Revista Península Nº18

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Ano II - Nº 18 - dezembro de 2010

Revista

este exemplar é seu

ASSAPE 2011

Mais parceria com você Natal Península

www.peninsulanet.com.br

Alegria, descontração e solidariedade

Esporte Em campo, os nossos campeões



Vice-Presidente Sergio Lopes

editorial | Ex pediente

Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho

Diretor-Geral Joelcio Candido Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino www.peninsulanet.com.br revistapeninsula@peninsulanet.com.br (21) 3325-0342 Revista Península é uma publicação

Diretor-Executivo Paulo Roberto Mesquita

Pode entrar

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aqui a pouco o ano novo entra pela porta trazendo o sentimento mais inerente ao homem, a esperança. Das simpatias às promessas, a sua chegada vem sendo acompanhada desse sentimento, é aquele calorzinho no peito, um desejo único de fazer tudo melhor, pra si e para o outro.

Diretora Administrativa Rebeca Maia Comercial Victor Bakker | victor@utilcd.com.br (21) 7898-7623 Editora Responsável Tereza Dalmacio | terezadalmacio@utilcd.com.br Editora Assistente Debora Rolim | debora@utilcd.com.br

E quando essas bênçãos internas ganham o meio, geram energia, multiplicam, conspiram com o universo por um mundo melhor.

Colaboradores Flávia Gatão Guilherme J. Pereira

Feche os olhos, envie esse desejo único a cada habitante da Península. Cresça. Aumente o círculo, envie a toda a cidade do Rio de Janeiro, que clama por PAZ e que vivenciou recentemente a guerra, esperança de dias melhores, na sua forma mais profunda.

Fotografia Bruno Leão Revisão Tatiana Lopes

Amplie, visualize este pequeno planeta azul, a nossa casa maior. 2011 pode entrar, trazendo saúde, paz, amor, prosperidade, para cada morador.

Estagiárias Camila Alves Riane Tovar

O coletivo se transforma por uma mudança individual. Portanto, é você a essência de cada transformação, da beleza, da esperança, do poder de mudar e fazer diferente.

Diretora de Arte Tati Piqué

E nós, que fazemos a sua Revista Península, somamos com esta corrente de esperança, e desejamos dividir, partilhar, somar e multiplicar, em ações que melhorem o mundo, começando pelas avenidas em que caminhamos. Feliz 2011! Feliz vida!

Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360, sala 243 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro-RJ contato@utilcd.com.br utilcomunicacao.blogspot.com (21) 3471-6799

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Sumário 07 ASSAPE em Ação 12 Ações Ambientais Premiadas 16 Decoração 20 Doação de Gatos 22 É de Casa 24 Bazar de Natal 26 Chegada de Papai Noel 30 Saúde em Casa 34 Cantinho do Morador 40 Esporte Península

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te le fone S ú te iS

ABAM: 2232-4580

Folha Dirigida: 0800-055 4849

Aeroporto Internacional: 3398-5050 / 0800-999099

Guarda Municipal da Barra da Tijuca: 2431-2851

Aeroporto de Jacarepaguá: 3325-2833

Polícia Civil: 3399-3217

Aeroporto Santos Dumont: 0800-244646

Polícia Federal: 2291-2142

Água e Esgoto: 0800-282 1195

Polícia Militar do Rio de Janeiro: 190

Ambulância – Serviço de Remoção de Doentes: 192 Bombeiros (CBMERJ): 193

Polícia Rodoviária Estadual: 3399-4857

CEG: 0800-24 7766

2625-1530

CET-Rio: 2508-5500 Correios: 0800-570 0100

Receita Federal: 055-78300-78300

Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro: 199

Telefonia Fixa – Oi: 103 31

DETRAN – Atendimento ao Cliente: 3460-4042

Telefonia Fixa – Livre (Embratel): 103 21

DETRAN – Disque Habilitação: 3460-4041

Telefonia Fixa – TIM: 0800 741 4100

DETRAN – Disque Vistoria: 3460-4040

TV por Assinatura – NET: 4004-8844

Disque Denúncia: 2253-1177

TV por Assinatura – SKY: 4004-2884 TV por Assinatura – TVA: 2223-6399

Enfoque – Site sobre finanças, cotações entre outros: (11) 3957-5800

TV por Assinatura – VIA Embratel: 106 99


A SS APE | ENTRE VI STA JOEL C IO C ANDIDO E ALEXANDRE JOR G E

ASSAPE em Ação

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ASSAPE, Associação Amigos da Península, vive um novo momento. A atual Administração trabalha de forma acelerada, com planejamento, profissionais capacitados, especialistas em suas áreas, além dos moradores que atuam como voluntários nos mais diversos setores. Nesta área de 780 mil m2 – equivalente ao bairro do Leblon –, que só possui cerca de 8% de construções residenciais, 2 imensos parques e 5 jardins temáticos, 8 mil moradores e cerca de 5 mil trabalhadores, o trabalho não para. Nesta edição, o Coordenador da Comissão de Manutenção e Obras, Alexandre Jorge, e o Diretor-Geral, Joelcio Candido, contaram pra gente sobre os trabalhos que estão em andamento na Península.

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A SS APE | ENTRE VI STA JOEL C IO C ANDIDO E ALEXANDRE JOR G E

Joelcio Candido e Alexandre Jorge, trabalho e realização.

Mudança e transformação: compromisso com você

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Revista Península: Vemos inúmeras obras em andamento na Península. Qual foi o motivo para a escolha desses locais para reforma? Alexandre Jorge: Foram realizados estudos sobre as necessidades mais urgentes, posteriormente apresentamos um cronograma de obras para a reunião do Conselho Comunitário. São diversos projetos que estão sendo executados em caráter emergencial, a primeira reforma foi a do campo de futebol. Depois fizemos um conjunto de obras, que estão em andamento, como: a recuperação das nove quadras de tênis e a drenagem delas, as três quadras poliesportivas, a ciclovia, os brinquedos, as calçadas, a portaria, a interligação do esgoto, que está sendo realizada junto à CEDAE. Hoje a Administração da Associação sabe o que está acontecendo e sendo feito na Península, o que não existia. Joelcio Candido: As obras que estão sendo realizadas são a consequência de anos de falta de manutenção. De abril até outubro, foram 845 ordens de serviços executadas com evidências. Devemos ter algo próximo de 1000 até o final do ano. Com isso, tornamos os profissionais produtivos; as ordens de serviços abertas devem ser concluídas, e os números mostram que está aumentando gradativamente. São 10 funcionários trabalhando na recuperação da calçada – o material está sendo custeado pelo incorporado, e a mão de obra, pela ASSAPE. Com relação às quadras de tênis, já finalizamos duas e estamos na terceira. Revista Península: E quais são as metas para o próximo ano?

