Pesquisa e Análise de Tendências da Moda Ana Sofia Pereira Inês Silva Joana Forte Tanita Neumaier Teresa Saraiva
ESAD - Abril 2013 Pesquisa e Análise de Tendências de moda
Índice
# Introdução # Tendências Passadas
# Macro Tendências: - “22-22-22”
# Conclusão
- “Working Jungle”
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# Introdução
A proposta de trabalho 3 tem como tema pesquisa e análise de tendências de moda. Neste documento vão estar presentes pesquisas passadas até aos dias de hoje e duas propostas de macro tendências para o ano 2014/2015. “-Mas a roupa e a moda são ainda máquinas de seduzir. Uma roupa funciona quando seduz. E não funciona quando não seduz. É como uma máquina fotocopiadora. Quando não consegue tirar fotocópias está avariada. Na moda, uma roupa que não seduz não funciona. É uma roupa que está avariada.” (...) - E seduzir é? - Seduzir, Excelência, é fazer que o outro olhe uma vez e outra, e depois de ver e observar tenha ainda vontade de ver de novo. Seduzir é, portanto, criar um interesse no outro para voltar a ver; é uma espécie de promessa infinita e visual. - Vestir de uma forma sedutora implica aptidões de culinária: juntamos vários ingredientes e, no final, o sabor visual, digamos assim, tem de estar no ponto. - Sabor visual, é isso mesmo. Que bela expressão! - Sim, saber seduzir através da roupa é isso mesmo: encontrar o sabor visual certo.” # Excerto da crónica ‘Sobre moda’ de Gonçalo M. Tavares para o NMagazine, Abril 2013
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Tendências Passadas
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# Trend Report Autumn Winter 2011
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# Trend Report Spring Summer 2011
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# Trend Report Autumn Winter 2012
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# Trend Report Spring Summer 2012
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# Trend Report Autumn Winter 2013
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# Trend Report Spring Summer 2013
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Macro Tendências
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# Working Jungle (Retirado de “HERCULES
UNIVERSAL ISSUE IV – VOL. II” / “The South African Affair”, escrito por Francesco Sourigues & David Vivirido, Março 2013
“Explorar novos horizontes, tornou-se uma obsessão recente para nós, como descobrir lugares novos e refrescantes; terras que quase fazem com que a rotina diária fique fora do contexto. Viajar pela África do Sul foi uma daquelas aventuras extraordinárias que alteram completamente a percepção do continente Africano e da sua jóia no sul. Talvez nós não poderiamos imaginar os contrastes e grandeza que este país tem para oferecer, a partir das suas exóticas praias de areia branca das suas vilas charmosas, e da sua vida urbana vibrante ao seu deserto absolutamente intacto. A nossa aventura começou no infame Cidade do Cabo. É uma cidade que se sente como europeia ou ocidental,o ser iluminado e deslumbrante por-do-sol envolto pela épica Table Mountain que foi seguido por um incrível safari no Parque Nacional Kruger. A África é um lugar que apela aos sentimentos mais profundos de uma pessoa, como o calor do seu povo que nos fez apaixonar pela sua terra como iniciámos a realização deste portfólio, o caso sul-Africano. Esta jornada de imagens captadas por Carlotta Manaigo não mostra apenas a beleza da África do Sul, complementada pela tendência exótica da moda primavera/verão. Mostra também as pessoas únicas e memoráveis que conhecemos ao longo desta viagem.
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Esses tipos de pessoas únicas e inesquecíveis às vezes podem ser encontradas fora do sub continente Africano – transpõem-se para o mundo da moda. Alguns designers fascinantes que estão recriando estas culturas sao Trussardi Umit Benan e da Balmain Olivier Rousteing, a especialista de safari Benedetta Mazzini, e o icónico designer de interiores Nicky Haslam. Acrescenta-se a isso dezenas de páginas totalmente carregadas com a nossa escolha das colecções de verão sumptuosamente tiradas por Paola Kudacki. Vibrante, emotivo e diversificado, são conceitos que nós capturamos um pouco do espírito da África do Sul com isso (e muito mais) no caso Sul Africano.”
