mina
Universidade de Brasília Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Projeto, Expressão e Representação Trabalho de Conclusão de Curso
mina MINA módulos itinerantes e núcleo de acolhimento à mulher
Orientadora Maribel Del Carmen Aliaga Fuentes
Membros da banca Augusto Cristiano Prata Esteca Maria Cecília Filgueiras Lima Gabriele
Professor convidado Luis Alejandro Pérez Pena
Arquiteta convidada Carina Folena Cardoso
Tarsila Louzano Moreira Ferreira Brasília, 2017
Triste, Louca Ou Má Francisco, El Hombre Triste louca ou má Será qualificada Ela quem recusar Seguir receita tal A receita cultural Do marido, da família Cuida, cuida da rotina Só mesmo rejeita Bem conhecida receita Quem não sem dores Aceita que tudo deve mudar Que um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define Você é seu próprio lar Um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define Ela desatinou Desatou nós Vai viver só Ela desatinou Desatou nós Vai viver só Eu não me vejo na palavra Fêmea: Alvo de caça Conformada vítima Prefiro queimar o mapa Traçar de novo a estrada Ver cores nas cinzas E a vida reinventar E um homem não me define Minha casa não me define Minha carne não me define Eu sou meu próprio lar Ela desatinou Desatou nós Vai viver só
agradecimentos
À Maria Luísa, agradeço por ter me acompanhado em todos os momentos do processo de Diplomação e por ter se mostrado resiliente e forte, me iluminando com o verdadeiro significado de parceria. À Júlia, agradeço pela recepção amiga desde o primeiro semestre de Fau-UnB até o último, e tenso, período da faculdade. Juntas dividimos uma casa, conforto para quem vem de longe, e construímos uma amizade para vida. À minha mãe, Elaine, sempre ao meu lado quando traço meu caminho, pautado por indecisões e medos, me apoiando e me fazendo acreditar no meu potencial. Mãe, você me faz crer que eu não sou só uma “mina”, com você perto posso ser tudo. À minha avó, Marlene, meu colo desde pequena, a pessoa que me faz sentir uma sintonia completa e paz, agradeço por vivenciar a experiência linda de uma família matriarcal com você. Ao meu irmão, Rafael, agradeço por me ensinar a dúvida, por instigar a curiosidade e o desejo de aprender, provando que é sempre possível ir mais longe e que tudo tem um significado. À todas as MINAS.
Aos meus familiares, agradeço pelo ambiente seguro no qual cresci, rodeada de carinho e motivação. À minha orientadora e educadora, Maribel, agradeço pelo reencontro e pela oportunidade de imergir num tema que nos conecta cada vez mais. Sempre debatendo e tensionando questionamentos para vida, traçamos um caminho irreversível. Vamos juntas! Às minhas queridas “bambucas”, Giovana, Gisele e Marina, mulheres incríveis que fizeram parte da minha experiência intensa de faculdade, hoje, fonte de um orgulho imenso. Gio, você traduziu o sentido de paz interior e descomplicou a vida. Gin, admiração é o resumo do que sinto, ao meu lado nas invenções mais ousadas que criamos no período de Fau-UnB, você me transmitiu o equilíbrio perfeito entre curtição e responsabilidade. Nina, gigante e intensa, você mudou tudo, introduziu as primeiras indagações sobre gênero e com isso nunca mais fui a mesma. À Fau-UnB, agradeço por estimular ao máximo os debates sob a ótica social e política.
sumรกrio
referencial 12
apresentação
14
justificativa
16
diagnóstico
20
referências arquitetônicas
26
local(is)
projeto 36
diretrizes de projeto
38
ocupação do terreno
42
bloco Marias
60
bloco Anas
74
bloco Franciscas
92
bloco Antônias
106
módulos itinerantes
114
módulos conectores
118
bibliografia
mina
apresentação
12
25 de novembro de 1999 foi instituído como o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres. A Assembleia Geral das Nações Unidades elegeu o dia como lembrança do 25 de novembro de 1960, quando as três irmãs Mirabal, ativistas políticas na República Dominicana, foram assassinadas a mando do ditador Rafael Trujillo.¹ Muitas outras datas comumente divulgadas em prol da conscientização e promoção da igualdade de gênero poderiam ser aqui citadas, mas o fato é que a luta feminina é diária. Diante disso, é possível enunciar diversas frentes de protesto no espectro da luta pela visibilidade feminina, no entanto, o projeto MINA canaliza os esforços na questão da prevenção e, posterior eliminação da violência contra a mulher e na possibilidade de afirmação do indivíduo feminino, promovendo o atendimento humanizado àquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade.
1
| WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: <www mapadaviolencia. org.br> Acesso em: 03/2017.
A oferta de um espaço físico de acolhimento à mulher com alas multifuncionais integradas, isto é, um programa de necessidades que conecte tratamento e reinserção, é imprescindível para o coerente processo de proteção de pessoas em situação de risco. O ponto fundamental do MINA é promover a possibilidade de acompanhamento à usuária desde o pronto atendimento na ocasião da violência até a sua saída como indivíduo confiante e recuperado. Para tal, a proposta foca num ambiente capaz de garantir condições de enfrentamento da violência e promover empoderamento da mulher, bem como a sua autonomia econômica, libertando-a do ciclo de agressão. Outro fator que surge como balizador da proposta é a questão da localização do equipamento. O Distrito Federal, DF, conta com apenas uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher — DEAM —, localizada na 204|205 Sul, número insuficiente e localização demasiadamente centralizada e, até elitizada. É preciso memorar que um dos motivos da não adesão aos programas de assistência à mulher violentada é a dificuldade de deslocamento da usuária até o equipamento especializado. Para rebater o atual sistema de atendimento, imaginamos o MINA — Módulos Itinerantes e Núcleo de Acolhimento — à mulher. Um sistema que irá trabalhar com a concepção de que o atendimento deve acontecer em duas instâncias, a primeira em equipamento móvel, possibilitando o acolhimento a um maior número de mulheres pelo DF. A segunda, do acompanhamento, em instalações fixas, por meio de um núcleo de atendimento integrado aos módulos, instigando assim, o desafio arquitetônico de composição de paisagem.
A violência interpessoal geralmente segue um padrão de agressão. A agressão é infligida em um ciclo repetitivo, composto de três frases: a criação da tensão, o ato de violência e uma fase amorosa. Isolada neste processo, a mulher entra em uma resistência passiva. A vítima passa a assumir o modelo mental do seu agressor. É quando ela passa a pensar que ele está certo e ela está errada, mas com o objetivo de garantir a integridade psicológica e adaptar-se à situação. | José Barroso Filho, Conselho Nacional de Justiça.
13
justificativa
14
A violência contra mulher pode ser entendida como construção social e se revela cada vez mais presente na atualidade. No entanto, a luta incansável das questões sociais de gênero, não se configura como fato recente, pelo contrário, possui uma longa jornada pela História da humanidade, apesar de se identificar, também, como contemporânea e diária.
objetivo A partir da compreensão da violência contra a mulher, nas suas mais diversas formas, elaborar projeto preliminar do Módulos Itinerantes e Núcleo de Acolhimento à mulher — MINA. Pretende-se oferecer um espaço humano de acolhimento à mulheres em situação de vulnerabilidade, ou não, que estimule a promoção da autonomia do indivíduo feminino.
A judicialização das questões de agressão contra a mulher, no Brasil, é um fenômeno recente, apenas em 2006, foi sancionada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o rigor das punições para esse tipo de crime. Entende-se a judicialização como a criminalização da violência, não só pelas leis, mas também, e fundamentalmente, pela consolidação de estruturas específicas, mediante as quais o aparelho policial, jurídico e, especialmente assistencial, podem ser mobilizados para proteger as vítimas.²
2
| WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: <www mapadaviolencia. org.br> Acesso em: 03/2017.
3
| AVERBUCK, Clara. A ineficiência da Delegacia da Mulher, 2015. Disponível em: < https:// www cartacapital com. br/blogs/escritorio feminista/a-ineficienciada- delegacia-da mulher-1964.html> Acesso em: 03/2017.
frentes de atuação Partindo de uma intenção geral de projeto, é possível identificar algumas frentes de atuação necessárias à compressão total do objeto, já que o processo de recuperação em casos de violência contra a mulher não se revela como fato isolado. São elas:
Destacam-se como estrutura específica, as DEAMs — Delegacia Especial de Atendimento à Mulher —, unidades especializadas da Polícia Civil, que realizam ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência contra as mulheres. Além das DEAMs, pode-se contar com as sessões especiais de atendimento em outras delegacias. Apesar da existência de tais equipamentos, após leituras de depoimentos e notícias, é possível notar a imensa quantidade de apelos que fazem as usuárias, descrevendo um ambiente hostil e relatando descaso, despreparo e desrespeito. Segundo a escritora Clara Averbuck: ‘‘palco de uma segunda violência’’.³
Assistência jurídica.
Assistência psicossocial.
Política de proteção à mulher.
Empoderamento da mulher.
Reinserção social.
No Brasil entre 1980 e 2013, num ritmo crescente ao longo do tempo, tanto em número quanto em taxas, morreu um total de 106.093 mulheres, vítimas de feminicídio. Efetivamente, o número de vítimas passou de 1.353 mulheres em 1980, para 4.762 em 2013, um aumento de 252%, segundo dados do ‘‘Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil’’. É válido destacar que o feminicídio é o ato máximo de agressão, mas comumente é acompanhado de outras formas, sutis ou não, de abuso como: invisibilização, chantagem, ameaça e estupro. Propõe-se assim a consequência dos fatos: é imprescindível a criação de um aparelho eficiente de proteção à mulher. Apesar do público alvo do equipamento ser, especificamente, mulheres que vivenciam situações de vunerabilidade psicológica e física, entende-se que medidas preventivas nas políticas para as mulheres são necessárias e eficazes. Desse modo, propõe-se uma arquitetura preparada para o acolhimento de todas as mulheres. imagem 1 | Propaganda contra a violência de gênero no Metrô Ceilândia.
15
diagnรณstico
16
tipos de violência
perfil da vítima | cor
Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006, violência contra a mulher é
A partir dos dados do ''Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil'' pode-se inferir que a cor das vítimas se mostra como fator determinante à definição dos índices. Com poucas exceções geográficas, a população negra é vítima prioritária da violência homicida no país. Enquanto as taxas de homicídio da população branca tendem a cair, o índice de vitimização da população negra cresceu de forma drástica.⁵ O gráfico destaca a evolução das taxas de homicídio de mulheres brancas e negras no Brasil de 2003 a 2013.
qualquer conduta, ação ou omissão de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.⁴
Na tabela abaixo, tem-se o número de atendimentos de mulheres pelo SUS, segundo tipo de violência e etapa do ciclo de vida. Para delinear o perfil da vítima, adotamos como principal referencial teórico o estudo ''Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil'', portanto para a análise considera-se apenas a violência letal.