Alexandre Jorge: É importante frisar que, em pouco tempo, a nova Administração deu um novo rumo no que tange a reformas na infraestrutura do condomínio. Nesta primeira etapa, foram obras mais corretivas, o que não existia anteriormente. Após essa ação corretiva, estamos partindo para uma opção de manutenção preventiva, em que o custo tende a diminuir a médio e a longo prazo. Essa é a ideia traçada pela diretoria da Associação junto com o Conselho Comunitário. As metas de investimento em manutenção de obras do próximo ano estão sendo elaboradas por nós, juntamente com outras comissões: Eventos, Meio Ambiente, Finanças, Regimento Interno – todas bem atuantes. Também contamos com o apoio dos Incorporadores. Joelcio Candido: As metas estão sendo estudadas e serão sinalizadas em outro momento. Todo o investimento que irá acontecer no espaço comum abrange as diversas áreas da Península, por exemplo, esporte, segurança, lazer. Para isso, estamos trabalhando em conjunto com as várias comissões. O que vale ressaltar é


Revista Península: Alexandre Jorge, você comentou sobre a ideia de fazer manutenções preventivas. Como isso será realizado? Alexandre Jorge: Após a ação corretiva, que está em processo, serão realizadas as preventivas. Isto é, em vez de abandonar por três anos a infraestrutura e utilizar toda a verba para recuperação total, será desenvolvida uma estrutura para realizar a manutenção ao longo do tempo. Por exemplo, foi feito o conserto do brinquedo, então elabora-se um contrato para realizar a manutenção mensal. Joelcio Candido: Um item que retrata muito bem isso são as reformas das quadras de tênis. A garantia é de 24 meses. Durante esse prazo, a empresa vai fornecer à Administração um manual de manutenção e treinamento para os funcionários. Ao término do vencimento da garantia, a equipe de manutenção já estará treinada para efetivar a conservação preventiva e, com isso, todos os cuidados que se deve ter com as quadras de tênis, para evitar que a vida útil delas seja reduzida. Revista Península: Podemos dizer que é um trabalho de parceria entre a Comissão de Manutenção, as outras comissões, o Conselho Comunitário e a ASSAPE? Alexandre Jorge: Sim. Estamos em sinergia, a Comissão de Manutenção atende a outras comissões – como Meio Ambiente e Transporte, por exemplo –, a fim de oferecer todo tipo de suporte operacional e levando novas ideias e projetos, trabalhando con-

juntamente com os conselheiros comunitários e a ASSAPE. As pessoas que estão à frente das comissões são profissionais ligados diretamente a sua área, são pessoas interessadas, participativas e ativas. E isso facilita o diálogo. Estamos muito bem servidos de profissionais nas comissões, no Conselho e na Associação. Dá gosto participar da comissão, porque nós temos uma Administração que nos dá respaldo e tem interesse em que tudo aconteça de forma transparente. Sabemos que temos que aprimorar. Mas temos perspectivas para o ano que vem, as metas e os custos estão sendo traçados, para que tenhamos o melhor com relação à manutenção e prevenção da infraestrutura da Península. E para que o condomínio também seja exemplo de qualidade de vida. Joelcio Candido: A Península está em movimento acelerado. A ASSAPE e as comissões já estão trabalhando juntas para o próximo ano, fazendo anteprojetos, todo um pré-estudo, com estimativa de custo, para que, quando for aprovado, realmente aconteça. Diferentemente dos anos anteriores, em que se colocava a verba na ideia. É a ASSAPE em ação.

A SS APE | ENTRE VI STA JOEL C IO C ANDIDO E ALEXANDRE JOR G E

que hoje o Conselho Comunitário está presente na ASSAPE, que a Comissão de Manutenção tem grande importância na Administração e que o incorporador está apoiando as decisões do Conselho.


Ano Nov o | R io de Janeiro

Fim de ano: o Rio de Janeiro continua lindo e fazendo festão

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esejos renovados de paz, amor, saúde e sucesso, é o próximo ano chegando. Na contagem dos dez segundos, são inúmeras promessas e pedidos para que o ano que está por vir seja maravilhoso. E este ano o carioca tem muito mais a agradecer e acreditar: o Rio caminha para a Paz. Mas em vez de esperar chegar meia-noite para dar início às comemorações de 2011, por que não começar a noite do dia 31 em uma grande festa? Não sabe onde festejar? Para aqueles que vão ficar na cidade maravilhosa, opções é que não faltam. A passagem de ano no Rio de Janeiro já é famosa e atrai milhares de turistas do mundo todo para as areias de Copacabana.

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Este ano, o tema da festa será a Década de Ouro, segundo a Riotur, para celebrar os grandes eventos que estão por vir nestes próximos seis anos. Serão lembrados os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações, a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Minutos antes da meia-noite, será apresentada a logomarca oficial das Olimpíadas de 2016, dando inicio à contagem regressiva para a queima dos fogos de artifício, que será regida por uma trilha sonora que irá dar as boas-vindas à década de ouro. Mas antes da queima, haverá um show inédito de raios de luzes e laser. Os fogos de artifício que explodirem no céu darão forma a temas que simbolizam o Rio de Janeiro e o desejo não somente do carioca, mas de todos aqueles que estão na praia da princesinha do mar, como as “Riquezas Naturais”, “União dos Povos”, “Celebração da Vida”, “Simpatia Carioca”, “Paz no Mundo”, “Energia Contagiante”, “O Futuro é Azul”, “Apoteose do Amor” e “Aquarela Brasileira”.


A celebração para o próximo ano, no entanto, começará muito antes. No dia 25 de dezembro, o tradicional show de fim de ano do rei Roberto Carlos acontecerá no palco Brasil, em Copacabana, o principal do Réveillon. Mas a comemoração não para por aí. A alegria estará espalhada por diversos pontos da cidade, em festas particulares, como as do Pão de Açúcar, Jockey Club, Morro da Urca, Forte de Copacabana, que oferecem uma vista privilegiada do Rio de Janeiro. Além disso, também haverá comemoração em outras praias: Barra da Tijuca, Guaratiba, Sepetiba, Ilha do Governador, Penha, Ilha de Paquetá e Piscinão de Ramos. Escolha a sua programação e vibre, com muita fé, para que a cidade maravilhosa continue realmente maravilhosa: de norte a sul, de leste a oeste, para todos os cariocas.

Ano Nov o | R io de Janeiro

No dia da festa, as areias de Copacabana começam a esquentar às 18h, ao som dos DJs. E das 20h até as 3h, é a vez de os artistas do cenário nacional agitarem as milhares de pessoas, nos palcos espalhados pelas orla – serão quatro no total. O principal (Brasil) estará na frente do Copacabana Palace; os outros, localizados no Leme (Beat 98), Santa Clara (Pop/ Rock) e Xavier da Silveira (Anos 70/80).


aConte Ce | pr e Miação

“A homenagem é uma resposta de agradecimento às personalidades que disponibilizam suas energias, contribuindo voluntariamente na luta, em especial, voltada para os problemas ambientais da bacia hidrográfica da Barra da Tijuca/ Jacarepaguá.” Ong Lagoa Viva

ações ambientais reconhecidas e premiadas

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ada vez mais a questão da sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental se torna relevante para a sociedade. Estão sendo buscadas soluções que visem à recuperação, preservação e utilização dos recursos ambientais sem comprometer o ambiente e as futuras gerações, sobretudo quando se trata do aquecimento global – como recentemente a COP-16, terminologia oficial de Conference of the Parties, realizada em Cancun no México, que, no entanto, não tem surtido os efeitos esperados. E neste cenário de intensa discussão sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas, a ONG Lagoa Viva realizou, no salão Nobre do Marina Barra Clube, o I Prêmio de Honra ao Mérito Ecológico, em que homenageou aqueles que estão fazendo a diferença para o planeta. Foram agraciados profissionais, empresas e instituições do setor público, privado e do terceiro setor. Entre eles, o presidente da Cedae, Wagner Victer, e o ecólogo Mario Moscatelli. A Carvalho Hosken, representada pelo Vice-Presidente da Empresa e Presidente da ASSAPE, Carlos Felipe Andrade de Carvalho, também foi premiada pelo projeto de recuperação da fauna e flora nativas do Parque Mello de Barreto e da trilha ecológica localizada na Península. Segundo Carlos Felipe: “Um projeto que contou com ajuda da ASSAPE e dos conselheiros comunitários.” Muitos outros profissionais e instituições também foram homenageados pela ONG Lagoa Viva.