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(Retirado de “PressEurop, escrito por Pedro Magalhães, 22 de Outubro de 2010)
“Portugal é um país fechado, velho, sem perspetivas. Em Angola há todas as armadilhas que se possam imaginar, mas é o futuro. Uma terra de desafios. E eu arrisco!” Paula Cardoso, lisboeta, está na casa dos 30 anos, é ambiciosa e pertence a essa jovem geração de portugueses que se sente “condenada”, sem futuro. Desde há cinco anos, segundo o Observatório das Migrações, 350 mil pessoas deixaram este país, atingido por uma violenta crise, apontado como um elo fraco da União Europeia, à beira de um colapso à grega. Um êxodo comparável ao da década de 1960. Os portugueses emigravam, sobretudo, para o Reino Unido, a Espanha e a Suíça. Mas, desde há três anos, surgiu um outro eldorado, mais longínquo: Angola. Esta antiga colónia portuguesa, que se tornou independente em 1975 após uma longa guerra, está a sete horas de voo de Lisboa, no sul da África. O país tem um território 12 vezes mais vasto do que Portugal. É a “terra dos desafios” onde espera lançarse Paula Cardoso e tantos outros. O fenómeno está em grande crescimento. Em 2006, há registo de apenas 156 vistos de portugueses que partiram para a ex-colónia. No ano passado, o número subiu para 23 787. Actualmente, vivem em Angola 100 mil portuguesas, ou seja, quatro vezes mais do que os angolanos que vivem em Portugal onde, por causa da crise, chegam a conta-gotas. “Isto faz-me pensar na época das descobertas, quando os nossos antepassados partiram para África para fugirem, também eles, à crise económica”, sublinha Mário Bandeira, do Instituto Superior de Ciências
do Trabalho e da Empresa. 1000 euros por mês em Portugal, 3000 em Angola Portugal está doente, Angola em grande forma. Com as suas reservas de diamantes e as suas jazidas de petróleo – as maiores da África subsariana, depois da Nigéria –, o país vive com 14% de crescimento do PIB, em média, desde 2003. No ano anterior, em 2002, os angolanos descobriram a paz após quase 40 anos de guerra ininterrupta. Tudo tem de ser reconstruído. São precisos engenheiros de pontes e de estradas, especialistas em telecomunicações, consultores financeiros, etc., se possível, lusófonos. É uma dádiva para os portugueses, ligados àquele país por uma língua comum: quadros e jovens licenciados portugueses, desempregados ou em busca de aventura, partem para África. São, sobretudo, o dinheiro fácil e os bons salários que motivam os candidatos. Um engenheiro recémlicenciado ou um jornalista com três anos de experiência que, em Portugal, podiam aspirar a 1000 euros de salário mensal, recebem 3000 euros em Angola e, na maior parte das vezes, é a empresa que os contrata que lhes dá, ainda, casa e comida. Carlos Cardim é director de uma agência de publicidade, instalada há cinco anos na capital, Luanda. “Tenho a impressão de viver no Portugal dos anos 1980, quando começaram a chover os fundos da Comissão Europeia.” Estes emigrantes privilegiados vivem em grande estilo: moradias luxuosas, carros com motorista, segurança pessoal, noites festivas. “Há aqui um lado Far West, é divertido”, diz João, um consultor de marketing instalado no sul de Angola desde 2007. “Portugal é o país que se deve evitar, neste momento.”
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(Retirado de “TSF online, 8 de Outubro de 2012) O mundial 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 vão criar, conjuntamente, 3,6 milhões de empregos no Brasil, afirmou hoje o ministro de desporto brasileiro, Aldo rebelo, em entrevista à Record News.
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# A primeira tendência que propomos para o ano 2014/2015 provém da grande importância que África e América Latina possuem actualmente. Esta situação deriva do seu crescimento económico, da taxa de emigração dos países ocidentais para esses continentes, dos fenómenos desportivos, nomeadamente Mundial 2014 e Jogos Olímpicos 2016 a realizarem-se no Brasil, e também do conflito politico na Venezuela e da nacionalidade do novo papa. Em suma há uma grande ruptura de ideais e tradições, uma reviravolta na situação sócio-económica mundial que origina uma expansão das tradições destas culturas para o Ocidente. Começamos a assistir a uma crescente influência exótica na moda, na música e nas artes em geral. Surgem bandas que são sucessos mundias, como Die Antwoord e Skip&Die provenientes da África do Sul e que mostram a sua imagem muito rude, exuberante característico do soweto sul Africano. Esta atitude mais underground do soweto e das favelas brasileiras é um dos princípios fundamentais da tendência que propomos. Working Jungle é então caracterizado por padrões étnicos, exóticos, floreados, tribais e camuflados. Aborda também materiais artesanais, como linho, madeiras e serapilheira muitas vezes ornamentados e gravados manualmente formando padrões inovadores. Surgem elementos característicos destas culturas como novos turbantes, acessórios exuberantes feitos de materiais menos ricos e com cores fortes. A paleta desta tendência surge de elementos naturais destes países e dos pigmentos das tintas por eles utilizados. As cores em geral são fortes, garridas e frescas e diferenciam-se entre géneros.