4
| Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: <www. cnj.jus.br/programase-acoes/lei-mariada-penha/formas-deviolencia>. Acesso em: 04/2017.
perfil da vítima | faixa etária O mesmo estudo permite observar duas especificidades dos homicídios de mulheres: a elevada incidência feminina no infanticídio e o platô que se estrutura no homicídio feminino, na faixa de 18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a mulher.⁶ A partir da relação observada entre violência de gênero e familiar, surge uma importante diretriz projetual ao MINA: a necessidade do atendimento familiar. Define-se como violência familiar aquela que acontece nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural, civil, por afinidade ou afetividade, desde que resida no mesmo espaço.⁷
5
| WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: <www mapadaviolencia.org.br> Acesso em: 03/2017.
6
| Ibidem.
7
| Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: <www. cnj.jus.br/programase-acoes/lei-mariada-penha/formas-deviolencia>. Acesso em: 04/2017.
17
Nesse sentido, advém o dever de oferecer acolhimento e direcionamento
não apenas à mulher violentada, mas também às vítimas de violência familiar, normalmente crianças e adolescentes. Propõe-se assim a inclusão de áreas para os filhos dessas mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, no programa de necessidades do projeto.
Os dados de ocorrência da Lei Maria da Penha em algumas localidades do DF foram coletados do portal eletrônico do Governo do Distrito Federal, pesquisa oferecida pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social. Desta vez, o estudo delata a ocorrência da lei nº 11.340/2006, e não apenas os casos de violência letal. Acredita-se que uma visão mais abrangente sobre a violência de gênero, nas suas mais diversas formas, possa ser mais convergente às diretrizes de projeto do MINA.
O gráfico mostra os homicídios (%), por sexo e idades simples no Brasil em 2013.
estatísticas regionais
8
O DF ocupa o 14º lugar no ordenamento das UFs, segundo taxas de homicídio de mulheres no Brasil em 2013.
estatísticas locais
estatísticas internacionais Apresenta-se a comparação gráfica dos índices de violência letal de mulheres no Reino Unido e no Brasil, a partir dos dados apresentados pelo ''Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil'', com intuito de evidenciar a disparidade entre ambos e a gravidade da situação brasileira.
DA F RIA O D MA HA N PEN
Com sua taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, o Brasil, num grupo de 83 países com dados homogêneos, fornecidos pela Organização Mundial da Saúde, ocupa uma pouco recomendável, 5ª posição, evidenciando que os índices locais excedem, em muito, os encontrados na maior parte dos países do mundo.⁸
18
| WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: <www mapadaviolencia. org.br> Acesso em: 03/2017.
uma sala de estar dos servidores; uma copa-cozinha; uma sala de equipamentos de proteção e armamento; e uma sala de detenção provisória;
norma técnica | DEAM
g | Áreas comuns - A área comum das DEAMs deve ser composta por dois estacionamentos de veículos: um para o público em geral e outro para viaturas policiais, por um banheiro feminino e outro masculino; uma sala específica para crianças; vestiário masculino e vestiário feminino; alojamento masculino e feminino, sala de audiência e sala de reuniões.¹⁰
Em 2006, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres — SPM — , a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, as Secretarias de Segurança Pública e as Polícias Civis das Unidades Federadas, bem como especialistas na temática da violência de gênero e de diferentes organizações não-governamentais, se juntaram para elaborar, em consonância com a legislação vigente, a Norma Técnica de Padronização das DEAMs.
Apesar da intenção de criar-se uma proposta espacial alinhada à Norma Técnica, acredita-se que o foco do projeto é proporcionar o completo acolhimento e, para tal, será preciso considerar não só a funcionalidade de uma DEAM, mas além, será necessário propor áreas que proporcionem o tratamento e a reinserção da mulher. Assim, a proposta de um programa de necessidades para o MINA extravaza a reprodução de uma delegacia da mulher.
Com a promulgação da Lei Maria da Penha, foi necessária a revisão da Norma Técnica, pois instituiu-se uma nova política criminal e procedimentos específicos para lidar com as ocorrências de violência contra as mulheres. Além disso, a Lei estabeleceu uma política integral para o tratamento dessa violência e criou novas atribuições para os poderes públicos e, particularmente, para as DEAMs.
A política integral e articulada de prevenção e assistência, estabelecida pela Lei Maria da Penha para o seu pleno funcionamento, requer a criação e integração de uma rede de serviços de atendimento entre todos os setores envolvidos no processo de enfrentamento da violência contra a mulher.
Apesar da intenção projetual do MINA se estender para além das funções contempladas pelas DEAMs, pretende-se a concepção de uma proposta alinhada a Norma Técnica. Para tal apresenta-se algumas das padronizações indicadas no documento. 9
| Secretaria de Políticas para as Mulheres/Presidência da República Secretaria Nacional de Segurança Pública/ Ministério da Justiça UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Norma Técnica de Padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres. 2010.
10 11
Nesse sentido a Secretaria de Estado da Mulher do DF dispõe de quatro tipos de serviços especializados que atuam de modo específico de acordo com seu público alvo: o Centro Especializado de Atendimento à Mulher — CEAM —, a Casa Abrigo, o Núcleo de Atendimento à Família e ao Autor de Violência Doméstica — NAFAVD — e o Ônibus da Mulher. ��
O equipamento deve estar situado, preferencialmente, em áreas próximas a outros serviços que compõem a rede de atendimento, e que sejam bem providas pelos meios de transporte urbano.
CEAM: Os Centros Especializados de Atendimento à Mulher são espaços de acolhimento espontâneoo que oferecem orientações gerais sobre os direitos da mulher e promovem apoio jurídico, acompanhamento psicológio e assistência social à mulher.
Suas instalações devem ser amplas, com fachadas bem iluminadas e sinalizadas de forma a facilitar o acesso da população e observar as especificações constantes na legislação vigente, em especial, no que se refere à acessibilidade.⁹
Casa Abrigo: A Casa Abrigo é um local dedicado à proteção de mulheres vítimas de violência doméstica que correm risco de morte. A abrigada pode permanecer no espaço com seus dependentes, meninos de até 12 anos e meninas de todas as idades, por até três meses. Caso a participante do programa possua condições de retomar o curso de sua vida antes desse período, pode solicitar sua liberação. O projeto busca preservar a integridade física e psicológica dos acolhidos a partir do atendimento interdisciplinar, favorecendo o resgate da autoestima e a reconstrução da autonomia. O encaminhamento para a Casa Abrigo é avaliado e realizado pela DEAM.
A Norma Técnica propõe também um programa de necessidades mínimo: a | Área para recepção – A recepção deve ser composta por duas salas: uma para a espera das vítimas e outra para espera dos agressores; b | Área para registro – O registro deve ser composto por cartório, sala de espera e sala de registro de ocorrências;
| Ibidem. | Governo do Distrito Federal. Secretaria da Mulher. Conselho dos Direitos da Mulher. Lei Maria da Penha: pelo fim da violência contra a mulher. Brasília. 2013.
NAFAVD: Os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica atendem à possibilidade de “comparecimento obrigatório do(a) agressor(a) a programas de recuperação e reeducação”, conforme os artigos 35 e 45 da Lei Maria da Penha. O espaço tem a função de ofertar acompanhamento psicossocial às famílias em situação de violência contra as mulheres encaminhadas pelas demais estruturas disponíveis.
c | Área para a assistência judiciária – deve ser composta por duas (2) salas, uma para advogadas (os) e outra para espera; d | Área para a equipe técnica – A equipe técnica deve ter a seu dispor três salas: uma para a equipe de investigação, outra para comunicação e a última para reconhecimentos – com espelho gessel;
Ônibus da Mulher: São unidades móveis de combate à violência de gênero, realizando atendimento às mulheres nas áreais rurais do DF.
e | Área para a coordenação – A coordenação deve ser composta por três salas: uma para a Delegada (o), outra de espera e uma de reunião; f
| Área de apoio – O apoio deve ser composto por uma sala para almoxarifado;
19
referĂŞncias
20
Casa da Mulher Brasileira A Casa da Mulher Brasileira integra um dos eixos do programa “ Mulher, Viver sem Violência ”, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres. O equipamento público localizado em Campo Grande e Brasília tem como proposta a inovação no atendimento humanizado às mulheres. Seu programa de necessidades visou integrar, em um único espaço, serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contras as mulheres, com áreas de acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, Juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças, alojamento de passagem e central de transportes. �� Apesar dos conceitos de atendimento humanizado e de integração de serviços serem tomados como valores aplicados no MINA, algumas críticas podem ser feitas ao projeto. Tomando como ponto de partida o programa de necessidades e o zoneamento da Casa da Mulher Brasileira, pode-se inferir que o espaço como um todo é bastante burocratizado, sendo notável o destaque que se dá às áreas funcionais em relação às áreas de apoio à mulher. Esta característica do projeto reforça um valor comum em serviços de atendimento à mulher: a valorização da recepção do caso em detrimento da reinserção social da mulher. 12 | Disponível em: <www.spm.gov.br/ assuntos/violencia/ cmb/casa-da-mulherbrasileira >. Acesso em: 04/2017.
imagem 2 | Zoneamento da Casa da Mulher Brasileira.
Vale sinalizar aqui que a crítica não está centrada no grande dimensionamento das zonas burocráticas mas, sim, na proporção que estas tomam no projeto como um todo. Além disso, as zonas encontram-se distribuídas de forma fragmentada, com nenhum tipo de filtro que trabalhe o aumento de restrição dos espaços, ou seja, funcionários, participantes do programa e agressores podem coexistir em um mesmo espaço. imagem 3 | Perspectiva interna da Casa da Mulher Brasileira.
imagem 4 | Perspectiva externa da Casa da Mulher Brasileira.
21
imagem 5 | Planta de layout da Casa da Mulher Brasileira, escala 1:200.