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AGRACIADOS: Adacto Otoni (Coordenador de Meio Ambiente do CREA) | Beto Filho (Presidente da ONG Alto Astral) | Carlos Alberto Muniz (Vice-Presidente e Secretário Municipal Meio Ambiente) | Carlos Felipe Carvalho (Vice-Presidente Carvalho Hosken) | David Zee (Oceanógrafo e Vice-Presidente da CCBT) | Dora Hess de Negreiros (Instituto Baía de Guanabara – IBG) | Hélio Carneiro (Editor da Revista Cidadania & Meio Ambiente) | Henrique Cortês (Coordenador Portal EcoDebate) | Hildon e Ana Carrapito (Projeto Limpeza na Praia) | Jayme Garcia (Presidente Marina Barra Clube) | José Chacon (Presidente da AFEA) | Luiz Carlos Couto (Biólogo) | Luiz Carlos Rodriguez (Diretor de Recursos Hídricos BNDES) | Luiz Firmino (Presidente INEA) | Luiza Cristina


Um dos mais ativos ecólogos da região, Mario Moscatelli recebeu das mãos da paisagista Ana de Fátima de Carvalho o prêmio oferecido pela ONG Lagoa VIVA.

aConte Ce | pr e Miação

Moradores, conselheiros comunitários e o diretor da ASSAPE. Todos presentes na cerimônia para prestigiar o presidente da ASSAPE, Carlos Felipe Andrade de Carvalho.

Pelas obras que vêm sendo feitas na região da Barra da Tijuca pela CEDAE, o presidente da empresa, Wagner Victer, foi premiado e recebeu os agradecimentos de Carlos Felipe Andrade de Carvalho, em seu discurso, pela execução do sistema de esgotamento na Península.

Tiago Mohamed, subprefeito da Barra da Tijuca, foi quem entregou ao Vice-Presidente da Carvalho Hosken e Presidente da ASSAPE, Carlos Felipe, o troféu pelo projeto de recuperação da fauna e flora na Península.

Krau (Presidente do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – RJ) | Marcia Baccarini (Engenharia CEDAE) | Marcos Sant’anna (Instituto Terra Azul) | Marianina Impagliazzo (Coordenadora Curso de Gestão Ambiental da FIJ) | Marilene Ramos (Secretária Estadual do Ambiente) | Mario Moscatelli (Ecólogo) | Ninon Machado (Presidente Instituto IPANEMA) | Suzana Gueiros (Professora Engenharia de Produção Ecodesign/UFRJ) | Suzana Monteiro de Barros (Superintendente Recursos Hídricos/SMAC) | Wagner Victer (Presidente CEDAE) | Wanderley Rebello (Presidente Comissão de Meio Ambiente da CBV).

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E ntre v is ta | Clau dio Morae s

Conselheiro Comunitário

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eguimos com a apresentação dos Conselheiros Comunitários da ASSAPE – Associação Amigos da Península. Nesta edição, é a vez do senhor Claudio Moraes, administrador de empresas na área de gestão de resíduos, casado, pai de dois filhos, morador do Atmosfera.

Revista Península: Como conheceu a Península e resolveu mudar para cá? Claudio Moraes: Criado no bairro do Grajaú, apaixonado e viciado pela praia da Barra da Tijuca, desde a época em que a Av. Ayrton Senna não era asfaltada, mudei com minha família para o nosso bairro há 15 anos. Durante esse período, pude oferecer aos meus filhos uma vida mais saudável e com menor índice de violência até então, mas com a característica dos condomínios existentes na época. Ou seja, meus filhos fizeram parte da geração dos condomínios fechados. Com os filhos já em fase adulta, alguns amigos sugeriram à minha esposa conhecer a Península, contando maravilhas sobre o local. Eu, irredutível, não aceitava a hipótese de me afastar da praia, até que a persistência feminina me fez conhecer a Península. Aqui, encontramos um bairro seguro, com uma área verde espetacular e uma proposta de moradia, diversão, esporte e lazer que nenhum outro local oferecia. Logo ficamos apaixonados pelo local, e aí não teve jeito, a pressão familiar foi tamanha que resolvi me mudar para cá.

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Revista Península: O que destacaria de melhor na Península? Claudio Moraes: O conceito de segurança, misturado à nostalgia de um bairro como o da minha infância. Outro dia, na janela de meu apartamento, pude observar um grupo de meninos na faixa de 10 a 12 anos seguindo a pé, com uma bola debaixo do braço, indo para o campo de futebol. Eu mesmo me espantei! Há quanto tempo não via uma “pelada” de meninos, sem o conceito de “escolinhas de futebol”. Pessoal, é um espanto, mas em nosso “bairro”, as crianças podem subir em árvores de verdade! E não em paredes com obstáculos em shoppings. Podem ver frutas de verdade em árvores, e não somente em hortifrutis. Podem ver pássaros, sapos e até algumas outras espécies, sem ir a lojas especializadas. No verão, temos o canto das cigarras. “O que é isso?”, perguntam algumas delas.

Crianças brincando descalças em nossos parques, pisando na terra ou gramados, sem eles serem artificiais! Crianças andando de bicicleta e patinete, brincando de pique ou pega-ladrão, sem a vigilância ostensiva de pais e babás!!! Parece até a propaganda de um certo cartão: “Não tem preço”. É uma nova fase de minha vida, quero poder usufruir deste local com meus futuros netos, que ainda estão por vir. Revista Península: Quando e como se tornou Conselheiro Comunitário? Claudio Moraes: Tornei-me Conselheiro Comunitário em abril deste ano, quando passamos a administrar o condomínio Atmosfera, e logo me interessei pelos problemas, responsabilidades e anseios acerca de nosso “bairro”. Revista Península: Quais são as funções do Conselheiro Comunitário? Claudio Moraes: A principal função do Conselheiro Comunitário é ser a voz participativa dos anseios da comunidade/condomínio que ele representa. Buscando, sempre com harmonia e respeito, preservar a proposta do conceito de moradia e bem-estar da Península, cumprindo e fazendo cumprir o estatuto e regulamentos internos vigentes. Revista Península: Como é a relação do Conselheiro Comunitário com os moradores? Claudio Moraes: Como falei anteriormente, essa relação deve ser a melhor possível, já que o in-


Revista Península: Como você vê a ASSAPE? Claudio Moraes: O papel da ASSAPE é de suma importância para a manutenção do projeto de bem-estar, segurança e qualidade de vida que todos vieram buscar aqui na Península. É o canal de centralização de nossas reivindicações e necessidades de melhorias. Como unidade política, seu papel é muito importante para pressionar os órgãos públicos, para obter os nossos direitos naquilo que é responsabilidades deles. Revista Península: Como os moradores poderiam participar mais da vida da Península, contribuindo com sua administração? Claudio Moraes: Acho a participação dos moradores ainda um pouco tímida. Possuímos várias comissões de moradores, tais como Regimento Interno, Futebol, Tênis, Festas, Manutenção, Transportes e outras, porém poucos moradores colaboram com elas. É nessas comissões que surgem ideias e soluções para melhorias e valorização de nosso “bairro”. Com certeza, aqui na Península há moradores que atuam nos mais diversos segmentos de nossa sociedade, e que poderiam contribuir com suas opiniões e experiências. Temos que deixar de lado o conceito de que pagamos nossa contribuição para a ASSAPE e que os problemas, “eles” têm que resolver. A verdade é que a ASSAPE somos nós, moradores, e todos têm sua

parcela de responsabilidade pelo bom andamento de nosso “bairro”. Revista Península: O que destacaria na administração da ASSAPE? Claudio Moraes: Não desmerecendo ou julgando as Administrações e Conselheiros anteriores, mas muitas vezes escutei de moradores que a Administração da ASSAPE não atendia por completo os seus anseios, não dando muita importância às suas reivindicações, e às vezes até fazendo mais o papel político do que operacional. Mas, após recente discussão com todos os representantes da Administração da Península sobre a atuação de cada nível hierárquico nos moldes de nosso estatuto, esse conceito foi restabelecido, ou seja, a Administração da ASSAPE voltou a atuar dentro das normas de nosso Estatuto, visando sempre o bem-estar e qualidade de vida de nossos os moradores, supervisionada de perto pelo seu Presidente e pelo Conselho Comunitário. Muita coisa já vem melhorando, muitas ainda estão por vir, mas acredito que com os profissionais que hoje atuam em nossa Administração, e com o apoio de todos nós, temos tudo para compartilharmos de uma comunidade bem administrada e comprometida com o bem-estar de todos.