Para mulher apresentamos uma paleta que parte de um azul petróleo, seguindo para uma escala de verdes e terminado num gradiente de cores quentes passando de um amarelo torrado a um vermelho sangue. Para homem apresentamos uma paleta um pouco mais sóbria caracterizada pelas três cores da camuflagem, verde caqui, verde seco e preto; duas tonalidades de azul celeste e novamente um gradiente de cores quentes.
# Paletas de Cor - Mulher
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# Paletas de Cor - Homem
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# 22-22-22
(Retirado do NewYorkTimes, escrito por Teddy Wayne, 1 de Março de 2013)
“Cada geração tem seu próprio hino para representar a jornada que vai da ingenuidade juvenil à realidade adulta, seja “Old Man”, de Neil Young, “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, ou, mais recentemente, talvez, a canção “22”, de Taylor Swift. “Hoje é a noite em que esqueceremos os prazos”, canta ela. “Parece uma daquelas noites, em que não vamos dormir.” Mas não é tão fácil para os fãs menos afluentes de Swift esquecer os prazos, como é para a cantora e compositora, agora um pouco mais experiente aos 23. Noites em branco são mais prováveis acontecer por motivos de trabalho, do que por passarem a noite nalgum bar ou discoteca a divertir-se. “Se eu não estiver no escritório, estou sempre no meu BlackBerry”, disse Casey McIntyre de 28anos, uma editora de livros de Nova York. “Eu nunca sinto que estou totalmente fora do trabalho.” McIntyre é apenas uma jovem da geração agora com 20 e poucos anos - uma população historicamente explorada como mão de obra barata - a descobrir que longas horas e baixos salários vão de mãos dadas na classe criativa. A recessão não facilitou a entrada em posições iniciantes, onde centenas de candidatos disputam por estágios não remunerados em que precisam de estar sempre com o iPhone na mão, usando o Twitter e representando a sua empresa a todas as horas do dia. “Precisamos contratar um 22-22-22”, explicou recentemente um gestor de redes sociais. Isto significa um jovem de 22 anos de idade, disposto a trabalhar 22 horas por dia por US$ 22.000 ao ano. Talvez o período de trabalho seja um exagero, mas os demais certamente não o são. De acordo com um relatório de 2011 do Centro Pew, o valor médio líquido de chefes de família com menos de
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35 anos caiu em 68% de 1984 a 2009, chegando a apenas US$3.662. Antes de pensarmos que é um mero efeito colateral da crise económica, para aqueles com mais de 65 anos subiu 42% para US$170,494 (em grande parte por causa de um ganho global nos valores de propriedades). Por isso, 1,2 milhões de jovens a mais (entre os 25 e os 34 anos de idade) viviam em 2011 com os seus pais, em relação à quatro anos atrás. Uma vaga de emprego publicada recentemente pela Dalkey Archive (editora de vanguarda de Champaign, Illinois) em busca de estagiários não remunerados para o seu escritório em Londres, denota as exigências bizarras feitas aos jovens funcionários. A descrição dos motivos para “demissão imediata” incluíam “chegar mais tarde ou sair mais cedo, sem autorização prévia”, “estar indisponível durante a noite ou nos fins de semana” e “não responder a e-mails em tempo hábil.” “A noção de início de carreira tradicional está a desaparecer”, disse Ross Perlin, de 29anos, o autor da “Intern Nation”. Os estágios substituíram o tal início de carreira, disse ele, “mas também bolsas e outros títulos que soam nebulosamente prestigiosos e pagam pouco, o que significa que se ganha menos de US$ 15.000 por ano”. Anteriormente um compromisso de curto prazo, os estágios hoje tornaram-se um rito de passagem obrigatório, que muitas vezes se arrasta por anos. “Particularmente em algumas profissões mais rockstar, como cinema e televisão, editorial e jornalismo as empresas pressionam para ver o que podem conseguir dos jovens com pouco investimento”, disse Perlin. “E as pessoas estão desesperadas o suficiente para aceitar isso.” Isto foi o que Katherine Myers, de 27anos, descobriu