TV
ET
MI
ET
ET
R
R
R
R
R
R
1 : 50
A=7.87 m²
A=10.52 m²
SANITÁRIO FEMININO
A=7.69 m²
DETENÇÃO
MI ET
ET
A=33.62 m²
MI
R
LP
A=8.32 m²
A=33.62 m²
R
A=10.47 m²
ET
AA
AA
AA
Ls
AA
AA
AA
LG
LG
R
R
PT
LP
AA
MI
AB
MI
AB
AB
MI
AB
AB
AA
AA
Lc
S
ET
R
EA
LG
Aç
Aç
LG
Ls
A=4.26 m²
BANHEIRO BLOCO 6
ET
Ls
Ls
Ls
Ls
R
MM2
MM2
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
CL
R
A=47.27 m²
R
R
R
E3
MR2
C
C
C
C
CARTÓRIO
R
R
SANITÁRIO FEMININO
SANITÁRIO MASCULINO
R
R
R
R
INVESTIGAÇÃO VIOLÊNCIA
LP
MAR
MAR
A=29.01 m²
R
R
A=10.19 m²
ESTAGIÁRIOS
MAR
R
MM1
MM1
RECONHECIMENTO VÍTIMAS LADO ESCURO
A=9.65 m²
R
LP
A=8.30 m²
ET
SANITÁRIO MASCULINO
INVESTIGAÇÃO CRIMES SEXUAIS
ET
MM1
RECONHECIMENTO ACUSADOS LADO ILUMINADO
ET
ET
R
ET
CP
A=36.83 m²
AA
AA
Ls
GABINETE JUIZ
ET
MM1
R
R
DETENÇÃO
LP
R
MM3
MM1
MM1
CAMA DE CONCRETO REVESTIDA EM GRANITINA
LP
LP
Ls
R
Ls
Ls
Ls
MI
R
AA
MM1
R
R
CAMA DE CONCRETO REVESTIDA EM GRANITINA
LP
LP
R
AA
EA
ET
MAR
R
R
R
R
R
R
Planta de Layout Ala Oeste
MI
ET
MI IMPRESSORA
ET
MI IMPRESSORA
MI
R
Ls
Planta de Layout Ala Leste 1 : 50
R
S
R
A=37.12 m²
TRANSPORTES
MR1
MI IMPRESSORA
Ls
EA
MI IMPRESSORA
MI IMPRESSORA Ls
AB
GV
PT
Ls
R
Ls
ET
R
GV
R
R
R
CL
MI
Ls
LP
A=2.86 m²
CL
Lc
Ls
R
R
R
DELEGADA PLANTÃO
R
R
A=8.41 m²
R
R
R
R
R
R
Lc
L.L.-3/8"
DORMITÓRIO
AA
CL
MTE
MTE
MTE
ARM04
A=18.97 m²
DEP.
A=9.30 m²
Ls
Mc
E2
MR1
R
C
A=24.31 m²
PT
R
CL
R
R
A=21.04 m²
Ls
CP
R
R
A=9.95 m²
A=71.54 m²
Lc
Ls
Lc
AA
A=52.29 m²
R
LPI
AA
R
R
AA
AA
Ls
Ls
MI IMPRESSORA
AA
AA
CL
CL
R
R
ET
AA
R
ET
A=23.20 m²
CL
CL
A=25.31 m²
R
DEL. CARTOR
R
R
R
R
DEL CARTOR
R
R
R
R
Ls
CL
CL
LP
Ls
LPI
R
R
R
ET MI
Ls
Ls
Ls
Ls
ET
ET
MI
Ro05
LG
A=21.27 m²
EA
EA
EA
EA
EA
PT
AB
AB
PT
AB
AB
PT
CL
Lc
CL
PT
Ls
A=4.88 m²
BANHEIRO DELEGADA
AB
AB
Ls
PT
ET
II/III
A=478.55 m²
VARANDA
LPI
LPI
VESTIÁRIO FEMININO
MI IMPRESSORA
EA
R
A=10.08 m²
SALA DE REUNIÃO C
R
R
A=11.70 m²
SALA DE REUNIÃO B
R
R
A=12.01 m²
BEB
MR1
MR1
R
AA
R
R
LP
LP
SALA DE REUNIÃO A
ET
CP
MR1
DELEGADA ADJ. A=18.42 m²
R
R
R
R
R
R
R
AA
MI
A=12.27 m²
CIRCULAÇÃO
A=34.37 m²
A=4.34 m²
LPI
A=4.65 m²
LP
VESTIÁRIO PNE
LP
APOIO JUIZ
MI
LP
CIRCULAÇÃO RESTRITA
A=29.46 m²
DELEGADA CHEFA
ET
ET
ET
S
Ro05
LG
ADM. DEAM.
BEB
R
R
AA
Lc
MR1
ET
RECEPÇÃO DEAM
R
R
Ls
CL
Lc
CL
Ls
R
A=21.24 m²
VESTIÁRIO MASCULINO
AA
CIRCULAÇÃO/ESPERA
C
C
C
C
C
ATENDIMENTO
AA
TV TETO
CIRCULAÇÃO
AA
AA
Lc
MI
TV
A=9.82 m²
LPI
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
L.L.-3/8"
ARQUIVO
R
AA
AQ
A=50.27 m²
AA
R
R
MR1
AQ
AQD
AQD
AQD
AQD
AQD
BEB
Ls
CIRCULAÇÃO/ESPERA
A=3.75 m²
E3
AA
AA
AQ
AQ
AQ
AQ
AQ
R
R
AQ
CRT
CRT
CRT
CRT
CRT
CL
SALA TÉCNICA
ARM04
SANITÁRIO PNE
A=3.53 m²
ARMAS
LP
AQ
A48
Ls MI IMPRESSORA
AQ
SANITÁRIO PNE A=2.88 m²
ET
A=62.38 m²
CL
BANHEIRO JUIZ A=3.68 m²
A48
A=70.36 m²
A48
ALOJAMENTO PLANTONISTAS
CP
Ls
SALA DE AUDIÊNCIA
MM3
Mc
Ls
CRT
CRT
CRT
CRT
CRT
CRT
Ls
MI IMPRESSORA
GV
LG
Eç
Aç
Aç
Aç
Aç
Aç
Aç
D.M.L.
A=8.16 m²
A=16.26 m²
DEPÓSITO
Aç
CL
Lc
CL
Ls
CL
CP
CP
CL
CL
CL
Ls
CP
CL
CL
CP
U
U
U
U
U
U
U
U
U
U
CL
CP
CL
CL
CP
A=320.67 m²
U
U
U
U
U
U
PÁTIO INTERNO
U
U
U
U
U
U
CL
CP
CP
CL
CL
U
U
U
U
U
U
U
MT MT
U
MT
U
MT
U
Lc
Lc
U
U
U
U
U
U
U
A=141.28 m²
RECEPÇÃO TRIAGEM
A=478.55 m²
VARANDA
A=114.23 m²
MT
MT
U
SALA MULTIUSO
U U
U
U
U
U
U
U
U
TV TETO
TV TETO
U
U
U
U
U
U
U
MT
MT
U
Lc
U
MT
R
R
R
R
R
R
R
U
U
U
U
U
U
U
MT
U
U
U
U
U
U
U
U
T
T
T
T
T
T
T
U
U
U
U
U
U
U
R
R
R
R
R
R
R
MI IMPRESSORA
Ls
Ls
MI Ls IMPRESSORA
MI
E2
L
A=4.06 m²
BANHEIRO ALOJAMENTO FEMININO 02
GEL
Lc
Ls
CR
CR
CR
CR
CR
A=15.17 m²
TV
A=22.13 m²
LPI
LPI
COPA ALOJAMENTO
ESTAR ALOJAMENTO
E3
CR
LP
LP
MER
A=3.76 m²
BANHEIRO ALOJAMENTO FEMININO 01
Ls
ET
MI
AB
PT
AB
MI
MI
AB
PT
Ls
ET
PT
AB
AB
PT
AB
AB
AB
IMPRES.
CP
A
A
puff
A
A
puff
R
R
R
AA
Ls
Ls
S
Ls
Ls
AA
MAI
puff
R
R
A
A
AA
R
AA
A=18.03 m²
Ls
Ls
A
QB
AA
MI
ET
A=38.85 m²
ASS. SOCIAIS
AA
P
A
A=25.15 m²
ATENDIMENTO GRUPO
A
A
A=21.38 m²
Ls
Ls
MI
A=33.98 m²
MI
AA
A
A
A
CH
LPI
A
R
R
C
C
C
C
C
MI
AA
ET
APOIO PROC.
Ls
A=59.41 m²
ATENDIMENTO GRUPO
ATENDIMENTO INDIVIDUAL
A
AA
A
A=9.14 m²
R
R
R
R
R
CP
AA
B
B
B
B
ORIENT. TRABA. RENDA
SALA TECNICA
A=19.86 m²
MI IMPRESSORA
ET
puff
LPI
R
MR2
R
R
R
R
R
R
R
R
AA
R
AA
R
MAR
ET
SALA DE REUNIÃO 4
A=15.68 m²
COORDENAÇÃO
A=13.33 m²
PROC.
MI
A=13.39 m²
PROC.
A=15.76 m²
ET
AA
A=41.66 m²
ALOJAMENTO
COORDENAÇÃO GERAL
R
R
R
EA
Ls
EA
R
R
Ls
R
Bç
A48
A48
Bç
A48
A48
Bç
Ls
AA
EA
EA
Ls
Ls
250
22
R
A
A
R
A=29.24 m²
AA
Ls
MI
ET
AA
TV
TV
Ls
AA
Ls
AA
BEB
AA
AA
A=36.74 m²
Ls
MI
CL
Lc
CL
Ls
R
R
R
R
R
ET
A=30.07 m²
CIRCULAÇÃO
SALA DE REUNIÃO 3 A=23.35 m²
ET
Ls
R MT
R
Ls
AB
MQ
AA
Lc
QB
CL
BRINQ.
i
i
R
Ls
MIN
MIN
R
AA
i
i
R
CH
ET
ET
IMPRES.
R
R
R
Ls
BEB
ET
ET
Ls MI IMPRESSORA
QB
AB
LP
QB
QB
ARM04
A=2.88 m²
R
LP
ARM04
SANITÁRIO PNE
Ls
Ls
Ls
Ls
A=28.51 m²
MI
CR
CR
CR
CR
SECRETARIA
AA
A=2.86 m²
R
ET
LG
MQ
TV TETO
CR
CR
CR
CR
SANITÁRIO PNE
AB
Lc
CL
Lc
CL
R
MT
MT
MT
TV
AA
R
MT
MT
R
AB
AB
R
R
R
R
CL
CL
AA
APOIO ADMINISTRATIVO
AB
ET
ET
R
CIRCULAÇÃO A=8.49 m²
CL
CL
MI IMPRESSORA
A=61.03 m²
REFEITÓRIO/ LANCHONETE
MI IMPRESSORA
BEB
IMPRES.
ET
ET
R
A=35.02 m²
Ls
R
R
LPI
ET
ET
Ls
CR
CR
CR
CR
CR
CR
CIRCULAÇÃO/ESPERA
Lc
CL
R
R
AB
AB
Ls
R
R
R
R
MQ
MQ
MQ
LPI
CR
SECRETARIA
ET
AA
MI
MAR
IMPRES.
R
ET
MAR
Ls
CR
CR
CR
CR
CR
GEL
GEL
AA
AA
R
R
R
R
R
R
R
R
R
Ls
R
A=38.87 m²
AA
P
AA
R
AB
LG
A=10.52 m²
SANITÁRIO FEMININO
SANITÁRIO MASCULINO
R
MT
A=8.30 m²
i
i
A=18.64 m²
AA
MIN
MIN
ET
R
AA
R
R
R
MT
R
A=50.27 m²
SALA DE REUNIÃO 2
AB
MT
R
Ls
Ls
R
R
R
R
R
R
AA
MI
Ls
Ls
MAI
A=12.14 m²
R
R
R
R
R
R
EA
TV
EA
R
R
COLCH.