E ntre v is ta | Clau dio Morae s

divíduo não é Conselheiro, ele está Conselheiro. O seu voto ou opinião não deve ser pessoal, deve atender a opinião da maioria dos moradores que representa, observando sempre as regras e deveres que o cargo lhe exige.


De c oração | I lumi nação

A importância de um projeto de iluminação Por Flávia Gatão

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iluminação é um fator de grande importância para o sucesso do projeto, pois além da função estética, é fundamental para evitar gastos desnecessários. Um bom projeto valoriza o ambiente, garante o conforto e o bem-estar em toda a casa, pois a harmonia entre tons, cores e volumes é determinada pela luz. Existem basicamente quatro tipos de lâmpadas indicadas para iluminação residencial: as incandescentes, que possuem facilidade de instalação, baixo custo de aquisição e são indicadas para uso em áreas onde o acendimento é curto e frequente, porém não são muito econômicas; as halógenas, que possuem maior vida útil, menor volume e uma maior eficiência, em contrapartida seu preço é mais alto; as fluorescentes eletrônicas, que são leves e extremamente compactas, proporcionam maior conforto visual, realçando e aquecendo menos os ambientes; e por último, as de LED, que cada vez mais vêm ganhando o mercado. Apesar de se tratar de uma tecnologia mais cara, são mais vantajosas, pois possuem alta durabilidade, baixa manutenção e muita eficiência. Para cada situação, há uma lâmpada ou luminária que se adapta melhor ao ambiente, e que acompanhada de um sistema com diferenciação de circuitos, permite o acionamento independente ou em conjunto, de acordo com a necessidade de uso, gerando soluções econômicas e grande impacto visual.

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Em um projeto realizado recentemente em um apartamento do edifício Mandarim, utilizei como recurso o forro de gesso rebaixado, que é um dos grandes aliados para a criação de diferentes cenários com uma infinidade de efeitos luminosos. Na sala de estar, foi elaborada uma sanca invertida para esconder os trilhos

da cortina, onde também foram instalados três spots com lâmpadas minidicroicas direcionadas para a cortina, criando um belo efeito sobre o tecido claro. No sentido do posicionamento do sofá, foi projetado um nicho com luz indireta, proporcionando um equilíbrio de iluminação e um ambiente diferenciado e acolhedor. No centro da sala, foram utilizados dois spots, cada um com duas lâmpadas halógenas, para uma eventual necessidade de um nível maior de iluminação. Para valorizar o corredor de acesso à área íntima, nichos horizontais embutem a agradável iluminação indireta. Para manter um clima acolhedor e atender as expectativas de tranquilidade e relaxamento dos moradores, no quarto do casal, o recurso de luz indireta prevaleceu novamente. Vale a pena investir num bom projeto de iluminação, por meio de ideias simples capazes de proporcionar bem-estar e resultados surpreendentes que valorizam o imóvel. Flávia Gatão é moradora da Península, Arquiteta e Urbanista flaviagatao.arq@gmail.com


De c oração | I lumi nação


Cu ltu ra | Me mó ria Cario ca

Chafariz das Musas, localizado no Jardim Botânico – RJ.

O show das águas no Rio de Janeiro Guilherme J. Pereira

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erfeição, exclusividade, sofisticação. É nesse tripé que os chafarizes da cidade maravilhosa se sustentam há mais de 300 anos. A qualidade dos ornamentos, feitos em sua maioria artesanalmente e com uma obsessão absoluta pela perfeição, contrasta com praças e prédios urbanos da cidade.

chafarizes são apenas monumentos artísticos com pouca importância de um passado de luxo e riqueza. Porém, esquecem-se de que esses chafarizes desempenharam uma função vital para a cidade.

Em tempos de prédios de concreto frio e sem alegria, os chafarizes distribuídos por vários bairros e construídos por mestres nacionais e internacionais, como o mineiro Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (1745-1813), mantêm um aspecto parisiense típico do Rio Antigo, distribuído em toda a cidade, tornando-se um importante elemento da história carioca.

A importância da água para uma cidade é evidente, caracterizando o modo como surge e se expande a população. Os chafarizes urbanos se tornavam grandes pontos de acesso à água potável; a presenca de vários chafarizes demonstrava grande adensamento demográfico. Em sua maioria, eles eram localizados em praças,

Para a maioria da população carioca e seus visitantes, os


O corpo do chafariz, fundido em bronze ou ferro, é a parte que lhe confere maior visibilidade, transformando-se em ponto de referência. Por isso, em muitos casos, ostenta brasões da cidade ou países de origem, sendo em quase sua totalidade uma alusão àquele que empreendeu a obra. Além dessas características, possui ainda a data de inauguração, elementos ornamentais e bicas para a sua utilização como bebedouros públicos. Nos dias de hoje, uma obra como o Chafariz das Musas – localizado no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, trazido em 1895 por Barbosa Rodrigues e idealizado por Herbert W. Hogg – possui vários ornamentos representando a música, arte e poesia. Idealizado sobretudo para desempenhar uma função prática para a população da cidade, a de oferecer água, não teria certamente ornamentos, já que, atualmente, mesmo obras de grande importância localizadas em espaço público priorizam sua funcionalidade e não beleza. Recentemente, o charmoso Chafariz das Musas voltou a encantar os visitantes do Jardim Botânico com seus belos jatos de água, graças ao trabalho de restauração, orçado em R$ 200 mil, sob o patrocínio da iniciativa privada. Alguns outros chafarizes podem ser confundidos com belas obras de arte, como o Chafariz das Saracuras, construído na Cinelândia, em 1911, transferido para a Praça Serzedelo Correia,

em Copacabana, e posteriormente para a Praça General Osório, em Ipanema – a transferência dos chafarizes era uma constante no Rio Antigo e tinha como principal objetivo acompanhar o crescimento da população em cada bairro. Hoje, os mais de 130 chafarizes históricos da cidade, datados da época de D. João VI, foram transformados em moradias irregulares, como o Chafariz do Lagarto e o Chafariz Paulo Fernandes, ambos localizados no Centro do Rio de Janeiro. Mas ainda podemos encontrar belíssimos chafarizes preservados, graças à iniciativa privada, como o Chafariz das Musas e o Chafariz do Monroe – o maior da cidade –, que originalmente foi posto na Praça XV, tendo sido transferido após a demolição do Palácio Monroe. Através da iniciativa popular, a Secretaria Municipal de Obras e Conservação do Município vem nos últimos anos redobrando a atenção com os chafarizes, revitalizando alguns que se encontravam desativados há anos – como o Chafariz da Glória, tombado pelo Instituto Patrimônio Histórico Nacional –, agraciando a população e os visitantes com um monumental show de artes e águas em pleno centro urbano.

Cu ltu ra | Me mó ria Cario c a

largos e espaços públicos não edificados de grandes dimensões, facilitando assim o acesso da população e dos animais à água e seu consumo, sem riscos para a população.


O charme do bichano

C AMPANH A | ADOTE UM G ATIN H O


C AMPANH A | ADOTE UM G ATIN H O

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Campanha Adote um Gatinho, lançada pela ASSAPE, continua a conquistar moradores e colaboradores. Desta vez, a moradora do Grand Chase, Ana Beatriz Mendes Estrella, se rendeu aos encantados do bichano. Outra que não resistiu foi Marlucy Rocha, copeira da ASSAPE.

