo Wii, da tecnologia “Next Generation” da Xbox e Kinect e da Playstation, ou experimentar simuladores de corridas.
Jovens desafiados a escrever A Casa da Juventude, na Tapada das Mercês, recebe a II Oficina de Escrita, durante o mês de julho, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Sintra que visa explorar as vertentes da composição da escrita através de noções teóricas e de exercícios práticos. Esta atividade pretende incen-
tivar a criatividade, numa vertente cultural e prática orientada para temáticas de interesse de e para a juventude. A Oficina de Escrita, composta por oito módulos, destina-se ao público em geral, a partir dos 14 anos, e decorre todas as terças e quintas-feiras, das 14h00 às 16h00.
Correio rosa Judite Sousa: da glória à tragédia da jornalista. Por escrito, Judite recordou André como “um homem maravilhoso e radiante de alegria”.
FAMOSOS. O filho de Judite Sousa,
diretora-adjunta de Informação da TVI e ex-mulher de Fernando Seara, o anterior presidente da Câmara Municipal de Sintra, morreu, aos 29 anos, no passado domingo à tarde, vítima de paragem cardiorrespiratória, após ter sofrido um acidente numa piscina.
O
corpo de André Sousa Bessa foi autopsiado esta segunda-feira. O funeral realizou-se esta terça-feira. “A palavra aqui é uma: André. O filho que sempre quis e que sempre me quis”, disse Judite de Sousa em comunicado. “Faleceu vítima de paragem cardiorrespiratória, na sequência de várias lesões internas”, informou, por seu turno, em comunicado o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Morte cerebral Fruto do primeiro casamento da jornalista com Pedro Bessa, do Centro de Produção do Norte da RTP, André teve um acidente na piscina de uma moradia de amigos em Picheleiros, Azeitão, na Margem sul de Lisboa, onde estaria a participar de uma festa. Após cair, terá estado cerca de 15 minutos dentro de água. O jovem foi levado inicialmente para o Hospital de São Bernardo, em
Judite perde único filho num trágico acidente
Setúbal, onde terá chegado já em morte cerebral. Transferido para a unidade hospitalar em Almada, “esteve mais de 24 horas ventilado, na unidade de cuidados intensivos, em coma não reativo”. O óbito foi declarado ao final da tarde de ontem. Em nome de Judite Sousa, o diretor de Informação da TVI, José Alberto Carvalho, leu um comunicado
Buraka Som Sistema apresentam novo álbum MÚSICA. Os Buraka Som Sistema
editam o novo álbum, intitulado “Buraka”, a 23 de junho, numa altura em que vão andar em digressão, em vários festivais internacionais, anunciou a promotora.
A
nova produção do grupo será apresentada, em primeira mão, no festival “Nos Alive”, que se realiza em Algés. Refira-se que Blaya, uma das vocalistas, reside na Idanha, em Belas, concelho de Sintra. O novo álbum chama-se “Buraka” e é a terceira produção do grupo luso-angolano, depois de “Komba” (2011) e “Black Diamond” (2008), mas é também o quinto disco, contabilizando “From Buraka to the world” (2006) e “Sound of kuduro” (2008), os EP que os deram a conhecer. Em comunicado, a banda afirma
que “o lema `From Buraka to the world` dá uma volta de 180 graus para se tornar em “from the world to Buraka”, à medida que aprofunda cada vez mais a pesquisa por ritmos e géneros inovadores”. De “Buraka”, álbum do qual foi já revelado o tema “Stoopid”, sabe-se que conta com a participação da cantora britânico-argelina Yadi e do produtor lisboeta B i s o n . O lançamento do novo álbum acontecerá numa altura em que a banda já andará em digressão, com um novo espetáculo, com passagem, além do Nos Alive, pelo Sol da Caparica (Costa de Caparica), festival Sonar (Espanha), Garorock (França), Splendour in the Grass (Austrália), Pukkelpop (Bélgica) e Outlook (Croácia). Dos Buraka Som Sistema, além de Blaya, fazem ainda parte Branko, Kalaf, Riot e Conductor.
Frase profética Durante o fim-de-semana, foram muitos os familiares e amigos que se deslocaram ao hospital, como Miguel Relvas, Fátima Campos Ferreira, José Alberto Carvalho, Joaquim Oliveira, Marques Mendes, José Eduardo Moniz, Manuela Moura Guedes e os filhos, José Rodrigues dos Santos e Vítor Gonçalves, entre outros. Ninguém viu o ex-autarca de Sintra, Fernando Seara, dar as condolências, pelo menos de forma presencial, à jornalista e ex-mulher. André Sousa Bessa era filho único de Judite Sousa e de Pedro Bessa, que pertence à administração do Centro de Produção do Norte da RTP. Frequentou o Colégio de S. João de Brito, em Lisboa, e formou-se em Direito na Universidade de Lisboa. Na passada semana Judite Sousa foi distinguida com o Troféu de Jornalismo durante o Baile da Rosa. Na altura a ex-primeira dama do concelho de Sintra teve uma frase quase profética: “A sorte não existe, mas constrói-se.” CT
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