COLCH.
LP
LP
Ls
FRALDÁRIO
LP
MT
MT
MT
R
MT
MT
R
LP
LP
DEFENSORIA
MT
Ls
AA
R
A=16.12 m²
ET
R
R
R
R
Ls
DEFENSORIA
TV
MR2
Ls
GV
GV
A=13.69 m²
MI
R
R
AA
AA
ET
MT
A=10.54 m²
SANITÁRIO FEMININO
LP
A=8.26 m²
ATENDIMENTO INDIVIDUAL
puff
i
i
R
R
R
AA
R
A=59.41 m²
SANITÁRIO MASCULINO
A=49.86 m²
LP
R
MT
MT
R
TV
TV
R
MT
A=22.27 m²
ORIENT. TRABA. RENDA
GV
BRINQUEDOTECA
LG
LG
MT
MT
R
MT
PSICÓLOGAS
R
MT
MT
MT
MT
R
A=50.27 m²
LP
AA
A=25.47 m²
RACK
RACK
SALA TÉCNICA 1
MONITORAMENTO
GV
AB
SALA DE REUNIÃO 1
LG
LG
R
R
A=33.96 m²
Ls
R
RACK
RACK
RACK
RACK
RACK
RACK
APOIO DEFENSORIA
ET
MI
R
ET
AA
R
MI
R
MAR
R
S
MI
ET
MI IMPRESSORA
Ls
ET
MI
AB
Ls
Ls
PT
AB
Ls
LP
Ls
AB
PT
Ls
R
MI
MI
ET
R
AB
AB
ET
ET
LEGENDA GER
ARMÁRIO ARMÁRIO ARMÁRIO ARQUIVO ARQUIVO BRINQUED BALCÃO D BANCADA BELICHE BERÇO B CADEIRA CADEIRA CADEIRA CADEIRA POLTRON CHAISE L CADEIRA CADEIRA CADEIRA I CAMA SOL CRIADO M ESTAÇÃO ESTANTE FOGÃO EL GAVETEIR GELADEIR MESA DE MESA DE MESA DE MESA INF MESA DE I MESA REF MESA QU MESA MO MESA MO MESA MO MESA REU MESA REU MESA TRE MICROON MÁQUINA POSTO DE PUFF PER ROUPEIR ROUPEIR SOFÁ VEN SOFÁ VEN SOFANET TAPETE IN QUADRO TV LED 40' TV LED 50' LIXEIRA P LIXEIRA G LIXEIRA P LIXEIRA P LIXEIRA P CACHEPÔ PURIFICA CORTINA HIDRANTE
AÇ AR D F AQD BRIN T BBB B BÇ U CL A CR P CH EA R i CS C ET EÇ FG GV GEL MAI MA Mc MIN MI ME MQ MM MM MM MR2 MR1 MT MIC MQ PT PUF A32 A48 E2 E3 S Ti
NOV AB PLAN
AA CA
PRO
LEG
QUAD CÓDIG
EMISSÃO INI ALTERAÇÃO REVISÃO FIN REVISÃO CO
AR
EN
JUN
De
*OB
TV TV1 L Lg L Lc LPI CP P CRT
QUADR BRANCO
ENDEREÇO: SGAN 601, LOTE J, AS ARQUIVO DWG: C:\Users\E766006\De BRASILEIRA\CASA_
JUNIA/LILIANE
Desenho
Revisão 0 01 02 03
*OBS: Esta legend
TV TV1 L Lg L Lc LPI CP P CRT
QUADRO BRANCO
AA AB AÇ ARQ AQD BRINQ. T BBB B BÇ U CL A CR P CH EA R i CS C ET EÇ FG GV GEL MAI MAR Mc MIN MI MER MQ MM1 MM2 MM3 MR2 MR1 MT MIC MQC PT PUFF A32 A48 E2 E3 S Ti
QUADRO DE ESPEC CÓDIGO ESPECI
do usuário, com o mínimo de esforço no transporte.
Archigram
Living Pod Project, 1965, de David Greene, configura-se como o estudo de uma casa cápsula que poderia ser inserida em uma estrutura urbana plug-in ou até mesmo transportada e implantada em uma paisagem aberta.
O Archigram - nome gerado da junção entre as palavras arquitecture e telegram - surgiu com estudantes recém graduados de arquitetura e urbanismo que se reuniram para publicar uma revista de caráter provocativo, também denominada Archigram. Esta publicação deveria ser mais simples e ágil que uma revista comum de arquitetura, deveria possuir a instantaneidade de um telegrama. A revista mesclava projetos e comentários de arquitetura com imagens gráficas, cuja principal referência era a cultura pop disseminada pelos meios de comunicação, como televisão, rádio e até mesmo histórias em quadrinhos. A sua linguagem visual era a da bricolagem — com justaposição de desenhos técnicos, artísticos, fotografias, fotomontagens e texto — que, de certo modo, instaurava uma crítica às convenções e à monotonia no processo de representação e criação arquitetônica.
13 | SILVA, Marcos. Redescobrindo a arquitetura do Archigram. Disponível em: <www.vitruvius. com.br/revistas/read/ arquitextos/ 04.048/585 >. Acesso em: 06/2017.
Devido à produção que mostrava-se diferente do que até então era classificado como arquitetura, o Archigram impactou profundamente a época, gerando discussões nos mais diversos campos de conhecimento. Com as propostas deste grupo inglês, a disciplina arquitetônica, que sempre foi pensada a partir de princípios de rigidez, estaticidade e durabilidade, passou a apresentar novas alternativas de planejamento espacial, fundamentadas em mobilidade, flexibilidade, instabilidade, mutabilidade, instantaneidade, efemeridade e reciclagem. �³
imagem 6 | Plug-in City, de Peter Cook.
É nesta mudança de paradigmas conceituais do Archigram que se respalda o conceito do MINA. Alguns dos principais projetos do grupo, como Plug-in City, The Cushicle e Living Pod Project, são vistos aqui como estudos de caso pertinentes devido ao seu caráter móvel e de desdobramento em vários módulos.
imagem 7 | The Cushicle, de Mike Webb.
O projeto de Plug-in City, 1964, de Peter Cook, apresenta uma proposta de cidade tentacular construída em forma de rede, configurando-se como um espaço urbano planejado como um só edifício, constituído por elementos arquitetônicos móveis e intercambiáveis que se conectam em elementos estruturais fixos. The Cushicle, 1966, de Mike Webb, é uma unidade habitacional móvel dobrável e desdobrável que, quando fechada, pode ser carregada junto às costas
imagem 8 | Living Pod Project, de David Greene.
23
AMIE
Walking House
O projeto de demonstração AMIE — Additive Manufacturing Integrated Energy — é uma colaboração de pesquisa e design da SOM e do Laboratório Nacional Oak Ridge, Departamento de Energia dos Estados Unidos. Construído com formas em “ C ” e medindo 12.00 metros de comprimento, 3,50 metros de largura e 4.00 metros de altura, a estrutura explora o potencial de condensar as muitas funções de um sistema de parede convencional em uma concha integrada. Impresso em 3D, o edifício foi projetado para produzir e armazenar energia renovável, além de compartilhá-la, sem a necessidade de fios, com um veículo também impresso em 3D, desenvolvido pela DOE. ��
Projetada em 2008 pelo Studio N55, a Walking House é um sistema de habitação modular nômade que se move lentamente pela cidade com um impacto mínimo no meio ambiente. O módulo detém de um certo nível de autossuficiência devido ao uso de células solares e pequenos moinhos de vento que geram energia elétrica, de um sistema de coleta de água de chuva, uma unidade de estufa que pode ser acoplada ao projeto para fornecer alimento e um sistema de banheiro de compostagem. O projeto não depende de vias pavimentadas e se move em todo tipo de terreno. A Walking House pode gerar comunidades, ou Walking Villages, quando mais unidades são adicionadas em conjunto. Cada módulo poderia ser facilmente equipado com meios de produção especializados, como estufas e pequenas fábricas, fornecendo meios para que os habitantes ganhem a vida dessa maneira enquanto se deslocam pelas cidades. �� Os módulos intinerantes do MINA tomam como referência das Walking Houses o seu caráter nômade, autossuficiente e a capacidade de formar redes de comunidades.
Integrados no telhado, painéis fotovoltaicos flexíveis funcionam em conjunto com um gerador de gás natural localizado no veículo para fornecer energia para iluminação e a micro-cozinha central. Além de complementar a fonte de energia do veículo, os painéis também carregam a bateria do gabinete quando os acessórios não estão em uso. O caráter de autonomia funcional está presente nos módulos intinerantes do MINA, de modo que estes possam atuar de maneira independente e até mesmo em áreas com pouca infraestrutura.
14
| Disponível em: <www.som.com/ projects/amie>. Acesso em: 06/2017.
imagem 9 | Perspectiva externa do projeto AMIE.
imagem 10 | Perspectiva externa da Walking House.
24
15
De Markies
Cardboard Banquet
De Markies, marquês em holandês, foi concebida por Eduard Böhtlingk como uma casa de férias móvel em sua aplicação para a competição “ Temporary Living ” em 1985. O projeto consiste em um trailer de acampamento que emprega inventivamente dois tipos de princípios de dobradura para triplicar o espaço inicial de 2.00 metros de largura por 4.00 metros de comprimento. Quando estacionado em local adequado, as paredes laterais rígidas se abrem para ambos os lados, transformando-se em pisos, enquanto dois toldos sanfonados, um opaco e um transparente, se abrem a partir da parte principal do trailer. A facilidade de montagem e desmontagem é um dos aspectos buscados na elaboração dos módulos intinerantes do MINA.
O Cardboard Banquet foi projetado e construído por estudantes de arquitetura do terceiro ano na Universidade de Cambridge, sob a tutoria de Tom Emerson e Max Beckenbauer. O desafio era construir um pavilhão inteiramente de papelão, tendo como base o tema “ Bricolage ”, com foco em noções de improvisação e adaptação. Com a assistência do designer de produtos de papel Rentaro Nishimura e sem qualquer uso de computador, desenvolveram um design modular e flexível com uma estrutura de placa dobrada. Como resultado, o pavilhão foi fabricado em três dias e erguido em horas. O sistema estrutural imaginado para os módulos intinerantes do MINA, reproduz a técnica de dobradura utilizada no Cardboard Banquet, que viabilizou a sua rápida montagem e sua capacidade de expansão e retração.
imagem 11 | Perspectiva externa do Markies.
imagem 12| Perspectiva externa Cardboard Banquet.
| Disponível em: <www.n55. dk/MANUALS/ WALKINGHOUSE/ walkinghouse.html>. Acesso em: 06/2017.
25
local(is)
26
95 casos. Ceilândia ocupa ainda a primeira posição em relação a outras 12 regiões do DF para crimes de feminicídio.