quando se licenciou em 2008. Após meses de busca, ela conseguiu uma posição como coordenadora de desenvolvimento num canal de televisão em Nova York. “Eu estava disposta a aceitar qualquer coisa”, afirmou. “Nunca almoçava, chegava mais cedo e trabalhava até tarde.” Ainda assim, a sua experiência foi mais agradável do que a de dois dos seus amigos que, sucessivamente, trabalharam para uma grande produtora de cinema. “No ano passado, fizemos uma festa de aniversário surpresa para um deles e ele não pode aparecer porque o seu chefe o chamou para acompanhar uma gravação”, disse. “Durante um ano nunca mais o vimos. Ele levantavase às cinco e ficava no trabalho até à 1h.” Mas Myers, agora numa posição hierarquicamente superior no site CollegeHumor, está empenhada no seu campo, assim como Cathy Pitoun, de 25anos. Há dois anos, como assistente de produção numa empresa de Culver City, na Califórnia, que faz trailers de filmes, Pitoun ganhava US$ 10 por hora sem benefícios, com turnos aos fins de semana. Depois de seis meses, ela foi promovida para uma posição “onde qualquer erro era motivo para demissão”, observou ela, e recebeu um aumento para US$ 12 por hora com benefícios. Ela estima que trabalhava pelo menos 60 horas por semana. “Havia dias em que eu trabalhava até às 4h só para conseguir enviar um comercial de televisão para um cliente no Japão e depois tinha de acordar quatro horas mais tarde para um dia totalmente novo (...) e havia dias que eu tinha de estar no trabalho às 5h para fazer gravacões de voz com atores da Europa para compensar a sua mudança de horário e ainda ficava até às 21h.” Tanto o seu investimento, como o de Myers, valeu
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a pena: ela é agora o assistente do diretor-executivo, embora saiba que o caminho para a produção, o seu objetivo a longo prazo, “vai piorar antes de melhorar”, explicou. O trabalho de Pitoun certamente teria sido menos exigente na era pré-Internet e smartphones. Se ela desligasse o telefone por algumas horas, o seu aparelho ficaria inundado com e-mails, mensagens de texto e chamadas não atendidas. “Tinha de estar disponível a 100%, mesmo aos sábados e domingos”, disse, “ou seja costumava usar os fins de semana para fazer as tarefas em torno do meu apartamento, sempre à esperar que o telefone tocasse.” McIntyre, a editora, estima que recebe de 300 a 400 e-mails por dia e tenta responder a pelo menos 80% deles. Como tem energia para essa digitação incessante, sem mencionar as 16 horas por dia viajando em digressão com os artistas? “Eu tomo café antes de sair de casa num Dunkin’Donuts convenientemente situado na estação de metro por onde passo e tomo outro café durante o dia”, disse ela. “E são cafés grandes.” Para complicar as coisas surge o facto de que não se sabe ainda como quantificar ou definir o trabalho digital. Muito menos o e-mail. “Twitter é trabalho? Facebook é trabalho?”, questiona Perlin. Ironicamente, os “millennials”, frequentemente responsáveis por monitorizar redes sociais e e-mails de maneira contínua, podem estar a subestimar o valor deste trabalho. Os seus hábitos de consumo e de cultura gratuita na Internet transitaram para o mundo do trabalho, de modo que estão mais dispostos a aceitar a troca ou o
pagamento em espécie” afirma este, como almoços grátis. E o seu pagamento principal é a construção de “capital cultural” em oposição a “capital do capital”. Nestas profissões casuais as empresas também “têm tentado romper com o pesadelo da homogeneização da década de 1950”, disse Perlin, substituindo cubículos com mesas de pebolim e outros apetrechos para aliciar os trabalhadores a ficarem até mais tarde e a criarem vínculos com os colegas de trabalho. “Mas temos algo mais sinistro agora”, disse. “As pessoas estão a trabalhar muito mais e estão convencidas a aplicarem-se de corpo e alma. Existe uma tentativa de nos tentar fazer esquecer a diferenciação entre o seu local de trabalho e a sua casa - quem são os seus colegas de trabalho e quem são os seus amigos?” Filhos de pais que investiram mais, que foram sobrecarregados desde a creche, podem achar especialmente difícil definir limites profissionais. Como parte da geração “que tem sido ensinada a se envolver em trabalhos por amor”, disse Perlin. “Não se consegue um emprego a dizer: ‘Eu só quero um trabalho’”, disse. “Temos que trabalhar de alma e coração demonstrando isso ficando até tarde ou respondendo e-mails às 23h”. Este compromisso é o que Lucy Schiller, de 24anos, demonstrou ao longo de dois anos em Denver e São Francisco, mas nada funcionou. Schiller cai na categoria que Perlin define como “estagiário em série”. Ela trabalhava como empregada de mesa das 4h45 da manha às 3 da tarde, quatro dias por semana por um salário mínimo, enquanto fazia estágios não remunerados em cinco instituições artísticas e culturais. Perlin destacou que “alguns estudos mostram