E se você também desejar levar um gatinho para casa, procure a ASSAPE para escolher o animal, e assim a Associação o entregará castrado e vermifugado.


ENTRE V IS TA | ANA M ARIA B ARRO SO

É de casa

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este espaço, você vai sempre encontrar uma cara conhecida. Pode ser seu vizinho, alguém que tenha um trabalho relevante, que se destaque em sua atividade e que resida aqui na Península. E na décima oitava edição, Ana Maria Barroso, assessora de juiz do Tribunal do Trabalho aposentada, mãe de uma jornalista, casada e atualmente experimentando outro mercado, o literário. Vamos saber o que vem por aí?

Revista Península: Você está lançando um livro. Como é essa mudança profissional? Ana Maria Barroso: Sempre gostei muito de escrever, mas por conta do meu trabalho não tinha muito tempo. Sou formada em Direito, trabalhei no Tribunal do Trabalho como assessora de juiz e, depois que me aposentei, há dois anos, comecei a me dedicar à escrita. Tenho um professor que está me ajudando a escrever o livro. Revista Península: E qual é o conteúdo do livro que está escrevendo? Ana Maria Barroso: Morei dois anos na África, fui para a Tanzânia. Era muito nova, não tinha filho, estava recém-casada. Meu marido era engenheiro, e a empresa na qual trabalhava foi contratada para executar obras na capital do país. A intenção era fazer uma estrada que ligasse o litoral ao centro, mas o projeto não se concretizou. A ideia do meu livro é relatar esse período em que fiquei na Tanzânia, porque foi muito rico para mim. Revista Península: É autobiográfico, ou essa viagem é apenas pano de fundo da história? Ana Maria Barroso: É um romance, porque vou escrever em terceira pessoa, serei uma personagem, como outras pessoas que fizeram parte dessa história. Mas não é biografia, vou romancear a história. Foi um momento muito interessante que vivi e no qual tive a oportunidade de conhecer diversos outros países da África, como Uganda, África do Sul, Seicheles e Namíbia.

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Revista Península: De qual desses países que conheceu na África você mais gostou?

Ana Maria Barroso: Gostei muito da Tanzânia, o povo me fez lembrar muito os brasileiros: solidário, amigo, que gosta e curte a vida. Porém, também muito sofrido. Na época em que estive lá (de 1981 a 1983), ainda era muito atrasado. Lembro que a empresa tinha que nos enviar papel higiênico, absorvente, nos dava um suporte porque lá não havia muito material de necessidades básicas do dia a dia. A embaixada brasileira estava se instalando no país, e acabamos ficando amigos do embaixador (ele era parente do Collor), porque ele ficou no mesmo hotel. Depois foi para Washington. Então, era tudo muito embrionário, mas como experiência pessoal, foi maravilhosa. Digo que fui para lá menina e voltei mulher. Revista Península: Nessa vivência, algum momento marcante? Ana Maria Barroso: Houve um momento muito interessante. O meu marido foi primeiro para se adaptar, eu fui depois. Quando ele foi me buscar no aeroporto, disse que tinha um leão rondando no nosso hotel. Achei que fosse brincadeira, mas ao chegar ao hotel, constatei que era verdade, havia um aviso informando aos hóspedes para terem cuidado. Se quiséssemos ir da administração para o nosso bangalô, ou


Revista Península: E qual foi a maior dificuldade que encontrou na África? Ana Maria Barroso: Foram diversas dificuldades, a água não era potável. Tínhamos que comprar água gaseificada e bater no liquidificador para tirar o gás. A comunicação era complicada, muitas vezes não conseguia telefonar para minha mãe. O contato era mais por carta. Era emocionante, porque a gente ficava esperando receber uma carta de um ente querido e via pelas letras manchadas as lágrimas de saudade. Mas acredito que a maior dificuldade foi quando fiquei grávida e perdi meu bebê. Tomávamos um remédio para malária, e na época meu ginecologista tinha dito que era abortivo. Fui levada para uma clínica particular, mas deixaram um resto de placenta dentro de mim, e tive que voltar de emergência para o Brasil, correndo risco de vida. Foi uma a experiência sofrida, porque era meu primeiro filho. Revista Península: Você disse anteriormente que tinha vontade de voltar à Tanzânia. É por causa do seu livro? Ana Maria Barroso: Sim. Mesmo o livro estando praticamente no final, quero ter um olhar diferente, depois de 29 anos. Porque foi uma experiência de vida, amadureci, tive momentos de felicidades, e também de sofrimento quando perdi minha filha. Revista Península: Mas o seu livro irá narrar aquela época ou a atual? Ana Maria Barroso: Meu livro na verdade começa no momento em que eu conheci o pai da minha filha, que foi depois que eu voltei para o Brasil.

Revista Península: Que é seu atual marido... Ana Maria Barroso: Não, meu atual marido é o terceiro. A história tem muito a ver com a chegada da minha filha, Flávia, o pai dela, a minha ida para a Tanzânia e o motivo pelo qual fui viajar com o meu marido atual – que teve uma grande participação na minha vida, já que com a chegada dele consegui esquecer o pai da minha filha. Há todo um envolvimento emocional. Porque ninguém vai para a Tanzânia só por amor, há sempre outra questão. Revista Península: Qual foi a outra questão? Ana Maria Barroso: Às vezes você se decepciona com uma pessoa e casa com outra, mas deseja que esse novo relacionamento realmente dê certo. Foi o meu caso. O meu primeiro casamento não foi o grande amor da minha vida, foi anterior a esse, que foi com o pai da minha filha. Fui para a Tanzânia para me afastar. Depois, coincidentemente, quando retornei da África, reencontrei o pai da minha filha, com quem fiquei por 4 anos, mas não me casei. Depois, quando minha filha tinha 14 anos, conheci meu atual marido, com quem já estou há 10 anos.

ENTRE V IS TA | ANA M ARIA B ARRO SO

vice-versa (a distância era de mais ou menos 1 km), tínhamos que ser acompanhados por um funcionário do hotel, que carregava uma espingarda com tranquilizante. Fiquei com bastante medo. Tinha 19 anos, era muito nova, ficava trancada no bangalô esperando meu marido chegar para irmos jantar. Apesar da situação, surgiram histórias engraçadas, como a de um hóspede estava na piscina à noite, e o leão estava rondando o local. O pai de um amigo nosso disse que viu o leão na janela do bangalô, pessoas que viram as pegadas na areia, porque os bangalôs ficavam na terra. Então, durante um mês, vivemos essa tensão. Mas foi legal, e eu tenho vontade de voltar. Já falei isso para o meu marido atual (porque eu fui com meu primeiro).

Revista Península: Como será o final dessa história? Ana Maria Barroso: Ainda não sei, mas será a quatro mãos, eu e Flávia fazendo um depoimento, escrevendo algo que feche a nossa história, ou talvez até o casamento dela. Revista Península: E já está pensando em um novo livro? Ana Maria Barroso: Tenho diversas crônicas escritas, e agora que estou aqui, neste lugar instigante, esta paisagem inspiradora, vou me dedicar e desenvolver esse lado que me dá prazer. Porque às vezes ficamos preocupados em ganhar dinheiro, e não fazemos aquilo de que realmente gostamos.

África, pano de fundo do romance da escritora.

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pe nínS u la | B az ar d e natal

Compras e solidariedade

a

exposição de carros antigos deu toque retrô ao primeiro bazar da Península. As relíquias de décadas atrás despertaram a curiosidade dos pequenos e a nostalgia dos mais altinhos. Ao som da bossa nova, tocada pela banda de música dos alunos da FIJ, moradores fizeram compras e contribuíram para o Natal daqueles que mais precisam. Uma tarde leve, gostosa, de confraternização e boa energia.