30 25
É importante ressaltar que as dez regiões administrativas com maior incidência de crimes de violência doméstica, segundo a Lei Maria da Penha, somam 68% do total registrado. Para crimes contra a dignidade sexual, as dez localidades mais incidentes, quando somadas as participações, resultam em 69% do total. Já em relação a crimes de feminicídio, as cinco regiões administrativas com mais casos registrados somam 63% das ocorrências. ��
20 15 10 5
crimes de violência doméstica
crimes contra a dignidade sexual
crimes de feminicídio
Proporção entre as dez RAs mais incidentes e o total registrado.
Proporção entre as dez RAs mais incidentes e o total registrado.
Proporção entre as cinco RAs mais incidentes e o total registrado.
Proporção entre Ceilândia e as dez RAs mais incidentes.
Proporção entre Ceilândia e as dez RAs mais incidentes.
Proporção entre Ceilândia e as cinco RAs mais incidentes.
DEAM CASA DA MULHER BRASILEIRA
5
10
25
50
justificativa 16
| Secretaria de Políticas para as Mulheres/Presidência da República Secretaria Nacional de Segurança Pública/ Ministério da Justiça UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Norma Técnica de Padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres. 2010.
17
| Governo do Distrito Federal Relatório de Crimes de violência doméstica, contra dignidade sexual e feminicídio. Brasília. 2016. Disponível em: <www. ssp.df.gov.br/ estatisticas/violenciacontra-a-mulher.html>. Acesso em: 06/2017.
O mapa acima relata as distâncias em quilômetros de algumas localidades do DF até a DEAM e a Casa da Mulher Brasileira, ambas localizadas no plano piloto. A Norma Técnica de padronização das DEAMs estabelece que, a partir da população existente no DF, hajam no mínico cinco delegacias especializadas em áreas geograficamente antagônicas. �� Os Módulos Itinerantes e Núcleo de Acolhimento à mulher, propõem um sistema de atendimento dinâmico, rompendo a perspectiva de fixação da arquitetura e permitindo o alcance ao maior número de mulheres possível. A localização do núcleo foi definida a partir de estudos da incidência de violência nas localidades no DF, bem como da oferta de transporte e do grau de visibilidade na urbe. Os módulos itinerantes atenderão ao conceito de arquitetura portátil e cinética, percorrendo as diversas regiões do DF, desde espaços públicos a grandes eventos. Conforme o acompanhamento anual de 2016 dos dados de violência contra a mulher no DF, a região administrativa — RA — de Ceilândia é líder entre 31 outras localidades na ocorrência de crimes de violência doméstica, registrando 2211 casos. Para crimes contra a dignidade sexual, a região também lidera o número de ocorrências quando comparada a essas 31 localidades, apresentando
27
Após a apresentação dos dados acerca da violência de gênero no DF, opta-se por locar a proposta do núcleo de atendimento do MINA na região administrativa de Ceilândia. O mapa a seguir mostra as distâncias em quilômetros entre área de implantação do projeto, em Ceilândia, e as dez localidades com maior ocorrência de crimes contra a mulher. É possível verificar que o localização do equipamento é favorável às demais localidades a oeste do DF, região que abriga seis das dez RAs mais incidentes. Estas podem guiar a movimentação da rede unidades itinerantes de atendimento deste projeto-conceito.
panorama A Ceilândia surgiu em decorrência da Campanha de Erradicação de Favelas — CEI —, que foi o primeiro projeto de erradicação de favelas realizado no Distrito Federal pelo governo local. As remoções para a nova localidade foram iniciadas em 1971 com a transferência de, aproximadamente, 80.000 moradores de favelas.
25
50
A RA IX, Ceilândia, foi criada pela Lei n.º 49/89 e o Decreto n.º 11.921/89, por desmembramento da RA III - Taguatinga e está situada a 26 quilômetros da RA I – Brasília. Possui uma área urbana de 29,10 km² e está subdividida em diversos setores: Ceilândia Centro, Ceilândia Sul, Ceilândia Norte, P Sul, P Norte, Setor O, Expansão do Setor O, QNQ, QNR, Setores de Indústria e de Materiais de Construção; uma parte do INCRA: área rural da Região Administrativa, Setor Privê, e condomínios que estão em fase de legalização como o Pôr do Sol e Sol Nascente.
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
5
10
Os dados coletados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio — PDAD — 2015 foram selecionados a partir da sua ligação com a temática abordada neste trabalho, ou seja, foram preconizados os parâmetros que podem afetar de algum modo a experiência feminina em Ceilândia. Segundo a pesquisa, a população urbana estimada do local é de 489.351 habitantes. A maioria da população da Ceilândia é constituída por pessoas do sexo feminino, 51,82%. ��
Proporção entre mulheres e homens em Ceilândia.
28
18
| CODEPLAN. Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio, Ceilândia. Brasília. 2015.
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD - 2015 Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD - 2015 Região Administrativa Ceilândia (RA IX) Região Administrativa Ceilândia (RA IX)
Do total totalde dehabitantes habitantesda daRA RACeilândia, Ceilândia, 46,17% estão faixa etária 2559a anos, 59 anos, Do 46,17% estão nana faixa etária de de 25 a
os idosos, idosos, acima de de 60anos, anos,são são 16,90%. população de zero a 14 anos totaliza 20,80%. os Conforme a60 pesquisa do16,90%. total deA A habitantes da RA Ceilândia, 46,17% acima população de zero a 14 anos totaliza 20,80%. Destaca-se que nos setores Pôr do Sol e Sol Nascente, o percentual de crianças é mais Destaca-se que nos setores Pôr do Sol e Sol Nascente, o percentual de crianças é mais estão na faixa etária de 25 a 59 menor, anos, os idosos, acima de 60 anos, são 16,90%. A expressivo, 27,84% e o de idosos 5,69% (Tabela 1.2). expressivo, 27,84% e o de idosos menor, 5,69% (Tabela 1.2). população de zero a 14 anos totaliza 20,80%. �� Tabela dede idade - Ceilândia - Distrito Federal – 2015 Tabela 1.2 1.2 -- População Populaçãosegundo segundoos osgrupos grupos idade - Ceilândia - Distrito Federal – 2015
Ceilândia PôrPôr do do SolSol e Sol Ceilândia e Sol Tradicional Nascente Tradicional Nascente Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD - 2015 Nº %% NºNº % Nº Nº Ceilândia % % Nº % Administrativa Região (RA IX) 00 aa 44 anos 26.790 5,47 19.411 4,91 7.379 7,83 7,83 anos 26.790 5,47 19.411 4,91 7.379 55 aa 66 anos 11.523 2,35 8.107 2,052,05 3.415 3,63 3,63 anos 11.523 2,35 8.107 3.415 77 aa 99 anos 21.391 4,37 15.825 4,004,00 5.566 5,91 5,91 anos 21.391 4,37 15.825 5.566 10 42.140 8,61 32.273 8,178,17 9.867 10 aa 14 14 anos anos 42.140 8,61 32.273 9.867 10,4710,47 15 35.717 7,30 27.284 6,906,90 8.433 8,95 8,95 15 aa 18 18 anos anos 35.717 7,30 a cor 27.284 Gráfico 2 - População segundo ou raça declarada - 8.433 19 a 24 anos 43.152 8,82 34.846 8,82 8.307 8,82 8,82 19 a 24 anos 43.152 34.846 - 20158,82 8.307 Ceilândia -8,82 Distrito Federal 25 a 39 anos 111.291 22,74 86.919 22,00 24.372 25,87 25 a 39 anos 111.291 22,74 86.919 22,00 24.372 25,87 40 a 59 anos 114.660 23,44 93.156 23,58 21.505 22,83 40 a 59 anos 114.660 23,44 93.156 23,58 21.505 22,83 Indígena 22.451 60 a 64 anos 24.644 5,04 5,68 2.193 2,33 60 a 64 anos 24.644 5,04 % 22.451 5,68 2.193 2,33 0,02 65 anos ou mais 58.043 11,86 54.880 13,89 3.162 3,36 65 anos ou mais 58.043 11,86 54.880 13,89 3.162 3,36 Total 489.351 100,00 395.152 100,00 94.199 100,00 TotalCodeplan – Pesquisa Distrital por Amostra 489.351 100,00 100,00 94.199 100,00 Fonte: de Domicílios - Ceilândia - 395.152 PDAD 2015 Ceilândia CeilândiaTotal Total
Tabela 3.2 - População segundo o nível de escolaridade - Ceilândia - Distrito Federal – 2015
Fonte: Codeplan – Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Ceilândia - PDAD 2015
Branca
36,64pardos % Dos residentes nesta RA,Parda 57,95% declararam ser e 36,64% brancos. A cor Dos residentes nesta RA, 57,95% declararam ser pardos e 36,64% A cor 57,96 % representada pornesta 5,32%RA, dos57,95% residentes. Nos setores Pôr do e Solbrancos. Nascente, preta é Dos residentes declararam ser pardos eSol 36,64% brancos. preta é dos representada pordeclararam-se 5,32% dos residentes. Nos 1.3 setores Pôr 2). do Sol e Sol Nascente, 61,06% entrevistados pardos (Tabela e Gráfico A cor preta é representada por 5,32% dos residentes. �� e Gráfico 2). 61,06% dos entrevistados declararam-se pardos (Tabela 1.3 Tabela 1.3 - População segundo a cor ou raça declarada - Ceilândia - Distrito Federal – 2015 Tabela 1.3 - População segundo a cor ou raça declarada - Ceilândia - Distrito Federal – 2015
Ceilândia Pôr do Sol e Sol Ceilândia Total Preta Ceilândia Pôr do Sol e Sol Tradicional Nascente Ceilândia TotalAmarela 5,32 % Tradicional Nascente Nº % 0,06 % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Branca 179.317 36,64 148.114 37,48 31.203 33,12 Preta 26.019 5,32 20.580 5,21 5,7733,12 Branca 179.317 36,64 148.114 37,48 5.439 31.203 Amarela 312 0,06 312 0,085,21 0 0,00 5,77 Fonte: Tabela 1.3 Preta 26.019 5,32 20.580 5.439 Parda 283.583 57,95 57,210,08 57.515 0 61,06 0,00 Amarela 312 0,06 226.068312 Indígena 120 0,02 78 0,02 42 0,0461,06 Parda 283.583 57,95 226.068 57,21 57.515 Não sabeSobre o estado civil/forma de120 0união da0,00 0 78Ceilândia, 0,000,02 0,00 0,04 população da houve a0 prevalência Indígena 0,02 42 Total 100,00 395.152 100,00 Não solteiros, sabe 0 0,00 0 0,00 94.199 0 100,00 0,00 dos 39,54%, seguidos 489.351 pelos casados, 32,47%. Destaca-se, ainda, que 17,57% têm Fonte: Codeplan Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ceilândia PDAD 2015 Total 489.351 100,00 395.152 100,00 94.199 100,00 união estável e 6,02% são viúvos. As demais formas de união são menos representativas Cor ou Raça Cor ou Raça
16
20.619
81,50
4.680
18,50
25.299
100,00
4,05
0,05
100,00 39,54 13,47 0,80 18,20 1,92 2,48 17,57 6,02
Pôr do Sol e Sol Nascente Nº %
0,03
Ceilândia Ceilândia Total Tradicional 40,00 Sexo 35,00 Nº % Nº % 30,00 Masculino 102.004 71,72 81.385 69,60 25,00 20,00 Feminino 40.227 28,28 35.547 30,40 15,00 Total 142.231 100,00 116.932 100,00 10,00 5,00 Fonte: Codeplan - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Ceilândia - PDAD 2015 0,00
0,02
2015
0,05
100,00 18,89 81,11 32,07 10,93 0,65 14,76 1,56 2,01 14,25 4,88
% Estado Civil
0,40
489.351 92.445 396.906 156.952 53.482 3.182 72.220 7.613 9.830 69.749 23.878
%
5,52
Total Menor de 14 Anos Subtotal Solteiro Casado civil Casado religioso Casado civil e religioso Divorciado Separado União estável Viúvo
No
5,52
Estado Civil/União Conjugal
23,94
| Ibidem.