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que esses jovens trabalham em oito ou nove empregos durante um curto período da sua vida, o que economistas vêem como uma coisa boa, mas eles não analisam o stress pessoal que é necessário.” Os pais de Myers, também, apreciam e incentivam a filha, mas ficam perplexos com a sua carreira no mundo do entretenimento. “Eles não acreditam que eu esteja no caminho para algo”, disse ela. “Eles acham que não faz sentido a menos que se ganhe algum dinheiro. “Essa é uma questão legítima”, ela continuou. “Eu vou fazer 30 anos nos próximos anos e é difícil ser jovem e ver a diferença entre a minha posição no sector e a de outros que estão tão bem. Para sair da cama todas as manhãs, eu tenho que pensar que vou ser uma dessas pessoas. A minha sorte é que sou uma pessoa delirantemente positiva”. # A segunda tendência que propomos baseia-se no artigo acima transcrito, que encontramos no jornal “New York Times”. Este artigo mostra-nos como atualmente funciona o mercado de trabalho para os jovens-licenciados. Querse quase uma utopia, um impossível, pois trabalhar com 22anos, 22horas e ganhar 22000$ por ano, digamos que não será a visão ideal para um emprego para a vida. Muito menos quando o jovem em questão estudou em boas faculdades, tirou um curso, gastou dinheiro com este e com as propinas e chegando a reta final propõem-lhe um contrato assim. Infelizmente, como vemos nos exemplos acima não é uma excepção, mas provavelmente uma tendência para
o mercado de trabalho atual. Não admira que esta utopia se torne regra daqui a uns tempos, colocando sempre trabalho e lazer/casa no mesmo patamar. Assim nesta tendência tentamos transpor um jovem revoltado por este sistema, que nos remete para uma tendência oriunda dos anos 90. Tal como nesta década o jovem protagonista desta tendência é ativo e revoltado, demostrando-o pela sua forma de vestir e estar, participando em manifestações e movimentos sociais. Este jovem utiliza a tecnologia e as redes sociais como forma de expressão, como também nas suas roupas onde podemos encontrar mensagens subliminares de revolta e descontentamento. Apesar da sua atitude “grunge” proveniente dos anos 90, esta vertente aparece na sua imagem duma forma mais discreta pois a qualquer momento pode ser chamado para uma entrevista, tendo que estar clean e apresentável. Na moda esta tendência aparece sob a forma de uma imagem muito jovem, muito street wear, cabelos com cores pastel, jeans wear rasgado e desgastado, t-shirts com mensagens revolucionárias e uma atitude muito trash, característico do grunge. Aparecem materiais como denim, malhas em rede, flanelas e algodão. 22-22-22 é uma tendência com uma paleta muito neutra e muito similar entre géneros pelo gradiente de cinzas. Na mulher temos também duas tonalidades de rosa velho e duas tonalidades de azul denim. Para homem partimos de um azul turquesa, passando por duas tonalidades de verde seco e terminando num beringela.
# Paletas de Cor - Mulher
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# Paletas de Cor - Homem
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# Conclusão Esta proposta ajudou-nos a alargar as nossas referencias e aumentou a nossa percepção do mundo que nos rodeia e dos vários factores que influenciam a moda, como a arte, a literatura, o cinema, a gastronomia, a música, a política entre outros. Com este trabalho conseguimos entender como se formam tendências, factor bastante importante e útil no nosso trabalho futuro.
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# Bibliografia Revistas: Jornais: Sites:
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