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A Comissão de Eventos da Península com os proprietários das supermáquinas.

Quem passava olhava, admirava e viajava no tempo com as raridades.

Os pequenos Guilherme e Rafael, do Via Bella, se encantaram com o tamanho e a beleza do gingante vermelho.

Maurício, Luciana e Manuela, moradores do Via Privilège, relaxados na grama do Green Park, curtindo a sombra e a música depois de visitarem a feirinha.


Moradora do Green Garden, Angélica aproveitou o bazar para fazer umas comprinhas de Natal.

Klaus, morador do Bernini, aproveitou a exposição para exibir seu xodó, uma Mercedes ano 66.

pe nínS u la | B az ar d e natal

Compras e boa música, uma tarde perfeita na Península.

Para Bárbara Marcos, moradora do Bernini, é mais do que isso. Ela desfruta os últimos dias na Península, já que vai se mudar para a Colômbia com a família.


pe nínS u la | CHeG ad a d e papai n oe l

a magia do natal

“Botei meu sapatinho Na janela do quintal Papai Noel deixou Meu presente de natal Como é que papai Noel Não se esquece de ninguém Seja rico ou seja pobre O velhinho sempre vem!!”

n

atal na Península tem gosto de solidariedade, confraternização, partilha. Um grupo de 30 crianças do Projeto “Crianças na Rua Nunca Mais” participou da festa com os moradores. As crianças convidadas trocaram presentes com a turminha da Península. Um show de alegria e muita descontração.

A Chegada de Papai Noel foi o ponto alto da noite. E todas as crianças mergulharam no mundo de magia e encantamento. E para colorir ainda mais esse momento especial, o céu foi iluminado com uma grande queima de fogos.

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Amanda e Fernanda representando os anjinhos no Auto de Natal.

A alegria no sorriso e o brilho nos olhos de cada criança se irradiaram pela Península ao ver o Papai Noel.

Depois de tanto ensaio, a criançada apresentou o Auto de Natal.

Carla, Gustavo e Jussara, moradores do Quintas, celebram a festa de Natal em família.


pe nínS u la | CHeG ad a d e papai noe l

Cleide Rodrigues, moradora do Aquarela, doa uma boneca da filha. Partilhar é sempre especial.

A alegria de Eros e Fernanda ao trocarem os presentes simboliza todo o espírito da festa.

Com uma ajudinha da mamãe Simone, Manuela escreve uma cartinha para o bom velhinho.

“Não acredito que consegui falar com o Papai Noel!”, foram as palavras de Maria Eduarda, moradora do Gauguin.

A solidariedade marcou a Chegada do Papai Noel e também de todo o movimento dos moradores, da Carvalho Hosken e da ASSAPE, neste período natalino. A união de todos proporcionou a alegria de dezenas de crianças da Casa de Fraternidade Francisco de Assis, em Duque de Caxias, que atende crianças de 02 a 14 anos. Segundo o Coordenador de Eventos, Marcelo Traitel, foi feita uma pesquisa social para escolher a instituição que receberia a doação de brinquedos. Os moradores do Evidence apontaram o local, e os representantes da entidade receberam a doação, para a alegria de muitos.

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laGoon par k | a fe Sta d a tu r MinHa

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amigo oculto e muitas brincadeiras

a

s mamães e seus filhotes se reuniram para confraternizar um ano de muitos encontros, brincadeiras e grandes amizades no Lagoon Park, “O baixo bebê” da Península. Uma festa deliciosa e com a cara do verão carioca. Muitas frutas e sucos para refrescar, uma gentileza da empresa Kitanda Express. E para animar a turma miúda, música com o tio Leo, teatrinho e amigo oculto entre as crianças. Clima de amizade, cheiro de fruta madura e muita animação não faltaram na confraternização. É o Natal Península, mais uma festa especial para os moradores.

A música do Tio Leo embala a meninada.

Presente para todo mundo e alegria geral.

Luisa, mãe de Rafaela, e Márcia, mãe de Rafael, adoraram a confraternização. Para elas, essa festança toda foi uma doce surpresa.

Alegria, riso solto: a turminha se divertiu com as histórias do teatrinho Papavento.


laGoon par k | a fe Sta d a tu r MinHa

Cor e sabor, combinação perfeita para a pequena Isabela, que no colo da mamãe, Tatiana, escolhe a fruta que irá saborear.

Ê, delícia!!! Rafael se lambuza todo com o morango.

A responsável pela organização da festa, Daniele, e sua filha, Beatriz. Um momento de confraternização para todos.

Com tanto calor, nada melhor do que um bom banho de chuveiro.


C â nce r d e M am a | En tre vi sta D r . L u iz A ugu s to Fe rreira Santana

Saúde em Casa

D

r. Luiz Augusto Ferreira Santana, médico com especialização em Gineco-Obstetrícia e Mastologia, dirige vários Centros Especializados no Rio de Janeiro, entre eles o Centro Médico Gyne Care Barra, o Centro Médico Santana, a obstetrícia do Hospital Lourenço Jorge-Leila Diniz, a mastologia do Hospital Federal do Andaraí, a ginecologia e mastologia do Hospital da Mulher em São João de Meriti. Um profissional estudioso, que faz um alerta sobre o câncer de mama. Dr. Santana mora na Península, é casado e pai da Gabriela. Revista Península: Em outubro houve o mês rosa, uma campanha mundial contra o câncer de mama. Qual o índice de câncer previsto para este ano? Dr. Luiz Augusto Santana: O câncer de mama é hoje a segunda patologia oncológica feminina, só perde para o câncer de pele, mas é o primeiro em câncer genital da mulher. A previsão do INCA para este ano é que 50.000 mulheres tenham a doença, sendo que o Rio de Janeiro é o primeiro no Brasil, proporcionalmente ao número de habitantes.

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Revista Península: Por que esse número tão expressivo de mulheres que terão a doença? E quais os motivos para o Rio de Janeiro ser o primeiro Estado em número de mulheres com câncer de mama? Dr. Luiz Augusto Santana: Com a campanha de rastreamento universal do câncer de mama, as mulheres estão fazendo mais exames de mamografias, então descobrem-se mais mulheres com câncer, e por isso esse número expressivo. No entanto, com a massificação da realização da mamografia, cerca de 30% dos casos de óbito da doença no mundo declinaram. Existe uma lei federal de 2008, aprovada pelo presidente Lula, que dá o direito a toda mulher acima de 40 anos realizar o exame pelo SUS. Apesar de existir essa lei, muitas

desconhecem, e não cobram. Em relação ao Rio de Janeiro ter um número grande incidência, é pelo fato de ser o estado brasileiro de maior miscigenação. Outro ponto é a urbanização. Além disso, o Rio é centro cultural, de vanguarda, onde ocorreram as revoluções femininas. A mulher moderna não quer engravidar cedo, não quer amamentar, porque vai ficar com o seio flácido – tenho várias pacientes que dizem isso. O culto à beleza se faz muito presente na cultura da cidade. Revista Península: Quais são os fatores predisponentes do câncer? Dr. Luiz Augusto Santana: Em primeiro lugar, o fator da hereditariedade: 8 a 10% dos casos de câncer de mama são por predisposição familiar. Mesmo parecendo um número pequeno, as mulheres deste grupo, independente do parentesco, têm uma tendência maior a desenvolver câncer de mama. Outro fator importante é que