9,07
23
Tabela 1.4 - População segundo o estado civil/união conjugal – Ceilândia Total - Distrito Federal - 2015
5,64
| Ibidem.
35,96
22
Os homens representam 71,72% dos responsáveis pelos domicílios na RA e 28,28%
são mulheres. Os homens representam dos responsáveis domicílios na RA Nos setores Pôr do Sol71,72% e Sol Nascente o percentual pelos de mulheres chefiando os domicílios é menor, 18,50% (Tabela 9.1). Gráfico Nos 5 - População segundo o nível deNascente escolaridade e 28,28% são mulheres. setores Pôr do Sol e Sol o percentual de Ceilândia- Distrito Federal - 2015 Tabela 9.1 - Distribuição dosos responsáveis pelos domicílios18,50%. segundo �� o sexo - Ceilândia- Distrito Federal mulheres chefiando domicílios é menor,
1,91
| Ibidem.
Sobre a forma de união da população da Ceilândia, houve a prevalência Dos residentes nos setores Pôr do Sol e Sol Nascente, observa-se que 36,12% são dos solteiros, 39,54%, seguidos pelos casados, 32,47%. Destaca-se, ainda, solteiros, 30,85%, casados e 27,76% têm união estável (Tabelas 1.4, 1.4.1 e 1.4.2).que 17,57% têm união estável e 6,02% são viúvos. ��
4.9 - Características do Responsável pelo Domicílio Fonte: Codeplan - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Ceilândia - PDAD 2015
0,56
21
Fonte: Codeplan (Tabela 1.4). - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Ceilândia - PDAD 2015
0,38
| Ibidem.
0,25
20
3,07
| CODEPLAN. Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio, Ceilândia. Brasília. 2015.
Pôr do Sol e Sol Nascente
Nº % Nº % Nº % 17.510 3,58 14.811 3,75 2.699 2,86 15.036 3,07 13.096 3,31 1.940 2,06 1.211 0,25 1.169 0,30 42 0,04 1.873 0,38 1.325 0,34 548 0,58 2.725 0,56 2.261 0,57 464 0,49 9.335 1,91 7.016 1,78 2.319 2,46 3.949 0,81 3.274 0,83 675 0,72 835 0,17 624 0,16 211 0,22 4.539 0,93 3.274 0,83 1.265 1,34 234 0,05 234 0,06 0 0,00 172.014 35,15 135.329 34,24 36.685 38,96 26.754 5,47 21.905 5,54 4.849 5,15 39.835 8,14 30.559 7,73 9.276 9,85 116.893 23,89 96.274 24,36 20.619 21,89 27.029 5,52 23.698 6,00 3.331 3,54 27.027 5,52 24.244 6,14 2.783 2,95 1.962 0,40 1.793 0,45 169 0,18 234 0,05 234 0,06 0 0,00 234 0,05 234 0,06 0 0,00 Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - PDAD - 2015 120 0,02 78 0,02 42 0,04 Região Administrativa Ceilândia (RA IX) 162 0,03 78 0,02 84 0,09 19.840 4,05 13.642 3,45 6.198 6,58 489.351 100,00 395.152 100,00 94.199 100,00
Analfabetos (15 anos ou mais) Sabem ler e escrever (15 anos ou mais) Alfabetização de adultos Ensino Especial Maternal e creche Jardim I e II/Pré-Escolar EJA - Fundamental incompleto EJA - Fundamental completo EJA - Médio incompleto EJA - Médio completo Fundamental incompleto Fundamental completo Médio incompleto Médio completo Superior incompleto Superior completo Curso de especialização Mestrado Doutorado Crianças de 6 a 14 anos não alfabetizadas Não sabem Menores de 6 anos fora da escola Total
Percentual
19
Ceilândia Tradicional
Ceilândia Total
Nível de Escolaridade
3,58
Grupos Grupos de deIdade Idade
Quanto ao nível de escolaridade, a população concentra-se na categoria dos que têm nível fundamental incompleto, 35,15%, seguido pelo médio completo, 23,89%. Os que possuem ensino superior completo, incluindo Pesquisa por Amostrana de Domicílios especialização, mestrado e doutorado, são 6,02%.Distrital Analfabetos região - PDAD - 2015 Região Administrativa Ceilândia (RA IX) representam 3,58%. ��
A maior participação dos responsáveis pelos domicílios, 44,84%, concentra-se no A partir dos resultados sobre as características do responsável pelo grupo de idade com mais de 55 anos. Os que têm até 25 anos somam apenas 2,55%. Na domicílio, é possível inferir a fragilidade mulheres expostas à violência Ceilândia tradicional os responsáveis são maisdas velhos, 51% têm mais de 55 anos enquanto no Pôr do Sol e Sol Nascente apenas 17% estão nesta faixa etária. (Tabela 9.2). doméstica. Muitos casos de permanência no ciclo de violência são ocasionados Tabelamedo 9.2 - Distribuição dosde responsáveis pelos domicílios o grupo de idade - Ceilândia pelo da perda bens. Nesse sentido,segundo o projeto MINA busca ofertar Distrito Federal – 2015 espaços para atividades nos quais a promoção da Ceilândia autonomia seja Pôr incentivada. do Sol e Sol
Fonte: Codeplan - Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios - Ceilândia - PDAD 2015
16
Fonte: Tabela 3.2
29
Grupo de Idade
Até 25 anos De 26 a 35 anos
Ceilândia Total Nível de Escolaridade Nº 3.627 17.337
% 2,55 12,19
Tradicional Nº % 2.573 11.771
2,20 10,07
Nascente Nº % 1.054 5.566
4,17 22,00
terreno §1º As atividades complementares devem integrar o projeto arquitetônico da atividade principal.
O terreno escolhido para a implantação do projeto MINA situa-se no Setor Norte de Ceilândia, na QNN 13 Módulo B Área Especial, ao lado da estação de Metrô Ceilândia Norte. Esse local foi selecionado por corresponder a uma área com fluxo intenso de pessoas e com acesso privilegiado à mobilidade urbana.
§2º O licenciamento das atividades complementares fica condicionado ao licenciamento da atividade principal. §3º A atividade principal prevista no §1º e §2º é a permitida nas UOS Inst e Inst EP.
A área do lote corresponde a aproximadamente 18.600 m� e está inserida na Zona Urbana de Dinamização, na qual é conferida prioridade à expansão urbana e ao adensamento.
Art. 16. Para a UOS Inst EP não são definidos parâmetros de ocupação do solo. Parágrafo único. O projeto arquitetônico para edificações em lote ou projeção da UOS Inst EP deve obedecer: I – à legislação ambiental; II – aos estudos de impacto de vizinhança, quando definido em legislação específica; III – à exigência de vagas de veículos internas ao lote;
24 | Governo do Distrito Federal. Projeto de Lei Complementar. Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal. Brasília. 2017.
IV– à altura máxima permitida no Plano da Zona de Proteção dos Aeródromos, conforme as normas federais e nas normas da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, referentes à Proteção dos Canais de Microondas de Telecomunicações;
Em relação ao uso e a ocupação do solo, segundo o PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR em curso Nº XX , DE 2017: Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal – LUOS, nos termos dos arts. 316 e 318 da Lei Orgânica do Distrito Federal. O terreno escolhido para a implantação do projeto MINA encontra-se sob a jurisdição das propostas dos seguintes artigos:
V – às delimitações e diretrizes estabelecidas nas normas distritais e federais para a área de entorno do Conjunto Urbanístico de Brasília. ��
Art. 8° São categorias de UOS: IX– UOS Inst EP – Institucional Equipamento Público: onde é prioritário o uso institucional, em lotes dispersos na malha urbana, constituídos em bens de propriedade do Poder Público e que abrigam de forma simultânea ou não, equipamentos urbanos ou comunitários, onde são desenvolvidas atividades pelo Poder Público, inerentes ao desenvolvimento de suas políticas públicas setoriais, conforme estabelecido no parágrafo único do art. 5° da Lei Federal n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979. imagem 13 | Perspectiva da QNN
Art. 10. Em lotes ou projeção definidos como UOS Inst e Inst EP são permitidas atividades complementares, desde que simultâneas às atividades previstas nas UOS.
31
13 Módulo B Área Especial,Ceilândia.
mina
diretrizes de projeto
36
Com base na leitura e compreensão da Norma Técnica de Padronização das DEAMs e na análise do projeto da Casa da Mulher Brasileira, foram identificadas algumas demandas de espaços que incorporados no projeto MINA. As demandas foram numeradas de 1 a 6 de acordo com a sua restrição de acesso, sendo o 1 o mais restrito. Há a intenção de filtrar os usuários do equipamento em níveis de segurança, de modo a definir bem as funções de cada ambiente e de controlar os encontros entre funcionários, participantes do programa e visitantes, inclusive os agressores. As demandas identificadas foram agrupadas em três zonas de acordo com a sua semelhança funcional e com os níveis de restrição de acesso propostos.