C â nce r d e M am a | En tre vi sta D r . L u iz A ugu s to Fe rreira Santana

o câncer de ovário tem correlação com o câncer mama, porque o marcador tumoral – micromoléculas presentes no sangue e no tumor, utilizadas para rastreamento de metástase – é semelhante. Pacientes que têm câncer de mama têm risco de ter de ovário e vice-versa. A ingestão de gordura animal e bebidas alcoólicas em excesso também é outro fator de risco. Pacientes obesas possuem mais chances de ter câncer mama. Isso ocorre porque as células adiposas têm a capacidade de acumular estrogênio, hormônio feminino, que é responsável pela nutrição da maioria dos tumores mamários. É o que chamamos, na medicina, de receptor positivo. A progesterona é outro hormônio que também é receptor positivo. Mulheres que estão tendo filhos mais tarde, e com isso amamentando tarde, também fazem são um grupo considerado de risco para desenvolver câncer, pois as células mamárias somente completam o seu ciclo de maturação com o aleitamento. Por fim, a utilização de estrogênio no período menopáusico por mais de 10 anos. Embora a reposição hormonal diminua a incidência de outras patologias, além de proporcionar bem-estar à mulher, o seu uso por mais de 10 anos aumenta o risco de câncer de mama. No entanto, é um risco menor porque a paciente está sendo monitorada pelo médico. As orientações gerais preconizadas pelo INCA para diminuição do câncer na mulher são: caminhar quatro vezes por semana em ritmo acelerado durante trinta minutos, restringir a ingestão de gordura animal, reduzir ou parar de fumar, não ingerir bebida alcoólica em demasia, praticar exercícios físicos em ambiente aberto e tomar sol no horário recomendado.


C â nce r d e M am a | En tre vi sta D r . L u iz A ugu s to Fe rreira Santana

Revista Península: Uma das formas de detectar câncer de mama é através do autoexame. Porém, quando o diagnóstico é feito por esse método, é porque o nódulo já está em fase mais avançada. Quando e como detectar precocemente um possível tumor? Dr. Luiz Augusto Santana: Exatamente. O autoexame de mama não serve para fazer o diagnóstico precoce, isso é detectado pela mamografia. O autoexame não é recomendando como método de rastreamento de câncer de mama, porque quando há diagnóstico, a lesão já está em 2 cm. Ela entra na política nacional de rastreamento da doença porque o Brasil não tem condições de fazer a mamografia em todas as mulheres acima 40 anos por falta de recursos – se fizer, o SUS “quebra”. Por isso, ele é importante, porque é uma forma de rastrear, já que muitas mulheres não conseguem realizar a mamografia (que é um direito). Através do autoexame, são identificados 70% dos casos, e ele dever feito mensalmente após a menstruação, a partir do 20 anos de idade, para que a mulher já comece a se familiarizar com seu corpo. Mulheres entre 40 e 50 anos devem fazer mamografia a cada dois anos. Mulheres acima dos 50 devem realizar o exame anualmente. Já a mulher com 35 anos deve fazer a sua primeira mamografia de base, para guardar, mesmo que esteja assintomática. É importante ficar atento à qualidade dos aparelhos, se são atestadas pela Sociedade Brasileira de Radiologia, pois se forem mamógrafos de péssima qualidade, pode haver falha. O número de mamografias diagnosticadas com erro devido a esses aparelhos e por médicos mal qualificados corresponde a aproximadamente 15%, um dado significativo. Revista Península: Quais foram os avanços no tratamento do câncer de mama? Dr. Luiz Augusto Santana: Hoje em dia, com a pesquisa do lin-

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fonodo sentinela, esses gânglios são retirados durante a cirurgia, sendo avaliados naquele momento para saber se foram comprometidos pelo tumor. É um avanço substancial, porque poupa 98% das pacientes no que diz respeito ao esvaziamento das axilas. Em pacientes com tumores menores que 3 cm, sabe-se que 98% das axilas o resultado é negativo, ou seja, a doença não passou para aquela região. Antigamente esvaziávamos 100% das axilas, gerando mutilação nas pacientes, não só pela subtração da mama, mas também pela retirada dos gânglios, como parte do tratamento do câncer. Isso acabava prejudicando a qualidade de vida daquela mulher. Revista Península: Quais são os sintomas mais frequentes do câncer de mama? Dr. Luiz Augusto Santana: O primeiro é o aparecimento do caroço. Também há o abaulamento ou retração da mama. O tumor pode crescer externa ou internamente, para dentro do tórax, ele puxa a mama. Secreção parecida com água de coco ou presença de sangue são dois sinais indicativos, sendo este último um dos mais perigosos. Outro sintoma é uma lesão descamativa, que parece uma micose, coça e fica restrita ao mamilo. Mas isso ocorre em 2% das mulheres, já que é um câncer raro.



ENTRE VI STA | i LANA HAZAN

Cantinho do Morador

I

lana Hazan Portnoi faz da arte uma caminhada. Formou-se pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras – aos 17 anos. Também passou pelo Tablado e estreou nos palcos cariocas em grande estilo, no Musical “Verde que te quero verde”, de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto. Participou de várias novelas, entre elas Chocolate com Pimenta, Kananga do Japão, Barriga de Aluguel e Vamp. Mas ela quis mais. A música também faz parte do seu trabalho. Depois de vários shows, gravou o CD “Coisa de Mulher”. Formou-se em canto pela Escola de Música Villa-Lobos e hoje ministra aulas de iniciação musical, com solfejo e partitura de teclado. Casada com médico ortopedista Leonardo Portnoi e mãe da Amanda, que tem 15 anos, ela nos recebeu em seu apartamento na Península para uma conversa descontraída.


Revista Península: E com uma estrada tão diversificada, hoje se dedica a que trabalho? Ilana Hazan: Na televisão, o último trabalho que fiz foi uma cena em Chocolate com Pimenta, com a Drica Moraes. Depois que me formei na escola Villa-Lobos, há 4 anos, fui convidada a lecionar lá, mas não aceitei. Agora sou professora de iniciação musical. A escola onde estudei me convidou para ser professora. Também não aceitei, e comecei a dar aulas particulares na semana seguinte. Sou professora de iniciação musical, com teclado. Então, ultimamente, tenho me dedicado às minhas aulas de músicas no

Monte Sinai, na Tijuca, e vou começar a dar aulas particulares na Península. Já tenho 4 alunos. Ah, e ainda tenho minha empresa, onde fabrico dedoches, brinquedos educativos. Revista Península: Como é essa empresa? Ilana Hazan: Voltei do Nordeste e estava sem trabalho, e naquele momento precisava fazer algo que me desse rentabilidade imediata. Como costuro, faço crochê e tricô, juntei uma coisa com outra. Fiz dedoches para minha filha, que na época tinha 5 anos. Uma amiguinha dela viu gostou e pediu que fizesse para ela também. Quando a terceira quis, eu vendi. Assim abri uma empresa, e lá se vão 10 anos. Hoje, faço todo tipo de animais e personagens. Vendo fantoches direcionados a crianças especiais, para escolas, fonoaudiólogos, psicólogos. Também vendi para a novela Páginas da Vida. Lembra? Os fantoches eram utilizados nas cenas com a personagem Clarinha. Revista Península: Você comentou que foi convidada para trabalhar com Erich Bulling e voltou antes de terminar a gravação do CD. Como foi essa experiência? Ilana Hazan: Ary Sperling me disse que tinha um amigo, produtor musical americano, que

ENTRE V ISTA | i LANA HAZAN

Revista Península: A decisão de ser artista veio do berço? Ilana Hazan: Desde 5 anos já estava decidida a ser atriz. Dei muito trabalho para minha mãe, e a venci pelo cansaço. Aos 13 comecei a cantar e aprendi a tocar violão, um ano depois me tornei modelo; trabalhei até os 17 anos, quando me sindicalizei e virei atriz profissional. Estudei na CAL, no Tablado, fiz curso de interpretação para televisão, depois me formei na Escola de Música Villa-Lobos, fiz aulas de jazz, balé, sapateado. Fiz de tudo um pouco; teatro, TV, shows, estrada. Fiz participações também em Os Trapalhões. Fui chamada para produzir um trabalho com o Erich Bulling nos Estados Unidos, mas voltei antes de terminar o projeto. Entrei na novela “Vamp” na Rede Globo, e também em “Ana Raio e Zé trovão”, na Manchete. Gravava as duas ao mesmo tempo. Assim que terminei as novelas, montei uma banda em São Paulo, onde fiquei três anos, e depois rodei o Nordeste fazendo show. Também fiz trabalhos com jingles para rádio.