A opção pelo nome dos blocos foi por designa-los com alguns dos nomes brasileiros mais comuns e populares. Essa decisão busca ir ao encontro do ideário do projeto de vertente social e acesso público a quem do equipamento precisar. Tenciona-se uma homenagem às heroínas anônimas infinitas sobre as quais conhecemos apenas os primeiros nomes: Marias, Anas, Franciscas e Antônias.
bloco Marias aluguel social 28 apartamentos para mulheres e filhos até 12 anos, benefício assistencial de caráter temporário
apoio psicossocial demanda 2, 3 e 4
acesso à assistência psicológica, assistência social e empoderamento feminino
bloco Antônias
apoio jurídico acesso à defesa pública
DEAM delegacia especializada de atendimento à mulher
bloco Anas capacitação profissional oferta de oficinas e cursos profissionalizantes para mulheres
demanda 5 e 6
módulos itinerantes
quem pode acessar? integrantes do programa funcionários público externo, especialmente feminino
bloco Franciscas
37
ocupação do terreno
38
mapa de cheios e vazios
mapa de uso e ocupação do solo
cheios
residencial
vazios
institucional
mapa de mobilidade e pontos de interesse paradas de ônibus
biblioteca + centro cultural + conselho tutelar
estação Ceilândia Norte
creche Ipê Branco
mapa de aspectos físicos área verde
39
A ocupação do terreno se deu a partir das diretrizes de acomodação à topografia original, continuidade de vias pedonais e ciclovias e conexão entre os pontos de interesse e o MINA. Propõe-se uma grande escadaria como solução para o talude existente, desnível de 5.00 metros, conduzindo os transeuntes oriundos da estação de Metrô a uma ampla praça.
rampa para bicicletas
rampa
área de estar
escadaria
vista superior da escadaria da praça
madeira 0
10
50
fulget creme
100 planta de situação
40
materiais propostos para a praça
adoção de forrações, arbustos e árvores de médio porte na composição do paisagismo local
módulo itinerante aplicado como central de transportes do MINA para outros equipamentos da rede integrada de proteção à mulher
acessos aos edifícios curvas de nível área verde área edificada
implantação de faixa de pedestres elevada nas travessias entre os edifícios do MINA
vias e estacionamentos vias pedonais ciclovias piso existente
0
piso proposto | fulget creme
41
10
50
100
bloco Marias
42
O bloco Marias abriga a DEAM e atende às demandas de apoio psicossocial e jurídico, totalizando uma área de 2622.98 m2. Caracterizado pelo filtro intermediário de acesso, ou seja, possui restrições medianas quanto aos seus visitantes, é marcado pelo fluxo bem definido e pela planta setorizada, zelando o bem estar da usuária, uma vez que seu zoneamento atenta para as distinções das áreas da vítima e do agressor. O partido arquitetônico surge da intenção de um edifício horizontal com o térreo de livre passagem, intensificando a relação entre os blocos do complexo.
0
0
0
43
C 1
3
2
10.00
10.00
5
4
5.00
10.00
7
6 5.00
5.00
8 5.00
A sala técnica 01 A=6.05 recepção agressor A=33.05
5.00
5.00
sala reunião 01 A=20.11
B
lado claro A=6.17
B
lado escuro A=5.87
5.00
sala reunião 02 A=20.03
despensa A=9.66
sala investigação 01 A=60.50
w.c. feminino A=8.38
depósito A=3.47
sala armas A=3.47
C
A
d.m.l. A=3.55
portaria A=4.14
w.c. maculino detenção 02 A=5.57 A=7.60
5.00
D
pilotis A=151.50
25.00
pilotis A=606.00
5.00
0.00
w.c. p.n.e. A=2.70
15.00
detenção 01 A=7.60
E sala delegada 01 A=40.69
sala delegada 02 A=40.40
sala investigação 02 A=60.50
5.00
recepção vítima A=40.79
40.00
20.00
10.00
70.00
0
1
5
10
planta térreo
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
C 1
3
2
10.00
10.00
5
4
5.00
10.00
7
6 5.00
5.00
8 5.00
A
5.00
B
5.00
refeitório A=96.27
B sala estar A=36.91 5.00
cozinha A=26.63
w.c. feminino A=8.38
C
d.m.l. A=3.55
defensoria A=40.69
procuradoria A=40.40
pilotis A=151.50
25.00
sala audiência A=36.11
w.c. maculino A=5.57
5.00
D
cartório A=36.11
15.00
w.c. p.n.e. A=2.70
pilotis A=606.00
5.00
2.80
A
apoio jurídico 01 A=40.40
apoio jurídico 02 A=40.69
5.00
E
40.00
20.00
10.00
70.00
0
1
5
10
planta pav 01
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
C 1
3
2
10.00
5
4
10.00
5.00
10.00
7
6 5.00
5.00
8 5.00
5.00
B
5.00
A
B
5.00
sala sala atendimento 01 atendimento 02 A=9.00 A=9.00
brinquedoteca A=54.74
terapia grupo 01 A=23.43
terapia grupo 02 A=22.65
sala coordenação A=26.63
w.c. feminino A=8.38
sala administração A=106.94 w.c. feminino A=8.38
C
recepção Marias A=146.79 d.m.l. A=3.55
assistente social familiar 01 A=15.91
assistente social familiar 02 A=16.08
psicóloga infantil 01 A=20.77
psicóloga infantil 02 A=19.98
sala sala atendimento 03 atendimento 04 A=9.00 A=9.00
assistente social 01 A=16.09
sala técnica 02 A=13.91
w.c. p.n.e. A=2.70
d.m.l. A=3.55
w.c. maculino A=5.57
D
5.00
fraldário A=15.52
assistente social 02 A=16.09
psicóloga 01 A=16.09
psicóloga 02 A=16.09
sala espera A=12.70
vestiário feminino A=47.77
vestiário masculino A=47.77
25.00
w.c. p.n.e. A=2.70
15.00
5.00
5.60
A
w.c. maculino A=5.57
sala técnica 03 A=20.14
sala reunião 03 A=32.44
sala reunião 04 A=32.32
5.00
E
40.00
20.00
10.00
70.00
ponto de chegada da passarela
0
1
5
10
planta pav 02
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
C B
A
0
1
5
10
planta cobertura
5.00
C B
5.00
10.40
40.00
20.00
70.00
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
10.00
25.00
15.00
A
0
1
cortes
corte AA
5
10
nível 10.40
nível 8.40
nível 5.60
nível 2.80
nível 0.00
corte BB
corte CC
0 1
5
10
fachadas
56
fachada noroeste
fachada sudeste
fachada sudoeste fachada sudoeste
fachada nordeste
bloco Anas
60
O bloco Anas opera como um ateliê aberto voltado à capacitação profissional e ao empoderamento feminino, atendendo aos eixos definidos em projeto: inclusão digital, artesanato e costura, estética e bem estar e gastronomia. O edifício de 1929.97 m2 possui central de vagas, locais para entrevistas e dinâmicas, salas de aulas e ateliês de oficinas. Propõe-se uma volumetria compacta com um edifício de cinco pavimentos de planta livre e centralização da circulação vertical e dos sanitários, permitindo assim a abundância de aberturas nas fachadas e contemplando o conceito de “olhos para a rua”, essencial a segurança da mulher no espaço urbano.
0
61
0
0
1
3
2
8.50
3.25
A
3.25
4
0.00
A
5.00
sala multimídia A=84.65
B
5.00
20.00
d.m.l. A=3.55
C
café 01 A=24.18
w.c. feminino A=8.19
w.c. masculino A=8.19
B
café 02 A=24.18
5.00
w.c. p.n.e. A=3.55
recepção Anas A=69.80
D
15.00
0
1
5
10
térreo e pavimento 01
1
3
2
8.50
3.25
A
3.25
4
2.80
A
5.00
sala administração A=84.65
B
5.00
20.00
d.m.l. A=3.55
C
w.c. feminino A=8.19
w.c. masculino A=8.19 w.c. p.n.e. A=3.55
área de entrevistas A=24.18
5.00
área de entrevistas A=24.18
B
D
central de vagas A=59.08
15.00
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
0
1
5
10
1
3
2
8.50
3.25
A
3.25
4
5.60
A
5.00
ateliĂŞ artesanato e costura A=84.65
B
5.00
20.00
d.m.l. A=3.55
C
w.c. feminino A=8.19
B
w.c. masculino A=8.19
5.00
w.c. p.n.e. A=3.55
sala aula 01 A=69.80
D
15.00
ponto de chegada da passarela 0
1
5
10
pavimentos 02 e 03
1
3
2
8.50
3.25
A
3.25
4
8.40
A
5.00
ateliê estética A=84.65
B
5.00
20.00
d.m.l. A=3.55
C
w.c. feminino A=8.19
B
w.c. masculino A=8.19
5.00
w.c. p.n.e. A=3.55
D
sala aula 02 A=59.08
15.00
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
0
1
5
10
1
3
2
8.50
3.25
A
3.25
4
11.20
A
5.00
ateliĂŞ gastronomia A=84.65
B
5.00
20.00
d.m.l. A=3.55
C
w.c. feminino A=8.19
B
w.c. masculino A=8.19
5.00
w.c. p.n.e. A=3.55
sala aula 03 A=69.80
D
15.00
0
1
5
10
pavimento 04 e cobertura
A
A
20.00
16.00
B
15.00
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
0
1
5
10
B
0
1
5
10
cortes
70
nível 16.00
nível 14.00
nível 11.20
nível 8.40
nível 5.60
nível 2.80
nível 0.00
corte AA
corte BB
0
1
5
fachadas
72
10
fachada noroeste
fachada sudeste
fachada sudoeste
fachada nordeste
bloco Franciscas
74
O bloco Franciscas advém da demanda de abrigo para mulheres e filhos em situação de vulnerabilidade, oferecendo o aluguel social: benefício assistencial de caráter temporário. Configura-se como um edifício em lâmina de dez pavimentos e área de 3494.92 m2, distribuída entre 28 apartamentos e áreas comunitárias como cozinha, lavanderia, brinquedoteca, salão de beleza, sala de acesso à internet, salão de jogos e academia. Os pavimentos foram agrupados por funções, resultando em sete de habitações e três comunitários. Os pavimentos de apartamentos contam com três unidades regulares e uma adaptada às demandas p.n.e., conforme a norma NBR 9050, este abrigando apenas duas pessoas. As demais unidades comportam três moradores, mulheres e filhos até 12 anos.
75
1
3
2
5.00
0
5.00
1
5
10
B
C
A
5.00
academia A=36.15
5.00
B
bicicletário A=13.05
sala jogos A=22.87
C 0.00
30.00
5.00
portaria A=16.50
D correspondências A=8.27 5.00
A
5.00
E
bicicletário A=13.05
sala acesso internet A=22.87
F
5.00
salão de beleza A=36.15
térreo e apartamentos G 10.00
1
5
10
5.00
5.00
C
B
1
5.00
apartamento 01 A=36.15
5.00
A
apartamento 02 | p.n.e. A=36.15
B
C
30.00
5.00
sala comunitĂĄria A=32.44
D
5.00
A
5.00
E
apartamento 03 A=36.15
5.00
0
3
2
apartamento 04 A=36.15
F
*todas as dimensĂľes lineares em metros e ĂĄreas em mďż˝ G 10.00
1
3
2
5.00
0
5.00
1
5
10
B
C
A
5.00
brinquedoteca A=36.15
5.00
ponto de chegada da passarela
lavanderia comunitรกria A=36.15
B
C
30.00
5.00
roda de conversa A=26.60
D
5.00
A
5.00
E
cozinha comunitรกria A=72.30
5.00
F
รกrea comum e cobertura G 10.00
5
10 C
C
B
1
B
28.00
30.00
30.00
30.00
0
A
A
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
10.00
10.00
0
1
5
10
cortes
82
nível 30.00
nível 28.00
nível 25.20
nível 22.40
nível 19.60
nível 16.80
nível 14.00
nível 11.20
nível 8.40
nível 5.60
nível 2.80
nível 0.00
corte AA
corte BB
nível 30.00
nível 28.00
nível 25.20
nível 22.40
nível 19.60
nível 16.80
nível 14.00
nível 11.20
nível 8.40
nível 5.60
nível 2.80
nível 0.00
corte CC
0
1
5
fachadas
86
10
fachada sudoeste
fachada nordeste
fachada noroeste
fachada sudeste
bloco AntĂ´nias
92
O bloco Antônias funciona como um edifício garagem para os módulos itinerantes do MINA, acomodando também áreas de manutençao e armazenamento dos mesmos. A cobertura da edificação configura um terraço jardim, planejado de modo a conduzir o transeunte oriundo da estação de metrô até a porção inferior do terreno por meio de uma escadaria. O local conta também com o acesso a elevadores, garantindo a acessibilidade em todo o micro urbanismo do complexo. Opta-se pelo telhado verde com sistema modular para lajes inclinadas, composto de uma membrana alveolar, responsável pela reserva de água, no qual instalam-se plantas específicas para ecotelhados como grama amendoim e clorofito.