ENTRE VI STA | i LANA HAZAN

estava procurando uma cantora brasileira que dançasse, fosse morena e não muito conhecida, para gravar 10 musicas inéditas em Los Angeles, em que três cantores de outros países também participariam, cantando as músicas em idiomas diferentes. Me chamaram, e fui para os Estados Unidos, na época tinha 21 anos. Houve uma confusão, porque duas músicas do Claudio Rabello saíram para entrar uma música do Humberto Gatica e outra minha em parceria com o Erich. Não sou compositora, mas sou abusada e tenho talento (risos). Eu já estava chateada com o Erich, porque ele me segurava dentro de casa e não me deixava conversar com ninguém – quando íamos para o estúdio, eu conversa com todo mundo; quando ele via, eu estava cercada de gente, e ele não gostava muito. Então, eu não quis continuar, disse que não estava preparada; ele ficou chateado, e com toda a razão. Praticamente fugi desse trabalho, dessa futura vida que eu não sei para onde iria me levar. Não tive maturidade para encarar. Revista Península: Como encara a carreira de artista? Ilana Hazan: Acho que tudo é normal, fazer um show ou uma peça é apenas um trabalho. No momento que termina a apresentação, a vida continua normal. Para mim é um trabalho normal: se tiver uma gravação para fazer, passo a noite estudando. No dia seguinte, estou pronta para encarnar o personagem. Finalizo a gravação, lavo meu rosto e volto a ser a Ilana. Depois que a cena vai pro ar, eu já estou em outra. O mesmo acontece quando faço um show: me preparo toda, pois no momento em que estou no palco, há uma grande troca de energia. Quando termina o show, é vida nor-

mal: volto pra casa, pra ficar com minha filha e meu marido, tomar banho, falar bobagem. Não dá pra pensar que é diferente. Já levei muita rasteira na minha carreira, por pessoas no meio artístico que se vendem de várias maneiras, ou porque alguém que é filho,


sobrinho de tal pessoa. Dessa forma, acabam passando por cima de quem estuda, e até tem mais talento. Esse tipo de pessoa não tem vida longa como artista. Porque se nasce artista, morre artista, não precisa ser famoso para se consolidar como artista. O sucesso não é ficar conhecido, é ser reconhecido em tudo que faz, seja a profissão que for. Para mim, sucesso é isso.

Revista Península: Do que mais gosta: cantar ou atuar? Ilana Hazan: São amores diferentes. Atualmente, prefiro cantar. Porém, se me convidarem para um participação, vou feliz da vida, encaro o personagem, viajo na história dele, com certeza vou dar o meu melhor. Mas cantar é uma bênção, é uma emoção, uma troca de energias. Tem gente que se arrepia, tem gente que chora, e isso é muito bom, é diferente. Fiz até o lançamento do meu CD, mas não dei continuidade, porque sem gravadora é muito complicado. Agora estou elaborando um projeto musical para meu CD, que tem até uma música do Erich Bulling. Também tem a participação do George Israel, com sax, e do Milton Guedes, tocando gaita.

ENTRE VI STA | i LANA HAZAN

Se eu proporciono uma boa aula de música e que agrada os meus alunos, obtive sucesso, e estou dentro da minha arte, sendo reconhecida pelo meu trabalho. Fico realizada em ensinar para pessoas que nem imaginam que pudessem fazer arte. Despertar a arte nas pessoas, dignamente, é bom demais. Nasci artista e quero morrer assim, mas em paz, sem me vender. Em algum momento, me descobrem. Sou do lema de que nunca é tarde para ser feliz.


por ta- r e tr ato | tar d e d e Sol

relaxar...

Conseguir segurar a Gabriela, filha de Milton, morador do Atmosfera, para tirar uma foto é complicado. A pequena é um pilha, energia pura.

Não importa o idioma, alemão ou português, a alegria não se expressa com palavras, mas se traduz no sorriso desta família alemã: Maite, Jan e Nadine, que moram no Monet.

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Alba, Silvana e Terezinha aproveitam a brisa e a sombra das jades para um bate-papo descontraído.

O papai Gerson dá uma mãozinha ao pequeno Bernardo para subir a ladeira com o velocípede. Parceria completa.


Todo mundo junto e misturado. Amigos e famílias numa bela confraternização no gramado do Green Park: José Gabriel, Hebe, Frederico e Carla (moradores do Style) e Ricardo e Luciana (moradores do Life).

Ana Claudia, Luiz Carlos, Isadora, Sophia e Paula, moradores do Monet, família reunida no piquenique. Foto: álbum de família.

por ta- r e tr ato | tar d e d e Sol

d

epois de um período em que os cariocas ficaram assustados e tristes com o que aconteceu na cidade, nada melhor que uma bela tarde de sol, para revigorar o ânimo, bater papo despretensioso, brincar na grama e fazer piquenique, na paz e tranquilidade do Green park.

Luciane, Ricardo e Gabriel, moradores do Atmosfera, chegando para dar um passeio e aproveitar o finzinho de tarde.

Tudo certo por aí? Frederico dá uma espiadinha no cantinho de Laura e Sofia.

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Es p orte | F u teb ol e Vôlei

As nossas feras entram em campo

O

Festival de Futebol da Península reuniu a molecada de 5 a 15 anos de idade, das equipes de futebol do condomínio e do colégio Anglo Americano. A garotada deu show de talento, companheirismo e muito fair play. Enquanto os meninos suavam a camisa em campo, inúmeros técnicos os orientavam, e torcedoras fanáticas gritavam por

eles. Eram os papais e as mamães desses pequenos craques. E nesse festival, foram todos ganhadores. O que valeu foi a interação entre os amigos, moradores e a diversão dentro das quatro linhas. A meninada deu show!

Futebol | 27.11

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No futebol, a equipe dirigida por Rosemberg Paiva jogou contra o colégio CEC e o condomínio Novo Leblon. Para o professor, o

importante foi ver a meninada interagindo, participando, se comportando como vencedores, dentro e fora do campo. Todos os pequenos atletas receberam medalha. Um time de campeões.

Futebol | 04.12

A

Copa Città America de Futsal e Minivôlei Infantil já ocorre há 5 anos entre condomínios, academias de ginásticas e colégios. A competição é dividida em três etapas e realizada nas quadras e ginásios dos participantes. No sábado, dia 4 de dezembro, também na Península, a turminha caprichou nas manchetes e sacadas. Participaram do minvôlei: Bosque Marapendi, Colégio CEC, Barramares e Fit Forma. Os jogos foram mistos, times com meninos e meninas, e também

Es p orte | F u teb ol e Vôlei

U

ma semana depois, as nossas ferinhas entraram em campo novamente. Foi realizada, na Península, a 3a etapa da Copa Città America de Futsal e Minivôlei Infantil.

do mesmo sexo. Alem disso, os moradores da Península competiram entre si e contra os outros participantes. Segundo o professor Claudio Xavier, o torneio tem como enfoque estimular a prática esportiva através da educação, de socialização e interação entre os condomínios e colégios, mas não deixa de ser um jogo, e por isso instiga a competitividade.

Vôlei | 04.12

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