93
1
3
2
5.00
5.00
5.00
7
6 5.00
5.00
8 4.83
A
5.00
5
4
A
armazenagem módulos A=132.76
9.82
garagem módulos A=815.79
B
0.00
29.82
10.00
manutenção módulos A=47.77
B
10.00
C
C
térreo D 34.83
0
1
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
5
10
5.00
terraรงo jardim
7.00
*todas as dimensões lineares em metros e áreas em m�
0
1
5
10
cortes
100
nível 7.00
nível 5.00
nível 0.00
corte AA
corte BB
nível 5.00
nível 0.00
corte CC
0
1
5
10
fachadas O grafite da artista visual e ativista Panmela Castro, também chamada de Anarkia Boladona, entitula-se “As siamesas”, mulheres presas pelos cabelos, representando a irmandade que as une pela conexão de ideias.
104
fachada noroeste
fachada sudeste
fachada sudoeste
mรณdulos itinerantes
106
Mรณdulo Itinerante na Praรงa do Relรณgio, Taguantinga, 2017.
107
geometria reguladora
A técnica de dobradura é utilizada como referência para os módulos intinerantes do MINA devido a sua facilidade de montagem, desmontagem, transporte e armazenamento, uma vez que há a intenção de que essas atividades possam ser exercidas somentes por mulheres. Propõe-se criar estruturas espaciais tridimensionais a partir de vincos em elementos planos. Adota-se o aço inoxidável e o alumínio, ambos com acabamento em pintura eletrostática branca fosca, para a compor a estrutura principal: barras e rótulas. A estrutura secundária é composta por uma capa de lona tensionada, conferindo ao modelo a possibilidade de acomodação estrutural. A base é composta por peças moduladas em concreto, garantindo sua fixação em qualquer terreno, por meio de uma fundação superficial. O resultado é uma estrutura independente que dobra-se como uma sanfona, variando suas dimensões de acordo com o posicionamento das peças basais. O módulo itinerante contempla às funções de atendimento primário e realização de oficinas nas diversas regiões do Distrito Federal e pode ser armazenado no núcleo do MINA, localizado em Ceilândia.
108
5.90
8.00 4.50
8.00 vista lateral | escala 1:75
vista superior | escala 1:75
barras diagonais
5.90
pรณrticos
4.50 perspectiva do mรณdulo itinerante
vista frontal e posterior | escala 1:75
109
detalhamento da rótura de base
.370
.062
180º
180º
B
.250
A
planta
.062
0.50
.062
63
°
0.62
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
8.00
.500
1.00
.500
1.00
planta da base de concreto | escala 1:50
0.50
1.00
0.50
1.00
.705
0.50
.250
vista esquemática lateral | escala 1:50
.250
8.00
.010
.010
.050
.050
.250
.250 vista A
0.50
0.50
detalhe do encaixe da base de concreto | escala 1:25
110
vista B
detalhamento da rótura de borda
.255
.255
.075
.075
B
B
detalhamento da rótura de borda
A
.337
.062
.062
A
planta
vista A
vista B
estrutura
vista A
espessura
peso
quantidade
aço inoxidável
pórticos
5.80 mm
2.00 mm
2.45 kg/m
180.00 m
alumínio
barras diagonais
5.80 mm
2.00 mm
0.82 kg/m
181.60 m
180º
180º
.377 .062
180º
180º
.255 .062
180º
180º
.062
.206
180º
.255
planta
.062
127°
vista B
O aço inoxidável, material dos pórticos da estrutura principal do módulo itinerante, é altamente resistente à oxidação e corrosão, o que viabiliza a sua utilização em ambientes externos. Além disso, o aço inox é reciclável e há a possibilidade de corte e preparo das barras nas dimensões e especificações exatas para uso em qualquer tipo de projeto. Já as barras diagonais da estrutura metálica proposta para o modelo são de alumínio. Apesar deste material possuir características semelhantes ao anterior, apresenta uma vantagem em relação a leveza do produto. A materialidade foi escolhida de acordo com a função estrutural das peças. Desse modo, a estrutura totaliza aproximadamente 590.00 kg, excetuando-se o peso das rótulas e da capa de lona. A barra mais pesada corresponde a 9.80 kg, adequando=se a proposta desejada de transporte e montagem.
total | 589.91 kg
*todas as dimensões lineares em metros
111
detalhe da estrutura planificada | escala 1:50
peça de encaixe das barras nas rótulas
fixação da lona
2.27
4.00
2.00
estrutura planificada
cores da lona
112
estrutura metálica
lona tensionada
rótula basal
módulo de concreto radier
pontos de fixação da lona
isométrica do módulo itinerante
113
mรณdulos conectores
114
3.20 15.00
15.00
3.20
vista lateral | escala 1:75
2.15
vista frontal e posterior | escala 1:75
A passarela que compõe a conexão entre os blocos Marias e Anas possui comprimento de 15.00 metros, enquanto a que une os blocos Marias e Franciscas tem 25.00 metros. O módulo permanece o mesmo em ambas configurações.
placa cimentícia
policarbonato
3.15
vista superior | escala 1:75
viga calha de concreto
perspectiva do módulo da passarela
115
bibliografia
118
| AVERBUCK, Clara. A ineficiência da Delegacia da Mulher, 2015. Disponível em: < https://www cartacapital com.br/blogs/escritoriofeminista/aineficiencia-da- delegacia-da mulher-1964.html> Acesso em: 03/2017.
| <www.archdaily.com.br>. Acesso em: 04/2017.
| <www.designboom.com>. Acesso em: 04/2017.
| CODEPLAN. Pesquisa de Distrital por Amostra de Domicílio, Ceilândia. Brasília. 2015.
| <www.n55.dk/MANUALS/WALKINGHOUSE/walkinghouse.html>. Acesso em: 06/2017.
| Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: <www.cnj.jus.br/programase-acoes/lei-maria-da-penha/formas-de-violencia>. Acesso em: 04/2017.
| <www.som.com/projects/amie>. Acesso em: 06/2017.
| <www.spm.gov.br>. Acesso em: 04/2017.
| Governo do Distrito Federal. Código de edificações do distrito federal. Brasíla. 1998. Disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/ Lei_n_2.105_de_08_de_outubro_de_1998.pdf>. Acesso em: 06/2017. | Governo do Distrito Federal. Plano Diretor Local da Região Administrativa de Ceilândia - RA IX. Brasília. 2000. | Governo do Distrito Federal. Projeto de Lei Complementar.Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal.Brasília. 2017. | Governo do Distrito Federal Relatório de Crimes de violência doméstica, contra dignidade sexual e feminicídio. Brasília. 2016. Disponível em: <www. ssp. df.gov.br/estatisticas/violencia-contra-a-mulher.html>. Acesso em: 06/2017. | Governo do Distrito Federal. Secretaria da Mulher. Conselho dos Direitos da Mulher. Lei Maria da Penha: pelo fim da violência contra a mulher. Brasília. 2013. | Secretaria de Políticas para as Mulheres/Presidência da República Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da Justiça / UNODC - Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Norma Técnica de Padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres. 2010. | SILVA, Marcos. Redescobrindo a arquitetura do Archigram. Disponível em: <www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.048/585 >. Acesso em: 06/2017. | WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: <www mapadaviolencia.org.br> Acesso em: 03/2017.
119
120
<ecoweekmilan2011w4.wordpress.com/2011/08/30/cambridgeuniversity/>. Acesso em: 06/2017.
Lista de Imagens Imagem 1 | Propaganda contra a violência de gênero no Metrô Ceilândia. Fonte: fotografia pessoal.
15
Imagem 2 | Zoneamento da Casa da Mulher Brasileira. Fonte: <www. spm.gov.br/assuntos/violencia/cmb/casa-da-mulher-brasileira>. Acesso em: 06/2017.
21
Imagem 3 | Perspectiva interna da Casa da Mulher Brasileira. Fonte: <www.spm.gov.br/assuntos/violencia/cmb/casa-da-mulher-brasileira>. Acesso em: 06/2017.
21
Imagem 4 | Perspectiva externa da Casa da Mulher Brasileira. Fonte: <www.spm.gov.br/assuntos/violencia/cmb/casa-da-mulher-brasileira>. Acesso em: 06/2017.
21
Imagem 5 | Planta de layout da Casa da Mulher Brasileira, escala 1:200.
22
Imagem 6 | Plug-in City, de Peter Cook. Fonte: <www.archdaily. com/399329/ad-classics-the-plug-in-city-peter-cook-archigram>. Acesso em: 06/2017.
23
Imagem 13 | Perspectiva da QNN 13 Módulo B Área Especial,Ceilândia. Fonte: fotografia pessoal.
Imagem 7 | The Cushicle, de Mike Webb. Fonte: <gazelliarthouse.com/ product/the-archigram-portfolio-6/>. Acesso em: 06/2017.
23
Imagem 8 | Living Pod Project, de David Greene. Fonte: <www.nomads. usp.br/pesquisas/cultura_digital/complexidade/CASOS/LIVING%20 POD/LIVINGPOD>. Acesso em: 06/2017.
23
Imagem 9 | Perspectiva externa do projeto AMIE. Fonte: <www.som. com/projects/amie>. Acesso em: 06/2017.
24
Imagem 10 | Perspectiva externa da Walking House. Fonte: < www.n55. dk/MANUALS/WALKINGHOUSE/walkinghouse>. Acesso em: 06/2017.
24
Imagem 11 | Perspectiva externa do Markies. Fonte: <www.bohtlingk.nl/ en/markies-2/>. Acesso em: 06/2017.
25
Imagem 12 | Perspectiva externa Cardboard Banquet. Fonte:
25
121
31